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PLENÁRIO DO COREN-MG (2018-2020)

DIRETORIA DO COREN-MG:
Presidente: Enfermeira Carla Prado Silva
Vice-Presidente: Enfermeira Lisandra Caixeta de Aquino
Primeiro-Secretário: Enfermeiro Érico Barbosa Pereira
Segundo-Secretário: Enfermeiro Gustavo Adolfo Arantes
Primeira-Tesoureira: Auxiliar de Enfermagem Vânia da Conceição Castro G. Ferreira
Segunda-Tesoureira: Auxiliar de Enfermagem Vanda Lúcia Martins

MEMBROS EFETIVOS DO PLENÁRIO:


Christiane Mendes Viana - Enfermeira
Elânia dos Santos Pereira - Auxiliar de Enfermagem
Ernandes Rodrigues Moraes - Técnico de Enfermagem
Fernanda Fagundes Azevedo Sindeaux - Enfermeira
Iranice dos Santos - Técnica de Enfermagem
Jarbas Vieira de Oliveira - Enfermeiro
Karina Porfírio Coelho - Enfermeira
Lucielena Maria de Sousa Garcia Soares - Enfermeira
Maria Eudes Vieira - Auxiliar de Enfermagem

SUPLENTES:
Alan Almeida Rocha - Enfermeiro
Cláudio Luis de Souza Santos - Enfermeiro
Enoch Dias Pereira - Técnico de Enfermagem
Elônio Stefaneli Gomes - Técnico de Enfermagem
Gilberto Gonçalves de Lima - Enfermeiro
Gilson Donizetti dos Santos - Enfermeiro
Jaime Bernardes Buenos Júnior - Enfermeiro
Kássia Juvêncio - Enfermeira
Linda de Souza Leite Miranda Lima - Técnica de Enfermagem
Lívia Cozer Montenegro - Enfermeira
Maria Magaly Aguiar Cândido - Técnica de Enfermagem
Mateus Oliveira Marcelino - Enfermeiro
Simone Cruz de Melo - Enfermeira
Valdecir Aparecido Luiz - Técnico de Enfermagem
Valéria Aparecida dos Santos Rodrigues - Técnica de Enfermagem

COMITÊ PERMANENTE DE CONTROLE INTERNO


Elânia dos Santos Pereira - Auxiliar de Enfermagem
Iranice dos Santos - Enfermeira
Jarbas Vieira de Oliveira - Enfermeiro

DELEGADOS REGIONAIS:
Efetiva: Enfermeira Carla Prado Silva
Suplente: Enfermeira Lisandra Caixeta de Aquino
ELABORADORES
Andréia Oliveira de Paula Murta - Coordenadora Adjunta da Câmara Técnica
Luciana Valverde Vieira Delfim Barros – Enfermeira da Câmara Técnica
Pablo Raphael Jardim Santos - Enfermeiro da Câmara Técnica

GRUPO DE TRABALHO DE DOCUMENTOS DE ENFERMAGEM


Alexandre da Silveira Sete
Andréia Oliveira de Paula Murta
Angela de Souza Floriano
Ed Wilson Rodrigues Vieira
Fernanda Mara Ferrugini da Cruz
Luciana Valverde Vieira Delfim Barros
Marcelo Henrique Alves Vilela
Meiriele Tavares Araujo
Pablo Raphael Jardim Santos

COLABORAÇÃO
Thais Zielke Dias Cardoso - Acadêmica de Enfermagem
Rayssa Ayres Silva - Acadêmica de Enfermagem
SUMÁRIO

Apresentação ......................................................................................................................... 08

Introdução ............................................................................................................................. 09

1. Aspectos legais que normatizam o exercício dos profissionais de enfermagem e do


enfermeiro responsável técnico ............................................................................................ 10

1.1. Legislação do Exercício dos profissionais de Enfermagem ................................. 10


1.2. Resolução Cofen nº 509/2016 ............................................................................ 12
1.3. Obeservações sobre requerimento .................................................................... 13
1.4. Registro de empresa ........................................................................................... 14
1.5. Regulamento dos Consultórios e Centros de Enfermagem ................................. 14
1.6. Atribuições do Enfermeiro Responsável pelo Serviço de Enfermagem - artigo 10
da Resolução Cofen n° 509/2016 .......................................................................................... 15

2. Outros pontos relevantes


Resumo das situações que o Enfermeiro RT deve comunicar ao Coren-MG ............. 60

3. Considerações Finais .............................................................................................. 61

4. Apêndices ............................................................................................................... 62

Apêndice 1 - Lista de verificação da Resolução Cofen n° 509/2016 ........................... 62


Apêndice 2 - Modelo de Escala de Serviço ................................................................. 63

5. Anexos ............................................................................................................ 67

Anexo 1 - Modelo de lista de profissionais

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 68
Apresentação

Prezado (a) enfermeiro (a) responsável pelo serviço de enfermagem,

É com muita satisfação que lhe entregamos o “Manual do Enfermeiro Responsável pelo
Serviço de Enfermagem”, elaborado pela Câmara Técnica do Coren-MG. Por meio deste
material, será possível obter informações sobre suas atribuições e como exercer a função,
assuntos que são de suma importância para o exercício profissional da enfermagem.

Primeiramente, gostaríamos de parabenizá-lo (a) por aceitar tão importante tarefa. Afinal,
cabem a você o planejamento, organização, direção, coordenação, execução e a avaliação
dos Serviços de Enfermagem da instituição na qual trabalha, bem como responder
tecnicamente pela assistência e qualidade dos serviços prestados sob sua responsabilidade.

Ser enfermeiro (a) RT delega a você a responsabilidade pela garantia de que a assistência e o
cuidado de enfermagem estão sendo executados sob supervisão de um profissional
habilitado.

Para que isso ocorra, é necessário requerer a anotação de responsabilidade técnica (ART) em
seu nome e receber a certidão de responsabilidade técnica (CRT) emitida pelo Coren-MG. A
CRT é a materialização do ato administrativo que concede, ao enfermeiro RT, a ART pelo
serviço de enfermagem.

Sabemos que a exigência da CRT e a atuação do enfermeiro responsável pelo serviço de


enfermagem são questões que geram muitas dúvidas entre os gestores de serviços de saúde
e profissionais de enfermagem. Por este motivo, foi elaborado o presente manual, que
acreditamos se tornará um guia, um livro de cabeceira que possa facilitar o cumprimento de
suas obrigações.

Tenha uma ótima leitura.

Atenciosamente,

Enf.a Carla Prado Silva


Coren-MG-148967-ENF
Presidente do Coren-MG
INTRODUÇÃO

A Enfermagem é uma profissão autônoma, que atua com base nos preceitos legais da Lei
Federal nº 7.498 de 1986 e o Decreto que a regulamenta, nº 94.406 de 1987.

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), no uso das atribuições que lhe são conferidas
pela Lei Federal nº 5.905 de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado
pela Resolução Cofen nº 421 de 15 de fevereiro de 2012, delibera sobre a responsabilização
técnica do serviço de enfermagem, por meio da Resolução Cofen nº 509 de 2016 ou a que
sobrevir.

O Enfermeiro responsável técnico (RT) pelo serviço de enfermagem é aquele que requere a
anotação de responsabilidade técnica (ART) em seu nome e que recebe a certidão de
responsabilidade técnica (CRT) emitida pelo Conselho Regional de sua jurisdição. A CRT é,
então, a materialização do ato administrativo que concede a ART pelo serviço de
enfermagem ao Enfermeiro RT (COFEN, 2016).

A exigência da CRT e a atuação do Enfermeiro responsável pelo serviço de enfermagem são


questões que geram muitas dúvidas entre os gestores de serviços de saúde e entre os
profissionais de enfermagem. Por este motivo, a Câmara Técnica do Coren-MG elaborou o
presente Manual, a fim de auxiliar o Enfermeiro responsável no exercício de sua função,
tornando-se como um guia, um livro de cabeceira que possa facilitar o cumprimento de suas
obrigações. Motivado então à subsidiar e elucidar os profissionais Enfermeiros que exercem
ou que virão a exercer o cargo de Enfermeiro Responsável pelo serviço de enfermagem, este
Manual fundamenta-se na razão técnico científica, ética e legal, para permitir gerir com
maior eficiência e eficácia o serviço de Enfermagem, executando o papel primordial de
gestor de enfermagem.

A fiscalização do exercício de enfermagem, exercida pelos Conselhos Regionais, costuma se


dirigir em visita, primeiramente, ao Enfermeiro RT e solicitar a comprovação de que suas
atribuições, conforme Resolução Cofen n° 509/2016 ou a que sobrevir, estão sendo
cumpridas. O Enfermeiro RT é o enfermeiro de referência para a fiscalização e aquele que faz
o elo entre o Conselho e os profissionais de enfermagem do serviço. É através dele que a
fiscalização tem acesso aos documentos pertinentes ao exercício da enfermagem. No
entanto, é muito comum os enfermeiros RT terem dúvidas com relação à execução dessas
atribuições e não saberem a forma mais adequada de evidenciar à fiscalização.

Considerando as diretrizes dos programas de qualidade, este Manual irá propor uma lista de
verificação do cumprimento da Resolução Cofen n° 509 de 2016, assim como sugerir formas
de evidenciar que as atribuições estão sendo cumpridas, numa interpretação que possa ser a
mais clara possível para os profissionais.

Espera-se que o Manual do Enfermeiro Responsável pelo serviço de enfermagem facilite


também as ações de fiscalização, otimizando o tempo que o fiscal dispende em orientações
ao Enfermeiro responsável pelo Serviço de Enfermagem.
1. ASPECTOS LEGAIS QUE NORMATIZAM O EXERCÍCIO DOS PROFISSIONAIS DE
ENFERMAGEM E DO ENFERMEIRO RESPONSÁVEL TÉCNICO.

1.1. Legislação do Exercício profissional de Enfermagem


A competência legal para dirigir, coordenar, organizar e avaliar o serviço de enfermagem é
do Enfermeiro, privativamente. Profissionais de nível médio (técnicos e auxiliares de
enfermagem) não podem ser responsáveis pelo serviço de enfermagem das instituições de
saúde, assim como profissionais não enfermeiros (administradores, médicos, dentistas,
assistentes sociais, prefeitos, diretores de hospitais, dentre outros leigos em enfermagem)
também não podem dirigir os serviços de enfermagem. Este entendimento advém da Lei n°
7.498/86, que é regulamentada pelo Decreto nº 94.406/87, que traz em seu texto que:

Art. 8º – Ao enfermeiro incumbe:


I – privativamente:
a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de
saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e
auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da
assistência de Enfermagem;
d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem;
e) consulta de Enfermagem;
f) prescrição da assistência de Enfermagem;
g) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
h) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam
conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas
(BRASIL, 1987).

Conclui-se que os profissionais de enfermagem de uma instituição de saúde respondem


tecnicamente e eticamente ao Enfermeiro. Constitui exercício ilegal da profissão enfermeiro,
quando outros profissionais ou profissionais de enfermagem de outras categorias executam
atividades de direção, organização dos serviços de enfermagem.

Considerando a definição legal, o Conselho Federal de Enfermagem regulamentou a atuação


do enfermeiro responsável técnico (RT), para que as ações de direção e organização dos
serviços de enfermagem sejam centradas em um único enfermeiro, facilitando a direção do
serviço e as ações de fiscalização.

A primeira resolução do Cofen que tratou da responsabilidade técnica do enfermeiro foi a


Resolução Cofen n° 168/1993, seguida pelas resoluções: Resolução Cofen n° 302, 16 de
março de 2005, Resolução Cofen n° 458 de 29 de julho de 2014, e, por fim, a Resolução
Cofen n° 509 de 15 de março de 2016. A cada resolução podem ser revistos os trâmites para
o requerimento da anotação da certidão de responsabilidade técnica, mas também são
reestruturadas as atribuições dos enfermeiros, como fruto do amadurecimento da atuação
do RT, ações de fiscalização e novas necessidades que são diagnosticadas pelo Sistema
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
O Enfermeiro Responsável Técnico (RT) possui como responsabilidade garantir que o serviço
de enfermagem seja estruturado considerando as legislações do exercício profissional (Lei nº
7.498/86 e Decreto nº 94.406/87), a Resolução Cofen nº 509/2016, a Resolução Cofen nº
564/2017 (Código de Ética profissional vigente) e demais atos normativos do Sistema
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.

Além destas, é interessante que o enfermeiro RT se atente para as legislações e requisitos


legais aplicáveis ao serviço de enfermagem, para as legislações que normatizam o processo
de segurança do paciente - como a Portaria nº 529/2013, que institui o Programa Nacional
de Segurança do Paciente (PNSP); a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 36/2013, que
institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências; a
Portaria nº 1.377/2013 que aprova os Protocolos de Segurança do Paciente; a Portaria nº
2.095/2013, que aprova os Protocolos Básicos de Segurança do Paciente) e a Resolução da
Diretoria Colegiada RDC nº 63/2011, que dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de
Funcionamento para os Serviços de Saúde - e para as normas e regras de funcionamento da
instituição na qual o serviço de enfermagem se encontra instituído, mesmo que esses
requisitos não sejam verificados pelos Conselhos, mas pelos órgãos competentes. Isso
porque ao enfermeiro legalmente compete:

a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;


b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de
saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, inclusive como membro
das respectivas comissões;
f) participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de
danos que possam ser causados aos pacientes durante a assistência de Enfermagem;
g) participação na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral e nos
programas de vigilância epidemiológica (BRASIL, 1987).

Torna-se imperativo esclarecer que mesmo o enfermeiro que não requere a anotação de
responsabilidade técnica em seu nome, continua possuindo as responsabilidades citadas na
Resolução Cofen n° 509/2016, pois a Lei Federal n° 7498/86 determina que é do enfermeiro
a função de organizar o serviço. O enfermeiro poderá ser responsabilizado por atos
cometidos pela equipe de enfermagem nos processos éticos-disciplinares, após julgamento,
mesmo sem possuir ART formalizada.
1.2. Resolução Cofen n° 509 de 2016

A Resolução Cofen n° 509/2016 regulamenta quais são as atribuições do Enfermeiro


Responsável Técnico e como deve ocorrer a Anotação de Responsabilidade Técnica do
Serviço de Enfermagem.

Entende-se por Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) pelo Serviço de Enfermagem:

Ato administrativo decorrente do poder de polícia vinculado no qual o Conselho


Regional de Enfermagem, na qualidade de órgão fiscalizador do exercício
profissional, concede, a partir do preenchimento de requisitos legais, licença ao
enfermeiro Responsável Técnico para atuar como liame entre o Serviço de
Enfermagem da empresa/instituição e o Conselho Regional de Enfermagem,
visando facilitar o exercício da atividade fiscalizatória em relação aos profissionais
de Enfermagem que nela executam suas atividades, assim como, promover a
qualidade e desenvolvimento de uma assistência de enfermagem em seus aspectos
técnico, ético, e segura para a sociedade e profissionais de enfermagem (COFEN,
2016).

Há de se observar que a assistência de enfermagem com qualidade e livre de danos está


diretamente ligada à organização do serviço de enfermagem, função esta privativa do
profissional enfermeiro e que é exercida pelo Enfermeiro RT (BRASIL, 1986).

O Cofen conceitua Enfermeiro Responsável Técnico (ERT) como profissional de Enfermagem


de nível superior, que tem sob sua responsabilidade o planejamento, organização, direção,
coordenação, execução e avaliação dos serviços de Enfermagem, a quem é concedida, pelo
Conselho Regional de Enfermagem, a ART (COFEN, 2016). Neste contexto, destaca-se que o
enfermeiro que assume posições de liderança e chefia de serviços de enfermagem é que
usualmente assume a Responsabilidade técnica pelo Serviço. Este enfermeiro deverá ser
designado pelo gestor da instituição de saúde.

As orientações e documentos padronizados necessários ao requerimento da CRT estão


disponíveis na página eletrônica do Coren-MG:
https://www.corenmg.gov.br/informacoes/responsavel-tecnico-crt/
1.3. Observações sobre o requerimento de ART

Para o requerimento da ART, alguns pontos devem ser observados:

a) O Enfermeiro só poderá assumir como Responsável Técnico se estiver com as


obrigações financeiras em dia junto ao Coren-MG;

b) Para ser responsável Técnico o Enfermeiro deve estar com a Carteira de Identidade
profissional dentro da validade redigida em documento;

c) É permitido apenas que Enfermeiros sejam nomeados e assumam cargo de


Responsável Técnico da Enfermagem nas Instituições;

d) A anotação de Responsabilidade Técnica será autorizada para Enfermeiros que irão


atuar na Gestão assistencial, Gestão de área Técnica (Ex.:venda de equipamentos, materiais
e insumos médico-hospitalares, elaboração e implantação do plano de gerenciamento de
resíduos de serviços de saúde, dentre outras) e gestão de ensino. Situações pontuais podem
ser analisadas pelo Coren-MG que emitirá parecer se deferido ou não conforme análise
quanto ao respaldo legal;

e) A anotação de responsabilidade técnica será expedida para profissionais Enfermeiros


que tenham vínculo comprovado com a Instituição.

Considerando ainda as dúvidas e situações recorrentes no Conselho Regional de


Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG), seguem algumas situações específicas e qual a
tratativa tem sido dada pela autarquia:

SITUAÇÃO TRATATIVA ATUAL

Solicitação de ART por enfermeiro Avaliação da Coordenação do Defis, pois


voluntário depende de cada contexto

Solicitação de ART por enfermeiro irmã de


Libera mediante declaração
caridade

Solicitação de ART para laboratório de Avaliação da Coordenação do Defis, pois


escola depende de cada contexto

Será liberada conforme a Deliberação


Solicitação de ART para PGRSS Coren-MG n° 172/2006, art 4°, ou a que
sobrevir
1.4. Registro de Empresa

'Conforme a Resolução Cofen nº 255/2001, Resolução Cofen nº 578/2018 e art. 1º da Lei nº


6.839/1980, está obrigada ao registro no Coren competente, toda Empresa basicamente
destinada a prestar e/ou executar atividades na área da Enfermagem, inclusive sob as
formas de supervisão e de treinamento de recursos humanos, ou que, embora com
atividade básica não especificamente de enfermagem, presta algum desses serviços a
terceiros.

A realização das atividades de enfermagem, sem o prévio registro da empresa no Coren


competente, acarretará à mesma as sanções legais, previstas na legislação vigente.

O registro terá validade por 5 (cinco) anos e poderá ser reavaliado por períodos iguais e
sucessivos, mantido o número do registro inicial.

1.5. Regulamento dos Consultórios e Centros de enfermagem

De acordo com a Resolução Cofen nº 568/2018 e Resolução Cofen nº 606/2019, os


Consultórios e Clínicas de Enfermagem ficam obrigados a providenciar e manter registro no
Conselho Regional de Enfermagem que tenha jurisdição sobre a região de seu respectivo
funcionamento.

O Anexo da Resolução Cofen nº 568/2018 traz as seguintes definições:

a) Clínica de Enfermagem - estabelecimento constituído por consultórios e


ambientes destinados ao atendimento de enfermagem individual, coletivo e/ou
domiciliar.

b) Consultório de Enfermagem - área física onde se realiza a consulta de


enfermagem e outras atividades privativas do enfermeiro, para atendimento
exclusivo da própria clientela (COFEN, 2018).

As Clínicas de Enfermagem ficam isentas do pagamento de taxa de Anotação de


Responsabilidade Técnica (ART) e taxa de emissão de Certidão de Responsabilidade Técnica
(CRT).

Nos Consultórios não há necessidade da respectiva Certidão de Responsabilidade Técnica e o


registro é isento do pagamento de anuidades e emolumentos, e obriga o enfermeiro a estar
quite com sua situação financeira e cadastral.
O registro é requerido ao Presidente do Conselho Regional em formulário no qual deverá
constar:

- Nome e número de inscrição no Coren do Enfermeiro requerente;

- Endereço completo do consultório;

- Horário de atendimento no consultório;

- Comprovante de situação financeira perante o Coren;

- Cópia de comprovante de residência;

- Cópia do Alvará de funcionamento.

1.6. Atribuições do Enfermeiro Responsável pelo Serviço de Enfermagem - artigo 10 da


Resolução Cofen n° 509/2016

A Resolução Cofen n° 509/2016 traz vinte e três atribuições do Enfermeiro responsável pelo
serviço de Enfermagem, em seu artigo 10°. O Enfermeiro RT, de posse de sua CRT, possui
todas essas obrigações e já deve iniciar o seu cumprimento, independente de visita do
Conselho Regional ou de notificação prévia. Aquele que não cumprir com essas atribuições,
estará sujeito a notificação pelo Conselho para adequação, lhe sendo concedido um prazo,
conforme consta na Resolução Cofen n° 518/2016, ou a que sobrevir. O enfermeiro RT que
descumprir a notificação, está sujeito a receber Auto de Infração e a responder Processo
Ético- Disciplinar na Autarquia.

A fim de organizar o serviço de enfermagem sob sua responsabilidade e comprovar o


cumprimento de suas obrigações, o enfermeiro deve observar em cada atribuição qual a
melhor forma para implantar os requisitos estipulados e qual a melhor maneira de
evidenciar esta implantação. Cada enfermeiro e cada instituição pode possuir métodos
distintos de trabalho, devido aos diferentes contextos e realidades que vivenciam.

O Coren-MG decidiu por elucidar cada atribuição, na tentativa de alinhar o entendimento do


que está sendo requisitado e sugerir formas de evidenciar o seu cumprimento. Cada
atribuição possui a sua importância e singularidade, que é explicada em maiores detalhes
nos capítulos a seguir.

Visando facilitar a visualização de todas as suas atribuições e diagnosticar o que ainda é


preciso implantar, foi elaborada uma lista de verificação (apêndice 1) para que o enfermeiro
responsável possa incluir no seu planejamento estratégico.
I.Cumprir e fazer cumprir todos os dispositivos legais da profissão de Enfermagem;

O enfermeiro RT deve conhecer a Lei n° 7.498/86, o Decreto n° 94.406/87 e todas as


Resoluções do Cofen, assim como as normativas disciplinadas pelo Conselho Regional de sua
jurisdição. É função do Enfermeiro RT garantir que essas normativas sejam cumpridas por
todos os profissionais de enfermagem da instituição.

Esse requisito é verificado durante a fiscalização, quando o fiscal observa se os profissionais


de enfermagem respeitam o limite de suas competências na prestação da assistência de
enfermagem. Os fiscais podem observar se há técnicos de enfermagem realizando atividades
privativas de enfermeiro, por exemplo. Se os profissionais de enfermagem estão realizando
atividades privativas de outros profissionais. Se os profissionais possuem registros de
enfermagem em prontuários de forma adequada, conforme “Guia de Recomendações para
Registro de Enfermagem”. Se os protocolos de enfermagem padronizam ações que não são
de responsabilidade desta ou daquela categoria de enfermagem.

Conforme pode ser observado, a primeira atribuição é muito ampla e diz respeito a toda a
legislação e regulamentação do exercício de enfermagem. Daí a importância do Enfermeiro
responsável conhecer todos os dispositivos legais e fazer com que todos os profissionais os
cumpram.

As principais legislações vigentes podem ser encontradas nos endereços eletrônicos:

a) http://www.cofen.gov.br/categoria/legislacao

b) https://www.corenmg.gov.br/legislacoes-e-normas

Algumas legislações que são recomendadas para conhecimento do Enfermeiro RT::

a) Lei Federal n° 7.498/86;

b) Decreto nº 94.406/87;

c) Todas as Resoluções do Cofen;

d) Todas as decisões ou deliberações do Coren-MG.

É recomendado que o Enfermeiro RT contemple uma avaliação destas legislações no


Diagnóstico Situacional, como forma de garantia dos dispostos legais aplicáveis ao serviço
onde responde como responsável. Assim, o enfermeiro conhecerá em que nível atende aos
requisitos de cada norma e poderá propor um plano de ação para atendimento a elas em
sua totalidade. O Coren-MG propõe um modelo de Diagnóstico Situacional no link:
https://www.corenmg.gov.br/acesso-a-modelo-de-documentos.

Existem sistemas de informação que atualizam as legislações da área da saúde em tempo


real. É interessante o Enfermeiro RT possuir acesso a este banco de dados. Um exemplo é o
Sistema de Legislação de Vigilância Sanitária (VISAlegis).
O Enfermeiro RT também deverá conhecer os pareceres técnicos emitidos pela Câmara
Técnica do Coren-MG como recomendações para o exercício profissional, orientando sua
equipe e mantendo-a atualizada. Os pareceres técnicos encontram-se disponíveis no link
https://www.corenmg.gov.br/pareceres-tecnicos.

É importante também conhecer os pareceres técnicos emitidos pelo Cofen. Eles estão
disponíveis no link: http://www.cofen.gov.br/categoria/legislacao/pareceres.
II. Manter informações necessárias e atualizadas de todos os profissionais de Enfermagem
que atuam na empresa/instituição, com os seguintes dados: nome, sexo, data do
nascimento, categoria profissional, número do RG e CPF, número de inscrição no Conselho
Regional de Enfermagem, endereço completo, contatos telefônicos e endereço eletrônico,
assim como das alterações como: mudança de nome, admissões, demissões, férias e
licenças, devendo fornecê-la semestralmente, e sempre quando lhe for solicitado, pelo
Conselho Regional de Enfermagem;

Os profissionais de enfermagem devem estar legalmente habilitados e inscritos no Conselho


de sua jurisdição. O exercício ilegal da enfermagem é a ilegalidade mais grave que um
enfermeiro fiscal pode detectar durante uma visita de fiscalização, pois coloca em risco o
paciente, a sociedade e a instituição de saúde. Por este motivo, a fiscalização deve sempre
conferir a listagem de profissionais de enfermagem que atuam em cada instituição,
verificando em seu sistema se os profissionais realmente possuem inscrição e habilitação
legal para exercer a profissão.

Essa conferência também protege os demais profissionais de enfermagem à medida que é


capaz de verificar se há exercentes ilegais ocupando vagas que poderiam estar sendo
ocupadas por profissionais legalmente habilitados e inscritos.

A fim de facilitar este processo, é preconizado que o Enfermeiro responsável encaminhe a


listagem de profissionais de seis em seis meses, uma vez que neste período podem ter
ocorrido demissões e contratações de novos profissionais. Essa conferência sendo realizada
periodicamente também agiliza a visita de fiscalização e interrompe o menos possível a
rotina do Enfermeiro responsável e da equipe de enfermagem no dia da fiscalização.

No site do Coren-MG há um modelo de lista de profissionais de enfermagem da instituição


no link: https://www.corenmg.gov.br/informacoes/responsavel-tecnico-crt/, no item 6
(anexo 1).
III. Realizar o dimensionamento de pessoal de Enfermagem, conforme o disposto na
Resolução vigente do Cofen informando, de ofício, ao representante legal da
empresa/instituição/ensino e ao Conselho Regional de Enfermagem;

O dimensionamento do pessoal de enfermagem objetiva calcular a quantidade de


profissionais por categoria requerida para suprir as necessidades assistenciais diretas e
indiretas para atender ao paciente de forma humana, segura e com qualidade. Observa-se
que a formação, o desempenho e o quantitativo de recursos humanos de enfermagem
afetam sobremaneira a qualidade dos serviços prestados e o grau de satisfação do cliente,
constituindo elemento crítico para alcançar a finalidade e os objetivos dos serviços de saúde
(KURCGANT, 2010).

Importante ressaltar que os profissionais de enfermagem representam 35% a 40% do


quadro de pessoal das instituições hospitalares. Desta forma, a equipe de enfermagem
detém o maior contingente e consequentemente o segundo maior custo dos serviços de
saúde, após o custo com o corpo clínico em termos de contratações, demissões e
capacitação profissional (NISHIO; FRANCO, 2011). Por representar um custo significativo
para as instituições, muitas vezes os serviços subdimensionam a equipe de enfermagem, o
que pode trazer consequências para a segurança do paciente, do profissional e da própria
instituição.

É importante pontuar que o dimensionamento é atribuição do Enfermeiro responsável pelo


serviço, pois conforme a Lei Federal n° 7.498/86 e Decreto nº 94.406/87, ao enfermeiro
incumbe privativamente “planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação
dos serviços de assistência de enfermagem”.

O dimensionamento deve ser calculado conforme a resoluções vigente do Cofen e, então,


apresentado ao gestor da instituição de saúde. O gestor do serviço de saúde deve receber o
cálculo apresentado pelo Enfermeiro por ser este o perito na matéria. O gestor não possui
autonomia para alterar o cálculo de pessoal realizado pelo Enfermeiro, mas possui
autonomia para definir se irá adequar o quantitativo ao cálculo apresentado ou não, sendo
responsável por seus atos e por esta decisão.

Orienta-se ao Enfermeiro responsável que ele não deve ceder às pressões para alteração de
seu cálculo, uma vez que o quantitativo de profissionais interfere diretamente na segurança
do paciente e o Enfermeiro poderá ser responsabilizado em situações de dano ao paciente
decorrentes de imperícia, negligência, imprudência, inclusive se validar um cálculo de
pessoal realizado erroneamente. Mesmo que a instituição esteja vivenciando situação
financeira delicada, o Enfermeiro deve apresentar um cálculo completo, cabendo ao gestor a
análise do cenário econômico-financeiro e a decisão de contratação ou não.

Após a apresentação do cálculo ao gestor, o enfermeiro RT deverá apresentá-lo ao Coren-


MG, que irá tomar as medidas cabíveis em caso de quantitativo de pessoal insuficiente. Será
dada oportunidade ao gestor para assinar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), antes
das medidas judiciais cabíveis.

O Coren-MG possui disponível no site um Caderno Técnico de Dimensionamento, que


orienta a forma de realização do cálculo. Também possui disponíveis planilhas de Excel para
facilitar o cálculo. Ambos os documentos se encontram disponíveis no link
https://www.corenmg.gov.br/acesso-a-modelo-de-documentos e foram elaborados pelo
Grupo de Dimensionamento da Câmara Técnica. O grupo encontra-se disponível para dirimir
dúvidas dos enfermeiros responsáveis, mediante agendamento.

PERGUNTAS FREQUENTES

01. Devo realizar o cálculo conforme a Resolução do Cofen ou as Portarias do Ministério


da Saúde?

O profissional de enfermagem responde ao sistema Cofen/ Conselhos Regionais de


Enfermagem, órgãos responsáveis por disciplinar o exercício profissional. Portanto, o
enfermeiro deve realizar o cálculo conforme o seu órgão de classe preconiza. Cabe ao
gestor dos serviços de saúde observar as Portaria do Ministério da Saúde e demais
legislações.

Com base no cálculo do Enfermeiro, o Coren pode entrar na justiça comum, enviar dados
para o Ministério Público e outros órgãos, solicitando adequação do quadro de pessoal de
enfermagem, se houver déficit. Por isto é importante que o enfermeiro esteja com os
dados de dimensionamento sempre atualizados e disponíveis.

02. Por que o cálculo de dimensionamento dá um número necessário de profissionais e a


instituição não se adequa?

Caso haja déficit e o gestor não adeque o quantitativo de profissionais de enfermagem, o


Coren tenta negociar com o gestor a adequação e a assinatura de Termo de Ajustamento e
Conduta. Caso isso não seja possível, o Coren entra com causa na justiça comum. Esse tipo
de ação pode demorar muitos anos e, por isso, tem-se a sensação de que nada foi feito,
quando na realidade as providências estão sendo tomadas.

03. Há alguns tipos de serviços que não estão contemplados nas resoluções do Cofen
sobre dimensionamento, como devo realizar o cálculo?

