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MANUAL DE BOAS

PRÁTICAS ASSISTENCIAIS
MULTIDISCIPLINARES
Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar - IBGH © 2022

Equipe Técnica de Elaboração

Diretor de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação


Dr. André Luiz Braga

Diretora de Humanização, Regulação e Multiassistencial


Mara Helena Jardim Bittes Henrique Borges

Diretor Técnico
Dr. Gustavo Estanislau Bispo

Coordenadora de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação


Dra. Sonilda Aparecida de Fátima Santos

Gerente Assistencial
Analu Alves dos Santos

Gerente de Qualidade
Bruna Alves Conatti Rezende

Gerente Médico
Dr. Leonardo Martins

Projeto Gráfico e Editoração


Cecília da Costa

É proibida a reprodução total ou parcial deste material, para qualquer finalidade, sem
autorização prévia por escrito da instituição.

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I 04

CAPÍTULO II 06

CAPÍTULO III 08

CAPÍTULO IV 17

CAPÍTULO V 20

CAPÍTULO VI 23

CAPÍTULO VII 28

ILUSTRAÇÕES 31

REFERÊNCIAS

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CAPÍTULO I

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DISPOSIÇÕES PRELIMINARES,
OBJETIVOS E CARACTERÍSTICAS

Esse Manual de Boas práticas tem a outras variáveis, bem como regramentos e
finalidade de proporcionar o conhecimento estrutura organizacional.
técnico para realização de processos
operacionais, servindo de base para consultas Espera-se, portanto, que este manual possa
dos colaboradores que integram a rede contribuir na organização do atendimento e
hospitalar gerida pelo Instituto Brasileiro de assistência hospitalar, promovendo o
Gestão Hospitalar (IBGH), na perspectiva de alinhamento técnico, a aquisição de novas
consolidar uma assistência mais resolutiva, habilidades e o incentivo aos profissionais na
que incorpore novos valores e o busca permanente pela qualidade.
aprimoramento de boas práticas à equipe
multiprofissional.

Além disso, transmite informações seguras


sobre as Metas, uma ferramenta de gestão de
qualidade, que possui ações descritivas de
técnicas e procedimentos assistenciais
relacionados ao cuidado do cliente e que
expressa o planejamento de um trabalho
rotineiro que deve ser executado para o
alcance de determinada meta, de forma
sistematizada e padronizada, com o objetivo
de minimizar a ocorrência de desvios e
variações na execução de tarefas, o que o
torna essencial para garantir uma assistência
de alta qualidade, uma vez que permite ao
profissional sistematizar suas ações e seguir
uma rotina unificada.

A construção efetiva desse trabalho contou


com a colaboração das equipes médicas e de
enfermagem do Unidade, da equipe da
Gerência de Ensino, Pesquisa, Extensão e
Inovação e da equipe de Qualidade do IBGH.

Ressalta-se que este Manual possui base nas


normativas vigentes, apresenta parâmetros e
deverá ser adequado à realidade de cada
unidade hospitalar gerida pelo IBGH, com
suas especificidades para o funcionamento
interno, infraestrutura, volumetrias, entre

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CAPÍTULO II

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ORIENTAÇÕES SOBRE AS NORMAS
INTERNAS DA INSTITUIÇÃO

Todos os colaboradores e profissionais assistência prestada cause danos ao


devem: paciente.

Zelar pela imagem e reputação do local Efetividade: prover serviços adequados


onde desenvolvem suas atividades àqueles que deles se beneficiarão.
profissionais;
Assistência focada no paciente: prover
Servir aos pacientes e usuários com assistência que atenda e respeite as
prontidão, competência e preferências, necessidades e valores dos
profissionalismo, assegurando o melhor pacientes.
de suas habilidades na execução das
tarefas; Assistência no tempo adequado: reduzir
esperas e atrasos, por vezes prejudiciais,
Assegurar o cumprimento de leis, àqueles que recebem ou prestam os
regulamentos, políticas e procedimentos cuidados.
em sua área de responsabilidade;
Eficiência e uso responsável dos
Buscar, sempre que necessário, apoio e recursos: evitar desperdícios e mau uso
orientação de seus líderes imediatos para de suprimentos, equipamentos,
a solução de dúvidas e entendimentos tecnologias, recursos naturais, etc.
das leis e políticas que devem ser
cumpridas; Equidade: respeito à igualdade de direito
de cada um, provendo assistência cuja
Cumprir e fazer cumprir as diretrizes qualidade não varie em função de
deste Manual; características pessoais.

Comunicar qualquer violação do Manual; Privacidade e sigilo das informações de


pacientes: sejam elas providas
Cooperar com processos internos e diretamente pelo paciente ou obtidas em
externos de apuração que visem elucidar decorrência de documentação fornecida,
eventos relacionados à sua atividade para trâmites de procedimentos
profissional ou sobre os quais tenha assistenciais, em consonância com a Lei
conhecimento. Geral de Proteção de Dados Pessoais - Lei
nº 13.709/2018, que é a legislação
Além disso, todos os colaboradores e brasileira que regula as atividades de
profissionais, especialmente os que praticam tratamento de dados pessoais.
a medicina e assistência à saúde, devem
seguir os seguintes princípios:

Segurança do Paciente: evitar que a

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CAPÍTULO III

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IMPLEMENTAÇÃO DOS SERVIÇOS E
FUNCIONAMENTO DE EQUIPE
MULTIDISCIPLINAR

