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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANIDADES


Nível: 1º Ano Académico: 2023;
Cursos: Economia, Contabilidade & Finanças e Gestão
Semestre: 2º
Dra.Custódia D. Manhanga Lourenço

TEXTO DE APOIO DE NOÇÕES DE COMÉRCIO


1 Introdução à Noções de Comercio
2 Mercados e outros Lugares para a Prática do Comércio

1. Introdução à Noções de Comercio


Origem do comércio
Desde tempos imemoriais que existem actividades comerciais. Poderá dizer-se que o comércio
nasceu quando duas pessoas descobriram que se trocassem entre si o que cada uma tinha a mais
pelo que cada uma tinha a menos poderiam ambas ganhar. A troca, uma das componentes
fundamentais da actividade comercial, é uma afirmação de inteligência, em que seres humanos
decidem obter bens de que necessitam - ou que têm a vontade ou o desejo de possuir - não pela
força, não pela coacção, não pela intimidação, não pelo furto, mas através de comunicação e de
negociação.
Como se deve calcular, a História do Comércio confunde-se com a História da Humanidade, como
se confunde com muitas outras realidades que fazem parte da vida quotidiana das pessoas. O
comércio e a distribuição estão presentes em quase tudo: na paisagem, no povoamento, nas
compras, na ocupação do tempo, no emprego, na economia.
Estatísticas mostram muitas pessoas envolvidas nos vários sectores (primário, secundário e
terciário) revelam que há muito mais gente trabalhando em actividades comerciais (sector
terciário) do que em quaisquer outros ramos de actividade econômica. Não há nenhuma área de
economia que não haja operações comerciais.
O Comércio é uma ciência essencialmente prática, no sentido de que trata de mecanismos
operatórios (ex. contratos) tendentes a realizar com rapidez e eficiência a troca e circulação de
mercadorias.

Texto de Apoio Noções de Comércio/2023/Dra Custódia Lourenço


Economia é a ciência que estuda problemas da produção, circulação, repartição e consumo, dando
particular ênfase à explicação dos instrumentos e mecanismos de funcionamento das economias
(procura, oferta, mercadorias, preços, salários, moeda, etc.).
Economia é o estudo da escassez e dos problemas dela decorrentes. Se não houvesse escassez nem
a necessidade de repartir os bens entre os indivíduos, não existiriam tão pouco sistemas
econômicos nem Economia. Do exposto, podemos concluir que o Comércio é um ramo da
Economia.
Actos de comércio
A palavra comércio deriva do latim "commercium" que é um composto de cum (com) e de
mercis (mercadorias) e que significa troca de mercadorias.
(Artigo 2º):
"Serão considerados actos de comércio todos aqueles que se acharem especialmente regulados no
Código Comercial, e, além deles, todos os contratos e obrigações dos comerciantes, que não forem
de natureza exclusivamente civil, se o contrário do próprio acto não resultar“.
São Actos de comércio:
1. Os que estão expressamente indicados e regulamentados nos Código Comercial. Exemplos: a
compra e venda, as operações de banco, a conta corrente, a fiança (caução, garantia), o mandato,
o depósito, o aluguer, a conta em participação, etc. (actos de comércio objectivos).
2. As operações realizadas especificamente por entidades ou pessoas autorizadas a fazer o
comércio desde que delas resultem obrigações (actos de comércio subjectivos).
Exemplo genérico: um negócio ou uma actividade qualquer não prevista no código comercial mas
que produz efeitos em termos de comércio.

Nos países socialistas este papel de fixação e nivelamento dos preços das mercadorias é exercido
e coordenado pelo Plano Central.
1. As empresas do Estado e as cooperativas são os principais agentes de circulação das
mercadorias.
2. A circulação de mercadorias está subordinada e condicionada à satisfação das necessidades
materiais e culturais da sociedade
3. A circulação de mercadorias, tendo um carácter social, regula-se fundamentalmente por um
plano central que predetermina as quantidades e variedades necessárias no mercado. Recordemos
que no capitalismo o comércio tem intuitos meramente lucrativos e rege-se automaticamente pelo
mecanismo de preços.
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A procura e a oferta são portanto determinadas pelos órgãos directores do plano. Simplesmente
por uma questão de princípio de participação popular na feitura dos planos e para prevenir
eventuais desequilíbrios entre a procura e a oferta, as empresas estatais, as cooperativas e as
pessoas que estão envolvidas e interessadas nos bens e serviços que vão ser objecto de comércio,
são normalmente convidados a participar activamente nas estruturas competentes na preparação e
organização dos planos de produção para o mercado.
4. A circulação de mercadorias complementa o processo de reprodução social, ligando a produção
e o consumo e garantindo a continuidade e o funcionamento normal da economia.
Em síntese diremos que comércio, em economia de mercado, é uma actividade que se rege
bastante pela lei da oferta e da procura segundo a qual o sistema de preços e mecanismo das suas
variações têm o papel de regulador da produção, distribuição e consumo.
Por outro lado nas economias socialistas é o Plano Estatal Central que, em primeira linha,
determina a orientação do comércio; mas como na prática a planificação, por razões várias, não
abrange toda a realidade nacional, os mecanismos de economia de mercado têm um papel
importante não só no funcionamento geral de sectores não estratégicos da economia como também
na orientação da actividade comercial não sujeita a planos de cumprimento obrigatório.
Artigo 1 da Lei do Comércio Privado:
"Na República de Moçambique, a actividade comercial tem como funções principais garantir o
abastecimento das populações em bens essenciais de consumo e a compra dos excedentes da sua
produção, bem como fornecer às unidades produtivas as matérias-primas e os instrumentos de
trabalho de que necessitam, sendo seu objecto central a satisfação das crescentes necessidades de
todo o Povo".
O comércio realiza a distribuição dos bens e serviços produzidos pela agricultura, pela indústria e
por outros sectores económicos e sociais de acordo com um plano pré-estabelecido ou tendo em
conta os mecanismos da oferta e procura em sistema de livre mercado.
O Comércio sempre existiu ou pelo menos a origem da permuta está ligada à infância da Homem.
No estudo das civilizações primitivas (período do neolítico) foram encontrados objectos e
utensílios que os arqueólogos admitem terem servido para realizar trocas comerciais.

O comércio teve a sua origem na propriedade individual, nas trocas, e na distribuição.


a) A propriedade: o direito a propriedade determinou que o homem se fixasse a terra, a cuidasse
melhor a fim de extrair dela tudo de que carecesse para satisfação das suas necessidades, esta
foi o fulcro da civilização.
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b) A troca: esta resultou da cedência do supérfluo da propriedade de cada indivíduo para este
obter o que necessitava e constituía o supérfluo de outro indivíduo. Pela troca se formaram as
profissões, em que uns indivíduos se dedicavam ao cultivo das terras, outros a caca e pesca e
ainda outros ao fabrico de ferramentas necessárias ao cultivador, caçador, pescador, cedendo
uns aos outros o fruto do seu trabalho, constituindo assim as primitivas trocas.
c) A moeda: esta troca aumentou sucessivamente de harmonia com as crescentes necessidades
do homem, donde resultou a necessidade de um padrão que servisse de medida de valor para
as trocas e isto originou a moeda. A moeda e a medida de troca das sociedades civilizadas.
d) A distribuição: Os produtos da natureza variam com o meio envolvente, assim, numa parte
de terra obtêm-se produtos que não era possível obter ou só se obtinha em pequenas
quantidades, insuficientes para as necessidades de toda a população. A abundância numa parte
e insuficiência em outras partes determinou os transportes dos produtos duns locais para os
outros. A distribuição era feita por estrada ou em barco costeiros.
Definindo Comércio é a forca expansiva da produção com o fim de tirar lucro de todas as trocas
susceptíveis de satisfazer as necessidades da humanidade. Ou seja, comércio é a actividade que
movimenta diferentes produtos com a finalidade lucrativa, através da troca, da venda ou da compra
de mercadorias.
Dentro do comércio temos a troca comercial e operações comerciais.
a) Troca comercial: é a que resulta da compra e venda, e da prestação de serviço, como
exercício habitual com o fim de obter lucro.
b) Operações comerciais: são todas as trocas directos ou indirectos, realizados em comércio.
É fundamental que em qualquer negociação haja uma definição clara dos objectivos que
pretendemos alcançar e, principalmente, saber recolher informações para a elaboração de uma
planificação adequada e a condução do próprio negócio.

Exemplo de operações comercial:


O agricultor cultiva de trigo as suas terras: moageiro que compra ao agricultor o grão de trigo faz
uma operação comercial e obtêm a farinha. Entre o agricultor e o moageiro há um indivíduo que
serve de intermediário (entre comprador e o vendedor), esse indivíduo presta serviço a cada um
deles, pratica também uma operação comercial, como comissário.

