Você está na página 1de 190

Prevenção de Acidentes na Infância

- Primeiros Socorros -
Prof. Claudinei Ferreira da Silva
RESGATE E EMERGÊNCIAS MÉDICAS

Triagem em
Local de
Múltiplas
Vítimas
OBJETIVOS

Ao final deste MÓDULO o participante será


capaz de:

1. Realizar a triagem de campo utilizando o


MÉTODO START em um Acidente com
Múltiplas Vítimas (AMV).
2. Priorizar o atendimento de vítimas nas
situações não indicadas para o Método
START.
ATENDIMENTO A MÚLTIPLAS VÍTIMAS

Num primeiro momento os recursos são


insuficientes para dar uma assistência
completa a todas elas.
Será preciso decidir sobre quem
atender primeiro. Será necessário fazer
uma “triagem” e estabelecer
“prioridades de atendimento e
transporte” até que obtenha o apoio
suficiente.
ORIGEM DA TRIAGEM DE VÍTIMAS
Dominique Jean
Larrey. O inventor
da “Ambulância
A triagem teve origem na I Guerra Mundial Voadora”. Carroça
puxada a cavalos
que funcionava
por parte dos médicos franceses que como ambulância.

prestavam cuidados de emergência nos


hospitais de campanha perto das frentes de
batalha. Muito se deve ao trabalho de
Dominique Jean Larrey durante as Guerras
Napoleônicas.
PRINCÍPIO DE TRIAGEM DE VÍTIMAS NA ORIGEM
Peça a
colaboração para
Os responsáveis pela remoção dos feridos de um campo de batalha a leitura do texto!
ou pelos cuidados médicos dividiam as vítimas em três Faça alguma
categorias: consideração a
respeito!
Aqueles que é provável que vivam, independentemente do
tratamento recebido;
Aqueles que é provável que morram, independentemente do
tratamento recebido;
Aqueles a quem a atenção médica imediata pode ter influência no
prognóstico (recuperação).
Este modelo simplista pode ainda ser aplicado hoje em inúmeras
situações de urgência, sobretudo quando apenas existem um ou
dois socorristas para vinte ou mais pacientes. Contudo, uma vez
disponíveis os recursos materiais e humanos, os socorristas devem
optar pelo modelo de triagem adotado pela seu protocolo de
atendimento de emergência local.
SISTEMA DE COMANDO E OPERAÇÕES EM EMERGÊNCIAS

Uma visão global do SICOE.


Vamos detalhar as zonas de
controle adiante.

Zona
Zona Zona Zona
Quente
Quente Morna Fria
Assessoria ÁREA DE SEGURANÇA.
Técnica
Acesso permitido somente
Triagem Simples
MÉTODO START
para pessoal de órgãos
envolvidos no atendimento
da emergência.
Logística

Comunicação

AcessoRestrito
Operacional

Posto Médico Avançado


Assessoria
Imprensa
Triagem Avançada
Posto de
Comando
ZONA QUENTE
Área restrita à atuação Área
das equipes de imediatamente
salvamento com os circunvizinha ao
respectivos Zona
Zona incidente, que
equipamentos de Quente
Quente estende-se até um
proteção individual. Triagem Simples limite que previna
MÉTODO START

os efeitos da
ocorrência às

AcessoRestrito
pessoas e/ou
equipamentos fora
desta área.
ZONA MORNA
Nesta área deverão
estar locados os
equipamentos e
pessoal para o suporte
Deve ser um
da Zona Quente. local
imediatamente
Zona
anexo à Zona
Morna Quente, e deve
possibilitar a
comunicação, e
sempre que
possível a
observação da

AcessoRestrito
Zona Quente.
ZONA FRIA

Nesta área serão


instalados o Posto de
Comando e o Posto
Médico Avançado ou Zona Zona
Área de Concentração Quente Fria
de Vítimas (ACV), como
ÁREA DE SEGURANÇA.

Acesso permitido somente


para pessoal de órgãos

também todos os envolvidos no atendimento


da emergência.

suportes necessários

AcessoRestrito
para controle do
Posto Médico Avançado
incidente.
Posto de Triagem Avançada

Comando
ZONA FRIA – CONTROLE RESTRITO

ATENÇÃO!
Não se permite acesso ao público
na ZONA FRIA.
Permite-se acesso ás pessoas e
autoridades que tem relação com
a ocorrência mais não atuarão
Zona diretamente na intervenção.

