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Art.

6º A classificação será feita por Comis-


são Técnica de Classificação que elaborará o pro-
grama individualizador da pena privativa de liber-
dade adequada ao condenado ou preso provisório.
(Artigo com redação dada pela Lei nº 10.792, de
1º/12/2003)
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação,
existente em cada estabelecimento, será presidida
TÍTULO I pelo Diretor e composta, no mínimo por dois chefes
DO OBJETO E DA APLICAÇÃO de serviço, um psiquiatra, um psicólogo e um assis-
tente social, quando se tratar de condenado à pena
DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL
privativa da liberdade.
Parágrafo único. Nos demais casos a Comis-
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efe- são atuará junto ao Juízo da Execução e será inte-
tivar as disposições de sentença ou decisão crimi- grada por fiscais do Serviço Social.
nal e proporcionar condições para a harmônica in-
tegração social do condenado e do internado. Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena
privativa de liberdade, em regime fechado, será
Art. 2º A jurisdição penal dos juízes ou tribu- submetido a exame criminológico para a obtenção
nais da justiça ordinária, em todo o território nacio- dos elementos necessários a uma adequada clas-
nal, será exercida, no processo de execução, na sificação e com vistas à individualização da execu-
conformidade desta Lei e do Código de Processo ção.
Penal.
Max lima da Silva Parágrafo único. Ao exame de que trata este
Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igual-Joao Neto
artigo poderá ser submetido o condenado ao cum-
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mente ao preso provisório e ao condenado bbiazinha39@gmail.com
pela primento da pena privativa de liberdade em regime
080.617.133-22
Justiça Eleitoral ou Militar, quando recolhido a es- semi-aberto.
tabelecimento sujeito à jurisdição ordinária.
Art. 9º A Comissão, no exame para a obten-
Art. 3º Ao condenado e ao internado serão ção de dados reveladores da personalidade, obser-
assegurados todos os direitos não atingidos pela vando a ética profissional e tendo sempre presen-
sentença ou pela lei. tes peças ou informações do processo, poderá:
Parágrafo único. Não haverá qualquer distin- I - entrevistar pessoas;
ção de natureza racial, social, religiosa ou política.
II - requisitar, de repartições ou estabelecimen-
Art. 4º O Estado deverá recorrer à coopera- tos privados, dados e informações a respeito do
ção da comunidade nas atividades de execução da condenado;
pena e da medida de segurança. III - realizar outras diligências e exames neces-
sários.
TÍTULO II Art. 9º-A. O condenado por crime doloso pra-
DO CONDENADO E DO INTERNADO ticado com violência grave contra a pessoa, bem
como por crime contra a vida, contra a liberdade
sexual ou por crime sexual contra vulnerável, será
CAPÍTULO I
submetido, obrigatoriamente, à identificação do
DA CLASSIFICAÇÃO perfil genético, mediante extração de DNA (ácido
desoxirribonucleico), por técnica adequada e indo-
Art. 5º Os condenados serão classificados, lor, por ocasião do ingresso no estabelecimento pri-
sional. (“Caput” do artigo acrescido pela Lei nº
segundo os seus antecedentes e personalidade,
12.654, de 28/5/2012, e com nova redação dada
para orientar a individualização da execução penal.
pela Lei nº 13.964, de 24/12/2019, vetado pelo

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Presidente da República, mantido pelo Congresso § 6º Uma vez identificado o perfil genético, a
Nacional e publicado no DOU de 30/4/2021) amostra biológica recolhida nos termos do caput
§ 1º A identificação do perfil genético será ar- deste artigo deverá ser correta e imediatamente
mazenada em banco de dados sigiloso, conforme descartada, de maneira a impedir a sua utilização
regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo. para qualquer outro fim. (Parágrafo vetado pelo
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.654, de Presidente da República na Lei nº 13.964, de
28/5/2012, publicada no DOU de 29/5/2012, em vi- 24/12/2019, mantido pelo Congresso Nacional e
gor 180 dias após a publicação) publicado no DOU de 30/4/2021)

§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar § 7º A coleta da amostra biológica e a elabora-


garantias mínimas de proteção de dados genéticos, ção do respectivo laudo serão realizadas por perito
observando as melhores práticas da genética fo- oficial. (Parágrafo vetado pelo Presidente da Repú-
rense. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.964, de blica na Lei nº 13.964, de 24/12/2019, mantido pelo
24/12/2019, publicada na Edição Extra do DOU de Congresso Nacional e publicado no DOU de
24/12/2019, em vigor 30 dias após a publicação) 30/4/2021)

§ 2º A autoridade policial, federal ou estadual, § 8º Constitui falta grave a recusa do conde-


poderá requerer ao juiz competente, no caso de in- nado em submeter-se ao procedimento de identifi-
quérito instaurado, o acesso ao banco de dados de cação do perfil genético. (Parágrafo acrescido pela
identificação de perfil genético. (Parágrafo acres- Lei nº 13.964, de 24/12/2019, publicada na Edição
cido pela Lei nº 12.654, de 28/5/2012, publicada no Extra do DOU de 24/12/2019, em vigor 30 dias
DOU de 29/5/2012, em vigor 180 dias após a publi- após a publicação)
cação)
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados CAPÍTULO II
genéticos o acesso aos seus dados constantes Max
noslima da Silva DA ASSISTÊNCIA
Joao Neto
bancos de perfis genéticos, bem como limamaxxx357@gmail.com
a todos os
bbiazinha39@gmail.com
documentos da cadeia de custódia que gerou esse 080.617.133-22 Seção I
dado, de maneira que possa ser contraditado pela Disposições gerais
defesa. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.964, de
24/12/2019, publicada na Edição Extra do DOU de
24/12/2019, em vigor 30 dias após a publicação) Art. 10. A assistência ao preso e ao internado
é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no
orientar o retorno à convivência em sociedade.
caput deste artigo que não tiver sido submetido à
identificação do perfil genético por ocasião do in- Parágrafo único. A assistência estende-se ao
gresso no estabelecimento prisional deverá ser egresso.
submetido ao procedimento durante o cumpri-
Art. 11. A assistência será:
mento da pena. (Parágrafo acrescido pela Lei nº
13.964, de 24/12/2019, publicada na Edição Extra I - material;
do DOU de 24/12/2019, em vigor 30 dias após a II - à saúde;
publicação)
III - jurídica;
§ 5º A amostra biológica coletada só poderá
ser utilizada para o único e exclusivo fim de permitir IV - educacional;
a identificação pelo perfil genético, não estando au- V - social;
torizadas as práticas de fenotipagem genética ou VI - religiosa.
de busca familiar. (Parágrafo vetado pelo Presi-
dente da República na Lei nº 13.964, de
24/12/2019, mantido pelo Congresso Nacional e
publicado no DOU de 30/4/2021)

