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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

LUIZ NAVARRO DE BRITTO LOGÍSTICA

SAMARA ANDRADE FERREIRA

MOEDA
História da moeda

SALVADOR-BA 2022
SAMARA ANDRADE FERREIRA

MOEDA
História da moeda

Trabalho pontuado de economia e mercado


apresentado no C.E.E.P Luiz Navarro de Britto, como
apresentação da história da moeda e funcionalidades.

Orientador(a): Reginaldo

SALVADOR-BA

2022
SUMARIO

1 A HISTÓRIA DA MOEDA
1. A HISTÓRIA DA MOEDA

A história da civilização nos conta que o homem primitivo procurava defender-


se do frio e da fome, abrigando-se em cavernas e alimentando-se de frutos silvestres,
ou do que conseguia obter da caça e da pesca. Ao longo dos séculos, com o
desenvolvimento da inteligência, passou a espécie humana a sentir a necessidade de
maior conforto e a reparar no seu semelhante. Assim, como decorrência das
necessidades individuais, surgiram as trocas.

A história da moeda se inicia com o escambo, a troca direta de mercadorias.

Na Antiguidade, com a fixação do homem na terra e o fim do estado de


nômade, este passou a produzir (plantar, caçar) e a trocar o excedente do que
produzia. Desta forma, surgiu o primeiro conceito de comércio: o escambo, o qual
consistia na troca direta de mercadorias.

A história da moeda se desenvolve como uma consequência natural


desse processo de trocas de bens e serviços. O estabelecimento do uso de moedas
foi uma tentativa de organizar e estabelecer padrões do comércio de produtos, além
de substituir a simples troca de mercadorias, a qual era predominante. No entanto,
primeiramente foram adotadas determinadas mercadorias de grande procura como
padrão monetário (tantos sacos de sal ou tantas cabeças de bois, por exemplo).

O metal começou a ser usado um pouco mais tarde, a partir da constatação de


sua maior facilidade no transporte e mensuração dos valores, sem contar seu claro
apelo estético. De fato, há divergências entre os historiadores sobre qual civilização
tenha começado a utilizar a moeda. Para alguns, o povo lídio teria começado as
atividades comerciais com o uso de moedas no século VII a.C. Já para outros, bem
antes deste período, a China já utilizava tal mecanismo.

Nos primeiros séculos de utilização das moedas, estas tinham um valor real,
ou seja, representavam fielmente seus valores de acordo com o metal que era usado
na fabricação. Após certo tempo, os valores passaram a ser apenas nominais.
Atualmente, cada país possui sua própria moeda, que por razões de emissão e controle dos Bancos
Centrais – além de uma série de outros fatores – possuem valores diferentes.

"O dinheiro é comumente reconhecido como um meio de troca aceito no


pagamento de bens, serviços e dívidas. Além disso, a moeda serve para mensurar o
valor relativo que algum tipo de riqueza ou serviço possui. O preço de cada mercadoria
é atribuído por meio de um número específico de moedas ou cédulas que demarcam
a quantidade a ser paga por esse bem. No entanto, nem sempre uma única moeda
serve de referência para uma mesma localidade.

Mesmo trazendo maior mobilidade para o empreendimento de transações


comerciais, a moeda não é usada em todas as economias do mundo. Diversas
sociedades e regiões preservam o uso da troca em sua economia. De forma geral, os
produtores inseridos neste tipo de economia utilizam dos excedentes de sua produção
para estabelecerem alguma forma de escambo. Ao longo do tempo, a diversificação
dos produtos dificultou a realização desse tipo de troca natural.

Foi nesse contexto que os primeiros tipos de moeda começaram a ser


estipulados. Geralmente, para estabelecer algum padrão monetário, os comerciantes
costumavam utilizar algum tipo de mercadoria de grande procura. Na Grécia Antiga,
o boi (que era chamado pekus) foi utilizado como referência nas trocas comerciais.
Uma outra mercadoria comumente utilizada foi o sal, que foi usado como moeda entre
os romanos e etíopes.