Quente
Zona
Fria

AcessoRestrito
POSTO DE COMANDO

Reforçar a importância do
Posto de Comando no
SICOE

Zona
Zona Zona Zona
Quente
Quente Morna Fria
Assessoria ÁREA DE SEGURANÇA.
Técnica
Acesso permitido somente
Triagem Simples
MÉTODO START
para pessoal de órgãos
envolvidos no atendimento
da emergência.
Logística

Comunicação

AcessoRestrito
Operacional

Posto Médico Avançado


Assessoria
Imprensa
Triagem Avançada
Posto de
Comando
POSTO MÉDICO AVANÇADO OU ÁREA DE
CONCENTRAÇÃO DE VÍTIMAS
Será visto com mais
detalhes adiante. Apenas
indicar a posição no SICOE

Zona
Zona Zona Zona
Quente
Quente Morna Fria
Assessoria ÁREA DE SEGURANÇA.
Técnica
Acesso permitido somente
Triagem Simples
MÉTODO START
para pessoal de órgãos
envolvidos no atendimento
da emergência.
Logística

Comunicação

AcessoRestrito
Operacional
Posto Médico Avançado
Assessoria Área de Concentração de Vítimas
Imprensa
Triagem Avançada
Posto de
Comando
TRIAGEM – MÉTODO START

No conjunto de POP RES está previsto a


utilização do sistema de triagem
denominado Método START - (Simple
Triage and Rapid Treatment) para o
atendimento de ocorrências com múltiplas
vítimas.
MÉTODO “START”

S ___Simple_______> simples
T ___Triage______ > triagem
A ___And__________> e
R ___Rapid________> rápido
T ___Treatment___> tratamento
Lição 04

Cinemática do Trauma

Versão MARÇO/2015 SL 2.1 / Pg 000


OBJETIVOS
1. Definir energia como causa de lesões;
2. Descrever a associação entre as leis do movimento e energia e
cinemática do trauma;
3. Descrever a relação entre lesão e troca de energia com
velocidade;
4. Discutir troca de energia e produção de cavitação;
5. Dada a descrição de uma colisão de veículo motor, usar a
cinemática para prever o padrão de lesão de um ocupante não
contido;

SL 2.1 / Pg 000
OBJETIVOS

6. Associar os princípios da troca de energia á fisiopatologia das


lesões de cabeça, coluna, tórax, abdome e extremidades
resultantes dessa troca.
7. Descrever as lesões específicas e suas causas relacionadas
com os danos nas partes interna e externa do veículo;
8. Descrever a função de sistemas de contenção para os
ocupantes do veículo;
9. Relacionar as leis do movimento e energia com mecanismos
de trauma diversos das colisões automobilísticas.

SL 2.1 / Pg 000
OBJETIVOS
10. Listar as cinco fases dos ferimentos por explosões e as lesões
produzidas em cada fase;
11. Descrever as diferenças nos padrões de lesões com armas de
baixa, média e alta energia;
12. Debater a relação da superfície frontal de um objeto
impactante, a troca de energia e a produção de lesão;
13. Integrar os princípios da cinemática do trauma na avaliação
da vítima.

SL 2.1 / Pg 000
CONCEITO
“A análise dos fatores
envolvidos num acidente
permitem ao Socorrista
interpretar informações que
podem predizer mais de 95%
das lesões que ela sofreu sem
mesmo ter posto as mãos na
vítima”. SL 2.1 / Pg 000
ANÁLISE DA SITUAÇÃO
1. O que parece ter acontecido?
2. Quem atingiu o quê e em qual velocidade?
3. Qual foi o tempo de parada do veiculo
envolvido?
4. As vítimas estavam usando dispositivos de
proteção apropriados como cintos de
segurança?
5. o airbag foi acionado?
6. As crianças estavam contidas
apropriadamente em assento próprio ou se
contenção e foram arremessadas para fora
do veículo? A resposta a essas e outras perguntas
7. Ocupantes foram ejetados para fora do são fundamentais para a tomada de
veículo? decisões e avaliação da vítima.
8. Eles atingiram algum objeto ao serem
ejetados?
SL 2.1 / Pg 000
CINEMÁTICA

É o processo de avaliar a
cena para determinar quais
forças e movimentos foram
envolvidos e quais lesões
Cinemática nos atropelamentos

podem ter resultado


dessas forças.
SL 2.1 / Pg 000
LEIS DA ENERGIA E DO MOVIMENTO

Primeira Lei de Newton:


Um corpo em repouso permanecerá em repouso e um
corpo em movimento permanecerá em movimento a
menos que sejam atingidos por uma força externa.
SL 2.1 / Pg 000
Primeira Lei de Newton:

Tanto o veículo quanto o condutor estavam


em movimento.
Ao colidir contra o muro uma força externa
impediu o movimento do veículo, mas o corpo
continuará em movimento até que seja
contido pelo cinto de segurança, partes do
veículo, etc. O mesmo ocorrerá com os
órgãos internos que também se encontram
em movimento até que se choquem contra as
paredes daquelas cavidades.

SL 2.1 / Pg 000
TRÊS COLISÕES
Um motorista dirigindo seu automóvel a 50km/h vem a
se chocar contra uma árvore a beira da estrada. O carro
para instantaneamente, mas o motorista continua a se
deslocar a 50km/h, até seu tórax e sua cabeça colidirem
Colisão da máquina com o volante e o vidro do parabrisa respectivamente.
Em um terceiro momento, que ocorre internamente no
corpo da vítima, o tecido cerebral continua imprimido
da velocidade de 50 km/h até colidir com a parede
interna  da caixa craniana. O coração e outros órgãos
internos também continuam se deslocando na mesma
velocidade até encontrar resistência, seja da parede
Colisão do corpo
interna do corpo, seja pela ação restritiva de seus
ligamentos.

Colisão dos órgãos internos SL 2.1 / Pg 000


LEIS DA ENERGIA E DO MOVIMENTO

Segunda Lei de Newton:


A energia não pode ser criada ou destruída, mas pode mudar de
forma. O movimento do veículo é o resultado de várias formas de
energia (mecânica, elétrica, térmica). A massa do veículo e sua
velocidade se transformará em ENERGIA CINÉTICA.

SL 2.1 / Pg 000
Segunda Lei de Newton:

Da mesma maneira que a energia do


movimento do veículo é dissipada com a
deformação do chassi ou outras partes do
veículo, a energia do movimento do corpo
humano será dissipada contra o cinto de
segurança ou outras partes do veículo
produzindo lesões; a energia do movimentos
dos órgãos internos será dissipada contra a
parede daquelas cavidades com danos as
vezes permanentes nesses órgãos.

SL 2.1 / Pg 000
CÁLCULO DA ENERGIA CINÉTICA
ENERGIA CINÉTICA é igual a METADE DA
MASSA X O QUADRADO DA VELOCIDADE.

ec = 1/2 m . v2

m = peso da vítima
v = velocidade (=velocidade e direção)

SL 2.1 / Pg 000
SL 2.1 / Pg 000
NA PRÁTICA
Uma pessoa de 68 Kg viajando a 48 km/h teria 78.336 unidades de
energia para ser convertida em outra forma de energia quando
impactada contra um obstáculo.

EC = 68:2 x 482

EC = 34 X 2304

m = peso da vítima
EC = 78336 unidades de energia
v = velocidade (=velocidade e direção)

SL 2.1 / Pg 000
MASSA X VELOCIDADE

Saiba que se houver aumento da massa ou


da velocidade haverá aumento da energia
cinética: Adicionando SOMENTE 4 kg ou 4 km/h
percebemos abaixo um aumento da
energia cinética.
EC = 68:2 x 482 Fica evidente que o AUMENTO de
VELOCIDADE altera mais
EC = 78.336 unidades de energia significativamente a energia cinética.

EC = 72:2 x 482 EC = 68:2 x 522


EC = 82.944 unidades de energia EC = 91.936 unidades de energia

SL 2.1 / Pg 000
TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA ENTRE UM OBJETO
SÓLIDO E O CORPO HUMANO
 O número de partículas de tecido de
um corpo atingidas por um objeto sólido
determina a quantidade de
transferência de energia que ocorre.
 Essa transferência de energia produz a
Travesseiro de plumas quantidade de dano (lesão) que ocorre
na vítima.
 O punho absorve mais energia
colidindo com uma parede densa de
tijolos do que com o travesseiro de
plumas menos denso, o qual dissipa a
Tijolos
força.
Fonte: PHTLS Primeira Resposta - 2013 SL 2.1 / Pg 000
Agressão com bastão

• Deformação
da
superfície,
retornando
posteriorme
nte ao
normal.
• Não há
penetração
da pele pelo
objeto.
MECANISMOS BÁSICOS DE LESÕES POR
MOVIMENTO:

1.Desaceleração frontal rápida.


2.Desaceleração vertical rápida.
3.Penetração de projétil.

