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Economia Ambiental –

34 h/a
Profª. Jessica Ferreira da Silva
Engenheira ambiental
E-mail: jes_ferreira@yahoo.com.br
Economia do BEM-ESTAR
• Incorreto calcular os custos de produção apenas em termos dos custos que
oneram exclusivamente o produtor privado;

Desemprego;

Dano à saúde;

Ruído e fumaça invadem vizinhança;


Economia do BEM-ESTAR
• Incorreto calcular também os ganhos da produção exclusivamente em
termos de lucros privados;

Êxito de uma empresa, não é necessariamente


vantajoso para a sociedade
Economia do BEM-ESTAR
• Bem-estar  programas de auxílio a indivíduos de baixa renda;

ECONOMIA DO BEM-ESTAR explica como identificar e


alcançar alocações de recursos socialmente eficientes.
Ótimo Social
• Como já mencionado, o objetivo da Economia do Bem-Estar é estudar a
alocação eficiente de recursos por uma sociedade;
• Maximiza o bem estar de produtores e consumidores;
• Ótimo de Pareto – Ótimo Social  As atividades dos agentes econômicos
será capaz de aumentar o bem-estar de pelo menos um indivíduo, sem que
alguém seja prejudicado.
Ótimo Social
• Mercado perfeitamente competitiva  HIPÓTESE ABSTRATA
• Tal mercado só é possível nestas condições:
a) Produtos são exatamente iguais;
b) Preço fosse igual ao custo marginal
c) Não existem custos de transação;
d) Não existem barreiras para o ingresso de novos consumidores e/ou produtores
de mercado;
e) Os recursos são móveis e divisíveis.
“Ótimo de Pareto”
• FALHA  só é atingido no caso de todos os preços estarem sujeitos ás
condições de um mercado perfeito;
• Hicks (1946)  o “ótimo” é a alocação dos recursos de tal forma que a
melhoria do bem-estar de algumas pessoas seja suficiente para compensar
a redução do bem estar de outras e ainda permitir um saldo de positivo de
benefícios.
• Porém, este acaba se aproximando ao ótimo paretiano...
Pearce (1989)
• Estamos falando do bem estar de quem? (A resposta poderia ser
incremento do bem estar da presente geração mas tais efeitos nos custos
futuros serão transferidos para as futuras gerações);
• Quão longe é esse futuro?
• Exclusividade do bem estar humano
• Aumentar o bem estar imediato e não a longo prazo
Pearce (1989) em resumo diz ...
• ATENÇÃO para o fato de que a estimativa dos benefícios em moeda é
uma forma de usar uma régua de medir. Todavia, não pode-se esquecer
que, ao longo prazo, termos de moeda não se apresentarem apoiadas em
valores e políticas ambientais que garantam a conservação.
Serviços e Bens Ambientais
• Utilidade aos bens que compõem a renda nacional  facilmente
percebido;
• Utilidade aos serviços prestados pelo meio ambiente  menos enfatizado;
• Assimetria no consumo dos dois tipos de bens;
(a) Intersecção qualidade ambiental
original e renda original;
(b) Manutenção total da qualidade
ambiental original com a
implantação de um pólo industrial
rigorosamente controlado, o qual
permite um aumento da renda
regional;
(c) Aumento da renda proporcionado
pela implantação de um pólo
pouco rigoroso com a proteção
ambiental, levando a uma queda
da qualidade dos serviços
prestados pelo meio ambiente.
Serviços e Bens Ambientais
• DECISÕES SOCIAIS estarão ligadas ao valor marginal que é atribuído a
um e outro tipo de serviço (produzidos e ambientais) por uma determinada
comunidade;
• Comparar no todo o custo adicional com o benefício adicional ( não se
escolhe entre ar limpo e ar sujo);
Externalidades
•  O efeito do impacto das ações de um agente econômico sobre o bem-estar
de outros agentes econômicos que não estão diretamente relacionados a esta
ação ou que não tomam parte da ação;
• Externalidades são falhas de mercado;
• Com externalidades, o interesse da sociedade em relação a um resultado de
mercado vai além do próprio mercado. Inclui também o bem-estar das
demais pessoas afetadas;
• Assim, em situações de existência de externalidade o governo pode
melhorar ou potencializar os resultados de mercado.
MERCADO SEM EXTERNALIDADE
• Em um mercado, sem intervenção do
governo, o preço do produto se ajusta
para equilibrar/coordenar oferta e
demanda.
• Ou seja, coordena a quantidade
comercializada ao confrontar o custo
privado das empresas de produzir com
o benefício ou valor privado avaliado
pelos consumidores deste mercado.
MERCADO SEM EXTERNALIDADE
EXEMPLO

• Uma empresa produzindo medicamentos;


• Custo social de (Benefício Privado) produzir medicamentos  é da
empresa;
• Benefício social  é dos consumidores.
Externalidade Negativa
•  Se o efeito deste impacto causado pela externalidade for adverso/danoso,
temos uma externalidade negativa.

