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ECONOMIA E FINANÇAS

Segunda Aula

Professor Dr. Jamir Mendes Monteiro


PLANO DE AULAS
• 2ª Aula:
Microeconomia:
• Pressupostos básicos de análise
• Aplicações da análise microeconômica
• Divisão do estudo microeconômico
• Análise da Demanda
• Análise da Oferta
• Análise das estruturas de mercado
• Teoria do Equilíbrio Geral

• Pressupostos básicos de análise


• Aplicações da análise microeconômica
• Divisão do estudo microeconômico
PRESSUPOSTOS BÁSICOS DE ANÁLISE

• CONCEITO: Microeconomia ou Teoria dos Preços se dedica ao estudo da formação de preços


no mercado, ou seja, como as empresas e os consumidores interagem entre si para
decidir qual o preço e a quantidade de determinado bem ou serviço serão praticados
num mercado específico.

• MACROECONOMIA: estuda o comportamento da economia como um todo, considerando


variáveis globais como o consumo agregado, renda nacional e investimentos globais.

• A HIPÓTESE “COETERIS PARIBUS”: termo latino que significa “quando tudo o mais
permanece constante”. Extremamente importante para a análise econômica, pois,
permite reduzir drasticamente o número de variáveis a serem consideradas na função.
Por exemplo, se quisermos analisar a Demanda em função dos Preços, considera-se
que a Renda dos Consumidores permanece constante, assim como outras variáveis que
possam interferir no processo. Por outro lado, para avaliar o efeito da Renda dos
Consumidores sobre a Demanda, consideram-se constantes os preços das mercadorias.

• O PAPEL DOS PREÇOS RELATIVOS: na análise microeconômica são mais relevantes a


utilização dos preços relativos dos produtos do que os seus preços absolutos. Por
exemplo, sendo o guaraná e a soda considerados produtos substituíveis, se nenhum dos
dois preços forem alterados, tudo o mais permanecendo constante, não deverá haver
alteração na procura desses bens. Caso o preço de venda do guaraná diminua e o da
soda continue o mesmo, deverá ser esperado um deslocamento de demanda da soda
para o guaraná.
APLICAÇÕES DA ANÁLISE MICROECONÔMICA

• A análise microeconômica procura explicar como se determina o preço dos bens e serviços,
bem como dos fatores de produção. O instrumental microeconômico procura, ainda,
responder algumas questões, aparentemente triviais, como “Por que, quando o preço
de um bem se eleva, a quantidade demandada desse bem pode cair, coeteris paribus?”.

• Para as empresas, a análise microeconômica pode reunir subsídios que facilitem as seguintes
decisões:

 Política de Preços da Empresa;


 Previsões de Demanda e Faturamento;
 Previsões de Custo de Produção;
 Decisões de otimização da produção (escolha da melhor alternativa de produção, isto
é da melhor combinação de fatores e do tamanho ótimo da operação);
 Análise Custo-Benefício de Projetos de Investimentos;
 Política de Propaganda e Publicidade;
 Diferenciação de Mercados;
 Efeitos de Impostos sobre Mercados específicos, etc.
DIVISÃO DO ESTUDO MICROECONÔMICO

• ANÁLISE DA DEMANDA: divide-se em Teoria do Consumidor (demanda individual) e Teoria


da Demanda de Mercado. Essa análise parte do princípio de que o consumidor realiza
os seus processos de escolha baseado no conceito subjetivo de UTILIDADE, isto é, o
grau de satisfação que ele realiza quando adquire determinado bem ou serviço.

• TEORIA DO VALOR-UTILIDADE: pressupõe que o principal fator da escolha do


consumidor é a satisfação que a aquisição do bem/serviço pode lhe trazer. Parte do
princípio que o valor dos objetos nasce da relação da pessoa com a mercadoria.

• TEORIA DO VALOR-TRABALHO: considera que o valor de um bem ou serviço é formado


pelo lado da oferta, considerando apenas os custos de produção e a margem de lucros.
Funciona, em alguns casos, quando o mercado é monopolista (um único produtor) ou
oligopolista (cartel de preços).

• UTILIDADE TOTAL E UTILIDADE MARGINAL: utilidade total é a soma da satisfação pela


aquisição de mais de uma unidade do produto, enquanto que a utilidade marginal é o
acréscimo de satisfação pela aquisição de mais uma unidade do produto. A utilidade
total tende a aumentar com o aumento da quantidade de bens adquiridos; a utilidade
marginal, por seu turno, tende a diminuir, pois, a cada aquisição, o consumidor vai
perdendo valor de satisfação.
DIVISÃO DO ESTUDO MICROECONÔMICO

• DEMANDA DE MERCADO: a demanda ou procura pode ser definida como sendo a


quantidade de certo bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir num
determinado período de tempo.

