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Introdução à Economia

Teoria do Consumidor

Pedro Sabino

pedro.sabino@cefetmg.br

1º semestre de 2023

Pedro Sabino (pedro.sabino@cefetmg.br) Introdução à Economia 1º semestre de 2023 1 / 27


1 Introdução

2 Teoria Utilitarista - Preferências e Função Utilidade

3 Restrição Orçamentária - conjunto factível de compras

4 Problema de Escolha do Consumidor

Pedro Sabino (pedro.sabino@cefetmg.br) Introdução à Economia 1º semestre de 2023 2 / 27


Introdução

Demanda e Teoria do Consumidor

Demanda é a quantidade de um determinado bem ou serviço que um consumidor (ou o conjunto


deles) deseja adquirir em determinado período de tempo, dado sua renda, sua preferência (gosto)
e os preços do bem e produtos relacionados.

Teoria do Consumidor é o campo que estuda como o consumidor aloca sua renda dentre as
possíveis opções de bens ou de serviços a serem comprados.
Em particular, a Teoria do Consumidor o processo de escolha entre os trade-offs. Uma vez que a
renda é limitada, o consumidor precisa definir as quantidades de cada item que ele consome.

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Introdução

Teoria do Valor do Trabalho × Teoria do Valor Utilitarista

A Teoria do Valor do Trabalho antecedeu a Utilitarista, sendo desenvolvida pelos economis-


tas clássicos (Malthus, Smith, Ricardo, Marx). Ela considera que o valor de um bem se dá
pelo lado da Oferta, mediante o custo do trabalho incorporado ao bem durante a sua produção.
Nesse sentido, é uma teoria objetiva, focada no "custo" da produção como determinante do
valor "natural" do bem, em torno do qual o preço de troca desse bem irá oscilar conforme as
dinâmicas do mercado.

A Teoria do Utilitarista veio complementar a Teoria do Valor do Trabalho ao considerar o lado


da Demanda. Ela distinguiu claramente a diferença entre:

Valor de Uso - É a utilidade ou satisfação que o bem representa para o consumidor.


Valor de Troca - Formada pelo encontro entre Oferta e Demanda do bem ou serviço.

Na visão utilitarista, prepondera a visão do consumidor, o qual irá definir subjetivamente o


valor do bem ou serviço conforme sua Utilidade (i.e., grau de satisfação ou bem-estar conce-
dido ao consumir esse bem ou serviço).

Pressuposto básico da Teoria do Consumidor:


O consumidor busca maximizar a sua Utilidade (conforme a Teoria Utilitarista) ao decidir sobre a
quantidade consumida de um bem em detrimento aos demais, sujeito à sua restrição orçamentária
e aos preços de mercado.

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Teoria Utilitarista - Preferências e Função Utilidade

Preferências e Função de Utilidade

As preferências de um consumidor pode ser descritas formalmente (matematicamente) através


das seguintes notações:
Seja X = {Laranja, Banana, Maçã, ... } o conjunto de bens que ele pode consumir, a preferência
de um indivíduo será representada pela relação algébrica % sobre o conjunto X , i.e.,

Banana % Maçã - se ele prefere uma banana a uma maçã;


Banana ∼ Maçã - se ele é indiferente entre uma banana ou uma maçã; e
Banana  Maçã - se ele é prefere estritamente uma banana a uma maçã.

Uma hipótese usualmente assumida é que essas relações são completas (para qualquer par de
bens (x, y ) tem-se x % y ou y % x) e transitivas (se x % y ou y % z então x % z). Isso permite
que as relações de preferência sejam representadas por Funções de Utilidade, i.e., funções reais
u : X → R onde:

x % y ⇔ u(x) ≥ u(y ). (1)

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Teoria Utilitarista - Preferências e Função Utilidade

Função Utilidade Univariada

Considere que um indivíduo consome x unidades de um único bem. Geralmente, o consumidor


fica mais feliz ao aumentar o seu consumo, mas quanto maior for este consumo x, menor será o
ganho adicional de mais uma unidade de consumo.

Formalmente, u(x) < u(x + 1) mas [u(x) −


u(x − 1)] > [u(x + 1) − u(x)] ou, pas-
0
sando o limite, u (qi ) = UMg(qi ) > 0 e
00 0
u (qi ) = UMg (qi ) < 0 onde UMg é a
chamada Utilidade Marginal.
Por exemplo, considere
√ a função de utilidade
u(x) = 2x 1/2 = 2 x exposta ao lado.