A primeira forma de troca foi a directa, isto é, a permuta imediata de produtos por produtos.
Economia de Escambo. Vê-se imediatamente que para alguém trocar uma galinha por um par de

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sapatos é necessário em primeiro lugar que as partes envolvidas na operação estejam interessadas
exactamente na galinha e nos sapatos (princípio da identidade de interesses) e em segundo lugar
que estes bens sejam equivalentes (princípio da equivalência).
Com o desenvolvimento das sociedades e consequente multiplicidade de interesses dos indivíduos
estas duas condições nem sempre se verificavam no acto da troca.
Então é o próprio processo objectivo do desenvolvimento que exige dos homens a utilização nas
trocas de um bem de uso geral ao qual todos atribuíam a mesma importância social e o mesmo
valor económico. Foi assim que produtos como os cereais, as peles, as conchas, o gado, o sal
passaram a servir como instrumento geral de trocas.
Uma aberração de instrumentos de troca foi o uso de escravos no feudalismo e nas sociedades sob
dominação e colonização estrangeira. Este tipo de troca passou a chamar-se troca indirecta na
medida em que as coisas que uma pessoa produzia ou possuía não as cedia pura e simplesmente
por outras quaisquer, mas sim por aqueles bens considerados de uso e aceitação generalizada.
O comércio foi-se tornando cada vez mais dinâmico e complexo, ultrapassou regiões e fronteiras
sobretudo a partir do grande surto de desenvolvimento industrial (Século XVII).
O comercio como instrumento de troca é medida comum de valor das coisas pequenos utensílios
metálicos de uso corrente (por exemplo faca, colher, taça, brincos, colares, etc.). Foi assim que
começou na história das civilizações a utilização da moeda (chamada então moeda-utensílio).
Quando se abandona a troca directa, as mercadorias-tipo que passaram a utilizar-se como meio de
troca são já uma moeda (chamada moeda-mercadoria), devendo notar-se por curiosidade que nas
sociedades em que predomina a agricultura e pecuária, a riqueza das pessoas é muitas vezes medida
pelo número de cabeças de gado; aí a moeda de troca foi o próprio gado que em latim se designa
por "pecus", donde as conhecidas palavras derivadas "pecunia" (que significa dinheiro) e
pecuniário (relativo a dinheiro).
Muitas regiões utilizou-se o sal como forma de pagamentos e diz-se que a palavra salário resultou
daí. Basta notar a título de exemplo que o gado, os cereais, os utensílios vulgares têm vida muito
curta, são facilmente deterioráveis ou gastam-se com muita rapidez com o uso frequente no
comércio, além de que também levantam problemas muito sérios de transporte (imaginem quantos
utensílios um indivíduo precisa de carregar para ir até uma simples distância de 10 km comprar
algumas peças de vestuário).
É assim que surge na história a necessidade de substituir a moeda-mercadoria e a própria moeda-
utensílio por moeda-metálica, feita em particular de metais preciosos (ouro, prata e ligas especiais).
Este tipo de moeda conserva-se por muito tempo, ocupa muito menor espaço e é facilmente
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transportável. O uso de moedas metálicas coincide com o surto e desenvolvimento da metalurgia.
Modernamente a tendência é utilizar-se cada vez menos a moeda como intermediário de trocas.
É assim que surge e se desenvolve a chamada moeda bancária, também conhecida por moeda
escritural que como o advento de computadores se tornou conhecida por moeda electrónica. Este
processo de desenvolvimento tem o nome de desmonetarização da economia e do comércio sendo
os cartões de crédito o seu mais activo instrumento dinamizador.
Função económica do comércio
Numa economia centralmente planificada e numa economia de mercado o comércio tem funções
e aspectos que são comuns mas também tem objectivos e características que as diferenciam
profundamente. No sistema de economia de mercado encontramos as seguintes funções
econômicas que lhe são próprias:
1.O comércio abastece os mercados de todos os produtos que os consumidores necessitam,
promovendo para isso o seu transporte dos locais de produção para os locais de consumo, e aí,
retalhando-os nas quantidades que cada um deseja ou necessita.
2. O comércio instiga e desenvolve a produção e o consumo das riquezas, porque põe ao alcance
dos indivíduos muitas delas que eles não conhecem e que, portanto não comprariam.
3. O comércio nivela o valor das mercadorias da mesma espécie, pois adquire-as nos locais onde
elas abundam ou onde o seu preço é baixo e lança-as nos centros onde não se produzem ou onde
se produzem insuficientemente.
4. O comércio contribui para o desenvolvimento das vias de comunicação e para o
aperfeiçoamento dos meios de transporte.
5. O comércio favorece a aproximação dos povos e o intercâmbio da sua cultura e do seu progresso
material, tornando-se portanto, um dos mais importantes factores da civilização".
Modalidades de comércio
Como as mercadorias não se produzem em todas regiões, devido à situação geográfica e o clima,
são enviadas as que excedem o consumo para os lugares onde não se produzem ou onde a sua
produção é deficiente, para o que são utilizados os vários meios de transportes. No lugar de
consumo as mercadorias são transacionadas em grandes e pequenas quantidades diferentes
especialidades ou ramos comerciais.
Classificação do Comercio e suas Divisões:
CLASSIFICAÇÃO DO COMÉRCIO SEGUNDO a origem e destino das mercadorias:
O comércio, segundo os locais de produção ou de origem e os de consumo ou de destino, classifica
se em:
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a) Comércio interno aquele que se efectua dentro do mesmo país, sobre os seus próprios
produtos.
b) Comercio externo é o que e realizado entre países diferentes com os seus próprios
produtos. O comercio externo ou comercio exterior divide-se, segundo o destino que as
mercadorias seguem ao entrarem ou ao saírem dum país, em
a) Comercio de Importação: quando um país compra a outro, isto é, importa os seus produtos
para consumir.
Mesmo apresentando grandes territórios e abundância de riquezas, nenhum país é
autossuficiente. Dessa forma, é inevitável que os países importem itens ou mercadorias os
quais não são capazes de produzir. Essas importações podem ser realizadas com o objetivo
de abastecer setores industriais com matérias-primas, bens e serviços, viabilizar pesquisas
ou abastecer a população com alimentos.
O processo de importação divide-se, basicamente, em três fases:
1. Administrativa: fase de autorização para importação aplicada segundo a operação ou o
tipo de mercadoria que será importado. É responsável por gerar a licença para importação.
2. Cambial: fase de pagamento ao exportador, na qual a moeda estrangeira é transferida
para o exterior.
3. Fiscal: fase de desembaraço alfandegário, que corresponde ao despacho aduaneiro por
meio do recolhimento de tributos.

b)Exportação: se um país vende a outro, isto é, exporta os seus produtos para o país comprador
ou consumidor. Ou seja, refere-se à atividade de venda, envio ou doação de produtos, bens e
serviços de um determinado país para outro. Basicamente, significa a saída de um item ou serviço
nacional com destino a outro país.
Muitas empresas decidem exportar a fim de crescer economicamente por meio da ampliação dos
negócios e do comércio para além do mercado interno.
Existem quatro tipos de exportação:
1. Direta: exportação realizada pelo próprio produtor, que fatura diretamente em relação ao
importador. Para que essa atividade seja possível, é necessário que o fornecedor conheça todo o
processo de exportação, como a documentação necessária, o mercado, embalagens, transações,
etc.

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2. Indireta: exportação na qual a venda de produtos e serviços é realizada por empresas que os
adquirem para exportá-los. Nesse tipo de atividade comercial, o produtor não é responsável pela
comercialização externa do produto.
3. Perfeita: a exportação é realizada sem o uso de intermédios no decorrer do processo de entrada
do produto no país a qual é destinada.
4. Imperfeita: a empresa exportadora conta com uma alternativa para iniciar o processo de venda
para o exterior em virtude da sua falta de experiência no comércio independente.
c) Comércio de trânsito: consiste na passagem de mercadoria estrangeira através dum país,
com destino a outro. Ou seja, É o regime aduaneiro especial que permite a entrada e saída
de mercadorias e meios de transporte, destinada a um terceiro pais, através de um ponto,
rota e tempos definidos.
As mercadorias em trânsito estão sujeitas a declaração aduaneira e isentas de pagamento de
direitos e outras imposições, mediante a prestação de uma garantia e caso não seja comprovadas
que tenham saído do país estão sujeitas ao pagamento de direitos e demais imposições através da
garantia prestada.
Os transitários deve fazer o registo da Garantia na Secretaria de Despacho das Alfândegas. A
caução deve ser igual a recita em risco. O declarante pode, então, submeter a declaração no
MCMS. As declarações de trânsito são submetidas às mercadorias que não são consignadas a um
importador local e que devem ser transferidas sob controlo aduaneiro de uma estância aduaneira
de entrada para outra de saída. Todas as declarações de trânsito aduaneiro submetidas são
automaticamente seleccionadas e encaminhadas para o sector de verificação de conformidade.
Havendo necessidade de realizar o exame físico ou aplicação de cautelas fiscais e a declaração
será encaminhada a partir do sector de conformidade para o sector examinação do terminal
respectivo.
Não havendo lugar a exame físico ou aplicação de cautelas fiscais o sistema enviará
automaticamente uma mensagem eletrónica, para os operadores relevantes do terminal e para o
declarante, confirmando a aprovação e desembaraço.
As mercadorias em trânsito podem ser transportadas por qualquer meio de transportes aprovados
pelas Regras Gerais de Desembaraço Aduaneiro.
As declarações de trânsito submetidas devem ser mantidas abertas, enquanto se aguarda a
confirmação de que a remessa foi enviada para fora do país. Somente a partir da confirmação de
saída ponto deve ser considerada a declaração como fechada e desobrigadas a garantia.
É importante sempre assegurar o fecho da declaração, a fim de evitar qualquer atraso no
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desembaraço das remessas subsequentes a serem processadas.
No caso em que, por qualquer motivo, a remessa não tenha saído do país dentro do tempo
permitido de trânsito, é importante entrar em contacto com o gestor de verificação de
conformidade para tomar as medidas necessárias.
O comércio de trânsito divide-se em:
Comércio de trânsito directo que compreende todas as mercadorias que atravessem o território
nacional, com o fim exclusivo do transporte, sem serem colocadas á livre disposição dos
importadores nos entrepostos, bem assim os transbordos ou baldeação.
Comércio de trânsito indirecto que compreende as mercadorias provenientes de territórios
situados fora do território nacional do país e que, dando entrada nos entrepostos e armazéns
alfandegários reais ou fictícios, são posteriormente exportadas sem que hajam sido postas à livre
disposição dos importadores ou sofrido qualquer transformação, reparação ou complemento de
mão-de-obra, além da reembalagem, do reassortimento ou da mistura.

d) Comércio de reexportação é o efectuado sobre mercadorias que tinham sido importadas


anteriormente e são depois vendidas sem terem tido o despacho aduaneiro.
e) Comércio de baldeação é o que se efectua pelo transbordo ou passagem duma carga ou
parte, de um navio para outro, dentro das águas territoriais.
A baldeação diz-se activa quando a passagem e de mercadorias de navios nacionais para
estrangeiros, passiva, se a passagem e de barcos estrangeiros para nacionais.
CLASSIFICAÇÃO DO COMÉRCIO SEGUNDO Os meios de transporte utilizados
 Ferroviário: é uma modalidade de transporte terrestre, em que o deslocamento é feito em
trens que se movem sobre trilhos. Ele é muito vantajoso para o transporte de cargas
pesadas, sobretudo de matérias-primas.
 Rodoviário: também é uma forma de transporte terrestre, sendo responsável pelo
transporte de pessoas e mercadorias em carros, caminhões ou ônibus, que se deslocam em
ruas, rodovias ou estradas.
 Marítimo: consiste em uma modalidade de transporte aquaviário, em que ocorre o
deslocamento intercontinental de cargas e passageiros por mares ou oceanos.
 Fluvial: é um transporte aquaviário, realizado em barcos que se movimentam sobre os rios.
 Aéreo: é o meio de transporte mais rápido do planeta, sendo mais comum em aviões e
helicópteros, mas também pode ser feito em balões. É muito eficaz para o transporte de
passageiros, porém, em razão dos elevados custos e espaço reduzido, não é adequado para
o transporte de cargas pesadas.
 Dutoviário: é o transporte realizado por meio de tubos, podendo ser gasodutos (substâncias
gasosas), oleodutos (líquidas) ou minerodutos (substâncias sólidas).

