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O passivo circulante representa o financiamento de curto prazo de uma empresa, uma vez
que inclui todas as dívidas vincendas (isto é, a pagar) em um ano ou menos. Essas dívidas
normalmente abrangem valores devidos a fornecedores (contas a pagar), funcionários e
governo (despesas a pagar), além de bancos (empréstimos bancários), entre outros.
A conversão dos estoques para recebíveis e destes para caixa fornece os recursos para
pagar o passivo circulante. As saídas de caixa do passivo circulante são relativamente
previsíveis. Ao incorrer em uma obrigação, a empresa sabe quando será devido o
pagamento correspondente. Mais difíceis de prever são as entradas de caixa — a conversão
do ativo circulante em formas mais líquidas. Quanto mais previsíveis as entradas de caixa,
menor o capital de giro líquido necessário. Como a maioria das empresas é incapaz de
conciliar com certeza as entradas e as saídas de caixa, costumam manter um ativo
circulante mais do que suficiente para cobrir as saídas associadas ao passivo circulante. De
modo geral, quanto maior a margem pela qual o ativo circulante supera o passivo
circulante de uma empresa, maior sua capacidade de pagar as contas à medida que se
tornem devidas
Podemos usar o quociente entre ativo circulante e ativo total para demonstrar como a
mudança do nível do ativo circulante de uma empresa afeta a relação entre rentabilidade e
risco. Esse quociente indica a percentagem circulante do ativo total. Para exemplificar,
admitiremos que o nível do ativo total permaneça inalterado.2 Os efeitos sobre a
rentabilidade e o risco de aumento ou diminuição desse quociente encontram -se resumidos
na parte superior da Tabela 14.1. Quando o quociente aumenta — ou seja, quando aumenta
o ativo circulante — a rentabilidade diminui. Por quê? Porque o ativo circulante é menos
lucrativo do que o imobilizado. O ativo imobilizado é mais lucrativo porque agrega mais
valor ao produto. Sem ele, a empresa não poderia gerar o produto.
O efeito risco, entretanto, diminui à medida que aumenta o quociente entre ativo circulante
e ativo total. O aumento do ativo circulante aumenta o capital de giro líquido, reduzindo,
assim, o risco de insolvência técnica. Além disso, à medida que descemos pelo lado do
ativo do balanço patrimonial, o risco associado aos ativos aumenta: o investimento em
caixa e títulos negociáveis é menos arriscado do que o investimento em contas a receber,
estoques e ativo imobilizado. O investimento em contas a receber é menos arriscado do
que o investimento em estoques e ativo imobilizado. O investimento em estoques é menos
arriscado do que o investimento em ativo imobilizado. Quanto mais próximo um ativo
estiver do caixa, menor será o seu risco. Os efeitos opostos sobre lucro e risco resultam da
diminuição do quociente entre ativo circulante e ativo total.
O ciclo operacional (CO) de uma empresa é o período de tempo que vai do começo do
processo de produção até o recebimento de caixa resultante da venda do produto acabado.
O ciclo operacional abrange duas principais categorias de ativo de curto prazo: estoque e
contas a receber. É medido em tempo decorrido por meio da soma da idade média do
estoque (IME) e do prazo médio de recebimento (PMR).
CO = IME + PMR
CCC = CO – PMP
Substituindo a relação da Equação 14.1 na Equação 14.2, podemos ver que o ciclo de
conversão de caixa tem três componentes principais, como mostra a Equação 14.3: (1)
idade média do estoque, (2) prazo médio de recebimento e (3) prazo médio de pagamento.
Exemplo: