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SIMULADOS SEMANAIS

Câmara dos Deputados

LÍNGUA PORTUGUESA

Tipo – GRAN

a F rova
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As questões objetivas têm cinco alternativas de Verifique se seu caderno está completo, sem repe-

GV
ba de p
resposta (A, B, C, D, E) e somente uma delas tição de questões ou falhas. Caso contrário, noti-
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FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
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CÓDIGO:
192023751

TIPO DE MATERIAL:
Simulado Preparatório

NOME DO ÓRGÃO:
Câmara dos Deputados

MODELO/BANCA:
FGV

DATA DE APLICAÇÃO:
9/2023

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
9/2023
SIMULADOS SEMANAIS – Câmara dos Deputados – Língua Portuguesa

Língua Portuguesa Texto para as questões 3 a 5.


Márcio Wesley
1  Cervantes dizia que a pena é a língua da mente.
Texto para as questões 1 e 2. Por isso, muitos que aspiram a enriquecer seu intelec-
to e a encontrar sentido entre a enxurrada de imagens
1  Ao ser questionado sobre o impacto da pande- ou ideias que passa de forma desordenada por nossa
mia na desigualdade, Harari reafirma que “são as nos- 5 cabeça adotaram a rotina de escrever um diário ínti-
sas escolhas que vão definir isso”. Mesmo ante uma mo. Em etapas cruciais da vida, quando estamos de
crise tão grave, que parece não permitir nada mais do luto, enfrentamos uma doença ou encaramos uma
5 que reações, o professor israelense chama a atenção crise, o diário é uma casa à qual recorrer em busca
para os muitos caminhos possíveis. O enfrentamen- de luz, consolo e calor. Sobre o valor de confiar em
to da pandemia não é um circuito fechado de ação e 10 um diário pessoal como o melhor dos amigos ninguém
reação, onde seria impossível pensar e propor novas falou melhor do que Henri-Frédéric Amiel, filósofo su-
soluções. “Também existem oportunidades nesta cri- íço do século XIX, com uma obra diarística de 17.000
10 se (...) não é algo predeterminado. É uma escolha de páginas manuscritas: “O diário íntimo é o museu das
onde investimos nossos recursos. E por isso é tão im- curas sucessivas da alma, onde se faz a mudança coti-
portante não só acompanhar as notícias sobre a epi- 15 diana, uma condição da saúde”. De certo modo, Amiel,
demia, mas também observar o que está acontecendo cujo livro de notas inspirou os diários de autores como
no nível político”, alerta Harari. A pandemia aumenta Tolstói, antecipou-se às pesquisas que, a partir da dis-
15 ainda mais a relevância das decisões do Estado e da ciplina da psiconeuroimunologia, concentraram-se na
sociedade. Por isso, é decisivo refletir, com profundi- relação que há entre a escritura expressiva e o funcio-
dade e seriedade, sobre o atual cenário, sem medo e 20 namento do sistema imunológico. Escrever os aconte-
também sem arrogância. O futuro continua aberto a cimentos e dados relevantes do dia a dia é uma prática
nossas escolhas. que ajuda a liberar o estresse, a administrar emoções
e a esvaziar a mente de pensamentos intrusivos.
Disponível em: <https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-  A chave é abrir a janela para o que ocorre em nos-
-e-informacoes,reflexoes-sobre-a-crise,70003277649>.
25 so interior e anotar isso com honestidade, o que não
é uma tarefa fácil, pois tendemos a mentir mais para
1 nós mesmos do que para os outros. O diálogo que se
Sobre o texto, é correto afirmar que, segundo Harari: estabelece com o próprio eu dá frutos quando não é
(A) a pandemia impacta as escolhas que podem provo- uma atividade complacente, ou seja, quando sua fina-
car uma crise grave. 30 lidade não é justificar nossos atos ou registrar nossos
(B) uma crise tão grave deixa as sociedades sem esco- triunfos, e sim examinar nossas experiências únicas,
lhas imediatas. sem deixar de lado as dúvidas e os erros que acompa-
(C) as decisões tomadas para enfrentar a pandemia re- nham as decisões que tomamos ao longo do caminho.
velam escolhas de onde investimos nossos recursos. De qualquer forma, se você não tem dotes de escritor,
(D) acima de tudo, importa acompanhar o que está 35 não precisa se preocupar: fazer listas, escrever frases
acontecendo no nível político das decisões sobre o sem se ater ao rigor gramatical ou rabiscar esquemas
enfrentamento da pandemia. é igualmente benéfico. Há tantas versões de diários
(E) as escolhas políticas e sociais agora passam a ser de- quanto diaristas, pois o diário é um espaço onde
terminadas pelo enfrentamento da pandemia. vale tudo. O essencial, afinal, é o que afirmava Sócra-
40 tes: uma vida que não é examinada não vale a pena
2 ser vivida.
A sentença destacada no início do parágrafo estabelece
com a informação posterior uma relação de: Marta Rebón. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/
brasil/2019/01/15/eps/1547572418_631818.html>.
(A) restrição.
(B) condição.
(C) consequência.
(D) temporalidade.
(E) finalidade.
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3 Texto para as questões 6 a 11.


