Você está na página 1de 5

Noções de Comercio

No sentido geral, comércio é uma actividade económica de função


mediadora: compra e revenda; ajustamento da oferta de determinado
bem à procura (dele) feita pelos (seus) consumidores ou utilizadores.
Nessa significação, o comércio aparece como sinónimo de permutação e
troca de bens com valor económico.
Nos dias de hoje, e fruto do seu evoluir histórico, o comércio responde a
múltiplas exigências e agrupa-se em diversas categorias, genericamente
regulamentadas na quase totalidade dos países. Tem múltiplas funções,
mesmo que nos detenhamos tão só nas principais: recolha de produtos,
armazenamento, selecção, transporte, venda. Pode falar-se de comércio
por grosso, comércio a retalho e comércio a prazo; pode distinguir-se o
comércio interno do comércio externo
Na Antiguidade, os principais centros comerciais foram a China, o
Egipto, a Índia, a Caldeia e a Síria. Os povos mais antigos conheciam
uma forma simples de comércio, onde o produtor e o consumidor se
encontravam em contacto directo. Posteriormente, a evolução das
sociedades acompanha o aperfeiçoamento dos sistemas de troca,
permitindo a expansão e difusão dos produtos a distâncias
sucessivamente superiores. O armazenamento, por sua vez, permitiu a
recolha dos excessos de determinada época ou região e o acautelar de
necessidades futuras; com isso, vem a permitir-se que a produção se
desenvolva ao máximo, agora desligada da procura e do escoamento
imediatos.
Com o Renascimento, o comércio vem a conhecer novo surto de
desenvolvimento, inerente à descoberta de novas riquezas e técnicas.
Ainda assim, estamos num tempo em que predomina o excesso de
protecção a cada economia nacional. Em rigor, com efeito, é só depois
de 1850 que o comércio ocupa o lugar relevante que hoje lhe é
reconhecido. O desenvolvimento científico e tecnológico e a facilitação
dos transportes contribuíram, de modo acentuado, para essa
relevância.
As consequências jurídicas daquele desenvolvimento foram, além do
mais, o estabelecimento de tratados comerciais, de acordos entre
Estados e a progressiva redução das barreiras alfandegárias. Depois da
segunda guerra aumentaram os sistemas disciplinadores e reguladores
do comércio internacional: em 1947 a assinatura do GATT (General
Agrement on Tariffs and Trade) intensificou a redução das barreiras
(das taxas) alfandegárias e abriu o caminho para a OMC (Organização
Mundial do Comércio), em 1993, organização justamente vocacionada
para a regulação do livre comércio mundial.
Importa deixar acentuado que o comércio, melhor dito, as formas
tradicionais de comércio, sofreram alterações assinaláveis: o
crescimento das grandes superfícies, acompanhando a
internacionalização das empresas (e da própria economia) e, muito
especial, o comércio enquanto parcela relevante da globalização
económica de escala mundial, é hoje uma realidade indelével e nela se
evidencia o chamado comércio electrónico.

