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Curso de Nutrição EaD – Metodologia Semipresencial

CRUZEIRO DO SUL EDUCACIONAL S.A.

Estudo de Caso
Estágio Curricular Supervisionado
em Nutrição Clínica

Dorimar Dias da Silva Sousa


RGM: 23540753

Planaltina GO
2023
Curso de Nutrição EaD – Metodologia Semipresencial
CRUZEIRO DO SUL EDUCACIONAL S.A.

Estudo de Caso
Estágio Curricular Supervisionado
em Nutrição Clínica

Estudo de Caso apresentado à disciplina de Estágio Curricular Supervisionado


em Nutrição Clínica do Curso de Nutrição da Cruzeiro do Sul
como requisito parcial para aprovação.

Dorimar Dias da Silva Sousa


RGM: 23540753

Supervisor de Campo: Laura dos Santos Siqueira


Supervisor Acadêmico: Prof.ª Ms. Paula Morcelli de Castro

Planaltina GO
2023
A – Resumo do Estudo de Caso

Este estudo de caso foi feito através de um acompanhamento de três dias de uma
paciente, na enfermaria 01 no Hospital Santa Rita de Cássia em Planaltina Goiás, no período
de 13 a 15/02/2023 tendo a supervisão e acompanhamento da nutricionista Laura dos Santos
Siqueira.
A paciente estudada LK de 72 anos. Foi internada com sintomas de tosse e se
recusando a se alimentar e beber água e diagnóstico definitivo de doença de Alzheimer. Filha
relata que a paciente não possuía doenças crônicas, a paciente não possui histórico familiar
por falta de convivência com a família por desavenças ainda na juventude e se alimentava por
via oral até dois dias antes da internação, quando sofreu um engasgo e foi levada ao Hospital
Santa Rita de Cássia ( HSRC) onde se confirmou uma broncoaspiração. E o médico
prescreveu sonda nasoenteral(SNE) por ficar constatado a sua incapacidade de se alimentar
de forma oral.
No momento da internação a paciente possuía peso estimado de 41,46 kg e altura
estimada de 1,55 m.
A paciente não possui alergias alimentares ou intolerâncias, não apresentou edemas ou
escaras. Apresentava pouca tosse após tomar xarope.
No hospital durante os três dias em observação foi ofertada a dieta nutrison energy
multi fiber com o volume de 150ml, na frequência de 6x ao dia e a paciente apresentou boa
aceitação da dieta ofertada e com esta boa adaptação recebeu alta médica.