SL 2.1 / Pg 000
CINEMÁTICA DO TRAUMA
NOS ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS

SL 2.1 / Pg 000
COLISÃO DO CORPO

SL 2.1 / Pg 000
COLISÃO DOS ÓRGÃOS INTERNOS

SL 2.1 / Pg 000
EVIDÊNCIAS DE TRAUMA A OBSERVAR:

1. Deformidade do veículo (indicação das forças


envolvidas).
2. Deformidade de estruturas interiores (indicação
de onde a vítima colidiu).
3. Padrões de lesão da vítima (indicação de quais
partes do corpo podem ter colidido ).

SL 2.1 / Pg 000
TIPOS DE COLISÕES

1. Colisão frontal;
2. Colisão lateral;
3. Colisão traseira;
4. Capotagem.

SL 2.1 / Pg 000
COLISÃO FRONTAL

SL 2.1 / Pg 000
Colisão frontal
OCUPANTE NÃO CONTIDO POR CINTO DE
SEGURANÇA:
• A. Pode ser direcionado
para cima contra o volante
e/ou pára-brisa;

• B. Pode ser direcionado


para baixo contra o volante
e/ou painel do veículo.
SL 2.1 / Pg 000
Lesões na face
em colisão com o
volante

Lesões em
joelho ou tíbia
em colisão
com o painel Fratura ou luxação de
quadril

Se os pé
estiverem
apoiados no
piso: luxação ou
fratura no pé
e/ou tornozelo
PADRÕES DE LESÕES

A projeção do corpo
colide o tórax contra o painel
ou volante. Após o tronco
parar seu movimento, a
cabeça continua até se
chocar contra o pára-brisa,
podendo acarretar
traumatismos da craniano e
da coluna cervical.

SL 2.1 / Pg 000
CORRELAÇÕES ENTRE AS LESÕES E
AS PARTES INTERNAS DO VEÍCULO

SL 2.1 / Pg 000
LESÕES PROVOCADAS PELO
PÁRA-BRISAS

Ocorrem nos
tipos de eventos por
desaceleração frontal
rápida, o ocupante,
sem cinto colide
fortemente com o
pára-brisa.
SL 2.1 / Pg 000
A POSSIBILIDADE DE LESÕES É MAIOR SOB
AS SEGUINTES CONDIÇÕES:

1.Colisão da máquina:
deformidade da frente.
2.Colisão do corpo:
rachaduras do pára-brisa.
3.Colisão de órgãos:
golpe/contragolpe do cérebro,
lesão de partes moles (couro
cabeludo, face, pescoço),
hiperextensão da coluna cervical.

SL 2.1 / Pg 000
A gravidade da lesão na
coluna cervical poderá ser
determinada pela posição da
cabeça da vítima no momento do
impacto.

SL 2.1 / Pg 000
LESÕES POR CONTRA-GOLPE NA
DESACELERAÇÃO SÚBITA
Lesão direta do tecido
cerebral provocada pelo
impacto do cérebro contra o
osso frontal.
Ruptura de veias devido
ao vácuo formado pelo
deslocamento brusco do
cérebro.

SL 2.1 / Pg 000
Lesão provocada por impacto contra
esfenóide
Lesão cerebral
LESÕES PROVOCADAS PELO VOLANTE

São mais freqüentes no motorista


de um veículo, sem cinto de segurança
após uma colisão frontal. O motorista
posteriormente pode colidir com o pára-
brisa. O volante é a causa mais comum
de lesões para o motorista sem cinto e
qualquer grau de deformidade ao
volante deve ser tratada com elevado
índice de suspeita para lesões de face e
pescoço, torácicas ou abdominais .
SL 2.1 / Pg 000
UTILIZANDO O CONCEITO DAS TRÊS COLISÕES,
VERIFICAR A PRESENÇA DO SEGUINTE:

1. Colisão da máquina: deformidade


frontal.
2. Colisão do corpo: fratura ou
deformidade do painel, coluna
normal / deslocada.
3. Colisão dos órgãos: tatuagem
traumática da pele.
O volante é capaz de produzir lesões
ocultas, devastadoras. A deformidade do
volante é uma causa de preocupação.
SL 2.1 / Pg 000
Lesões provocadas pelo volante

• Ruptura pulmonar
provocada por
impacto do tórax no
volante.
• Ocorre quando a
vítima prende a
respiração no
momento da
colisão.
LESÕES PROVOCADAS PELO VOLANTE

Possibilidade de
Tórax instável
múltiplas fraturas de costelas
(tórax instável) interferindo na
dinâmica da respiração.

