POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Prova Escrita Objetiva

INVESTIGADOR DE POLÍCIA

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a F rova
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B, C, D, E) e somente uma delas está correta
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GV
ba de p
ção de questões ou falhas. Caso contrário, notifi-
que imediatamente o fiscal da sala, para que sejam
Além deste caderno de provas, contendo oitenta
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questões objetivas, você receberá do fiscal de sala:
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ela to
uma folha de respostas das questões objetivas
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e leia atentamente as instruções para preencher a
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fiscal deve ser obrigatoriamente informado para o

prova objetiva devido registro na ata da sala
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da sala, sem levar o caderno de provas é de sua responsabilidade e não será permitida a
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lic

prova é possível retirar-se da sala levando o Reserve tempo suficiente para o preenchimento de
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caderno de provas suas respostas. Para fins de avaliação, serão levadas em

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consideração apenas as marcações realizadas na folha

Ba

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didatos durante a aplicação da prova Boa sorte!
Levantar da cadeira sem autorização do
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Usar o sanitário ao término da prova, após
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Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
CONHECIMENTOS GERAIS
LÍNGUA PORTUGUESA
GILBER BOTELHO
TEXTO I
O Liberalismo e a Pobreza
1
“Esperemos que os socialistas, que no passado
adoraram o Deus da História, aprendam suas lições.
Dar-se-ão conta, afinal, que não apenas a economia de
comando fracassou, mas também que o Estado social
5 democrático assistencialista é um Deus que falhou.”


Deepak Lal


Os liberais insistem em separar duas questões

As esquerdas brasileiras (ou será que só restam
canhotos?), mesmo após a derrota mundial do socia-
lismo, que elas consideram apenas um sucesso mal
explicado, se atribuem duas superioridades: maior
10 decência ética e maior ternura pelos pobres. Na re-
alidade, sucumbem a interesses do corporativismo
burocrático, em detrimento das massas, e reduzem a
velocidade do crescimento econômico. E este é o úni-
co remédio efetivo para a pobreza.
15
Um esplêndido livro recente “The political eco-
nomy of poverty, equity and growth” (Clarendon
Oxford Press, 1996), de autoria de dois economistas
asiáticos um indiano, Deepak Lal, e outro birmanês,
H. Myint, ambos testemunhas da ineficácia do so-
20 cialismo dirigista em seus respectivos países, des-
mistifica ilusões sobre o socialismo e sobre seu filho
dileto, o “welfare state”. É uma análise filosófica, po-
lítica e econômica dos sucessos e insucessos da luta
contra a pobreza em 21 países (inclusive o Brasil),
25 entre 1950 e 1985.

As conclusões são interessantes: o crescimento
rápido sempre alivia a pobreza, independentemente
dos esforços da burocracia assistencialista; não há um
efeito claro e certo do crescimento sobre a disparida-
30 de nos níveis de renda, podendo esta aumentar ou
diminuir durante o processo de rápido crescimento.
Mas a experiência dos tigres asiáticos desmente o fa-
talismo da chamada “Lei de Kuznets”, segundo a qual
a distribuição de renda pioraria inicialmente no desen-
35 volvimento capitalista, para só melhorar depois.

O instrumento mais eficaz para a correção da
pobreza absoluta não é o Estado Interventor, fanta-
siado de engenheiro social benevolente, e sim o Es-
tado Liberal (ou seja, o Estado Jardineiro). Este libera
40 as energias produtivas do mercado, tributa pouco e
procura assistir os pobres e desvalidos por benefícios
específicos para eles direcionados, preferencialmente
3º Simulado – Investigador de Polícia
através de entidades privadas, e não por esquemas
globais de seguridade social, administrados por polí-
45 ticos e burocratas.

A pobreza pode assumir vários aspectos: a po-
breza “estrutural”, ou de massa, que até a revolução
industrial parecia uma fatalidade humana; a pobreza
“conjuntural”, que tradicionalmente advinha de de-
50 sastres climáticos ou de guerras e conflitos políticos,
mas que, na civilização moderna, provém também
de ciclos econômicos que provocam desemprego e
recessão; e o “desvalimento”, ou seja, a situação dos
que não têm capacidade de trabalho por deficiências
55 físicas ou mentais. No tocante à questão global da po-
breza, há um conflito histórico entre duas visões do
mundo que se apresentam em várias formas e graus:
o liberalismo e o dirigismo.
60 que são habitualmente confundidas no debate corren-
te: a cura da pobreza e o igualitarismo. A extinção da
pobreza absoluta é realizável e deve ser um objetivo
social. O igualitarismo é utópico, e todas as tentativas
de alcançá-lo geraram ineficiência ou despotismo.

(...)
Cleo Velleda - 8.fev.99/Folhapress. O economista e diplomata
Roberto Campos (1917-2001) durante debate na Folha em 1999
(com adaptações).
1
O texto O Liberalismo e a Pobreza, em termos de pre-
dominância quase absoluta, deve ser classificado como:
(A) descritivo.
(B) narrativo.
(C) dissertativo-expositivo.
(D) dissertativo-argumentativo.
(E) injuntivo.
2
No que se tange às figuras de linguagem, é correto dizer
que o trecho “E este é o único remédio efetivo para a
pobreza.” (l. 13-14) apresenta:
(A) metáfora.
(B) metonímia.
(C) silepse.
(D) anacoluto.
(E) antítese.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
3 7
Assinale a opção em que o termo sublinhado Não é
classificado como complemento nominal, não atuando
como paciente do termo anterior.
(A) “mesmo após a derrota mundial do socialis-
mo” (l. 7-8)
(B) “independentemente dos esforços da burocracia as-
sistencialista” (l. 27-28).
(C) “a distribuição de renda pioraria inicialmente no de-
senvolvimento capitalista” (l. 34-35).
(D) “O instrumento mais eficaz para a correção da po-
breza absoluta não é o Estado Interventor” (l. 36-37).
(E) “A extinção da pobreza absoluta é realizável e deve
ser um objetivo social.” (l. 61-63).
4 destacado NÃO é impessoal em:
Assinale a alternativa em que o termo indicado NÃO te-
nha valor adjetivo.
(A) “O instrumento mais eficaz para a correção da po-
breza absoluta não é o Estado Interventor” (l. 36-37).
(B) “Mas a experiência dos tigres asiáticos desmente o
fatalismo da chamada “Lei de Kuznets”” (l. 32-33).
(C) “Os liberais insistem em separar duas questões que
são habitualmente confundidas no debate corrente”
(l. 59-61).
(D) “O crescimento rápido sempre alivia a pobreza”
(l. 26-27).
(E) “A pobreza pode assumir vários aspectos” (l. 46).
5 fracassou, mas também que o Estado social democrático
Em “No tocante à questão global da pobreza, há um
conflito histórico entre duas visões do mundo que se
apresentam em várias formas e graus: o liberalismo e o
dirigismo.” (l. 55-58), a vírgula se justifica:
(A) pela elipse de um verbo.
(B) por separar sujeito e predicado.
(C) pelo deslocamento do adjunto adverbial.
(D) pela elipse de um pronome.
(E) para separar o aposto.
6 nativa final – pronome relativo.
“O igualitarismo é utópico, e todas as tentativas de al-
cançá-lo geraram ineficiência ou despotismo.” (l. 63-64)
No trecho anterior, empregou-se corretamente a vírgula
antes da conjunção E. Assinale a alternativa em que a
vírgula antes do E tenha sido usada pelo mesmo moti-
vo anterior.
(A) Eles se esforçaram muito, e não foram re-
compensados.
(B) Carlos foi ao mercado e comprou camisa, e calça, e
meia, e casaco.
(C) C Os malotes já foram armazenados com os envelo-
pes, e as caixas seguirão amanhã.
(D) Os irmãos se reuniram para a festa, e dividiram
as despesas.
(E) Digo, e repito!
3º Simulado – Investigador de Polícia
“Mas a experiência dos tigres asiáticos desmente o fa-
talismo da chamada "Lei de Kuznets", segundo a qual a
distribuição de renda pioraria inicialmente no desenvol-
vimento capitalista.” (l. 32-35). A palavra destacada no
trecho anterior expressa ideia de
(A) exclusão.
(B) finalidade.
(C) comparação.
(D) conformidade.
(E) ordem.
8
No trecho “Não há um efeito claro e certo do crescimen-
to” (l. 28-29), o verbo destacado é impessoal. O verbo
(A) Fazia dias que aguardava a sua transferência para o
setor de finanças.
(B) Espero que não haja empecilhos à minha promoção.
(C) Fez muito frio no dia da inauguração da nova filial.
(D) Já passava das quatro horas quando ela chegou.
(E) Embora houvesse acertado a hora, ele che-
gou atrasado.
9
“Esperemos que os socialistas, que no passado adora-
ram o Deus da História, aprendam suas lições. Dar-se-ão
conta, afinal, que não apenas a economia de comando
assistencialista é um Deus que falhou.” (l. 1-5). Os casos
grifados anteriormente da ocorrência da palavra QUE
classificam-se, respectivamente, como:
(A) conjunção integrante – pronome relativo – prono-
me relativo.
(B) pronome relativo – conjunção integrante – conjun-
ção integrante.
(C) pronome relativo – pronome relativo – conjunção
integrante.
(D) conjunção subordinativa final – conjunção subordi-
(E) conjunção integrante – conjunção integrante – pro-
nome relativo.
10
Em “A pobreza pode assumir vários aspectos” (l. 46)
há somente uma oração, pois “pode assumir” é uma
locução verbal. A frase a seguir em que há somente
uma oração é:
(A) A tripulação mandou desembarcar a mercadoria.
(B) A cadela sentiu estremecer a nave.
(C) A cadelinha quis sair da nave espacial.
(D) Os cientistas deixaram morrer o animal.
(E) A cadelinha via chegar a ração.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
11 1
“Este libera as energias produtivas do mercado, tributa
pouco e procura assistir os pobres” (l. 39-41). Nesse seg-
mento do texto I, emprega-se corretamente a regência
do verbo “assistir”, que muda de sentido conforme seja 5
São várias as razões por que é fútil pretender-se,
transitivo direto ou transitivo indireto.
O verbo a seguir em que NÃO ocorre a mesma possibili-
dade de dupla regência e duplo sentido é:
(A) Aspirar.
(B) Visar. 10
(C) Carecer.
(D) Chamar.
(E) Precisar.
12 15
Em “O igualitarismo é utópico, e todas as tentativas de
alcançá-lo geraram ineficiência ou despotismo.” (l. 63-
64), a forma verbal alcançá-lo mostra um pronome en-
clítico em forma correta. Assinale a forma verbal a se-
guir, do presente de indicativo do verbo aproveitar, que
20
traz um pronome enclítico em forma incorreta.
(A) Alcanço-o.
(B) Alcança-lo.
(C) Alcança-o.
(D) Alcançamo-no.
25
(E) Alcançam-no.
13 ainda mais rudimentar: a cura da inflação é prefácio e
“Na realidade, sucumbem a interesses do corporativis-
mo burocrático, em detrimento das massas, e reduzem a
velocidade do crescimento econômico.” (l. 10-13) 30
A respeito do período anterior, analise as afirmati-
vas a seguir:
I – Há seis preposições.
II – Há cinco artigos. 35
III – Há dois adjetivos.
Assinale:
(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(C) se nenhuma afirmativa estiver correta. 40
(D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
14 chamados “intitulamentos políticos”.
“É uma análise filosófica, política e econômica dos su- 45
cessos e insucessos da luta contra a pobreza em 21 paí-
ses (inclusive o Brasil), entre 1950 e 1985.” (l. 22-25). A
regra que justifica o emprego da primeira vírgula nesse
segmento é:
(A) indicar o vocativo. 50
(B) destacar o aposto.
(C) separar elementos de uma enumeração.
(D) marcar o deslocamento de um termo.
(E) distinguir uma restrição de uma explicação.
3º Simulado – Investigador de Polícia

Os liberais certamente lutarão pelo alívio da po-
breza; mas rejeitam o igualitarismo socialista. Em ou-
tras palavras, consideram a “equidade” desejável e a
“igualdade” impossível.
através do intervencionismo governamental, alcançar
uma distribuição igualitária das rendas: 1) Deus não é
socialista e distribuiu com profunda injustiça os dotes
de inteligência, criatividade e diligência; 2) inexistindo
normas objetivas de justiça, ou justiciadores sábios e
benevolentes, torna-se perigoso tentar corrigir as in-
justiças divinas pela “justiça social” ditada pelo ideó-
logo, burocrata ou político de plantão; 3) fazer justiça
social pela abolição da propriedade (solução comunis-
ta) ou pela tributação distributivista (solução socialis-
ta) redunda em tirania política e expurgos em massa,
ou então, em perda de eficiência econômica (a super-
tributação desincentiva a criatividade e o esforço).

Donde ser melhor, como propõem os liberais,
que o Estado seja mais modesto: deve buscar a extin-
ção da pobreza absoluta sem tentar implantar o iguali-
tarismo. Por isso os liberais não falam em “seguridade
social universal” e não simpatizam com a “previdência
pública compulsória”. Preferem falar em “redes de se-
gurança para os desvalidos” ou em “garantia de renda
mínima” para os realmente pobres. No Brasil, a coisa é
precondição da cura da pobreza.

Uma das deformações dos sistemas assistenciais
desenvolvidos nas sociais democracias é aquilo que
George Stigler chama de “privilégios dos diretores”,
isto é, a captura de benefícios pela classe média. Esta,
nas sociedades industrializadas, é politicamente muito
mais numerosa que os ricos e muito mais articulada
que os pobres.

Cria-se assim o “Transfer State”, isto é, o Estado
Transferidor, de que o nosso INSS é modelo exem-
plar. O “Transfer State” morde os ricos pela tributa-
ção e pune os pobres com aposentadorias ridículas,
desviando recursos para o bem-estar da classe média
– professores, jornalistas, magistrados, militares, con-
gressistas e burocratas, que gozam de aposentadorias
precoces, desproporcionais às contribuições. São os

A única maneira de se evitar que o poder polí-
tico da classe média puna a produtividade dos mais
eficientes e explore a passividade dos pobres é substi-
tuir o sistema de previdência pública compulsória pela
capitalização individual. É o sistema de cadernetas de
poupança previdenciária, onde cada cidadão deposi-
taria sua contribuição, sabendo que os benefícios fu-
turos disso dependem. É o sistema chileno, no qual
a contribuição compulsória, anteriormente paga ao
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
governo, é aplicada em fundos de pensão privada, não
55 havendo assim transferências imerecidas de renda.

O governo não intervém para redistribuir rendas,
limitando-se a fiscalizar o sistema e a complementar
a renda daqueles que, ao fim de sua vida laboral, não
recebam um mínimo vital para sua sobrevivência. O
60 curioso é que o tão vilipendiado general Pinochet, sem
alardear superioridade ética ou sensibilidade social,
intuiu duas coisas fundamentais para a diminuição da
pobreza – o crescimento sustentado e a correção dos
abusos do “Transfer State”.
65
Lal e Myint demonstram a precariedade das ten-
tativas de distributivismo social em países de baixa
taxa de crescimento. Durante algum tempo, Costa
Rica, Sri Lanka e Uruguai foram exibidos como exem-
plos de países bem-sucedidos nessa conciliação. Isso
70 durou pouco porque esses países entraram em crises
fiscais, ou estagnação econômica, tendo o Uruguai
tido que rever seu pesado Estado Providência a fim de
absorver ideias do modelo chileno.

A cura da pobreza não depende da decadência
75 do político, da boa vontade do burocrata ou da pie-
dade do clérigo. Depende do crescimento econômico.
E as molas clássicas do crescimento continuam sendo
a poupança, a produtividade e o espírito empresarial.
Priorizar a realidade humilde, em vez de entronizar a
80 utopia fugaz, é a grande virtude do liberalismo.
Idem, ibidem (com adaptações)
15
“A única maneira de se evitar que o poder político da
classe média puna a produtividade dos mais eficientes
e explore a passividade dos pobres é substituir o sistema
de previdência pública compulsória pela capitalização
individual.” (l. 45-49).
A oração grifada no trecho anterior classifica-se como:
(A) subordinada substantiva subjetiva.
(B) subordinada substantiva predicativa.
(C) subordinada adjetiva restritiva.
(D) subordinada substantiva objetiva direta.
(E) subordinada adjetiva explicativa.
16
“Isso durou pouco porque esses países entraram em cri-
ses fiscais, ou estagnação econômica, tendo o Uruguai
tido que rever seu pesado Estado Providência a fim de
absorver ideias do modelo chileno.” (l. 69-73)
Assinale a alternativa que poderia substituir o termo gri-
fado no trecho anterior, sem alteração de sentido.
(A) porquanto
(B) portanto
(C) contanto
(D) conquanto
(E) por isso
3º Simulado – Investigador de Polícia
17
O termo “desejável” (l. 3) exerce a função de:
(A) predicativo do sujeito.
(B) adjunto adnominal.
(C) adjunto adverbial.
(D) predicativo do objeto.
(E) aposto.
18
Considerando-se os vocábulos a seguir, assinale a opção
em que as três palavras recebem acento gráfico obriga-
toriamente.
(A) paises / ate / media.
(B) por / ama-la / chapéu.
(C) numero / vangloria / perpetua.
(D) historia / magoa / publica.
(E) intervem / heroi / sabios.
19
“...Uma das deformações dos sistemas assistenciais de-
senvolvidos nas sociais democracias é aquilo que George
Stigler chama de ‘privilégios dos diretores’, isto é, a cap-
tura de benefícios pela classe média.” (l. 29-32).
Nesse segmento, a expressão “isto é” tem a função de:
(A) acrescentar uma informação que confirma algo dito
anteriormente.
(B) apresentar uma informação que contrasta com ou-
tra anterior.
(C) corrigir uma informação já passada.
(D) explicar uma informação anteriormente dada.
(E) expressar uma oposição parcial a uma informação
dada antes.
20
“Isso durou pouco porque esses países entraram em cri-
ses fiscais, ou estagnação econômica, tendo o Uruguai
tido que rever seu pesado Estado Providência a fim de
absorver ideias do modelo chileno.” (l. 69-73). Nessa fra-
se do texto, a forma desenvolvida adequada da oração
reduzida é
(A) para que se absorvessem ideias do modelo chileno.
(B) a fim de absorvermos ideias do modelo chileno.
(C) a fim de que ideias do modelo chileno seja absorvido.
(D) para que se absorva ideias do modelo chileno.
(E) a fim de que se absorvam ideias do modelo chileno.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro 3º Simulado – Investigador de Polícia

21 25
“inexistindo normas objetivas de justiça, ou justiciadores O trecho “Os liberais certamente lutarão pelo alívio da
sábios e benevolentes, torna-se perigoso tentar corrigir pobreza; mas rejeitam o igualitarismo socialista.” (l. 1-2)
as injustiças divinas pela “justiça social” ditada pelo ide- NÃO pode ser reescrito, sem prejuízo sintático e sem al-
ólogo, burocrata ou político de plantão” (l. 9-13) teração semântica, da seguinte forma:
Assinale a alternativa em que o SE desempenhe o mes- (A) Os liberais certamente lutarão pelo alívio da pobre-
mo papel que o grifado no período anterior. za, mas rejeitam o igualitarismo socialista.
(A) Eles se sentaram à beira do lago. (B) Os liberais, certamente, lutarão pelo alívio da pobre-
(B) Ele se cortou fazendo a barba. za. Porém, rejeitam o igualitarismo socialista.
(C) O pai e o filho confrontaram-se até que rompe- (C) Os liberais certamente lutarão pelo alívio da pobre-
ram relações. za; rejeitam, porém, o igualitarismo socialista.
(D) Precisa-se da ajuda do povo para conter o (D) Os liberais certamente lutarão pelo alívio da pobre-
desmatamento. za. Mas, rejeitam o igualitarismo socialista.
(E) Ela se queixou com o chefe. (E) Os liberais certamente lutarão pelo alívio da pobre-
za. Todavia rejeitam o igualitarismo socialista.
22
Em “Preferem falar em ‘redes de segurança para os 26
desvalidos’ ou em ‘garantia de renda mínima’ para
As opções a seguir apresentam cinco frases, retiradas
os realmente pobres.” (l. 24-26), o sujeito da oração
da Nova gramática do português contemporâneo, de
destacada é:
Celso Cunha e Lindley Cintra, que exemplificam certas
(A) oracional.
regras de emprego da vírgula. Indique a frase que serve
(B) indeterminado.
de exemplo para o emprego da vírgula para indicar a su-
(C) oculto.
pressão de uma palavra.
(D) inexistente.
(A) “Abrem-se lírios, e jasmins, e rosas”.
(E) composto.
(B) “A meu pai, com efeito, ninguém fazia falta”.
(C) “Lá fora, a chuvada despenhou-se por fim”.
23
(D) “No céu azul, dois fiapos de nuvens”.
Assinale a alternativa em que a classificação da palavra
(E) “Pois eu caçava, visgava, alçapava”.
se, no trecho “A única maneira de se evitar que o poder
político da classe média puna a produtividade dos mais
eficientes” (l. 45-47), esteja correta.
27
No período “torna-se perigoso tentar corrigir as injusti-
(A) Pronome reflexivo.
ças divinas” (l. 11-12), a oração em negrito é
(B) Partícula apassivadora.
(A) subordinada substantiva objetiva direta.
(C) Índice de indeterminação do sujeito.
(B) subordinada adjetiva restritiva.
(D) Conjunção subordinativa condicional.
(C) subordinada substantiva subjetiva.
(E) Parte integrante do verbo.
(D) subordinada adverbial final.
(E) subordinada substantiva objetiva indireta.
24
De acordo com a norma gramatical, o item em que se
substituiu corretamente o complemento verbal subli-
28
“A única maneira de se evitar que o poder político da
nhado por um pronome é:
classe média puna a produtividade dos mais eficientes e
(A) “Em outras palavras, consideram a “equidade” de-
explore a passividade dos pobres é substituir o sistema
sejável” (l. 2-3) / Em outras palavras, consideram-a
de previdência pública compulsória pela capitalização
desejável.
individual.” (l. 45-49).
(B) “torna-se perigoso tentar corrigir as injustiças divi-
A forma verbal sublinhada pertence ao presente do sub-
nas” (l. 11-12) / torna-se perigoso tentar corrigí-las.
juntivo do verbo “punir”. Assinale a opção que indica a
(C) “Priorizar a realidade humilde” (l. 79) / Priorizar-las.
forma verbal que está incorretamente conjugada nesse
(D) “distribuiu com profunda injustiça os dotes de inteli-
mesmo tempo e pessoa.
gência” (l. 8-9) / distribuiu-a com profunda injustiça.
(A) Requeira (requerer).
(E) “sabendo que os benefícios futuros disso depen-
(B) Intervenha (intervir).
dem. (l. 51-52) / sabendo-o.
(C) Entretenha (entreter.)
(D) Frequente (frequentar).
(E) Antepõe (antepor).
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
29 32
“Uma das deformações dos sistemas assistenciais de-
senvolvidos nas sociais democracias é aquilo que Geor-
ge Stigler chama de “privilégios dos diretores”, isto é, a
captura de benefícios pela classe média.” (l. 29-32)
A expressão em destaque exerce a mesma função sin-
tática do termo destacado em uma das alternativas a
seguir. Indique-a.
(A) Deus não é socialista e distribuiu com profunda injus-
tiça os dotes de inteligência, criatividade e diligência.
(B) Cria-se assim o “Transfer State”, isto é, o Estado
Transferidor, de que o nosso INSS é modelo exemplar.
(C) Os liberais certamente lutarão pelo alívio da pobreza.
(D) A cura da pobreza não depende da decadência
do político.
(E) As esquerdas brasileiras (ou será que só restam ca-
nhotos?), mesmo após a derrota mundial do socia-
lismo, que elas consideram apenas um sucesso mal
explicado, se atribuem duas superioridades.
30 figuração padrão – idioma português do Brasil. Para que
No trecho “Durante algum tempo, Costa Rica, Sri Lanka e
Uruguai foram exibidos como exemplos de países bem-
-sucedidos nessa conciliação. Isso durou pouco porque
esses países entraram em crises fiscais, ou estagnação
econômica, tendo o Uruguai tido que rever seu pesado
Estado Providência a fim de absorver ideias do modelo
chileno.” (l. 67-73), indique como se classifica, morfolo-
gicamente, a palavra em destaque:
(A) Pronome relativo.
(B) Conjunção integrante.
(C) Pronome indefinido.
(D) Conjunção coordenativa.
(E) Preposição acidental.
INFORMÁTICA
JEFERSON BOGO
31
Jeferson Bogo, Policial Civil do Rio de Janeiro, está aces-
sando sua rede social durante o plantão. Ele vê uma pro-
paganda de uma empresa que vende peças de computa-
dor, com descontos atrativos e decide acessar o site pelo
link da rede social, onde informa dados pessoais para re-
ceber mais detalhes. Após alguns momentos, ele recebe
um e-mail – falso – da respectiva rede social que estava
acessando, informando que é necessária uma atualiza-
ção na sua senha. Nesse caso é possível que ele tenha
sido vítima de um golpe chamado:
(A) Pharming.
(B) DDOS.
(C) DOS.
(D) Phishing.
(E) Worm.
3º Simulado – Investigador de Polícia
Um Policial Civil do Rio de Janeiro é responsável por ela-
borar as escalas de serviço do efetivo da sua delegacia.
Ele utilizava o editor de textos Word, componente do
pacote Office, versão 2019. Porém, o governo decidiu
migrar para o software livre, instalando o pacote Libre-
office 7, configuração padrão – idioma português Brasil.
Nesse caso ele terá que se acostumar com alguns ata-
lhos que possuem funções distintas nos dois programas.
Assinale a seguir um atalho que possui função distinta
em cada programa:
(A) CTRL+E
(B) CTRL+J
(C) CTRL+C
(D) CTRL+N
(E) CTRL+V
33
Jeferson Bogo, Policial Civil do Rio de Janeiro, está edi-
tando uma ocorrência usando o editor Word 2019, con-
ele consiga alternar um parágrafo, com um período, que
foi escrito todo em letras maiúsculas, para que apenas
a primeira letra fique maiúscula, indique qual ícone ele
deve usar após selecionar todo o parágrafo:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
34
Uma Policial Civil do Rio de Janeiro está usando o Win-
dows 10, configuração padrão – português do Brasil.
Ela deseja instalar e configurar no seu computador o
Outlook, para que possa acessar os e-mails já recebidos
mesmo quando estiver offline, pois a Internet na sua de-
legacia é instável. Para que isso que isso se torne possí-
vel, indique qual protocolo que por padrão permite tal
acesso e deve ser configurado:
(A) POP3
(B) SMTP
(C) DNS
(D) IP
(E) IMAP
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro 3º Simulado – Investigador de Polícia

35 38
Observe a imagem a seguir, que mostra parte de uma Jeferson Bogo, Policial Civil do Rio de Janeiro, está uti-
planilha do MS-Excel 2019, em sua configuração padrão lizando na delegacia onde trabalha o Libreoffice Writer
– português do Brasil. 7, configuração padrão – idioma português Brasil. Para
inserir uma quebra de página, no ponto em que está po-
sicionado o cursor, ele pode utilizar o atalho:
(A) CTRL+ENTER
(B) CTRL+F
(C) CTRL+P
(D) CTRL+L
(E) CTRL+R

39
Após inserir na célula “B7” (que não aparece na ima- Em uma rede de computadores, com a Internet ou em
gem), a função =MAIOR(A2:B4;3) e teclar Enter, essa cé- uma Intranet, os protocolos de transporte têm como ta-
lula vai exibir o valor: refa “desmontar” (dividir em pedaços menores, chama-
(A) 8 dos, genericamente, pacotes) a informação a ser envia-
(B) 10 da. Um dos protocolos utilizados para o transporte faz,
por padrão, a checagem para saber se todos os pacotes
(C) 9
foram entregues e se foram entregues na ordem corre-
(D) 6
ta. Assinale a seguir a alternativa que contém o protoco-
(E) 5
lo descrito.
(A) TCP
36
(B) DNS
Jeferson Bogo, Policial Civil do Rio de Janeiro, está utili-
(C) HTTP
zando o Windows 10, configuração padrão – português
(D) UDP
Brasil. Ele instalou uma impressora a laser na delegacia
(E) DHCP
em que trabalha, porém, apesar de verificar todas as co-
nexões e tudo estar correto, ele não consegue imprimir. 40
Nesse caso, uma possível solução para esse problema é Um Policial Civil do Rio de Janeiro deseja criptografar as
a instalação de um software que permite a “conversa” ocorrências já realizadas, porém está em dúvida de qual
entre o sistema operacional e o dispositivo, chamado: método criptográfico utilizar. Como ele possuia muitos
(A) drive. documentos para serem criptografados e uma capaci-
(B) kernel. dade computacional limitada, preferiu utilizar o método
(C) shell. mais rápido. Portanto ele optou pela criptografia:
(D) driver. (A) simétrica.
(E) Windows. (B) assimétrica.
(C) assinatura digital.
37 (D) compactação.
No Windows 10 – configuração padrão, idioma portu- (E) critpografia quântica.
guês Brasil, ao arrastar um arquivo com o botão esquer-
do do mouse, dentro da mesma unidade lógica (C:, por
exemplo), ele é movido para o destino e se for arrastado
para outra unidade lógica (C: para D:, por exemplo) será
copiado. Para arrastar (com o botão esquerdo) o arquivo
para outra unidade lógica, porém, movendo esse item,
será necessário pressionar, concomitantemente, a tecla:
(A) CTRL
(B) SHIFT
(C) ALT
(D) CTRL+SHIFT
(E) ESC
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
DIREITO CONSTITUCIONAL
RICARDO BLANCO
41 Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem
Assinale a opção incorreta em relação aos direitos
individuais.
(A) A lei só poderá restringir a publicidade dos atos pro-
cessuais quando a defesa da intimidade ou o interes-
se social o exigirem.
(B) Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por
ordem escrita e fundamentada de autoridade poli-
cial competente, salvo nos casos de transgressão mi-
litar ou crime propriamente militar, definidos em lei.
(C) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se en-
contre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por
ele indicada.
(D) O preso será informado de seus direitos, entre os
quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada
a assistência da família e de advogado.
(E) O preso tem direito à identificação dos responsáveis
por sua prisão ou por seu interrogatório policial.
42 didato, e a normalidade e legitimidade das eleições
São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além
de outros que visem à melhoria de sua condição so-
cial, exceto:
(A) Relação de emprego protegida contra despedida ar-
bitrária ou sem justa causa, nos termos de lei ordiná-
ria, que preverá indenização compensatória, dentre
outros direitos.
(B) Seguro-desemprego, em caso de desemprego in-
voluntário.
(C) Fundo de garantia do tempo de serviço.
(D) Salário-mínimo, fixado em lei, nacionalmente unifi-
cado, capaz de atender a suas necessidades vitais bá-
sicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transpor-
te e previdência social, com reajustes periódicos que
lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim.
(E) Piso salarial proporcional à extensão e à complexida-
de do trabalho.
3º Simulado – Investigador de Polícia
43
Assinale a opção correta em relação ao direito político.
(A) Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros
e, durante o período do serviço militar obrigatório,
os conscritos.
(B) O Presidente da República, os Governadores de
os houver sucedido, ou substituído no curso dos
mandatos poderão ser reeleitos para dois períodos
subsequentes.
(C) Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respecti-
vos mandatos até três meses antes do pleito.
(D) São inelegíveis, no território de jurisdição do titu-
lar, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins,
até o terceiro grau ou por adoção, do Presidente da
República, de Governador de Estado ou Território,
do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao plei-
to, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato
à reeleição.
(E) Lei ordinária estabelecerá outros casos de inelegibi-
lidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger
a probidade administrativa, a moralidade para exer-
cício de mandato considerada vida pregressa do can-
contra a influência do poder econômico ou o abuso
do exercício de função, cargo ou emprego na admi-
nistração direta ou indireta.
44
É competência comum da União, dos Estados, do Distri-
to Federal e dos Municípios, exceto:
(A) zelar pela guarda da Constituição, das leis e das
instituições democráticas e conservar o patrimô-
nio público.
(B) cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e
garantia das pessoas portadoras de deficiência.
(C) proteger os documentos, as obras e outros bens de
valor histórico, artístico e cultural, os monumen-
tos, as paisagens naturais notáveis e os sítios ar-
queológicos.
(D) impedir a evasão, a destruição e a descaracterização
de obras de arte e de outros bens de valor histórico,
artístico ou cultural.
(E) manter relações com Estados estrangeiros e partici-
par de organizações internacionais.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
45 48
Compete privativamente à União legislar sobre, exceto:
(A) Diretrizes da política nacional de transportes.
(B) Regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marí-
tima, aérea e aeroespacial.
(C) Trânsito e transporte.
(D) Jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia.
(E) Direito tributário, financeiro, penitenciário, econô-
mico e urbanístico.
46 tio durante o recesso parlamentar, o Presidente do
Assinale a opção correta em relação à Administra-
ção Pública:
(A) A investidura em cargo ou emprego público não de-
pende de aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos.
(B) O prazo de validade do concurso público será de dois
anos, prorrogável uma vez, por igual período.
(C) Durante o prazo prorrogável previsto no edital de
convocação, aquele aprovado em concurso público
de provas ou de provas e títulos será convocado com
prioridade sobre novos concursados para assumir
cargo ou emprego, na carreira.
(D) É permitida a vinculação ou equiparação de quais-
quer espécies remuneratórias para o efeito de remu-
neração de pessoal do serviço público.
(E) Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor
público não serão computados nem acumulados
para fins de concessão de acréscimos ulteriores.
47 nais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os
Assinale a opção incorreta em relação ao poder
legislativo.
(A) Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e
penalmente, por quaisquer de suas opiniões, pala-
vras e votos.
(B) Os Deputados e Senadores, desde a expedição do di-
ploma, serão submetidos a julgamento perante o STJ.
(C) Desde a expedição do diploma, os membros do Con-
gresso Nacional não poderão ser presos, salvo em
flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os au-
tos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas
à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de
seus membros, resolva sobre a prisão.
(D) Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado,
por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo
Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que,
por iniciativa de partido político nela representado e
pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até
a decisão final, sustar o andamento da ação.
(E) O pedido de sustação será apreciado pela Casa res-
pectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco
dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.
3º Simulado – Investigador de Polícia
Assinale a opção correta segundo à Constituição Federal.
(A) O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho
da República e o Conselho de Defesa Nacional, soli-
citar ao Senado Federal autorização para decretar o
estado de sítio nos casos de comoção grave de reper-
cussão nacional ou ocorrência de fatos que compro-
vem a ineficácia de medida tomada durante o estado
de defesa.
(B) Solicitada autorização para decretar o estado de sí-
Senado Federal, de imediato, convocará extraordina-
riamente o Congresso Nacional para se reunir dentro
de dez dias, a fim de apreciar o ato.
(C) Caberá habeas corpus em relação a punições discipli-
nares militares.
(D) As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do ser-
viço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos,
porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.
(E) Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia
de carreira, incumbem, ressalvada a competência da
União, as funções de polícia judiciária e a apuração
de infrações penais, inclusive as militares.
49
Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e jul-
gar, originariamente, exceto:
(A) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e
do Distrito Federal, os Prefeitos, e, nestes e nos de
responsabilidade, os desembargadores dos Tribu-
membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do
Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais,
dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os
membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos
Municípios e os do Ministério Público da União que
oficiem perante tribunais.
(B) os mandados de segurança e os habeas data con-
tra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do pró-
prio Tribunal.
(C) os conflitos de atribuições entre autoridades ad-
ministrativas e judiciárias da União, ou entre auto-
ridades judiciárias de um Estado e administrativas
de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste
e da União.
(D) o mandado de injunção, quando a elaboração da
norma regulamentadora for atribuição de órgão, en-
tidade ou autoridade federal, da administração dire-
ta ou indireta, excetuados os casos de competência
do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça
Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e
da Justiça Federal.
(E) a homologação de sentenças estrangeiras e a con-
cessão de exequatur às cartas rogatórias.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
50 51
Assinale a opção incorreta em relação ao entendi-
mento do STF.
(A) É inconstitucional norma de constituição estadual
que disponha sobre o depósito de lixo atômico e a
instalação de usinas nucleares. A Constituição Fede-
ral, ao sistematizar a repartição de competências es-
tatais, atribuiu à União, em caráter privativo, a prer-
rogativa para legislar sobre atividades nucleares de
qualquer natureza.
(B) É inconstitucional lei estadual que verse sobre a res-
ponsabilidade de terceiros por infrações de forma
diversa das regras gerais estabelecidas pelo Código
Tributário Nacional. É formalmente inconstitucional
norma estadual que atribui ao contabilista a res-
ponsabilidade solidária, quanto ao pagamento de
impostos e de penalidades pecuniárias, no caso de
suas ações ou omissões concorrerem para a prática
de infração à legislação tributária. Isso porque lei es-
tadual, que amplie as hipóteses de responsabilidade
de terceiros por infrações, invade a competência do
legislador complementar federal para estabelecer
normas gerais em matéria tributária.
(C) É inconstitucional lei estadual que regulamenta as-
pectos da atividade garimpeira, nomeadamente, ao
estabelecer conceitos a ela relacionados, delimitar
áreas para seu exercício e autorizar o uso de azougue
(mercúrio) em determinadas condições. Na hipóte-
se, há usurpação da competência legislativa privativa
da União para legislar sobre jazidas, minas, outros
recursos minerais e metalurgia.
(D) É constitucional lei estadual que dispõe sobre a acei-
tação de diplomas expedidos por universidades es-
trangeiras. Não invade a competência privativa da
União para legislar sobre diretrizes e bases da edu-
cação nacional lei estadual que dispõe sobre reco-
nhecimento de diploma obtido por instituições de
ensino superior de países estrangeiros.
(E) É incompatível com a Constituição Federal (CF)
Emenda à Constituição estadual que institui, como
limite remuneratório único dos servidores públicos
estaduais, o valor do subsídio dos ministros do Su-
premo Tribunal Federal.
3º Simulado – Investigador de Polícia
Assinale a opção incorreta em relação ao entendi-
mento do STF.
(A) É inconstitucional a interpretação que exclui o direito
de candidatos com deficiência à adaptação razoável
em provas físicas de concursos públicos e a submis-
são genérica de candidatos com e sem deficiência
aos mesmos critérios em provas físicas, sem a de-
monstração da sua necessidade para o exercício da
função pública.
(B) Em razão do contexto de anormalidade decorrente
da pandemia da Covid-19, é descabida a exigência de
“justificativa de ausência” às provas do ENEM 2020,
como requisito para a concessão de isenção da taxa
de inscrição para o ENEM 2021. A exigência da com-
provação documental do motivo do não compare-
cimento às provas do ENEM 2020 – como requisito
para a obtenção de isenção da taxa de inscrição para
o ENEM 2021 – revela-se destituída de razoabilidade
e vulnera preceitos fundamentais da Constituição Fe-
deral (CF).
(C) É inconstitucional lei estadual que permita a criação,
incorporação, fusão e desmembramento de municí-
pios sem a edição prévia das leis federais previstas
no art. 18, § 4º, da CF/1988, com redação dada pela
Emenda Constitucional n. 15/1996. Pendente a legis-
lação federal prevista na redação atual do art. 18, §
4º, da Constituição Federal, são inadmissíveis os re-
gramentos estaduais que possibilitem o surgimento
de novos municípios e que invadam a competência
da União para disciplinar o tema.
(D) Segundo o STF, a concessão de pensão vitalícia à viú-
va, à companheira e a dependentes de prefeito, vice-
-prefeito e vereador, falecidos no exercício do man-
dato, é compatível com a Constituição Federal (CF).
(E) É inconstitucional a interpretação de disposições
legais que viabilizem a promoção a cargo de nível
superior a servidores que ingressaram por concurso
público para cargo de nível médio.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
52 54
Assinale a opção correta em relação ao poder executivo.
(A) O Presidente e o Vice-Presidente da República toma-
rão posse em sessão do Senado Federal, prestando o
compromisso de manter, defender e cumprir a Cons-
tituição, observar as leis, promover o bem geral do
povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a
independência do Brasil.
(B) Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e
suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.
(C) Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-
-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, se-
rão sucessivamente chamados ao exercício da Presi-
dência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do
Senado Federal e o do Superior Tribunal Justiça.
(D) O Presidente e o Vice-Presidente da República não
poderão, sem licença da Câmara Federal, ausentar-
-se do País por período superior a quinze dias, sob
pena de perda do cargo.
(E) Admitida a acusação contra o Presidente da Repúbli-
ca, por um terço da Câmara dos Deputados, será ele
submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal
Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o
Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
DIREITO ADMINISTRTIVO
RAFAEL DE OLIVEIRA
53
O Professor Keno Savarino, após um longo dia de aula,
resolveu dar um "refresco" para seus alunos e lhes mos-
trou, ao final da apresentação, uma questão simples, so-
bre administração indireta, dizendo que “é o conjunto
de pessoas administrativas que, vinculadas à respectiva
Administração Direta, têm o objetivo de desempenhar
as atividades administrativas de forma descentralizada”.
Sobre o assunto, assinale a alternativa que não apresen-
ta um ente da Administração indireta apresentada pelo
distinto professor.
(A) Autarquias.
(B) Ministério da Saúde.
(C) Sociedades de Economia Mista.
(D) Empresas Públicas.
(E) Fundações Públicas.
3º Simulado – Investigador de Polícia
No Estado do Rio de Janeiro, uma empresa de nome
Tropa de Elite presta serviços públicos para a Secretaria
de Segurança do Estado. Indique a qual tipo de contro-
le a empresa Tropa de Elite está sujeita, considerando a
matéria de regime jurídico de entidades da Administra-
ção indireta:
(A) Hierárquico pelo Estado do Rio de Janeiro, a cuja
autoridade competente cabe o julgamento dos re-
cursos administrativos próprios contra decisões da
empresa pública, e ao controle externo pela Contro-
ladoria Geral do Estado.
(B) Finalístico pelo Estado do Rio de Janeiro, em de-
corrência da tutela administrativa que enseja sua
vinculação a esse ente, e à fiscalização contábil, fi-
nanceira e orçamentária exercida pelo Tribunal de
Contas estadual.
(C) Judicial pelo Ministério Público do Estado do Rio de
Janeiro, que fiscaliza a legalidade dos atos da empre-
sa pública, mas não se submete ao controle externo
pelo Tribunal de Contas estadual, eis que possui per-
sonalidade jurídica de direito privado.
(D) Administrativo pelo Estado do Rio de Janeiro, em de-
corrência da sua subordinação hierárquica ao ente a
que está vinculado, mas não se submete ao contro-
le externo pelo Tribunal de Contas estadual, eis que
possui personalidade jurídica de direito privado.
(E) Ministerial pelo Ministério Público do Estado do Rio
de Janeiro, que exerce poder hierárquico sobre a
empresa pública, mas não se submete ao controle
externo pelo Tribunal de Contas estadual, eis que
possui personalidade jurídica de direito privado.
55
Vitor Madureira, conhecido inspetor de Polícia da PCRJ,
sempre que sai com amigos, gosta de contar vantagens
de suas aventuras policiais. Mas nesse dia decidiu dar
uma "aula" para os amigos e "lecionou" acerca de pode-
res administrativos. Vitor falou sobre o poder que permi-
te que a Administração Pública apure infrações e aplique
penalidades aos servidores públicos e às demais pessoas
sujeitas à disciplina administrativa. Indique a qual poder
o "supertira" se referia:
(A) Normativo.
(B) Regulamentar.
(C) Disciplinar.
(D) Polícia.
(E) Cautelar.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
56 58
A Delegada Marieta Severo, implacável profissional da
Delegacia de Homicídio, sempre destilava seus conheci-
mentos aos colegas de trabalho. Em um plantão, com
maestria, apresentou três afirmações acerca dos pode-
res da Administração, a fim de testa o conhecimento
dos colegas. Assinale qual ou quais dessas afirmações
está(ão) corretas.
I – A possibilidade de aplicar sanções a particulares
não sujeitos à disciplina interna da Administração
decorre do poder disciplinar.
II – A advertência aplicada ao aluno de escola estadual
que tenha cometido falta dentro do estabelecimen-
to de ensino é expressão do poder regulamentar.
III – O poder de polícia é a atividade do Estado que con-
siste em limitar o exercício dos direitos individuais
em benefício do interesse público.
(A) Apenas o item I encontra-se correto.
(B) Apenas o item II encontra-se correto.
(C) Nenhum dos itens encontram-se corretos.
(D) Apenas o item III encontra-se correto.
(E) Todas os itens encontram-se corretos.
57
O dedicado aluno Felipe Melo, durante uma viagem a
trabalho, ouvia um podcast acerca do tema “Ato Admi-
nistrativo”. Notou que foram apresentadas quatro afir-
mativas erradas e uma correta sobre o tema. Assinale
qual alternativa estava correta.
(A) Os atos administrativos apenas enunciativos (certi-
dão, atestado, parecer) possuem atributos de pre-
sunção de veracidade e imperatividade.
(B) Segundo a doutrina majoritária, a exteriorização do
ato administrativo será sempre de forma escrita,
com a assinatura da autoridade responsável.
(C) Os atos administrativos não ficam sujeitos a controle
judicial de legalidade, pois são dotados do atributo
da executoriedade.
(D) Os atributos de presunção de veracidade e de legiti-
midade afastam a possibilidade de controle judicial
dos atos administrativos.
(E) Eventual inobservância da finalidade legal ou even-
tual desatendimento do fim de interesse público tor-
na o ato administrativo ilegal, por desvio de poder.
3º Simulado – Investigador de Polícia
Diego Keno Tardélio, arrependido de ter deixado seu
time do coração, pendurou as chuteiras e foi dar aula
de Direito Administrativo. Apresentou a seus alunos em
uma aula quatro afirmações corretas e uma errada sobre
os poderes administrativos. Considerando seus conheci-
mentos acerca do tema, assinale a alternativa incorreta
apresentada por Dom Diego.
(A) Os poderes administrativos devem ser usados
em conformidade com a lei e em prol do bene-
fício comum.
(B) O poder hierárquico é o poder de aplicar sanções e
penalidades, apurando infrações dos servidores.
(C) O poder de polícia é a função da Administração Pú-
blica de limitar ou disciplinar direitos, regulando a
prática de atos ou a abstenção de fatos, em razão do
interesse coletivo.
(D) Entende-se por excesso de poder o fato em que a
autoridade pública extrapola a competência que lhe
foi atribuída.
(E) Há desvio de poder quando o agente do Estado pra-
ticar o ato, até mesmo dentro dos limites da com-
petência a ele conferida, visando a alcançar outra
finalidade, que não aquela prevista em lei.
59
Acerca do provimento, exercício e vacância, previstos no
Decreto-Lei n. 220/1975, assinale a alternativa correta.
(A) Pedro teve sua demissão invalidada no âmbito ad-
ministrativo. Conforme os ditames da legislação per-
tinente, Pedro deverá ser reintegrado, mas não fará
jus ao ressarcimento.
(B) O funcionário estável poderá ser transferido da Ad-
ministração direta para a autárquica e reciprocamen-
te, ou de um para outro quadro de mesma entidade,
desde que para cargo de retribuição equivalente,
atendida a habilitação profissional; ou removido de
uma Unidade Administrativa para outra do mesmo
órgão ou entidade, desde que haja claro na lotação.
(C) A posse ocorrerá, sempre, no sistema de classifica-
ção a que pertencia o funcionário.
(D) Reintegrado o funcionário, aquele que não ocuparia
cargo de igual classe se não tivesse ocorrido o ato
de demissão objeto da medida será exonerado ou
promovido ao cargo imediatamente superior, com
direito a ressarcimento.
(E) O funcionário em disponibilidade não poderá ser
aproveitado, ainda que exista cargo de natureza e
vencimento compatíveis com os do anteriormen-
te ocupado.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
60 62
Ainda sobre o Decreto-Lei n. 220/1975, assinale a res-
posta correta.
I – O funcionário estável fisicamente incapacitado para
o pleno exercício do cargo poderá ser ajustado em
outro de vencimento equivalente e compatível com
suas aptidões e qualificações profissionais.
II – A investidura em cargo de provimento efetivo ocor-
rerá com o exercício, que, nos casos de nomeação,
reintegração, transferência e aproveitamento, se
iniciará no prazo de 60 (sessenta) dias, contado da
publicação do ato da posse.
III – A declaração de bens, após reforma da legislação,
deixou de ser requisito para investidura nos car-
gos da PCRJ.
(A) Todos os itens estão corretos.
(B) Apenas dois itens estão corretos.
(C) Apenas um item está incorreto.
(D) Todos os itens estão incorretos.
(E) Apenas um item está correto.
61
Ainda Conforme o Decreto-Lei n. 218 de 1975, que dis-
põe sobre o regime jurídico peculiar aos funcionários
civis do serviço policial do poder executivo do Rio de Ja-
neiro, assinale a alternativa incorreta.
(A) Caracteriza a função policial o exercício de atividades
específicas desempenhadas pela autoridade, seus
agentes e auxiliares, para assegurar o cumprimento
da lei, manutenção da ordem pública, a proteção de
bens e pessoas, a prevenção da prática dos ilícitos
penais e atribuições de polícia judiciária.
(B) Os círculos hierárquicos são âmbitos de convivência
entre os policiais de mesma classe e têm a finalidade
de desenvolver o espírito de camaradagem, em am-
biente de estima e confiança, sem prejuízo do res-
peito mútuo.
(C) O policial manterá observância, tanto mais rigorosa
quanto mais elevado for o grau hierárquico, dos pre-
ceitos de ética, dentre eles, servir à sociedade como
obrigação fundamental e respeitar os direitos e ga-
rantias individuais, entre outros.
(D) Pelo exercício irregular de suas atribuições, o fun-
cionário policial responde civil, penal e adminis-
trativamente.
(E) A função policial, fundada na hierarquia e na disci-
plina, é incompatível com qualquer outra atividade,
não admitindo a lei qualquer exceção.
3º Simulado – Investigador de Polícia
Ainda Conforme o Decreto-Lei n. 218 de 1975, que dis-
põe sobre o regime jurídico peculiar aos funcionários
civis do serviço policial do poder executivo do Rio de Ja-
neiro, assinale a alternativa correta.
I – As cominações civis, penais e disciplinares poderão
cumular-se, sendo umas e outras independentes
entre si, bem assim as instâncias civil, penal e ad-
ministrativa.
II – São transgressões disciplinares, entre outras, a falta
de assiduidade ou impontualidade habituais e inter-
por ou traficar influência alheia para solicitar aces-
so, remoção, transferência ou comissionamento.
III – É vedado à autoridade competente para decidir a
punição o agravamento da classificação atribuída às
transgressões acometidas ao servidor policial.
(A) Todos os itens estão corretos.
(B) Todos os itens estão incorretos.
(C) Apenas um item está incorreto.
(D) Apenas dois itens estão corretos.
(E) Apenas um item está correto.
63
Genivaldo Alonso, grande mestre em Direito Administra-
tivo, durante uma aula expositiva a novos policiais civis,
apresentou a eles diversos temas referentes à profissão,
porém, apresentou também um assunto introdutório
da matéria sobre Estado e governo. De acordo com tal
tema, assinale a alternativa correta.
I – Tradicionalmente, pode-se considerar o Estado
como uma instituição, organizada social, jurídica e
politicamente, detentora de personalidade jurídica
de direito público e de poder soberano.
II – Poder soberano é o poder de um Estado-Nação.
Esse conceito se relaciona com a autoridade supre-
ma, geralmente no âmbito de um país.
III – Território se refere à limitação geográfica, sendo
todo espaço em que o Estado exerce a soberania.
IV – Nação é a população do Estado considerada sob o
aspecto puramente jurídico.
(A) Todos os itens estão corretos.
(B) Apenas um item está correto.
(C) Todos os itens estão incorretos.
(D) Apenas dois itens estão corretos.
(E) Apenas três itens estão corretos.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
64 66
Rafael França, dedicado Inspetor de Polícia, durante um
“briefing” apresentou quatro informações incorretas
acerca da extinção dos Atos administrativos e apenas
uma informação correta, assinale-a.
(A) A extinção normal é aquela em que o objeto do ato
desaparece.
(B) A caducidade ocorre quando lei superveniente torna
o ato ilegal.
(C) A cassação ocorre quando há incompatibilidade ma-
terial com ato administrativo posterior.
(D) A contraposição ocorre quando o particular descum-
pre as condições do ato.
(E) A anulação trata-se de juízo de conveniência e opor-
tunidade para a Administração retirar do mundo jurí-
dico um determinado ato.
DIREITO PENAL
ISMAEL SOUTO
65
Assinale a alternativa correta sobre o princípio da re-
serva legal.
I – O princípio constitucional da reserva legal é seme-
lhante ao princípio da legalidade, que é o exclusivo
cumprimento e o respeito à lei formal, conforme
estabelecido no âmbito do processo legislativo.
II – A disciplina jurídica sobre a remuneração dos agen-
tes públicos em geral está sujeita ao princípio da
reserva legal relativa.
III – As hipóteses de reserva legal relativa são estabeleci-
das diretamente pela Constituição Federal, que, de
forma excepcional, permite a complementação da
legislação por atos normativos infraconstitucionais.
IV – O princípio da reserva legal absoluta se materializa
quando a norma constitucional exige, para sua in-
tegral regulamentação, a edição de lei formal, com-
preendida como ato normativo emanado do Con-
gresso Nacional elaborado de acordo com o devido
processo legislativo.
V – A distinção doutrinária conferida à reserva legal ab-
soluta e à reserva legal relativa fundamenta-se na
aplicação dos princípios constitucionais da propor-
cionalidade e da razoabilidade, decorrente do prin-
cípio da discricionariedade.
Assinale a alternativa correta.
(A) Apenas as assertivas III e IV estão corretas
(B) Apenas as assertivas I, III, IV e V estão corretas
(C) Apenas as assertivas II, III e V estão corretas
(D) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas
(E) Apenas as assertivas III, IV e V estão corretas
3º Simulado – Investigador de Polícia
Conforme o Código Penal, foram adotadas, via de regra,
quanto ao tempo e ao lugar do crime, respectivamente,
as teorias
(A) do resultado e da atividade.
(B) da atividade e do resultado.
(C) da atividade e mista.
(D) do resultado e da ubiquidade.
(E) da ubiquidade e da atividade.
67
Conforme o Código Penal Brasileiro, acerca da Teoria Ge-
ral do Crime, assinale a alternativa correta
(A) Nos delitos culposos, a aferição da concreção do ris-
co na implementação do resultado é um dos critérios
da “teoria da imputação subjetiva”.
(B) Sob o prisma formal, o conceito de crime é pré-jurídi-
co, ou seja, é a concepção da sociedade a respeito do
que pode e deve ser proibido. Sob o prisma material,
crime corresponde à concepção do direito acerca do
delito, em uma visão legislativa do fenômeno.
(C) Como causa de exclusão de ilicitude, a legítima de-
fesa também é aplicável caso o agente tenha tido a
possibilidade de fugir da agressão injusta e tenha op-
tado livremente pelo seu enfrentamento.
(D) O direito penal brasileiro admite, excepcionalmente,
a punição de atos meramente preparatórios anterio-
res à fase executória de um crime, nas hipóteses em
que a lei optou por incriminá-los de forma autônoma.
(E) Na legislação pátria, adotou-se o critério tripartite na
definição das infrações penais, ou seja, estas se sub-
dividem em contravenções penais, crimes e delitos.
68
Considerando V (Verdadeiro) e F (Falso), julgue os itens
sobre a classificação das infrações penais:

(  ) Configura-se o crime permanente de furto me-
diante fraude, quando o agente instala, no inte-
rior da residência, dispositivo para alteração do
medidor de energia elétrica localizado na parte
externa do muro da casa.

(  ) Sobre o crime de rixa, os participantes são si-
multaneamente sujeitos ativos e passivos uns
em relação aos outros, pois o crime de rixa é
plurissubjetivo, devendo ter pelo menos, três
participantes para se caracterizar.


(  ) A doutrina não admite o consentimento da vítima
como causa supralegal de exclusão da ilicitude.

(  ) Os crimes comissivos são aqueles que reque-
rem comportamento positivo, independente
do resultado naturalístico para a sua consuma-
ção, se formais.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
Assinale a alternativa correta.
(A) F – V – F – V.
(B) F – F – V – V.
(C) V – F – V – F.
(D) V – V – F – F.
(E) V – V – V – V.
69 (B) quarenta e cinco por cento da pena.
O crime de homicídio, art. 121 do Código Penal, é classi-
ficado doutrinariamente como um crime.
(A) de dano, material e instantâneo de efeitos
permanentes.
(B) abstrato, permanente e formal.
(C) vago, comum, de perigo e exaurido.
(D) próprio, forma livre e concurso necessário de agentes.
(E) de mão própria, habitual e de forma vinculada.
70 (B) a pena é aumentada de um sexto quando o crime é
De acordo com o Código Penal Brasileiro, assinale a al-
ternativa correta.
(A) A imperícia será dolosa quando o agente, em ra-
zão de ofício ou determinação legal, der causa ao
resultado.
(B) O agente que assume o risco de produzir o resultado
pratica o crime com culpa consciente.
(C) Quando o agente não puder ser punido por fato pre-
visto como crime doloso, ele será punido, necessa-
riamente, por conduta culposa semelhante.
(D) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só
responde o agente que o houver causado ao menos
culposamente.
(E) Pratica crime culposo o agente que quis o resultado
por meio de imprudência.
71 ou auxílio a suicídio ou a automutilação.
Elias dos Santos, devido a sua negligência, quebra aci-
dentalmente o monitor do computador do seu colega,
Ismael Couto. Nos termos do Código Penal, essa situa-
ção hipotética configura:
(A) crime de dano culposo.
(B) crime de bagatela.
(C) fato atípico.
(D) infração penal de menor potencial ofensivo.
(E) contravenção penal.
3º Simulado – Investigador de Polícia
72
Sobre as penas privativas de liberdade, conforme o Có-
digo Penal e o entendimento do STJ, os apenados primá-
rios que tenham cometido crime hediondo ou equipara-
do sem resultado morte, poderão progredir de regime
prisional quando tiverem cumprido ao menos
(A) sessenta por cento da pena.
(C) cinquenta por cento da pena.
(D) quarenta por cento da pena.
(E) setenta por cento da pena.
73
Sobre o crime de induzimento, instigação ou auxílio a
suicídio ou a automutilação, é correto afirmar que
(A) da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta
lesão corporal de natureza leve, grave ou gravíssima.
praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil.
(C) a pena é aumentada de um terço até a metade se a
conduta é realizada por meio da rede de computado-
res, de rede social ou transmitida em tempo real.
(D) em relação ao crime da automutilação ou da tentati-
va de suicídio que resulta lesão corporal de natureza
grave ou gravíssima, se ele resulta em lesão corporal
de natureza gravíssima e é cometido contra menor de
14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade
ou deficiência mental, não tem o necessário discer-
nimento para a prática do ato, ou que, por qualquer
outra causa, não pode oferecer resistência, responde
o agente pelo crime lesão corporal gravíssima.
(E) induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar
automutilação ou prestar-lhe auxílio formal para que
o faça, configura o crime de induzimento, instigação
74
Se Claiton Carnaval matar alguém por motivo fútil, então
responderá pelo crime de:
(A) homicídio simples.
(B) homicídio qualificado.
(C) homicídio tipificado.
(D) homicídio híbrido.
(E) homicídio privilegiado.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
75 de habilitação ou será proibido de obter a habilita-
Tratando dos crimes contra a pessoa, assinale a alterna-
tiva incorreta.
(A) Será crime se a lesão corporal for praticada contra
ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou compa-
nheiro, ou ainda com quem conviva ou tenha convi-
vido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das rela-
ções domésticas, de coabitação ou de hospitalidade.
(B) O homicídio qualificado é aquele cometido contra a
mulher por razões da condição do sexo feminino, de-
nominado de feminicídio.
(C) Será tipificado como crime de aborto o caso de o feto
ser anencéfalo.
(D) Será tipificado crime contra a pessoa praticar, com
o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que
está contaminado, ato capaz de produzir contágio.
(E) Será tipificado como crime o ato de abandonar pes-
soa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou
autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de de-
fender-se dos riscos resultantes do abandono.
76 de de multa.
Conforme a jurisprudência do STJ, a realização de saques
indevidos na conta corrente de uma pessoa sem o seu
consentimento, por meio da clonagem do cartão e da
senha, será tipificado como o crime de
(A) estelionato.
(B) falsidade ideológica.
(C) apropriação indébita.
(D) furto mediante fraude.
(E) conduta atípica.
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE
PAULO SÉRGIO/ISMAEL SOUTO/WALLACE
FRANÇA/RAFAEL DE OLIVEIRA/NILTON
CARLOS/CARLINHOS COSTA/DOUGLAS
VARGAS
77 ou maior de 70 (setenta) anos, apenas.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) –
Lei n. 9.503/1997, julgue os itens a seguir e assinale a
alternativa incorreta.
(A) Em caso de acidente com vítima, envolvendo veículo
equipado com registrador instantâneo de velocidade
e tempo (tacógrafo), somente o perito oficial encar-
regado do levantamento pericial poderá retirar o dis-
co ou unidade armazenadora do registro.
(B) O condutor que se utilize de veículo para a prática
do crime de receptação, descaminho, contrabando,
previstos nos artigos 180, 334 e 334-A do Decreto-Lei
n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),
condenado por um desses crimes em decisão judicial
transitada em julgado, terá cassado seu documento
3º Simulado – Investigador de Polícia
ção para dirigir veículo automotor pelo prazo de 5
(cinco) anos.
(C) No caso do condutor de veículo automotor preso em
flagrante na prática dos crimes de receptação, desca-
minho, contrabando, poderá o juiz, em qualquer fase
da investigação ou da ação penal, se houver necessi-
dade para a garantia da ordem pública, como medida
cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério
Público ou ainda mediante representação da autori-
dade policial, decretar, em decisão motivada, a sus-
pensão da permissão ou da habilitação para dirigir
veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.
(D) Juliver, motorista profissional de veículo de trans-
porte rodoviário de cargas se evadiu da fiscalização,
não submetendo o veículo à pesagem obrigatória
nos pontos de pesagem. Nesse caso, se abordado,
além da obrigação de retornar ao ponto de evasão
para fim de pesagem obrigatória, Juliver cometeu
crime de trânsito previsto no Código de Trânsito Bra-
sileiro e infração de natureza grave com a penalida-
(E) A aplicação das penalidades administrativas previs-
tas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não elide
as punições originárias de ilícitos penais decorrentes
de crimes de trânsito, conforme disposições de lei.
78
Sobre as disposições da Lei n. 9.455/1997, assinale a al-
ternativa correta.
(A) O crime de tortura é afiançável e suscetível de graça
e anistia.
(B) A pena é aumentada de metade, se o crime for co-
metido por agente público.
(C) A Lei de Tortura é aplicada, mesmo que o crime não
tenha sido cometido no território nacional, se a víti-
ma for brasileira.
(D) A pena é aumentada de metade, se o crime é come-
tido contra criança, gestante, portador de deficiência
(E) O crime de tortura não pode ser praticado por con-
duta omissiva.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
79 81
No que tange aos crimes da Lei n. 11.343/2003, marque
a assertiva incorreta:
(A) O crime do artigo 28, posse de drogas para uso pes-
soal, para Luiz Flávio Gomes, seria uma infração pe-
nal sui generis.
(B) Para determinar se a droga se destinava a consumo
pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da
substância apreendida, ao local e às condições em
que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais
e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes
do agente.
(C) A conduta de oferecer droga, eventualmente e sem
objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento,
para juntos a consumirem, é equiparado ao crime de
uso de drogas para consumo pessoal.
(D) O crime de associação para o tráfico exige no mínimo
2 pessoas.
(E) O crime de tráfico internacional de drogas não é um cri-
me autônomo, e sim uma causa de aumento de pena
para alguns dos crimes previstos na lei antidrogas.
80 (B) No crime de lavagem de dinheiro, não é cabível a
Acerca da Lei n. 9.099/1995, que dispõe sobre os Jui-
zados Especiais Cíveis e Criminais, assinale a alternati-
va correta.
I – O processo orientar-se-á pelos critérios da oralida-
de, simplicidade, informalidade, economia proces-
sual e celeridade, buscando, sempre que possível, a
conciliação ou a transação.
II – O Juiz adotará em cada caso a decisão que reputar
mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais
da lei e às exigências do bem comum.
III – Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares da
Justiça, recrutados, os primeiros, preferentemente,
entre os bacharéis em Direito, sendo tal atribui-
ção vedada a advogados e membros do Ministé-
rio Público.
IV – Aos Juízes leigos é permitido o exercício da advo-
cacia perante os Juizados Especiais, desde que haja
compatibilidade de horários.
(A) Todos os itens estão corretos.
(B) Apenas um item está correto.
(C) Todos os itens estão incorretos.
(D) Apenas dois itens estão corretos.
(E) Apenas três itens estão corretos.
3º Simulado – Investigador de Polícia
Na hipótese de cometimento de crime previsto no art.
29 da Lei n. 9.605/1998 (matar, perseguir, caçar, apa-
nhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em
rota migratória, sem a devida permissão, licença ou au-
torização da autoridade competente, ou em desacordo
com a obtida) a pena será aumentada até o triplo quan-
do o crime for praticado:
(A) no exercício de caça profissional.
(B) contra espécie rara ou considerada ameaçada de ex-
tinção, ainda que somente no local da infração.
(C) em período proibido à caça.
(D) durante a noite.
(E) em unidade de conservação.
82
Segundo a Lei n. 9.613/1998, Lavagem ou Ocultação de
Bens, Direitos e Valores, assinale a alternativa correta.
(A) A pena será aumentada de um a dois terços, se os
crimes definidos nessa Lei forem cometidos de for-
ma reiterada ou por intermédio de organização
criminosa.
tentativa.
(C) Para a apuração do crime de lavagem, admite-se so-
mente a utilização da ação controlada e veda-se a
infiltração de agentes.
(D) A pena poderá ser reduzida até a metade e ser cum-
prida em regime aberto, caso o autor colaborar es-
pontaneamente com as autoridades.
(E) O processo e o julgamento dos crimes previstos na
referida lei serão de competência da Justiça Federal.
83
No tocante aos aspectos gerais, bem como aos cri-
mes em espécie do Estatuto do Desarmamento, Lei n.
10.836/2003, marque a resposta incorreta:
(A) A empresa que comercializa armas de fogo, acessó-
rios e munições responde legalmente por essas mer-
cadorias, ficando registradas como de sua proprieda-
de enquanto não forem vendidas.
(B) O certificado de registro de arma de fogo será expe-
dido pela Polícia Federal e será precedido de autori-
zação do Sinarm.
(C) O Presidente do tribunal ou o chefe do Ministério
Público designará os servidores de seus quadros
pessoais no exercício de funções de segurança que
poderão portar arma de fogo, respeitado o limite
máximo de 50% (cinquenta por cento) do número de
servidores que exerçam funções de segurança.
(D) A conduta de suprimir ou alterar marca, numeração
ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo
ou artefato equipara-se ao crime de posse ou porte
ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
(E) Nas mesmas penas do crime de omissão de caute-
la incorrem o proprietário ou diretor responsável de
empresa de segurança e transporte de valores que
deixarem de registrar ocorrência policial e de comu-
nicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras
formas de extravio de arma de fogo, acessório ou
munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras
24 (vinte quatro) horas depois de tomar conheci-
mento do fato.
84 benefícios, remuneração ou qualquer outro rendi-
De acordo com a Lei n. 9.296/1996, assinale a alternati-
va que indica o crime em que não autoriza a intercepta-
ção das comunicações telefônicas.
(A) Homicídio simples.
(B) Estupro.
(C) Extorsão mediante sequestro.
(D) Ameaça.
(E) Roubo.
85 com reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
De acordo com a Lei n. 12.850/2013 (Organização Crimi-
nosa), julgue a assertiva correta:
(A) Considera-se organização criminosa a associação de
3 (três) ou mais pessoas estruturalmente ordenada
e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que in-
formalmente, com objetivo de obter, direta ou indi-
retamente, vantagem de qualquer natureza, median-
te a prática de infrações penais cujas penas máximas
sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de
caráter transnacional.
(B) As penas do crime de constituir organização crimino-
sa aumentam-se até a metade se na atuação da orga-
nização criminosa houver emprego de arma de fogo.
(C) Em qualquer fase do processo penal, apenas serão
permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em
lei, alguns meios específicos de obtenção de prova,
como a colaboração premiada.
(D) O retardamento da intervenção policial ou admi-
nistrativa será posteriormente comunicado ao juiz
competente que, se for o caso, estabelecerá os seus
limites e comunicará ao Ministério Público.
(E) A infiltração será autorizada pelo prazo de até 1 ano,
sem prejuízo de eventuais renovações, desde que
comprovada sua necessidade.
3º Simulado – Investigador de Polícia
86
Considerando as disposições da Lei Federal n. 13.146,
de 6/7/2015, que Institui a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Defici-
ência), assinale a alternativa correta.
(A) Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão,
benefícios, remuneração ou qualquer outro rendi-
mento de pessoa com deficiência é conduta punível
com reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
(B) Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão,
mento de pessoa com deficiência é conduta punível
com detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
(C) Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão,
benefícios, remuneração ou qualquer outro rendi-
mento de pessoa com deficiência é conduta punível
com reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
(D) Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão,
benefícios, remuneração ou qualquer outro rendi-
mento de pessoa com deficiência é conduta punível
(E) Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão,
benefícios, remuneração ou qualquer outro rendi-
mento de pessoa com deficiência é conduta punível
com reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
87
Conforme a Lei n. 11.340/2006, qualquer conduta que
configure perturbação do pleno desenvolvimento ou
que vise degradar ou controlar as ações da mulher, den-
tre outros fatores, é uma forma de violência
(A) física.
(B) sexual.
(C) psicológica.
(D) patrimonial.
(E) moral.
88
De acordo com a Lei n. 7.716/1989, marque a assertiva
incorreta:
(A) Impedir o acesso ou uso de transportes públicos,
como aviões, navios barcas, barcos, ônibus, trens,
metrô ou qualquer outro meio de transporte conce-
dido, é crime, caso o impedimento seja por motivos
de preconceito trazidos pela referida lei.
(B) Negar ou obstar emprego em empresa privada, por
motivo de discriminação de raça ou de cor, não é
considerado crime, pois a iniciativa privada se pauta
pelo princípio da livre concorrência.
(C) Constitui crime a conduta de impedir ou obstar o
acesso de alguém, devidamente habilitado, a qual-
quer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem
como das concessionárias de serviços públicos, caso
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
o motivo do impedimento seja motivado por algum
tipo de preconceito vedado pela referida lei.
(D) Serão punidos, na forma da referida lei, os crimes re-
sultantes de discriminação ou preconceito de raça,
cor, etnia, religião ou procedência nacional.
(E) Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou
função pública, para o servidor público, e a suspen-
são do funcionamento do estabelecimento particu-
lar por prazo não superior a três meses.
DIREITO PROCESSUAL PENAL
DOUGLAS VARGAS
89 (E) Ainda que o juiz conheça o conteúdo da prova de-
Acerca do inquérito policial no âmbito do processo pe-
nal, marque a correta:
(A) É processo administrativo inquisitório e preparató-
rio, presidido pelo Delegado de Polícia.
(B) Eventuais vícios dele constantes têm o condão de
contaminar o processo penal a que der origem.
(C) Não se impõe a obrigatória observância do contradi-
tório e da ampla defesa.
(D) Deve sempre acompanhar a denúncia ou a queixa.
(E) É direito do defensor, no interesse do representado,
ter acesso amplo às diligências ainda em andamento.
90 latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à
A respeito das garantias do preso no âmbito constitu-
cional e processual penal, julgue as assertivas a seguir:
I – Toda e qualquer prisão deve ser comunicada à au-
toridade judiciária, seja ela preventiva, temporária,
ou flagrante.
II – O direito ao silêncio apresenta-se como uma das
decorrências do nemo tenetur se detegere.
III – O preso não tem direito à identificação dos res-
ponsáveis por sua prisão ou por seu interrogató-
rio policial.
Está correto somente o que se afirma em:
(A) I.
(B) III.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.
91 (C) Possibilitar a produção de relatórios de gestão para
Francisco foi perseguido pelos agentes policiais logo
após praticar o crime de furto em estabelecimento co-
mercial, em situação que faça presumir a sua autoria. A
prisão foi realizada a dois quarteirões do local do delito.
Nesse caso, caracterizou-se o chamado:
(A) flagrante verdadeiro.
(B) flagrante próprio.
(C) flagrante irreal.
(D) flagrante ficto.
(E) flagrante assimilado.
3º Simulado – Investigador de Polícia
92
Quanto ao tema prova no Direito Processual Penal, mar-
que a correta:
(A) Somente quanto ao estado das pessoas serão obser-
vadas as restrições estabelecidas na lei civil.
(B) São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do
processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obti-
das em violação às regras de direito processual.
(C) São também inadmissíveis as provas derivadas das
ilícitas, em qualquer hipótese.
(D) As partes devem acompanhar o incidente de inu-
tilização por decisão judicial da prova declarada
inadmissível.
clarada inadmissível, poderá proferir a sentença
ou acórdão.
93
Acerca do exame de corpo de delito, da cadeia de custó-
dia e das perícias em geral, julgue as assertivas a seguir:
I – A coleta dos vestígios deverá ser realizada obrigato-
riamente por perito oficial.
II – Haverá prioridade à realização do exame de corpo
de delito crime que envolva violência contra criança.
III – Amostra é todo objeto ou material bruto, visível ou
infração penal.
Está correto somente o que se afirma em:
(A) I.
(B) II.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.
94
De acordo com a Resolução do CNJ n. 251 de 2019, o
Cadastro Nacional de Presos tem por finalidade, exceto:
(A) Identificar, em tempo real e de forma individualiza-
da, as pessoas privadas de liberdade, salvo as procu-
radas e foragidas.
(B) Identificar a natureza jurídica das prisões decretadas
e em cumprimento, e o tipo penal atribuído na inves-
tigação, acusação ou condenação.
os membros e servidores do Poder Judiciário.
(D) Permitir o cadastramento das vítimas e dos familia-
res para que estes sejam cientificados do cumpri-
mento das ordens de prisão e de soltura da pessoa.
(E) Permitir a notificação por agente policial e peniten-
ciário para que seja comunicado o cumprimento das
ordens de prisão.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
95 98
De acordo com o Código de Processo Penal, a queixa
contra qualquer dos autores do crime obrigará ao pro-
cesso de todos. Essa disposição legal refere-se ao prin-
cípio da(o):
(A) oportunidade ou conveniência da ação penal de ini-
ciativa privada.
(B) disponibilidade da ação penal de iniciativa privada.
(C) indisponibilidade da ação penal pública.
(D) obrigatoriedade da ação penal pública.
(E) indivisibilidade da ação penal de iniciativa privada.
96 cretada, desde que presente registro no Conselho
No que diz respeito às medidas cautelares diversas da
prisão, marque a incorreta:
(A) A intimação do indiciado ou acusado para entregar
o passaporte no caso de proibição de ausentar-se do
País, ocorrerá no prazo de 24 horas.
(B) A suspensão de atividade de natureza econômica
ou financeira só pode ocorrer quando houver jus-
to receio de sua utilização para a prática de infra-
ções penais.
(C) A fiança poderá ser cumulada com outras medidas
cautelares.
(D) O risco de reiteração é um dos requisitos para a in-
ternação provisória do acusado.
(E) A autoridade policial somente poderá conceder fian-
ça nos casos de infração cuja pena privativa de liber-
dade máxima não seja superior a 2 anos.
97 Acerca da Resolução Conjunta n. 2/2015 (Conselho Su-
Tocante ao tema prisão no que diz respeito ao acusado
em território nacional, mas fora da jurisdição do juiz pro-
cessante, julgue as assertivas a seguir:
I – Sua prisão será deprecada, devendo constar da pre-
catória o inteiro teor do mandado.
II – Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão
por qualquer meio de comunicação.
III – O juiz processante deverá providenciar a remoção
do preso no prazo máximo de 15 dias, contados da
efetivação da medida.
Está correto somente o que se afirma em:
(A) I.
(B) III.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) I, II e III.
3º Simulado – Investigador de Polícia
Acerca do Banco de dados para registro dos mandados
de prisão (Lei n. 12.403/2011), marque a incorreta:
(A) O juiz competente providenciará o imediato regis-
tro do mandado de prisão em banco de dados man-
tido pelo Conselho Nacional de Justiça para essa
finalidade.
(B) Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão de-
terminada no mandado de prisão registrado no Con-
selho Nacional de Justiça, ainda que fora da compe-
tência territorial do juiz que o expediu.
(C) Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão de-
Nacional de Justiça.
(D) A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do
local de cumprimento da medida o qual providencia-
rá a certidão extraída do registro do Conselho Nacio-
nal de Justiça e informará ao juízo que a decretou.
(E) Caso o autuado não informe o nome de seu advoga-
do, será comunicado à Defensoria Pública.
99
Sobre a prisão temporária, marque a incorreta:
(A) É espécie de prisão cautelar.
(B) Visa assegurar a eficácia das investigações.
(C) Possui prazo preestabelecido de duração.
(D) É legal a prisão temporária por associação criminosa.
(E) É legal a prisão temporária por homicídio culposo.
100
perior de Polícia), julgue as assertivas a seguir:
I – Objetiva conferir transparência na elucidação de
ocorrências em que haja exclusivamente resul-
tado morte decorrente de oposição à interven-
ção policial.
II – As ocorrências deverão ser registradas de acordo
com o resultado seguido da expressão "decorrente
de oposição à intervenção policial".
III – Haverá tramitação prioritária o inquérito policial
que vise apurar ofensa à integridade corporal ou à
vida do resistente resultante do emprego de força
durante intervenção policial.
Está correto somente o que se afirma em:
(A) I.
(B) III.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro 3º Simulado – Investigador de Polícia

SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO

POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
INVESTIGADOR DE POLÍCIA

GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D A B A C C D E A C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C D A C A A D E D A
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E C B E D D C E E E
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
D D C A D D B A A A
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
B A A E E E B D A D
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
D B B B C D E B B C
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
E D E B A C D A A D
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
C D D B C D D C C D
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
A A E D B C C B C C
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
C A B A E E C C E E

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Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
CONHECIMENTOS GERAIS
LÍNGUA PORTUGUESA
GILBER BOTELHO
TEXTO I
O Liberalismo e a Pobreza
1
“Esperemos que os socialistas, que no passado
adoraram o Deus da História, aprendam suas lições.
Dar-se-ão conta, afinal, que não apenas a economia de
comando fracassou, mas também que o Estado social
5 democrático assistencialista é um Deus que falhou.”


Deepak Lal


Os liberais insistem em separar duas questões

As esquerdas brasileiras (ou será que só restam
canhotos?), mesmo após a derrota mundial do socia-
lismo, que elas consideram apenas um sucesso mal
explicado, se atribuem duas superioridades: maior
10 decência ética e maior ternura pelos pobres. Na re-
alidade, sucumbem a interesses do corporativismo
burocrático, em detrimento das massas, e reduzem a
velocidade do crescimento econômico. E este é o úni-
co remédio efetivo para a pobreza.
15
Um esplêndido livro recente “The political eco-
nomy of poverty, equity and growth” (Clarendon
Oxford Press, 1996), de autoria de dois economistas
asiáticos um indiano, Deepak Lal, e outro birmanês,
H. Myint, ambos testemunhas da ineficácia do so-
20 cialismo dirigista em seus respectivos países, des-
mistifica ilusões sobre o socialismo e sobre seu filho
dileto, o “welfare state”. É uma análise filosófica, po-
lítica e econômica dos sucessos e insucessos da luta
contra a pobreza em 21 países (inclusive o Brasil),
25 entre 1950 e 1985.

As conclusões são interessantes: o crescimento
rápido sempre alivia a pobreza, independentemente
dos esforços da burocracia assistencialista; não há um
efeito claro e certo do crescimento sobre a disparida-
30 de nos níveis de renda, podendo esta aumentar ou
diminuir durante o processo de rápido crescimento.
Mas a experiência dos tigres asiáticos desmente o fa-
talismo da chamada “Lei de Kuznets”, segundo a qual
a distribuição de renda pioraria inicialmente no desen-
35 volvimento capitalista, para só melhorar depois.

O instrumento mais eficaz para a correção da
pobreza absoluta não é o Estado Interventor, fanta-
siado de engenheiro social benevolente, e sim o Es-
tado Liberal (ou seja, o Estado Jardineiro). Este libera
40 as energias produtivas do mercado, tributa pouco e
procura assistir os pobres e desvalidos por benefícios
específicos para eles direcionados, preferencialmente
3º Simulado – Investigador de Polícia
através de entidades privadas, e não por esquemas
globais de seguridade social, administrados por polí-
45 ticos e burocratas.

A pobreza pode assumir vários aspectos: a po-
breza “estrutural”, ou de massa, que até a revolução
industrial parecia uma fatalidade humana; a pobreza
“conjuntural”, que tradicionalmente advinha de de-
50 sastres climáticos ou de guerras e conflitos políticos,
mas que, na civilização moderna, provém também
de ciclos econômicos que provocam desemprego e
recessão; e o “desvalimento”, ou seja, a situação dos
que não têm capacidade de trabalho por deficiências
55 físicas ou mentais. No tocante à questão global da po-
breza, há um conflito histórico entre duas visões do
mundo que se apresentam em várias formas e graus:
o liberalismo e o dirigismo.
60 que são habitualmente confundidas no debate corren-
te: a cura da pobreza e o igualitarismo. A extinção da
pobreza absoluta é realizável e deve ser um objetivo
social. O igualitarismo é utópico, e todas as tentativas
de alcançá-lo geraram ineficiência ou despotismo.

(...)
Cleo Velleda - 8.fev.99/Folhapress. O economista e diplomata
Roberto Campos (1917-2001) durante debate na Folha em 1999
(com adaptações).
1
O texto O Liberalismo e a Pobreza, em termos de pre-
dominância quase absoluta, deve ser classificado como:
(A) descritivo.
(B) narrativo.
(C) dissertativo-expositivo.
(D) dissertativo-argumentativo.
(E) injuntivo.
Letra d.
(A) Errada. Embora possua traços de descrição, não é
esta a tipologia predominante no texto.
(B) Errada. O texto não é narrativo, pois não apresenta
um relato contado por alguém (narrador).
(C) Errada. O texto não apresenta a discussão de ideias
e, portanto, não é dissertativo-expositivo. O texto apre-
senta uma tese – opinião do autor. No texto expositivo,
não há tese.
(D) Certa. O texto apresenta defesa de uma opinião so-
bre o Liberalismo. Só no texto argumentativo há tese.
(E) Errada. O texto não apresenta instruções, portanto
não é injuntivo.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro 3º Simulado – Investigador de Polícia

2 (C) Errada. O termo “de renda pioraria inicialmente no

No que se tange às figuras de linguagem, é correto dizer desenvolvimento capitalista” é classificado como com-
que o trecho “E este é o único remédio efetivo para a plemento nominal.
pobreza.” (l. 13-14) apresenta: (D) Errada. O termo “da pobreza absoluta” é classificado
(A) metáfora. como complemento nominal.
(B) metonímia. (E) Errada. O termo “da pobreza absoluta” é classificado
(C) silepse. como complemento nominal.
(D) anacoluto.
(E) antítese. Quando o nome a que se refere exprime uma ação, o
complemento nominal é o PACIENTE (alvo) dessa ação.
Letra a. Quando o nome a que se refere exprime uma ação, o
(A) Certa. Metáfora. adjunto adnominal é o AGENTE dessa ação.
(B) Errada. Metonímia.
(C) Errada. Silepse. COMPLEMENTO
(D) Errada. Anacoluto. ≠ ADJUNTO ADNOMINAL
NOMINAL
(E) Errada. Antítese.
Sempre pre- ≠ Nem sempre pre-
Metáfora é uma figura de linguagem muito utilizada posicionado. posicionado.
para fazer comparações por semelhança. É o uso de uma Subordinado a: adje- ≠ Sempre subordinado
palavra com o significado de outra. É um tipo de compa- tivo, advérbio e subs- a: substantivo abstrato
ração subjetiva, momentânea. Consiste no uso de uma tantivo abstrato e (ou) e concreto. Funciona
palavra ou uma expressão em um sentido incomum, ma- cognato de verbo. como satélite do Subs-
nifestando de maneira implícita uma relação de seme- tantivo ou equivalente.
lhança entre dois termos. Dessa forma, a metáfora pode
Relação Completiva. ≠ Relação Subjetiva.
trocar o sentido denotativo, isto é, o significado literal da
palavra, pelo sentido conotativo (forma figurada, subje- Nunca indica posse. ≠ Pode, em certas frases,
tiva) por meio de uma comparação implícita. Exemplos indicar posse.
de metáforas: Essa notícia foi um balde de água fria./ Quando o nome a que ≠ Quando o nome a
Aquele homem é um gato./Minha filha está uma girafa!/ se refere exprime uma que se refere exprime
Aquele jogador é um touro. ação, o complemento uma ação, o adjunto
nominal é o PACIENTE adnominal é o AGENTE
3 (alvo) dessa ação. dessa ação.
Assinale a opção em que o termo sublinhado Não é
classificado como complemento nominal, não atuando Não tem cará- ≠ Tem caráter adjetivo
como paciente do termo anterior. ter adjetivo. (loc. Adjetiva).
(A) “mesmo após a derrota mundial do socialis- INTERSECÇÃO  SUBSTANTIVO ABSTRATO  COM
mo” (l. 7-8) PREPOSIÇÃO
(B) “independentemente dos esforços da burocracia as-
sistencialista” (l. 27-28).
(C) “a distribuição de renda pioraria inicialmente no de- 4
senvolvimento capitalista” (l. 34-35). Assinale a alternativa em que o termo indicado NÃO te-
(D) “O instrumento mais eficaz para a correção da po- nha valor adjetivo.
breza absoluta não é o Estado Interventor” (l. 36-37). (A) “O instrumento mais eficaz para a correção da po-
(E) “A extinção da pobreza absoluta é realizável e deve breza absoluta não é o Estado Interventor” (l. 36-37).
ser um objetivo social.” (l. 61-63). (B) “Mas a experiência dos tigres asiáticos desmente o
fatalismo da chamada “Lei de Kuznets”” (l. 32-33).
Letra b. (C) “Os liberais insistem em separar duas questões que
(A) Errada. O termo “do socialismo” é classificado como são habitualmente confundidas no debate corrente”
complemento nominal. (l. 59-61).
(B) Certa. O termo “da burocracia assistencialista” não é (D) “O crescimento rápido sempre alivia a pobreza”
classificado como complemento nominal. É classificado (l. 26-27).
como adjunto adnominal. (E) “A pobreza pode assumir vários aspectos” (l. 46).

Letra a.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
(A) Certa. O termo “da pobreza absoluta” NÃO tem valor
adjetivo, pois esse termo exerce função de complemen-
to nominal, e este nunca terá função adjetiva.
(B) Errada. O termo “dos tigres asiáticos” (locução adje-
tiva) tem valor adjetivo.
(C) Errada. O termo “duas” (numeral adjetivo) tem va-
lor adjetivo.
(D) Errada. O termo “rápido” (adjetivo) tem va-
lor adjetivo.
(E) Errada. O termo “vários” (pronome indefinido adjeti-
vo) tem valor adjetivo.
PLANA (Pronome adjetivo, Locução Adjetiva, Adjetivo,
Numeral Adjetivo e Artigo) tem valor adjetivo por fun-
cionar como adjunto adnominal. Por outro lado, um ter-
mo que funcione como Complemento Nominal nunca
terá valor adjetivo.
5 (A) Errada. A vírgula antes da conjunção “e” foi empre-
Em “No tocante à questão global da pobreza, há um
conflito histórico entre duas visões do mundo que se
apresentam em várias formas e graus: o liberalismo e o
dirigismo.” (l. 55-58), a vírgula se justifica:
(A) pela elipse de um verbo.
(B) por separar sujeito e predicado.
(C) pelo deslocamento do adjunto adverbial.
(D) pela elipse de um pronome.
(E) para separar o aposto.
Letra c.
(A) Errada. A vírgula se justifica não pela elipse
de um verbo.
(B) Errada. A vírgula se justifica não por separar sujeito e
predicado.
(C) Certa. A vírgula se justifica pelo deslocamento do ad-
junto adverbial.
(D) Errada. A vírgula se justifica não pela elipse de
um pronome.
(E) Errada. A vírgula se justifica não para separar o aposto.
A ordem direta é a disposição canônica dos elementos
constituintes da oração, qual seja: sujeito, verbo, com-
plemento verbal e adjunto adverbial. A vírgula men-
cionada na questão se justifica pelo deslocamento do
adjunto adverbial para o início do período sintático. Tal
deslocamento se dá por inversão.
3º Simulado – Investigador de Polícia
6
“O igualitarismo é utópico, e todas as tentativas de al-
cançá-lo geraram ineficiência ou despotismo.” (l. 63-64)
No trecho anterior, empregou-se corretamente a vírgula
antes da conjunção E. Assinale a alternativa em que a
vírgula antes do E tenha sido usada pelo mesmo moti-
vo anterior.
(A) Eles se esforçaram muito, e não foram re-
compensados.
(B) Carlos foi ao mercado e comprou camisa, e calça, e
meia, e casaco.
(C) C Os malotes já foram armazenados com os envelo-
pes, e as caixas seguirão amanhã.
(D) Os irmãos se reuniram para a festa, e dividiram
as despesas.
(E) Digo, e repito!
Letra c.
gada corretamente. Ela foi usada para traduzir uma ideia
de oposição (e=mas).
(B) Errada. A vírgula antes da conjunção “e” foi em-
pregada corretamente para marcar a repetição, o que
se classifica como polissíndeto (poli = muitas + sínde-
to = conjunção).
(C) Certa. A vírgula antes da conjunção “e” foi emprega-
da corretamente para separar orações coordenadas com
sujeitos diferentes.
(D) Errada. A vírgula antes da conjunção “e” foi empre-
gada corretamente para separar orações coordenadas
como mesmo sujeitos.
(E) Errada. A vírgula antes da conjunção “e” foi empre-
gada corretamente com o intuito de dar ênfase à ação
do sujeito, o qual é o mesmo nas duas orações.
Separam-se entre vírgulas as orações coordenadas liga-
das pelo conectivo “e” quando possuírem sujeitos distin-
tos. Ex.: O rapaz nem se preocupou em se explicar, e seu
pai também não fez questão de saber. A vírgula também
se faz presente quando a conjunção “e” aparece repeti-
da várias vezes – caracterizando um recurso linguístico
denominado de polissíndeto. Ex.: Ele estuda, e trabalha,
e faz serviços extras, e ainda encontra tempo para se di-
vertir nos finais de semana.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro 3º Simulado – Investigador de Polícia

7 9
“Mas a experiência dos tigres asiáticos desmente o fa- “Esperemos que os socialistas, que no passado adora-
talismo da chamada "Lei de Kuznets", segundo a qual a ram o Deus da História, aprendam suas lições. Dar-se-ão
distribuição de renda pioraria inicialmente no desenvol- conta, afinal, que não apenas a economia de comando
vimento capitalista.” (l. 32-35). A palavra destacada no fracassou, mas também que o Estado social democrático
trecho anterior expressa ideia de assistencialista é um Deus que falhou.” (l. 1-5). Os casos
(A) exclusão. grifados anteriormente da ocorrência da palavra QUE
(B) finalidade. classificam-se, respectivamente, como:
(C) comparação. (A) conjunção integrante – pronome relativo – prono-
(D) conformidade. me relativo.
(E) ordem. (B) pronome relativo – conjunção integrante – conjun-
ção integrante.
Letra d. (C) pronome relativo – pronome relativo – conjunção
(A) Errada. A palavra destacada no trecho anterior não integrante.
expressa ideia de exclusão. (D) conjunção subordinativa final – conjunção subordi-
(B) Errada. A palavra destacada no trecho anterior não nativa final – pronome relativo.
expressa ideia de finalidade. (E) conjunção integrante – conjunção integrante – pro-
(C) Errada. A palavra destacada no trecho anterior não nome relativo.
expressa ideia de comparação.
(D) Certa. A palavra destacada no trecho anterior ex- Letra a.
pressa ideia de conformidade. (A) Certa. Conjunção integrante – pronome relativo –
(E) Errada. A palavra destacada no trecho anterior não pronome relativo.
expressa ideia de ordem. (B) Errada.
(C) Errada.
A palavra “segundo” destacada é uma preposição aci- (D) Errada.
dental que expressa ideia de conformidade, e pode ser (E) Errada.
substituída por “conforme”.
O primeiro “que” destacado no trecho se classifica como
8 conjunção integrante, a qual introduz oração subordi-
No trecho “Não há um efeito claro e certo do crescimen- nada substantiva objetiva direta, ou seja, objeto direto
to” (l. 28-29), o verbo destacado é impessoal. O verbo oracional; o segundo “que” destacado se classifica como
destacado NÃO é impessoal em: pronome relativo, o qual introduz oração subordinada
(A) Fazia dias que aguardava a sua transferência para o adjetiva explicativa (com vírgula); e o último “que” des-
setor de finanças. tacado também se classifica como pronome relativo,
(B) Espero que não haja empecilhos à minha promoção. o qual introduz oração subordinada adjetiva restritiva
(C) Fez muito frio no dia da inauguração da nova filial. (sem vírgula).
(D) Já passava das quatro horas quando ela chegou.
(E) Embora houvesse acertado a hora, ele che- 10
gou atrasado. Em “A pobreza pode assumir vários aspectos” (l. 46)
há somente uma oração, pois “pode assumir” é uma
Letra e. locução verbal. A frase a seguir em que há somente
(A) Errada. Fazia dias que aguardava a sua transferência uma oração é:
para o setor de finanças. (A) A tripulação mandou desembarcar a mercadoria.
(B) Errada. Espero que não haja empecilhos à mi- (B) A cadela sentiu estremecer a nave.
nha promoção. (C) A cadelinha quis sair da nave espacial.
(C) Errada. Fez muito frio no dia da inauguração da (D) Os cientistas deixaram morrer o animal.
nova filial. (E) A cadelinha via chegar a ração.
(D) Errada. Já passava das quatro horas quando
ela chegou. Letra c.
(E) Certa. Embora houvesse acertado a hora, ele che- (A) Errada. O verbo no infinitivo “desembarcar” consti-
gou atrasado. tui oração à parte, não compondo locução verbal com o
“mandar”, que é causativo. Não há locução verbal com
O verbo “haver”, quando aparecer na frase como verbo os verbos causativos e sensitivos.
auxiliar, não poderá ser classificado como verbo impessoal.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
(B) Errada. O verbo no infinitivo “estremecer” constitui
oração à parte, não compondo locução verbal com o
“sentir”, que é sensitivo. Não há locução verbal com os
verbos causativos e sensitivos.
(C) Certa. Em “a cadelinha quis sair da nave espacial”, a
expressão “quis sair” é classificada como uma locução
verbal, a qual é formada pelo verbo auxiliar (quis) e ver-
bo principal (sair).
(D) Errada. O verbo no infinitivo “morrer” constitui ora-
ção à parte, não compondo locução verbal com o “dei-
xar”, que é causativo. Não há locução verbal com os ver-
bos causativos e sensitivos.
(E) Errada. O verbo no infinitivo “chegar” constitui ora-
ção à parte, não compondo locução verbal com o “ver”,
que é sensitivo. Não há locução verbal com os verbos
causativos e sensitivos.
O verbo no infinitivo constitui oração à parte, não com-
pondo locução verbal com o causativo ou sensitivo que
o precede. Causativos são os verbos que exprimem uma
relação de causa (“fazer”, “mandar” e “deixar”). Sensi-
tivos são os verbos que indicam a existência de um dos
sentidos (“ver”, “sentir” e “ouvir”). Não há locução ver-
bal com os verbos causativos e sensitivos.
11 -r, -s ou -z – suprimem-se tais letras finais, assumindo
“Este libera as energias produtivas do mercado, tributa
pouco e procura assistir os pobres” (l. 39-41). Nesse seg-
mento do texto I, emprega-se corretamente a regência
do verbo “assistir”, que muda de sentido conforme seja
transitivo direto ou transitivo indireto.
O verbo a seguir em que NÃO ocorre a mesma possibili-
dade de dupla regência e duplo sentido é:
(A) Aspirar.
(B) Visar.
(C) Carecer.
(D) Chamar.
(E) Precisar.
Letra c.
(A) Errada – aspirar;
(B) Errada – visar;
(C) Certa – carecer;
(D) Errada – chamar;
(E) Errada – precisar.
O verbo que NÃO tem a mesma possibilidade de dupla
regência e duplo sentido é o verbo “carecer”. Tendo em
vista que “aspirar” pode ser VTD no sentido de cheirar, e
VTI no sentido de desejar almejar; “visar” pode ser VTD
no sentido de olhar, mirar, dar visto, e VTI no sentido de
desejar, almejar: “chamar” pode ser VTI ou VTD no senti-
do de cognominar, apelidar, e também pode ser VTD no
3º Simulado – Investigador de Polícia
sentido de invocar, mandar vir, convocar; "precisar" pode
ser VTI no sentido de necessitar, e também pode ser VTD
no sentido de fazer uma indicação de modo perfeito.
12
Em “O igualitarismo é utópico, e todas as tentativas de
alcançá-lo geraram ineficiência ou despotismo.” (l. 63-
64), a forma verbal alcançá-lo mostra um pronome en-
clítico em forma correta. Assinale a forma verbal a se-
guir, do presente de indicativo do verbo aproveitar, que
traz um pronome enclítico em forma incorreta.
(A) Alcanço-o.
(B) Alcança-lo.
(C) Alcança-o.
(D) Alcançamo-no.
(E) Alcançam-no.
Letra d.
(A) Certa – alcanço-o.
(B) Certa – alcança-lo.
(C) Certa – alcança-o.
(D) Errada – alcançamo-no.
(E) Certa – alcançam-no.
Os pronomes o, a, os, as – após verbos terminados em
as formas -lo, -la, -los, -las. E os pronomes o, a, os, as –
após verbos terminados em -m, -ão e -õe, assumem as
formas -no, -na, -nos e -nas. Presente do indicativo do
verbo “alcançar”: eu alcanço, tu alcanças, ele alcança,
nós alcançamos, vós alcançais, eles alcançam. E ênclise
significa pronome depois do verbo.
13
“Na realidade, sucumbem a interesses do corporativis-
mo burocrático, em detrimento das massas, e reduzem a
velocidade do crescimento econômico.” (l. 10-13)
A respeito do período anterior, analise as afirmati-
vas a seguir:
I – Há seis preposições.
II – Há cinco artigos.
III – Há dois adjetivos.
Assinale:
(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(C) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
Letra a.
(A) Certa. Todas as afirmativas estão corretas: há seis
preposições, há cinco artigos e há dois adjetivos.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
(B) Errada.
(C) Errada.
(D) Errada.
(E) Errada.
“Na realidade, sucumbem a interesses do corporativis-
mo burocrático, em detrimento das massas, e reduzem
a velocidade do crescimento econômico.”
Preposição: “Na (em + a) realidade, sucumbem a inte-
resses do (de + o) corporativismo burocrático, em detri-
mento das (de + as) massas, e reduzem a velocidade do
(de + o) crescimento econômico.” Há seis preposições.
Artigo: “Na (em + a) realidade, sucumbem a interesses
do (de + o) corporativismo burocrático, em detrimento
das (de + as) massas, e reduzem a velocidade do (de + o)
crescimento econômico.” Há cinco artigos.
Adjetivo: “Na realidade, sucumbem a interesses do cor-
porativismo burocrático, em detrimento das massas, e
reduzem a velocidade do crescimento econômico.” Há
dois adjetivos.
14 ção da pobreza absoluta sem tentar implantar o iguali-
“É uma análise filosófica, política e econômica dos su-
cessos e insucessos da luta contra a pobreza em 21 paí-
ses (inclusive o Brasil), entre 1950 e 1985.” (l. 22-25). A
regra que justifica o emprego da primeira vírgula nesse
segmento é:
(A) indicar o vocativo.
(B) destacar o aposto.
(C) separar elementos de uma enumeração.
(D) marcar o deslocamento de um termo.
(E) distinguir uma restrição de uma explicação.
Letra c.
(A) Errada. A regra que justifica o emprego da primeira
vírgula nesse segmento não é indicar o vocativo.
(B) Errada. A regra que justifica o emprego da primeira
vírgula nesse segmento não é destacar o aposto.
(C) Certa. A regra que justifica o emprego da primeira
vírgula nesse segmento é separar elementos de uma
enumeração.
(D) Errada. A regra que justifica o emprego da primeira
vírgula nesse segmento não é marcar o deslocamento
de um termo.
(E) Errada. A regra que justifica o emprego da primeira
vírgula nesse segmento não é distinguir uma restrição
de uma explicação.
A regra que justifica o emprego da primeira vírgula nes-
se segmento é separar elementos de uma enumeração.
Enumeração representa a sequência de termos de mes-
ma função sintática. No que tange ao trecho citado, tem-
-se a enumeração de adjuntos adnominais representa-
dos pelos adjetivos: “filosófica”, “política” e “econômica”.
3º Simulado – Investigador de Polícia
TEXTO II
1
Os liberais certamente lutarão pelo alívio da po-
breza; mas rejeitam o igualitarismo socialista. Em ou-
tras palavras, consideram a “equidade” desejável e a
“igualdade” impossível.
5
São várias as razões por que é fútil pretender-se,
através do intervencionismo governamental, alcançar
uma distribuição igualitária das rendas: 1) Deus não é
socialista e distribuiu com profunda injustiça os dotes
de inteligência, criatividade e diligência; 2) inexistindo
10 normas objetivas de justiça, ou justiciadores sábios e
benevolentes, torna-se perigoso tentar corrigir as in-
justiças divinas pela “justiça social” ditada pelo ideó-
logo, burocrata ou político de plantão; 3) fazer justiça
social pela abolição da propriedade (solução comunis-
15 ta) ou pela tributação distributivista (solução socialis-
ta) redunda em tirania política e expurgos em massa,
ou então, em perda de eficiência econômica (a super-
tributação desincentiva a criatividade e o esforço).