B – Introdução

A paciente LK de 72 anos deste estudo de caso apresenta a doença de Alzheimer


(DA) que segundo Correia, A., Filipe, J., Santos, A., & Graça, P. (2015). Nutrição e doença de
Alzheimer. (2015). É uma doença degenerativa do cérebro, esta é a forma mais comum de
demência e representa por volta de 70% dos casos de demência e é classificada como
transtorno mental comportamental. As células do cérebro trabalham em conjunto para que
funcione corretamente onde cada célula faz algo único e por partes, então a perda de cada
parte é também a perda de uma função. Por este motivo, à medida que a doença de Alzheimer
vai progredindo, vão se perdendo funções importantes do cérebro e da vida das pessoas e das
atividades diárias do indivíduo.
No início a evolução da doença acontece de forma lenta e contínua, chegando a se
confundir, com situações de declínio normal da função cognitiva da idade, que leva a uma
deficiência mais leve, por isso é muito importante, diferenciar esta situação o quanto antes.
Pois com alguns tratamentos e estilos de vida pode retardar o avanço da doença.A doença
dura em média de 10 anos dependendo de cada caso.
A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema
nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal
cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como
consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas
regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral,
essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos
sensoriais e pensamento abstrato.(Ministério da saúde, de A a Z Alzheimer)
Ainda segundo o ministério da saúde na primeira fase (inicial) o Alzheimer causa
esquecimento, mudanças de humor, personalidade e com o tempo já na segunda
fase(moderada), aparecem dificuldades para falar, dificuldade na realização de tarefas
simples, muita agitação e insônia, Na terceira fase(forma grave) não aceita fazer as tarefas
diárias, aparece a incontinência urinária e fecal, dificuldades para se alimentar e a deficiência
motora progressiva. Quarta e última fase(terminal) é uma fase de restrições e ao leito onde o
paciente não se comunica mais, sente dor a deglutição e tem infecções rotineiras.
Segundo Correia, A., Filipe, J., Santos, A., & Graça, P. (2015). Nutrição e doença de
Alzheimer. Ainda não existem exames para diagnóstico definitivo da doença de Alzheimer,
este diagnóstico é feito por exclusão através de exames que excluem, outras patologias e
demências. Neste caso são usadas tomografias ou ressonâncias e exames sanguíneos, existem
também testes genéticos capazes de identificar a possibilidade da pessoa desenvolver a
doença no futuro. A descoberta precoce do Alzheimer é muito importante pois com estímulos
neurológicos do tipo jogos, leituras, estudo , exercícios físicos e atividades físicas, assim
como uma alimentação saudável e suplementações vitamínicas e alguns medicamentos podem
melhorar os sintomas e permitir ao paciente mais algum tempo com uma boa ¨saúde¨ , mesmo
que temporária. Neste caso, o ideal é o paciente ser acompanhado por uma equipe
multidisciplinar.
Mas quando a doença começa a evoluir além de continuar com os medicamentos para
diminuir os sintomas secundários, uma boa alimentação, o tratamento é apenas paliativo por
ser uma doença incurável, como quando o paciente passa a ter dificuldades para se alimentar e
é prescrita a alimentação por sonda enteral.
A doença conforme vai avançando leva a várias complicações até chegar ao ponto
onde o indivíduo depende dos cuidados da família para tudo, para se alimentar, para tomar
banho,vestir roupas a pessoa volta literalmente a ser um bebê pois sem ajuda não é mais capaz
de sobreviver.
Segundo Oliveira,Alice e Tchakmakian,Lucy(2006)¨O paciente com doença de
Alzheimer (DA) apresenta alguns distúrbios que comprometem seriamente seu estado
nutricional. A atenção a esse comprometimento é de extrema necessidade, pois o estado
nutricional inadequado pode ser um fator de aceleração e agravamento dos estágios da
doença.¨
A perda de peso do paciente ainda no estágio inicial da doença quando ainda tem uma
boa ingestão de alimentos pode estar associada à agitação causada pela DA. Tendo assim um
maior gasto calórico e levando a perda de peso mais é muito importante um bom
acompanhamento nutricional por exemplo uma pessoa que pesa 65kg e em um ano perde de 3
a 5 quilos já requer atenção e acompanhamento de um nutricionista para frear esta perda de
peso que tende a continuar, esta perda pode estar associada a desidratação e aumento de risco
de infecções e quedas.
O paciente com DA pode ter outras alterações além da perda de peso que podem levar
a riscos nutricionais como deficiência de vitaminas e minerais:vit B6, magnésio e ácido fólico
importante para o tratamento de DA. A falta de B6 prejudica a resposta imunológica, a
deficiência de B12 se associa a demência no idoso. A falta dos dentes nos idosos pode
prejudicar o consumo de frutas e legumes e carnes prejudicando assim a absorção destas
vitaminas, nutrientes e minerais. O consumo de carboidratos também é muito importante para
o ganho e manutenção do peso, pois o gasto energético é aumentado devido a agitação
causada pela DA(Oliveira,Alice e Tchakmakian,Lucy(2006).
Os macros e os micronutrientes comportam uma forte ação sobre a
estrutura e funções cerebrais, apresentando-se então, como fortes aliados nas
intervenções diante dos casos de DA. Além disso, uma apropriada ingestão
nutricional pode induzir diretamente a disponibilidade de nutrientes, energia e
oxigênio facultados ao cérebro. Tem sido averiguado que os nutrientes não
estimulam unicamente a plasticidade neuronal, mas também favorecem o processo
neurodegenerativo, podendo diminuir a ocorrência do declínio da capacidade
cerebral. Portanto à evidência, que os nutrientes presentes em certos tipos de
alimentos têm implicações sobre a DA e atua principalmente na sua
prevenção.(DOS SANTOS SILVA,Manoela(2017)

O objetivo do cuidado nutricional no Alzheimer é manter o paciente nutrido e


hidratado, para dar-lhe uma melhor condição para enfrentar a doença evitando assim uma
desnutrição energética protéica, o que é muito comum nestes casos de DA. Assim como
também, evitar ou até mesmo reverter uma perda de peso muito severa. Outro objetivo
nutricional é suprir as necessidade do paciente com todas as vitaminas necessárias para o seu
bom desenvolvimento e fortalecimento do organismo e evitar possíveis complicações
nutricionais. E também uma desidratação o que agravaria seu estado de saúde. (Correia, A.,
Filipe, J., Santos, A., & Graça, P. 2015).

A diretriz ESPEN de Nutrição na Demência destaca que há fracas evidências de que


suplementos orais e ingestão de micronutrientes possam reverter o quadro da
demência, mas que, sem dúvidas, suplementos orais para fornecimento de proteína e
energia são indicados para manejo da perda de peso e da perda de massa muscular.

Revisão sistemática elaborada por Tangvik e colaboradores identificou que o uso de


suplementos orais melhorou significativamente o estado nutricional de idosos com
demência, que apresentaram, inclusive, ganho de massa muscular.

Estudos evidenciaram também melhora nos níveis de biomarcadores nutricionais,


como homocisteína, difosfato de tiamina, vitamina B6, vitamina B12, ácido fólico e
vitamina D no grupo que recebeu suplemento oral em comparação com o grupo
controle. No entanto, não foram observados efeitos do uso de suplementos orais na
melhora de parâmetros cognitivos dos idosos.

Desta forma, conclui-se que para idosos com demência o uso de suplementos orais,
favorece a manutenção ou ganho de peso, o que, indiretamente, pode postergar o
surgimento de complicações, como sarcopenia e fragilidade.(Diretriz BRASPEN de
Terapia Nutricional no Paciente com Doenças Neurodegenerativas(2022)

Conforme a Diretriz BRASPEN não se deve suplementar vitaminas, nem minerais,


nem mesmo o ômega 3 em pacientes com alzheimer, a menos que o paciente possua uma
carência destas vitaminas e minerais pois não há evidências científicas fortes o suficiente para
justificar esta suplementação a fim de recuperar os danos cerebrais em pacientes com
Alzheimer. Estes suplementos sim são indicados na recuperação e manutenção do peso e da
musculatura do paciente para este fim tem comprovação científica suficiente.A desnutrição é
um estado resultante da redução de ingestão ou absorção de nutrição que leva à alteração da
composição corporal e da massa celular corporal e, posteriormente, à diminuição da função
física e mental, fragilidade e dependência para as atividades de vida diária.(Diretriz
BRASPEN 2022).

