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UNIVERSIDAD EUROPEA DEL ATLÁNTICO (UNEATLANTICO)

FUNIBER – FUNDACÃO UNIVERSITÁRIA IBEROAMERICANA

MESTRADO EM ADMINISTRACÃO E DIREÇÃO DE EMPRESAS

TOMÁS VALENÇA PEREZ RIVERA

TR047 – DIREÇÃO FINANCEIRA

PERGUNTAS: Exercícios de Finanças

SÃO BERNARDO DO CAMPO


2020
Introdução:
Esse relatório tem por objetivo responder as perguntas abaixo proferidas no trabalho de
conclusão da disciplina de TR047 – Direção Financeira em sua convocação ordinária.
O contexto das perguntas são exercícios direcionados para as atividades de Direção de
Finanças.
As perguntas e suas respostas serão aportadas abaixo.

1) ESPERANÇA (RISCO - RENDIMENTO)


A empresa “Esperança”, apresentou no ano passado o balanço geral exposto a
seguir:

Além disso sabe-se que:


• Os rendimentos sobre seus ativos foram os seguintes:
- Rendimentos sobre o ativo circulante: 10%
- Rendimentos sobre o ativo fixo: 25%
• Os custos de financiamento foram:
- Do passivo circulante: 14%
- Dos fundos a longo prazo: 16%

Determine para o próximo ano (20xx) o rendimento dos ativos, o custo total de
financiamento, o rendimento líquido, o capital de trabalho líquido e a razão circulante, se:

1. Não há mudanças.

2
2. A empresa transfere 1 bi de euros do ativo circulante ao ativo fixo, e 500 mi de
euros dos fundos a longo prazo ao passivo circulante.
3. Assinale as mudanças na relação entre liquidez, risco e rendimento.

R.
1. Sem mudanças na empresa:
1.a. Rendimento dos Ativos é dado por:
 Rendimento sobre ativos circulantes = (Ativo Circ./Total Ativos) x 10% =
6000/20000 x 10% = 3%
 Rendimento sobre ativos fixos = (Ativo Fixo. / Total Ativos) x 25% =
14000/20000 x 25% = 17.5%

Rendimento dos ativos = 3% + 17.5% = 20.5%

1.b. Custo do financiamento é dado por:


 Custo do financiamento do passivo circulante = (Passivo Circ./Total
Passivo) x 14% = 2000/20000 x 14% = 1.4%
 Custo do financiamento do passivo fixo = (Passivo Fixo/Total Passivos) x
16% = 18000/20000 x 16% = 14.4%

Custo total do financiamento = 1.4% + 14.4% = 15.8%

1.c. Rendimento Líquido se dá pela redução do rendimento dos ativos pelo custo
total do financiamento. Portanto o RL = 20.5% - 15.5% = 5%

1.d. Capital de trabalho líquido é a capacidade da empresa pagar suas obrigações a


curto prazo. Se dá pela diferença entre o ativo e o passivo circulante, ou seja,
CTL = 6.000-2.000 = M€4.000,00

1.e. A razão circulante ou índice de liquidez geral mostra percentualmente a


capacidade de pagamento a curto prazo da organização. No caso, LG = 6.000/2.000 = 3

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2. A empresa transfere 1 bi de euros do ativo circulante ao ativo fixo, e 500 mi de euros
dos fundos a longo prazo ao passivo circulante. O novo balanço é como descrito abaixo.

