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Aspectos Penais
Professora Carolina Carvalhal
(profcarolcarvalhal@gmail.com)
Lei 13.964/2019 – Aspectos Penais
O diploma legislativo insere o parágrafo único no artigo 25 do Código Penal, que
trata da excludente da ilicitude da legítima defesa. A nova redação considera
também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou
risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes. Confira-se:
Ora entendia que, mesmo se se considerasse a multa penal como dívida de valor,
dela não seria retirado o caráter de sanção criminal. Como consequência, por ser
uma sanção criminal, a legitimação prioritária para a execução da multa penal seria
do Ministério Público perante a Vara de Execuções Penais.
Ocorre que também havia julgados afirmando que, após a redação dada ao art. 51
do Código Penal pela Lei n. 9.268/1996, a pena pecuniária passou a ser considerada
dívida de valor e, portanto, possuiria caráter extrapenal, de modo que sua
execução seria de competência exclusiva da Procuradoria da Fazenda Pública.
“Art. 91-A. Na hipótese de condenação por infrações às quais a lei comine pena máxima superior a 6
(seis) anos de reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou proveito do crime, dos bens
correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio do condenado e aquele que seja
compatível com o seu rendimento lícito.
§ 1º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo, entendese por patrimônio do condenado
todos os bens:
I - de sua titularidade, ou em relação aos quais ele tenha o domínio e o benefício direto ou indireto,
na data da infração penal ou recebidos posteriormente; e
II - transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante contraprestação irrisória, a partir do início
da atividade criminal.
§ 3º A perda prevista neste artigo deverá ser requerida expressamente pelo Ministério Público, por
ocasião do oferecimento da denúncia, com indicação da diferença apurada.
§ 4º Na sentença condenatória, o juiz deve declarar o valor da diferença apurada e especificar os
bens cuja perda for decretada.
Segundo o dispositivo, a depender da gravidade abstrata do delito – infrações às quais a lei comine
pena máxima superior a 6 (seis) anos de reclusão –, o juiz, se condenar o réu, poderá decretar a
perda, como produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença entre o valor do
patrimônio do condenado e aquele que seja compatível com o seu rendimento lícito.
Ou seja, há uma presunção – decretar “como produto ou proveito do crime” – de origem ilícita do
patrimônio do réu. Portanto, é lícito assumir que todo processo penal que verse sobre crime cuja
pena máxima seja superior a 6 (seis) anos é também uma prestação de contas!
§ 2º. ..............................................................................................
§ 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso
restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo.” (NR)
A partir desse momento, a pena do delito de roubo aumenta-se de 1/3 até a metade se a
violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca. Ainda, a pena é
aplicada em dobro se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de
fogo de uso restrito ou proibido.
A Lei 13.964/2019 torna o crime de estelionato de ação penal pública condicionada
à representação, com ressalvas. Anteriormente, o entendimento uníssono era de
que o tipo penal do estelionato se procedia mediante ação penal pública
incondicionada. A nova lei acrescenta o § 5º ao artigo 171, alterando a natureza da
ação penal