3.1 ENFERMEIRO a) participação no planejamento, execução e


avaliação da programação de saúde;
De acordo com o Decreto nº 94.406/87 e a
Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que b) participação na elaboração, execução e
dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e dá avaliação dos planos assistenciais de saúde;
outras providências, em seu artigo 8º as
atribuições do Enfermeiro são: c) prescrição de medicamentos previamente
estabelecidos em programas de saúde
I – Privativamente: pública e em rotina aprovada pela instituição
de saúde;
a) direção do órgão de Enfermagem
integrante da estrutura básica da instituição d) participação em projetos de construção ou
de saúde, pública ou privada, e chefia de reforma de unidades de internação;
serviço e de unidade de Enfermagem;
e) prevenção e controle sistemático da
b) organização e direção dos serviços de infecção hospitalar, inclusive como membro
Enfermagem e de suas atividades técnicas e
das respectivas comissões;
auxiliares nas empresas prestadoras desses
serviços;
f) participação na elaboração de medidas de
prevenção e controle sistemático de danos
c) planejamento, organização, coordenação,
que possam ser causados aos pacientes
execução e avaliação dos serviços da
durante a assistência de Enfermagem;
assistência de Enfermagem;

d) consultoria, auditoria e emissão de parecer g) participação na prevenção e controle das


sobre matéria de Enfermagem; doenças transmissíveis em geral e nos
programas de vigilância epidemiológica;
e) consulta de Enfermagem;
h) prestação de assistência de enfermagem à
f) prescrição da assistência de Enfermagem; gestante, parturiente, puérpera e ao
recém-nascido;
g) cuidados diretos de Enfermagem a
pacientes graves com risco de vida; i) participação nos programas e nas
atividades de assistência integral à saúde
h) cuidados de Enfermagem de maior individual e de grupos específicos,
complexidade técnica e que exijam particularmente daqueles prioritários e de
conhecimentos científicos adequados e alto risco;
capacidade de tomar decisões imediatas;
j) acompanhamento da evolução e do
II – Como integrante da equipe de saúde: trabalho de parto;

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IMPLEMENTAÇÃO DOS SERVIÇOS E
FUNCIONAMENTO DE EQUIPE
MULTIDISCIPLINAR

m) participação em programas e atividades exames e tratamentos;


de educação sanitária, visando à melhoria de
saúde do indivíduo, da família e da população b) observar, reconhecer e descrever sinais e
em geral; sintomas, ao nível de sua qualificação;

n) participação nos programas de c) executar tratamentos especificamente


treinamento e aprimoramento de pessoal de prescritos, ou de rotina, além de outras
saúde, particularmente nos programas de atividades de Enfermagem, tais como:
educação continuada; ministrar medicamentos por via oral e
parenteral, realizar controle hídrico e fazer
o) participação nos programas de higiene e curativos;
segurança do trabalho e de prevenção de
acidentes e de doenças profissionais e do d) aplicar oxigenoterapia, nebulização,
trabalho; enteroclisma, enema e calor ou frio;

p) participação na elaboração e na e) executar tarefas referentes à conservação


operacionalização do sistema de referência e e aplicação de vacinas;
contra-referência do paciente nos diferentes
níveis de atenção à saúde; f) efetuar o controle de pacientes e de
comunicantes em doenças transmissíveis;
q) participação no desenvolvimento de
tecnologia apropriada à assistência de saúde; g) realizar testes e proceder à sua leitura,
para subsídio de diagnóstico;
r) participação em bancas examinadoras, em
matérias específicas de Enfermagem, nos h) colher material para exames laboratoriais;
concursos para provimento de cargo ou
contratação de Enfermeiro ou pessoal i) prestar cuidados de Enfermagem pré e
Técnico e Auxiliar de Enfermagem. pós-operatórios;

j) circular em sala de cirurgia e, se necessário,


3.1.1 - TÉCNICO DE ENFERMAGEM instrumentar;

De acordo com o Decreto nº 94.406/87 e a l) executar atividades de desinfecção e


Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, em seu esterilização;
Artigo 11 – O Auxiliar de Enfermagem executa
as atividades auxiliares, de nível médio m) prestar cuidados de higiene e conforto ao
atribuídas à equipe de Enfermagem, paciente e zelar por sua segurança, inclusive:
cabendo-lhe: alimentá-lo ou auxiliá-lo na alimentação;
zelar pela limpeza e ordem do material, de
a) preparar o paciente para consultas, equipamentos e de dependência de unidades

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FUNCIONAMENTO DE EQUIPE
MULTIDISCIPLINAR

de saúde; prolongado tempo de internação,


posicionamento inadequado com falta de
n) integrar a equipe de saúde; mobilização predispõe a modificações
morfológicas dos músculos e tecidos
o) participar de atividades de educação em conjuntivos. Em alguns casos apresentam:
saúde, inclusive: orientar os pacientes na alterações no alinhamento biomecânico,
pós-consulta, quanto ao cumprimento das comprometimento de resistência
prescrições de Enfermagem e médicas e cardiovascular, que ocorrem em exigências
auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de funcionais para realização de movimentos
Enfermagem na execução dos programas de coordenados. Evoluindo com contraturas
educação para a saúde; articulares, diminuição do trofismo e força
muscular, e aparecimento de úlceras de
p) executar os trabalhos de rotina vinculados pressão.
à alta de pacientes:
O fisioterapeuta atuando sobre os efeitos
q) participar dos procedimentos pós-morte. deletérios da hipo ou inatividade do paciente
acamado no âmbito hospitalar contribui na
redução da taxa de mortalidade, taxa de
3.2 FISIOTERAPEUTA infecção, tempo de permanência na UTI,
índice de complicações no pós-operatório.
Os principais objetivos da atuação da Equipe
de Fisioterapia dos hospitais gerenciados pelo O papel dos profissionais da Equipe de
IBGH são os de minimizar os efeitos da Fisioterapia, torna-se cada vez mais
imobilidade no leito, prevenir e/ou tratar as complexo face à constante qualificação dos
complicações respiratórias e motoras bem serviços de assistência à saúde, que não se
como promover integração sensória motora limitam mais a garantir sobrevida, mas a
e cognitiva. A atuação objetiva preservar, oferecer qualidade de vida às pessoas.
desenvolver e restaurar a integridade de
órgãos, sistemas e funções. O paciente seja A importância da fisioterapia vai do aspecto
ele clínico ou cirúrgico, pode apresentar-se assistencial a redução do custo financeiro: o
em diversas condições de saúde, com isso, tratamento de pacientes em fase de
conforme as necessidades apresentadas recuperação, seja de traumas ou cirurgias,
priorizam-se determinadas técnicas, visando resulta em uma maior agilização das altas, o
maior efetividade nas condutas e utilização que aumenta a rotatividade dos leitos,
dos recursos disponíveis. diminui as chances de infecções hospitalares,
minimiza os custos com remédios e oxigênio,
Dessa maneira o fisioterapeuta participa e, principalmente, fornece uma melhor
ativamente na recuperação do paciente, com qualidade de vida ao paciente. O
consequente redução no período de Fisioterapeuta, além de atuar nas áreas de
permanência de internação hospitalar. O terapêutica e reabilitação vai desenvolver

