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Elementos do 8 grupo

Aquibaia Amade Nabamba

Anastácio Ângelo

Solene Mujala

Esfera oral alimentar e seus distúrbios

(licenciatura em psicologia)

Universidade Rovuma

Nampula

2024
II

Elementos do 8 grupo

Aquibaia Amade Nabamba

Anastácio Ângelo

Solene Mujala

Esfera oral alimentar e seus distúrbios

Trabalho de carácter avaliativo de cadeira


de Psicopatologia, 2º Ano, Iº Semestre,
leccionado GGpelo Docente:

MA. João Maurício

Universidade Rovuma

Nampula

2024

II
III

III
IV

IV
V

Índice

Introdução..............................................................................................................................................5
Distúrbios alimentares...........................................................................................................................6
Transtornos alimentares....................................................................................................................6
Tipos e sintomas de distúrbios alimentares.......................................................................................6
Anorexia nervosa................................................................................................................................7
Factores de Risco e Prognóstico.........................................................................................................7
Desenvolvimento e Curso...................................................................................................................7
Sintomas.............................................................................................................................................7
Tratamento........................................................................................................................................8
Bulimia nervosa..................................................................................................................................8
Factores de Risco e Prognóstico.........................................................................................................8
Temperamentais................................................................................................................................8
Ambientais.........................................................................................................................................8
Desenvolvimento e Curso...................................................................................................................9
Sintomas.............................................................................................................................................9
Tratamento........................................................................................................................................9
Pica.....................................................................................................................................................9
Factores de Risco e Prognóstico.......................................................................................................10
Desenvolvimento e Curso.................................................................................................................10
Transtorno de Compulsão Alimentar...............................................................................................12
Tratamento......................................................................................................................................13
Conclusão.............................................................................................................................................14
Referências Bibliográficas.....................................................................................................................16

V
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Introdução

Neste presente trabalho abordaremos sobre transtornos alimentares. Os transtornos


alimentares são caracterizados por uma perturbação persistência na alimentação ou no
comportamento relacionado a alimentação que resulta no consumo ou na absorção alterada de
alimento e que compromete significativamente a saúde física ou o funcionamento
psicossocial. Os transtornos alimentares cá apresentados no trabalho serão: pica, transtorno de
ruminação, transtorno restritivo.

O trabalho tem como foco explicar em torno da temática cada ponto citado no paragrafo
anterior para fim de compreender e aplicar os conhecimentos na área da psicologia e na vida.
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Distúrbios alimentares

Distúrbios alimentares podem ser originados de hábitos alimentares que causam danos à
saúde como a redução extrema ou consumo em excesso de alimentos.

Os distúrbios alimentares são comuns na adolescência e no começo da vida adulta. Eles estão
relacionados a uma série de consequências psicológicas, como ansiedade e pressões sociais
para o chamado corpo perfeito.

Transtornos alimentares
Segundo (Graff, 2014), são caracterizados por uma perturbação persistência na alimentação
ou no comportamento relacionam-to a alimentação que resulta no consumo ou na absorção
alterada de alimento e que compromete significativamente a saúde física ou o funcionamento
psicossocial.

Segundo (Graff, 2014), de acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Americana de
Psiquiatria, um por cento da população mundial – cerca de 70 milhões de pessoas – sofrem
com transtornos alimentares.

Embora esses distúrbios sejam mais frequentes com pessoas do sexo feminino, com faixa
etária entre 12 e 25 anos, no Reino Unido, um estudo feito pelo Serviço Nacional de Saúde
(NHS – sigla em inglês) mostrou um aumento de 67% em homens entre 26 e 40 anos. Os
especialistas que realizaram o estudo concluíram que uma parte considerável desses
transtornos alimentares está ligada às redes sociais. (Graff, 2014).

Transtorno alimentar é um tema que merece uma atenção especial, por isso separamos os
tipos, causas, sintomas e como cada distúrbio pode ser tratado.

