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Economia

O que é a economia:
Existem várias definições de economia, podemos dizer que a economia estuda os
fenómenos económicos da sociedade, ou então que é a ciência social que estuda os
problemas do dia a dia, como o que produzir, como produzir e os destinatários da
produção de bens e serviços. Ajuda também na obtenção de propostas para uma boa
gestão de recursos escassos disponíveis com o objetivo de proporcionar um aumento
do bem-estar da população.
Os homens têm necessidades, desejo de possuir bens ou serviços que melhorem a sua
qualidade de vida. Estas necessidades variam de pessoa para pessoa, de país para país
e até na mesma pessoa em diferentes períodos de tempo. O papel da economia é o de
conseguir conciliar as necessidades ilimitadas de novos bens e serviços e a escassez
dos recursos fundamentais à produção dos mesmos, não existiria qualquer questão
económica se os homens apenas sentissem necessidade de consumir bens que existem
em abundância na terra. A escassez dos recursos deve ser planejada com a utilidade
marginal, em que apenas os bens escassos têm uma utilidade marginal positiva.
Devido à existência de recursos escassos e de necessidades ilimitadas, é necessário
fazer uma escolha ou apresentar alternativas. Na área do consumo, é possível
apresentar alternativas aos consumidores através da curva de indiferença do consumo,
assim qualquer ponto presente na curva de indiferença tem um valor satisfatório
exatamente igual. Ao nível da produção, podemos aplicar o mesmo gráfico que irá
servir ao produtor para avaliar os impactos que mais ou menos capital investido possa
influenciar na capacidade de produção do produto
Racionalidade económica: é quando os produtores e consumidores tentam obter o
máximo do lucro ou benefício, gastando o mínimo de recursos possível.
Equilíbrio: Existem dois tipos de equilíbrio, o equilíbrio parcial estuda determinados
fenómenos económicos e o seu comportamento de forma isolada, considerando apenas
essas variáveis para o estudo em questão. A analise do equilíbrio geral procura
desenvolver modelos simplificados que agreguem as variáveis da economia num
número mais reduzido de variáveis compósitas.
Sistemas Económicos:
Os sistemas económicos são o modo como a sociedade se organiza com o propósito de
resolver os seus problemas económicos. É a economia que estuda a toma de decisões
por parte da sociedade no que diz respeito, ao que e como produzir e ao destinatário
dos bens e serviços produzidos.
Formas de organização económica:
A sociedade organiza a sua economia por três formas, por forma a solucionar os
problemas de qualquer economia como o que produzir, como produzir, onde e
quando, e para quem:
1.. Economia de Planificação central: Existe uma autoridade que toma a decisão. Estas
decisões deverão ser tomadas em função dos desejos dos cidadãos, por exemplo
através de inquéritos de opinião.
Esta forma de organização tem algumas dificuldades inerentes, devido aos diferentes
desejos de cidadão para cidadão, como também as alterações dos desejos das mesmas
pessoas em diversos momentos temporais. O Fator trabalho também é uma
dificuldade, visto que a autoridade que toma as decisões não consegue ter
conhecimento das capacidades de cada trabalhador. Outra dificuldade a ter em
consideração será os juízos de valor por exemplo no tema das remunerações, será que
as remunerações devem ter em conta as necessidades de cada individuo, sem ter em
consideração o esforço aplicado no trabalho por parte de cada um? Ora se está
situação se aplicasse, a economia iria ficar prejudicada porque existe um incentivo de
empenho para os cidadãos (faça o que fizer vou receber o mesmo ao fim do mês).
Outra dificuldade é a toma de decisão do local e do tempo para cada produção, onde
se corre o risco do decisor aplicar critérios que não sejam eficientes.
2. Economia de mercado: Aqui é o mercado ou os produtores que tem a tomada de
decisão. Segundo Adam Smith(1776) o mercado é capaz de dar as indicações mais
justas através dos preços, controlando uma maior ou menos procura e de maior ou
menos oferta. Por exemplo se a procura por um determinado bem aumenta, o seu
preço irá aumentar também, traduzindo-se numa maior oferta do mercado. No que diz
respeito à mão-de-obra qualificada, um aumento da remuneração irá atrair mais
trabalhadores para essa área especializada. O mercado também levará a que as
produções fiquem situadas nos locais mais adequados como perto dos mercados
consumidores e dos fatores de produção. Também será o mercado a definir as decisões
temporais, pelo aumento ou decréscimo da taxa de juro. Apesar das vantagens de uma
economia de mercado, cabe à autoridade pública por exemplo no caso de um bem
indesejável socialmente estar a ser consumido em excesso, criar medidas para a sua
limitação, ou se um bem for menos consumível que o desejado, apresentar medidas
para potencializar a sua produção e consumo. Também ficara da responsabilidade da
autoridade pública ajudara a tornar as regiões mais competitivas, e ter um plano de
sustentabilidade que não ponha em causa o bem estar das gerações futuras, a
redistribuição, tento em atenção a inclusão, carência e desigualdade, e de estabilização
(macro-economica).
Sistemas mistos: Em que o estado intervém juntamente com o setor privado, por
exemplo no que diz respeito aos serviços de transporte, ensino e saúde, onde uma
parte dos custos é paga pelo utilizador. Quando maior for a intervenção pública,
maiores serão os impostos.
Podemos considerar como serviços de interesse económico geral, a saúde, o ensino, a
justiça, ferrovia, apoios portuários, telecomunicações e produção e distribuição de
energia. Na maioria dos casos europeus, optou-se por ser o estado a ter iniciativa
nestes domínios, no caso dos EUA, foram os sectores privados a desenvolver estes
temas. Portugal, optou pelo mesmo modelo dos EUA, com investimentos privados
ingleses. Com o crescimento da privatização de setores outrora públicos, criou se a
necessidade de haver uma regulação que garantisse o interesse público, por exemplo
as televisões têm de ter conteúdos culturais e destinados aos emigrantes (podendo ser
recompensadas posteriormente devido a menores audiências), ou no caso das
companhias aéreas que fazem um desconto aos residentes das ilhas ( o estado paga a
diferença para um bilhete normal). No caso destes setores que produzem um maior
lucro, o estado pode não ter de reembolsar ou indemnizar os privados, exigindo como
contrapartida estes fatores na atribuição de uma rota ou canal. Sendo várias as
entidades privadas que operam no mesmo setor, as prestações devem ser para todas
iguais, promovendo uma concorrência saudável e uma melhor qualidade na prestação
do serviço.
Apesar de uma evolução crescente da privatização, a intervenção pública continua a
ser grande principalmente em países mais ricos
4. Explique porquê o custo de oportunidade de estudar Economia não se pode contabilizar apenas
através da despesa efetuada com as propinas pagas.
O custo de oportunidade deverá representar todas as despesas inerentes à atividade,
por isso não devemos só considerar o custo das propinas, mas também, o custo dos
livros, dos mantimentos, do rendimento perdido, custos físicos e caso se aplique
alojamento e viagens. Devemos também considerar se o tempo poderia ser melhor
utilizado noutras atividades.

