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EEEMF MARIA ORTIZ

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTUDO ORIENTADO

LARA ARAÚJO DOS SANTOS

TRANSTORNOS ALIMENTARES

CARIACICA, ES
2022
LARA ARAÚJO DOS SANTOS

TRANSTORNOS ALIMENTARES

TRABALHO APRESENTADO NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO


FUNDAMENTAL E MÉDIO DO BRASIL MARIA ORTIZ

ORIENTADOR(A): CLEIDIANE GRIPPA

CARIACICA, ES
2022
SUMÁRIO
INTRODUCÃO 1
ANOREXIA___________________________________________________________2
ANOREXIA NERVOSA__________________________________________________
BULIMIA
BULIMIA NERVOSA
COMPULSÃO ALIMENTAR 3
REFERENCIAS 4
CONCLUSÃO 5
TRANSTORNOS ALIMENTARES

RESUMO
Este trabalho tem como objetivo contribuir para uma maior compreensão dos
transtornos alimentares, especialmente anorexia, bulimia e compulsão alimentar.
Pretende também esclarecer uma série de fatores, inclusive socioculturais que, em
conjunto, podem levar ao desenvolvimento desses transtornos.

Palavras-chave: transtornos alimentares, bulimia, anorexia,


terapia cognitivo-comportamental.

INTRODUÇÃO
A seguir, procuraremos explicar, com mais detalhes, cada um dos transtornos
alimentares e os possíveis fatores que podem levar ao seu desenvolvimento. Como a
bibliografia do último e mais recente tipo de transtorno ainda é escassa, e devido à sua
grande semelhança com a bulimia nervosa, a definição do transtorno do “comer
compulsivo” estará incluída na definição de bulimia nervosa. Também falaremos de
algumas formas de tratamento.
Do mesmo modo, esses transtornos afetam nas relações sociais do indivíduo que,
por exemplo, na anorexia a pessoa deixa de ir a confraternizações e Buffet,
procurando não se alimentar.

ANOREXIA
A anorexia é um transtorno alimentar que faz a pessoa enxergar o próprio corpo de
maneira distorcida (em geral, muito acima do peso) e, a partir daí, leva a atitudes de
risco como dietas restritivas, abuso de exercícios físicos, indução de vômito para
expulsar as refeições e até mesmo uso de medicamentos como laxantes. O problema
pode afetar qualquer faixa etária ou gênero, mas é mais comum. A perda de peso
impulsionada pelo transtorno é extremamente perigosa. Pode provocar baixas na
imunidade, enfraquecimento dos músculos e dos ossos, interrupção da menstruação,
arritmia cardíaca e convulsões. O quadro chega a ser inclusive fatal em 15% dos
casos.
A anorexia está ligada a origens psicológicas e fisiológicas e, uma vez instalada,
atrapalha a ação de um dos hormônios que controlam o apetite, a melanocortina, o que
deixa a pessoa constantemente sem fome.

FATORES DE RISCO

 Pressão social por questões estéticas


 Distúrbios psiquiátricos como ansiedade, depressão e transtorno obsessivo-
compulsivo
 Desequilíbrios hormonais
 Baixa autoestima
 Perfeccionismo exagerado
 Histórico familiar

PREVENÇÃO

Embora em boa parte dos casos não dê para prevenir diretamente o aparecimento da
anorexia, é possível flagrar seus sinais logo no começo e impedir que o quadro se
acentue. Passar muito tem na frente do espelho ou tornar-se obcecado com o peso são
evidências de que é preciso ligar o alerta. Comportamentos como comer muito pouco,
rejeitar refeições a toda hora e estimular vômitos para devolver a comida também são
indícios de anorexia. O importante, nesses casos, é conversar com o indivíduo e tentar
modificar o ambiente (e a pressão social) para que sejam cortados os estímulos ao
transtorno — sempre com a orientação de um especialista. Em linhas gerais, reforçar o
ideal de um cardápio saudável e não alimentar um estilo de vida baseado na aparência
e na estética são formas de evitar um ambiente propício ao distúrbio.

