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Prevenção de Acidentes na Infância

- Primeiros Socorros -
Prof. Claudinei Ferreira da Silva
RESGATE E EMERGÊNCIAS MÉDICAS

Suporte Básico de Vida


com Desfibrilador
Externo Automático
(DEA).

Módulo I
OBJETIVOS

Ao final deste Módulo os participantes serão capazes de:


1.Empregar o DEA como integrante de uma Guarnição de
UR seguindo os POP 2014 nas vítimas adultas e pediátricas;
2.Utilizar o DEA nas vítimas com dispositivos eletrônicos
implantados no tórax;
2. Eliminar ou afastar os riscos e interferências durante a
operação de um DEA;
3. Efetuar o check-list de um DEA ;
4. Adotar as providências administrativas decorrentes do
emprego de um DEA em ocorrências de Resgate.
SITUAÇÕES ESPECIAIS DE EMPREGO

Apresentarei as particularidades
eventualmente existentes durante
o emprego do Suporte Básico de
Vida com DEA em situações que
envolvam:
A.Gestantes;
B.Coincidência com dispositivos
implantados no tórax;
C.Paciente pediátrico;
D.Paciente feminina;
E.Vítimas de trauma.
DESFIBRILAÇÃO - GESTANTE
Sua prioridade é salvar a vida da gestante! O emprego do DEA segue as
mesmas regras para qualquer vítima, exceto, não aplique eletrodos sobre o
tecido mamário de forma a diminuir a impedância torácica como já visto
anteriormente.
RCP - GESTANTE

Efetue o deslocamento manual do útero para o


lado esquerdo a fim de descomprimir a veia cava
inferior e aorta abdominal melhorando a
circulação sanguínea materna.

Veia: Cava Inferior

Artéria: Aorta Abdominal

Fonte Foto: Dr. AGNALDO PISPICO


Médico Cardiologista e Intensivista
DISPOSITIVOS MÉDICOS - IMPLANTADOS

O que fazer quando houver um


dispositivo médico implantado no
tórax (marcapasso cardíaco ou
cardiodesfibrilador) coincidindo com a
posição das pás do DEA?

Veremos a seguir.
“MARCA-PASSO” CARDÍACO

O marcapasso natural do coração como vimos


na revisão de fisiologia cardíaca é o nó sinusal
ou sino-atrial que tem a função autônoma de
estimulação da contraão cardíaca.
Nó Sino-Atrial
MARCA-PASSO CARDÍACO EXTERNO
O marca-passo é um importante avanço da medicina no que se refere
à estimulação cardíaca artificial. Trata-se de um dispositivo implantado
geralmente na região torácica, logo abaixo da clavícula. Conectados a
um gerador, os eletrodos estimulam e corrigem os batimentos lentos
do coração, a bradicardia. No Brasil, só em 2007 foram realizados
cerca de 15.700 procedimentos de implante. Estima-se que sejam
cerca de 1.200 pacientes por mês.

Fonte: Disponível em http://www.cremepe.org.br/leitorNews.php?


cd_noticia=2899
MARCA-PASSO CARDÍACO
A principal indicação de marca-passo é para os
indivíduos que apresentam bloqueios cardíacos,
geralmente, inferior a 40 batimentos por minuto e,
mais recentemente, é empregado como auxiliar no
tratamento de insuficiência cardíaca – coração
dilatado.

Nos pacientes portadores de insuficiência cardíaca, é indicado o


marca-passo ressincronizador, que fortalece o coração,
estimulando os dois ventrículos simultaneamente, reduzindo o
índice de mortalidade.
Fonte: Disponível em http://www.cremepe.org.br/leitorNews.php?cd_noticia=2899
IMPLANTAÇÃO DE MARCAPASSO
Após a cirurgia de implante de marca-passo, o paciente
precisará de uma avaliação constante, definida pelo
médico de acordo com o caso e o tipo de aparelho. De
maneira computadorizada, a verificação dispensa
internação. Um marca-passo tem vida útil de cinco anos.
Após esse período, é necessária a substituição.