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Seção II § 2º Em todos os estabelecimentos penais, ha-
Da assistência material verá local apropriado destinado ao atendimento
pelo Defensor Público. (Parágrafo acrescido pela
Lei nº 12.313, de 19/8/2010)
Art. 12. A assistência material ao preso e ao
internado consistirá no fornecimento de alimenta- § 3º Fora dos estabelecimentos penais, serão
ção, vestuário e instalações higiênicas. implementados Núcleos Especializados da Defen-
soria Pública para a prestação de assistência jurí-
Art. 13. O estabelecimento disporá de insta- dica integral e gratuita aos réus, sentenciados em
lações e serviços que atendam aos presos nas liberdade, egressos e seus familiares, sem recur-
suas necessidades pessoais, além de locais desti- sos financeiros para constituir advogado. (Pará-
nados à venda de produtos e objetos permitidos e grafo acrescido pela Lei nº 12.313, de 19/8/2010)
não fornecidos pela Administração.
Seção III
Da assistência à saúde
Seção V
Da assistência educacional
Art. 14. A assistência à saúde do preso e do
internado, de caráter preventivo e curativo, compre-
enderá atendimento médico, farmacêutico e odon- Art. 17. A assistência educacional compreen-
tológico. derá a instrução escolar e a formação profissional
do preso e do internado.
§ 1º (VETADO).
Art. 18. O ensino de primeiro grau será obri-
§ 2º Quando o estabelecimento penal não es-
tiver aparelhado para prover a assistênciaMax lima da gatório,
médica Silva integrando-se no sistema escolar da uni-
necessária, esta será prestada em outro
Joao
local, me-
Netodade federativa.
limamaxxx357@gmail.com
bbiazinha39@gmail.com
080.617.133-22 Art. 18-A. O ensino médio, regular ou suple-
diante autorização da direção do estabelecimento.
§ 3º Será assegurado acompanhamento mé- tivo, com formação geral ou educação profissional
dico à mulher, principalmente no pré-natal e no de nível médio, será implantado nos presídios, em
pós-parto, extensivo ao recém-nascido. (Parágrafo obediência ao preceito constitucional de sua uni-
acrescido pela Lei nº 11.942, de 28/5/2009) versalização.
§ 1º O ensino ministrado aos presos e presas
integrar-se-á ao sistema estadual e municipal de
Seção IV ensino e será mantido, administrativa e financeira-
Da assistência jurídica mente, com o apoio da União, não só com os recur-
sos destinados à educação, mas pelo sistema es-
tadual de justiça ou administração penitenciária.
Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos
presos e aos internados sem recursos financeiros § 2º Os sistemas de ensino oferecerão aos pre-
para constituir advogado. sos e às presas cursos supletivos de educação de
jovens e adultos.
Art. 16. As Unidades da Federação deverão
ter serviços de assistência jurídica, integral e gra- § 3º A União, os Estados, os Municípios e o
Distrito Federal incluirão em seus programas de
tuita, pela Defensoria Pública, dentro e fora dos es-
tabelecimentos penais. (“Caput” do artigo com re- educação à distância e de utilização de novas tec-
dação dada pela Lei nº 12.313, de 19/8/2010) nologias de ensino, o atendimento aos presos e às
presas. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.163, de
§ 1º As Unidades da Federação deverão pres- 9/9/2015)
tar auxílio estrutural, pessoal e material à Defenso-
ria Pública, no exercício de suas funções, dentro e Art. 19. O ensino profissional será ministrado
fora dos estabelecimentos penais. (Parágrafo em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento téc-
acrescido pela Lei nº 12.313, de 19/8/2010) nico.

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Parágrafo único. A mulher condenada terá en- V - promover a orientação do assistido, na fase
sino profissional adequado à sua condição. final do cumprimento da pena, e do liberando, de
modo a facilitar o seu retorno à liberdade;
Art. 20. As atividades educacionais podem
ser objeto de convênio com entidades públicas ou VI - providenciar a obtenção de documentos,
particulares, que instalem escolas ou ofereçam cur- dos benefícios da previdência social e do seguro
sos especializados. por acidente no trabalho;

Art. 21. Em atendimento às condições locais, VII - orientar e amparar, quando necessário, a
família do preso, do internado e da vítima.
dotar-se-á cada estabelecimento de uma biblio-
teca, para uso de todas as categorias de reclusos,
provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos.
Seção VII
Art. 21-A. O censo penitenciário deverá apu- Da assistência religiosa
rar:
I - o nível de escolaridade dos presos e das Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade
presas; de culto, será prestada aos presos e aos interna-
II - a existência de cursos nos níveis funda- dos, permitindo-se-lhes a participação nos serviços
mental e médio e o número de presos e presas organizados no estabelecimento penal, bem como
atendidos; a posse de livros de instrução religiosa.
III - a implementação de cursos profissionais § 1º No estabelecimento haverá local apropri-
em nível de iniciação ou aperfeiçoamento técnico e ado para os cultos religiosos.
o número de presos e presas atendidos; § 2º Nenhum preso ou internado poderá ser
IV - a existência de bibliotecas e as condições obrigado
Max lima da Silva a participar de atividade religiosa.
de seu acervo; Joao Neto
limamaxxx357@gmail.com
bbiazinha39@gmail.com
080.617.133-22
V - outros dados relevantes para o aprimora-
Seção VIII
mento educacional de presos e presas. (Artigo
acrescido pela Lei nº 13.163, de 9/9/2015) Da assistência ao egresso

Art. 25. A assistência ao egresso consiste:


Seção VI
Da assistência social I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à
vida em liberdade;
II - na concessão, se necessário, de aloja-
Art. 22. A assistência social tem por finali-
mento e alimentação, em estabelecimento ade-
dade amparar o preso e o internado e prepará-los quado, pelo prazo de dois meses.
para o retorno à liberdade.
Parágrafo único. O prazo estabelecido no in-
Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência ciso II poderá ser prorrogado uma única vez, com-
social: provado, por declaração do assistente social, o em-
I - conhecer os resultados dos diagnósticos e penho na obtenção de emprego.
exames; Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos
II - relatar, por escrito, ao diretor do estabeleci- desta Lei:
mento, os problemas e as dificuldades enfrentados I - o liberado definitivo, pelo prazo de um ano a
pelo assistido; contar da saída do estabelecimento;
III - acompanhar o resultado das permissões II - o liberado condicional, durante o período de
de saídas e das saídas temporárias; prova.
IV - promover, no estabelecimento, pelos
Art. 27. O serviço de assistência social cola-
meios disponíveis, a recreação;
borará com o egresso para a obtenção de trabalho.