C – Desenvolvimento do Estudo de Caso


1. Identificação do paciente/cliente.
■ Iniciais do nome completo. L.K.S
■ Sexo. feminino
■ Idade.72 anos
■ Nacionalidade e naturalidade. Brasileira, baiana
■ Estado civil.viúva
■ Escolaridade. primário incompleto
■ Profissão/ocupação. faxineira aposentada
■ Data de admissão no hospital (se for consultório, data que paciente procurou o
nutricionista)
A paciente deu entrada no HSRC no dia 13/02/2023
■ Período de acompanhamento do paciente:
Três dias nos dias 13/02, 14/02 e 15/02 recebendo alta no dia 15 à noite.

2. Histórico Social

▪ Descrever condições de moradia, composição familiar e nº de pessoas que contribuem


com a renda, gasto com alimentação, etc.

Paciente reside em uma casa simples de piso cerâmico e paredes de alvenaria com
reboco, casa própria do programa do governo “minha casa minha vida”. Mora com uma filha
e três netos e o genro, a filha não trabalha fora de casa, pois precisa cuidar da mãe com
alzheimer e dos filhos ainda menores de idade, mas recebe ajuda financeira dos outros 2 filhos
de dona Lk para aquisição de medicamentos e alimentos.

▪ Realizar análise desses dados para verificar a existência de um ou mais fatores que
possam estar influenciando na aquisição de alimentos, nos hábitos alimentares e no
tratamento dietético a ser aplicado.

Existe o fator baixa renda que impossibilita na aquisição de alimentos, e também de


alguns suplementos vitamínicos, por esse motivo a paciente foi encaminhada ao programa do
governo “melhor em casa” que fornecerá a alimentação, fraldas para a paciente, assim como
terá visitas periódicas de uma equipe incluindo nutricionista, médicos e fisioterapeutas, mas a
filha se mostrou preocupada com a alimentação pois as vezes a entrega dos alimentos atrasam
e foi orientada a fazer a dieta artesanal em caso de falta da alimentação industrializada.

3. Antecedentes Médicos e Familiares


▪ Obter do prontuário ou com o próprio paciente, informações sobre as suas
condições de saúde antes da internação, como: saúde na primeira infância, hospitalizações
anteriores com motivos e datas, gestações e partos, doenças crônicas, tratamentos, história de
alergias, medicamentos utilizados a nível domiciliar.
No prontuário não consta informações anteriores a esta internação pois a paciente
residia em outro estado, este foi o primeiro atendimento dela nesta unidade de saúde.
A filha da paciente relata que sua mãe teve os três filhos de parto normal, e que antes
do alzheimer ter começado a quatro anos atrás, nunca tinha visto a mãe doente, relatou
também que sua mãe tinha pavor de hospital, e que dificilmente ia a uma unidade hospitalar.
A filha contou também que sua mãe nunca teve nenhuma doença crônica e sempre
trabalhou muito e que mesmo depois de aposentada continuava a trabalhar para ajudar os
filhos e netos até a descoberta da doença.
E que por este motivo a família se esforça ao máximo para cuidar dela da melhor
forma possível, mesmo que às vezes ela não saiba quem são eles.

▪ Prática de atividade física, tabagismo, etilismo, alterações comportamentais,


alteração de apetite, digestão, hábito intestinal (consistência e frequência – utilizar a Escala de
fezes de Bristol).
A paciente nunca praticou nenhum tipo de atividade física antes da doença, e agora
depois ficou ainda mais impossível, neste momento da internação ela se encontra acamada, às
vezes reconhece a filha e às vezes não.
A paciente era praticante de tabagismo até ser acometida pelo Alzheimer mas depois
disso, até do vício ela se esqueceu, nunca tomou bebidas alcoólicas.
Quando a doença começou a avançar, sofreu algumas mudanças de comportamento, às
vezes se tornando um pouco agressiva por não reconhecer seus familiares.
Com o tempo o apetite foi sumindo até chegar agora que ela se nega a se alimentar e já
não consegue deglutir.
Os hábitos intestinais continuam normais, evacuando uma vez por dia a filha
identificou as fezes como número quatro na escala de bristol.
A diurese da paciente também continua normal,

▪ Condições de saúde dos pais e avós (se apresentam ou apresentaram alguma patologia).

Não possuímos esta informação, pois a paciente por desavenças familiares não
mantém contato com familiares excetos os filhos. A filha falou que a mãe nunca quis contato
com os familiares e não dava muitas explicações além de dizer que eles eram pessoas ruins e
que era melhor se manter longe. A filha da paciente contou que não conhece ninguém da
família da mãe e que ela quando lúcida sempre pedia para eles nunca os procurar.

4. História da Moléstia Atual (HMA) e Exame Físico


▪ Para hospital ou ILPI, descrever as queixas relatadas pelo paciente, no ato da
internação (ver na ficha de admissão do paciente). Para consultório de nutrição, descrever por
qual motivo o paciente procurou o nutricionista.
A queixa apresentada no momento da internação foi que: A paciente, já com
dificuldades para se alimentar vinha a uns seis meses, na alimentação pastosa, usando até
mesmo espessante na água, mas seu apetite não era o mesmo. Até que um dia antes da
internação no dia 12/02 ao se alimentar veio a engasgar, e depois deste episódio estava
tossindo muito e com um pouco de dificuldades para respirar e não se alimentava mais.

