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De modo geral, são considerados transtornos alimentares tudo que é apresentado como exagero em
relação à comida, tanto de uma pessoa que se priva de ingerir alimentos, como uma que come
compulsivamente. No entanto, os distúrbios alimentares são bem mais complexos: normalmente eles vêm
acompanhados de outros transtornos psicológicos como depressão e ansiedade, dificultando ainda mais o
tratamento completo.
A pessoa que sofre desse mal apresenta baixa autoestima, perfeccionismo e uma distorção da imagem
corporal, tornando-a sempre negativa. Além de aspectos biológicos e psicológicos, fatores como influência
familiar, profissões que promovem a perda de peso, traumas da infância, situações estressantes e até a
constante pressão cultural podem contribuir para o aparecimento de um distúrbio alimentar.
Eles frequentemente aparecem durante a adolescência ou no início da idade adulta. Mulheres e meninas
são muito mais propensas do que os homens a desenvolver um distúrbio alimentar, e esses índices têm
aumentado a cada ano.
Compulsão alimentar
Também chamado de TCAP, no transtorno de compulsão alimentar, a pessoa ingere rapidamente grandes
quantidades de alimentos em um curto espaço de tempo, e logo depois sofre com sentimentos de
vergonha, culpa e desconforto. Quem apresenta este transtorno tende a comer mesmo quando está sem
fome e durante todo o dia, sem refeições planejadas e não conseguindo controlar o que está comendo.
Ligada ao lado emocional, a compulsão alimentar é vista como uma tentativa de amenizar sentimentos de
tristeza, medo, ansiedade ou stress por meio da comida, causando um alívio temporário. É o transtorno
mais comum nos Estados Unidos, afetando 3,5% das mulheres, 2% dos homens e entre 1 e 1,6% dos
adolescentes. A principal consequência da compulsão é a obesidade.
Obesidade e gordofobia
Com episódios de compulsão cada vez mais frequentes, a principal consequência é o sobrepeso e a
obesidade. Junto a ela, podem existir problemas de autoestima e depressão, além de complicações como
doenças cardíacas, diabetes, colesterol elevado e pressão alta.
Mas o mais complicado de se controlar para quem está acima do peso, estando saudável ou não, é o
julgamento cotidiano da própria sociedade, e a gordofobia está mais presente do que você imagina. A
repulsa, o preconceito, a inferiorização ou o julgamento da pessoa obesa pode não aparecer de forma
escancarada, mas existe. E são essas formas de pensar que estigmatizam e submetem as pessoas a
diversas formas de discriminação em nossa sociedade.
Bulimia
A bulimia também é um tipo de compulsão alimentar, mas que é caracterizada por comportamentos com o
objetivo de evitar o ganho de peso. Depois de ingerir grandes quantidades de alimento, as pessoas que
sofrem de bulimia tentam a todo custo não engordar, forçando vômitos, tomando diuréticos, laxantes ou
até se exercitando exageradamente.
A bulimia pode causar inchaço das glândulas parótidas, falta de menstruação de pelo menos 3 ciclos,
queda de cabelo, perda dos dentes, desmaios, mudanças de humor e de peso. Normalmente, as pessoas
com esse distúrbio estão dentro da faixa de peso normal, mas passam a ter grande obsessão pelo corpo,
a consumir somente alimentos de baixas calorias, comer escondido alimentos que não são considerados
saudáveis, usar laxantes ou diuréticos com frequência e ir ao banheiro logo após as refeições.
Anorexia
Já a anorexia é a perda de peso voluntária, causada pela redução de alimentos. Uma pessoa que está
anoréxica tem um medo intenso de ganhar peso e, por isso, também pode utilizar métodos como a
atividade física exagerada, além de diuréticos e laxantes. Este transtorno pode causar a uma desnutrição
agressiva, podendo levar até a morte.
A pessoa que sofre de anorexia tem frio e sono intensos, queda de cabelo, pele em tom amarelado, falta
de menstruação, mudanças de humor e desenvolvimento de lanugo, uma penugem fina por todo o corpo
para que ele permaneça aquecido.
Soou comum? Estes podem ser alguns dos sintomas de um novo transtorno alimentar que se delineia em
nossa sociedade: a Ortorexia Nervosa. E a Vigorexia, conhece? Continue acompanhando:
E a vigorexia, o que é?
O culto pela forma física não é uma exclusividade feminina. Jovens e adultos, obcecados em alcançar o
“corpo perfeito”, podem estar sofrendo de um distúrbio psiquiátrico chamado de vigorexia ou dismorfia
muscular, e é um subtipo de um transtorno psiquiátrico chamado de Transtorno Dismórfico Corporal
(TDC).
A vigorexia está relacionada com a insatisfação corporal, onde o indivíduo treina obsessivamente em
busca do ideal do corpo musculoso e sarado, mas nunca se enxerga “grande” o bastante.
Essa insatisfação corporal leva essas pessoas a treinarem cada vez mais pesado e mais intensamente,
passando horas na academia e adotando dietas malucas, com muita proteína, suplementos e muitas
vezes, fazendo o uso de anabolizantes e hormônios – o que pode trazer consequências negativas
irreversíveis para a saúde.
A vida social, familiar e profissional também pode ficar bastante comprometida, uma vez que os
vigoréxicos, obcecados com a forma física, tendem a isolarem-se a fim de intensificarem o treinamento.