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Objeto Jurídico – A incolumidade pública (segurança de todos da sociedade, que tem sua
vida, integridade pessoal e patrimônio sujeitos a acentuada probabilidade de lesão)
Sujeito passivo – A coletividade (principal) e aqueles que tem sua vida exposta a perigo.
“Incêndio. Caso do edifício Joelma. (...) Em crimes contra a pública incolumidade, sem
exceção relativamente ao de incêndio, sujeito passivo da infração é, capitalmente, o corpo
social representado pelo Estado. Também tem, contudo e desenganadamente, qualidade e
posição de ofendidos, de sujeitos passivos secundários, todos os que com a infração
padaceram danos pessoais ou patrimoniais, ou se viram expostos a perigo de dano.
Quanto a crimes tais, a situação de ofendido secundário é idêntica a que se apresenta em
diversos delitos praticados com a ‘Administração” (TACRSP - RT 474/324)
Tipo Objetivo – Causar (provocar, motivar) incêndio expondo a perigo a vida...., portanto
deve haver perigo concreto, e não presumido, para indeterminado número de pessoas.
Tentativa – admite-se
Tentativa – admite-se
OBS. Segundo Luiz Regis Prado, o artigo em estudo foi tacitamente revogado pelo artigo
54 da Lei 9.065/98 (Lei dos Crimes Ambientais, em anexo).
Tipo Objetivo – Usar (utilizar, fazer uso) gás tóxico (acido cianídrico, anidro sulfuroso,
etc.) ou asfixiante (que atua mecanicamente sobre as vias respiratórias)
“A lei visa punir, no art. 252 do CP, quem expõe a vida, a integridade física ou patrimônio
de outrem usando gás tóxico ou asfixiante, não se caracterizando o delito se a substancia
utilizada é de baixa toxidade, não chegando a correr risco de gravame mais serio” (TJSP
AC 58.028-3 Rel. Ângelo Gallucci).
Tentativa – Mirabete admite ainda que teoricamente e Luiz Regis Prado entende ser
perfeitamente admissível, citando o exemplo daquele que é surpreendido, por terceiro
usando o gás tóxico, sendo que este impede que se manifeste a situação de perigo.
Tentativa – Delmanto entende ser inadmissível e Mirabete entende ser possível na conduta
de adquirir.
Tipo Objetivo – Causar (promover, provocar) por qualquer meio a invasão ou alagamento
pelas águas de lugar não destinado a conte-las. Exige-se que o extravasamento das águas
seja acentuado, de modo a causar perigo concreto.
Distinção – Não ocorrendo o perigo comum, poder haver dano ou usurpação de águas.
Tipo Objetivo – Praticar uma das condutas incriminadas sendo certo que, para serem
penalmente típicas, as condutas devem causar perigo de inundação concreto e não apenas
presumido.
Tentativa – Delmanto e Regis Prado entendem ser inadmissível. Mirabete alega ser
possível.
Tentativa – admite-se
Concurso de crimes –
Tipo Objetivo – As condutas narradas. E indispensável que a conduta ocorra por ocasião de
incêndio, inundação ou outra calamidade (terremoto. Enchente)
Tentativa – admissível.
Tipo Objetivo – Difundir (espalhar, propagar) doença que provoque morte, destruição ou
deterioração de plantas ou animais.
Tentativa – admite-se
Tipo Objetivo – Impedir (não permitir); perturbar (atrapalhar) o serviço de estrada de ferro.
Tipo subjetivo – o dolo (vontade de impedir ou perturbar, consciente de que pode causar
desastre ferroviário).
Para caracterização da figura penal prevista no art. 260, IV do CP não se exige o dolo
especifico. Basta a voluntariedade na pratica do ato capaz de provocar o perigo. (TJSP –
RT 305/110)
Consumação – Trata-se de crime de perigo que se consuma com o risco efetivo e imediato
de desastre, que deve ser comprovado.
Tipo Objetivo – Impedir (não permitir); dificultar (atrapalhar) navegação marítima, fluvial
ou aérea.
Forma culposa – Se ocorre o sinistro por falta de cuidado objetivo necessários pelas
circunstancias.
“O delito do art. 262 do CP atenta contra o bem jurídico segurança dos meios de
transporte, razão pela qual o elemento subjetivo de ficar incontrastavelmente provado,
relativamente a tal finalidade (TACRIMSP RT 430/401)
Tipo Objetivo – arremessar (atirar, lançar) projétil (coisa ou objeto que é arremessado e
pode causar mal a pessoa), contra os veículos mencionados.
Consumação – como arremesso do projétil idôneo a causar perigo, ainda que não atinja o
veículo.
Tentativa – Possível.
Tipo Objetivo –
Tentativa – admissível
Tentativa – admissível
“O delito do art. 268 do CP contém norma penal em branco, impondo-se, pois, para sua
configuração, que se demonstre qual a determinação do poder público descumprida”
(TACRIM-SP Ap. Crim – Rel Rafael Granato – RT 507/414)
Tentativa – possível
Concurso de crimes –
Tentativa – impossível
Tentativa – admissível
Concurso de crimes –
Tentativa – admissível
Tipo Objetivo – Corromper (alterar a essência); adulterar (alterar para pior); falsificar (dar
como verdadeiro o que não é); alterar (modificar).