Donde ser melhor, como propõem os liberais,
20 que o Estado seja mais modesto: deve buscar a extin-
tarismo. Por isso os liberais não falam em “seguridade
social universal” e não simpatizam com a “previdência
pública compulsória”. Preferem falar em “redes de se-
25 gurança para os desvalidos” ou em “garantia de renda
mínima” para os realmente pobres. No Brasil, a coisa é
ainda mais rudimentar: a cura da inflação é prefácio e
precondição da cura da pobreza.

Uma das deformações dos sistemas assistenciais
30 desenvolvidos nas sociais democracias é aquilo que
George Stigler chama de “privilégios dos diretores”,
isto é, a captura de benefícios pela classe média. Esta,
nas sociedades industrializadas, é politicamente muito
mais numerosa que os ricos e muito mais articulada
35 que os pobres.

Cria-se assim o “Transfer State”, isto é, o Estado
Transferidor, de que o nosso INSS é modelo exem-
plar. O “Transfer State” morde os ricos pela tributa-
ção e pune os pobres com aposentadorias ridículas,
40 desviando recursos para o bem-estar da classe média
– professores, jornalistas, magistrados, militares, con-
gressistas e burocratas, que gozam de aposentadorias
precoces, desproporcionais às contribuições. São os
chamados “intitulamentos políticos”.
45
A única maneira de se evitar que o poder polí-
tico da classe média puna a produtividade dos mais
eficientes e explore a passividade dos pobres é substi-
tuir o sistema de previdência pública compulsória pela
capitalização individual. É o sistema de cadernetas de
50 poupança previdenciária, onde cada cidadão deposi-
taria sua contribuição, sabendo que os benefícios fu-
turos disso dependem. É o sistema chileno, no qual
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
a contribuição compulsória, anteriormente paga ao
governo, é aplicada em fundos de pensão privada, não
55 havendo assim transferências imerecidas de renda.

O governo não intervém para redistribuir rendas,
limitando-se a fiscalizar o sistema e a complementar
a renda daqueles que, ao fim de sua vida laboral, não
recebam um mínimo vital para sua sobrevivência. O
60 curioso é que o tão vilipendiado general Pinochet, sem
alardear superioridade ética ou sensibilidade social,
intuiu duas coisas fundamentais para a diminuição da
pobreza – o crescimento sustentado e a correção dos
abusos do “Transfer State”.
65
Lal e Myint demonstram a precariedade das ten-
tativas de distributivismo social em países de baixa
taxa de crescimento. Durante algum tempo, Costa
Rica, Sri Lanka e Uruguai foram exibidos como exem-
plos de países bem-sucedidos nessa conciliação. Isso
70 durou pouco porque esses países entraram em crises
fiscais, ou estagnação econômica, tendo o Uruguai
tido que rever seu pesado Estado Providência a fim de
absorver ideias do modelo chileno.

A cura da pobreza não depende da decadência
75 do político, da boa vontade do burocrata ou da pie-
dade do clérigo. Depende do crescimento econômico.
E as molas clássicas do crescimento continuam sendo
a poupança, a produtividade e o espírito empresarial.
Priorizar a realidade humilde, em vez de entronizar a
80 utopia fugaz, é a grande virtude do liberalismo.
Idem, ibidem (com adaptações)
15 “porque”. Logo, ambas têm o mesmo sentido.
“A única maneira de se evitar que o poder político da
classe média puna a produtividade dos mais eficientes
e explore a passividade dos pobres é substituir o sistema
de previdência pública compulsória pela capitalização
individual.” (l. 45-49).
A oração grifada no trecho anterior classifica-se como:
(A) subordinada substantiva subjetiva.
(B) subordinada substantiva predicativa.
(C) subordinada adjetiva restritiva.
(D) subordinada substantiva objetiva direta.
(E) subordinada adjetiva explicativa.
Letra a.
(A) Certa. A oração grifada no trecho anterior classifica-
-se como subordinada substantiva subjetiva.
(B) Errada. A oração grifada no trecho anterior não se
classifica como subordinada substantiva predicativa.
(C) Errada. A oração grifada no trecho anterior não se
classifica como subordinada adjetiva restritiva.
(D) Errada. A oração grifada no trecho anterior não se
classifica como subordinada substantiva objetiva direta.
(E) Errada. A oração grifada no trecho anterior não se
classifica como subordinada adjetiva explicativa.
3º Simulado – Investigador de Polícia
A oração grifada no trecho classifica-se como subordi-
nada substantiva subjetiva, tendo em vista que funciona
como sujeito paciente oracional e faz parte de uma ora-
ção na voz passiva sintética. E a partícula “se” que apa-
rece na oração principal é uma partícula apassivadora.
Portanto, mesmo o verbo “evitar” sendo transitivo dire-
to, a oração em análise não pode ser completiva direta,
por não haver objeto direto na voz passiva.
16
“Isso durou pouco porque esses países entraram em cri-
ses fiscais, ou estagnação econômica, tendo o Uruguai
tido que rever seu pesado Estado Providência a fim de
absorver ideias do modelo chileno.” (l. 69-73)
Assinale a alternativa que poderia substituir o termo gri-
fado no trecho anterior, sem alteração de sentido.
(A) porquanto
(B) portanto
(C) contanto
(D) conquanto
(E) por isso
Letra a.
(A) Certa. Porquanto é uma conjunção causal igual à
conjunção “porque”.
(B) Errada. Portanto é uma conjunção conclusiva.
(C) Errada. Contanto é uma conjunção condicional.
(D) Errada. Conquanto é uma conjunção concessiva.
(E) Errada. Por isso é uma conjunção conclusiva.
Porquanto é uma conjunção causal igual à conjunção
17
O termo “desejável” (l. 3) exerce a função de:
(A) predicativo do sujeito.
(B) adjunto adnominal.
(C) adjunto adverbial.
(D) predicativo do objeto.
(E) aposto.
Letra d.
(A) Errada. O termo “desejável” não exerce a função de
predicativo do sujeito.
(B) Errada. O termo “desejável” não exerce a função de
adjunto adnominal.
(C) Errada. O termo “desejável” não exerce a função de
adjunto adverbial.
(D) Certa. O termo “desejável” exerce a função de predi-
cativo do objeto.
(E) Errada. O termo “desejável” não exerce a função
de aposto.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
Em outras palavras, (os liberais) consideram a “equida-
de” desejável e a “igualdade” impossível.
“Os liberais”: sujeito / “Consideram”: VTD / “a equida-
de”: objeto direto / “desejável”: predicativo do objeto.
18 expressar uma oposição parcial a uma informação
Considerando-se os vocábulos a seguir, assinale a opção
em que as três palavras recebem acento gráfico obriga-
toriamente.
(A) paises / ate / media.
(B) por / ama-la / chapéu.
(C) numero / vangloria / perpetua.
(D) historia / magoa / publica.
(E) intervem / heroi / sabios.
Letra e.
Na opção “a”, somente a palavra “países” deve ser acen-
tuada obrigatoriamente, exemplificando um caso da re-
gra do hiato; na opção “b”, “amá-la (oxítona terminada
em “a”) e “chapéu” (exemplo da regra do ditongo oral
aberto tônico) devem ser acentuadas obrigatoriamen-
te; na opção “c”, nenhuma palavra deve ser acentuada
obrigatoriamente; na opção “d”, nenhuma palavra deve
ser acentuada obrigatoriamente; e, na opção “e”, todas
as palavras devem ser acentuadas obrigatoriamente.
“intervém” é uma oxítona terminada em “em”; “herói”
é um exemplo uma palavra terminada em ditongo oral
aberto tônico; e “sábios” é exemplo de uma palavra
paroxítona terminada em ditongo crescente (sá-bios) e
também pode ser classificada como uma proparoxítona
eventual (sá-bi-os).
19 no plural para concordar com o sujeito paciente, o que é
“...Uma das deformações dos sistemas assistenciais de-
senvolvidos nas sociais democracias é aquilo que George
Stigler chama de ‘privilégios dos diretores’, isto é, a cap-
tura de benefícios pela classe média.” (l. 29-32).
Nesse segmento, a expressão “isto é” tem a função de:
(A) acrescentar uma informação que confirma algo dito
anteriormente.
(B) apresentar uma informação que contrasta com ou-
tra anterior.
(C) corrigir uma informação já passada.
(D) explicar uma informação anteriormente dada.
(E) expressar uma oposição parcial a uma informação
dada antes.
Letra d.
(A) Errada. A expressão “isto é” não tem a função de
acrescentar uma informação que confirma algo dito an-
teriormente.
(B) Errada. A expressão “isto é” não tem a função de
apresentar uma informação que contrasta com ou-
tra anterior.
3º Simulado – Investigador de Polícia
(C) Errada. A expressão “isto é” não tem a função de cor-
rigir uma informação já passada.
(D) Certa. A expressão “isto é” tem a função de explicar
uma informação anteriormente dada.
(E) Errada. A expressão “isto é” não tem a função de
dada antes.
A expressão “isto é” é uma expressão denotativa expli-
cativa cuja função é explicar uma informação anterior-
mente dada.
20
“Isso durou pouco porque esses países entraram em cri-
ses fiscais, ou estagnação econômica, tendo o Uruguai
tido que rever seu pesado Estado Providência a fim de
absorver ideias do modelo chileno.” (l. 69-73). Nessa fra-
se do texto, a forma desenvolvida adequada da oração
reduzida é
(A) para que se absorvessem ideias do modelo chileno.
(B) a fim de absorvermos ideias do modelo chileno.
(C) a fim de que ideias do modelo chileno seja absorvido.
(D) para que se absorva ideias do modelo chileno.
(E) a fim de que se absorvam ideias do modelo chileno.
Letra a.
(A) Certa. Como a forma verbal do verbo da oração prin-
cipal está no passado, o verbo da forma desenvolvida
também deve ficar no passado para que se estabeleça a
correlação verbal. Logo, a forma desenvolvida adequada
da oração reduzida é “para que se absorvessem ideias do
modelo chileno”. E o verbo da oração desenvolvida ficou
corroborado pela presença da partícula apassivadora.
(B) Errada. A forma desenvolvida adequada da oração
reduzida não é a fim de absorvermos ideias do mode-
lo chileno.
(C) Errada. A forma desenvolvida adequada da oração
reduzida não é a fim de que ideias do modelo chileno
seja absorvido.
(D) Errada. A forma desenvolvida adequada da oração
reduzida não é para que se absorva ideias do mode-
lo chileno.
(E) Errada. A forma desenvolvida adequada da oração
reduzida não é a fim de que se absorvam ideias do mo-
delo chileno.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
21 23
“inexistindo normas objetivas de justiça, ou justiciadores
sábios e benevolentes, torna-se perigoso tentar corrigir
as injustiças divinas pela “justiça social” ditada pelo ide-
ólogo, burocrata ou político de plantão” (l. 9-13)
Assinale a alternativa em que o SE desempenhe o mes-
mo papel que o grifado no período anterior.
(A) Eles se sentaram à beira do lago.
(B) Ele se cortou fazendo a barba.
(C) O pai e o filho confrontaram-se até que rompe-
ram relações.
(D) Precisa-se da ajuda do povo para conter o
desmatamento.
(E) Ela se queixou com o chefe.
Letra e.
(A) Errada. O SE, em “Eles se sentaram à beira do lago”,
exerce a função de partícula expletiva e de realce.
(B) Errada. O SE, em “Ele se cortou fazendo a barba.”,
exerce a função de pronome reflexivo.
(C) Errada. O SE, em “O pai e o filho confrontaram-se até
que romperam relações.”, exerce a função de pronome
reflexivo e recíproco.
(D) Errada. O SE, em “Precisa-se da ajuda do povo para
conter o desmatamento”, exerce a função de índice de
indeterminação do sujeito.
(E) Certa. O SE, em “Ela se queixou com o chefe.”, exerce
a função de parte integrante do verbo. Os verbos “quei-
xa-se” e tornar-se” são verbos pronominais, logo a partí-
cula SE referente aos dois verbos desempenha o mesmo
papel: o de parte integrante do verbo.
22 desejável.
Em “Preferem falar em ‘redes de segurança para os
desvalidos’ ou em ‘garantia de renda mínima’ para
os realmente pobres.” (l. 24-26), o sujeito da oração
destacada é:
(A) oracional.
(B) indeterminado.
(C) oculto.
(D) inexistente.
(E) composto.
Letra c.
(A) Errada. O sujeito da oração destacada não é
oracional.
(B) Errada. O sujeito da oração destacada não é in-
determinado.
(C) Certa. O sujeito da oração destacada é oculto.
(D) Errada. O sujeito da oração destacada não é
inexistente.
(E) Errada. O sujeito da oração destacada não
é composto.
O sujeito da oração destacada é oculto e se refere a “li-
berais”. Esse termo ficou subentendido, implícito.
3º Simulado – Investigador de Polícia
Assinale a alternativa em que a classificação da palavra
se, no trecho “A única maneira de se evitar que o poder
político da classe média puna a produtividade dos mais
eficientes” (l. 45-47), esteja correta.
(A) Pronome reflexivo.
(B) Partícula apassivadora.
(C) Índice de indeterminação do sujeito.
(D) Conjunção subordinativa condicional.
(E) Parte integrante do verbo.
Letra b.
(A) Errada. A classificação da palavra “se” está incorreta,
não é pronome reflexivo.
(B) Certa. A classificação da palavra “se” está correta. É
uma partícula apassivadora. Essa classificação se com-
prova pelo fato de a frase estar na voz passiva sintética.
“de se evitar isso” = de ser evitado isso.
(C) Errada. A classificação da palavra “se” está incorreta,
não é índice de indeterminação do sujeito
(D) Errada. A classificação da palavra “se” está incorreta,
não é conjunção subordinativa condicional.
(E) Errada. A classificação da palavra “se” está incorreta,
não é parte integrante do verbo.
24
De acordo com a norma gramatical, o item em que se
substituiu corretamente o complemento verbal subli-
nhado por um pronome é:
(A) “Em outras palavras, consideram a “equidade” de-
sejável” (l. 2-3) / Em outras palavras, consideram-a
(B) “torna-se perigoso tentar corrigir as injustiças divi-
nas” (l. 11-12) / torna-se perigoso tentar corrigí-las.
(C) “Priorizar a realidade humilde” (l. 79) / Priorizar-las.
(D) “distribuiu com profunda injustiça os dotes de inteli-
gência” (l. 8-9) / distribuiu-a com profunda injustiça.
(E) “sabendo que os benefícios futuros disso depen-
dem. (l. 51-52) / sabendo-o.
Letra e.
(A) Errada. A forma correta deveria ser: consideram-na
desejável.
(B) Errada. A forma correta deveria ser: corrigi-las.
(C) Errada. A forma correta deveria ser: priorizá-las.
(D) Errada. A forma correta deveria ser: distribuiu-os
com profunda injustiça.
(E) Certa. A forma correta é: sabendo-o.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
25 (D) Certa. “No céu azul, dois fiapos de nuvens” serve de
O trecho “Os liberais certamente lutarão pelo alívio da
pobreza; mas rejeitam o igualitarismo socialista.” (l. 1-2)
NÃO pode ser reescrito, sem prejuízo sintático e sem al-
teração semântica, da seguinte forma:
(A) Os liberais certamente lutarão pelo alívio da pobre-
za, mas rejeitam o igualitarismo socialista.
(B) Os liberais, certamente, lutarão pelo alívio da pobre-
za. Porém, rejeitam o igualitarismo socialista.
(C) Os liberais certamente lutarão pelo alívio da pobre-
za; rejeitam, porém, o igualitarismo socialista.
(D) Os liberais certamente lutarão pelo alívio da pobre-
za. Mas, rejeitam o igualitarismo socialista.
(E) Os liberais certamente lutarão pelo alívio da pobre-
za. Todavia rejeitam o igualitarismo socialista.
Letra d
(A) Certa. Os liberais certamente lutarão pelo alívio da
pobreza, mas rejeitam o igualitarismo socialista.
(B) Certa. Os liberais, certamente, lutarão pelo alívio da
pobreza. Porém, rejeitam o igualitarismo socialista.
(C) Certa. Os liberais certamente lutarão pelo alívio da
pobreza; rejeitam, porém, o igualitarismo socialista.
(D) Errada. O trecho não pode ser reescrito, sem prejuí-
zo sintático, da seguinte forma: “Os liberais certamente
lutarão pelo alívio da pobreza. Mas, rejeitam o igualita-
rismo socialista.”, pois a conjunção adversativa “mas”
não admite a posposição da vírgula. Exceto, em caso de
vírgula, em uma intercalação ou interrupção.
(E) Certa. Os liberais certamente lutarão pelo alívio da
pobreza. Todavia rejeitam o igualitarismo socialista.
26
As opções a seguir apresentam cinco frases, retiradas
da Nova gramática do português contemporâneo, de
Celso Cunha e Lindley Cintra, que exemplificam certas
regras de emprego da vírgula. Indique a frase que serve
de exemplo para o emprego da vírgula para indicar a su-
pressão de uma palavra.
(A) “Abrem-se lírios, e jasmins, e rosas”.
(B) “A meu pai, com efeito, ninguém fazia falta”.
(C) “Lá fora, a chuvada despenhou-se por fim”.
(D) “No céu azul, dois fiapos de nuvens”.
(E) “Pois eu caçava, visgava, alçapava”.
Letra d.
(A) Errada. Esta frase não serve de exemplo para o em-
prego da vírgula para indicar a supressão de uma palavra.
(B) Errada. Esta frase não serve de exemplo para o em-
prego da vírgula para indicar a supressão de uma palavra.
(C) Errada. Esta frase não serve de exemplo para o em-
prego da vírgula para indicar a supressão de uma palavra.
3º Simulado – Investigador de Polícia
exemplo para o emprego da vírgula para indicar a su-
pressão de uma palavra. Esse é um caso clássico de vír-
gula vicária ou substitutiva. Essa vírgula está substituin-
do a forma verbal “há”, a qual poderia ser explicitada da
seguinte maneira: No céu azul há dois fiapos de nuvens.
Tal construção exemplifica um caso de elipse (supres-
são) verbal.
(E) Errada. Esta frase não serve de exemplo para o em-
prego da vírgula para indicar a supressão de uma palavra.
27
No período “torna-se perigoso tentar corrigir as injusti-
ças divinas” (l. 11-12), a oração em negrito é
(A) subordinada substantiva objetiva direta.
(B) subordinada adjetiva restritiva.
(C) subordinada substantiva subjetiva.
(D) subordinada adverbial final.
(E) subordinada substantiva objetiva indireta.
Letra c.
(A) Errada. A oração em negrito não é subordinada subs-
tantiva objetiva direta.
(B) Errada. A oração em negrito não é subordinada adje-
tiva restritiva.
(C) Certa. A oração em negrito é subordinada substanti-
va subjetiva reduzida de infinitivo, a qual funciona como
sujeito oração do verbo “tornar-se”.
(D) Errada. A oração em negrito não é subordinada ad-
verbial final.
(E) Errada. A oração em negrito não é subordinada subs-
tantiva objetiva indireta.
28
“A única maneira de se evitar que o poder político da
classe média puna a produtividade dos mais eficientes e
explore a passividade dos pobres é substituir o sistema
de previdência pública compulsória pela capitalização
individual.” (l. 45-49).
A forma verbal sublinhada pertence ao presente do sub-
juntivo do verbo “punir”. Assinale a opção que indica a
forma verbal que está incorretamente conjugada nesse
mesmo tempo e pessoa.
(A) Requeira (requerer).
(B) Intervenha (intervir).
(C) Entretenha (entreter.)
(D) Frequente (frequentar).
(E) Antepõe (antepor).
Letra e.
(A) Certa. Requeira (requerer).
(B) Certa. Intervenha (intervir).
(C) Certa. Entretenha (entreter.)
(D) Certa. Frequente (frequentar).
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro 3º Simulado – Investigador de Polícia

(E) Errada. Antepõe (antepor). O verbo “pôr” é de 2ª 30

conjugação, logo o presente do subjuntivo do verbo No trecho “Durante algum tempo, Costa Rica, Sri Lanka e
“pôr” é “ponha”. Uruguai foram exibidos como exemplos de países bem-
-sucedidos nessa conciliação. Isso durou pouco porque
1ª conjugação
2ª conjugação - 3ª conjugação esses países entraram em crises fiscais, ou estagnação
ER ou OR – IR econômica, tendo o Uruguai tido que rever seu pesado
– AR
INFINITIVO requerer
Estado Providência a fim de absorver ideias do modelo
entreter punir
frequentar
antepor intervir chileno.” (l. 67-73), indique como se classifica, morfolo-
Vogal - E gicamente, a palavra em destaque:
Vogal - E
PRESENTE DO Vogal - A querer (es) (A) Pronome relativo.
Pun(e)
INDICATIVO frequent(a) entret(é)m
inter(é)m (B) Conjunção integrante.
antepõ(e)
(C) Pronome indefinido.
Vogal - A
Vogal - A (D) Conjunção coordenativa.
PRESENTE DO Vogal - E requeir(a)
Pun(a) (E) Preposição acidental.
SUBJUNTIVO frequent(e) entretenh(a)
Intervenh(a)
anteponh(a)
Letra e.
29 (A) Errada. A palavra em destaque não se classifica como
“Uma das deformações dos sistemas assistenciais de- pronome relativo.
senvolvidos nas sociais democracias é aquilo que Geor- (B) Errada. A palavra em destaque não se classifica como
ge Stigler chama de “privilégios dos diretores”, isto é, a conjunção integrante.
captura de benefícios pela classe média.” (l. 29-32) (C) Errada. A palavra em destaque não se classifica como
A expressão em destaque exerce a mesma função sin- pronome indefinido.
tática do termo destacado em uma das alternativas a (D) Errada. A palavra em destaque não se classifica como
seguir. Indique-a. conjunção coordenativa.
(A) Deus não é socialista e distribuiu com profunda injus- (E) Certa. A palavra em destaque se classifica como pre-
tiça os dotes de inteligência, criatividade e diligência. posição acidental. Na locução verbal formada pelo ver-
(B) Cria-se assim o “Transfer State”, isto é, o Estado bo “ter” como auxiliar e com o verbo principal no infini-
Transferidor, de que o nosso INSS é modelo exemplar. tivo, e com a partícula “que” no meio desses dois verbos,
(C) Os liberais certamente lutarão pelo alívio da pobreza. essa partícula “que” é uma preposição acidental. E, por
(D) A cura da pobreza não depende da decadência ser uma preposição, ela pode ser substituída pela prepo-
do político. sição “de”. Ex.: “Você tem que largar a mão do não.” Ou
(E) As esquerdas brasileiras (ou será que só restam ca- Você tem de largar a mão do não.
nhotos?), mesmo após a derrota mundial do socia-
lismo, que elas consideram apenas um sucesso mal INFORMÁTICA
explicado, se atribuem duas superioridades. JEFERSON BOGO

Letra e.
(A) Errada. “com profunda injustiça” tem a função de ad-
junto adverbial de modo.
(B) Errada. “o ‘Transfer State’” tem a função de sujei-
to paciente.
(C) Errada. “pelo alívio da pobreza” tem a função de ob-
jeto indireto.
(D) Errada. “da decadência do político” tem a função de
objeto indireto.
(E) Certa. Os termos “de ‘privilégios dos diretores’” e
“um sucesso mal explicado” têm a mesma função sintá-
tica: a de predicativo do objeto.
31
Jeferson Bogo, Policial Civil do Rio de Janeiro, está aces-
sando sua rede social durante o plantão. Ele vê uma pro-
paganda de uma empresa que vende peças de computa-
dor, com descontos atrativos e decide acessar o site pelo
link da rede social, onde informa dados pessoais para re-
ceber mais detalhes. Após alguns momentos, ele recebe
um e-mail – falso – da respectiva rede social que estava
acessando, informando que é necessária uma atualiza-
ção na sua senha. Nesse caso é possível que ele tenha
sido vítima de um golpe chamado:
(A) Pharming.
(B) DDOS.
(C) DOS.
(D) Phishing.
(E) Worm.

