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ESTADUAL DO
RIO GRANDE DO
NORTE
Poder Legislativo
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Poder Legislativo
Diogo Surdi
Sumário
Poder Legislativo............................................................................................................................. 4
1. Assembleia Legislativa............................................................................................................... 4
1.1. Estrutura...................................................................................................................................... 9
2. Atribuições da Assembleia Legislativa.................................................................................. 11
3. Dos Deputados............................................................................................................................13
3.1. Imunidades................................................................................................................................13
3.2. Prerrogativas.. .......................................................................................................................... 17
3.3. Impedimentos......................................................................................................................... 18
3.4. Perda do Mandato...................................................................................................................19
4. Das Reuniões.............................................................................................................................. 20
5. Das Comissões............................................................................................................................21
6. Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa.................................................................. 24
7. Processo Legislativo................................................................................................................. 25
7.1. Emenda à Constituição. . ......................................................................................................... 25
7.2. Leis............................................................................................................................................. 26
8. Fiscalização Contábil, Financeira, Orçamentária, Operacional e Patrimonial............. 32
8.1. Controle Político. . .................................................................................................................... 33
8.2. Controle Financeiro............................................................................................................... 33
9. Tribunal de Contas. . ................................................................................................................... 38
Questões de Concurso..................................................................................................................40
Gabarito............................................................................................................................................ 52
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Poder Legislativo
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Poder Legislativo
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PODER LEGISLATIVO
1. Assembleia Legislativa
Para compreendermos o Poder Legislativo, necessitamos, em um primeiro momento, fazer
menção a diversos conceitos importantes relacionados com a divisão dos poderes e com o
sistema de freios e contrapesos, assuntos típicos do direito constitucional.
Basicamente, o nosso Estado democrático é formado por três Poderes, sendo eles o Exe-
cutivo, o Legislativo e o Judiciário. E essa divisão foi proposta de forma que cada poder pu-
desse exercer as suas atribuições de maneira autônoma, dando origem a um dos mais impor-
tantes postulados do nosso ordenamento, que é o princípio da separação dos poderes.
Podemos verificar tal divisão se analisarmos o texto da Constituição Federal, mais precisa-
mente em seu artigo 2º, que assim dispõe:
São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Do mencionado artigo constitucional é que tiramos a base para todo o controle que é exer-
cido na atividade administrativa. Importante frisar que duas são as características dos Pode-
res estabelecidos pela Constituição Federal: independência e harmonia.
Assim, consegue-se interpretar que a ideia do constituinte foi justamente estabelecer um
sistema onde, ainda que cada Poder tivesse autonomia para tomar todas as decisões que
fossem necessárias, esta liberdade não poderia implicar em condutas que contrariassem a
própria finalidade para os quais os Poderes foram instituídos.
Em outras palavras, a Constituição estabelece atividades típicas para cada um dos poderes,
mas deixa claro que é competência dos demais o controle e a fiscalização de tais atividades.
Desta forma, temos que a atividade típica do Poder Judiciário é a de julgar, a do Poder Le-
gislativo é a de legislar e fiscalizar e a do Poder Executivo a de administrar.
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No entanto, ainda que a regra seja a de que cada poder desempenha as suas atividades
típicas, temos que todos os poderes desempenham, de forma atípica, as atividades originaria-
mente atribuídas aos demais poderes.
Sendo assim, devemos memorizar, para fins de prova, que o Poder Legislativo desempe-
nha as funções típicas de legislar e de fiscalizar. Atipicamente, o Poder Legislativo pode de-
sempenhar as funções de administrar e de julgar.
No Estado do Rio Grande do Norte, o Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legisla-
tiva, que, por sua vez, é composta por Deputados Estaduais.
Os Deputados podem ser definidos como os representantes do povo, eleitos pelo sistema
proporcional, por sufrágio universal e voto direto e secreto.
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Agora, temos que dividir o total de votos atribuídos a cada partido ou coligação pelo quo-
ciente eleitoral, com a ressalva de que nesta divisão, ao contrário do que ocorre quando da
apuração do quociente eleitoral, a fração sempre será desprezada. Vamos ver como fica cada
quociente partidário:
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Analisando o resultado, verificamos que a coligação Mais Vagas conseguiu eleger 3 mem-
bros para a Câmara de Vereadores, ao passo que a coligação Concurso para Todos elegeu 2 e
o Partido dos Concurseiros elegeu 1 membro.
O partido do nepotismo, por não ter alcançado um valor positivo de quociente partidário,
não elegeu nenhum representante para a Câmara de Vereadores de Concursópolis.
Não há necessidade de memorizarmos a forma como ocorre a escolha dos representantes
eleitos de acordo com o sistema proporcional. Para fins de prova, basta sabermos que os De-
putados Estaduais são eleitos de acordo com as regras deste sistema.
De acordo com a Constituição Estadual, o número de Deputados Estaduais corresponde ao
triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de 36, será
acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de 12.
A eleição dos Deputados Estaduais será realizada de forma simultânea com a dos Deputa-
dos Federais e Senadores. Após eleitos, os Deputados Estaduais desempenham o seu manda-
to por um período de 4 anos, podendo, desde que atendidos os demais requisitos legalmente
exigidos, ser reeleitos para mandatos subsequentes.
Art. 32. O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, com sede na Capital do Estado.
Art. 33. A Assembleia Legislativa se compõe de Deputados, representantes do povo do Estado do
Rio Grande do Norte, eleitos por sufrágio universal e voto direto e secreto.
§ 2º O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponde ao triplo da representação do
Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis (36), é acrescido de tantos
quantos forem os Deputados Federais acima de doze (12).
§ 3º É de quatro (4) anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras da Cons-
tituição Federal sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda do manda-
to, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
§ 4º A eleição dos Deputados Estaduais realiza-se simultaneamente com a dos Deputados Federais
e Senadores.
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Art. 32, Parágrafo único. Ao Poder Legislativo é assegurada autonomia financeira, mediante percen-
tual da receita orçamentária do Estado, fixado em lei complementar.
Outro ponto que merece ser destacado é a previsão do § 1º do artigo 33, que determina que
“Cada legislatura tem a duração de quatro 4 anos”.