Quanto maior for x, maior será u(x). Todavia, o crescimento em u(x) é cada vez menor. Fazendo
uma analogia, por mais que um consumidor queira beber aguá, a cada gole que ele consome,
ele fica mais saciado/saturado. Assim, a cada gole seu bem-estar/satisfação aumenta mas esse
ganho é cada vez menor.
Pergunta: por que a água, tão necessária à vida humana, é muito mais barata que o diamante?

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Teoria Utilitarista - Preferências e Função Utilidade

Função Utilidade Multivariada

Considere que o consumidor possa


consumir dois itens, x e y . Assim
como no caso univariado, seu bem-
estar irá crescer se ele aumentar o con-
sumo em qualquer um dos itens, mas
esse crescimento será gradativamente
menor. Portanto, a função de utilidade
multivariada terá a forma ao lado.

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Teoria Utilitarista - Preferências e Função Utilidade

Função Utilidade Multivariada


Por sua vez, a avaliação do crescimento do consumo em uma única variável é feita através da
análise parcial. Por exemplo, considere que o consumo de x seja fixado em 4. A variação da
utilidade devido à variação no consumo de y será dado por v (y ) = u(4, y ) = 41/2 · y 1/2 = 2y 1/2 .

Pergunta: A função v (y ) será diferente se x tiver outro valor diferente de 4?


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Teoria Utilitarista - Preferências e Função Utilidade

Curva de Indiferença
A função de utilidade multivariada permite avaliar as variações no bem estar do consumidor ao
alterar a quantidade consumida com cada item. Um problema recorrente é avaliar subistituições
de um item por outro nesse consumo. Nesse caso, a análise pode ser simplificada através da
adoção de Curvas de Indiferença (semelhante às curvas de nível) entre as diferentes cestas de
consumo (x, y ) disponíveis. Por exemplo,

Temos A = (2; 6), B = (3; 4) e assim sucessivamente. Todas as cestas na curva U1 possuem
a mesma utilidade, i.e., U(A) = U(B) = U(C) = U(D). Nesse caso, o consumidor é indiferente
quanto à adquirir a cesta A, a B, a C ou a D.
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Teoria Utilitarista - Preferências e Função Utilidade

Curva de Indiferença

Geralmente, a Utilidade cresce a medida que aumentamos a quantidade consumida de ambos os


itens na cesta (pois UMgi (qi , qj ) > 0).
Por exemplo,

Neste caso, temos U1 < U2 < U3. Ou seja, o consumidor prefere a cesta H em relação à cesta G
que é preferida às cestas A, B, C e D.

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Teoria Utilitarista - Preferências e Função Utilidade

Função de Utilidade e Curvas de Indiferença

1/2 1/2
Ilustrativamente, considere a função de utilidade U(x1 , x2 ) = x1 x2 . A representação dessa
função de utilidade como curva de indiferença se dá à direita, na figura abaixo:

Pergunta: Em qual direção se dá o aumento da utilidade (satisfação) do consumidor?

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Teoria Utilitarista - Preferências e Função Utilidade

Alguns Tipos de Curvas de Indiferença

As curvas de indiferenças apresentadas anteriormente são "bem comportadas" (estritamente con-


vexas e diferenciáveis em todos os pontos). Abaixo, apresentamos alguns casos especiais:

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Restrição Orçamentária - conjunto factível de compras

Restrição Orçamentária

Restrição Orçamentária é o montante R de renda que um consumidor tem a sua disposição


gastar com um conjunto de bens, delimitando suas possibilidades de consumo.

Isto é, dados os valore da renda R e dos preços px e py , a linha de preços ou reta orçamentária
R = y · py + x · px ,
é a fronteira das combinações (x, y ) de quantidades dos respectivos bens, que o consumidor
consegue comprar. Ainda, observem que:

ymax é o máximo do produto y que este con-


sumidor pode comprar, abrindo mão do con-
sumo de x (i.e., x = 0) tem-se ymax =
R−xpx
p
= pR . Da mesma forma, tem-se
y y
R
xmax = px
.