Considere as seguintes afirmativas sobre os termos em
negrito e sublinhados no texto: “Pouquíssimos estereótipos têm base científica”
1. Na 4ª linha, “que” refere-se a “sentido” na ora- 1  Em 1881, a norte-americana Caroline Kennard,
ção anterior. uma líder do movimento feminista na cidade de Bos-
2. Na 14ª linha, “onde” refere-se a “alma”. ton, enviou uma carta ao cientista britânico Charles
3. Nas 25ª e 26ª linhas, “não é uma tarefa fácil” refere-se Darwin com uma pergunta simples: se era verdade
a “anotar isso com honestidade”. 5 que ele havia escrito que a inferioridade das mulhe-
4. Na 29ª linha, “sua” refere-se a “diálogo”. res era baseada em princípios científicos. No texto,
Assinale a alternativa correta. ela assume que um gênio como Darwin não poderia
(A) Somente a afirmativa 4 é verdadeira. acreditar em algo desse tipo e que seu trabalho cer-
(B) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. tamente foi mal interpretado. Qual não deve ter sido
(C) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. 10 sua surpresa ao receber a resposta.
(D) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.  “Eu certamente acredito que as mulheres, embora
(E) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. geralmente superiores aos homens em questões morais,
são inferiores intelectualmente”, escreveu Darwin. “E,
4 para mim, parece ser improvável, com base nas leis
Com relação aos diários íntimos, a autora: 15 de herança, que elas alcancem o mesmo nível que
(A) defende a ideia de que eles precisam ser reelabora- eles.” Darwin não foi o único, não foi o primeiro e
dos, para se adequarem aos valores de cada época. provavelmente não será o último homem a afirmar
(B) concorda que somente pessoas com dom para escre- tais absurdos. O que espanta, porém, é que ele era um
ver são beneficiadas pelo hábito de anotar vivências cientista.
em um diário. 20  E cientistas não erram, lidam sempre com fatos
(C) vê como sintoma de solidão e de carência afetiva o objetivos, livres de preconceitos, certo? Errado. No li-
costume de redigir diários íntimos. vro Inferior é o Car*lhø (DarkSide Books), lançado em
(D) considera a existência de diários na literatura uma 2019 no Brasil, a jornalista britânica Angela Saini der-
prova de que esse gênero textual pode alcançar qua- ruba esses (e outros) estereótipos, muitos dos quais
lidade universal. 25 reforçados pela ciência.
(E) é favorável a que as pessoas tenham a prática de  “Na história da ciência, temos que ‘caçar’ as mu-
escrever diários íntimos, para que aprendam a lidar lheres: não porque elas não podiam fazer pesquisa,
melhor com suas emoções. mas porque na maior parte do tempo elas nem se-
quer tiveram essa chance”, escreve Saini, lembrando
5 30 diferentes cientistas que não foram reconhecidas por
De acordo com o texto, o autor Cervantes é: seus trabalhos e viram homens receberem prêmios
pelas pesquisas iniciadas por elas. Só para citar alguns
(A) o precursor do hábito literário de escrever diários
exemplos: a bióloga norte-americana Nettie Maria
íntimos.
Stevens, que identificou cromossomos determinantes
(B) autor de uma frase tomada como mote para iniciar
35 de sexo; a física austríaca Lise Meitner, que contribuiu
o texto.
para a descoberta da fissão nuclear; e a bióloga bri-
(C) comparável a Amiel e a Tolstói na qualidade da sua
tânica Rosalind Franklin, envolvida na decodificação
produção diarística.
do DNA. “O preconceito é tão enraizado na cultura da
(D) continuador da filosofia de Sócrates, para quem
ciência que até as mulheres discriminam outras mu-
“uma vida que não é examinada não vale a pena ser
40 lheres”, enfatiza a autora.
vivida”.
 No entanto, Saini é otimista, e defende que a ciên-
(E) responsável pelo enriquecimento intelectual dos dia- cia é um processo e está em constante transformação —
ristas que o sucederam. para melhor. “Tenho certeza de que a ciência tem tudo a
oferecer a mulheres e homens que querem viver em um
45 mundo mais justo”, escreve. “Os fatos vão nos empode-
rar para nos transformarmos em uma sociedade melhor,
que trata todos como iguais. Não só porque isso nos tor-
na civilizados, mas porque, como mostram as evidências,
nos torna humanos.”

Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noti-
cia/2020/03/entrevista-pouquissimos-estereotipos-tem-base-
-cientifica.html> , com adaptações.
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6 8
Com base no texto, considere as seguintes afirmativas: No trecho “No entanto, Saini é otimista, e defende que
1. Inicialmente, a feminista norte-americana Kennard a ciência é um processo e está em constante transforma-
não demonstrou acreditar que Darwin considerasse ção — para melhor”, a expressão sublinhada pode ser
inferiores as mulheres. substituída por:
2. A jornalista britânica citada justifica a pequena evi- (A) Não obstante
dência das mulheres na ciência, com base na falta de (B) Porquanto
oportunidades dadas a elas, e também nas atitudes (C) Conquanto
da comunidade científica de preferir premiar homens, (D) Malgrado
em lugar de mulheres que iniciaram pesquisas e con- (E) Com tudo
tribuíram para relevantes descobertas.
3. Os estereótipos não têm base científica nenhuma. 9
Está/Estão de acordo com o texto a(s) afirmativa(s): Na décima linha do texto, o termo sublinhado “sua” (em
(A) 1 apenas. “Qual não deve ter sido sua surpresa”) refere-se à(s):
(B) 2 apenas. (A) surpresa de Darwin com a carta da feminista Caroli-
(C) 1 e 2 apenas. ne Kennard.
(D) 2 e 3 apenas. (B) feminista norte-americana Caroline Kennard, de
(E) 1, 2 e 3. Boston.
(C) resposta de Darwin para a feminista norte-americana.
7 (D) feministas de Boston, lideradas por Caroline Kennard.
Em relação às ideias presentes no texto, é correto afir- (E) cientistas do século XIX, entre elas a feminista Caroli-
mar que a autora do livro citado: ne Kennard.
(A) demonstra a incapacidade da ciência para evitar ser
o reflexo absoluto dos preconceitos e estereótipos 10
da sociedade. Considere o seguinte trecho:
(B) pensa que a persistência de estereótipos na atuação “Os fatos vão nos empoderar para nos transformarmos
de cientistas não invalida o edifício das descobertas em uma sociedade melhor, que trata todos como iguais.
científicas. Não só porque isso nos torna civilizados, mas porque,
(C) opina que o otimismo só não pode ser maior quan- como mostram as evidências, nos torna humanos.”
to ao fim dos estereótipos na ciência, porque até as A expressão sublinhada faz referência a:
mulheres discriminam outras mulheres. (A) isso.
(D) comprova que as poucas mulheres que tiveram (B) evidências.
chance de realizar pesquisas científicas apenas ini- (C) os fatos.
ciaram os trabalhos que homens mais capazes leva- (D) ciência.
ram adiante. (E) civilizados.
(E) acredita que as pesquisas científicas ainda vão em-
poderar as mulheres e provar sua superioridade. 11
No trecho “O preconceito é tão enraizado na cultura da
ciência que até as mulheres discriminam outras mulhe-
res”, o elemento sublinhado estabelece uma relação de:
(A) comparação.
(B) proporcionalidade.
(C) oposição.
(D) consequência.
(E) causa.
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Texto para as questões 12 e 13. 12