Fonte: Disponível em http://www.cremepe.org.br/leitorNews.php?cd_noticia=2899


MARCA-PASSO CARDÍACO

Vemos a aparência do marcapasso sob a pele do


tórax do paciente. O local de implantação coincidiria
com a posição tradicional de aplicação de eletrodos.
Apresentaremos a alternativa mais adequada para a
aplicação do eletrodo logo a seguir!

Fonte: Disponível em http://www.cremepe.org.br/leitorNews.php?cd_noticia=2899


CARDIODESFIBRILADOR

Se o diagnóstico for de arritmia


maligna, como, por exemplo,
taquicardia ventricular sem pulso e
fibrilação ventricular, que podem
acarretar em morte súbita, é
empregado outro tipo: o cardioversor
desfibrilador implantável. Nestes casos,
o aparelho tem a capacidade de
detectar o problema, emitir o choque
dentro do coração e reverter para o
ritmo normal.
Fonte: Disponível em http://www.cremepe.org.br/leitorNews.php?cd_noticia=2899
DCI-A (Desfibrilador Cardioversor Implantável-Automático)

• O DCI-A é constituído de um gerador de pulsos e de eletrodos. O


gerador de pulsos é semelhante a um maço de cigarro e pesa
cerca de 350 gramas. O gerador é implantado no abdome ou
tórax, logo abaixo da pele.
• Ele é feito de um metal especial que normalmente não é rejeitado
pelos tecidos do corpo. O gerador de pulsos é ligado aos
eletrodos que estão localizados dentro e sobre o coração. Estes
eletrodos enviam sinais elétricos do seu coração para o gerador
de pulsos, o qual monitora o ritmo do coração continuamente.
• Quando o gerador de pulsos recebe sinais dos eletrodos que
correspondem a um ritmo ventricular de taquicardia ou fibrilação,
ele irá aplicar um choque através dos eletrodos implantados no
coração para parar o ritmo alterado.

Disponível em http://www.incor.usp.br/marcapasso/orientacao_cdi.html#1
Disponível
http://www.texasheartinstitute.org/HIC/Topics_Esp/Proced/icd_sp.cfm
IMPLANTAÇÃO DE CDI
Os tipos mais modernos já possuem um dispositivo
que interage com o aparelho e através do telefone
celular, comunica ao médico, via satélite, se há alguma
alteração importante no funcionamento. Desta forma,
o paciente, em qualquer lugar do mundo, pode tomar
as providências necessárias.

Fonte: Disponível em http://www.cremepe.org.br/leitorNews.php?cd_noticia=2899


INTERFERÊNCIAS COM DISPOSITIVOS

• Descargas de Cardiodesfibrilador
Implantado (CDI) podem ser
sentidas pelo socorrista, entretanto
as chances de lesão são
extremamente remotas.
• A maioria dos CDI recarregará e
aplicará o choque dentro de 20 a 30
segundos.
• Se houver interferência na análise
do DEA, siga suas instruções e
reinicie a RCP.

Fonte: Protocolo revisado por: • Dra. Amélia Crisitina Araújo, Dra. Fernanda M. Martelli, Dra.
Katia V.Iwanowski Bumlai, Dr. José Eduardo Marquesini, Dr. Paulo C. Banof - especializandos
(E2) de Cardiologia.
DIRETRIZ AHA–2010 – DISPOSITIVOS TÓRAX
• As posições anteroposterior e anterolateral são, geralmente,
aceitas em pacientes com marca-passos e desfibriladores Diretrizes da American Heart 2010
implantados. Em pacientes com desfibriladores sobre posição de eletrodos e
cardioversores ou marca-passos implantados, a colocação
das pás adesivas ou pás manuais não deve retardar a interferências de dispositivos
desfibrilação. Convém evitar colocar as pás adesivas ou pás implantados no tórax.
manuais diretamente sobre o dispositivo implantado.
• Existe a possibilidade de o marca-passo ou o desfibrilador
cardioversor implantado funcionar incorretamente após a
desfibrilação quando as pás são colocadas muito próximas
do dispositivo. Um estudo com cardioversão demonstrou que
posicionar as pás com pelo menos 8 cm de distancia do
dispositivo não danifica a estimulação, o sensor, nem a
captura do dispositivo. Os picos dos marca-passos com
estimulação unipolar podem confundir o software do DEA e
impedir a detecção de Fibrilação Ventricular (e, por
conseguinte, a administração do choque). A principal
mensagem para os socorristas e que a preocupação com o
posicionamento preciso das pás adesivas ou pás manuais em
relação a um dispositivo medico implantado não deve
retardar a tentativa de desfibrilação.
INTERFERÊNCIA COM DISPOSITIVOS

