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Introdução à Economia

Capítulo - Moeda

A moeda não é apenas moeda um instrumento geral de trocas. É procurada


como mercadoria para entesouramento e para fins de constituição de reservas
liquidas.
A moeda tem 3 funções:

1. Instrumento geral de trocas – funciona como contraprestação de um bem ou


serviço;

2. Medida comum de valores – é a expressão monetária do valor dos bens, ou


seja, o preço;

3. Função de reservatório de valores – a moeda esta sempre e imediatamente


disponível para qualquer transação;

 Evolução da Moeda:

A moeda metal surge devido as dificuldades da troca direta. Os metais preciosos


não são só usados para fins monetários, como também pelas suas qualidades
intrínsecas e pela sua raridade, elevada procura e facilidade de transporte. Tem um
grande valor especifico.

 Moeda Papel:

É mais comoda, menos pesada e menos volumosa. Tinha todas as vantagens – a


impressão pois era menos dispendiosa, do que cunhar uma moeda.
A raridade dos metais preciosos, levou a utilização da moeda papel que eram tipos
de crédito que desempenham funções monetárias.
O valor facial da própria nota, é muito superior ao valor do papel e da
estampagem.
Numa fase inicial, a moeda papel era uma moeda papel representativa, pois tinha
atras de si igual quantidade de moeda metálica, igual quantidade de ouro e prata
depositados e como esse ouro e prata estavam inativos, os banqueiros começam a
emprestar aos comerciantes e aos industriais, pois verificaram que os depositantes
só levantavam parte dos seus depósitos. Essa moeda papel, já não representava os
valores existentes nos bancos (...) circulava com base na confiança, tinha uma
cobertura metálica parcial.
A moeda papel era emitida sem base, num encaixe integral, dai tornar-se fiduciária.
Essa mesma moeda papel fiduciária, alargou o seu volume monetário em
circulação, como excesso de emissão de moeda, com uma cobertura parcial que
correspondia a uma técnica, a regra de um terço que muitas vezes foi excedida –
entra-se num regime de inconvertibilidade e a moeda papel designa-se por papel
moeda, pois com essa cobertura inferior a esse 1/3, originou que os portadores de
notas (títulos de crédito), procurassem converter essas notas em metal precioso,
não sendo possível por parte dos bancos.
É facultada aos bancos emissores, a possibilidade de não assumirem a obrigação de
converter essas notas em espécies metálicas (só se fosse imposto pelo governo).

 Quase moeda:
É constituída pelos depósitos a prazo ou com pré-aviso, como por exemplo os
mercados de aforro que só algum tempo depois, pode dispor do saldo.

 Moeda bancária ou escritual:

É constituída pelos saldos dos depósitos à ordem.

Teorias do valor da moeda

 Teoria nominalista:
A moeda tem o valor que dela própria consta.

 Teoria metalista:
A moeda tem um valor intrínseco à mercadoria nela incorporada.

 Teoria quantitativa:
O valor da moeda depende da sua quantidade. A moeda valerá mais quanto mais
rara ou menos abundante for.

 Inflação:

É todo e qualquer aumento exagerado desequilibrado da massa monetária, o


que corresponde a um elevado nível de preços.

 Crédito:
O Crédito assenta na ideia de troca por um bem futuro, em que as duas prestações
não são simultâneas. A maior parte das vezes, o crédito assenta na confiança, que o
devedor merece ao credor, em razão da qual este realiza uma prestação, cuja
contrapartida é deferida no tempo.
É uma operação através da qual, um determinado sujeito económico, cede a outro
a disponibilidade efetiva e imediata sobre certo bem, mediante uma
contraprestação futura.
A noção de credito, pressupõe uma troca. Essa mesma troca, pode ser a pronto, a
termo ou a crédito.
O crédito destina-se ao consumo e ao investimento/produção.

 Crédito ao consumo: fornecem-se bens presentes, imediatamente utilizáveis


ou moeda com a qual eles podem obter e só mais tarde, em momento
posterior, pagará em dinheiro ou em espécie o valor correspondente aqueles
bens imediatamente recebidos. Se o devedor não for industrial ou comerciante,
presume-se que o crédito destina-se ao consumo.
 Crédito ao investimento ou produção: orienta-se para os investimentos,
daqueles empresários que não dispõe de capitais suficientes para os planos de
produção estabelecidos. Recorrem ao crédito, dispondo-se a reembolsar os
credores depois de venderem os bens produzidos.

 Crédito a curto e a longo prazo:

O credito a curto prazo e quando e orientado para a produção, visa constituir ou


reforçar o fundo de maneio das empresas ou as suas disponibilidades de
tesouraria. E logo que tenha realizado cobranças respeitantes a fornecimentos
realizados, o empresário poderá reembolsar os seus credores.

