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AUTARQUIA DE ENSINO SUPERIOR DE GARANHUNS (AESGA)

FACULDADE DE DIREITO DE GARANHUNS (FDG)


CURSO DE BARACHELADO EM DIREITO

JOHNNY WESLEY RODRIGUES DE LIMA

ARTIGOS 252 E 253 DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO

GARANHUNS
2020
JOHNNY WESLEY RODRIGUES DE LIMA

DIREITO PENAL

Trabalho solicitado pela Prof.


Marinalva da disciplina de Direito
Penal do Curso de Direito da FDG,
como parte da nota de avaliação.

GARANHUNS
2020
❖ ARTIGO 252 DO CÓDIGO PENAL
Uso de gás tóxico ou asfixiante

O artigo 252 do Código Penal Brasileiro trata-se de um crime comum contra


a incolumidade pública, e seu objeto material é o "gás tóxico ou asfixiante".

Art. 252 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de


outrem, usando de gás tóxico ou asfixiante:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Modalidade Culposa
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Destaca-se os seguintes elementos relativos ao artigo acima citado:
a) expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem; b)
mediante a utilização de gás asfixiante. Este artigo está inserido no capítulo
correspondente aos crimes contra a incolumidade pública, tratando-se de um
crime de perigo comum, para sua configuração, deverá atingir um número
indeterminado de pessoas.

Conforme Rogério Greco diz:


“Tóxico é o gás venenoso; asfixiante é aquele de natureza sufocante, que
atua sobre as vias respiratórias, impedindo a vítima de respirar. São
considerados tóxicos, dentre outros, os gases provenientes do ácido
cianídrico, amoníaco do anidro sulfuroso, benzina, iodacetona, cianuretos
alcalinos de potássio e sódio. Já os asfixiantes são gases como cloro,
bromo, bromacetona, clorossulfato de metila, fosgeno, etc.”.
Pela doutrina, para este crime ser penalmente relevante, deve a conduta
causar perigo efetivo ou concreto (e não abstrato), capaz de atingir qualquer
pessoa, indiscriminadamente. Dessa forma, embora se trate de crime formal,
que dispensa a produção de resultado, é necessário que o gás tóxico ou
asfixiante tenha, efetivamente, de modo concreto, causado perigo à vida, à
integridade física ou ao patrimônio de outras pessoas.
O agente desse crime do art. 252 do Código Penal é qualquer pessoa
imputável. O sujeito passivo ou ofendido é a coletividade ameaçada em sua
incolumidade.
Para alguns doutrinadores este delito trata-se de crime material. No entanto,
para Nucci: “trata-se de crime: comum, formal, pois havendo dano, trata-se de
exaurimento. É ainda crime comissivo e excepcionalmente, omissivo impróprio
ou comissivo por omissão (quando o agente tem o dever jurídico de evitar o
resultado); instantâneo (cuja consumação não se prolonga no tempo, dando-
se em momento determinado), de perigo comum concreto, unissubjetivo,
unissubsistente ou plurissubsistente.
❖ ARTIGO 253 DO CÓDIGO PENAL
Fabrico, fornecimento, aquisição posse ou transporte de explosivos ou
gás tóxico, ou asfixiante
Ao se tratar do art. 253 do Código Penal, temos um crime de menor
potencial ofensivo, com pena de detenção de seis meses a dois anos e multa,
como exposto abaixo:
Art. 253 - Fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar, sem licença da
autoridade, substância ou engenho explosivo, gás tóxico ou asfixiante, ou
material destinado à sua fabricação:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

O agente deste tipo de crime é quem pratica uma das ações


mencionadas: fabrica, fornece, adquire, possui ou transporta. Poderá haver
coautoria. Ao se tratar de material nuclear aplica-se o artigo 22 da Lei
nº 6.453/77. No que concerne à exportação de bens sensíveis e de serviços
diretamente vinculados, observe-se a Lei nº 9.112/95. No que se refere a minas
terrestres, aplica-se a Lei nº 10.300/01.
A estocagem de fogos de artifício em local inadequado e sem licença da
autoridade competente configura o crime do artigo 253 do Código Penal.
Diferentemente do artigo 252 em que se trata de perigo concreto, no artigo 253
é de perigo abstrato e trata-se de crime de perigo abstrato, pois a lei presume
o perigo, sendo inadmissível a tentativa. O tipo subjetivo do crime deste artigo
é o dolo genérico.
Consuma-se o crime no momento, no lugar, em que o agente praticou
um ato de fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar. No entanto a partir
do momento que qualquer um dos verbos dispostos neste artigo for praticado
mediante autorização da autoridade competente, exclui-se então o delito.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CÓDIGO PENAL. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-


lei/del2848compilado.htm>. Acesso em: 15 out. 2020.

Delitos com gás tóxicos. Disponível em:


<http://jus.com.br/artigos/32404/delitos-com-gas-toxico-asfixiante-ou-
explosivos>. Acesso em: 15 out. 2020.

DELMANTO, Celso. Código Penal comentado. 8. ed. 2ª tiragem. São Paulo:


Saraiva, 2011

FRAGOSO, Heleno. Lições de direito penal. Rio de Janeiro, 1965

NUCCI, GuilhermeNucci. Código penal comentado. 14. ed. Rio de Janeiro.


2014

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