Os pontos na linha orçamentária são as


combinações de (x, y ) que exaurem a renda
R.
A inclinação da curva é dada por − ppx (ob-
y
servem que podemos reescrever a equação
da renda como y = pR − ppx · x).
y y

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Restrição Orçamentária - alterações na renda ou nos preços
Exemplo: Considere que um consumidor tenha um orçamento de R$ 200,00 para gastar com y
unidades de camisas ou x de calças. Ainda, considere que cada camisa custa R$ 10,00 e cada
calça custa R$ 20,00. Portanto, a restrição orçamentária é de

200 = 10 · y + 20 · x ou y = 20 − 2 · x

Como será o impacto de um aumento de R$ 200,00 no orçamento? E de uma redução no preço


das calças para R$ 10,00?
Alteração na renda: teremos a nova re- Alteração no preço: teremos a nova re-
strição orçamentária de strição orçamentária de
400 = 10 · y + 20 · x 200 = 10 · y + 10 · x
Restrição Orçamentária - conjunto factível de compras

Exercício

Dados p1 = 1, p2 = 2 e R = 16, pede-se:

A) Desenhe a linha de preços.


B) Qual o valor da inclinação da linha de preços?
C) Se o consumidor resolve gastar tudo em q1 , qual a quantidade que ele pode comprar de q2 ?
D) Suponha que a linha aumente para 20, desenhe a nova linha de preços.
E) Qual o valor da declividade da nova linha de preços?
F) Suponha que p1 aumente para 2 e mantenha-se p2 = 2 e R = 16. Desenhe a nova linha de
preços e o valor da sua declividade.

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Problema de Escolha do Consumidor

Introdução

Seja (x ∗ , y ∗ ) a cesta que combina as quantidades consumidas/compradas pelo consumidor que


maximiza sua satisfação (medida em Utilidade). Intuitivamente, a cesta ótima será aquela que
alcança a curva de indiferença de maior nível (mais a direita) sujeito à restrição orçamentária que
delimita suas possibilidades de consumo.

Algumas perguntas imediatas são:


É possível que este (x ∗ , y ∗ ) se
encontre fora da linha da re-
strição orçamentária?
Quais condições matemáticas
permitem identificar o ponto
ótimo? Qual é a interpretação
dessas condições?
Qual a interpretação da incli-
nação em B?

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Taxa Marginal de Substituição
A Taxa Marginal de Substituição (TMS) entre dois bens é a taxa de intercâmbio entre um bem
por outro que mantém o mesmo nível de satisfação (Utilidade) do consumidor. Ela mede o quanto
um indivíduo atribui a uma unidade extra de um bem em termos de outro bem.
Formalmente, considere dois pontos (cestas de consumo) Z e W quaisquer dentro da mesma
curva de indiferença, teremos:
∆y
TMS(Z , W ) = ∆x
ou,
dy UMgx (Z )
TMS(Z ) = dx
= se u(·) for diferenciável.
UMgy (Z )

Características da curva de indiferença


padrão (convexa e diferenciável):

Inclinação negativa; e
Convexidade em relação à origem.

Nesse caso, a TMS diminui gradativamente


ao longo da curva (convexa).
Pergunta: O que isso reflete?
Problema de Escolha do Consumidor

Equilíbrio do Consumidor - Formulação algébrica

Problema de Otimização do Consumidor


Maximizar sua Função de Utilidade observando o conjunto de cestas de bens que ele pode com-
prar, dada a sua restrição orçamentária.

Formalmente, o problema de otimização é dado por:


Max u(x, y ) (2)
s.a. px x + py y ≤ R.
A função Lagrangiana desse problema é L = u(x, y ) − λ(px x + py y − R). Logo, as condições de
primeira ordem são:
∂L ∂u(x,y ) UMgx
=0 ⇒ ∂x
= 0 ⇒ UMgx − λpx = 0 ⇒ λ = px
∂x
∂L ∂u(x,y ) UMgy
=0 ⇒ ∂y
= 0 ⇒ UMgy − λpy = 0 ⇒ λ = py
(3)
∂y
∂L
=0 ⇒ px x + py x − R = 0 ⇒ px x + py y = R
∂λ
UMgx px
Ainda, podemos sintetizar a primeira com a segunda, através de TMS = UMgy
= py
. Por fim, a
solução desse problema de otimização consiste no par (x ∗ , y ∗ ), tal que:
(
UMgx
UMgy
= ppx
y (4)
R = px x + py y
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Problema de Escolha do Consumidor

Exercício

Um consumidor tem uma renda mensal de R$ 1.000,00 destinada ao consumo de dois bens, cujos
respectivos preços são px = R$ 100,00 e py = R$ 200,00. Se as preferências do consumidor podem
ser expressas pela função de utilidade u(x, y ) = xy , onde x e y são as quantidade consumidas
dos respectivos bens, qual será a escolha ótima (x ∗ ; y ∗ ) desse consumidor.

