RECIFE, 2020
REGIÕES MAIS
SUSCEPTÍVEIS
Sacra, calcâneo, trocânter,
ombro, perna, occipital, joelho,
cotovelo, escápula, ísquio.
MAGNITUDE DO PROBLEMA
As LPP são um PROBLEMA
MULTIFATORIAL! Uma das
principais complicações que
acometem pacientes críticos
hospitalizados.
Os pacientes desnutridos e
IMPLICAÇÕES NEGATIVAS com capacidade funcional
✓ Maior tempo de internação dos pacientes. reduzida já na admissão
✓ Maior probabilidade de infecções. nos serviços de saúde
✓ Maior morbidade e mortalidade. tendem a desenvolver mais
✓ Ocasionam custos extremamente altos no facilmente as LPP. Podem
ambiente hospitalar.
ocorrer já na primeira
✓ Causam muito desconforto e dor, diminuindo a
qualidade de vida dos pacientes. semana de hospitalização.
FATORES DE RISCO
EXTRÍNSECOS: relativos à exposição física do paciente.
✓ Pressão contínua, cisalhamento, fricção e umidade.
INTRÍNSECOS: inerentes ao estado clínico do paciente.
✓ Idosos.
✓ Imobilidade total ou parcial.
✓ Doenças crônicas concomitantes.
✓ Uso de alguns medicamentos.
✓ Tabagismo.
✓ Perfusão tecidual.
✓ Imunodeficiência.
✓ Incontinência urinária ou fecal.
✓ Hipoalbuminemia e edema.
✓ Deficiências nutricionais como a desnutrição e
caquexia.
✓ Anemia: diminui a quantidade de oxigênio para os
fibroblastos, reduzindo a formação de colágeno.
CLASSIFICAÇÃO (CONSENSO NPUAP, 2016)
As LPP são classificadas de acordo com a profundidade de comprometimento tecidual.
ESTÁGIO 1
Apresenta pele íntegra com eritema que não
embranquece. Na pele escura as manchas podem
parecer mais roxas ou azuladas. Pode estar
associado à sensação de coceira, queimação,
mudanças de sensibilidade e endurecimento da
região afetada.
ESTÁGIO 2
Perda da pele em sua espessura parcial com
exposição da derme. O leito da ferida é viável, de
coloração rosa ou vermelha, úmido e pode também
apresentar-se como uma bolha intacta ou rompida.
O tecido adiposo e tecidos profundos não são
visíveis. Ferida mais superficial.
CLASSIFICAÇÃO (CONSENSO NPUAP, 2016)
As LPP são classificadas de acordo com a profundidade de comprometimento tecidual.
ESTÁGIO 3
Perda da pele em sua espessura total e gordura
visível. Tecido de granulação e epíbole (lesão com
bordas enroladas) podem estar presentes. Esfacelo
e escaras podem estar visíveis. Não há exposição de
fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou
osso.
ESTÁGIO 4
Perda da pele em sua espessura total associada à
perda tissular com exposição ou palpação direta da
fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou
osso. Epíbole, descolamento e túneis presentes.
Esfacelo e/ou escaras visíveis.
CLASSIFICAÇÃO (CONSENSO NPUAP, 2016)
Lesão por Pressão Não Classificável
Perda da pele em sua espessura total e perda tissular na qual a extensão do
dano não pode ser confirmada porque está encoberta pelo esfacelo ou
escara. A remoção deles deixará a LPP estágios 3 ou 4 aparentes.
ESCARA
ESCARA
ESFACELO
CLASSIFICAÇÃO (CONSENSO NPUAP, 2016)
Lesão por Pressão Tissular Profunda
Pele intacta ou não, com área localizada e
persistente de descoloração vermelha escura,
marrom ou púrpura que não embranquece ou
separação epidérmica que mostra lesão com leito
escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento.
EXEMPLOS
✓ Escala de Norton
✓ Escala de Waterlow
✓ Escala de Braden
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E AS LPP
✓ A AN é essencial para a obtenção de dados relacionados ao risco de integridade
diminuída da pele.
✓ Pode identificar precocemente pacientes que apresentam risco para o
desenvolvimento de LPP, através da análise de dados bioquímicos, mensurações
antropométricas, sinais clínicos, história dietética e gasto energético.
✓ Identificar deficiências nutricionais associada ao pior prognóstico das LPP, como
desnutrição e caquexia.
FASES
1. FASE INFLAMATÓRIA: coagulação, ativação da resposta
imune local, fagocitose e a migração celular de neutrófilos e
macrófagos.
2. FASE PROLIFERATIVA: Intenso recrutamento de fibroblastos
(produção de colágeno) e proteínas para este novo tecido, para desenvolvimento das
células epiteliais. Neovascularização para favorecer a perfusão da área a ser
cicatrizada.
3. FASE DE MATURAÇÃO/REMODELAMENTO: o novo tecido formado desenvolverá
força tênsil por meio da reorganização das fibras de colágeno.
NUTRIÇÃO NA PREVENÇÃO DE LPP
DIRETRIZ PARA A PREVENÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO – 6 ELEMENTOS
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (2011
AVALIAR À
ADMISSÃO
MINIMIZAR A REAVALIAR
PRESSÃO DIARIAMENTE
PREVENÇÃO
DAS LPP
ADEQUAR A INSPECIONAR
NUTRIÇÃO A PELE
CONTROLAR
A UMIDADE
OBJETIVOS DA TN
✓ Estabelecer uma conduta nutricional que traga o máximo de qualidade de
vida ao paciente.
✓ Fornecer nutrientes de forma adequada evitando deficiências, prevenindo
desnutrições ou recuperando o estado nutricional dos pacientes.
✓ Promover a rápida e adequada regeneração tecidual e favorecer o
processo de cicatrização.
✓ Prevenir futuras úlceras e o agravamento das já existentes.
✓ Diminuir a limitação funcional do paciente.
✓ Suprir as necessidades
energéticas e proteicas
aumentadas nestes
paciente devido ao
processo inflamatório e
de cicatrização.
NUTRIENTES FUNDAMENTAIS
MACRONUTRIENTES
PROTEÍNAS
Nutriente fundamental em todo o processo cicatricial, essencial para o sistema imune,
para a proliferação de fibroblastos, síntese de colágeno e neoangiogênese. Dar
preferência às proteínas de alto valor biológico, pois apresentam os aminoácidos
essenciais em proporções adequadas, boa digestão e absorção de AA.
CARBOIDRATOS
Fonte de energia para leucócitos, fagócitos, para a proliferação celular e atividade dos
fibroblastos. Evitam que proteínas sejam usadas como energia, evitam a degradação
muscular e as falhas de cicatrização.
LIPÍDIOS
Constituintes das membranas celulares muito exigidos durante a síntese tecidual e
replicação celular. São fonte de energia celular e necessários para a síntese de
compostos que regulam o metabolismo celular, o processo inflamatório e vascular.
NUTRIENTES FUNDAMENTAIS
MICRONUTRIENTES
VITAMINA A: estimula a síntese e deposição de colágeno, é antioxidante e atua no
crescimento e diferenciação das células epiteliais. Sua deficiência causa alterações
na resposta inflamatória e retarda a velocidade de epitelização.
VITAMINA C: atua na síntese do colágeno, é antioxidante, diminui a
suscetibilidade a infecções, otimiza a absorção e utilização do ferro, outro
nutriente essencial no processo de cicatrização. Sua deficiência diminui a força
tênsil da ferida, a quimiotaxia dos neutrófilos e macrófagos na fase inflamatória.
VITAMINA E: é antioxidante, promove a integridade das membranas celulares
(evita oxidação dos fosfolipídeos). Sua deficiência causa redução da vida média
dos eritrócitos, podendo resultar em anemia hemolítica, diminuindo a oxigenação
dos tecidos.