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programas de prevenção, proteção e Realizar inspeção geral;


promoção da saúde, trabalhando de forma
efetiva com outros profissionais da área de Fazer avaliação motora e sensitiva;
assistência à saúde, no sentido de obter
resultados benéficos junto ao paciente. Realizar avaliação de equilíbrio estático e
dinâmico;
O Serviço de Fisioterapia dos hospitais
gerenciados pelo IBGH é especializado no Fazer avaliação da marcha e de
cuidado aos pacientes internados nos leitos funcionalidade;
de internação. Tem capacidade de cobertura
24 horas por dia, de acordo com a prescrição Solicitar Exames complementares;
médica, realizando fisioterapia motora e
respiratória a partir de Protocolos de Avaliar pupilas em pacientes comatosos e
Atendimento, condutas padronizadas e sedados;
técnicas baseadas nas mais modernas
evidências científicas. Realizar ausculta pulmonar
determinando a presença, diminuição ou
A Equipe de Fisioterapia atua reduzindo os ausência do murmúrio vesicular, bem
riscos próprios da internação hospitalar, como a presença ou ausência dos ruídos
contando com modernos recursos para adventícios (roncos, sibilos ou estertores)
avaliação, monitorização e tratamento com a sua localização no parênquima
respiratório e equipamentos específicos para pulmonar.
as atividades de reabilitação motora. O
Fisioterapeuta deverá: 3.3 PSICOLOGIA

Consultar o prontuário do paciente para A atuação da Equipe de Psicologia dos


obter identificação e dados como: hospitais gerenciados pelo IBGH, não se
antecedentes, história da moléstia atual e refere apenas à atenção direta ao paciente.
motivo da internação. Refere-se também a atenção que é
dispensada à família e a equipe de saúde,
Verificar o prontuário antes do dentro de sua atuação profissional.
atendimento, solicitar os dados do quadro
do paciente com o médico e/ou a equipe A atuação do psicólogo hospitalar promove
de enfermagem da unidade; mudanças, atividades curativas e de
prevenção, diminui o sofrimento que a
Avaliar nível de consciência; hospitalização e a doença causam ao
paciente.
Checar sinais vitais;
Os diagnósticos de cada caso são feitos a
Realizar avaliação respiratória; partir da representação que o paciente tem

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da doença e em particular da sua doença, e que contribui de forma significativa para a


que envolve os aspectos de sua formação promoção de saúde;
cultural, social e individual. A Equipe de
Psicologia deve estar alerta, principalmente, O acompanhamento psicológico junto à
para a maneira como o paciente reage frente família do paciente é muito importante, pois,
ao diagnóstico de sua doença, como a sua o familiar vivencia um momento de crise
vida psíquica e sua vida social interfere na acometido pelo sentimento de impotência
dinâmica subjetiva, e também como se frente a moléstia de seu ente querido, e
estabelecem as relações psicológicas entre o também seu temor pelo falecimento.
paciente, a família e a equipe de saúde.
No hospital, o psicólogo hospitalar deverá:
O trabalho do psicólogo hospitalar é
especificamente direcionado ao Realizar a avaliação e atendimento
restabelecimento do estado de saúde do psicológico aos familiares, apoiando-os e
paciente ou, ao controle dos sintomas que orientando-os em suas dúvidas,
comprometem bem-estar do paciente. angústias, fantasias e temores.

A Equipe de Psicologia dos hospitais Junto à família, o psicólogo deverá atuar


gerenciados pelo IBGH tem ainda sua atuação apoiando e orientando, possibilitando que
nas funções: se reorganize de forma a poder ajudar o
paciente em seu processo de doença e
A função de auxílio à adaptação, hospitalização. Não se pode perder de
intervindo na qualidade do processo de vista a importância da força afetiva da
adaptação e recuperação do paciente família.
internado;
Avaliar o estado emocional do paciente e
A função de interconsulta, auxiliando da família e o impacto do adoecimento e
outros profissionais na atenção com o da internação para ambos. Avalia
paciente; também, as possíveis crenças ou ideias
distorcidas que os familiares têm em
A função de enlace, de intervenção, por relação ao quadro clínico do paciente, e a
meio de delineamento e execução de relação do paciente e da família com a
programas com os demais profissionais, equipe profissional, uma vez que, todos
para modificar ou instalar esses fatores podem influenciar no
comportamentos adequados dos tratamento.
pacientes;
Interpretar as demandas do paciente, da
A função de gestão de recursos humanos, família e da equipe profissional e atuar
para aprimorar os serviços dos como facilitador do diálogo entre essa
profissionais da instituição, o que tríade, e dispensar apoio psicológico a

