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b) não cometimento de falta grave nos últimos 12
PACOTE ANTI-CRIME (doze) meses;

LEI Nº 13.964, DE 24 DE DEZEMBRO DE 2019 c) bom desempenho no trabalho que lhe foi
atribuído; e

Aperfeiçoa a legislação penal e processual penal. d) aptidão para prover a própria subsistência
mediante trabalho honesto;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a .......................................................................... (NR)
seguinte Lei: “Art. 91-A. Na hipótese de condenação por
Art. 1º Esta Lei aperfeiçoa a legislação penal e infrações às quais a lei comine pena máxima
processual penal. superior a 6 (seis) anos de reclusão, poderá ser
decretada a perda, como produto ou proveito do
Art. 2º O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de crime, dos bens correspondentes à diferença entre
1940 (Código Penal), passa a vigorar com as o valor do patrimônio do condenado e aquele que
seguintes alterações: seja compatível com o seu rendimento lícito.
“Art.25. ..................................................................... § 1º Para efeito da perda prevista no caput deste
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos artigo, entende-se por patrimônio do condenado
no caput deste artigo, considera-se também em todos os bens:
legítima defesa o agente de segurança pública que I - de sua titularidade, ou em relação aos quais ele
repele agressão ou risco de agressão a vítima tenha o domínio e o benefício direto ou indireto, na
mantida refém durante a prática de crimes.” (NR) data da infração penal ou recebidos
“Art. 51. Transitada em julgado a sentença posteriormente; e
condenatória, a multa será executada perante o juiz II - transferidos a terceiros a título gratuito ou
da execução penal e será considerada dívida de mediante contraprestação irrisória, a partir do
valor, aplicáveis as normas relativas à dívida ativa início da atividade criminal.
da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às
causas interruptivas e suspensivas da prescrição. § 2º O condenado poderá demonstrar a inexistência
da incompatibilidade ou a procedência lícita do
.......................................................................... (NR) patrimônio.
“Art. 75. O tempo de cumprimento das penas § 3º A perda prevista neste artigo deverá ser
privativas de liberdade não pode ser superior a 40 requerida expressamente pelo Ministério Público,
(quarenta) anos. por ocasião do oferecimento da denúncia, com
§ 1º Quando o agente for condenado a penas indicação da diferença apurada.
privativas de liberdade cuja soma seja superior a 40 § 4º Na sentença condenatória, o juiz deve declarar
(quarenta) anos, devem elas ser unificadas para o valor da diferença apurada e especificar os bens
atender ao limite máximo deste artigo ............. (NR) cuja perda for decretada.
“Art. 83. ................................................................... § 5º Os instrumentos utilizados para a prática de
III - comprovado: crimes por organizações criminosas e milícias
deverão ser declarados perdidos em favor da União
a) bom comportamento durante a execução da ou do Estado, dependendo da Justiça onde tramita
pena; a ação penal, ainda que não ponham em perigo a

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segurança das pessoas, a moral ou a ordem pública, II - criança ou adolescente;
nem ofereçam sério risco de ser utilizados para o
III - pessoa com deficiência mental; ou
cometimento de novos crimes.”
IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou
“Art.116....................................................................
incapaz.” (NR)
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior;
“Art.316....................................................................
III - na pendência de embargos de declaração ou de
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
recursos aos Tribunais Superiores, quando
multa.” (NR)
inadmissíveis; e
Art. 3º O Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de
IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o
1941 (Código de Processo Penal), passa a vigorar
acordo de não persecução penal.
com as seguintes alterações: (Vide ADI
........................................................................” (NR) 6.298) (Vide ADI 6.299) (Vide ADI
6.300) (Vide ADI 6.305)
“Art.121....................................................................
“Juiz das Garantias
§2º. .........................................................................
‘Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura
VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito
acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de
ou proibido: (Promulgação partes vetadas)
investigação e a substituição da atuação probatória
........................................................................” (NR) do órgão de acusação.’
“Art.141. .................................................................. ‘Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo
controle da legalidade da investigação criminal e
§1º ............................................................................
pela salvaguarda dos direitos individuais cuja
§ 2º Se o crime é cometido ou divulgado em franquia tenha sido reservada à autorização prévia
quaisquer modalidades das redes sociais da rede do Poder Judiciário, competindo-lhe
mundial de computadores, aplica-se em triplo a especialmente:
pena.’ (NR)” (Promulgação partes vetadas)
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos
“Art.157.................................................................... termos do inciso LXII do caput do art. 5º da
Constituição Federal;
§2º. ...........................................................................
II - receber o auto da prisão em flagrante para o
VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com
controle da legalidade da prisão, observado o
emprego de arma branca;
disposto no art. 310 deste Código;
..................................................................................
III - zelar pela observância dos direitos do preso,
§ 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida podendo determinar que este seja conduzido à sua
com emprego de arma de fogo de uso restrito ou presença, a qualquer tempo;
proibido, aplica-se em dobro a pena prevista
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer
no caput deste artigo .......................................”(NR)
investigação criminal;
“Art.171. .................................................................
V - decidir sobre o requerimento de prisão
§ 5º Somente se procede mediante representação, provisória ou outra medida cautelar, observado o
salvo se a vítima for: disposto no § 1º deste artigo;

I - a Administração Pública, direta ou indireta;

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VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida seu defensor de acesso a todos os elementos
cautelar, bem como substituí-las ou revogá-las, informativos e provas produzidos no âmbito da
assegurado, no primeiro caso, o exercício do investigação criminal, salvo no que concerne,
contraditório em audiência pública e oral, na forma estritamente, às diligências em andamento;
do disposto neste Código ou em legislação especial
XVI - deferir pedido de admissão de assistente
pertinente;
técnico para acompanhar a produção da perícia;
VII - decidir sobre o requerimento de produção
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de
antecipada de provas consideradas urgentes e não
não persecução penal ou os de colaboração
repetíveis, assegurados o contraditório e a ampla
premiada, quando formalizados durante a
defesa em audiência pública e oral;
investigação;
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito,
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições
estando o investigado preso, em vista das razões
definidas no caput deste artigo.
apresentadas pela autoridade policial e observado
o disposto no § 2º deste artigo; § 1º O preso em flagrante ou por força de mandado
de prisão provisória será encaminhado à presença
IX - determinar o trancamento do inquérito policial
do juiz de garantias no prazo de 24 (vinte e quatro)
quando não houver fundamento razoável para sua
horas, momento em que se realizará audiência com
instauração ou prosseguimento;
a presença do Ministério Público e da Defensoria
X - requisitar documentos, laudos e informações ao Pública ou de advogado constituído, vedado o
delegado de polícia sobre o andamento da emprego de videoconferência. (Promulgação
investigação; partes vetadas)
XI - decidir sobre os requerimentos de: § 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das
garantias poderá, mediante representação da
a) interceptação telefônica, do fluxo de
autoridade policial e ouvido o Ministério Público,
comunicações em sistemas de informática e
prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito
telemática ou de outras formas de comunicação;
por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados a investigação não for concluída, a prisão será
e telefônico; imediatamente relaxada.’

c) busca e apreensão domiciliar; ‘Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias


abrange todas as infrações penais, exceto as de
d) acesso a informações sigilosas;
menor potencial ofensivo, e cessa com o
e) outros meios de obtenção da prova que recebimento da denúncia ou queixa na forma do
restrinjam direitos fundamentais do investigado; art. 399 deste Código.

XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do § 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões
oferecimento da denúncia; pendentes serão decididas pelo juiz da instrução e
julgamento.
XIII - determinar a instauração de incidente de
insanidade mental; § 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias
não vinculam o juiz da instrução e julgamento, que,
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou
após o recebimento da denúncia ou queixa, deverá
queixa, nos termos do art. 399 deste Código;
reexaminar a necessidade das medidas cautelares
XV - assegurar prontamente, quando se fizer em curso, no prazo máximo de 10 (dez) dias.
necessário, o direito outorgado ao investigado e ao

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§ 3º Os autos que compõem as matérias de informação e a dignidade da pessoa submetida à
competência do juiz das garantias ficarão prisão.’”
acautelados na secretaria desse juízo, à disposição
“Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados
do Ministério Público e da defesa, e não serão
às instituições dispostas no art. 144 da Constituição
apensados aos autos do processo enviados ao juiz
Federal figurarem como investigados em inquéritos
da instrução e julgamento, ressalvados os
policiais, inquéritos policiais militares e demais
documentos relativos às provas irrepetíveis,
procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a
medidas de obtenção de provas ou de antecipação
investigação de fatos relacionados ao uso da força
de provas, que deverão ser remetidos para
letal praticados no exercício profissional, de forma
apensamento em apartado.
consumada ou tentada, incluindo as situações
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7
autos acautelados na secretaria do juízo das de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado
garantias.’ poderá constituir defensor.
‘Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, § 1º Para os casos previstos no caput deste artigo,
praticar qualquer ato incluído nas competências o investigado deverá ser citado da instauração do
dos arts. 4º e 5º deste Código ficará impedido de procedimento investigatório, podendo constituir
funcionar no processo. defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas
a contar do recebimento da citação.
Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar
apenas um juiz, os tribunais criarão um sistema de § 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo
rodízio de magistrados, a fim de atender às com ausência de nomeação de defensor pelo
disposições deste Capítulo.’ investigado, a autoridade responsável pela
investigação deverá intimar a instituição a que
‘Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado
estava vinculado o investigado à época da
conforme as normas de organização judiciária da
ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48
União, dos Estados e do Distrito Federal,
(quarenta e oito) horas, indique defensor para a
observando critérios objetivos a serem
representação do investigado.
periodicamente divulgados pelo respectivo
tribunal.’ § 3º Havendo necessidade de indicação de defensor
nos termos do § 2º deste artigo, a defesa caberá
‘Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o
preferencialmente à Defensoria Pública, e, nos
cumprimento das regras para o tratamento dos
locais em que ela não estiver instalada, a União ou
presos, impedindo o acordo ou ajuste de qualquer
a Unidade da Federação correspondente à
autoridade com órgãos da imprensa para explorar
respectiva competência territorial do
a imagem da pessoa submetida à prisão, sob pena
procedimento instaurado deverá disponibilizar
de responsabilidade civil, administrativa e penal.
profissional para acompanhamento e realização de
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as todos os atos relacionados à defesa administrativa
autoridades deverão disciplinar, em 180 (cento e do investigado. (Promulgação partes vetadas)
oitenta) dias, o modo pelo qual as informações
§ 4º A indicação do profissional a que se refere o
sobre a realização da prisão e a identidade do preso
serão, de modo padronizado e respeitada a § 3º deste artigo deverá ser precedida de
programação normativa aludida no caput deste manifestação de que não existe defensor público
artigo, transmitidas à imprensa, assegurados a lotado na área territorial onde tramita o inquérito e
efetividade da persecução penal, o direito à com atribuição para nele atuar, hipótese em que
poderá ser indicado profissional que não integre os

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quadros próprios da condições ajustadas cumulativa e
Administração. (Promulgação partes vetadas) alternativamente:
§ 5º Na hipótese de não atuação da Defensoria I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima,
Pública, os custos com o patrocínio dos interesses exceto na impossibilidade de fazê-lo;
dos investigados nos procedimentos de que trata
II - renunciar voluntariamente a bens e direitos
este artigo correrão por conta do orçamento
indicados pelo Ministério Público como
próprio da instituição a que este esteja vinculado à
instrumentos, produto ou proveito do crime;
época da ocorrência dos fatos
investigados. (Promulgação partes vetadas) III - prestar serviço à comunidade ou a entidades
públicas por período correspondente à pena
§ 6º As disposições constantes deste artigo se
mínima cominada ao delito diminuída de um a dois
aplicam aos servidores militares vinculados às
terços, em local a ser indicado pelo juízo da
instituições dispostas no art. 142 da Constituição
execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº
Federal, desde que os fatos investigados digam
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal);
respeito a missões para a Garantia da Lei e da
Ordem.” IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos
termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
“Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito
dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade
policial ou de quaisquer elementos informativos da
pública ou de interesse social, a ser indicada pelo
mesma natureza, o órgão do Ministério Público
juízo da execução, que tenha, preferencialmente,
comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade
como função proteger bens jurídicos iguais ou
policial e encaminhará os autos para a instância de
semelhantes aos aparentemente lesados pelo
revisão ministerial para fins de homologação, na
delito; ou
forma da lei.
V - cumprir, por prazo determinado, outra condição
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não
indicada pelo Ministério Público, desde que
concordar com o arquivamento do inquérito
proporcional e compatível com a infração penal
policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do
imputada.
recebimento da comunicação, submeter a matéria
à revisão da instância competente do órgão § 1º Para aferição da pena mínima cominada ao
ministerial, conforme dispuser a respectiva lei delito a que se refere o caput deste artigo, serão
orgânica. consideradas as causas de aumento e diminuição
aplicáveis ao caso concreto.
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados
em detrimento da União, Estados e Municípios, a § 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica
revisão do arquivamento do inquérito policial nas seguintes hipóteses:
poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem
I - se for cabível transação penal de competência
couber a sua representação judicial.” (NR)
dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei;
“Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e
II - se o investigado for reincidente ou se houver
tendo o investigado confessado formal e
elementos probatórios que indiquem conduta
circunstancialmente a prática de infração penal
criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto
sem violência ou grave ameaça e com pena mínima
se insignificantes as infrações penais pretéritas;
inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público
poderá propor acordo de não persecução penal, III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos
desde que necessário e suficiente para reprovação anteriores ao cometimento da infração, em acordo
e prevenção do crime, mediante as seguintes

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de não persecução penal, transação penal ou fins de sua rescisão e posterior oferecimento de
suspensão condicional do processo; e denúncia.
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência § 11. O descumprimento do acordo de não
doméstica ou familiar, ou praticados contra a persecução penal pelo investigado também poderá
mulher por razões da condição de sexo feminino, ser utilizado pelo Ministério Público como
em favor do agressor. justificativa para o eventual não oferecimento de
suspensão condicional do processo.
§ 3º O acordo de não persecução penal será
formalizado por escrito e será firmado pelo § 12. A celebração e o cumprimento do acordo de
membro do Ministério Público, pelo investigado e não persecução penal não constarão de certidão de
por seu defensor. antecedentes criminais, exceto para os fins
previstos no inciso III do § 2º deste artigo.
§ 4º Para a homologação do acordo de não
persecução penal, será realizada audiência na qual § 13. Cumprido integralmente o acordo de não
o juiz deverá verificar a sua voluntariedade, por persecução penal, o juízo competente decretará a
meio da oitiva do investigado na presença do seu extinção de punibilidade.
defensor, e sua legalidade.
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes Público, em propor o acordo de não persecução
ou abusivas as condições dispostas no acordo de penal, o investigado poderá requerer a remessa dos
não persecução penal, devolverá os autos ao autos a órgão superior, na forma do art. 28 deste
Ministério Público para que seja reformulada a Código.”
proposta de acordo, com concordância do
“Art. 122. Sem prejuízo do disposto no art. 120, as
investigado e seu defensor.
coisas apreendidas serão alienadas nos termos do
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não disposto no art. 133 deste Código.
persecução penal, o juiz devolverá os autos ao
Parágrafo único. (Revogado).” (NR)
Ministério Público para que inicie sua execução
perante o juízo de execução penal. “Art. 124-A. Na hipótese de decretação de
perdimento de obras de arte ou de outros bens de
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta
relevante valor cultural ou artístico, se o crime não
que não atender aos requisitos legais ou quando
tiver vítima determinada, poderá haver destinação
não for realizada a adequação a que se refere o § 5º
dos bens a museus públicos.”
deste artigo.
“Art. 133. Transitada em julgado a sentença
§ 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os
condenatória, o juiz, de ofício ou a requerimento do
autos ao Ministério Público para a análise da
interessado ou do Ministério Público, determinará
necessidade de complementação das investigações
a avaliação e a venda dos bens em leilão público
ou o oferecimento da denúncia.
cujo perdimento tenha sido decretado.
§ 9º A vítima será intimada da homologação do
§ 1º Do dinheiro apurado, será recolhido aos cofres
acordo de não persecução penal e de seu
públicos o que não couber ao lesado ou a terceiro
descumprimento.
de boa-fé.
§ 10. Descumpridas quaisquer das condições
§ 2º O valor apurado deverá ser recolhido ao Fundo
estipuladas no acordo de não persecução penal, o
Penitenciário Nacional, exceto se houver previsão
Ministério Público deverá comunicar ao juízo, para
diversa em lei especial.” (NR)

