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Atividade:

Disciplina: Direito Comercial e Tributário

Aluna: Adriana Hortência – 6º GECOM Noturno – FATEC Ipiranga

1. Apresentar um resumo das aulas ministradas - PDF

2. Assistir e apresentar resenha do documentário: Ecce Hommo

Resumo das aulas.

Historicamente a origem do direito é Romana e consistem em Pré Direito


seguida de três fases, Fase 1: Subjetiva, Fase 2: Objetiva e Fase 3: Subjetiva
mais que moderna. Abaixo será descrita cada fase e seu contexto histórico e a
evolução do Direito Comercial.

No Pré Direito criam – se as normas de comportamento, o direito como regra,


ou seja, para toda desobediência há uma punição, instituído pelos Romanos
como dito anteriormente e, suas normas são as leis.

É importante dizer que quanto mais regras para delimitar o comportamento de


um determinado grupo é sinal de falência, pois num mundo perfeito em que as
pessoas tenham ética, valores e moral o Direito não seria necessário.

Para entender o Direito Comercial é preciso voltar em suas origens no


surgimento das relações comerciais. O comércio nasce como instituição
quando há excedente de produção, basicamente com o advento da agricultura.
É originalmente baseado na troca e essa relação será superada quando se
adquire noção de valor, marcado pelo aparecimento do dinheiro que tem a
função de intermediar as trocas para que as relações comerciais aconteçam.
Nesse caso o dinheiro serve como estimulo para as trocas. Lembrando que o
dinheiro primitivo eram conchas, pedras, ossos e só mais tarde surge a moeda.

Nessa fase o comércio precisava de organização e de regras para intermediar


todas as relações então surge o Direito Comercial.

A fase 1 (Fase Subjetiva: Direito Comercial Escrito) acontece na Idade média


após o século XV e já baseada em documentos Europeus chamados de
ordenações e bulas papais com força de leis eclesiásticas, ou seja o Direito
Comercial Medieval era ligado a Igreja e a Deus.

Nessa fase o comércio não era para todos, só praticava a atividade comercial
os membros de Guilda, que agrupava os “comerciantes – nobres” da época e
que protegia estes membros. Era característica o comércio entre mercadores e
não havia venda direta. A Itália era o coração comercial do mundo nesta época
e os mercadores tinham mais poder que o próprio Rei.

A fase 2 (Fase Objetiva: Modernidade) acontece no século XVIII a partir da


Revolução Francesa.

Nessa fase o Partido Revolucionário Francês assume o poder e escrevem a


Constituição Francesa. Napoleão Bonaparte em seu projeto de poder destituí
os heróis da revolução através de um golpe com o apoio dos militares.
Expandindo seu domínio na Europa implanta na Itália o Direito Civil e o Direito
Comercial que instituiu o comércio como atividade livre, surgindo o Código
Napoleônico. Cria-se a junta comercial que regulamenta as atividades
comerciais, era preciso se inscrever na junta para a prática da atividade
comercial desde que se cumprissem os requisitos da lei.

A fase 3 (Contemporânea – Atual) se deu após a Segunda Guerra Mundial.

Essa fase surge na Itália em 1942, Mussolini cria o Código Comercial Italiano e
com ele surge a empresa. Neste código as instituições não estão bem definidas
existe uma mistura de empresa, comércio, indústria e prestação de serviços.

Nota: No Brasil não se aplica a 1ª fase do Direito, pois ainda éramos colônia
portuguesa e tudo era determinado pelo império lusitano, que se instalou no
Brasil com a vinda da família real fugindo da pressão napoleônica. O código
comercial Brasileiro era o Código Napoleônico e foi utilizado até 2002, quando
surge a lei para empresas.

Direito Empresarial.

A Lei 10.406 de 19/01/2002 dá base ao Direito Empresarial. Até 2002 existia o


Direito Comercial e um código Comercial com a promulgação do Novo Código
Civil unificou se tudo no Direito Civil com um capítulo dedicado às empresas.

Em seu art. 966 aparece descrito o conceito de empresa e de empresário:

Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade


econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de
serviços.