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família, assim como esclarecimento de reavaliação e adequação diariamente
suas dúvidas. com base nas metas nutricionais e nos
protocolos técnicos preestabelecidos, na
3.4 NUTRIÇÃO CLÍNICA causa de internação, nas comorbidades,
na condição e achados clínicos, no
De acordo com Resolução CFN n°380/2005, diagnóstico nutricional e considerando as
do Conselho Federal de Nutricionistas, uma transições entre as vias de administração
das áreas de atuação do nutricionista é a da Terapia Nutricional, assim como as
Nutrição Clínica, cujas atividades de interações drogas/nutrientes;
alimentação e nutrição são realizadas nos
hospitais e clínicas, nas instituições de longa Avaliar a terapia nutricional parenteral
permanência para idosos, nos ambulatórios e qualitativa e quantitativamente para
consultórios, nos bancos de leite humano, adequação às necessidades nutricionais e
nos lactários, nas centrais de terapia à condição clínica atual do paciente;
nutricional, nos SPA e quando em
atendimento domiciliar. Participar das visitas/rounds
multiprofissionais diários de discussão de
É o nutricionista que cuida da alimentação e casos clínicos e colaborar com a
de todo o processo de produção de alimentos elaboração do plano terapêutico do
(preparo, higiene, distribuição) e elaboração paciente, conforme a rotina da UTI;
de cardápios até o atendimento aos
pacientes, o monitoramento do estado Monitorar a evolução nutricional de
nutricional e o cuidado personalizado, com clientes, pacientes e usuários,
atuação em uma equipe multidisciplinar. São independentemente da via de
atribuições do Nutricionista: administração da Terapia Nutricional, de
acordo com os protocolos técnicos do
Estabelecer e executar protocolos serviço elaborado pela equipe de
técnicos do serviço, de acordo com a Nutricionistas;
legislação vigente e as diretrizes atuais
relacionadas à assistência nutricional; Registrar, diariamente, a prescrição
dietética e a evolução nutricional, em
Realizar triagem de risco nutricional e prontuário de clientes, pacientes e
elaborar o diagnóstico nutricional, quando usuários, de acordo com protocolos
aplicáveis, de acordo com os protocolos preestabelecidos pela equipe de
técnicos do serviço, e colaborar com a Nutricionistas;
implementação de técnicas de avaliação
antropométrica; Orientar a distribuição das dietas
prescritas por nutricionista,
Prescrever a dieta, o que inclui a terapia independentemente da via de
nutricional enteral e oral, e realizar sua administração, supervisioná-las, e avaliar

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a infusão, a aceitação e a tolerância; elas, a gestão, a farmácia clínica, a logística, a
manipulação de medicamentos,
Estabelecer critérios de assistência farmacovigilância, entre outras. São
nutricional nos protocolos de atribuições do fármaco hospitalar:
transferência interna na instituição e
realizar o relatório e a orientação Realizar o controle de medicamentos e
alimentar e nutricional na alta hospitalar insumos padronizados pela farmácia
dos clientes/pacientes/usuários, hospitalar;
garantindo, assim, a continuidade do
cuidado nutricional; Garantir a assistência farmacêutica em
período integral de funcionamento da
Interagir com Nutricionistas responsáveis instituição;
pela Unidade de Alimentação e Nutrição
(UAN), Unidade de Nutrição e Dietética de Realizar análises farmacoeconômicas;
Terapia de Nutrição Enteral, Lactário e
Banco de Leite Humano, definindo Promover estratégias que garantam a
procedimentos em parceria; melhoria contínua da qualidade.

Realizar análises críticas periódicas sobre 3.5 MÉDICO


a assistência prestada ao paciente por
meio de indicadores de desempenho, de De acordo com a Lei nº 3.268/1957, o Decreto
acordo com protocolos preestabelecidos nº 44.045 / 1958, a Lei nº 3.268/57, a Lei nº
pela Equipe de Nutricionistas, com vistas 6.932/1981 e a Resolução CFM 2.147/2016,
a contribuir, de maneira sistemática, para que estabelece que a prestação de
a melhoria contínua. assistência médica e a garantia das condições
técnicas de atendimento nas intuições
3.6 FARMACÊUTICO HOSPITALAR públicas ou privadas são de responsabilidade
do diretor técnico e do diretor clínico, os
A farmácia hospitalar é uma unidade quais, no âmbito de suas respectivas
clínico-assistencial, técnico e administrativo, atribuições, responderão perante o Conselho
na qual se realizam atividades relacionadas à Regional de Medicina, caberá ao médico
assistência farmacêutica, à produção, ao realizar consultas e atendimentos médicos;
armazenamento, ao controle, à dispensação, tratar pacientes; implementar ações para
à distribuição de medicamentos e correlatos, para promoção da saúde; coordenar
bem como à orientação de pacientes internos programas e serviços em saúde, efetuar
e ambulatoriais. perícias, auditorias e sindicâncias
médicas; elaborar documentos e de
Sendo que o Farmacêutico possui papel de difundir conhecimentos da área médica, bem
suma importância nas diversas áreas que como assessorar nas atividades de ensino,
compreendem a farmácia hospitalar, entre pesquisa e extensão.

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O médico, ao exercer a sua profissão, deve em Encaminhar, quando necessário, usuários
obediência aos conceitos éticos permeados a outros pontos de atenção, respeitando
na sua atividade, zelar e trabalhar pelo fluxos locais, mantendo sua
perfeito desempenho ético da Medicina e pelo responsabilidade pelo acompanhamento
prestígio e bom conceito da profissão. do plano terapêutico do usuário;

O Médico é o guardião da vida, que é o bem Indicar, de forma compartilhada com


maior que o ser humano possui. O médico outros pontos de atenção, a necessidade
deve ter dedicação, correção, respeito pela de internação hospitalar ou domiciliar,
vida e em razão de sua função agir sempre mantendo a responsabilização pelo
com diligência, cautela e evitar que seu acompanhamento do usuário;
paciente possa ser conduzido ao sofrimento,
a dor, a angústia e as perdas irreparáveis. Realizar estratificação de risco e elaborar
plano de cuidados para as pessoas que
A responsabilidade do médico e os possuem condições crônicas, junto aos
acontecimentos gerados em decorrência de demais membros da equipe;
sua profissão podem gerar efeitos na esfera
ética, civil e criminal. O médico não pode Indicar a necessidade de internação
praticar atos profissionais que possam ser hospitalar ou domiciliar, mantendo a
danosos ao paciente, e que podem ser responsabilização pelo acompanhamento
caracterizados como imperícia, imprudência e da pessoa;
negligência. São atribuições do médico:
Participar do gerenciamento dos insumos
Realizar atenção a saúde aos indivíduos necessários para o adequado
sob sua responsabilidade; funcionamento da Unidade.

Aplicar os conhecimentos de
medicina na prevenção, diagnóstico e
tratamento das doenças do corpo
humano;

Realizar consultas clínicas, pequenos


procedimentos cirúrgicos, atividades em
grupo na Unidade e, quando indicado ou
necessário, no domicílio e/ou nos demais
espaços comunitários (escolas,
associações etc);

Realizar atividades programadas e de


atenção à demanda espontânea;

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CAPÍTULO IV

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METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA
DO PACIENTE (SEGUNDO A OMS)

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A segurança do paciente tem sido 3 MELHORAR A SEGURANÇA DOS
amplamente discutida no mundo inteiro, MEDICAMENTOS DE ALTA VIGILÂNCIA
sendo considerada uma importante questão
de saúde pública. Entende-se por Segurança Desenvolver e implementar estratégias e
do Paciente a redução, a um mínimo mecanismos que promovam a segurança do
aceitável, do risco de dano desnecessário paciente e dos profissionais envolvidos no
associado ao cuidado de saúde. processo de utilização de Medicamentos de
Alta Vigilância.
1 IDENTIFICAR OS PACIENTES CORRETAMENTE
Conferir o nome completo, cartão SUS e a
Identificar, com segurança, o paciente como prescrição ;
sendo a pessoa para a qual se destina o
serviço e/ou procedimento. Medicamento certo;

Exigir cartão SUS e documento com foto; Hora certa;

Confirmar a identificação do paciente Dose certa;


antes do cuidado e na dispensação de
medicamentos e insumos; Registro certo;

Urgência/emergência; Forma certa;

Transferência. Resposta certa.

4 ASSEGURAR CIRURGIAS COM LOCAL DE


2 MELHORAR A COMUNICAÇÃO EFETIVA INTERVENÇÃO CORRETO, PROCEDIMENTO
CORRETO E PACIENTE CORRETO
Desenvolver uma abordagem para melhorar
a comunicação entre os prestadores de Essa meta visa aperfeiçoar a comunicação
cuidado, estabelecendo uma comunicação entre os profissionais envolvidos no
efetiva, oportuna, precisa, completa, sem processo; assegurar a inclusão do paciente na
ambiguidade e compreendida pelo receptor. marcação do local da intervenção; garantir
cirurgias e procedimentos invasivos no local
Melhorar a comunicação entre de intervenção correto, procedimento correto
profissionais: no paciente correto.

Atenção: as informações descritas abaixo As medidas a serem implantadas para


se aplicam ao colaborador, ao paciente reduzir a ocorrência de incidentes, eventos
e/ou acompanhante/familiar, a depender adversos e a mortalidade cirúrgica,
do caso. possibilitando o aumento da segurança na

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METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA
DO PACIENTE (SEGUNDO A OMS)

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realização de procedimentos cirúrgicos, no Lesão por pressão.
local correto e no paciente correto.

Os cuidados que a equipe do IBGH serão de


comunicar ao paciente os procedimentos que
serão realizados e os cuidados
pós-operatórios.

5 HIGIENIZAR AS MÃOS PARA EVITAR


INFECÇÕES

Promover a prevenção e controle das


infecções em todas as unidades de
atendimento a pacientes, por meio de um
programa efetivo, com ênfase na importância
da prática da higienização das mãos.

Observar as recomendações gerais sobre


precaução para prevenção de infecção
hospitalar.

Trocar luvas entre tarefas e


procedimentos no mesmo paciente, após
contato com material que possa conter
alta concentração de micro-organismos.

6 REDUZIR O RISCO DE LESÕES AO PACIENTE,


DECORRENTES DE QUEDAS E LESÃO

Elaborar, implementar e monitorar ações


preventivas para reduzir lesões decorrentes
de quedas

Orientação sobre o risco de queda;

Identificação e redução de fatores de risco


para quedas;

Segurança do paciente durante a


assistência de enfermagem;

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CAPÍTULO V

INSTITUTO BRASILEIRO DE GESTÃO HOSPITALAR 20


PLANO DE SEGURANÇA DO PACIENTE E
CULTURA DE SEGURANÇA DO PACIENTE

O Plano de Segurança do Paciente (PSP) pacientes e aos profissionais da instituição.