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Problema de Escolha do Consumidor

Equilíbrio do Consumidor - Funções de Utilidade Especiais

Para funções ditas “bem comportadas” (convexas), a formulação anterior é suficiente para encon-
trarmos a escolha ótima do consumidor

Adiante, veremos classes de funções de utilidade relativamente comuns que demandam cuidados
especiais na definição da escolha ótima do consumidor. São elas:

Substitutos Perfeitos - u(x; y ) = x + y ;

Preferências Quase Lineares - u(x; y ) = x + v (y ) (nesse caso, a TMS dependerá apenas do


bem 2);

Complementos Perfeitos - u(x; y ) = min{x; y }.

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Problema de Escolha do Consumidor

Substitutos Perfeitos

Substitutos Perfeitos são representados por funções de utilidade similares a u(x; y ) = x + y .


Nesses casos, o problema será representado por:

A solução será dada por:


(
R
px
se px < py
x=
0 se px > py
(
0 se px < py
y= R
se px > py
p y

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Problema de Escolha do Consumidor

Preferências Quase Lineares

Complementos Perfeitos são representados por funções de utilidade similares a u(x; y ) = x +v (y ).


Nesses casos, o problema será representado por:

A solução será dada por:


(
TMS(x ∗ , y ∗ ) = UMg
UMg2
x
= 1
v 0 (y )
= px
py
∗ ∗
px x + py y = R

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Problema de Escolha do Consumidor

Complementos Perfeitos

Complementos Perfeitos são representados por funções de utilidade similares a u(x; y ) = min{x; y }.
Nesses casos, o problema será representado por:

A solução será dada por: 


x =y
px x + py y = R

R
Portanto, x ∗ = y ∗ = .
p1 + p2

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Problema de Escolha do Consumidor

Demanda Individual

O processo de escolha ótima entre dois bens (ou mais) pode ser relacionado à Demanda Individual
desse consumidor sobre qualquer um dos bens avaliados.

Por exemplo, considere a função de utilidade Cobb-Douglas definida por u(x; y ) = cx a y b . Como
a−1 b
(
UMgx
UMgy
= acx y
bcx a y b−1
ay
= bx = ppx
y
R = px x + py y

Resolvendo o sistema de equações acima, tem-se:


aR
( ∗
x = (a+b)p
x
bR
y∗ = (a+b)py

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Problema de Escolha do Consumidor

Efeito Substituição e Efeito Renda

Mudanças nos preços ou na renda afetam o conjunto de possibilidades de compra do consumidor.


Consequentemente, tais variações afetam a escolha ótima do indivíduo.

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Problema de Escolha do Consumidor

Efeito Substituição e Efeito Renda

Observe que o aumento de x1 para x2 é devido a dois efeitos:

Efeito Substituição: como X se tornou relativamente mais barato do que Y , haverá um


aumento na quantidade consumida do primeiro em substituição a uma redução no consumo
do segundo.
Efeito Renda: com a queda em px , o poder aquisitivo do consumidor aumenta, permitindo
que ele compre mais do bem - e, exceto em casos particulares, esse aumento no poder
aquisitivo permitira que ele compre mais do outro bem também.

O efeito substituição sempre será oposto, um aumento (redução) no preço do bem reduzirá (au-
mentará) sua demanda.

Já o efeito renda, há duas possibilidades:

Bens Normais - um aumento (redução) na renda percebida fera maior (menor) demanda pelo
bem.
Bens Inferiores - um aumento (redução) na renda percebida fera menor (maior) demanda pelo
bem.

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Problema de Escolha do Consumidor

Bens de Giffen

Em particular, no caso de bens inferiores, o efeito renda pode ser maior - em termos absolutos -
do que o efeito substituição. Consequentemente, o efeito total de uma queda (alta) no preço será
a (o) redução (aumento) da demanda pelo bem - caso denominado como Bem de Giffen.

No gráfico, uma redução de px causa uma queda no consumo de X - portanto, um bem de Giffen.

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