Quanto à estrutura sintática do texto, considere as se-
1  O mercado ilegal de drogas cria inevitavelmente guintes afirmativas:
um incentivo para uma disputa do território. Vender 1. No início do segundo parágrafo, “isso” refere-se a
drogas dá tanto lucro que vale a pena ir para a guer- “guerra para assumir o controle de uma boca”.
ra para assumir o controle de uma boca. Essa disputa 2. O termo que preenche corretamente a lacuna no 2º
5 mata muita gente, o tempo todo — crianças inclusive. parágrafo é “existe”.
E não é só que mata: ela inferniza quem está vivo. Nes- 3. Na terceira linha, em “que vale a pena”, a palavra
se ambiente, crianças têm dificuldade para ir à escola, “que” introduz uma oração que estabelece com o seg-
para brincar, crescem oprimidas e traumatizadas com mento anterior uma relação de consequência.
a violência. Assinale a alternativa correta.
10  Claro que não é em todo bairro que isso aconte- (A) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
ce, embora seja sim em todos os bairros (sem exce- (B) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
ção) que há gente vendendo e usando drogas. Nas re- (C) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
giões ricas, nada disso tem consequências mais sérias. (D) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
Mas, nas periferias, não bastasse a falta de serviços (E) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
15 públicos de qualidade, ______ sempre balas voando.
 Esse apartheid regional é consequência direta da 13
guerra às drogas. No Brasil, a coisa é mais explícita ain- Com base no texto, considere as seguintes afirmativas:
da. Aqui, a polícia usa como critério para diferenciar 1. O texto informa que a Justiça não dispõe de um crité-
usuário de traficante o bairro onde ele foi preso. Se rio claro para diferenciar usuários e traficantes.
20 for nos bairros centrais, mais ricos, é usuário. Se for 2. Predomina no texto o tom informal próprio de uma
na favela é traficante. Isso porque, na falta de critérios revista de divulgação de notícias.
objetivos para distinguir uma coisa da outra, a Justi- 3. Segundo o texto, a presença de traficantes e usuários
ça aceita a argumentação de que traficante é quem é ocorre em todos os bairros, entretanto alguns bairros
pego com droga numa região “dominada pelo tráfico”. sofrem consequências mais graves.
25 E “região dominada pelo tráfico” é sinônimo de bairro Assinale a alternativa correta.
pobre, sem serviços públicos. (A) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
(B) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
BURGIERMAN, Denis Russo. Revista Época, 23/09/2019.
(C) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
(E) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
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14
Considere as seguintes afirmativas sobre a charge a seguir:

Disponível em: <https://www.otempo.com.br/charges/charge-o-tempo-27-10-2020-1.2404464>.

1. A intenção do autor da charge é criticar a falta de criatividade das pessoas ao enviar seus pedidos ao personagem do
Papai Noel.
2. O termo “as cartinhas” exerce função sintática diferente da função do termo “vacina”.
3. A expressão facial do personagem humano reflete uma revolta quanto ao conteúdo das cartinhas.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
(B) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
(C) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
(E) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
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O texto a seguir é referência para a questão 15.

Disponível em: <https://www.umsabadoqualquer.com/>.

15
Considere as seguintes afirmativas sobre a charge acima:
1. A intenção do autor da charge é confirmar a bagagem informativa do personagem principal.
2. A charge explora uma distinção entre quantidade e qualidade da informação adquirida.
3. A fala do personagem principal e seu aspecto visual sugerem extremismo de opinião formada sem reflexão crítica.
4. Ocorre conotação no emprego do vocábulo “bolha”, na falha do personagem secundário.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente a afirmativa 1 é falsa.
(B) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
(C) Somente as afirmativas 2 e 3 são falsas.
(D) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
(E) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
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Câmara dos Deputados
Língua Portuguesa

GABARITO

1 2 3 4 5
C D C E B
6 7 8 9 10
C B A B A
11 12 13 14 15
D D C B A
#VEM
SER
GRAN
ASSINATURA
ILIMITADA
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Língua Portuguesa Letra c.