SL 2.1 / Pg 000
Contusão pulmonar
LESÕES VISCERAIS CAUSADAS POR
IMPACTO DO VOLANTE

Herniação dos intestinos para o


tórax devido à ruptura do diafragma.

SL 2.1 / Pg 000
LESÕES VISCERAIS CAUSADAS POR
IMPACTO DO VOLANTE

Lesões em válvulas
cardíacas devido à refluxo de
sangue para o coração por
compressão súbita dos vasos
sanguíneos abdominais
(aorta).

SL 2.1 / Pg 000
LESÕES VISCERAIS CAUSADAS POR
IMPACTO DO VOLANTE

Ruptura de aorta por


deslocamento súbito das estruturas
intratorácicas ou por traumatismo direto
no tórax.

SL 2.1 / Pg 000
Lesão hepática
LESÕES PROVOCADAS PELO PAINEL

Ocorrem geralmente
no passageiro não contido. O
painel produz uma variedade
de lesões, dependendo da área
do corpo que impacte contra
ele. Geralmente as lesões
envolvem a face e os joelhos,
porém vários tipos de lesões
têm sido descritos.
AVALIAR DANOS NO PAINEL
SL 2.1 / Pg 000
LESÕES PROVOCADAS PELO PAINEL

Quando o joelho é o
ponto de impacto pode ocorrer
fratura de fêmur e/ou luxação
posterior de quadril.

SL 2.1 / Pg 000
LESÕES PROVOCADAS PELO PAINEL

No caso do ponto
de impacto ser a tíbia
ocorre danos aos
ligamentos do joelho.

SL 2.1 / Pg 000
LESÕES PROVOCADAS PELO PAINEL

Possibilidade de
rompimento da artéria poplítea
com conseqüente produção
de isquemia abaixo do local
da lesão.

SL 2.1 / Pg 000
Lesões provocadas pelo pedal
Lesões provocadas pelo pedal
COLISÃO LATERAL

SL 2.1 / Pg 000
Em cruzamentos ou
derrapagens os impactos
podem ser na lateral do
veículo.

SL 2.1 / Pg 000
A porta ou a lateral do
veículo pode atingir o ocupante.

SL 2.1 / Pg 000
AÇÃO SOBRE O OCUPANTE

SL 2.1 / Pg 000
Fratura de clavícula
O braço e o ombro
tendem a ser
atingidos em
primeiro lugar,
podendo acarretar
fratura de úmero e
de clavícula.
Se o braço estiver fora do
lugar de impacto e este atingir
o tórax pode fraturar costelas e
estruturas intratorácicas.
O abdome também sofre
impacto, e as vísceras mais
atingidas são o baço do
motorista e o fígado do
passageiro.

SL 2.1 / Pg 000
O trocanter maior do
fêmur pode ser atingido
fazendo com que a cabeça
do fêmur entre no acetábulo.
Fraturas de ilíaco
também são comuns.
Podem ocorrer ruptura
de bexiga e lesões uretrais.

SL 2.1 / Pg 000
HIPER-INCLINAÇÃO E
HIPER-ROTAÇÃO DO
PESCOÇO
COLISÃO TRASEIRA
 

Hiper extensão da coluna


cervical com dano medular.
Efeitos da desaceleração
rápida associados no caso de
frenagem súbita ou colisão contra
outros veículos ou obstáculos.

SL 2.1 / Pg 000
CAPOTAGEM

SL 2.1 / Pg 000
CAPOTAGEM

Impacto do corpo em todas as direções chocando-se


contra o pára-brisa, teto, laterais e assoalho do veículo.
Quando ejetado do carro a vítima tem 25 vezes mais
probabilidades de óbito.

SL 2.1 / Pg 000
ASPECTOS DO USO DO CINTO
DE SEGURANÇA VEICULAR

SL 2.1 / Pg 000
CINTO COM FIXAÇÃO EM TRÊS PONTOS

Lesões com risco de


vida são menos comuns;
Não evita fraturas ou
luxações no pescoço ou
lesões na medula espinhal.

SL 2.1 / Pg 000
Fratura de clavícula pode
ocorrer onde a faixa torácica
cruza.
Pode ocorrer lesões de
órgãos internos devido à
movimentação brusca destes
órgãos ou por ação da faixa do
cinto de segurança.