A legislatura pode ser definida como o período de tempo em que a Assembleia Legislativa
desempenha as suas atividades. Assim, se considerarmos o período de duração do mandato
de cada um dos representantes, é correto afirmar que os Deputados desempenham suas ativi-
dades durante 1 legislatura, ou seja, durante um período de 4 anos.
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1.1. Estrutura
A Constituição Estadual também é responsável por estabelecer as regras gerais relacio-
nadas com a estrutura interna da Assembleia Legislativa. Neste ponto da matéria, é essencial
que tenhamos conhecimento dos órgãos que, em conjunto, formam a Assembleia Legislati-
va Estadual.
Art. 33-A. São órgãos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte:
I – Plenário;
II – Mesa;
III – Colégio de Líderes;
IV – Comissões;
V – Gabinetes Parlamentares;
VI – Procuradoria-Geral; e
VII – outros órgãos instituídos em Resolução.
Inicialmente, é possível verificar que a lista de órgãos não é taxativa, mas sim meramen-
te exemplificativa. Consequentemente, nada impede que outros órgãos sejam instituídos por
meio de Resolução. A Resolução, inclusive, é o instrumento próprio da Assembleia Legislativa,
e terá força de lei quando editada no âmbito de sua competência interna.
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Art. 37. Cabe à Assembleia Legislativa, com a sanção do Governador do Estado, não exigida esta
para o especificado no art. 35, dispor sobre todas as matérias de competência do Estado, especial-
mente sobre:
I – orçamento anual e plurianual;
II – sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
III – dívida pública, abertura e operações de crédito;
IV – planos e programas de desenvolvimento econômico e social;
V – licitações e contratos administrativos;
VI – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas e fixação dos res-
pectivos vencimentos, salários e vantagens;
VII – regime jurídico dos servidores públicos, seus direitos, deveres e sistema disciplinar e de previdência;
VIII – bens do domínio do Estado, inclusive, no caso de imóveis sua aquisição onerosa, alienação ou
oneração, respeitado o disposto no art. 17;
IX – efetivo da Polícia Militar;
X – transferência temporária da sede do Governo Estadual observado o disposto no art. 64, VIII;
XI – concessão de auxílio aos Municípios e forma de sua aplicação;
XII – perdão de dívida, anistia e remissão de crédito tributário;
XIII – organização e divisão judiciárias;
XIV – organização, atribuições e o estatuto do Ministério Público e da
Defensoria Pública do Estado;
XV – criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado, Procuradorias Gerais, Defenso-
ria Pública, Polícia Militar, Polícia Civil e órgãos da Administração Pública;
XVI – matéria financeira e orçamentária;
XVII – normas gerais para a exploração, concessão, permissão ou autorização para exploração de
serviços públicos, bem como para a fixação das respectivas tarifas ou preços;
XVIII – previdência social dos Deputados Estaduais.
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Art. 36. A Assembleia Legislativa, ou qualquer de suas Comissões, podem convocar Secretário de
Estado, Procurador-Geral do Estado, Comandantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Mi-
litar, ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados ao Governador do Estado, para
prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime
de responsabilidade o não comparecimento sem justificativa adequada.
§ 1º Os Secretários de Estado, Procurador-Geral do Estado, Comandantes da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros Militar podem comparecer à Assembleia Legislativa ou a qualquer de suas
Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para expor assunto
de relevância atinente às suas funções.
§ 2º A Mesa da Assembleia Legislativa pode encaminhar pedidos escritos de informações a Se-
cretários de Estado, Procurador-Geral do Estado, Comandantes da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar, ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando crime de
responsabilidade a recusa, ou o não atendimento no prazo de trinta (30) dias, bem como a presta-
ção de informações falsas.
3. Dos Deputados
3.1. Imunidades
Em nosso ordenamento jurídico, as funções desempenhadas pelos Deputados são consi-
deradas imprescindíveis para a preservação do “Estado Democrático de Direito”.
Neste sentido, aos parlamentares são asseguradas determinada imunidades, que, em li-
nhas gerais, possuem o objetivo de possibilitar que as funções sejam desempenhadas da for-
ma mais independente e livre possível.
Assim, podemos conceituar as imunidades como as prerrogativas de ordem pública con-
feridas as parlamentares. Considerando que as prerrogativas são de ordem pública, tais garan-
tias são irrenunciáveis pelos Deputados.
As imunidades têm início no momento em que os Deputados são diplomados, e não a par-
tir do momento da posse.
A diplomação trata-se da última fase do processo eleitoral, podendo ser entendida como o
ato por meio do qual a Justiça Eleitoral, em solenidade pública, entrega aos candidatos eleitos
(bem como aos respectivos suplentes) diploma que assegura a estes o direito de tomarem
posse e de exercerem o mandato no cargo para o qual foram eleitos.
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Importante salientar que, ainda que a diplomação seja realizada para os Deputados e para
os respectivos suplentes, as imunidades não são estendidas para os suplentes dos cargos
eletivos, alcançando, em sentido diverso, apenas os titulares dos respectivos mandatos.
De acordo com a doutrina, as imunidades dos parlamentares podem ser divididas em ma-
terial e formal.
A imunidade material, também conhecida como imunidade real, é a que estabelece a invio-
labilidade dos Deputados no que diz respeito às suas opiniões, palavras e votos.
Tal imunidade está prevista no artigo 38 da Constituição Estadual, de seguinte redação:
Art. 38. Os Deputados Estaduais são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.
De acordo com a garantia da imunidade material, o parlamentar será inviolável por suas
opiniões, palavras e votos. No entanto, esta espécie de imunidade pode ser de ordem absoluta
ou relativa.
Sendo assim, sempre que as opiniões, palavras e votos forem proferidos no âmbito do ple-
nário, a imunidade será absoluta, uma vez que, nesta hipótese, há completa ligação entre as
manifestações parlamentares e o desempenho da função pública.
Em sentido oposto, quando as opiniões, palavras e votos forem proferidas fora do plenário,
a imunidade goza de presunção relativa. Nestas situações, deve ser analisado se o ato do par-
lamentar possui ou não conexão com as funções desempenhadas.
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Em outros termos, caso as opiniões, palavras e votos tenham ligação com a função públi-
ca, o parlamentar estará abrangido pela imunidade. Caso não tenham qualquer tipo de liga-
ção, não há que se falar em imunidade, cabendo assim a responsabilização civil e penal do
parlamentar.
A imunidade formal é a que diz respeito aos aspectos relacionados com a prisão dos par-
lamentares e com o respectivo processo.
Se na imunidade material tínhamos uma diferença entre os atos praticados pelos parla-
mentares em relação à população em geral, na imunidade formal a infração cometida pelo
parlamentar continua existindo, assim como ocorre com os demais particulares. A diferença
está apenas nas garantias conferidas aos Deputados com relação ao trâmite do processo e
com eventual prisão.
Podemos dividir a imunidade formal em três grandes categorias de prerrogativas: quanto à
prisão, quanto ao foro privilegiado e quanto ao processo.
a) imunidade relacionada com a prisão: Com relação à prisão, a imunidade conferida aos
Deputados está expressa no artigo 38, § 1º, de seguinte redação:
Art. 38, § 1º Desde a expedição do diploma, os Deputados Estaduais não poderão ser presos, salvo
em flagrante de crime inafiançável. Neste caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro
horas à Assembleia Legislativa, para que, pelo voto da maioria de seus membros, em votação nomi-
nal, resolva sobre a prisão.
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Sendo assim, desde o momento em que ocorrer a diplomação, não poderão os Deputados,
como regra geral, ser presos.
A vedação à prisão alcança até mesmo a do Deputado que seja devedor de prestação ali-
mentícia, que é uma das exceções à regra da impossibilidade de prisão por dívida em nosso
ordenamento jurídico.
Art. 5º, LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento volun-
tário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
Art. 38, § 4º Os Deputados, desde a expedição do diploma, são submetidos a julgamento perante o
Tribunal de Justiça do Estado.
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Art. 38, § 2º Recebida denúncia contra Deputado Estadual, por crime ocorrido após a diplomação, o
Tribunal de Justiça ou o Órgão Judiciário competente darão ciência à Assembleia Legislativa, que,
por iniciativa de partido político nela representado, ou no Congresso Nacional, e pelo voto nominal
da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.
§ 3º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
Desta forma, tendo sido recebida a denúncia contra parlamentar por crime cometido após
a diplomação, o TJ dará início ao processo de julgamento, não havendo necessidade de qual-
quer tipo de autorização por parte da Casa Legislativa.
Iniciado o processo, o Tribunal de Justiça dará ciência à Casa Legislativa da tramitação do
processo contra o parlamentar.
Após a ciência, poderá a Casa Legislativa, desde que por iniciativa de partido político nela
representado, ou no Congresso Nacional, e pelo voto da maioria dos seus membros, sustar, até
a decisão final, o andamento da ação.
Como não poderia deixar de ser, a sustação, quando realizada pela Casa Legislativa, impli-
ca também na suspensão da prescrição com relação à infração cometida pelo parlamentar.
3.2. Prerrogativas
Além das imunidades, a Constituição Estadual elenca três outras prerrogativas aos Deputa-
dos. Neste ponto da matéria, deve ser ressaltado que, ainda que parte da doutrina entenda que
estas prerrogativas estejam dentro do campo da imunidade, o mais correto é tratá-las de forma
separada, uma vez que ambas não possuem relação com os aspectos material ou formal das
demais imunidades.
Sendo assim, podemos estabelecer que são prerrogativas conferidas aos parlamentares
as presentes nos §§ 5º, 6º e 8º do artigo 38:
Art. 38, § 5º Os Deputados não são obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou pres-
tadas em razão do exercício do mandato nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles rece-
beram informações.
§ 6º A incorporação de Deputado às Forças Armadas, embora militar e ainda que em tempo de guer-
ra, depende de prévia licença da Assembleia Legislativa.
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§ 8º Os Deputados que forem demandados judicialmente podem requerer à Mesa que a consultoria
jurídica e a representação judicial sejam feitas pela Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa,
caso a ação judicial se refira ao exercício da atividade parlamentar ou dela decorra, observadas as
atribuições, competências e forma que serão regulamentadas por Resolução.
3.3. Impedimentos
Em seu artigo 39, a Constituição elenca uma série de impedimentos e vedações que devem
ser observadas pelos Deputados desde o momento da diplomação e desde o momento da posse.
A diplomação ocorre em momento anterior à posse, tratando-se de um ato declaratório da
Justiça Eleitoral. A posse, que ocorre posteriormente, é o ato por meio do qual o parlamentar
efetivamente é investido no cargo eletivo para o qual foi eleito.
Neste ponto da matéria, temos que memorizar e diferenciar as vedações que devem ser
observadas desde a diplomação daquelas que apenas precisam ser observadas pelo parla-
mentar a partir da posse.
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Perda do Mandato por decisão da Assembleia Perda do Mandato por declaração da Assembleia
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a) parlamentar que deixar de comparecer, em cada
sessão legislativa, à terça parte das sessões ordi-
a) parlamentar que infringir qualquer das proibi-
nárias da Assembleia Legislativa, salvo licença ou
ções estabelecidas no artigo anterior;
missão por esta autorizada;
b) parlamentar cujo procedimento for decla-
b) parlamentar que perder ou tiver suspensos os
rado incompatível com o decoro parlamentar;
direitos políticos;
c) parlamentar que sofrer condenação criminal
c) quando a perda for decretada pela Justiça Eleito-
em sentença transitada em julgado.
ral, nos casos previstos na Constituição Federal ou
da Constituição Estadual.
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§ 3º Nos casos previstos nos incisos III, IV e V, a perda é declarada pela Mesa da Assembleia Le-
gislativa, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político
representado na Casa, ou no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos
termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º.
Devemos conhecer, também, as situações que, ainda que o parlamentar esteja ausente
das funções, não acarretam a perda do mandato eletivo. Desta forma, não perderá o mandato
o Deputado:
a) investido no cargo de Ministro de Estado, Secretário do Estado, da Prefeitura da Capital
ou chefe de missão diplomática temporária. Nestas situações, o Deputado pode optar pela
remuneração do mandato.
b) licenciado pela Assembleia Legislativa, por motivo de doença, ou para tratar, sem remu-
neração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse 120 dias
por sessão legislativa.
O suplente é convocado nos casos de vaga, de investidura nas mencionadas funções públicas
ou de licença superior a cento e vinte 120 dias. Ocorrendo vaga e não havendo suplente, será
feita eleição para preenchê-la caso falte mais de quinze 15 meses para o término do mandato.
4. Das Reuniões
Conforme anteriormente mencionado, a legislatura pode ser definida como o período de
tempo em que a Assembleia Legislativa desempenha suas atividades. Não podemos confundir
o conceito de legislatura, no entanto, com os de sessão legislativa e períodos legislativos.
A sessão legislativa possui duração anual, sendo, em linhas gerais, o período de tempo em
que, no curso do corrente ano, os Deputados se reúnem para deliberar sobre as matérias de
suas competências.
A sessão legislativa, de acordo com a Constituição Estadual, ocorre no período de tempo
compreendido entre 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
Você observou que há um intervalo de tempo no curso da sessão legislativa (mais preci-
samente entre os dias 18 a 31 de julho)?
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Isso ocorre na medida em que cada um das sessões legislativas é dividida em dois perío-
dos legislativos. E ambos os períodos são divididos pelo recesso parlamentar.
Logo, o período legislativo pode ser definido como a divisão de cada uma das sessões
legislativas. Consequentemente, as sessões legislativas sempre terão 2 períodos legislativos,
da mesma forma que a legislatura terá, sempre, 4 sessões legislativas.
Sendo assim, é possível afirmar que as sessões legislativas podem ser definidas como o
período de tempo de um ano de trabalho das Casas Legislativas. Tais sessões são classifica-
das em preparatória, ordinária, especial e extraordinária.
DICA
Antes de conhecermos cada uma delas, devemos memorizar
a informação de que a sessão legislativa não será interrompi-
da sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamen-
tárias.
5. Das Comissões
A Assembleia Legislativa terá comissões permanentes e temporárias, que serão consti-
tuídas na forma e com as atribuições previstas no regime interno ou no ato de que resultar
sua criação.
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Uma atenção especial deve ser dada às comissões parlamentares de inquérito (CPI), uma
vez que tais comissões, ainda que constituídas em caráter temporário e com a finalidade de
apurar um fato certo, possuem, de acordo com a Constituição Estadual, poderes de investiga-
ção próprios das autoridades judiciais.
Art. 43, § 3º As Comissões Parlamentares de Inquérito têm poderes de investigação, próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos no regimento, são criadas pela Assembleia Legisla-
tiva, mediante requerimento de um terço (1/3) de seus membros, para a apuração de fato determi-
nado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público,
para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Inicialmente, precisamos saber que dois são os requisitos que devem ser observados para
que as CPIs possam ser criadas:
a) requerimento de, pelo menos, 1/3 dos membros da respectiva Casa Legislativa;
b) ter a finalidade de apurar um fato determinado e por prazo certo, o que implica em afir-
mar que as comissões parlamentares de inquérito são consideradas comissões temporárias,
e não comissões definitivas;
Após a constituição, uma série de prerrogativas são conferidas às CPIs para que estas
possam melhor desempenhar suas atividades.
O STF, por exemplo, já entendeu que tais comissões podem determinar a quebra do sigilo
bancário, fiscal e de dados, conforme se verifica no teor do Mandado de Segurança 23.452/RJ:
O sigilo bancário, o sigilo fiscal e o sigilo telefônico (sigilo este que incide sobre os dados/
registros telefônicos e que não se identifica com a inviolabilidade das comunicações tele-
fônicas) - ainda que representem projeções específicas do direito à intimidade, fundado
no art. 5º, X, da Carta Política - não se revelam oponíveis, em nosso sistema jurídico, às
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Comissões Parlamentares de Inquérito, eis que o ato que lhes decreta a quebra traduz
natural derivação dos poderes de investigação que foram conferidos, pela própria Cons-
tituição da República, aos órgãos de investigação parlamentar.
Para que tais atividades sejam exercidas, no entanto, devem as CPIs demonstrar que o
acesso a tais informações se revela essencial ao correto deslinde dos fatos.
Da mesma forma, as comissões parlamentares de inquérito não possuem poderem ilimi-
tados, não podendo, ainda de acordo com o entendimento do STF, determinar a realização de
diligências de busca e apreensão domiciliar ou a decretação da indisponibilidade dos bens
(atividades típicas do Poder Judiciário).
Também não podem as CPIs determinar a interceptação telefônica daqueles que estão
sendo investigados pela comissão. Um cuidado maior merece ser dado a este ponto, uma vez
que a distinção entre a interceptação telefônica e a quebra do sigilo dos registros telefônicos
é fundamental para a compreensão das prerrogativas atribuídas às CPIs.
A quebra dos registros telefônicos diz respeito aos dados já produzidos pelas partes antes
da determinação da comissão. Por se tratar de informações pretéritas, já produzidas, podem
ser acessados pelas CPIs sem a necessidade de autorização do Poder Judiciário.
A interceptação telefônica, no entanto, refere-se aos dados que ainda serão produzidos a
partir da dada da adoção da medida. Como tratam-se de dados inéditos, ainda não produzidos,
estão assegurados pela proteção constitucional da inviolabilidade do acesso às comunica-
ções, conforme previsão do artigo 5º, XII, da Constituição Federal:
Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
A interceptação telefônica, desta forma, não pode ser determinada pelas comissões parla-
mentares de inquérito, mas sim apenas pelo Poder Judiciário.
Como forma de facilitar o entendimento, relaciona-se a seguir as prerrogativas que podem
ou não ser adotadas pelas comissões parlamentares de inquérito:
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7. Processo Legislativo
O processo legislativo pode ser conceituado como o conjunto de atos e de procedimentos
necessários para que um ato normativo primário seja aprovado.
Os atos normativos primários são aqueles que, em linhas gerais, inovam no ordenamen-
to jurídico, podendo instituir obrigações e deveres para todos os particulares atingidos pelas
disposições da norma editada. Exemplo clássico de ato normativo primário são as leis e as
medidas provisórias.
Tais espécies normativas se diferenciam, por exemplo, dos atos normativos secundários,
que, em sentido contrário, não inovam no ordenamento jurídico, sendo editados, apenas, com o
objetivo de regulamentar e detalhar as normas primárias. Como exemplo de atos secundários,
temos os Decretos, as Portarias e as Resoluções Internas.
De acordo com a Constituição Estadual, seis são as diferentes normas jurídicas que podem
ser editadas, primariamente, pelo Poder Legislativo do Estado do Rio Grande do Norte.
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b) do Governador do Estado;
c) de iniciativa popular, subscrita por, no mínimo, três por cento do eleitorado estadual,
distribuídos, pelo menos, em três quintos dos Municípios do Estado.
Além disso, a norma elenca situações em que a Constituição Estadual não poderá ser obje-
to de emenda. Consequentemente, quando estivermos diante de estado de sítio, de estado de
defesa ou, ainda, quando o Estado estiver sob intervenção federal, a Constituição não poderá
ser emendada.
Precisamos memorizar isso? Com toda certeza!
Destaca-se que não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
a) a forma federativa do Estado;
b) o voto direto, secreto, universal e periódico;
c) a separação dos Poderes;
d) os direitos e garantias individuais.
Uma vez apresentada, a proposta de emenda será discutida e votada em dois turnos, con-
siderando-se aprovada se obtiver, em cada um deles, 3/5 dos votos dos membros da Assem-
bleia Legislativa. Após a aprovação, a emenda à Constituição será promulgada pela Mesa da
Assembleia Legislativa, com o respectivo número de ordem.
A matéria constante de proposta de emenda, rejeitada ou havida por prejudicada, não pode ser
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
7.2. Leis
O princípio da legalidade está relacionado com a ideia de que toda e qualquer obrigação
apenas pode ser exigida da coletividade por meio da manifestação da população.
E isso é bem simples de entender: uma vez que se é a população quem escolhe seus repre-
sentantes através do voto, presume-se que ela, a população, é quem atua, ainda que indireta-
mente, através da manifestação de seus representantes.
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E, como se sabe, toda e qualquer norma jurídica que inove o ordenamento deve ter a par-
ticipação dos representantes populares. Indiretamente, portanto, quem está editando leis e
inovando o ordenamento pátrio é a própria população.
Nesse sentido se posiciona o autor Hely Lopes Meirelles:
As leis administrativas são, normalmente, de ordem pública, e seus preceitos não podem ser des-
cumpridos, nem mesmo por acordo ou vontade conjunta de seus aplicadores e destinatários, uma
vez que contêm verdadeiros poderes-deveres, irrelegáveis pelos agentes públicos.
O conceito da legalidade, desta forma, é o de que aos particulares é permitido fazer tudo
aquilo que não esteja proibido em lei.
Em outros termos, os particulares podem, como regra geral, adotar os comportamentos
que entendam ser os melhores para cada situação. Há assim uma liberdade de atuação asse-
gurada a todos os administrados.
Quando, no entanto, houver uma lei estabelecendo a vedação a determinado comporta-
mento, a eventual prática da conduta vedada implica em descumprimento da lei, ensejando a
aplicação de penalidades aos responsáveis.
Em consonância com o princípio da legalidade, merece destaque o art. 5º, II, da Constitui-
ção Federal, de seguinte teor:
Art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
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A lei complementar, assim como ocorre com a lei ordinária, são instrumentos de atuação,
como regra geral, do Poder Legislativo. Por meio da edição das leis, os representantes do povo,
dentre outros legitimados pela Constituição Federal, podem fazer valer a vontade popular.
Ambos os instrumentos (lei ordinária e lei complementar) se diferenciam, no entanto, com
relação a dois importantes aspectos: a matéria e o quorum necessário para a aprovação.
Com relação à matéria, todos os assuntos em que a Constituição exigir, expressamente,
a edição de lei complementar, apenas podem ser normatizados por meio deste instrumento.
Neste sentido, expressões como “lei complementar estabelecerá” ou “lei complementar
disporá” apenas podem ser objeto de lei complementar, e não de lei ordinária.
Adotando-se o critério residual, todas as demais matérias, ou seja, aquelas em que a Cons-
tituição não determina expressamente a necessidade de edição de uma lei complementar,
podem ser objeto de lei ordinária.
Como exemplo, podemos citar diversos artigos onde a Constituição apenas menciona que
“lei estabelecerá”. Nestas situações, a regulamentação da matéria poderá ser feita por lei ordi-
nária, não sendo exigida a edição de lei complementar.
No que se refere ao quorum de aprovação, a lei complementar exige, para a sua aprovação,
a maioria absoluta dos votos dos membros do respectivo órgão.
Assim, se estivermos diante de um órgão com, por exemplo, 81 membros, a lei complemen-
tar apenas será aprovada se pelo menos 41 membros votarem neste sentido.
A lei ordinária, em sentido oposto, exige apenas a aprovação por parte da maioria simples.
Logo, se tomarmos como exemplo a situação do órgão anteriormente mencionado (composto
de 81 membros), uma lei ordinária será aprovada caso a maioria simples dos membros presen-
tes em uma sessão vote neste sentido.
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Desta forma, caso o órgão tenha, em uma sessão, 60 membros, a lei ordinária será conside-
rada aprovada caso assim seja decidido por, pelo menos, 31 membros, número que representa
a maioria dos membros presentes, e não necessariamente a maioria do respectivo órgão.
De acordo com o artigo 46, temos a previsão de que “A iniciativa das leis complementa-
res e ordinárias cabe a qualquer Deputado, Comissão ou Mesa da Assembleia Legislativa, ao
Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça e Tribunal de Contas, ao Procurador-Geral de
Justiça, ao Defensor Público-Geral do Estado e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos
nesta Constituição”.
Além disso, temos a possibilidade de a iniciativa popular dar início aos projetos de lei,
devendo, para isso, ser observados os requisitos do artigo § 2º do artigo 46 da Constitui-
ção Estadual:
Art. 46, § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Assembleia Legislativa de
projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado estadual, conforme dispuser a lei.
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O Governador do Estado pode solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.
Quando isso ocorrer, caso a Assembleia Legislativa não se manifeste sobre a proposição em
até 45 dias, será esta incluída na ordem do dia, sobrestando-se todas as demais deliberações
legislativas, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime
a votação.
O mencionado prazo de 45 dias não corre nos períodos de recesso da Assembleia Legislativa,
nem se aplica aos projetos de código.
Art. 49. O projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa é enviado à sanção do Governador, ou
arquivado se rejeitado.
§ 1º Se o Governador do Estado considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou con-
trário ao interesse público, pode vetá-lo, total ou parcialmente, no prazo de quinze (15) dias úteis,
contados da data do recebimento, comunicando, dentro de quarenta e oito (48) horas, ao Presidente
da Assembleia Legislativa os motivos do veto.
§ 2º O veto parcial somente pode abranger texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de
alínea.
§ 3º Decorrido o prazo de quinze (15) dias, o silêncio do Governador do Estado importa em sanção.
§ 4º O veto é apreciado em sessão, dentro de trinta (30) dias a contar do seu recebimento, só poden-
do ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados.
§ 5º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no parágrafo anterior, o veto é colocado na
ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 6º Se o veto não for mantido, é o projeto enviado, para promulgação, ao Governador do Estado.
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§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito (48) horas pelo Governador do Estado,
nos casos dos §§ 3º e 6º, o Presidente da Assembleia Legislativa a promulga, e, se este não o fizer
em igual prazo, cabe ao Vice-Presidente da Assembleia Legislativa fazê-lo.
A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente pode constituir objeto de novo projeto,
na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Assem-
bleia Legislativa.
Além das leis complementares e das leis ordinárias, temos a possibilidade de edição de
leis delegadas.
As leis delegadas foram previstas na Constituição como uma forma de tentar tornar mais
célere a atuação do Governador, que pode, desde que atendidos os requisitos estabelecidos,
exercer, atipicamente, a função de legislar.
Art. 51. As leis delegadas são elaboradas pelo Governador do Estado, que deve solicitar a delegação
à Assembleia Legislativa.
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O controle da administração pública pode ser entendido como a soma de todas as ativi-
dades, internas e externas, que possuem como objetivo garantir a preservação do interesse
público e assegurar que as funções administrativas estão sendo desempenhadas de acordo
com a lei.
Merece destaque, neste sentido, o conceito de controle da administração pública extraído
da obra de José dos Santos Carvalho Filho:
Os mecanismos de controle da Administração Pública podem ser entendidos como ações que têm
como objetivos fundamentais garantir o respeito aos direitos subjetivos dos usuários e assegurar a
observância das diretrizes constitucionais da Administração.
Assim sendo, teremos controle quando houver o desempenho de qualquer atividade, por
parte dos três poderes ou da população, que tenha o objetivo de proteger o patrimônio público
e o bem-estar coletivo ante a atuação da administração pública.
Salienta-se que o controle da administração pública não pode ser confundido com o con-
trole administrativo. Como veremos adiante, três são as grandes espécies de controle, sendo
elas o controle administrativo, o controle legislativo e o controle judiciário. Tais formas, em
conjunto, representam o controle da administração pública.
Desta forma, o controle da administração pública é um gênero do qual fazem parte as es-
pécies controle administrativo, controle legislativo e controle judicial, conforme se observa, de
maneira mais didática, por meio do gráfico a seguir:
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Quando exercido perante a sua própria atividade administrativa, o Poder Legislativo estará
praticando, atipicamente, a função administrativa, e, por isso mesmo, estaremos diante de
controle administrativo.
Quando praticado no âmbito da função típica do Poder Legislativo, estaremos diante de
controle externo, que é aquele exercido por um Poder da República sobre os demais.
O controle legislativo é também conhecido como controle parlamentar, podendo ser exer-
cido de forma direta ou indireta.
Quando estivermos diante do controle parlamentar direto, são as casas legislativas quem
exercem as atividades de controle. Em tais situações, a doutrina afirma tratar-se de um con-
trole político, exercido, nas hipóteses previstas pela Constituição Federal, com alto grau de
discricionariedade.
Já no âmbito do controle parlamentar indireto, os responsáveis pelo controle serão os Tri-
bunais de Contas, dando ensejo ao chamado controle financeiro.
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Da mesma forma, ainda que tais órgãos recebam a denominação de “tribunais”, não po-
dem eles decidir questões em caráter terminativo. Em outras palavras, as decisões dos Tribu-
nais de Contas não transitam em julgado, prerrogativa esta exclusiva dos tribunais do Poder
Judiciário.
Caso um Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, determine, como forma de con-
trole, a sustação de um ato administrativo, tal questão pode, a qualquer momento, ser levada à
análise do Poder Judiciário.
As competências atribuídas pela Constituição aos Tribunais de Contas são alvo constante
de exigência em provas de concurso. Sobre tais competências, algumas informações mere-
cem destaque, conforme passa-se a analisar.
Os Tribunais de Contas possuem competência tanto para julgar quanto para apreciar
as contas.
Quando as contas que estiverem sendo analisadas forem relativas às autoridades e admi-
nistradores públicos, pode o TCE proceder à respectiva apreciação e julgamento. Em sentido
oposto, quando as contas objeto de análise forem as do Governador, a possibilidade do TCE
se restringe à apreciação, sendo competente para o seu julgamento a Assembleia Legislativa.
Art. 53. O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, é exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas do Estado, ao qual compete:
I – apreciar as contas prestadas, anualmente, pelo Governador do Estado, mediante parecer prévio,
a ser elaborado em sessenta (60) dias, a contar do seu recebimento;
II – julgar as contas dos administradores dos três Poderes do Estado e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, inclusive das fundações, em-
presas públicas, autarquias, sociedades de economia mista e demais sociedades instituídas ou
mantidas pelo Poder Público, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irre-
gularidade de que resulte prejuízo ao erário;
Caso o Tribunal de Contas esteja analisando as contas apresentadas pelos dirigentes de uma
autarquia, ou então por um Secretário, a sua competência será tanto para apreciar as contas
analisadas quanto para julgá-las.
Caso as contas que estejam submetidas ao crivo do TCE sejam as relativas ao Governador do
Estado, a competência restringe-se à mera apreciação, que será externada por meio da edição
de um parecer conclusivo, elaborado no prazo de 60 dias após o seu recebimento.
Tal parecer será remetido ao respectivo Poder Legislativo. No nosso exemplo, à Assembleia
Legislativa, que realizará o julgamento das contas do Governador.
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Com relação aos atos administrativos, que são manifestações de vontade unilateral do
Poder Público, a competência para determinar a sustação é exercida, de forma direta, pelo
respectivo tribunal.
Nos contratos administrativos, por sua vez, que são caracterizados pela manifestação de
vontade bilateral, a competência para a sustação apenas pode ser exercida por meio da res-
pectiva Casa Legislativa.
No entanto, caso o Poder Legislativo ou o Poder Executivo, no prazo de 90 dias, não efetivar
as medidas necessárias para a sustação do contrato administrativo, o TCE decidirá a respeito.
Desta forma, parte da doutrina chega a afirmar que há a possibilidade do TCE, nesta espe-
cífica situação de omissão Assembleia Legislativa ou do Poder Executivo, de participação do
TCE no processo de sustação dos contratos.
Ainda assim, o entendimento utilizado nas provas de concurso é de que o TCE apenas pos-
sui competência para determinar a sustação dos atos administrativos. Em caso de contrato,
conforma já ressaltado, a competência é da Assembleia Legislativa.
As decisões do Tribunal de Contas, de que resulte imputação de débito ou multa têm eficácia
de título executivo, devendo observar os parâmetros de razoabilidade e de proporcionalidade
estabelecida em lei.
Outro ponto que merece ser destacado é que, no exercício do controle externo, a Assem-
bleia Legislativa poderá, por aprovação de 2/3 de seus membros, sustar os efeitos das deci-
sões cautelares, inclusive as que versarem sobre imposição de multa, proferidas pelo Tribunal
de Contas do Estado e por seus membros, até o julgamento do mérito do processo.
A medida possui o objetivo de resguardar sua missão constitucional, operando, sempre,
sob a orientação da razoabilidade e da proporcionalidade e sem prejuízo do controle judicial
dos atos administrativos já realizado pelo Poder Judiciário.
No âmbito do controle externo, a Comissão Permanente de Finanças da Assembleia Le-
gislativa desempenha um papel importante, que pode ser mais bem verificado com base na
leitura do artigo 54:
Art. 54. A Comissão Permanente de Finanças da Assembleia Legislativa, diante de indícios de des-
pesa não autorizada, ainda que sob forma de investimentos não programados ou de subsídios não
aprovados, pode solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco (5) dias,
preste os esclarecimentos necessários.
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Além do controle externo, cada um dos Poderes deverá manter, de forma integrada, siste-
ma de controle interno, que tem como uma das finalidades apoiar o controle externo no exer-
cício de sua missão institucional.
Art. 55. Os Poderes do Estado mantêm, de forma integrada sistema do controle interno, com a fina-
lidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
Governo e dos orçamentos do Estado;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência da gestão orçamen-
tária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração pública estadual, bem como
da aplicação de recursos públicos por entidade privada;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
do Estado;
IV – apoiar o controle externo, no exercício de sua missão institucional.
§ 2º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela dão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade
solidária.
§ 3º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato, é parte legítima para, na forma da
lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do Estado.
Aqui, o que merece ser destacado é que a responsabilidade dos responsáveis pelo controle
interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade e dela são darem
ciência ao Tribunal de Contas do Estado, é solidária.
9. Tribunal de Contas
O Tribunal de Contas do Estado tem sede na capital, quadro próprio de pessoal e jurisdi-
ção em todo o território estadual. Em sua composição, o TCE é formado por Conselheiros e
Auditores.
Neste sentido, o § 1º do artigo 56 estabelece que “Os Conselheiros do Tribunal de Contas,
em número de sete (7), são escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco (35) e me-
nos de sessenta e cinco (65) anos de idade, de idoneidade moral, reputação ilibada e notórios
conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos, financeiros ou de administração pública, com
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mais de dez (10) anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os
conhecimentos mencionados”.
Os Conselheiros do Tribunal de Contas são escolhidos:
a) 3, pelo Governador do Estado, com aprovação da Assembleia Legislativa, sendo dois
alternadamente, dentre Auditores e Membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Con-
tas, mediante lista tríplice encaminhada pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e
merecimento;
b) 4, pela Assembleia Legislativa.
Como forma de evitar que as escolhas, no âmbito estadual, ferissem o princípio da separa-
ção dos Poderes, o STF editou a súmula 653, que determina, em linhas gerais, os critérios de
escolha a serem observados por tais entes federativos.
Súmula 653: No Tribunal de Contas Estadual, composto por sete conselheiros, quatro
devem ser escolhidos pela Assembleia Legislativa e três pelo chefe do Poder Executivo
estadual, cabendo a este indicar um dentre auditores e outro dentre membros do Minis-
tério Público, e um terceiro a sua livre escolha.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CEBRASPE/ASS TEC/TCE-RN/2015) Com base no disposto na Constituição Federal de
1988 (CF) e na Constituição do Estado do Rio Grande do Norte, julgue o item subsequente.
A escolha de conselheiros do TCE/RN, no número total de sete, é realizada pelo governador
do estado e pela Assembleia Legislativa, sendo critérios para nomeação das sete pessoas
indicadas a aprovação em arguição pública e a deliberação da Assembleia Legislativa por
voto aberto.
Art. 56, § 3º A nomeação dos Conselheiros do Tribunal de Contas, indicados pelo Governador, é
precedida de arguição pública, deliberando a Assembleia por voto secreto.
Errado.
Art. 37. Cabe à Assembleia Legislativa, com a sanção do Governador do Estado, não exigida esta
para o especificado no art. 35, dispor sobre todas as matérias de competência do Estado, especial-
mente sobre:
XVIII – previdência social dos Deputados Estaduais.
Letra a.
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b) Lei Ordinária.
c) Lei Delegada.
d) Decreto Legislativo.
e) Resolução.
O Estatuto dos Servidores Públicos deve ser aprovado por meio de lei complementar.
Art. 48, Parágrafo único. Além daquelas previstas na Constituição Federal e nesta Constituição, de-
pendem de lei complementar as seguintes matérias:
V – estatuto dos servidores públicos civis.
Letra a.
Desde a posse, os Deputados Estaduais não podem, dentre outros impedimentos, ser proprie-
tários, controladores ou diretores de empresas que gozem de favor decorrente de contrato
com pessoa jurídica de direito público.
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Aqui, estamos diante de uma das finalidades do controle interno, conforme previsão constitucional.
Art. 55. Os Poderes do Estado mantêm, de forma integrada sistema do controle interno, com a
finalidade de:
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
do Estado;
Letra d.
Art. 53. O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, é exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas do Estado, ao qual compete:
IV – realizar, por iniciativa própria, da Assembleia Legislativa, de Comissão técnica ou de inquérito,
ou em razão de denúncia, inspeções e auditorias de natureza financeira, contábil, orçamentária, ope-
racional e patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário
e demais entidades referidas no inciso II;
Errado.
Em relação às contas do Governador do Estado, o TCE apenas aprecia e emite um parecer pré-
vio, sendo elas julgadas pela Assembleia Legislativa.
Art. 53. O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, é exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas do Estado, ao qual compete:
I – apreciar as contas prestadas, anualmente, pelo Governador do Estado, mediante parecer prévio,
a ser elaborado em sessenta (60) dias, a contar do seu recebimento;
Certo.
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Temos aqui uma das competências elencadas para o Tribunal de Contas do Estado.
Art. 53. O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, é exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas do Estado, ao qual compete:
V – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado a Município e a instituições
públicas ou privadas;
Certo.
O TCE julga as contas dos administradores dos três Poderes do Estado, incluindo os do Poder
Judiciário. A exceção fica por conta do Governador do Estado, que tem suas contas julgadas
pela Assembleia Legislativa.
Art. 53. O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, é exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas do Estado, ao qual compete:
II – julgar as contas dos administradores dos três Poderes do Estado e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, inclusive das fundações, em-
presas públicas, autarquias, sociedades de economia mista e demais sociedades instituídas ou
mantidas pelo Poder Público, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irre-
gularidade de que resulte prejuízo ao erário;
Errado.
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Art. 53. O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, é exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas do Estado, ao qual compete:
IV – realizar, por iniciativa própria, da Assembleia Legislativa, de Comissão técnica ou de inquérito,
ou em razão de denúncia, inspeções e auditorias de natureza financeira, contábil, orçamentária, ope-
racional e patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário
e demais entidades referidas no inciso II;
Certo.
Os cidadãos são parte legítima para realizar a denúncia mencionada pela questão. A medida
será realizada diretamente, sem a necessidade, conforme informado, de representação.
Art. 55, § 3º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato, é parte legítima para, na
forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do Estado.
Errado.
De acordo com o § 2º do artigo 46, “A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à
Assembleia Legislativa de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado
estadual, conforme dispuser a lei”.
Errado.
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Assim como informa a questão, os Deputados são invioláveis, civil e penalmente, por quais-
quer de suas opiniões, palavras e votos.
Art. 38. Os Deputados Estaduais são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.
Certo.
De acordo com o § 4º do artigo 38, “Os Deputados, desde a expedição do diploma, são sub-
metidos a julgamento perante o Tribunal de Justiça do Estado”.
Certo.
Art. 38, § 5º Os Deputados não são obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou pres-
tadas em razão do exercício do mandato nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles rece-
beram informações.
Certo.
Para responder à questão, façamos uso das disposições do artigo 38, § 1º, da Constitui-
ção Estadual.
Art. 38, § 1º Desde a expedição do diploma, os Deputados Estaduais não poderão ser presos, salvo
em flagrante de crime inafiançável. Neste caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro
horas à Assembleia Legislativa, para que, pelo voto da maioria de seus membros, em votação nomi-
nal, resolva sobre a prisão.
Certo.
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A possibilidade mencionada pela questão não existe. O que ocorre com os Deputados, a partir
do diploma, é a impossibilidade de serem presos, salvo em flagrante de crime inafiançável.
Errado.
Art. 55, § 2º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregu-
laridade ou ilegalidade, dela dão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabi-
lidade solidária.
Certo.
Os Deputados são eleitos pelo sistema proporcional, e não pelo sistema majoritário.
Errado.
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A regra geral é a de que as deliberações sejam, conforme informado, tomadas pela maioria dos
votos, havendo necessidade da presença de, pelo menos, a maioria absoluta dos membros.
Assim como informa a questão, o § 4º do artigo 38 determina que “Os Deputados, desde a ex-
pedição do diploma, são submetidos a julgamento perante o Tribunal de Justiça do Estado”.
Certo.
Nas situações mencionadas pela questão, o Deputado Estadual não perderá o mandato.
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Temos aqui um importante mandamento relacionado com o processo legislativo, nos termos
do artigo 42, § 2º:
Art. 42, § 2º A sessão legislativa não é interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.
Certo.
Art. 43, § 3º As Comissões Parlamentares de Inquérito têm poderes de investigação, próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos no regimento, são criadas pela Assembleia Legisla-
tiva, mediante requerimento de um terço (1/3) de seus membros, para a apuração de fato determi-
nado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público,
para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Errado.
O veto poderá ser total (toda a norma será vetada) ou parcial (quando abrangerá o texto inte-
gral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
Art. 49. O projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa é enviado à sanção do Governador, ou
arquivado se rejeitado.
§ 1º Se o Governador do Estado considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou con-
trário ao interesse público, pode vetá-lo, total ou parcialmente, no prazo de quinze (15) dias úteis,
contados da data do recebimento, comunicando, dentro de quarenta e oito (48) horas, ao Presidente
da Assembleia Legislativa os motivos do veto.
§ 2º O veto parcial somente pode abranger texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
Certo.
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Nos termos do artigo 51, “As leis delegadas são elaboradas pelo Governador do Estado, que
deve solicitar a delegação à Assembleia Legislativa”.
Certo.
O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, realmente será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas do Estado. No entanto, diversamente do que informado, o TCE não faz
parte do Poder Legislativo e de nenhum outro Poder do Estado.
Errado.
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A exclusão do cometimento ilícito por parte dos parlamentares decorre da denominada imuni-
dade material, que está expressa no artigo 95 da Constituição Estadual:
Art. 38. Os Deputados Estaduais são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.
Letra e.
As CPIs podem ser constituídas para a apuração de fato determinado e por prazo certo. Tais
comissões desempenham a função fiscalizatória, que, ao lado da função de legislar, é típica do
Poder Legislativo.
Certo.
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O TCE pode julgar as contas dos demais gestores e administradores públicos, mas não, de
acordo com a Constituição, as contas do Governador do Estado. Em relação a estas, o papel do
TCE é o de emitir um parecer no prazo de 60 dias, contados do respectivo recebimento.
Certo.
Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.
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GABARITO
1. E
2. a
3. a
4. a
5. d
6. E
7. C
8. C
9. E
10. C
11. E
12. E
13. C
14. C
15. C
16. C
17. E
18. C
19. C
20. E
21. C
22. C
23. E
24. C
25. E
26. C
27. C
28. E
29. E
30. E
31. e
32. C
33. C
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