Márcio Wesley Assunto abordado: compreensão, interpretação de tex-
to, decodificação dos tipos de mensagem.
Texto para as questões 1 e 2. (A) O início do texto permite afirmar que nossas esco-
lhas vão definir o impacto da pandemia sobre a desi-
1  Ao ser questionado sobre o impacto da pande- gualdade. Porém a questão inverteu a relação: a ques-
mia na desigualdade, Harari reafirma que “são as nos- tão afirmou que a pandemia impacta as escolhas que
sas escolhas que vão definir isso”. Mesmo ante uma podem provocar uma crise grave. Além dessa inversão,
crise tão grave, que parece não permitir nada mais do outra diferença: o texto menciona que já estamos “ante
5 que reações, o professor israelense chama a atenção uma crise tão grave”, mas a questão diz que as escolhas
para os muitos caminhos possíveis. O enfrentamen- podem provocar uma crise grave.
to da pandemia não é um circuito fechado de ação e (B) O texto é claro em mostrar que são “muitos cami-
reação, onde seria impossível pensar e propor novas nhos possíveis”, “não é algo predeterminado”, “é uma
soluções. “Também existem oportunidades nesta cri- escolha”, ou seja, segundo Harari, existem sim escolhas
10 se (...) não é algo predeterminado. É uma escolha de imediatas e futuras.
onde investimos nossos recursos. E por isso é tão im- (C) Fica pressuposto (afirmação suportada por relações
portante não só acompanhar as notícias sobre a epi- lógicas do texto) pelo trecho “Também existem oportu-
demia, mas também observar o que está acontecendo nidades nesta crise (...) não é algo predeterminado. É
no nível político”, alerta Harari. A pandemia aumenta uma escolha de onde investimos nossos recursos”.
15 ainda mais a relevância das decisões do Estado e da (D) Não é “acima de tudo”. O texto emprega o conecti-
sociedade. Por isso, é decisivo refletir, com profundi- vo de adição “mas também”, ou seja, trata-se apenas de
dade e seriedade, sobre o atual cenário, sem medo e soma, sem considerar um lado acima do outro.
também sem arrogância. O futuro continua aberto a (E) O texto insiste várias vezes em dizer que existem es-
nossas escolhas. colhas e que não estamos determinados (“não é um cir-
cuito fechado de ação e reação”), e termina afirmando:
Disponível em: <https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas- “O futuro continua aberto às nossas escolhas”.
-e-informacoes,reflexoes-sobre-a-crise,70003277649>.

2
1 A sentença destacada no início do parágrafo estabelece
Sobre o texto, é correto afirmar que, segundo Harari: com a informação posterior uma relação de:
(A) a pandemia impacta as escolhas que podem provo- (A) restrição.
car uma crise grave. (B) condição.
(B) uma crise tão grave deixa as sociedades sem esco- (C) consequência.
lhas imediatas. (D) temporalidade.
(C) as decisões tomadas para enfrentar a pandemia re- (E) finalidade.
velam escolhas de onde investimos nossos recursos.
(D) acima de tudo, importa acompanhar o que está Letra d.
acontecendo no nível político das decisões sobre o Assunto abordado: morfossintaxe, emprego de classes
enfrentamento da pandemia. de palavras, coesão sequencial.
(E) as escolhas políticas e sociais agora passam a ser de- A combinação de “ao” com um verbo no infinitivo “ser”
terminadas pelo enfrentamento da pandemia. (Ao ser questionado...) é uma típica construção com re-
lação temporal. Assim ocorre em construções como: ao
chegar, ao sair, ao falar, ao vender... Trata-se da forma-
ção de oração subordinada adverbial temporal reduzida
de infinitivo.
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Texto para as questões 3 a 5. 3


Considere as seguintes afirmativas sobre os termos em
1  Cervantes dizia que a pena é a língua da mente. negrito e sublinhados no texto:
Por isso, muitos que aspiram a enriquecer seu intelec- 1. Na 4ª linha, “que” refere-se a “sentido” na ora-
to e a encontrar sentido entre a enxurrada de imagens ção anterior.
ou ideias que passa de forma desordenada por nossa 2. Na 14ª linha, “onde” refere-se a “alma”.
5 cabeça adotaram a rotina de escrever um diário ínti- 3. Nas 25ª e 26ª linhas, “não é uma tarefa fácil” refere-se
mo. Em etapas cruciais da vida, quando estamos de a “anotar isso com honestidade”.
luto, enfrentamos uma doença ou encaramos uma 4. Na 29ª linha, “sua” refere-se a “diálogo”.
crise, o diário é uma casa à qual recorrer em busca Assinale a alternativa correta.
de luz, consolo e calor. Sobre o valor de confiar em (A) Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
10 um diário pessoal como o melhor dos amigos ninguém (B) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
falou melhor do que Henri-Frédéric Amiel, filósofo su- (C) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
íço do século XIX, com uma obra diarística de 17.000 (D) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
páginas manuscritas: “O diário íntimo é o museu das (E) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
curas sucessivas da alma, onde se faz a mudança coti-
15 diana, uma condição da saúde”. De certo modo, Amiel, Letra c.
cujo livro de notas inspirou os diários de autores como Assunto abordado: mecanismos de coesão e coesão
Tolstói, antecipou-se às pesquisas que, a partir da dis- referencial.
ciplina da psiconeuroimunologia, concentraram-se na 1. Errada. Correção: refere-se a “enxurrada de imagens
relação que há entre a escritura expressiva e o funcio- ou ideias”. Atenção! O verbo logo a seguir (passa) está
20 namento do sistema imunológico. Escrever os aconte- no singular para concordar com o núcleo da expressão
cimentos e dados relevantes do dia a dia é uma prática anterior (enxurrada).
que ajuda a liberar o estresse, a administrar emoções 2. Errada. Correção: refere-se a museu, que por sua vez
e a esvaziar a mente de pensamentos intrusivos. remete a diário íntimo. O autor citado (Amiel) está expli-
 A chave é abrir a janela para o que ocorre em nos- cando que a “mudança cotidiana, uma condição de saú-
25 so interior e anotar isso com honestidade, o que não de” é feita no diário íntimo. Esse diário íntimo é igualado
é uma tarefa fácil, pois tendemos a mentir mais para a um museu das curas sucessivas da alma.
nós mesmos do que para os outros. O diálogo que se 3. Certa. Não é fácil a tarefa de anotar com honestidade
estabelece com o próprio eu dá frutos quando não é o que ocorre em nosso interior.
uma atividade complacente, ou seja, quando sua fina- 4. Certa. Cuidado! Referência de um pronome é a pala-
30 lidade não é justificar nossos atos ou registrar nossos vra que ele está substituindo (diálogo), e não a palavra
triunfos, e sim examinar nossas experiências únicas, que ele está acompanhando (finalidade). Veja o sentido
sem deixar de lado as dúvidas e os erros que acompa- traduzido: a finalidade do diálogo não é justificar nossos
nham as decisões que tomamos ao longo do caminho. atos... Assim, em vez de repetir “do diálogo”, o texto es-
De qualquer forma, se você não tem dotes de escritor, creve “sua finalidade”, no lugar de escrever “a finalidade
35 não precisa se preocupar: fazer listas, escrever frases do diálogo”.
sem se ater ao rigor gramatical ou rabiscar esquemas
é igualmente benéfico. Há tantas versões de diários
quanto diaristas, pois o diário é um espaço onde
vale tudo. O essencial, afinal, é o que afirmava Sócra-
40 tes: uma vida que não é examinada não vale a pena
ser vivida.

