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PROVA DE AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS

CURSO UNIDADE CURRICULAR


LICENCIATURA DE GESTÃO DE EMPRESAS ANÁLISE E RELATO FINANCEIRO II
ÉPOCA NORMAL OUTRAS ÉPOCAS DATA DURAÇÃO
☐ TESTE INTERCALAR ☒TESTE AVALIAÇÃO GLOBAL ☐EXAME ☐RECURSO ☐ESPECIAL 05.12.2022 2H30M

DOCENTE(S)
JOSÉ FERNANDO DA SILVA NETO

NÚMERO NOME ESTUDANTE

CLASSIFICAÇÃO ASSINATURA(S) DOCENTE(S)

( ) VALORES

OBSERVAÇÕES

▪ O ENUNCIADO DA PROVA DE AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS É COMPOSTO POR 11 PÁGINAS INCLUINDO ESTA PÁGINA DE ROSTO.
▪ NÃO SÃO PERMITIDAS SAÍDAS DA SALA.
▪ DURANTE A PROVA OS TELEMÓVEIS DEVEM ESTAR DESLIGADOS E GUARDADOS.
▪ APENAS É PERMITIDA O USO DE MÁQUINA DE CALCULAR E A CONSULTA DO FORMULÁRIO.
▪ QUAISQUER PRESSUPOSTOS ADICIONAIS DEVEM SER CLARAMENTE APRESENTADOS.
▪ COTAÇÕES: GRUPO I: 3 VALORES; GRUPO II: 6 VALORES; GRUPO III:7 VALORES; GRUPO IV:4 VALORES.

BOM TRABALHO!
PROVA DE AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS

GRUPO I (3 VALORES)

Indique, justificando de forma breve, se as seguintes afirmações são verdadeiras ou falsas. Cada resposta
correta e devidamente justificada vale 1 valor.

1. O Grau de Alavancagem Financeira (GAF) mede o impacto de uma variação percentual unitária da
quantidade vendida sobre a variação percentual nos resultados operacionais. (1 valor)
R: Falso. O GAF mede o impacto de uma variação percentual unitária dos resultados operacionais sobre a
variação percentual nos resultados líquidos.

2. A autonomia financeira de uma empresa com uma rentabilidade líquida dos capitais próprios de 12% e uma
rentabilidade líquida do ativo (resultados líquidos/Ativo) de 3% é de 25%. (1 valor)
R: Verdadeiro. RL/CP=12%; RL/A=3% → AF=CP/A=3%/12%=25%

3. A avaliação de uma empresa pode ser efetuada segundo diferentes metodologias. De acordo com o método
de atualização dos cash-flows (DCF), uma empresa vale pela sua capacidade em criar riqueza, ou seja, pela
sua capacidade em gerar cash-flows no futuro. (1 valor)
R: Verdadeiro. Segundo esta metodologia, o valor de uma empresa não depende da sua situação atual
nem do passado (valor patrimonial) mas sim da sua capacidade de gerar fluxos de caxa no futuro para
remunerar os seus acionistas e credores.

GRUPO II (6 VALORES)

Leia atentamente cada pergunta e analise todas as respostas possíveis antes de responder. Para cada pergunta
existe apenas uma única resposta que se afigura correta, a mais correta ou a mais completa das quatro.
Indique-a, usando para o efeito um círculo. Cada resposta correta vale 0,75 valores.

1. Considere a seguinte informação da empresa XPTPO, S.A.:


- Prazo médio de duração de inventários de matérias-primas: 30 dias;
- Prazo médio de duração de inventários de produtos acabados: 20 dias;
- Prazo médio de recebimento de clientes: 60 dias;
- Prazo médio de pagamento a fornecedores: 45 dias.
a) Em média, os clientes da empresa XPTO, S.A. demoram 45 dias a pagar.
b) O ciclo de caixa da empresa é de 65 dias.
c) O ciclo de caixa da empresa é de 45 dias.
d) Nenhuma das alíneas anteriores está correta.
R: Em média, os clientes da empresa demoram 60 dias a pagar, pelo que a afirmação a) é falsa. Ciclo de
caixa= PMR + PMI mat primas + PMI prod acab. – PMP = 60 + 30 + 20 -45 = 65 dias

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2. O rácio Valor de Mercado/Valor Contabilístico (Price Book Value) de uma empresa é de 2,5. O seu ativo é
de 1000 milhões de euros e o seu passivo de 700 milhões de euros. Isso significa que o valor de mercado
dos capitais próprios dessa empresa é de:
a) 120 milhões de euros.
b) 300 milhões de euros.
c) 750 milhões de euros.
d) Nenhuma das alíneas anteriores está certa.

R: Valor contabilístico do capital próprio= Ativo – Passivo = 1000 -700 = 300 milhões de euros. Como
o PBV é de 2,5, o valor de mercado = 2,5 * valor contabilístico = 2,5*300= 750 milhões de euros.

3. Qual das seguintes decisões faz diminuir o rácio de liquidez geral?


a) Aumentar o endividamento de curto prazo para a aquisição de ativos fixos.
b) Vender ativos fixos para reduzir contas a pagar de curto prazo.
c) Emitir endividamento de longo prazo para compra de matérias-primas.
d) Nenhuma das anteriores.

GLG = Ativo corrente / Passivo corrente.


Ao aumentar o endividamento corrente para aquisição de ativos fixos, a empresa está a aumentar o
passivo corrente (denominador do rácio), mantendo o ativo corrente, pelo que o GLG irá diminuir.

Ao vender ativos fixos para reduzir contas a pagar de curto prazo, diminui o passivo corrente e o
ativo corrente não se altera → GLG aumenta

Ao emitir endividamento de longo prazo para compra de matérias primas: Passivo corrente mantém-
se e ativo corrente aumenta → GLG aumenta.

4. Uma empresa tem um ponto crítico do volume de negócios de 100 milhões de euros. A sua margem de
contribuição é de 16% do volume de negócios e o resultado operacional representa 10% do volume de
negócios. Pode afirmar-se que:
a) Os custos fixos das vendas são de 1000 milhões de euros.
b) O grau de alavancagem operacional é de 1,6.
c) Ambas as afirmações anteriores estão corretas.
d) Com a informação disponível não é possível determinar os custos fixos.

𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐹𝑖𝑥𝑜𝑠 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐹𝑖𝑥𝑜𝑠


𝑉∗ = ≤> 160 = <=>
𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 (𝑒𝑚 %) 16%

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𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠 = 160 ∗ 0,16 = 25,6 𝑚𝑖𝑙ℎõ𝑠 𝑑𝑒 𝑒𝑢𝑟𝑜𝑠 → Logo, a afirmação a) é falsa.

𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 0,16


𝐺𝐴𝑂 = 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙
= 0,10 = 1,6 → A afirmação b) está correta.

5. Uma empresa tem um rácio de endividamento sobre capitais próprios igual a 1. O custo do capital próprio
é de 14% e o custo do endividamento é de 10%. Para uma taxa de imposto sobre o rendimento das
sociedades de 25%, o custo médio ponderado do capital será de:
a) 12,0%.
b) 10,75%.
c) 9,5%.
d) Nenhuma das anteriores.

𝑘𝑊𝐴𝐶𝐶 = 𝑊𝑆 ∗ 𝑘𝑆 + 𝑊𝐷 ∗ 𝑘𝐷 ∗ (1 − 𝑡)
Como D/E = 1, então D=E → Ws=Wd=50%

Ks = 14%

Kd=10%

t= 25%

WACC = 0,5*14% + 0,5*10%*(1-25%) = 10,75%.

6. A demonstração de resultados da empresa JOTA mostra que no último exercício esta registou vendas de 1
milhão de euros, um EBITDA de 500 mil euros, um EBIT de 400 mil euros e gastos de financiamento de 50
mil euros. A rentabilidade operacional das vendas e o rácio de cobertura dos encargos financeiros serão:
a) 40% e 8 vezes, respetivamente
b) 50% e 8 vezes, respetivamente
c) 50% e 10 vezes, respetivamente
d) 40% e 10 vezes, respetivamente

Margem EBIT = EBIT/VN= 400/1000=40%


Rácio cobertura encargos financeiros= EBITDA/Gastos financiamento= 500/50=10 vezes

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7. Se a empresa apresenta um rácio de autonomia financeira de 65%, então pode-se afirmar que:
a) A empresa está a financiar 65% dos seus ativos com dívida.
b) A empresa apresenta um rácio debt-to-equity superior a 1.
c) A maior parte da sua dívida é de médio e longo prazo.
d) A empresa está a financiar 65% dos seus ativos com capital próprio.

8. As ações da empresa XYZ têm um beta de 0,9. O prémio de risco esperado para o mercado é de 6%. A taxa
de juro isenta de risco é de 2%. A taxa de juro adequada para remunerar os acionistas desta empresa, de
acordo com o CAPM, é:
a) 9,2%.
b) 7,4%.
c) 5,7%.
d) Nenhuma das alíneas anteriores está certa.

R: Ks = rf + (rm-rf)*B = 2% +6% * 0,9 = 7,4%

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GRUPO III (7 VALORES)

Considere as seguintes demonstrações financeiras e informações complementares da empresa ABC, Lda.


relativamente aos últimos três últimos exercícios.

Balanços individuais da ABC, SA. no triénio N-2 a N


(valores em milhares de €)
Períodos
Rubricas
N-2 N-1 N
ATIVO
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis 3 243 4 130 4 595
Ativos intangíveis 160 218 263
Outros ativos financeiros 245 245 169
Ativos por impostos diferidos 320 186 87
Outras contas a receber 185 210 285
4 153 4 989 5 399
Ativo Corrente
Inventários 427 385 420
Clientes 430 566 785
Adiantamentos a fornecedores 0 10 1
Estado e outros entes públicos 43 36 16
Outras contas a receber 76 37 88
Diferimentos 45 23 66
Outros ativos financeiros 0 0 10
Caixa e depósitos bancários 105 17 188
1 126 1 074 1 574
Total do ativo 5 279 6 063 6 973
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital próprio
Capital realizado 1 000 1 000 1 000
Reservas legais 155 164 173
Outras reservas 681 802 923
Ajustamentos em ativos financeiros 173 173 173
Resultado líquido do período 0 0 0
Total do capital próprio 2 009 2 139 2 269
Passivo
Passivo não corrente
Financiamentos obtidos 2 300 2 680 3 160
Passivos por impostos diferidos 25 36 72
Outras contas a pagar 150 160 87
2 475 2 876 3 319
Passivo corrente
Fornecedores 438 396 590
Adiantamentos de clientes 19 46 5
Estado e outros entes públicos 63 71 120
Financiamentos obtidos 118 379 545
Outras contas a pagar 145 127 108
Diferimentos 12 29 17
795 1 048 1 385
Total do Passivo 3 270 3 924 4 704
Total do capital próprio e do passivo 5 279 6 063 6 973

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Demonstrações dos resultados individuais da ABC, SA. no triénio N-2 a N


(valores em milhares de €)
Períodos
Rendimentos e Gastos
N-2 N-1 N
Vendas e serviços prestados 4 427 5 968 6 957
Variação nos inventários da produção 44 -25 -36
Trabalhos para a própria entidade 0 0 0
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas -2 210 -2 998 -3 431
Fornecimentos e serviços externos -684 -853 -945
Gastos com o pessoal -805 -1 120 -1 362
Outros rendimentos e ganhos 216 80 63
Outros gastos e perdas -20 -35 -46
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 968 1 017 1 200
Gastos/reversões de depreciação e amortização -594 -598 -725
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 374 419 475
Juros e rendimentos similares obtidos 0 0 0
Juros e gastos similares suportados -128 -117 -167
Resultado antes impostos 246 302 308
Imposto sobre o rendimento do período -56 -62 -65
Resultado líquido do período 190 240 243

Detalhes de algumas rubricas da ABC, SA.