5. Qual a quantidade ótima de tartes que a Filipa deve produzir diariamente no seu “Atelier
Boulanger”, sabendo que vende cada tarte a €15 e que os custos de produção são os descritos na
tabela seguinte:
Análise Custo-Benefício
Benefício marginal
Tartes Custos Totais (€) Receitas Totais (€) Custo marginal (Cmg)
(Bmg)
10 143 150 Como não há dados anteriores este cálculo não se aplica
11 155 165 BMG = 165-150 = 15 CMG = 155-143=12
12 170 180 BMG = 180-165 = 15 CMG = 170-155=15
13 190 195 BMG = 195-180 = 15 CMG = 190-170=20
14 215 210 BMG = 210-195 = 15 CMG = 215-190=25

O benefício líquido é maximizado quando BMg é = a Cmg, por este motivo a


quantidade diária que a Filipa deve produzir é de 12 tartes por dia.
6.
a) A Curva designa-se de Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP)
b) Será possível para a economia aumentar a produção do bem X, mantendo inalterada
a produção do bem Y? Não. Ceteris paribus, o aumento da produção de X, levará
necessariamente a redução da produção do bem Y.
c) (X,Y) = (8,2) – Impossível;(X,Y) = (5,8) – Ineficiente no sentido em que é possível
aumentar a produção de um bem sem diminuir a produção do outro.
7. O proprietário de um pequeno negócio precisa de contratar alguns trabalhadores.
Partamos do princípio que cada trabalhador tem tempo para realizar apenas uma
tarefa. A tarefa A vale 100.000 euros para o proprietário, a tarefa B vale 75.000 euros
para o proprietário e a tarefa C vale 50.000. O proprietário contratará apenas dois
trabalhadores um para fazer a tarefa A e outro para fazer a tarefa B. Qual é o custo de
oportunidade da tarefa B? Qual é o custo de oportunidade da tarefa A?
O custo de oportunidade da tarefa B é o valor da tarefa que deixou de ser feita para
que a tarefa B fosse implementada. Neste caso, trata-se da tarefa C. Assim, o custo de
oportunidade da tarefa B é de 50.000 euros. Com dois trabalhadores, o custo de
oportunidade da tarefa A é o valor da tarefa C também, ou seja, também é de 50.000
euros.
8. Na tabela seguinte, encontra-se informação sobre as possibilidades de produção
disponíveis para uma fábrica que pode produzir carrinhas ou carros. As colunas A a D
mostram o número de carros e carrinhas que podem ser produzidos:

a) Construa a fronteira de possibilidades de produção. Esta fronteira de possibilidades