Ativos Em M€ Passivo e Capital Em M€


Ativo Circulante 5.000,00 Passivo Circulante 2.500,00
Ativo Fixo 15.000,00 Fundos a Longo Prazo 17.500,00
Ativos Totais 20.000,00 Passivo e Capital Total 20.000,00

2.a. Rendimento dos Ativos é dado por:


 Rendimento sobre ativos circulantes = (Ativo Circ./Total Ativos) x 10% =
5000/20000 x 10% = 2,5%
 Rendimento sobre ativos fixos = (Ativo Fixo. / Total Ativos) x 25% =
15000/20000 x 25% = 18.75%

Rendimento dos ativos = 2,5% + 18.75% = 21.25%

2.b. Custo do financiamento é dado por:


 Custo do financiamento do passivo circulante = (Passivo Circ./Total
Passivo) x 14% = 2500/20000 x 14% = 1.75%
 Custo do financiamento do passivo fixo = (Passivo Fixo/Total Passivos) x
16% = 17500/20000 x 16% = 14%

Custo total do financiamento = 1.75% + 14% = 15.75%

2.c. Rendimento Líquido se dá pela redução do rendimento dos ativos pelo custo
total do financiamento. Portanto o RL = 21.25% - 15.75% = 5.5%

2.d. Capital de trabalho líquido é a capacidade da empresa pagar suas obrigações a


curto prazo. Se dá pela diferença entre o ativo e o passivo circulante, ou seja,
CTL = 5.000-2.500 = M€2.500,00

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2.e. A razão circulante ou índice de liquidez geral mostra percentualmente a
capacidade de pagamento a curto prazo da organização. No caso, LG = 5.000/2.500 = 2

3. Assinale as mudanças na relação entre liquidez, risco e rendimento


A nova estratégia, em uma visada inicial, parece trazer benefícios. Estamos aumentando
rendimentos via ativo fixo que remunera a 25% ao invés de 10% e retirando financiamentos mais
caros (a 16%) para apostar em mais baratos (a 14%). Isso se reflete em uma rentabilidade líquida
0.5% maior. Porém quando verificamos, há um custo.
Vemos uma redução na liquidez geral, caindo de 3 para 2. A empresa tem menos dinheiro
para liquidar suas dívidas indicando uma redução na sua capacidade de pagar suas obrigações
(solvência menor). A manobra, portanto, traz riscos a empresa, apesar de ainda estar em um
patamar de liquidez limítrofe.

2) CASO 2: COMPANHIA DIECO (ANÁLISE FINANCEIRA)

No início do x+2, Pedro García, diretor financeiro da Dieco, teve que apresentar
uma análise da posição financeira da companhia, durante os últimos dois anos, com relação
a seus competidores mais importantes. Segundo informação recente, o excelente relatório de
García se extraviou e por um lamentável acidente as cópias que havia no computador já
não existem. O presidente precisa reconstruir a informação e agora García está de viagem.
Você pode lhe ajudar a realizar a análise financeira reconstruindo o relatório? Se estiver
disposto, aqui está a informação da companhia.

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Nota:
- As variações de inventários durante 20xx foram insignificantes.
- O ciclo de cobranças da companhia é de 90 dias.

R.
O primeiro passo é calcular as razões para poder se fazer os comparativos entre a empresa
e a concorrência. O resultado está na tabela abaixo:

Razão Fórmula DIECO Ano X DIECO Ano X+1 Concorrência


Circulante RC = AC/PC 4,03 Vezes 5,09 Vezes 4,50 Vezes
Ácida RC = (AC-I)/PC 1,67 Vezes 1,88 Vezes 1,30 Vezes
Endividamento End = PT/AT 44% 41% 42%
Rotação de Inventário RI = C.Venda/I 1,27 Vezes 1,19 Vezes 1,50 Vezes
Ciclo de Cobranças Dado 90 Dias 90 Dias 80 Dias
Margem de Benefícios Sobre Venda MBSV = LL/Vendas 10,0% 9,5% 12%
Cap. Básica de Geração de Lucros CBGL = LAJIR/AT 16,8% 15,6% 18%
Rendimentos sobre Ativos Totais R/AT= LL/AT 9,9% 9,0% 11%
Rendimento sobre Capital Contábil RCC = LL/Patrimônio 17,7% 15,3% 20%

