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RESPOSTA :

Todos os artigos do código penal todos os artigos se referem ao código penal , a não ser que
expressamente tenham outra dimensão

Trata-se de 1 situação de justificação putativa (Art. 16 n. 2 primeira parte


do CP).
A ao atirar a pedra à vidraça, tem 1 accao que consistiu numa
exteriorização de intencionalidade de sentido (Wezell) , ou conceição de
Belling, uma manifestação consistente externa de vida de uma pessoa.

Que preenche o ilicto típico objectivo e subjectivo do artigo 212 n.1.


O agente supõe que está a actuar a coberto de 1 tipo justificador da
legitima defesa de terceiro, ou auxilio de terceiro, que imaginou que
existia 1 agressao actual e ilícita, quando não existia 1 agressão, ou do
direito de necessidade artigo 34 , supos a existência de 1 perigo quando
na realidade , não existia.
Este erro de natureza intelectual, está previsto no artigo 16 n.2 “ o erro
sobre estado de coisas que, a existir, excluiria a ilicitude do facto ou a
culpa do agente”.
Este erro exclui o dolo, ficando ressalvada a possibilidade de se punir o
agente por negligencia, conforme o n. 3 do art. 16.
Todavia, não existe tipificação de dano negligente,
Em nome do caracter subsidiário da intervenção penal, do seu caracter
fragmentário , do caracter excepcional da responsabilidade a titulo de
negligencia, e por conseguinte, não se pode responsabilizar criminalmente
ninguém , se o facto não estiver tipificado na lei como crime , principio da
tipicidade corolário da legalidade penal .
Concluído A não tem responsabilidade criminal por crime de dano.
2 - CASO :
E SE A AO PASSAR NA CASA DE B CHEIO DE INVEJA, ATIRA-SE CONTRA A
VIDRAÇA , E A SITUAÇÃO DE A SALVOU A VIDA DE B, O Gás estava ligado e
o b Já tinha perdido os sentidos, e com a pedra ao partir o vidro, circulou o
ar e salvou a vida de B .
O prof Al. Costa , defende a NÂO aplicabilidade analógica , por diversas
ordem de razão. ( art.38 n.4)
Entende que o Consentimento não é um tipo justificador, mas antes 1
uma clausula de afastamento, de exclusão da própria tipicidade.
- o regime legal do consentimento enquanto afastamento do próprio tipo
diz respeito a Interesses livremente disponíveis do próprio titular
( falta elemento meramente objectiva
Podem estar em causa interesse não disponiveis.
Lesao do bem jurídico vida .
Exemplo igual :
O agente não se apercebendo que A está na iminência de matar B , e mata
o A, evitando assim que A mata-se B , temos a mesma situação, só que o
facto ilicto típico praticado pelo agente, não é 1 crime de dano, mas 1
crime de homicídio.

Trata-se de 1 justificacao puramente objectiva ou falta o elemento , ……


Com efeito A está a coberto do ponto de vista estritamente objectivo do
tipo justificador previsto no art. 38 n.4,
Existiu 1 situaçaõ de perigo real, actual e não criado pelo agente, que
ameaçava a vida de 3º, o B , havia sensível superioridade do interesse a
salvaguardar, a vida de B , e havia razoabilidade impor ao lesado sacrficio .
O facto só não esta justificado, porque falta o correspondente elemento
de natureza subjectiva, o A desconhece a existência de perigo para a vida
de B, logo não actuou para salvaguardar o bem superior aquele que
sacrificou.
O facto permanece pois ilícito,
Quanto À punibilidade, para certos doutrinadores deve aplicar -se por
analogia o regime previsto no n.4 art.38 , a propósito do tipo justificador
consentimento, significando que o agente deveria ser punido por tentativa
se trata-se . No entanto segundo os nossos professores AC e Cristina
Borges, esta solução não é a melhor , porque não só o consentimento art
38 , não traduz dogmaticamente , o tipo justificador (clausula de
exclusão ou …. sinónimos
Como o consentimento artigo seu regime jurídico plasmado no art.38 esta
pensado para interesses livremente disponíveis do seu titular, e nestas
situações de justificação puramente objectiva onde falta apenas 1
elemento justificador, podem estar em causa interesses que não estão
livremente disponíveis , como por exemplo a vida.
EX : A sem saber que B está na eminencia de matar C, porque quer ajustar
contas com B, mata B salvando a vida de C, ele actuou objetivamente ao
abrigo da legitima defesa de terceiro, auxilio necessário , mas lesou o
interesse que NÃO É LIVREMENTE DISPONIVEL, A VIDA.
Como aplicar aqui analogicamente a disciplina do artigo 38 ou 31 ???
Neste caso seria lhe aplicado o crime consumado o art. 212 , não há
nenhuma clausula de exclusão
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DIFERENÇA ENTRE O ART. 16 E 17 !!!!