Em resumo, deve-se evitar colocar as pás dos desfibriladores sobre a unidade geradora do
dispositivo implantado. Desfibrilação direta sobre um aparelho implantado pode bloquear
uma parte da corrente de desfibrilação e, possivelmente, comprometer o programa,
desativar ou danificar o dispositivo implantado.
Podem haver queimaduras endocárdicas que provocam aumento do limitar do ritmo e perda
de captura do marcapasso.
A disposição ideal das pás do desfibrilador é anterior-posterior.

Fonte: Protocolo revisado por: • Dra. Amélia Crisitina Araújo, Dra. Fernanda M. Martelli, Dra.
Katia V.Iwanowski Bumlai, Dr. José Eduardo Marquesini, Dr. Paulo C. Banof - especializandos
(E2) de Cardiologia.
POSIÇÃO ANTERO-POSTERIOR
O eletrodo que normalmente é aplicado na
região média axilar será aplicado no centro
do tórax lateralmente ao mamilo
esquerdo. O outro eletrodo será aplicado
entre as escápulas, paralelamente á
esquerda.
TÉCNICA DE APLICAÇÃO

Adesivar eletrodo infraescapular esquerda ou


Interromper a RCP e fazer o rolamento Expor a parte posterior do tórax da vítima direita

Adesivar eletrodo no centro do tórax ao lado


Reposicionar em decúbito dorsal do mamilo esquerdo
DESFIBRILAÇÃO PEDIÁTRICA

Apresentarei as principais
características relativas ao
uso do DEA em vítimas com
idade inferior a 8 anos ou 25
kg de peso corporal.
DESFIBRILAÇÃO PEDIÁTRICA - CARGAS

• Em pacientes pediátricos, a carga ideal de desfibrilação não é Os DEA estão programados


conhecida. Os dados sobre a carga eficaz mínima ou o limite para administrar cargas pré-
superior para desfibrilação segura são limitados. Uma carga de 2 definidas para pacientes
adultos ou pediátricos. Não
a 4 J/kg pode ser usada para a energia de desfibrilação inicial;
é possível mudar a carga a
porém, para facilitar o treinamento, pode-se considerar uma
ser administrada.
carga inicial de 2 J/kg. Para os choques subsequentes, os níveis
de energia devem ser de, no mínimo, 4 J/kg, podendo ser
considerados níveis de energia mais altos, desde que não
excedam 10 J/kg ou a carga máxima para adultos.
• Ha insuficiência de dados para implementar uma alteração
substancial nas atuais cargas recomendadas para a desfibrilação
pediátrica. Cargas iniciais de 2 J/kg, com formas de onda
monofásicas, são eficazes na solução de 18% a 50% dos casos
de Fibrilação Ventricular (FV) e não há evidência suficiente para
comparar o êxito de cargas mais altas. A literatura de casos
documenta desfibrilações bem-sucedidas com cargas de ate 9
J/kg sem efeitos adversos detectados. São necessários mais
dados.
EQUIPAMENTOS – USO PEDIÁTRICO
Equipamento A:
A Símbolo com indicação Dois modelos de DEA de
adulto e pediátrico. fabricantes distintos e com forma
O DEA reconhece o de funcionamento diferentes.
eletrodo pediátrico e Ambos aplicam cargas reduzidas
muda automaticamente para o paciente pediátrico.
a programação.