de produção apresenta custos de oportunidade constantes ou crescentes? Justifique
Custos de oportunidade crescentes: começando em A com a produção de 18 carros e
nenhuma carrinha, o custo de oportunidade de produzir seis carrinhas é igual aos seis
carros que deixam de ser produzidos (de 18 para 12). Um valor mais baixo do que o
que é obtido quando se passa de B para D, das 6 para as 12 carrinhas, situação em que
o custo de oportunidade de produzir mais seis carrinhas passa agora a ser de 12 carros,
que deixam de ser produzidos (12 para 0).
Imagine agora que a empresa aumenta a sua produção de carrinhas de B para C, qual
será o custo de oportunidade de cada unidade adicional de carrinhas em termos de
carros?
Passando de B para C produzem-se mais 4 carrinhas e diminui-se a produção de carros
em 6 unidades. O custo de oportunidade por unidade de carros é de 6:4=1.5, ou seja
1,5 carros por uma carrinha a mais.
c) Considere agora que uma nova técnica produtiva permitirá à empresa duplicar a
produção de carrinhas em relação ao que temos na tabela sem reduzir a produção de
carros. Construa a nova fronteira de possibilidades de produção. Este desenvolvimento
técnico afetará o custo de oportunidade de produzir 12 carrinhas?
O novo custo de oportunidade das carrinhas será mais baixo e o novo custo de
oportunidade dos carros será mais elevado. Inicialmente a produção de 12 carrinhas
implicava a redução na produção em 18 carros e agora a produção dessas mesmas 12
carrinhas implica a redução na produção de carros em apenas 6 unidades.

TEMA 2
Curva da procura: é a representação através de um gráfico da lei da procura, onde
podemos verificar os pontos de consumo desejados de um determinado bem, a
diferentes preços.
Lei da procura: Quando determinado bem está a um preço mais baixo as pessoas
compram mais quantidade, e quando o preço está mais alto compram menos (lei da
procura decrescente).
Efeito substituição: Existem produtos por exemplo como o petróleo que tem diversos
derivados como o combustível, aquecimento e plástico. Quando o preço do barril sobe
as pessoas procuram alternativas por exemplo utilizando viaturas elétricas ou
deixando de comprar plástico. O declive da curva será negativo
Efeito Rendimento: Quando os preços sobem, o consumidor terá de gastar mais
dinheiro para obter a mesma quantidade do bem que comprava anteriormente, ficando
assim mais pobre.
Lei da utilidade decrescente: A utilidade do bem diminui à medida que o consumo do
bem aumenta. Á medida que o consumir consome mais quantidade do mesmo bem,
ceteris paribus, atribui um valor menor às últimas quantidades em relação às
primeiras. Assim a curva da procura mostra-nos o preço máximo que o consumidor
está disposto a pagar por cada unidade a mais consumida (unidade marginal conferida
por essa unidade).
Curva da procura individual: Para além do preço existem outros fatores que podem
influenciar a escolha do consumidor, como o rendimento, a publicidade, o preço de
outros bens, etc.

Se considerarmos apenas o preço como fator de decisão, podemos concluir que a


procura aumenta conforme o valor diminui.
Curva de procura do mercado: Para entendermos o funcionamento do mercado no seu
todo é necessário conhecer a procura total por parte dos consumidores. A curva de
procura do mercado mostra a relação entre a quantidade total de procura de um
bem/serviço com o preço, presumindo que os outros fatores como o rendimento e
preferências se mantém inalterados.
Para conhecer a procura total dos consumidores somamos as quantidades procuradas
por cada um individualmente para cada nível de preços disponível.