As resoluções do Cofen sobre dimensionamento são baseadas em teses de mestrado e


doutorado sobre dimensionamento de pessoal de enfermagem. Muitos locais de
assistência ainda não contam com estudos, por este motivo, os enfermeiros devem
começar a estudar o tema e realizar propostas de dimensionamento. Para estes setores
que ainda não há um cálculo definido, o dimensionamento pode ser realizado por sítio
funcional, classificação do paciente ou até mesmo por levantamento do tempo dispendido
em determinados procedimentos, cada caso será um caso e o Grupo de Trabalho de
Dimensionamento do Coren-MG está à disposição para auxiliar, mediante agendamento
prévio.
IV. Informar, de ofício, ao representante legal da empresa/instituição/ensino e ao
Conselho Regional de Enfermagem situações de infração à legislação da Enfermagem, tais
como:

a) ausência de enfermeiro em todos os locais onde são desenvolvidas ações de


Enfermagem durante algum período de funcionamento da empresa/instituição;

b) profissional de Enfermagem atuando na empresa/instituição/ensino sem inscrição ou


com inscrição vencida no Conselho Regional de Enfermagem;

c) profissional de Enfermagem atuando na empresa/instituição/ensino em situação


irregular, inclusive quanto à inadimplência perante o Conselho Regional de Enfermagem,
bem como aquele afastado por impedimento legal;

d) pessoal sem formação na área de Enfermagem, exercendo atividades de Enfermagem


na empresa/instituição/ensino;

e) profissional de Enfermagem exercendo atividades ilegais previstas em Legislação do


Exercício Profissional de Enfermagem, Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e
Código Penal Brasileiro.

As informações requeridas pelo órgão visam ter uma comunicação mais efetiva com o
Conselho a fim de verificar com o máximo de celeridade possível os casos de exercício ilegal,
ausência de enfermeiro e outras situações que colocam em risco o paciente.

Tais informações devem ser encaminhadas ao Coren-MG oficialmente, de modo a


resguardar o enfermeiro responsável acerca do seu conhecimento sobre a ocorrência dessas
infrações, sob o risco de ser considerado conivente, caso ocorra algum dano ao paciente e
venha a ser apurado pelo órgão.
V. Intermediar, junto ao Conselho Regional de Enfermagem, a implantação e
funcionamento de Comissão de Ética de Enfermagem;

X. Instituir e programar o funcionamento da Comissão de Ética de Enfermagem, quando


couber, de acordo com as normas do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem;

As regras para implantação e funcionamento da Comissão de Ética de Enfermagem (CEE)


estão descritas em resolução do Cofen, sendo a mais atual a Resolução Cofen n° 593/2018,
que normatiza, no âmbito dos Conselhos Regionais de Enfermagem, a criação e
funcionamento das Comissões de Ética de Enfermagem (CEE) nas instituições de saúde com
Serviço de Enfermagem.

A CEE das Instituições de Saúde tem função educativa, consultiva e de averiguação do


exercício ético-profissional nas áreas de assistência, ensino, administração e pesquisa em
Enfermagem.

Conforme artigo 4º da referida resolução, é obrigatória a criação e funcionamento da CEE


em instituições com no mínimo 50 (cinquenta) profissionais de enfermagem na composição
do quadro de pessoal, tornando-se facultativa a constituição da CEE em instituições com
número de profissionais inferior ao estabelecido.

A CEE possui como finalidades: orientar a equipe de enfermagem a desenvolver a assistência


com qualidade e dentro dos pressupostos legais; receber e esclarecer dúvidas quanto aos
aspectos éticos e técnicos da prática profissional, encaminhando as dúvidas para o Coren-
MG; promover medidas educativas que orientem os Profissionais de Enfermagem sobre os
problemas, desafios e limites na prestação da assistência de Enfermagem em consonância
com os princípios éticos; promover atualização, objetivando uma assistência de enfermagem
com qualidade e livre de riscos.

As Comissões de Éticas em Enfermagem são vinculadas ao Coren-MG e devem manter a sua


autonomia em relação às Instituições onde atuam não podendo ter qualquer vinculação ou
subordinação ao Profissional Enfermeiro Responsável Técnico ou a qualquer Gerência ou
diretoria de Enfermagem da Instituição.

Para mais informações, acesse a Resolução Cofen nº 593/2018.

O modelo de Regimento da Comissão de Ética de Enfermagem está disponível no site do


Coren-MG no link: https://www.corenmg.gov.br/manuais/
VI. Colaborar com todas as atividades de fiscalização do Conselho Regional de
Enfermagem, bem como atender a todas as solicitações ou convocações que lhes forem
demandadas pela Autarquia.

O enfermeiro responsável pelo serviço de enfermagem é o elo entre os profissionais de


enfermagem e o Conselho. É importante que ele receba a fiscalização como um agente de
parceria, na busca pela qualidade da assistência e segurança do paciente.

A fiscalização busca sempre orientar os profissionais de enfermagem e o enfermeiro


responsável acerca da legislação que regulamenta o exercício, resoluções mais atuais,
registro de enfermagem e outros pontos que devem ser considerados como pontos de
melhoria.

A função primordial da fiscalização é observar se o exercício de enfermagem está em


conformidade com a legislação, contribuindo para a segurança do paciente e dos
profissionais. Por isto, não há motivos para não receber a fiscalização, tratar os fiscais de
modo ríspido ou pensar que a fiscalização irá prejudicar o serviço ou os profissionais. A
fiscalização está ao lado dos profissionais. A fiscalização possui como premissa interromper o
mínimo possível a rotina institucional, de modo a não prejudicar o andamento das atividades
assistenciais, mas há certos momentos em que é necessário que o enfermeiro responsável e
os demais profissionais de enfermagem dispendam tempo para esclarecer algum ponto ou
para receber orientações.

Não há obrigatoriedade para que as visitas de fiscalização sejam agendadas, há momentos


em que elas são agendadas e outros momentos em que não são, a depender do objetivo da
visita, tipo de instituição e outros fatores. A visita deve ser acompanhada preferencialmente
pelo Enfermeiro responsável, mas caso ele não esteja disponível, qualquer profissional de
enfermagem pode atender o Conselho.

A fiscalização é um momento em que os profissionais de enfermagem também podem


esclarecer suas dúvidas acerca do exercício e serem orientados a agir conforme a legalidade.
Portanto, trata-se de uma oportunidade muito rica em conhecimento, sabendo que, muitas
vezes, os profissionais não possuem tempo para buscar a informação no próprio Conselho.

O não atendimento às convocações realizadas pela Autarquia pode levar o profissional de


enfermagem a responder processo ético-disciplinar.
VII. Manter a CRT em local visível ao público, observando o prazo de validade;

A CRT possui prazo de validade de 1 (um) ano. É importante que o enfermeiro responsável
controle o prazo de validade e realize a renovação antes do vencimento.

Orienta-se que a CRT esteja afixada em local de ampla circulação pelos profissionais da
instituição e pelos pacientes, como por exemplo, na entrada da instituição, nos corredores
das unidades de internação, centro de terapia intensiva, hemodiálise, dentre outros setores.

VIII. Organizar o Serviço de Enfermagem utilizando-se de instrumentos administrativos


como regimento interno, normas e rotinas, protocolos, procedimentos operacionais
padrão e outros;

IX. Elaborar, implantar e/ou implementar, e atualizar regimento interno, manuais de


normas e rotinas, procedimentos, protocolos, e demais instrumentos administrativos de
Enfermagem;

O funcionamento do serviço de enfermagem deve estar devidamente formalizado e


padronizado nos instrumentos administrativos, de forma a organizar o trabalho e a
assistência. Nos itens VIII e IX da Resolução Cofen n° 509/2016 são citados alguns
instrumentos administrativos que podem ser utilizados e que são verificados em visita de
fiscalização e que serão brevemente explicados a seguir:

1. REGIMENTO INTERNO

Regimentos são documentos relacionados ao Regulamento Institucional, constituindo-se


numa forma de detalhamento dos setores que compõem o Serviço. Demonstram a forma de
descentralização da tomada de decisões e fazem parte da organização geral da instituição.
Por serem de aplicação mais usual, e também por causa do seu formato e necessidade de
sua ampla divulgação, devendo ficar acessíveis aos interessados, os Regimentos são também
conhecidos como Manuais de Organização Divisional ou Setorial (BORGES, OLVERA, SÁAR,
2004).

O Regimento Interno do Serviço de Enfermagem, deve retratar as atividades desenvolvidas,


definindo sua finalidade ou objetivos, estrutura organizacional, requisitos, competências,
atribuições e normatizações (COFEN, 2018). Trata-se de um ato normativo aprovado pela
administração superior da Instituição, com caráter flexível e que contém diretrizes básicas
para o funcionamento do serviço (KURCGANT, 2010). Configura-se como um instrumento
administrativo com valor tanto no aspecto gerencial quanto no assitencial (BORGES,
OLVERA, SÁAR, 2004) que direciona e disciplina o Serviço de Enfermagem (COREN-MG,
2010). Além disso, o Regimento Interno se destaca pelo seu poder legal e por sua capacidade
agregadora à tomada de decisões administrativas, sendo obrigatório à organização de todos
os Serviços de Enfermagem e deve ser institucionalmente formalizado (COFEN, 2016a).
Deve, ainda, expressar a missão institucional, as características da clientela a ser assistida,
bem como a disponibilidade e organização dos recursos humanos e materiais (COREN-MG,
2010).

As orientações para elaboração, validação e implementação do Regimento Interno do


Serviço de Enfermagem estão disponíveis no Manual de Elaboração do Regimento Interno
do Serviço de Enfermagem do Coren-MG, disponível em
https://www.corenmg.gov.br/modelos-de-documentos/.

2. PROTOCOLOS

Protocolos clínicos são instrumentos que ampliam a prática clínica do enfermeiro


fornecendo subsídios de maneira sistemática e prática para as condutas e tomadas de
decisão em situações de prevenção, recuperação ou reabilitação da saúde, baseando-se em
evidências cientificas e na garantia de qualidade. (CATUNDA et al. 2017; KAHL et al. 2017).
De acordo com o Ministério da Saúde (2008), o protocolo clínico deve ser delineado para ser
utilizado tanto no nível ambulatorial como hospitalar.

A utilização dos protocolos propicia maior segurança ao usuário e ao profissional, norteia,


organiza e padroniza os cuidados de saúde prestados, reduz a diversidade nas formas de
cuidado, incorpora novas tecnologias, fornece amparo técnico-cientifico legal e ético das
ações através do consenso da equipe de saúde da instituição e padronizando toda ação da
equipe multidisciplinar promove uma linha de cuidado (FIGUEIREDO, 2018; GAMA, 2018;
KAHL et al., 2017).

Cada instituição pode elaborar o seu protocolo clínico. A Fundação Hospitalar do Estado de
Minas Gerais (FHEMIG) possui diversos protocolos clínicos, como por exemplo, protocolo
clínicos para sepse e choque séptico, pré-eclâmpsia, intubação em sequência rápida na
pediatria, tratamento primário para fraturar expostas e entre outros que estão disponíveis
no link: http://www.fhemig.mg.gov.br/acesso-rapido/protocolos-clinicos.

O protocolo clínico se difere de outros instrumentos por se tratar de um instrumento


abrangente, já o Procedimento Operacional Padrão (POP) é um documento detalhado, que
apresenta cada passo de uma determinada ação, por exemplo, o protocolo de sepse abrange
todas as ações para se intervir em um paciente com Sepse, e o POP irá contemplar sobre
administração de antibióticos.
3. NORMAS E ROTINAS

Normas e rotinas são documentos que formalizam as atividades que devem ser realizadas
pelos profissionais de enfermagem em seu cotidiano (FELIX, 2013).

Seguem alguns exemplos:

- Atividades do enfermeiro na supervisão de enfermagem da hemodiálise;

- Atividades do enfermeiro no Centro de Terapia Intensiva;

- Rotina de organização da sala de vacina;

- Manual da sala de curativos;

A padronização de normas e rotinas se faz imprescindível para a organização dos serviços de


enfermagem e garantia de execução das atividades e processos com qualidade e segurança e
esta se constitui uma importantíssima ferramenta gerencial (ALMEIDA et al. 2011).

As normas e rotinas são descrições de cunho geral, que muitas vezes podem estar descritas
em outros documentos, como “regimento” ou “descrição de cargos”. Cada instituição pode
ter um documento de referência com uma nomenclatura diferente. O mais importante não é
o nome do instrumento, mas que as informações pertinentes estejam disponíveis para os
profissionais de enfermagem (ANDRADE, 1975).

Cada atividade descrita no manual de normas e rotinas pode ser descrita em um POP, que é
mais detalhado e instrui como realizar a atividade passo a passo, conforme descrito abaixo.

4. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO

O Procedimento Operacional Padrão (POP), é a nomenclatura de maior conhecimento e uso


nas organizações de saúde. Trata-se de um documento final e elementar do processo de
padronização e descreve o passo a passo crítico de uma determinada atividade ou processo
que deverá ser executado na operação para garantir o resultado esperado (NOGUEIRA,
2014). Outros nomes comumente encontrados para a padronização de tarefas são:
instruções normativas de trabalho (INT); procedimento sistêmico (PRS); dentre outros.

A padronização deve ser originada da necessidade da equipe de trabalho, ou seja, as pessoas


que irão utilizar a norma ou rotina no dia a dia devem levantar a necessidade de elaborar e
implementar o padrão e devem participar na sua elaboração, validação e aplicação prática, o
que corrobora com o comprometimento de todos no cumprimento. Evidencia-se que
padronização impostas tem pouca chance de serem praticadas, portanto, os POP’s devem
ser frutos de consenso (PEREIRA, 2017).

Importante que sejam sucintos e redigidos em linguagem clara, baseados em conhecimento


técnico científico. Para procedimentos e atividades mais complexas, se faz interessante
utilização de figuras, imagens, tabelas, que facilitem a compreensão da equipe. Alguns
hospitais do Brasil têm alcançado grande êxito padronizando tarefas da enfermagem por
meio de vídeos e incorporação tecnológica (HONÓRIO; CAETANO; ALMEIDA, 2011;
GUERRERO, BECCARIA; TREVIZAN, 2008).

Cada organização pode estabelecer modelos de documentos padronizados, em formato


específico, para que possam ser facilmente identificados no processo de gestão e qualidade.
Diante da necessidade de elaboração de padronizações, é importante considerar no modelo
do documento numeração, data de elaboração, revisão, validação e implementação; Título;
Nome das pessoas que elaboraram e validaram o documento – a validação sempre deve
ocorrer por profissional de uma instância superior a que elaborou e é necessário que o
serviço de controle de infecção hospitalar participe na revisão de todas as normas e rotinas
do serviço de enfermagem; Deve obedecer às legislações vigentes que normatizam a
atividade descrita; Resultados esperados com a realização da atividade ou tarefa; Descrição
dos materiais necessários; Descrição das principais atividades - pode ser utilizado texto,
imagens, figuras, fluxogramas dentre outros instrumentos para descrever a atividade, norma
ou rotina; Descrição de ações a serem tomadas frente riscos da atividade e não
conformidades ocorridas; Cuidados a serem tomados na execução da tarefa (NOGUEIRA,
2014).

A utilização de padrões é uma metodologia de uniformizar, reduzir riscos de falhas e


possibilitar que os profissionais tenham segurança técnica e administrativa na execução do
seu trabalho, garantindo a manutenção da qualidade dos serviços realizados pela equipe de
enfermagem e impedindo que as condutas individuais interfiram no resultado assistencial
(PEREIRA, 2017).

A padronização do trabalho por meio de procedimentos possibilitará aos profissionais


segurança e assertividade no cumprimento de suas tarefas, ou seja, “fazer a coisa certa, do
jeito certo, da primeira vez e em todas as vezes”. A exemplo referencia-se a atividade de
administração de medicamentos endovenosos. É necessária a padronização da atividade, ou
seja, o método de como o profissional de enfermagem deve realizar o preparo e
administração de um medicamento endovenoso. O profissional deve ser capacitado no
padrão da atividade para executá-lo conforme a especificidade de cada paciente, de forma
segura e com qualidade assistencial (NOGUEIRA, 2014).

Um POP deve ser um documento autoexplicativo. O POP pode ser considerado validado
quando um profissional consegue realizar a atividade apenas seguindo a instrução nele
descrita. Por isso, é importante que o POP seja simples, de fácil entendimento, tenha todas
as informações necessárias para a execução e nenhuma informação a mais, pois estas
podem dificultar a realização efetiva do procedimento.
Exemplos de títulos de POP:

- Admissão do paciente na hemodiálise;

- Sondagem vesical de alívio;

- Controle da temperatura da geladeira de vacinas.

Um modelo de POP estará disponível no ‘’Manual de Educação para Profissionais de


Enfermagem do Coren-MG’’.

