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INSTITUTO SUPERIOR DE FORMAÇÃO, INVESTIGAÇÃO E CIÊNCIA

(ISFIC)

Licenciatura em Contabilidade e Auditoria

1⁰Ano -Pós-laboral
2⁰ - Semestre
Cadeira: Introdução a Economia
Tema: Teoria do Consumidor

Discentes:
Ezio Josselino Alexandre
Moisés Mário Mangaze
Ernesto Francisco Xerinda
Felismina Ivan Mulungo
Nilton Ernesto Vilanculos

Maputo aos 29 de Novembro de 2023


Índice
1. Introdução............................................................................................................................................1

1.1. Objectivos....................................................................................................................................1

1.1.2. Objectivos Específicos.........................................................................................................1

1.2. Metodologia.................................................................................................................................1

2. Revisão da literatura............................................................................................................................2

2.1. Teoria do consumidor..................................................................................................................2

2.2. Tipos de Abordagem....................................................................................................................3

2.3. Curva da Indiferença....................................................................................................................4

2.3.1. Propriedades das Curvas de Indiferença..............................................................................5

3. Referencias Bibliográficas.............................................................................................................10
1. Introdução

A Teoria do Consumidor é um ramo da microeconomia que estuda como os consumidores


tomam decisões de compra com base em suas preferências, restrições orçamentárias e outros
fatores. Esta teoria é fundamental para entender a demanda do mercado, a formação de preços e a
resposta dos consumidores às mudanças nas condições econômicas. A teoria assume que os
consumidores são racionais e buscam maximizar sua utilidade - ou satisfação - sujeita a
restrições orçamentárias. Ela explora conceitos como utilidade, curvo de indiferença, equilíbrio
do consumidor e efeitos de substituição e renda.

O estudo da teoria de consumo apresenta grande importância uma vez que os princípios gerais
proporcionam as bases para a análise dos custos da oferta dos bens produzidas. Além disso, tais
princípios se constituem também em peças fundamentais para análise dos preços e quantidades
dos factores assim como da sua alocação entre os diversos usos alternativos na economia.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral.
 . Compreender os princípios fundamentais da Teoria do Consumidor

1.1.2. Objectivos Específicos


 Apresentar conceitos de Teoria do consumidor;
 .Trazer abordagens da teoria de consumidor;
 Compreender a Curva da Indiferença.

1.2. Metodologia
Para Gil (2006:26), Metodologia é o caminho para se chegar a um determinado fim. É um
método científico como o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adoptados para
atingir o conhecimento.
Para a elaboração deste trabalho recorreu-se à fontes bibliográficas já publicadas, tais como:
livros e trabalhos de fim de curso que tratam da área das ciências económicas e administrativas.

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2. Revisão da literatura

2.1. Teoria do consumidor


A teoria da escolha do consumidor examina os Tradeoffs com as quais os indivíduos se deparam
no papel do consumidor. Quando um consumidor compra maior quantidade de um bem, ele tem
que comprar menos de outros bens. Quando ele despende mas tempo com lazer e menos tempo
com trabalho, sua renda e menor e lhe permite menos consumo. Quando gasta mais no presente e
poupa menos, deve aceitar um consumo futuro menor.

Segundo Mankiw (2001;p.464) "a teoria da encolha do consumidor examina como o consumidor
que enfrentam o Tradeoffs tomam decisões e como reagem a mudança em seu ambiente".

Definição de consumidor

Para a teoria maximalista, um consumidor passa a ser consumidor a partir do momento em que
ele tire o produto do mercado, sendo ele para uso próprio ou para revenda. Ou seja, a partir do
momento em que uma pessoa compra uma bala no mercado, ela já passa a ser considerado um
consumidor. Ao contrário da teoria maximalista, a teoria finalista entende que um consumidor só
será considerado consumidor quando ele retirar um produto ou serviço do mercado fazer uso
próprio, não havendo uma revenda, ou seja, sem que o produto seja colocado novamente no
mercado. Assim como a teoria finalista, a teoria finalista moderna só considera um consumidor
se ele retira um produto do mercado para uso próprio sem que o produto seja utilizado como
insumo. No entanto, essa teoria aceita que tanto pessoas físicas como pessoas jurídicas possam
ser consideradas consumidoras, desde que ao adquirir um produto ou serviço ele seja o
destinatário final, ou seja, não recolocado no mercado.

Definição da Teoria do Consumidor

O objeto básico da teoria do consumidor é o comportamento do consumidor individual. Sendo o


consumidor visto como uma unidade de consumo ou gasto, portadora de certo orçamento. Existe
uma hipótese básica de que os indivíduos distribuem de forma racional a totalidade de suas
despesas, buscando obter o máximo de satisfação dentro das limitações de orçamentos. A Teoria
do Consumidor aborda o consumidor como um indivíduo racional, ou seja, ele calcula
deliberadamente, escolhe conscientemente e maximiza a sua satisfação ou utilidade do
bem/serviço adquirido. Um consumidor padrão quer obter o melhor uso do seu recurso, ou seja,

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obter o máximo possível com a limitação de recurso. O máximo possível pode ou não ser
“racional”, ou seja, o consumidor pode querer o máximo possível de exibicionismo, o que parece
irracional mas tem uma lógica psicológica interna. Pontos abordados pela teoria: comportamento
do consumidor, preferência do consumidor, restrições orçamentárias, curva de indiferença e
demanda de mercado. A teoria parte de algumas premissas básicas, tais como: Integralidade –
todo consumidor tem a capacidade de ordenar suas preferências; Transitividade existe
Consistência na capacidade de ordenar as preferências Monotonicidade mais de um bem é
melhor que menos.

2.2. Tipos de Abordagem


Para Pindyck, e Rubinfeld, (2010) existem duas abordagens da Teoria do Consumidor:
Abordagem Cardinal
Procura analisar o comportamento do consumidor, partindo da hipótese de que os bens têm
utilidade mensurável quantitativamente. Por meio da medida quantitativa da utilidade das coisas,
o consumidor escolhe as diferentes alternativas de consumo, visando a satisfação das suas
necessidades. Fundamenta-se na escolha e utilização de alguns elementos ou conceitos básicos,
tais como: a noção de utilidade, o problema da medida da utilidade, a noção de utilidade
marginal e a lei da utilidade marginal decrescente.

Abordagem Ordinal
Sua característica fundamental está no fato de rejeitar a hipótese da mensurabilidade quantitativa
da utilidade, substituindo-a pela hipótese da comparabilidade. Comprando a utilidade das coisas,
o consumidor escolhe as diferentes alternativas de consumo de bens ou de combinações de bens
capazes de atender as suas necessidades.
A utilidade, em seu sentido mais amplo, é caracterizada como a adequação de um bem para
satisfação de uma necessidade sentida por um indivíduo. Quando se consome algum produto,
obtém-se certa satisfação. Significa a capacidade de satisfação das necessidades sentidas,
inerentes ao bem. Esse é um conceito introspetivo do consumidor: reside na sua mente, sendo,
portanto, subjetivo. Através da curva de indiferença, que um gráfico de uma função que mostra
combinações s de bens, na quantidade que torna o consumidor indiferente, poderá observar
melhor como o consumidor tem preferência entre uma combinação contra outra, já que cada uma
provê um mesmo nível de satisfação (utilidade não muda). Concluímos que a Teoria do

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Consumidor abrange amplos aspectos sobre o comportamento e a preferência do consumidor,
por meio de ferramentas da economia cálculos de demanda de mercado e curva de indiferença.
Mas somente estudar essas ferramentas não é o suficiente, pois o consumidor é muito mais do
que o cliente da loja, o comprador que escolhe entre uma marca ou outra. É um individuo, com
vontades e desejos, que precisam ser levados em conta ao estudar seu comportamento perante
escolhas de bens de consumo. Consumidores são altamente limitados pelo seu orçamento e o que
é encarado como útil ou não, e cabe ao mercado se adequar a isso ou sofrer as consequências de
falta de receita e lucro, pois, se o seu produto não agradar os gostos e a necessidade de cada
individuo, não haverá demanda. Não só os consumidores, mas tudo na natureza é limitado,
portanto a essência da economia é justamente o atendimento das necessidades à escassez de
recursos. Na medida que o consumidor tem sua necessidade atendida, menos disposto ele está
para pagar uma unidade adicional de produto. Para o consumidor é indiferente qualquer
composição que ele faça entre bens substitutos desde que sua necessidade é atendida, assim o
que demandará o efeito substituição dos produtos é a diferença de preços entre eles (preços
relativos) e o grau de substituição entre os bens.