A partir das curvas individuais é possível calcular a curva de procura agregada, que
corresponde à soma horizontal das curvas de procura individuais.
Determinantes da procura:
 Alterações no rendimento do consumidor (bens normais vs bens inferiores)
 Preço dos bens e serviços relacionados com o bem em causa (bens substitutos
versus complementares)
 Preferencias dos consumidores
 Dimensão do mercado de consumidores;
 Expetativas dos consumidores;
 Outros fatores que alterem a disponibilidade ou capacidade dos consumidores
de adquirirem determinado bem (marketing)
A procura não é apenas um bem a determinado preço, mas sim a toda a curva da
Procura. Exemplo: a procura de carrões é mais elevada em Portugal do que em
Espanha, estamos a dizer que a procura é sempre maior em Portugal
independentemente do valor.
Variação da procura: acontece quando observamos deslocações na curva para a
direita (aumento da procura) ou para a esquerda (diminuição da procura) resultante
de alterações nas determinantes da procura, que não o preço do bem.
Variação na quantidade procurada: quando o preço do bem muda. A Curva não
altera, as deslocações mantem-se ao longo da curva.
Deslocações da curva da procura
Uma deslocação na curva da procura, tanto para a esquerda ou direita…
…causada por alterações que modifiquem a quantidade procurada a cada preço.
Usualmente são variações no(s):
‒Rendimento do consumidor
‒Preços dos bens relacionados
‒Gostos
‒Expetativas
‒Número de compradores
Deslocações na curva da procura (ou variação na quantidade procurada)
Movimento ao longo da curva da procura...
…causado por uma variação no preço do produto.
Classificação de bens por efeitos provocados por variações no rendimento
Bem normal: um bem no qual, mantendo o resto constante, um aumento de
rendimento provoca um aumento na sua procura. Ex. gelados.
Bem inferior: um bem no qual, mantendo o resto constante, um aumento de
rendimento provoca um decréscimo na procura. Ex. viagens de autocarro.
‒Ex. No gráfico anterior, se considerarmos que houve um aumento de rendimento
e D1  D2, então trata-se de um bem normal. Ao invés, se houve um aumento de
rendimento e D1  D3, então trata-se de um bem inferior.
Elasticidade-preço da procura (EpD) é uma medida de quanto a quantidade
procurada de um bem responde a uma mudança no preço desse bem.
Ou, é a variação percentual na quantidade procurada dada uma mudança
percentual no preço.
Determinantes da EpD:.
Disponibilidade de substitutos próximos
 Necessidades versus Luxos
 Definição do mercado
 Horizonte de tempo
Isto é, a procura tende a ser mais elástica:
 Quanto maior o número de substitutos próximos.
 Se o bem for um luxo.
 Quão mais ‘estreita’ for a definição do mercado.
 Quão mais longo for o período de tempo.
Assim, podemos falar em:
Procura elástica: quando a elasticidade-preço é elevada, isto é a quantidade
procurada responde fortemente às variações do preço.
Procura rígida (inelástica): quando a elasticidade-preço é fraca, ou seja a quantidade
procurada responde fracamente às variações do preço.

A elasticidade-preço da procura é dada pela fórmula: 𝜀𝑝𝐷=Δ%𝑄𝐷/Δ%𝑃


Ex. Se o preço de um gelado aumenta de 2,00 € para 2,20 € e a quantidade adquirida
cai de 10 para 8 cones, então a elasticidade-preço da procura seria calculada como:

Podendo interpretar-se dizendo que quando o preço do gelado sobe 1%, a quantidade
procurada desce 2%.
NOTA: Aqui estamos a calcular a elasticidade no ponto, sendo que podemos também
obter a elasticidade no ponto médio (dividindo a variação pelo ponto médio).
Tipo de procura consoante a sua elasticidade:
Procura perfeitamente inelástica:
 Quantidade procurada não responde a variações de preço
 |EpD| = 0

Procura inelástica:
 Quantidade procurada não responde fortemente às mudanças de preços.
 |EpD| < 1

Procura com elasticidade unitária


 Quantidade procurada por mudanças na mesma percentagem que o preço.
 |EpD| = 1

Procura elástica
 Quantidade procurada responde fortemente a mudanças no preço.
 |EpD| > 1

Procura perfeitamente elástica


 Quantidade procurada muda infinitamente com qualquer alteração no preço.
 |EpD| = +ꝏ

Porque a elasticidade-preço da procura mede o quanto a quantidade procurada


responde a variações no preço, ela está estreitamente relacionada com o declive da
curva da procura.
Receita total: é a quantidade paga pelos consumidores e recebida pelos produtores do
bem (RT = P x Q)
Como varia a receita total à medida que nos deslocamos ao longo da curva da
procura? A resposta depende da elasticidade-preço da procura.

Com uma curva da procura inelástica, um aumento do preço leva a uma diminuição na
quantidade, mas proporcionalmente menor. Assim, o rendimento total aumenta
Com uma curva da procura elástica, um aumento do preço leva a uma diminuição na
quantidade, mas proporcionalmente maior. Assim, o rendimento total diminui:

A inclinação (declive) de uma curva da procura linear é constante, mas a sua


elasticidade não é:

Elasticidade-preço cruzada:
A elasticidade-preço cruzada da procura é usada para medir o quanto a quantidade
procurada de um bem reage a variações no preço de um outro bem.
É calculada como a variação percentual na quantidade procurada de um bem (bem 1)
dividida pela variação percentual no preço de outro bem (bem 2):

Diz-nos se os bens são complementares ou substitutos:

Elasticidade-rendimento da procura mede o quanto a quantidade procurada de um bem


responde a uma mudança no rendimento dos consumidores.
É calculada como a variação percentual da quantidade procurada dividida pela
variação percentual no rendimento:

Tipos de bens consoante a resposta a variações no rendimento

Rendimento mais elevado aumenta a quantidade procurada de bens normais, mas


diminui a quantidade procurada de bens inferiores.
Bens que os consumidores consideram como ‘necessários’ tendem a ser rendimento-
inelásticos
‒Exemplos incluem alimentos, combustíveis, vestuário, utilidades e serviços médicos.
Bens que os consumidores consideram como ‘luxos’ tendem a ser rendimento-
elásticos
‒Exemplos incluem automóveis desportivos, peles e alimentos caros.
Atividade 2:
Ao representar a curva de procura de um bem por parte de um indivíduo, qual dos
seguintes elementos não é considerado constante:
O preço do produto em causa.
2. Se o preço do bem X aumentar e a procura do bem Y diminuir, então é porque:
X e Y são bens complementares.
3. Uma descida no preço de um bem, mantendo tudo o resto constante, resulta em, e é
classificado como:
c) Um aumento na quantidade procurada.
4. Quando o rendimento de um indivíduo aumenta, ceteris paribus, a procura
individual por um bem normal:
a) Aumenta.
5. Quando o preço de um bem substituto de X diminui, a procura do bem X:
b) Diminui.
6. A curva de procura de mercado pode ser obtida através da _________ dos(as)
_______ao longo das curvas de procura individuais para cada ____________.
d) adição; quantidades; preço.
7. Qual das seguintes situações não causa um aumento na procura de um bem:
c) Redução no preço do bem
8. A curva da procura representa:
c) O par quantidade - preço que satisfaz os consumidores
9. Qual dos seguintes fatores deslocaria a curva de procura de um bem para a direita?
Uma descida do:
d) Preço de um bem complementar.
10. O Manuel, inesperadamente, recebeu 25000 euros de um tio rico. A partir daí, o
seu consumo de hamburgers diminuiu. Podemos concluir que:
c) Os hamburgers são um bem inferior para o Manuel.
1. Num mercado existem 10 consumidores de melões, cada um com uma curva da
procura dada pela expressão: Qi = 180 – 30P. Determine a curva de procura de
mercado.
Sendo a curva de procura do mercado a soma das curvas de procura individual, então
teremos:
Qi = 10*(180 – 30P)  QM = 1800 – 300P

2. O mercado das maçãs tem uma função procura que pode ser representada por: P =
42 – Q
a) Represente graficamente esta curva de procura.
Para a representação gráfica, basta atribuirmos quaisquer valores a Q (pelo menos 2)
de modo a obtermos o P correspondente, assim identificamos pelo menos 2 pontos que
representam pares preço-quantidade (podem ser mais pontos).
Se Q=0, então P=42 – 0  P = 42
Se Q=2, então P=42 – 2  P = 40

b) Quantas unidades serão procuradas a preço de 50 u.m.? E a um preço de 30 u.m.?


b) Se P=50 => 50 = 42 – Q  Q = -8
Para o preço de 50 u.m., a quantidade procurada é -8. Apesar de matematicamente ser
possível obter um valor negativo de Q, do ponto de visto económico não faz sentido.
Assim, podemos entender que não haverá quantidade procurada para esse preço.
Se P=30 => 30 = 42 – Q  Q = 12. Ao preço de 30 u.m., a quantidade procurada é de
12 unidades.

4. Os valores abaixo representados indicam a quantidade procurada do bem X e o


respetivo preço (em u.m.).
a) Represente graficamente esta curva de procura.

b) O que acontece a esta curva de procura se o rendimento do consumidor


aumentar?
A curva da procura irá deslocar-se para cima/direita (se o bem em causa for um
bem normal) ou
para baixo/esquerda (se for um bem inferior). Esta situação retrata uma
variação na procura.
c) O que acontece a esta curva de procura se o preço do bem x aumentar?
A curva da procura não se altera, apenas ocorrendo uma alteração nas quantidades
procuradas, pois um aumento do preço provocará uma redução na quantidade
procurada, de acordo com a lei da procura (o que se traduz num movimento ao longo
da mesma curva).
5. Represente graficamente as funções procura dadas por:
a) QD = 12 – 2P
P = 0 ⇒ QD = 12 – 2(0) = 12 ⇒ ponto (12, 0)
QD = 0 ⇒ P = 12/2 = 6 ⇒ ponto (0, 6)
c) QD = 20 – 5P
P=0 QD= 20 – 5(0) = 20 = Ponto (20,0)
QD= 0 -» P =20/5= 4 -= Ponto (0.4)
d) P = 2 – 0,5QD

e) P = 10 – 0,2QD

6. Com base na tabela que se segue, represente graficamente a função procura do bem
em causa. Em que medida é que esta curva de procura difere das obtidas no exercício
anterior?

Esta curva de procura não é linear pois as variações na quantidade procurada do bem,
por unidade de variação do preço do bem, não são sempre iguais. Em particular, esta
função mostra que à medida que o preço sobe, a queda na quantidade procurada é cada
vez menor.

7. Suponha que a elasticidade preço da procura por passagens aéreas é 2. O que


aconteceria com a quantidade procurada de passagens aéreas se o preço aumentasse
em 5%?