De forma geral, podemos sacar as seguintes conclusões:


a) A empresa tem uma capacidade de pagar seus fornecedores de forma bem similar ao
mercado, porém com níveis de liquidez maiores por ter menor proporção de estoques.
b) Endividamento em relação aos ativos similar ao mercado.
c) O inventário (estoques) giram em menor velocidade, talvez um nível menor de
estoques seja mais adequado a este mercado.
d) Ciclo de cobranças um pouco mais alto, poderia se fazer um esforço para reduzir e ter
recebimentos um pouco antes.
e) Os rácios de rendimentos estão um pouco abaixo da média de mercado. Vários fatores
podem estar atrelados a isso, como exemplo estrutura de custos e juros de
financiamento.

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3) ARANGO E TRUJILLO, S.A. (ORÇAMENTO DE EFETIVO)

São mostradas, a seguir, algumas cifras chaves do orçamento de Arango e Trujillo


para o primeiro trimestre de operações de 20xx.

A empresa calcula que 10% de suas vendas a crédito nunca poderão der cobradas.
Daquelas que se cobrem, 50% será no mês da venda e o saldo no mês seguinte. As compras
a crédito serão pagas no mês seguinte à compra. As vendas de dezembro de 20xx foram de
90.000,00 euros. Com a informação anterior complete o seguinte orçamento de efetivo.

R. O orçamento está definido abaixo. Um dado está faltando que é o nível de compras a
crédito do mês de dezembro que deveria ser pago em janeiro. Foi utilizada uma média da relação
entre compras e vendas a crédito dos meses subsequentes que foi de 44.9%, gerando o valor de
compras em 40.417,77 para janeiro.

Janeiro Fevereiro Março


Saldo Efetivo Inicial 100.000,00 105.582,23 134.082,23
Recibos em Efetivo 36.000,00 31.500,00 38.700,00
Cobranças em Efeito das Vendas a Crédito 40.500,00 36.000,00 31.500,00
Efetivo Total Disponível (A) 176.500,00 173.082,23 204.282,23
Desembolsos de Efetivo - - -
Compras 40.417,77 34.000,00 32.000,00
Diárias e Salários 4.000,00 3.500,00 4.200,00
Arrendamento 1.500,00 1.500,00 1.500,00
Compra de Equipamento 25.000,00 - 2.000,00
Desembolsos Totais (B) 70.917,77 39.000,00 39.700,00
Saldo Efetivo Total (A)-(B) 105.582,23 134.082,23 164.582,23

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4) CASO 4: BOTES DO CARIBE (ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE
TRABALHO)

Botes do Caribe atualmente apresenta a seguinte situação:

• Ciclo médio de pagamentos: 58 dias.

• Rotação de inventários: 4 vezes ao ano.

• Rotação das contas por cobrar: 9 vezes ao ano.

• Desembolsos totais ao ano: 5.200.000,00 euros.

• Rendimento esperado: 17% anual.

O que aconteceria se conseguisse:

a) aumentar a 60 dias o ciclo médio de pagamentos?

b) aumentar a 6 a rotação do inventário?

c) aumentar a 10 a rotação das cobranças?

d) fazer as três mudanças anteriores simultaneamente?

R. A tabela mostra o que aconteceria em cada um dos casos citados.

Em todos os casos de mudança, se indica que se necessitaria menos disponibilidade de


dinheiro em caixa para sanar os pagamentos necessários durante o ano corrente. Essa economia
de dinheiro em caixa pode ser investida em aplicações financeiras retornando mais receita para a
empresa.
Fórmula Atual CASO A CASO B CASO C CASO D
(A) Ciclo Médio de Pagamentos 58 Dias 60 Dias 58 Dias 58 Dias 60 Dias
(B) Rotação de Inventários 90 Dias 90 Dias 60 Dias 90 Dias 60 Dias
(C) Rotação de Contas Por Cobrar 40 Dias 40 Dias 40 Dias 36 Dias 36 Dias
(D) Desembolsos Totais no Ano 5.200.000,00 € 5.200.000,00 € 5.200.000,00 € 5.200.000,00 € 5.200.000,00 €
(E) Rendimento Esperado 17% a.a. 17% a.a. 17% a.a. 17% a.a. 17% a.a.