5. INSTRUMENTOS ADMINISTRATIVOS E METODOLOGIAS NECESSÁRIAS PARA


ESTRUTURAÇÃO DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM PELO ENFERMEIRO RT

Os itens VIII e IX da Resolução Cofen n° 509/2016 citam “outros” e “demais instrumentos


administrativos de Enfermagem”. Abaixo elencam-se alguns desses instrumentos relativos
ao gerenciamento dos processos de trabalho da enfermagem e que poderão ser verificados
durante visita de fiscalização.

● Escalas de trabalho;

● Registros de passagem de plantão;

● Registros de troca de plantão;

● Registro dos remanejamentos;

● Registro do abandono de plantão;

● Aplicação de medidas administrativas disciplinares;

● Livro administrativo para registro para anotações de intercorrências;

● Livros de registros de protocolos diversos;

● Ficha funcional dos profissionais de enfermagem;

● Dentre outros instrumentos necessários para que a organização do serviço de


enfermagem, dos processos de trabalho e seu controle/ monitoramento.
5.1. Escalas de trabalho

A distribuição de pessoal de enfermagem é uma atividade complexa, que dispende tempo e


requer conhecimentos relativos às necessidades da clientela, às características da equipe, à
dinâmica da unidade e às leis trabalhistas.

Recomenda-se que as escalas levem em consideração a capacitação do profissional e o seu


desempenho técnico, a fim de garantir uma assistência segura ao paciente.

Podem ser utilizadas vários tipos de escalas, para auxiliar na organização do serviço de
enfermagem, como por exemplo:

● Escala de serviço ou mensal;

● Escala diária ou de atribuições;

● Escala de férias ou anual.,

Importante considerar que na elaboração desses registros e sua implementação, é


necessário que o profissional de enfermagem elaborador assine, date e carimbe, validando
assim o documento.

Recomenda-se que as escalas sejam afixadas e divulgadas em local determinado e de fácil


acesso pelos profissionais, em tempo hábil.

Outra recomendação importante, é que não conste na escala profissionais que não sejam da
enfermagem, tais como: porteiro; secretárias de ala; doulas; cuidadores; profissionais de
outras categorias (fisioterapia; fonoaudiologia; medicina; biólogos). Mesmo que algum
desses profissionais responda administrativamente ao enfermeiro, sua escala deverá ser
realizada à parte.

5.1.1. Escalas de Serviço ou Escala mensal

Segundo a Resolução Cofen n° 518/2016, o enfermeiro responsável deve “elaborar e


encaminhar a escala do serviço de enfermagem por setor e por categoria profissional
constando nome da instituição, local de atuação, turno, nome completo dos profissionais de
enfermagem, número da inscrição do Coren e sua respectiva categoria, legenda das siglas
utilizadas, estar afixada em local visível e período de abrangência com assinatura do
enfermeiro responsável”.
Normalmente essa escala é mensal, mas devido especificidades dos serviços, pode ser de
periodicidade maior ou menor. A equipe de enfermagem é distribuída de acordo com as
cargas horárias e jornadas padronizadas pela instituição.

Esta escala se refere à distribuição dos profissionais da equipe de enfermagem em uma


unidade, durante todos os dias do mês, de acordo com os turnos de trabalho (manhã, tarde
e noite). A escala mensal pode também ser chamada de escala de pessoal e de escala de
folgas, pois é nela em que são registradas as folgas, férias e licenças da equipe.

Se utilizar siglas, é necessário colocar o significado na legenda da tabela, como por exemplo:
P- Presença em todas as datas referentes aos plantões e noturnos; F- Férias quando o
profissional estiver de férias. LM – Licença Maternidade quando profissionais se
enquadrarem neste tipo de licença; FE – Feriado para os profissionais que não trabalham aos
feriados; AT – Afastamento/ Atestado, para profissionais afastados pelo INSS, com atestados
inferiores há 15 dias; FO – Folga planejada, para profissionais que possuem horas na
instituição e diante acordo de folga com a chefia imediata; D - Descanso –campos
relacionados ao descanso remunerado.

Não devem ser deixados campos em branco na escala.

Os atestados médicos pontuais apresentados pelos profissionais de enfermagem devem ser


registrados na escala real (planejada x executada) e contabilizados em livros ou controles
administrativos, a fim de serem utilizados no cálculo do absenteísmo, índice de segurança
técnica e dimensionamento de pessoal.

Um modelo de escala mensal estará disponível no apêndice 2.

5.1.2 Escala diária ou Escala de atribuições

A escala diária também pode ser denominada escala de atividades ou atribuições. Esta
escala tem por objetivo dividir as funções de enfermagem diariamente de maneira
equitativa entre os funcionários, a fim de garantir a assistência e evitar a sobrecarga de
alguns profissionais e ociosidade de outros. Nesta escala são divididos os serviços
assistenciais (por leito, por paciente, por enfermaria ou outro) e as atividades de apoio ou
administrativas (expurgo, buscar materiais, realizar pedidos de almoxarifado, desinfecção do
posto de enfermagem, transporte, dentre outras).

A distribuição de tarefas pode ser feita baseada nos Métodos de Prestação de Cuidados em
uma unidade, sendo:

a) o método integral a designação de um ou mais pacientes a um técnico (a) /enfermeira (o),


que dará todo o atendimento a esses pacientes durante um turno de serviço;

b) o método de trabalho em equipe, em que há a designação de um grupo formado por


alguns funcionários da equipe de enfermagem, a fim de prestar todo o atendimento durante
um turno de serviço;
c) o método funcional, em que ocorre a distribuição do atendimento, de acordo com as
tarefas, às várias categorias do pessoal de enfermagem.

É de responsabilidade dos enfermeiros a verificação diária da escala de atividades e a


redistribuição dos pacientes e tarefas sempre que necessário. A divisão de pacientes por
profissional deve considerar o perfil de complexidade, utilizando os sistemas de classificação
de pacientes (Escala de Fugulin, NAS, TISS, Perroca, Dini, Martins, dentre outros), taxa de
ocupação do setor, taxa de absenteísmo do dia e necessidade de remanejamentos para
outras unidades.

O enfermeiro possui autonomia para a prática de remanejamentos devendo avaliar as


condições e competências do profissional a ser remanejado, do setor que será designado e
estabelecer uma postura assertiva para que o processo ocorra de forma tranqüila. Diante de
recusas, o enfermeiro pode avaliar aplicação de medidas disciplinares administrativas,
conforme definido na instituição, e de forma individualizada, se couber e houver
necessidade.

A realização de escalas de trabalho e de serviço é uma atividade privativa do profissional


enfermeiro, não cabendo à equipe de enfermagem de nível médio ou profissionais de outras
categorias.

Todos os serviços devem possuir escalas, mesmo aqueles em que há repetição de tarefas ou
de equipes ao longo dos meses ou ano, a fim de se deixar sempre formalizada a divisão de
tarefas, dias de trabalho e outras informações que se façam necessárias.

5.1.3. Escala de Férias ou Anual

A escala de férias ou anual prevê que as férias sejam distribuídas de forma racional, para
planejamento seguro da assistência no próximo ano do serviço.

A escala de férias deve considerar os aspectos da legislação trabalhista brasileira, o tempo


de serviço do profissional e o período de gozo de férias, conforme informações repassadas
ao enfermeiro responsável pelo gestor, setor de recursos humanos, departamento pessoal
ou secretaria, conforme fluxo institucional.

É papel do enfermeiro considerar as necessidades do serviço (número mínimo de


profissionais necessários; períodos de sazonalidade) e dos pacientes atendidos no serviço. A
escala de férias deve observar o número de feristas disponíveis, assegurando a continuidade
da assistência com qualidade e segurança.

O enfermeiro pode considerar as solicitações e necessidades pessoais dos profissionais de


enfermagem, visando a satisfação de todos e um clima organizacional agradável.

Após validação do enfermeiro responsável, as escalas podem ser afixadas nos setores para
que toda equipe possa planejar sua vida profissional e pessoal.
Em caso de necessidade de troca de férias entre profissionais ou por necessidade da
instituição, o enfermeiro responsável pode estudar a viabilidade analisando as condições do
serviço e os critérios de férias da instituição.

5.2. Registros da Passagem de Plantão

A passagem de plantão é uma prática consagrada, importante e imprescindível para a


continuidade de uma assistência de enfermagem segura aos pacientes e configura-se como
uma das estratégias para organização do serviço de enfermagem. A passagem de plantão é
uma forma de comunicação entre a equipe que, se realizada de forma eficaz, pode auxiliar
na garantia da segurança do paciente (BRASIL, 2013).

Na passagem de plantão acontece a transmissão de informações entre os profissionais que,


terminam e os que iniciam o período de trabalho. É apresentado o estado atual de saúde dos
pacientes, os tratamentos planejados, a assistência prestada no plantão, intercorrências,
pendências e situações referentes a fatos específicos da unidade. Neste processo pode-se
adotar várias formas de comunicação, verbais ou escritas, destacando-se a verbal como mais
comum (SIQUEIRA, KURCGANT, 2005).

O Enfermeiro responsável deverá estruturar o processo de passagem de plantão, de forma


que garanta a continuidade segura da assistência ao paciente. Recomenda-se que a
passagem de plantão ocorra em local adequado, no posto de trabalho ou beira-leito, entre
profissionais da mesma categoria (técnicos para técnicos, enfermeiros para enfermeiros) ou
da categoria do profissional para uma categoria de nível superior (auxiliar e técnico de
enfermagem para enfermeiro) (PERUZZI et al. 2019).

A não realização da passagem de plantão poderá vir a ser caracterizada como abandono de
plantão, estando o profissional negligente passível de sofrer medidas administrativas
(conforme disposto em regimento), éticas e disciplinares, se houver dano comprovado ao
paciente e após julgamento ético.

Torna-se mister ponderar, que as informações repassadas na passagem de plantão são úteis
para que os profissionais tenham uma noção geral do quadro de todos os pacientes e as
atividades mais críticas a serem priorizadas, mas não excluem a obrigatoriedade de estarem
descritas em prontuário, de forma a assegurar que o profissional que esteja prestando a
assistência tenha onde consultar os dados referentes ao paciente sempre que necessário
(COFEN, 2012).

A passagem de plantão de forma escrita, como por exemplo, livros de passagem de plantão,
podem ser consideradas como formais, desde que o livro possua ata de abertura, páginas
numeradas, seja de conhecimento de toda a equipe, que os registros sejam procedidos de
assinatura e carimbo, sem rasurar e sem saltar linhas ou deixar espaços em branco.

A passagem de plantão em formulários soltos, papéis sem padrão e sem assinatura, não
possuem valor legal.
5.3. Registro do Remanejamento dos Profissionais de Enfermagem

O remanejamento dos profissionais de enfermagem dentro do serviço de saúde é uma


estratégia de trabalho que visa a redistribuição da carga de trabalho através do equilíbrio da
relação pacientes / profissionais. O ato de remanejar visa a otimização dos processos de
trabalho, o tratamento de ociosidades que ocorrem por suspensão de serviços e
sazonalidades e diante da imprevisibilidade de insuficiência de profissionais devido faltas e
ausências programadas ou não programadas (QUINTES et al. 2017).

No âmbito da equipe de enfermagem, o profissional que possui competência para a


realização de remanejamentos é o enfermeiro, visto que a ele compete privativamente:

a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de


saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem;

b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas


e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;

c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da


assistência de enfermagem (BRASIL, 1987).

No cumprimento de suas atividades, caberá ao enfermeiro organizar e planejar o trabalho de


toda a equipe de enfermagem de sua responsabilidade, assegurando ao paciente, à família,
pessoa e coletividade uma assistência de enfermagem livre de danos por negligência,
imprudência ou imperícia (COFEN, 2017).

Diante deste contexto, o enfermeiro responsável deve buscar ferramentas adequadas para
mensurar a carga de trabalho e redistribuir os profissionais de enfermagem nas escalas. Uma
forma de realizar o remanejamento responsável dos profissionais de enfermagem é
utilizando o sistema de classificação do paciente, distribuindo diariamente a escala
assistencial. Tal instrumento deverá ser aplicado pelo enfermeiro não possuindo os
profissionais de nível médio respaldo legal para avaliar e planejar a assistência de
enfermagem (FUGULIN, 2005).

Muitos serviços instituem uma escala de remanejamento que estabelece qual profissional é
o próximo a ser remanejado em caso de necessidade. Não há impedimento para que isso
seja realizado, desde que seja considerada a competência técnica e experiência do
profissional.

Conforme o novo de Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela


Resolução Cofen nº 564/2017, é dever do profissional de enfermagem:

Art. 45 Prestar assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia,


negligência ou imprudência.

Art. 55 Aprimorar os conhecimentos técnico-científicos, ético-políticos,


socioeducativos e culturais, em benefício da pessoa, família e coletividade e do
desenvolvimento da profissão.
Art. 59 Somente aceitar encargos ou atribuições quando se julgar técnica, científica
e legalmente apto para o desempenho seguro para si e para outrem” (COFEN,
2017).

E proibido:

Art. 76 Negar assistência de enfermagem em situações de urgência, emergência,


epidemia, desastre e catástrofe, desde que não ofereça risco a integridade física do
profissional” (COFEN, 2017).

Embora o profissional de enfermagem possua direito de recusar-se a realizar atribuições ou


procedimentos que não se considere apto a desempenhar, o profissional deve ter
consciência das atribuições que pode realizar, dentro da sua competência, para que não seja
configurada negligência. Também é de responsabilidade do profissional aprimorar seus
conhecimentos, solicitar capacitações ao responsável pelo serviço e, em caso de recusa, ter
os motivos muito bem fundamentados, para que não seja responsabilidade posteriormente
em caso de procedimento ético.

Acrescenta-se que não há impedimento para que o profissional de enfermagem seja


remanejado para setores que não tenha tido experiência prévia, desde que ele realize
atividades de rotina ou que já tenha executado anteriormente com segurança. Por exemplo,
um técnico de enfermagem pode ser remanejado de uma unidade de internação adulta para
um centro de terapia intensiva adulto (ou outra), desde que realize as atividades que já
possua destreza e conhecimento, devendo ser supervisionado pelo enfermeiro e seja
acordado com os demais profissionais a realização das atividades que ainda não possua
experiência, podendo inclusive responsabilizar-se por atividades administrativas ou de rotina
como busca de medicamentos na farmácia, limpeza de materiais e equipamentos, dentre
outras. Ressalta-se, no entanto, que a condição ideal é que o serviço possua índice de
segurança técnica e profissionais de enfermagem capacitados e com experiência para serem
remanejados para os setores de maior criticidade.

Os profissionais de nível médio devem acatar o remanejamento realizado pelo Enfermeiro,


pois é ele o profissional legalmente habilitado para organizar o serviço de enfermagem. Os
profissionais enfermeiros devem acatar o remanejamento realizado pelo enfermeiro
responsável pelo serviço de enfermagem da instituição.

5.4. Registro do Abandono de Plantão

Recomenda-se, conforme parecer do Coren-MG, nº 12 de 19 de Outubro de 2016, que seja


estabelecido em Regimento Interno, protocolo ou norma e rotinas do serviço os
procedimentos que configuram abandono de plantão e quais as penalidades administrativas.
Deve estar atualizado e disponível para a equipe de enfermagem. O abandono de plantão
pode acarretar danos aos pacientes e poderá ser julgado eticamente pelo Conselho de
Enfermagem, a quem cabe aplicar as penalidades éticas, caso seja configurado negligência
(COREN-MG, 2016).
5.5 Aplicação de Medidas Administrativas e Disciplinares

O serviço de saúde possui autonomia para o estabelecimento de critérios e medidas


administrativas a serem implantadas em caso de não cumprimento das normas
institucionais. O enfermeiro responsável poderá participar de sua elaboração e implantação
e da capacitação de todos os profissionais de enfermagem, objetivando empoderamento em
relação à política de direitos, deveres e consequências diante do descumprimento de
normas internas e do regimento do serviço de enfermagem.