(valores em milhares de €)
Inventários N-2 N-1 N
Matérias-primas 250 165 180
Produtos acabados 177 220 240
427 385 420

Outras contas a receber N-2 N-1 N


Empresas subsidiárias, associadas e participadas 12 12 12
Adiantamentos a fornecedores de investimentos 50 17 0
Outros devedores de exploração 14 8 76
76 37 88

Diferimentos ativos N-2 N-1 N


Gastos a reconhecer de exploração 22 18 43
Gastos a reconhecer extra-exploração 23 5 23
45 23 66

Outras contas a pagar N-2 N-1 N


Fornecedores de investimento 35 45 65
Credores por acréscimos de rendimentos de exploração 25 52 26
Outros credores extra-exploração 85 30 17
145 127 108

Diferimentos passivos N-2 N-1 N


Rendimentos a reconhecer exploração 8 15 9
Rendimentos a reconhecer extra-exploração 4 14 8
12 29 17

Outras Informações N-2 N-1 N


FSE Variáveis (% FSE) 30% 30% 30%
Custo da Produção Vendida (% Volume de Negócios) 60% 60% 60%

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Pedidos:
1. Complete o seguinte quadro com os rácios de rendibilidade e de risco da empresa para o ano N (apresente
os valores arredondados a uma casa decimal). (2 valores)

Ano N-1 Ano N Alternativa


Rácios de Rendibilidade
Margem de contribuição (%) 45,5% 46,6% 20,7%
Margem operacional das vendas (%) 7,0% 6,8% 6,8%
Rendibilidade dos Capitais próprios (%) 11,2% 10,7% 10,7%
Rendibilidade operacional do Ativo (%) 6,9% 6,8% 6,8%
Rácios de Risco
Ponto Crítico do Volume de Negócios (mEUR) 5 046,7 5 937,9 4 660,4
Margem de Segurança (%) 18,3% 17,2% 49,3%
Grau de alavancagem operacional 6,5 6,8 3,0
Grau de alavancagem financeira 1,4 1,5

Cálculos auxiliares Ano N-1 Ano N


Volume de negócios 5 968,0 6 957,0
CMVMC 2 998,0 3 431,0
FSE 853,0 945,0
% FSE variáveis 30% 30%
FSE Variáveis 255,9 283,5
Custos Variáveis (CMVMC+%FSE Var.) 3 253,9 3 714,5
Margem de contribuição (VN-CV) 2 714,1 3 242,5
EBIT 419 475
Custos Fixos (VN-EBIT-CV) 2 295,1 2 767,5
RAI 302,0 308,0
RL 240,0 243,0
Capitais próprios 2 139,0 2 269,0
Ativo 6 063,0 6 973,0

2. Comente a evolução dos rácios de rendibilidade e risco da empresa ABC entre o ano N-1 e o ano N.
(3 valores)

R: Apesar da margem de contribuição ter aumentado ligeiramente entre o ano N-1 para o ano N (de 45,5%
para 46,6%), o aumento dos custos fixos determinou uma redução dos restantes rácios de rendibilidade.
O aumento dos custos fixos também determinou um aumento do ponto crítico das vendas e uma redução da
margem de segurança. No último exercício, a margem de segurança situou-se em 17,2%, o que significa que o
volume de negócios efetivo do ano N encontra-se 17,2% acima do seu valor crítico.
Quer a redução da margem de segurança, quer o aumento dos graus de alavancagem sugerem um aumento
do risco da empresa.
Em suma, no último ano verifica-se uma degradação dos rácios de rendibilidade e um ligeiro aumento do risco
da empresa.

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3. Decomponha, segundo o modelo aditivo, a rentabilidade do capital próprio para o ano de 2020. (2 valores)

Descrição Ano N
1. Rendibilidade operacional dos capitais investidos (RO/CI) 8,2%
2. Debt-to-equity ratio (Dívida Financeira líquida / CP) 155,0%
3. Taxa de juro da dívida financeira (Gastos de financiamento / Dívida
financeira líquida) 4,7%
4. Spread entre a ROCI e a taxa de juro da dívida financeira (1) - (3) 3,5%
5. Efeito dos resultados não recorrentes (RAI/RC) 100%
6. Taxa de imposto sobre o rendimento (IRC/RAI) 21,1%
7. Rentabilidade dos capitais próprios [(1) + (2) x (4)] x (5) x [1-(6)] 10,7%

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GRUPO IV (4 VALORES)