O metal passou a ser utilizado por algumas culturas na medida em que o


mesmo começou a ganhar espaço na cultura material desses povos. O fácil acesso,
o apelo estético e as facilidades de mensuração e transporte fizeram dele um novo
tipo de moeda. Em um primeiro momento, os metais utilizados no comércio eram
usados “in natura” ou sobre a forma de objetos de adorno como os anéis e braceletes.
Foi só mais tarde que o metal passou a ser padronizado para fins comerciais.
A cunhagem padronizada de moedas fez com que as peças de metal tivessem
um grau de pureza e uma pesagem específica. Além disso, as medas sofreram um
processo de cunhagem onde a origem da moeda e a representação de algum reino
ou governante ficariam registrados. Uma das mais antigas moedas com o rosto de um
monarca foi feita em homenagem ao rei macedônico Alexandre, O Grande. As
reuniões dessas informações fizeram com que estes artefatos servissem de fonte de
investigação histórica.

As primeiras ligas metálicas utilizadas na fabricação de moedas foram o ouro e


a prata. O uso desses metais se justifica por seu difícil acesso, a beleza de seu brilho,
a durabilidade de seu material e sua vinculação com padrões estéticos e religiosos de
uma cultura. Entre os babilônios, por exemplo, prata e ouro eram relacionados com a
adoração da lua e do sol, respectivamente.

Ao longo dos séculos, a requisição de jazidas de ouro e de prata para a


fabricação de moedas acabou se tornando cada vez mais difícil. Por isso, o papel
moeda acabou ganhando maior espaço no desenvolvimento das transações
comerciais. Na Baixa Idade Média, a falta de moedas motivava os comerciantes das
feiras a utilizarem letras de câmbio para o estabelecimento de alguma negociação.

Hoje em dia, as moedas são mais utilizadas para o pagamento de quantidades


de baixo valor. A perda de espaço para o papel-moeda fez com que as moedas
metálicas agora fossem mais valorizadas por sua durabilidade do que por sua beleza.
O rápido processo de circulação de valores e a complexificação de economias cada
vez mais integradas, fizeram com que as moedas fossem substituídas por outras
formas de pagamento, como o cheque e o cartão de crédito.

Mesmo notando todas essas transformações no uso das moedas, não


podemos considerá-la uma vítima de um processo de “evolução natural” da história
econômica. Cada tipo de lastro econômico foi criado conforme as necessidades
geradas por certa cultura ou sociedade. Não podemos dizer que as moedas
desaparecerão da economia com o passar dos tempos. Por isso, trate de valorizar
aqueles “níqueis” perdidos no fundo da sua carteira!"
MOEDA NO BRASIL

Desde 1568, quando a moeda portuguesa passou a circular aqui no Brasil, já


tivemos nove moedas, algumas delas bem duradouras (como os réis), outras muito
efêmeras (como o cruzado novo).

1. Réis (século XVI até 1942)

O nome "réis" vem de real, moeda usada por Portugal no início da colonização.
Oficialmente, a moeda portuguesa passou a circular no Brasil em 1568. A primeira vez
em que se utilizou "réis" num documento foi em 1575, apesar da moeda só ter sido
oficializada em 1645. A partir daí, a moeda brasileira passou a se chamar "réis".

Uma data importante nesse período foi a criação da Casa da Moeda do


Brasil, em 1694. Até então, todo dinheiro que circulou em terras brasileiras vinha de
fora. Com a primeira Casa da Moeda, que ficava em Salvador, a moeda em circulação
no Brasil passou a ser cunhada aqui mesmo.

Havia as moedas de prata de 20 a 640 réis (chamadas de patacas) e as de


ouro (bem mais valiosas). As moedas dessa série foram as que circularam por mais
tempo em toda a história do Brasil: 139 anos. A mais valiosa era a de 4 mil réis. Entre
1724 e 1727, no auge do chamado Ciclo do Ouro, circularam moedas de ouro
chamadas de dobrões. Uma das moedas de ouro mais pesadas do mundo foi feita
nessa época: estamos falando do dobrão de 20 mil réis, que pesava 53,78 g. A título
de comparação, uma moeda atual de R$ 1,00 pesa 7 g.

Só em 1810, após a criação do Banco do Brasil, são emitidos os primeiros


bilhetes bancários, precursores do papel-moeda. Em vez de sair por aí carregando
ouro, bem melhor e mais seguro andar com uma nota no bolso, não é mesmo?

