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Resumo Direito Empresarial 1ᵒBimestre

Aula 1:
Origem do Comércio
 A CIRCULAÇÃO da MERCADORIA EXCEDENTE era feita por meio de um INTERMEDIADOR, que
assumia os RISCOS da atividade, para leva-la até o MERCADO CONSUMIDOR, visando o LUCRO;
Sociedades primitivas e seus produtos
 Primeira etapa de desenvolvimento: caça, pesca,... PRODUTOS DO TRABALHO. Os eventuais
excessos de produção eram DISPERDIÇADOS. As sociedades primitivas desconheciam o comércio;
 Os excessos de produção passaram a ser TROCADOS/ESCAMBO, EMBRIÃO DO COMÉRCIO;
 Aparecimento do PROFISSIONAL DA TROCA e do PADRÃO DA TROCA (valorar mercadorias e facilitar
negociações, ex.: gado, sal, cobre,...);
 Regra: INEXISTIA DIREITO COMERCIAL, ausência de leis específicas;
Tempos antigos e o comércio
 Fenícios: COMÉRCIO MARÍTIMO (Ásia e costa do Mediterrâneo);
 Gregos: COMÉRCIO MARÍTIMO, nauticum foenus (empréstimo a risco ou câmbio marítimo, feito por
TRAPEZISTAS), Ilhas de Rodes (LEIS RÓDIAS: usos e costumes dos comerciantes no local foram
compiladas);
 Romanos: cidadãos romanos NÃO PRATICAVAM O COMÉRCIO (jus civile ∄ regras comerciais),
estrangeiros praticavam o COMÉRCIO JUNTO AOS ESCRAVOS (jus gentium) – “atividade indigna”;
Contratos comerciais nos tempos antigos
 Cessio bonorum: COMERCIANTE INSOLVENTE (execução de apenas os seus bens);
 Nauticum foenus: FINANCIAMENTO DE NAVIOS COMERCIAIS (riscos em troca do lucro);
 Lex Rhodia de Jactu: PRODUTOS LANÇADOS AO MAR (prejuízo era dividido entre os proprietários do
navio e das mercadorias)
Comércio na Idade Média
 Desenvolvimento do COMÉRCIO MARÍTIMO E CRUZADAS;
 CONTRATOS DE COMENDA (nobres e capitães do navio) – SOCIEDADES EM COMANDITA
 Mercadorias e feiras estimularam o surgimento das CIDADES e na INTERVENÇÃO DO ESTADO;
 Cruzadas: fluxo comercial, progresso intelectual para as grandes navegações;
Das Corporações
 Reunião de comerciantes visando diminuir os riscos da atividade. Possuíam EXERCÍTO, JUÍZES e
NORMAS próprias;
 Era o direito comercial de UMA CLASSE;
Estatutos das cidades
 Compilação dos USOS E COSTUMES, mostraram a necessidade da criação de leis mais CLARAS E
ESPECÍFICAS;
 Eram acordos entre as cidades com regras semelhantes, FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO entre elas;
 Barcelona (Consulado do Mar), França (Rôles de Oléron), Amalfi (Tabla Almalfitana), França Séc. XVI
(Guidon de La Mer), Países Nórdicos (Leis de Wisby), Pisa (Breve Consulum Mares), Veneza
(Capitulares Nauticum);
Ordenanças Francesas
 Estado: AGENTE NORMATIZADOR, respeito aos USOS E COSTUMES;
 Ordenanças francesas terrestres em 1673 (Código de Savary) e as Ordenanças francesas marítimas
em 1681;

Aula 2:
Código comercial de Napoleão
 Adoção da TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO (nova fase do Direito Comercial);
 Estado, PAPEL NORMATIZADOR, respeito aos usos e costumes;
 Influenciou o Código Comercial Brasileiro de 1850;
Teoria Subjetivista Explícita
 Primeira fase do Direito Comercial;
 Caracterizada pelas CORPORAÇÕES DE COMERCIANTES, visava proteger AQUELES QUE SE
ARRISCAVAM no exercício da circulação de mercadorias. Era o DIREITO UMA CLASSE;
 Estado reconhecia a legitimidade das corporações e apenas respaldava as decisões consulares;
 Estado NÃO falava em nome da população;
Teoria dos atos de Comércio (teoria objetivista)
 Segunda fase do Direito Comercial;
 FIM DA PROTEÇÃO DE APENAS UMA CLASSE;
 Objetivo era fornecer os elementos necessários para a identificação do sujeito das regras do direito
comercial o comerciante. QUEM PROTEGER ≠ QUAL ATO PROTEGER;
Teoria da Empresa (teoria subjetivista)
 Terceira fase do Direito Comercial (adotada pelo CC/02);
 Objetiva fornecer os elementos necessários para a IDENTIFICAÇÃO DO EMPRESÁRIO, ou seja, o
sujeito das regras do direito comercial. A caracterização do empresário está na FORMA/ MODO
COMO IRÁ EXERCER A ATIVIDADE;
 Leis são REGIDAS PELO ESTADO;
Conceito de Direito Comercial
 Ramo jurídico voltado às questões próprias dos EMPRESÁRIOS ou das EMPRESAS, à maneira como
se estrutura a PRODUÇÃO e NEGOCIAÇÃO dos bens e serviços de que todos precisam para viver;
Houve retrocesso com a adoção da Teoria de Empresa, já que é uma teoria subjetivista?
 Não houve retrocesso, pois na teoria subjetivista explícita, as leis eram criadas pelas próprias
corporações, julgadas por seus próprios juízes (cônsules) e seu poder de coerção era garantido por
um exército próprio da corporação. O Estado, neste caso, não intervia, reconhecendo a legitimidade
das corporações. Era, portanto, uma forma egoísta e que privilegiava uma classe, a dos
comerciantes. Na adoção da teoria da empresa, a situação política era outra. O poder de coerção e
de jurisdição pertencia exclusivamente ao Estado, e a finalidade da Teoria da Empresa, não era a de
privilegiar uma classe, mas sim estender a proteção da lei a novas figuras, como o setor de serviços,
o comércio de imóveis, a atividade rural e a atividade intelectual.

Aula 3:
Dicotomia do Direito Privado
 Direito Privado: regula as relações entre os entes não públicos em geral;
- Direito civil: direito privado, trata dos direitos e das obrigações dos cidadãos em geral;
- Direito empresarial: emanou do direito civil, trata das relações empresariais;
Dicotomia no mundo
 Cesare Vivante: inicialmente defendeu a unificação, mas abdicou do unionismo e se retratou que a
fusão dos dois códigos em um acarretaria prejuízo para o Direito Mercantil;
Dicotomia no Brasil
 NÃO É CORRETO AFIRMAR QUE O CÓDIGO CIVIL DE 2002 REVOGOU O CÓDIGO COMERCIAL DE
1850;
Características Específicas do Direito Empresarial
 INDIVIDUALISMO: o LUCRO é a preocupação imediata do interesse individual (d. civil: função social);
 SIMPLICIDADE OU INFORMALISMO: dinamismo da atividade empresarial, por MEIOS ÁGEIS E
FLEXÍVEIS para sua a realização e difusão (d. civil: formal);
 FRAGMENTARISMO: existência de uma série de SUB-RAMOS COM CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS
(direito falimentar, cambiário, societário e outros) – (d. civil: completude);
 COSMOPOLITISMO OU UNIVERSALISMO: o Comércio propiciou desenvolvimento e relação entre
nações, eis que foi fator fundamental de INTEGRAÇÃO ENTRE OS POVOS, propiciando seu
DESENVOLVIMENTO, uma inter-relação entre os países (d. civil: regionalismo);
 ELASTICIDADE: o Direito Empresarial TRANSCENDE OS LIMITES DO TERRITÓRIO NACIONAL,
atentando-se mais aos COSTUMES EMPRESARIAIS do que aos ditames legais. Adapta-se
constantemente à evolução das relações de comércio. Ex.: Franquia;
 DINAMISMO: relacionado ao DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL, fazendo com que as normas
comerciais estejam sempre em CONSTANTE MUDANÇA, aderindo às novas tecnologias com rapidez;
 ONEROSIDADE: em se tratando de uma atividade econômica organizada, a onerosidade será sempre
considerada para o alcance do LUCRO ALMEJADO PELO EMPRESÁRIO. Caráter econômico
necessariamente especulativo (d. civil: existência de contratos gratuitos);
Princípios do direito empresarial
 Classificam-se como: Implícitos ou Explícitos (critério: positivação); Constitucionais ou Legais
(critério: hierarquia); Comuns ou Específicos (critério: abrangência);
 Princípios gerais: Publicidade dos Atos de Registro; Liberdade do Livre Estabelecimento (Liberdade
de Iniciativa); Liberdade de Concorrência; Boa-Fé (sanção aos comportamentos desleais);
Observância dos Usos e Costumes; Autonomia da Vontade e da Prevalência do Contrato;
Legitimidade do Lucro; Livre Circulação dos Fatores de Produção;
 Princípios específicos: Direito Societário, Títulos de Crédito e Direito Falimentar;

Aula 4:
Fontes do Direito Empresarial
 HISTÓRICAS: DOCUMENTOS E TEXTOS desde a antiguidade, escritos que de alguma forma
contribuíram para o desenvolvimento do Direito Empresarial;
 MATERIAIS: são ELEMENTOS que concorrem para a CRIAÇÃO DAS LEIS DE CUNHO EMPRESARIAL e
que DETERMINAM AS ESPECIFICIDADES desse ramo jurídico, ex.: práticas comerciais que devem ser
reguladas;
 FORMAIS: são as MANIFESTAÇÕES POSITIVADAS das relações jurídicas empresariais. Ou seja,
normas empresariais que se destinam a REGULAÇÃO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL. Ex.: as Leis e as
convenções entre as partes;
- Primárias: iniciada pela Constituição e seguida pelo Código Civil e Comercial e por toda legislação
empresarial esparsa juntamente com os contratos;
- Secundárias: são formadas pelos usos e costumes comerciais, as leis civis, penais, administrativas, que
são aplicadas subsidiariamente, a analogia, a equidade, os princípios gerais de direito, jurisprudência e
doutrina;
Empresário Individual no Código Civil
 Art. 966 CC: Considera-se empresário quem exerce PROFISSIONALMENTE (1) ATIVIDADE
ECONÔMICA ORGANIZADA (2) para a PRODUÇÃO OU A CIRCULAÇÃO DE BENS OU DE SERVIÇOS (3);
- PROFISSIONALMENTE: HABITUALIDADE (atividade praticada de forma frequente), PESSOALIDADE
(desenvolve atividade empresária o indivíduo que assume o risco da atividade em seu próprio nome) e
LUCRATIVIDADE (o empresário deve buscar uma renda maior que a investida. Não se admite uma
atividade empresária sem a percepção de lucro);
- ATIVIDADE ECONÔMICA ORGANIZADA: articular os fatores de produção em concorrência no mercado.
Capacidade do empresário em ORGANIZAR O CAPITAL E O TRABALHO DE FORMA A GERAR
LUCRATIVIDADE. Não é necessária mão de obra de terceiros;
- PRODUÇÃO OU A CIRCULAÇÃO DE BENS OU DE SERVIÇOS: PRODUÇÃO se refere ao setor de
transformação, à indústria; a CIRCULAÇÃO DE BENS se refere ao comércio; e a expressão SERVIÇOS se
refere à inovação trazida pela Teoria da Empresa (prestação de serviços: atividade econômica do Direito
Empresarial);
 Tem responsabilidade DIREITA e ILIMITADA (penhoram-se os bens diretamente, limite: bens de
família. O patrimônio não é separado do da empresa);
Diferenças entre Empresário, Empresa e Sócio de Sociedade Empresarial
 EMPRESÁRIO: quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção,
e/ou circulação de bens e serviços;
 SÓCIO DE SOCIEDADE EMPRESÁRIA: não é empresário, pois AGE EM NOME DA PESSOA JURÍDICA,
responsabilidade é subsidiária à sociedade podendo ser limitada ou ilimitada pelas obrigações das
sociedades;
 EMPRESA: empreendimento ou ATIVIDADE EMPRESARIAL, não se confundido com o local das
atividades (estabelecimento);
EIRELI – Lei 12.441/2011
 Empresa individual (UMA ÚNICA PESSOA TITULAR da totalidade do capital sócia) de
responsabilidade LIMITADA (patrimônio do sócio separado do patrimônio da empresa), art. 980 CC;
Exceções ao conceito de empresário
 REGRA GERAL: todos os sujeitos que exercerem profissionalmente atividade econômica organizada
para a produção, circulação de bens e serviços, são empresários;
 EXCEÇÃO: Aqueles que exercem PROFISSÃO INTELECTUAL, DE NATUREZA CIENTÍFICA, LITERÁRIA
OU ARTÍSTICA, mesmo que possua o auxilio de colaboradores, art. 966 CC;
 ELEMENTO DE EMPRESA: quando ocorre a PERDA DA PESSOALIDADE DO PROFISSIONAL na
prestação do serviço, não sendo suficiente a contratação de funcionários;
 Sociedade de Advogados é empresa? NÃO podem possuir elemento de empresa e nem considerar-
se uma;

Aula 5:
Critérios de identificação do empresário
 CRITÉRIO REAL: aquele que exerce atividade econômica organizada de forma profissional, para a
produção, circulação de bens ou serviços, INDEPENDENTEMENTE DE REGISTRO, quanto às
sociedades empresariais, não há necessidade de registro na Junta Comercial para reconhecer;
 CRITÉRIO FORMAL: reconhece a existência da Empresa (Empresário ou Sociedade) quando EXISTIR
O REGISTRO DA ATIVIDADE ECONÔMICA EXERCIDA junto ao Registro Público das Empresas
Mercantis (Junta Comercial). No caso da ATIVIDADE RURAL, adota-se o critério formal de
identificação;
 CRITÉRIO LEGAL: independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por
ações; e simples, a cooperativa;
Regularidade do empresário individual
 É obrigatória a INSCRIÇÃO DO EMPRESÁRIO NO REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS da
respectiva sede, antes do início de sua atividade. Deve possui CNPJ, mesmo desprovido de
personalidade jurídica. A finalidade do CNPJ é meramente tributária;
Requerimento de Empresário Individual
 Deve conter: o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens; a
firma, com a respectiva assinatura autógrafa que poderá ser substituída pela assinatura autenticada
com certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade; O CAPITAL; O
OBJETO E A SEDE DA EMPRESA;
Exercício em outro Estado
 Instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de
Empresas Mercantis, NESTE DEVERÁ TAMBÉM INSCREVÊ-LA;
Pequeno Empresário
 É o empresário individual caracterizado como microempresa, com o limite atual de faturamento de
R$ 60.000,00 por ano;
 Lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno
empresário;

Aula 6:
Empresário Rural
 ATIVIDADE RURAL SENDO A PRINCIPAL PROFISSÃO pode requerer inscrição no Registro Público de
Empresas Mercantis da respectiva sede. Ficando então, equiparado, para todos os efeitos, ao
empresário sujeito a registro;
 O critério de identificação é o FORMAL, ou seja, somente será considerada a atividade empresária se
houver o registro na Junta Comercial, tendo então NATUREZA CONSTITUTIVA, e não meramente
declaratória;
Requisitos para ser empresário
 Aqueles que estiverem em pleno gozo da CAPACIDADE CIVIL e NÃO FOREM LEGALMENTE
IMPEDIDOS;
Capacidade Civil
 A plena capacidade civil se aos 18 ANOS ou por EMANCIPAÇÃO
- OBS.: pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que,
em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria;
 INCAPACIDADE CIVIL é declarada por meio do processo de INTERDIÇÃO. É possível que uma pessoa
seja capaz em certo momento de sua vida, porém venha a se tornar incapaz em decorrência de uma
doença ou acidente (INCAPACIDADE SUPERVENIENTE);
- ABSOLUTA: menores de 16 anos
- RELATIVA: os maiores de 16 e menores de 18 anos; os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; os pródigos;
 Em regra, as PESSOAS INCAPAZES NÃO PODEM SER EMPRESÁRIAS.
Não impedimento
 Pode decorrer da FUNÇÃO que os mesmos exercem ou em razão de CONDENAÇÕES JUDICIAIS;
 LEGALMENTE IMPEDIDOS: condenados cuja pena vede o exercício a cargos públicos ou que
pratiquem certos crimes previstos no art.1011 CC enquanto PERDURAREM OS EFEITOS DA
CONDENAÇÃO;
- ainda os: falidos (independentemente do crime de falência); servidores públicos; militares na ativa;
deputados e senadores; estrangeiros (algumas limitações).
Bem jurídico Tutelado
 É o PATRIMÔNIO DO INCAPAZ ou quando alguém que faliu é impedido o bem jurídico tutelado é o
da PRÓPRIA SOCIEDADE (que não receberá pagamentos, por exemplo);
Responsabilidades
 Se o IMPEDIDO exercer atividade empresária irregularmente RESPONDERÁ PELOS SEUS ATOS;
 Se o INCAPAZ exercer atividade empresária irregularmente NÃO RESPONDERÁ PELOS SEUS ATOS;

Aula 7:
O Incapaz e o Exercício da Atividade Empresária
 O incapaz, em regra, NUNCA PODERÁ INICIAR uma atividade empresária;
 Mas pode CONTINUAR a empresa ANTES EXERCIDA POR ELE ENQUANTO CAPAZ, POR SEUS PAIS,
ou PELO AUTOR DE HERANÇA;
- OBS.: incapacidade superveniente ou incapacidade do sucessor na sucessão por morte;
 É necessária a AUTORIZAÇÃO JUDICIAL (exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem
como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz);
 Exercerá a empresa mediante REPRESENTANTE (incapacidade absoluta) ou ASSISTENTE
(incapacidade relativa);
 Não ficam sujeitos ao resultado da empresa OS BENS QUE O INCAPAZ JÁ POSSUÍA;
 O eventual impedimento do representante ou assistente levará à NOMEAÇÃO DE UM OU MAIS
GERENTES (aprovação judicial não retira a responsabilidade do representante ou assistente pelos
atos dos gerentes nomeados);
 PUBLICIDADE DOS ATOS QUE ENVOLVAM O INCAPAZ (inscritas ou averbadas no Registro Público de
Empresas Mercantis) somente após esse ato de registro é que o ato terá VALIDADE CONTRA
TERCEIROS
- OBS.: Averbação é o ato de registro conhecido como Arquivamento;
 O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais DEVERÁ REGISTRAR
CONTRATOS OU ALTERAÇÕES CONTRATUAIS DE SOCIEDADE QUE ENVOLVA SÓCIO INCAPAZ. Desde
que: o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; o capital social deve ser
totalmente integralizado;
O Casamento e a Atividade Empresária
 Os cônjuges podem optar por contratar sociedade, entre si ou ambos com terceiros, desde que NÃO
TENHAM CASADO NO REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS, OU NO DA SEPARAÇÃO
OBRIGATÓRIA;
- No regime de comunhão universal de bens há uma confusão patrimonial dos bens dos cônjuges,
não existindo bens particulares. Ou seja, há apenas um único patrimônio do casal, e, portanto,
torna-se INADMISSÍVEL A FORMAÇÃO DE UMA SOCIEDADE EMPRESARIAL EM QUE EXISTA APENAS
UM ÚNICO PATRIMÔNIO, PARA GARANTIR EVENTUAIS CREDORES.
- No regime de casamento de Separação Obrigatória de Bens, o objetivo do legislador é
IMPOSSIBILITAR QUE SE USE A CONTRATAÇÃO DE UMA SOCIEDADE EMPRESARIAL COM INTUITO
DE BURLAR O REGIME DE BENS. Pois nesse caso haveria a possibilidade de que esses cônjuges
transferissem os bens entre si, prática essa vedada pelo regime de separação de bens, fraudando,
assim, o regime de bens;
Aula 8:
Do Empresário Casado
 REGRA: para que se aliene um bem imóvel há a NECESSIDADE DA OUTORGA UXÓRIA;
 EXCEÇÃO: quando se tratar de imóvel que integre o patrimônio da empresa, o empresário poderá
aliená-los ou gravá-los de ônus real SEM A OUTORGA UXÓRIA;
Comprovação da Titularidade do Imóvel
 Documentos contábeis, que a aquisição do mesmo se fez com recursos da atividade empresarial
(Escritura e no Registro de imóveis);
Publicidade dos Atos
 Os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens
clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade deverão ser registradas no Registro Civil,
além do Registro Público das Empresas Mercantis (motivo é que a alteração do patrimônio do
empresário pode alterar a atividade empresarial por ele desenvolvida, aumentando ou diminuindo
crédito);
Publicidade do Divórcio
 Não podem ser opostos a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Público de
Empresas Mercantis;

Aula 9:
Obrigações Comuns a todos os Empresários e Sociedades Empresárias
 INSCREVER-SE junto ao órgão de registro competente: JUNTAS COMERCIAIS;
 Manter regular a ESCRITURAÇÃO MERCANTIL, ATRAVÉS DOS LIVROS EMPRESARIAIS (contabilidade
regularizada);
 Levantar o BALANÇO PATRIMONIAL E O DE RESULTADO ECONÔMICO de forma periódica;
- OBS.: tais obrigações além de estabelecerem um balanço entre o risco corrido pelo comerciante e o
benefício que ele traz à sociedade, têm caráter de SEGURANÇA JURÍDICA. Se uma empresa realiza uma
fraude, é possível comprovar, por exemplo;
 Exceção: PEQUENO EMPRESÁRIO;
Registro público das empresas mercantis
 SINREM - Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis. Formado por dois órgãos: DREI
“Federal” (Departamento de Registro Empresarial e Integração antigo DNRC - Departamento
Nacional de Registro do Comércio); Juntas Comerciais “estadual”;
 Função: dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das
empresas mercantis, submetidos a registro na forma desta lei; cadastrar as empresas nacionais e
estrangeiras em funcionamento no País e manter atualizadas as informações pertinentes; proceder à
matrícula (ARQUIVAMENTO) dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento.
Enfim, UNIFICAR O REGISTRO DE FORMA NACIONAL;
Local de Arquivamento dos Atos
 Serão arquivados no REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS E ATIVIDADES AFINS,
independentemente de seu objeto;
Número de Identificação do Registro de Empresa N I R E
 Número de Identificação do Registro de Empresas, será atribuído a todo ato constitutivo de
empresa;
DEPARTAMENTO DE RESGITRO EMPRESARIAL E INTEGRAÇÃO (antigo DNRC)
 SUPERVISIONAR E COORDENAR, no plano técnico, os órgãos incumbidos da execução dos serviços
de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; ESTABELECER E CONSOLIDAR, COM
EXCLUSIVIDADE, AS NORMAS E DIRETRIZES GERAIS; SOLUCIONAR DÚVIDAS OCORRENTES NA
INTERPRETAÇÃO DAS LEIS, REGULAMENTOS E DEMAIS NORMAS relacionadas com o registro de
empresas mercantis, baixando instruções para esse fim; exercer AMPLA FISCALIZAÇÃO JURÍDICA
sobre os órgãos incumbidos do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins,
representando para os devidos fins às autoridades administrativas contra abusos e infrações das
respectivas normas, e requerendo tudo o que se afigurar necessário ao cumprimento dessas
normas; ESTABELECER NORMAS PROCEDIMENTAIS DE ARQUIVAMENTO de atos de firmas
mercantis individuais e sociedades mercantis de qualquer natureza; ORGANIZAR E MANTER
ATUALIZADO O CADASTRO NACIONAL DAS EMPRESAS MERCANTIS EM FUNCIONAMENTO NO
PAÍS, com a cooperação das juntas comerciais;
Das juntas comerciais
 Elaborar a TABELA DE PREÇOS DE SEUS SERVIÇOS, observadas as normas legais pertinentes;
PROCESSAR A HABILITAÇÃO E A NOMEAÇÃO DOS TRADUTORES PÚBLICOS E INTÉRPRETES
COMERCIAIS, ELABORAR OS RESPECTIVOS REGIMENTOS INTERNOS e suas alterações, bem como as
resoluções de caráter administrativo necessárias ao fiel cumprimento das normas legais,
regulamentares e regimentais; EXPEDIR CARTEIRAS DE EXERCÍCIO PROFISSIONAL DE PESSOAS
LEGALMENTE INSCRITAS NO REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS E ATIVIDADES AFINS;
O ASSENTAMENTO DOS USOS E PRÁTICAS MERCANTIS;
 SUBORDINAÇÃO HÍBRIDA: administrativamente ao GOVERNO DA UNIDADE FEDERATIVA de sua
jurisdição e, tecnicamente, ao DREI (antigo DNRC);
- OBS.: A Junta Comercial do Distrito Federal é subordinada administrativa e tecnicamente ao DREI
(DNRC);
 ESTRUTUTURA: a Presidência, como órgão diretivo e representativo; o Plenário, como órgão
deliberativo superior; as Turmas, como órgãos deliberativos inferiores; a Secretaria-Geral, como
órgão administrativo; a Procuradoria, como órgão de fiscalização e de consulta jurídica;
 Princípio da Publicidade do Registro: qualquer pessoa PODERÁ CONSULTAR OS ASSENTAMENTOS
EXISTENTES NAS JUNTAS COMERCIAIS E OBTER CERTIDÕES, mediante pagamento do preço devido;

Aula 10:
Dos atos de registro
 MATRÍCULA: ATO DE INSCRIÇÃO E CANCELAMENTO dos tradutores públicos, interpretes
comerciais, leiloeiros, trapicheiros, e administradores de armazém gerais (atividades para-
comerciais). NÃO É A INSCRIÇÃO do empresário individual ou da sociedade empresária na Junta
Comercial;
 ARQUIVAMENTO: É O ATO PELO QUAL OCORRE A OFICIALIZAÇÃO DA INSCRIÇÃO DO EMPRESÁRIO
INDIVIDUAL, bem como a constituição, dissolução e alteração de sociedade empresarial e a juntada

de outros documentos nos termos da lei. É a partir desse ato que SURGE A PERSONALIDADE
JURÍDICA DA EMPRESA;
 AUTENTICAÇÃO: é o ato de registro onde instrumentos de escrituração das empresas registradas e
dos agentes auxiliares do comércio são autenticados, GARANTINDO A VERACIDADE DE QUE
AQUELES DOCUMENTOS FORAM APRESENTADOS À JUNTA COMERCIAL. Sendo condição de
regularidade desses documentos (livros empresariais e balanços). livros obrigatórios não
autenticados são considerados não-livros e, portanto, em caso de falência, ter-se-á uma falência
criminosa;

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