DIAGNOSTICO

Para que uma pessoa seja considerada anoréxica, seu peso deve estar 15% abaixo do
indicado para sua idade e altura, mesmo que, à primeira vista, ela pareça saudável.
Um dos fatores que atrapalham o diagnóstico, aliás, é que os anoréxicos tendem a
negar seu problema — os quilos a menos são, pelo contrário, comemorados.
Além do emagrecimento extremo, o médico procurará sinais de desnutrição e pedirá
exames laboratoriais para descartar outras doenças capazes de levar à perda de peso.
A avaliação psicológica também ajuda a identificar como o indivíduo enxerga seu corpo
e como isso repercute em seus hábitos e decisões. Quanto mais cedo for feito o
diagnóstico, menor será o risco de complicações.
TRATAMENTO

Ele é multidisciplinar, ou seja, envolve uma equipe composta de médico, psicólogo e


nutricionista. O primeiro objetivo é recuperar os quilos perdidos em ritmo seguro a fim
de restabelecer a saúde. A psicoterapia, por sua vez, trabalha a identidade e a forma
de enxergar o próprio corpo, bem como a relação com a comida.
Muitas vezes, o médico prescreve medicamentos para reequilibrar a bioquímica
cerebral. Em casos graves, com perda de mais de 25% do peso, a internação é
necessária. Como o processo de recuperação acontece em médio ou longo prazo, o
apoio de amigos e familiares se torna crucial. E, após a reabilitação, a orientação é
ficar atento pelo resto da vida, já que a anorexia tem características crônicas.

ANOREXIA NERVOSA

A anorexia nervosa é um distúrbio alimentar que afeta sobretudo mulheres jovens. As


pessoas com anorexia sentem um medo intenso de engordar e perder o controlo das
suas formas corporais. A falta de uma nutrição adequada pode provocar problemas de
saúde físicos e mentais, por isso a anorexia deve ser tratada assim que possível.
Muitas vezes, a anorexia nervosa surge entre os 15 e os 25 anos, mas pode
desenvolver-se em crianças mais novas e em pessoas mais velhas. Embora 90% das
pessoas que desenvolvem anorexia sejam mulheres, esta doença também afeta os
homens. É difícil estimar a amplitude da anorexia, mas os estudos indicam que 1% das
jovens do sexo feminino (com idades entre os 15 e os 25 anos) sofrem deste
problema.

SINTOMAS

O principal sintoma físico da anorexia é a perda de peso resultante de da pouca


ingestão de alimentos. As crianças com anorexia continuarão a ganhar peso, mas
menos do que o normal para uma criança da mesma idade. Outros sintomas podem
incluir dores de barriga, prisão de ventre ou diarreia, desmaios ou vertigens, pele seca,
áspera ou descolorada, cabelo fino, quebradiço ou queda de cabelo, problemas
dentários causados pelo ácido do estômago, que apodrece o esmalte dos dentes com
repetidas induções de vómito, insónia ou fadiga. Muitas vezes as mulheres com
anorexia deixam de ter menstruações. Em crianças e adolescentes, pode atrasar a
puberdade e causar problemas no seu desenvolvimento físico. A anorexia também
pode causar alterações de personalidade e comportamento. Uma pessoa com anorexia
pode ter um medo intenso de engordar e ter uma percepção errada da sua forma
corporal: um peso normal e saudável pode fazer com que a pessoa se sinta tensa e em
pânico. Pode ficar deprimida, introvertida ou agitada, sofrer alterações de humor,
perder interesse nas atividades normais, exercitar demasiado, começar a vomitar
secretamente ou a tomar laxantes, ou utilizar supressores de apetite ou diuréticos.

CAUSAS

A causa exata da anorexia nervosa é desconhecida. É um problema complexo


provavelmente causado por um conjunto de fatores sociais e biológicos: pressão social
para ter um aspecto magro e ser sexualmente atraente, antecedentes familiares
(genético), tipo de personalidade e relações familiares. Pesquisas sugerem que o
stress, experiências de vida difíceis e confusão com o crescimento sexual também
podem ter um papel no desencadear da anorexia.