O credito a longo prazo destina-se a fazer face a despesas de primeiro


estabelecimento de instalação da empresa. E só passado um período mais ou
menos longo, o empresário poderá reembolsar o credor face à acumulação de
rendimentos de exercícios anuais sucessivos.

 Crédito privado e credito publico:

Diz-se que o credito é privado quando o devedor é particular.


O crédito é público quando uma entidade é pública.

 Crédito pessoal e crédito real:


O crédito pessoal, é o crédito que é concedido apenas em atenção à confiança que
o devedor merece. Em atenção às suas qualidades pessoais, como por exemplo:
desconto de uma letra ou crédito do nosso cartão de crédito. Nenhum elemento
patrimonial, em concreto fica afetado à garantia do pagamento.

Os créditos reais, pelo contrário, já ficam diversos elementos do património do


devedor afetados, especialmente em garantia real do pagamento. Se essa garantia
for dada por bens móveis, fica a recair o penhor. Se for dada por bens imóveis, fica
a recair uma hipoteca.

Tipos de crédito

 À ordem
são transmissíveis por endosso (cheques)

 Nominativos
Aqueles dos quais consta o nome do respetivo credor e cuja transmissão exige
que se proceda a um registo, como por exemplo: as obrigações.

 Ao portador
transmitem-se sem qualquer tipo de formalidade, como por exemplo: as notas do
banco;

Aula de Economia 20-09-2017

 Títulos de crédito à ordem, nominativos, portador:

Títulos de crédito ao portador – transmitem-se sem qualquer tipo de formalidade,


como por exemplo: notas de banco;

Títulos de crédito nominativos – são aqueles dos quais consta o nome do respetivo
credor e cuja transmissão exige que se proceda a um registo, como por exemplo – as
obrigações.

Títulos de crédito à ordem – Os títulos de credito à ordem são transmissíveis por


endosso, isto é, por ordem de pagamento dada pelo benificiário e constantes do verso
do título.
Exemplos de títulos de crédito à ordem: letra, livrança e Warrant.
 Livrança  é um titulo que contém uma promessa de pagamento ao credor ou
à sua ordem;

 Letra  A letra enquanto a livrança é uma promessa de pagamento, a letra é


uma ordem de pagamento. O sacador que a emite dirige uma ordem de
pagamento ao sacado, a seu favor ou a favor de um terceiro beneficiário ou
tomador;

 Warrant  é um titulo de crédito à ordem endossável, garantido por


mercadorias depositadas em regime de armazém, em geral em armazéns de
alfândegas. Os depositários dessas mercadorias, entregam aos depositantes um
título de propriedade que pode circular como garantia de empréstimos.

As operações bancárias passivas são os depósitos à ordem, prazo e pré-aviso;

As operações ativas a curto prazo mais importantes são o desconto e o redesconto:

 O desconto constituiu a mais importante operação bancária ativa contrapondo-


se como tal o depósito. É a operação que consiste na entrega ao beneficiário de
um título de crédito a curto prazo, ainda não vencido, da respetiva importância,
descontando o juro ao tempo que decorrerá até ao vencimento.

 O redesconto ou segundo desconto tem a mesma natureza se um banco


comercial vê aumentar em termos julgados excessivos a sua carteira de efeitos
comerciais descontos a fim de manter taxa de liquidez que lhe é igualmente
exigida ou julga desejável redesconta parte desses efeitos comerciais junto de
outro banco geralmente banco central.

O que é a Economia?
A economia está relaciona está relacionada com os nossos rendimentos e despesas
enquanto consumidores. A tarefa de investir e de poupar é o estudas das atividades de
produção e de troca entras as pessoas. Analisam-se, ainda, os movimentos globais dos
preços, da produção e do desemprego.
Ou
A economia é a ciência fa escolha que estuda as decisões das pessoas sobre a
utilização dos recursos produtivos, escassos ou limitados. Estuda o comportamento
dos seres humanos na organização das suas atividades de consumo e de produção.
Este é o estudo da moeda, das taxas de juro, do capital e da riqueza.

Bem económico: são os meios julgados aptos e disponíveis para a satisfação de


necessidades, que sejam acessíveis, disponíveis e raros.
Fatores de Produção:

 Capital: são disponibilidades monetárias reprodutivas, consiste em bens


duráveis produzidos pela economia para serem empregues na produção de
outros bens. A renumeração do capital é o juro.

 Trabalho: tempo humano despendido conscientemente na produção. A


renumeração do trabalho é o salário.

 Terra: é o solo utilizado nas atividades rurais ou na implantação de estradas ou


edifícios. Recursos naturais, carvão, petróleo e a água. A renumeração da terra
é a renda.