Letra d.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
(A) Pharming é um tipo de phishing, mas que redirecio-
na a navegação do usuário para um site falso, alterando
o endereço IP no servidor DNS.
(B) É o ataque de negação de serviço que usa vários
computadores para tirar um do ar.
(C) É o ataque de negação de serviço que usa um com-
putador para tirar outro do ar.
(E) É um malware que não usa hospedeiro e não precisa
ser executado.
32 (B) SMTP
Um Policial Civil do Rio de Janeiro é responsável por ela-
borar as escalas de serviço do efetivo da sua delegacia.
Ele utilizava o editor de textos Word, componente do
pacote Office, versão 2019. Porém, o governo decidiu
migrar para o software livre, instalando o pacote Libre-
office 7, configuração padrão – idioma português Brasil.
Nesse caso ele terá que se acostumar com alguns ata-
lhos que possuem funções distintas nos dois programas.
Assinale a seguir um atalho que possui função distinta
em cada programa:
(A) CTRL+E
(B) CTRL+J
(C) CTRL+C
(D) CTRL+N
(E) CTRL+V
Letra d.
(A) Centralizar.
(B) Justificar.
(C) Copiar.
(D) Word: negrito, Writer: novo documento.
(E) Colar.
33
Jeferson Bogo, Policial Civil do Rio de Janeiro, está edi-
tando uma ocorrência usando o editor Word 2019, con-
figuração padrão – idioma português do Brasil. Para que
ele consiga alternar um parágrafo, com um período, que
foi escrito todo em letras maiúsculas, para que apenas
a primeira letra fique maiúscula, indique qual ícone ele
deve usar após selecionar todo o parágrafo:
(A) (D) 6
(B) (E) 5
(C)
(D) A função maior permite encontrar o maior valor do in-
(E) tervalo analisado de acordo com um índice, ou seja,
Letra c.
(A) Efeitos de texto e tipografia (sombra, reflexo etc.).
(B) Aumentar tamanho da fonte.
(D) Limpar a formatação.
(E) Aplicar tachado.
3º Simulado – Investigador de Polícia
34
Uma Policial Civil do Rio de Janeiro está usando o Win-
dows 10, configuração padrão – português do Brasil.
Ela deseja instalar e configurar no seu computador o
Outlook, para que possa acessar os e-mails já recebidos
mesmo quando estiver offline, pois a Internet na sua de-
legacia é instável. Para que isso que isso se torne possí-
vel, indique qual protocolo que por padrão permite tal
acesso e deve ser configurado:
(A) POP3
(C) DNS
(D) IP
(E) IMAP
Letra a.
(B) O SMTP é o protocolo para envio de e-mail.
(C) Converte um URL para IP e vice-versa.
(D) Fornece um endereço lógico para computadores
de uma rede.
(E) O protocolo IMAP é para o recebimento, porém, por
padrão, não permite o acesso offline às mensagens.
35
Observe a imagem a seguir, que mostra parte de uma
planilha do MS-Excel 2019, em sua configuração padrão
– português do Brasil.
Após inserir na célula “B7” (que não aparece na ima-
gem), a função =MAIOR(A2:B4;3) e teclar Enter, essa cé-
lula vai exibir o valor:
(A) 8
(B) 10
(C) 9
Letra d.
pode ser o primeiro maior valor, o segundo e assim por
diante. Nessa questão foi solicitado o terceiro maior va-
lor do intervalo ( =MAIOR(A2:B4;3) o número “3” indica
esse índice – mas atenção, pois o intervalo a ser conside-
rado é de A2 até B4 e não todo o mostrado na imagem).
Na ordem temos: 10, 9 e 6.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
36 Letra a.
Jeferson Bogo, Policial Civil do Rio de Janeiro, está utili-
zando o Windows 10, configuração padrão – português
Brasil. Ele instalou uma impressora a laser na delegacia
em que trabalha, porém, apesar de verificar todas as co-
nexões e tudo estar correto, ele não consegue imprimir.
Nesse caso, uma possível solução para esse problema é
a instalação de um software que permite a “conversa”
entre o sistema operacional e o dispositivo, chamado:
(A) drive.
(B) kernel.
(C) shell.
(D) driver.
(E) Windows.
Letra d.
(A) É um dispositivo de hardware (exemplo HDD – hard
disk drive).
(B) É o núcleo do sistema operacional.
(C) É um interpretador de comandos, com o Prompt
de Comando.
(E) É o sistema operacional.
37 (C) Protocolo para acessar páginas web sem segurança.
No Windows 10 – configuração padrão, idioma portu-
guês Brasil, ao arrastar um arquivo com o botão esquer-
do do mouse, dentro da mesma unidade lógica (C:, por
exemplo), ele é movido para o destino e se for arrastado
para outra unidade lógica (C: para D:, por exemplo) será
copiado. Para arrastar (com o botão esquerdo) o arquivo
para outra unidade lógica, porém, movendo esse item,
será necessário pressionar, concomitantemente, a tecla:
(A) CTRL
(B) SHIFT
(C) ALT
(D) CTRL+SHIFT
(E) ESC
Letra b.
(A) Copia o item ao ser arrastado (não importa origem
e destino).
c /d) Cria um atalho ao arrastar o item.
(E) Cancela a ação (nem copia, nem move).
38 (A) A criptografia simétrica é mais simples, pelo fato de
Jeferson Bogo, Policial Civil do Rio de Janeiro, está uti-
lizando na delegacia onde trabalha o Libreoffice Writer
7, configuração padrão – idioma português Brasil. Para
inserir uma quebra de página, no ponto em que está po-
sicionado o cursor, ele pode utilizar o atalho:
(A) CTRL+ENTER
(B) CTRL+F
(C) CTRL+P
(D) CTRL+L
(E) CTRL+R
3º Simulado – Investigador de Polícia
(B) Abre a opção de pesquisar.
(C) Abre a caixa de diálogo “Imprimir”.
(D) Alinhar à esquerda.
(E) Alinhar à direita.
39
Em uma rede de computadores, com a Internet ou em
uma Intranet, os protocolos de transporte têm como ta-
refa “desmontar” (dividir em pedaços menores, chama-
dos, genericamente, pacotes) a informação a ser envia-
da. Um dos protocolos utilizados para o transporte faz,
por padrão, a checagem para saber se todos os pacotes
foram entregues e se foram entregues na ordem corre-
ta. Assinale a seguir a alternativa que contém o protoco-
lo descrito.
(A) TCP
(B) DNS
(C) HTTP
(D) UDP
(E) DHCP
Letra a.
(B) Converte um URL em seu respectivo IP e vice-versa.
(D) O protocolo UDP (User Datagram Protocol) não é
orientado à conexão, não garantindo a entrega de todos
os pacotes, nem a sua correta sequência (embora não
garanta, não significa que não possa entregar todos e na
ordem correta).
(E) Atribui dinamicamente IP’s a máquinas de uma rede.
40
Um Policial Civil do Rio de Janeiro deseja criptografar as
ocorrências já realizadas, porém está em dúvida de qual
método criptográfico utilizar. Como ele possuia muitos
documentos para serem criptografados e uma capaci-
dade computacional limitada, preferiu utilizar o método
mais rápido. Portanto ele optou pela criptografia:
(A) simétrica.
(B) assimétrica.
(C) assinatura digital.
(D) compactação.
(E) critpografia quântica.
Letra a.
possuir uma única chave, portanto é mais rápida. Mas
apresenta como desvantagem a fragilidade de possuir
uma única chave, que se descoberta por um terceiro,
permite a leitura das mensagens.
(B) A criptografia assimétrica, por ter duas chaves, é
mais complexa e demorada do que a simétrica.
(C) não provê segurança à mensagem;
(D) apenas visa reduzir o tamanho dos arquivos;
(E) método extremamente complexo e ainda pouco
difundido.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
DIREITO CONSTITUCIONAL
RICARDO BLANCO
41 ria, que preverá indenização compensatória, dentre
Assinale a opção incorreta em relação aos direitos
individuais.
(A) A lei só poderá restringir a publicidade dos atos pro-
cessuais quando a defesa da intimidade ou o interes-
se social o exigirem.
(B) Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por
ordem escrita e fundamentada de autoridade poli-
cial competente, salvo nos casos de transgressão mi-
litar ou crime propriamente militar, definidos em lei.
(C) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se en-
contre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por
ele indicada.
(D) O preso será informado de seus direitos, entre os
quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada
a assistência da família e de advogado.
(E) O preso tem direito à identificação dos responsáveis
por sua prisão ou por seu interrogatório policial.
Letra b.
(A) Certo. “Art. 5º, CF, LX – a lei só poderá restringir a
publicidade dos atos processuais quando a defesa da in-
timidade ou o interesse social o exigirem.”
(B) Errado.
Art. 5º, CF, LXI – ninguém será preso senão em fla-
grante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos ca-
sos de transgressão militar ou crime propriamente
militar, definidos em lei.
(C) Certo. “Art. 5º, CF, LXII – a prisão de qualquer pessoa
e o local onde se encontre serão comunicados imedia-
tamente ao juiz competente e à família do preso ou à
pessoa por ele indicada.”
(D) Certo. “Art.5º, CF, LXIII – o preso será informado
de seus direitos, entre os quais o de permanecer cala-
do, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de
advogado.”
(E) Certo. “Art. 5º, CF, LXIV – o preso tem direito à iden-
tificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu in-
terrogatório policial.”
3º Simulado – Investigador de Polícia
42
São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além
de outros que visem à melhoria de sua condição so-
cial, exceto:
(A) Relação de emprego protegida contra despedida ar-
bitrária ou sem justa causa, nos termos de lei ordiná-
outros direitos.
(B) Seguro-desemprego, em caso de desemprego in-
voluntário.
(C) Fundo de garantia do tempo de serviço.
(D) Salário-mínimo, fixado em lei, nacionalmente unifi-
cado, capaz de atender a suas necessidades vitais bá-
sicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transpor-
te e previdência social, com reajustes periódicos que
lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim.
(E) Piso salarial proporcional à extensão e à complexida-
de do trabalho.
Letra a.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que visem à melhoria de sua condi-
ção social:
I – relação de emprego protegida contra despedida ar-
bitrária ou sem justa causa, nos termos de lei comple-
mentar, que preverá indenização compensatória, dentre
outros direitos; a) Errado.
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego invo-
luntário; b) Certo.
III – fundo de garantia do tempo de serviço; c) Certo.
IV – salário-mínimo, fixado em lei, nacionalmente uni-
ficado, capaz de atender a suas necessidades vitais
básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe pre-
servem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação
para qualquer fim. d) Certo.
V – piso salarial proporcional à extensão e à complexida-
de do trabalho; e) Certo.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
43 Art. 14, CF, § 7º São inelegíveis, no território de ju-
Assinale a opção correta em relação ao direito político.
(A) Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros
e, durante o período do serviço militar obrigatório,
os conscritos.
(B) O Presidente da República, os Governadores de
Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem
os houver sucedido, ou substituído no curso dos
mandatos poderão ser reeleitos para dois períodos
subsequentes.
(C) Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respecti-
vos mandatos até três meses antes do pleito.
(D) São inelegíveis, no território de jurisdição do titu-
lar, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins,
até o terceiro grau ou por adoção, do Presidente da
República, de Governador de Estado ou Território,
do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao plei-
to, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato
à reeleição.
(E) Lei ordinária estabelecerá outros casos de inelegibi-
lidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger
a probidade administrativa, a moralidade para exer-
cício de mandato considerada vida pregressa do can-
didato, e a normalidade e legitimidade das eleições
contra a influência do poder econômico ou o abuso
do exercício de função, cargo ou emprego na admi-
nistração direta ou indireta.
Letra a.
(A) Certo. “Art. 14, CF, § 2º Não podem alistar-se como
eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço
militar obrigatório, os conscritos.”
(B) Errado.
Art. 14, CF, § 5º O Presidente da República, os Go-
vernadores de Estado e do Distrito Federal, os Pre-
feitos e quem os houver sucedido, ou substituído no
curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um
único período subsequente.
(C) Errado.
Art. 14, CF, § 6º Para concorrerem a outros cargos, o
Presidente da República, os Governadores de Esta-
do e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renun-
ciar aos respectivos mandatos até seis meses antes
do pleito.
(D) Errado.
3º Simulado – Investigador de Polícia
risdição do titular, o cônjuge e os parentes consan-
guíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção,
do Presidente da República, de Governador de Esta-
do ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou
de quem os haja substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato
eletivo e candidato à reeleição.
(E) Errado.
Art. 14, CF, § 9º Lei complementar estabelecerá ou-
tros casos de inelegibilidade e os prazos de sua ces-
sação, a fim de proteger a probidade administrativa,
a moralidade para exercício de mandato considera-
da vida pregressa do candidato, e a normalidade e
legitimidade das eleições contra a influência do po-
der econômico ou o abuso do exercício de função,
cargo ou emprego na administração direta ou indi-
reta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão n. 4, de 1994)
44
É competência comum da União, dos Estados, do Distri-
to Federal e dos Municípios, exceto:
(A) zelar pela guarda da Constituição, das leis e das
instituições democráticas e conservar o patrimô-
nio público.
(B) cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e
garantia das pessoas portadoras de deficiência.
(C) proteger os documentos, as obras e outros bens de
valor histórico, artístico e cultural, os monumen-
tos, as paisagens naturais notáveis e os sítios ar-
queológicos.
(D) impedir a evasão, a destruição e a descaracterização
de obras de arte e de outros bens de valor histórico,
artístico ou cultural.
(E) manter relações com Estados estrangeiros e partici-
par de organizações internacionais.
Letra e.
(A) Certo.
Art. 23. É competência comum da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios:
I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das
instituições democráticas e conservar o patrimô-
nio público.
(B) Certo.
Art. 23. É competência comum da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios: (...)
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
II – cuidar da saúde e assistência pública, da prote-
ção e garantia das pessoas portadoras de deficiên-
cia; (Vide ADPF 672)
(C) Certo.
Art. 23. É competência comum da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios: (...)
III – proteger os documentos, as obras e outros
bens de valor histórico, artístico e cultural, os mo-
numentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios
arqueológicos.
(D) Certo.
Art. 23. É competência comum da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios: (...)
IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracte-
rização de obras de arte e de outros bens de valor
histórico, artístico ou cultural.
(E) Errado. “Art. 21. Compete à União: I – manter rela-
ções com Estados estrangeiros e participar de organiza-
ções internacionais.”
45 público de provas ou de provas e títulos, de acor-
Compete privativamente à União legislar sobre, exceto:
(A) Diretrizes da política nacional de transportes.
(B) Regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marí-
tima, aérea e aeroespacial.
(C) Trânsito e transporte.
(D) Jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia.
(E) Direito tributário, financeiro, penitenciário, econô-
mico e urbanístico.
Letra e.
(A) Certo. “Art. 22. Compete privativamente à União le-
gislar sobre: (...) IX – diretrizes da política nacional de
transportes.”
(B) Certo. “Art. 22. Compete privativamente à União le-
gislar sobre: (...) X – regime dos portos, navegação lacus-
tre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial.”
(C) Certo. “Art. 22. Compete privativamente à União le-
gislar sobre: (...) XI – trânsito e transporte.”
(D) Certo. “Art. 22. Compete privativamente à União le-
gislar sobre: (...) XII – jazidas, minas, outros recursos mi-
nerais e metalurgia.”
(E) Errado. “Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao
Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I –
direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico
e urbanístico.”
3º Simulado – Investigador de Polícia
46
Assinale a opção correta em relação à Administra-
ção Pública:
(A) A investidura em cargo ou emprego público não de-
pende de aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos.
(B) O prazo de validade do concurso público será de dois
anos, prorrogável uma vez, por igual período.
(C) Durante o prazo prorrogável previsto no edital de
convocação, aquele aprovado em concurso público
de provas ou de provas e títulos será convocado com
prioridade sobre novos concursados para assumir
cargo ou emprego, na carreira.
(D) É permitida a vinculação ou equiparação de quais-
quer espécies remuneratórias para o efeito de remu-
neração de pessoal do serviço público.
(E) Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor
público não serão computados nem acumulados
para fins de concessão de acréscimos ulteriores.
Letra e.
(A) Errado.
Art. 37, CF, II – a investidura em cargo ou emprego
público depende de aprovação prévia em concurso
do com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em
lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
(B) Errado. “Art. 37, CF, III – o prazo de validade do con-
curso público será de até dois anos, prorrogável uma
vez, por igual período.”
(C) Errado.
Art. 37, CF, IV – durante o prazo improrrogável pre-
visto no edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de provas ou de provas e títulos
será convocado com prioridade sobre novos concur-
sados para assumir cargo ou emprego, na carreira.
(D) Errado.
Art. 37, CF, XIII – é vedada a vinculação ou equipa-
ração de quaisquer espécies remuneratórias para o
efeito de remuneração de pessoal do serviço públi-
co; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.
19, de 1998)
(E) Certo. “Art. 37, CF, XIV – os acréscimos pecuniários
percebidos por servidor público não serão computa-
dos nem acumulados para fins de concessão de acrés-
cimos ulteriores.”
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
47 (E) Certo. “Art. 53, § 4º O pedido de sustação será apre-
Assinale a opção incorreta em relação ao poder
legislativo.
(A) Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e
penalmente, por quaisquer de suas opiniões, pala-
vras e votos.
(B) Os Deputados e Senadores, desde a expedição do di-
ploma, serão submetidos a julgamento perante o STJ.
(C) Desde a expedição do diploma, os membros do Con-
gresso Nacional não poderão ser presos, salvo em
flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os au-
tos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas
à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de
seus membros, resolva sobre a prisão.
(D) Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado,
por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo
Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que,
por iniciativa de partido político nela representado e
pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até
a decisão final, sustar o andamento da ação.
(E) O pedido de sustação será apreciado pela Casa res-
pectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco
dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.
Letra b.
(A) Certo. “Art. 53. Os Deputados e Senadores são invio-
láveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opini-
ões, palavras e votos. (Redação dada pela Emenda Cons-
titucional n. 35, de 2001)”
(B) Errado. “Art. 53, § 1º Os Deputados e Senadores,
desde a expedição do diploma, serão submetidos a jul-
gamento perante o Supremo Tribunal Federal. (Redação
dada pela Emenda Constitucional n. 35, de 2001)”
(C) Certo.
Art. 53, § 2º Desde a expedição do diploma, os
membros do Congresso Nacional não poderão ser
presos, salvo em flagrante de crime inafiançável.
Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vin-
te e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo
voto da maioria de seus membros, resolva sobre a
prisão. (Redação dada pela Emenda Constitucional
n. 35, de 2001)
(D) Certo.
Art. 53, § 3º Recebida a denúncia contra o Senador
ou Deputado, por crime ocorrido após a diploma-
ção, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa
respectiva, que, por iniciativa de partido político
nela representado e pelo voto da maioria de seus
membros, poderá, até a decisão final, sustar o anda-
mento da ação. (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional n. 35, de 2001)
3º Simulado – Investigador de Polícia
ciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de
quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa
Diretora. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
35, de 2001)”
48
Assinale a opção correta segundo à Constituição Federal.
(A) O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho
da República e o Conselho de Defesa Nacional, soli-
citar ao Senado Federal autorização para decretar o
estado de sítio nos casos de comoção grave de reper-
cussão nacional ou ocorrência de fatos que compro-
vem a ineficácia de medida tomada durante o estado
de defesa.
(B) Solicitada autorização para decretar o estado de sí-
tio durante o recesso parlamentar, o Presidente do
Senado Federal, de imediato, convocará extraordina-
riamente o Congresso Nacional para se reunir dentro
de dez dias, a fim de apreciar o ato.
(C) Caberá habeas corpus em relação a punições discipli-
nares militares.
(D) As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do ser-
viço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos,
porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.
(E) Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia
de carreira, incumbem, ressalvada a competência da
União, as funções de polícia judiciária e a apuração
de infrações penais, inclusive as militares.
Letra d.
(A) Errado.
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o
Conselho da República e o Conselho de Defesa Na-
cional, solicitar ao Congresso Nacional autorização
para decretar o estado de sítio nos casos de: I - co-
moção grave de repercussão nacional ou ocorrência
de fatos que comprovem a ineficácia de medida to-
mada durante o estado de defesa;
(B) Errado.
Art. 137, § 2º Solicitada autorização para decretar o
estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Pre-
sidente do Senado Federal, de imediato, convocará
extraordinariamente o Congresso Nacional para se
reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato.
(C) Errado. “Art. 142, § 2º Não caberá habeas corpus em
relação a punições disciplinares militares.”
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
(D) Certo. “Art. 143, § 2º As mulheres e os eclesiásticos
ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo
de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei
lhes atribuir.”
(E) Errado.
Art. 144, § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados
de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a com-
petência da União, as funções de polícia judiciária e
a apuração de infrações penais, exceto as militares.
49 ministrativas e judiciárias da União, ou entre autori-
Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e jul-
gar, originariamente, exceto:
(A) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e
do Distrito Federal, os Prefeitos, e, nestes e nos de
responsabilidade, os desembargadores dos Tribu-
nais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os
membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do
Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais,
dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os
membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos
Municípios e os do Ministério Público da União que
oficiem perante tribunais.
(B) os mandados de segurança e os habeas data con-
tra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do pró-
prio Tribunal.
(C) os conflitos de atribuições entre autoridades ad-
ministrativas e judiciárias da União, ou entre auto-
ridades judiciárias de um Estado e administrativas
de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste
e da União.
(D) o mandado de injunção, quando a elaboração da
norma regulamentadora for atribuição de órgão, en-
tidade ou autoridade federal, da administração dire-
ta ou indireta, excetuados os casos de competência
do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça
Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e
da Justiça Federal.
(E) a homologação de sentenças estrangeiras e a con-
cessão de exequatur às cartas rogatórias.
Letra a.
Prefeito é julgado no TJ do Estado.
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I – processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados
e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabi-
lidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça
dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos
Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Fede-
ral, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribu-
3º Simulado – Investigador de Polícia
nais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros
dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municí-
pios e os do Ministério Público da União que oficiem
perante tribunais; a) Errado.
b) os mandados de segurança e os habeas data con-
tra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio
Tribunal; (Redação dada pela Emenda Constitucio-
nal n. 23, de 1999) b) Certo.
(...)
g) os conflitos de atribuições entre autoridades ad-
dades judiciárias de um Estado e administrativas de
outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da
União; c) Certo.
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da
norma regulamentadora for atribuição de órgão, en-
tidade ou autoridade federal, da administração dire-
ta ou indireta, excetuados os casos de competência
do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça
Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e
da Justiça Federal; d) Certo.
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a con-
cessão de exequatur às cartas rogatórias; (Incluída
pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004) e) Certo.
50
Assinale a opção incorreta em relação ao entendi-
mento do STF.
(A) É inconstitucional norma de constituição estadual
que disponha sobre o depósito de lixo atômico e a
instalação de usinas nucleares. A Constituição Fede-
ral, ao sistematizar a repartição de competências es-
tatais, atribuiu à União, em caráter privativo, a prer-
rogativa para legislar sobre atividades nucleares de
qualquer natureza.
(B) É inconstitucional lei estadual que verse sobre a res-
ponsabilidade de terceiros por infrações de forma
diversa das regras gerais estabelecidas pelo Código
Tributário Nacional. É formalmente inconstitucional
norma estadual que atribui ao contabilista a res-
ponsabilidade solidária, quanto ao pagamento de
impostos e de penalidades pecuniárias, no caso de
suas ações ou omissões concorrerem para a prática
de infração à legislação tributária. Isso porque lei es-
tadual, que amplie as hipóteses de responsabilidade
de terceiros por infrações, invade a competência do
legislador complementar federal para estabelecer
normas gerais em matéria tributária.
(C) É inconstitucional lei estadual que regulamenta as-
pectos da atividade garimpeira, nomeadamente, ao
estabelecer conceitos a ela relacionados, delimitar
áreas para seu exercício e autorizar o uso de azougue
(mercúrio) em determinadas condições. Na hipóte-
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
se, há usurpação da competência legislativa privativa
da União para legislar sobre jazidas, minas, outros
recursos minerais e metalurgia.
(D) É constitucional lei estadual que dispõe sobre a acei-
tação de diplomas expedidos por universidades es-
trangeiras. Não invade a competência privativa da
União para legislar sobre diretrizes e bases da edu-
cação nacional lei estadual que dispõe sobre reco-
nhecimento de diploma obtido por instituições de
ensino superior de países estrangeiros.
(E) É incompatível com a Constituição Federal (CF)
Emenda à Constituição estadual que institui, como
limite remuneratório único dos servidores públicos
estaduais, o valor do subsídio dos ministros do Su-
premo Tribunal Federal.
Letra d.
(A) Certo.
É inconstitucional norma de constituição estadual
que disponha sobre o depósito de lixo atômico e a
instalação de usinas nucleares. A Constituição Fe-
deral, ao sistematizar a repartição de competências
estatais, atribuiu à União, em caráter privativo, a
prerrogativa para legislar sobre atividades nucleares
de qualquer natureza. Com base nesse entendimen-
to, o Plenário, por unanimidade, julgou proceden-
te pedido formulado em ação direta para declarar
a inconstitucionalidade do art. 232 da Constituição
do Estado da Paraíba. ADI 6895/PB, relatora Min.
Cármen Lúcia, julgamento virtual finalizado em
14.9.2021 (terça-feira), às 23:59
(B) Certo.
É inconstitucional lei estadual que verse sobre a res-
ponsabilidade de terceiros por infrações de forma
diversa das regras gerais estabelecidas pelo Código
Tributário Nacional. É formalmente inconstitucional
norma estadual que atribui ao contabilista a res-
ponsabilidade solidária, quanto ao pagamento de
impostos e de penalidades pecuniárias, no caso de
suas ações ou omissões concorrerem para a prática
de infração à legislação tributária. Isso porque lei es-
tadual, que amplie as hipóteses de responsabilidade
de terceiros por infrações, invade a competência do
legislador complementar federal para estabelecer
normas gerais em matéria tributária (1), conforme
disposto no art. 146, III, b, da Constituição Federal.
Com base nesse entendimento, o Plenário, por una-
nimidade, julgou procedente o pedido formulado na
ação direta, para declarar a inconstitucionalidade
dos arts. 45, XII-A, XIII e § 2º, da Lei n. 11.651/1991
do Estado de Goiás, e 36, XII-A e XIII, do Decreto n.
3º Simulado – Investigador de Polícia
4.852/1997 do mesmo ente federativo. ADI 6284/
GO, relator Min. Roberto Barroso, julgamento virtu-
al finalizado em 14.9.2021 (terça-feira), às 23:59.
(C) Certo.
É inconstitucional lei estadual que regulamenta as-
pectos da atividade garimpeira, nomeadamente, ao
estabelecer conceitos a ela relacionados, delimitar
áreas para seu exercício e autorizar o uso de azou-
gue (mercúrio) em determinadas condições. Na
hipótese, há usurpação da competência legislativa
privativa da União para legislar sobre jazidas, minas,
outros recursos minerais e metalurgia. Com base
nesses entendimentos, o Plenário julgou proceden-
te o pedido formulado em ação direta para declarar
a inconstitucionalidade da Lei 1.453/2021 do Estado
de Roraima. ADI 6672/RR, relator Min. Alexandre de
Moraes, julgamento virtual finalizado em 14.9.2021
(terça-feira) às 23:59.
(D) Errado.
É inconstitucional lei estadual que dispõe sobre a
aceitação de diplomas expedidos por universida-
des estrangeiras. Invade a competência privativa da
União para legislar sobre diretrizes e bases da edu-
cação nacional lei estadual que dispõe sobre reco-
nhecimento de diploma obtido por instituições de
ensino superior de países estrangeiros. A internali-
zação de títulos acadêmicos de mestrado e douto-
rado expedidos por instituições de ensino superior
estrangeiras é matéria de interesse geral e impõe
tratamento uniforme em todo o País. Admitir que
os estados disponham de maneira diferente pode,
inclusive, colocar em risco a estrutura da política na-
cional de educação. Com base nesse entendimento,
o Plenário, por unanimidade, julgou procedente o
pedido formulado em ação direta para declarar in-
constitucional a Lei n. 245/2015 do Estado do Ama-
zonas. ADI 6592/AM, relator Min. Roberto Barroso,
julgamento virtual finalizado em 3.9.2021 (sexta-
-feira), às 23:59.
(E) Certo.
É incompatível com a Constituição Federal (CF)
Emenda à Constituição estadual que institui, como
limite remuneratório único dos servidores públicos
estaduais, o valor do subsídio dos ministros do Su-
premo Tribunal Federal. De acordo com o modelo
constitucional vigente, os estados-membros devem
observar o sistema dos subtetos aplicáveis no âmbi-
to de cada um dos Poderes (CF, art. 37, XI, na reda-
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
ção dada pela EC 41/2003) (1) ou optar por instituir
um limite remuneratório único para os servidores
estaduais. Ao optar por instituir um limite único, os
estados-membros devem adotar como parâmetro
remuneratório máximo o subsídio mensal dos de-
sembargadores do respectivo Tribunal de Justiça,
que está limitado a 90,25% do subsídio mensal dos
ministros do STF (CF, art. 37, § 12, incluído pela EC
n. 47/2005) (2) (3). ADI 6746/RO, relatora Min. Rosa
Weber, julgamento virtual finalizado em 28.5.2021
(sexta-feira), às 23:59.
51 n. 186/2008), incorporada à ordem jurídica brasilei-
Assinale a opção incorreta em relação ao entendi-
mento do STF.
(A) É inconstitucional a interpretação que exclui o direito
de candidatos com deficiência à adaptação razoável
em provas físicas de concursos públicos e a submis-
são genérica de candidatos com e sem deficiência
aos mesmos critérios em provas físicas, sem a de-
monstração da sua necessidade para o exercício da
função pública.
(B) Em razão do contexto de anormalidade decorrente
da pandemia da Covid-19, é descabida a exigência de
“justificativa de ausência” às provas do ENEM 2020,
como requisito para a concessão de isenção da taxa
de inscrição para o ENEM 2021. A exigência da com-
provação documental do motivo do não compare-
cimento às provas do ENEM 2020 – como requisito
para a obtenção de isenção da taxa de inscrição para
o ENEM 2021 – revela-se destituída de razoabilidade
e vulnera preceitos fundamentais da Constituição Fe-
deral (CF).
(C) É inconstitucional lei estadual que permita a criação,
incorporação, fusão e desmembramento de municí-
pios sem a edição prévia das leis federais previstas
no art. 18, § 4º, da CF/1988, com redação dada pela
Emenda Constitucional n. 15/1996. Pendente a legis-
lação federal prevista na redação atual do art. 18, §
4º, da Constituição Federal, são inadmissíveis os re-
gramentos estaduais que possibilitem o surgimento
de novos municípios e que invadam a competência
da União para disciplinar o tema.
(D) Segundo o STF, a concessão de pensão vitalícia à viú-
va, à companheira e a dependentes de prefeito, vice-
-prefeito e vereador, falecidos no exercício do man-
dato, é compatível com a Constituição Federal (CF).
(E) É inconstitucional a interpretação de disposições
legais que viabilizem a promoção a cargo de nível
superior a servidores que ingressaram por concurso
público para cargo de nível médio.
Letra d.
(A) Certo.
3º Simulado – Investigador de Polícia
É inconstitucional a interpretação que exclui o di-
reito de candidatos com deficiência à adaptação
razoável em provas físicas de concursos públicos. É
inconstitucional a submissão genérica de candidatos
com e sem deficiência aos mesmos critérios em pro-
vas físicas, sem a demonstração da sua necessidade
para o exercício da função pública. A exclusão da
previsão de adaptação das provas físicas para can-
didatos com deficiência viola o bloco de constitucio-
nalidade composto pela Constituição Federal (CF) e
pela Convenção Internacional sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência – CDPD (Decreto Legislativo
ra com o “status” de Emenda Constitucional (EC),
na forma do art. 5º, § 3º, da CF (1) (2). Com base
nesse entendimento, o Plenário, por unanimidade,
julgou procedente pedido formulado em ação dire-
ta de inconstitucionalidade, para fixar interpretação
conforme a Constituição, no sentido de que: (i) o art.
3º, VI, do Decreto n. 9.508/2018 (3) estabelece uma
faculdade em favor do candidato com deficiência,
que pode fazer uso de suas próprias tecnologias as-
sistivas e de adaptações adicionais, se assim prefe-
rir; e (ii) o art. 4º, § 4º, do Decreto n. 9.508/2018 (4)
— que estabelece que os critérios de aprovação nas
provas físicas poderão ser os mesmos para candida-
tos com e sem deficiência — somente é aplicável às
hipóteses em que essa exigência for indispensável
ao exercício das funções próprias de um cargo pú-
blico específico. ADI 6476/DF, relator Min. Roberto
Barroso, julgamento virtual finalizado em 3.9.2021
(sexta-feira), às 23:59.
(B) Certo.
Em razão do contexto de anormalidade decorrente
da pandemia da Covid-19, é descabida a exigência
de “justificativa de ausência” às provas do ENEM
2020, como requisito para a concessão de isenção
da taxa de inscrição para o ENEM 2021. A exigên-
cia da comprovação documental do motivo do não
comparecimento às provas do ENEM 2020 — como
requisito para a obtenção de isenção da taxa de ins-
crição para o ENEM 2021 — revela-se destituída de
razoabilidade e vulnera preceitos fundamentais da
Constituição Federal (CF) ADPF 874 MC/DF, relator
Min. Dias Toffoli, julgamento virtual finalizado em
3.9.2021 (sexta-feira), às 23:59.
(C) Certo.
É inconstitucional lei estadual que permita a criação,
incorporação, fusão e desmembramento de muni-
cípios sem a edição prévia das leis federais previs-
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
tas no art. 18, § 4º, da CF/1988, com redação dada
pela Emenda Constitucional n. 15/1996.” Pendente
a legislação federal prevista na redação atual do art.
18, § 4º, da Constituição Federal (CF) (1), são inad-
missíveis os regramentos estaduais que possibilitem
o surgimento de novos municípios e que invadam
a competência da União para disciplinar o tema. A
dicção do aludido dispositivo constitucional — na
redação dada pela EC n. 15/1996 — impõe a apro-
vação prévia de leis federais para que os estados-
-membros da Federação sejam autorizados a iniciar
novos processos de emancipação municipal. Até
que isso ocorra, leis estaduais que versem sobre
o tema são inconstitucionais. ADI 4711/RS, relator
Min. Roberto Barroso, julgamento virtual finalizado
em 3.9.2021 (sexta-feira), às 23:59.
(D) Errado.
A concessão de pensão vitalícia à viúva, à compa-
nheira e a dependentes de prefeito, vice-prefeito
e vereador, falecidos no exercício do mandato (1),
não é compatível com a Constituição Federal (CF).
Os cargos políticos do Poder Legislativo e do Poder
Executivo municipal têm caráter temporário e tran-
sitório, motivo pelo qual não se justifica a concessão
de qualquer benefício a ex-ocupante do cargo de
forma permanente, sob pena de afronta aos prin-
cípios da impessoalidade, da moralidade pública e
da responsabilidade com gastos públicos. Ademais,
desrespeita o princípio republicano e o princípio da
igualdade a outorga de tratamento diferenciado a
determinado indivíduo, sem que esteja presente o
fator de diferenciação que justificou sua concessão
na origem. Com base nesse entendimento, o Ple-
nário, por unanimidade, julgou procedente o pedi-
do formulado em arguição de descumprimento de
preceito fundamental para declarar a não recepção,
pela CF, da Lei n. 104/1985 do Município de Nova
Russas/CE (2); e a inconstitucionalidade do art. 20,
§ 2º, das Disposições Transitórias da Lei Orgânica
do mesmo município (3). ADPF 764/CE, relator Min.
Gilmar Mendes, julgamento virtual finalizado em
27.8.2021 (sexta-feira), às 23:59.
Certo. “É inconstitucional a interpretação de disposi-
ções legais que viabilizem a promoção a cargo de nível
superior a servidores que ingressaram por concurso pú-
blico para cargo de nível médio.” ADI 6355/PE, relato-
ra Min. Cármen Lúcia, julgamento virtual finalizado em
28.5.2021 (sexta-feira), às 23:59.
3º Simulado – Investigador de Polícia
52
Assinale a opção correta em relação ao poder executivo.
(A) O Presidente e o Vice-Presidente da República toma-
rão posse em sessão do Senado Federal, prestando o
compromisso de manter, defender e cumprir a Cons-
tituição, observar as leis, promover o bem geral do
povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a
independência do Brasil.
(B) Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e
suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.
(C) Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-
-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, se-
rão sucessivamente chamados ao exercício da Presi-
dência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do
Senado Federal e o do Superior Tribunal Justiça.
(D) O Presidente e o Vice-Presidente da República não
poderão, sem licença da Câmara Federal, ausentar-
-se do País por período superior a quinze dias, sob
pena de perda do cargo.
(E) Admitida a acusação contra o Presidente da Repúbli-
ca, por um terço da Câmara dos Deputados, será ele
submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal
Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o
Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Letra b.
(A) Errado.
Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da Repú-
blica tomarão posse em sessão do Congresso Nacio-
nal, prestando o compromisso de manter, defender
e cumprir a Constituição, observar as leis, promover
o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a
integridade e a independência do Brasil.
(B) Certo. “Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso
de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-
-Presidente.”
(C) Errado.
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e
do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos car-
gos, serão sucessivamente chamados ao exercício
da Presidência o Presidente da Câmara dos Depu-
tados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribu-
nal Federal.
(D) Errado. “Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da
República não poderão, sem licença do Congresso Na-
cional, ausentar-se do País por período superior a quinze
dias, sob pena de perda do cargo.”
(E) Errado.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro 3º Simulado – Investigador de Polícia

Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente 54

da República, por dois terços da Câmara dos Depu- No Estado do Rio de Janeiro, uma empresa de nome
tados, será ele submetido a julgamento perante o Tropa de Elite presta serviços públicos para a Secretaria
Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais co- de Segurança do Estado. Indique a qual tipo de contro-
muns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de le a empresa Tropa de Elite está sujeita, considerando a
responsabilidade. matéria de regime jurídico de entidades da Administra-
ção indireta:
DIREITO ADMINISTRTIVO (A) Hierárquico pelo Estado do Rio de Janeiro, a cuja
autoridade competente cabe o julgamento dos re-
RAFAEL DE OLIVEIRA
cursos administrativos próprios contra decisões da
empresa pública, e ao controle externo pela Contro-
53
ladoria Geral do Estado.
O Professor Keno Savarino, após um longo dia de aula,
(B) Finalístico pelo Estado do Rio de Janeiro, em de-
resolveu dar um "refresco" para seus alunos e lhes mos-
corrência da tutela administrativa que enseja sua
trou, ao final da apresentação, uma questão simples, so-
vinculação a esse ente, e à fiscalização contábil, fi-
bre administração indireta, dizendo que “é o conjunto
nanceira e orçamentária exercida pelo Tribunal de
de pessoas administrativas que, vinculadas à respectiva
Contas estadual.
Administração Direta, têm o objetivo de desempenhar
(C) Judicial pelo Ministério Público do Estado do Rio de
as atividades administrativas de forma descentralizada”.
Janeiro, que fiscaliza a legalidade dos atos da empre-
Sobre o assunto, assinale a alternativa que não apresen-
sa pública, mas não se submete ao controle externo
ta um ente da Administração indireta apresentada pelo
pelo Tribunal de Contas estadual, eis que possui per-
distinto professor.
sonalidade jurídica de direito privado.
(A) Autarquias.
(D) Administrativo pelo Estado do Rio de Janeiro, em de-
(B) Ministério da Saúde.
corrência da sua subordinação hierárquica ao ente a
(C) Sociedades de Economia Mista.
que está vinculado, mas não se submete ao contro-
(D) Empresas Públicas.
le externo pelo Tribunal de Contas estadual, eis que
(E) Fundações Públicas.
possui personalidade jurídica de direito privado.
(E) Ministerial pelo Ministério Público do Estado do Rio
Letra b.
de Janeiro, que exerce poder hierárquico sobre a
Segundo José dos Santos Carvalho Filho (Manual de Di-
empresa pública, mas não se submete ao controle
reito Administrativo, 30ª edição), a Administração indi-
externo pelo Tribunal de Contas estadual, eis que
reta do Estado “é o conjunto de pessoas administrativas
possui personalidade jurídica de direito privado.
que, vinculadas à respectiva Administração Direta, têm o
objetivo de desempenhar as atividades administrativas
Letra b.
de forma descentralizada”. A alternativa “a” refere-se a
Questão interessante para estudo da Organização ad-
um ente da Administração indireta. As letras "c" e "d"
ministrativa. A letra "a" não poderia estar correta, visto
também fazem parte desse rol, tendo como exemplo
que não há subordinação hierárquica entre os entes da
o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, respecti-
Administração Direta e Indireta, existindo tão somente
vamente. A letra "e" também é um desdobramento da
controle finalístico. A letra "b" está correta, pois os entes
Administração indireta. Por fim, a letra "b" é nosso ga-
da Administração indireta se sujeitam a controle fina-
barito, pois, os Ministérios são órgãos públicos dentro
lístico a ser exercido pelas entidades da Administração
do Poder Executivo da União, hierarquicamente subordi-
centralizada, ou seja, haverá um controle em relação ao
nados à Presidência da República e que atuam em áreas
cumprimento de suas finalidades. Não há hierarquia, to-
específicas em todo o território nacional, e, portanto,
davia é preciso verificar se a entidade está cumprindo
fazem parte da Administração Direta.
o propósito para o qual foi criada. Eis o nosso gabarito.
Quanto às letras "c'' e "d", não se trata de controle judi-
cial, visto que toda atividade da Administração Pública
está sujeita a controle judicial, exceto quanto ao mérito
dos atos discricionários, mas o controle citado refere-se
ao de Tutela, além disso, há submissão ao TCE e não é
controle administrativo, visto que não há hierarquia en-
tre administração direta e indireta, o que também jus-
tifica o erro da letra "e", pois não se trata de controle
ministerial, mas finalístico.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
55 56
Vitor Madureira, conhecido inspetor de Polícia da PCRJ,
sempre que sai com amigos, gosta de contar vantagens
de suas aventuras policiais. Mas nesse dia decidiu dar
uma "aula" para os amigos e "lecionou" acerca de pode-
res administrativos. Vitor falou sobre o poder que permi-
te que a Administração Pública apure infrações e aplique
penalidades aos servidores públicos e às demais pessoas
sujeitas à disciplina administrativa. Indique a qual poder
o "supertira" se referia:
(A) Normativo.
(B) Regulamentar.
(C) Disciplinar.
(D) Polícia.
(E) Cautelar.
Letra c.
A letra "a" não está certa, pois, segundo a doutrina, o
poder normativo é uma das formas de expressão da fun-
ção normativa do Poder Executivo, cabendo a este editar
normas complementares à lei para a sua fiel execução. A
letra "b" também está errada, pois o poder regulamentar
consiste na possibilidade de os Chefes do Poder Executi-
vo editarem atos administrativos para dar fiel execução
à lei. A letra "c" está certa e é nosso gabarito, pois tal po-
der consiste na possibilidade de a Administração aplicar
punições aos agentes públicos que cometam infrações
funcionais. Trata-se de poder interno, não permanente
e discricionário, como informou o distinto policial. As le-
tras "d" e "e" estão incorretas, pois o poder de polícia é a
atividade da Administração Pública que impõe limites ao
exercício de direitos e liberdades, em prol do interesse
coletivo e o poder cautelar trata-se de uma permissão
concedida ao Estado-juiz para que possa conceder, além
das medidas cautelares típicas (tais como o arresto ou
sequestro), medidas cautelares atípicas, ou seja, medi-
das não descritas pela norma jurídica.
3º Simulado – Investigador de Polícia
A Delegada Marieta Severo, implacável profissional da
Delegacia de Homicídio, sempre destilava seus conheci-
mentos aos colegas de trabalho. Em um plantão, com
maestria, apresentou três afirmações acerca dos pode-
res da Administração, a fim de testa o conhecimento
dos colegas. Assinale qual ou quais dessas afirmações
está(ão) corretas.
I – A possibilidade de aplicar sanções a particulares
não sujeitos à disciplina interna da Administração
decorre do poder disciplinar.
II – A advertência aplicada ao aluno de escola estadual
que tenha cometido falta dentro do estabelecimen-
to de ensino é expressão do poder regulamentar.
III – O poder de polícia é a atividade do Estado que con-
siste em limitar o exercício dos direitos individuais
em benefício do interesse público.
(A) Apenas o item I encontra-se correto.
(B) Apenas o item II encontra-se correto.
(C) Nenhum dos itens encontram-se corretos.
(D) Apenas o item III encontra-se correto.
(E) Todas os itens encontram-se corretos.
Letra d.
Considerando os conhecimentos da Delegada, nesse dia
percebe-se que ela quis pregar uma peça em seus cole-
gas, pois o item I já está errado, visto que o Poder Disci-
plinar é a prerrogativa para aplicar sanções àqueles que,
submetidos à disciplina interna da Administração, co-
metem infrações. Estão sujeitos a esse poder não apenas
os servidores públicos, mas também as demais pessoas/
particulares sujeitas à disciplina administrativa, como os
estudantes de uma escola pública, que justifica o erro do
item II, pois trata-se da aplicação do poder disciplinar,
e não regulamentar. O item III é o único item certo da
afirmação, pois segundo o art. 78 do Código Tributário
Nacional (CNT), considera-se poder de polícia a ativida-
de da Administração Pública que, limitando ou discipli-
nando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de
ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costu-
mes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício
de atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou
ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos. Portanto apenas o item III está correto.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
57 58
O dedicado aluno Felipe Melo, durante uma viagem a
trabalho, ouvia um podcast acerca do tema “Ato Admi-
nistrativo”. Notou que foram apresentadas quatro afir-
mativas erradas e uma correta sobre o tema. Assinale
qual alternativa estava correta.
(A) Os atos administrativos apenas enunciativos (certi-
dão, atestado, parecer) possuem atributos de pre-
sunção de veracidade e imperatividade.
(B) Segundo a doutrina majoritária, a exteriorização do
ato administrativo será sempre de forma escrita,
com a assinatura da autoridade responsável.
(C) Os atos administrativos não ficam sujeitos a controle
judicial de legalidade, pois são dotados do atributo
da executoriedade.
(D) Os atributos de presunção de veracidade e de legiti-
midade afastam a possibilidade de controle judicial
dos atos administrativos.
(E) Eventual inobservância da finalidade legal ou even-
tual desatendimento do fim de interesse público tor-
na o ato administrativo ilegal, por desvio de poder.
Letra e.
Questão um pouco mais complexa, mas que com aten-
ção é possível se chegar à resposta. A letra "a" está in-
correta, pois, Segundo Di Pietro, a imperatividade não
existe em todos os atos administrativos, mas apenas
naqueles que impõem obrigações. Quando se trata de
ato que confere direitos solicitados pelo administrado
(como na licença, autorização, permissão, admissão) ou
de ato apenas enunciativo (certidão, atestado, parecer,
apostila), esse atributo inexiste. Errada também está a
letra "b", pois a regra é a forma escrita, mas os atos po-
dem ser produzidos na forma de ordens verbais, gestos,
apitos, sinais sonoros e luminosos (semáforos de trânsi-
to), placas. A letra "c" também não está certa, visto que
o controle judicial dos atos administrativos diz respeito a
aspectos de legalidade, descabendo avaliação do mérito
de atos discricionários. O erro da "d" verificamos no fato
em que pelo atributo da presunção de legitimidade, os
atos administrativos são tidos como legais desde a sua
origem e, por isso, vinculam os administrados por ele
atingidos desde a edição. Por conseguinte, o particular é
obrigado a cumprir as determinações do ato ainda que,
aparentemente, ele esteja eivado de ilegalidade. Por
fim, a letra "e" está correta e é nosso gabarito. Pode-
-se dizer que ocorre o desvio de poder quando o agente
pratica o ato com inobservância do interesse público ou
com objetivo diverso daquele previsto explícita ou im-
plicitamente na lei. O agente desvia-se ou afasta-se da
finalidade que deveria atingir para alcançar resultado di-
verso, não amparado pela lei. O vício de finalidade não é
convalidável, logo, o ato deve ser anulado.
3º Simulado – Investigador de Polícia
Diego Keno Tardélio, arrependido de ter deixado seu
time do coração, pendurou as chuteiras e foi dar aula
de Direito Administrativo. Apresentou a seus alunos em
uma aula quatro afirmações corretas e uma errada sobre
os poderes administrativos. Considerando seus conheci-
mentos acerca do tema, assinale a alternativa incorreta
apresentada por Dom Diego.
(A) Os poderes administrativos devem ser usados
em conformidade com a lei e em prol do bene-
fício comum.
(B) O poder hierárquico é o poder de aplicar sanções e
penalidades, apurando infrações dos servidores.
(C) O poder de polícia é a função da Administração Pú-
blica de limitar ou disciplinar direitos, regulando a
prática de atos ou a abstenção de fatos, em razão do
interesse coletivo.
(D) Entende-se por excesso de poder o fato em que a au-
toridade pública extrapola a competência que lhe foi
atribuída.
(E) Há desvio de poder quando o agente do Estado pra-
ticar o ato, até mesmo dentro dos limites da com-
petência a ele conferida, visando a alcançar outra
finalidade, que não aquela prevista em lei.
Letra b.
A letra "a" está correta, apresentando um dos objetivos
fundamentais dos poderes administrativos. A letra "b"
está incorreta e é nosso gabarito, pois o poder hierár-
quico não aplica sanções. Quem aplica sanções são os
poderes disciplinar (internamente) e o poder de polí-
cia (externamente). As letras "c" e "d" apresentam os
conceitos corretos dos temas. A letra "e" está correta,
pois também é conhecido por desvio de finalidade,
nos termos da Lei n. 4.717/1965, aquele que se verifi-
ca ''quando o agente pratica o ato visando fim diverso
daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra
da competência".
59
Acerca do provimento, exercício e vacância, previstos no
Decreto-Lei n. 220/1975, assinale a alternativa correta.
(A) Pedro teve sua demissão invalidada no âmbito ad-
ministrativo. Conforme os ditames da legislação per-
tinente, Pedro deverá ser reintegrado, mas não fará
jus ao ressarcimento.
(B) O funcionário estável poderá ser transferido da Ad-
ministração direta para a autárquica e reciprocamen-
te, ou de um para outro quadro de mesma entidade,
desde que para cargo de retribuição equivalente,
atendida a habilitação profissional; ou removido de
uma Unidade Administrativa para outra do mesmo
órgão ou entidade, desde que haja claro na lotação.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
(C) A posse ocorrerá, sempre, no sistema de classifica-
ção a que pertencia o funcionário.
(D) Reintegrado o funcionário, aquele que não ocuparia
cargo de igual classe se não tivesse ocorrido o ato
de demissão objeto da medida será exonerado ou
promovido ao cargo imediatamente superior, com
direito a ressarcimento.
(E) O funcionário em disponibilidade não poderá ser
aproveitado, ainda que exista cargo de natureza e
vencimento compatíveis com os do anteriormen-
te ocupado.
Letra b.
A letra “a” está em dissonância com a legislação perti-
nente. De acordo com o artigo 5º, caput: “invalidada a
demissão do funcionário, será ele reintegrado e ressar-
cido.” Portanto, Pedro terá direito ao ressarcimento. A
letra “b” está correta e é nosso gabarito, pois reproduz
de forma perfeita o artigo 4º da legislação. As letras “c”
e “d” estão igualmente incorretas, pois, conforme o § 3º
do artigo 5º: “A reintegração (e não a posse) ocorrerá,
sempre, no sistema de classificação a que pertencia o
funcionário” e, conforme o § 4º do mesmo artigo:
Art. 5°, § 4° Reintegrado o funcionário, aquele que
não ocuparia cargo de igual classe se não tivesse
ocorrido o ato de demissão objeto da medida será
exonerado ou reconduzido ao cargo anterior, sem
direito a qualquer ressarcimento, se não estável;
caso contrário, será ele provido em vaga existente
ou permanecerá como excedente até a ocorrên-
cia da vaga.
Por fim, incorreta está também a letra “e”, pois, confor-
me o artigo 6º: “O funcionário em disponibilidade pode-
rá ser aproveitado em cargo de natureza e vencimento
compatíveis com os do anteriormente ocupado”.
60 ceitos de ética, dentre eles, servir à sociedade como
Ainda sobre o Decreto-Lei n. 220/1975, assinale a res-
posta correta.
I – O funcionário estável fisicamente incapacitado para
o pleno exercício do cargo poderá ser ajustado em
outro de vencimento equivalente e compatível com
suas aptidões e qualificações profissionais.
II – A investidura em cargo de provimento efetivo ocor-
rerá com o exercício, que, nos casos de nomeação,
reintegração, transferência e aproveitamento, se
iniciará no prazo de 60 (sessenta) dias, contado da
publicação do ato da posse.
III – A declaração de bens, após reforma da legislação,
deixou de ser requisito para investidura nos car-
gos da PCRJ.
3º Simulado – Investigador de Polícia
(A) Todos os itens estão corretos.
(B) Apenas dois itens estão corretos.
(C) Apenas um item está incorreto.
(D) Todos os itens estão incorretos.
(E) Apenas um item está correto.
Letra c.
O item I encontra-se correto, conforme reprodução per-
feita do artigo 7º da lei. O item II, porém, não está cor-
reto, visto que apresenta dois erros, vejamos de acordo
com o artigo 8º, caput: “A investidura em cargo de pro-
vimento efetivo ocorrerá com o exercício, que, nos casos
de nomeação, reintegração, transferência e aproveita-
mento, se iniciará no prazo de 30 (trinta) dias, contado
da publicação do ato de provimento.” Por fim, o item III
também apresenta um equívoco, pois a declaração de
bens não foi retirada da legislação como requisito para
investidura em cargo público, tanto que se encontra des-
tacada no inciso II do § 1º do artigo 8º da Lei.
61
Ainda Conforme o Decreto-Lei n. 218 de 1975, que dis-
põe sobre o regime jurídico peculiar aos funcionários
civis do serviço policial do poder executivo do Rio de Ja-
neiro, assinale a alternativa incorreta.
(A) Caracteriza a função policial o exercício de atividades
específicas desempenhadas pela autoridade, seus
agentes e auxiliares, para assegurar o cumprimento
da lei, manutenção da ordem pública, a proteção de
bens e pessoas, a prevenção da prática dos ilícitos
penais e atribuições de polícia judiciária.
(B) Os círculos hierárquicos são âmbitos de convivência
entre os policiais de mesma classe e têm a finalidade
de desenvolver o espírito de camaradagem, em am-
biente de estima e confiança, sem prejuízo do res-
peito mútuo.
(C) O policial manterá observância, tanto mais rigorosa
quanto mais elevado for o grau hierárquico, dos pre-
obrigação fundamental e respeitar os direitos e ga-
rantias individuais, entre outros.
(D) Pelo exercício irregular de suas atribuições, o fun-
cionário policial responde civil, penal e adminis-
trativamente.
(E) A função policial, fundada na hierarquia e na disci-
plina, é incompatível com qualquer outra atividade,
não admitindo a lei qualquer exceção.
Letra e.
As letras “a” e “b” estão corretas, conforme artigo 8º e
parágrafo único do artigo 9º, respectivamente. As letras
“c” e “d” estão igualmente certas, inteligência dos inci-
sos I e V dos artigos 10 e 12, respectivamente. Por fim,
na letra “e” vislumbra-se o erro, razão pela qual esse é
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
nosso gabarito, uma vez que, de acordo com o artigo
9º, caput: “A função policial, fundada na hierarquia e na
disciplina, é incompatível com qualquer outra atividade,
salvo as exceções previstas em lei.” Portanto existem
exceções na legislação nacional, como por exemplo, o
magistério, desde que haja compatibilidade de horários.
62
Ainda Conforme o Decreto-Lei n. 218 de 1975, que dis-
põe sobre o regime jurídico peculiar aos funcionários
civis do serviço policial do poder executivo do Rio de Ja-
neiro, assinale a alternativa correta.
I – As cominações civis, penais e disciplinares poderão
cumular-se, sendo umas e outras independentes
entre si, bem assim as instâncias civil, penal e ad-
ministrativa.
II – São transgressões disciplinares, entre outras, a falta
de assiduidade ou impontualidade habituais e inter-
por ou traficar influência alheia para solicitar aces-
so, remoção, transferência ou comissionamento.
III – É vedado à autoridade competente para decidir a
punição o agravamento da classificação atribuída às
transgressões acometidas ao servidor policial.
(A) Todos os itens estão corretos.
(B) Todos os itens estão incorretos.
(C) Apenas um item está incorreto.
(D) Apenas dois itens estão corretos.
(E) Apenas um item está correto.
Letra d.
O item I está correto, conforme determina o artigo 13
da legislação. O item II também está certo e apresenta
duas transgressões disciplinares, conforme incisos I e II
do artigo 14. O item III, por fim, não está certo, pois, de
acordo com o § 4º do artigo 15: “A autoridade compe-
tente para decidir a punição poderá agravar a classifi-
cação atribuída às transgressões atendendo às peculia-
ridades e consequências do caso concreto.” Portanto,
apenas dois itens estão corretos.
3º Simulado – Investigador de Polícia
63
Genivaldo Alonso, grande mestre em Direito Administra-
tivo, durante uma aula expositiva a novos policiais civis,
apresentou a eles diversos temas referentes à profissão,
porém, apresentou também um assunto introdutório
da matéria sobre Estado e governo. De acordo com tal
tema, assinale a alternativa correta.
I – Tradicionalmente, pode-se considerar o Estado
como uma instituição, organizada social, jurídica e
politicamente, detentora de personalidade jurídica
de direito público e de poder soberano.
II – Poder soberano é o poder de um Estado-Nação.
Esse conceito se relaciona com a autoridade supre-
ma, geralmente no âmbito de um país.
III – Território se refere à limitação geográfica, sendo
todo espaço em que o Estado exerce a soberania.
IV – Nação é a população do Estado considerada sob o
aspecto puramente jurídico.
(A) Todos os itens estão corretos.
(B) Apenas um item está correto.
(C) Todos os itens estão incorretos.
(D) Apenas dois itens estão corretos.
(E) Apenas três itens estão corretos.
Letra e.
Tema importante apresentado pelo ilustríssimo profes-
sor. De acordo com os ensinamentos doutrinários acer-
ca dos estudos do Estado e Governo, constata-se que o
item I está correto, apresentando o conceito de Estado,
o qual, além de ser uma instituição organizada, gerencia
os interesses do Povo. O item II está igualmente correto
ao conceituar o poder soberano, o qual também é capaz
de determinar interna e externamente tal soberania. O
item III também está certo, visto que o território, além
de ser uma delimitação geográfica, é todo espaço em
que o Estado exerce a soberania, isto é, onde o seu or-
denamento jurídico tem eficácia e validade. Não é difícil
perceber que a extensão fica a critério exclusivo do le-
gislador, que a determina consoante o interesse político.
Por fim, o item IV está incorreto, visto que a assertiva
apresentou um conceito de povo, e não de nação, esta
por sua vez, é constituída por uma população que par-
tilha a mesma origem, língua, religião e/ou cultura, ou
seja, são pessoas que possuem uma história e identida-
de comuns. Portanto, três itens estão corretos.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro 3º Simulado – Investigador de Polícia

64 preendida como ato normativo emanado do Con-

Rafael França, dedicado Inspetor de Polícia, durante um gresso Nacional elaborado de acordo com o devido
“briefing” apresentou quatro informações incorretas processo legislativo.
acerca da extinção dos Atos administrativos e apenas V – A distinção doutrinária conferida à reserva legal ab-
uma informação correta, assinale-a. soluta e à reserva legal relativa fundamenta-se na
(A) A extinção normal é aquela em que o objeto do ato aplicação dos princípios constitucionais da propor-
desaparece. cionalidade e da razoabilidade, decorrente do prin-
(B) A caducidade ocorre quando lei superveniente torna cípio da discricionariedade.
o ato ilegal.
Assinale a alternativa correta.
(C) A cassação ocorre quando há incompatibilidade ma-
(A) Apenas as assertivas III e IV estão corretas
terial com ato administrativo posterior.
(B) Apenas as assertivas I, III, IV e V estão corretas
(D) A contraposição ocorre quando o particular descum-
(C) Apenas as assertivas II, III e V estão corretas
pre as condições do ato.
(D) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas
(E) A anulação trata-se de juízo de conveniência e opor-
(E) Apenas as assertivas III, IV e V estão corretas
tunidade para a Administração retirar do mundo jurí-
dico um determinado ato.
Letra a.
Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
Letra b.
A letra “a” está incorreta, visto que se refere à extinção
Reserva legal
objetiva, e não à extinção normal do ato. As letras “c” e
É a exigência de lei em sentido formal, manifestação
“d” estão invertidas, sendo que a contraposição ocorre
de vontade do Poder Legislativo para dispor sobre ma-
quando há incompatibilidade material com ato adminis-
téria penal.
trativo posterior e a cassação ocorre quando o particu-
Nessa perspectiva, oferece segurança jurídica em ma-
lar descumpre as condições do ato. A letra “e” trata-se
téria penal.
de revogação, e não de anulação como erroneamente
O princípio da reserva legal tem abrangência diversa e é
informado. Por fim, a letra “b” está correta e é o gaba-
mais restrita do que o princípio da legalidade. De natu-
rito da questão, visto que a caducidade é a extinção do
reza concreta, o princípio da reserva legal somente tem
ato administrativo por invalidade ou ilegalidade super-
aplicação nas hipóteses previstas constitucionalmente.
veniente. Só quem pode revogar ato administrativo por
Também consiste em estatuir que a regulamentação de
motivo de ilegalidade é o Poder Judiciário.
determinadas matérias há de fazer-se necessariamente
por lei formal.
DIREITO PENAL Encontramos o princípio da reserva legal quando a
ISMAEL SOUTO Constituição reserva conteúdo específico à lei. Inclusive,
quando a Constituição outorga poder amplo e geral so-
65 bre qualquer espécie de relação.
Assinale a alternativa correta sobre o princípio da re- A reserva legal é estabelecida de modo absoluto
serva legal. ou relativo.
A reserva legal absoluta é a exigência da Constituição de
I – O princípio constitucional da reserva legal é seme-
edição de lei formal para regulamentação integral da nor-
lhante ao princípio da legalidade, que é o exclusivo
ma constitucional. Esta lei formal é entendida como ato
cumprimento e o respeito à lei formal, conforme
normativo emanado do Congresso nacional elaborado de
estabelecido no âmbito do processo legislativo.
acordo com o devido processo legislativo constitucional.
II – A disciplina jurídica sobre a remuneração dos agen-
A reserva legal relativa é a permissão pela Constituição,
tes públicos em geral está sujeita ao princípio da
apesar da exigência de edição de lei formal, que somen-
reserva legal relativa.
te fixará parâmetros de atuação para o órgão adminis-
III – As hipóteses de reserva legal relativa são estabeleci-
trativo, que poderá complementá-la por ato infralegal,
das diretamente pela Constituição Federal, que, de
porém, respeitados os limites ou requisitos estabeleci-
forma excepcional, permite a complementação da
dos pela legislação.
legislação por atos normativos infraconstitucionais.
IV – O princípio da reserva legal absoluta se materializa
I – Errada.
quando a norma constitucional exige, para sua in-
tegral regulamentação, a edição de lei formal, com-
A doutrina não raro confunde ou não distingue sufi-
cientemente o princípio da legalidade e o da reserva
de lei. O primeiro significa a submissão e o respei-
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
to à lei, ou a atuação dentro da esfera estabelecida
pelo legislador. O segundo consiste em estatuir que
a regulamentação de determinadas matérias há de
se fazer necessariamente por lei formal. (Bitencourt,
Cezar Roberto. Manual de Direito penal, 5ª. Ed. São
Paulo: RT, 1999, p. 40.)
II – Errada. Nessa hipótese temos a reserva legal abso-
luta. Quando a norma constitucional exige para sua in-
tegral regulamentação a edição de lei formal, entendida
como ato normativo emanado do Congresso Nacional
elaborado de acordo com o devido processo legislativo
constitucional.
III – Certa. Um exemplo é o presidente da república po-
der, por decreto, extinguir funções ou cargos públicos,
quando vagos.
IV – Certa. Princípio da reserva legal absoluta: Impossi-
bilidade de tratar sobre determinado assunto senão por
lei formal (impossibilidade de ser por qualquer ato ad-
ministrativo normativo).
V – Errada. O princípio da reserva legal não decorre da
discricionariedade, a decisão de um assunto que deter-
mina ser tratado somente por lei formal ou se poderá
ser tratado por ato infralegal, são hipóteses trazidas pela
constituição federal.
66 LUGAR DO CRIME - DIFERENÇA COM O CÓDIGO DE
Conforme o Código Penal, foram adotadas, via de regra,
quanto ao tempo e ao lugar do crime, respectivamente,
as teorias
(A) do resultado e da atividade.
(B) da atividade e do resultado.
(C) da atividade e mista.
(D) do resultado e da ubiquidade.
(E) da ubiquidade e da atividade.
Letra c.
Tempo do crime - ATIVIDADE
A teoria da atividade considera que o crime foi praticado
no momento da conduta comissiva ou omissiva.
Conforme o CP: “Art. 4º Considera-se praticado o crime
no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado.”
Lugar do crime - UBIQUIDADE, HÍBRIDA OU MISTA
O Código Penal Brasileiro, por meio de seu art. 6º, ado-
ta a teoria da ubiquidade para definir o lugar do crime,
segundo a qual “Considera-se praticado o crime no lu-
gar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em
parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-
-se o resultado”. Ou seja, tanto o lugar da ação ou omis-
são quanto o do resultado são considerados lugares do
mesmo crime.
3º Simulado – Investigador de Polícia
Por conta disso, é possível a ocorrência de crimes à dis-
tância, ou seja, aqueles em que os atos executórios e a
consumação ocorrem em países distintos, cada qual su-
jeito às suas próprias leis.
Valendo-se do princípio de que uma pessoa não pode
ser punida duas vezes pelo mesmo fato (non bis in idem)
e que temos o envolvimento e interesse de mais de uma
Nação, surge então um impasse sobre a aplicação da lei
penal no espaço, pois somente um desses países poderá
aplicar sua legislação pátria ao caso concreto, impedin-
do consequentemente o outro país de fazer o mesmo, e
não é sempre que coincidem as legislações penais inter-
nas de cada Estado sobre a matéria discutida, de modo
que se torna necessária a consulta a tratados e conven-
ções internacionais para solucionar tal conflito e dizer
com qual Estado está o jus puniendi.
Conforme o CP: “Art. 6º Considera-se praticado o crime
no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo
ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria
produzir-se o resultado.”
Teoria do Resultado
Para essa teoria, considera-se o lugar do crime aquele
onde ocorreu a consumação, adotada pelo Código de
Processo Penal.
PROCESSO PENAL
O Código de Processo Penal em seu artigo 70 fixou a
competência pela Teoria do Resultado, ou seja, estabe-
lece ser competente o local onde o delito se consumou.
Conforme o CPP: “Art. 70 A competência será, de regra,
determinada pelo lugar em que se consumar a infração,
ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado
o último ato de execução.”
Não há conflito, pois o Código Penal trata dos crimes à
distância (crimes em que a ação e resultado ocorrem em
lugares diversos), enquanto o Código de Processo Penal
trata dos crimes plurilocais.
O referido artigo 6° tem aplicação no denominado Direi-
to Penal Internacional e visa resolver os conflitos exis-
tentes na aplicação da lei penal no espaço. Quando um
crime tem início no Brasil e termina no Paraguai, ou vice-
-versa, refere-se aos chamados crimes à distância.
O artigo 70 do CPP resolve o conflito de competência
dos crimes plurilocais (crimes que se desenvolvem ex-
clusivamente no território nacional).
Em uma síntese esclarecedora e retomando as três teo-
rias, podemos dizer que, pela teoria da atividade, lugar
do crime seria o da ação ou da omissão, ainda que ou-
tro fosse o da ocorrência do resultado, enquanto a teo-
ria do resultado despreza o lugar da conduta e defende
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
a tese de que lugar do crime será, tão somente, aquele
em que ocorrer o resultado e, por fim, a teoria da ubi-
quidade ou mista adota as duas posições anteriores e
aduz que lugar do crime será o da ação ou da omissão,
bem como onde se produziu ou deveria se produzir o
resultado. (GRECO, 2017, p. 210)
67 risco relevante juridicamente proibido, ou seja, os dois
Conforme o Código Penal Brasileiro, acerca da Teoria Ge-
ral do Crime, assinale a alternativa correta
(A) Nos delitos culposos, a aferição da concreção do ris-
co na implementação do resultado é um dos critérios
da “teoria da imputação subjetiva”.
(B) Sob o prisma formal, o conceito de crime é pré-jurídi-
co, ou seja, é a concepção da sociedade a respeito do
que pode e deve ser proibido. Sob o prisma material,
crime corresponde à concepção do direito acerca do
delito, em uma visão legislativa do fenômeno.
(C) Como causa de exclusão de ilicitude, a legítima de-
fesa também é aplicável caso o agente tenha tido a
possibilidade de fugir da agressão injusta e tenha op-
tado livremente pelo seu enfrentamento.
(D) O direito penal brasileiro admite, excepcionalmente,
a punição de atos meramente preparatórios anterio-
res à fase executória de um crime, nas hipóteses em
que a lei optou por incriminá-los de forma autônoma.
(E) Na legislação pátria, adotou-se o critério tripartite na
definição das infrações penais, ou seja, estas se sub-
dividem em contravenções penais, crimes e delitos.
Letra d.
(A) Errada. O erro da alternativa está em “teoria da im-
putação subjetiva”, o certo seria “imputação objetiva”.
A “Teoria Geral da Imputação Objetiva”, elaborada por
Claus Roxin, elenca fatores normativos que permitem a
imputação do resultado ao autor, sendo imprescindível
o concurso de mais três condições:
1) A criação ou aumento de um risco não permitido;
2) A realização deste risco não permitido no resulta-
do concreto;
3) Que o resultado se encontre dentro do alcance do
tipo/esfera de proteção da norma.
Conforme Roxin:
(...) um resultado causado pelo agente só deve ser
imputado como sua obra e preenche o tipo objetivo
unicamente quando o comportamento do autor cria
um risco não-permitido para o objeto da ação, quan-
do o risco se realiza no resultado concreto, e este re-
sultado se encontra dentro do alcance do tipo.
3º Simulado – Investigador de Polícia
A “teoria da imputação objetiva” tem aplicação aos de-
litos dolosos e culposos, bem como aos delitos formais
ou de mera conduta. No entanto, atualmente, de acordo
com a doutrina e jurisprudência estrangeira, tem maior
aplicação aos delitos de ação e resultado.
Nos delitos culposos, a inobservância do dever de cuida-
do objetivo necessário corresponde à realização de um
têm o mesmo significado.
(B) Errada. A alternativa trouxe os conceitos invertidos.
Conforme Cezar Bitencourt, crime sob o prisma formal,
é toda a ação ou omissão proibida por lei, sob a amea-
ça de pena, enquanto, crime sob o prisma material, é a
ação ou omissão que contraria os valores ou interesses
do corpo social, exigindo sua proibição com a amea-
ça de pena.
(C) Errada. Conforme Cleber Masson, em relação à legí-
tima defesa:
(...) o direito não poderia obrigar alguém a ser co-
varde, a fugir de um ataque injusto quando pode
legitimamente defender. Ao contrário do Estado de
Necessidade, a possibilidade de fuga ou o socorro
de terceiros não impedem, segundo a maior parte
da doutrina penalista, o reconhecimento da legíti-
ma defesa. O agredido não está vinculado à procura
do caminho “mais cômodo” e menos lesivo para es-
capar de um ataque injusto (commodus discessus).
(MASSON, Cleber, Direito Penal Esquematizado -
Parte Geral - Vol. 1, 2015).
Conforme o CP:
Legítima defesa
Art. 25. Entende-se em legítima defesa quem, usan-
do moderadamente dos meios necessários, repele
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou
de outrem.
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos
no caput deste artigo, considera-se também em le-
gítima defesa o agente de segurança pública que re-
pele agressão ou risco de agressão a vítima mantida
refém durante a prática de crimes.
Como se extrai do art. 23, II, do Código Penal, a legítima
defesa é causa de exclusão da ilicitude. Destarte, o fato
típico praticado em legítima defesa é lícito. Não confi-
gura crime.
Conforme o CP:
Exclusão de ilicitude
Art. 23. Não há crime quando o agente pratica o fato:
I – em estado de necessidade;
II – em legítima defesa;
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
III – em estrito cumprimento de dever legal ou no
exercício regular de direito.
Ao contrário do que ocorre no estado de necessidade, a
possibilidade de fuga ou o socorro pela autoridade pú-
blica não impede a legítima defesa. Pois não se impõe o
commodus discessus, isto é, o agredido não está obriga-
do a procurar a saída mais cômoda e menos lesiva para
escapar do ataque injusto.
O Direito não pode se curvar a uma situação ilícita. Ade-
mais, lhe é vedado obrigar que alguém seja pusilânime
ou covarde, fugindo de um ataque injusto quando pode
legitimamente se defender.
Conforme o CP:
Estado de necessidade
Art. 24. Considera-se em estado de necessidade
quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que
não provocou por sua vontade, nem podia de outro
modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifí-
cio, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1º Não pode alegar estado de necessidade quem
tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
§ 2º Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do di-
reito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um
a dois terços.
(D) Certa. Segundo Cleber Masson:
(...) a etapa da preparação, ou dos atos preparató-
rios, corresponde aos atos indispensáveis à prática
da infração penal, municiando-se o agente dos ele-
mentos indispensáveis à prática da infração penal,
municiando-se o agente dos elementos necessários
para a concretização da sua conduta ilícita. É o caso,
por exemplo, da aquisição de um revólver para a
prática de um homicídio, ou da construção de um
cativeiro para a ocultação da vítima de uma extor-
são mediante sequestro. Ato preparatório é a forma
de atuar que cria as condições prévias adequadas
para a realização de um delito planejado. Precisa ir
além do simples projeto interno (mínimo), sem que
se deva, contudo, iniciar a imediata realização tipi-
camente relevante da vontade delitiva (máximo).
(MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado, vo-
lume 1, Parte Geral (arts. 1º a 120), São Paulo: Mé-
todo, 7ª edição, 2013.)
Os atos preparatórios, geralmente, não são puníveis,
nem na forma tentada, uma vez que não se iniciou a
realização do núcleo do tipo penal. De fato, o art. 14,
II, do Código Penal vinculou a tentativa à prática de
atos executórios.
3º Simulado – Investigador de Polícia
Art. 14. Diz-se o crime:
Tentativa
(...)
II – tentado, quando, iniciada a execução, não se
consuma por circunstâncias alheias à vontade
do agente.
Em casos excepcionais, é possível a punição de atos
preparatórios nas hipóteses em que a lei optou por
incriminá-los de forma autônoma. São os chamados
"crimes-obstáculos".
É o que se dá com os crimes de fabrico, fornecimento,
aquisição, posse ou transporte de explosivos ou gás tó-
xico, ou asfixiante (CP, art. 253), incitação ao crime (CP,
art. 286), associação criminosa (CP, art. 288) e petrechos
para a falsificação de moeda (CP, art. 291), entre outros.
(E) Errada. O critério adotado é bipartido na definição
das infrações penais = Contravenções e Crimes (Delito é
sinônimo de crime).
Segundo Rogério Greco:
Muitas vezes nos referimos aos termos crimes, de-
litos e contravenções sem atentar para o seu real
significado. Será o crime diferente do delito, ou
será que são expressões sinônimas? Ou, ainda, há
diferença entre crime, delito e contravenção? Para
responder a essas indagações, é preciso saber que
nosso sistema jurídico penal adotou, de um lado, as
palavras crime e delito como expressões sinônimas,
e, de outro, as contravenções penais. Isso quer di-
zer que, ao contrário de outras legislações que ado-
taram o chamado critério tripartido, a exemplo da
França e da Espanha, no qual existe diferença en-
tre crime, delito e contravenção, diferença esta que
varia de acordo com a gravidade do fato e a pena
cominada à infração penal, nosso sistema jurídico-
-penal, a mesma forma que o alemão e o italiano,
v.g., fez a opção pelo critério bipartido, ou seja,
entende, de um lado, os crimes e os delitos como
expressões sinônimas, e, do outro, as contraven-
ções penais. Quando quisermos nos referir indistin-
tamente a qualquer uma dessas figuras, devemos
utilizar a expressão infração penal. A infração penal,
portanto, como gênero, refere-se de forma abran-
gente aos crimes/delitos e às contravenções penais
como espécies.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
68 No “GATO” ocorre o desvio da energia elétrica antes,
Considerando V (Verdadeiro) e F (Falso), julgue os itens
sobre a classificação das infrações penais:

(  ) Configura-se o crime permanente de furto me-
diante fraude, quando o agente instala, no inte-
rior da residência, dispositivo para alteração do
medidor de energia elétrica localizado na parte
externa do muro da casa.