▪ Para pacientes internados (hospital e ILPI), apresentar os dados do exame


físico realizado pelo médico no ato da internação, podendo ser complementado pelas
anotações de dados clínicos gerais como: temperatura; pressão arterial e frequência cardíaca;
ausculta cardíaca (FC: frequência cardíaca) e pulmonar (FR: frequência respiratória; palpação,
ausculta e condição gastrintestinal; dentição; presença de edema, icterícia, desidratação,
palidez, amputação de membro; estado de consciência; capacidade de mobilidade, presença de
lesão por pressão, etc.).

Paciente portador de Alzheimer a quatro anos, acamado com, ausência de edemas,


ausência de escaras, aparentando baixo peso, temperatura normal 37,5, PA 110/70 mmhg, FR
14 mpm, olhos fundos aparente desidratação, rejeita alimentação e água a mais de 24 horas.
Paciente faz uso contínuo dos medicamentos kamppi e donila.
▪ Hipótese diagnóstica e/ou diagnóstico definitivo.

O médico plantonista que atendeu a paciente após fazer os exames físicos como
ausculta do pulmão já a diagnosticou como broncoaspiração e desidratação.

5. Medicamentos
▪ Descrever os medicamentos utilizados durante a internação (para consultório,
mencionar os medicamentos e suplementos de uso contínuo), sua indicação, princípio ativo,
efeitos colaterais relacionados com o trato gastrointestinal, interação do tipo
fármaco-nutriente (utilizar livro específico para analisar as interações).

MEDICAMENTOS UTILIZADOS:

Durante a internação apenas foi receitado um xarope mucolítico para a tosse e ficou
em observação por três dias, para adequação à nova dieta recomendada, mas a paciente já
fazia uso de dois medicamentos para Alzheimer.

EFEITO
INTERAÇÃO
MEDICAMENTO SUBSTÂNCIA INDICAÇÃO PARA S COLATERAIS
MEDICAMENTO-N
(Nome Comercial) ATIVA O CASO (relacionados ao
UTRIENTE
TGI)
mucolítico utilizado adversos não apresenta
mucocetil N-acetilcisteína em tratamento das náuseas e
vias respiratórias vômitos
kamppi cloridrato de para o tratamento constipação não apresenta
memantina de alzheimer
moderada e grave
donila cloridrato de tratamento de diarreia, náuseas não apresenta
donepezila alzheimer e vômito

Fonte: (HSRC 2023)

6. Exames Bioquímicos e Complementares


▪ Apresentar uma tabela com os exames bioquímicos realizados na data mais
próxima do início do acompanhamento nutricional, informando os valores de referência e o
valor apresentado pelo paciente. Se o paciente realizou vários exames durante a internação,
apresentar todos. (Para consultório e ILPI, caso o paciente não tenha exames, é necessário
justificar)

A paciente não apresentou exames bioquímicos e nem de imagem e também não foram
feitos no período de internação. Quando recebeu alta foi orientada a procurar o PSF para
realização de exames e acompanhamentos.

▪ Realizar ANÁLISE E DISCUSSÃO dos resultados dos exames, evolução do


paciente e possível causa para os resultados alterados. Utilizar a literatura como base (essa
discussão é obrigatória no estudo de caso).

Ao final da internação a paciente apresentou uma visível melhora do seu quadro


clínico, teve uma boa aceitação da dieta, não apresentou diarreia e nem constipação,
apresentou melhora nos sinais de desidratação e também na tosse causada pela
broncoaspiração. Toda essa visível melhora se deu devido a mudança da dieta pastosa que
vinha sendo oferecida anteriormente para a SNE, pois com a evolução da doença a paciente
começou a apresentar dificuldades para deglutir causando a broncoaspiração e a recusa de
alimentação e até água.
Esta conduta faz parte dos cuidados paliativos para tratamentos de demências como
DA segundo, (Cicarelli e Mattos Paula Emanuelle, scielo: Nutrição enteral em idosos com
demência em cuidados paliativos, Revista Bioética Vol.29 nº2 Brasília Abr./jun.2021)

7. Planejamento necessidades nutricionais

“O gasto energético basal é a quantidade mínima necessária de calorias para


manter as atividades corporais como respiração, circulação, regulação da
temperatura corporal e homeostase. É a quantidade de energia que uma pessoa
gasta diariamente quando está em repouso. Geralmente o gasto energético basal
é abreviado como GEB, mas em alguns livros e artigos pode ser chamado como
taxa metabólica basal (TMB), gasto energético de repouso (GER) ou taxa
metabólica de repouso (TMR). Este é o fator de maior relevância para o gasto
energético total de uma pessoa, sendo responsável por 50 a 60% de todo o gasto
calórico diário. Diversos fatores influenciam na quantidade de calorias gasta
diariamente pelo metabolismo, porém os fatores que mais influenciam são peso,
altura, composição corporal, sexo e idade(Martini Michael
nutricionista,como calcular o gasto energético - Blog da Dietbox.html.
acesso em 09 de março de 2023).

