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- Entrevistado 2: Ana Sofia Sousa Silva /14 anos/ usuária de APS/ não universitária.
Dúvida: : Por que é tão importante a ingestão de 2 litros de água por dia?
Explicação: A água é essencial para o funcionamento saudável do corpo humano. Ela
desempenha um papel crucial na regulação da temperatura corporal, lubrificação das
articulações, transporte de nutrientes, eliminação de resíduos e manutenção da função
adequada dos órgãos. A falta de água suficiente, conhecida como desidratação, pode levar
a diversos problemas de saúde, incluindo fadiga, diminuição da função cognitiva, prisão de
ventre, aumento do risco de cálculos renais e impacto negativo no desempenho físico.
Embora a quantidade exata de água necessária varie de pessoa para pessoa, fatores como
idade, sexo, atividade física, clima e condições de saúde influenciam as necessidades
individuais de hidratação. É importante prestar atenção aos sinais de desidratação, como
sede, urina escura, boca seca e fadiga, e garantir a ingestão adequada de líquidos ao longo
do dia. A recomendação geral é beber água regularmente, atendendo à sede e mantendo a
urina com uma coloração clara. Além disso, outras bebidas e alimentos também podem
contribuir para a hidratação do corpo.
IVNA LETÍCIA
- Entrevistado 1: Ivonete Lira de Castro / 77 anos / usuário de APS / não universitário.
Dúvida: Beber durante as refeições faz mal?
Explicação: Depende. Se forem consumidas grandes quantidades de líquido durante o
almoço ou jantar poderá fazer mal, já que pode provocar distensão estomacal e dificultar a
digestão. Deve-se considerar também que as bebidas possuem efeitos diferentes dos
alimentos sólidos sobre o controle da saciedade, assim o organismo tem maior dificuldade
para assimilar as calorias advindas de líquido, o que pode favorecer maior ingestão
energética total. Entretanto, se o consumo for uma quantidade pequena, cerca de 1 copo
americano, geralmente não é prejudicial à saúde. O aumento da ingestão energética tem
sido associado ao aumento do consumo de bebidas adoçadas. Segundo Berkey et al, é
observado que o consumo excessivo de leite e sucos de frutas pode contribuir também para
uma elevada ingestão energética. Mas, tais bebidas apresentam uma composição
nutricional mais adequada e, portanto, superior em comparação à observada em
refrigerantes, tendo em vista que os últimos fornecem baixo conteúdo de micronutrientes e
elevado teor calórico. (MOROZOFF, CAROLINE; 2013).
KARLA BENEDITA
- Entrevistado 1: Maria de Jesus Vasconcelos / 57 anos / usuário de APS / não
universitário. Dúvida: Como se atentar na hora de comprar um alimento e
escolher a melhor alternativa no supermercado?
Explicação: No momento da compra, é importante sempre consultar todas as
informações impressas na embalagem do produto. Mencionando a garantia da segurança
de alimentos, uma grande aliada do consumidor é a rotulagem presente em alimentos
industrializados, que visa fornecer informações importantes de forma clara e acessível,
podendo ser considerada uma forma de comunicação entre a indústria produtora e o
consumidor final (CASEMIRO, COLAUTO, LINDE; 2006). Contudo, algumas vezes a
indústria é bem esperta ao fornecer essas informações e como seu objetivo é lucrar, os
rótulos podem vir com dados bem ambíguos para o público geral. Por isso, a Anvisa é o
órgão que estabelece quais as informações devem constar nos rótulos dos alimentos,
visando garantir a qualidade do produto e a saúde da população. As regras são importantes
para que as empresas forneçam à população dados que ajudem na hora da escolha do
produto.
Lista de ingredientes, prazo de validade e informações nutricionais estão entre os itens
obrigatórios nos rótulos, assim como a medida caseira, que é como o consumidor mede os
alimentos (fatias, xícaras, colheres, etc).
Informações sobre conservantes, lactose, glúten e diversos outros itens usados na
composição de alimentos enlatados e processados são especialmente importantes para
pessoas com algum tipo de alergia ou intolerância a ingredientes ou doenças como
obesidade, hipertensão e diabetes. As regras também incluem o que as empresas não
podem usar nos rótulos, como palavras e informações falsas ou que induzam ao erro.
MARIA EDUARDA
- Entrevistado 1: Sabrina Soares de Castro/ 36 anos/ usuária de APS/ não
universitário
Dúvida: Vale a pena trocar o sal comum pelo sal rosa do Himalaia?
Muito se ouviu sobre essa informação nos últimos 3 anos devido a uma presença de
estrogênio no grão da soja. O que acontece na verdade é que existem fitoestrogênios nessa
leguminosa: as isoflavonas. Esses compostos até tem uma função parecida com a do
hormônios feminino e se ligam sim aos nossos receptores, mas a forma e potencial de ação
são infinitamente menores em relação ao estrogênio. Tal fato se deve aos moduladorws
seletivos de receptores de estrogênio. Com relação aos estudos que demonstram potencial
ginecomastia e disfunção erétil resultante do consumo de soja, a sua grande maioria são
estudos feitos in vitro, em ratos ou com metodologias questionáveis.
SABRINA SAMPAIO
- Entrevistado 1: Maria de Jesus Ferreira Xavier/ 67 anos/ usuário de APS/ não
universitário
Dúvida: Por que existem alimentos não saudáveis nas prateleiras?
Explicação: O marketing e a publicidade cresceram muito nos últimos anos, e claramente
influencia em diversos aspectos da vida de todas as pessoas, na alimentação não seria
diferente, principalmente com alimentos ultraprocessados, Os supermercados e os mercados
de bairro apresentam, em média, maior quantidade de publicidade de alimentos
ultraprocessados, de modificações físicas no ambiente que promovem alimentos
ultraprocessados, de promoções de preços de alimentos ultraprocessados e maior
disponibilidade de alimentos ultraprocessados, em comparação às outras categorias de
estabelecimentos. Isso acaba potencializando para más escolhas alimentares, já que as
pessoas acabam priorizando o mais barato e prático, consequentemente dificultando escolhas
alimentares saudáveis
SAMIRA ARAUJO
- Entrevistado 1: Pedro Heinrick Lima / 19 anos / usuário de APS / não universitário
Dúvida - A cafeína traz algum risco para a saúde?
Explicação: a cafeína é um composto estimulante do Sistema Nervoso Central.
De modo geral, a cafeína produz alguns efeitos considerados benéficos pelos
consumidores , no nosso corpo, dentre esses efeitos, estão o aumento do estado de alerta,
redução da fadiga, e ainda promove um estímulo de diurese. A cafeína também é bastante
utilizada pela Medicina e Farmácia por aliviar as dores de cabeça, ou até mesmo aliviar a
dor. Como sabemos, um café( alimento rico em cafeína) é um alimento que possui
bastante influência na cultura brasileira, e a maioria da população faz o consumo de café, e
por possuir diversos efeitos e por vivermos em um mundo “ onde as pessoas não podem
parar”, alimentos que possuem esses efeitos ganham o cenário. E diante esse cenário, a
indústria vende suplemento alimentar de cafeína, este que passa a ser consumido por
públicos específicos como, estudantes, atletas e praticantes de atividades físicas, pessoas
que buscam o emagrecimento, e alguns outros públicos.
Porém, a cafeína quando consumida em excesso, ou por públicos sensíveis aos efeitos,
como indivíduos com transtorno de ansiedade, pode causar efeitos adversos, prejudiciais,
ou até mesmo muito perigosos.
Os consumidores frequentes de cafeína ou até mesmo do café, relatam que sentem
frequentemente alguns desconfortos gastrointestinais, como azia e queimação, pois a
cafeína aumenta a secreção de ácido estomacal, e também o consumo de alimentos com
cafeína está bastante relacionado com os refluxos gástricos.
