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SOBRECARGA VENTRICULAR

Beatriz Mangabeira- T81

 A sobrecarga ventricular vai cursar  O átrio também tem uma


com o aumento da intensidade/ sobrecarga como consequência
amplitude dos vetores. Também pode da sobrecarga ventricular
alterar a duração e direção, porém o o Alterações secundárias de
principal é a intensidade repolarização ventricular (padrão
strain)
SOBRECARGA VENTRICULAR DIREITA
 Relembrando: alteração
secundária da repolarização
ventricular é quando tenho um
problema na despolarização
ventricular (devido hipertrofia
ventricular ou bloqueio de ramo)
e isso se traduz em uma
alteração secundária da
repolarização
 Critérios de sobrecarga ventricular
direita
 Qual a melhor derivação para o o O vetor que vai em direção ao
ventrículo direito? ventrículo direito tem maior
o R: V1, pois V1 está mais a direita intensidade. Assim, ele irá se
 Sobrecarga ventricular corresponde a manifestar em V1. Com isso, a onda
um aumento da massa ventricular, R vai ser positiva em V1 e vai ser
que ocorre, normalmente pelo maior do que o componente
aumento da pós-carga do ventrículo negativo do QRS (em V1). A onda R
o Ex: no ventrículo esquerdo, o será maior ou igual a 7mm -> onda
paciente hipertenso crônico, R dominante
paciente com estenose aórtica, o Desvio do eixo cardíaco para
paciente com coarctação da direita (>110°)
aorta, possuem um aumento da o Em resumo, os critérios para ter uma
resistência da ejeção do ventrículo sobrecarga de VD:
esquerdo, ou seja, aumenta a pós-  Onda R dominante em V1, ou
carga do ventrículo esquerdo, e seja, maior que a onda S e maior
assim aumenta a massa ventricular ou igual do que 7mm
esquerda  Desvio do eixo cardíaco para
o O aumento da massa ventricular direita
aumenta a intensidade do vetor o Evidências acessórias
que vai em direção ao ventrículo ->  Não são necessárias para o
aumento da voltagem diagnóstico, mas corroboram o
 Sobrecarga do VD -> aumenta a diagnóstico
voltagem para o VD  Sobrecarga atrial direita
 Hipertrofia ventricular geralmente  Alterações secundárias da
anda acompanhada de: repolarização ventricular
o Desvio do eixo para o lado afetado  Alargamento mínimo do QRS
 Ex: paciente com sobrecarga do (100-120ms)
VD, o eixo pode ser desviado  Pode demorar a despolarizar
para direita toda massa ventricular
o Sobrecarga atrial
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D1- e aVF+ -> desvio pra direita. A partir daí vejo que a onda P está positiva em D2 e em e
em aVF, então onda P tá normal, sendo, assim, é apenas uma causa ventricular. É possível
notar onda R>S em V1 e onda R>7mm; -> sobrecarga ventricular direita.

Acessório: onda P em D2 tá normal, ou seja, não tem sobrecarga atrial direita/ QRS é de
aproximadamente 100ms/ alterações secundárias a repolarização ventricular: onda T
invertida em V2 e V3 com um infra de ST

D1- e aVF+ -> desvio para direita. Depois, vejo que onda P tá + em D1, +D2, +aVF -> causa
ventricular. Em V1: Onda R positiva, maior que onda S e maior que 7 mm -> sobrecarga
ventricular direita

Acessórios: onda P > 0,25 mV em D2 é uma sobrecarga atrial direita.


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SOBRECARGA VENTRICULAR ESQUERDA