Para calcular o gasto energético diário GED a fórmula escolhida para este caso foi a
Harris-Benedict(1919) por se tratar da fórmula mais apropriada para pacientes hospitalizados
e acamados. Para calcular o GED precisamos antes chegar a TMB taxa metabólica basal da
paciente Onde p significa peso em kg, E significa altura em cm, I idade em anos
mulher:TMB=655+(9,6xP)+(1,7xE)-(4,7xI). Esta foi a formúla ultilizada por se tratar
de uma paciente do sexo feminino. Também existe uma fórmula específica para homens.
Esta é a fórmula do GED, GET ou VET. Onde FA fator de atividade, FL fator de
lesão, FT fator térmico. O FA, FL e FT são valores pré estabelecidos. Diferente da TMB que
temos que calcular.

a) Cálculo da Taxa Metabólica Basal (TMB)

TMB=655+(9,6xP)+(1,7xE)-(4,7xI)
TMB=655+(9,6x41,46)+(1,7x1,55)-(4,7x72)
TMB=655+398,016+2,635-338,4
TMB=717,251kcal/dia

b) Cálculo do Gasto Energético Total (GET)ou (GED)


GED=TMB X FA X FL X FT
GED=717,251x1,2x1,0x1,1
GED=946,77 kcal/dia

c) Distribuição de macronutrientes em % e gramagem (Proteína, Carboidrato e Lipídio)

CARBOIDRATOS
45% 65%

946,77 100 946,77 100


X 45 x 65

X=426,04 Kcal/dia x= 615,40 Kcal/dia


CHO= 426,04 / 4 CHO=615,40/4
CHO=106,51g/ dia CHO=153,85 g/dia

PROTEÍNAS

10% 35%
946,77 100 946,77 100
X 10 X 35
X= 94,67 Kcal/dia X= 334,86 Kcal/dia
PTN=94,67 /4 PTN=334,86/4
PTN=23,66 g/dia PTN=83,71 g/dia

LIPÍDEOS
20% 35%
946,77 100 946,77 100
x 20 x 35
x=189,35 Kcal/dia x= 331,36 Kcal/dia
LIP=189,35/9 LIP=331,36/9
LIP=21,03 g/dia LIP=36,81g/dia

d) Determinação dos micronutrientes (cálcio, ferro, vitamina C e outros que julgar


necessários) e fibras
De acordo com as DRI mulher maior que 70 anos o indicado é:

Cálcio 1200mg/dia
Ferro 8 mg/dia
vitamina C 75 mg/dia
Fibras 21g
Vitamina B1 1,1 mg/dia
Potássio 4,7g/dia

e) Características da Dieta (consistência, via de administração, intervenções)


A dieta prescrita pelo médico que atendeu dona LK foi a Dieta Enteral e o alimento
prescrito pela nutricionista a princípio foi Nutrison Energy Multi Fiber.
A princípio a prescrição foi de seis refeições de 150 ml cada, para que a paciente se
acostume aos poucos a fim de evitar distensão abdominal e flatulências, assim como possíveis
diarréias.
8. Anamnese Alimentar
QUANTIDADE
REFEIÇÃO /
LOCAL ALIMENTO EM MEDIDAS
HORÁRIO
CASEIRAS
7:30 cama mingau mucilon 1 prato raso
10:00 no sofá iogurte 1 copo
12:00 no sofá sopa batida no liquidificador 1 prato
15:00 cama truta amassada 1 unidade
18:00 no sofá sopa de legumes 1 prato
21:00 cama mingau de aveia 1 prato
Fonte: HSRC,2023

▪ Calcular a porcentagem de adequação das calorias, macro e micronutrientes, em relação às


suas necessidades nutricionais.

CÁLCULO DO DIA ALIMENTAR HABITUAL E ADEQUAÇÃO


DIETA
NECESSIDA
NUTRIENTES HABITUAL % ADEQUAÇÃO
DE NUTRICIONAL
(EM CASA)
CALORIAS 946,77 kcal 972 kcal 93,93%
PROTEÍNA (g) 23,66 a 83,71 g/dia 33g/dia 139,47 a 39,42%
PROTEÍNA % 10% a 35 % 13% 130 a 37,14%
CARBOIDRATO % 45% a 65% 61% 135,55 a 93,84%
LIPÍDIO % 20% a 35% 25% 125 a 71%
FIBRAS 21.6 g 7,07g 32,73%
CÁLCIO 1.200 mg 718 mg 59,83%
FERRO 8 mg 3,04 mg 38%
VITAMINA C 75 mg 20,71 mg 27,61%

Fonte: HSRC, 2023


● Analisar e discutir se o consumo habitual atinge as necessidades do paciente e
se a qualidade da alimentação é adequada. Avaliar a porcentagem de adequação e suas
possíveis consequências ao caso. Apresentar conclusões sobre o hábito alimentar (essa
discussão é obrigatória no estudo de caso).

O consumo habitual da paciente não atingiu o mínimo de calorias para a manutenção


das necessidades fisiológicas, o que provavelmente a estava levando ao aparente caso de
desnutrição a qualidade é razoável mas deixa a desejar, nas necessidades diárias de
micronutrientes o que pode deixar a paciente com a imunidade baixa e levá la a possíveis
constipações intestinais, por falta de fibras, pode ocasionar anemia por deficiência de ferro e
também uma descalcificação dos ossos pois o nível de cálcio também está baixo e a
deficiência de vitamina C que pode causar o escorbuto e também a anemia.
Por esses motivos conclui-se, que a dieta da paciente está inadequada. Com
deficiências que põe em risco seu estado nutricional. E neste caso o recomendado é um maior
aporte calórico, proteico e vitamínico para uma melhor recuperação do seu estado nutricional.