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CLASSIFICAÇÃO DO COMÉRCIO EM RELAÇÃO À QUANTIDADE DE
MERCADORIAS TRANSACIONADAS
 Comércio de grande especulação: o relativo à aquisição de grande quantidade de
determinada mercadoria, para se dar a sua falta no mercado e depois aumentar os preços
de venda; esta espécie de comércio algumas vezes tem por fim a penetração em novos
mercados.
 Comércio por grosso: efectuado por armazéns em que as aquisições são feitas aos
produtores e fábricas, servindo de intermediário do pequeno comércio.
 Comércio a retalho: é o pequeno comercio ou seja, o intermediário entre por grosso e o
consumidor efectuado em pequenas quantidades de produtos conforme as necessidades dos
consumidores.
CLASSIFICAÇÃO DO COMÉRCIO QUANTO AOS INTERVENIENTES NAS
TRANSACÇÕES
 Comércio directo – é efectuado entre os próprios vendedores e compradores, sem
intermediários;
 Comércio indirecto – o que se realiza por intermédio de outrem.
CLASSIFICAÇÃO DO COMÉRCIO SEGUNDO O SEU OBJECTIVO
Este faz a classificação do comércio segundo as especialidades ou ramos de transacções, que são:
O comércio, quanto à especialidade, pode ser:
 Comércio de mercadorias – o que compreende as transacções sobre produtos de toda a
natureza. É este ramo de comércio muito importante e que se pratica em larga escala.
 Comércio de comissões e consignações é aquele cujo objectivo é servir de mediação às
pessoas que necessitam efectuar operações comerciais.
 Comércio de metais preciosos é o que se faz sobre barras de ouro, de prata e de platina.
 Comércio bancário – o que tem por objecto a troca e a transferência de capitais
monetários, transacções sobre letras, papeis de credito, findos públicos, descontos,
empréstimos etc.
 Comércio de seguros aquele que toma sobre si a responsabilidade de riscos imprevistos.
 Comércio de transporte o relativo ao transporte de pessoas e mercadorias.
 Comércio de lotarias
Razões do aumento do comércio
 Evolução dos transportes,
 Abolição das fronteiras, diversidade de produtos e aumento da produção,
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 Publicidade e marketing,
 Aumento do poder de compra.
Portanto os transportes e as vias de comunicação são importantes no desenvolvimento comercial,
pois a melhoria das vias de comunicação e dos transportes permitem uma deslocação mais rápida
das pessoas e mercadorias.
A publicidade é uma actividade profissional dedicada à difusão pública de ideias associadas a
empresas, produtos ou serviços, especificamente, propaganda comercial.
Propaganda é um modo específico de apresentar informação sobre um produto, marca ou empresa
que visa influenciar a atitude de uma audiência para uma causa, posição ou actuação.

O Comercio Internacional
Quando se fala em comércio a idéia que temos no imediato é a troca de mercadorias entre duas
pessoas singulares ou coletiva. Assume-se que o comércio está apenas circunscrito à troca de
mercadorias entre habitantes de um determinado país. As trocas comerciais com outros países
entram no domínio do comércio internacional.
O comércio internacional desde cedo esteve presente na história da humanidade, mas a sua
importância económica, social e política aumentou nos últimos séculos.
Definimos Comercio Internacional como o intercâmbio de bens e serviços entre países, resultante
de suas especializações na divisão internacional do trabalho. Seu desenvolvimento depende
basicamente do nível dos termos de intercâmbio (ou relações de troca), que se obtém comparando
o poder aquisitivo de dois países que mantenham comércio entre si.
Em outras palavras O comércio internacional é a troca de bens e serviços através de fronteiras
internacionais ou territórios.
O progresso da indústria e dos transportes, o aparecimento das multinacionais tiveram grande
impacto no aumento desde comércio que está relacionando com o fenómeno da globalização.
Vantagens da globalização:
 A expansão dos mercados;
 Desenvolvimento tecnológico;
 Aumento da produtividade e
 Melhorias nos padrões de vida.
Desvantagens da globalização:
 Desemprego;
 Instabilidade financeira e
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 Ameaças ao ambiente global
Podemos também observar que a Internet é um dos reflexos da globalização. Contudo, a livre
circulação de informação e de cultura não é necessariamente uma coisa má., mas com alguns
aspectos negativos porque veio permitir que essa mesma informação possa ser utilizada com fins
"menos adequados", como por exemplo no terrorismo, ou até mesmo na espionagem industrial.
Talvez por causa dos muitos aspectos negativos, há um receio visível por parte de muitas pessoas
no que respeita à adesão à globalização.
Motivações para trocas internacionais
Existem 4 factores fundamentais que são:
 Reservas Naturais;
 Solos e Climas;
 Capital e Trabalho; e
 Estágio Tecnológico
Fundamentos do Comércio Internacional: a teoria das vantagens comparativas
0 que leva os países a comercializarem entre si?
1) A diversidade de possibilidades de produção entre os países combinada as vantagens
comparativas de produzir ao menor custo um produto de melhor qualidade.
Exemplo: Inglaterra tinha vantagens comparativas na produção de tecido e Portugal em vinho.

2) O facto de que um país não é auto-suficiente em tudo o que precisa. Exporta o que o
que sobra e importa o que falta para atender as necessidades de produção e consumo. Os
economistas clássicos forneceram a explicação teórica básica para o comércio
internacional através do chamado Princípio das Vantagens Comparativas.

Os economistas clássicos forneceram a explicação teórica básica para o comércio internacional


através do chamado Princípio das Vantagens Comparativas.

0 Princípio das Vantagens Comparativas sugere que cada país deva se especializar na produção
daquela mercadoria em que é relativamente mais eficiente (ou que tenha um custo
relativamente menor). Esta será, portanto, a mercadoria a ser exportada.

Por outro lado, esse mesmo país deverá importar aqueles bens cuja produção implicar um
custo relativamente maior (cuja produção é relativamente menos eficiente). Desse modo,
explica-se a especialização dos países na produção de bens diferentes, a partir da qual concretiza-
se o processo de troca entre eles.

A Teoria das Vantagens Comparativas foi formulada por David Ricardo em 1817. No exemplo
construído por esse autor, existem dois países (Inglaterra e Portugal), dois produtos (tecidos e
vinho) e apenas um fator de produção (mão-de-obra).

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A partir da utilização do factor trabalho, obtém-se a produção dos bens mencionados, conforme o
quadro a seguir:

Em termos absolutos, Portugal é mais produtivo na produção de ambas as mercadorias. Mas em


termos relativos, o custo de produção de tecidos em Portugal é maior que o da produção de vinho,
e, na Inglaterra, o custo da produção de vinho é maior que o da produção de tecidos.
Comparativamente, Portugal tem vantagem relativa na produção de vinho, e a Inglaterra na
produção de tecidos.

Segundo Ricardo, os dois países obterão benefícios ao especializarem-se na produção da


mercadoria em que possuem vantagem comparativa, exportando-a, e importando o outro bem. Não
importa, aqui, o facto de que um país possa ter vantagem absoluta em ambas as linhas de produção,
como é o caso de Portugal, no exemplo acima. Todavia, os benefícios da especialização e do
comércio podem ser observados ao se comparar a situação sem e com comércio internacional.

EX: Sem comércio internacional, na Inglaterra são necessárias 100 horas de trabalho para a
produção de 1 unidade de tecido e 120 horas para a produção de 1 unidade de vinho. Desse modo,
uma unidade de vinho deve custar 1,2 unidade de tecido (120/ 100).
Por outro lado, em Portugal, essa unidade de vinho custará 0,89 unidade de tecido (80/90).
Se houver comércio entre os países, a Inglaterra poderá importar 1 unidade de vinho por um preço
inferior a 1,2 unidade de tecido, e Portugal poderá comprar mais que 0,89 unidade de tecido
vendendo seu vinho.
Assim, por exemplo, se a relação de troca entre o vinho e o tecido for de 1 para 1, ambos os países
sairão beneficiados. A Inglaterra em autarquia gastará 120 horas de trabalho para obter 1 unidade
de vinho; com o comércio com Portugal, poderá utilizar apenas 100 horas de trabalho, produzir 1
unidade de tecido e trocá-la por 1 unidade de vinho, poupando, portanto, 20 horas de trabalho, que
poderiam ser utilizadas produzindo mais tecidos (obtendo, assim, um maior nível de consumo). 0
mesmo raciocínio vale para Portugal: em vez de gastar 90 horas produzindo 1 unidade de tecido,
poderia usar apenas 80 produzindo 1 unidade de vinho e troca-la no mercado internacional por 1
unidade de tecido, também economizando 10 horas de trabalho.
Desse modo, a Inglaterra deverá se especializar na produção de tecidos, exportando-os e
importando vinho de Portugal, que se especializou em tal produção e passou a importar tecidos.
Conclui-se, portanto, que dada uma certa quantidade de recursos, um país poderá obter ganhos
através do comércio internacional, produzindo aqueles bens que gerarem comparativamente mais
vantagens relativas.
A teoria desenvolvida por Ricardo fornece uma explicação para os movimentos de
mercadorias no comércio internacional, a partir da oferta ou dos custos de produção existentes
nesses países. Logo, os países exportarão e se especializarão na produção dos bens cujo custo for
comparativamente menor em relação àqueles existentes, para os mesmos bens, nos demais países
exportadores.