magro, porque essas pessoas têm


uma voltagem aumentada por
causa desses fatores, podendo ter
uma massa ventricular aumentada
por ter um condicionamento físico
melhor. Algumas literaturas trazem
que não devemos usar esse critério
 O eixo cardíaco normal já vai
para pessoas abaixo de 40 anos,
principalmente em direção ao
porque aumenta os falsos positivos
ventrículo esquerdo
 Critério de Cornell
 Então, no normal:
o Usa a parte positiva do QRS em aVL
o V1 tem um QRS negativo, porque o
com a parte negativa do QRS em
vetor tá se afastando
V3
o V4, V5 e V6 tem um QRS positivo
o A soma do positivo de aVL com o
porque tá se aproximando
negativo de V3 tem que dar maior
 Na sobrecarga ventricular esquerda:
que 2mV -> em mulheres
o A soma da parte positiva do QRS
em aVL com a parte negativa do
QRS em V3 tem que dar maior que
2,80 mV -> em homens
 OBS: não precisa ter um critério E
outro. Apenas um já basta para ser
sobrecarga ventricular esquerda
 Evidências acessórias de sobrecarga
ventricular esquerda:
oObserve que a seta vai ficar maior o Sobrecarga atrial esquerda
em intensidade e mudar um pouco o Alteração secundária da
a direção repolarização ventricular (strain)
o QRS fica ainda mais negativo em  O ventrículo se despolarizou
V1 anormal porque tem uma
o QRS fica ainda mais positivo em V5 sobrecarga do VE e isso gerou
e V6 uma alteração secundária na
 Critério de Sokolow-Lyon repolarização (infra de ST e onda
o O somatório da parte negativa do T invertida). Esse padrão de
QRS em V1 (que vai tá aumentado alteração secundária da
como falado acima) com a parte repolarização ventricular na
positiva do QRS em V5 ou V6 (o que presença de uma sobrecarga
for maior) precisa sair maior ou igual Ventricular (seja VD ou VE) se
do que 3,5mV (35mm, que chama de padrão strain
corresponde a 7 quadrados  Para diferenciar strain de
grandes ou 35 quadradinhos) isquemia: em strain, o segmento
o OBS: Não devemos usar Sokolow- ST e a onda T vão ficar infrado e
Lyon em pessoas jovens, sobretudo invertido nas derivações onde a
atletas, pessoas com o biotipo voltagem positiva é alta, isso é
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chamado de segmento ST e
onda T discordantes do QRS (o
QRS vai pra cima (positivo) e o
segmento ST e onda T vão para
baixo)
o Desvio do eixo do QRS para a
esquerda
o Pequeno aumento da duração do
QRS (100 a 120 ms)

-Critério de Sokolow-Lyon: parte negativa de V1 tem 5 quadradões (25 quadradinhos,


25mm) e a parte positiva de V6 tem 6 quadradões (30 quadradinhos, 30mm). A soma dá
55 mm ou 5,5 mV -> sobrecarga VE

-Critério de Cornell: 11 quadradinhos em aVL (11mm) e 32 mm em V3. A soma dá 43 mm


(maior que 20 mm em mulheres ou maior que 28 mm em homens) -> sobrecarga
ventricular Esquerda

-Evidências acessórias: componente negativo da onda P > 1mm em amplitude e


intensidade em V1 (seta laranja) -> sobrecarga atrial esquerda// Onda T invertida em V4,
V5 e V6 com infra de ST (Strain)

EXTRA

 ECG normal não exclui hipertrofia ventricular. O diagnóstico, quando o ECG tiver dado
normal, deve ser confirmado em um eco, ressonância...
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 O que causa a hipertrofia ventricular? O aumento de pós-carga. No ventrículo direito,


a pós carga é a valva pulmonar e a artéria pulmonar. Então, se tenho uma
hipertensão pulmonar (pode ser primária, que é um problema da vasculatura ou pode
ser secundária ao aumento da pressão venosa no lado esquerdo) ou uma estenose
pulmonar, provoco uma sobrecarga ventricular direita. No ventrículo esquerdo, a pós
carga é a valva aórtica (estenose aórtica pode causar o aumento da pós-carga),
outras causas de aumento da pós-carga é hipertensão sistêmica, coarctação da
aorta...
o Porém, existe uma causa primária de hipertrofia ventricular, ou seja, sem ocorrer
o aumento da pós-carga. Tem hipertrofia porque tem hipertrofia, que é a
cardiomiopatia hipertrófica (uma doença genética com transmissão
autossômica dominante e penetração incompleta. Pode provocar o aumento
de morte súbita. Parentes de primeiro grau precisam fazer o rastreamento com
ECG, mas não só ele, é necessário fazer um ECO também
 Desvio para extrema direita também é válido para o diagnóstico de sobrecarga VD

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