Se o preço aumentasse em 5%, a quantidade procurada de passagens aéreas teria uma


diminuição de 10%.
Nota: No cálculo numérico da elasticidade-preço da procura o sinal menos por
conveniência sinaliza a relação negativa que existe entre preço e quantidade procurada
(devendo por isso ter se em conta em termos de interpretação, pois sabemos que
aumentos de preço são acompanhadas de redução na quantidade procurada e descidas
de aumentos na quantidade procurada)
8. Qual das curvas da procura, D1 ou D2, representadas na figura representará a curva
da procura por eletricidade de longo prazo? Justifique

D2 será a curva de procura por eletricidade no longo prazo. No longo prazo a curva
pode tornar-se mais elástica, pois os consumidores têm mais tempo para poderem
ajustar as quantidades às variações dos preços.
9. A seguir se apresentam a procura por bilhetes de avião Porto-Madrid por parte de
empresários e turistas

a) Se o preço dos bilhetes aumentar de €200 para €250, qual será a elasticidade
preço da procura para cada um dos grupos de consumidores?

Podemos verificar que, para os empresários, quando o preço dos bilhetes aumenta 1%, a
quantidade procurada desce 0,2%. Por sua vez, para os turistas, um aumento de 1%,
provoca uma descida na quantidade procurada de 1% ***Nota: outra forma de cálculo
seria através da elasticidade no arco ou elasticidade no ponto médio (cujo valor não
depende do ponto a partir do qual ocorre a variação, pois usa o valor médio). Deixamos
esse modo de resolução apenas a título ilustrativo.
b) Justifique porquê os empresários apresentam uma elasticidade preço da procura
diferente da apresentada pelos turistas.
Os empresários no desempenho das suas funções necessitam de deslocar-se e, como tal,
não reagem de forma tão significativa, comparativamente aos turistas, que poderão
encontrar mais facilmente outras alternativas em termos de voos mais baratos, por
exemplo.

10. Para os seguintes pares de bens, explique qual dos bens tenderá a exibir uma
procura mais elástica:
a) Livros técnicos de consulta obrigatória e livros policiais.
b) Músicas de Beethoven ou música clássica em geral.
c) Cigarros Marlboro ou cigarros em geral.

Todos

11. O proprietário de uma lavandaria, em regime de self-service, decidiu aumentar o


preço pela utilização das máquinas de lavar de 1,5€ para 1,75€, devido ao aumento dos
custos com a água e gás. Que percentagem de diminuição nas quantidades procuradas
deste serviço permitirá ao proprietário manter o mesmo nível de receita total, após a
subida do preço? Classifique a elasticidade preço da procura.

12. Responda, justificadamente, às seguintes questões:


a) Se a elasticidade-preço da procura de um bem é 2 quantifique o efeito sobre a
quantidade procurada do bem quando o preço desce 3%.

-2x-3 = 6
b) Se a elasticidade preço-cruzada entre o bem X e o bem Y é -3 que será de esperar
que aconteça ao consumo do bem X quando o preço do bem Y diminui 2,5%?
Classifique estes bens
Como 𝜀𝑝2𝐷 <0, estamos a falar de bens complementares. A redução do preço do bem
Y originou um aumento do consumo do bem X.

c) Se uma redução do rendimento do consumidor em 1,25% provocar um aumento na


procura do bem de 3,75%, determine a elasticidade rendimento e classifique o bem.

Como 𝜀𝑟 𝐷 < 0. A redução do rendimento provoca um aumento na quantidade


procurada do bem em causa, pelo que será classificado com um bem inferior.

As várias formas de mercado – Estruturas de Mercado


É possível fazer a distinção dos mercados, tendo em conta o número de participantes,
ou do lado da oferta, ou do lado da procura, dependendo do comportamento e interação
das empresas no mercado.

Se considerarmos o número de empresas do lado da oferta, encontramos duas situações


a concorrência perfeita e o monopólio (empresa única).

Se considerarmos o lado da procura, podemos encontrar múltiplos consumidores,


alguns ou um (monopsónio).

O comportamento do monopólio depende do tipo de procura, a empresa terá um


comportamento diferente se for para apenas um comprador ou para vários.
As estruturas de mercado distinguem-se pelo grau de concorrência e rivalidade.

Concorrência perfeita
Concorrência imperfeita: monopólio, concorrência monopolística e oligopólio.

A Procura e a Oferta, dão-nos as ferramentas básicas de análise de mercados de


concorrência perfeita, que permitem às entidades económicas:
- Determinar os preços e quantidades comercializadas em determinado mercado;
- Fazer a análise de mudanças no mercado;
- Estimar o efeito causado pela intervenção do Estado na regulação dos preços,
determinar salários mínimos e limitar as quantidades comercializadas;
- Estimar o impacto causado pela tributação e atribuição de subsídios sobre os
consumidores e empresas;

Sem a intervenção do Estado, a procura e a oferta equilibram o mercado determinando


os preços e quantidades comercializadas para cada bem ou serviço.

A evolução dos preços e das quantidades sofrem uma evolução temporal, dependendo
das características particulares da procura e da oferta, e de como respondem às
mudanças que acontecem no enquadramento económico.