Marta Rebón. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/


brasil/2019/01/15/eps/1547572418_631818.html>.
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4 5
Com relação aos diários íntimos, a autora: De acordo com o texto, o autor Cervantes é:
(A) defende a ideia de que eles precisam ser reelabora- (A) o precursor do hábito literário de escrever diários
dos, para se adequarem aos valores de cada época. íntimos.
(B) concorda que somente pessoas com dom para escre- (B) autor de uma frase tomada como mote para iniciar
ver são beneficiadas pelo hábito de anotar vivências o texto.
em um diário. (C) comparável a Amiel e a Tolstói na qualidade da sua
(C) vê como sintoma de solidão e de carência afetiva o produção diarística.
costume de redigir diários íntimos. (D) continuador da filosofia de Sócrates, para quem
(D) considera a existência de diários na literatura uma “uma vida que não é examinada não vale a pena ser
prova de que esse gênero textual pode alcançar qua- vivida”.
lidade universal. (E) responsável pelo enriquecimento intelectual dos
(E) é favorável a que as pessoas tenham a prática de diaristas que o sucederam.
escrever diários íntimos, para que aprendam a lidar
melhor com suas emoções. Letra b.
Assunto abordado: interpretação do texto – decodifi-
Letra e. cação dos diversos tipos de mensagem, interpretação e
Assunto abordado: interpretação e organização do tex- organização interna.
to, gênero do texto, modos de organização discursiva. Cervantes foi citado inicialmente apenas como autor de
(A) Em nenhum momento, a autora deixou nem mesmo renome universal para dar um mote (frase de efeito para
subentender que seria preciso reelaborar os diários ou inspirar uma reflexão) ao texto com sua frase intimista:
adequá-los aos valores de cada época. Ela escreveu ao “a pena é a língua da mente”. Cervantes não foi citado
final do texto: “o diário é um espaço onde vale tudo”. como precursor do hábito de escrever diários íntimos,
(B) A autora deixou claro que “se você não tem dotes de nem foi depois comparado a Amiel ou Tolstói em qua-
escritor, não precisa se preocupar”. lidade. Também não apareceu como quem continua a
(C) A autora anota que “ajuda a liberar o estresse, a ad- filosofia de Sócrates, nem como responsável pelo enri-
ministrar emoções e a esvaziar a mente de pensamentos quecimento intelectual dos diaristas.
intrusivos”. Porém, nada no texto sugere solidão ou ca-
rência no hábito de redigir diários íntimos.
(D) A autora menciona autores consagrados que adota-
ram a prática de redigir diários íntimos, mas não mostra
juízo de valor sobre a qualidade universal ou não des-
ses textos.
(E) Do início ao fim, o texto mostra benefícios para
quem escreve diários íntimos na compreensão melhor
de emoções, no enfrentamento de situações estressan-
tes etc. Então, pode-se deduzir um ponto de vista favo-
rável da autora quanto aos benefícios dessa prática.
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Texto para as questões 6 a 11. 6


Com base no texto, considere as seguintes afirmativas:
“Pouquíssimos estereótipos têm base científica” 1. Inicialmente, a feminista norte-americana Kennard
1  Em 1881, a norte-americana Caroline Kennard, não demonstrou acreditar que Darwin considerasse
uma líder do movimento feminista na cidade de Bos- inferiores as mulheres.
ton, enviou uma carta ao cientista britânico Charles 2. A jornalista britânica citada justifica a pequena evi-
Darwin com uma pergunta simples: se era verdade dência das mulheres na ciência, com base na falta de
5 que ele havia escrito que a inferioridade das mulhe- oportunidades dadas a elas, e também nas atitudes
res era baseada em princípios científicos. No texto, da comunidade científica de preferir premiar homens,
ela assume que um gênio como Darwin não poderia em lugar de mulheres que iniciaram pesquisas e con-
acreditar em algo desse tipo e que seu trabalho cer- tribuíram para relevantes descobertas.
tamente foi mal interpretado. Qual não deve ter sido 3. Os estereótipos não têm base científica nenhuma.
10 sua surpresa ao receber a resposta. Está/Estão de acordo com o texto a(s) afirmativa(s):
 “Eu certamente acredito que as mulheres, embora (A) 1 apenas.
geralmente superiores aos homens em questões morais, (B) 2 apenas.
são inferiores intelectualmente”, escreveu Darwin. “E, (C) 1 e 2 apenas.
para mim, parece ser improvável, com base nas leis (D) 2 e 3 apenas.
15 de herança, que elas alcancem o mesmo nível que (E) 1, 2 e 3.
eles.” Darwin não foi o único, não foi o primeiro e
provavelmente não será o último homem a afirmar Letra c.
tais absurdos. O que espanta, porém, é que ele era um Assunto abordado: interpretação do texto – decodifi-
cientista. cação dos diversos tipos de mensagem, interpretação e
20  E cientistas não erram, lidam sempre com fatos organização interna.
objetivos, livres de preconceitos, certo? Errado. No li- 1. Certa. O primeiro parágrafo informa que Kennard
vro Inferior é o Car*lhø (DarkSide Books), lançado em perguntou na carta enviada a Darwin se ele havia mes-
2019 no Brasil, a jornalista britânica Angela Saini der- mo escrito que mulheres eram inferiores; na carta, ela
ruba esses (e outros) estereótipos, muitos dos quais alegou acreditar que ele teria sido mal interpretado, ou
25 reforçados pela ciência. seja, ela não acreditava ainda que Darwin considerasse
 “Na história da ciência, temos que ‘caçar’ as mu- mesmo as mulheres como inferiores.
lheres: não porque elas não podiam fazer pesquisa, 2. Certa. Informação contida no 4º parágrafo do texto.
mas porque na maior parte do tempo elas nem se- 3. Errada. No título (Pouquíssimos estereótipos têm
quer tiveram essa chance”, escreve Saini, lembrando base científica), o pronome “pouquíssimos” não signifi-
30 diferentes cientistas que não foram reconhecidas por ca que nenhum estereótipo tem base científica; significa
seus trabalhos e viram homens receberem prêmios que poucos têm base científica. O texto mostra que exis-
pelas pesquisas iniciadas por elas. Só para citar alguns
tem hábitos sociais, aspectos culturais que embasam
exemplos: a bióloga norte-americana Nettie Maria
estereótipos, por um lado; e, por outro lado, existem
Stevens, que identificou cromossomos determinantes
muitos estereótipos reforçados pela ciência.
35 de sexo; a física austríaca Lise Meitner, que contribuiu
para a descoberta da fissão nuclear; e a bióloga bri-
tânica Rosalind Franklin, envolvida na decodificação
do DNA. “O preconceito é tão enraizado na cultura da
ciência que até as mulheres discriminam outras mu-
40 lheres”, enfatiza a autora.
 No entanto, Saini é otimista, e defende que a ciên-
cia é um processo e está em constante transformação —
para melhor. “Tenho certeza de que a ciência tem tudo a
oferecer a mulheres e homens que querem viver em um
45 mundo mais justo”, escreve. “Os fatos vão nos empode-
rar para nos transformarmos em uma sociedade melhor,
que trata todos como iguais. Não só porque isso nos tor-
na civilizados, mas porque, como mostram as evidências,
nos torna humanos.”

Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noti-
cia/2020/03/entrevista-pouquissimos-estereotipos-tem-base-
-cientifica.html> , com adaptações.
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7 8
Em relação às ideias presentes no texto, é correto afir- No trecho “No entanto, Saini é otimista, e defende que
mar que a autora do livro citado: a ciência é um processo e está em constante transforma-
(A) demonstra a incapacidade da ciência para evitar ser ção — para melhor”, a expressão sublinhada pode ser
o reflexo absoluto dos preconceitos e estereótipos substituída por:
da sociedade. (A) Não obstante
(B) pensa que a persistência de estereótipos na atuação (B) Porquanto
de cientistas não invalida o edifício das descobertas (C) Conquanto
científicas. (D) Malgrado
(C) opina que o otimismo só não pode ser maior quanto (E) Com tudo
ao fim dos estereótipos na ciência, porque até as mu-
lheres discriminam outras mulheres. Letra a.
(D) comprova que as poucas mulheres que tiveram Assunto abordado: estruturas linguísticas, mecanismos
chance de realizar pesquisas científicas apenas ini- de coesão / coesão sequencial, emprego de classes
ciaram os trabalhos que homens mais capazes leva- de palavras.
ram adiante. A locução “no entanto” faz parte do grupo de conjun-
(E) acredita que as pesquisas científicas ainda vão em- ções e locuções adversativas, como também: mas, po-
poderar as mulheres e provar sua superioridade. rém, contudo (escrito junto), entretanto, no entanto,
todavia, não obstante. A conjunção “porquanto” indica
Letra b. causa/explicação. As conjunções “conquanto” e “mal-
Assunto abordado: interpretação do texto – decodifica- grado” indicam concessão. Na opção “e”, escreveu-se
ção dos diversos tipos de mensagem, interpretação e or- separadamente “com tudo” (não indica adversidade).
ganização interna, organização das frases nas situações Atenção! A locução “não obstante” atua como adversa-
comunicativas. tiva e também como concessiva.
(A) O texto é informativo sobre um livro da jornalista cita-
da. O texto em si não pretende demonstrar tese. O livro 9
citado é que pretende isso. Por outro lado, não se trata Na décima linha do texto, o termo sublinhado “sua” (em
de a ciência ser o reflexo absoluto dos preconceitos; o “Qual não deve ter sido sua surpresa”) refere-se à(s):
título afirma que “pouquíssimos estereótipos têm base (A) surpresa de Darwin com a carta da feminista Caroline
científica”, mas não exclui absolutamente essa base. Kennard.
(B) Apesar dos estereótipos que a jornalista aponta na (B) feminista norte-americana Caroline Kennard, de
atuação de cientistas, ela se mostra otimista: “Tenho Boston.
certeza de que a ciência tem tudo a oferecer a mulheres (C) resposta de Darwin para a feminista norte-americana.
e homens que querem viver em um mundo mais justo”. (D) feministas de Boston, lideradas por Caroline Kennard.
(C) Segundo os dois últimos parágrafos, entendemos (E) cientistas do século XIX, entre elas a feminista Caroli-
que o enraizamento do preconceito é tão forte que se ne Kennard.
reflete em discriminação até de uma mulher com outras,
mas a jornalista é otimista quanto ao processo de trans- Letra b.
formação que a própria ciência pode proporcionar para Assunto abordado: mecanismos de coesão textual e co-
construir uma sociedade melhor para todos. Ou seja, o esão referencial.
otimismo não é diminuído. Pronomes substituem palavras ou expressões. O prono-
(D) O texto mostra que as mulheres que tiveram iniciati- me possessivo substitui o dono (possuidor) e acompa-
vas em pesquisas com resultados premiados não foram nha a coisa (possuído) escrita na sequência. A coisa pos-
lembradas na premiação, mas somente os homens. Não suída está escrita em seguida: surpresa. Ao perguntar de
quer dizer que os homens eram mais capazes. quem é a dona do sentimento de surpresa, respondere-
(E) Não se trata de provar superioridade feminina. Trata- mos que é a feminista norte-americana que havia envia-
-se de transformar a sociedade em um mundo mais justo do carta a Darwin. Então, podemos escrever “Qual não
que trate todos como iguais (último parágrafo). deve ter sido a surpresa da feminista norte-americana
Caroline Kennard”. Agora temos a clareza de que o pro-
nome possessivo “sua” está substituindo “da feminista
norte-americana Caroline Kennard”.
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10 Letra d.
Considere o seguinte trecho: Assunto abordado: mecanismos de coesão e coesão
“Os fatos vão nos empoderar para nos transformarmos sequencial.
em uma sociedade melhor, que trata todos como iguais. A sequência conectada com “tão... que...” forma tipica-
Não só porque isso nos torna civilizados, mas porque, mente articulação entre causa (tão enraizado na cultura
como mostram as evidências, nos torna humanos.” da ciência) e consequência (que até as mulheres discri-
A expressão sublinhada faz referência a: minam outras mulheres). Assim, a conjunção “que” in-
(A) isso. troduziu o trecho que carrega a consequência (segundo
(B) evidências. acontecimento). Cuidado para não confundir com causa
(C) os fatos. (primeiro acontecimento): primeiro o preconceito é tão
(D) ciência. enraizado; depois é que ocorre a consequência de até
(E) civilizados. mulheres discriminarem outras mulheres.