• RELAÇÃO ENTRE QUANTIDADE PROCURADA E PREÇO DO BEM (A LEI GERAL DA


DEMANDA):

Alternativas de Preço ($) Quantidade demandada


1,00 11.000
3,00 9.000
6,00 6.000
8,00 4.000
10,00 2.000

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DIVISÃO DO ESTUDO MICROECONÔMICO

• CURVA DE PROCURA DO BEM X:

10,00

8,00

6,00

4,00

2,00 Q

2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000

• Supõe-se que a curva da procura revela as preferências dos consumidores, sob a hipótese de
que estão maximizando a sua utilidade, ou grau de satisfação no consumo do produto.

• A Curva da Demanda, descendente da esquerda para a direita, sofre as consequências de dois


efeitos: o efeito Substituição e o efeito Renda.

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DIVISÃO DO ESTUDO MICROECONÔMICO

• ANÁLISE DA OFERTA: pode-se conceituar oferta como as quantidades que os produtores


desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo a um dado preço.

• RELAÇÃO ENTRE QUANTIDADE OFERTADA E PREÇO DO BEM (A LEI GERAL DA


OFERTA):

Alternativas de Preço ($) Quantidade ofertada


1,00 1.000
3,00 3.000
6,00 6.000
8,00 8.000
10,00 10.000

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DIVISÃO DO ESTUDO MICROECONÔMICO

• CURVA DE OFERTA DO BEM X:

10,00

8,00

6,00

4,00

2,00 Q

2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000

• Supõe-se que a curva da oferta revela a intenção dos produtores em maximizar os seus
lucros.

• A Curva da Oferta, ascendente da esquerda para a direita, sofre as consequências de três


efeitos: alteração de custos de produção, inovação tecnológica, aumento no número
de concorrentes.
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DIVISÃO DO ESTUDO MICROECONÔMICO

• ANÁLISE DAS ESTRUTURAS DE MERCADO: a variação dos preços e quantidade de


mercadorias no mercado depende, ainda, de como esse mercado está estruturado, se é
competitivo, com muitas empresas produzindo um dado produto, ou concentrado em
poucas ou em uma única empresa.

• ESTRUTURAS DE MERCADO DE BENS E SERVIÇOS:

 CONCORRÊNCIA PERFEITA: um número muito grande de empresas produtoras de tal


modo que nenhuma delas pode interferir no mercado;
 CONCORRÊNCIA IMPERFEITA OU MONOPOLISTA: um pequeno número de empresas
produtoras ou apenas uma, de tal modo que podem interferir nos preços de mercado;
 MONOPÓLIO: uma única empresa produtora ditando os preços no mercado;
 OLIGOPÓLIO: um pequeno número de empresas produtoras, reunidas em cartel de
preços, de forma a ditar os preços de mercado.

• ESTRUTURAS DE MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO:

 CONCORRÊNCIA PERFEITA: um número muito grande de consumidores de tal forma


que nenhum deles pode interferir no mercado;
 CONCORRÊNCIA IMPERFEITA: um pequeno número de consumidores ou apenas um, de
tal modo que podem interferir nos preços de mercado;
 MONOPSÔNIO: apenas um único consumidor ditando os preços;
 OLIGOPSÔNIO: um pequeno número de consumidores reunidos em cartel,
DIVISÃO DO ESTUDO MICROECONÔMICO

• TEORIA DO EQUILÍBRIO GERAL: a análise do equilíbrio geral considera a inter-relação


entre todos os mercados, diferente da análise do equilíbrio parcial, que analisa os
mercados isoladamente.

• TEORIA DO BEM ESTAR: estuda como alcançar soluções socialmente eficientes para o
problema da alocação e distribuição de recursos, ou seja, encontrar a “solução ótima
de recursos”.

10,00

8,00

6,00

4,00

2,00

Q
2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000

• Não havendo obstáculos para a livre movimentação dos preços, ou seja, se o


sistema é de Concorrência Perfeita, será observada a tendência natural de os
preços e as quantidades se estabelecerem num ponto que atenda aos
produtores e aos consumidores.
DIVISÃO DO ESTUDO MICROECONÔMICO

• INTERFERÊNCIAS NO EQUILÍBRIO DE MERCADO:


 Fixação de Impostos: refere-se a política tributária do Governo. Os aumentos dos
impostos afetam a estrutura de gastos das empresas, que se veem obrigadas a repassar
para os preços, quando possível.

 Impostos Indiretos: incidem sobre o produto e são pagos indistintamente por toda
a população. Podem ser citados como exemplos o ICMS, o IPI, etc.
 Impostos Diretos: são aqueles que incidem sobre a renda ou o patrimônio. O
melhor exemplo é o Imposto de Renda.

 Política de Preços Mínimos na Agricultura (Subsídio): política adotada pelo governo


para dar garantia de produção ao produtor agrícola, reduzindo os seus riscos de perdas, no
caso de uma baixa acentuada de preços no mercado.

 Tabelamento de Preços: intervenção no mercado, o que provoca a retração da oferta e


o surgimento do “mercado paralelo”.

• JUSTIÇA SOCIAL: política que procura distribuir melhor os resultados econômicos,


adotando medidas que beneficiem a parcela de população mais pobre, como
por exemplo, reduzindo os impostos dos produtos que atendem à população
mais pobre, e elevando as alíquotas de IR, progressivas, penalizando os mais
ricos.

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