9. Avaliação e Diagnóstico Nutricional


Aplicar e descrever o resultado do formulário de Triagem de Risco Nutricional (NRS
2002) – Somente para pacientes hospitalizados

Com a aplicação do formulário de triagem de risco nutricional a paciente teve escore 5


pois apresenta imc < 18,5 com perda de peso aparente relatada pela filha, e também idade >
de 70 anos por esses motivos conclui-se que a paciente está em risco nutricional e a terapia
nutricional deve ser iniciada.
Avaliação antropométrica (apresentar tabelas com os parâmetros e respectivas
classificações como: peso, altura, IMC, circunferências e dobras, CMB, AMBc, % gordura,
risco cardiovascular, etc.) – OBS: para crianças e gestantes, classificar os parâmetros a partir
das curvas.

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

Quando não for possível pesar e medir o paciente:


▪ AJ: 48 cm ▪ Estatura Estimada: 1,55 cm (chumlea, 1985) ▪ Peso estimado: 41,46 kg (chumlea,
1988)

MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
DATA: 13/02/2023
PERCENTIL
PARÂMETRO
VALORES OU % CLASSIFICAÇÃO
S
ADEQUAÇÃO
Peso
41,46 78,22% baixo peso
Estimado
IMC (kg/m²) 17,27 78,5% magreza
CB (cm) 21
Fonte: HSRC, 2023

Determinar o Diagnóstico Nutricional Final, considerando a classificação global, a


massa magra, a gordura corporal, o risco cardiovascular e possíveis deficiências ou
inadequações alimentares. Avaliar conjuntamente os dados da alimentação e do estado
nutricional.
Fui orientada pela nutricionista a coletar apenas as medidas de altura do joelho (AJ),
circunferência do braço (CB) e a fazer as perguntas que eu achasse necessárias, por este
motivo tenho poucas informações na avaliação antropométrica, eu não poderia fazer além do
protocolo que ela segue.

A paciente apresenta dificuldades para se alimentar, e até recusa a alimentação devido


à avançada evolução do Alzheimer, por este motivo o médico prescreveu a nutrição enteral.
Mesmo com a introdução da alimentação enteral a princípio ainda apresenta algumas
deficiências, pois tem que esperar um período de adaptação para oferecer um aporte
energético protéico maior, para que a nova dieta não provoque constipação, distensão
abdominal ou diarréia. Como o tempo de acompanhamento nesta unidade foi de apenas três
dias, não houve tempo hábil para todas as modificações que ficarão a cargo da equipe do
Melhor em casa,
Por esses três dias de acompanhamento já se observou uma melhora no quadro
nutricional, ainda que pequena pelo curto espaço de tempo.

10. Condutas Dietoterápicas

▪ Relatar a dieta prescrita pelo médico, a conduta nutricional adotada pela equipe de
nutrição e a via de administração utilizada pelo paciente.
O médico prescreveu a dieta NE .A conduta nutricional adotada pela EN foi a dieta
industrializada pronta ( nutrison energy multi fiber com volume de 150ml 6x ao dia
administrada por SNE, por três dias enquanto a paciente esteve internada.

▪ Descrever os objetivos do cuidado nutricional.


O objetivo do cuidado nutricional neste caso é suprir as necessidade da paciente é
evitar a perda de peso, assim como evitar uma desnutrição energética protéica (DEP).

DIETA OFERECIDA AO PACIENTE OU PRESCRITA PELO


NUTRICIONISTA

REFEIÇÃO/HORÁRIO ALIMENTO QUANTIDADE EM


MEDIDAS CASEIRAS

7:00HS Nutrison Energy multi fiber 1 copo americano

9:00HS Nutrison Energy multi fiber 1 copo americano

11:30HS Nutrison Energy multi fiber 1 copo americano

14:30HS Nutrison Energy multi fiber 1 copo americano

18:00HS Nutrison Energy multi fiber 1 copo americano

21:30HS Nutrison Energy multi fiber 1 copo americano

Fonte: HSRC, 2023


Em todas as refeições foram oferecidas a paciente o Nutrison Energy multi fiber por se
tratar de uma paciente em Dieta Enteral.
▪ Analisar e justificar as condutas nutricionais adotadas durante o período de
acompanhamento.
A conduta nutricional durante o acompanhamento foi prescrever a dieta Nutrison
Energy multi fiber, por esta ser a dieta padrão da unidade para pacientes em SNE que não
possuem restrições alimentares e acompanhar a aceitação da dieta, esta foi a conduta mais
apropriada já que a paciente se recusava a se alimentar e até a beber água por dois dias devido
ao estado avançado da sua doença inicial DA.
Foi oferecido a quantidade de 6x de 150ml/dia para um período de adaptação com
possibilidades de aumento e também suplementações vitamínicas e proteicas para melhora do
estado nutricional.
▪ Relatar e justificar as adaptações e modificações efetuadas.

