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Referências 

Bruno Melcher (Faz. Tecoha/Santa Rita)- (0xx)-11- 9952 9408/ 3039 6911(COINBRA).
Stephen Geld (Faz. Tecoha/Santa Rita)- (0xx)-11-9156 0901/ 5185 3500 (ADM).
Ewaldo Takizawa (Ceres consultoria agronômica-Pva do Leste-MT) 66-9986 1143/ 66-3498 5222
Paulo Ribas (COTIMES - Assessoria em Tecnologia de processos, qualidade e beneficiamento de algodão)
66-3498.6034 / 66-9969.9733. 
Otoniel Rocha (Rocha Consultoria-Primavera do Leste) 66-3498-9215

Bruno Melcher
Consultor Associado.
Advogado, graduado pela UniverCidade – SESPA, 2006, Rio de Janeiro, RJ.
Administrador de Empresas, graduado pela Universidade Estácio de Sá –
UNESA, 1990. Técnico de Contabilidade graduado em 1982, Rio de Janeiro, RJ;
experiência de 25 anos na área de comércio exterior, logística e operações
internacionais, possuindo credencial aduaneira para atividades de importação e
exportação.
Ocupou posição de CEO para a América Latina junto à American Drilling e de
Controller para América Latina junto à ENSR International (AECOM Group),
relativamente a especialização ambiental. Fluente em inglês e espanhol.

Pereira & Maron Advogados Associados


Contato: melcher@pmadv.com.br 
Cel.: (55-21) 9964 1527

Contato
Pereira & Maron Advogados Associados

Av. Nilo Peçanha nº 50, grupo 2910


Centro - Rio de Janeiro
RJ
20020-906

55 21 2215 9215
55 21 2224 2551

Localização
A Pereira & Maron Advogados Associados possui escritórios na zona sul do Rio de Janeiro, 
estando sua sede estabelecida na Av. Nilo Peçanha nº 50, grupo 2910.
Ed. Rodolpho De Paoli, Centro - Rio de Janeiro - RJ – Cep 20020-906
Tels. 21 2215 9215 - Fax 21 2224 2551
Contribuinte: COINBRA COMERCIO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS E DERIVADOS DE PETRÓLEO
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ESTABELECIMENTO MATRIZ
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Endereço: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1.355 – 13º. Andar Sala 1 Pinheiros
Sócios:
Fernando Engelberg de Moraes  - CPF 011.367.018-42
Kenneth Carson Geld - CPF 089.944.888-71
Reinaldo Roberto Sesma – CPF 372.592.888-68
Stephen Bromfield Geld – CPF 935.885.508-87
Bruno Melcher – CPF 067.610.918-70
Timothy Dale Carter – CPF 216.798.433-20
José Carlos Simon da Silva – CPF 518.291.698-15
William Jedwab – CPF 101.397.638-05
Louis Dreyfus Commodities Brasil Ltda – CNPJ 47.067.525/001-08
Louis Dreyfus Commodities Bionergia S.A. – CNPJ 51.376.853/0001-63
ESTABELECIMENTO FILIAL
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Endereço: Rodovia Armando de Salles Oliveira, Km 396 Zona Rural
Sócios:
Fernando Engelberg de Moraes  - CPF 011.367.018-42
Kenneth Carson Geld - CPF 089.944.888-71
Reinaldo Roberto Sesma – CPF 372.592.888-68
Stephen Bromfield Geld – CPF 935.885.508-87
Bruno Melcher – CPF 067.610.918-70
Timothy Dale Carter – CPF 216.798.433-20
José Carlos Simon da Silva – CPF 518.291.698-15
William Jedwab – CPF 101.397.638-05
Louis Dreyfus Commodities Brasil Ltda – CNPJ 47.067.525/001-08
Louis Dreyfus Commodities Bionergia S.A. – CNPJ 51.376.853/0001-63
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V-Agro Vanguarda Agro

Criação de Valor Através da Valorização da Terra

Membros Comitês

Comitê de Auditoria e Gestão de Riscos

Marcos Reinaldo Severino Peters


Katia Martins Costa
Rodrigo Geraldi Arruy
Comitê Estratégico Financeiro

Oscar de Paula Bernardes Neto


Silvio Tini de Araújo
Rodrigo Geraldi Arruy
João José Oliveira de Araújo
Bruno Melcher