Equilíbrio de mercado: Quando o preço chega ao patamar, no qual a quantidade


oferecida é igual à quantidade procurada.
Preço de equilíbrio: Quando num gráfico a curva da oferta e da procura se cruzam
(equilíbrio entre a quantidade oferecida e a quantidade procurada. (não existe escassez
do produto nem excedente, tanto na oferta como na procura). É possível dizer que o
preço de equilíbrio satisfaz em simultâneo compradores e vendedores, visto que o ponto
de equilíbrio é a quantidade máxima possível de comercializar, tendo em conta a oferta
e a procura

Os conceitos de procura de mercado e oferta de mercado tornam esta noção de


interação mais precisa: o preço de um bem num mercado concorrencial é
determinado pela interação da oferta de mercado com a procura de mercado do bem.
‒ quando o conjunto dos consumidores e dos produtores se «encontram» no
mercado, é possível determinar se existe equilíbrio nesse mercado e qual o
preço e a quantidade que compatibilizam os interesses dos vendedores e
dos compradores.

O preço e a quantidade de equilíbrio acontecem no ponto em que as intenções se


encontram, ou seja, quando as curvas se cruzam: PE = $2 e QE = 7 Nota: PE : preço de
equilíbrio; QE : quantidade de equilíbrio

Ao preço de 1.50, a quantidade que os produtores querem vender, é inferior à que os


consumidores querem comprar, assim a procura não se encontra totalmente satisfeita.
Quanto existe falta de produto, por norma o preço sobe. E por um preço mais alto os
produtores querem aumentar a quantidade comercializada, no entanto a quantidade que
os compradores querem comprar diminui. Voltando à
figura, vemos que quando o preço sobe para $2,00 os produtores estão
dispostos a aumentar a quantidade oferecida de 4 para 7. Por sua vez, os
consumidores reduzem a quantidade procurada de 10 para 7. Ao preço PE a
quantidade que os consumidores desejam comprar é exatamente igual à
quantidade que os vendedores desejam oferecer.
Se passarmos para o preço de 2.50, os vendedores estão dispostos a oferecer 10
unidades, mas os compradores só querem comprar 4. Criando uma situação de excesso
de oferta (Surplus), em que os vendedores não conseguem vender toda a quantidade
produzida.
Em situações de excedente, o preço tem tendência a baixar. De facto, ao baixar o preço
os consumidores vão procurar uma quantidade maior enquanto os vendedores vão
reduzir a quantidade oferecida; a quantidade oferecida vai-se aproximando da
quantidade procurada; quando o preço baixa para PE a quantidade procurada é QE e a
quantidade oferecida iguala a quantidade procurada. Dizemos então que o mercado está
em equilíbrio.
Para analisar as variações de equilíbrio do mercado é necessário ter em consideração:
- Se o evento desloca a curva da procura ou da oferta ou das duas;
- Se as curvas de deslocam para a direita ou para a esquerda;
- Aplicar gráficos da procura e da oferta, para verificar como a mudança altera o preço
e a quantidade do equilíbrio;

O aumento ou a diminuição da procura tem origem em diversos fatores (Tema2). O


aumento da procura move a curva da procura para a direita, no caso de não haver
alterações na quantidade oferecida. Assim o ponto de equilíbrio muda com o aumento
da pocura
O equilíbrio inicial correspondia a PE 1 = $2,00 e QE 1 = 7, agora o novo equilíbrio corresponde a PE 2
= $2,50 e QE 2 = 10.
Analisemos agora o efeito sobre o equilíbrio do mercado de uma diminuição da oferta.
Como sabemos, um diminuição (ou aumento) da oferta pode ter origem em vários
fatores (já analisados no Tema 3).
 Consideremos aqui uma diminuição da oferta de gelados como resultado da
ocorrência de um sismo.
 A diminuição da oferta de um bem traduz-se, graficamente, numa deslocação da
curva da oferta para a esquerda (de S1 para S2 ). Admitindo que não ocorrem alterações
do lado da procura, a diminuição da oferta faz com que o equilíbrio mude, aumentando
o preço e diminuindo a quantidade de equilíbrio.
 O equilíbrio inicial correspondia a PE 1 = $2,00 e QE1 = 7, agora o novo equilíbrio
corresponde a PE 2 = $2,50 e QE 2 = 4.
Imaginemos, por exemplo, que se regista um aumento da procura de gelados
(de D1 para D2) em resultado da subidas das temperaturas mas que, em
simultâneo, ocorre uma redução da oferta (de S1 para S2 ) em consequência do sismo..
Considere o mercado de refrigerantes caracterizado pelas seguintes funções de procura
e oferta:
𝑃 = 20 − 2𝑄 𝐷 e 𝑃 = 10 + 3𝑄
𝑆
i. Determine o equilíbrio de mercado e represente graficamente.
O equilíbrio de mercado é caracterizado pela igualdade entre a procura e a oferta de
mercado (QD=QS). Assim:
20 − 2𝑄 = 10 + 3𝑄 20 − 10 = 3𝑄 + 2𝑄 10 = 5𝑄 𝑄𝐸 = 2
Para 𝑄𝐸 = 2, então 𝑃𝐸 = 16 (substituindo na função oferta ou na função procura
obtemos o preço de equilíbrio, 𝑃𝐸)
Na função procura: 𝑃 = 20 − 2 (2) = 16
Na função oferta: 𝑃 = 10 + 3(2) = 16
ii. Qual será a quantidade transacionada ao preço de 19? E ao preço de 12?
 Ao preço P = 19 os vendedores estão dispostos a oferecer 3 unidades do bem, mas os
consumidores só estão dispostos a comprar 0,5 unidades; há excesso de oferta; a
quantidade transacionada é de 0,5 unidades de bem.
Se P = 19:
Na função procura: 19 = 20 − 2𝑄 = 19 − 20 = -1 –(2𝑄)= −2𝑄 Q𝐷 = 0,5 (=-1/2)
Na função oferta: 19 = 10 + 3𝑄 19 − 10 = 3𝑄 9 = 3𝑄 𝑄𝑆 = 3 (=9/3)