Tipos e sintomas de distúrbios alimentares


 Anorexia Nervosa;
 Bulimia Nervosa;
 Pica;
 Transtorno de ruminação;
 Transtorno alimentar restritivo evitativo;
 Transtorno de compulsão alimentar.
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2222Anorexia nervosa
Tem três características essenciais: restrição persistente da ingestão calórica; medo intenso de
ganhar peso ou de engordar ou comportamento persistente que interfere no ganho de peso; e
perturbação na percepção do próprio peso ou da própria forma. O indivíduo mantém um peso
corporal abaixo daquele minimamente normal para idade, género, trajectória do
desenvolvimento e saúde física.

Factores de Risco e Prognóstico


Temperamentais Indivíduos que desenvolvem transtornos de ansiedade ou exibem traços
obsessivos na infância estão em risco maior de desenvolver anorexia nervosa.

Ambiental A variabilidade histórica e transcultural na prevalência de anorexia nervosa


corrobora sua associação com culturas e contextos que valorizam a magreza. Ocupações e
trabalhos que incentivam a magreza, como modelo e atleta de elite, também estão associados
a um risco maior.

Genéticos e fisiológicos Existe riscam maior de anorexia e bulimia nervosas entre parentes
biológicos de primeiro grau de indivíduos com o transtorno. Também foi observado risco
maior de transtornos bipolares e depressivos entre parentes de primeiro grau de indivíduos
com anorexia nervosa, em particular parentes daqueles com o tipo compulsão alimentar
purgativa. As taxas de concordância para anorexia nervosa em gémeos monozigóticos são
significativamente mais altas do que as de gémeos dizigóticos.

Desenvolvimento e Curso
A anorexia nervosa começa geralmente durante a adolescência ou na idade adulta jovem.
Raramente se inicia antes da puberdade ou depois dos 40 anos, porém casos de início precoce
e tardio já foram descritos. O início desse transtorno costuma estar associado a um evento de
vida stressante, como deixar a casa dos pais para ingressar na universidade.

Sintomas
 Peso corporal extremamente baixo (perda de massa e gordura);
 Restrição alimentar severa;
 Falta de vontade para manter um peso normal e saudável;
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 Preocupação em não ganhar peso;


 Distorção da imagem corporal;
 No caso das mulheres, inibição do ciclo menstrual;
 Gastrite;
 Descamação e pele seca;
 Hipotermia;
 Anemia.

Tratamento
O primeiro passo é hidratar organismo. A Assistência de um bom psicólogo, um nutricionista
e terapias, além de medicamentos, faz parte das indicações de tratamentos para a anorexia
nervosa. A participação e apoio da família é fundamental para um bom resultado.

Bulimia nervosa
Existem três aspectos essenciais na bulimia nervosa: episódios recorrentes de compulsão
alimentar (Critério A), comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes para
impedir o ganho de peso (Critério B) e auto-avaliação indevidamente influenciada pela forma
e pelo peso corporais (Critério D) Para se qualificar ao diagnóstico, a compulsão alimentar e
os comportamentos compensatórios inapropriados devem ocorrer, em média, no mínimo uma
vez por semana por três meses (Critério C).

Factores de Risco e Prognóstico

Temperamentais
Preocupações com o peso, baixa auto-estima, sintomas depressivos, transtorno de ansiedade
social e transtorno de ansiedade excessiva da infância (DSM-III-R) estão associados a um
risco maior de desenvolver bulimia nervosa.

Ambientais
Observou-se que a internalização de um ideal corporal magro aumenta o risco de desenvolver
preocupações com o peso, o que, por sua vez, aumenta o risco de desenvolver bulimia
nervosa. Indivíduos que sofreram abuso sexual ou físico na infância têm um risco maior de
desenvolver o transtorno.

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Genéticos e fisiológicos Obesidade infantis e maturação puberal precoce aumentam o risco


de bulimia nervosa. A transmissão familiar do transtorno pode estar presente, bem como
vulnerabilidades genéticas para a perturbação.

Modificadores do curso. A gravidade da comorbidade psiquiátrica prediz uma evolução mais


desfavorável de bulimia nervosa no longo prazo.

Desenvolvimento e Curso
A bulimia nervosa começa na adolescência ou na idade adulta jovem. A manifestação inicial
antes da puberdade ou depois dos 40 anos é incomum.