Tais medidas podem estar descritas dentro do próprio regimento de enfermagem. Alguns
critérios encontrados na literatura para elaboração de medidas administrativas:

 Deve ser estabelecido por uma autoridade reconhecida, como, por exemplo, gestor
de recursos humanos, área jurídica considerando as legislações vigentes;

● Deve-se considerar o público alvo na escolha da linguagem;

● Estabelecer a conduta desejada e prever as possíveis penalidades em conformidade


com as rotinas estabelecidas por meio de procedimentos operacionais padrão;

● Deve constar no Regimento Interno do Serviço de Enfermagem, selecionar os meios


de divulgação e garantir que todos da equipe tenha conhecimento;

● Deve ser flexível permitindo o raciocínio e iniciativa em conformidade com tipo de


comportamento e técnica infringida;

● Deve estar sujeito a contínua revisão e atualização.

O Enfermeiro responsável poderá validar juntamente com a administração do serviço, o


escalonamento de aplicação de medidas. É comum ser escalonado da seguinte forma:

● 1ª medida: Advertência verbal com registro em ficha funcional;

● 2ª e 3ª medidas: Advertência escrita;

● 4ª e 5ª medidas: Suspensão do trabalho;

● 6ª medida: Demissão por justa causa.

Tal definição independe de aprovação pelo Conselho e difere das penalidades éticas, que só
podem ser aplicadas após julgamento ético, conforme Resolução Cofen n° 370/2010.
Portanto, a descrição da penalidade administrativa não é a mesma que está contida no
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE), Resolução Cofen n° 564/2017.
5.6. Registro das trocas de plantão

A normatização de troca de plantão é uma regulamentação administrativa e poderá ser


formalizada pelo enfermeiro responsável dentro do Regimento Interno. Sugere-se que as
trocas de plantão ocorram entre atividades, setores e cargas horárias compatíveis, devendo
ser previamente autorizadas por enfermeiro do serviço.

O enfermeiro responsável deverá analisar a troca de plantão perante a necessidade


assistencial e a segurança do paciente, evitando que o profissional realize longas jornadas,
que podem culminar em erros.

Conforme Parecer Técnico Cofen n° 53/2018,

Entende-se legítimo jornadas de 24 (Vinte e Quatro) horas, em regime de plantões,


para os profissionais de enfermagem, condicionado ao descanso posterior, não
sendo favorável a continuidade por mais um turno. Salienta-se que sejam os
profissionais de enfermagem orientados quanto à acumulação legal, respeitando o
descanso mínimo razoável (COFEN, 2018).

Por se tratar de assunto da esfera trabalhista, informa-se apenas que não há Lei que impeça
ou possibilite a troca de plantão, devendo os profissionais buscarem maiores informações
nos sindicatos ou Ministério do Trabalho.

O profissional que solicitou a substituição deve atentar-se em documentar a sua


substituição, inclusive com a ciência do empregador para evitar penalidade ou denuncia por
falta ao plantão. O enfermeiro responsável também deve manter o registro das trocas de
plantão autorizadas, caso necessário comprovação futura.

5.7. Livro administrativo para registro para anotações de intercorrências;

Todos os registros referentes à assistência devem constar em prontuário. No entanto, a


Resolução Cofen n° 429/2012, cita em seu artigo 3° que

Relativo ao gerenciamento dos processos de trabalho, devem ser registradas, em


documentos próprios da Enfermagem, as informações imprescindíveis sobre as
condições ambientais e recursos humanos e materiais, visando à produção de um
resultado esperado – um cuidado de Enfermagem digno, sensível, competente e
resolutivo” (COFEN, 2012).

Desta forma, livros de anotações (que não excluem a obrigatoriedade de anotação em


prontuário) devem ser formalmente instaurados, possuírem ata de abertura, páginas
numeradas, registros procedidos de carimbo, assinatura, não ter rasuras ou espaços em
branco.
5.8. Livros de registros de protocolos diversos;

O enfermeiro responsável poderá instituir registros em livros de protocolos visando a


segurança do profissional nos seus processos de trabalho. Por exemplo, quando da entrega
de uma peça anatômica ao laboratório de análises patológicas; entrega de pertences
pessoais ao paciente durante o processo de alta e outros.

5.9. Ficha funcional dos profissionais de enfermagem

O enfermeiro responsável deve registrar todas as informações referentes às orientações


prestadas ao profissional de enfermagem, assim como os treinamentos por ele realizados e
outras anotações que se façam necessárias a fim de acompanhar o desenvolvimento do
profissional e atendimento às normas técnicas e administrativas da instituição. Para o
enfermeiro responsável trata-se de uma forma de evitar que informações importantes sejam
esquecidas por ambos, podendo solicitar assinatura do profissional ao final de cada registro.

O registro em ficha funcional está relacionado à avaliação de desempenho técnico, item da


Resolução Cofen n° 509/2018.
XI. Colaborar com as atividades da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA),
Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH), Serviço de Educação Continuada e
demais comissões instituídas na empresa/instituição;

Comissões, comitês ou equipes obrigatórias e de apoio à assistência são compostas por


profissionais multidisciplinares, cujas responsabilidades variam conforme suas
especificidades. São criadas com intuito de contribuir com processos críticos da organização
de saúde e atendimento à requisitos legais e legislações que normatizam sua
obrigatoriedade e funcionamento (COFEN, 2018).

Seus objetivos são a preservação da vida, a promoção da saúde das pessoas e do ambiente,
a melhoria de processos, a humanização, a segurança e o desenvolvimento, para que a
organização possa oferecer, cada vez mais, serviços de saúde de qualidade.

O enfermeiro responsável deve colaborar com as comissões institucionais garantindo que


profissionais de enfermagem participem efetivamente das reuniões periódicas. Isso é
importante para inserir a enfermagem nos diversos contextos das instituições de saúde.

A enfermagem vem ocupando papel de destaque na maioria das instituições de saúde, a


partir de liderança de muitas comissões obrigatórias, que normatizam, monitoram e
possibilitam melhoria contínua nos processos de trabalho da assistência.

Os critérios para participação da enfermagem em comissões são estabelecidos conforme as


legislações vigentes. É obrigatória a participação de profissional enfermeiro na comissão de
óbitos conforme normatiza o artigo 4ª da Resolução n º 2.171, de 30 de outubro de 2017,
por exemplo.

Segue lista de comissões obrigatórias e de apoio à assistência e as respectivas legislações de


referência, para conhecimento do enfermeiro responsável pelo serviço de enfermagem:

● Comissão de Óbitos: Resolução CFM nº 2.171, de 30 de Outubro de 2017;

● Comissão de Revisão de Prontuários: Resolução CFM nº 1.638/2002;


Resolução CFM nº 1.821/2007;

● Comissão de Ética em Enfermagem: Resolução Cofen nº 593/2018;

● Comissão de Controle de Infecção Hospitalar: Portaria nº 2616, de 12 de Maio


de 1998;

● Comissão de Farmácia Terapêutica: Portaria nº 4.283, de 30 de Dezembro de


2010.
XII. Zelar pelo cumprimento das atividades privativas da Enfermagem;

O enfermeiro responsável deve conhecer a legislação do exercício da profissão e garantir


que cuidados de enfermagem sejam executados apenas por profissionais que detenham o
conhecimento técnico-científico necessário, a fim de resguardar a segurança do paciente.

Nos documentos formalizados pela instituição, o enfermeiro deve garantir que fique claro a
quem compete realizar cada atividade. No procedimento de sondagem vesical de demora,
por exemplo, deve estar claramente descrito que quem realiza a atividade é o enfermeiro e
que o técnico e auxiliar de enfermagem podem auxiliar o enfermeiro como circulantes/
instrumentadores, no posicionamento do paciente, no pós procedimento, dentre outras
atividades. Isso também deve estar claro nos treinamentos e nos fluxos institucionais, para
que o profissional não tenha dúvida e não realize atividades que não possua perícia.

O enfermeiro responsável deve reconhecer como atividade privativa da enfermagem o


cuidado, buscando formas de garantir que a sua prescrição seja realizada sempre por
enfermeiro. O enfermeiro deve possuir identidade bem delimitada e se empoderar do
processo de enfermagem, não permitindo que outros profissionais assumam seu papel.

O enfermeiro responsável deve organizar o serviço de forma a delimitar o papel de


cuidadores, acompanhantes, doulas e outros profissionais, para que não realizem atividades
que são de competência da enfermagem.

Segundo a Lei Federal nº 7.498/86, regulamentada pelo Decreto nº 94.406/87, que dispõe
sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, o Enfermeiro exerce todas as
atividades de Enfermagem, cabendo-lhe privativamente:

a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da


instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de
unidade de Enfermagem;

b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas


atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses
serviços;

c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação


dos serviços da assistência de Enfermagem;

h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de


Enfermagem;

i) consulta de Enfermagem;

j) prescrição da assistência de Enfermagem;

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de


vida;

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que


exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar
decisões imediatas” (BRASIL, 1986).
Essas são as atividades privativas determinadas por lei, no entanto alguns trechos não são
totalmente claros, como por exemplo: “cuidados de maior complexidade técnica”. Que
cuidados seriam esses? Somente o Conselho Federal de Enfermagem pode determinar aos
profissionais de Enfermagem outras orientações ou restrições. Desta forma, também são
consideradas atividades privativas do Enfermeiro:

 Punção arterial – Resolução Cofen nº 390/2011;

 Acesso venoso umbilical – Resolução Cofen nº 388/2011;

 Sondagem vesical – Resolução Cofen nº 450/2013;

 Sondagem nasoentérica para fins de nutrição – Resolução Cofen nº 453/2014;

 Aspiração de vias aéreas de pacientes graves, submetidos a intubação orotraqueal ou


traqueostomia, ou não submetidos a respiração artificial, em unidades de emergência, de
internação intensiva, semi intensivas ou intermediárias, ou demais unidades da assistência
– Resolução Cofen nº 557/2017;

 Aspiração de vias aéreas de pacientes graves, submetidos a intubação orotraqueal ou


traqueostomia, ou não submetidos a respiração artificial, em unidades de
emergência, de internação intensiva, semi intensivas ou intermediárias, ou demais
unidades da assistência - – Resolução Cofen nº 569/2018;

 Classificação de riscos – Resolução Cofen nº 423/2012;

 Receber prescrição médica à distância – Resolução Cofen nº 487/2015;

 Atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Inter-Hospitalar em Aeronaves de asa fixa e


rotativa - Resolução Cofen n°551/2017;

 Debridamento – Resolução Cofen n° 567/2018;

 Atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Inter-Hospitalar em Aeronaves de asa fixa e


rotativa - Resolução Cofen n° 551/2018;

 Enucleação do globo ocular e planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar


os procedimentos de enfermagem prestados tanto ao doador como ao receptor,
bem como a assistência no perioperatório – Resolução Cofen n°611/2019;

 Sondagem oro/nasoenteral – Resolução Cofen n° 619/2019;

 Montagem, testagem e instalação de aparelhos de ventilação mecânica invasiva e


não-invasiva em pacientes adultos, pediátricos e neonatos. Monitorização,
checagem de alarmes, ajuste inicial e o manejo dos parâmetros - Resolução Cofen n°
639/2020.

Já as atividades proibidas aos profissionais de Enfermagem são aquelas consideradas


privativas de outras profissões por força de lei. Resoluções de outros conselhos são
normativas infralegais e não devem ser seguidas pelos profissionais de Enfermagem. O
Cofen determina que o que é proibido ao profissional de Enfermagem realizar:

 Sutura – Resolução Cofen nº 278/2003 (exceto em casos de urgência e em caso de


episiorrafia quando se trata de Enfermeiro Obstetra);

 Auxílio a procedimentos cirúrgicos (diferente de instrumentação cirúrgica) –


Resolução Cofen nº 280/2003;

 Procedimentos relativos à imobilização ortopédica (exceto se possuir curso de


especialização em imobilização ortopédica) - Resolução Cofen nº 422/2012

 Trabalhar em regime de sobreaviso (exceto para cobertura eventual de escala que


tenha profissional) – Resolução Cofen nº 438/2012;

Há ainda Nota Técnica Cofen de 15 de outubro de 2014, desaconselhando a realização de


trabalho voluntário, exceto quando se tratar de questões humanitárias.
XIII. Promover a qualidade e desenvolvimento de uma assistência de Enfermagem segura
para a sociedade e profissionais de Enfermagem, em seus aspectos técnicos e éticos;

Quanto aos aspectos técnicos, o enfermeiro responsável pode atender a este requisito
através da instituição e formalização de procedimentos técnicos, protocolos e bundles,
baseados em literatura e nas melhores práticas. Também através do acompanhamento de
indicadores de qualidade assistencial, diagnostico de pontos de melhoria, planos de ação,
promoção de ações de educação e aprimoramento técnico da equipe de enfermagem.

Quanto aos aspectos éticos, a Resolução Cofen n° 564/2017, deve ser considerada em todos
os procedimentos descritos, treinamentos e ações para a equipe de enfermagem, de forma a
assegurar assistência livre de danos decorrentes de imprudência, imperícia e negligência.

O resultado assistencial da enfermagem pode ser acompanhado através da gestão de


indicadores que consiste no monitoramento e na avaliação constante de determinados
processos ou atividades. Considerando que o conceito base é que para avaliar, é preciso
medir e que o que não é possível mensurar, não é melhorado, logo o objetivo dos
indicadores é conseguir mensurar a eficiência e a qualidade dos processos para que seja
mais fácil identificar os pontos que devem ser melhorados (BITTAR, 2000).

O resultado assistencial da enfermagem pode ser acompanhado através da gestão de


indicadores. Medir a qualidade e a quantidade do processo assistencial nos serviços de
saúde é imprescindível para o devido planejamento, organização, coordenação, direção e
avaliação de todas as atividades realizadas pelos profissionais de enfermagem. Os
indicadores são ferramentas de representação quantificável das características de produtos
e processos. São utilizados para controlar e melhorar continuamente os processos de
trabalho, a qualidade dos serviços assistenciais prestados aos clientes, pacientes e seus
familiares e avaliação do desempenho de todos os processos ao longo do tempo. Para a
Organização Mundial de Saúde (OMS), indicadores são caracterizados como marcadores de
uma dada situação de saúde, performance dos serviços de saúde ou monitoramento da
disponibilidade de recursos vinculados aos objetivos, metas e resultados esperados (NISHIO;
FRANCO, 2011; ALVES, 2012).

Os indicadores são classificados em três tipos: indicadores de estrutura, processo e


resultado.

Indicadores de Estrutura: caracterizados como indicadores relacionados à parte física da


instituição, como equipamentos, headcount, móveis, aspectos organizacionais, físicos,
materiais, financeiros, dentre outros (NISHIO; FRANCO, 2011; ALVES, 2012).

Indicadores de Processo são apresentados por atividades realizadas no cotidiano do


processo assistencial entre os profissionais de saúde, pacientes e seus familiares, e estão
ligados à atividades da operação, como ambulatórios, serviço de emergência, terapia
intensiva, dentre outros setores de uma instituição de saúde (NISHIO; FRANCO, 2011; ALVES,
2012).
Indicadores de resultado são demonstrativos do efeito consequente de uma combinação de
fatores, como ambiente, infraestrutura, processos com envolvimento dos pacientes. Trata-se
do efeito final da operação assistencial entre as áreas e subáreas de uma instituição (NISHIO;
FRANCO, 2011; ALVES, 2012).

Alguns exemplos de Indicadores que o enfermeiro (a) responsável técnico (a) pode utilizar
para avaliar o serviço de enfermagem, segundo estudo realizado por Gabriel et al. 2011:

Indicadores de Estrutura:

Distribuição de enfermeiros x leito;

Distribuição de técnicos e auxiliares de enfermagem x leito;

Taxa de absenteísmo de enfermagem;

Taxa de rotatividade de enfermagem – Turnover;

Indicadores de Processo:

Incidência de queda do paciente;

Incidência de úlcera por pressão;

Incidência de flebite;

Incidência de não conformidade da administração de medicamentos;

Incidência de extubação não programada;

Perda de sonda nasogastroenteral;

Incidência de obstrução de cateter venoso central (CVC);

Indicadores de Resultado:

Média permanência

Índice de Satisfação do Cliente;

Taxa de mortalidade;

Taxa de ocupação.

A relação de indicadores a serem monitorados em cada instituição, pode variar de acordo


com o perfil do negócio e modelo de gestão, sendo os indicadores mencionados apenas
exemplos e que dependem do grau de amadurecimento da enfermagem e da instituição no
sistema de gestão da qualidade.