(  ) Sobre o crime de rixa, os participantes são si-
multaneamente sujeitos ativos e passivos uns
em relação aos outros, pois o crime de rixa é
plurissubjetivo, devendo ter pelo menos, três
participantes para se caracterizar.


(  ) A doutrina não admite o consentimento da vítima
como causa supralegal de exclusão da ilicitude.

(  ) Os crimes comissivos são aqueles que requerem
comportamento positivo, independente do re-
sultado naturalístico para a sua consumação, se
formais.
Assinale a alternativa correta.
(A) F – V – F – V.
(B) F – F – V – V.
(C) V – F – V – F.
(D) V – V – F – F.
(E) V – V – V – V.
Letra a.
(F – V – F – V)
FALSO. Realmente o crime de furto de energia elétrica é
permanente, mas o núcleo do tipo é “subtrair” energia
elétrica. A alteração do medidor de energia elétrica con-
figura o crime de estelionato.
O crime permanente é aquele no qual o momento da
consumação se estende no tempo por vontade do agen-
te, como, por exemplo, em situações de sequestro que
está disposto no Código Penal, cuja sua consumação se
dá com a retirada da liberdade da vítima, mas o delito
continua consumando-se enquanto a vítima permane-
cer sob poder do agente.
Conforme dispõe o artigo 148 do Código Penal: “Art. 148.
Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou
cárcere privado: Pena – reclusão, de um a três anos.”
No caso da energia elétrica, o crime de furto poderá
ocorrer, por exemplo, quando se instala ou se retira fia-
ção diretamente do poste de energia para a moradia ou
comércio, sem passar por qualquer medidor; desvia-se
a corrente elétrica, portanto, em momento anterior ao
repasse no medidor, como se vê comumente em liga-
ções clandestinas. Deve-se advertir que se a energia for
desviada em momento posterior ao medidor oficial, em-
pregando-se algum dispositivo para viciá-lo, o crime será
de estelionato (art. 171 do CP). (ESTEFAM, André. Direito
Penal: parte especial. São Paulo: Saraiva, 2018, p. 393).
3º Simulado – Investigador de Polícia
sem que ela passe do registro/medidor, com subtração
da energia (ligação direta do poste para a residência), a
incidir, portanto, a figura DO FURTO MEDIANTE FRAU-
DE. No furto mediante fraude há subtração e inversão
da posse do bem.
No delito de estelionato, por sua vez, ocorre a adultera-
ção no medidor de energia elétrica, de modo a registrar
menos consumo do que o real, fraudando a empresa
fornecedora (HC 67.829/SP, DJ 10/09/2007). O agente
usa de artifício (finge uma situação de normalidade)
para provocar um resultado de consumo menor, para
que o medidor não marque corretamente.
Essa distinção também foi realizada no AREsp 1418119/
DF, Rel. Ministro Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, jul-
gado em 07/05/2019, quando o STJ considerou que, no
caso concreto, houve alteração (adulteração) no me-
didor de energia elétrica com redução do consumo de
energia, induzindo a erro a companhia elétrica, o que
configura estelionato.
VERDADEIRO. A rixa é um crime plurissubjetivo, só pode
ser praticado por mais de duas pessoas, ou seja, deve
ter, no mínimo, três participantes.
Segundo Guilherme Nucci, os sujeitos ativo e passivo
"podem ser qualquer pessoa, embora, no caso peculiar
da rixa, sejam todos agentes e vítimas ao mesmo tempo".
Os crimes plurissubjetivos (ou de concurso necessário)
são aqueles que exigem dois ou mais agentes para a
prática do delito em virtude de sua conceituação típica.
Eles subdividem-se em três espécies de acordo com o
modus operandi:
- crimes de condutas paralelas: quando há colaboração
nas ações dos sujeitos;
- crimes de condutas convergentes: em que as condutas
se encontram somente após o início da execução do de-
lito pois partem de pontos opostos; e
- crimes de condutas contrapostas: em que as condutas
se desenvolvem umas contra as outras.
Rixa
Art. 137. Participar de rixa, salvo para separar os
contendores:
Pena -– detenção, de quinze dias a dois me-
ses, ou multa.
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corpo-
ral de natureza grave, aplica-se, pelo fato da parti-
cipação na rixa, a pena de detenção, de seis meses
a dois anos.
FALSO. O consentimento do ofendido, entendido como
a anuência do titular do bem jurídico ao fato típico pra-
ticado por alguém, é atualmente aceito como supralegal
de exclusão da ilicitude.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
Sobre o consentimento do ofendido:
- causa de exclusão da tipicidade: se o tipo penal exige o
não consentimento da vítima.
- causa supralegal de exclusão da ilicitude: o consenti-
mento do ofendido, fora essas hipóteses em que o dis-
senso da vítima constitui requisito da figura típica, pode
excluir a ilicitude, se praticado em situação justificante.
VERDADEIRO. Crimes comissivos são praticados por
ação, comportamento positivo, viola-se a proibição con-
tida na norma.
69 da conduta.
O crime de homicídio, art. 121 do Código Penal, é classi-
ficado doutrinariamente como um crime.
(A) de dano, material e instantâneo de efeitos
permanentes.
(B) abstrato, permanente e formal.
(C) vago, comum, de perigo e exaurido.
(D) próprio, forma livre e concurso necessário de agentes.
(E) de mão própria, habitual e de forma vinculada.
Letra a.
Homicídio é crime de dano, crime comum, crime ma-
terial, crime instantâneo de efeitos permanentes e se
consuma com o resultado naturalístico morte.
“Homicídio simples – Art. 121. Matar alguém: Pena –
reclusão, de seis a vinte anos.”
Classificação dos crimes
Crime de dano → Só se consumam com a efetiva lesão
do bem jurídico visado.
Ex.: lesão à vida, no homicídio; ao patrimônio, no furto;
à honra, na injúria etc.
Crime material → Descreve um resultado naturalístico e
exige a sua ocorrência para consumação.
Crime formal → O resultado naturalístico é previsto,
mas dispensável, visto que a consumação ocorre com
a conduta.
Crime de mera conduta → Sequer prevê resultado na-
turalístico. (Ex.: porte ilegal de arma ou violação de
domicílio).
Crime instantâneo → Se consuma em determinado mo-
mento, sem qualquer prolongação.
Crimes instantâneos de efeitos permanentes → Ocorre
quando, consumada a infração em dado momento, os
efeitos permanecem, independentemente da vontade
do sujeito ativo, ou seja, os efeitos são indeléveis (que
não pode ser apagado). Ex.: homicídio consumado.
Crime vago → O Sujeito Passivo é indeterminado.
Crimes permanentes → A consumação se prolonga no
tempo, dependente da ação do sujeito ativo – admite
tentativa. Ex.: Cárcere privado (art. 148).
Crime comum → Pode ser praticado por qualquer pessoa.
3º Simulado – Investigador de Polícia
Crimes próprios → O Tipo Penal requer que o agente osten-
te determinadas características especiais. Ex.: infanticídio.
Crime de mão própria → Exige-se a atuação pessoal do
agente, que não pode ser substituído por mais ninguém.
Ex: Falso Testemunho.
Não admite coautoria, admitindo apenas participação.
Crimes de perigo → O delito consuma-se com o simples
perigo criado para o bem jurídico.
Crime Unissubsistente → Não admite o fracionamento
da conduta, perfazendo-se com um único ato. (Não ad-
mite tentativa).
Crime Plurissubsistente → Admite fracionamento
Crime Habitual → Configura-se mediante a reitera-
ção de atos.
Crime de Ação Única → O tipo penal prevê apenas uma
conduta nuclear possível.
Crime de Ação Múltipla (ou conteúdo variado) → O tipo
penal prevê diversas condutas possíveis.
Crime Falho → Mesmo que Tentativa perfeita ou acabada.
Crime Oco → Mesmo que Crime Impossível.
Crime de Circulação → Praticado por meio de automóvel.
Crime de Atentado → É aquele que a lei atribui pu-
nição idêntica tanto para a tentativa quanto para a
consumação.
Crime à Distância → O Crime percorre territórios de dois
Estados Soberanos (Brasil e Argentina, por exemplo).
Crime de Tendência Interna Transcendente → O sujeito
ativo deseja um resultado dispensável para a consuma-
ção do delito.
Crime de Resultado Cortado → O agente deseja um resul-
tado externo ao tipo e que não depende de sua vontade.
Crime Mutilado de dois atos → O agente deseja um re-
sultado externo ao tipo e que depende de sua vontade.
70
De acordo com o Código Penal Brasileiro, assinale a al-
ternativa correta.
(A) A imperícia será dolosa quando o agente, em ra-
zão de ofício ou determinação legal, der causa ao
resultado.
(B) O agente que assume o risco de produzir o resultado
pratica o crime com culpa consciente.
(C) Quando o agente não puder ser punido por fato pre-
visto como crime doloso, ele será punido, necessa-
riamente, por conduta culposa semelhante.
(D) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só
responde o agente que o houver causado ao menos
culposamente.
(E) Pratica crime culposo o agente que quis o resultado
por meio de imprudência.
Letra d.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
(A) Errada. Imperícia é a inaptidão técnica em atividade,
arte, ofício ou profissão, consubstanciada na incapaci-
dade, desconhecimento ou falta de habilitação para o
exercício de determinado mister que a pessoa se propõe
a exercer. A imperícia só é relevante quando der causa
ao resultado. Não existe imperícia dolosa, pois o agen-
te imperito não quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo, mas provocou ou pela inaptidão técnica em
atividade, ou desconhecimento ou falta de habilitação.
(B) Errada. Para esta alternativa, é necessário o conheci-
mento da diferença entre culpa consciente e dolo even-
tual. A alternativa traz o dolo eventual.
- O dolo eventual se dá quando o agente, mesmo não
querendo o resultado, assume o risco de produzi-lo após
representar em sua mente que, da sua conduta, possa
ocorrer o resultado típico, nos termos da segunda parte
do artigo 18, inciso I do Código Penal.
“Art. 18. Diz-se o crime:
Crime doloso
I – doloso, quando o agente quis o resultado ou as-
sumiu o risco de produzi-lo.”
- Na culpa consciente, o agente efetivamente prevê o
resultado, mas não o quer nem o aceita. Segundo Fer-
nando Capez:
(...) a culpa consciente difere do dolo eventual por-
que neste o agente prevê o resultado mas não se
importa que ele ocorra, ao passo que na culpa cons-
ciente, embora prevendo o que possa vir a acon-
tecer, o agente repudia essa possibilidade. Logo, o
traço distintivo entre ambos é que no dolo eventu-
al o agente diz: “não importa; dane-se”, enquanto
na culpa consciente supõe: “é possível mas não vai
acontecer de forma alguma”.
(C) Errada. O crime doloso ocorre, fundamentado no art
18, I, do CP "... quando o agente quis o resultado ou as-
sumiu o risco de produzi-lo."
O art. 18, II, do CP, por sua vez, dispõe que o crime é
culposo "... quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia."
Para ser como culposo, nos casos em o agente não pu-
der ser punido por fato previsto como crime doloso, é
indispensável que haja previsão legal.
Art. 18. Diz-se o crime:
Crime doloso
I – doloso, quando o agente quis o resultado ou as-
sumiu o risco de produzi-lo;
Crime culposo
II – culposo, quando o agente deu causa ao resulta-
do por imprudência, negligência ou imperícia.
3º Simulado – Investigador de Polícia
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei,
ninguém pode ser punido por fato previsto como
crime, senão quando o pratica dolosamente.
(D) Certa. Fundamentação do art. 19 do CP: "pelo resul-
tado que agrava especialmente a pena, só responde o
agente que o houver causado ao menos culposamente".
(E) Errada. O agente que pratica o crime culposo não
quer diretamente o resultado, mas dá-lhe causa por im-
prudência, negligência ou imperícia.
Crime culposo
Art. 18.
II – culposo, quando o agente deu causa ao resulta-
do por imprudência, negligência ou imperícia.
71
Elias dos Santos, devido a sua negligência, quebra aci-
dentalmente o monitor do computador do seu colega,
Ismael Couto. Nos termos do Código Penal, essa situa-
ção hipotética configura:
(A) crime de dano culposo.
(B) crime de bagatela.
(C) fato atípico.
(D) infração penal de menor potencial ofensivo.
(E) contravenção penal.
Letra c.
(A) Errada. O crime de dano está previsto no Código Penal
ocorre somente na modalidade dolosa. Segundo Grecco,
“O crime de dano só pode ser praticado dolosamente,
não havendo previsão para a modalidade culposa.”
“Dano
Art. 163. Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.”
(B) Errada. Crimes de bagatela são crimes considera-
dos de menor potencial ofensivo, assim, lesionando
infimamente a vítima. O princípio da insignificância ou
da bagatela encontra-se em relação com o princípio da
intervenção mínima do Direito Penal. Este, por sua vez,
parte do pressuposto que a intervenção do Estado na
esfera de direitos do cidadão deve ser sempre a mínima
possível, para que a atuação estatal não se torne dema-
siadamente desproporcional e desnecessária, diante de
uma conduta incapaz de gerar lesão ou ameaça de lesão
ao bem jurídico tutelado.
A jurisprudência dos Tribunais Superiores fixou requisi-
tos para que o aplicador do direito possa reconhecer a
insignificância de determinada conduta. São eles:
- mínima ofensividade da conduta;
- a ausência de periculosidade social da ação;
- o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;
- a inexpressividade da lesão jurídica (HC 92.463 e HC
92.961 no STF e Resp 1084540 no STJ).
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
(C) Certa. Realmente é um fato atípico, pois não existe
crime de dano na modalidade culposa. Segundo Grecco,
"o crime de dano só pode ser praticado dolosamente,
não havendo previsão para a modalidade culposa.”
“Dano
Art. 163. Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.”
(D) Errada. Não existe crime de menor potencial ofensi-
vo sendo que é um fato atípico.
Relembrando que crime de menor potencial ofensivo é
aquele que apresenta pena cominada máxima inferior
a 2 (dois) anos e que deve ser julgado Juizado Especial
Criminal, conforme art. 61 da Lei n. 9.099/1995.
“Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor po-
tencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contraven-
ções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima
não superior a 2 anos, cumulada ou não com multa.”
(E) Errada. Lembrando que o acidente causado por Elias
dos Santos foi uma conduta atípica, não há que se falar
em contravenção penal.
Relembrando que as infrações se subdividem em duas
categorias: crime e contravenção, de acordo com a gra-
vidade. Enquanto os crimes são considerados infrações
penais mais graves, as contravenções são aquelas classi-
ficadas como mais leves. A principal diferença entre elas
é justamente a duração das penas.
72 o agente pelo crime lesão corporal gravíssima.
Sobre as penas privativas de liberdade, conforme o Có-
digo Penal e o entendimento do STJ, os apenados primá-
rios que tenham cometido crime hediondo ou equipara-
do sem resultado morte, poderão progredir de regime
prisional quando tiverem cumprido ao menos
(A) sessenta por cento da pena.
(B) quarenta e cinco por cento da pena.
(C) cinquenta por cento da pena.
(D) quarenta por cento da pena.
(E) setenta por cento da pena.
Letra d.
A 3ª Seção do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu
em 26 de maio de 2021, por unanimidade, que presos
reincidentes condenados por crime hediondo podem
progredir de regime ao completar ao menos 40% da
pena. O entendimento vale desde que a reincidência
não tenha sido por delito de natureza semelhante ao cri-
me hediondo ou equiparado.
Progressão de regime crimes hediondo:
Gabarito → 40% Primário – crime hediondo ou equipa-
rado SEM resultado morte
50% em três hipóteses:
I - Primário em crime hediondo ou equiparado COM re-
sultado morte → sendo vedado o livramento condicional.
3º Simulado – Investigador de Polícia
II - Comando de organização criminosa estruturada para
prática de crime de hediondo ou equiparado.
III - Constituir milícia privada.
60% Reincidente → crime hediondo ou equiparado SEM
resultado morte.
70% Reincidente → crime hediondo ou equiparado
COM resultado morte - sendo vedado o livramento
condicional.
73
Sobre o crime de induzimento, instigação ou auxílio a
suicídio ou a automutilação, é correto afirmar que
(A) da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta
lesão corporal de natureza leve, grave ou gravíssima.
(B) a pena é aumentada de um sexto quando o crime é
praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil.
(C) a pena é aumentada de um terço até a metade se a
conduta é realizada por meio da rede de computado-
res, de rede social ou transmitida em tempo real.
(D) em relação ao crime da automutilação ou da tentati-
va de suicídio que resulta lesão corporal de natureza
grave ou gravíssima, se ele resulta em lesão corporal
de natureza gravíssima e é cometido contra menor de
14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade
ou deficiência mental, não tem o necessário discer-
nimento para a prática do ato, ou que, por qualquer
outra causa, não pode oferecer resistência, responde
(E) induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar
automutilação ou prestar-lhe auxílio formal para que
o faça, configura o crime de induzimento, instigação
ou auxílio a suicídio ou a automutilação.
Letra d.
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a
automutilação
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou
a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio ma-
terial para que o faça:
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
(A) Errada. Lesão de natureza leve, não! Apenas grave ou
gravíssima.
“Art. 122, § 1º Se da automutilação ou da tentativa
de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave
ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129
deste Código:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.”
(B) Errada. Não é aumentada de um sexto, ela é
duplicada!
“Art. 122, § 3º A pena é duplicada:
I – se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe
ou fútil.”
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
(C) Errada. Não é esse o aumento da pena, mas sim
até o dobro.
“Art. 122, § 4º A pena é aumentada até o dobro se a con-
duta é realizada por meio da rede de computadores, de
rede social ou transmitida em tempo real.”
(D) Certa. Literalidade da inclusão do CP:
Art.122, § 6º Se o crime de que trata o § 1º deste
artigo resulta em lesão corporal de natureza gravís-
sima e é cometido contra menor de 14 (quatorze)
anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiên-
cia mental, não tem o necessário discernimento para
a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa,
não pode oferecer resistência, responde o agente
pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código.
(...)
Art. 129, § 2° Se resulta: (lesão corporal gravíssima)
I – Incapacidade permanente para o trabalho;
II – enfermidade incurável;
III – perda ou inutilização do membro, sentido
ou função;
IV – deformidade permanente;
V – aborto:
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
(E) Errada. O erro da alternativa está no “auxílio formal”,
quando o texto da lei apresenta “auxílio material”.
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a
automutilação
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou
a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio ma-
terial para que o faça:
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
74 reclusão de seis a vinte anos. Resta o crime de homicí-
Se Claiton Carnaval matar alguém por motivo fútil, então
responderá pelo crime de:
(A) homicídio simples.
(B) homicídio qualificado.
(C) homicídio tipificado.
(D) homicídio híbrido.
(E) homicídio privilegiado.
Letra b.
(A) Errada. Homicídio simples é o caput do art. 121 do CP.
“Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém:
Pena – reclusão, de seis a vinte anos.”
(B) Certa. O homicídio qualificado está no art. 121, § 2º;
o motivo fútil está no inciso II.
3º Simulado – Investigador de Polícia
Homicídio qualificado
Art. 121, § 2° Se o homicídio é cometido:
I – mediante paga ou promessa de recompensa, ou
por outro motivo torpe;
II – por motivo fútil;
III – com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfi-
xia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de
que possa resultar perigo comum;
IV – à traição, de emboscada, ou mediante dissimu-
lação ou outro recurso que dificulte ou torne impos-
sível a defesa do ofendido;
V – para assegurar a execução, a ocultação, a impu-
nidade ou vantagem de outro crime:
Pena – reclusão, de doze a trinta anos.
Art. 121, § 2º
Feminicídio (...)
VI – contra a mulher por razões da condição de
sexo feminino:
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts.
142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do
sistema prisional e da Força Nacional de Segurança
Pública, no exercício da função ou em decorrência
dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou pa-
rente consanguíneo até terceiro grau, em razão des-
sa condição:
VIII – com emprego de arma de fogo de uso restrito
ou proibido:
Pena – reclusão, de doze a trinta anos.
(C) Errada. Tipificar significa tornar crime uma conduta.
Ex.: se um indivíduo causa, intencionalmente, a morte
de uma outra pessoa, para que haja responsabilização
criminal, é preciso verificar se há uma descrição dessa
conduta em um tipo penal na lei - Matar alguém. Pena:
dio simples.
(D) Errada. O homicídio híbrido é sinônimo de homicídio
privilegiado-qualificado.
Caso de diminuição de pena
Art. 121, § 1º Se o agente comete o crime impelido
por motivo de relevante valor social ou moral, ou
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida
a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a
pena de um sexto a um terço.
A doutrina majoritária entende que, dependendo da na-
tureza da circunstância qualificadora, é possível que ela
coexista com a privilegiadora.
Segundo Rogério Greco:
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
(...) poderia haver, por exemplo, um homicídio pra-
ticado mediante emboscada (qualificadora de natu-
reza objetiva), tendo o agente atuado impelido por
um motivo de relevante valor moral (minorante de
natureza subjetiva).
O que se torna inviável, no caso concreto, é a conco-
mitância de uma qualificadora de natureza subjetiva
com o chamado, equivocadamente, privilégio, visto
serem incompatíveis, a exemplo daquele que mata
seu desafeto por um motivo fútil e ao mesmo tem-
po de relevante valor moral. São situações excluden-
tes entre si.
Portanto, em linhas gerais, o homicídio híbrido é plena-
mente possível, desde que não haja conflito entre cir-
cunstâncias de natureza pessoal. No mesmo caminho,
nada impede o agente de matar por elevado valor social
(matar um traidor da pátria) ou valor moral (estuprador
da filha) com utilização de veneno, fogo, explosivo, asfi-
xia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, bem como
por meio de emboscada, ou mediante dissimulação ou
outro recurso que dificulte ou torne impossível a defe-
sa do ofendido, já que essas qualificadoras são todas de
natureza objetiva.
Entretanto, é necessário um pouco de cautela em rela-
ção ao caso concreto, já que nem todas as minorantes
são compatíveis com qualificadoras, ainda que essas
sejam de natureza objetiva. Nessa perspectiva, impera
trazer que o homicídio sob o domínio de violenta emo-
ção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, que
é causa de diminuição de pena, é inadmissível frente à
qualificadora da emboscada, já que a emboscada não se
coaduna com o domínio de violenta emoção.
(E) Errada. Homicídio privilegiado é o mesmo que homi-
cídio híbrido, são sinônimos. Cabe a explicação da alter-
nativa “d” para esse item.
75 sa condição:
Tratando dos crimes contra a pessoa, assinale a alterna-
tiva incorreta.
(A) Será crime se a lesão corporal for praticada contra
ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou compa-
nheiro, ou ainda com quem conviva ou tenha convi-
vido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das rela-
ções domésticas, de coabitação ou de hospitalidade.
(B) O homicídio qualificado é aquele cometido contra a
mulher por razões da condição do sexo feminino, de-
nominado de feminicídio.
(C) Será tipificado como crime de aborto o caso de o feto
ser anencéfalo.
(D) Será tipificado crime contra a pessoa praticar, com
o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que
está contaminado, ato capaz de produzir contágio.
3º Simulado – Investigador de Polícia
(E) Será tipificado como crime o ato de abandonar pes-
soa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou
autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de de-
fender-se dos riscos resultantes do abandono.
Letra c.
(A) Certa. “Violência doméstica" configura-se quando a
lesão corporal for praticada contra ascendente, descen-
dente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem
conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se
o agente das relações domésticas, de coabitação ou de
hospitalidade.
Violência Doméstica
Art. 129, § 9° Se a lesão for praticada contra ascen-
dente, descendente, irmão, cônjuge ou companhei-
ro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou,
ainda, prevalecendo-se o agente das relações do-
mésticas, de coabitação ou de hospitalidade:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
(B) Certa. O homicídio cometido contra a mulher, por
razões da condição do sexo feminino, se configura em
feminicídio, que é uma modalidade qualificada do crime
de homicídio, consoante previsto no artigo 121, § 2º, in-
ciso VI, do CP.
Art. 121, § 2º
Feminicídio (...)
VI – contra a mulher por razões da condição de
sexo feminino:
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts.
142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do
sistema prisional e da Força Nacional de Segurança
Pública, no exercício da função ou em decorrência
dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou pa-
rente consanguíneo até terceiro grau, em razão des-
VIII – com emprego de arma de fogo de uso restrito
ou proibido:
Pena – reclusão, de doze a trinta anos.
(C) Incorreta. Gabarito da questão. O aborto de feto
com anencefalia não se configura em conduta crimino-
sa, porque não há a possibilidade de vida do feto fora do
útero, tal como decidido pelo Supremo Tribunal Federal.
(D) Certa. Fundamentada no art. 131, CP – Perigo de
contágio de moléstia grave.
Perigo de contágio de moléstia grave
Art. 131. Praticar, com o fim de transmitir a outrem
moléstia grave de que está contaminado, ato capaz
de produzir o contágio:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
(E) Certa. Fundamentada no art. 133, CP – Abandono
de incapaz.
Abandono de incapaz
Art. 133. Abandonar pessoa que está sob seu cuida-
do, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer
motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultan-
tes do abandono:
Pena – detenção, de seis meses a três anos.
§ 1º Se do abandono resulta lesão corporal de na-
tureza grave:
Pena – reclusão, de um a cinco anos.
§ 2º Se resulta a morte:
Pena – reclusão, de quatro a doze anos.
76 (D) Certa. A subtração do valor depositado em conte
Conforme a jurisprudência do STJ, a realização de saques
indevidos na conta corrente de uma pessoa sem o seu
consentimento, por meio da clonagem do cartão e da
senha, será tipificado como o crime de
(A) estelionato.
(B) falsidade ideológica.
(C) apropriação indébita.
(D) furto mediante fraude.
(E) conduta atípica.
Letra d.
(A) Errada. No crime de estelionato, a fraude praticada
induz a vítima a entregar, em erro, uma vantagem, bem
ou valor para o agente do delito. A questão é clara em
relação ao saque. A subtração do valor depositado em
conta corrente foi perpetrada pelo agente que, median-
te emprego de fraude, infringiu o sistema de segurança
da vítima. Sendo assim, não resta configurado o crime
de estelionato.
Estelionato
Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo
alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qual-
quer outro meio fraudulento:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, de
quinhentos mil réis a dez contos de réis.
(B) Errada. Falsidade ideológica, art. 299 do CP, que as-
sim dispõe. A conduta descrita na questão, com toda a
evidência, não se trata do delito de falsidade ideológica.
Falsidade ideológica
Art. 299. Omitir, em documento público ou particu-
lar, declaração que dele devia constar, ou nele in-
serir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da
que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direi-
3º Simulado – Investigador de Polícia
to, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato
juridicamente relevante:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o
documento é público, e reclusão de um a três anos,
e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de
réis, se o documento é particular.
(C) Errada. No crime de apropriação indébita, art. 168
do CP, o agente recebe o bem de forma legítima e, após,
invertendo o título da posse, se apropria do bem sem
título jurídico lícito.
“Apropriação indébita
Art. 168. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem
a posse ou a detenção:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.”
corrente, feita por saque, foi feita pelo agente que, me-
diante emprego de fraude, usou o sistema de segurança
da vítima, que se encontra previsto no artigo 155, § 4º,
inciso II, do Código Penal:
“Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia
móvel: (...)
§ 4º A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se
o crime é cometido: (...)
II – com abuso de confiança, ou mediante fraude, esca-
lada ou destreza.”
O STJ entende de que a situação descrita no enunciado
da questão no sentido de se tratar de crime de furto me-
diante fraude.
A jurisprudência desta Corte tem se orientado no
sentido de que a realização de saques indevidos (ou
transferências bancárias) na conta corrente da víti-
ma sem o seu consentimento, seja por meio de clo-
nagem de cartão e/ou senha, seja por meio de furto
do cartão, seja via internet, configuram o delito de
furto mediante fraude (art. 155, § 4º, II, do CP).(...)
(STJ; Terceira Seção; CC 149.752/PI; Relator Ministro
Reynaldo Soares da Fonseca; DJe 01/02/2017)
(E) Errada. A conduta é típica, conforme explicação pos-
ta na alternativa “d”.
“Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia
móvel: (...)
§ 4º A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se
o crime é cometido: (...)
II – com abuso de confiança, ou mediante fraude, esca-
lada ou destreza.”
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE
PAULO SÉRGIO/ISMAEL SOUTO/WALLACE
FRANÇA/RAFAEL DE OLIVEIRA/NILTON
CARLOS/CARLINHOS COSTA/DOUGLAS
VARGAS
77 278-A do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conforme
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) –
Lei n. 9.503/1997, julgue os itens a seguir e assinale a
alternativa incorreta.
(A) Em caso de acidente com vítima, envolvendo veículo
equipado com registrador instantâneo de velocidade
e tempo (tacógrafo), somente o perito oficial encar-
regado do levantamento pericial poderá retirar o dis-
co ou unidade armazenadora do registro.
(B) O condutor que se utilize de veículo para a prática
do crime de receptação, descaminho, contrabando,
previstos nos artigos 180, 334 e 334-A do Decreto-Lei
n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),
condenado por um desses crimes em decisão judicial
transitada em julgado, terá cassado seu documento
de habilitação ou será proibido de obter a habilita-
ção para dirigir veículo automotor pelo prazo de 5
(cinco) anos.
(C) No caso do condutor de veículo automotor preso em
flagrante na prática dos crimes de receptação, desca-
minho, contrabando, poderá o juiz, em qualquer fase
da investigação ou da ação penal, se houver necessi-
dade para a garantia da ordem pública, como medida
cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério
Público ou ainda mediante representação da autori-
dade policial, decretar, em decisão motivada, a sus-
pensão da permissão ou da habilitação para dirigir
veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.
(D) Juliver, motorista profissional de veículo de trans-
porte rodoviário de cargas se evadiu da fiscalização,
não submetendo o veículo à pesagem obrigatória
nos pontos de pesagem. Nesse caso, se abordado,
além da obrigação de retornar ao ponto de evasão
para fim de pesagem obrigatória, Juliver cometeu
crime de trânsito previsto no Código de Trânsito Bra-
sileiro e infração de natureza grave com a penalida-
de de multa.
(E) A aplicação das penalidades administrativas previs-
tas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não elide
as punições originárias de ilícitos penais decorrentes
de crimes de trânsito, conforme disposições de lei.
Letra d.
(A) Certo. Nesse caso, somente o perito oficial encarre-
gado do levantamento pericial poderá retirar o disco ou
unidade armazenadora do registro, conforme estabele-
ce o artigo 279 do CTB, transcrito a seguir:
3º Simulado – Investigador de Polícia
Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envolven-
do veículo equipado com registrador instantâneo de
velocidade e tempo, somente o perito oficial encar-
regado do levantamento pericial poderá retirar o
disco ou unidade armazenadora do registro.
(B) Certo. Essa é uma previsão legal inserida no artigo
exposto a seguir:
Art. 278-A. O condutor que se utilize de veículo para
a prática do crime de receptação, descaminho, con-
trabando, previstos nos arts. 180, 334 e 334-A do
Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Có-
digo Penal), condenado por um desses crimes em
decisão judicial transitada em julgado, terá cassado
seu documento de habilitação ou será proibido de
obter a habilitação para dirigir veículo automotor
pelo prazo de 5 (cinco) anos. (Incluído pela Lei n.
13.804, de 2019)
(C) Certo. Tal competência está descrita no artigo 278-A,
§ 2º, do CTB:
Art. 278-A, § 2º No caso do condutor preso em fla-
grante na prática dos crimes de que trata o caput
deste artigo, poderá o juiz, em qualquer fase da in-
vestigação ou da ação penal, se houver necessida-
de para a garantia da ordem pública, como medida
cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério
Público ou ainda mediante representação da autori-
dade policial, decretar, em decisão motivada, a sus-
pensão da permissão ou da habilitação para dirigir
veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.
(Incluído pela Lei n. 13.804, de 2019)
(D) Errado. Juliver responderá somente pela infração de
trânsito de natureza grave descrita no artigo 209 do CTB.
Contudo, tal conduta não caracteriza crime previsto na
Lei n. 9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro. Veja o
descrito no artigo 278 do referido Código:
Art. 278. Ao condutor que se evadir da fiscalização,
não submetendo veículo à pesagem obrigatória nos
pontos de pesagem, fixos ou móveis, será aplicada a
penalidade prevista no art. 209, além da obrigação
de retornar ao ponto de evasão para fim de pesa-
gem obrigatória.
(E) Certo. A aplicação das penalidades administrativas
por infrações de trânsito independe da aplicação das pe-
nalidades judiciais descritas no CTB, conforme estabele-
ce o artigo 256, § 1º, do referido Código: “Art. 256. § 1º
A aplicação das penalidades previstas neste Código não
elide as punições originárias de ilícitos penais decorren-
tes de crimes de trânsito, conforme disposições de lei.”
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
78 79
Sobre as disposições da Lei n. 9.455/1997, assinale a al-
ternativa correta.
(A) O crime de tortura é afiançável e suscetível de graça
e anistia.
(B) A pena é aumentada de metade, se o crime for come-
tido por agente público.
(C) A Lei de Tortura é aplicada, mesmo que o crime não
tenha sido cometido no território nacional, se a víti-
ma for brasileira.
(D) A pena é aumentada de metade, se o crime é come-
tido contra criança, gestante, portador de deficiência
ou maior de 70 (setenta) anos, apenas.
(E) O crime de tortura não pode ser praticado por condu-
ta omissiva.
Letra c.
(A) Errada. “Art. 1º, § 6º O crime de tortura é inafiançável
e insuscetível de graça ou anistia.”
(B) Errada. “Art. 1º, § 4º Aumenta-se a pena de um sex-
to até um terço: I – se o crime é cometido por agen-
te público.”
(C) Certa. “Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda
quando o crime não tenha sido cometido em território
nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o