3 Problemas económicos fundamentais:

1. Que produtos produzir e em que quantidade? Resposta dada pelos


consumidores, quando diariamente fazem as escolas económicas. Os bens e
serviços alternativos vão ser utilizados juntamente com os fatores de produção.

2. Como produzir esses bens, que técnicas devem ser utilizadas? A concorrência
entre as empresas e a função da oferta e da procura.

3. Para quem devem ser produzidos e distribuídos esses bens? A totalidade do


produto nacional é repartida por entre os indivíduos e as famílias. A
distribuição da riqueza numa economia de mercado é feita pelos salários pagos
aos trabalhadores, as rendas pagas aos proprietários, os juros aos capitalistas e
o lucro ao empresário.

Relações da economia c/ outros domínios do conhecimento

 A economia e a sociologia: À economia interessa apenas os fenómenos


económicos. Enquanto que a sociologia tem como objetivo de estudo os
fenómenos ou factos sociais.

 A economia, a historia e as relações internacionais; A historia e as relações


internacionais estudam as mudanças nas estruturas sociais, económicas e
politicas ao longo do tempo. Cada vez mais as relações internacionais são
relações económicas. É evidente o estudo histórico da economia.

 A economia e a ciência politica: A economia está relacionada c/ a ciência


politica quando estuda todos os factos sociais relacionados c/ o acesso,
titularidade, exercícios e controlo do poder politico. Os regimes políticos, os
sistemas de governo e os sistemas eleitorais correspondem a esquemas de
organização económica.

 A economia e o direito? A economia é objeto do direito enquanto conjunto das


normas reguladoras das relações socais c/ conteúdo económico, desde logo as
normas de direito patrimonial privado, q regulam institutos económicos
fundamentais (liberdade contratual, a responsabilidade civil patrimonial e o
cumprimento dos contratos). Direito das obrigações, como também o direito
de propriedade (direitos reais) é a transmissão dos bens por morte (direito das
sucessões) acresce a essas normas aquelas que regulam as empresas enquanto
instituições económica local. Objeto do direito comercial, do direito da
concorrência e do direito da propriedade industrial.

Funções económicas do estado:

 Eficiência: visa corrigir falhas de mercado c/ situações de monopólio (ex: CP-


combios), oligopólio (+ do q 1 empresa a fornecer o mesmo bem, ex: bombas
de gasolina – galp, BP, …), externalidade.
o Externalidades: verificam-se quando empresas ou pessoas impõe custos
ou benefícios, s/ pagar a respetiva indemnização ou efetuar o devido
pagamento.
 Externalidades + : impôs um custo e n pagou qualquer tipo de
indeminização (ex: uma empresa)
 Externalidades - : quando a pessoa tem um beneficio e n pagou
por ele (ex: buraco da camada de ozono)

 Equidade: (politica de distribuição) preocupação da sociedade em relação aos


+ desfavorecidos através de politicas sociais de redistribuição. Ex: subsidio de
desemprego

 Estabilidade: preocupação de qualquer pais, promover o crescimento


económico, manter uma balança comercial (se n for favorável, que seja pelo
menos equilibrada), promovendo o emprego, combatendo as altas taxas de
juro, a inflação e o desemprego.

Necessidades económicas: Constituem a causa de toda a atividade económica por


necessidade do homem. Por necessidade entende-se um estado psicológico de
insatisfação e no sei conceito integram 4 elementos:
1. Insatisfação psicológica: o homem sente-se insatisfeito pq tem fome/sede.
2. Determinação de possui-lo: o desejo de possuir esse meio está relacionado
com a primeira condição.
3. Acessibilidade desse meio: Não basta conhecê-lo é preciso que o meio seja
acessível.
4. Conhecimento de um meio que seja suscetível para o fazer cessar: o homem
precisa de conhecer o meio para satisfazer as suas necessidades.

 As necessidades podem ser:


o Essências/Primárias (ex: água, ar, comida)
 Resultam da natureza do organismo humano;
 São sentidas por todos e indispensáveis à sobrevivência;
o Secundárias/Civilização
 Não põe em causa a sobrevivência humana;
 São subjetivas e aumentam constantemente, devido à
tecnologia/publicidade e variam de pessoa para pessoa, de
época para época;

Bens económicos: é todo e qualquer elemento apto à satisfação das necessidades


económicas do homem. (consulta ao advogado, médico). Para um elemento ser
considerado bem económico, são necessárias 4 condições.
1. Existência de uma necessidade;
2. Existência de um objeto considerado apto para satisfazer essa mesma
necessidade;
3. Acessibilidade – é necessário que o bem seja acessível ao homem;
4. Raridade – os bens que existem em quantidade ilimitadas e podem por isso
satisfazer à sociedade a necessidade de todos os homens, não são bens
económicos, mas bens livres (ex:ar);

 Bens naturais: cuja produção e emprego n necessita da atividade humana (Ex:


água.
 Bens produzidos: resultam da atividade humana sobre bens naturais.
 Bens diretos: s aqueles que o homem utiliza imediatamente na satisfação das
duas necessidades pq são consumíveis (ex: fruta, concluem o seu processo
produtivo)
 Bens indiretos: n podem ser utilizados imediatamente na satisfação de
necessidades ou pq carecem de serem transformados ou pq desempenham
funções instrumentais (ex: alfaias agrícolas)
 Bens consumíveis: são bens diretos (alimentos) e bens indiretos (matérias
primas)
 Bens duradouros: bens cuja utilização n implica a sua destruição (ex: livro,
calçado)
 Bens sucedâneos: bens que podem ser subsistidos por outros c/ menor grau de
satisfação
 Bens fungíveis: bens cuja substituição é perfeita sendo indiferente ao
consumidor usar A ou B
 Bens complementares: só satisfazem necessidades se forem empregados
conjuntamente com outros bens. Influenciam-se quanto ao preço e á produção.
A complementaridade pode ser:
o Absoluta: origem em razões técnicas (ex: automóvel + pneus)
o Relativa: origem em razoes de ordem psicológica, dependendo do gosto
dos consumidores ( ex: café e o açúcar)

Utilidades económicas: os bens económicos abrangendo bens matérias e serviços


constituem meios adequados à satisfação de necessidades económicas, permitindo a
obtenção de prazer ou afastamento de sensações dolorosas. A satisfação dessas
necessidades designa-se por utilidade.
 Utilidade marginal: é a utilidade da ultima dose de um bem disponível para a
satisfação de uma necessidade (ex: 1,2, 3 copos de agua)
 Utilidade total: somatório das doses empregadas até atingir o ponto de
satisfação/saciedade

Custo económico: a utilidade dos bens económicos tem custos de aquisição, ao


contrario dos bens livres que nada custam adquirir. O conceito de custo económico
envolve 2 componentes:
 Positiva: consiste na energia física e intelectual do homem para produzir o
bem;
 Negativa: traduz o sentimento de sacrifício de como é desenvolvida essa
atividade económica;
O conceito de custo económico é também subjetivo como a utilidade, pois varia de
pessoa para pessoa, de atividade para atividade.

Valor económico: apreciação/juízo de um sujeito económico sobre determinado


bem: tal juízo há de depender do custo e da utilidade. Económicas como Adam Smith
rejeitaram a explicação do valor através da ideia de utilidade.

David Ricardo: veio acrescentar algumas ideias inovadoras, os bens devem ser
divididos em bens reprodutíveis e não reprodutíveis.
 Bens reprodutíveis: na produção de novas unidades, apesar do custo é possível
distinguir o valor corrente (fixado nos mercados) e o valor normal (coincide c/ o
custo de produção, somatório das rendas pagas aos proprietários, dos juros
pagos aos capitalistas e dos salários pagos aos trabalhadores).
 Bens não reprodutíveis: obras de arte, o seu valor depende da realidade e do
gosto daqueles que o desejam possuir, da utilidade esperada.

Visão Marxista do valor (karl Max): afasta desde logo o custo de produção a
todos os elementos alheios ao fator de produção trabalho. A formação do capital e a
apropriação da terra não contribui para o custo de produção. O valor dos bens
constituirá apenas na quantidade de trabalho incorporado num bem. Essa quantidade
de trabalho, corresponderia ao tempo necessário para a produção dos bens. Para ele,
o trabalho como fator de produção, devia ser o único fator que corresponderia ao
preço de venda e que devia corresponder aos trabalhadores, pois considera que parte
do preço que o capitalista tira para si, corresponde a um sobre-trabalho.
Evolução do pensamento económico: as economias primitivas caraterizam.se
pela coexistência de 3 estados:
1. Estadio: os povos asseguram a sua subsistência dedicando-se às atividades
venatórias (caça e pesca)
2. Estadio: inicia-se a conservação e domesticação dos animais capturados,
dedicando-se à pastorícia.
3. Estadio: procuram a agricultura como um meio de subsistência.

Economia medieval

 Cristianismo e as suas conceções económicas dos povos convertidos, pelo seu


ideal de despreendimento das riquezas matérias, formulando as teorias do
justo preço e do justo salario;
 O justo preço constitui a renumeração equitativa correspondente ao serviço
prestado pelo bem vendido, ao respetivo comprador;
 O justo salário é aquele que permitisse ao trabalhador e à sua família viverem
c/ harmonia, condições para uma pequena reserva para fazer face às
necessidades futuras;
 Os doutores da igreja sempre condenaram o juro porque era contrario à
caridade cristã, constituiria uma forma de exploração do pobre pelo rico
(usura).