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“Art. 133-A. O juiz poderá autorizar, constatado o ‘Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o
interesse público, a utilização de bem sequestrado, conjunto de todos os procedimentos utilizados para
apreendido ou sujeito a qualquer medida manter e documentar a história cronológica do
assecuratória pelos órgãos de segurança pública vestígio coletado em locais ou em vítimas de
previstos no art. 144 da Constituição Federal, do crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir
sistema prisional, do sistema socioeducativo, da de seu reconhecimento até o descarte.
Força Nacional de Segurança Pública e do Instituto
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a
Geral de Perícia, para o desempenho de suas
preservação do local de crime ou com
atividades.
procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
§ 1º O órgão de segurança pública participante das detectada a existência de vestígio.
ações de investigação ou repressão da infração
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento
penal que ensejou a constrição do bem terá
como de potencial interesse para a produção da
prioridade na sua utilização.
prova pericial fica responsável por sua preservação.
§ 2º Fora das hipóteses anteriores, demonstrado o
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível
interesse público, o juiz poderá autorizar o uso do
ou latente, constatado ou recolhido, que se
bem pelos demais órgãos públicos.
relaciona à infração penal.’
§ 3º Se o bem a que se refere o caput deste artigo
‘Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o
for veículo, embarcação ou aeronave, o juiz
rastreamento do vestígio nas seguintes etapas:
ordenará à autoridade de trânsito ou ao órgão de
registro e controle a expedição de certificado I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento
provisório de registro e licenciamento em favor do como de potencial interesse para a produção da
órgão público beneficiário, o qual estará isento do prova pericial;
pagamento de multas, encargos e tributos
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado
anteriores à disponibilização do bem para a sua
das coisas, devendo isolar e preservar o ambiente
utilização, que deverão ser cobrados de seu
imediato, mediato e relacionado aos vestígios e
responsável.
local de crime;
§ 4º Transitada em julgado a sentença penal
III - fixação: descrição detalhada do vestígio
condenatória com a decretação de perdimento dos
conforme se encontra no local de crime ou no corpo
bens, ressalvado o direito do lesado ou terceiro de
de delito, e a sua posição na área de exames,
boa-fé, o juiz poderá determinar a transferência
podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou
definitiva da propriedade ao órgão público
croqui, sendo indispensável a sua descrição no
beneficiário ao qual foi custodiado o bem.”
laudo pericial produzido pelo perito responsável
pelo atendimento;
“Art.157.................................................................... IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será
submetido à análise pericial, respeitando suas
§ 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova
características e natureza;
declarada inadmissível não poderá proferir a
sentença ou acórdão.” (NR) V - acondicionamento: procedimento por meio do
qual cada vestígio coletado é embalado de forma
CAPÍTULO II
individualizada, de acordo com suas características
DO EXAME DE CORPO DE DELITO, DA CADEIA DE físicas, químicas e biológicas, para posterior análise,
CUSTÓDIA E DAS PERÍCIAS EM GERAL’

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com anotação da data, hora e nome de quem § 2º É proibida a entrada em locais isolados bem
realizou a coleta e o acondicionamento; como a remoção de quaisquer vestígios de locais de
crime antes da liberação por parte do perito
VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um
responsável, sendo tipificada como fraude
local para o outro, utilizando as condições
processual a sua realização.’
adequadas (embalagens, veículos, temperatura,
entre outras), de modo a garantir a manutenção de ‘Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do
suas características originais, bem como o controle vestígio será determinado pela natureza do
de sua posse; material.
VII - recebimento: ato formal de transferência da § 1º Todos os recipientes deverão ser selados com
posse do vestígio, que deve ser documentado com, lacres, com numeração individualizada, de forma a
no mínimo, informações referentes ao número de garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio
procedimento e unidade de polícia judiciária durante o transporte.
relacionada, local de origem, nome de quem
§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio,
transportou o vestígio, código de rastreamento,
preservar suas características, impedir
natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo,
contaminação e vazamento, ter grau de resistência
assinatura e identificação de quem o recebeu;
adequado e espaço para registro de informações
VIII - processamento: exame pericial em si, sobre seu conteúdo.
manipulação do vestígio de acordo com a
§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito
metodologia adequada às suas características
que vai proceder à análise e, motivadamente, por
biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o
pessoa autorizada.
resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito; § 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer
constar na ficha de acompanhamento de vestígio o
IX - armazenamento: procedimento referente à
nome e a matrícula do responsável, a data, o local,
guarda, em condições adequadas, do material a ser
a finalidade, bem como as informações referentes
processado, guardado para realização de
ao novo lacre utilizado.
contraperícia, descartado ou transportado, com
vinculação ao número do laudo correspondente; § 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no
interior do novo recipiente.’
X - descarte: procedimento referente à liberação do
vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando ‘Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística
pertinente, mediante autorização judicial.’ deverão ter uma central de custódia destinada à
guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve
‘Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser
ser vinculada diretamente ao órgão central de
realizada preferencialmente por perito oficial, que
perícia oficial de natureza criminal.
dará o encaminhamento necessário para a central
de custódia, mesmo quando for necessária a § 1º Toda central de custódia deve possuir os
realização de exames complementares. serviços de protocolo, com local para conferência,
recepção, devolução de materiais e documentos,
§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do
possibilitando a seleção, a classificação e a
inquérito ou processo devem ser tratados como
distribuição de materiais, devendo ser um espaço
descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia
seguro e apresentar condições ambientais que não
oficial de natureza criminal responsável por
interfiram nas características do vestígio.
detalhar a forma do seu cumprimento.

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§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de requerimento do Ministério Público, de seu
vestígio deverão ser protocoladas, consignando-se assistente ou do querelante, poderá substituir a
informações sobre a ocorrência no inquérito que a medida, impor outra em cumulação, ou, em último
eles se relacionam. caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do
parágrafo único do art. 312 deste Código.
§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao
vestígio armazenado deverão ser identificadas e § 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes,
deverão ser registradas a data e a hora do acesso. revogar a medida cautelar ou substituí-la quando
verificar a falta de motivo para que subsista, bem
§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio
como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões
armazenado, todas as ações deverão ser
que a justifiquem.
registradas, consignando-se a identificação do
responsável pela tramitação, a destinação, a data e § 6º A prisão preventiva somente será determinada
horário da ação.’ quando não for cabível a sua substituição por outra
medida cautelar, observado o art. 319 deste
‘Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material
Código, e o não cabimento da substituição por
deverá ser devolvido à central de custódia, devendo
outra medida cautelar deverá ser justificado de
nela permanecer.
forma fundamentada nos elementos presentes do
Parágrafo único. Caso a central de custódia não caso concreto, de forma individualizada.” (NR)
possua espaço ou condições de armazenar
“Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em
determinado material, deverá a autoridade policial
flagrante delito ou por ordem escrita e
ou judiciária determinar as condições de depósito
fundamentada da autoridade judiciária
do referido material em local diverso, mediante
competente, em decorrência de prisão cautelar ou
requerimento do diretor do órgão central de perícia
em virtude de condenação criminal transitada em
oficial de natureza criminal.’
julgado. ............................................................ ”(NR)
“Art.282. ..................................................................
“Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo exibição do mandado não obstará a prisão, e o
juiz a requerimento das partes ou, quando no curso preso, em tal caso, será imediatamente
da investigação criminal, por representação da apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado,
autoridade policial ou mediante requerimento do para a realização de audiência de custódia.” (NR)
Ministério Público.
“Art. 310. Após receber o auto de prisão em
§ 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e
de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido quatro) horas após a realização da prisão, o juiz
de medida cautelar, determinará a intimação da deverá promover audiência de custódia com a
parte contrária, para se manifestar no prazo de 5 presença do acusado, seu advogado constituído ou
(cinco) dias, acompanhada de cópia do membro da Defensoria Pública e o membro do
requerimento e das peças necessárias, Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá,
permanecendo os autos em juízo, e os casos de fundamentadamente:
urgência ou de perigo deverão ser justificados e
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em
fundamentados em decisão que contenha
flagrante, que o agente praticou o fato em qualquer
elementos do caso concreto que justifiquem essa
das condições constantes dos incisos I, II ou III
medida excepcional.
do caput do art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
§ 4º No caso de descumprimento de qualquer das dezembro de 1940 (Código Penal), poderá,
obrigações impostas, o juiz, mediante fundamentadamente, conceder ao acusado

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liberdade provisória, mediante termo de § 1º ...........................................................................
comparecimento obrigatório a todos os atos
§ 2º Não será admitida a decretação da prisão
processuais, sob pena de revogação.
preventiva com a finalidade de antecipação de
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou cumprimento de pena ou como decorrência
que integra organização criminosa armada ou imediata de investigação criminal ou da
milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, apresentação ou recebimento de denúncia.” (NR)
deverá denegar a liberdade provisória, com ou sem
“Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou
medidas cautelares.
denegar a prisão preventiva será sempre motivada
§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação e fundamentada.
idônea, à não realização da audiência de custódia
§ 1º Na motivação da decretação da prisão
no prazo estabelecido no caput deste artigo
preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz
responderá administrativa, civil e penalmente pela
deverá indicar concretamente a existência de fatos
omissão.
novos ou contemporâneos que justifiquem a
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o aplicação da medida adotada.
decurso do prazo estabelecido no caput deste
§ 2º Não se considera fundamentada qualquer
artigo, a não realização de audiência de custódia
decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou
sem motivação idônea ensejará também a
acórdão, que:
ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade
competente, sem prejuízo da possibilidade de I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à
imediata decretação de prisão preventiva.” (NR) paráfrase de ato normativo, sem explicar sua
relação com a causa ou a questão decidida;
“Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial
ou do processo penal, caberá a prisão preventiva II - empregar conceitos jurídicos indeterminados,
decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério sem explicar o motivo concreto de sua incidência no
Público, do querelante ou do assistente, ou por caso;
representação da autoridade policial.” (NR)
III - invocar motivos que se prestariam a justificar
“Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada qualquer outra decisão;
como garantia da ordem pública, da ordem
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos
econômica, por conveniência da instrução criminal
no processo capazes de, em tese, infirmar a
ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando
conclusão adotada pelo julgador;
houver prova da existência do crime e indício
suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de
de liberdade do imputado. súmula, sem identificar seus fundamentos
determinantes nem demonstrar que o caso sob
julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
§1º ...........................................................................
VI - deixar de seguir enunciado de súmula,
§ 2º A decisão que decretar a prisão preventiva jurisprudência ou precedente invocado pela parte,
deve ser motivada e fundamentada em receio de sem demonstrar a existência de distinção no caso
perigo e existência concreta de fatos novos ou em julgamento ou a superação do entendimento.”
contemporâneos que justifiquem a aplicação da (NR)
medida adotada.” (NR)
“Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das
“Art.313. .................................................................. partes, revogar a prisão preventiva se, no correr da

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investigação ou do processo, verificar a falta de § 6º O pedido de concessão de efeito suspensivo
motivo para que ela subsista, bem como poderá ser feito incidentemente na apelação ou por
novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a meio de petição em separado dirigida diretamente
justifiquem. ao relator, instruída com cópias da sentença
condenatória, das razões da apelação e de prova da
Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva,
tempestividade, das contrarrazões e das demais
deverá o órgão emissor da decisão revisar a
peças necessárias à compreensão da controvérsia.”
necessidade de sua manutenção a cada 90
(NR)
(noventa) dias, mediante decisão fundamentada,
de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.” (NR) “Art.564....................................................................
“Art.492. ................................................................. V - em decorrência de decisão carente de
fundamentação............................................... ” (NR)
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-
lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os “Art.581. ..................................................................
requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de
XXV - que recusar homologação à proposta de
condenação a uma pena igual ou superior a 15
acordo de não persecução penal, previsto no art.
(quinze) anos de reclusão, determinará a execução
28-A desta Lei.” (NR)
provisória das penas, com expedição do mandado
de prisão, se for o caso, sem prejuízo do “Art. 638. O recurso extraordinário e o recurso
conhecimento de recursos que vierem a ser especial serão processados e julgados no Supremo
interpostos;. Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça
na forma estabelecida por leis especiais, pela lei
§ 3º O presidente poderá, excepcionalmente,
processual civil e pelos respectivos regimentos
deixar de autorizar a execução provisória das penas
internos.” (NR)
de que trata a alínea e do inciso I do caput deste
artigo, se houver questão substancial cuja Art. 4º A Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de
resolução pelo tribunal ao qual competir o Execução Penal), passa a vigorar com as seguintes
julgamento possa plausivelmente levar à revisão da alterações:
condenação.
‘Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado
§ 4º A apelação interposta contra decisão com violência grave contra a pessoa, bem como por
condenatória do Tribunal do Júri a uma pena igual crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou
ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão não terá por crime sexual contra vulnerável, será submetido,
efeito suspensivo. obrigatoriamente, à identificação do perfil
genético, mediante extração de DNA (ácido
§ 5º Excepcionalmente, poderá o tribunal atribuir
desoxirribonucleico), por técnica adequada e
efeito suspensivo à apelação de que trata o § 4º
indolor, por ocasião do ingresso no
deste artigo, quando verificado cumulativamente
estabelecimento prisional. (Promulgação partes
que o recurso:
vetadas)
I - não tem propósito meramente protelatório; e
§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar
II - levanta questão substancial e que pode resultar garantias mínimas de proteção de dados genéticos,
em absolvição, anulação da sentença, novo observando as melhores práticas da genética
julgamento ou redução da pena para patamar forense.
inferior a 15 (quinze) anos de reclusão.
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados
genéticos o acesso aos seus dados constantes nos

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bancos de perfis genéticos, bem como a todos os II - recolhimento em cela individual;
documentos da cadeia de custódia que gerou esse
III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez,
dado, de maneira que possa ser contraditado pela
a serem realizadas em instalações equipadas para
defesa.
impedir o contato físico e a passagem de objetos,
§ 4º O condenado pelos crimes previstos por pessoa da família ou, no caso de terceiro,
no caput deste artigo que não tiver sido submetido autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas)
à identificação do perfil genético por ocasião do horas;
ingresso no estabelecimento prisional deverá ser
IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas)
submetido ao procedimento durante o
horas diárias para banho de sol, em grupos de até 4
cumprimento da pena.
(quatro) presos, desde que não haja contato com
§ 5º A amostra biológica coletada só poderá ser presos do mesmo grupo criminoso;
utilizada para o único e exclusivo fim de permitir a
V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas
identificação pelo perfil genético, não estando
com seu defensor, em instalações equipadas para
autorizadas as práticas de fenotipagem genética ou
impedir o contato físico e a passagem de objetos,
de busca familiar. (Promulgação partes vetadas)
salvo expressa autorização judicial em contrário;
§ 6º Uma vez identificado o perfil genético, a
VI - fiscalização do conteúdo da correspondência;
amostra biológica recolhida nos termos
do caput deste artigo deverá ser correta e VII - participação em audiências judiciais
imediatamente descartada, de maneira a impedir a preferencialmente por videoconferência,
sua utilização para qualquer outro garantindo-se a participação do defensor no
fim. (Promulgação partes vetadas) mesmo ambiente do preso.
§ 7º A coleta da amostra biológica e a elaboração § 1º O regime disciplinar diferenciado também será
do respectivo laudo serão realizadas por perito aplicado aos presos provisórios ou condenados,
oficial. (Promulgação partes vetadas) nacionais ou estrangeiros:
§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em I - que apresentem alto risco para a ordem e a
submeter-se ao procedimento de identificação do segurança do estabelecimento penal ou da
perfil genético.” (NR) sociedade;
“Art.50. ..................................................................... II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de
envolvimento ou participação, a qualquer título, em
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de
organização criminosa, associação criminosa ou
identificação do perfil genético. ..................... ” (NR)
milícia privada, independentemente da prática de
“Art. 52. A prática de fato previsto como crime falta grave.
doloso constitui falta grave e, quando ocasionar
§ 2º (Revogado).
subversão da ordem ou disciplina internas,
sujeitará o preso provisório, ou condenado, § 3º Existindo indícios de que o preso exerce
nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção liderança em organização criminosa, associação
penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação
seguintes características: criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da
Federação, o regime disciplinar diferenciado será
I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem
obrigatoriamente cumprido em estabelecimento
prejuízo de repetição da sanção por nova falta
prisional federal.
grave de mesma espécie;

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§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for
regime disciplinar diferenciado poderá ser reincidente em crime cometido sem violência à
prorrogado sucessivamente, por períodos de 1 (um) pessoa ou grave ameaça;
ano, existindo indícios de que o preso:
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o
I - continua apresentando alto risco para a ordem e apenado for primário e o crime tiver sido cometido
a segurança do estabelecimento penal de origem com violência à pessoa ou grave ameaça;
ou da sociedade;
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado
II - mantém os vínculos com organização criminosa, for reincidente em crime cometido com violência à
associação criminosa ou milícia privada, pessoa ou grave ameaça;
considerados também o perfil criminal e a função
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado
desempenhada por ele no grupo criminoso, a
for condenado pela prática de crime hediondo ou
operação duradoura do grupo, a superveniência de
equiparado, se for primário;
novos processos criminais e os resultados do
tratamento penitenciário. VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o
apenado for:
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o
regime disciplinar diferenciado deverá contar com a) condenado pela prática de crime hediondo ou
alta segurança interna e externa, principalmente no equiparado, com resultado morte, se for primário,
que diz respeito à necessidade de se evitar contato vedado o livramento condicional;
do preso com membros de sua organização
b) condenado por exercer o comando, individual ou
criminosa, associação criminosa ou milícia privada,
coletivo, de organização criminosa estruturada
ou de grupos rivais.
para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou
§ 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste
c) condenado pela prática do crime de constituição
artigo será gravada em sistema de áudio ou de
de milícia privada;
áudio e vídeo e, com autorização judicial, fiscalizada
por agente penitenciário. VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o
apenado for reincidente na prática de crime
§ 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime
hediondo ou equiparado;
disciplinar diferenciado, o preso que não receber a
visita de que trata o inciso III do caput deste artigo VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado
poderá, após prévio agendamento, ter contato for reincidente em crime hediondo ou equiparado
telefônico, que será gravado, com uma pessoa da com resultado morte, vedado o livramento
família, 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez) condicional.
minutos.” (NR)
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à
“Art. 112. A pena privativa de liberdade será progressão de regime se ostentar boa conduta
executada em forma progressiva com a carcerária, comprovada pelo diretor do
transferência para regime menos rigoroso, a ser estabelecimento, respeitadas as normas que
determinada pelo juiz, quando o preso tiver vedam a progressão.
cumprido ao menos:
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado de regime será sempre motivada e precedida de
for primário e o crime tiver sido cometido sem manifestação do Ministério Público e do defensor,
violência à pessoa ou grave ameaça; procedimento que também será adotado na
concessão de livramento condicional, indulto e

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comutação de penas, respeitados os prazos c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave
previstos nas normas vigentes. ou morte (art. 157, § 3º);
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade
para os fins deste artigo, o crime de tráfico de da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte
drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, (art. 158, § 3º);
de 23 de agosto de 2006.
IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou
§ 6º O cometimento de falta grave durante a de artefato análogo que cause perigo comum (art.
execução da pena privativa de liberdade 155, § 4º-A).
interrompe o prazo para a obtenção da progressão
Parágrafo único. Consideram-se também
no regime de cumprimento da pena, caso em que o
hediondos, tentados ou consumados:
reinício da contagem do requisito objetivo terá
como base a pena remanescente. I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e
3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956;
§ 7º O bom comportamento é readquirido após 1
(um) ano da ocorrência do fato, ou antes, após o II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo
cumprimento do requisito temporal exigível para a de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº
obtenção do direito.’ (NR)” (Promulgação 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
partes vetadas)
III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo,
“Art.122. .................................................................. previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de
dezembro de 2003;
§ 1º ...........................................................................
IV - o crime de tráfico internacional de arma de
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se
fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18 da
refere o caput deste artigo o condenado que
Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
cumpre pena por praticar crime hediondo com
resultado morte.” (NR) V - o crime de organização criminosa, quando
direcionado à prática de crime hediondo ou
Art. 5º O art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de
equiparado.” (NR)
1990, passa a vigorar com as seguintes alterações:
Art. 6º A Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, passa
“Art.1º ......................................................................
a vigorar com as seguintes alterações:
I - homicídio (art. 121), quando praticado
“Art.17. .....................................................................
em atividade típica de grupo de extermínio, ainda
que cometido por um só agente, e homicídio § 1º As ações de que trata este artigo admitem a
qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, celebração de acordo de não persecução cível, nos
VII e VIII); termos desta Lei
II - roubo: § 10-A. Havendo a possibilidade de solução
consensual, poderão as partes requerer ao juiz a
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da
interrupção do prazo para a contestação, por prazo
vítima (art. 157, § 2º, inciso V);
não superior a 90 (noventa) dias.
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo
“Art. 17-A. (VETADO):
(art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma
de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º- § 5º (VETADO).”
B);

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Art. 7º A Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996, passa investigação ou instrução criminal sem autorização
a vigorar acrescida dos seguintes arts. 8º-A e 10-A: judicial, quando esta for exigida:
“Art. 8º-A. Para investigação ou instrução criminal, Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
poderá ser autorizada pelo juiz, a requerimento da multa.
autoridade policial ou do Ministério Público, a
§ 1º Não há crime se a captação é realizada por um
captação ambiental de sinais eletromagnéticos,
dos interlocutores.
ópticos ou acústicos, quando:
§ 2º A pena será aplicada em dobro ao funcionário
I - a prova não puder ser feita por outros meios
público que descumprir determinação de sigilo das
disponíveis e igualmente eficazes; e
investigações que envolvam a captação ambiental
II - houver elementos probatórios razoáveis de ou revelar o conteúdo das gravações enquanto
autoria e participação em infrações criminais cujas mantido o sigilo judicial.”
penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos
Art. 8º O art. 1º da Lei nº 9.613, de 3 de março de
ou em infrações penais conexas.
1998, passa a vigorar acrescido do seguinte § 6º:
§ 1º O requerimento deverá descrever
“Art1º .......................................................................
circunstanciadamente o local e a forma de
instalação do dispositivo de captação ambiental. § 6º Para a apuração do crime de que trata este
artigo, admite-se a utilização da ação controlada e
§ 2º A instalação do dispositivo de captação
da infiltração de agentes.” (NR)
ambiental poderá ser realizada, quando necessária,
por meio de operação policial disfarçada ou no Art. 9º A Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003,
período noturno, exceto na casa, nos termos do passa a vigorar com as seguintes alterações:
inciso XI do caput do art. 5º da Constituição
“Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer,
Federal. (Promulgação partes vetadas)
receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda
§ 3º A captação ambiental não poderá exceder o que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar,
prazo de 15 (quinze) dias, renovável por decisão manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo,
judicial por iguais períodos, se comprovada a acessório ou munição de uso restrito, sem
indispensabilidade do meio de prova e quando autorização e em desacordo com determinação
presente atividade criminal permanente, habitual legal ou regulamentar:
ou continuada.
§ 1º ...........................................................................
§ 4º A captação ambiental feita por um dos
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º
interlocutores sem o prévio conhecimento da
deste artigo envolverem arma de fogo de uso
autoridade policial ou do Ministério Público poderá
proibido, a pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12
ser utilizada, em matéria de defesa, quando
(doze) anos.” (NR)
demonstrada a integridade da
gravação. (Promulgação partes vetadas)
§ 5º Aplicam-se subsidiariamente à captação “Art.17. .....................................................................
ambiental as regras previstas na legislação
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e
específica para a interceptação telefônica e
multa.
telemática.”
§ 1º ...........................................................................
“Art. 10-A. Realizar captação ambiental de sinais
eletromagnéticos, ópticos ou acústicos para

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§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou § 4º Os dados constantes do Banco Nacional de
entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem Perfis Balísticos terão caráter sigiloso, e aquele que
autorização ou em desacordo com a determinação permitir ou promover sua utilização para fins
legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão
quando presentes elementos probatórios razoáveis judicial responderá civil, penal e
de conduta criminal preexistente.” (NR) administrativamente.
“Art.18. ..................................................................... § 5º É vedada a comercialização, total ou parcial, da
base de dados do Banco Nacional de Perfis
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e
Balísticos.
multa.
§ 6º A formação, a gestão e o acesso ao Banco
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem
Nacional de Perfis Balísticos serão regulamentados
vende ou entrega arma de fogo, acessório ou
em ato do Poder Executivo federal.”
munição, em operação de importação, sem
autorização da autoridade competente, a agente Art. 10. O § 1º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de
policial disfarçado, quando presentes elementos agosto de 2006, passa a vigorar acrescido do
probatórios razoáveis de conduta criminal seguinte inciso IV:
preexistente.” (NR)
“Art.33. .....................................................................
“Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16,
§ 1º ...........................................................................
17 e 18, a pena é aumentada da metade se:
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima,
I - forem praticados por integrante dos órgãos e
insumo ou produto químico destinado à
empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei;
preparação de drogas, sem autorização ou em
ou
desacordo com a determinação legal ou
II - o agente for reincidente específico em crimes regulamentar, a agente policial disfarçado, quando
dessa natureza.” (NR) presentes elementos probatórios razoáveis de
conduta criminal preexistente.
“Art. 34-A. Os dados relacionados à coleta de
registros balísticos serão armazenados no Banco Art. 11. A Lei nº 11.671, de 8 de maio de
Nacional de Perfis Balísticos. 2008, passa a vigorar com as seguintes alterações:
§ 1º O Banco Nacional de Perfis Balísticos tem como “Art.2º ......................................................................
objetivo cadastrar armas de fogo e armazenar
Parágrafo único. O juízo federal de execução penal
características de classe e individualizadoras de
será competente para as ações de natureza penal
projéteis e de estojos de munição deflagrados por
que tenham por objeto fatos ou incidentes
arma de fogo.
relacionados à execução da pena ou infrações
§ 2º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será penais ocorridas no estabelecimento penal
constituído pelos registros de elementos de federal.” (NR)
munição deflagrados por armas de fogo
“Art. 3º Serão incluídos em estabelecimentos
relacionados a crimes, para subsidiar ações
penais federais de segurança máxima aqueles para
destinadas às apurações criminais federais,
quem a medida se justifique no interesse da
estaduais e distritais.
segurança pública ou do próprio preso, condenado
§ 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será ou provisório.
gerido pela unidade oficial de perícia criminal.

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§ 1º A inclusão em estabelecimento penal federal solicitado motivadamente pelo juízo de origem,
de segurança máxima, no atendimento do interesse observados os requisitos da transferência, e se
da segurança pública, será em regime fechado de persistirem os motivos que a determinaram.
segurança máxima, com as seguintes
“Art. 11-A. As decisões relativas à transferência ou
características:
à prorrogação da permanência do preso em
I - recolhimento em cela individual; estabelecimento penal federal de segurança
máxima, à concessão ou à denegação de benefícios
II - visita do cônjuge, do companheiro, de parentes
prisionais ou à imposição de sanções ao preso
e de amigos somente em dias determinados, por
federal poderão ser tomadas por órgão colegiado
meio virtual ou no parlatório, com o máximo de 2
de juízes, na forma das normas de organização
(duas) pessoas por vez, além de eventuais crianças,
interna dos tribunais.”
separados por vidro e comunicação por meio de
interfone, com filmagem e gravações; “Art. 11-B. Os Estados e o Distrito Federal poderão
construir estabelecimentos penais de segurança
III - banho de sol de até 2 (duas) horas diárias; e
máxima, ou adaptar os já existentes, aos quais será
IV - monitoramento de todos os meios de aplicável, no que couber, o disposto nesta Lei.”
comunicação, inclusive de correspondência escrita.
Art. 12. A Lei nº 12.037, de 1º de outubro de 2009,
§ 2º Os estabelecimentos penais federais de passa a vigorar com as seguintes alterações:
segurança máxima deverão dispor de
“Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos
monitoramento de áudio e vídeo no parlatório e
bancos de dados ocorrerá:
nas áreas comuns, para fins de preservação da
ordem interna e da segurança pública, vedado seu I - no caso de absolvição do acusado; ou
uso nas celas e no atendimento advocatício, salvo
II - no caso de condenação do acusado, mediante
expressa autorização judicial em contrário.
requerimento, após decorridos 20 (vinte) anos do
§ 3º As gravações das visitas não poderão ser cumprimento da pena.” (NR)
utilizadas como meio de prova de infrações penais
“Art. 7º-C. Fica autorizada a criação, no Ministério
pretéritas ao ingresso do preso no
da Justiça e Segurança Pública, do Banco Nacional
estabelecimento.
Multibiométrico e de Impressões Digitais.
§ 4º Os diretores dos estabelecimentos penais
§ 1º A formação, a gestão e o acesso ao Banco
federais de segurança máxima ou o Diretor do
Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais
Sistema Penitenciário Federal poderão suspender e
serão regulamentados em ato do Poder Executivo
restringir o direito de visitas previsto no inciso II do
federal.
§ 1º deste artigo por meio de ato fundamentado.
§ 2º O Banco Nacional Multibiométrico e de
§ 5º Configura o crime do art. 325 do Decreto-Lei nº
Impressões Digitais tem como objetivo armazenar
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a
dados de registros biométricos, de impressões
violação ao disposto no § 2º deste artigo.” (NR)
digitais e, quando possível, de íris, face e voz, para
subsidiar investigações criminais federais,
estaduais ou distritais.
§ 3º O Banco Nacional Multibiométrico e de
“Art.10. .....................................................................
Impressões Digitais será integrado pelos registros
§ 1º O período de permanência será de até 3 (três) biométricos, de impressões digitais, de íris, face e
anos, renovável por iguais períodos, quando

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voz colhidos em investigações criminais ou por § 11. A autoridade policial e o Ministério Público
ocasião da identificação criminal. poderão requerer ao juiz competente, no caso de
inquérito ou ação penal instaurados, o acesso ao
§ 4º Poderão ser colhidos os registros biométricos,
Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões
de impressões digitais, de íris, face e voz dos presos
Digitais.”
provisórios ou definitivos quando não tiverem sido
extraídos por ocasião da identificação criminal. Art. 13. A Lei nº 12.694, de 24 de julho de 2012,
passa a vigorar acrescida do seguinte art. 1º-A:
§ 5º Poderão integrar o Banco Nacional
Multibiométrico e de Impressões Digitais, ou com “Art. 1º-A. Os Tribunais de Justiça e os Tribunais
ele interoperar, os dados de registros constantes Regionais Federais poderão instalar, nas comarcas
em quaisquer bancos de dados geridos por órgãos sedes de Circunscrição ou Seção Judiciária,
dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário das mediante resolução, Varas Criminais Colegiadas
esferas federal, estadual e distrital, inclusive pelo com competência para o processo e julgamento:
Tribunal Superior Eleitoral e pelos Institutos de
I - de crimes de pertinência a organizações
Identificação Civil.
criminosas armadas ou que tenham armas à
§ 6º No caso de bancos de dados de identificação disposição;
de natureza civil, administrativa ou eleitoral, a
II - do crime do art. 288-A do Decreto-Lei nº 2.848,
integração ou o compartilhamento dos registros do
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); e
Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões
Digitais será limitado às impressões digitais e às III - das infrações penais conexas aos crimes a que
informações necessárias para identificação do seu se referem os incisos I e II do caput deste artigo.
titular.
§ 1º As Varas Criminais Colegiadas terão
§ 7º A integração ou a interoperação dos dados de competência para todos os atos jurisdicionais no
registros multibiométricos constantes de outros decorrer da investigação, da ação penal e da
bancos de dados com o Banco Nacional execução da pena, inclusive a transferência do
Multibiométrico e de Impressões Digitais ocorrerá preso para estabelecimento prisional de segurança
por meio de acordo ou convênio com a unidade máxima ou para regime disciplinar diferenciado.
gestora.
§ 2º Ao receber, segundo as regras normais de
§ 8º Os dados constantes do Banco Nacional distribuição, processos ou procedimentos que
Multibiométrico e de Impressões Digitais terão tenham por objeto os crimes mencionados
caráter sigiloso, e aquele que permitir ou promover no caput deste artigo, o juiz deverá declinar da
sua utilização para fins diversos dos previstos nesta competência e remeter os autos, em qualquer fase
Lei ou em decisão judicial responderá civil, penal e em que se encontrem, à Vara Criminal Colegiada de
administrativamente. sua Circunscrição ou Seção Judiciária.
§ 9º As informações obtidas a partir da coincidência § 3º Feita a remessa mencionada no § 2º deste
de registros biométricos relacionados a crimes artigo, a Vara Criminal Colegiada terá competência
deverão ser consignadas em laudo pericial firmado para todos os atos processuais posteriores,
por perito oficial habilitado. incluindo os da fase de execução.”
§ 10. É vedada a comercialização, total ou parcial, Art. 14. A Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013,
da base de dados do Banco Nacional passa a vigorar com as seguintes alterações:
Multibiométrico e de Impressões Digitais.
“Art.2º ......................................................................

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§ 8º As lideranças de organizações criminosas processuais cíveis admitidas pela legislação
armadas ou que tenham armas à disposição processual civil em vigor.
deverão iniciar o cumprimento da pena em
§ 4º O acordo de colaboração premiada poderá ser
estabelecimentos penais de segurança máxima.
precedido de instrução, quando houver
§ 9º O condenado expressamente em sentença por necessidade de identificação ou complementação
integrar organização criminosa ou por crime de seu objeto, dos fatos narrados, sua definição
praticado por meio de organização criminosa não jurídica, relevância, utilidade e interesse público.
poderá progredir de regime de cumprimento de
§ 5º Os termos de recebimento de proposta de
pena ou obter livramento condicional ou outros
colaboração e de confidencialidade serão
benefícios prisionais se houver elementos
elaborados pelo celebrante e assinados por ele,
probatórios que indiquem a manutenção do vínculo
pelo colaborador e pelo advogado ou defensor
associativo.” (NR)
público com poderes específicos.
Seção I
§ 6º Na hipótese de não ser celebrado o acordo por
Da Colaboração Premiada’ iniciativa do celebrante, esse não poderá se valer de
nenhuma das informações ou provas apresentadas
‘Art. 3º-A. O acordo de colaboração premiada é
pelo colaborador, de boa-fé, para qualquer outra
negócio jurídico processual e meio de obtenção de
finalidade.’
prova, que pressupõe utilidade e interesse
públicos.’ ‘Art. 3º-C. A proposta de colaboração premiada
deve estar instruída com procuração do interessado
‘Art. 3º-B. O recebimento da proposta para
com poderes específicos para iniciar o
formalização de acordo de colaboração demarca o
procedimento de colaboração e suas tratativas, ou
início das negociações e constitui também marco
firmada pessoalmente pela parte que pretende a
de confidencialidade, configurando violação de
colaboração e seu advogado ou defensor público.
sigilo e quebra da confiança e da boa-fé a
divulgação de tais tratativas iniciais ou de § 1º Nenhuma tratativa sobre colaboração
documento que as formalize, até o levantamento premiada deve ser realizada sem a presença de
de sigilo por decisão judicial. advogado constituído ou defensor público.
§ 1º A proposta de acordo de colaboração premiada § 2º Em caso de eventual conflito de interesses, ou
poderá ser sumariamente indeferida, com a devida de colaborador hipossuficiente, o celebrante
justificativa, cientificando-se o interessado. deverá solicitar a presença de outro advogado ou a
participação de defensor público.
§ 2º Caso não haja indeferimento sumário, as
partes deverão firmar Termo de Confidencialidade § 3º No acordo de colaboração premiada, o
para prosseguimento das tratativas, o que vinculará colaborador deve narrar todos os fatos ilícitos para
os órgãos envolvidos na negociação e impedirá o os quais concorreu e que tenham relação direta
indeferimento posterior sem justa causa. com os fatos investigados.
§ 3º O recebimento de proposta de colaboração § 4º Incumbe à defesa instruir a proposta de
para análise ou o Termo de Confidencialidade não colaboração e os anexos com os fatos
implica, por si só, a suspensão da investigação, adequadamente descritos, com todas as suas
ressalvado acordo em contrário quanto à circunstâncias, indicando as provas e os elementos
propositura de medidas processuais penais de corroboração.’
cautelares e assecuratórias, bem como medidas
‘Art.4º .......................................................................

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§ 4º Nas mesmas hipóteses do caput deste artigo, o pactuados, exceto quando o acordo prever o não
Ministério Público poderá deixar de oferecer oferecimento da denúncia na forma dos §§ 4º e 4º-
denúncia se a proposta de acordo de colaboração A deste artigo ou já tiver sido proferida sentença.
referir-se a infração de cuja existência não tenha
§ 7º-B. São nulas de pleno direito as previsões de
prévio conhecimento e o colaborador:
renúncia ao direito de impugnar a decisão
§ 4º-A. Considera-se existente o conhecimento homologatória.
prévio da infração quando o Ministério Público ou a
§ 8º O juiz poderá recusar a homologação da
autoridade policial competente tenha instaurado
proposta que não atender aos requisitos legais,
inquérito ou procedimento investigatório para
devolvendo-a às partes para as adequações
apuração dos fatos apresentados pelo colaborador.
necessárias.
§ 7º Realizado o acordo na forma do § 6º deste
§ 10-A Em todas as fases do processo, deve-se
artigo, serão remetidos ao juiz, para análise, o
garantir ao réu delatado a oportunidade de
respectivo termo, as declarações do colaborador e
manifestar-se após o decurso do prazo concedido
cópia da investigação, devendo o juiz ouvir
ao réu que o delatou.
sigilosamente o colaborador, acompanhado de seu
defensor, oportunidade em que analisará os § 13. O registro das tratativas e dos atos de
seguintes aspectos na homologação: colaboração deverá ser feito pelos meios ou
recursos de gravação magnética, estenotipia,
I - regularidade e legalidade;
digital ou técnica similar, inclusive audiovisual,
II - adequação dos benefícios pactuados àqueles destinados a obter maior fidelidade das
previstos no caput e nos §§ 4º e 5º deste artigo, informações, garantindo-se a disponibilização de
sendo nulas as cláusulas que violem o critério de cópia do material ao colaborador.
definição do regime inicial de cumprimento de pena
§ 16. Nenhuma das seguintes medidas será
do art. 33 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
decretada ou proferida com fundamento apenas
dezembro de 1940 (Código Penal), as regras de cada
nas declarações do colaborador:
um dos regimes previstos no Código Penal e na Lei
nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução I - medidas cautelares reais ou pessoais;
Penal) e os requisitos de progressão de regime não
II - recebimento de denúncia ou queixa-crime;
abrangidos pelo § 5º deste artigo;
III - sentença condenatória.
III - adequação dos resultados da colaboração aos
resultados mínimos exigidos nos incisos I, II, III, IV e § 17. O acordo homologado poderá ser rescindido
V do caput deste artigo; em caso de omissão dolosa sobre os fatos objeto da
colaboração.
IV - voluntariedade da manifestação de vontade,
especialmente nos casos em que o colaborador está § 18. O acordo de colaboração premiada pressupõe
ou esteve sob efeito de medidas cautelares. que o colaborador cesse o envolvimento em
conduta ilícita relacionada ao objeto da
§ 7º-A O juiz ou o tribunal deve proceder à análise
colaboração, sob pena de rescisão.’ (NR)
fundamentada do mérito da denúncia, do perdão
judicial e das primeiras etapas de aplicação da pena,
nos termos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
‘Art. 5º ......................................................................
dezembro de 1940 (Código Penal) e do Decreto-Lei
nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de
Processo Penal), antes de conceder os benefícios