constitui-se em “documento que aponta Prevê ações que garantam a comunicação
situações de risco e descreve as estratégias e efetiva entre profissionais do serviço de
ações definidas pelo serviço de saúde para a saúde e entre serviços de saúde, estimule a
gestão de risco visando à prevenção e a participação do paciente e dos familiares na
mitigação dos incidentes, desde a admissão assistência prestada e promova um ambiente
até a transferência, a alta ou o óbito do de assistência seguro.
paciente no serviço de saúde”
A Portaria MS/GM nº 529/2013, dedicou um
A implantação do Plano de Segurança do espaço para transcrever o conceito de cultura
Paciente deve reduzir a probabilidade de de segurança do paciente da OMS:
ocorrência de Eventos Adversos resultantes
da exposição aos cuidados em saúde, Cultura na qual todos os trabalhadores,
devendo ser focado na melhoria contínua dos incluindo profissionais envolvidos no
processos de cuidado e do uso de tecnologias cuidado e gestores, assumem
da saúde, na disseminação sistemática da responsabilidade pela sua própria
cultura de segurança, na articulação e segurança, pela segurança de seus
integração dos processos de gestão de risco e colegas, pacientes e familiares;
na garantia das boas práticas de
funcionamento do serviço de saúde. Cultura que prioriza a segurança acima de
metas financeiras e operacionais;
A Portaria Ministerial 529/2013 institui o
Programa Nacional de Segurança do Paciente Cultura que encoraja e recompensa a
(PNSP) com objetivo de contribuir para a identificação, a notificação e a resolução
qualificação do cuidado em saúde em todos dos problemas relacionados à segurança;
os estabelecimentos de saúde do território
nacional. Regulamentada pela RDC 36/2013, a Cultura que, a partir da ocorrência de
qual institui as Ações Para a Segurança do incidentes, promove o aprendizado
Paciente em Serviços de Saúde, possui foco organizacional;
em promoção de ações voltadas à segurança
do paciente em âmbito hospitalar. As ações Cultura que proporciona recursos,
incluem promoção, execução e monitorização estrutura e responsabilização para a
de medidas intrahospitalares com foco na manutenção efetiva da segurança.
segurança do paciente.
Em conformidade com a RDC 36/2013, o
O Plano de Segurança do Paciente da unidade Núcleo de Segurança do Paciente deve ser
é constituído de ações de orientação técnico constituído e nomeado pela direção da
administrativos com foco primordial em unidade. Os NSPs, previstos na Portaria
prevenir a ocorrência de incidentes e eventos MS/GM nº 529/2013 e na RDC nº
adversos relacionados à assistência a 36/2013/Anvisa, são instâncias que devem

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PLANO DE SEGURANÇA DO PACIENTE E
CULTURA DE SEGURANÇA DO PACIENTE

ser criadas nos estabelecimentos de Saúde


para promover e apoiar a implementação de
iniciativas voltadas à segurança do paciente.

Os Núcleos de Segurança do Paciente devem,


antes de tudo, atuar como articuladores e
incentivadores das demais instâncias do
hospital que gerenciam riscos e ações de
qualidade, promovendo complementaridade
e sinergias neste âmbito.

Os NSPs serão responsáveis pela elaboração


de um plano de segurança do paciente do
serviço de Saúde que aponte e descreva as
estratégias e ações definidas pelo serviço de
Saúde para a execução das etapas de
promoção, de proteção e de mitigação dos
incidentes associados à assistência à saúde,
desde a admissão até a transferência, a alta
ou o óbito do paciente no serviço de Saúde.

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CAPÍTULO VI

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ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DE
CONTROLE DE INFECÇÃO

I. PRECAUÇÕES PADRÃO que possam gerar respingos de sangue,


fluidos, secreções e excreções corpóreas •
Deverá ser aplicada a todos os pacientes do Remover o avental sujo o mais rápido
hospital, independente de seu diagnóstico ou possível e lavar as mãos;
presumível status de infecção.
Equipamentos Usados no Cuidado ao
Higienização das mãos sempre: antes de Paciente - Os equipamentos reutilizáveis
manusear o paciente Após tocar sangue, deverão estar limpos e serem
fluidos, secreções, excreções corpóreas e reprocessados adequadamente, antes de
artigos contaminados, usando ou não serem usados em outro paciente
luvas Após a retirada das luvas Entre Estabelecer rotinas adequadas para
contato com pacientes Entre tarefas e limpeza e desinfecção das superfícies
procedimentos num mesmo paciente, ambientais, camas, equipamentos de
para impedir a contaminação cruzada de cabeceira e outras superfícies tocadas
diferentes sítios; frequentemente. Não re-encapar agulhas
nem seringas descartáveis, o descarte
Quando tocar sangue, fluidos, secreções, destes materiais deverá ser feito em
excreções corpóreas e artigos caixas apropriadas e resistentes;
contaminados;
Sinalização dos leitos: caso necessário a
Quando tocar membranas mucosas e sinalização do leito deverá ser efetuada
pele não íntegra. pelas placas relacionadas ao tipo de
precaução a ser instituído de acordo com
II. LUVAS as indicações.

Devem ser removidas imediatamente após o IV. PRECAUÇÕES COM AEROSSÓIS


uso, antes de tocar artigos e superfícies do
ambiente São aplicáveis para pacientes com
diagnóstico ou suspeitos de infecção por
Após o uso das luvas, lavar as mãos micro-organismos transmitidos por
imediatamente “dropletnuclei” (partículas = ou menor que
5µm), de gotículas evaporadas contendo
Máscara e óculos : microorganismos que permanecem em
suspensão no ar e que podem ser
Usar durante procedimentos e atividades amplamente dispersas pelas correntes de ar,
que possam gerar respingos de sangue, dentro de um quarto ou por longas
secreções e excreções corpóreas. distâncias.

III. AVENTAL
V. ACOMODAÇÃO DO PACIENTE - QUARTO
PRIVATIVO
Vestir para proteger a pele e prevenir
sujar a roupa durante procedimentos e
atividades ligadas ao paciente, que Manter a porta fechada e o paciente

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ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DE
CONTROLE DE INFECÇÃO

dentro do quarto -Máscara N95 ou PFF2; Caso necessário a sinalização do leito deverá
ser efetuada pelas placas relacionadas ao
Uso obrigatório pelo profissional de tipo de precaução a ser instituído de acordo
saúde; com as indicações.

Pessoas imunes ao sarampo e varicela IX. PRECAUÇÕES AÉREAS GOTÍCULAS


não necessitam usar máscara;
São aplicáveis ao paciente com diagnóstico
Indivíduos susceptíveis a sarampo e ou suspeito de estar infectado com
varicela não devem entrar em quarto dos micro-organismos transmitidos por
pacientes que apresentarem esta gotículas, (partículas maiores que 5µm de
suspeita. tamanho) que podem ser geradas pelo
paciente durante tosse, espirro, fala ou
VI. TRANSPORTE DO PACIENTE durante a execução de procedimentos.