Formado em Engenharia Agrônomica pela ESALQ-USP e MSc em Economia Agrícola pela Texas A&M -Universtity
- USA. Desenvolveu a sua carreira profissonal na Louis Dreyfus Commodities Brasil desde 1992, tendo ocupado
diversas posições de liderança nas atividades agroindustriais, comerciais e de gestão de risco nas áreas de citrus,
soja, algodão, e açúcar. A partir de 2009 atuou também como membro do Grupo Executivo da LD Commodities. Na
área de açúcar atuou como Presidente Executivo e como Presidente do Conselho de Administração da LDC
Bioenergia. Atuou também como membro dos Conselhos de Administração da CNAA - Companhia Nacional de
Açúcar e Álcool, Tropical Bioenergia, CTC - Centro de Tecnologia Canavieira, além de ter sido membro do Conselho
Deliberativo da UNICA - União da Industria de Cana-de-Açúcar. Atualmente é membro do Conselho Administrativo
do Minerva S.A.

CONTATOS > Fale com o RI


Vanguarda Agro S.A.
Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 1726 - Edifício Spazio JK - 11º andar - cj 113 
Vila Nova Conceição - São Paulo - SP
CEP: 04543-000 
Tel: +55 11 3137-3100
Fax: +55 11 3137-3114
Website: www.v-agro.com.br
Cristiano Soares Rodrigues
Diretor Financeiro e de Relações com Investidores 
E-mail: ri@v-agro.com.br
Stephen Bromfield Geld e Outra
Desde 29/3/2006.
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CNPJ08.016.456/0001-51

Abertura29/3/2006

NaturezaContribuinte individual (4081)

SituaçãoAtiva desde 29/3/2006

EndereçoRod Castelo Branco, Km 132, Guarapo, Cesario Lange, SP, CEP 18285-000, Brasil

AtividadeCultivo de laranja (0131800)

Criação de bovinos para leite (0151202)

Cultivo de outros cereais não especificados anteriormente (0111399)

Cultivo de milho (0111302)

Cultivo de frutas de lavoura permanente não especificadas anteriormente (0133499)

Stephen Bromfield Geld

ENDEREÇO
TELEFONE
(15) 3246 6115 - Cesário Lange - SP

Americano do interior paulista vê o Brasil


como a última fronteira
Listagem do Incra arrola famílias de agricultores que vivem há décadas no País e ignora novos investidores

ENVIADO ESPECIAL
CESÁRIO LANGE
O americano Stephen Bromfield Geld, especialista em agronegócio, não vê outro país com mais
potencial que o Brasil para atrair compradores de terras. "Fala-se na África e no leste europeu,
mas o lugar é aqui. O mundo tem demanda de alimentos e o Brasil é a última fronteira agrícola."

Geld e sua mulher, a dinamarquesa Eva Patrícia Scavenius Geld, são donos das fazendas Suindara
e Bela Vista, com cerca de 500 hectares, em Cesário Lange, a 140 km de São Paulo. Eles figuram
no levantamento encomendado pelo Ministério Público - e ao qual o Estado teve acesso - sobre
estrangeiros, pessoas físicas, que possuem terras no Brasil. Curiosamente, boa parte dos casos
arrolados no interior paulista, é formada por famílias que moram há décadas no Brasil, mas não
se naturalizaram.

Gelde trabalha como executivo numa grande empresa do setor, mas diz que seu negócio é a
fazenda. Filho da escritora norte-americana Ellen Bromfield Geld e seu marido Carson, ele veio
para o Brasil com dois anos de idade, em 1953, com os pais que buscavam terra para plantar.
"Continuo americano por inércia, pois meus irmãos são brasileiros e meus três filhos nasceram
aqui."

A família Bunge, da Argentina, também aparece no cadastro. São criadores de gado de corte e
carneiros na Fazenda Santo Antonio da Boa Vista, com 1.460 hectares, em Araçoiaba da Serra, a
115 km da capital. As primeiras parcelas de terras foram compradas há mais de 40 anos por
Ernesto Fritz Bunge e sua mulher Beatriz, já falecidos. Os filhos, que também têm fazendas na
Argentina, herdaram as terras. O capataz Renê de Souza, que administra a propriedade, conta
que o foco está na cria e engorda de bois para corte.

O engenheiro agrônomo Rodolfo Cyrineu, dono da empresa Suporte Rural, que tem dezenas de
estrangeiros entre seus clientes, conta que o interesse dos executivos internacionais por terras no
Brasil cresceu com a crise econômica internacional. "Alemães e italianos, principalmente, que
vêm dirigir filiais, procuram terras no interior, como investimento e para ganhar mais dinheiro."

Segundo Cyrineu, são pessoas que já possuem conceitos de produção empresarial no campo.
"Usam toda a tecnologia para obter o máximo da terra."

A situação do interior paulista é diferente da que se verifica em regiões litorâneas do Nordeste do


Brasil, onde os compradores miram empreendimentos turísticos e a especulação imobiliária. Em
Alagoas, italianos, espanhóis, ingleses, gregos, alemães, neozelandeses e austríacos, entre outros,
têm comprado sítios e fazendas de frente para o mar.

O neozelandês Christopher Hindmarsh, 71 anos, que comprou para o filho e dois sócios um sítio
de 40 hectares, com 500 metros de praia, a 130 quilômetros de Maceió, diz que fez uma
poupança. "Eles queriam um pedaço do paraíso e nós achamos esse aqui", diz ele. COLABOROU
RICARDO RODRIGUES, DE MACEIÓ

A polêmica legal sobre estrangeiros

1971
Surge Lei 5709, que regula compras
1988
Constituinte altera conceito de empresa
1997
Geraldo Quintão suspende lei
2010
Procuradoria quer volta da lei 
STEPHEN BROMFIELD GELD SAO PAULO São Paulo

Ministério Público pede que Incra explique venda de terra a estrangeiros


29/03/2010

Fonte: OESP, Nacional, p. A4

Ministério Público pede que Incra explique venda de terra a estrangeiros


Questão fundiária. Cartórios descumprem lei que determina a realização de registro especial quando áreas são compradas por
pessoas físicas e jurídicas de fora do País; governo deveria receber relatórios sobre negociações, mas nem sempre isso
acontece

Roldão Arruda 

A compra de terras por estrangeiros no Brasil está ocorrendo sem controle das autoridades. A constatação é do Ministério
Público Federal, que decidiu cobrar de órgãos da administração do governo o cumprimento de normas legais que determinam a
fiscalização dessas transações.

No final do ano passado, ao tentar fazer um levantamento dos negócios de terras com estrangeiros, os procuradores ficaram
surpresos com a falta de informações sobre o assunto. Os precários dados obtidos por eles, porém, já foram suficientes para
mostrar que o capital estrangeiro está sendo despejado em regiões onde o agronegócio é mais vigoroso e dedicado à produção
de grãos e cana-de-açúcar. O Estado que mais recebe compradores internacionais é Mato Grosso, seguido por São Paulo e
Mato Grosso do Sul.
Para melhorar o sistema de informações os procuradores solicitaram à Corregedoria Nacional de Justiça que faça um alerta aos
cartórios de imóveis sobre a necessidade de registro especial para negócios de terras com estrangeiros. Embora seja
estabelecido por lei, nem todos os tabeliães e registradores realizam esse procedimento. Parte deles também ignora a
determinação de se enviar relatórios trimestrais ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) sobre o montante
de terras que passam para as mãos de controladores estrangeiros.
Em documentos que encaminhou à Advocacia Geral da União, à Corregedoria e outros órgãos da administração federal, a
procuradoria defende o controle da venda de terras a estrangeiros com argumentos em defesa da soberania e dos interesses
nacionais. Em um desses documentos, o Ministério Público chega a manifestar preocupação com a formação de enclaves
territoriais controlados do exterior. A expressão textual é: "Entidades políticas independentes no seio do território nacional, como
ocorre em outros países, criando dificuldades políticas."
O levantamento obtido pelo Ministério Público Federal no ano passado foi encomendado pela procuradora Marcia Neves Pinto,
coordenadora da 5.ª Câmara de Coordenação e Revisão - Patrimônio Público e Social. Ela pediu a um especialista uma perícia
sobre a quantidade de pessoas físicas e jurídicas estrangeiras que detêm terras no Brasil, juntamente com um mapa sobre a
localização dessas áreas, Estado por Estado.
O resultado foi incipiente. O perito não encontrou dados acurados no Incra nem nos cartórios. Para piorar, quando tentou cruzar
as informações das duas fontes, verificou que uma não batia com a outra. Seu relatório não satisfez, portanto, a curiosidade da
procuradora.
Foi por causa disso que, em dezembro, ela começou a oficiar as autoridades federais sobre a necessidade de controle dos
negócios. Como ainda não obteve resposta, ela devia iniciar nos próximos dias uma nova investida.
O mérito do relatório do perito, na avaliação da procuradora, foi desnudar a precariedade dos dados sobre estrangeiros contidos
no Serviço Nacional de Cadastro de Terras, do Incra. Ele é baseado em declarações espontâneas de proprietários e só atinge
pessoas físicas.
Quem acompanha o noticiário de economia sabe o quanto isso está longe de refletir a realidade. Os negócios envolvendo
estrangeiros hoje são feitos sobretudo por pessoas jurídicas: empresas baseadas no Brasil, mas com capital majoritário
proveniente do exterior.
Do total de 572 milhões de hectares de terras oficialmente cadastradas no Incra, cerca de 4 milhões aparecem nas mãos de
pessoas físicas estrangeiras - o que representa 0,71% do total. Ninguém sabe ao certo para quanto subiria o número se a ele
fossem acrescidas as áreas compradas por empresas de capital estrangeiro. Extraoficialmente, técnicos do Incra comentam que
seria três vezes maior.
Mesmo precário e reunindo apenas informações de pessoas físicas, o relatório ao qual o Estado teve acesso contém dados
interessantes. Além de mostrar que não é a Amazônia que os estrangeiros miram, como se costuma dizer, dá pistas sobre a
nacionalidade dos compradores. Quem aparece no topo da lista são os portugueses, seguidos por japoneses e italianos.

Para entender
Portugueses não precisam de autorização

A predominância de portugueses na lista de pessoas físicas estrangeiras que compram terras no Brasil se deve às facilidades
legais oferecidas a eles. Os portugueses que requerem no Ministério da Justiça o reconhecimento da igualdade de direitos e
obrigações, de acordo com o Decreto 3.297, de 19 de setembro de 2001, passam a ser tratados perante a lei como brasileiros.
Não precisam, portanto, requerer autorização especial para comprar terras - como acontece com estrangeiros de outros países,
de acordo com a Lei 5.709, de 1971. 

Americano do interior paulista vê o Brasil como a última fronteira


Listagem do Incra arrola famílias de agricultores que vivem há décadas no País e ignora novos investidores

José Maria Tomazela


Enviado especial
Cesário Lange

O americano Stephen Bromfield Geld, especialista em agronegócio, não vê outro país com mais potencial que o Brasil para atrair
compradores de terras. "Fala-se na África e no leste europeu, mas o lugar é aqui. O mundo tem demanda de alimentos e o Brasil
é a última fronteira agrícola."
Geld e sua mulher, a dinamarquesa Eva Patrícia Scavenius Geld, são donos das fazendas Suindara e Bela Vista, com cerca de
500 hectares, em Cesário Lange, a 140 km de São Paulo. Eles figuram no levantamento encomendado pelo Ministério Público -
e ao qual o Estado teve acesso - sobre estrangeiros, pessoas físicas, que possuem terras no Brasil. Curiosamente, boa parte
dos casos arrolados no interior paulista, é formada por famílias que moram há décadas no Brasil, mas não se naturalizaram.
Gelde trabalha como executivo numa grande empresa do setor, mas diz que seu negócio é a fazenda. Filho da escritora norte-
americana Ellen Bromfield Geld e seu marido Carson, ele veio para o Brasil com dois anos de idade, em 1953, com os pais que
buscavam terra para plantar. "Continuo americano por inércia, pois meus irmãos são brasileiros e meus três filhos nasceram
aqui."
A família Bunge, da Argentina, também aparece no cadastro. São criadores de gado de corte e carneiros na Fazenda Santo
Antonio da Boa Vista, com 1.460 hectares, em Araçoiaba da Serra, a 115 km da capital. As primeiras parcelas de terras foram
compradas há mais de 40 anos por Ernesto Fritz Bunge e sua mulher Beatriz, já falecidos. Os filhos, que também têm fazendas
na Argentina, herdaram as terras. O capataz Renê de Souza, que administra a propriedade, conta que o foco está na cria e
engorda de bois para corte.
O engenheiro agrônomo Rodolfo Cyrineu, dono da empresa Suporte Rural, que tem dezenas de estrangeiros entre seus clientes,
conta que o interesse dos executivos internacionais por terras no Brasil cresceu com a crise econômica internacional. "Alemães
e italianos, principalmente, que vêm dirigir filiais, procuram terras no interior, como investimento e para ganhar mais dinheiro."
Segundo Cyrineu, são pessoas que já possuem conceitos de produção empresarial no campo. "Usam toda a tecnologia para
obter o máximo da terra."
A situação do interior paulista é diferente da que se verifica em regiões litorâneas do Nordeste do Brasil, onde os compradores
miram empreendimentos turísticos e a especulação imobiliária. Em Alagoas, italianos, espanhóis, ingleses, gregos, alemães,
neozelandeses e austríacos, entre outros, têm comprado sítios e fazendas de frente para o mar.
O neozelandês Christopher Hindmarsh, 71 anos, que comprou para o filho e dois sócios um sítio de 40 hectares, com 500
metros de praia, a 130 quilômetros de Maceió, diz que fez uma poupança. "Eles queriam um pedaço do paraíso e nós achamos
esse aqui", diz ele. Colaborou Ricardo Rodrigues, de Maceió

A polêmica legal sobre estrangeiros

1971 Surge Lei 5709, que regula compras 

1988 Constituinte altera conceito de empresa 


1997 Geraldo Quintão suspende lei 

2010 Procuradoria quer volta da lei 

Procuradora quer derrubar parecer da AGU

O pano de fundo da investida do Ministério Público Federal para que se retome o controle da venda de terras a estrangeiros
Brasil é a polêmica jurídica que se trava em torno da Lei 5709. Assinada em 1971, no governo do general Garrastazu Médici, ela
regulamenta a venda de propriedades rurais para estrangeiros. Define, entre outras coisas, o tamanho da área que pode ser
adquirida.
A polêmica nasceu em 1997, quando a lei foi suspensa, em decorrência de um parecer do então advogado geral da União,
Geraldo Quintão. Ele disse que, de acordo com a Constituição de 1988, empresas de capital majoritário estrangeiro
estabelecidas no Brasil têm o mesmo status das empresas brasileiras. Não estão sujeitas, portanto, a leis que regulamentam
atividades de estrangeiros, entre elas a Lei 5709.
O Ministério Público quer derrubar o parecer, que rege as ações dos órgãos administração envolvidos com o assunto. Para isso
enviou um pedido à Advocacia Geral da União para que se manifeste. De acordo com a procuradora Marcia Neves Pinto,
coordenadora do Grupo de Trabalho Bens Públicos e Desapropriações, o parecer de 1997 interpretou mal a Constituição e fez
tábula rasa dos dispositivos relacionados aos interesses nacionais. "Se o parecer não for reexaminado e revogado, as empresas
brasileiras com capital majoritário ou votação majoritária estrangeira estão fora do controle da lei", disse ao Estado. "Sem isso
fica impossível qualquer tipo de levantamento acurado."
O presidente do Incra, Rolf Hackbart, também defende a revogação do parecer. "É preciso ter regras e limites", disse ele. "Não
estou falando de xenofobia, mas de soberania nacional. A terra é um meio de produção finito, que está sendo cada vez mais
disputado em todo o mundo."
De acordo com informações do Anuário da Agricultura Brasileira, editado pela consultoria AgraFNP, as terras do Brasil estão
sendo cada vez mais procuradas. São consideradas um investimento seguro e com excelente potencial de valorização. 

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