Um outro efeito da cafeína ( nesse caso, presente no café) que não é desejado é quanto a
questão da absorção do ferro. Estudos revelam que o consumo de café em até 1 hora após
as refeições, pode reduzir a absorção de ferro não - hemíco em até 40%, isso porque os
compostos fenólicos e as melanoidinas se complexam com o ferro, diminuindo assim a
absorção intestinal desse mineral. Já um efeito mais preocupante e perigoso é quanto ao
público sensível aos efeitos, ou que possuem alguma doença específica, como a exemplo
de indivíduos com transtorno de ansiedade ou com síndrome do pânico que relatam
taquicardias, palpitações cardíacas, ansiedades, insônias e tremores. Outro efeito muito
preocupante é quando aos consumidores de café ou cafeína, que fazem o uso de
substâncias químicas ou sofrem de desordens psíquicas, pois estes podem vir a se tornar
dependentes da substância.
Até o presente momento, não existem comprovações científicas de que o consumo leve e
moderado de cafeína, por indivíduos saudáveis seja prejudicial para a saúde.
Existem alguns grupos especiais da população que precisam de atenção ao consumir
alimentos com cafeína ou suplemento alimentar de cafeína, portanto o consumo deve ser
acompanhado por profissionais nutricionistas ou médicos.
Nos rótulos da maioria dos suplementos, a indicação de consumo pode ser realizada de 2
formas, a primeira é misturando o suplemento com a água, já a segunda forma de preparo é
a de misturar o suplemento com leite de vaca.
Os estudos indicam que não há nenhum prejuízo em misturar o suplemento com a água,
porém, também não há nenhuma vantagem. Já ao misturar o suplemento com o leite
desnatado ( quando se tem o objetivo de emagrecimento muscular, o leite desnatado é o
mais indicado, pois não possui gorduras) pode se obter outros benefícios, pelo fato do leite
ser rico em vitaminas e minerais, o consumo com o leite também aumenta a quantidade de
proteínas da refeição, principalmente a lactoferrina, proteína que auxilia no bom
funcionamento do sistema imunológico.
O consumo e whey protein não é obrigatório para praticantes de atividades físicas, a
suplementação de whey protein é apenas uma fonte proteica, assim como alimentos
cárneos, ovos, e laticínios, portanto o whey protein pode ser substituído por esses
alimentos, estes últimos são mais recomendados pois são alimentos in natura ou
minimamente processados, já o suplemento é considerado um alimento ultraprocessado, e
deve ser evitado, ou consumido com moderação. O consumo de suplementos deve ser
avaliado e recomendado por profissionais nutricionistas.
REFERÊNCIAS
AZIZ, I.; DWIVEDI, K.; SANDERS, D. S. From coeliac disease to noncoeliac gluten
sensitivity; should everyone be gluten free? Current Opinion in Gastroenterology, v. 32, n. 2,
p. 120–127, mar. 2016.
POPKIN, B. M.; D’ANCI, K. E.; ROSENBERG, I. H. Water, Hydration, and Health. Nutrition
Reviews, v. 68, n. 8, p. 439–458, 20 jul. 2010.
CASEMIRO, I.A.; COLAUTO, N.B.; LINDE, G.A. Rotulagem nutricional: quem lê e por quê?
Arquivos de Ciências da Saúde da Unipar, Umuarama, v. 10, n. 1, p. 9- 16, jan./abr., 2006.
RAMOS, S. Johny. Comparação físico química e inorgânica do sal comum de mesa com o
sal rosa do Himalaia. UTFPR, 2018. Acesso em: 03 jun 2023.
ALMEIDA, Mafalda Rodrigues. Qual é o melhor tipo de sal? 2020. Disponível em:
https://www.mafaldarodriguesdealmeida.pt/2020/05/qual-e-o-melhor-tipo-de-sal.html?utm_s
ource=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=qual-e-o-melhor-tipo-de-sal. Acesso em: 03
jun 2023.
MESSINA, Mark et al. Neither soy nor isoflavone intake affects male reproductive hormones:
An expanded and updated meta-analysis of clinical studies. 2021. Acesso em 04 jun 2023.