Limitar o movimento e o transporte do Usar precauções padrão mais:


paciente somente para propósitos
especiais; Acomodação do paciente: quarto
privativo.
Se necessário à saída do quarto, colocar
uma máscara cirúrgica no paciente Máscara cirúrgica: usar quando entrar no
sempre que possível. quarto e for manter contato próximo ao
paciente (distância aproximada de 1
VII. EXEMPLO DE DOENÇAS QUE REQUEREM metro).
PRECAUÇÕES AÉREAS:
Transporte do paciente: limitar o
Tuberculose pulmonar confirmada ou movimento e o transporte do paciente
suspeita ou doença laringueal; somente para propósitos especiais • Se
necessário à saída do quarto, colocar uma
Sarampo; máscara cirúrgica no paciente sempre
que possível.
Varicela Herpes zoster (localizado em
paciente imunodeprimido ou Doenças que requerem precauções com
disseminado); gotículas:difteria faríngea, faringite e
pneumonia por estreptoccocus do grupo
O transporte de paciente deve ser A, epiglotite por haemophilusinfluenzae,
limitado ao mínimo necessário, porém influenza/SRAG, meningite por
quando indicado o paciente deve utilizar haemophilusinfluenzae, meningite por
máscara cirúrgica. neisseria, pneumonia meningocócica,
menincococcemia, parotidite,• coqueluche
VIII. SINALIZAÇÃO DOS LEITOS mycoplasmapneumoniae, pneumonia por

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ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DE
CONTROLE DE INFECÇÃO

Haemophilusinfluenzae, pneumonia vestuário com paciente ou superfícies do


pneumocócica, rubéola; ambiente que possam estar
contaminadas;
Sinalização dos leitos: caso necessário a
sinalização do leito deverá ser efetuada Equipamentos para o cuidado do
pelas placas relacionadas ao tipo de paciente;
precaução a ser instituído de acordo com
as indicações. O uso de equipamentos quando possível
deve ser restrito ao paciente com o
X. PRECAUÇÃO DE CONTATOS patógeno que requer precaução;

Aplicáveis a pacientes diagnosticados ou Se não possível o uso de equipamento


suspeitos de estarem infectados ou restrito, este deve ser limpo e desinfetado
colonizados com micro-organismos antes de ser usado em outro paciente.
epidemiológicamente importantes, que
podem ser transmitidos por contato direto X.II CONDIÇÕES CLÍNICAS PARA UTILIZAÇÃO
com pacientes ou contato indireto com DE PRECAUÇÃO DE CONTATO
superfícies do meio ambiente ou material que
entrou em contato com o paciente. Abcesso drenando muito;

X.I ACOMODAÇÃO DO PACIENTE Celulite (lesões úmidas);

Quarto privativo, se não disponível, Colonização ou infecção gastrointestinal,


consultar a CCIH. respiratória ou de pele por germe
multirresistente;
Luvas e Higienização das mãos;
Difteria cutânea;
Usar luvas de procedimento quando
entrar no quarto; Doença estafilocóccica (S. aureus) em
pele, ferida ou queimadura com grande
Durante o contato com o paciente, trocar drenagem;
as luvas após ter tido contato com
material infectante com altas Doença estreptocóccica (Estrepto grupo
concentrações de micro-organismos A) em pele, ferida ou queimadura com
(fezes, secreções de feridas); grande drenagem;

Antes de sair do quarto, remover as luvas Escabiose;


e higienizar as mãos.
Enterocolite por Clostridium difficile;
Avental: Uso de avental limpo quando
entrar no quarto e for ter contato do Feridas infectadas com drenagem

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ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DE
CONTROLE DE INFECÇÃO

abundante ou não contida por curativo


Furunculose por estafilococo;

Gastroenterite por Clostridium difficile,


Escherichia coli, Rotavírus e Shigellacom
fralda ou incontinente;

Hepatite viral tipo A com fralda ou


incontinente

Herpes simplex neonatal

Herpes zoster disseminado (Varicela)

Impetigo

Infecção por vírus sincicial respiratório

Infecção respiratória por vírus


Parainfluenza

Infecções Enterovirais

Pediculose pneumonia por adenovírus

Queimaduras independentes de
contaminação ou não

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CAPÍTULO VII

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USO DE EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

O equipamento de proteção individual (EPI) ocular. Deve ser de material acrílico que
deve ser usado quando se prevê uma não interfira com a acuidade visual do
exposição a material biológico e a produtos profissional e permita uma perfeita
químicos tóxicos. Tem por objetivo a proteção adaptação à face. Deve oferecer proteção
do funcionário, podendo também ser lateral e com dispositivo que evite
utilizado na proteção do paciente ou de embaçar.
materiais que se esteja manipulando e se
busque garantir a ntão contaminação. Protetor facial de acrílico – proteção da
face. Deve ser de material acrílico que não
A adequação do EPI está diretamente interfira com a acuidade visual do
vinculada a atividade desenvolvida e ao tipo profissional e permita uma perfeita
de risco ao qual o colaborador está exposto adaptação à face. Deve oferecer proteção
(relacionada às medidas de precaução). São lateral. Indicado durante a limpeza
indicados nas áreas clínicas e de apoio mecânica de instrumentais (Central de
diagnóstico. Deve-se almejar a proteção total Esterilização, Expurgos), área de
quando se identifica um risco aumentado de necrópsia e laboratórios.
exposição.
Avental impermeável, Capote de manga
Tipos de EPI: comprida – para a proteção da roupa e
pele do profissional.
Máscara com filtro químico – indicada
para quando o profissional necessite Bota ou sapato fechado impermeável –
manipular substâncias químicas tóxicas, proteção da pele do profissional, em
tais como germicidas com emissão de locais úmidos ou com quantidade
fortes odores ou a partir da significativa de material infectante
recomendação dos fabricantes; (centros cirúrgicos, expurgos, central de
esterilização, áreas de necrópsia,
Máscara PFF2/N95 – indicada para a situações de limpeza ambiental e outros).
proteção de doenças por transmissão
aérea [tuberculose, varicela, sarampo e Apesar de não possuir registro como EPI, na
SARG (síndrome aguda respiratória assistência a saúde a máscara cirúrgica e o
grave)]; gorro são considerados dispositivos que
asseguram, também, a proteção do
Luva de borracha – proteção da pele à profissional.
exposição de material biológico e
produtos químicos. Deve possuir cano Máscara cirúrgica – indicada para
longo quando se prevê uma exposição até proteção da mucosa oro-nasal bem como
antebraço; para a proteção ambiental de secreções
respiratórias do profissional. A máscara
Óculos de acrílico – proteção de mucosa deve possuir gramatura que garanta uma