B
Equipamento B:
Chave de tratamento que quando
inserida no DEA muda a
programação adulta para
pediátrica.

Eletrodo pediátrico.
ELETRODO COM ATENUADOR DE CARGA
O choque liberado pelo DEA é a carga
máxima prevista para o aparelho. Ao
passar pelo atenuador de carga do
eletrodo pediátrico o choque (150 joules)
é reduzido para 50 joules.

Atenuador de
carga
ELETRODOS – CRIANÇA
Se os eletrodos para crianças não estiverem disponíveis, ou se a criança
aparentar ter mais idade ou ser mais pesada, use os eletrodos de
desfibrilação para adultos. A posição recomendada é antero-posterior,
conforme ilustração.
Os pesquisadores concluíram que esta posição das pás quando utilizado
em pacientes pediátricos apresenta elevados índices de sensibilidade e
especificidade.

Se o paciente aparentar ter menos de 8 anos de idade ou pesar menos


que 25 kg, use os eletrodos de desfibrilação pediátrico de energia
reduzida para crianças, se disponíveis.

NÃO ATRASE O TRATAMENTO PARA DETERMINAR A IDADE OU O


PESO EXATO DA CRIANÇA.
Fonte: Manual do DEA Philips Heart START FR2
DEFINIÇÃO – ADULTO / CRIANÇA
Professor! Somente há uma resposta possível para sua
Ás vezes, pelo tamanho e pergunta!
condições físicas da vítima A sua decisão tem que ser imediata, então use
(franzino, por ex.) fica difícil o bom senso:
determinar se é um adulto Se a vítima lhe parece um adulto, trate como
ou criança! Que devo fazer um adulto; se lhe parece uma criança, trate
neste caso? como uma criança!
INDISPONIBILIDADE DE PÁ PEDIÁTRICA
Professor!
Desculpe-me por mais uma Respondo-lhe baseado nas Diretrizes da AHA 2010 que estabelece:
pergunta! •Na tentativa de desfibrilação em crianças de 1 a 8 anos de idade
com um DEA, o socorrista deve usar um sistema atenuador de
E se eu não tiver como
carga pediátrico, se disponível.
aplicar uma carga pediátrica •Se o socorrista aplicar a ressuscitação cardiopulmonar contra a
numa criança ou bebê? Que parada cardíaca em uma criança e não houver um DEA com
devo fazer? sistema atenuador pediátrico, deve-se usar um DEA padrão.
TÉCNICA DE APLICAÇÃO EM CRIANÇAS
Observe o modelo de eletrodo que
estiver utilizando. Caso disponha
somente de eletrodo adulto para
tratar uma criança em parada
cardíaca, utilize a forma de
aplicação demonstrada ao lado.

Interromper a RCP somente quando o DEA orientar. Executar o rolamento e aplicar eletrodo entre as
escápulas (eletrodo paraesternal do adulto).

Reposicionar em decúbito dorsal, secar o tórax.


Adesivar eletrodo entre os mamilos (eletrodo
hemiaxilar do adulto).
TÉCNICA DE APLICAÇÃO EM BEBÊS
Observe o modelo de eletrodo que
estiver utilizando. Caso disponha
somente de eletrodo adulto para
tratar um bebê em parada cardíaca,
utilize a forma de aplicação
demonstrada ao lado.

Aplicação de eletrodos adultos sobre o corpo desnudo do bebê. Desconsidere a


roupa do manequim.

Utilização de eletrodo pediátrico em bebê, conforme a recomendação do fabricante.


PROTEÇÃO COM DEA

Desfibriladores Externo
Automáticos são encontrados em
locais públicos para serem usados
por pessoas treinadas em Suporte
Básico de Vida. Alguns quartéis de
Bombeiros possuem DEA para
proteção local, em especial, e
obrigatoriamente, naqueles em que
são executados testes físicos.
INSTALAÇÃO FIXA

O acesso público a desfibrilação prevê a instalação


de DEA em locais públicos (aeroportos, shoping
center, centros empresariais, hotéis, hipermercados,
estádios de futebol, casas de espetáculos, bancos e
instituições financeiras, instiutições de ensino e
parques com determina população flutuante ou fixa,
prevista me Legislações locais.

