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DATA: 09/10/2023 B.

Se resulta lesão corporal de natureza grave - pena


privativa de liberdade aumenta em metade
 CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA
(não vai cair)
Culpa na conduta e culpa no resultado
*SEMPRE CONFRONTAR COM A LEI DE CRIMES
AMBIENTAIS A. Se resulta lesão corporal - a pena aumenta-se em metade

- é aquilo da coletividade que tem que ser mantido seguro. B. Se resulta morte - aplica-se a pena do homicídio culposo,
aumentada de um terço
- Esse tipo de crime visa tutuelar o bem jurídico coletivo

CAP. I - DOS CRIMES DE PERIGO COMUM Art. 251 - EXPLOSÃO

- Podemos estudar os crimes em relação ao resultado jurídico, Não se confunde com o crime de furto com uso de explosivo.
assim, o crime de perigo pode ser dividos em:
§-1º - Forma privilegiada
A. Individual: são os que atingem a uma pessoas ou a um
grupo determinado. Exemplo que a doutrina da é a utilização de polvora. É um
crime que vai para o JECRIM.
B. Coletivo/ comum: número plurideterminado de pessoas.
§-2º - aumento de pena
C. Abstrato/presumido: a lei presume ser um fato perigoso,
independente do crime concreto. Aplica-se as mesmas hipóteses do inciso II do art. 250.

D. Concreto: são os que exige-se a demonstração de ter o fato §-3º - modalidade culposa
causado a probabilidade de dano. Não é necessário que a
vítima perca a vida, mas é necessário que exponha a vida da Aqui fala-se de explosação, o tipo penal não faz referência a
vítima a perigo. arremesso.

Hipertrofia do direito penal vs. Princípios da lesividade Art. 252 - USO DE GÁS TÓXICO OU ASFIXIANTE

CRÍTICA AOS CRIMES DE PERIGO: existe um conflito * é considerado revogado pela lei de crimes ambientais
com os princípios da lesividade. Pelo fato de vivermos em (VERIFICAR)
uma sociedade de perigo, ter a constante sensação de
insegurança, a população exige que o Estado tutele não um Entende-se que spray de pimenta e gás lacrimogenio não se
dano em específico, mas somente o seu perigo. enquadra no tipo penal.

Art. 250 e 258 - INCÊNDIO Art. 253 - FABRICO , FORNECIMENTO .... DE


EXPLOSIVO OU GÁS TÓXICOS, OU ASFIXIANTE
- Aqui tem que ficar identificado uma efetiva exposição de
perigo a vítima; É um tipo subsidiário, pois temos outras leis que falam sobre
o memso tipo.
- Tem que ser em patrimônio de outrem, de si mesmo não
configura o crime; Aqui a conduta, de acordo com a doutrina, refere-se a um
crime de perigo abstrato, diferentemente dos tipos anteriores.
- §-1º (majorante) - diferencia-se do crime de fraudar seguro,
pois a jurisprudência entende que seria estelionato. O proveito
especificado seria por exemplo por fogo no terreno do vizinho Art. 254 - INUNDAÇÃO
para desvalorizar e comprar.
Trata-se de perigo concreto.
- A parte final da alínea h, possui legislação específica na lei
de crimes ambientais. Não confunde-se com o art. 161 do cp, pois este o agente age
com dolo na conduta (desvio do curso da água) e culpa no
- §-2º (forma culposa)- exemplo disso seria a gimba de resultado (com a conduta gera a inundação).
cigarro.

Formas qualificadas (art. 258): Art. 255 - PERIGO DE INUNDAÇÃO

Dolo na conduta e culpa no resultado Nesse crime o agente deve efetivamente reitirar o obstáculo
que impedia a inundação.
A. Se resulta morte - pena privativa de liberdade aumenta em
dobro Não tem modalidade culposa, o agente deve efetivamente
retirar a barreira.
Aplica-se as causas de aumento de pena descritas no art. 258 -
É tipo alternativo, basta que o agente pratique alguma das de acordo com art. 263
condutas.
DESATRE FERROVIÁRIO
Se o agente provoca a inundação caberia o art. 254.
§-1º - Dolo na conduta e culpa no resultado - se resulta em
desastre
ART. 256 - DESABAMENTO OU
DESMORANAMENTO §-2º - deve ter desastre - culpa na conduta.
*caso não tenha desastre será conduta atípica
É crime de perigo.