Deve-se destacar que a Teoria das Vantagens Comparativas apresenta a limitação de ser
relativamente estática, não levando em consideração a evolução das estruturas da oferta e
da demanda, bem como das relações de preços entre produtos negociados no mercado
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internacional, à medida que as economias se desenvolvem e seu nível de renda cresce.
Utilizando o exemplo anterior, à medida que crescesse o nível de renda e o volume do comércio
internacional, a demanda por tecidos cresceria mais que proporcionalmente à demanda por vinho,
e ocorreria uma tendência à deterioração da relação de trocas entre Portugal e Inglaterra,
favorecendo este último país.

Factores que explicam as vantagens comparativas


A diferença de preços em vigor nos diferentes países é que estimula o comércio externo, fazendo
com que os produtos circulem na direção daqueles onde os preços são mais elevados, Por sua vez,
a diferença de preços se explica pela vantagem comparativa que permite a certos países, por um
conjunto de circunstâncias, produzirem a custos mais baixos urna série de produtos exportáveis.

Cabe, agora, indagar as razões pelas quais esta vantagem comparativa pode ser explicada. Os
motivos são basicamente dois:

a) Diferença na dotação de recursos naturais ― Se Portugal e a região do Mosela produzem


bons vinhos é porque as condições de solo e clima permitem o cultivo de uvas adequadas à
fabricação desses vinhos. Se as pradarias americanas e canadenses proporcionam colheitas
abundantes ebaratas de trigo é porque a fertilidade e configuração do solo lhes dão esta vantagem
econômica. Algo de semelhante podemos dizer da lã da Austrália e Nova Zelândia,etc.

Em todos estes casos citados estamos frente à vantagem comparativa absoluta, que faz com que a
produção seja possível a custos muito baixos e especialmente favorecidos.

b)Especialização e custos decrescentes ― A especialização conquistada por longa tradição e os


custos decrescentes alcançados mediante a produção em larga escala podem igualmente explicar
as diferenças nos custos comparativos entre países.

A tradição especializada dos suíços na fabricação de relógios torna-os mais competitivos na


exportação desse produto para o resto do mundo, muito embora outros países também possam
fabricar relógios. Máquinas aperfeiçoadas e de precisão produzidas por certos países altamente
industrializados faz que seus custos sejam mais baixos e os produtos se tornem exportáveis a
preços mutuamente compensadores.

Assim, os custos decrescentes conseguidos através de tecnologia avançada e produção em larga


escala, explicam o motivo pelo qual a especialização e o comércio internacional podem tornar-se
altamente vantajosos.

Neste caso, as vantagens comparativas existentes são em geral relativas, e não absolutas.
Porém, o importante é que os benefícios subsistem para os parceiros que realizam as trocas
comerciais.

Porque é que se faz comércio entre países?


É um facto que nem todos os países são igualmente dotados em recursos naturais ou habilidades
técnica para produzir tudo o que os seus habitantes necessitam para viver. Por exemplo:
 Há países com acesso ao mar, mas outros têm apenas rios e lagos.
Texto de Apoio Noções de Comércio/2023/Dra Custódia Lourenço
 Alguns possuem riquezas no subsolo, tais como mineiras, petróleo, pedras preciosas, mas
outros são ricos em terras férteis, florestas etc.

 A diversidade climatérica é outra condicionante da riqueza de um país.

 Há ainda países ricos em mão de obra especializada, isso para já não falar de ciência e da
tecnologia que se apresentam sob diferentes estágios de desenvolvimento.

Significa que as diferenças internacionais na disponibilidade de matéria-prima e outros factores de


produção, nos custos e nos preços dos produtos e serviços para satisfação das necessidades das
sociedades.

É assim que todas as nações produzem e exportam determinados bens e serviços, factores de
produção e recursos financeiros e por outro lado, importam em troca, outros bens e recursos que
dificilmente ou de forma alguma poderiam produzir internamente.

Porque é que as nações saem beneficiadas quando fazem comércio entre si?
Em geral, todos os países têm necessidade uns dos outros. Já não é possível ser se auto-suficiente
em tudo nos dias que correm. As nações saem beneficiadas com o comercio internacional devido
a:
Diversidade das condições de produção como por exemplo, o clima e o solo;
Redução de custos: é o caso poe exemplo, do decréscimo de custos resultante da produção em
larga escala;

As diferenças de gostos e preferências de cultura e tradição. Por exemplo, um país pode produzir
apenas para exportar e não para consumir um determinado bem que é preferido por outro pais
saindo beneficiado dessa especialização. E quanto se disse, podemos concluir que grande parte do
bem estar económico da maioria da nações depende decisivamente da interdependência
internacional. Esta tem vindo a aumentar nas últimas décadas, de acordo com as estatísticas: o
comércio internacional tem crescido com maior rapidez do que a própria produção mundial.

Assim, podemos concluir que grande parte do bem-estar económico da maioria das nações
depende decisivamente da interdependência internacional.

Heckscher e Ohlin (1933) sugeriram que diferentes custos de oportunidade entre diferentes países
eram o resultado de diferente dotação inicial de factores em geral (não apenas trabalho) Estes
autores produziram um argumento que passou a ser chamado abreviadamente modelo H-O. Se um

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país for bem dotado com um pobre e não treinado trabalho, enquanto outro país for bafejado com
um grande e produtivo stock de capital, então o primeiro terá uma vantagem comparativa na
produção de produtos que requerem trabalho intensivo, enquanto que o último terá uma vantagem
comparativa em produtos que exigem capital intensivo.

Comércio Electrónico – E-commerce


A Internet tem mudado o modo de como executamos as nossas tarefas do dia-a-dia, ela tem sido
uma porta sem fronteiras na interacção das pessoas com as coisas ao redor do mundo. Actualmente
a Internet não é simplesmente uma rede para manter as pessoas conectadas, também tem sido um
centro de negócios, que diariamente milhares de negócios têm surgido nela, e com isto surgiu um
novo conceito de fazer comércio chamado Comercio electrónico ou E-Commerce.
O Comércio Electrónico ou E-Commerce é a maneira de efectuar operações de bens e serviços
electronicamente sem barreira de distância ou tempo. Ou seja, é a maneira de vender ou comprar
bens e serviços usando como meio para as transacções um dispositivo electrónico conectado a
internet. Ele pode se dar por meio de lojas virtuais, marketplaces ou redes sociais.
E-Commerce provém de “Electronic Commerce”, que em português significa “comércio
electrónico”, este termo é usado para identificar um sistema comercial montado por uma empresa
para atender aos seus clientes por meio de redes de computadores e mantido por uma infra-
estrutura digital.
O comércio eletrônico engloba o processo online de forma abragente desde do marketing, venda,
entrega, atendimento e pagamento dos produtos e serviços adquiridos pela sociedade a nível
mundial virtualmente, com o apoio de uma rede mundial de parceiros comerciais.
O comércio electrónico, ou e-commerce, tornou-se uma estratégia amplamente utilizada por quem
deseja ter sucesso com vendas online. Para aumentar a receita do seu negócio, é preciso marcar
presença na internet, onde estão os principais canais de venda da actualidade. Somente em 2020,
as lojas virtuais tiveram 42,9 milhões de consumidores únicos, sendo 47% deles — cerca de 20
milhões — estreantes nesta modalidade de compra.
Começar um negócio de comércio eletrônico nunca foi tão fácil. Soluções como Shopify e
WooCommerce permitir até mesmo o menos conhecedor de tecnologia emdividuais para abrir uma
loja. Abaixo estão sete razões pelas quais o comércio eletrônico é uma opção tão atraente para os
empresários:
•Localizações - Com uma loja física de tijolo e argamassa, você fica limitado geograficamente a
mercados próximos, ou seja, se você tem uma loja em Nova York e deseja vender também em
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Nova Jersey, precisará abrir outro local físico. O comércio eletrônico não tem essa limitação. Em
vez disso, você pode vender para qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, através do seu
negócio de comércio eletrônico digital.
•Sempre aberto - Os negócios físicos geralmente têm horário limitado, mas uma loja de comércio
eletrônico on-line permanece “aberta” 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano.
Isso é extremamente conveniente para o cliente e uma excelente oportunidade para os
comerciantes.
•Economia de Custos - As empresas de comércio eletrônico têm custos operacionais
significativamente menores em comparação com lojas físicas. Não há aluguel, nem pessoal para
contratar e pagar, e muito pouco em termos de custos operacionais fixos. Isso torna as lojas de
comércio eletrônico extremamente competitivas em preço, o que geralmente aumenta
drasticamente a participação no mercado.
•Gerenciamento automatizado de estoques - É muito mais fácil automatizar gestão de inventário
através do uso de ferramentas eletrônicas on-line e de terceiros. Isso economizou bilhões de dólares
em negócios de comércio eletrônico em inventário e custos operacionais. O gerenciamento de
estoque também se tornou cada vez mais sofisticado. Agora você pode gerenciar seu estoque em
vários canais com grande facilidade. Assim, você pode vender e monitorar seu estoque em sua
própria loja e em mercados como o eBay, Amazon, Etsy ou uma loja física.
•Marketing Direcionado por Laser - Os comerciantes on-line podem coletar uma quantidade
incrível de dados do consumidor para garantir que eles segmentem as pessoas certas para seus
produtos. Isso reduz o custo de aquisição de clientes e permite que as empresas on-line de comércio
eletrônico permaneçam extremamente ágeis. Imagine ser capaz de atingir apenas homens entre 18
e 24 anos, vivendo em áreas urbanas. Isso é marketing focado em laser para você, não há como
conseguir isso com apenas uma loja física.
•Domínio do nicho de mercado - Por causa dos custos operacionais mais baixos, a capacidade de
direcionar seu cliente ideal. Além de atingir um público global que um site de comércio eletrônico
traz, isso garante a lucratividade de suas empresas.
•Independência de localização - A Loja virtual o proprietário da empresa não está vinculado a
nenhum local ao administrar seus negócios. Contanto que você tenha um laptop e uma conexão
com a Internet, poderá administrar sua empresa de comércio eletrônico.
Tipos de comerciantes de comércio eletrônico
No geral, existem dois tipos de comerciantes de comércio eletrónico:

Texto de Apoio Noções de Comércio/2023/Dra Custódia Lourenço


1.Aqueles Vendendo produtos físicos: Isso é bastante auto-explicativo. É apenas a compra e
venda de produtos físicos através de algum tipo de meio eletrônico. Por exemplo, você pode estar
vendendo mercadorias de qualquer um dos seguintes nichos: moda, acessórios, artigos para casa,
brinquedos etc.
2.Lojas que vendem produtos digitais (produtos para download da AKA): Se você já comprou
um curso online, ele se enquadra na categoria de 'produtos digitais'. Como regra geral, se você
tiver que acessar o produto por meio de uma área de membros online ou se tiver que baixá-lo,
provavelmente é um 'produto digital'.
Que tipo de negócio de comércio eletrônico você pode começar?
Existem várias maneiras diferentes de iniciar seu próprio negócio de comércio eletrônico.
A opção mais tradicional é vender online produtos que você mesmo armazena e embala. No
entanto, essa não é mais a única escolha. Hoje, você pode aceitar pagamentos on-line com cartão
de crédito para serviços que presta pela Internet. Há até a opção de desenvolver vendas no varejo
por meio de produtos que são entregues por outras pessoas por meio dropshipping.
Aqui estão algumas maneiras de classificar os diferentes tipos de lojas de comércio eletrônico
disponível:
•Lojas com bens físicos: Esses são os varejistas online típicos que você vê em todos os lugares.
Os compradores podem comprar seus produtos por meio de smartphones ou computadores
desktop. Se você administra uma loja com produtos físicos, pode armazenar e enviar os itens você
mesmo ou pode pedir que outra pessoa cuide dos produtos para você. Se você escolher um método
de preenchimento alternativo, como dropshipping, outra pessoa cuidará da embalagem e do envio.
Exemplos de lojas físicas de produtos incluem tudo, de Warby Parker a Zappos.
•Revendedores de serviços: Você também pode vender serviços on-line na forma de tudo, desde
suporte a publicidade até design gráfico. Graças ao cenário digital, os serviços se tornaram cada
vez mais populares como uma solução de vendas. Não há limite para os talentos que você pode
oferecer aos seus clientes em troca de dinheiro. Também existem empresas baseadas em serviços
que entregam tudo o que oferecem com base em cotações e constroem relacionamentos detalhados
com os clientes.
•Produtos digitais: As transações de comércio eletrônico são realizadas pela Internet, o que
significa que, além de fornecer produtos e serviços físicos aos clientes, você também pode fornecer
produtos digitais para download online. Esses tipos de produtos geralmente incluem coisas como
cursos on-line, software ou até gráficos para usar em um site. Os produtos digitais também podem
vir na forma de guias ou eBooks.
Texto de Apoio Noções de Comércio/2023/Dra Custódia Lourenço
Em teoria, tudo sobre o comércio eletrônico parece impressionante; no entanto, como a maioria
das coisas, existem alguns desafios que você precisará superar ao lançar seu próprio comércio
eletrônico por conta própria.
A maior parte dos websites de E-Comércio são lojas virtuais que compreendem, no mínimo, os
seguintes elementos a nível do usuário:
 Um catálogo electrónico virtual, apresentando o conjunto dos produtos disponíveis para
venda;
 Um motor de busca para encontrar facilmente um produto;
 Um sistema carrinho de compras virtual ;
 O pagamento protegido em linha.
Nesse tipo de negócio, o cliente acessa uma loja virtual, um marketplace ou a página de uma marca
nas redes sociais e pode:
 Selecionar o que deseja comprar;
 Escolher a melhor forma de pagamento (cartão de débito, crédito);
 Determinar o meio de envio (como Correios ou transportadora) para receber o produto em
casa.
Marketplace - é um canal voltado para a compra e vendas de produtos. Basicamente, é um site que reúne
diversos vendedores com diferentes ofertas. Dessa forma, o consumidor tem acesso a uma grande variedade de
produtos e condições.
A vitrine virtual é, basicamente, a página da sua loja responsável por exibir em detalhes os produtos à venda.
Assim como no comércio tradicional, onde as vitrines possuem uma produção visual de acordo com a
identidade da marca, na vitrine virtual, este trabalho não deve ser diferente.
Como funciona o comércio electrónico?
Para entender melhor o conceito do comércio electrónico e qual é o seu principal objectivo, é
importante saber como funcionam as etapas de venda no e-commerce, que são:
Canal de venda
No comércio electrónico, os produtos são anunciados em páginas que funcionam como uma vitrine
virtual dentro da sua loja online ou marketplace, se for o caso.
Essas páginas devem conter fotos e descrições dos produtos com as características e especificações
técnicas de cada item. De forma geral, uma boa descrição de produto no e-commerce precisa atender
os requisitos abaixo:
 Explicar o que é o produto, do que é feito, como pode ser usado e quais benefícios oferece;

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 Demonstrar conhecimento sobre o produto vendido, o que transmite confiança para o seu
cliente;
 Diferenciar a sua loja da concorrência;
 Evitar atendimentos desnecessários, já que os clientes podem encontrar todas as informações
e não precisam entrar em contacto para tirar dúvidas.
 Com essas informações visíveis para o seu cliente, ele pode adicionar as mercadorias que
deseja ao carrinho de compras e efectuar o pagamento.
Meios de envio e pagamento
 Para realizar o pagamento, o cliente precisa fazer um cadastro na loja virtual, no
marketplace, ou apenas fornecer nome, e endereço de entrega. Esse tipo de exigência vária a
cada caso.
 Assim que preenchido o endereço para entrega dos produtos, o consumidor pode calcular o
valor e o prazo do frete, optar por como quer recebê-los e escolher o meio de pagamento de
sua preferência.
 Para o envio, algumas plataformas oferecem gateways de frete, um sistema voltado
ao gerenciamento automático de contractos com transportadoras, tabelas de preços e dados
de frete.
Entrega do produto
Quando a loja recebe o pedido de compra, é preciso separar os produtos para enviar ao comprador.
Feito o processo de embalagem, é necessário entregar o pacote para a transportadora ou nos
Correios, de onde é enviado para o endereço do seu cliente final. Para evitar que o seu cliente receba
o produto além do prazo apresentado, existem dois cuidados básicos a serem adoptados:

 Disponibilizar para vendas somente produtos com estoque para entrega imediata;
 Embalar e despachar os produtos com antecedência.

Tipos de Comércio Electrónico


Existem dois tipos de comércio electrónico que são: O comércio electrónico directo - consiste na
encomenda, pagamento e entrega on-line de produtos ou serviços. Este tipo de comércio electrónico
permite a existência de transacções electrónicas sem quaisquer interrupções ou barreiras geográficas,
permitindo dessa forma explorar todo o potencial dos mercados electrónicos mundiais.

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O comércio electrónico indirecto - consiste na encomenda electrónica de produtos que, pela sua
natureza tangível, continuam a ter de ser entregues fisicamente, utilizando para esse efeito os
tradicionais canais de distribuição.
CATEGORIAS DE APLICAÇÃO DE COMÉRCIO ELETRÔNICO
O comércio electrónico é um dos modelos de negócio mais versáteis. Com ele consegue-se trabalhar
e atender diversos tipos de pessoas, consumidores finais, fornecedores, revendedores, entre outros.
Existem vários modelos/categorias de negócio para comércio electrónico dos quais os mais utilizados
são o B2B e B2C.

1.Comércio eletrônico entre empresas B2B (business to business) ou empresa para empresa, é
a relação de comércio estabelecida entre uma empresa e outra. No modelo B2B uma empresa vende
produtos ou serviços para outra empresa. No comércio B2B, a compra normalmente tem uma análise
mais demorada, detalhada e criteriosa.
Os clientes preferem relacionamentos comerciais mais fortes, com maior garantia de fornecimento e
prazos e as empresas que vendem procuram retorno de curto e longo prazo que o cliente B2B gera
para a empresa.
2.Comércio eletrônico B2C (business to consumer) ou empresa para consumidor, uma empresa
vende seus produtos ou serviço directamente para o consumidor final que fará uso pessoal do mesmo.

3.Comércio eletrônico C2B (Consumer to Business) ou Consumidor-para- empresa é um serviço


muito utilizado por profissionais que não têm uma empresa formalizada (autónomos ou freelancers),
mas prestam serviços e oferecem soluções a pessoas jurídicas (empresas).
4.Comércio eletrônico C2C (Consumidor-a-consumidor ou consmer-to-consumer) engloba
todas as transacções electrónicas de bens ou serviços efectuadas entre consumidores. Geralmente
estas trocas são realizadas (intermediação) através de uma terceira entidade, que disponibiliza a
plataforma informática onde se realizam as transacções.
5.Comércio eletrônico B2A (Business-to-Administration) ou empresa-para-Administração
Pública Esta parte do comércio electrónico engloba todas as transacções realizadas on-line entre as
empresas e a Administração Pública. Esta é uma área que envolve uma grande quantidade e
diversidade de serviços, designadamente nas áreas fiscal, da segurança social, do emprego, dos
registos e notariado, etc.