Correntes Mercantilistas: Deve-se a Adam Smith a designação de mercantilismo.


O ouro e a prata vindos da américa levou à convicção de que a riqueza de um pais
provém desses metais. Trata-se de acumular esses metais preciosos no interesse do
próprio pais, na base de uma politica economia traçada pelo poder central.

Mercantilismo Bolonista/Mercantilismo Espanhol: Para Espanha que tinha


acesso direto pelo domínio politico reconhecido por Roma ao ouro e à prata da
América.
A orientação mercantilista limitava-se a aumentar a conservação do referido metal
precioso. Tratava-se do desenvolvimento das industrias do ferro e dos lanifícios
evitando assim a saída dos metais preciosos para o estrangeiro mantendo uma balança
comercial favorável ou equilibrada.

Mercantilismo Industrial/ Mercantilismo Francês/Convertismo: A França


não tinha acesso direto aos metais preciosos encontrados no novo mundo. Convinha
desenvolver relações económicas que o atraíssem para o seu território os metais
preciosos.
Procura desenvolver industria de produtos de luxo facilmente exportáveis ao fim de
obter o ouro e a prata em troca desses produtos.
Essa industria de bens de luxo era formada por industria de sedas, tapeçarias,
porcelanas, perfumes e pela exportação desses artigos a França obtinha os metais
preciosos.
Mercantilismo Inglês/ Balança Comercial/ Ato de Navegação de
Cromwell de 1650: Segundo os autores ingleses do séc. XVII os estados
enriqueceram através das relações mantidas c/ o estrangeiro. O comércio e o tráfego
marítimo contribuíram decisivamente para tal enriquecimento. Todos os produtos
comercializados entre Inglaterra e terceiros estados só podiam ser transportados por
barcos ingleses, se n estavam sujeitos a uma pesada multa ou até que a mercadoria
fosse apreendida. A Inglaterra c/ um comercio dinâmico, uma grande frota marítima,
aluguer de navios e fretes marítimos, obtinha os referidos metais preciosos.
Em Portugal as ideias mercantilistas nunca tiveram grande repercussão. Portugal teve
acesso às especiarias do oriente e ao açúcar do Brasil onde os portugueses foram
buscar acréscimos de riqueza.
O comercio e a industria eram meios de enriquecimento. Corrente mercantilistas eram
protecionistas.

Fisiocratismo – Quesny: segundo os fisiocratas , a terra e quem a cultivava eram


da classe social + relevante na sociedade, viram na liberdade económica, a condição
essencial para aa prosperidade dos povos e na intervenção estatual a causa do
empobrecimento dos estados. Defendem uma ordem natural divina que assegura a
felicidade do homem, por isso seriam maléficas as medidas do poder que
contrariassem essa liberdade. A economia devia desenvolver-se livremente.
As spciedade fisiocratas são compostas por 3 classes sociais:
1. Classe produtiva: classe que cultiva a terra porque desta provinha toda a
riqueza
2. Classe proprietária: donos da terra e dos meios de produção
3. Classe estéril: dedicavam-se a diversas atividades ligadas à agricultura, como o
comercio, industria. Não criam riqueza nova. Da agricultura resulta um
rendimento, um produto derivado do trabalho dos trabalhadores e da força da
natureza.

Produto líquido da terra: é o excedente da produção agrícola sobre despesas


necessárias dessa produção.

Os fisiocratas defendem que o legislador deve abster-se de qualquer regulamentação


que fosse nociva para a agricultura.

Os estados não podiam intervir na economia, sendo a terá a única criadora de riqueza
mova e de um produto liquido. Devia ser pela terra que deveria incidir um imposto.
Não no sentido de prejudicar os agricultores, pois segundo o fisiocratismo os
agricultores deviam transferir o peso económico do imposto para todos os outros
setores que consumissem produtos agrícolas.
Adam Smith: segundo este, os governantes n deveriam interferir na vida económica.
Para Smith o fator de produção + importante é o trabalho, defende a sua
especialização (ao contrario dos fisiocratas, que dizem que o fator de produção +
importante é a terra).
Smith criticou o protecionismo estatual, este defendia o liberalismo. Seria através do
livre-cambismo, pela ampla circulação de mercadorias e valores entre nações que se
conseguiria um alto nível de bem estar económica.
Todos os estados alcançariam os mais elevados níveis de progresso através da divisão
do trabalho como pela especialização e livre troca de produtos entre eles.
Os estados evoluídos apenas deveriam possuir jardins, parques, caminhos públicos.
Todos os outros bens deveriam ser explorados por particulares.
Segudo Smith as despesas publicas n deveriam ser suportadas pelos rendimentos do
património. As receitas publicas deveriam assentar nos impostos sobre a renda, lucro e
sobre os salários.
Quanto aos impostos Smith enunciou 4 regras clássicas:
1. Regra da Justiça: cada um deve contribuir para o estado, consoante o que tem.
2. Regra da certeza: o montante do imposto deve ser claramente defendido de
modo a n deixar duvidas nem critérios arbitrais
3. Regra da comodidade: os impostos devem ser cobrados nas épocas e pelos
meios + convenientes aos contribuintes
4. Regra da economia: o imposto absorverá a menor parte do património do
contribuinte.