Letra a. Texto para as questões 12 e 13.


Assunto abordado: mecanismos de coesão e coesão
referencial. 1  O mercado ilegal de drogas cria inevitavelmente
A expressão sublinhada é um verbo. A referência de um um incentivo para uma disputa do território. Vender
verbo é seu sujeito. O sujeito pode estar escrito na mesma drogas dá tanto lucro que vale a pena ir para a guer-
oração que um verbo, ou pode ficar subentendido nessa ra para assumir o controle de uma boca. Essa disputa
oração e nos levar a encontrar a referência escrita em outra 5 mata muita gente, o tempo todo — crianças inclusive.
oração. Na oração “porque nos torna humanos”, não está E não é só que mata: ela inferniza quem está vivo. Nes-
escrito o sujeito, mas podemos encontrar a referência es- se ambiente, crianças têm dificuldade para ir à escola,
crita na oração “porque isso nos torna civilizados”. O para- para brincar, crescem oprimidas e traumatizadas com
lelismo sintático (igualdade de estrutura: porque isso nos a violência.
torna civilizados... / porque nos torna humanos) permite 10  Claro que não é em todo bairro que isso aconte-
perceber o sujeito “isso” expresso na primeira oração do ce, embora seja sim em todos os bairros (sem exce-
paralelismo como sujeito também do verbo da segunda ção) que há gente vendendo e usando drogas. Nas re-
oração em paralelo. Além disso, os termos “evidências”, “os giões ricas, nada disso tem consequências mais sérias.
fatos” e “civilizados” aparecem no plural, enquanto o verbo Mas, nas periferias, não bastasse a falta de serviços
sublinhado (torna) encontra-se em 3ª pessoa singular. 15 públicos de qualidade, ______ sempre balas voando.
 Esse apartheid regional é consequência direta da
11 guerra às drogas. No Brasil, a coisa é mais explícita ain-
No trecho “O preconceito é tão enraizado na cultura da da. Aqui, a polícia usa como critério para diferenciar
ciência que até as mulheres discriminam outras mulhe- usuário de traficante o bairro onde ele foi preso. Se
res”, o elemento sublinhado estabelece uma relação de: 20 for nos bairros centrais, mais ricos, é usuário. Se for
(A) comparação. na favela é traficante. Isso porque, na falta de critérios
(B) proporcionalidade. objetivos para distinguir uma coisa da outra, a Justi-
(C) oposição. ça aceita a argumentação de que traficante é quem é
(D) consequência. pego com droga numa região “dominada pelo tráfico”.
(E) causa. 25 E “região dominada pelo tráfico” é sinônimo de bairro
pobre, sem serviços públicos.

BURGIERMAN, Denis Russo. Revista Época, 23/09/2019.


