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Introdução..........................................................................................................................................2
1. Tribunal Constitucional..................................................................................................................3
Considerações Finais........................................................................................................................13
Referências Bibliográficas...............................................................................................................14
Introdução
A construção do senso de justiça, em que o cidadão se revê, deve ser o pilar sonar
de toda e qualquer semente que busca consolidar a luta pelos direitos sociais de um povo.
Nesta dimensão, a Constituição assume a nobre missão de organizar, de modo racional, a
sociedade, especialmente, na sua feição político-administrativa.
A consolidação do Estado Democrático de Direito, enquanto elemento fundante
para o desenvolvimento de um ambiente Jurídico-constitucional favorável ao exercício
gradual das prerrogativas Constitucionais, visa salvaguardar a juridicidade dos actos do
Estado perante os seus concidadãos para que, o almejado alcance da dignidade e
maturidade constitucional, seja uma realidade.
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1. Tribunal Constitucional
Órgão que tem a tarefa de apreciar a conformidade dos atos e diplomas dos vários
órgãos de soberania com os princípios da Constituição da República. Desempenha, assim,
uma tarefa reguladora dos poderes legislativos e administrativos do País. Nessa medida,
não só declara ser admissível ou não, à luz da Constituição, uma iniciativa legislativa, como
tem funções de controle eleitoral, assume a responsabilidade de interpretar o texto
constitucional, etc.
Os seus pareceres jurídicos são vinculativos para os outros órgãos de soberania, que
não podem contrariá-los.
O Tribunal Constitucional é composto por treze juízes, dos quais dez são
diretamente escolhidos pelo plenário da Assembleia da República. A eleição dos membros
do Tribunal Constitucional exige maioria qualificada de dois terços dos deputados
presentes. Seis dos membros do Tribunal Constitucional são obrigatoriamente juízes de
outros tribunais.
Artigo 16º
(Competência do Tribunal)
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b) apreciar preventivamente a constitucionalidade das leis, nos termos previstos na
alínea b) do n.º 2 do artigo 180.º e 228.º da Constituição;
c) apreciar a constitucionalidade por omissão, nos termos previstos no artigo 232.º
da Constituição;
d) apreciar, em recurso, a constitucionalidade das decisões dos demais tribunais que
recusem a aplicação de qualquer norma, com fundamento na sua
inconstitucionalidade, nos termos previstos na alínea d) do n.º 2 do artigo 180.º da
Constituição;
e) apreciar, em recurso, a constitucionalidade das decisões dos demais tribunais que
apliquem normas cuja constitucionalidade haja sido suscitada durante o processo,
nos termos previstos na alínea e) do n.º 2 do artigo 180.º da Constituição;
f) apreciar, em última instância, a regularidade e a validade das eleições, julgando
os recursos interpostos de eventuais irregularidades da votação ou do apuramento
dos votos, nos termos previstos na Lei Eleitoral;
g) apreciar a constitucionalidade dos referendos e da revisão constitucional, nos
termos previstos nas alíneas c) e d) do artigo 227.º da Constituição;
h) julgar, em última instância, a requerimento de deputado e nos termos da
respectiva lei, os recursos relativos á perda, à substituição, á suspensão e à renúncia
do mandato na Assembleia Nacional;
i) verificar a legalidade na formação de partidos políticos e de coligações de
partidos políticos, bem como declarar a sua extinção, nos termos da Lei dos Partidos
Políticos;
j) julgar as acções de impugnação de eleições e de deliberação de órgãos de partidos
políticos que, nos termos da lei, sejam recorríveis;
k) verificar e declarar a elegibilidade dos candidatos a Presidente da República e a
Deputados à Assembleia Nacional, nos termos da Lei Eleitoral;
l) julgar, em última instância, os recursos interpostos dos actos do registo eleitoral,
nos termos da respectiva lei;
m) após esgotamento dos recursos ordinários legalmente previstos, julgar em última
instância, os recursos de constitucionalidade que venham a ser interposto de
sentenças e de actos administrativos que violem princípios, direitos fundamentais,
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liberdade e garantias dos cidadãos estabelecidos na Constituição, disposições
conjugadas no n.º 3 do artigo 6.º, na alínea a) do n.º 2 do artigo 180.º, e nos artigos
226.º e 227.º, todos da Constituição;
n) pronunciar-se, por solicitação do Presidente da República e da Assembleia
Nacional, sobre a interpretação e aplicação de normas constitucionais;
o) julgar conflitos de competências entre órgãos constitucionais e de soberania;
p) exercer as demais funções que lhe sejam atribuídas pela Constituição e pela lei.
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A competência legislativa do Presidente da República que na Lei Constitucional
cabia ao Governo depende, como até aqui, de autorização legislativa prévia da Assembleia
Nacional (alínea h) do artigo 120.), podendo o Presidente da República, tal como o
Governo no âmbito da Lei Constitucional, exercer a iniciativa legislativa, mediante
propostas de lei apresentadas à Assembleia Nacional (alínea i) do artigo 120.°). Mesmo nos
casos de autorização legislativa, os decretos legislativos presidenciais estarão sempre
sujeitos à fiscalização posterior do Parlamento (alínea c) dos artigos 161.° da Constituição).
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A relevância dada na definição de Angola como Estado independente quer no artigo
1, quer na norma sobre limites materiais - decorre do contexto histórico do País,
nomeadamente do passado sob dominação colonial. Daí ter-se dado grande importância em
não haver, no plano constitucional, um recuo da liberdade política alcançada com a
proclamação da Independência Nacional.
Outro elemento definido como limite material, pela alínea a), do artigo 159°, da Lei
Constitucional, é o da salvaguarda da integridade territorial e da unidade nacional, que
obriga ao respeito pelo princípio uti possidetis iuris (princípio da intangibilidade das
fronteiras históricas), o qual impõe o respeito pelos limites territoriais do Estado aquando
da proclamação da Independência Nacional.
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Na mesma esteira a nova Constituição começa por constitucionalizar o princípio uti
possidetis iuris (princípio da intocabilidade das fronteiras históricas), ao dispor que "o
território da República de Angola é o historicamente definido pelos limites geográficos de
Angola tais como existentes a 11 de Novembro de 1975, data da Independência Nacional"
(artigo 5, n° 1).
De igual modo, volta a ser consagrada a integridade territorial como limite material
de revisão (artigo 236.° alínea b).
A laicidade do Estado é um princípio dos modernos Estados que significa a não ex-
istência de uma religião assumida pelo Estado como oficial. Este princípio tem uma
segunda dimensão - à qual aparece sempre associada - que é a separação entre o Estado e as
igrejas, a cuja luz as instituições religiosas não são integradas na organização político-
administrativa do Estado e demais poderes públicos. A Lei Constitucional de 1992
consagra que "A República de Angola é um Estado laico, havendo separação entre o Estado
e as igrejas" (n.° 1 do artigo 8.°).
No mesmo artigo, é consagrado o respeito pelo Estado das religiões e a proteção dos
lugares de culto, desde que conformes com as leis (n.° 2 do artigo 8).
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O princípio da laicidade do Estado e da separação entre o Estado e as igrejas
ganhou, na Lei Constitucional de 1992, dimensão de limite material de revisão (alínea e) do
artigo 159.°).
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Importa apreciar se estas nomeações e designações feitas pelo poder executivo
(Presidente da República) e pelo poder legislativo (Assembleia Nacional), violam o
princípio da independência dos Tribunais.
Este diploma legal consagrou, nos seus artigos 134.º e 135.º, o Tribunal
Constitucional enquanto instituição judicial à qual competia, em geral, administrar a justiça
em matérias de natureza jurídico-constitucional.
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A inexistência formal do Tribunal Constitucional não impediu que em Angola a
jurisdição constitucional fosse efectivamente materializada, uma vez que todos os litígios
de cariz constitucional foram submetidos à apreciação do Tribunal Supremo nas vestes de
Tribunal Constitucional e por este decididos.
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Transitaram, de igual modo, para este Tribunal, vários processos cujo objecto era o
litígio interno dos Partidos Políticos que derivavam da interpretação e aplicação dos seus
Estatutos. A resolução destes processos constituiu grande parte dos Acórdãos exarados pela
corte constitucional de Angola.
Com a convocação das Eleições Gerais para o dia 31 de Agosto de 2012, pelo
Presidente da República, ao Tribunal Constitucional recaiu a tarefa de proceder à
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verificação e validação das candidaturas concorrentes às referidas eleições, o que foi feito
em estrito cumprimento dos prazos legais, tendo este processo iniciado no dia 31 de Maio e
terminado no dia 6 de Julho de 2012 com a entrega oficial das listas das candidaturas
admitidas à Comissão Nacional Eleitoral.
Considerações Finais
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do voto e não salvaguarda o interesse da certeza jurídica próprio do Estado
democrático de direito tutelado pela alínea c) do artigo 159.° da Lei Constitucional;
Que no demais do seu articulado a Constituição da República de Angola respeita os
limites materiais do artigo 159.° da Lei Constitucional.
Referências Bibliográficas
https://tribunalconstitucional.ao/competencias-gerais/
https://www.texnology.com/angolasamppages.pdf
https://lbr-legal.com/pt/ago/jurisdiction/direito-publico
https://jurisprudencia.tribunalconstitucional.ao/
https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$tribunal-constitucional
https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/lei-de-bases-da-funcao-publica-reforca-direitos-
dos-funcionarios/
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