Malthus – Teoria da População: Defende que a população tem tendência para


aumentar, em contrapartida a área cultivada mantém.se a mesma, tal levaria a um
ponto em que a população n conseguiria ter meios de subsistência. Esta teoria, foi
criticada, pois Malthus m teve atenção ás epidemias e guerras mundiais, como
também renegou qualquer tipo de redistribuição de rendimento aos + pobres.

Teoria do salário dos trabalhadores – David Ricardo:os trabalhadores só


deviam ter o salario mínimo e indispensável dele e da sua família. David Ricardo
defendia que se o salario fosse superior ao mínimo indispensável, o trabalhador teria
uma família mais numerosa, levando a que houvesse maior procura d trabalho,
consequentemente à diminuição dos salários ou criando uma situação desemprego.

Teoria da renda – David Ricardo: a renda seria o beneficio dos agricultores das
terras mais férteis em relação aos outros agricultores. Os agricultores das terras mais
férteis cultivam com um custo de produção de 100, os de media fertilidade cultivam
com o custo de 150 e os de fraca fertilidade com custo de produção de 200.

Escola Clássica Francesa – Jean Baptiste Say: foi o primeiro economista a


distinguir o empresário do capitalista.
O capitalismo limita-se a fornecer capitais à empresa mediante um juro, não tendo de
suportar o risco económico que ficaria a cargo do empresário.
Integrou na sua construção de bens imateriais, alargando a economia a todos os
fenómenos sociais/ humanos. Mas a sua contribuição para a evolução para o
pensamento económico.
Os produtos trocam-se por produtos. A moeda seria apenas ou constituiria um simples
intermediário das trocas que as facilite sem as alterar. Sendo assim, no entendimento
de Baptiste, nunca haveria problemas de haver crises sobre a superprodução.
A maior produção de um bem, até podia ser benéfica porque passava a produzir-se do
dobro do outro bem.
A analise económica moderna n aceitou bem esta teoria dos mercados de produtos, pq
a moeda n é apenas um intermediário das trocas, mas também um reservatório de
valores, pois tem uma procura própria, autónoma de valores na perspetiva de uma
reserva liquida.
A moeda tem 3 funções:
1. Reservatório de valores,
2. Medidas comum de valores;
3. Intermediário das trocas;

Reacões nacionalistas:

 Adam Muller: o liberalismo defendida por Adam Smith servia,


essencialmente, os interesses da Inglaterra, em consequência do
desenvolvimento das industrias alemãs. Tal facto, levou a que as reações
contra o liberalismo surgissem com os economistas alemães.
A propriedade da terra só poderia entender-se no interesse de toda a
comunidade. Os interesses e direitos individuais subordinam-se aos interesses
comuns. A riqueza não residia nos bens matérias mas nas suas forças
suscetíveis de assegurarem essa produção. Is valores imateriais também se
incluíram na riqueza.
Muller iniciou 4 fatores de produção:
1. Terra;
2. Trabalho;
3. Capital material;
4. Capital espiritual (valores imateriais);
A liberdade do comercio foi rejeitada por ser incompatível coma defesa dos
interesses da economia nacional.

 Frederico List: o protecionismo aduaneiro- educativo - isto é- permitir que a


industria racional alemã se possa desenvolver e crescer e quando todas os pais
estivessem na quarta fase de desenvolvimento defendia então o livre
cambismo (na época só a Inglaterra teria vantagens com o liberalismo
económico);
As estruturas económicas alemãs ficaram pelo contrario estagnadas e
condenadas a essa mesma estagnação. Essas mesmas industrias tiveram de ser
protegidas por fortes barreiras aduaneiras, até alcançaram o nível suficiente
para fazer á concorrência de outros países como o caso da época de Inglaterra.
Para List, as leis de um estado- ciência, artes e a religião como também as
condições de segurança, a ordem publica, contribuem/ constituem forças
produtivas das quais despenderá todo o desenvolvimento e económico.

