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NEVES
‘‘nos termos do art. 515, VI, do CPC/2015 (Lei n. 13.105, de 16-3-2015), cuja
liquidação far-se-á na esfera cível. No entanto, a vítima ou seus sucessores não
estão obrigados a aguardar o desfecho da ação penal, podendo buscar o
ressarcimento do dano através de ação própria no juízo cível. A obrigação de
indenizar, como não se trata de pena criminal, mas de efeito da condenação,
transmite-se aos herdeiros do delinquente, até os limites da herança. A sentença
condenatória só pode ser executada no juízo cível contra quem foi réu na ação
criminal. Para acionar o responsável civil, que não tenha sido réu na ação penal, será
necessária a ação cível específica, servindo a condenação penal apenas como
elemento de prova, e não como título executivo.’’
Isso significa que, mesmo que os bens ou valores originalmente obtidos por
meio do crime não sejam localizados ou estejam em jurisdição estrangeira, a Justiça
pode determinar a perda de outros bens ou valores equivalentes pertencentes ao
condenado. Essa medida visa garantir que o criminoso não se beneficie dos frutos
do crime, mesmo que os bens ou valores diretamente relacionados não possam ser
recuperados.
acusado para posterior decretação de perda. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012);”
De acordo com o art. 120 do CPP, o produto e o proveito do crime devem ser
restituídos ao prejudicado ou terceiro de boa-fé, desde que não se enquadrem nas
hipóteses da alínea a do inciso II do art. 91 do CP. Caso seja desconhecido o
proprietário, passa-se ao Estado, o qual dará a destinação legal, ou seja, serão
inutilizados, leiloados ou recolhidos ao museu criminal, conforme determinação dos
arts. 122 a 124 e 133 do CPP’’. Nesse exemplo podemos ver perfeitamente tudo que
é falando e citado no art 91-A sendo colocado em pratica.
“Art. 92 - São também efeitos da condenação: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: (Redação dada pela
Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano,
nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a
Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro)
anos nos demais casos. (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)”
Diante do exposto, é possível inferir que vários efeitos são gerados com a
condenação penal transitada em julgado, visto que essa sentença visa aplicar a
pena que, de forma proporcional, mais se aproxima do mal praticado pelo
sentenciado. Esses efeitos podem ser primários,isto é, imposição da sanção penal,
ou secundários, que, como afirma Greco, mais se parecem com outra pena, de
natureza acessória. Sendo que os secundários são subdivididos em penais, como a
reincidência, ou extrapenais, que por sua vez é dividido em genérico e específico,
regulados pelos arts. 91, 91-A e 92 do Código Penal.
BITENCOURT, Cezar R. Tratado de direito penal: Parte geral - arts. 1º a 120 (vol. 1).
Editora Saraiva, 2022. E-book. ISBN 9786555597172. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555597172/.> Acesso em: 27
mai. 2023.
NUCCI, Guilherme de S. Curso de Direito Penal: Parte Geral: arts. 1º a 120. v.1.
Grupo GEN, 2023. E-book. ISBN 9786559646852. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559646852/>. Acesso em: 28
mai. 2023.
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: artigos 1º a 120 do Código Penal. v.1 .
Grupo GEN, 2022. E-book. ISBN 9786559771493. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559771493/. Acesso em: 12
jun. 2023.