2.3. Curva da Indiferença


Segundo Mankiw (2005; p.493) “A curva da Indiferença representa uma curva que mostra as
combinações de consumo que proporcionam ao consumidor o mesmo nível de Satisfação”.
As preferências do consumido lhe permite escolhem entre diferentes combinações, no caso em
estudo pizza e Pepsi. A você oferecer ao consumidor duas combinações diferentes, ele escolhera
aquela que melhor atenda a suas referências. Se ambas atenderem igualmente a sua preferências,
dizemos que o consumidor e indiferente entre duas combinações.
Uma curva da indiferença mostra as combinações de consumo que fazem o consumidor
igualmente feliz. Neste caso, as curvas de indiferença mostram as combinações de Pepsi e pizza
com as quais o consumidor esta igualmente satisfeito.

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Gráfico 1.

A inclinação em qualquer ponto de un-ia curva de indifere Na é igual à taxa qual o consumidor
está disposto a substituir um bem por outro. Essa taxa e chamada de taxa marginal de
substituicao (TMgS). Nesse caso, a taxa marg,inal de substitui o n-iede quanto de Pepsi o
consumidor precisa, a fim de se sentir compensado pela percla de uma uniclade no consumo de
pizza.

2.3.1. Propriedades das Curvas de Indiferença


Como as curvas de indiferena representam as preferencias do consumidor, elas tem determinadas
propriedades que refletem essas preferencias. Examinaremos aqui quatro propriedades que
descrevem a maioria das curvas de indiferenca:
Primeira Popriedade

As curvas de indiferenca mais elevadas sao preferiveis as mais baixas.

Os consumidores normalmente preferem ter mais de alguma coisa a ter menos. Essa preferencia
por maiores quantidades se reflete nas curvas nas de indiferenca. Como ilustra o grafico 2,
curvas de indiferena mais elevadas representam quantidades maiores de bens do que as curvas de

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indiferenca mais baixas. Portanto, o consumidor prefere estar nas curvas de indifereNa mais
elevadas.

Segunda Popriedade

As curvas da indiferenca se inclinam para baixo, A inclinacao de uma cuva de indiferenca reflete
a taxa a qual o consumido esta disposto ba substituir um bem por outro. Na maioria dos casos, o
consumidor gosta dos dois bens. Portanto, se a quantidade de um bem for reduzida, a quantidade
do outro precisa aumentar, afim de que o consumidor fique igualmente satisfeito. Por essa razão,
a maioria das curvas de indiferença se inclinam para baixo.

Terceira Propriedade

As curvas de indiferença não se cruzam, para ver por que isso e verdade, como o ponto A esta
na mesma curva de indiferença que o ponto B.

Gráfico 2.

Dois pontos deixariam o consumidor igualmente satisfeito. Alem disso, como o ponto B esta na
mesma curva de indiferença que o ponto C, esses dois pontos também dariam ao consumidor o
mesmo nível de satisfação. Mas essas conclusões implicam que os pontos A e C também deixem
o consumidor satisfeito, embora o ponto C tenha maior quantidade de ambos os bens. Isso
contradiz nossa hipótese de que o consumidor sempre prefere mais dois bens a menos. Portanto,
as curvas de indiferença não podem se cruzar.

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Quarta Propriedade.

As curvas de indiferença às convexas em relação a origem dos eixos. A inclinação de uma curva
de indiferença e a taxa marginal de substituição, a taxa a qual o consumidor está disposto a trocar
um bem por outro. A taxa marginal de substituição (TMgS) geralmente depende da quantidade
de cada bem que o consumidor esta consumindo actualmente.

2.4. Restrição Orçamental:


O que o consumidor pode permitir - se.