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CAPÍTULO III Parágrafo único. Para o preso provisório, o tra-
DO TRABALHO balho não é obrigatório e só poderá ser executado
no interior do estabelecimento.
Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser
Seção I
levadas em conta a habilitação, a condição pessoal
Disposições Gerais
e as necessidades futuras do preso, bem como as
oportunidades oferecidas pelo mercado.
Art. 28. O trabalho do condenado, como de- § 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível,
ver social e condição de dignidade humana, terá fi- o artesanato sem expressão econômica, salvo nas
nalidade educativa e produtiva. regiões de turismo.
§ 1º Aplicam-se à organização e aos métodos § 2º Os maiores de sessenta anos poderão so-
de trabalho as precauções relativas à segurança e licitar ocupação adequada à sua idade.
à higiene.
§ 3º Os doentes ou deficientes físicos somente
§ 2º O trabalho do preso não está sujeito ao exercerão atividades apropriadas ao seu estado.
regime da Consolidação das Leis do Trabalho.

Art. 33. A jornada normal de trabalho não


Art. 29. O trabalho do preso será remune- será inferior a seis, nem superior a oito horas, com
rado, mediante prévia tabela, não podendo ser in- descanso nos domingos e feriados.
ferior a três quartos do salário mínimo.
Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário
§ 1º O produto da remuneração pelo trabalho especial de trabalho aos presos designados para
deverá atender:
Max lima da os serviços de conservação e manutenção do es-
Silva
a) à indenização dos danos causados Joao
pelo Netotabelecimento penal.
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bbiazinha39@gmail.com
crime, desde que determinados judicialmente080.617.133-22
e não Art. 34. O trabalho poderá ser gerenciado por
reparados por outros meios; fundação, ou empresa pública, com autonomia ad-
b) à assistência à família; ministrativa, e terá por objetivo a formação profissi-
onal do condenado.
c) a pequenas despesas pessoais;
§ 1º Nessa hipótese, incumbirá à entidade ge-
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas
renciadora promover e supervisionar a produção,
realizadas com a manutenção do condenado, em
com critérios e métodos empresariais, encarregar-
proporção a ser fixada e sem prejuízo da destina-
ção prevista nas letras anteriores. se de sua comercialização, bem como suportar
despesas, inclusive pagamento de remuneração
§ 2º Ressalvadas outras aplicações legais, adequada. (Parágrafo único transformado em § 1º
será depositada a parte restante para constituição pela Lei nº 10.792, de 1º/12/2003)
do pecúlio, em cadernetas de poupança, que será
§ 2º Os governos federal, estadual e municipal
entregue ao condenado quando posto em liber-
poderão celebrar convênio com a iniciativa privada,
dade.
para implantação de oficinas de trabalho referentes
Art. 30. As tarefas executadas como presta- a setores de apoio dos presídios. (Parágrafo acres-
ção de serviço à comunidade não serão remunera- cido pela Lei nº 10.792, de 1º/12/2003)
das.
Art. 35. Os órgãos da administração direta ou
Seção II indireta da União, Estados, Territórios, Distrito Fe-
Do trabalho interno deral e dos Municípios adquirirão, com dispensa de
concorrência pública, os bens ou produtos do tra-
balho prisional, sempre que não for possível ou re-
Art. 31. O condenado à pena privativa de li- comendável realizar-se a venda a particulares.
berdade está obrigado ao trabalho na medida de
suas aptidões e capacidade.

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Parágrafo único. Todas as importâncias arre- I - comportamento disciplinado e cumprimento
cadadas com as vendas reverterão em favor da fiel da sentença;
fundação ou empresa pública a que alude o artigo II - obediência ao servidor e respeito a qual-
anterior ou, na sua falta, do estabelecimento penal. quer pessoa com quem deva relacionar-se;
III - urbanidade e respeito no trato com os de-
Seção III mais condenados;
Do trabalho externo IV - conduta oposta aos movimentos individu-
ais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem
ou à disciplina;
Art. 36. O trabalho externo será admissível
para os presos em regime fechado somente em V - execução do trabalho, das tarefas e das or-
serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da dens recebidas;
administração direta ou indireta, ou entidades pri- VI - submissão à sanção disciplinar imposta;
vadas, desde que tomadas as cautelas contra a
VII - indenização à vítima ou aos seus suces-
fuga e em favor da disciplina.
sores;
§ 1º O limite máximo do número de presos será
VIII - indenização ao Estado, quando possível,
de dez por cento do total de empregados na obra. das despesas realizadas com a sua manutenção,
§ 2º Caberá ao órgão da administração, à enti- mediante desconto proporcional da remuneração
dade ou à empresa empreiteira a remuneração do trabalho;
desse trabalho.
IX - higiene pessoal e asseio da cela ou aloja-
§ 3º A prestação de trabalho a entidade privada mento;
depende do consentimento expresso do preso.
X - conservação dos objetos de uso pessoal.
Max lima da Silva
Joao Neto
Art. 37. A prestação de trabalholimamaxxx357@gmail.com
externo, a Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório,
bbiazinha39@gmail.com
080.617.133-22
ser autorizada pela direção do estabelecimento, no que couber, o disposto neste artigo.
dependerá de aptidão, disciplina e responsabili-
dade, além do cumprimento mínimo de um sexto
de pena. Seção II
Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização Dos Direitos
de trabalho externo ao preso que vier a praticar fato
definido como crime, for punido por falta grave, ou
Art. 40. Impõe-se a todas as autoridades o
tiver comportamento contrário aos requisitos esta-
respeito à integridade física e moral dos condena-
belecidos neste artigo.
dos e dos presos provisórios.
Art. 41. Constituem direitos do preso:
CAPÍTULO IV
I - alimentação suficiente e vestuário;
DOS DEVERES, DOS DIREITOS
II - atribuição de trabalho e sua remuneração;
E DA DISCIPLINA
III - previdência social;
Seção I IV - constituição de pecúlio;
Dos Deveres V - proporcionalidade na distribuição do tempo
para o trabalho, o descanso e a recreação;

Art. 38. Cumpre ao condenado, além das VI - exercício das atividades profissionais, inte-
obrigações legais inerentes ao seu estado, subme- lectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde
ter-se às normas de execução da pena. que compatíveis com a execução da pena;
VII - assistência material, à saúde, jurídica,
Art. 39. Constituem deveres do condenado:
educacional, social e religiosa;

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VIII - proteção contra qualquer forma de sen- Art. 44. A disciplina consiste na colaboração
sacionalismo; com a ordem, na obediência às determinações das
IX - entrevista pessoal e reservada com o ad- autoridades e seus agentes e no desempenho do
vogado; trabalho.
X - visita do cônjuge, da companheira, de pa- Parágrafo único. Estão sujeitos à disciplina o
rentes e amigos em dias determinados; condenado à pena privativa de liberdade ou restri-
tiva de direitos e o preso provisório.
XI - chamamento nominal;
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às Art. 45. Não haverá falta nem sanção disci-
exigências da individualização da pena; plinar sem expressa e anterior previsão legal ou re-
gulamentar.
XIII - audiência especial com o diretor do esta-
belecimento; § 1º As sanções não poderão colocar em pe-
rigo a integridade física e moral do condenado.
XIV - representação e petição a qualquer auto-
ridade, em defesa de direito; § 2º É vedado o emprego de cela escura.