DIAGNOSTICO

Uma pessoa com anorexia habitualmente pesa pelo menos 15% menos do que o
esperado para a sua altura e idade. O diagnóstico passa por uma avaliação de factores
psicológicos e físicos. Pode envolver uma avaliação da atitude da pessoa em relação
ao peso, à alimentação, à dieta e às suas ideias em relação ao corpo. O diagnóstico de
anorexia nervosa pode ser difícil visto que a maioria das pessoas com esse problema
negam que estão doentes e normalmente são trazidas para tratamento por um familiar.
Além disso, a gravidade da anorexia varia de pessoa para pessoa. Uma pessoa com
anorexia pode visitar o médico de família devido a sintomas como paragem da
menstruação, dores abdominais, sentir-se inchada ou prisão de ventre.

TRATAMENTO

A anorexia é uma doença séria e complexa, e muitas vezes requer cuidados médicos
especializados. O tratamento é feito habitualmente no hospital, nas consultas externas.
O objetivo é aumentar o peso, restaurar padrões saudáveis de alimentação e resolver
crenças falsas que existam sobre a alimentação o peso e a ideia em relação ao corpo.
Serão geralmente sugeridos tratamentos psicológicos como a terapia cognitivo-
comportamental. Existem disponíveis linhas de ajuda especializadas em distúrbios
alimentares que podem oferecer apoio e aconselhamento. Por vezes, a pessoa com
anorexia pode ficar tão fraca que necessita de dar entrada no hospital. Se este for o
caso, o hospital irá gerir o seu consumo de alimentos e fluidos. Outras doenças que
surjam como resultado da anorexia nervosa poderão ter de ser tratadas com
medicação. Em alguns casos, aconselha-se medicação antidepressiva.

COMPLICAÇÕES

As mulheres com anorexia podem ter dificuldade em engravidar e têm mais


probabilidades de ter um bebé prematuro ou com pouco peso. Aqueles que
desenvolvem anorexia antes ou durante a puberdade podem sofrer um atraso nas
alterações físicas da puberdade ou um crescimento atrofiado. As pessoas com
anorexia têm um risco maior de virem a desenvolver osteoporose no futuro. A anorexia
também pode levar os músculos (incluindo os músculos cardíacos) a perder força,
aumentando assim o risco de doenças cardíacas no futuro.

BULIMIA

A bulimia é um transtorno alimentar caracterizado por consumo excessivo de alimentos


em um curto período de tempo e preocupação excessiva com o aumento de peso, o
que leva ao surgimento de comportamentos compensatórios após as refeições para
evitar o ganho de peso, como por exemplo vômitos forçados, uso de laxantes ou
prática excessiva de atividade física.
A maioria dos casos de bulimia acontece em mulheres jovens e, além da preocupação
excessiva com o ganho de peso, a pessoa pode também ter anorexia nervosa,
transtorno de borderline e transtorno depressivo maior, por exemplo.
A bulimia é um transtorno que impacta diretamente na qualidade de vida da pessoa e
da família, já que gera angústia e preocupação em função do seu comportamento. Por
isso, é importante que ao ser percebido qualquer sinal indicativo de bulimia, a pessoa
receba apoio dos familiares e seja acompanhado por um nutricionista e psicólogo com
o objetivo de melhorar a sua qualidade de vida e evitar os sintomas relacionados com a
bulimia.

FATORES DE RISCO

 Compulsão alimentar seguida de comportamento compensatório, como ir ao


banheiro ou induzir o vômito após a refeição.
 Usar regularmente laxantes, diuréticos ou inibidores do apetite;
 Praticar excessivamente exercício físico após comer em excesso;
 Comer grandes quantidades de alimentos escondido;
 Sentimentos de angústia e de culpa após comer em excesso;
 Inflamações frequentes na garganta;
 Aparecimento recorrente de cáries dentárias;
 Dentes desgastados;
 Calosidade no dorso da mão;
 Dores abdominais e inflamações no sistema gastrointestinal frequentemente;
 Menstruação irregular.