Ao preço P = 12 os vendedores só estão dispostos a oferecer,


aproximadamente 0,7 unidades do bem, mas os consumidores estão dispostos a
comprar 4 unidades; há excesso de procura; a quantidade transacionada é de 0,7
unidades de bem

Mercado competitivo: Existe vários compradores e vendedores, e cada um exerce


pouco impacto nas alterações de mercado.

Concorrência Perfeita:
- O setor tem múltiplos vendedores e compradores; (atomicidade)
- Os compradores não encontram diferenças entre os bens vendidos por diferentes
vendedores; (homogeneidade)
- Os consumidores têm total informação sobre os preços praticados pelos vendedores,
sobre a qualidade do bem e outras condições do mercado (informação perfeita –
transparência)
- Os vendedores/produtores do mesmo setor têm acesso igual aos recursos disponíveis
(tecnologia/fatores de produção etc) entrando e saindo livremente do mercado (ausência
de barreiras)
Cada comprador e vendedor percebe o preço de mercado como ‘dado’.
Compradores e vendedores devem aceitar o preço determinado pelo mercado – são
tomadores do preço (Price Takers).
‒ Dado que os produtores aceitam o preço como dado (o preço estabelecido
pelo mercado), a curva da procura que cada produtor enfrenta é uma linha
horizontal ao nível desse preço (procura perfeitamente elástica). Só existe
procura para aquele preço.
Como vimos no Tema 3, a empresa concorrencial aumentará a oferta até que a curva do
custo marginal intersete a curva do preço que corresponde, como
vimos, a receita marginal (nota: a condição P = Cmg ocorre para empresas em
concorrência perfeita).
 Observa-se também que:
‒ Como o preço é dado, então a receita total (RT) é proporcional à
quantidade da produção.
‒ Sendo a Receita Média (Rmed) dada por RT/Q = (P x Q) / Q = P, em
concorrência perfeita a receita média é igual ao preço do bem.
‒ Sendo a Receita Marginal (Rmg) a mudança na receita total em resultado
de uma unidade adicional vendida dada por Rmg =RT / Q, para as
empresas competitivas, a receita marginal é igual ao preço do bem.
A figura mostra como uma empresa competitiva responde a um aumento no
preço. Quando o preço é P1, a empresa produz a quantidade Q1 (P=Cmg).
Quando o preço sobe para P2, a empresa descobre que a receita marginal é
agora maior do que o custo marginal ao nível anterior de produção, então a
empresa aumenta a sua produção. A quantidade que agora maximiza os lucros é Q2, em
que o custo marginal é igual ao preço novo e mais elevado.

A figura seguinte (Porto, 2019: 137) apresenta as curvas da oferta e procura do


mercado e a situação de equilíbrio (P1 e Q1). No gráfico da direita encontramos a
situação de maximização do lucro para a empresa, para a qual a quantidade oferecida
(q1), corresponde à interseção da curva da oferta com o preço, verificando-se assim a
condição: P = Cmg = Rmg.
A existência de lucro pressupõe que a empresa considere o custo médio
(Cmed), sendo o lucro dado por: Q x (P-Cmed)

Pela análise da figura percebe-se que existe lucro (>0), pois P1 > Cmed (graficamente
o lucro corresponde a área a sombreado).
Dada a situação de lucro e a possibilidade de empresas entrarem e saírem livremente,
muitas empresas, considerando o mercado atrativo, entrarão no mercado fazendo
aumentar a oferta, tal se refletirá numa descida do preço de mercado.
A diferença entre o preço (P) e o custo médio (Cmed) diminuirá, diminuindo assim o
lucro. O aumento da oferta só deixa de acontecer quando o mercado deixa de ser
atrativo – o que ocorre quando P = Cmed (na figura isto ocorre quando se chega à
oferta S2, levando ao estabelecimento do preço P2).
No ponto em que o preço é igual ao mínimo do custo médio, a empresa está a produzir
com lucro nulo.

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