Com a República, em 1899, o sistema monetário continuou o mesmo. O padrão


da época eram os mil-réis, que eram múltiplos da antiga moeda. Um conto de réis, por
exemplo, equivalia a um milhão de réis daqueles usados nos tempos do império.
2. Cruzeiro (1942-1967)

Com a intenção de controlar a inflação, a moeda oficial brasileira mudou em


1942, durante o primeiro governo de Getúlio Vargas. Foi a primeira vez na história do
Brasil que isso aconteceu. Só para se ter uma ideia, um cruzeiro (Cr$ 1) equivalia a
mil réis (Rs 1$000). Com a criação do cruzeiro, foram introduzidos os centavos,
tornando mais fácil a vida de compradores e vendedores.

Desde 1922 que não se faziam mais moedas de ouro no Brasil, devido ao alto
custo do metal. As moedas de cruzeiro eram feitas de bronze-alumínio.

3. Cruzeiro Novo (1967-1970)

Pouco mais de duas décadas depois, já na ditadura militar, o Brasil trocou de


moeda novamente. O cruzeiro novo entrou em vigor em fevereiro de 1967, durante o
governo do marechal Castello Branco. Outra vez, a troca da moeda foi motivada para
controle da inflação.

Um dado curioso sobre esse período da nossa história monetária é que não
chegaram a ser produzidas cédulas de cruzeiro novo. O que se fez foi carimbar
as cédulas de cruzeiro que já eram usadas. Essa moeda teve caráter transitório e só
durou enquanto as novas cédulas de cruzeiro não ficavam prontas. Houve corte de
três zeros: mil cruzeiros equivaliam a um cruzado novo.

4. Cruzeiro (1970-1986)

Feita a transição, a nossa moeda voltou a se chamar cruzeiro em 1970, durante


o governo Médici. O valor do cruzeiro era exatamente o mesmo do cruzeiro novo. As
primeiras cédulas emitidas foram de 1, 5, 10, 50 e 100. Anos mais tarde, à medida
que a moeda foi perdendo valor, notas maiores começaram a ser emitidas. Até o fim
do período de vigência do cruzeiro, foram emitidas notas de 10 mil, 50 mil e até 100
mil.
Um dado curioso é que foi feito um concurso para escolher o design das novas
cédulas de cruzeiro. O vencedor foi o designer Aloísio Magalhães, que inovou ao
criar cédulas de tamanhos diferentes (quanto maior o valor, maior o tamanho da
nota).

5. Cruzado (1986-1989)

Durante os primeiros meses de vigência da nova moeda, as notas do antigo


cruzeiro foram carimbadas. Devido à inflação que vinha desde 1980, foram cortados
três zeros da moeda.

As novas cédulas seguiram o mesmo modelo das anteriores. A nota de 100 mil
cruzeiros, por exemplo, tornou-se a nota de mil cruzados. Foram mantidos a imagem
do ex-presidente Juscelino Kubitschek e os três prédios públicos de Brasília no
anverso (incluindo o Palácio da Alvorada).

6. Cruzado Novo (1989-1990)

Os anos 80 ficaram marcados economicamente como um período de enorme inflação. E isso pode
ser visto nessa instabilidade monetária. Apenas três anos após a criação do cruzado,
novamente houve a necessidade de se criar um novo padrão monetário. Novamente, foram cortados
três zeros: ou seja, a unidade do cruzado novo equivalia a mil cruzados.

Mais uma vez, a troca foi rápida, e foi preciso lançar mãos dos velhos carimbos
para marcar as velhas notas com os novos valores. Após algum tempo, foram emitidas
novas cédulas e moedas.

7. Cruzeiro (1990-1993)

Pela terceira vez na história, o padrão monetário brasileiro voltou a se chamar


cruzeiro. Quando a moeda passou a valer, em março de 1990, já sob o governo Collor,
um cruzeiro equivalia a um cruzado novo. No início, enquanto o novo dinheiro não
ficava pronto, cédulas de cruzados novos foram adaptadas para a nova designação
com o uso de carimbos.

Mas nessa época havia a hiperinflação, que atormentava a vida dos


brasileiros. A cada dia, o dinheiro valia menos. Em pouco tempo moedinhas de um
cruzeiro tornaram-se objetos sem valor. E foi preciso emitir notas cada vez maiores:
1.000, 5.000, 10.000...

A nota mais alta emitida nessa época foi a de 500 mil cruzeiros (Cr$ 500.000).
Aliás, essa foi a nota de maior valor já emitida em toda a história do Brasil.