Tentativa – admissível
Tipo subjetivo – dolo (vontade livre e consciente de praticar alguma das condutas
incriminadas)
Tentativa – admissível
Concurso de crimes –
Tipo Objetivo – Empregar (utilizar, misturar) substância não permitida pela legislação
sanitária (norma penal em branco) no fabrico de produto destinado ao consumo.
“O elemento subjetivo que informa o delito é o dolo genérico, isto é, a vontade livre e
consciente re realizar qualquer das ações incriminadas no texto legal, sabendo o agente
que o produto se destina a consumo público” (RT 600/367)
Tipo Objetivo – incultar (fazer falsa indicaçao, dar a entender), havendo divergência na
jurisprudencia acerca da necessidade ou não de potencial nocividade à saúje
“Responde pelo delito do art, 275 do CP o agente que, preenchendo recipientes vazios com
uísque nacional, os coloca à venda como produto estrangeiro” (TACRIM-SP – AC – Rel.
Rezende Junqueira – JUTACRIM 51/366)
Tentativa – admissível.
Art. 276 – Produto ou substância nas condições dos dois artigos anteriores
Tipo Objetivo – Praticar as ações indicadas ciente de que o produto se encontra nas
condições previstas pelos artigos 274 e 275.
Tentativa – admissível
Tipo Objetivo – a prática das condutas descritas no tipo, cabendo apenas destacar que a lei
se refere a substância destinada, e não que apenas sirva para a prática, portanto, deve haver
destinação inequívoca.
Consumação –
Tentativa – admissível.
Tipo Objetivo – a pratica das condutas descritas no tipo. Substâncias nocivas podem ser
sabonetes, perfumes, etc.
“Sangue contaminado. Entrega a sonsumo de sangue contaminado (art. 278 do CP). Dolo
plenamente caracterizado, segundo os fatos apurados nas instâncias ordinárias. Pena
fixada dentro dos limites legais, por decisão suficientemente fundamentada. Pedido
indeferido” (STF – HC 68.867-5)
Artigo expressamente revogado pela Lei 8.137/90 (Crimes contra a ordem tributária,
econômica e contra as relações de consumo) art. 7º, IX.
Sujeito ativo – em tese qualquer pessoa, ou seja, não somente o farmacêutico, mas também
o balconista e toda pessoa que possa fornecer o remédio.
“(...) O art. 280 do CP pune a substituição de substância medicinal por outra, pelo risco
que a ação representa à coletividade e, no caso concreto, o perigo individual, porque a
vítima pode ser alérgica a outra substância ou composição medicamentosa que não aquela
indicada por seu médico. Assim, não importa examinar se o produto era pitor ou melhor
que o indicado porque a lei não faz distinção” (TACRSP – JUTACRIM 46/241)
Tentativa – possível
Artigo expressamente revogado pela Lei 5.726/71 e depois as condutas foram tipificadas
pela Lei 6.368/76.
“(...) O sujeito ativo do crime capitulado no art. 282 do Código Penal pode ser, em tese,
qualquer pessoa. Os profissionais sugeridos nesse dispositivo apenas são necessários
quando a hipótese é de exceder os limites da profissão (TARJ – RT 501/339)
“Somente o médico pode ser sujeito ativo do crime de exercício ilegal da medicina. Aquele
que exerce a arte de curar sem ser médico, isso é, sem ter sido legalmente habilitado,
pratica o crime de exercício do curandeirismo” (TJSP – RT 180/108)
Tipo Objetivo – 1ª Parte: exercer (praticar, desempenhar) sem estar habilitado; 2ª parte,
estar habilitada porém extravasar os limites, ex. farmacêutico que pratica atos de médico,
transgredir normas reguladoras da profissão.
Tipo subjetivo – dolo (vontade de particar a conduta incrimada). O erro de tipo exclui o
dolo.
“O profissional diplomado no exterior, não alertado dos impedimentos legais, incorre em,
erro de fato, ao exercer seu trabalho” ( TACRSP - JUTACRIM 65/286)
Tipo Objetivo – inculcar (fazer falsa afirmação, dar a entender) ou anunciar (apregoar,
divulgar) a cura com emprego de meio secreto ou infalível.
Tentativa – admite-se
Concurso de crimes – havendo fim de lucro ocorre cumulação com o 171 na forma do art.
70, entretanto já se decidiu pela absorção do 283 pelo 171.
Sujeito ativo – qualquer pessoa, inclusive o médico, se sua atividade não é respaldada por
procedimentos científicos.
“Os passes, no espiritismo, constituem parte do ritual dessa religião, como as bençãos dos
padres na Igreja Católica. Não configuram o delito do art. 284 do CP, tendo em vista a
liberdade de culto assegurada pela Constituição do Brasil” (TACRIMSP Rel. Ricardo
Couto – RT 404/282)
Tipo subjetivo – Dolo (vontade de praticar, reiteradamente, uma das condutas previstas no
art. 284)
Consumação – com a simples incitação pública, desde que tome conhecimento dela um
numero indeterminado de pessoas.
Tipo Objetivo – fazer apologia (elogiar, louvar, exaltar) o crime, como fato, ou seu autor.
Consumação – com a simples conduta, desde que tome conhecimento dela um numero
indeterminado de pessoas.
Tentativa – inadmissível.