Além disso, é possível também que a pessoa apresente sinais e sintomas de


desidratação e desnutrição, que acontece como consequência dos hábitos
relacionados com o transtorno, além de depressão, irritabilidade, ansiedade, baixa
autoestima e necessidade excessiva do controle de calorias.
Na bulimia a pessoa normalmente possui o peso adequado ou está ligeiramente acima
do peso ideal para a idade e altura, diferentemente do que acontece na anorexia, que
também é um transtorno alimentar e psicológico, no entanto a pessoa está abaixo do
peso normal para a idade e a altura e normalmente enxerga-se sempre acima do peso,
o que leva a restrições alimentares.

DIAGNOSTICO

O diagnóstico de bulimia deve ser suspeitado na presença de episódios bulímicos com


uma frequência mínima de duas vezes por semana, por, pelo menos, três meses. A
identificação desse quadro é clínica, ou seja, efetuada por meio de um conjunto de
sintomas e na história do paciente e da sua família. No entanto, ao contrário do que
ocorre na anorexia nervosa, podem passar muitos anos até que os familiares notem a
bulimia ou mesmo que o portador admita ter um problema em relação à alimentação

CAUSAS

A bulimia não tem uma causa definida, no entanto muitas vezes a sua ocorrência está
relacionada com o culto ao corpo, o que pode ser influenciado diretamente pela mídia
ou pelo comportamento da família e de amigos próximos, por exemplo.
Por causa disso, muitas vezes a pessoa interpreta que o corpo que possuem não é o
ideal e passam a "culpabilizá-lo" pela sua infelicidade, assim, evitam o máximo o ganho
de peso. Para isso, normalmente comem o que desejam, mas logo em seguida, devido
ao sentimento de culpa, acabam por eliminar para que não exista ganho de peso.

COMPLICAÇÕES

As complicações da bulimia estão relacionados com os comportamentos


compensatórios apresentados pela pessoa, ou seja, com as atitudes que tomam após
comer, como por exemplo o vômito forçado ou o uso de laxantes, por exemplo. Assim,
as possíveis complicações da bulimia são:

 Refluxo e feridas no estômago;


 Desidratação;
 Inchaço nas bochechas;
 Deterioração dos dentes;
 Prisão de ventre crônica;
 Ausência de menstruação ou alteração do ciclo menstrual;
 Depressão e mudanças de humor;
 Desidratação;
 Inflamação intestinal.
Assim, para evitar o desenvolvimento das complicações, é importante que a bulimia
seja identificada e tratada de acordo com a orientação do psicólogo, psiquiatra e
nutricionista.

TRATAMENTO

Devido ao fato da bulimia ser um transtorno psicológico e alimentar, é importante que a


pessoa tenha acompanhamento de um psicólogo e de um nutricionista, principalmente,
para que seja iniciada a reeducação alimentar e seja estimulada o desenvolvimento de
uma relação mais saudável com a comida para evitar comportamentos
compensatórios.
Além disso, muitas vezes é necessária a ingestão de suplementos de vitaminas e
minerais, assim como de alguns remédios antidepressivos e/ou que ajudem a evitar os
vômitos. Em casos graves pode mesmo ser necessário o internamento hospitalar ou
em clínicas especializadas no tratamento de transtornos alimentares.

BULIMIA NERVOSA

A bulimia nervosa é um transtorno alimentar que deve ser acompanhado com atenção,
pois, pode causar sintomas prejudiciais à vida do paciente.
Apesar de ser mais comum em mulheres, é importante ressaltar que a bulimia também
afeta pessoas do sexo masculino.
Na bulimia nervosa, o paciente tem excessos de compulsão alimentar, ingerindo muitos
alimentos de uma só vez e geralmente optando por escolhas com uma carga enorme
de calorias. Em seguida, se sente culpado pelo episódio de compulsão alimentar e
esforça-se para tentar eliminar aquilo que comeu, por meio de vômitos ou induzindo
diarreias.
Diferentemente da anorexia, na bulimia nervosa o paciente não fica desnutrido ou
excessivamente magro, o que pode tornar difícil para seus amigos e familiares notarem
a condição para incentivá-lo a buscar ajuda. Nessa condição, o emagrecimento não é
tão aparente e os episódios de eliminação daquilo que foi consumido costumam ser
encarados em segredo.