No período de acompanhamento no hospital, não houve necessidade de modificações,


pois a paciente apresentou uma boa aceitação da alimentação, não apresentando nenhuma
intercorrência gastrointestinal. Mas com a equipe que irá acompanhá-la no melhor em casa
irão com certeza fazer adequações quanto ao aporte nutricional aumentado com suplementos
as calorias e nutrientes da dieta, mas esses ajustes demandam um tempo que no hospital não
dispomos, pois a internação foi de apenas três dias.

▪ Calcular a porcentagem de adequação das calorias, macro e micronutrientes, em relação às


suas necessidades nutricionais.

CÁLCULO DA DIETA OFERECIDA AO PACIENTE OU PRESCRITA PELO


NUTRICIONISTA
NECESSIDADE DIETA %
NUTRIENTES
NUTRICIONAL PRESCRITA ADEQUAÇÃO
CALORIAS 946,77 kcal 1377 kcal 145,44%
PROTEÍNA (g) 23,66g a 83,71g 54g 228,23 a 64,50%
PROTEÍNA % 10 a 35 % 16,2% 174,19% a 60%
CARBOIDRATO % 45 a 65% 48,6% 108% a 74,76%
LIPÍDIO % 20 a 35% 35,2% 176% a 100,57%
FIBRAS 21,60g 13,50g 62,5%
CÁLCIO 1200mg 756 mg 63%
FERRO 8mg 21,60 mg 270%
VITAMINA C 75mg 135mg 180%

Fonte: HSRC, 2023

▪ Apresentar tabela com % de aceitação alimentar diária (somente para hospitalizados e


ILPI).

DIETA OFERECIDA E % DE ACEITAÇÃO DIÁRIA


PRESCRIÇÃO PRESCRIÇÃO DIETÉTICA %
DATA
MÉDICA DA DIETA (DIETA OFERECIDA) ACEITAÇÃO
13/02 NE Nutrison energy multi fiber 100%
14/02 NE Nutrison energy multi fiber 100%
15/02 NE Nutrison energy multi fiber 100%

100 % MÉDIA DE ACEITAÇÃO:


Fonte: HSRC, 2023

▪ Analisar e discutir se a dieta prescrita atende às necessidades do paciente (essa discussão é


obrigatória no estudo de caso).
A dieta prescrita pela EN, é adequada para este primeiro momento de adaptação a
dieta enteral supre a maior parte das recomendações diárias para a paciente. Suas
necessidades calóricas com uma boa margem de folga deixando a desejar um pouco apenas na
quantidade de fibras e cálcio. Como a necessidade da paciente é um possível ganho de peso,
assim como nutrir seu organismo com todos os macro e micronutrientes essenciais, com a
adaptação inicial logo após um período será feito ajustes na suplementação com vitaminas,
cálcio e fibras para alcançar este objetivo. assim como evitar possíveis constipações por falta
de fibras e enfraquecimento ósseo por falta de cálcio.

11. Orientação Nutricional


● O aluno deverá elaborar uma orientação nutricional, EM LINGUAGEM DE
FÁCIL ENTENDIMENTO PARA O PACIENTE, com as instruções para uma
alimentação saudável adaptada à sua patologia e estado nutricional.
● Não usar termos técnicos.
● Dar o máximo de exemplos possíveis de alimentos.
● Mencionar os alimentos que devem ser evitados.
● Além de falar sobre a alimentação, abordar sobre aspectos como: mastigação,
frequência das refeições e intervalos, ingestão de água, fibras, grupos alimentares de
consumo diá
A paciente deverá ser alimentada seis vezes ao dia com uma quantidade de 200ml que
deve ser medida no frasco da dieta que já tem as medidas. Quem for preparar o alimento deve
ter muito cuidado com a higiene, mantendo o local de preparo, as mãos e utensílios bem
limpo e higienizado sempre além de lavar tudo muito bem, borrifar álcool 70% e deixar secar
naturalmente.
Os alimentos também devem ser muito bem higienizados frutas e legumes consumidos
crus devem ser lavados e deixados de molho em água com cloro, para cada litro de água
coloque uma colher de sopa de cloro e deixe as frutas de molho por 15 minutos, depois as
enxague em água corrente e pode utilizá las, as que forem cozidas ou descascadas não
precisam ficar de molho na água com cloro, apenas lavá las bem já é o suficiente.
Sempre após passar a alimentação deve se passar uns 30 a 40 ml de água pela sonda
apenas para mantê-la limpa e evitar entupimentos. Mas é muito importante entre uma refeição
e outra dar água a paciente, em dias frios pode colocar a quantidade de 150 a 200ml entre
cada refeição, nos dias mais quentes pode aumentar para 250 ml. As refeições são de 3 em 3
horas então uma hora e meia após cada refeição é hora de dar água.
A alimentação dela deve ser a mais natural possível, não se deve utilizar temperos
industrializados tipos pacotinhos e nem cubinhos usar poucas gordura e açúcar.
Sempre bater todos os alimentos no liquidificador e passar na peneira bem fina para
evitar entupimentos de preferência passar duas vezes na peneira, não oferecer alimentos nem
quentes e nem gelados eles devem estar em temperatura ambiente.
A alimentação dela pode conter todos os tipos de alimentos que sejam naturais e
quando for preparar a sopa sempre é bom diversificar os alimentos e prestar atenção
principalmente nas cores quanto mais variada melhor pois suprirá a maior quantidade de
vitaminas e nutrientes necessárias para a manutenção da saúde.
● Pela manhã e tarde pode ser um mingau ralo de mucilon, farinha de aveia, ou
milho.
● No lanche da manhã um suco de fruta com pouquinho açúcar, deve sempre que
possível variar a fruta.
● No almoço fazer uma sopinha com carne, verduras, legumes, e arroz ou
macarrão, sem esquecer sempre de variar nas verduras e legumes e também na carne sempre
cozinhar bem bater no liquidificador e coar.
● No lanche da tarde pode ser uma vitamina de leite com fruta ou um iogurte,
sempre lembrando de variar.
● No jantar pode ser uma sopinha novamente tipo a papinha do almoço.
● Na última refeição da noite na ceia um mingauzinho como no desjejum mais
sempre variando tipo se demanha o mingau foi de mucilon agora poderá ser de aveia.
A paciente não possui restrições alimentares mas sempre observar possíveis reações
desagradáveis a algum alimento e sempre que preciso procure o médico ou nutricionista.