Sintomas
 Crónica inflamada e dor de garganta;
 Problemas nas glândulas salivares, como inchaço na região do pescoço e da
mandíbula;
 Erosão do esmalte dentário devido ao ácido do estômago, em decorrência dos vómitos;
 Descomodidade intestinal e irritação devido ao abuso de laxante;
 Desidratação grave da purga de fluidos;
 Desequilíbrio de electrólitos (níveis muito altos ou muito baixos de sódio, cálcio,
potássio, entre outros);
 Sangramento rectal, quando utilizado laxantes.

Tratamento
A participação da família também é indispensável. O paciente precisa sentir que não está
sozinho e que sua família não sente vergonha da situação e quer ajudá-lo a sair dessa
vitorioso. Os especialistas indicados são clínicos, psicólogos, psiquiatras e nutricionistas,
além de terapias individuais de grupo ou com a família. A terapia cognitiva comportamental
costuma ser muito recomendada.

Pica
A característica essencial da pica é a ingestão de uma ou mais substâncias não nutritivas, não
alimentares, de forma persistente durante um período mínimo de um mês (Critério A), grave o
suficiente para merecer atenção clínica. As substâncias típicas ingeridas tendem a variar com

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a idade e a disponibilidade e podem incluir papel, sabão, tecido, cabelo, fios, terra, giz, talco,
tinta, cola, metal, pedras, carvão vegetal ou mineral, cinzas, detergente ou gelo.

Factores de Risco e Prognóstico


Ambientais: negligência, falta de supervisão e atraso do desenvolvimento podem aumentar o
risco para essa condição.

Desenvolvimento e Curso
A manifestação inicial de pica pode ocorrer na infância, na adolescência ou na idade adulta,
embora a manifestação na infância seja mais comummente relatada. O transtorno pode ocorrer
em crianças com desenvolvimento normal em outras áreas, enquanto, em adultos, parece mais
provável no contexto de deficiência intelectual ou outros transtornos mentais.

Sintomas

A vontade de comer coisas inapropriada.

Tratamento

As vezes, modificação do comportamento.

Tratamento deficiências nutricionais e outras complicações.

Técnica de modificação de comportamento pode ajudar, mas pouco se sabe sobre esse
transtorno. Essa técnica ajuda a pessoa a desaprender comportamentos indesejável enquanto
aprende comportamento desejável.

Transtorno de ruminação

Segundo Associación Estadounidense de Psiquiatria 2013

O transtorno de ruminação e uma condição da alimentação caracterizada pela presença de


episódios nos quais a pessoa vomita os alimentos depois de ingeri-los .

Factores de riscos e prognóstico

Ambientais.

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Problemas psicossociais como falta de estimulação negligencia situações de vida estressantes


e problemas na relação entre pai e filhos podem ser factores predisponentes em lactentes e
crianças pequenas.

Sintomas

 Regurgitação repetidos;
 Náuseas;
 Vómitos;
 Evitação de situações sociais vinculadas a comida;
 Tontura;
 Baixa auto-estima;
 Dores corporais frequentem.

Tratamento

Técnica de exposição consiste em apresentar ao paciente o estimulo que da lugar a


problemática, neste caso a exposição com a comida. A ideia principal desta estratégia e que a
pessoa tenha tido um contacto positivo com a comida de forma gradual para facilitar a
ingestão de alimentos e evitar comportamento prejudiciais para a sua saúde , como os vómitos
.

Transtorno alimentar restritivo evitativo

O transtorno alimentar restritivo evitativo é um transtorno alimentar caracterizado pelo fato de


que a pessoa come muito pouco e/ou evita comer determinados alimentos. Ele não inclui ter
uma imagem corporal distorcida (como ocorre na anorexia nervosa) ou estar preocupado com
a imagem corporal (como ocorre na bulimia nervosa), (Evelyn Attia, 2022).

O transtorno alimentar restritivo evitativo pode causar perda de peso significativa,


crescimento menor que o esperado em crianças, dificuldade em participar de actividades
sociais normais e, às vezes, deficiências nutricionais potencialmente fatais (Evelyn Attia,
2022).

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A causa exacta da ingestão alimentar restritiva evitativa é desconhecida, mas pode haver
factores genéticos, psicológicos e sociais envolvidos (por exemplo, trauma, ansiedade,
autismo e distúrbios do desenvolvimento) (Evelyn Attia, 2022).

É possível que a pessoa com transtorno alimentar restritivo evitativo não coma, porque ela
perdeu o interesse em comer ou porque acredita que comer tem consequências prejudiciais
(Evelyn Attia, 2022).

Sintomas

Segundo Evelyn Attia (2022), a pessoa com transtorno alimentar restritivo evitativo come
muito pouco e/ou evita comer determinados alimentos. É possível que ela coma tão pouco que
acaba perdendo uma quantidade significativa de peso. Crianças com esse transtorno podem
não crescer tanto quanto esperado.

Tratamento

Terapia cognitivo-comportamental

A terapia cognitivo-comportamental pode ser usada para ajudar a pessoa com o transtorno
alimentar restritivo evitativo a comer normalmente. A terapia pode ajudá-las a se sentirem
menos ansiosas sobre o que comem (Evelyn Attia, 2022).

Transtorno de Compulsão Alimentar


A compulsão é dos distúrbios alimentares mais comuns. Pode ser visto em pessoas que
perdem o controle sobre o consumo de alimentos. Ao contrário da bulimia e anorexia nervosa,
as pessoas com transtorno compulsivo, após os períodos de compulsão alimentar, não seguem
comportamentos compensatórios (como exercício físico excessivo ou jejum).

É comum os pacientes geralmente terem sobrepeso ou obesidade. O factor preocupante é que


eles são as pessoas com maiores riscos de desencadear doenças cardiovasculares e pressão
arterial elevada. Culpa, vergonha e angústia em frente à situação, são sentimentos que podem
levar à uma compulsão excessiva.

Sinais e sintomas do transtorno da compulsão alimentar

De acordo com DSM-5:

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Durante um episódio compulsivo, as pessoas consomem uma quantidade de alimentos


muito maior do que a maioria das pessoas comeria em um período de tempo
semelhante sob circunstâncias similares. Durante e após um episódio compulsivo, as
pessoas se sentem como se tivessem perdido o controlo. A compulsão alimentar não é
acompanhada de purgação (indução de vómitos, mau uso de laxantes, diuréticos ou
enemas), exercício excessivo ou jejum. A compulsão alimentar é episódica; não
envolve comer em excesso constantemente (“lambiscar”).
As pessoas com esse distúrbio ficam geralmente incomodadas com eles. Depressão leve a
moderada e preocupação com a forma e peso corporal, ou ambos, são mais comuns em
pessoas obesas com transtorno de compulsão alimentar do que em pessoas com peso similar
sem compulsão alimentar.

Tratamento
Para um tratamento com bons resultados também é o diagnóstico precoce. Um clínico,
psicólogo e nutricionista são um dos especialistas indicados como recursos terapêuticos; e
assim como os demais, a interacção da familiar é primordial.

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Conclusão

Após do trabalho apresentado pelo grupo que refira os transtornos alimentares, temos noções
que há distúrbios causados por alimentos, desta forma através das informações mencionadas
teremos como evita-lo alguns distúrbios vindouros na alimentação perante a sociedade.

Uma vez que a população padece vários distúrbios causados por alimentação e sem conhecimento
da proveniência, desde já estamos unânimes de ajudar a sociedade como precaver essa situação de
transtornos alimentares. E sabido que a função do psicólogo na sociedade e manter o bem-estar das
pessoas na sociedade.

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Referências Bibliográficas

Manual diagnostico e estatístico de transtornos mentais: DSM ̶ 5. American Psychatric


Association; tradução: Maria Inês Corrêa Nascimento…et al (2014). Revisão técnica:
Aristides Volpato Cordioli, et al ̶ 5.ed Dados electrónicos. Porto Alegre: Artimed.

Chahua J., Rey, P., Monrroy, H.(2021). Síndrome de rumiacíon. Revista de Gastroenterología
de México, 86 (2), 163 ̶ 171.

Luciano Soarino, M.C., Molina Cobos, F.J. (1992). Rumiación y vómitos: etiologia,
prevención y tratamento. Análisis y modificación de la conducta, 18(58), 257 ̶277.

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