Ex: Quando uma empresa polui os rios de uma cidade para efetivar
sua produção. Gera custo adicionais para a sociedade;
Externalidade Positiva
• Se o efeito deste impacto causado pela externalidade for benéfico, temos
uma externalidade positiva.

Ex: Desenvolvimento de novas tecnologias. Gera benefícios


adicionais que transcendem indivíduos que desenvolveram a
tecnologia.
MERCADO COM EXTERNALIDADE
NEGATIVA NA DEMANDA
• Se compradores em sua atividade de compra geram custos que não são
absorvidos apenas por quem compra neste mercado em questão, estará
gerando externalidade negativa;
• O benefício privado do indivíduo esta sendo super avaliado se comparado
com o benefício social, dado que não esta considerando ou descontando os
custos que tal consumo implicará;
MERCADO COM EXTERNALIDADE
NEGATIVA NA DEMANDA
• Como a externalidade gera um custo social maior que o custo privado das
empresas haverá divergência entre os preço e quantidade de equilíbrio
definido pelo ótimo de mercado, e o preço e quantidade ótimos para a
sociedade como um todo;
• Como fazer para “incentivar” as empresa a produzir no nível de ótimo
social ? Internalizar os “custos externos” frutos de externalidades por
meio de impostos, taxas ou multas relativas a quantidade produzida
(custos externo gerados).
MERCADOCOM EXTERNALIDADE
POSITIVA NA DEMANDA
• Se uma empresa durante sua atividade de produção ou venda gerar
benefício que não são inteiramente absorvidos só por este mercado, mas
são absorvidos pela sociedade; esta empresa esta gerando externalidade
positiva.;
• Se compradores em sua atividade de compra geram benefício que não são
absorvidos apenas por quem compra neste mercado em questão, estará
gerando externalidade positiva;
• Beneficio social > beneficio privado.
MERCADOCOM EXTERNALIDADE
POSITIVA NA DEMANDA
• EXEMPLO: se a empresa de medicamentos desenvolver um novo método
purificar a água geram um benefício tecnológico que pode ser aproveitado
por pessoas fora do mercado de medicamentos, ela estará gerando
externalidade positiva. Ou seja, esta gerando benefícios pra sociedade.
Resumo
EXTERNALIDADES E INEFICIÊNCIA DE
MERCADO:SOLUÇÕES PRIVADAS
• Em alguns casos, o “problema” das externalidades podem ser solucionados por meio de
códigos morais ou sanções sociais.
 Ex: Pessoas podem não jogar lixo na rua porque acha que é “a coisa errada de se
fazer” ou porque entendem as consequências amplas deste ato.
 Ex: Pessoas realizam doações para instituições de suporte social porque acham
que é “a coisa errada de se fazer” ou porque entendem as consequências amplas
deste ato.
Podem seguir o lema: “Não faça aos outros o que não quer que façam a você”.
EXTERNALIDADES E INEFICIÊNCIA DE
MERCADO:TEOREMA DE COASE
• Se agentes privados podem negociar sem custos a alocação de recursos,
então o mercado privado sempre resolverá o problema das externalidades
e alocará eficientemente os recursos;
• Indivíduos podem e irão internalizar custos ou incentivar a externalização
de benefícios buscando a melhor alocação de recursos ou melhor bem-
estar social.
EXTERNALIDADES E INEFICIÊNCIA DE
MERCADO:TEOREMA DE COASE
• Resumindo, qualquer que seja a distribuição de direitos, as partes
interessadas (Stakeholders) podem sempre chegar a um acordo em que
cada uma das partes fique em melhor situação e o resultado seja eficiente;
• Isso nem sempre ocorre por que existem custos de transação para que o
melhor resultado seja atingido;
• Custos de transação = custos que as partes interessada incorrem para
efetivar a negociação que leva ao melhor resultado social.
Efeito Externalidades no Meio Ambiente
a) Atividades produtivas;
b) Saúde;
c) Propriedades e bens materiais;
d) Vegetação;
e) Solo
f) Vida animal;
g) Valores estéticos e culturais;
Efeito Externalidades no Meio Ambiente
• Todas estas perdas envolvem custos sociais e não devem ser ignoradas na
avaliação de projetos;
• Para os efeitos ambientais serem incluídos nas análises econômicas, é
preciso reconhecer o meio ambiente como um insumo sujeito à escassez
e , portanto, com custo alternativo que não seja nulo;
Efeito Externalidades no Meio Ambiente
• A busca dos métodos para estas avaliações vem consumindo grande parte
do tempo dos economistas especializados em meio ambiente, que para
atingir seus objetivos dependem:
(a) da superação da carência de informações;
(b) da compreensão dos níveis toleráveis de poluição;
(c) da compreensão dos níveis de tecnologias de controle.

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