CAUSAS

Muitos fatores podem ser levados em consideração no momento do paciente


desenvolver a bulimia nervosa. Ele pode, por exemplo, ter um desejo exacerbado de
cuidar de seu corpo e acabar fazendo dietas excessivamente restritivas, causando a
compulsão alimentar.
O paciente também pode sofrer pressão dos amigos, familiar ou social para manter um
corpo “perfeito”, o que pode desencadear a bulimia nervosa. 
A predisposição genética é um outro fator que influencia no desenvolvimento da
bulimia.

FATORES DE RISCO

 Longos períodos de jejum seguidos por episódios em que o paciente se alimenta


sem parar e mesmo sem fome;
 Pessoa que come muito, mas não engorda;
 Sentimento de culpa por se alimentar, seguido de eliminação daquilo que foi
consumido;
 Preocupação excessiva com o corpo e o peso.
 Outros sintomas importantes de bulimia nervosa incluem:
 Ter vergonha de comer na frente de outras pessoas, preferindo comer sozinho
durante as refeições ou mesmo comer escondido, fora do horário de refeição de outras
pessoas da família;
 Esconder comida ou mentir sobre quanto dinheiro é gasto com comida;
 Mentir constantemente sobre os hábitos alimentares;
 Mudar constantemente de hábitos alimentares, deixando de gostar do que antes se
gostava demais;
 Acompanhar atentamente o peso e as medidas do paciente;
 Fazer atividade física mesmo quando não está se sentindo bem;

Além disso, o paciente com bulimia também pode apresentar outros sintomas, em
decorrência dos episódios onde se esforçou para perder peso. É o caso de sinais
como:

 Dentes em mau estado;


 Dentes que perdem o esmalte;
 Boca seca;
 Mau hálito;
 Arritmia cardíaca;
 Inflamação na garganta;
 Desidratação;

Em pacientes que possuem a bulimia nervosa por um longo período, mesmo sem
induzir o vômito ou usar laxantes para ter diarreia, há ainda a dificuldade em manter
alimentos no organismo.
DIAGNOSTICO

A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar, caracterizada por:


1) ingestão desproporcional de alimentos, que é definitivamente maior do que
aquela que a maioria das pessoas costuma comer em um intervalo de tempo
semelhante.
2) Sensação de falta de controle na hora de comer. O paciente sente-se incapaz de
parar ou reduzir o consumo de alimentos durante o episódio compulsivo.
B. Comportamentos compensatórios inapropriados, que visam impedir o aumento
de peso, tais como indução de vômitos, uso de laxantes, diuréticos ou outros
medicamentos, jejum prolongado ou exercício físico exagerado.
C. A ingestão excessiva de comida e os comportamentos compensatórios
inadequados têm de ocorrer ao menos uma vez por semana durante 3 meses
consecutivos.
D. Excessiva influência do peso e da forma física na autoestima.
E. Não ter anorexia nervosa.
O paciente com bulimia nervosa preenche todos os 5 critérios descritos acima. Se
ele estiver sob tratamento e alguns dos critérios acima não existirem mais, dizemos
que o paciente apresenta remissão parcial do quadro. Se após o tratamento todos
os critérios sumirem, dizemos que houve remissão completa da doença.

TRATAMENTO

O tratamento da bulimia costuma ser feito com a combinação de medicamentos,


reabilitação nutricional e psicoterapia. Essas três modalidades de tratamento
precisam de semanas ou até meses para alcançar uma resposta satisfatória. Não
existe solução rápida.
Nos casos extremos, o paciente pode precisar de internação hospitalar para tratar
as complicações, principalmente a desidratação e os distúrbios hidreletrolíticos.