XV - contato com o mundo exterior por meio de § 3º São vedadas as sanções coletivas.
correspondência escrita, da leitura e de outros Art. 46. O condenado ou denunciado, no iní-
meios de informação que não comprometam a mo- cio da execução da pena ou da prisão, será cienti-
ral e dos bons costumes; ficado das normas disciplinares.
XVI - atestado de pena a cumprir, emitido anu-
Art. 47. O poder disciplinar, na execução da
almente, sob pena da responsabilidade da autori-
pena privativa de liberdade, será exercido pela au-
dade judiciária competente. (Inciso acrescido pela
toridade administrativa conforme as disposições re-
Lei nº 10.713, de 13/8/2003, publicada no DOU de
Max lima da gulamentares.
Silva
14/8/2003, em vigor 90 dias após a publicação)Joao Neto
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Parágrafo único. Os direitos previstos nos inci- Art. 48. Na execução das penas restritas de
080.617.133-22
sos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringi- direitos, o poder disciplinar será exercido pela au-
dos mediante ato motivado do diretor do estabele- toridade administrativa a que estiver sujeito o con-
cimento. denado.

Art. 42. Aplica-se ao preso provisório e ao Parágrafo único. Nas faltas graves, a autori-
dade representará ao juiz da execução para os fins
submetido à medida de segurança, no que couber,
dos arts. 118, inciso I, 125, 127, 181, §§ 1º, letra d,
o disposto nesta Seção.
e 2º desta Lei.
Art. 43. É garantida a liberdade de contratar
médico de confiança pessoal do internado ou do
submetido a tratamento ambulatorial, por seus fa- Subseção II
miliares ou dependentes, a fim de orientar e acom- Das faltas disciplinares
panhar o tratamento.
Parágrafo único. As divergências entre o mé- Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se
dico oficial e o particular serão resolvidas pelo juiz em leves, médias e graves. A legislação local es-
de execução. pecificará as leves e médias, bem assim as respec-
tivas sanções.
Seção III Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a
Da disciplina sanção correspondente à falta consumada.
Art. 50. Comete falta grave o condenado à
Subseção I pena privativa de liberdade que:
Disposições gerais I - incitar ou participar de movimento para sub-
verter a ordem ou a disciplina;

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II - fugir; II - recolhimento em cela individual; (Inciso
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz acrescido pela Lei nº 10.792, de 1º/12/2003, e com
de ofender a integridade física de outrem; nova redação dada pela Lei nº 13.964, de
24/12/2019, publicada na Edição Extra do DOU de
IV - provocar acidente de trabalho; 24/12/2019, em vigor 30 dias após a publicação)
V - descumprir, no regime aberto, as condições III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por
impostas; vez, a serem realizadas em instalações equipadas
VI - inobservar os deveres previstos nos inci- para impedir o contato físico e a passagem de ob-
sos II e V no art. 39 desta Lei; jetos, por pessoa da família ou, no caso de terceiro,
autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas)
VII - tiver em sua posse, utilizar ou fornecer
horas; (Inciso acrescido pela Lei nº 10.792, de
aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita
1º/12/2003, e com nova redação dada pela Lei nº
a comunicação com outros presos ou com o ambi-
13.964, de 24/12/2019, publicada na Edição Extra
ente externo; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.466,
do DOU de 24/12/2019, em vigor 30 dias após a
de 28/3/2007)
publicação)
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de
IV - direito do preso à saída da cela por 2
identificação do perfil genético. (Inciso acrescido
(duas) horas diárias para banho de sol, em grupos
pela Lei nº 13.964, de 24/12/2019, publicada na
de até 4 (quatro) presos, desde que não haja con-
Edição Extra do DOU de 24/12/2019, em vigor 30
tato com presos do mesmo grupo criminoso; (Inciso
dias após a publicação)
acrescido pela Lei nº 10.792, de 1º/12/2003, e com
Parágrafo único. O disposto neste artigo nova redação dada pela Lei nº 13.964, de
aplica-se, no que couber, ao preso provisório. 24/12/2019, publicada na Edição Extra do DOU de
Art. 51. Comete falta grave o condenado 24/12/2019, em vigor 30 dias após a publicação)
Maxàlima da Silva
pena restritiva de direitos que: Joao NetoV - entrevistas sempre monitoradas, exceto
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aquelas com seu defensor, em instalações equipa-
080.617.133-22
I - descumprir, injustificadamente, a restrição
imposta; das para impedir o contato físico e a passagem de
objetos, salvo expressa autorização judicial em
II - retardar, injustificadamente, o cumprimento contrário; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.964, de
da obrigação imposta; 24/12/2019, publicada na Edição Extra do DOU de
III - inobservar os deveres previstos nos incisos 24/12/2019, em vigor 30 dias após a publicação)
II e V do art. 39 desta Lei. VI - fiscalização do conteúdo da correspondên-
Art. 52. A prática de fato previsto como crime cia; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.964, de
doloso constitui falta grave e, quando ocasionar 24/12/2019, publicada na Edição Extra do DOU de
subversão da ordem ou disciplina internas, sujei- 24/12/2019, em vigor 30 dias após a publicação)
tará o preso provisório, ou condenado, nacional ou VII - participação em audiências judiciais pre-
estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao re- ferencialmente por videoconferência, garantindo-
gime disciplinar diferenciado, com as seguintes ca- se a participação do defensor no mesmo ambiente
racterísticas: (“Caput” do artigo com redação dada do preso. (Inciso acrescido pela Lei nº 13.964, de
pela Lei nº 13.964, de 24/12/2019, publicada na 24/12/2019, publicada na Edição Extra do DOU de
Edição Extra do DOU de 24/12/2019, em vigor 30 24/12/2019, em vigor 30 dias após a publicação)
dias após a publicação)
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também
I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem será aplicado aos presos provisórios ou condena-
prejuízo de repetição da sanção por nova falta dos, nacionais ou estrangeiros: (Parágrafo acres-
grave de mesma espécie; (Inciso acrescido pela Lei cido pela Lei nº 10.792, de 1º/12/2003, e com nova
nº 10.792, de 1º/12/2003, e com nova redação redação dada pela Lei nº 13.964, de 24/12/2019,
dada pela Lei nº 13.964, de 24/12/2019, publicada publicada na Edição Extra do DOU de 24/12/2019,
na Edição Extra do DOU de 24/12/2019, em vigor em vigor 30 dias após a publicação)
30 dias após a publicação)

8
I - que apresentem alto risco para a ordem e a § 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo,
segurança do estabelecimento penal ou da socie- o regime disciplinar diferenciado deverá contar com
dade; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.964, de alta segurança interna e externa, principalmente no
24/12/2019, publicada na Edição Extra do DOU de que diz respeito à necessidade de se evitar contato
24/12/2019, em vigor 30 dias após a publicação) do preso com membros de sua organização crimi-
II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas nosa, associação criminosa ou milícia privada, ou
de envolvimento ou participação, a qualquer título, de grupos rivais. (Parágrafo acrescido pela Lei nº
em organização criminosa, associação criminosa 13.964, de 24/12/2019, publicada na Edição Extra
ou milícia privada, independentemente da prática do DOU de 24/12/2019, em vigor 30 dias após a
de falta grave. (Inciso acrescido pela Lei nº 13.964, publicação)
de 24/12/2019, publicada na Edição Extra do DOU § 6º A visita de que trata o inciso III do caput
de 24/12/2019, em vigor 30 dias após a publicação) deste artigo será gravada em sistema de áudio ou
§ 2º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.792, de áudio e vídeo e, com autorização judicial, fisca-
de 1º/12/2003, e revogado pela Lei nº 13.964, de lizada por agente penitenciário. (Parágrafo acres-
24/12/2019, publicada na Edição Extra do DOU de cido pela Lei nº 13.964, de 24/12/2019, publicada
24/12/2019, em vigor 30 dias após a publicação) na Edição Extra do DOU de 24/12/2019, em vigor
30 dias após a publicação)
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce
liderança em organização criminosa, associação § 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de re-
criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação gime disciplinar diferenciado, o preso que não re-
criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da Federa- ceber a visita de que trata o inciso III do caput deste
ção, o regime disciplinar diferenciado será obriga- artigo poderá, após prévio agendamento, ter con-
toriamente cumprido em estabelecimento prisional tato telefônico, que será gravado, com uma pessoa
federal. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.964, de da da
Max lima
família, 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez)
Silva
24/12/2019, publicada na Edição Extra do DOUJoao minutos. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.964,
de Neto
limamaxxx357@gmail.com
de 24/12/2019, publicada na Edição Extra do DOU
bbiazinha39@gmail.com
24/12/2019, em vigor 30 dias após a publicação)
080.617.133-22
de 24/12/2019, em vigor 30 dias após a publicação)
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o
regime disciplinar diferenciado poderá ser prorro-
gado sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, Subseção III
existindo indícios de que o preso: Das sanções e das recompensas
I - continua apresentando alto risco para a or-
dem e a segurança do estabelecimento penal de
Art. 53. Constituem sanções disciplinares:
origem ou da sociedade;
II - mantém os vínculos com organização crimi- I - advertência verbal;
nosa, associação criminosa ou milícia privada, con- II - repreensão;
siderados também o perfil criminal e a função de-
III - suspensão ou restrição de direitos (art. 41,
sempenhada por ele no grupo criminoso, a opera- parágrafo único);
ção duradoura do grupo, a superveniência de no-
vos processos criminais e os resultados do trata- IV - isolamento na própria cela, ou em local
mento penitenciário. (Parágrafo acrescido pela Lei adequado, nos estabelecimentos que possuam
nº 13.964, de 24/12/2019, publicada na Edição Ex- alojamento coletivo, observado o disposto no art. 8º
tra do DOU de 24/12/2019, em vigor 30 dias após desta Lei;
a publicação) V - inclusão no regime disciplinar diferenciado.
(Inciso acrescido pela Lei nº 10.792, de 1º/12/2003)

9
Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. Parágrafo único. O isolamento será sempre co-
53 serão aplicadas por ato motivado do diretor do municado ao juiz da execução.
estabelecimento e a do inciso V, por prévio e fun-
damentado despacho do juiz competente. (“Caput”
do artigo com redação dada pela Lei nº 10.792, de Subseção V
1º/12/2003) Do procedimento disciplinar
§ 1º A autorização para a inclusão do preso em
regime disciplinar dependerá de requerimento cir- Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá
cunstanciado elaborado pelo diretor do estabeleci- ser instaurado o procedimento para sua apuração,
mento ou outra autoridade administrativa. (Pará- conforme regulamento, assegurado o direito de de-
grafo acrescido pela Lei nº 10.792, de 1º/12/2003) fesa.
§ 2º A decisão judicial sobre inclusão de preso Parágrafo único. A decisão será motivada.
em regime disciplinar será precedida de manifesta-
ção do Ministério Público e da defesa e prolatada Art. 60. A autoridade administrativa poderá
no prazo máximo de quinze dias. (Parágrafo acres- decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo
cido pela Lei nº 10.792, de 1º/12/2003) prazo de até dez dias. A inclusão do preso no re-
gime disciplinar diferenciado, no interesse da disci-
Art. 55. As recompensas têm em vista o bom plina e da averiguação do fato, dependerá de des-
comportamento reconhecido em favor do conde- pacho do juiz competente.
nado, de sua colaboração com a disciplina e de sua
Parágrafo único. O tempo de isolamento ou in-
dedicação ao trabalho.
clusão preventiva no regime disciplinar diferenci-
Art. 56. São recompensas: ado será computado no período de cumprimento da
sanção
Max lima da Silvadisciplinar. (Artigo com redação dada pela
I - o elogio; Joao Neto
Lei nº 10.792, de 1º/12/2003)
limamaxxx357@gmail.com
II - a concessão de regalias. bbiazinha39@gmail.com
080.617.133-22
Parágrafo único. A legislação local e os regu-
lamentos estabelecerão a natureza e a forma de TÍTULO III
concessão de regalias. DOS ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL

CAPÍTULO I
Subseção IV
DISPOSIÇÕES GERAIS
Da aplicação das sanções

Art. 61. São órgãos da execução penal:


Art. 57. Na aplicação das sanções disciplina-
res, levar-se-ão em conta a natureza, os motivos, I - o Conselho Nacional de Política Criminal e
as circunstâncias e as consequências do fato, bem Penitenciária;
como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão. II - o Juízo da Execução;
Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se III - o Ministério Público;
as sanções previstas nos incisos III a V do art. 53
desta Lei. (Artigo com redação dada pela Lei nº IV - o Conselho Penitenciário;
10.792, de 1º/12/2003) V - os Departamentos Penitenciários;
Art. 58. O isolamento, a suspensão e a res- VI - o Patronato;
trição de direitos não poderão exceder a trinta dias, VII - o Conselho da Comunidade;
ressalvada a hipótese do regime disciplinar diferen-
VIII - a Defensoria Pública. (Inciso acrescido
ciado. (“Caput” do artigo com redação dada pela
pela Lei nº 12.313, de 19/8/2010)
Lei nº 10.792, de 1º/12/2003)

10
CAPÍTULO II Federal, propondo às autoridades dela incumbida
DO CONSELHO NACIONAL DE as medidas necessárias ao seu aprimoramento;

POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA IX - representar ao juiz da execução ou à auto-


ridade administrativa para instauração de sindicân-
cia ou procedimento administrativo, em caso de vi-
Art. 62. O Conselho Nacional de Política Cri- olação das normas referentes à execução penal;
minal e Penitenciária, com sede na Capital da Re-
X - representar à autoridade competente para
pública, é subordinado ao Ministério da Justiça.
a interdição, no todo ou em parte, de estabeleci-
Art. 63. O Conselho Nacional de Política Cri- mento penal.
minal e Penitenciária será integrado por treze mem-
bros designados através de ato do Ministério da
Justiça, dentre professores e profissionais da área CAPÍTULO III
do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e DO JUÍZO DA EXECUÇÃO
ciências correlatas, bem como por representantes
da comunidade e dos Ministérios da área social.
Art. 65. A execução penal competirá ao juiz
Parágrafo único. O mandato dos membros do indicado na lei local de organização judiciária e, na
Conselho terá duração de dois anos, renovado um sua ausência, ao da sentença.
terço em cada ano.
Art. 66. Compete ao juiz da execução:
Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Cri-
minal e Penitenciária, no exercício de suas ativida- I - aplicar aos casos julgados lei posterior que
des, em âmbito federal ou estadual, incumbe: de qualquer modo favorecer o condenado;

I - propor diretrizes da política criminal quanto II - declarar extinta a punibilidade;


Max lima da Silva
a prevenção do delito, Administração Joao Neto III - decidir sobre:
da Justiça
limamaxxx357@gmail.com
Criminal e execução das penas e dasbbiazinha39@gmail.com
medidas de
080.617.133-22 a) soma ou unificação de penas;
segurança;
b) progressão ou regressão nos regimes;
II - contribuir na elaboração de planos nacio-
nais de desenvolvimento, sugerindo as metas e pri- c) detração e remição da pena;
oridades da política criminal e penitenciária; d) suspensão condicional da pena;
III - promover a avaliação periódica do sistema e) livramento condicional;
criminal para a sua adequação às necessidades do
f) incidentes da execução;
País;
IV - autorizar saídas temporárias;
IV - estimular e promover a pesquisa crimino-
lógica; V - determinar:

V - elaborar programa nacional penitenciário a) a forma de cumprimento da pena restritiva


de formação e aperfeiçoamento do servidor; de direitos e fiscalizar sua execução;

VI - estabelecer regras sobre a arquitetura e b) a conversão da pena restritiva de direitos e


construção de estabelecimentos penais e casas de de multa em privativa de liberdade;
albergados; c) a conversão da pena privativa de liberdade
VII - estabelecer os critérios para a elaboração em restritiva de direitos;
da estatística criminal; d) a aplicação da medida de segurança, bem
VIII - inspecionar e fiscalizar os estabelecimen- como a substituição da pena por medida de segu-
tos penais, bem assim informar-se, mediante rela- rança;
tórios do Conselho Penitenciário, requisições, visi- e) a revogação da medida de segurança;
tas ou outros meios, acerca do desenvolvimento da
f) a desinternação e o restabelecimento da si-
execução penal nos Estados, Territórios e Distrito
tuação anterior;

11
g) o cumprimento de pena ou medida de segu- e) a conversão de penas, a progressão ou re-
rança em outra Comarca; gressão nos regimes e a revogação da suspensão
h) a remoção do condenado na hipótese pre- condicional da pena e do livramento condicional;
vista no § 1º do art. 86 desta Lei; f) a internação, a desinternação e o restabele-
VI - zelar pelo correto cumprimento da pena e cimento da situação anterior;
da medida de segurança; III - interpor recursos de decisões proferidas
VII - inspecionar, mensalmente, os estabeleci- pela autoridade judiciária, durante a execução.
mentos penais, tomando providências para o ade- Parágrafo único. O órgão do Ministério Público
quado funcionamento e promovendo, quando for o visitará mensalmente os estabelecimentos penais,
caso, a apuração de responsabilidade; registrando a sua presença em livro próprio.
VIII - interditar, no todo ou em parte, estabele-
cimento penal que estiver funcionando em condi-
CAPÍTULO V
ções inadequadas ou com infringência aos disposi-
tivos desta Lei; DO CONSELHO PENITENCIÁRIO

IX - compor e instalar o Conselho da Comuni-


dade; Art. 69. O Conselho Penitenciário é órgão
X - emitir anualmente atestado de pena a cum- consultivo e fiscalizador da execução da pena.
prir. (Inciso acrescido pela Lei nº 10.713, de § 1º O Conselho será integrado por membros
13/8/2003, publicada no DOU de 14/8/2003, em vi-
nomeados pelo Governador do Estado, do Distrito
gor 90 dias após a publicação) Federal e dos Territórios, dentre professores e pro-
fissionais da área do Direito Penal, Processual Pe-
nal,Silva
Max lima da Penitenciário e ciências correlatas, bem como
CAPÍTULO IV Joao Neto
por representantes
limamaxxx357@gmail.com da comunidade. A legislação fe-
DO MINISTÉRIO PÚBLICO bbiazinha39@gmail.com
deral e estadual regulará o seu funcionamento.
080.617.133-22
§ 2º O mandato dos membros do Conselho Pe-
Art. 67. O Ministério Público fiscalizará a exe- nitenciário terá a duração de quatro anos.
cução da pena e da medida de segurança, ofici- Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitenciário:
ando no processo executivo e nos incidentes da
I - emitir parecer sobre indulto e comutação de
execução.
pena, excetuada a hipótese de pedido de indulto
Art. 68. Incumbe, ainda, ao Ministério Pú- com base no estado de saúde do preso; (Inciso
blico: com redação dada pela Lei nº 10.792, de
I - fiscalizar a regularidade formal das guias de 1º/12/2003)
recolhimento e de internamento; II - inspecionar os estabelecimentos e serviços
II - requerer: penais;

a) todas as providências necessárias ao de- III - apresentar, no primeiro trimestre de cada


senvolvimento do processo executivo; ano, ao Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária, relatório dos trabalhos efetuados no
b) a instauração dos incidentes de excesso ou exercício anterior;
desvio de execução;
IV - supervisionar os patronatos, bem como as-
c) a aplicação de medida de segurança, bem sistência dos egressos.
como a substituição da pena por medida de segu-
rança;
d) a revogação da medida de segurança;

12
CAPÍTULO VI § 1º Incumbem também ao Departamento a co-
DOS DEPARTAMENTOS ordenação e supervisão dos estabelecimentos pe-
nais e de internamento federais. (Parágrafo único
PENITENCIÁRIOS
transformado em § 1º pela Lei nº 13.769, de
19/12/2018)
Seção I § 2º Os resultados obtidos por meio do monito-
Do Departamento Penitenciário Nacional ramento e das avaliações periódicas previstas no
inciso VII do caput deste artigo serão utilizados
para, em função da efetividade da progressão es-
Art. 71. O Departamento Penitenciário Naci-
pecial para a ressocialização das mulheres de que
onal, subordinado ao Ministério da Justiça, é órgão
trata o § 3º do art. 112 desta Lei, avaliar eventual
executivo da Política Penitenciária Nacional e de
desnecessidade do regime fechado de cumpri-
apoio administrativo e financeiro do Conselho Na-
mento de pena para essas mulheres nos casos de
cional de Política Criminal e Penitenciária.
crimes cometidos sem violência ou grave ameaça.
Art. 72. São atribuições do Departamento Pe- (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.769, de
nitenciário Nacional: 19/12/2018)
I - acompanhar a fiel aplicação das normas de
execução penal em todo o território nacional; Seção II
II - inspecionar e fiscalizar periodicamente os Do Departamento Penitenciário local
estabelecimentos e serviços penais;
III - assistir tecnicamente as unidades federati-
Art. 73. A legislação local poderá criar Depar-
vas na implementação dos princípios e regras es-
tabelecidos nesta Lei; Max lima da tamento
Silva Penitenciário ou órgão similar, com as atri-
Joao Neto
buições que estabelecer.
limamaxxx357@gmail.com
IV - colaborar com as unidadesbbiazinha39@gmail.com
federativas,
080.617.133-22 Art. 74. O Departamento Penitenciário local,
mediante convênios, na implantação de estabeleci-
mentos e serviços penais; ou órgão similar, tem por finalidade supervisionar e
coordenar os estabelecimentos penais da unidade
V - colaborar com as unidades federativas para da Federação a que pertencer.
a realização de cursos de formação de pessoal pe-
nitenciário e de ensino profissionalizante do conde- Parágrafo único. Os órgãos referidos no caput
nado e do internado; deste artigo realizarão o acompanhamento de que
trata o inciso VII do caput do art. 72 desta Lei e en-
VI - estabelecer, mediante convênios com as caminharão ao Departamento Penitenciário Nacio-
unidades federativas, o cadastro nacional das va- nal os resultados obtidos. (Parágrafo único acres-
gas existentes em estabelecimentos locais destina- cido pela Lei nº 13.769, de 19/12/2018)
das ao cumprimento de penas privativas de liber-
dade aplicadas pela justiça de outra unidade fede-
rativa, em especial para presos sujeitos a regime Seção III
disciplinar; (Inciso acrescido pela Lei nº 10.792, de
Da direção e do pessoal
1º/12/2003)
dos estabelecimentos penais
VII - acompanhar a execução da pena das mu-
lheres beneficiadas pela progressão especial de
que trata o § 3º do art. 112 desta Lei, monitorando Art. 75. O ocupante do cargo de diretor de
sua integração social e a ocorrência de reincidên- estabelecimento deverá satisfazer os seguintes re-
cia, específica ou não, mediante a realização de quisitos:
avaliações periódicas e de estatísticas criminais. I - ser portador de diploma de nível superior de
(Inciso acrescido pela Lei nº 13.769, de Direito, ou Psicologia, ou Ciências Sociais, ou Pe-
19/12/2018) dagogia, ou Serviços Sociais;

13
II - possuir experiência administrativa na área; CAPÍTULO VIII
III - ter idoneidade moral e reconhecida aptidão DO CONSELHO DA COMUNIDADE
para o desempenho da função.
Parágrafo único. O diretor deverá residir no es- Art. 80. Haverá, em cada comarca, um Con-
tabelecimento, ou nas proximidades, e dedicará selho da Comunidade composto, no mínimo, por 1
tempo integral à sua função. (um) representante de associação comercial ou in-
Art. 76. O Quadro do Pessoal Penitenciário dustrial, 1 (um) advogado indicado pela Seção da
será organizado em diferentes categorias funcio- Ordem dos Advogados do Brasil, 1 (um) Defensor
nais, segundo as necessidades do serviço, com es- Público indicado pelo Defensor Público Geral e 1
pecificação de atribuições relativas às funções de (um) assistente social escolhido pela Delegacia
direção, chefia e assessoramento do estabeleci- Seccional do Conselho Nacional de Assistentes
mento e às demais funções. Sociais. (“Caput” do artigo com redação dada pela
Lei nº 12.313, de 19/8/2010)
Art. 77. A escolha do pessoal administrativo,
Parágrafo único. Na falta da representação
especializado, de instrução técnica e de vigilância
prevista neste artigo, ficará a critério do juiz da exe-
atenderá a vocação, preparação profissional e an-
cução a escolha dos integrantes do Conselho.
tecedentes pessoais do candidato.
§ 1º O ingresso do pessoal penitenciário, bem Art. 81. Incumbe ao Conselho da Comuni-
como a progressão ou a ascensão funcional depen- dade:
derão de cursos específicos de formação, proce- I - visitar, pelo menos mensalmente, os esta-
dendo-se à reciclagem periódica dos servidores em belecimentos penais existentes na Comarca;
exercício.
II - entrevistar presos;
§ 2º No estabelecimento para mulheres Max
so-lima da Silva
Joao NetoIII - apresentar relatórios mensais ao juiz da
mente se permitirá o trabalho de pessoallimamaxxx357@gmail.com
do sexo
bbiazinha39@gmail.com
execução e ao Conselho Penitenciário;
080.617.133-22
feminino, salvo quando se tratar de pessoal técnico
especializado. IV - diligenciar a obtenção de recursos materi-
ais e humanos para melhor assistência ao preso ou
internado, em harmonia com a direção do estabe-
CAPÍTULO VII lecimento.
DO PATRONATO