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6.Comércio eletrônico C2A (Consumer-to-Administration ou Consumidor-para-
Administração Pública O modelo engloba todas as transacções electrónicas efectuadas entre os
indivíduos e a Administração Pública.
Exemplos de aplicações:
 Educação - divulgação de informação, formação à distância.
 Segurança social - através da divulgação de informação, realização de pagamentos, etc.
 Impostos - entrega das declarações, pagamentos, etc.
 Saúde - marcação de consultas, informação sobre doenças, pagamento de serviços de saúde,
etc.
Ambos os modelos que envolvem a Administração Pública (B2A e C2A) estão fortemente
associados à ideia da eficiência e facilidade de uso dos serviços prestados aos cidadãos pelo Estado
com apoio nas tecnologias da informação e comunicação.

Vantagens do comércio electrónico


Este comércio traz inúmeras vantagens tanto para as empresas quanto para os usuários desta
tecnologia tais como:
1- Efectuar uma transacção comercial sem deslocação física a entidade comercial; Fazer as
suas compras de forma cómodo, sem precisar se deslocar é com certeza uma vantagem incrível do
comércio electrónico, pois, ao fazer compras online, você poupa tempo e dinheiro. Esses dois
recursos (tempo e dinheiro) são indispensáveis para quem deseja ter uma vida mais produtiva quer
seja profissional ou pessoal, por isso, nada melhor do que tirar um bom proveito das facilidades
que o e-commerce trouxe.
2- Ausência de filas para adquirir um produto ou serviço; Todos sabemos o quanto é difícil
aguentar as longas filas nos estabelecimentos comerciais físicos, e para quem já estava sem muita
disponibilidade e tempo, o comércio electrónico é realmente a solução. Agora você pode fazer
qualquer operação comercial a distância de um clique, sem precisar esperar as longas filas que se
verifica nas lojas físicas.
3- Entregas dos produtos comercializados ao domicílio; A garantia de receber a sua encomenda
no conforto da sua casa é uma das principais vantagens do comércio electrónico, tudo porque
muitas plataformas de e-commerce têm integrado ao seu modelo de negócio o serviço de entrega
ao domicílio. Por outra, actualmente já existem muitas empresas que fazem o serviço de entregas
de mercadoria ao domicílio.

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4- Custo operacional menor, o comércio electrónico consegue chegar em um preço final mais
baixo para o consumidor; No comércio electrónico, o custo operacional, ou seja, todos os gastos
envolvidos desde a compra do produto até fazer a encomenda chegar ao consumidor final é muito
mais barato comparado ao comércio tradicional.
5- Diferentemente de uma loja física, que tem hora para abrir e para fechar, uma loja virtual
está disponível 24 horas por dia e 7 dias por semana. No e-commerce, você tem a oportunidade
de visitar várias lojas online, escolher e comprar produtos em qualquer hora do dia. Ainda que for
num feriado, as lojas virtuais estão sempre disponíveis. Por outra, uma grande vantagem das lojas
virtuais está no facto das mesmas atingirem consumidores do mundo inteiro, ou seja, no e-
commerce não existe barreiras geográficas. Você pode vender tanto para o seu vizinho como para
alguém que está numa outra província ou país. De igual modo você pode fazer compras na amazom
e receber a encomenda em sua casa.
Desvantagem do comércio electrónico
Este comércio também trouxe desvantagens não só para as empresas, mas também para os clientes
e para a sociedade:
 Aumento de número de desemprego
 Diminuições da qualidade dos produtos entregues aos clientes, estes são os exemplos mais
comuns.
 Forte dependência das tecnologias da informação e da comunicação (TIC);
 Insuficiência de legislação que regule adequadamente as novas actividades do comércio
electrónico, quer ao nível nacional, quer ao nível internacional;
 Cultura de mercado avessa às formas electrónicas de comércio (os clientes não poderem
tocar ou experimentar os produtos);
 A perda de privacidade dos utilizadores, a perda de identidade cultural e económica das
regiões e países;
 Insegurança na realização das transacções comerciais.

Alguns Motivos para investir em uma loja Virtual


 Baixo investimento
 Alcance mundial ou nacional
 Comodidade a loja nunca fecha
 Especialistas indicam quem será uma das principais fontes do dinheiro na web
 Chances de calotes são mínimas

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 Maior fidelização
 Seguranças -clientes compram, recebem produtos sem sair de casa
 Facilidades
 Pagamento e financiamento pela integração das lojas com ambiente bancário
 Baixo custo de manutenção
DIFICULDADES AO SE TORNAR ON-LINE
Competição- A competição que era local agora torna-se mundial.
Direitos Autorais- Uma vez publicada a informação na Internet, torna-se fácil sua cópia
(arquivos tipo MP3 por exemplo).
Aceitação do Cliente- As empresas têm receio se os consumidores irão aceitar essa nova forma
de negócio.
Aspectos Legais-Não existe uma estrutura legal a nível mundial.
Lealdade-Pelo fato da procura ser mais rápida e fácil, os consumidores não garantem lealdade ao
seu vendedor.
Serviço-É muito mais fácil e rápido comparar os produtos de uma empresa e outra.
Viabilidade-Muitas empresas estão inseguras em relação à viabilidade de seu próprio negócio
digital.
Preço-Os preços podem diminuir mas o diferencial será os serviços prestados aos consumidores.
Segurança- Como é a segurança na Internet? Diversas são as preocupações nesta área.

RAZÕES PARA SE TORNAR ON-LINE


Expansão do Alcance do Mercado: reunir experiência com um novo segmento de mercado.
Poder de Resposta: aumentar o poder de resposta aos seus clientes e parceiros.
Novos Serviços: prover novos serviços aos clientes e parceiros.
Fortalecimento do Relacionamento nos Negócios: aumentar o lucro para cada parceiro
envolvido.
Redução de Custos: reduzir o custo do produto, suporte, serviço e propriedade.

Mercados de comércio eletrônico

Apenas vender itens em sua loja online, limita o potencial de quanto dinheiro você vai ganhar.
Com o software de gerenciamento de inventário, nunca foi tão fácil gerenciar seu estoque em
vários canais, aqui está uma pequena lista de mercados, onde devemos considerar o uso ao
lado de sua loja online.

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eBay - As pessoas presumem que o eBay é exclusivamente para empresas C2C, mas não é o
caso. Há toda uma série de transações B2B e B2C acontecendo neste site. Se um produto não
está vendendo bem em seu site, tente colocá-lo no eBay como um leilão para recuperar algum
dinheiro.

Amazon - Não há muita coisa que a Amazon não venda agora, então mesmo que sua ideia
para um produto não tenha sido feita antes, há um lugar para ele na Amazon!

Etsy - Etsy em um mercado online ideal para qualquer coisa feita à mão. É especializada no
vintage e única. Etsy tem uma vibração comunidade fantástica e é excelente para construir
uma boa reputação como vendedor.

Alibaba - Alibaba é um mercado para fabricantes, fornecedores, exportadores,


importadores, compradores, atacadistas, produtos e leads comerciais. Uma vantagem
considerável é que você tem acesso a inúmeros fornecedores que vendem praticamente
qualquer produto que possa imaginar. Se você não tem uma ideia original e deseja apenas
começar a vender, confira Alibaba.

Onde posso obter produtos de origem para o meu negócio de comércio eletrônico?

Existem muitos lugares para comprar produtos de alta qualidade para vender no seu loja de
comércio eletrônico. No entanto, estes tendem a cair em uma das três categorias:
Fabricantes, remetentes e atacadistas.

Comércio Electronico em Moçambique


O “Novo Coronavírus” (Covid-19) está desde Dezembro de 2019 infectando pessoas mundo afora
e por mais que pouco tempo tenha passado desde o surgimento do Covid-19, muito já aconteceu,
isso porque o vírus tem se espalhado em uma grande velocidade, indo além de uma epidemia e
tornando-se uma pandemia (declarada pela OMS em 11/03). Com a crescente do Covid-19
contínua e cada vez mais países estão estabelecendo quarentena ou outras medidas sanitárias. As
restrições de deslocamento impostas pela situação de quarentena para evitar o contágio com o
novo coronavírus, empresários do mundo todo têm manifestado grande preocupação sobre como
irão manter seus negócios com a redução drástica de facturamento e de movimento de clientes e
vendas. É neste contexto que a internet tornou-se, portanto, um dos meios mais efectivos para
manter contacto com amigos e familiares. Além disso, como muitas empresas estão adoptando o
método de trabalho em casa, estar conectado também é crucial para que as equipes desempenhem
suas funções e continuem colaborando com a economia. Sem poder ir a shoppings ou a lojas de
rua por causa da pandemia do coronavírus, consumidores estão se voltando ao comércio
electrónico que se tornou a melhor opção de fazer compras.
O comércio electrónico em Moçambique tem se expandido de uma forma exponencial, sendo que
já se torna habitual para estes cibernautas usarem o comercio electrónico, principalmente quando

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se trata de classificados pois a maior barreira que se enfrenta neste momento são as formas de
pagamentos digitais e a sua integração na plataforma, tornando assim o mercado de classificados
online mais viável, por este apresentar se apenas como um intermediário entre o comprador e o
vendedor, cabendo aos mesmos efectivarem o negócio presencialmente.
As lojas de classificados como IMALEMUNI se tornam a melhor opção neste tempo de crise
evitando saídas desnecessárias e aglomerações com riscos evidentes.
É com esta plataforma que os seus usuários, seja vendedor ou comprador tem a oportunidade de
comprar e vender produtos e serviços sem necessariamente violar a quarentena imposta. E neste
contexto aconselhamos aos nossos usuários que disfrutem o máximo das nossas plataformas.
Falhas cometidas pelas E-commerce em Moçambique
1. Adaptar soluções de outros países - Cada país tem uma realidade diferente dos outros em
termos de cultura, leis, economia, normas etc. Uma solução de negocio que funciona na India,
pode não funcionar em Moçambique.