Diferenciação doutrinária, o desabamento é alguma Art. 261 - ATENTADO CONTRA A SEGURANÇA DE


construção humana. Desmoronamento é a queda do solo. TRANSPORTE MARÍTIMO, FLUVIAL OU AÉREO

É comum que com a explosão se desabe algo, mas a Para ter a modalidade culposa deve ter o sinistro (§-3º).
jurisprudência entende que o desabamento é mero
exaurimento do crime de explosão. ART. 262 - ATENTADO CONTRA A SEGURANÇA DE
OUTRO MEIO DE TRANSPORTE
Só se enquadra caso ocorra o desabamento e expor a vida,
integridade física ou o patrimônio a perigo.
Art. 263 - modalidade qualificada dos arts. 263

Art. 257 - SUBTRAÇÃO, OCULTAÇÃO OU


INUTILIZAÇÃO DE MATERIAL DE SALVAMENTO Art. 264 - AREMESSO DE PROJÉTIL

Em uma situação de calamidade pública a pessoa dificulta de O transporte deve se enquadrar como público. Bittencourt
alguma forma a prestação de socorro. entende que o carro em movimento é aquele que não está
estacionado.
Não é provocar a calamidade, mas agravar pela dificuldade de
socorro. §-unico - mostra os aumentos de pena.

Regra: trata-se de perigo abstrato.


CAP. III - DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA
Greco (minoritário): tem que ficar comprovado que a pessoa
dificultou o atendimento médico. Art. 267 - EPIDEMIA

Estamos falando de uma situação de coletividade e dolosa.


Art. 258 - FORMAS QUALIFICADAS DE CRIME DE
PERIGO COMUM Forma culposa (§-2º)

Aplicados em todos crimes em que há perigo comum


Art. 268 - INFRAÇÃO DE MEDIDA SANITÁRIA
ART. 259 - DIFUSÃO DE DOENÇA OU PRAGA PREVENTIVA

Há uma subsidiariedade com o art. 61 da lei de crimes a pessoa obsta uma recomenção da saúde obstando a
ambientais. coletividade.

Possui modalidade culposa, coisa que a lei de crimes Ex: sair sem mascara na rua.
ambientais não possui. Nesse sentido, em certos casos pode-se
se referir ao parágrafo devido ao deficit na lei de crimes
ambientais. Art. 269 - OMISSÃO DE NOTIFICAÇÃO DE DOENÇA

Doenças com alto poder de contágio devem ser comunicados.


CAP. II - DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS
MEIOS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE E
OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS Art. 270 - ENVENENAMENTO DE ÁGUA POTÁVEL
OU DE SUBSTÂNCIA ALIMENTÍCIA OU
* O sujeitos passivo ainda é a coletividade, portanto, é MEDIICIANAL
necessário atingi-los.

Art. 260 - PERIGO DE DESATRE FERROVIÁRIO Art. 271 - CORRUPÇÃO OU POLUIÇÃO DE ÁGUA
POTÁVEL
As ações do agente estão descritas nos incisos, mas ainda
assim outros atos não descritos, mas que impeça.
Art. 272 - FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO,
ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE SUBSTÂNCIA
OU PRODUTOS ALIMENTÍCIOS.

Alteração se deu em 1998, pois se deu um surto de


falsificação de remédio. Lesa toda a coletividade, mas não se
sabe especificamente quem foram os afetados. Por exemplo,
uma pessoa com diabetes pode ficar prejudicada por diversas
situações.

CRÍTICA DA DOUTRINA: a pena mínima é maior que a do


homicídio simples, visto a desproporcionalidade.

Art. 282 - EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA, ARTE


DENTÁRIA OU FARMACÊUTICA

No caput não precisa necessariamente ter lucro e deve ter


habitualidade.

Requisitos:

A. Não precisa ter lucro


B. Deve ter habitualidade

Art. 283 - CHARLATANISMO

Art. 284 - CURANDEIRISMO

No curandeirismo o agente não possui habilidalidade tecnica


do que está fazendo. Existe crítica, pois a simpatia, por
exemplo, que fazem parte da religiosidade.

Não há a modalidade culposa, apenas dolosa.

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