(F) Rotação do Efetivo = B+C-A 72 Dias 70 Dias 42 Dias 68 Dias 36 Dias


(G) Rotação do Ciclo de Caixa ou Efetivo = 360/F 5,00 Vezes 5,14 Vezes 8,57 Vezes 5,29 Vezes 10,00 Vezes
(H) Saldo Médio em Caixa = D/G 1.040.000,00 € 1.011.111,11 € 606.666,67 € 982.222,22 € 520.000,00 €
(I) Economia (Diferença) =SMC Atual - SMC CASOX NA 28.888,89 € 433.333,33 € 57.777,78 € 520.000,00 €
Custo de Oportunidade = I*E NA 4.911,11 € 73.666,67 € 9.822,22 € 88.400,00 €

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5) COMPANHIA HOYOS (TAMANHO IDEAL DA TRANSAÇÃO)

La companhia Hoyos prediz um requisito de efetivo de 3.000 euros durante um


período de um mês no qual se espera que deve-se pagar constantemente em efetivo. O custo
de oportunidade é de 12% anual. O custo de transação é de 50 euros.

a) Qual é o tamanho ideal da transação?

b) Que quantidade de efetivo há disponível em geral? Qual é o saldo médio de


efetivo?

R. Abaixo segue a resposta de cada item

a) Tamanho ideal da transação se dá pela seguinte fórmula:

TID=√ (2 ¿ ×CT × ℜ)/i ¿

Onde:

CT = Custo da transação = 50

RE = Requisito do efetivo = 3.000

I = Taxa de Juros (rendimento) = 12% a.a. = 1% a.m.

TID = √(2 ×50 ×3000)/0.01 = €5.477,23

b) O saldo médio efetivo é a metade do TID, ou seja:

SME = TID/2 = €2.738,62

6) EMPRESA SUÁREZ (POLÍTICA DE DESCONTO)

A empresa Suárez conta com a seguinte informação:

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A empresa está estudando a possibilidade de oferecer um desconto de 4/10,
líquido/30, e espera que 30% de seus clientes aproveite o desconto. Espera-se que o período
de pagamento diminua a dois meses. Deve-se implementar a política de desconto?

Você, como diretor financeiro da empresa deve preparar uma planilha para analisar
se é possível. No entanto, sobre a base da planilha que já preparou, suponha que quer
ajudar seu amigo Paquito que se encontra na mesma situação que você, para o qual conta
com a seguinte informação:

Paquito está estudando a possibilidade de oferecer um desconto de 5%, líquido/30


dias, e espera que 20% de seus clientes aproveitará o desconto. O período de pagamento se
espera que diminua a um mês e meio. Deve-se realizar a política de desconto?

R.

a) Caso Suárez:

Para entender se a política de descontos vai ser favorável ou não temos de verificar se vai
haver algum incremento líquido que se dá pela diferença do rendimento marginal com o custo
marginal.

Para termos o Rendimento Marginal (RM) utilizamos a seguinte fórmula:

RM =VSM ×i

Onde:

VSM = Variação do Saldo Médio = Saldo Médio Atual – Saldo Médio Novo

i: Taxa de rendimentos

Então: RM =VSM ×i = [(24M€/360)×90 - (24M€/360)×60] × 0,18= 2M€ × 0,18 =

RM = €360.000,00

Para termos o Custo Marginal (CM) utilizamos a seguinte fórmula:

CM =V × D ×%A

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Onde:

V = Vendas anuais

D = Desconto

%A = % de aderentes ao desconto

Então: CM =24 M € × 0,04 ×0.3=0.288 M € =€ 288.000,00

A Variação Líquida se dá pela diferença entre as duas:

VL = RM – CM = 360.000 – 288.000 = €72.000,00

Portanto, deve-se viabilizar a política de descontos proposta.

b) Caso Paquito:

Para entender se a política de descontos da empresa Paquito, a dedução é similar.