COMPULSÃO ALIMENTAR

A compulsão alimentar é a necessidade de consumir alimentos em grandes


quantidades mesmo sem estar com fome. Esse transtorno alimentar pode trazer
sensação de tristeza, culpa e isolamento social, diminuindo o bem-estar físico e mental
da pessoa.
Sem tratamento adequado, esse problema pode levar ao surgimento de doenças mais
sérias, como obesidade e diabetes. Considerada um distúrbio alimentar, a compulsão
alimentar se caracteriza pela ingestão exagerada de alimentos mesmo sem a pessoa
sentir fome ou necessidade física do alimento.
Geralmente, quem sofre com esse problema não consegue controlar a necessidade de
comer em grandes quantidades em pouco tempo. 
Esses episódios de compulsão também são comuns quando a pessoa apesar de se
alimentar e estar satisfeita ou estufada, continua comendo.
Para ser considerada compulsão alimentar, é preciso que esses episódios ocorram
pelo menos duas ou mais vezes por semana.

SINTOMAS
Durante os episódios de compulsão alimentar, os alimentos são ingeridos de forma
mais rápida que o habitual, embora sem a sensação física de fome, e até se sentir
demasiadamente cheio, com presença de desconforto. O comportamento está
associado a impressão de falta de controle sobre os alimentos ingeridos e sentimentos
negativos como culpa, constrangimento e vergonha, acarretando sofrimento
considerável ao indivíduo. Alguns pacientes desenvolvem o hábito de esconder
alimentos ou comer escondido devido ao receio dos julgamentos oriundos da ingesta
alimentar exagerada. 

FATORES DE RISCO

 Pessoas com o transtorno têm maior risco de desenvolver problemas como:


 Colesterol alto;
 Hipertensão;
 Diabetes;
 Problemas vasculares;
 Obesidade;
 Gastrite;
 Transtornos alimentares como bulimia;
 Transtornos de humor.
 O tratamento ideal para a doença deve ser feito com o acompanhamento de
profissionais especialistas.

CAUSAS

 Dieta realizada de forma errada 


Após dietas muito rígidas sempre existe o risco da pessoa desenvolver a compulsão
alimentar. Muitos especialistas afirmam que estas dietas deixam as
pessoas deprimidas e privadas de diversos alimentos, e que isso aumenta o desejo por
comidas que elas não poderiam comer.
 Comer por conforto emocional
Estudos apontam que pessoas que comem de forma compulsiva normalmente têm as
mudanças emocionais como gatilho, isto é, relacionam a comida com bem-estar.
 Estresse
A compulsão alimentar pode ser uma maneira da pessoa lidar com o estresse.
 Problemas com a imagem corporal
 Pessoas com compulsão alimentar normalmente não gostam de sua aparência. 
Elas constantemente acham que deveriam comer menos. A consequência da pessoa
sentir-se constantemente gorda e com medo de ganhar mais peso são constantes
tentativas de compensar isso com dietas malucas, passando fome, tomando
medicamentos para emagrecer, por exemplo, e isso pode levar a problemas ainda
piores.
 Problemas emocionais mais graves 
Casos de compulsão alimentar associados a outras práticas, como vomitar após comer
ou ingerir laxantes, podem estar ligados a traumas do passado, tais como abuso
sexual, negligência, entre outros.

TRATAMENTO

Para realizar o tratamento adequado e obter excelentes resultados no tratamento


da compulsão alimentar, o ideal é que ele seja multidisciplinar, ou seja, em equipe.
Nestes casos, e nos demais distúrbios alimentares, o paciente pode receber
acompanhamento de um psicólogo e nutricionista.
O tratamento psicológico é importante para que o paciente trabalhe sua mente e
entenda melhor sobre si e todos os gatilhos que podem estar associados ao transtorno.
Após isso, é possível estabelecer estratégias de controle.
Depois de trabalhar a mente, é fundamental buscar um plano alimentar. Desse modo, o
nutricionista junto ao paciente, pode ajustar e elaborar o planejamento para uma
alimentação conforme as suas necessidades.
Uma dieta rica em todos os nutrientes é essencial para controlar o distúrbio e elevar a
qualidade de vida e bem-estar do paciente. É comum que a dieta seja combinada com
atividades físicas, como caminhadas, meditação e yoga.

CONCLUSÃO
Tendo em vista que os transtornos alimentares surgem com grande frequência na
infância e na adolescência . O diagnóstico precoce e uma abordagem terapêutica
adequada dos transtornos alimentares são fundamentais para o manejo clínico e o
prognóstico destas condições.

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