TRANSTORNOS

ALIMENTARES

Profª Enfª Manuela C. Soares

 TRANSTORNO ALIMENTAR
 São graves distúrbios no comportamento alimentar, em que
estão relacionados a interação de fatores psicológicos,
biológicos e familiares.

 Constituem uma verdadeira "epidemia" que atinge,

principalmente, as jovens por se acharem insatisfeitas com o
corpo ou com o peso, que têm e tomam a decisão de fazerem
uma dieta.

 E esse pensamento falho e doentio das pessoas portadoras

dessas patologias se caracterizam por uma obsessão pela
perfeição do corpo.
 TRANSTORNO ALIMENTAR
 Essa preocupação excessiva com a estética corporal acaba
ocasionando alterações psíquicas relacionadas ao esquema
corporal.

 Dessa forma, os Transtornos Alimentares veem aumentando

sua incidência perigosamente e começa a preocupar
especialistas médicos, sociólogos, autoridades sanitárias.

 Existem várias formas de se manifestar e algumas delas

diferem notavelmente entre si. Existem os Transtornos
Alimentares mais tradicionais, que são a Anorexia e Bulimia
 FATORES DE RISCO
 Meninas adolescentes e adultas jovens de classe média e
média-alta;
 Meninas que sonham em trabalhar em atividades que
enfatizam o estado de magreza do corpo (atores, modelos,
bailarinas e desportistas);
 Ex-gordas ou com excesso de peso que se tornam obsessivas
por práticas frequente de dietas;
 História familiar de transtorno obsessivo-compulsivo;
 Baixa Autoestima;
 Perfeccionismo, insegurança no relacionamento social;
 Dificuldade em identificar e expressar sentimentos.
TIPOS DE TRANSTORNOS
ALIMENTARES
 Anorexia

 Bulimia
 ANOREXIA

 É um distúrbio resultado de uma preocupação exagerada

com o peso corporal, que pode levar a problemas
psiquiátricos graves;

 Ao olhar-se ao espelho, a pessoa vê-se de uma forma

distorcida (vê gordura onde não existe), o que a leva a
deixar de comer;

 Apesar destas pessoas estarem extremamente magras,

veem-se obesas e usam roupas largas, e com medo de
engordar ainda mais, jejuam e vomitam, usam laxantes e
diuréticos.
 ANOREXIA

 Em 90% dos casos, acomete mulheres adolescentes e

adultas jovens, na faixa de 12 a 20 anos. A taxa de
mortalidade é aprox. 10% (uma das maiores entre os
transtornos psicológicos);

 À perda de peso ocorre em segredo, os pacientes

recusam-se a comer com suas famílias ou em lugares
públicos;

 Diminuem drasticamente a ingestão de alimentos ricos em

carboidratos e lipídios;
 CARACTERÍSTICAS da
ANOREXIA
- Perda de peso sem causa
aparente;

- Redução da quantidade de
alimentos ingeridos;

- Comportamento ritualizado
durante as refeições (separa toda
comida no prato);

- Não assume a fome;

- Torna-se mais crítico e menos

tolerante.
CARACTERÍSTICAS da ANOREXIA

- Prática exagerada de exercícios físicos;

- Comer apenas produtos magros com baixo teor calórico;

- Achar-se sempre gordo/gorda;

- Apresentar baixa autoestima e possuir um extremo auto

controle.
 O QUE SE SENTE?
 Perda de peso em um curto espaço de
tempo; Distorção da imagem corporal;

 Alimentação e preocupação com peso

corporal tornam-se obsessões;

 Crença de que se está gordo, mesmo

estando excessivamente magro;

 Tendência ao suicídio; Desenvolver Bulimia;

 Depressão, ansiedade e irritabilidade;

 Progressivo isolamento da família e amigos.

CONSEQUÊNCIAS

 Desnutrição grave;
 Desidratação;
 Hipotensão ( - da PA);
 Anemia;
 Fadiga;
 Desmaios frequentes;
 Redução da massa muscular;
 Fraqueza;
 Tonturas;
 Problemas Cardíacos;
 Amenorréia (ausência do ciclo menstrual).
 TIPOS DE ANOREXIA
 ANOREXIA NERVOSA

-> é um transtorno alimentar que provoca no indivíduo tanto

medo de ganhar peso e/ou gordura corporal que ele(a)
limitará severamente a quantidade de comida que ingere.