O enfermeiro responsável deve aplicar em sua rotina e da sua equipe, os indicadores dos seis
protocolos, definidos pelo Ministério da Saúde, Protocolo de Cirurgia Segura; Protocolo de
Higiene das Mãos; Protocolo de Identificação do Paciente; Protocolo de Prevenção de
Quedas; Protocolo de Segurança Medicamentosa; Protocolo de Lesão por Pressão.
XIV. Responsabilizar-se pela implantação/implementação da Sistematização da Assistência
de Enfermagem (SAE), conforme legislação vigente;

O processo de enfermagem (PE) deve ser realizado conforme a Resolução Cofen n° 358/2009
ou a que sobrevir. O enfermeiro RT é responsável por conduzir e cobrar dos enfermeiros a
realização das cinco etapas do processo de enfermagem aos pacientes, sendo:

▪ 1ª etapa: Investigação

Essa etapa consiste no processo de coleta de informações referentes ao


estado de saúde do indivíduo, devendo ser composta por: Histórico e Exame
Físico. O conhecimento, por parte do enfermeiro sobre semiologia e
semiotécnica é imprescindível para o sucesso dessa etapa.

▪ 2ª etapa: Diagnóstico de Enfermagem (DE)

Nesta etapa, os dados coletados devem ser analisados e interpretados


criteriosamente. O enfermeiro, para obter sucesso nessa etapa, precisa ter
capacidade de julgamento, análise, síntese e de percepção, pois o
diagnóstico baseia-se tanto nos problemas reais, como nos problemas
potenciais.

▪ 3ª etapa: Planejamento ou Plano Assistencial

Esta etapa consiste em dois passos, sendo: Estabelecimento de prioridades


para os problemas diagnósticos e Fixação de resultados com o paciente, a
fim de corrigir, minimizar ou evitar problemas. Desta forma, trata-se da
implementação de um plano de ações com foco em resultados positivos
para a assistência. O planejamento inicia-se pela priorização dos
diagnósticos de enfermagem que foram estabelecidos e deve englobar os
resultados esperados (RE), pois, estes representam as condições favoráveis
que podem ser alcançadas a partir das ações prescritas e realizadas.

▪ 4ª etapa: Implementação da Assistência de Enfermagem

Plano de Cuidados ou Prescrição de Enfermagem: Implementar significa


colocar em prática os cuidados que foram planejados para o paciente. Essa
etapa se faz a partir da execução das Prescrições de Enfermagem que se
fizeram necessárias a partir da avaliação das 3 etapas anteriores. Ao
prescrever os cuidados, o (a) enfermeiro (a) deve estar atento aos fatores
relacionados e às características definidoras identificados na elaboração dos
diagnósticos de enfermagem, pois o foco deve estar pautado em reverter os
fatores etiológicos associados aos diagnósticos.

▪ 5ª etapa: Avaliação ou Evolução de Enfermagem

A última etapa do processo consiste na ação de acompanhar as respostas do


paciente aos cuidados prescritos e implementados diariamente, por meio
dos registros no prontuário e evolução clínica do paciente. Nessa fase é feita
avaliação da eficácia da prescrição de enfermagem e verifica se os resultados
esperados foram alcançados.

Corroborando para que a SAE e o PE possam ser implementados de forma efetiva nos
serviços de enfermagem, apresenta-se modelo de plano de ação elaborado por uma
colaboradora da Câmara Técnica do Coren-MG, professora Drª Luciana Regina Ferreira da
Mata, para implementação da SAE em até 180 dias, prazo estipulado na Resolução Cofen n°
617/2019.
Plano de Ação para implementação da SAE em 180 dias:

PRAZO
ETAPA DIRECIONAMENTO DETALHAMENTO
ESTIMADO

Sensibilizar todos os profissionais de enfermagem, por meio de


reunião, quanto a implementação do modelo de assistência
Sensibilização da equipe e e designar uma equipe que será responsável por conduzir o
1 estruturação de uma processo de implementação. 10 dias
comissão Envolver e dar conhecimento aos gestores do serviço sobre a
importância e obrigatoriedade de implementação do processo
de enfermagem.

Comissão de PE seleciona literatura sobre teorias de


enfermagem e estudos que relatam experiências de
Escolha de referencial (is)
2 implementação em instituições semelhantes. Sugestão de 20 dias
teórico(s)
estudos semanais para compreensão e definição do(s)
referencial (is) teórico(s).

Estruturar um instrumento de coleta de dados com base no(s)


Elaboração do instrumento referencial(is) teórico(s) definido(s).
3 de coleta de dados para um Sugere-se que a construção seja realizada pela comissão e 20 dias
setor piloto refinada junto aos enfermeiros que atuam no setor ao qual o
instrumento foi destinado.

Resgatar conceitos e técnicas sobre a realização de exame


Treinamento dos enfermeiros
físico com todos enfermeiros do serviço destacando as
4 do serviço quanto a 15 dias
especificidades das diferentes clientelas (criança, adulto,
realização de exame físico
idoso, gestante, etc.) conforme realidade de atendimento.

Treinamento da aplicação do
Realizar o treinamento da equipe do setor piloto quanto a
5 instrumento de coleta de 15 dias
utilização do instrumento de coleta de dados.
dados piloto

Sugere-se definir um sistema de classificação/taxonomia a ser


Levantamento dos
utilizado para o levantamento diagnóstico.
diagnósticos de enfermagem
Posteriormente, construir um livreto guia com diagnósticos e
mais recorrentes no setor e
6 intervenções relevantes e aplicáveis à realidade. 20 dias
levantamento de
Ressalta-se a importância de considerar a individualidade de
intervenções de enfermagem
cada cliente e a importância de levantamento de
para os diagnósticos.
diagnósticos/intervenções que talvez não estejam no guia.

Desenvolvimento de Estabelecer impressos que facilitem o registro de enfermagem


impressos e/ou alimentação quanto às etapas do processo de enfermagem (registro de
7 20 dias
do sistema informatizado, coleta de dados, diagnósticos de enfermagem, prescrição e
quando couber. avaliação/evolução).

Comissão de PE reavaliar junto com equipe as possibilidades


Avaliação do projeto piloto e
8 de melhorias, fragilidades e potencialidades, a fim de traçar Contínuo
reformulações necessárias
metas para estabelecer tais melhorias.

Ampliação para os demais


9 Repetir etapas 3,5,6,7 para os demais setores/ áreas. 60 dias
setores e áreas
XV. Observar as normas da NR – 32, com a finalidade de minimizar os riscos à saúde da
equipe de Enfermagem;

A Norma Regulamentadora - NR 32, pertence a um conjunto de diretrizes criadas pelo


Ministério do Trabalho e Emprego, de caráter obrigatório, visando proporcionar maior
segurança aos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem
atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

Entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à


saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e
ensino em saúde em qualquer nível de complexidade (NR 32).

Dentre os tópicos tratados na norma, pode-se resumir:

 Riscos Biológicos: obrigatoriedade de elaboração e implementação do Programa de


Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO) pelo SESMT da empresa e de responsabilidade do empregador.
Devem constar suas medidas de proteção e Normas de Biossegurança, capacitação e
treinamento, equipamentos de proteção individual (EPI) de acordo com a exposição
ocupacional, vacinação (obedecendo as recomendações do Ministério da Saúde), e
implantação do Plano de Prevenção dos Riscos de Acidentes com materiais
pérfurocortantes com treinamento em casos de acidentes e medidas de profilaxia em
exposição a material biológico.

Toda a equipe de enfermagem deverá atender a norma quanto a obrigatoriedade do


uso de EPI em todos os procedimentos – luvas, óculos de proteção e uso de
máscaras, proibição do uso de calçados abertos bem como o uso de adornos nas
dependências do estabelecimento e durante sua atividade profissional.

 Riscos Químicos: capacitação para descarte adequado, medidas de proteção, uso de


equipamentos de proteção individual (EPI) de acordo com o risco, e medidas de
biosegurança;

 Radiações Ionizantes: obrigatoriedade do Plano de Proteção Radiológica (PPR)


aprovado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

 Resíduos: capacitação para segregação e acondicionamento conforme a classificação


do resíduo de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de
Saúde (PGRSS) do estabelecimento;

 Lavanderias;

 Limpeza e Conservação;

 Manutenção de Máquinas e Equipamentos.


O enfermeiro responsável pelo serviço de enfermagem deve conhecer a Norma
Regulamentadora número 32 e contribuir na implementação de todos os requisitos
aplicáveis ao serviço e profissionais de enfermagem, juntamente com os representantes do
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e
responsáveis ao monitoramento da norma no âmbito das organizações de saúde.
XVI. Assegurar que a prestação da assistência de enfermagem a pacientes graves seja
realizada somente pelo Enfermeiro e Técnico de Enfermagem, conforme Lei nº 7.498/86 e
o Decreto nº 94.406/87;

O enfermeiro RT deve escalar apenas enfermeiros para assistência a pacientes graves e com
risco de vida, podendo o técnico de enfermagem ser escalado para assistir ao enfermeiro. O
auxiliar de enfermagem não pode atuar na assistência a pacientes graves.

Considera-se que isso deve ser sempre observado nas unidades de maior criticidade, como
centros de terapia intensiva, transporte primário (pré-hospitalar), hemodiálise e outras.

O enfermeiro responsável atende a este requisito através das escalas de trabalho e


formalização de procedimentos operacionais que citam atividades que são realizadas a
pacientes graves apenas por enfermeiros e técnicos de enfermagem.
XVII. Garantir que o registro das ações de Enfermagem seja realizado conforme normas
vigentes;

O registro das ações de enfermagem pode ser realizado em prontuário (assistenciais) ou em


livros administrativos (processos de trabalho gerenciais).

O registro da assistência de enfermagem deve ser realizadas no prontuário do paciente,


devendo o enfermeiro responsável garantir que a equipe tenha acesso aos prontuários e o
faça de maneira clara, objetiva, sem rasuras, apondo nome, carimbo e assinatura, nos
termos da Resolução Cofen n° 429/2012, Resolução Cofen n° 514/2016 e Resolução Cofen
n° 545/2017.

A Resolução Cofen n° 429/2012, cita, em seu artigo 2°, que:

Relativo ao processo de cuidar, e em atenção ao disposto na Resolução nº


358/2009, deve ser registrado no prontuário do paciente:

a) um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, família ou coletividade humana


em um dado momento do processo saúde e doença;

b) os diagnósticos de enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou


coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença;

c) as ações ou intervenções de enfermagem realizadas face aos diagnósticos de


enfermagem identificados;

d) os resultados alcançados como consequência das ações ou intervenções de


enfermagem realizadas (COFEN,2012).

Esta resolução cita ainda que

Caso a instituição ou serviço de saúde adote o sistema de registro eletrônico, mas


não tenha providenciado, em atenção às normas de segurança, a assinatura digital
dos profissionais, deve-se fazer a impressão dos documentos (COFEN, 2012).

O enfermeiro responsável deve comunicar o gestor do serviço sobre a obrigatoriedade dos


profissionais de enfermagem possuírem assinatura digital, caso a instituição seja paper less.
Essa assinatura deve ser emitida por órgãos competentes, através de token ou
reconhecimento das digitais, o que difere da senha eletrônica e/ou assinatura scaneada
utilizada em alguns serviços.

A Resolução Cofen nº 514/2016 aprova o Guia de Recomendações para os registros de


enfermagem no prontuário do paciente, com a finalidade de nortear os profissionais de
Enfermagem para a prática dos registros de enfermagem no prontuário do paciente,
garantindo a qualidade das informações que serão utilizadas por toda equipe de Saúde da
Instituição. Conforme o Guia de Recomendações para registro de enfermagem no prontuário
do paciente e outros documentos da enfermagem define o prontuário como
Acervo documental padronizado, organizado e conciso referente ao registro dos
cuidados prestados ao paciente por todos os profissionais envolvidos na
assistência. A palavra prontuário deriva do latim “promptuariu” que significa lugar
onde se guarda aquilo que deve estar à mão, o que pode ser necessário a qualquer
momento (COFEN, 2016 Apud COREN-SP, 2015).

O registro de enfermagem contém informações indispensáveis ao processo do cuidar e


devem ser elaborados de forma que retratem toda a realidade de atividades e cuidados
realizados com o paciente, possibilitando a comunicação com toda equipe de saúde que
assiste ao paciente, além de servir para outras finalidades, como: ensino, pesquisas,
auditorias, processos jurídicos, planejamento, fins estatísticos e outros, uma vez que trata-se
de um documento legal e que pode ser utilizado para defesa dos profissionais, devendo,
portanto, estar imbuído de autenticidade e de significado.

Para validação e autenticação, todas as ações registradas no prontuário do paciente devem


estar assinadas pelo autor do registro (art. 368 do Código de Processo Civil – CPC), não deve
conter rasuras, entrelinhas, emenda, borrão ou cancelamento, características que poderão
gerar a desconsideração jurídica do documento produzido como prova documental (art. 386
do CPC).

A Portaria n° 1.820/2009 do Ministério da Saúde que dispõe sobre os direitos e deveres dos
usuários da saúde, determina que deve ser assegurado o registro atualizado e legível no
prontuário, das seguintes informações, entre outras: motivo do atendimento e/ou
internação; dados de observação e da evolução clínica; prescrição terapêutica; avaliações
dos profissionais da equipe; procedimentos e cuidados de enfermagem; o nome legível do
profissional e seu número de registro no conselho profissional; a assinatura do profissional e
a data.

Portanto, todo paciente possui o direito de ter toda a sua assistência documentada em
prontuário. Por este motivo, o Coren-MG recomenda a utilização do prontuário para todas
as anotações e registros, abolindo, dentro do possível, os registros realizados em livros e
documentos separados do prontuário.

Quando houver registro em livros, recomenda-se que estes possuam: ata de abertura,
páginas numeradas, sejam de conhecimento de toda a equipe, registros procedidos de
assinatura e carimbo do responsável pela anotação, sem rasuras, sem saltar linhas ou
espaços em branco.

Nos termos da Resolução Cofen n° 429/2012, artigo 3°,

Relativo ao gerenciamento dos processos de trabalho, devem ser registradas, em


documentos próprios da Enfermagem, as informações imprescindíveis sobre as
condições ambientais e recursos humanos e materiais, visando à produção de um
resultado esperado – um cuidado de Enfermagem digno, sensível, competente e
resolutivo (COFEN, 2012).
Cabe ainda ressaltar que a Resolução Cofen n° 545/2017 define como obrigatório o uso do
carimbro pelo profissional de enfermagem nas seguintes situações:

I – em recibos relativos a percepção de honorários, vencimentos e salários


decorrentes do exercício profissional;

II – em requerimentos ou quaisquer petições dirigidas às autoridades da Autarquia


e às autoridades em geral, em função do exercício de atividades profissionais; e,

III – em todo documento firmado, quando do exercício profissional, em


cumprimento ao Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.

Conclui-se que para atendes a este requisito, o enfermeiro responsável deve conhecer a
legislação para orientar e capacitar a equipe de enfermagem.
XVIII. Garantir que o estágio curricular obrigatório e o não obrigatório sejam realizados,
somente, sob supervisão do professor orientador da instituição de ensino e enfermeiro da
instituição cedente do campo de estágio, respectivamente, e em conformidade a legislação
vigente;

O enfermeiro RT deve acompanhar a forma de realização dos estágios de enfermagem, de


modo a não sobrecarregar os enfermeiros assistenciais do serviço.

O Coren-MG não recomenda o acúmulo de funções do enfermeiro durante o período de


assistência, pois isso pode comprometer a segurança do paciente.
XIX. Participar do processo de seleção de pessoal, seja em instituição pública, privada ou
filantrópica, observando o disposto na Lei nº 7.498/86 e Decreto nº 94.406/87, e as
normas regimentais da instituição;

O enfermeiro RT deve participar do processo de seleção de pessoal, pois é o profissional que


possui visão específica de sua área de atuação e que melhor conhece o serviço de
enfermagem e as competências necessárias para a prestação da assistência no serviço. Essa
participação é garantida por força de lei, no artigo 8°, inciso II, alínea r)

Participação em bancas examinadoras, em matérias específicas de enfermagem,


nos concursos para provimento de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal
técnico e auxiliar de enfermagem” (BRASIL, 1986).

Trata-se de um processo institucional da organização de saúde, cujo principal objetivo é


identificar candidatos com competências (conhecimento, habilidades e atitudes) suficientes
para o pleno desempenho de sua função profissional, visando preenchimento de vagas para
o quadro e dimensionamento dos profissionais de enfermagem. A escolha adequada do
candidato facilita a busca por melhorias nos processos de trabalho, desempenho da equipe,
e qualidade assistencial, visto que os profissionais certos aprendem com maior facilidade,
cometem menos erros, refletindo na qualidade da assistência de enfermagem (NISHIO;
FRANCO, 2011).
XX. Comunicar ao Coren quando impedido de cumprir o Código de Ética dos Profissionais
de Enfermagem, a legislação do Exercício Profissional, atos normativos do Sistema
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, comprovando documentalmente ou na forma
testemunhal, elementos que indiquem as causas e/ou os responsáveis pelo impedimento;

Tal comunicação é imprescindível para que o Coren-MG tome conhecimento do fato. Para
que as medidas cabíveis sejam tomadas, é necessário que o fato esteja devidamente
documentado, com o máximo de detalhes possível.

Essa comunicação pode ser realizada através de ofício, e-mail ou denúncia, conforme fluxo
no site do Coren-MG, a depender da situação, link
https://www.corenmg.gov.br/web/guest/denuncia?inheritRedirect=true.
XXI. Promover, estimular ou proporcionar, direta ou indiretamente, o aprimoramento,
harmonizando e aperfeiçoando o conhecimento técnico, a comunicação e as relações
humanas, bem como a avaliação periódica da equipe de Enfermagem;

Este item traz duas exigências importantes: a educação para os profissionais de enfermagem
e a avaliação de desempenho técnico.

A educação permanente ou continuada deve ser promovida pelo Enfermeiro responsável


pelo serviço de enfermagem, que deve também estimular a equipe de enfermagem a se
aperfeiçoar, através da divulgação de cursos, palestras, seminários e congressos de
enfermagem.

A resolução Cofen nº 564 de 2017, que “aprova o novo Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem” estabelece em seu artigo 6º como direito ‘’aprimorar os conhecimentos
técnico-científicos, ético-políticos, socioeducativos e culturais, em benefício da pessoa,
família e coletividade e do desenvolvimento da profissão.’’

O Enfermeiro RT deverá elaborar, implantar, divulgar e capacitar todos os profissionais do


serviço de enfermagem nos manuais de normas e rotinas, procedimentos e protocolos
operacionais e assistenciais, afim de contribuir para uma assistência de qualidade, conforme
os padrões estabelecidos pelo serviço de saúde.

Todo o processo de educação deve ser planejado e as evidências (listas de presença, atas de
reunião) sejam armazenadas para fins de comprovação e apresentação em visitas de
fiscalização, auditorias internas e externas e em programas de qualidade.

O planejamento inicia-se com o levantamento da necessidade de treinamentos (LNT) que


pode levar em conta as demandas dos profissionais, os indicadores assistenciais e as
notificações de eventos adversos, além das capacitações exigidas por lei. A LNT gera um
cronograma de treinamentos, que pode ser planejado anualmente, semestralmente ou em
menor período, conforme perfil institucional.

As orientações mais detalhadas para elaboração, validação, implementação, execução e


monitoramento do processo de educação em enfermagem estão disponíveis no “Manual de
Educação para Profissionais de Enfermagem” do Coren-MG.

Conforme Decreto n° 94.408/87, ao enfermeiro incumbe, como integrante da equipe de


saúde:

Participação nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde,


particularmente nos programas de educação continuada (BRASIL, 1987).

Já a avaliação periódica da equipe de enfermagem deve ocorrer no mínimo uma vez ao ano,
conforme Resolução Cofen n° 518/2016. Tal avaliação destina-se a medir o grau de
desenvolvimento das habilidades técnicas pelos profissionais de enfermagem. Esta avaliação
é mais bem descrita no Manual de Educação para Profissionais de Enfermagem, que será
publicado pelo Coren-MG.
A avaliação de desempenho técnica é uma ferramenta importante e necessária para a
identificação das fragilidades técnicas de cada profissional da equipe de enfermagem.
Podem ser elaboradas através de materiais técnico científicos, podendo ser realizadas
provas teóricas e/ou práticas, prova escrita; prova com simulações realísticas e a observação
em serviço de procedimentos realizados pelo profissional de enfermagem.

É imprescindível que seja realizado o feedback com os profissionais a fim de apresentar o


resultado do processo e os pontos de melhoria, assim como uma proposta de planejamento
e treinamento para que ele tenha oportunidade de aprendizado e de atender às
expectativas institucionais.

É importante diferenciar a avaliação de desempenho técnica da avaliação de desempenho


funcional. A avaliação de desempenho funcional costuma avaliar assiduidade, pontualidade,
cortesia e outros valores inerentes à instituição. A avaliação de desempenho técnica deve
ser realizada pelo enfermeiro, pois considera requisitos técnicos na realização dos
procedimentos de enfermagem: se o profissional seguiu o roteiro contido nos POP’s, se o
profissional possui destreza em determinado procedimento, se possui dificuldade em outro,
se é resistente em lavar as mãos, por exemplo. É uma avaliação pormenorizada e individual,
que ilustra o perfil do profissional e quais as suas necessidades individuais de treinamento e
desenvolvimento.
XXII. Caracterizar o Serviço de Enfermagem por meio de Diagnóstico Situacional e
consequente Plano de Trabalho que deverão ser apresentados à empresa/instituição e
encaminhados ao Coren no prazo de 90 (noventa) dias a partir de sua efetivação como
Responsável Técnico e posteriormente a cada renovação da CRT;

O Diagnóstico situacional (DS) é uma ferramenta de gestão importante que deve ser
utilizada pelo enfermeiro e que permite identificar a realidade do serviço em que ele está
inserido, as fragilidades e potencialidades do local, bem como o perfil da clientela assistida
(KURCGANT, 2005). Esse é de fundamental importância para o levantamento de problemas,
que embasam o planejamento estratégico situacional possibilitando o desenvolvimento de
ações mais efetivas e qualificadas em relação aos problemas encontrados (SILVA et al. 2016)
a fim de garantir uma assistência humanizada e resolutiva.

O planejamento e direcionamento das ações de saúde demandam conhecimento da


realidade, da dinâmica e dos riscos em que se está inserido, bem como a forma como estão
organizados os serviços, as rotinas e os processos de trabalhos dos profissionais e os fluxos
dos usuários (SILVA et al. 2016). Nesse contexto, o enfermeiro deve considerar
cuidadosamente os dados e fatos levantados sobre realidade vivida para que o seu
diagnóstico represente de maneira adequada a realidade e favoreça a identificação das
melhores estratégias a serem adotadas (RIBEIRO, 2015).

O principal objetivo do DS é demonstrar a realidade da instituição para todos, possibilitando


que o controle, coordenação e planejamento sejam realizados de forma efetiva (RIBEIRO,
2008). O DS é de fundamental importância para o levantamento de problemas, que por sua
vez fundamenta o planejamento estratégico situacional que permite desenvolver ações
mais focais efetivas em relação aos problemas encontrados, ou seja, promover estratégias
para enfrentamento mais eficientes.

O DS deverá ser elaborado com periodicidade anual, e o enfermeiro RT terá o prazo de até
90 dias a cada renovação de CRT para elaboração, validação, apresentação na instituição/
serviço de saúde e protocolo junto ao Coren-MG.

As orientações para elaboração, validação, implementação e protocolo do Diagnóstico


Situacional do Serviço de Enfermagem estão disponíveis no Manual de Elaboração do
Diagnóstico Situacional do COREN-MG, disponível em https://www.corenmg.gov.br/acesso-
a-modelo-de-documentos.
XXIII. Participar no planejamento, execução e avaliação dos programas de saúde da
empresa/instituição/ensino em que ocorrer a participação de profissionais de
Enfermagem.

Tal ação é garantida pela Lei Federal n° 7.498/86, artigo 8°, inciso II, alínea a: “participação
no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde”.
2. OUTROS PONTOS RELEVANTES
Resumo das situações que o Enfermeiro RT deve comunicar ao Coren-MG

Em caso de substituição do enfermeiro RT, a empresa deverá encaminhar ao Coren-MG no


prazo máximo de 15 (quinze) dias contados do ato, o comunicado de substituição
acompanhado de todos os documentos necessários.

Nos casos em que o enfermeiro deixa de exercer a atividade de RT da


empresa/instituição/ensino, este deverá comunicar seu afastamento ao Coren-MG, no prazo
máximo de 15 (quinze) dias a contar de seu afastamento, para fins de cancelamento de sua
ART, sob pena de responder a Processo Ético-Disciplinar perante a Autarquia.

Semestralmente, o enfermeiro RT deve enviar ao Coren-MG dados atualizados de todos os


profissionais de Enfermagem que atuam na empresa/instituição, conforme atribuição II da
Resolução Cofen n° 509/2016.

O Enfermeiro RT, sempre quando impedido de cumprir o Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem, a legislação do Exercício Profissional, atos normativos do Sistema
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, comprovando documentalmente ou na forma
testemunhal, elementos que indiquem as causas e/ou os responsáveis pelo impedimento,
deverá realizar comunicação formal ao Coren-MG.

Cabe ainda ao Enfermeiro RT informar, de ofício, ao representante legal da


empresa/instituição/ensino e ao Coren-MG situações de infração à legislação da
Enfermagem, conforme item IV da Resolução Cofen n° 509/2016.

O enfermeiro responsável deverá apresentar Diagnóstico Situacional no prazo de até 90 dias


a cada renovação de CRT junto ao Coren-MG.

Após receber notificação pela fiscalização, o enfermeiro responsável deve responder


oficialmente o andamento das notificações realizadas, informando se foram cumpridas ou
não e solicitando novo prazo, caso necessário, a ser analisado pelo fiscal e Coordenação do
Departamento de Fiscalização Defis.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O enfermeiro é o profissional legalmente habilitado para gerenciar o serviço de enfermagem


das instituições de saúde. Essa competência é acompanhada por um alto grau de
responsabilidade, tanto com a saúde da população quanto com os profissionais de
enfermagem que atuam naquele serviço. Mesmo que o enfermeiro não possua a anotação
de responsabilidade técnica, ele é o profissional que detém essa responsabilidade e que
responderá em casos de negligência, imprudência e imperícia praticados por sua equipe.

Sabendo do peso que está sob os enfermeiros, as normatizações do Sistema


Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, assim como seus posicionamentos através de
notas técnicas e pareceres, visam resguardar a prática profissional e trazer segurança a este
protagonista dos serviços de saúde. Muitas exigências documentais, embora pareçam
meramente prescritivas, são fruto de uma visão sistêmica dos riscos e responsabilidades
imputadas aos profissionais de enfermagem na conjuntura atual dos serviços prestadores de
saúde.

Independente das exigências de órgãos governamentais, conselhos, empresas certificadoras


de qualidade, vigilância sanitária, os enfermeiros devem primeiramente colocar-se na
posição de protagonistas do cuidado, planejando e executando suas ações baseadas em
evidências científicas.

Ao finalizar o estudo da Resolução Cofen n° 509/2018 neste Manual, a Câmara Técnica do


Coren-MG espera que os enfermeiros se empoderem de sua identidade profissional e
executem suas atividades dentro do que lhes é preconizado por Lei e por direito, buscando
sempre respaldar-se eticamente.
4. APÊNDICES
Apêndice 1 - Lista de verificação da Resolução Cofen n° 509/2016

ROTEIRO PARA AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DE REQUISITO LEGAIS APLICÁVEIS AO SERVIÇO DE ENFERMAGEM- RESOLUÇÃO COFEN 509 DE 2016
ATUALIZA A NORMA TÉCNICA PARA ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA PELO SERIÇO DE ENFERMAGEM E DEFINE AS ATRIBUIÇÕES DO
ENFERMEIRO RESPONSÁVEL TÉCNICO.

CONSTATAÇÕES
C – Conformidade: Atendimento e requisito legal, da instituição, de normas ou de clientes.
NC – Não-conformidade: Não atendimento a requisito legal, da instituição, de normas ou de clientes.

NORMA/ LEI: RESOLUÇÃO


Constatações
COFEN N° 0509/2016
Qual o documento de
Requisito legal Como é atendido? Qual a evidência? C ou NC
referência?
III. Certidão de Responsabilidade
Técnica (CRT): documento emitido
CRT atualizada afixada em
pelo Conselho Regional de
todos os setores da CRT atualiza e disponibilizada em todos os
Enfermagem, pelo qual se Através da disponibilidade da CRT
instituição de saúde que setores, afixada em local visível aos clientes,
materializa o ato administrativo de pelo COREN-MG
ocorre o serviço de preferencialmente plastificada
concessão de Anotação de
enfermagem
Responsabilidade Técnica pelo
Serviço de Enfermagem
IV. Enfermeiro Responsável Técnico
(ERT): profissional de enfermagem de
nível superior nos termos da Lei n°
Através da apresentação de todos os
7.498, de 25 de junho de 1966 e do Documentos pessoais Cópia de RG; CPF; Carteira do Coren-MG;
documentos originais e atualizados
Decreto n° 94.406, de 08 de junho de atualizados do enfermeiro – Certidão Negativa emitida pelo Coren-MG;
do profissional enfermeiro ao Coren-
1967, que tem sob sua consultar no site – diploma de Graduação em Enfermagem;
MG (consultar no site – documentos
responsabilidade o planejamento, documentos obrigatórios do diploma de Especialização; Comprovante de
obrigatórios do enfermeiro para
organização, direção, coordenação, enfermeiro para emissão de Endereço; Comprovante de Vínculo no
emissão de CRT), Carteira profissional
execução e avaliação dos serviços de CRT. trabalho; CRT atualizado e disponibilizada.
atualizada, CRT atualizada
Enfermagem, a quem ~e concedida,
pelo Conselho regional de
Enfermagem, a ART.

CRT atualizada e disponibilizada em todos os


Art.3° Toda empresa/instituição
CRT atualizada afixada em setores, afixada em local visível aos clientes,
onde houver serviços/ensino de
todos os setores da preferencialmente plastificada ou em
Enfermagem, deve apresentar CRT, Através da disponibilização da CRT
instituição de saúde que acrílico para que possa ser passível de
devendo a mesma ser fixada em suas pelo Coren-MG
ocorre o serviço de higienização.
dependências, em local visível ao
enfermagem Toda equipe de enfermagem deve conhecer
público
o documento e o local de disponibilização

CRT atualizada e disponibilizada em todos os


CRT atualizada afixada em setores afixada e local visível aos clientes,
Parágrafo Único. A ART e a CRT terão Prazo de validade dentro do período
todos os setores da preferencialmente plastificada ou em
validade de 12(doze) meses, estipulado – criar métodos e agensa
instituição de saúde que acrílico para que possa ser passível de
devendo ser renovada após este de atualização da CRT sempre a cada
ocorre o serviço de higienização.
período 11 meses.
enfermagem Toda equipe da enfermagem deve conhecer
o documento e o local de disponibilização.