Para termos o Rendimento Marginal (RM) utilizamos a seguinte fórmula:

RM =VSM ×i

Onde:

VSM = Variação do Saldo Médio = Saldo Médio Atual – Saldo Médio Novo

i: Taxa de rendimentos

Então: RM =VSM ×i = [(30M€/360)×60 - (30M€/360)×45] × 0,16= 1,25M€ × 0,16 =

RM = €200.000,00

Para termos o Custo Marginal (CM) utilizamos a seguinte fórmula:

CM =V × D ×%A

Onde:

V = Vendas anuais

D = Desconto

%A = % de aderentes ao desconto

Então: CM =30 M € ×0,05 × 0.2=0.3 M € =€ 300.000,00

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A Variação Líquida se dá pela diferença entre as duas:

VL = RM – CM = 200.000 – 300.000 = -€100.000,00

Portanto, não se deve viabilizar a política de descontos proposta.

7) MORA E RODRÍGUEZ (POLÍTICA DE CRÉDITO)

Mora tem uma capacidade imobilizada e proporciona a seguinte informação:

Os donos estão considerando uma mudança de política que reduzirá suas normas de
crédito. A seguinte informação se aplica à proposta:

1. As vendas aumentarão 20%.

2. O período de pagamento subirá a 3 meses.

3. As perdas por dívidas incobráveis se espera que sejam 3% das vendas extras.

4. Espera-se que os custos de pagamento aumentem em 20.000 euros.

A proposta convém? Analise detalhadamente.

R. Seguem os cálculos abaixo:

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Atual Proposta Comentário
(A) Preço de Venda Unitário € 80,00 € 80,00
(B) Custo Variável Unitário € 50,00 € 50,00
(C) Custo Fixo Unitário € 10,00 € 10,00
(D) Vendas a Crédito Anuais (ud) 300.000 360.000 +20% Vendas
(E) Vendas Totais € 24.000.000,00 € 28.800.000,00 =A*D
(F) Custos Variáveis Totais € 15.000.000,00 € 18.000.000,00 =B*D
(G) Custo Fixo Total € 3.000.000,00 € 3.000.000,00 Igual atual
(H) LAJIR € 6.000.000,00 € 7.800.000,00 =E-F-G

(I) Período de Cobrança 60 Dias 90 Dias Pagamento sobe a 3 meses


(J) Rotação de Contas a Pagar 6 4 =360/I
(K) Caixa Médio de Contas a Pagar € 3.000.000 € 5.250.000 =(F+G)/J
(L) Taxa de Juros (Custo de Oportunidade) 16% 16%
(M) Custo de Dívidas Incobráveis € 720.000,00 € 864.000,00 3% de Perda de Vendas

(N) Variação LAJIR € 1.800.000,00 ΔH


(O) Variação Dívidas Incobráveis € 144.000,00 ΔM
(P) Custo da Diferença de Caixa € 360.000,00 ΔK*L
(Q) Custos de pagamento € 20.000,00 Custo adicional da proposta
Total Líquido Marginal € 1.276.000,00 =N-O-P-Q

A primeira análise que se faz é o quanto que é a diferença de lucratividade, ou variação da


LAJIR. Ela nos dará o quanto se ganha com a medida de crédito. Vale ressaltar que os custos
fixos permanecem inalterados.

Com o período de cobrança aumentando, devido ao aumento de crédito, vai se exigir que a
empresa possua maior caixa para sanar o passivo. Essa diferença de caixa que deve ser aportada
custa a empresa no valor de 16% (custo de oportunidade).