 Intervencionalismo de Sismond e a legislação laboral: Esta corrente


insurge contra o liberalismo por força da contradição visível entre a ordem
natural da economia e a fonte de progresso de bem estar que os liberais
defendiam. Pelo contrário das classes trabalhadoras, no inicio do seculo XIX
viviam em condições miseráveis em consequência dos salários baixos
(desumanos- os trabalhadores trabalhavam 14 a 16 horas por dia, 6 dias por
semana, existia também trabalho infantil).
O estado não se podia aliar face a estes problemas. O estudo teria de intervir
na economia.
1. Pata tal enunciou novos princípios de economia, salientando 4 aspetos
que melhor caraterizaram o seu pensamento:

1. Defesa da intervenção do estado no campo laboral: considerou


que a livre concorrência e o individualismo económico não
trazem á sociedade benefícios que os liberais defendem, mas
são responsáveis pelos problemas em que o estado não se pode
aliar.
A concorrência entre empresas origina uma permanente
diminuição de custo e o fator de produção que mais facilmente
pode ser reduzido pela empresa é o fator trabalho.
Os baixos salários da época, trabalho infantil, os trabalhadores
trabalhavam 14 a 16 horas por dia, 6 dias por semana, o
aumento do horário de trabalho é eficaz para a diminuição dos
custos de produção, existia também trabalho infantil.
Por estas razões, Sismond exige uma intervenção do estado no
mundo do trabalho através da legislação.
O estado tem de ter em atenção o trabalho infantil como
também o horário de trabalho, como uma preocupação em
relação aos mais desfavorecidos.
Sismond é considerado o pai das leis laborais dos nossos dias.

2. Defesa da intervenção do estado na distribuição de riqueza: A


politica de distribuição da riqueza tinha em vista a correção das
desigualdades sociais.
Criticavam os liberais por terem centrado o seu pensamento na
produção de riqueza em detrimento da sua distribuição,
O estudo devia intervir para tornar + justa essa mesma
distribuição garantindo rendimento aos que não tinham
(desempregados, doentes, idosos).
Foi defensor de uma politica de proteção social nas vertentes do
desemprego, velhice e doença.
O primeiro regime de segurança social só viria aparecer na
Alemanha em 1881 com Bismark.

3. Defesa da propriedade privada e da economia de mercado:


Sismond defendeu esta intervenção do estado na economia,
sem pôr em causa a propriedade privada ou o sistema de
economia do mercado. O que desde logo a distingue da
concorrente socialista.
4. Limitação do uso das máquinas: Sismondi considerou que as
crises de sobreprodução são de duas origens/futuro.
Primeira pelo progresso continuo da industrialização levando a
um aumento de produção das empresas pelo fraco poder de
compra das populações em virtude dos baixos salários na época
e do elevado desemprego.

Reações Socialistas

As reações socialistas levam a atribuir ao passado á extrema miséria das classes


operarias.
Esse acréscimo de miséria constituiu ao tempo o custo da industrialização com países
como: Inglaterra, França que dificilmente teriam atingido níveis de desenvolvimento se
não tivessem sido tão baixos os salários na época. A situação foi agravada no plano
social pelos hábitos de luxo ostentados pelos novos ricos, beneficiários dessa mesma
industrialização.

As relações socialistas de karl Max:

2. O socialismo Histórico e o socialismo Marxista


O materialismo histórico e as sua teorias económicas inspiradas em David Ricardo.
Segundo o materialismo histórico a evolução é determinada pelas estruturas
económicas. As ações dos homens e os seus próprios pensamentos dependem do
condicionalismo económico. A produção material e as condições da troca constitui as
bases da estrutura social. As causas das transformações das sociedades estariam no
espirito dos homens nem em preocupações éticas de verdade e de justiça, mas apenas
nos processos teóricos da produção e de troca de bens materiais. A ordem económica
determina todos os aspetos da vida em sociedade. A historia da luta de classes, sendo
assim a sociedade capitalista sob o impulso de tendências evolutivas resultantes da sua
própria estrutura será transformada numa sociedade coletivista.
3. A construção marxista assenta em 2 teorias fundamentais:

1. A da concentração capitalista;
2. A da mais valia;

Da sua teoria de valor, concluiu karl Marx no sentido de uma diferença entre o valor
criado pelo trabalho e o valor consumido pelo trabalho. Esta diferença seria a + valia
capitalista. A origem do lucro do empresário obtido através da exploração do trabalho
forçado. Na mais valia encontraria a fonte de constituição de cada vez mais avultados
capitais que determinaria a concentração capitalista.
Uma parte cada vez maior do capital das empresas seria empregado na aquisição de
máquinas, edifícios e matérias primas (capital constante), enquanto que uma parte
cada vez menor do capital seria destinada ao pagamento de salários (capital variável),
em consequência substituíram-se os homens pelas maquinas, passando a construir o
exercício da reserva industrial (o contingente de desempregados) cujo aumento
impediria qualquer elevação dos salários. Enquanto que por um lado exista uma
acumulação de capital de riqueza a um pequeno numero, pelo contrario aumentava a
pobreza que estaria na origem das coisas económicas, pq as classes trabalhadoras não
tinham poder de compra para comprar os bens produzidos.
O numero de capitalistas seria muito reduzido, tornaria mais ricos e poderosos os
empresários bem sucedidos pelo contrario os trabalhadores, os proprietários estariam
cada vez mais a viver em condições desfavoráveis e num determinado momento esses
mesmos proprietários em grande numero, faziam cessar c/ o tal estado de coisas por
uma via revolucionaria, violenta «, integrou à comunidade os meios de produção.