agente em local sob jurisdição brasileira.”
(D) Errada.
Art. 1º, § 4º Aumenta-se a pena de um sexto
até um terço:
I – se o crime é cometido por agente público;
II – se o crime é cometido contra criança, gestante,
portador de deficiência, adolescente ou maior de 60
(sessenta) anos;
III – se o crime é cometido mediante sequestro.
(E) Errada. “Art. 1º, § 2º Aquele que se omite em face
dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las
ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a
quatro anos.”
3º Simulado – Investigador de Polícia
No que tange aos crimes da Lei n. 11.343/2003, marque
a assertiva incorreta:
(A) O crime do artigo 28, posse de drogas para uso pes-
soal, para Luiz Flávio Gomes, seria uma infração penal
sui generis.
(B) Para determinar se a droga se destinava a consumo
pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da
substância apreendida, ao local e às condições em
que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais
e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes
do agente.
(C) A conduta de oferecer droga, eventualmente e sem
objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento,
para juntos a consumirem, é equiparado ao crime de
uso de drogas para consumo pessoal.
(D) O crime de associação para o tráfico exige no mínimo
2 pessoas.
(E) O crime de tráfico internacional de drogas não é
um crime autônomo, e sim uma causa de aumen-
to de pena para alguns dos crimes previstos na lei
antidrogas.
Letra c.
A conduta narrada é um crime autônomo, doutrinaria-
mente denominado de uso compartilhado, com pena de
detenção de 6 meses a 1 ano. As demais afirmativas es-
tão todas corretas.
80
Acerca da Lei n. 9.099/1995, que dispõe sobre os Jui-
zados Especiais Cíveis e Criminais, assinale a alternati-
va correta.
I – O processo orientar-se-á pelos critérios da oralida-
de, simplicidade, informalidade, economia proces-
sual e celeridade, buscando, sempre que possível, a
conciliação ou a transação.
II – O Juiz adotará em cada caso a decisão que reputar
mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais
da lei e às exigências do bem comum.
III – Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares da Jus-
tiça, recrutados, os primeiros, preferentemente, en-
tre os bacharéis em Direito, sendo tal atribuição ve-
dada a advogados e membros do Ministério Público.
IV – Aos Juízes leigos é permitido o exercício da advo-
cacia perante os Juizados Especiais, desde que haja
compatibilidade de horários.
(A) Todos os itens estão corretos.
(B) Apenas um item está correto.
(C) Todos os itens estão incorretos.
(D) Apenas dois itens estão corretos.
(E) Apenas três itens estão corretos.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
Letra d.
Tema importante de uma importante legislação nacio-
nal. O item I está correto, conforme artigo 2º da legis-
lação. Correto também está o item II, em consonância
com o artigo 6º da Lei. O item III, porém, está incorre-
to, visto que não é vedada a prática por advogados. De
acordo com o artigo 7º, caput: “Os conciliadores e Juízes
leigos são auxiliares da Justiça, recrutados, os primei-
ros, preferentemente, entre os bacharéis em Direito, e
os segundos, entre advogados com mais de cinco anos
de experiência.” Incorreto também está o item IV, pois,
conforme o parágrafo único do artigo 7º, “Os Juízes lei-
gos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante os
Juizados Especiais, enquanto no desempenho de suas
funções.” Portanto, apenas dois itens estão corretos.
81 referida lei serão de competência da Justiça Federal.
Na hipótese de cometimento de crime previsto no art.
29 da Lei n. 9.605/1998 (matar, perseguir, caçar, apa-
nhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em
rota migratória, sem a devida permissão, licença ou au-
torização da autoridade competente, ou em desacordo
com a obtida) a pena será aumentada até o triplo quan-
do o crime for praticado:
(A) no exercício de caça profissional.
(B) contra espécie rara ou considerada ameaçada de ex-
tinção, ainda que somente no local da infração.
(C) em período proibido à caça.
(D) durante a noite.
(E) em unidade de conservação.
Letra a.
Art. 29, § 4º A pena é aumentada de metade, se o crime
é praticado:
I – contra espécie rara ou considerada ameaçada de ex-
tinção, ainda que somente no local da infração;
II – em período proibido à caça;
III – durante a noite;
IV – com abuso de licença;
V – em unidade de conservação;
§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre
do exercício de caça profissional.
3º Simulado – Investigador de Polícia
82
Segundo a Lei n. 9.613/1998, Lavagem ou Ocultação de
Bens, Direitos e Valores, assinale a alternativa correta.
(A) A pena será aumentada de um a dois terços, se os
crimes definidos nessa Lei forem cometidos de for-
ma reiterada ou por intermédio de organização
criminosa.
(B) No crime de lavagem de dinheiro, não é cabível a
tentativa.
(C) Para a apuração do crime de lavagem, admite-se so-
mente a utilização da ação controlada e veda-se a
infiltração de agentes.
(D) A pena poderá ser reduzida até a metade e ser cum-
prida em regime aberto, caso o autor colaborar es-
pontaneamente com as autoridades.
(E) O processo e o julgamento dos crimes previstos na
Letra a.
(A) Certa. Literalidade da Lei, art. 1º, § 4º: “ A pena será
aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos
nesta Lei forem cometidos de forma reiterada ou por in-
termédio de organização criminosa.”
(B) Errada. Os crimes de lavagem de dinheiro admitem a
tentativa, hipótese expressa no art. 1º, § 3º. A tentativa
é punida nos termos do parágrafo único do art. 14 do
Código Penal.
(C) Errada. A infiltração de agentes é admitida, assim
como a ação controlada, hipótese fundamentada no ar-
tigo 1º, § 6º: “Para a apuração do crime de que trata
este artigo, admite-se a utilização da ação controlada e
da infiltração de agentes.”
(D) Errada. A redução da pena na hipótese de colabora-
ção premiada é de um a dois terços, e não da metade da
pena, fundamentado no art 1º, § 5º.
Art. 1º, § 5° A pena poderá ser reduzida de um a
dois terços e ser cumprida em regime aberto ou se-
miaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la
ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena restriti-
va de direitos, se o autor, coautor ou partícipe cola-
borar espontaneamente com as autoridades, pres-
tando esclarecimentos que conduzam à apuração
das infrações penais, à identificação dos autores,
coautores e partícipes, ou à localização dos bens,
direitos ou valores objeto do crime.
(E) Errada. Em regra, a competência para processar e
julgar os crimes previstos é da Justiça Estadual, salvo nas
hipóteses apontadas nas alíneas “a” e “b” do inciso III do
artigo 2º.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
Art. 2º, III – são da competência da Justiça Federal:
(a) quando praticados contra o sistema financeiro e
a ordem econômico-financeira, ou em detrimento
de bens, serviços ou interesses da União, ou de suas
entidades autárquicas ou empresas públicas;
(b) quando a infração penal antecedente for de
competência da Justiça Federal.
83 - Prazo de 15 dias, renovável por igual tempo (o STJ en-
No tocante aos aspectos gerais, bem como aos cri-
mes em espécie do Estatuto do Desarmamento, Lei n.
10.836/2003, marque a resposta incorreta:
(A) A empresa que comercializa armas de fogo, acessó-
rios e munições responde legalmente por essas mer-
cadorias, ficando registradas como de sua proprieda-
de enquanto não forem vendidas.
(B) O certificado de registro de arma de fogo será expe-
dido pela Polícia Federal e será precedido de autori-
zação do Sinarm.
(C) O Presidente do tribunal ou o chefe do Ministério
Público designará os servidores de seus quadros
pessoais no exercício de funções de segurança que
poderão portar arma de fogo, respeitado o limite
máximo de 50% (cinquenta por cento) do número de
servidores que exerçam funções de segurança.
(D) A conduta de suprimir ou alterar marca, numeração
ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo
ou artefato equipara-se ao crime de posse ou porte
ilegal de arma de fogo de uso restrito.
(E) Nas mesmas penas do crime de omissão de caute-
la incorrem o proprietário ou diretor responsável de
empresa de segurança e transporte de valores que
deixarem de registrar ocorrência policial e de comu-
nicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras
formas de extravio de arma de fogo, acessório ou
munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras
24 (vinte quatro) horas depois de tomar conheci-
mento do fato.
Letra e.
O marco temporal trazido pela lei é de 24 horas após
decorrido o fato, e não 24 horas depois de tomar co-
nhecimento do fato. As demais assertivas encontram-se
todas em consonância com a lei.
84
De acordo com a Lei n. 9.296/1996, assinale a alternati-
va que indica o crime em que não autoriza a intercepta-
ção das comunicações telefônicas.
(A) Homicídio simples.
(B) Estupro.
(C) Extorsão mediante sequestro.
(D) Ameaça.
(E) Roubo.
3º Simulado – Investigador de Polícia
Letra d.
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
Somente poderá ser concedida:
- Caso houver indícios razoáveis da autoria ou da partici-
pação em infração penal;
- A prova não puder ser feita por outros meios;
- O fato investigado constituir infração punida com reclu-
são (se for detenção, não é possível);
tende que é prorrogável quantas vezes for preciso).
(A) Errada.
“Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém:
Pena – reclusão, de seis a vinte anos.”
(B) Errada.
Estupro
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência
ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a pra-
ticar ou permitir que com ele se pratique outro ato
libidinoso:
Pena – reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
(C) Errada.
Extorsão mediante sequestro
Art. 159. Sequestrar pessoa com o fim de obter,
para si ou para outrem, qualquer vantagem, como
condição ou preço do resgate:
Pena – reclusão, de oito a quinze anos.
§ 1° Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro)
horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou
maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é come-
tido por bando ou quadrilha.
Pena – reclusão, de doze a vinte anos.
§ 2º Se do fato resulta lesão corporal de natu-
reza grave:
Pena – reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.
§ 3º Se resulta a morte:
Pena – reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.
§ 4º Se o crime é cometido em concurso, o concor-
rente que o denunciar à autoridade, facilitando a li-
bertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de
um a dois terços.
(D) Certa.
Ameaça
Art. 147. Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou
gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-
-lhe mal injusto e grave:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
Parágrafo único. Somente se procede mediante re-
presentação.
(E) Errada.
Roubo
Art. 157. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para
outrem, mediante grave ameaça ou violência a pes-
soa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, redu-
zido à impossibilidade de resistência:
Pena – reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
85 com detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
De acordo com a Lei n. 12.850/2013 (Organização Crimi-
nosa), julgue a assertiva correta:
(A) Considera-se organização criminosa a associação de
3 (três) ou mais pessoas estruturalmente ordenada
e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que in-
formalmente, com objetivo de obter, direta ou indi-
retamente, vantagem de qualquer natureza, median-
te a prática de infrações penais cujas penas máximas
sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de
caráter transnacional.
(B) As penas do crime de constituir organização crimino-
sa aumentam-se até a metade se na atuação da orga-
nização criminosa houver emprego de arma de fogo.
(C) Em qualquer fase do processo penal, apenas serão
permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em
lei, alguns meios específicos de obtenção de prova,
como a colaboração premiada.
(D) O retardamento da intervenção policial ou admi-
nistrativa será posteriormente comunicado ao juiz
competente que, se for o caso, estabelecerá os seus
limites e comunicará ao Ministério Público.
(E) A infiltração será autorizada pelo prazo de até 1 ano,
sem prejuízo de eventuais renovações, desde que
comprovada sua necessidade.
Letra b.
A afirmativa traz corretamente a causa que aumenta a
pena de metade. Veja os erros das demais assertivas:
(A) O número correto é de 4 ou mais agentes.
(C) O certo é “em qualquer fase da persecução penal”, e
não apenas no processo.
(D) A lei expressamente dispõe que a comunicação deve
ser prévia.
(E) O prazo certo é de até 6 meses.
3º Simulado – Investigador de Polícia
86
Considerando as disposições da Lei Federal n. 13.146,
de 6/7/2015, que Institui a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Defici-
ência), assinale a alternativa correta.
(A) Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão,
benefícios, remuneração ou qualquer outro rendi-
mento de pessoa com deficiência é conduta punível
com reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
(B) Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão,
benefícios, remuneração ou qualquer outro rendi-
mento de pessoa com deficiência é conduta punível
(C) Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão,
benefícios, remuneração ou qualquer outro rendi-
mento de pessoa com deficiência é conduta punível
com reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
(D) Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão,
benefícios, remuneração ou qualquer outro rendi-
mento de pessoa com deficiência é conduta punível
com reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
(E) Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão,
benefícios, remuneração ou qualquer outro rendi-
mento de pessoa com deficiência é conduta punível
com reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
Letra c.
A única alternativa que está correta é a letra “c”, que
atende ao artigo 89:
Art. 89. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos,
pensão, benefícios, remuneração ou qualquer outro
rendimento de pessoa com deficiência:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um
terço) se o crime é cometido:
I – por tutor, curador, síndico, liquidatário, inventa-
riante, testamenteiro ou depositário judicial; ou
II – por aquele que se apropriou em razão de ofício
ou de profissão.
87
Conforme a Lei n. 11.340/2006, qualquer conduta que
configure perturbação do pleno desenvolvimento ou
que vise degradar ou controlar as ações da mulher, den-
tre outros fatores, é uma forma de violência
(A) física.
(B) sexual.
(C) psicológica.
(D) patrimonial.
(E) moral.
Letra c.
Conforme a Lei n. 11.340/2006 (Maria da Penha):
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência
doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação
ou omissão baseada no gênero que lhe cause mor-
te, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e
dano moral ou patrimonial.
Violência física → qualquer conduta que ofenda sua in-
tegridade ou saúde corporal;
Violência psicológica → conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da autoestima ou que lhe
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou
que vise degradar ou controlar suas ações, comporta-
mentos, crenças e decisões, mediante ameaça, cons-
trangimento, humilhação, manipulação, isolamento,
vigilância constante, perseguição contumaz, insulto,
chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização,
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer
outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica
e à autodeterminação;
Violência sexual → conduta que a constranja a pre-
senciar, a manter ou a participar de relação sexual não
desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou
uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar,
de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de
usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição,
mediante coação, chantagem, suborno ou manipula-
ção; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos
sexuais e reprodutivos.
Violência patrimonial → conduta que configure reten-
ção, subtração, destruição parcial ou total de seus ob-
jetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais,
bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluin-
do os destinados a satisfazer suas necessidades;
Violência moral → conduta que configure calúnia, difa-
mação ou injúria.
88 informativa, eventuais vícios no decorrer do inquérito
De acordo com a Lei n. 7.716/1989, marque a assertiva
incorreta:
(A) Impedir o acesso ou uso de transportes públicos,
como aviões, navios barcas, barcos, ônibus, trens,
metrô ou qualquer outro meio de transporte conce-
dido, é crime, caso o impedimento seja por motivos
de preconceito trazidos pela referida lei.
(B) Negar ou obstar emprego em empresa privada, por
motivo de discriminação de raça ou de cor, não é
considerado crime, pois a iniciativa privada se pauta
pelo princípio da livre concorrência.
(C) Constitui crime a conduta de impedir ou obstar o
acesso de alguém, devidamente habilitado, a qual-
quer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem
como das concessionárias de serviços públicos, caso
3º Simulado – Investigador de Polícia
o motivo do impedimento seja motivado por algum
tipo de preconceito vedado pela referida lei.
(D) Serão punidos, na forma da referida lei, os crimes re-
sultantes de discriminação ou preconceito de raça,
cor, etnia, religião ou procedência nacional.
(E) Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou
função pública, para o servidor público, e a suspen-
são do funcionamento do estabelecimento particu-
lar por prazo não superior a três meses.
Letra b.
Por mais que a iniciativa privada se paute pelo princípio
da livre concorrência, a conduta narrada é caracterizado
crime pela legislação. As demais alternativas estão to-
das corretas.
DIREITO PROCESSUAL PENAL
DOUGLAS VARGAS
89
Acerca do inquérito policial no âmbito do processo pe-
nal, marque a correta:
(A) É processo administrativo inquisitório e preparató-
rio, presidido pelo Delegado de Polícia.
(B) Eventuais vícios dele constantes têm o condão de
contaminar o processo penal a que der origem.
(C) Não se impõe a obrigatória observância do contradi-
tório e da ampla defesa.
(D) Deve sempre acompanhar a denúncia ou a queixa.
(E) É direito do defensor, no interesse do representado,
ter acesso amplo às diligências ainda em andamento.
Letra c.
(A) Errado. Não se trata de processo, e sim de procedi-
mento, diante da ausência de imposição de sanção e de
estrutura processual dialética.
(B) Errado. Em regra, por se tratar de peça meramente
policial não possuem o condão de contaminar o proces-
so penal a que der origem.
(C) Correto. No curso do inquérito policial, há a colheita
de elementos informativos, os quais não necessitam de
observância do contraditório e da ampla defesa.
(D) Errado. Trata-se de procedimento dispensável. Con-
forme o CPP: “Art. 12. O inquérito policial acompanhará
a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma
ou outra.”
(E) Errado. Nada disso. Conforme a Súmula Vincu-
lante n. 14:
É direito do defensor, no interesse do representa-
do, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório rea-
lizado por órgão com competência de polícia judiciá-
ria, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
90 Letra c.
A respeito das garantias do preso no âmbito constitu-
cional e processual penal, julgue as assertivas a seguir:
I – Toda e qualquer prisão deve ser comunicada à au-
toridade judiciária, seja ela preventiva, temporária,
ou flagrante.
II – O direito ao silêncio apresenta-se como uma das
decorrências do nemo tenetur se detegere.
III – O preso não tem direito à identificação dos res-
ponsáveis por sua prisão ou por seu interrogató-
rio policial.
Está correto somente o que se afirma em:
(A) I.
(B) III.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.
Letra c.
I – Correto. De acordo com o art. 5º, inciso LXII, da Cons-
tituição Federal, a prisão de qualquer pessoa e o local
onde se encontre serão comunicados imediatamente ao
juiz competente e à família do preso ou à pessoa por
ele indicada. Portanto, a CF não faz referência à espécie
de prisão.
II – Correto. Trata-se do direito previsto na Carta Mag-
na em decorrência do direito da não autoincriminação
(nemo tenetur se detegere).
III – Errado. A doutrina ressalta que
(...) enquanto nos casos de prisão em flagrante é a
nota de culpa que funciona como o instrumento que
materializa o direito do preso à identificação dos
responsáveis por sua prisão, em se tratando de pri-
são preventiva e/ou temporária, esse direito é con-
cretizado por meio da cópia do mandado de prisão,
que deve ser entregue ao preso.
91 Letra a.
Francisco foi perseguido pelos agentes policiais logo
após praticar o crime de furto em estabelecimento co-
mercial, em situação que faça presumir a sua autoria. A
prisão foi realizada a dois quarteirões do local do delito.
Nesse caso, caracterizou-se o chamado:
(A) flagrante verdadeiro.
(B) flagrante próprio.
(C) flagrante irreal.
(D) flagrante ficto.
(E) flagrante assimilado.
3º Simulado – Investigador de Polícia
(A) Errado. O flagrante verdadeiro é também chamado
de próprio: Ocorre quando o agente que é surpreendi-
do cometendo uma infração penal ou quando acaba de
cometê-la (CPP, art. 302, incisos I e II).
(B) Errado. O flagrante verdadeiro é também chamado
de próprio: Ocorre quando o agente que é surpreendi-
do cometendo uma infração penal ou quando acaba de
cometê-la (CPP, art. 302, incisos I e II).
(C) Correto. O flagrante impróprio, também chamado de
imperfeito, irreal ou quase-flagrante, ocorre quando o
agente é perseguido logo após cometer a infração penal,
em situação que faça presumir ser ele o autor do ilícito
(CPP, art. 302, inciso III).
(D) Errado. No flagrante presumido, ficto ou assimilado,
o agente é preso logo depois de cometer a infração, com
instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam pre-
sumir ser ele o autor da infração (CPP, art. 302, IV).
(E) Errado. No flagrante presumido, ficto ou assimilado,
o agente é preso logo depois de cometer a infração, com
instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam pre-
sumir ser ele o autor da infração (CPP, art. 302, IV).
92
Quanto ao tema prova no Direito Processual Penal, mar-
que a correta:
(A) Somente quanto ao estado das pessoas serão obser-
vadas as restrições estabelecidas na lei civil.
(B) São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do
processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obti-
das em violação às regras de direito processual.
(C) São também inadmissíveis as provas derivadas das
ilícitas, em qualquer hipótese.
(D) As partes devem acompanhar o incidente de inu-
tilização por decisão judicial da prova declarada
inadmissível.
(E) Ainda que o juiz conheça o conteúdo da prova de-
clarada inadmissível, poderá proferir a sentença
ou acórdão.
(A) Correto. Quanto ao estado das pessoas, devemos re-
correr à lei civil para comprovar se ela está viva, morta
ou até mesmo casada, por meio das respectivas certi-
dões. A doutrina ressalta que, a contrário sensu, desde
que o objeto da prova não verse sobre o estado das pes-
soas, qualquer meio de prova poderá ser utilizado.
(B) Errado. As provas ilícitas violam normas constitucio-
nais ou legais. Já as provas obtidas por meios ilegítimos
colhidas com violação à regra de direito processual.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
(C) Errado. De acordo com o art. 157, § 1°, do CPP, elas
serão também inadmissíveis, salvo quando não eviden-
ciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou
quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte
independente das primeiras.
(D) Errado. É facultado às partes acompanhar o inciden-
te (CPP, art. 157, § 3°).
(E) Errado. De acordo com o art. 157, § 5º, do CPP, o juiz
que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmis-
sível não poderá proferir a sentença ou acórdão.
93 (D) Permitir o cadastramento das vítimas e dos familia-
Acerca do exame de corpo de delito, da cadeia de custó-
dia e das perícias em geral, julgue as assertivas a seguir:
I – A coleta dos vestígios deverá ser realizada obrigato-
riamente por perito oficial.
II – Haverá prioridade à realização do exame de corpo
de delito crime que envolva violência contra criança.
III – Amostra é todo objeto ou material bruto, visível ou
latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à
infração penal.
Está correto somente o que se afirma em:
(A) I.
(B) II.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.
Letra b.
I – Errado. Não há essa obrigatoriedade. Conforme o CPP:
Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realiza-
da preferencialmente por perito oficial, que dará o
encaminhamento necessário para a central de cus-
tódia, mesmo quando for necessária a realização de
exames complementares.
II – Correto. Nos termos do art. 158 do CPP:
Art. 158, parágrafo único. Dar-se-á prioridade à
realização do exame de corpo de delito quando se
tratar de crime que envolva violência doméstica e
familiar contra mulher e violência contra criança,
adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.
III – Errado. A assertiva traz o conceito de vestígio de
acordo com o art. 158-A, § 3º, incluído pela Lei n. 13.964,
de 2019, no que diz respeito à cadeia de custódia.
3º Simulado – Investigador de Polícia
94
De acordo com a Resolução do CNJ n. 251 de 2019, o
Cadastro Nacional de Presos tem por finalidade, exceto:
(A) Identificar, em tempo real e de forma individualiza-
da, as pessoas privadas de liberdade, salvo as procu-
radas e foragidas.
(B) Identificar a natureza jurídica das prisões decretadas
e em cumprimento, e o tipo penal atribuído na inves-
tigação, acusação ou condenação.
(C) Possibilitar a produção de relatórios de gestão para
os membros e servidores do Poder Judiciário.
res para que estes sejam cientificados do cumpri-
mento das ordens de prisão e de soltura da pessoa.
(E) Permitir a notificação por agente policial e peniten-
ciário para que seja comunicado o cumprimento das
ordens de prisão.
Letra a.
(A) O Cadastro Nacional de Presos (CNP) tem por fina-
lidade identificar, em tempo real e de forma individua-
lizada, as pessoas privadas de liberdade, procuradas e
foragidas, com a listagem nominal e identificação única,
com atribuição de um número de Registro Judiciário In-
dividual (art. 2º, I).
(B) É finalidade do CNP de acordo com o art. 2º, III, da
Resolução.
(C) É finalidade do CNP de acordo com o art. 2º, IV, da
Resolução.
(D) É finalidade do CNP de acordo com o art. 2º, VI, da
Resolução.
(E) É finalidade do CNP de acordo com o art. 2º, VII, da
Resolução.
95
De acordo com o Código de Processo Penal, a queixa
contra qualquer dos autores do crime obrigará ao pro-
cesso de todos. Essa disposição legal refere-se ao prin-
cípio da(o):
(A) oportunidade ou conveniência da ação penal de ini-
ciativa privada.
(B) disponibilidade da ação penal de iniciativa privada.
(C) indisponibilidade da ação penal pública.
(D) obrigatoriedade da ação penal pública.
(E) indivisibilidade da ação penal de iniciativa privada.
Letra e.
(A) Errado. Esse princípio faculta ao ofendido ou ao seu
representante legal o oferecimento da queixa-crime.
(B) Errado. Esse princípio possibilita que o querelante
desista do processo criminal em andamento.
(C) Errado. A questão, ao tratar da peça acusatória quei-
xa-crime, refere-se à ação penal de iniciativa privada.
Dessa forma, não há de se falar em princípio da indispo-
nibilidade, o qual se aplica apenas à ação penal pública.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
(D) Errado. A questão, ao tratar da peça acusatória quei-
xa-crime, refere-se à ação penal de iniciativa privada. De
acordo com o princípio da obrigatoriedade da ação pe-
nal pública, ao Ministério Público se impõe o dever de
oferecer denúncia.
(E) Correto. Isso mesmo. Essa é a determinação do art.
48 do CPP: A queixa contra qualquer dos autores do cri-
me obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público
velará pela sua indivisibilidade.
96
No que diz respeito às medidas cautelares diversas da
prisão, marque a incorreta:
(A) A intimação do indiciado ou acusado para entregar
o passaporte no caso de proibição de ausentar-se do
País, ocorrerá no prazo de 24 horas.
(B) A suspensão de atividade de natureza econômica
ou financeira só pode ocorrer quando houver jus-
to receio de sua utilização para a prática de infra-
ções penais.
(C) A fiança poderá ser cumulada com outras medidas
cautelares.
(D) O risco de reiteração é um dos requisitos para a in-
ternação provisória do acusado.
(E) A autoridade policial somente poderá conceder fian-
ça nos casos de infração cuja pena privativa de liber-
dade máxima não seja superior a 2 anos.
Letra e.
(A) Correto. Art. 320 do CPP:
Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será co-
municada pelo juiz às autoridades encarregadas de
fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-
-se o indiciado ou acusado para entregar o passa-
porte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.
(B) Correto. Art. 319, VI, do CPP: “(...) suspensão do
exercício de função pública ou de atividade de natureza
econômica ou financeira quando houver justo receio de
sua utilização para a prática de infrações penais.”
(C) Correto. “Art. 319, § 4°, CPP. A fiança será aplicada de
acordo com as disposições do Capítulo VI deste Título,
podendo ser cumulada com outras medidas cautelares.”
(D) Correto.
Art. 319, CPP, VII – internação provisória do acusa-
do nas hipóteses de crimes praticados com violência
ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser
inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código
Penal) e houver risco de reiteração.
3º Simulado – Investigador de Polícia
(E) Errado. Art. 322 do CPP: “A autoridade policial so-
mente poderá conceder fiança nos casos de infração
cuja pena privativa de liberdade máxima não seja supe-
rior a 4 (quatro) anos.”
97
Tocante ao tema prisão no que diz respeito ao acusado
em território nacional, mas fora da jurisdição do juiz pro-
cessante, julgue as assertivas a seguir:
I – Sua prisão será deprecada, devendo constar da pre-
catória o inteiro teor do mandado.
II – Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão
por qualquer meio de comunicação.
III – O juiz processante deverá providenciar a remoção
do preso no prazo máximo de 15 dias, contados da
efetivação da medida.
Está correto somente o que se afirma em:
(A) I.
(B) III.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) I, II e III.
Letra c.
I – Correto. Trata-se da redação do art. 289 do CPP inclu-
ído pela Lei n. 12.403/2011.
“Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacio-
nal, fora da jurisdição do juiz processante, será depreca-
da a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro
teor do mandado.”
II – Correto. Importante alteração da Lei n. 12.403/2011
no CPP. Antes constava em seu texto: "havendo urgên-
cia, o juiz poderia requisitar a prisão por telegrama..."
III – Errado. O juiz processante é aquele que solicitou a
prisão. Nesse sentido, ele deverá providenciar a remo-
ção do preso no prazo máximo de 30 (trinta) dias, conta-
dos da efetivação da medida.
98
Acerca do Banco de dados para registro dos mandados
de prisão (Lei n. 12.403/2011), marque a incorreta:
(A) O juiz competente providenciará o imediato regis-
tro do mandado de prisão em banco de dados man-
tido pelo Conselho Nacional de Justiça para essa
finalidade.
(B) Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão de-
terminada no mandado de prisão registrado no Con-
selho Nacional de Justiça, ainda que fora da compe-
tência territorial do juiz que o expediu.
(C) Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão de-
cretada, desde que presente registro no Conselho
Nacional de Justiça.
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
(D) A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do
local de cumprimento da medida o qual providencia-
rá a certidão extraída do registro do Conselho Nacio-
nal de Justiça e informará ao juízo que a decretou.
(E) Caso o autuado não informe o nome de seu advoga-
do, será comunicado à Defensoria Pública.
Letra c.
(A) Correto. Exatamente isso. Trata-se da literalidade do
art. 289-A do CPP. Esse dispositivo incluiu no CPP o ban-
co de dados mantido pelo CNJ para registro de manda-
dos de prisão a fim de promover a troca de informações
entre autoridades policiais e judiciais.
(B) Correto. É o que dispõe o § 1o do art. 289-A do CPP.
Trata-se de possibilidade de cumprimento de mandado
de prisão por qualquer agente público, independente-
mente de sua localização no território nacional.
(C) Errado. A lei nos diz que ainda que sem registro no
Conselho Nacional de Justiça, qualquer agente poli-
cial poderá efetuar a prisão decretada. Dessa forma,
deve adotar as precauções necessárias para averiguar
a autenticidade do mandado e comunicar ao juiz que
a decretou.
(D) Correto. É o que determina o § 3o do art. 289-A do CPP:
Art. 289, § 3° A prisão será imediatamente comu-
nicada ao juiz do local de cumprimento da me-
dida o qual providenciará a certidão extraída do
registro do Conselho Nacional de Justiça e infor-
mará ao juízo que a decretou. (Incluído pela Lei n.
12.403, de 2011).
(E) Correto. É o que determina o § 4° do art. 289-A do CPP:
Art. 289, § 4° O preso será informado de seus direi-
tos, nos termos do inciso LXIII do art. 5° da Constitui-
ção Federal e, caso o autuado não informe o nome
de seu advogado, será comunicado à Defensoria Pú-
blica. (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
99 oposição à intervenção policial", conforme o caso.
Sobre a prisão temporária, marque a incorreta:
(A) É espécie de prisão cautelar.
(B) Visa assegurar a eficácia das investigações.
(C) Possui prazo preestabelecido de duração.
(D) É legal a prisão temporária por associação criminosa.
(E) É legal a prisão temporária por homicídio culposo.
Letra e.
(A) Correto. Trata-se de espécie de prisão cautelar ou
provisória.
(B) Correto. Conforme o art. 1º da Lei n. 7.960/1989,
caberá prisão temporária quando imprescindível para
as investigações do inquérito policial. É modalidade de
prisão cautelar pré-processual.
3º Simulado – Investigador de Polícia
(C) Correto. Terá o prazo de 5 (cinco) dias, em regra.
(D) Correto. A lei diz crime de quadrilha ou bando, mas
na verdade, trata-se do delito de associação criminosa
(art. 288 do CP).
(E) Errado. A Lei n. 7.960/1989 não traz possiblidade
de prisão temporária por crime culposo. Nesse sentido,
será cabível em crime de homicídio doloso (art. 121, ca-
put, e seu § 2°).
100
Acerca da Resolução Conjunta n. 2/2015 (Conselho Su-
perior de Polícia), julgue as assertivas a seguir:
I – Objetiva conferir transparência na elucidação de
ocorrências em que haja exclusivamente resul-
tado morte decorrente de oposição à interven-
ção policial.
II – As ocorrências deverão ser registradas de acordo
com o resultado seguido da expressão "decorrente
de oposição à intervenção policial".
III – Haverá tramitação prioritária o inquérito policial
que vise apurar ofensa à integridade corporal ou à
vida do resistente resultante do emprego de força
durante intervenção policial.
Está correto somente o que se afirma em:
(A) I.
(B) III.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.
Letra e.
I – Errado. Pode haver resultado morte ou lesão corporal
decorrentes de oposição à intervenção policial.
II – Correto. De acordo com a Resolução, os dirigentes
dos órgãos de polícia judiciária providenciarão para que
as ocorrências de que trata o art. 1º sejam registradas
com a classificação "lesão corporal decorrente de oposi-
ção à intervenção policial" ou "homicídio decorrente de
III – Correto. É o que dispõe o art. 3º da Resolução em
seu § 1º: “Se do emprego da força resultar ofensa à inte-
gridade corporal ou à vida do resistente, deverá ser ime-
diatamente instaurado inquérito policial para apuração
dos fatos, com tramitação prioritária”.