Aeroporto de Adelaide - Austrália

Fonte:
Acervo particular Subten Claudinei Ferreira da Silva

DEA a cada 100 metros nos


corredores do Aeroporto.
INSTALAÇÃO FIXA

O ideal é que o acesso a um DEA


seja equivalente a 1 minuto e não
ultrapasse 5 minutos!

DEA no pátio de uma empresa


com sistema de alarme e
monitoramento.
AEROPORTO DE CHICAGO
Planta do
areoporto
de O’Hare -
Chicago/EU
A. Acesso
ao DEA em
1 minuto!
AEROPORTO DE CHICAGO

Instalação no
areoporto de
O’Hare -
Chicago/EUA.

De acordo com o Dr. Sérgio Timerman, a medida salva vidas. “Nos cassinos de Las Vegas,
nos Estados Unidos, a adoção de diretrizes de atendimento e desfibriladores fez as
chances de sobrevivência passarem de 4,5% a 7% para 71%. Nos aviões, onde as chances
eram zero, agora são de 40%. E no aeroporto de Chicago, muito bem equipado, as chances
subiram de 2% para 56%”, diz o cardiologista.
CLUBE PRIVADO DE SÃO PAULO

Instalação em um Clube
Privado em São Paulo.
Obediência a Lei
Municipal de uso do DEA
em locais públicos.

Fonte:
Acervo particular Subten Claudinei Ferreira da Silva
ACESSÓRIOS PARA UTILIZAÇÃO - DEA

Para o emprego adequado do DEA


alguns equipamentos adicionais
devem estar disponíveis.
Veja a seguir o KIT de acessórios
que necessitam ser acondicionados
na mesma maleta do DEA ou em
separado.
ACESSÓRIOS PARA DEA

Mantenha junto
com o DEA:
A. Eletrodos
A B reservas;
B. Tesoura de cortar
vestes;
C. Toalha de rosto;
D. Raspador de
C D pelos (barbeador
sem fita de gel);
E. Máscara para
ventilação de
resgate;
E F. Luvas de
F Procedimentos.
MANUTENÇÃO DO EQUIPAMENTO

 Limpe somente a superfície externa do Siga as


equipamento com um pano úmido; recomendações
 Mantenha um check-list (semanal) do fabricante.
atualizado junto com o equipamento; Em caso de
 Não abra a embalagem dos eletrodos se eventuais falhas
não houver a necessidade de uso; encaminhe para
 Observe o prazo de validade dos a Assistência
eletrodos; Técnica.
 Não tente utilizar eletrodos de outras
marcas de equipamento, pois possuem
configurações diferentes;
 Mantenha sempre uma bateria
sobressalente ou pilhas reservas;
 Destrua e descarte os eletrodos no lixo
comum, exceto quando contaminado
com sangue e/ou secreções da vítima.
GRAVAÇÃO DE DADOS
• A gravação de dados é um
OCIONAL do DEA que deve
ser adquirido junto ao
fabricante.
• A gravação interna ou em
cartões de dados pode ser
transferida para arquivo em
computador e serve como uma
proteção administrativa para o
Operador do DEA.
• Verifique se houve a aquisição
deste módulo de gravação.
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
 Siga os procedimentos
operacionais padronizados para
o seu nível de atendimento, Esteja qualificado
para utilizar o DEA
caso seja leigo ou profissional através de cursos
de saúde; de atualizações
 Solicite, quando possível, apoio frequentes e a
certificação
de Suporte Avançado de Vida necessária.
(equipes médicas) para o local;
 Transfira e faça a gravação dos
dados do equipamento sobre o
evento atual para um
computador (se software
disponível).
TRANSFERÊNCIA DE DADOS

Imprima e
arquive os
dados
obtidos do
evento;
Mantenha
arquivada a
gravação de
áudio de seu
equipamento,
se disponível.

Mostra de dados do DEA Zoll AED Plus.


PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS

 Colete dados sobre o paciente: nome


completo, RG, endereço, telefones, familiares Anote dados de
para contatos, hospital de destino, etc. pelo menos 2
Dados principais da ocorrência: testemunhas do
 tipo de atendimento (clínico ou trauma), emprego DEA
 número da ambulância de transporte e que possam
qualificação do condutor, contribuir para
 horários de saída do local da ocorrência e de eventuais
entrada no hospital, depoimentos
 nome e CRM do médico no hospital, em seu favor.
 nome e COREN do Encarregado da Equipe do
SAMU (192),
 nome e RE do Comandante da Guarnição de
RESGATE do Corpo de Bombeiros (193), etc.
 Realize um relatório pormenorizado sobre a
ocorrência e encaminhe para o setor
responsável guardando-se uma cópia para si.
CHECK-LIST SEMANAL DO EQUIPAMENTO

Uma vez por semana,


execute o teste do DEA. Siga
as recomendações de cada
modelo e fabricante!
Registre em formulário
próprio e arquive para
eventual consulta sobre a
qualidade do equipamento!

ACESSE o modelo em World


na Pasta “MATERIAL
DIDÁTICO”.
RISCOS E INTERFERÊNCIAS

O DEA é um equipamento que utiliza energia elétrica de alta


intensidade e curta duração capaz de produzir centelhas
elétricas e calor suficiente para provocar acidentes de
eletrocussão, queimaduras e iniciar a combustão de
substâncias inflamáveis presentes no ambiente. O DEA sofre
interferências em seu modo de análise podendo acarretar a
recomendação de choque para pacientes que não precisam,
ou devido as interferências, deixar de aplicar choques em
pessoas que dele precisam. Saber manejar o equipamento
de forma segura e resolver as principais intercorrências é a
finalidade de um treinamento de capacitação para operação
de DEA.

ESTEJA ATENTO!

CUIDE DA SUA SEGURANÇA E DA SEGURANÇA


DO PACIENTE!
SUPERFÍCIES MOLHADAS

Transporte a vítima para local


seco, seque o corpo da vítima antes
de aderir os eletrodos e aplicar o
choque.
OXIGÊNIO

Comburente + calor - risco de


incêndio.
Desligue ou afaste fontes de oxigênio
durante o uso do DEA.
VAZAMENTO DE COMBUSTÍVEIS

O uso do DEA nesse ambiente trará risco


de explosão ou incêndio pela emissão da
descarga elétrica com risco de morte.
MOVIMENTOS DURANTE ANÁLISE
É necessário pelo menos 15 segundos sem
movimentação do paciente para uma leitura adequada
do ritmo cardíaco. Se o problema persistir inicie e
mantenha a RCP até que a vítima esteja em área sem
interferência, então use o DEA.
INTERFERÊNCIAS - COMUNICAÇÃO

Durante o período em que o DEA estiver


“analisando” impeça o uso de emissores de
radiofrequência e celulares numa distância inferior
a 2 metros da vítima.

ATENÇÃO!
O alto nível de radiação
eletromagnética emitida por estes
aparelhos podem resultar numa
grande interferência, prejudicando o
funcionamento normal do
desfibrilador , colocando em risco a
segurança do paciente.

Fonte: Disponível em
http://www.deabrasil.com.br/manual/manual_dea.pdf
ELETRICIDADE / INCLUSIVE ESTÁTICA

Locais onde há dispersão de eletricidade no solo e


mesmo a eletricidade estática produzida por corpos
em movimentos (fluidos, pessoas, máquinas, etc.)
podem interferir na leitura do ritmo cardíaco.
CURATIVOS ADESIVOS