 ANOREXIA ALCOÓLICA

-> O alcoolismo é associado aos distúrbios alimentares, na

qual é muito comum entre jovens e adultos de idade entre
20 e 40 anos, que ingerem bebidas alcoólicas no lugar da
refeição.
 DIAGNÓSTICO

 É considerado ANOREXIA quando há perda ponderal

de pelo menos 15% do peso original do indivíduo e a
ausência de doença física conhecida, que responda pela
perda de peso, o que requer uma série de exames
clínicos e laboratoriais.
 A foto ao lado ajuda ou atrapalha
no combate à anorexia?
A francesa ISABELLE CARO, 27
anos, aspirante a atriz, acha que
ajuda. "Embora meu corpo cause
repugnância", diz ela, aceitou se
despir para "mostrar às jovens
quanto essa doença é perigosa".
Especialistas acreditam o
contrário: mulheres anoréxicas
vêem um corpo como o de Isabelle
– 1,65 metro, 31 quilos – e acham
lindo. As fotos foram tiradas para
promover uma marca de roupas.
Isabelle sofre de anorexia desde
os 13 anos, resultado de "uma
infância muito difícil", que
Karen Carpenter morreu contará em detalhes num livro que
de anorexia em 1983, promete publicar "em breve".
pesando 35 quilos  VEJA,3 de outubro de 2007.
 BULIMIA
 É também um distúrbio alimentar muito grave, que
normalmente aparece depois da anorexia, ou seja, a
bulimia é resultante muitas vezes da anorexia;

 A pessoa não consegue deixar de comer determinadas

coisas, principalmente alimentos bastante calóricos, então
a pessoa ingere estes alimentos e provocam o vomito logo
a seguir, ficando com o desejo realizado;

 Ou seja, a vítima tem períodos em que se alimenta em

excesso, seguidos pelo sentimento de culpa e tentativas
para evitar o ganho de peso com jejuns, exercícios,
vômitos auto-induzidos, laxantes e diuréticos;

 Esses episódios devem ocorrer pelo menos duas vezes por

semana.
 BULIMIA
 As vitimas podem ainda jejuar por um dia ou entrar num
ciclo de intensa restrição alimentar. Quando essa
restrição se torna excessiva, pode desencadear episódios
compulsivos;

 O bulímico, geralmente, encontra-se com peso normal,

levemente aumentado ou diminuído (não chegando a
magreza da anorexia);

 Esta aparência de normalidade muitas vezes dificulta que

se identifique o problema, o que muitas vezes demora a
procurar ajuda;

 Tem tendência maior a partir da adolescência. Cerca de

90% dos casos ocorre em mulheres;
 FATORES QUE INFLUENCIAM A
BULIMIA

- Ansiedade;
- Depressão da Auto-imagem
distorcida;
- Culpabilização;
- Baixa auto-estima;
- Frustração;
- Vergonha;
- Obsessão;
- Perfeccionismo;
- Mau controle dos impulsos.
 O QUE SE SENTE?
 Vergonha dos seus problemas alimentares;

 Não compartilha com os pais, amigos ou pessoas próximas

o que está passando, tendo assim um sofrimento psíquico;

-> Afeta as relações sociais, em que a alimentação é uma

questão cotidiano e que não pode ser evitada = dificuldade
de lidar com o TRANSTORNO ALIMENTAR;

-> O indivíduo come num curto espaço de tempo uma

grande quantidade de comida, como se estivesse com
muita fome, perdendo assim o controle sobre si mesmo e
vomita o que comeu, com a finalidade de não ganhar peso.
CONSEQUÊNCIAS da BULIMIA
- Dentes podres (consequência da provocação de vômitos);
- Feridas na garganta e no estômago;
- Úlcera estomacal;
- Arritmia cardíaca, casos severos: ataque cardíaco;
- Aumento da probabilidade de suicídio;
- Diminuição do libido.
- Grande variação de humor;
- Inchaço e infecção das glândulas salivares (pela indução
do vômito).
 TRATAMENTO
 O maior desafio no tratamento da bulimia e/ou da
anorexia é fazer a pessoa reconhecer que tem uma
doença. A maioria das pessoas nega que tem um distúrbio
alimentar.
 Em geral, as pessoas somente começam um tratamento
quando a doença é grave.

A pessoa será internada em um hospital ....

 Tiver perdido muito peso (estar abaixo de 70% do peso
corporal ideal para sua idade e altura);
 Em caso de subnutrição grave que coloca a vida em risco, a
pessoa pode precisar ser alimentada por sonda;
 A pessoa tiver depressão grave ou pensar em cometer
suicídio.
 TRATAMENTO
-> O tratamento deve ser realizado por uma equipe
multidisciplinar em função da complexa interação de
problemas emocionais e fisiológicos que os transtornos
alimentares podem ocasionar.

TRATAMENTO
 Reabilitação;

 Plano alimentar bem definido;

 Antidepressivos;

 Acompanhamento profissional;

 Psicoterapia individual (apoio

da família e aderência do paciente);

-> Será escravo de muitos quem for escravo do próprio
corpo [...] Devemos proceder não como quem vive no
interesse do corpo, mas simplesmente como quem não
pode viver sem ele. Um excessivo interesse pelo corpo
inquieta-nos com temores, carrega-nos de apreensões,
expõe-nos aos insultos; o bem moral torna-se desprezível
para aqueles que amam em excesso o corpo <-
Sêneca (filósofo)