Tanto o ERRo sobre a ilicitude como no erro sobre as proibições , o agente


pratica um facto ilícito convicto de que é licito. A diferença entre ambos
reside na natureza da proibição.
Sendo uma proibição solidamente interiorizada pela consciência axiológica
comunitária, resulta dos processos normais de integração social e
constitui um erro sobre a ilicitude, é um erro moral e enquadrável no
art.17 .
DIFERENTEMENTE do art. 16 , que tratando-se 1 proibição que, pelo seu
carater técnico e especializado ou pela instabilidade da propria norma,
não é passível de ser interiorizada pelo agente, através dos processos
vulgares de socialização, trata-se de 1 erro sobre as proibicoes que é 1
erro sobre as proibições, que é 1 erro intelectual, e que exclui o dolo.

Sai em Diário da República 1 norma que pune criminalmente os


automobilistas que não colocaram no tubo escape, 1 aparelho para
diminuir a diminuição de gases. (pode ser punido com 1 ano ou pena
multa até 120 dias)
António, bom pai de família, bom cidadão, padeiro, foi acusado pelo MP
porque circulava sem a colocação do aparelho.
Diz que sim em tribunal, diz que não sabia… não sabia que estava a
cometer facto ilícito

Resposta : ( MALA PROIBITA - Art. 16n. 1- proibição NOVA , não tem 1


valor ético tao grande não há a interiorização do desvalor) ( mala
proibita)
Não esta assim tao difundido na comunidade, Tem que conhecer a
norma , ou tem que ter tempo para conhecer a norma.
N.1 do art. 16 – Erro sobre as proibições é equiparado a 1 erro de
natureza intlecutal, sobre o circunstancionalismo fáctico, para o agente
tomar consciência da ilicitude deste facto, ele precisa de conhecer as
proibições, é 1erro sobre proibição porque não tem 1 valor ético social
tao enraizado na sociedade que quqlquer pessoa desconhecendo a norma
adquira a consciência que esta a cometer 1 facto ilícito . N.1 Art 16-
Exclusão do dolo e fica ressalvada a punibilidade da negligencia nos
termos gerais n. 3 ( mala proibita).

DIFERENTEMENTE
Art.17 – “Malen sé “ – Erro moral , erro de valoração ( Erro VELHO já está
enraizado na sociedade ) ( AS proibições – mal em si próprias , em que
desvalor ético social é conhecido ou possa ser conhecido pelas
destinatários da norma, então esse erro é apreciado nos termos do art.
17 pessoas sempre punido
Já esta enraizado no tecido social, não é necessário o conhecimento da
norma para saber que eram factos ilícitos (matar violar já sabíamos que
eram proibidos).
-Erro não censurável - Falta de consciência da ilicitude não censurável – a
culpa esta excluída, não existe resp. criminal sem culpa , n.1 art.17
- Erro censurável - O agente não se informou como devia, exclui o agente
é punido por facto doloso consumado, podendo no entanto beneficiar de
1 atenuação especial (não é obrigatória é meramente facultativa) n.2
art.17 .
Mas se já estivesse no nosso ordenamento jurídico há mais de 10 anos, a
resposta seria outra . art. 17 – Erro sobre a ilicitude.

Corrijante 1 -
admissível mormente porque , o consentimento

CASO PRATICO : OMISSÃO


A deixa o seu filho de 3 anos sozinho numa piscina e vai ao bar comprar
agua.
A pede a B que estava na piscina para olhar pelo seu filho, no entanto B
distraiu-se e o filho de A caiu à agua, e o menino morre afogado .
Qual a resp. de a e B na morte do Filho de A ??
RESP. do B – A partir do momento em que equiparamos o desvalor da
omissão ao da acao por força do disposto no artigo 10 n.1, também nos
termos do art. 10 n.2, quando sobre o omitente impende 1 dever jurídico ,
…….. resultado “.
- Teoria das funções de armin Kaufman , Há dever de vigilância bens
jurídicas , relação fáctica de confiança e de vigilância desta criança,
O A , dever entre pai e filho , até se colocou fora da
O 3 assume factimentete o dever jurídico que impendia.
Relação fáctica que se criou entre A e B !!
Nessa conformidade;
B – Crime de homicídio por omissão na pessoa do filho de A por
negligencia. Por força das disposições conjugadas dos Art 10 n.1 e 2 em
conjugação com art.131 todos do CP
O agente podia beneficiar com 1 atenuação n.3 art. 10 , putativa e não
obrigatória …
Violacao do dever de objectivo de cuidado , que funda , o facto negligente
( a sua essência).
- Demitiu-se de o fazer , negligencia consciente art . 15 , e não negligente
Repos« ,
A omissão é menos grave que a acao .
-

OMISSAO : ( estudar BEM )