Contrato de Trabalho,
carteira de trabalho
atualizada; carta de Contrato de Trabalho, carteira de trabalho
A contratação do enfermeiro RT não
I. A jornada de trabalho não poderá apresentação da instituição atualizada; carta de apresentação da
poderá ser inferior a Carga Horária de
ser inferior a 20(vinte) horas constatando nome do instituição constatando nome do
20 horas semanais – 100 horas
semanais para qualquer instituição. enfermeiro, cargo, carga enfermeiro, cargo, carga horária, jornada,
mensais
horária, jornada, horário de horário de trabalho, atividades executadas.
trabalho, atividades
executadas.
Parágrafo Único. O formulário de
requerimento de ART, o qual se
refere o caput deste artigo, deverá Comprovante de Inscrição
Comprovante de Inscrição e Situação
vir acompanhado dos seguintes Inscrição ativa na Receita Federal cadastral emitido pelo site
Cadastral emitido pela Receita Federal (site)
documentos: da RF
a). 1(uma) cópia de cartão do CNPJ
da Empresa/Instituição;
Contrato de Trabalho,
carteira de trabalho
b). 1(uma) cópia da comprovação do atualizada; carta de Contrato de Trabalho, carteira de trabalho
vínculo empregatício existente entre apresentação da instituição atualizada; carta de apresentação da
Através de contrato entre empresa e
a empresa/instituição/ensino e o constatando nome do instituição constatando nome do
enfermeiro RT
Enfermeiro Responsável Técnico. enfermeiro, cargo, carga enfermeiro, cargo, carga horária, jornada,
horária, jornada, horário de horário de trabalho, atividades executadas.
trabalho, atividades
executadas.
d). 1(uma) cópia de relação nominal
atualizada dos profissionais de
Enfermagem que executam Elaboração da Planilha de relação de
Planilha de Relação de Relação de profissionais de enfermagem
atividades na empresa colaboradores ativos com dados
Profissionais de devidamente preenchida, completa,
/instituição/ensino, contando nome, atualizados e conforme solicitado –
Enfermagem Disponível no validade, assinada e carimbada pelo
número de inscrição no Coren-MG, consultar planilha padronizada no
Site do Coren-MG enfermeiro RT.
cargo/função, horário de trabalho e site do Coren-MG.
setor/unidade/departamento/divisão
de trabalho;
II. Comprovação do Recolhimento
Por meio do pagamento da taxa de Boleto de Taxa de emissão
das taxas de ART e emissão de CRT, Boleto pago de Taxa de emissão de CRT
emissão de CRT de CRT
cujos valores deverão
IV. O enfermeiro RT requerente O enfermeiro para ser RT deverá
deverá estar quite com suas estar em dia com suas obrigações
obrigações eleitorais junto ao eleitorais – sem pendências Certidão negativa emitida pelo Coren-MG;
Certidão negativa
Conselho Regional de Enfermagem, eleitorais com negativada e sem emissão de CRT após as devidas
profissional
bem como com suas anuidades, em pendências relacionadas a anuidade constatações pelo Coren-MG
todas as categorias em que estiver profissional – certidão negativa para
escrito. débitos juntamente ao Coren-MG
Toda instituição que possuir
enfermeiro responsável direto por
§4° A gestão da área técnica
serviços de gerenciamento de
correspondente ás ações do
resíduos, serviços de limpeza e
enfermeiro que não configuram CRT atualizada e disponibilizada em todos os
hotelaria, higienização, auditoria de
cuidado assistencial direto, devendo CRT atualizada afixada em setores afixada em local visível aos clientes,
prontuários, equipamentos, materiais
ser especificadas na CRT, tais como: todos os setores da preferencialmente plastificada ou em
e insumo médicos hospitalares e
Programa de Gerenciamento de instituição de saúde que acrílico para que possa ser passível de
consultorias diversas – este deverá se
Resíduos de Serviços de Saúde, ocorre o serviço de higienização.
responsabilizar como chefia imediata
Programas de Limpeza e enfermagem Toda equipe de enfermagem deve conhecer
pelo processo de trabalho e pelo
Higienização, Auditória, o documento e o local de disponibilização.
serviço, independentemente de se
Equipamentos Materiais e Insumos
ter liderença de equipe ou não,
médico-hospitalares, Consultoria;
sendo obrigatório a emissão de CRT
para gestão de área técnica
Cabe ao enfermeiro RT, a
Ata de instituição da Comitê de Ética de Enfermagem institida,
implantação do Comitê de Ética em
comissão de ética de com documentações válidas (regimento
I. Cumprir e fazer cumprir os Enfermagem e comunicar a
enfermagem; interno, ato de nomeação dos membros,
dispositivos legais da profissão de existência deste ao Coren-MG e fazer
Atuação transparente e atas e listas de presenças, documentos
Enfermagem cumprir todos os dispositivos legais
pautada nos princípios padronizados as atividades da comissão) e
da profissão conforme o código de
éticos e morais da profissão. com evidências de suas intervenções.
ética vigente
II. Manter informações necessárias e
atualizadas de todos os profissionais
de Enfermagem que atuam na
Instituir método de trabalho junto ao
empresa/instituição/ensino, com os
sertor de departamento de pessoal
seguintes dados : nome, sexo, data
das instituições, padronizando as
de nascimento, categoria
informações solicitadas pelo Coren-
profissional, número de RG e CPF, Planilhas de Relação de
MG no processo admissional, Relação de profissionais de enfermagem
número de inscrição do Conselho Profissionais de
procedendo com a atualização do devidamente preenchida, completa
Regional de Enfermagem, endereço Enfermagem
cadastro dos profissionais a cada validada, assinada e carimbada pelo
completo, contatos telefônicos e Disponível no Site do Coren-
semestre conforme solicitado e enfermeiro RT
endereço eletrônico, assim como das MG
enviado ao Conselho por e-mail (e-
alterações como: mudança de nome,
mail do setor de fiscalização) ou
admissões, demissões, férias e
protocolar fisicamente no setor de
licenças, devendo fornece-la
protocolos.
semestralmente e sempre quando
lhe for solicitado, pelo Conselho
Regional de Enfermagem
Realizar anualmente o estudo de
dimensionamento dos profissionais
de enfermagem conforme legislação
vigente seguindo orientações
III. Realizar o dimensionamento de conforme o Manual de
Documento de Dimensionamento de Pessoal
pessoal da Enfermagem, conforme o Dimensionamento de Pessoal do
Documento de validado pelo RT de enfermagem da
disposto na Resolução vigente do Coren-MG. Apresentar o estudo de
Dimensionamento de instituição.
Cofen informando, de ofício, ao dimensionamento e conferir com as
Pessoal validado pelo RT de Dimensionamento de pessoal adequado
representante legal da escalas de trabalho (coerência,
enfermagem da instituição conforme documento protocolado no
empresa/instituição/ensino e ao número de profissionais,
Coren-MG
Conselho Regional de Enfermagem recomendações, dentre outros). Este
documento deverá ser enviado ao
Conselho por e-mail (e-mail do setor
de fiscalização) ou protocolar
fisicamente no setor de protocolo.
Realizar anualmente o estudo de
dimensionamento dos profissionais
de enfermagem conforme legislação
vigente e seguindo orientações
conforme o Manual Técnico de
Dimensionamento de Pessoal do
Documento de Dimensionamento de Pessoal
Coren-MG. Apresentar o estudo de
validado pelo RT de enfermagem da
a). Ausência de enfermeiro em todos dimensionamento e conferir com as
instituição.
os locais onde são desenvolvidas escalas de trabalho (coerência, Documento de
Apresentar plano de ação com planejamento
ações de enfermagem durante algum número de profissionais, Dimensionamento de
de necessidade de adequações no quadro de
período de funcionamento da recomendações, dentre outros). Este Pessoa validado pelo RT de
pessoal da instituição de saúde.
empresa/instituição; documento deverá ser enviado ao enfermagem da instituição.
Apresentar modelo de escalas padronizada,
Conselho por e-mail (e-mail do setor
conforme modelo sugerido pelo Coren-MG
de fiscalização) ou protocolar
(Anexo 3)
fisicamente no setor de protocolo.
Para setores que sejam necessárias
adequações do quadro de
enfermeiros, elaborar plano de ação
validado para implementação da
escala de enfermeiros.
Cabe ao enfermeiro RT, a
Ata de instituição da Comitê de Ética de Enfermagem instituída,
implantação do Comitê de Ética em
V. Intermediar, junto ao Conselho comissão de ética de com documentação válida (requerimento
Enfermagem e comunicar a
Regional de Enfermagem, a enfermagem; Atuação interno, ato de nomeação dos membros,
existência deste ao Coren-MG e fazer
implantação e funcionamento de transparente e putada nos atas e listas de presenças, documentos
cumprir todos os dispositivos legais
Comissão de Ética de Enfermagem; princípios éticos e morais da padronizados as atividades da comissão) e
da profissão conforme o código de
profissão. com evidências de sias intervenções.
ética vigente.
Desenhar todos os processos dos
setores de responsabilidade do
enfermeiro RT e padronizar suas
Apresentar Manuais, POPs,
VIII. Organizar o Serviço de rotinas, processos de trabalho,
instruções de Trabalho,
Enfermagem utilizando-se de protocolos assistenciais, afim de
Regimento Interno
instrumentos administrativos como assegurar a assistência prestada, a Regimento interno; PRS’s assistenciais;
conforme legislação vigente,
regimento interno, normas e rotinas, continuidade dos processos, a POP’s; dentre outros.
política institucional e
protocolos, procedimentos segurança do paciente, a
necessidade do serviço de
operacionais padrão e outros. continuidade do cuidado, a gestão
enfermagem.
efetiva dos processos de trabalho e o
desenvolvimento contínuo das
equipes envolvidas.
Desenhar todos os processos dos
setores de responsabilidade do
Apresentar Manuais , POPs,
enfermeiro RT e padronizar suas
IX. Elaborar, implantar e/ou Protocolos, instruções de
rotinas, processos de trabalho,
implementar, e atualizar regimento Trabalho, Regimento
protocolos assistenciais, afim de Regimento interno; PRS´s assistenciais;
interno, manuais de normas e Interno conforme legislação
assegurar a assistência prestada, a dentre outros
rotinas, protocolos, procedimentos vigente, política institucional
continuidade do cuidado, a gestão
operacionais padrão e outros; e necessidades do serviço de
efetiva dos processos de trabalho e o
enfermagem.
desenvolvimento continuo das
equipes envolvidas
Cabe ao enfermeiro RT, a
X. Instituir e programar o Ata de instituição da Comitê de Ética de Enfermagem instituída,
implantação do Comitê de Ética em
funcionamento da Comissão de Ética comissão de ética de como documentação válidas (regimento
Enfermagem e comunicar a
de Enfermagem, quando couber, de enfermagem; Atuação interno, ato de nomeação dos membros,
existência deste ao Coren-MG e fazer
acordo com as normas do Sistema transparente e pautada nos atas e listas de presenças, documentos
cumprir todos os dispositivos legais
Cofen/Conselho Regional de princípios éticos e morais da padronizado as atividades da comissão) e
da profissão conforme o código de
Enfermagem; profissão. com evidências de suas intervenções.
ética vigente
Realizar lista com os nomes dos
enfermeiros que participam das
Comissões e manter listagem
XI. Colaborar com as atividades da
atualizada; Listagem atualizada de
Comissão Interna de Prevenção de
Elaborar sistemática de atuação dos enfermeiros participantes
Acidentes (CIPA), Comissão de Listagem atualizada de enfermeiros
enfermeiros visando melhoria em comissões;
Controle de Infecções Hospitalares participantes em comissões;
contínua dos processos de trabalho; Comunicados Institucionais
(CCIH). Serviço de Educação Comunicados Institucionais;
Elaborar sistemática de dos assuntos para toda
Continuada e demais Comissões
desdobramento de informação sobre enfermagem;
instituídas na empresa/instituição;
os assuntos trabalhados em cada
comissão para todo o corpo de
colaboradores de enfermagem.
Processo de Educação
Permanente Instituído,
Macroprocesso, Cadeia de
Clientes e Fornecedor,
Levantamento de
Processo de Educação Permanente
Necessidades de
XIII. Promover a qualidade e Implantar processo de educação Instituído, Macroprocesso, Cadeia de Cliente
Treinamento, Lista de
desenvolvimento de uma assistência permanente em enfermagem no e fornecedor, Levantamento de Necessidade
presença em treinamento,
de Enfermagem segura para a serviço de responsabilidade do de Treinamento, Lista de presença em
Modelo de Treinamentos,
sociedade e profissionais de enfermeiro RT, conforme treinamento, Modelo de Treinamentos,
sistemática de avaliação
Enfermagem, em seus aspectos recomendado no manual de sistemática de avaliação institucional,
institucional, Avaliação dos
técnicos e éticos; Educação Permanente do Coren-MG. Avaliação técnico funcional, dentre outras
colaboradores novatos,
metodologias.
avaliação técnico funcional,
dentre outras metodologias
conforme recomendado
pelo Manual de Educação do
Coren-MG.
Realizar anualmente o estudo de
dimensionamento dos profissionais
de enfermagem conforme legislação
vigente e seguinto orientações Documento de Dimensionamento de Pessoal
conforme Manual Técnico de validado pelo RT de enfermagem da
XVI. Assegurar que a prestação da
Dimensionamento de Pessoal do instituição.
assistência de enfermagem a Documento de
Coren-MG. Apresentar o estudo de Apresentar plano de ação com planejamento
pacientes graves seja realizada Dimensionamento de
dimensionamento e conferir com as de necessidade de adequações no quadro de
somente pelo Enfermeiro e Técnico Pessoal validado pelo RT de
escalas de trabalho (coerência, pessoal da instituição de saúde.
de Enfermagem, conforme Lei n° enfermagem da instituição.
número de profissionais, Apresentar modelo de escala padronizada,
7.498/86 e o Decreto n° 94.406/87
recomendações, dentre outros). Este conforme modelo sugerido pelo Coren-MG
documento deverá ser enviado ao (Anexo 3).
Conselho por e-mail (e-mail setor de
fiscalização) ou protocolar
fisicamente no setor de protocolos.

Realizar diagnóstico Situacional de


todos os documentos de prontuário
elaborados e preenchidos pelos
profissionais de enfermagem;
elaboradores e preenchidos pelos
profissionais de enfermagem; avaliar
XVII. Garantir que o registro de ações a necessidade de adequações; Documentos de Prontuário do paciente
Documentos de Prontuários
de Enfermagem seja realizado elaborar novos documentos de adequado à prática assistencial segura e
do paciente
conforme normas vigentes; prontuários que atendam as com o processo de enfermagem - SAE
legislações vigentes e
recomendações legais do Coren e do
Coren-MG. Garantir que o processo
de enfermagem seja cumprido, por
meio da SAE – Resolução Cofen
358/2009.
Elaborar planilha de controle de
todos os estágios realizados na
XVIII. Garantir que os estágio
instituição de saúde juntamente ao
curricular obrigatório e o não
setor de recursos humanos da
obrigatório sejam realizados,
instituição.
somente, sob supervisão do
Elaborar norma interna padronizado Diretrizes para Estágio Manual de estágio e Planilha de Controle
professor orientador da instituição
o processo de estágio na instituição, Curricular dos Estágios.
de ensino e enfermeiro da instituição
procedimento e documentos
cedente do campo de estágio,
obrigatórios, hierarquia e
respectivamente, e em conformidade
responsáveis, manual com condutas
a legislação vigente;
dos alunos e professores durante o
estágio.
Processo de Educação
Permanente Instituído,
Macroprocesso, Cadeia de
Cliente e Fornecedor,
Levantamento de Processo de Educação Permanente
XXI. Promover, estimular ou
Necessidade de Instituído, Marcoprocesso, Cadeia de
proporcionar, direta ou Implantar processo de educação
Treinamento, lista de Clientes e Fornecedor, Levantamento de
indiretamente, o aprimoramento, permanente em enfermagem no
presença em treinamentos, Necessidade de Treinamento, Lista de
harmonizando e aperfeiçoando o serviço de responsabilidade do
Modelo de Treinamentos, presença em treinamentos, Modelo de
conhecimento técnico, a enfermeiro RT, conforme
sistemática de avaliação Treinamentos, Sistemática de avaliação
comunicação e as relações humanas, recomendado no manual de
institucional, Avaliação dos institucional, Avaliação dos colaboradores
bem como a avaliação periódica da Educação Permanente do Coren-MG.
colaboradores novatos, novatos, avaliação técnico funcional, dentre
equipe de enfermagem;
avaliação técnico funcional, outras metodologias.
dentre outras metodologias
conforme recomendado
pelo Manual de Educação do
Coren-MG.
XXI. Caracterizar o Serviço de
Enfermagem por meio de
Diagnóstico Situacional e Diagnóstico situacional
consequente Plano de Trabalho que validado pelo RT,
deverão ser apresentados à empresa Realizar Diagnóstico Situacional
protocolado no Coren-MG Diagnóstico situacional validado pelo RT,
/instituição e encaminhados ao conforme recomendações do Manual
protocolado no Coren-MG.
Coren no prazo de 90 (noventa) dias do Coren-MG no prazo de até 90
a partir de sua efetivação como
Responsável Técnico e (noventa) dias.
posteriormente cada renovação da
CRT
2 - Modelo de Escala de Serviço
5. ANEXOS
Anexo 1 - Modelo de lista de profissionais
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fevereiro de 2018, Anexos contendo modelo de Requerimento de Cadastro de Consultório e
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