Considere as seguintes informações da empresa XYX:

Dados Ano N milhares de euros


Rendimentos operacionais 5 500
Gastos variáveis operacionais 2 950
Gastos fixos operacionais sem depreciações e amortizações 1 150
Depreciações e amortizações 400
Investimentos em ativo fixo 400
Variação das NFM 200
Taxa de IRC 25,0%
Debt to Equity ratio 21,8%
Custo da dívida financeira 6,0%
Custo dos capitais próprios 9,0%
Valor de mercado da dívida financeira 1 860
Valor de mercado dos ativos extra-exploração (VMAEE) 250
Capital Investido no início do ano 6 440
Taxa de crescimento dos FCFF
Próximos 3 anos 5%
Anos seguintes 3%

Pedidos:
1. Determine o Free Cash-Flow to Firm (FCFF) da empresa XYZ no ano N. (1,5 valores)

(+) Rendimentos operacionais 5 500,0


(-) Gastos variáveis operacionais 2 950,0
(-) Gastos fixos oper. s/dep e amort. 1 150,0
(-) Depreciações e amortizações 400,0
(=) EBIT 1 000,0
(-) Impostos sobre o EBIT 250,0
(=) EBIT * (1-t) = 750,0
(+) Amort e Dep 400,0
(=) Cash flow bruto 350,0
(-) Variação das NFM 195,0
(-) CAPEX 400,0
(=) FCFF 555,0

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2. Determine o custo médio ponderado do capital da empresa XYZ. (1 valor)

𝒌𝑾𝑨𝑪𝑪 = 𝑾𝑺 ∗ 𝒌𝑺 + 𝑾𝑫 ∗ 𝒌𝑫 ∗ (𝟏 − 𝒕)

Debt to Equity Ratio (D/E) = 0,218

D/(E+D)= x= 0,179
E/(E+D)= (1-x) = 0,821

D/E=X/(1-X)=0,218 --> X=0,218*(1-X) <=> X+0,218X=0,218 <=> X=0,218/1,218 = 0,179

WACC = 0,821*9%+0,179*5%*(1-0,25) = 8,1%

3. Tendo por base o método do Discount Cash-Flow aplicado ao FCFF, determine o valor do negócio
(enterprise value), valor da empresa (firm Value) e o valor de mercado dos capitais próprios (equity Value).
Nota, caso não tenha conseguido resolver a alínea anterior, considere que o custo médio ponderado do
capital da empresa XYZ é de 8,1%. (1,5 valores)

𝐹𝐶𝐹𝐹𝑁+1 𝐹𝐶𝐹𝐹𝑁+2 𝐹𝐶𝐹𝐹𝑁+3 𝐹𝐶𝐹𝑁+4 1


𝐸𝑛𝑡𝑒𝑟𝑝𝑟𝑖𝑠𝑒 𝑉𝑎𝑙𝑢𝑒 = 1
+ 2
+ 3
+ ∗
(1 + 𝑅) (1 + 𝑅) (1 + 𝑅) (𝑅 − 𝑔) (1 + 𝑅)3

N N+1 N+2 N+3 N+4


FCFF 555,0 582,8 611,9 642,5 661,8
Taxa de crescimento do FCFF 5% 5% 5% 3%
Valor Residual 12 975,6
FCFF+ VR 582,8 611,9 13 618,1
Fator de atualização 0,92507 0,85575 0,79163
Valor atual do FCFF e VR 539,1 523,6 10 780,5
Enterprise value 11 843
Valor de mercado dos ativos extraexploração 250
Firm value 12 093
Valor de mercado da dívida financeira 1 860
Equity value 10 233

Enterprise Value = 11 843 milhares de euros

Valor da empresa (Firm Value) = 𝐸𝑛𝑡𝑒𝑟𝑝𝑟𝑖𝑠𝑒 𝑉𝑎𝑙𝑢𝑒 + 𝑉𝑀𝐴𝐸𝐸 = 11 843 + 250= 12 093 milhares de euros

Valor de mercado dos capitais próprios (Equity Value) = Firm Value – Valor de mercado da Dívida = 12 093 –
1 860 = 10 233 milhares de euros.

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