Mais vendas, querem dizer mais valores incobráveis absolutos. Então essa diferença de custo
deve ser também computada. O problema informa que há um custo adicional de pagamento de
20.000 com a nova proposta.

Vemos que reduzindo do ganho na LAJIR os custos associados, temos um valor positivo. Isso
faz com que a medida adotada de geração de crédito seja uma proposta conveniente.

8) INDUSTRIAS WESTELL (ADMINISTRAÇÃO DE INVENTÁRIOS)

As indústrias Westell está pensando em revisar sua política de inventários.


Atualmente a rotação de inventários é de 16 vezes. Os custos variáveis são 70% das vendas.
Se os níveis de inventário forem aumentados, a Westell antecipa que serão originadas
vendas adicionais e uma menor incidência de esgotamento de inventário. A taxa de lucros
esperada é de 17%. As vendas atuais e estimadas e a rotação de inventário são as seguintes:

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Você, como diretor financeiro da Companhia deve preparar uma planilha para
determinar o nível de inventários que garante a maior economia líquida.

No entanto, sobre a base da planilha que já preparou, suponha que quer ajudar a
seu amigo Paco que se encontra na mesma situação que Você, para o qual conta com a
seguinte informação:

Entretanto, deve considerar que na empresa de seu amigo Paco, os custos variáveis
representam 55% das vendas e a taxa de lucros esperada é de 15%. Você pode ajudá-lo?

R. Segue o cálculo das indústrias Westell abaixo. Portanto a melhor economia é uma
rotação de inventário de 7x, onde o ganho em lucros supera em maior volume o custo adicional
de possuir um caixa médio maior.
Atual Caso 1 Caso 2 Caso 3 Comentários
(A) Vendas € 700.000,00 € 780.000,00 € 850.000,00 € 940.000,00
(B) Rotação 16 Vezes 14 Vezes 11 Vezes 7 Vezes
(C) Custo Variável € 490.000,00 € 546.000,00 € 595.000,00 € 658.000,00 70% das Vendas
(D) Lucro Bruto € 210.000,00 € 234.000,00 € 255.000,00 € 282.000,00 =A-C
(E) Caixa Médio € 30.625,00 € 39.000,00 € 54.090,91 € 94.000,00 =C/B

(F) Variação de Lucro € 24.000,00 € 45.000,00 € 72.000,00 ΔF


(G) Custo Caixa Médio Adicional € 1.423,75 € 3.989,20 € 10.773,75 ΔE*0,17
Economia Líquida € 22.576,25 € 41.010,80 € 61.226,25 =F-G

Segue o cálculo das indústrias Paco abaixo. Portanto a melhor economia é uma rotação de
inventário de 11x, onde o ganho em lucros supera em maior volume o custo adicional de possuir
um caixa médio maior.

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Atual Caso 1 Caso 2 Caso 3 Comentários
(A) Vendas € 805.965,00 € 945.500,00 € 1.156.880,00 € 1.246.850,00
(B) Rotação 18 Vezes 15 Vezes 13 Vezes 11 Vezes
(C) Custo Variável € 443.280,75 € 520.025,00 € 636.284,00 € 685.767,50 55% das Vendas
(D) Lucro Bruto € 362.684,25 € 425.475,00 € 520.596,00 € 561.082,50 =A-C
(E) Caixa Médio € 24.626,71 € 34.668,33 € 48.944,92 € 62.342,50 =C/B

(F) Variação de Lucro € 62.790,75 € 157.911,75 € 198.398,25 ΔF


(G) Custo Caixa Médio Adicional € 1.506,24 € 3.647,73 € 5.657,37 ΔE*0,15
Economia Líquida € 61.284,51 € 154.264,02 € 192.740,88 =F-G

9) ALARMES MASTER (POLÍTICA DE INVENTÁRIOS)

A empresa “Alarmes Master” contempla um programa de turnos de produção à


grande escala para reduzir os custos de iniciação. A empresa calcula que a economia anual
será de 50.000 euros e que o prazo médio de inventários aumente de 45 a 72 dias. O custo de
vendas da empresa é de 3.500.000 euros e o rendimento esperado do investimento é de 20%.
Esse programa poderia ser recomendado?