Doutrinas Cristãs – Frederic Leplay

Estas doutrinas cristas procuram apresentar uma via intermedia entre o liberalismo e o
socialismo encarando questões económicas à luz dos princípios da moral cristã.

Na sua doutrina social, tomou como ponto de partida 2 grandes ideias:


1. A intervenção económica do estado é regra ineficaz, sendo assim, deve
prevalecer ação privada no campo económico;
2. O individualismo econimico defendido pelos liberais é ilusória, pois o homem é
um ser social e n um ser isolado, logo atua a pensar nos seus próprios
interesses e o homem vive em sociedade, integrando em comunidades, a
primeira e + importante é a família e está ligada a ela por um conjunto de
deveres naturais e morais. Estudou os diferentes tipos familiares que sucedem
ao longo dos seculos, distingue-se 3 tipos de famílias:
a. Família Patriarcal: Em que a autoridade do pai d família é absoluta e c/
a sua morte essa a autoridade e todo o seu património é transferido
em bloco para o filho primogénito.
b. Familia Tronco: Caraterizada pelo facto de o chefe da família ser livre
de escolher qual dos filhos irá herdar o seu património, optando desde
logo pelo mais capaz não sendo, necessariamente, o mais velho. Os
outros filhos terão de abandonar a família, constituindo as suas
próprias famílias e as suas próprios patrimónios.

Mas Fredericke Lapay defendeu a família tronco, pq preservava a base económica da


família, não a destruindo em cada geração. Os filhos que nada recebem são obrigados
a construir o seu próprio património e mais tarde deixarão esse mesmo património ao
filho mais competente. Deste modo, este modelo garante não só a estabilidade social,
mas também o progresso económico.

Keynes

Revolucionou todo o pensamento económico, parte de um pressuposto comum ao do


marxismo em que as crises anteriores ao capitalismo eram crises de subprodução, e no
capitalismo eram crises de superprodução.
Nos anos 30 havia muito desemprego e em 1936 a sua obra Teoria Geral do Emprego
Juri-moeda enunciava a era da microeconomia moderna. O ajustamento
macroeconómico verifica-se através ao ajustamento da despesa à mudança dos
rendimentos e não pelos salários e preços flexíveis.
Para Keynes, os salários são fixos em unidades monetárias, os trabalhadores
estabelecem um acordo para que não se modifique as teorias de salário.
Para Keynes a moeda constitui o fator central do processo económico. Enquanto os
clássicos estudaram o homem e a empresa como o centro da atividades económicas.
Em Keynes torna-se necessário analisar os movimentos económicos de todo o
conjunto social, é uma visão macroeconómica.

 Eficácia marginal do capital: Keynes admitiu que em certos momentos o estado


devia concentrar em si poderes e funções mais extensas. A eficácia marginal do
capital exprime a relação entre a taxa de juro dos capitais e a reprodutividade
dos investimentos. Se a taxa de juro ou descontos forem baixos os
comerciantes e os indivíduos obterão dos investimentos realizados créditos
superiores aos juros que têm que pagar alcançando uma margem de lucro. Se a
taxa de juro que têm que suportar (de não conseguirem rendimentos que
cubram os juros), perdem a expetativa de lucro e acabarão por não realizar
investimentos.

 São 3 os motivos que levam a preferência pela liquidez:


1. Transação: a moeda serve para adquirir bens no futuro
2. Precaução: a moeda é conservada para fazer face à necessidades
imprevistas
3. Especulação: a moeda é conservada para fins especulativos

 Efeito do multiplicador keynesiano:


o Aumento do investimento Privado – provocará uma expansão do
produto e do desemprego
o Diminuição do investimento – provocará a sua contração
Já um aumento provocará um acréscimo ampliado ao multiplicador do produto
nacional, este aumento (verificado do investimento sobre o produto) tem o nome de
multiplicador.
Multiplicador: é o quociente numérico que indica a dimensão do aumento
verificado no produto, em resposta a cada aumento unitário do investimento. Ex: Se
por exemplo um aumento de um investimento de 100 euros, se este aumento
provocar um acréscimo de rendimento de 300 000, então o multiplicador será então
de 3. Se invés disso, for 400 000, o multiplicador será de 4.

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