As fontes do dever de agir segundo a Teoria tradicional , LEI, contrato ,


INGERENCIA,
Armin Kaufman Proteçao de bens jurídicos carecidos de Tutela:
- E de vigilância de bens jurídicos fontes de perigo
-
2 grandes grupos,
Monopólio, é o que suscita mais controvérsia, aplica-se subsidiariamente,
deve-se aplicar não cabendo em mais lado nenhum,
Dever de garante, situações de vigilância, situações carecidas de amparo.
(ver o principio da confiança …)

DEVER OBJECTIVO DE CUIDADO- CRIME DE NEGLIGENCIA

Princípio DA CULPA OU DA NEGLIGENCIA – NA ASSUNÇÃO OU NA


ACEITACAO ;

- 1 Medico acha que não esta preparado para a no inicio por banda do
agente, ele sabe que não está preparado,
Tem 1 Certa analogia ( mutatis mutandis) com a actio libre em causa, o
agente voluntariamente se colocava na situaçãose colocava na situaçao de
inimputabilidade , para cometer o crime ( embebedou-se para cometer o
crime ), no momento em que praticou o facto não tinha capacidade de
culpa,a negligencia está no momento anteriormente , em que o agente
aceita empreender aquela conduta perigosa, para determinados bens
jurídicos.
Negligencia na aceitação ou na assunção, o agente não tem capacidade
para debelar a situaçao no momento em que surge o problema .
Quer pelo teoria do tipo , quer pela teoria da ecepçao

5- Negligência na assunção e na aceitação:


A negligência pode derivar da assunção de tarefas ou aceitação de responsabilidades para
as quais o agente não está preparado, porque lhe faltam as condições pessoais objectivadas, os
conhecimentos ou mesmo o treino necessários ao concreto desempenho de actividades
perigosas.
Quando o agente empreende uma actividade que um perito poderia realizar, mas não o
agente, por lhe faltarem os conhecimentos necessários, estamos perante uma situação de
negligência na assunção, uma vez que uma pessoa normalmente cuidadosa e consciente do
Dto., não adoptaria a conduta.
Embora não possa, por vezes, ser comprovada a negligência referida ao momento da
prática do facto, ela poderá ser afirmada reportando-a ao momento anterior em que o agente
assumiu ou aceitou o desempenho, sabendo todavia, ou sendo-lhe cognoscível, que para
tanto lhe faltavam os pressupostos objectivamente necessários.
A aceitação ou assunção da actividade como tal constitui uma contradição com o dever
objectivo de cuidado referido ao tipo que virá a ser preenchido.
A negligência na assunção ou na aceitação caracteriza-se, desde logo, por uma
antecipação, relativamente ao comportamento concreto, do ponto essencial de conexão do juízo
de culpa negligente, mas não renuncia à culpa como tal.
Em suma, a negligência só poderá ser afirmada relativamente àquele que aceitou
desempenhar uma actividade para a qual não se encontrava física e psiquicamente apto quando
o risco daí resultante era dele conhecido ou era pelo menos cognoscível.

6- Pr. da confiança (auto-responsabilidade de terceiros):


O critério fundamental de delimitação do tipo de ilícito negligente é constituído pelo pr.
da confiança (com especial relevo no Dto. rodoviário).
Segundo este pr. da confiança, quem se comporta no tráfico de acordo com a norma de
cuidado objectivo deve poder confiar que o mesmo sucederá com os outros.
Este pr. não se aplica quando o agente tiver razão concretamente fundada para pensar de
outro modo. A situação concreta não pode levar o agente a pensar que o outro não se
comportará de forma responsável.
(ex: se um condutor circula numa via com prioridade, não pára, confiando que os outros
cumprirão as regras e cederão passagem).
Este pr. da confiança funda-se na auto-responsabilidade de terceiros, i.e., as outras
pessoas são também pessoas responsáveis e, em regra, não se responde pela falta de cuidado
alheio, autorizando o Dto. que se confie que os outros observam os deveres de cuidado.
Existem casos em que a acção é perigosa mas tem de se realizar, dado o seu carácter
utilitário. Nestas situações, o dever de cuidado obriga a que se tomem as medidas necessárias
ao controlo e supervisão, por forma a conter o perigo.

Trabalho em equipa:
O pr. da confiança assume particular relevo no seio do trabalho em equipa, como as
intervenções médico-cirúrgicas.
Qualquer membro da equipa deve poder contar com uma actuação dos outros adequada á
norma de cuidado (jurídica, estatutária, de experiência, deontológica, etc.).
Se os erro forem previsíveis ou detectados, eles deverão ser corrigidos pelos colegas e,
nomeadamente, pelo chefe de equipa.
Nestes casos, os prs. da confiança e da auto-responsabilidade só devem cessar quando o
facto anterior revele uma especial aptidão para provocar o facto posterior doloso, quando criar
um perigo intolerável de cometimento do facto doloso, de tal forma que seria de todo
desrazoável não contar com a sua possibilidade.

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