Retirar os adesivos e remover


ATENÇÃO! o resíduo (inflamável) da pele
do paciente com gaze e
Adesivos no trajeto solução fisiológica, secando
da corrente elétrica em seguida o local.
aumentará a
impedância torácica.
Via de regra são
feitos de material
inflamável (cola) e
podem se incendiar
com a descarga
elétrica trazendo
queimaduras na pele
do paciente.
RISCOS DE QUEIMADURAS / PACIENTE
Há o risco de queimaduras na pele do paciente ao aplicar a desfibrilação. Para evitar ou
minimizar as queimaduras, é aconselhado que se aplique à pele limpa e seca apenas
eletrodos abertos na hora do uso, não danificados e que estejam no prazo de validade.
NUNCA use eletrodos de desfibrilação ressecados.
Durante a desfibrilação, a formação de bolhas de ar entre a pele e os eletrodos de
desfibrilação pode causar queimaduras. Para prevenir a formação de bolhas de ar,
verifique se os eletrodos de desfibrilação estão totalmente aderidos à pele.
Prazo de Validade

Fonte: Manual DEA Philips.

RELEMBRE!

Estando o tórax do paciente


molhado, o socorrista deve secar
bem, antes do tratamento, a fim de
se evitar ocorrência de fuga de
descarga elétrica.
Lembre do risco de colocar
eletrodos sobre dispositivos
implantados no tórax.
EXERCÍCIOS DO PRIMEIROS MÓDULO - DEA

•A seguir as ATIVIDADES
PRÁTICAS que realizaremos
nesse Módulo de Aula!
• Depois faremos o uso do DEA
em vítimas com dispositivos
implantados no tórax (posição de
eletrodos antero-posterior) e
vítimas pediátricas .
POP 2014 – CONDIÇÃO I

• Guarnição de UR atendendo
vítimas com DEA disponível e
SAV a caminho:
Iniciar e manter a RCP com o
DEA de maneira convencional
até a chegada do SAV.
(sem mudanças em relação ao
protocolo 2008).
Conforme check-list da PROVA!
POP 2014 – CONDIÇÃO II

• Guarnição de UR atendendo vítimas


com DEA e não possui SAV
disponível:
Se o DEA não indicar choque logo que
analisar pela 1ª vez: executar RCP +
DEA no local sem embarque na UR até
que o DEA emita o comando de “choque
NÃO recomendado” pela 5ª vez
consecutiva.
Bem mais que 10 minutos de RCP e
DEA (no local) antes de iniciar o
embarque para o PS.
EXPLICAÇÃO DISPONÍVEL

• INVESTIR TODO ESTE TEMPO


aguardando uma suposta
reversão do quadro de Assistolia
ou AESP para uma “Fibrilação
Ventricular” que poderia ser
tratada com o emprego do DEA
disponível no local.
POP 2014 – CONDIÇÃO III

• Guarnição de UR atendendo vítimas


com DEA e não possui SAV disponível:
Se o DEA continuar indicando sequencia
de choque por 5 vezes consecutivas
sem reversão da parada cardíaca deve-
se interromper a desfibrilação e
providenciar o transporte imediato da
vítima somente com RCP.
Desconecte o terminal do eletrodo do DEA
durante a movimentação e transporte da
vítima.
EXPLICAÇÃO DISPONÍVEL
• Se depois de bem mais de 10
minutos (tempo que leva para a
aplicação de 5 choques, análise
do ritmo cardíaco e tempo de
RCP) a parada cardíaca não for
revertida é porque a arritmia em
questão (FV ou TVSP) é
REFRATÁRIA AO CHOQUE, ou
seja, NÃO RESPONDE AO
TRATAMENTO CONVENCIONAL
(CHOQUES). Necessita de SAV
para reversão. Leve para o OS.
POP 2014 – CONDIÇÃO IV

• Guarnição de UR atendendo vítimas


com dispositivos implantados no tórax.
• Interrupção das compressões torácicas
com rolamento da vítima para aplicação
dos eletrodos na posição MAIS
INCDICADA (antero-posterior), conforme
todas as recomendações das Diretrizes
de RCP.
POP 2014 – CONDIÇÃO V

• Guarnição de UR atendendo vítimas


pediátricas com eletrodo adulto ou
pediátrico:
• Interrupção das compressões torácicas
com rolamento da vítima para aplicação
dos eletrodos na posição MAIS
INCDICADA (antero-posterior), conforme
todas as recomendações das Diretrizes de
RCP.

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