SL 2.1 / Pg 000
• GRÁVIDAS:
• Pode ocorrer
lesões de órgãos
internos devido à
movimentação
brusca destes
órgãos ou por
ação da faixa do
cinto de
segurança.
EFEITO DE “FACA”

SL 2.1 / Pg 000
Correlação com o encosto de
cabeça
Ação do encosto de cabeça
AIR BAGS

SL 2.1 / Pg 000
Air bag

SL 2.1 / Pg 000
Ação do air-bag
CONSIDERAÇÕES SOBRE AIR BAGS:

1. Reduzem as lesões de face, pescoço e tórax.


2. Esvaziam-se imediatamente protegendo contra
um só impacto.
3. Não impede movimento para baixo. Motoristas
altos ou de carros baixos podem sofrer lesões
nas pernas, pelve ou no abdome.

SL 2.1 / Pg 000
ESCORIAÇÕES PROVOCADAS POR
AIR BAGS

ÓCULOS

SL 2.1 / Pg 000
ACIDENTES
MOTOCICLÍSTICOS

SL 2.1 / Pg 000
INCIDÊNCIA

• 1 acidente a cada 45 minutos na capital;


• 1 acidente a cada 2 hs e 18 min nas
estradas.
FORMAS DE PROTEÇÃO:

1. Manobras evasivas.
2. Uso de capacete.
3. Vestes de proteção (por exemplo,
roupas de couro, capacete, botas).

SL 2.1 / Pg 000
O uso de capacete previne traumas na
cabeça.

75% das mortes são por TCE.

Capacetes não protegem a coluna cervical.

SL 2.1 / Pg 000
EJEÇÃO DO MOTOCICLISTA

Na colisão frontal o condutor


é arremessado para a frente.
Suas coxas colidem contra o
guidão da motocicleta.
Fraturas nessa região são
muito comuns.

SL 2.1 / Pg 000
Fratura de fêmur
bilateral
Fratura de fêmur
bilateral comum no
acidente motociclístico.

SL 2.1 / Pg 000
MANOBRAS EVASIVAS PREVENTIVAS
EXECUTADAS PELO MOTOCICLISTA PARA
EVITAR COLISÕES

SL 2.1 / Pg 000
ATROPELAMENTOS

SL 2.1 / Pg 000
MECANISMOS DE LESÃO

1. Para-choque atinge o corpo.


2. Corpo acelerado pela transferência de energia
atinge o chão ou outro objeto.

SL 2.1 / Pg 000
OS DANOS OCORREM EM TRÊS ESTÁGIOS:

oImpacto inicial com o


corpo:
oNos adultos o impacto
inicial é na altura do joelho, que se
move na mesma direção do carro.
oO impacto pode ser lateral,
anterior ou posterior.

1º ESTÁGIO

SL 2.1 / Pg 000
Após o impacto inicial
a vítima pode ser lançada
sobre o veículo sofrendo
danos no tórax e abdome,
dependendo da posição em
que se encontrava no
momento do impacto.

2º ESTÁGIO
SL 2.1 / Pg 000
3º ESTÁGIO

•queda da vítima sobre o solo, os


traumatismos cranianos e da coluna cervical
são mais freqüentes.

SL 2.1 / Pg 000
ATROPELAMENTOS
VÍTIMAS CRIANÇAS

SL 2.1 / Pg 000
1º ESTÁGIO

Crianças são mais


baixas e o pára-choque tem
maior chance de atingi-las
na pelve ou no tronco.

SL 2.1 / Pg 000
2º ESTÁGIO

Lesões provocadas
pelo impacto secundário na
cabeça e pescoço.

SL 2.1 / Pg 000
3º ESTÁGIO

Múltiplas lesões
decorrentes do impacto do
corpo contra o solo ou
provocadas pelas rodas do
veículo.

SL 2.1 / Pg 000
DESACELERAÇÃO
VERTICAL
(QUEDAS)

SL 2.1 / Pg 000
FATORES QUE INFLUENCIAM:

1.Altura da queda.
2.Área do corpo que sofre o impacto.
3.Superfície atingida.

SL 2.1 / Pg 000
ÁREA DO CORPO MAIS FREQÜENTEMENTE
ATINGIDA:
1.Crianças: lesões na cabeça.
2.Adultos: aterrissam sobre os pés e suas quedas são mais
controladas.
3.Sofrem o primeiro impacto nos pés e depois cai para trás
atingindo o solo com as nádegas e as mãos estendidas.

