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Análise Económico-Financeira

Docente: Paula Tavares de Carvalho

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Exercício nº 10

1. PCV = GF / (MB/VN)
Dado: VN= 7.557 M. Euros / MB = 32%
MB = 0,32 * 7.557 = 2.418,24 M Euros.

Gastos Fixos ?

a) RAI através do GAC (MB/RAI) = 2.418,24 / 89,48 = 27,03 M Euros.


b) RO + Custos Líquidos de Financiamento = RAI RO = 577,03 M Euros
c) Gastos Fixos = MB-RO GF = 1.841,21 M Euros
d) PCV = 1.841,21 / (2.418,24/7.557) = 5.753,78 M Euros

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Exercício nº 10
2. GAO = 4,19 GAF = 21,35
3. Margem de Segurança = 23,9% GF/VN= 24,4% CLF/VN = 7,3%

Conclui-se que:
Risco Operacional:
• A empresa apresenta um VN superior ao ponto critico, ou seja a empresa encontra-se numa zona de lucro
derivada da sua atividade operacional. Mais concretamente, o seu VN ultrapassa o PCV em 23,9% (MS).
• Embora a MS pareça razoável, regista um valor inferior ao mesmo indicador do sector, representando
este uma MS de 34,6%.
• O GAO = 4,19, significando que no caso do VN registar uma variação percentual unitária, os RO terão
uma variação de 4,19%, ou seja, 4 vezes superior, o que reflete um risco de negócio significativo, e
superior ao do sector de atividade que representa um GAO de 2,89.
• Salienta-se o facto dos gastos fixos representarem cerca de 24% do VN.

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Exercício nº 10

Risco Financeiro:

• O GAF é de 21,5, pelo que, caso os RO registem uma variação percentual unitária, o
RAI terá uma variação de 21,5%, ou seja cerca de 22 vezes mais.
• Enquanto o GAF da empresa é de 21,5, o sector apresenta 2,96 => O risco financeiro
da empresa é 7 vezes superior ao do sector.

Risco Global
• Empresa com risco global elevado, fruto do elevado risco de natureza financeira.
• GAC da empresa 89,48, do sector apenas 8,56.

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Exercício nº 10
4 a) Verdadeira

O GAC mede a sensibilidade do RAI face a variações percentuais no VN das empresas. Para prever um
novo RAI, há que determinar a variação percentual das vendas face ao ano N, e só depois avaliar o seu
impacto no RAI.

VN em N : 7.557
Decréscimo % VN em N+1: -10%
GAC: 89,48
Variação % do RAI em N+1: -894,80% (-10% * 89,48)
Variação absoluta do RAI em N+1: -241,86 (-894,80 * 27,03)
RAI em N+1: -214,83 (27,03-241,86)

A empresa decrescerá em 242 milhares de euros em N+1.


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Exercício nº 10

4 b) Verdadeira

O valor GAF da empresa é bastante superior à média do sector, o que indicia um peso de
gastos de financiamento mais elevados na empresa do que no sector de atividade, o que
sugere que o nível de endividamento da empresa é superior à média do sector (RO-RAI).

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Exercício nº 11
1. Modelo Multiplicativo:

RLP = RO * VN * AT * RAI * RLP


CP VN AT CP RO RAI

Rubricas N N+1 N+2


RLP/CP -19,25% 2,73% 15,30%
RO/VN 7,26% 7,64% 12,03%
VN/AT 1,40 1,33 1,06
AT/CP 5,12 5,74 3,67
RAI/RO -0,37 0,05 0,34
RLP/RAI 1,00 1,00 0,97
Rcp -19,25% 2,73% 15,30%

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Exercício nº 11
Efeito de Alavanca

Efeito de Alavanca Financeira N N+1 N+2


ROA = RO/A 10,18% 10,17% 12,74%
J = Juros / Passivo 17,33% 11,73% 11,59%
Efeito Alavanca -7,15% -1,56% 1,15%

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Exercício nº 11
A Rcp encontra-se em franco crescimento ao longo do triénio, passando de um valor
negativo (-19,25%), em N, para um valor positivo em N+2 (15,3%).

Fatores que contribuem positivamente:


• Aumento da rendibilidade operacional das vendas.
• Diminuição da Autonomia Financeira nos anos N e N+1 (CP/A)
• Ausência de carga fiscal nos anos N e N+1.

Fatores que contribuem negativamente:


• Diminuição da Rotação do Ativo.
• Aumento da autonomia financeira em N+2.
• Aumento da carga fiscal em N+2, embora de reduzida.
• Elevado peso dos encargos financeiros.
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Exercício nº 11
2. N+3 alienação de ativo fixo tangível.
Rubricas N N+1 N+2 N+3
Pressupostos: RLP/CP -19,25% 2,73% 15,30% 20,81%
Venda: 1.000 milhares de euros = valor liquido
RO/VN 7,26% 7,64% 12,03% 12,03%
contabilístico.
VN/AT 1,40 1,33 1,06 1,22
a) Redução AT em 1.000 M Euros. AT/CP 5,12 5,74 3,67 3,19
b) Redução passivo em 1.000 ME pagamento
RAI/RO -0,37 0,05 0,34 0,46
financiamento
c) Juros a pagar = 11,59% * 4.522 = 524 RLP/RAI 1,00 1,00 0,97 0,97
d) RAI = RO – Juros Suportados = 967 -524 = Rcp -19,25% 2,73% 15,30% 20,81%
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Efeito de Alavanca N N+1 N+2 N+3
Financeira
ROA = RO/A 10,18% 10,17% 12,74% 14,68%
J = Juros / Passivo 17,33% 11,73% 11,59% 11,59%
Efeito Alavanca -7,15% -1,56% 1,15% 3,09%
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Exercício nº 11
3. Risco e indicadores de risco N N+1 N+2
GAO 4,50 4,19 2,89
GAF -2,71 21,37 2,96
GAC -12,19 89,54 8,55

• Risco económico: melhoria ao longo do triénio (GAO decrescente), sendo mais acentuada no ultimo
exercício, em que para uma variação de 1% no volume de negócios espera-se uma variação, no mesmo
sentido, e mantendo tudo o resto constante , de 2,89% no RO. A diminuição de risco operacional é fruto da
melhoria da MB assim como do RO.
• Risco Financeiro: melhoria do risco financeiro. Contudo, salienta-se o valor negativo no ano N, refletindo
uma insuficiência do RO para suportar os gastos financeiros. O risco no ano N+1 é bastante acentuado (21,37)
revelando uma grande sensibilidade dos resultados de exercício a variações do resultado operacional (RO).
• O GAC melhora, com valores consideráveis, revelando um nível de risco elevado.
• Nos dois primeiros anos o risco é sobretudo financeiro , no ultimo ano o risco operacional e financeiro
aproximam-se.
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