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VI - cumprir pena ou prisão cautelar em renovações, mediante ordem judicial
estabelecimento penal diverso dos demais corréus fundamentada e desde que o total não exceda a
ou condenados.’ (NR) 720 (setecentos e vinte) dias e seja comprovada sua
necessidade.
‘Art.7º .......................................................................
§ 5º Findo o prazo previsto no § 4º deste artigo, o
§ 3º O acordo de colaboração premiada e os
relatório circunstanciado, juntamente com todos os
depoimentos do colaborador serão mantidos em
atos eletrônicos praticados durante a operação,
sigilo até o recebimento da denúncia ou da queixa-
deverão ser registrados, gravados, armazenados e
crime, sendo vedado ao magistrado decidir por sua
apresentados ao juiz competente, que
publicidade em qualquer hipótese.’ (NR)”
imediatamente cientificará o Ministério Público.
“Art. 10-A. Será admitida a ação de agentes de
§ 6º No curso do inquérito policial, o delegado de
polícia infiltrados virtuais, obedecidos os requisitos
polícia poderá determinar aos seus agentes, e o
do caput do art. 10, na internet, com o fim de
Ministério Público e o juiz competente poderão
investigar os crimes previstos nesta Lei e a eles
requisitar, a qualquer tempo, relatório da atividade
conexos, praticados por organizações criminosas,
de infiltração.
desde que demonstrada sua necessidade e
indicados o alcance das tarefas dos policiais, os § 7º É nula a prova obtida sem a observância do
nomes ou apelidos das pessoas investigadas e, disposto neste artigo.”
quando possível, os dados de conexão ou cadastrais
“Art. 10-B. As informações da operação de
que permitam a identificação dessas pessoas.
infiltração serão encaminhadas diretamente ao juiz
§ 1º Para efeitos do disposto nesta Lei, consideram- responsável pela autorização da medida, que zelará
se: por seu sigilo.
I - dados de conexão: informações referentes a Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, o
hora, data, início, término, duração, endereço de acesso aos autos será reservado ao juiz, ao
Protocolo de Internet (IP) utilizado e terminal de Ministério Público e ao delegado de polícia
origem da conexão; responsável pela operação, com o objetivo de
garantir o sigilo das investigações.”
II - dados cadastrais: informações referentes a
nome e endereço de assinante ou de usuário “Art. 10-C. Não comete crime o policial que oculta
registrado ou autenticado para a conexão a quem a sua identidade para, por meio da internet, colher
endereço de IP, identificação de usuário ou código indícios de autoria e materialidade dos crimes
de acesso tenha sido atribuído no momento da previstos no art. 1º desta Lei.
conexão.
Parágrafo único. O agente policial infiltrado que
§ 2º Na hipótese de representação do delegado de deixar de observar a estrita finalidade da
polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá investigação responderá pelos excessos
o Ministério Público. praticados.”
§ 3º Será admitida a infiltração se houver indícios “Art. 10-D. Concluída a investigação, todos os atos
de infração penal de que trata o art. 1º desta Lei e eletrônicos praticados durante a operação deverão
se as provas não puderem ser produzidas por ser registrados, gravados, armazenados e
outros meios disponíveis. encaminhados ao juiz e ao Ministério Público,
juntamente com relatório circunstanciado.
§ 4º A infiltração será autorizada pelo prazo de até
6 (seis) meses, sem prejuízo de eventuais

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Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados “Art. 4º-C. Além das medidas de proteção previstas
citados no caput deste artigo serão reunidos em na Lei nº 9.807, de 13 de julho de 1999, será
autos apartados e apensados ao processo criminal assegurada ao informante proteção contra ações
juntamente com o inquérito policial, assegurando- ou omissões praticadas em retaliação ao exercício
se a preservação da identidade do agente policial do direito de relatar, tais como demissão arbitrária,
infiltrado e a intimidade dos envolvidos.” alteração injustificada de funções ou atribuições,
imposição de sanções, de prejuízos remuneratórios
“Art.11. .....................................................................
ou materiais de qualquer espécie, retirada de
Parágrafo único. Os órgãos de registro e cadastro benefícios, diretos ou indiretos, ou negativa de
público poderão incluir nos bancos de dados fornecimento de referências profissionais positivas.
próprios, mediante procedimento sigiloso e
§ 1º A prática de ações ou omissões de retaliação
requisição da autoridade judicial, as informações
ao informante configurará falta disciplinar grave e
necessárias à efetividade da identidade fictícia
sujeitará o agente à demissão a bem do serviço
criada, nos casos de infiltração de agentes na
público.
internet.” (NR)
§ 2º O informante será ressarcido em dobro por
Art. 15. A Lei nº 13.608, de 10 de janeiro de 2018,
eventuais danos materiais causados por ações ou
passa a vigorar com as seguintes alterações:
omissões praticadas em retaliação, sem prejuízo de
“Art. 4º-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e danos morais.
os Municípios e suas autarquias e fundações,
§ 3º Quando as informações disponibilizadas
empresas públicas e sociedades de economia mista
resultarem em recuperação de produto de crime
manterão unidade de ouvidoria ou correição, para
contra a administração pública, poderá ser fixada
assegurar a qualquer pessoa o direito de relatar
recompensa em favor do informante em até 5%
informações sobre crimes contra a administração
(cinco por cento) do valor recuperado.”
pública, ilícitos administrativos ou quaisquer ações
ou omissões lesivas ao interesse público. Art. 16. O art. 1º da Lei nº 8.038, de 28 de maio de
1990, passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º:
Parágrafo único. Considerado razoável o relato pela
unidade de ouvidoria ou correição e procedido o “Art.1º ......................................................................
encaminhamento para apuração, ao informante
§ 3º Não sendo o caso de arquivamento e tendo o
serão asseguradas proteção integral contra
investigado confessado formal e
retaliações e isenção de responsabilização civil ou
circunstanciadamente a prática de infração penal
penal em relação ao relato, exceto se o informante
sem violência ou grave ameaça e com pena mínima
tiver apresentado, de modo consciente,
inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público
informações ou provas falsas.”
poderá propor acordo de não persecução penal,
“Art. 4º-B. O informante terá direito à preservação desde que necessário e suficiente para a
de sua identidade, a qual apenas será revelada em reprovação e prevenção do crime, nos termos
caso de relevante interesse público ou interesse do art. 28-A do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de
concreto para a apuração dos fatos. outubro de 1941 (Código de Processo Penal).” (NR)
Parágrafo único. A revelação da identidade Art. 17. O art. 3º da Lei nº 13.756, de 12 de
somente será efetivada mediante comunicação dezembro de 2018, passa a vigorar com as
prévia ao informante e com sua concordância seguintes alterações:
formal.”

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“Art.3º ...................................................................... (quarenta e oito) horas, indique defensor para a
representação do investigado.
V - os recursos provenientes de convênios,
contratos ou acordos firmados com entidades § 3º Havendo necessidade de indicação de defensor
públicas ou privadas, nacionais, internacionais ou nos termos do § 2º deste artigo, a defesa caberá
estrangeiras; preferencialmente à Defensoria Pública e, nos
locais em que ela não estiver instalada, a União ou
VI - os recursos confiscados ou provenientes da
a Unidade da Federação correspondente à
alienação dos bens perdidos em favor da União
respectiva competência territorial do
Federal, nos termos da legislação penal ou
procedimento instaurado deverá disponibilizar
processual penal;
profissional para acompanhamento e realização de
VII - as fianças quebradas ou perdidas, em todos os atos relacionados à defesa administrativa
conformidade com o disposto na lei processual do investigado. (Promulgação partes vetadas)
penal;
§ 4º A indicação do profissional a que se refere o §
VIII - os rendimentos de qualquer natureza, 3º deste artigo deverá ser precedida de
auferidos como remuneração, decorrentes de manifestação de que não existe defensor público
aplicação do patrimônio do FNSP. lotado na área territorial onde tramita o inquérito e
com atribuição para nele atuar, hipótese em que
Art. 18. O Decreto-Lei nº 1.002, de 21 de outubro
poderá ser indicado profissional que não integre os
de 1969 (Código de Processo Penal Militar), passa a
quadros próprios da
vigorar acrescido do seguinte art. 16-A:
Administração. (Promulgação partes vetadas)
“Art. 16-A. Nos casos em que servidores das polícias
§ 5º Na hipótese de não atuação da Defensoria
militares e dos corpos de bombeiros militares
Pública, os custos com o patrocínio dos interesses
figurarem como investigados em inquéritos
do investigado nos procedimentos de que trata
policiais militares e demais procedimentos
esse artigo correrão por conta do orçamento
extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de
próprio da instituição a que este esteja vinculado à
fatos relacionados ao uso da força letal praticados
época da ocorrência dos fatos
no exercício profissional, de forma consumada ou
investigados. (Promulgação partes vetadas)
tentada, incluindo as situações dispostas nos arts.
42 a 47 do Decreto-Lei nº 1.001, de 21 de outubro § 6º As disposições constantes deste artigo aplicam-
de 1969 (Código Penal Militar), o indiciado poderá se aos servidores militares vinculados às
constituir defensor. instituições dispostas no art. 142 da Constituição
Federal, desde que os fatos investigados digam
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo,
respeito a missões para a Garantia da Lei e da
o investigado deverá ser citado da instauração do
Ordem.”
procedimento investigatório, podendo constituir
defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas Art. 19. Fica revogado o § 2º do art. 2º da Lei nº
a contar do recebimento da citação. 8.072, de 25 de julho de 1990.

§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º com Art. 20. Esta Lei entra em vigor após decorridos 30
ausência de nomeação de defensor pelo (trinta) dias de sua publicação oficial.
investigado, a autoridade responsável pela
investigação deverá intimar a instituição a que
estava vinculado o investigado à época da
ocorrência dos fatos, para que esta, no prazo de 48

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