Actos de Comercio
Um acto de comércio é uma aquisição a título oneroso (isto é, que deve
ser paga) de um bem móvel ou de um direito sobre o mesmo, que se
realiza com vista a lucrar com a respectiva alienação. Este lucro pode
ser obtido a partir do mesmo estado em que tenha sido adquirido o bem
móvel ou depois de o ter provido de outra forma tendo assim
aumentado ou reduzido o seu valor.
Convém destacar que um bem móvel é aquele que pode ser
transportado sem modificar a respectiva estrutura. Trata-se do conceito
oposto a imóvel, ou seja, as casas, os edifícios e os terrenos.
O acto de comércio é um acto jurídico que permite distinguir os casos
que pertencem ao direito comercial daqueles que se encontram sob a
alçada do direito civil. Um acto jurídico é um acto voluntário que se
realiza com o objectivo de estabelecer relações jurídicas entre as
pessoas para criar, modificar ou revogar direitos.
Antigamente, os actos de comércio eram subjectivos, pois não se
dirimiam de acordo com a autoridade estatal. Contudo, em inícios do
século XIX, adquiriram um carácter objectivo, passando a estar sob a
ingerência do Estado.
A regulamentação dos actos de comércio depende das normas em vigor
em cada país. São essas normas que estabelecem as capacidades, as
competências e os termos dos ditos actos, de acordo com os
procedimentos correspondentes.
O código comercial surgiu como em forma de regime jurídico com o
objectivo de fazer a regulamentação as actividades comerciais. E cabe
aqui dizer que é necessário fazer uma delimitação quanto a actuação do
código comercial, sendo que essas delimitações precisam possui
critérios claros.
Resumindo,
De acordo com código comercial moçambicano no seu artigo 3, são
considerados os actos comerciais:
a) Os actos praticados no exercício de uma empresa comercial;
b) Os actos que se acharem especialmente regulados neste Código;
c) Os contratos e obrigações do empresário comercial que não forem de
natureza exclusivamente civil, se o contrário do próprio acto não
resultar.
Agentes Económicos
Os agentes econômicos são as pessoas jurídicas ou físicas que,
através de suas acções, contribuem para o pleno funcionamento do
sistema econômico. Dessa maneira, temos que os cinco principais
são: famílias, empresas, mercado, Estado e o mundo.
Todos os agentes são importantes para o sistema econômico, sendo
que eles são responsáveis por partes diferentes do sistema. Um agente
pode, por exemplo, contribuir com a demanda enquanto outro é
responsável pela oferta. 
Pessoa física
Pessoa física (PF), ou pessoa natural, é o termo usado para se referir a
todas as pessoas vivas. Em outras palavras, ao nascer, todos nós
ganhamos o status de pessoa natural e ficamos com ele até a morte.
Todas as pessoas ao nascer são consideradas como PFs. Contudo, para
que possam usufruir de todos os benefícios e arcar com as suas
responsabilidades, elas devem retirar alguns documentos.
A principal diferença entre uma pessoa física e uma pessoa jurídica
(PJ), é que uma representa um sujeito abstrato, que pode ser, por
exemplo, uma empresa ou sociedade. Já a pessoa física, é um ser
humano concreto.
É importante notar que uma pessoa jurídica pode ser formada por
várias pessoas naturais, no entanto, a personalidade jurídica é
independente e diferenciada para cada um dos seus membros. 
A pessoa jurídica pode ser, por exemplo, as empresas, fundações,
associações, partidos políticos ou igrejas.
Sendo assim, um agente econômico pode ser pessoas, instituições ou
ainda um ambiente. Ou seja, é a sua existência que possibilita
a formação do mercado de capitais.

Quais são os agentes económicos


Todos os agentes são essenciais para o funcionamento do sistema
econômico. Sendo que cada um contribui com o funcionamento de certa
parte do sistema.
Desse modo, temos cinco principais agentes: famílias, empresas,
mercado, Estado e o mundo.
1- Famílias
São considerados como famílias o agrupamento de indivíduos, que
atuam no mercado como consumidores ao comprarem bens e
serviços ofertados por outros agentes.
Logo, é tido como família não apenas os indivíduos com vínculo de
sangue. Mas também as pessoas que têm interesses em comum.
As famílias também podem ser proprietárias de fatores de produção,
como por exemplo, terra, capital e trabalho.
As famílias tem papel essencial no sistema econômico. Isso porque, o
seu nível de consumo influencia de forma direta na atuação de
outros agentes.
Dessa forma, as empresas, que são outro agente, estão sempre em
busca de formas de impactar as famílias para que elas possam comprar
mais.
Além de serem responsáveis pela demanda, as famílias também
atuam como mão de obra na produção das empresas.
Ou seja, elas contribuem com outros agentes na produção de bens e
serviços. Sendo que elas são as principais consumidoras desses
mesmos bens e serviços.
Em resumo, a função das famílias é consumir bens e serviços e
contribuir com o desenvolvimento econômico do país. É por isso que as
famílias é um dos principais agentes econômicos.

2- Empresas
As empresas são as responsáveis pela produção de bens e serviços
em diferentes setores. Em outras palavras, o papel das empresas é
ofertar produtos e serviços para as famílias.
Desse modo, elas contribuem para o desenvolvimento econômico da
nação. Para que possam produzir e viabilizar a comercialização de bens
e serviços, as empresas contratam trabalhadores junto às famílias.
Logo, este agente é essencial para a manutenção do sistema econômico.
Afinal de contas, para que as famílias possam consumir, elas precisam
de uma fonte de renda e de produtos no mercado.
Dessa forma, as empresas pagam salários para as famílias que usam
esses recursos para comprar bens e serviços das empresas.
A intenção das empresas ao empregar os fatores de produção é
possibilitar sua atividade produtiva com o objetivo de maximizar os
lucros.
Em síntese, as empresas são responsáveis pela oferta de empregos,
o que proporciona dinheiro para que as famílias possam consumir
os produtos ofertados pelas empresas.

Você também pode gostar