8. Cruzeiro Real (1993-1994)

O novo padrão monetário (CR$) passou a vigorar no governo Itamar Franco. E


durou pouquíssimo tempo. Com o cruzeiro real, foram cortados três zeros da moeda.
Assim, a nota de 500 mil cruzeiros passou a valer 500 cruzeiros reais. Novamente, foi
utilizado o carimbo no período de transição.

9. Real (1994-hoje)

As cédulas deixaram de homenagear personalidades ou tipos regionais e


passaram a fazer referência a animais da fauna brasileira. Vejamos quais são eles:

• R$ 1: beija-flor. Deixou de ser fabricada em 2005.

• R$ 2: tartaruga-marinha. Começou a ser produzida em 2001.

• R$ 5: garça.

• R$ 10: arara-vermelha.

• R$ 20: mico-leão-dourado. Passou a circular em 2005.


• R$ 50: onça-pintada.

• R$ 100: garoupa.

Em agosto de 2020, passou a ser emitida a nota de R$ 200, com a imagem de


um lobo-guará.

Apesar de ser uma moeda relativamente recente, o real já tem algumas edições
de moedas valiosas. Não chegam a ser consideradas raras, pois ainda há algumas
em circulação. Mas devido a sua tiragem limitada elas já valem muitas vezes o seu
valor facial. Um exemplo disso é a série de moedas comemorativas das
Olimpíadas de 2016.
FUNÇOES DA MOEDA

A moeda é um instrumento básico para que se possa operar no mercado. Sem


ela o processo de troca seria extremamente limitado.

Então, a introdução da moeda, enquanto representante do valor da mercadoria,


permite que a troca se desenvolva, desvinculando-a da dupla coincidência de
interesses.

Em termos econômicos, moeda é tudo aquilo que é geralmente aceito para


liquidar as transações, isto é, para pagar pelos bens e serviços e para quitar
obrigações, ou seja, de acordo com esta definição, qualquer coisa pode ser moeda,
desde que aceita como forma de pagamento.

A variedade de opções de investimentos é enorme. Por falta de conhecimento,


muitas vezes, o medo de investir prevalece fazendo com que muitos deixem seu
dinheiro na poupança.

Pois é um investimento popular e fácil de executar, porém nada lucrativa. Além


disso, muitos optam por seguir ideias de gerentes de bancos, que muitas vezes
oferecem o melhor investimento para o banco e não para você!

Quais são as 3 funções básicas da Moeda?

Pode-se definir que a moeda possui três funções básicas, que seriam:
Instrumento de trocas

Essa é a função primordial da moeda. Ela foi criada para ser um mecanismo de
facilitação das trocas entre os diversos agentes da atividade econômica. Quando um
indivíduo vende seu produto, ele receberá moeda pelo produto vendido e, por
conseguinte, terá moeda para comprar aquilo que desejar.
Denominador comum de valores

Por meio da moeda é possível comparar os valores de diferentes mercadorias.


Tudo em nossa sociedade, que é objeto de compra e venda, tem o seu valor
quantificado em unidades monetárias.

Até mesmo o PIB, que mensura a produção total de bens e serviços ao longo
de um ano, é quantificado em unidades monetárias.

Portanto, moeda desempenha a função como unidade de conta (também


chamado de denominador comum de valor), isto é, fornece um padrão para que as
demais mercadorias expressem seus valores, e forneçam um referencial para que
os valores dos demais produtos sejam cotados no mercado.

Reserva de valor

A moeda também pode cumprir a função de reserva de valor, embora ela não
cumpra essa função de maneira ideal. Quanto maior for a inflação de um país, mais
rapidamente a moeda perde valor; consequentemente, pior será a sua capacidade de
reserva de valor.

Porém, mesmo assim, pelo fato de ter liquidez imediata, ou seja, por sua
capacidade de ser universalmente aceita e trocada por outro produto, as pessoas
decidem manter parte de sua renda na forma de moeda.

A moeda deve preservar o poder de compra (assim como acontece com os


títulos, pois eles contam com o valor de compra e rentabilidade ao longo do tempo).
Demanda por moeda

A demanda por moeda ocorre em decorrência de três motivos bases, a


transação, precaução e especulação de moeda, podendo ser considerada como um
dos fatores base que influenciam no procedimento econômico de um país, ou seja, a
autoridade monetária precisa ofertar uma quantidade de moeda que atenda as suas
demandas em um determinado período, de forma a buscar um adequado
funcionamento da economia.