2. Nenhum investimento Real - Como qualquer novo negócio, uma loja on-line inexperiente pode
exigir várias infusões de capital e uma quantidade significativa de mão-de-obra.

3. Sem Fluxo de Caixa - No nível mais básico, o fluxo de caixa é o movimento do dinheiro para
dentro e para fora de um negócio. As novas empresas de comércio electrónico podem ter problemas
quando não têm dinheiro suficiente para continuar operando.

4. Ma Gestão de Inventário - Dependendo do modelo de negócios, a gestão de estoques pode ser


um dos problemas mais significativos que as novas operações de comércio electrónico enfrentarão.
Compre muito estoque e, como mencionado acima, você pode prejudicar o fluxo de caixa. Compre
um estoque muito pequeno e você pode estar perdendo vendas ou até mesmo clientes
decepcionantes.

5. Um site ruim e feio - um site de comércio electrónico moderno deve ser seguro, bonito,
funcional, ter óptima pesquisa, adaptar-se a dispositivos móveis e carregar muito rapidamente.
Qualquer coisa menos é inaceitável.

6. Sem Tráfego no Site - Poucas coisas vão matar um negócio de varejo, ou até mesmo um
atacado, tão rápido quanto não ter compradores. No contexto do comércio electrónico, o tráfego
do website é o fluxo de compradores que entram e saem da sua loja. Se você quiser fazer vendas,
precisa de tráfego.

7. Sem paciência - um negócio de comércio electrónico leva tempo para crescer. Muitas vezes,
novos donos de empresas imaginam que terão lucros imediatos. Mas isso não é tipicamente o caso.
Não se surpreenda se levar vários meses ou anos para ganhar lucros ainda menores.

8. Má selecção de produtos - A maioria das pessoas não conhecem as métricas que devem buscar
antes de escolher e lançar produtos.
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9. Não existe um plano de marketing - Certifique-se de ter planejado como você vai
comercializar o seu site. Sem uma estratégia desenvolvida, você nunca conseguirá. Mapeie e
reserve um tempo para executar o plano. E lembre-se, se não funcionar na primeira vez, ajuste-o e
continue aumentando seu ROI. Como a maioria das vendas on-line começa com uma pesquisa,
você tem uma optimização de mecanismo de pesquisa e uma estratégia de marketing de pesquisa
paga (e orçamento).

10. Nenhum conteúdo de qualidade - Uma boa quantidade de conteúdo permitirá que os usuários
aprendam mais sobre você e se sintam mais à vontade para fazer compras contigo. Crie conteúdo
de qualidade em torno dos seus produtos, desenvolvendo guias de compras e páginas exclusivas
de detalhes do produto. O conteúdo também inclui vídeos e imagens. É importante não apenas
vender a seus visitantes, mas também informar seus visitantes. Isso ajudará com seus rankings nos
mecanismos de busca.

11. Nenhuma promoção ou urgência - Execute promoções! Dê a alguém uma razão para comprar
hoje! Conheço muitos sites que sempre têm 15% de desconto. Isso porque o preço é 15% mais alto
e agora sempre faz com que seus itens pareçam estar à venda. Bastante fácil. E quando você
executar grandes promoções, verifique se elas estão visíveis no site. Use um temporizador para
contagem regressiva da venda

12 Nenhuma proposta de valor - Seja único. Algo deve fazer sua empresa diferente. Se seus
produtos são orgânicos ou se você está conectado a uma instituição de caridade, informe as
pessoas. Se você não consegue pensar em uma razão pela qual alguém deve partir de você em vez
de um concorrente, então seus visitantes não poderão fazê-lo.

MODULO 2: MERCADOS E OUTROS LUGARES PARA A PRÁTICA DO COMÉRCIO

MERCADOS
O conceito de troca leva ao conceito de mercado. Um mercado consiste de todos os consumidores
potenciais que compartilham de uma necessidade ou desejo específico dispostos e habilitados para
fazer uma troca que satisfaça essa necessidade ou desejo. Assim, o tamanho do mercado depende
do número de pessoas que mostram a necessidade ou desejo, que tem recursos que interessam a
outros e estão dispostos e em condições de oferecer esses recursos em troca do que desejam.
O mercado é o lugar público onde negociantes expõem e vendem seus produtos. O surgimento do
mercado como um espaço físico ocorreu na antiguidade antes da invenção do dinheiro.
Independentemente da existência do dinheiro, é a oferta e a procura por mercadorias ou serviços
que permite a existência do comércio.

Classificação dos mercados


Os mercados classificam-se:
1.Quanto ao conhecimento das condições de compra e venda: classificam-se em mercados
perfeitos e imperfeitos. Conforme os contratantes comprador e vendedor tem ou não conhecimento

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ou informação completa das condições de compra e venda. Os mercados imperfeitos notam-se
principalmente no comércio a retalho.
2.Quanto a sua função económica: dividem-se em:
a)Mercados de consumo, aqueles onde são expostas todas as mercadorias a vender, como os
mercados de peixe, frutas, legumes etc.
b) Mercados de abastecimentos ou especulação, aqueles onde as transacções comerciais se fazem
por amostras ou sob marcas ou tipo de conhecidos de mercadorias.
3.Quanto aos seus objectivos: podem ser tantos quantos aos ramos de comércio: assim podem ser
mercados monetários no comércio bancário, mercados comerciais no comércio de mercadoria e
mercados de Titulos, etc.
4.Quanto ao local: pode ser interno ou nacional e externo ou internacional.
FORMAS DE MERCADOS

O mercado aparece para servir a produtores e consumidores unindo-os na busca de solução de um


bem comum e satisfação de suas necessidades. Assim pode-se distinguir duas formas de mercador
a saber: Mercado de Concorrência perfeita e Mercado de Concorrência imperfeita.

Mercado de Concorrência perfeita – representa um mundo de empresas que não influenciam o


preço (empresas tomadoras de preços), e com objectivo de maximização de lucros.
Características: Existência de grande número de vendedores e de compradores; Produtos
homogéneos; Não existem barreiras á entrada ou saída para qualquer agente no mercado; A não
intervenção do estado.

Mercado de Concorrência imperfeita – verifica se num sector de actividades sempre que haja
vendedores individuais que possam afectar o preço da sua produção.
Caracteristicas: Existência de barreiras e Assimétria de informação.

Os principais tipos de concorrência imperfeita segundo Samuelson são:


Monopólio: caracteriza-se quando uma única empresa produz determinado bem, não existindo
nenhum bem substituto próximo.
Principais caracteristicas: Existência de uma única empresa produtora de bens e serviços para
os quais, no curto prazo, não existem substitutos próximos;
Barreiras legais, tecnológicas e económicas ao ingresso de concorrentes no mercado;
Dimensões do mercado estabelecidas pela empresa viam determinação prévia do volume de
produção e dos preços desejáveis; e O lucro total da empresa é máximo para cada nível de produção
e preço por ela estabelecido.

Oligopólio é uma estrutura de mercado em que um pequeno numero de empresas controla a oferta
de um determinado bem ou servico.
Principais caracteristicas: Pequeno número de empresas controla a quase totalidade do mercado;
Forte bloqueio à entrada de concorrentes; Concorrência pela diferenciação de produtos; Tendência
à concentração de capitais através de fusões; Tendência à formação de cartéis e à rigidez de preços.

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Concorrência monopolística é uma estrutura de mercado que contem elementos da concorrencia
pereita e do monopolio.
Principais caracteristicas: Grande número de empresas; Fracas barreiras quanto ao ingresso e
saída do mercado; Pouca diferenciação dos produtos. Cada concorrente estabelece um produto
único e ligeiramente diferenciado pela marca, embalagem, publicidade. A diferença é subjectiva.

As Instituições da expansão do comércio


As instituições que facilitam a actividade comercial são: Bancos, Bolsas, Armazéns gerais,
Entrepostos, Museus comerciais, etc.

BOLSAS de Valor
Origem histórica
Bolsas são lugares públicos, legalmente autorizados, onde se efectuam diversas operações
comerciais. A origem das bolsas remonta aos tempos mais antigos. Na Grécia antiga era costume
os comerciantes reunirem-se na cidade de Atenas para efectuarem as principais transacções.
O local escolhido era especialmente nos portos designados por emporium, na Roma era designado
por collegium mercatorum.

Importância e função económica das bolsas de Valor


A importância das bolsas nas sociedades modernas e reputada como fundamental em todo o
organismo económico, por nelas se reflectirem todos os movimentos que efectuam o credito e a
economia do pais.

Principais Vantagens das bolsas


 Economia de tempo na realização de compra e venda, por o preço ser fixado pelas bolsas
isto e cotaçã o do dia.

 Fixação de preços pelos vários elementos de informação

 Transacções directas sem necessidade de intermediários, or patentearem os valores que são


oferecidos para venda e os que se deseja comprar, etc.

Porem, as bolsas é importantíssima, como orientadora dos preços no mercado e pela apreciação
do crédito público e privado.

Classificação das Bolsas


Conforme as operações que efectuam, classificam-se em duas grandes categorias.

Bolsas de câmbio e fundos - efectuam-se transacções sobre títulos de crédito público e articulares,
moedas e metais preciosos.

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Bolsas de mercadorias as transacções são efectuadas por grosso sobre amostras ou tipo de
mercadorias, matérias rimas, cereais, farinha, vinhos, produtos coloniais, carvão etc.

As Bolsas de câmbio e fundos são mais importantes porque realizam operações do que as bolsas
de mercadorias.

Bolsas de Valores são locais organizados abertos ao público onde se reúnem os comerciantes, os
agentes de comércio, banqueiros, financeiros e outras entidades devidamente autorizadas, para
discutir, decidir ou realizar operações comerciais e financeiras relativas a fundos públicos e
particulares (nacionais ou estrangeiros), títulos de crédito, metais preciosos, divisas cambiais,
mercadorias

Os locais destinados a desenvolver e facilitar as transacções comerciais são: Mercados, Feiras


de amostras, exposições, armazéns e loja, etc. vamos definir algumas:

Mercado é o lugar público onde negociantes expõem e vendem seus produtos.

ESTABELECIMENTO COMERCIAL- É o conjunto das instalações (prédios, infra-estruturas,


equipamentos) localizadas num certo sítio fixo onde se realizam as operações comerciais dos
comerciantes, cooperativas, empresas estatais, empresas públicas e sociedades comerciais em
geral.

LOJA -É um local aberto ao público onde se efectua a venda de produtos. Podendo ser físico ou
virtual.

SUPERMERCADO É um estabelecimento moderno e complexo que se caracteriza por


comercializar produtos alimentares mas também uma diversidade de bens e serviços não
especializados.

CENTROS COMERCIAIS São locais bastante amplos onde se concentram uma maior
diversificada de estabelecimentos comerciais, lojas, supermercados.

FILIAL
Conceituamos aquele estabelecimento que representa a direcção principal, contudo, sem alçada de
poder deliberativo e/ou executivo. A Filial pratica actos que tem validade no campo jurídico e
obrigam a organização como um todo, porque este estabelecimento possui poder de representação
ou mandato da matriz; por esta razão, a filial deve adoptar a mesma firma ou denominação do
estabelecimento principal.
Sua criação e extinção somente são realizadas e efectivadas através de alteração contratual ou
estatutária, registadas no órgão competente. De forma genérica, a filial é designada de agência ou
sucursal.

SUCURSAL

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A sucursal não tem nenhuma diferença prática em relação ao conceito de filial. Às vezes as
empresas e sociedades preferem a designação sucursal porque a de filial normalmente traz
implícita a ideia de dependência familiar.

DELEGAÇÕES
Estas ramificações são de menor importância em relação as filiais e sucursais. Sendo que aquelas
são simples escritórios com poucas pessoas que fazem o que se costuma dizer de caixa de correio.
A execução efectiva das operações compete ao estabelecimento comercial principal ou à filial mais
próxima. Nada impede na prática que se dê às delegações o estatuto e funções das filiais.

AGÊNCIAS - São estabelecimentos comerciais que em regra são propriedade de outros


comerciantes, empresas e sociedades que por simples acordos se comprometem a fazer negócios
e operações comerciais e financeiras em nome e por conta do estabelecimento comercial principal.

FEIRA
Uma feira é um modelo de evento que possui como principal característica a exposição, geralmente
de produtos e mercadorias, feito pelos chamados expositores, onde um público variado pode visitar
e ter contato com essas ações.
É por isso que os locais que são destinados para venda de alimentos, geralmente frutas e verduras,
também são conhecidos como feiras. O facto é que esse é realmente um dos modelos de eventos
mais conhecidos, principalmente pelo número de pessoas que consegue captar ao longo de alguns
dias de evento.
Os objetivos principais dela são gerar vendas, fomentar novos negócios e promover
o networking. Normalmente, a feira possui um tema central que guia a produção e também
segmenta o público.

Características das feiras


As feiras podem ser entendidas como esse modelo específico de evento, mas na verdade cada uma
possui suas particularidades baseadas nos objetivos e na cultura de realização que são
planejados.
Mas também existem algumas características marcantes que podem ser vistas em todos esses
eventos. As principais características das feiras que são comuns para todas:
Encontro de empresas com seu público consumidor
Na prática, uma feira é um modelo de evento que coloca frente a frente uma série de empresas e
seus representantes com o público consumidor e o que está sendo exposto. Ou seja, uma das
principais características é promover o ambiente perfeito para a geração de novos negócios,
sejam eles realizados naquele momento ou em algum outro posterior ao evento.
Temática central focada em tendências de mercado
Outra característica marcante é que uma feira geralmente possui uma temática central específica.
Cada uma é destinada a apresentar as tendências e tudo que há de novo e relevante em
determinado setor.
União com outros formatos de eventos
Uma nova característica que vem surgindo no mercado de eventos é a união do modelo de feira
com outros tipos de eventos, como os congressos. Aqui a ideia é levar outras atrações para o
público e diversificar o conteúdo ao longo das feiras.
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Quais os principais tipos de feiras?
Os principais tipos de feiras encontrados no mercado e como cada um deles se diferencia das
demais:
1. Feira de negócios
A feira de negócios é o modelo mais conhecido pelo público. Tem como o propósito de conhecer
novidades em determinado segmento ou apenas para visitar um ambiente atrativo.
Diversos segmentos diferentes podem realizar feiras com esse estilo, como por exemplo:
 Comércio varejista;
 Beleza e estética;
 Construção;
 Veículos;
 Agrícola;
 Mecânica;
 Hospitalar;
 Calçados;
 Vestuário;
 Livros; entre outros.

2. Feira cultural
Outro evento que é bastante difundido no mercado são as feiras culturais. Diferentemente da feira
de negócios, o foco central é voltado para a divulgação da cultura em si.
Nas festas culturais que encontramos ao redor do país, ou até mesmo em outras partes do mundo,
é fácil achar esse tipo de feira que possui como objetivo central disseminar as características de
uma região.
Mas na sua grande maioria, os resultados alcançados são um grande volume de vendas,
principalmente nas feiras mais direcionadas ao trabalho artístico, como são as feiras de
artesanatos.Ou seja, na prática, elas também acabam tendo a características de feiras de
negócios.

3. Feira da localidade
Um dos modelos de feira encontrados a qualquer momento são as feiras de localidade. Elas podem
ser sim no formato de uma feira de negócios, mas vai variar muito de porte e tamanho do evento
como um todo.
O comum é que as feiras sejam relacionadas às áreas que possuem destaque na economia da
localidade, como é o caso das feiras agrícolas que acontecem de forma diferente em cada uma das
nossas regiões. No geral, podemos dividir as feiras que variam de acordo com cada localidade em:
 Feira Municipal;
 Feira Estadual;
 Feira Regional;
 Feira Nacional;
 Feira Internacional.
Quanto maior o nível de actuação de uma feira, maiores as chances de atrair mais público e ter
resultados com maior volume. Uma feira que reúne empresas internacionais certamente chama
mais atenção que uma acontecendo a nível estadual.
Para a maioria das feiras de negócios que possuem foco em vendas e disseminação de novos
produtos, é comum ver que também não existem taxa de ingresso, ficando disponíveis para livre
acesso do público.

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4. Feira Social
Esse é o modelo de feira que possui um foco diferenciado de todos os outros modelos. O evento
social é totalmente aberto ao público e busca oferecer serviços para os participantes ou expor uma
série de ações que são benéficas para a sociedade. As feiras sociais geralmente são promovidas
por órgãos sociais e unidades públicas que tem como objetivo central buscar o engajamento de
grande parte do público-alvo. Um dos principais motivos para criar eventos como a feira social
são:
Prestar serviços e assistência à população;
Aproximação da comunidade social;
Apresentação de soluções que estão disponíveis para a população.

Feira de Tecnologia
Esse formato se aproxima de uma feira de negócios, pois também oferece oportunidades de venda.
No entanto, ele volta sua atenção especialmente para apresentação de novas tecnologias, como
soluções de inteligência artificial ou automação de objetos. Os eventos desse modelo podem
apresentar atualizações e tendências para diversos segmentos, desde a construção civil até a
indústria de paisagismo.

Feira de Artesanato
Quem nunca visitou uma feira de artesanato para comprar produtos feitos por artesãos locais ou
mesmo internacionais? Apesar de também visar as vendas, esse tipo de evento busca divulgar e
valorizar a cultura e as produções de determinadas regiões.
Neste tipo de feira, além dos stands com expositores dos produtos, é possível oferecer oficinas
para ensinar a criar peças artesanais, ter demonstrações ao vivo de alguns itens sendo produzidos
e bate-papo para contar mais da história cultural de determinados objetos.

Feira de profissões
Com cunho diferenciado dos demais tipos de feira, esse formato de evento é destinado a
estudantes que estão buscando ingressar em uma graduação, pós-graduação ou
especialização. As instituições de ensino podem apostar nessa modalidade para captar novos
alunos.
A intenção é trazer jovens para conhecer a universidade, as ofertas de cursos e fazer um convite
para visitar a estrutura do local. Além disso, a feira busca aproximar os pré-vestibulandos do
mundo universitário e colocá-los a par desse universo.
Por exemplo, nos stands de cada curso oferecido é possível contar com a presença ou vídeos de
ex-alunos e alunos da instituição para que relatem suas experiências e o que conquistaram no
mundo profissional. Também é possível contar com palestras que apresentem as tendências e
oportunidades do segmento, bem como aulas práticas para dar uma prévia do que os futuros
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estudantes irão encontrar na universidade.Para o produtor de eventos, independentemente do tipo,
a Sympla oferece apoio e diversas facilidades para organização de feiras, como a gestão
completa da produção, acompanhamento das vendas de ingressos, controle financeiro,
comunicação com os participantes e muito mais!

O que o produtor precisa saber para realizar uma feira de eventos?


O que o produtor de eventos precisa saber antes de escolher entre os tipos de feira existentes, são
os objetivos centrais do evento que está organizando. Além disso, é preciso considerar o
investimento que fará para trazer tecnologia e funcionalidades para tornar a produção mais
atrativa. Da mesma forma, o organizador deve buscar por aquilo que há de mais moderno no
universo temático do segmento da feira que está montando.
Somente assim será possível ter certeza de que uma feira é a melhor solução para atingir seu
objetivo inicial ou se a união dela com outros tipos de eventos (como congressos ou simpósios)
será a forma mais adequada.
A partir daí, será possível entender qual tipo de local será o mais indicado para o evento, recebendo
os stands, expositores e eventuais palestrantes de maneira confortável.
Em vista disso, é preciso ter em mente que a realização de feiras – assim como outros eventos –
sempre será marcada por muitas análises e ajustes na rota.

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