SL 2.1 / Pg 000
PADRÕES DE LESÕES EM ADULTOS:

1. Fraturas dos pés ou das pernas.


2. Lesões de quadril e pelve.
3. Compressão axial da coluna lombar e
cervical.
4. Forças de desaceleração vertical para os
órgãos.
5. Fraturas de Colles nos punhos.

SL 2.1 / Pg 000
FATORES QUE INFLUENCIAM:
1. Altura.
2. Ponto de impacto.

SL 2.1 / Pg 000
ALTURA

Quanto maior a altura, maior o potencial da


lesão. Porém a relação entre sobrevida e altura da
queda não é absoluta, existem casos de óbito em
quedas da própria altura e de sobrevida em quedas
de grandes alturas.

SL 2.1 / Pg 000
PONTO DE IMPACTO

A densidade da superfície (concreto X


serragem) e irregularidade (chão de um ginásio de
esportes X uma escadaria) também influencia o
potencial de severidade da lesão. Superfícies que se
deformam permitem dissipação da energia cinética.

SL 2.1 / Pg 000
CINEMÁTICA DO TRAUMA NOS
ACIDENTES PENETRANTES POR
ARMA DE FOGO

SL 2.1 / Pg 000
BALÍSTICA
o É a ciência que estuda o movimento de um projétil através
do cano de uma arma de fogo, sua trajetória no ar e após atingir o
alvo.
o O projétil é impulsionado através do cano de uma arma
pela expansão dos gases produzidos pela queima do propulsor.
o Quando o projétil atinge o corpo humano sua energia
cinética se transforma na força que afasta os tecidos de sua
trajetória.

SL 2.1 / Pg 000
TIPOS DE PROJÉTEIS

CLASSIFICAÇÃO DOS PROJÉTEIS PELA VELOCIDADE

Categoria Velocidade Exemplo

Baixa < 1.000 pés/s Cal .32, .45

Cal .38 Especial,


Média 1.000 à 2.000 pés/s Magnum 44

Alta >2.000 pés/s AR-15, AK-47, FAL


SL 2.1 / Pg 000
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O DANO

1. Tamanho do míssil: Quanto maior o projétil, maior a


resistência e maior a cavidade permanente.
2. Deformação do míssil: projéteis ocos e de ponta macia se
achatam com o impacto, resultando em maior superfície
envolvida na troca de energia.
3. Tamanho do míssil: A jaqueta se expande e se adiciona à
superfície.
4. Movimentação do projétil: (oscilação e rotação).

SL 2.1 / Pg 000
FERIMENTOS POR ARMA DE FOGO
TRÊS COMPONENTES:

SL 2.1 / Pg 000
1º ORIFÍCIO DE ENTRADA

Ao redor pode ter tatuagem da


pólvora, área de queimadura e abrasão
da pele. Como o projétil empurra os
tecidos para dentro onde estes têm
suporte trata-se de uma ferida oval.

SL 2.1 / Pg 000
1º ORIFÍCIO DE SAÍDA

oNem todos os orifícios de entrada têm um orifício de saída


correspondente, algumas vezes pode haver múltiplos orifícios de
saída devido à fragmentação óssea e do míssil.
oGeralmente o orifício de saída é maior e tem as bordas
irregulares para fora.
oComo o projétil empurra os tecidos para fora, onde estes
estão não têm suporte, trata-se de uma ferida estrelada.

SL 2.1 / Pg 000
oO orifício de saída depende da energia cinética, deformação,
inclinação e fragmentação do projétil.
oSe o projétil gastar toda sua energia cinética cavitando o
tecido, o orifício de saída pode ter aparência inócua ou mesmo não
existir.
oEm outras situações com pouca degradação da energia
cinética mas com inclinação e deformação do projétil, o orifício de
saída pode ser irregular e maior que o orifício de entrada.
 

SL 2.1 / Pg 000
Ferimentos pérfuro-contusos
Arma disparada encostada
Aspecto do ferimento de saída do projétil
3. Trajeto do míssil

SL 2.1 / Pg 000
Cavidade temporária produzida pelo míssil afasta os
tecidos na sua passagem. A cavidade é várias vezes
maior que o diâmetro do míssil.
Mudança da posição do míssil durante a rotação
altera a largura da cavidade temporária produzindo
extensa lesão.
Se o míssil de fragmenta a cavidade temporária terá
um tamanho equivalente aos novos mísseis
formados pela fragmentação.
Fragmentação: projéteis
que se fragmentam após
penetração nos tecidos ou após
deixar o cano da arma produzem
maior lesão.
Ossos fragmentados
tornam-se novos projéteis
aumentando a lesão.