Enquanto unidade de conta, a moeda expressa a relação de troca das


mercadorias, ou seja, funciona como um medidor, um parâmetro. Assim, o preço de
uma mercadoria é a expressão monetária do valor de troca de um bem.

Enquanto meio de troca, a moeda começa a afetar o sistema econômico. Para


realizar as trocas, para poder comprar, os indivíduos devem ter moeda. Neste sentido,
porém, os indivíduos não demandariam, não reteriam moeda por ela mesma, mas
pelos bens que ela pode adquirir. Esta é chamada de demanda de moeda por motivo
transacional.

Teoria Quantitativa da Moeda: MV = PY


M = quantidade de moeda;
V = velocidade de circulação da moeda;
P = nível absoluto de preços;
V Y = quantidade de produto (produto real)

A velocidade de circulação
Velocidade de circulação da moeda: número de transações liquida com a
mesma unidade monetária, ou seja, é o número de "giros" que a moeda dá, gerando
renda, num dado período. Sendo velocidade de circulação e o produto constantes a
curto prazo, qualquer elevação na quantidade de moeda significativa assim elevação
nos preços, isto é, quanto maior a quantidade de moeda na economia maior será o
nível de preços.
A demanda de moeda para transações depende do padrão de gastos dos
indivíduos e estes do nível de renda. Assim, quanto maior a renda, maior será a
demanda de moeda para transações. Quando consideramos a moeda como reserva
de valor, temos novos motivos para demandar moeda. Um primeiro motivo a ser
considerado é a motiva precaução. Os indivíduos têm incerteza em relação ao futuro
e guardam moeda para precaver-se dos infortúnios. Assim, a posse de moeda dá a
seu detentor maior segurança diante das incertezas do futuro, pois tem liquidez
absoluta. Este motivo é importante em momentos (ou países) com baixa inflação. O
total de moeda que o individuo pode guardar para precaver-se do futuro está
diretamente relacionado com sua renda.
Um terceiro motivo para demandar moeda é o motivo especulação. O indivíduo
guarda moeda para esperar o melhor momento para adquirir títulos que permitam
rendimento. Imagine o caso de um titulo de longo prazo com um rendimento anual fixo
em reais (o que é chamado de perpetuidade).Assim, o preço do titulo é definido pela
seguinte fórmula:
Pt = R/t:
Pt = preço de titulo;
R = rendimento
T = taxa real de juros.

Suponha que na economia só existam estes dois ativo, a moeda e a


perpetuidade, e que o estoque de riqueza seja fixo. Um aumento na taxa de juros
significa a queda no preço dos títulos; logo, aumentará a demanda por estes. Como o
estoque de riqueza é fixo, diminuirá a demanda por moeda; já uma queda na taxa de
juros desembocará em movimento contrário. Percebe-se, portanto, que neste caso a
demanda de moeda é inversamente relacionada à taxa de juros. A inflação
corresponde à perca de poder aquisitivo da moeda, ou seja, um imposto que se paga
pela retenção da moeda.
Em processos inflacionários, como no caso brasileiro, a primeira função que a
moeda perde é a de ser reserva de valor, deixando de ser uma forma adequada de se
guardar riqueza; a segunda que perde, com elevações na taxa de inflação, é a de
unidade de conta, pois deixa de ser um parâmetro razoável de medida e, finalmente,
em processo hiperinflacionários, perde inclusive a função de meio de troca.
A demanda por moeda depende tanto da renda (motivos transação e
precaução) como da taxa de juros nominal (motivo especulação). É diretamente
relacionada com a renda e inversamente relacionada com a taxa de juros.
A demanda por moeda depende tanto da renda como da taxa de juros nominal.
Quanto maior (menor) for a renda maior (menor) será a demanda por moeda. Quanto
menor (maior) será a demanda por moeda.
TAXA DE JUROS

A taxa de juros de equilíbrio pode ser definida como aquela consistente, no


médio prazo, com inflação estável e com crescimento do produto igual ao crescimento
potencial (Blinder, 1999).
BIBLIOGRÁFIA

Andrade. S.F. Moedas. 2ª. Ed. Salvador: 2022

ESCOLA, Equipe Brasil. "História da Moeda"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/historia/historia-da-moeda.htm. Acesso em 13 de
setembro de 2022.

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