Segue o cálculo das Alarmes Master abaixo. Portanto o programa de inventário


recomendado não é viável. A economia anual não supera o custo de se possuir um caixa médio
maior.
Atual Caso 1 Comentários
(A) Rotação 45 Dias 72 Dias
(B) Custo Variável € 3.500.000,00 € 3.500.000,00
(C) Economia € 0,00 € 50.000,00
(D) Caixa Médio € 437.500,00 € 700.000,00 =A*B/360

(E) Variação Econômica € 50.000,00 ΔC


(F) Custo Caixa Médio Adicional € 52.500,00 ΔD*0,20
Economia Líquida -€ 2.500,00 =E-F

10) EMPRESA SALINAS (POLÍTICA DE INVENTÁRIOS)

A empresa Salinas pensa em trocar a sua política de inventários. Atualmente as


vendas são de 800.000 euros e a rotação do inventário é de 12 vezes ao ano. Os custos
variáveis representam 60% das vendas e o custo de oportunidade da companhia é de 21%.
As vendas propostas e as rotações de inventário correspondentes que se propõem são:

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Determine o nível de inventário que permite a maior economia líquida.

R. Segue o cálculo das indústrias Salinas abaixo. Portanto a melhor economia é uma
rotação de inventário de 5x, onde o ganho em lucros supera em maior volume o custo adicional
de possuir um caixa médio maior.

Atual Caso 1 Caso 2 Caso 3 Comentários


(A) Vendas € 800.000,00 € 870.000,00 € 950.000,00 € 1.200.000,00
(B) Rotação 12 Vezes 10 Vezes 7 Vezes 5 Vezes
(C) Custo Variável € 480.000,00 € 522.000,00 € 570.000,00 € 720.000,00 60% das Vendas
(D) Lucro Bruto € 320.000,00 € 348.000,00 € 380.000,00 € 480.000,00 =A-C
(E) Caixa Médio € 40.000,00 € 52.200,00 € 81.428,57 € 144.000,00 =C/B

(F) Variação de Lucro € 28.000,00 € 60.000,00 € 160.000,00 ΔF


(G) Custo Caixa Médio Adicional € 2.562,00 € 8.700,00 € 21.840,00 ΔE*0,21
Economia Líquida € 25.438,00 € 51.300,00 € 138.160,00 =F-G

11) EMPRESA TRUCEL (OTIMIZAÇÃO DE INVENTÁRIOS)

A empresa Trucel apresenta a seguinte informação: utilizam-se 400 unidades por


mês, o custo por pedido é de 20 euros e o custo de armazenamento por unidade é de 6 euros.

Logo:

a) Qual é a quantidade econômica do pedido? Q = √2KD/h

b) Quantos pedidos são necessários por mês?

c) Com que frequência devem ser feitos?

R. Seguem abaixo as respostas com seu respectivo cálculo.


Comentários
Demanda Mensal (D) 400 Uds
Custo de se Realizar um Pedido (K) € 20,00 𝑄 𝐷 𝐾ℎ
Custo de armazenar (h) € 6,00
a) Quantidade econômica do pedido (Q) 51,6 Uds = √2× × /
b) Pedidos necessários por mês (P) 7,7 =D/Q
c) Frequencia ideal 3,9 Dias =30/P

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Referências:

1. Fórum perguntas e respostas TR-047 – Direção Financeira. recuperado em 2 de março de


2020 em: https://campus2.funiber.org/mod/forum/view.php?id=98442
2. V. Vega (s.f.) TR-047 Direção Financeira, Funiber.

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