SL 2.1 / Pg 000
Arma disparada a distância
FERIMENTOS
POR
ESPINGARDA

SL 2.1 / Pg 000
FERIMENTOS POR ARMA BRANCA OU
MÍSSEIS DE BAIXA VELOCIDADE

SL 2.1 / Pg 000
AGRESSÃO À FACA

Típica forma de agressão por


mulheres

SL 2.1 / Pg 000
AGRESSÃO À FACA

Típica forma de agressão por homens

SL 2.1 / Pg 000
Em ambos os casos o
agressor pode esfaquear sua vítima
e então mover a faca dentro do
corpo.
A entrada do ferimento pode
ser pequena mas os danos internos
podem ser extensos.

SL 2.1 / Pg 000
Ferimento por arma branca
Traumatismos fechados
oPodem lesar 70% das pessoas na vizinhança, enquanto que
uma arma automática usada contra o mesmo grupo pode lesar 30%.
oMinas, estaleiros, fábricas químicas, refinarias, empresas de
fogo de artifício, fábrica e elevadores de grãos são áreas propensas
à explosão.
oA energia contida pode ser convertida em luz, calor e
pressão.

SL 2.1 / Pg 000
ESTILHAÇOS
2
3
ONDAS DE CHOQUE
CORPO
PROJETADO

LUZ e CALOR SL 2.1 / Pg 000


LUZ

o Pode causar dano ocular, sendo o


primeiro agente a atingir a vítima.

SL 2.1 / Pg 000
CALOR
o Produzido pela combustão do explosivo, é influenciado
principalmente pela distância, intensidade e pela existência de
barreiras de proteção (roupas, paredes) entre a vítima e a explosão.

SL 2.1 / Pg 000
ONDAS DE CHOQUE
oIrradiam-se da explosão e causam lesões por diferentes
mecanismos:
oArremessar objetos próximos à área da explosão contra a
vítima, que podem causar traumatismos fechados ou abertos.
oDeslocamento da própria vítima, que se transforma em um
míssil, se ferindo ao cair ou se chocar com outros objetos.

SL 2.1 / Pg 000
ONDAS DE CHOQUE
oCriação súbita e transitória de um gradiente de pressão entre
o ambiente e o interior do corpo.
oOs órgãos mais suscetíveis são os ouvidos e os pulmões.
oOs tímpanos são forçados para dentro pelo aumento de
pressão, podendo se romper.
oA compressão súbita do tórax pode produzir pneumotórax e
hemorragia pulmonar.

SL 2.1 / Pg 000
DADOS A AVALIAR NA CENA DE
EMERGÊNCIA

SL 2.1 / Pg 000
PERGUNTE-SE E TENTE RESPONDER, NO
LOCAL DO ACIDENTE, AS SEGUINTES
QUESTÕES:
1. O que aconteceu?
2. Procure reconstruir mentalmente como o acidente ocorreu.
3. Que tipo de força (energia) foi aplicada?
4. Analise as forças que atuaram no evento (desaceleração,
aceleração, queda livre, projétil de arma de fogo, etc.).
5. Que parte do corpo e em que direção essa força atuou?

SL 2.1 / Pg 000
6. Observar se atingiu as cavidades corpóreas.
7. Se há ferimentos de penetração e se o paciente apresenta
sinais de lesão de órgãos internos.
8. Quanto de força foi envolvida (velocidade, massa, peso)?
Procure sempre calcular a quantidade de energia envolvida,
considerando a velocidade, o peso e a massa dos objetos e do
paciente.

SL 2.1 / Pg 000
SUSPEITAR DE TRAUMATISMO GRAVE NAS
CONDIÇÕES ABAIXO:

Quedas de altura superior a 6 metros

Colisões a mais de 32km/h

Ejeção da vítima para fora do veículo

Morte de um ocupante do veículo

Danos severos ao veículo


SL 2.1 / Pg 000
PESQUISE MAIS SOBRE O ASSUNTO
RECAPITULAÇÃO
1. Revisar os principais pontos da Lição.
2. Aclarar eventuais dúvidas

SL 1.1 / Pg 000
AVALIAÇÃO
1. Aplicar avaliação.
2. Revisar os objetivos da Lição.

SL 1.1 / Pg 000
ENCERRAMENTO
1. Distribuir ou indicar MR
2. Citar as referências bibliográficas
3. Agradecimentos

Próxima aula:
____________________________________
Comentários sobre a próxima aula.
SL 1.1 / Pg 000

Você também pode gostar