Segundo Mankiw (2001; p. 465) " A restrição orçamentária mostra as várias combinações de
bens que o consumidor pode se permitir de acordo com a sua renda".
Vejamos a seguir o exemplo, em que se analisa a decisão de um consumidor que só adquire dois
bens: Pepsi e Pizza.
Suponhamos que o consumidor tenha uma renda mensal de US$ 1000, e que gasta toda a sua
renda mensal com esses todos bens. O preço do litro de Pepsi e de US$ 2 e o preço da Pizza e de
US$ 10.

Tabela1: Oportunidade do Consumidor. Mostra o que o consumido pode comprar se a sua renda
for de US$ 1000, o preço da Pepsi US$ 2 e o preço da pizza US$ 10.
Litros de Pepsi Número de Despesa com Despesa com Despesa Total
Pizzas Pepsi Pizza (em US$)
(em US$) (em US$)
0 100 0 1000 1000
50 90 100 900 1000
100 80 200 800 1000
150 70 300 700 1000
200 60 400 600 1000
250 50 500 500 1000
300 40 600 400 1000
350 30 700 300 1000
400 20 800 200 1000
450 10 900 100 1000
500 0 1000 0 1000
Fonte: Mankiw (2001: p.465)

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A tabela1 mostra algumas das muitas combinações de Pepsi e pizza que o consumidor pode
comprar. A primeira linha mostra que se o consumidor gasta toda sua renda em pizza, poderá
comprar 100 pizzas, mas não poderá comprar nem um litro de Pepsi.
Gráfico 3.

Fonte: Mankiw (2001; p. 465)

O gráfico 3 representa as combinações que o consumidor pode escolher. Estão marcados nele
três pontos.
No ponto A, o consumidor não compra Pepsi e consome 100 Pizzas. No ponto B, o consumidor
não compra Pizza e consome 500 litros de Pepsi. No ponto C o consumidor compra 50 Pizzas e
250 litros de Pepsi, e o ponto em que o consumido gasta exactamente a mesma quantia (US$
500) com Pepsi e Pizza.
Todos os pontos sobre a linha que vai do Ponto A à B são possível essa linha e chamada de
restrição orçamental, neste caso mostra o Tradeoffs do consumidor ente pizza e Pepsi.
A inclinação da restrição orçamental mede a taxa a qual o consumidor troca um bem pelo outro.
Entre dois pontos e calculada como sendo a variação da distância Vertical dividida pela variação
da distância Horizontal. Do Ponto A à B a distância vertical e de 500 litros e a distância
Horizontal e de 100 pizzas. Portanto a inclinação e de 5 litros por Pizza a inclinação e um
número negativo mas na prática podemos ignorar o sinal negativo.
A inclinação do Gráfico e Igual ao preço relativo dos dois bens, uma Pizza custa 5 vezes o preço
do litro de Pepsi, o consumidor pode trocar uma Pizza por 5 litros. Esse Tradeoff possui
inclinação igual a 5.

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3. Conclusão

Concluímos que a Teoria do Consumidor abrange amplos aspectos sobre o comportamento


e preferência do consumidor, por meio de ferramentas da economia cálculos de demanda de
mercado e curva de indiferença. Mas somente estudar essas ferramentas não é o suficiente, pois o
consumidor é muito mais do que o cliente da loja, o comprador que escolhe entre uma marca ou
outra. É um indivíduo, com vontades e desejos, que precisam ser levados em conta ao estudar
seu comportamento perante escolhas de bens de consumo. Consumidores são altamente limitados
pelo seu orçamento e o que é encarado como útil ou não, e cabe ao mercado se adequar a isso ou
sofrer as consequências de falta de receita e lucro, pois, se o seu produto não agradar os gostos e
a necessidade de cada indivíduo, não haverá demanda.

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4. Referencias Bibliográficas
Mankiw, N. Gregory (2001) Introdução à Economia. Rio de Janeiro: editora Campus Ltda.

Mankiw, N. Gregory (2005) Introdução à Economia. Rio de Janeiro: 3 ed,Editora Campus Ltda

PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. (2010) Microeconomia. 7ed. São Paulo: Pearson Education do
Brasil.
Sites
Www.wikpedia.com

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