12. Evolução Clínica e Nutricional


▪ Demonstrar e analisar os indicadores clínicos e nutricionais, em ordem cronológica (peso,
pressão arterial, temperatura, edema, diurese, evacuações, aceitação alimentar)

EVOLUÇÃO CLÍNICA
Parâmetros _13/02/23 14/02/23 15/02/23
Pressão Arterial 11/07 11/07 11/07
Temperatura 37º 37º 37º
Edema ausente ausente ausente
Diurese presente presente presente
Vômitos ausente ausente ausente
Evacuações normais normais normais
Peso Corporal estimado 41,45 kg XXXXX XXXX
Diário
Circunferências CB 21 XXXXX XXXX
Fonte: HSRC,2023

▪ Analisar a evolução do quadro clínico e nutricional por meio dos resultados obtidos e
relacionar com a patologia e tratamento clínico/nutricional prescrito.
Não houve tempo hábil para avaliação da evolução nutricional, exceto pelo fato de a
paciente agora está se alimentando de forma adequada pela SNE e consumindo quantidades
adequadas de macro e micronutriente essencial para uma boa nutrição e manutenção do seu
organismo.

D – Conclusão do tratamento dietoterápico


● Apresentar os resultados do tratamento dietoterápico e, correlacionar com as condutas
adotadas durante o período de seguimento.
● Discutir a importância do profissional nutricionista na área clínica e sua
interação com a equipe multidisciplinar.

Não houve tempo hábil para apresentação de resultados dietoterápicos, pois a paciente
saiu de alta hospitalar em três dia e será acompanhada pela equipe do programa melhor em
casa, ficando este acompanhamento a cargo da equipe de nutrição do melhor em casa, mas por
esses três dias podemos acompanhar a boa aceitação da dieta prescrita.
O profissional nutricionista na área clínica é muito importante pois só ele, pode
calcular as necessidades nutricionais do paciente e prescrever a dieta mais eficaz, para cada
caso assim como acompanhar possíveis intercorrências alimentares e fazer as adequações
necessárias com a devida segurança alimentar e nutricional que o paciente necessita para se
recuperar da doença ou até mesmo manter um melhor estado nutricional evitando
agravamentos das doenças preexistentes.
A interação com a equipe multidisciplinar é primordial pois o médico prescreve o tipo
de dieta mais indicada de acordo com a comorbidade do paciente, assim como o nutricionista
calcula e prescreve a dieta necessária para nutrir o paciente a equipe de enfermagem
administrar a dieta no caso de dieta enteral, e o farmacêutico que orienta quanto a
administração de remédios pela sonda. então este é um trabalho em equipe onde cada membro
desta equipe é de suma importância para o pronto reestabelecimento do paciente.

E – Referências Bibliográficas

-Cicarelli e Mattos Paula Emanuelle, scielo: Nutrição enteral em idosos com demência em
cuidados paliativos, Revista Bioética Vol.29 nº2 Brasília Abr./jun.2021)
-Martini Michael nutricionista,como calcular o gasto energético - Blog da Dietbox.html.
acesso em 09 de março de 2023.
-A Correia, J Filipe, A Santos, P Graça - 2015-Nutrição e doença de alzheimer
repositorio-aberto.up.pt. acesso em 08 de março de 2023.

-Ministério da saúde - De A a Z Alzheimer -httppt-br s://www.gov.br/ .Acesso em 18 de março de


2023.
- Oliveira,Alice e Tchakmakian,Lucy(2006)Alzheimer: cuidados nutricionais em portadores
subnutridos, CADERNOS • Centro Universitário S. Camilo, São Paulo, v. 12, n. 1, p.
103-114, jan./mar. 2006
https://saocamilo-sp.br/assets/artigo/cadernos/11_alzheimer_cuidados.pdf. Acesso em 20 de
março de 2023
-DOS SANTOS SILVA, Manoela.(2017) INTERVENÇÃO NUTRICIONAL NA DOENÇA DE
ALZHEIMER. In: I Anais do III Congresso Regional de Saúde Integrada. p. 48.emhttps://acervo
mais.com.br/index.php/saúde/article/download/163/64#page=48 Acesso em 25 de março de 2023.
-Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no Paciente com Doenças
Neurodegenerativas(2022)
em https://www.clinicalnutritionjournal.com/article/S0261-5614(15)00237-X/fulltext. acesso em 25
de março 2023

Anexos e Apêndices

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