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Toda norma jurídica limita-se no tempo e no espaço. Isso quer dizer que a norma se
aplica em um determinado território durante um determinado lapso de tempo.
A eficácia temporal das normas processuais é disciplinada pela Lei de Introdução ao
Código Civil, nos artigos 1.º, 2.º e 6.º.
As normas de direito processual têm aplicação imediata, sem efeito retroativo.
Adotou-se, portanto, o princípio tempus regit actum.
O artigo 2.º do Código de Processo Penal dispõe: “A lei processual penal aplicar-se-á
desde logo, sem prejuízo dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.” A aplicação do
dispositivo gera dois efeitos:
1º) os atos processuais praticados na vigência da lei anterior são considerados válidos;
2º) as normas da lei nova aplicam-se imediatamente, respeitados o ato jurídico
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
No caso de normas mistas (de natureza processual e material), prevalece o caráter
material, devendo ser aplicada a regra do artigo 2.º do Código Penal, ou seja, retroagirá para
beneficiar o réu.
A lei tem vigência até que outra expressa ou tacitamente a revogue. A revogação ainda
pode ser total (ab-rogação) ou parcial (derrogação).
2.3. IMUNIDADES: Podem ser diplomáticas ou parlamentares
processual, formal ou relativa: consiste na garantia de não ser preso, salvo por
flagrantes de crime inafiançável. Alcança os Deputados Estaduais, mas não alcança os
Vereadores.
Artigo 3.º do Código de Processo Penal: “A lei processual penal admitirá interpretação
extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de
direito.”
A lei processual admite interpretação extensiva, pois não contém dispositivo versando
sobre direito de punir.
2.5.1. Conceito
2.5.3. Investigação
Porém, outras autoridades também podem investigar desde que haja previsão legal: 1)
juiz da falência investiga crime falimentar; 2) agentes fiscais investigam crimes fiscais.
O particular pode investigar? A investigação feita por particular não é proibida. Poderá
ser realizada, mas os resultados devem ser enviados à polícia ou ao Ministério Público.
O juiz pode investigar? Sim, em duas hipóteses: 1) crime falimentar; 2) Lei do Crime
Organizado (artigo 3.º).
É exercida por autoridades policiais; visa apurar o fato e sua autoria. É auxiliar da
justiça; investiga crimes (artigo 13 do Código de Processo Penal).
O controle externo da polícia está previsto constitucionalmente e é exercido pelo
Ministério Público (artigo 129, inciso VII, da Constituição Federal). Na prática, inexiste
lei complementar para disciplinar a matéria.
em razão da matéria;
Artigo 22 do Código Processo Penal: “No Distrito Federal e nas comarcas em que
houver mais de uma circunscrição policial, a autoridade com exercício em uma delas
poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências em circunscrição
de outra, independentemente de precatórias ou requisições, e bem assim
providenciará, até que compareça a autoridade competente, sobre qualquer fato que
ocorra em sua presença noutra circunscrição.”