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12 13
Quanto à estrutura sintática do texto, considere as se- Com base no texto, considere as seguintes afirmativas:
guintes afirmativas: 1. O texto informa que a Justiça não dispõe de um crité-
1. No início do segundo parágrafo, “isso” refere-se a rio claro para diferenciar usuários e traficantes.
“guerra para assumir o controle de uma boca”. 2. Predomina no texto o tom informal próprio de uma
2. O termo que preenche corretamente a lacuna no 2º revista de divulgação de notícias.
parágrafo é “existe”. 3. Segundo o texto, a presença de traficantes e usuários
3. Na terceira linha, em “que vale a pena”, a palavra ocorre em todos os bairros, entretanto alguns bairros
“que” introduz uma oração que estabelece com o seg- sofrem consequências mais graves.
mento anterior uma relação de consequência. Assinale a alternativa correta.
Assinale a alternativa correta. (A) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
(A) Somente a afirmativa 2 é verdadeira. (B) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
(B) Somente a afirmativa 3 é verdadeira. (C) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
(C) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. (D) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. (E) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
(E) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
Letra c.
Letra d. Assunto abordado: interpretação e organização interna
Assunto abordado: mecanismos de coesão e coesão / variação linguística.
sequencial. 1. Verdadeira. O terceiro parágrafo afirma que “na falta
1. Verdadeira. O pronome “isso” retomou em conjunto de critérios objetivos para distinguir” usuário de trafi-
as informações do parágrafo anterior. Nesse parágrafo, a cante, a Justiça aceita a argumentação de que trafican-
ideia central é o problema da disputa de território pelo te é quem é pego com droga numa região “dominada
controle do mercado ilegal de drogas. Esse primeiro pa- pelo tráfico”.
rágrafo informa que a disputa mata muita gente, inclu- 2. Falsa. Existe tom informal no texto, mas não predo-
sive crianças, incomoda os vivos e traz dificuldades para mina. Ocorrem isoladamente algumas expressões infor-
crianças em sua rotina. mais: uma boca (no sentido figurado de ponto de tráfi-
2. Falsa. A lacuna do segundo parágrafo é seguida de co), gente, coisa.
um termo no plural. Ao empregar ali o verbo “existir”, 3. Verdadeira. O segundo parágrafo traz essa informa-
este deve concordar com o termo plural (seu sujeito: ba- ção: em todos os bairros há gente vendendo e usando
las): existem. drogas, e as regiões ricas têm consequências menos sé-
3. Verdadeira. O segmento anterior é “Vender drogas rias do que as regiões pobres, sem serviços públicos.
dá tanto lucro”. O advérbio de intensidade “tão” ali pre-
sente vai se combinar com a conjunção “que”, e esta
conjunção vai introduzir oração subordinada adverbial
consecutiva (consequência): “que vale a pena ir para a
guerra para... Então é verdade que a palavra “que” intro-
duziu oração com ideia de consequência para a oração
anterior. O segmento “Vender drogas dá tanto lucro”
expressa a causa de valer a pena ir para a guerra pelo
controle de uma boca.
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14
Considere as seguintes afirmativas sobre a charge a seguir:

Disponível em: <https://www.otempo.com.br/charges/charge-o-tempo-27-10-2020-1.2404464>.

1. A intenção do autor da charge é criticar a falta de criatividade das pessoas ao enviar seus pedidos ao personagem do
Papai Noel.
2. O termo “as cartinhas” exerce função sintática diferente da função do termo “vacina”.
3. A expressão facial do personagem humano reflete uma revolta quanto ao conteúdo das cartinhas.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
(B) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
(C) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
(E) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

Letra b.
Assunto abordado: gênero do texto, interpretação e organização interna, sentido e emprego dos vocábulos.
1. Falsa. Uma charge é produzida dentro de um contexto histórico momentâneo. Difere do cartum, que aborda situação
válida em um intervalo temporal mais amplo. Sendo assim, a charge em questão leva em conta o momento vivido de
expectativa generalizada por uma vacina eficiente contra o novo coronavírus. Então, não se trata de falta de criatividade,
mas sim de anseio comum da população mundial.
2. Verdadeira. O termo “as cartinhas” exerce função sintática de sujeito da locução verbal “começaram a chegar”. Nessa
locução, o verbo principal “chegar” ficou intransitivo, sem complemento. Já o termo “vacina” exerceu função sintática
de objeto direto da forma verbal “pedindo”; o sujeito de “pedindo” é “todas”.
3. Falsa. A expressão facial do personagem humano, combinada com sua fala, não reflete revolta, mas sim tédio em
face da repetição cansativa de conteúdos idênticos nas cartinhas.
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O texto a seguir é referência para a questão 15.

Disponível em: <https://www.umsabadoqualquer.com/>.

15
Considere as seguintes afirmativas sobre a charge acima:
1. A intenção do autor da charge é confirmar a bagagem informativa do personagem principal.
2. A charge explora uma distinção entre quantidade e qualidade da informação adquirida.
3. A fala do personagem principal e seu aspecto visual sugerem extremismo de opinião formada sem reflexão crítica.
4. Ocorre conotação no emprego do vocábulo “bolha”, na falha do personagem secundário.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente a afirmativa 1 é falsa.
(B) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
(C) Somente as afirmativas 2 e 3 são falsas.
(D) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
(E) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

Letra a.
Assunto abordado: interpretação e organização interna / gênero do texto / modos de organização discursiva.
1. Falsa. O autor não confirma a bagagem informativa. O personagem principal é representado ao lado de informações
não percebidas por ele como falsas. O autor da charge mostra ponto de vista crítico sobre essas informações.
2. Verdadeira. Ficou clara a distinção entre a quantidade de informação e a falta de qualidade quanto a poder confiar
nesses dados.
3. Verdadeira. O personagem principal demonstra, em sua fala, estar iludido por uma falácia conhecida como “apelo
à maioria”. Por essa falácia, uma verdade se forma quando é aceita pela maioria, embora não seja demonstrada racio-
nalmente, não seja fundamentada em provas documentais. Isso demostra a falta de reflexão crítica do personagem
principal. Sua feição raivosa sugere o extremismo de opinião de quem não aceita diálogo ou ponderação.
4. Verdadeira. A palavra “bolha” foi claramente empregada em sentido figurado (conotação).

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