A empresa para o direito deve promover a produção ou circulação de bens ou


serviços. Empresa não é um local, um lugar, ou um CNPJ empresa é uma
atividade empresarial identificada pelo CNAE (Classificação Nacional de
Atividades Econômicas). Vale ressaltar que o CNPJ não identifica a empresa
só demonstra a personalidade jurídica.

Empresário tem que ter capacidade plena, praticar atividade de empresa de


modo profissional com fins econômicos e de forma organizada.
Nota: Modo profissional: habitualmente e com publicidade. Finalidade
econômica: prática de atividade de mercado com fins de lucro. Organização: ter
mão de obra, ter capital de giro, ter tecnologias e insumos necessários para
exercer a atividade.

Com a alteração na lei 10.406 em 2021 no art. 971 em seu parágrafo único do
Código Civil prevê que a associação que exerce a atividade futebolística
(clubes de futebol) pode requerer o registro na Junta Comercial, sendo
considerada, dessa forma, sociedade empresária, podendo atuar como
empresa.

Por fim há vantagens e desvantagens de estar inserido na Lei Empresarial. As


vantagens é que se responde aos efeitos da lei e se aproveita das defesas da
lei, podendo se beneficiar da lei 11.101/2005 da falência e da recuperação
judicial. As desvantagens são o pagamento de tributos e a responsabilidade
como empresário perante a justiça.

Nota: MEI – Micro empreendedor individual não é empresa. Foi criado para
regularização de atividades informais. O MEI responde perante a justiça com
seu patrimônio e não se aproveita do direito empresarial.

Resenha:

O documentário Ecce Homo 14 – O comércio descreve as relações comerciais,


sua história, seu desenvolvimento e a suas influências nas relações humanas,
dos primórdios até os dias atuais. O escambo ou troca de mercadorias,
aparece como primeira relação comercial. Com o surgimento das primeiras
redes de comércio, 3 mil anos antes de Cristo, surge a figura do mercador – o
intermediário entre os produtores – que abastecia os mercados locais com
produtos de outros locais.

Migrações, novas técnicas de navegação e formação de instituições políticas e


a escrita auxiliaram a evolução do comércio, e das relações humanas. O
homem era obrigado a se adaptar a nova realidade, a medida que um ciclo
superava o outro. As mudanças caracterizam os momentos de ruptura e
transição.

Os fenícios eram grandes comerciantes, pois entenderam as relações


comerciais e as necessidades humanas. O valor aparece devido à necessidade
de aprimorar as transações comerciais, primeiro em forma de metais e depois
em forma de moedas. Quando se descobre o conceito de valor as relações se
transformam e surge a moeda contável. Os romanos notadamente foram a
civilização que evoluiu junto com as relações comerciais, porém foram
assolados pela inflação fazendo com que o sistema entrasse em colapso, com
a quebra/colapso do sistema surge um novo modelo relação comercial
denominado Feudalismo.
Até aqui podemos observar a expansão das cidades, grandes centros, culturas
diversas todas elas norteadas pelo comércio. Decisões políticas, sociais e
econômicas passam a estruturar as relações humanas.

Novas fronteiras se expandiram com a descoberta de novos territórios, as


colônias, seu modelo de exploração e o comércio de escravos durante muito
tempo davam base e suportavam a economia da época.

Surge o papel moeda que estabiliza durante um tempo e sofre deflação, devido
às especulações do mercado. Na modernidade a revolução industrial
impulsionou o comércio para o consumo. O avanço nas técnicas de produção,
a comunicação estimulou o comércio em massa.

Com isso criou se novas necessidades para atender, tais como: criação de
novos produtos, a urbanização, o crescimento geográfico deram o tom para as
relações comerciais.

As grandes crises foram responsáveis pela estagnação do comércio por longos


períodos, o desemprego crescente obrigava as industriais locais a defender
seus interesses através do protecionismo como na Crise de 29.

Os consumidores de hoje são responsáveis por uma explosão de consumo,


devido a vantagens, facilidades e comodidades trazidas pela evolução do
comércio e das próprias relações sociais.

A globalização trouxe um conceito de promover o consumo como status social.


A modernidade traz consigo desenvolvimento seja social, comercial, financeiro,
local ou global e as transformações que levaram a evolução humana nos
trouxeram até aqui.

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