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USO DE EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

efetiva barreira, tem sido recomendada


que seja confeccionada com no mínimo
três camadas;

Gorro – proteção de exposição dos


cabelos e couro cabeludo à matéria
orgânica ou produtos químicos, bem
como proteção ambiental à escamas do
couro cabeludo e cabelos.

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ILUSTRAÇÕES

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ILUSTRAÇÕES -
MEDIDAS DE PRECAUÇÃO

Precaução Padrão
Devem ser seguidas para TODOS OS PACIENTES,
independente da suspeita ou não de infecções.

Higienização das mãos Luvas e Avental Óculos e Máscara Caixa pérfuro-cortante

Higienização das mãos: lave com água e sabonete ou friccione as mãos com álcool a Use óculos, máscara e/ou avental quando houver risco de contato de sangue ou
70% (se as mãos não estiverem visivelmente sujas) antes e após o contato com qualquer secreções, para proteção da mucosa de olhos, boca, nariz, roupa e superfícies
paciente, após a remoção das luvas e após o contato com sangue ou secreções. corporais.

Use luvas apenas quando houver risco de contato com sangue, secreções ou Descarte, em recipientes apropriados, seringas e agulhas, sem desconectá-las ou
membranas mucosas. Calce-as imediatamente antes do contato com o paciente reencapá-las.
e retire-as logo após o uso, higienizando as mãos em seguida.

Precaução de Contato

Higienização das mãos Avental Luvas Quarto privativo

Indicações: infecção ou colonização por microrganismo multirresistente, varicela, Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, a distância mínima
infecções de pele e tecidos moles com secreções não contidas no curativo, entre dois leitos deve ser de um metro.
impetigo, herpes zoster disseminado ou em imunossuprimido, etc.
Equipamentos como termômetro, esfignomanômetro e estetoscópio devem ser
Use luvas e avental durante toda manipulação do paciente, de cateteres e sondas, de uso exclusivo do paciente.
do circuito e do equipamento ventilatório e de outras superfícies próximas ao leito.
Coloque-os imediatamente antes do contato com o paciente ou as superfícies e
retire-os logo após o uso, higienizando as mãos em seguida.

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ILUSTRAÇÕES -
MEDIDAS DE PRECAUÇÃO

Precauções para Gotículas

Higienização das mãos Máscara Cirúrgica Máscara Cirúrgica Quarto privativo


(profissional) (paciente durante o transporte)

Indicações: meningites bacterianas, coqueluche, difteria, caxumba, influenza, O transporte do paciente deve ser evitado, mas, quando necessário, ele deverá
rubéola, etc. usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto.

Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser


internado com outros infectados pelo mesmo microrganismo. A distância mínima
entre dois leitos deve ser de um metro.

Precauções para Aerossóis

Higienização das mãos Máscara PFF2 (N-95) Máscara Cirúrgica Quarto privativo
(profissional) (paciente durante o transporte)

Precaução padrão: higienize as mãos antes e após o contato com o paciente, Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser
use óculos, máscara cirúrgica e/ou avental quando houver risco de contato de internado com outros pacientes com infecção pelo mesmo microrganismo.
sangue ou secreções, descarte adequadamente os pérfuro-cortantes. Pacientes com suspeita de tuberculose resistente ao tratamento não podem
dividir o mesmo quarto com outros pacientes com tuberculose.
Mantenha a porta do quarto SEMPRE fechada e coloque a máscara antes de
entrar no quarto. O transporte do paciente deve ser evitado, mas quando necessário o paciente
deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto.

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ILUSTRAÇÕES -
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Como Fazer a Fricção Anti-Séptica das Como Higienizar as Mãos


Mãos com Preparações Alcoólicas? com Água e Sabonete?

Aplique na palma da mão quantidade


Aplique uma quantidade suficiente de preparação alcoólica em uma Molhe as mãos com água. suficiente de sabonete líquido para
mão em forma de concha para cobrir todas as superfícies das mãos. cobrir todas as superfícies das mãos.

Friccione as palmas Friccione a palma direita contra o dorso da mão Entrelace os dedos e friccione
das mãos entre si. esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa. os espaços interdigitais.

Friccione o dorso dos dedos de uma mão com Friccione o polegar esquerdo, com o auxílio Friccione as polpas digitais e unhas da mão
a palma da mão oposta, segurando os dedos, da palma da mão direita, utilizando-se direita contra a palma da mão esquerda,
com movimento de vai-e-vem e vice-versa. de movimento circular e vice-versa. fazendo movimento circular e vice-versa.

10

Enxágüe bem as Seque as mãos com papel No caso de torneiras com


mãos com água. toalha descartável. contato manual para fechamento,
sempre utilize papel toalha.

20-30 seg.
40-60 seg.

11

Quando estiverem secas,


suas mãos estarão seguras. Agora, suas mãos estão seguras.

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A Organização Mundial de Saúde tomou todas as precauções cabíveis para verificar a informação contida neste informativo. Entretanto, o material publicado está sendo distribuído sem qualquer garantia
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FIGUEIREDO, N. M. A.; VIANA, D. L.; MACHADO, W. C. A.

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