CAPÍTULO IX
Art. 78. O Patronato público ou particular DA DEFENSORIA PÚBLICA
destina-se a prestar assistência aos albergados e (Capítulo acrescido pela Lei nº 12.313, de
aos egressos (art. 26). 19/8/2010)
Art. 79. Incumbe também ao Patronato:
I - orientar os condenados à pena restritiva de Art. 81-A. A Defensoria Pública velará pela
direitos; regular execução da pena e da medida de segu-
rança, oficiando, no processo executivo e nos inci-
II - fiscalizar o cumprimento das penas de pres-
dentes da execução, para a defesa dos necessita-
tação de serviço à comunidade e de limitação de
dos em todos os graus e instâncias, de forma indi-
fim de semana;
vidual e coletiva. (Artigo acrescido pela Lei nº
III - colaborar na fiscalização do cumprimento 12.313, de 19/8/2010)
das condições da suspensão e do livramento con-
dicional. Art. 81-B. Incumbe, ainda, à Defensoria Pú-
blica:
I - requerer:

14
a) todas as providências necessárias ao de- Parágrafo único. O órgão da Defensoria Pú-
senvolvimento do processo executivo; blica visitará periodicamente os estabelecimentos
b) a aplicação aos casos julgados de lei pos- penais, registrando a sua presença em livro pró-
terior que de qualquer modo favorecer o conde- prio. (Artigo acrescido pela Lei nº 12.313, de
nado; 19/8/2010)

c) a declaração de extinção da punibilidade;


d) a unificação de penas; TÍTULO IV

e) a detração e remição da pena; DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS

f) a instauração dos incidentes de excesso ou


desvio de execução; CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
g) a aplicação de medida de segurança e sua
revogação, bem como a substituição da pena por
medida de segurança; Art. 82. Os estabelecimentos penais desti-
h) a conversão de penas, a progressão nos re- nam-se ao condenado, ao submetido à medida de
gimes, a suspensão condicional da pena, o livra- segurança, ao preso provisório e ao egresso.
mento condicional, a comutação de pena e o in- § 1º A mulher e o maior de sessenta anos, se-
dulto; paradamente, serão recolhidos a estabelecimento
i) a autorização de saídas temporárias; próprio e adequado à sua condição pessoal. (Pará-
grafo com redação dada pela Lei nº 9.460, de
j) a internação, a desinternação e o restabele-
4/6/1997)
cimento da situação anterior;
Max lima da Silva§ 2º O mesmo conjunto arquitetônico poderá
k) o cumprimento de pena ou medida deJoao
se- Neto
abrigar
limamaxxx357@gmail.com estabelecimentos de destinação diversa
gurança em outra comarca; bbiazinha39@gmail.com
desde que devidamente isolados.
080.617.133-22
l) a remoção do condenado na hipótese pre-
vista no § 1º do art. 86 desta Lei; Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a
sua natureza, deverá contar em suas dependên-
II - requerer a emissão anual do atestado de
cias com áreas e serviços destinados a dar assis-
pena a cumprir;
tência, educação, trabalho, recreação e prática es-
III - interpor recursos de decisões proferidas portiva.
pela autoridade judiciária ou administrativa durante
§ 1º Haverá instalação destinada a estágio de
a execução;
estudantes universitários. (Parágrafo único trans-
IV - representar ao Juiz da execução ou à au- formado em § 1º pela Lei nº 9.046, de 18/5/1995)
toridade administrativa para instauração de sindi-
§ 2º Os estabelecimentos penais destinados a
cância ou procedimento administrativo em caso de
mulheres serão dotados de berçário, onde as con-
violação das normas referentes à execução penal;
denadas possam cuidar de seus filhos, inclusive
V - visitar os estabelecimentos penais, to- amamentá-los, no mínimo, até 6 (seis) meses de
mando providências para o adequado funciona- idade. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.046, de
mento, e requerer, quando for o caso, a apuração 18/5/1995, e com nova redação dada pela Lei nº
de responsabilidade; 11.942, de 28/5/2009)
VI - requerer à autoridade competente a inter- § 3º Os estabelecimentos de que trata o § 2º
dição, no todo ou em parte, de estabelecimento pe- deste artigo deverão possuir, exclusivamente,
nal. agentes do sexo feminino na segurança de suas
dependências internas. (Parágrafo acrescido pela
Lei nº 12.121, de 15/12/2009, publicada no DOU de
16/12/2009, em vigor 180 dias após sua publica-
ção)

15
§ 4º Serão instaladas salas de aulas destina- II - acusados pela prática de crimes cometidos
das a cursos do ensino básico e profissionalizante. com violência ou grave ameaça à pessoa; (Inciso
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.245, de acrescido pela Lei nº 13.167, de 6/10/2015)
24/5/2010) III - acusados pela prática de outros crimes ou
§ 5º Haverá instalação destinada à Defensoria contravenções diversos dos apontados nos incisos
Pública. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.313, I e II. (Inciso acrescido pela Lei nº 13.167, de
de 19/8/2010) 6/10/2015)
Art. 83-A. Poderão ser objeto de execução § 2º O preso que, ao tempo do fato, era funci-
indireta as atividades materiais acessórias, instru- onário da Administração da Justiça Criminal ficará
mentais ou complementares desenvolvidas em es- em dependência separada.
tabelecimentos penais, e notadamente: § 3º Os presos condenados ficarão separados
I - serviços de conservação, limpeza, informá- de acordo com os seguintes critérios:
tica, copeiragem, portaria, recepção, reprografia, I - condenados pela prática de crimes hedion-
telecomunicações, lavanderia e manutenção de dos ou equiparados;
prédios, instalações e equipamentos internos e ex-
II - reincidentes condenados pela prática de cri-
ternos;
mes cometidos com violência ou grave ameaça à
II - serviços relacionados à execução de traba- pessoa;
lho pelo preso.
III - primários condenados pela prática de cri-
§ 1º A execução indireta será realizada sob su- mes cometidos com violência ou grave ameaça à
pervisão e fiscalização do poder público. pessoa;
§ 2º Os serviços relacionados neste artigo po- IV - demais condenados pela prática de outros
Max
derão compreender o fornecimento de materiais, lima da Silva
crimes ou contravenções em situação diversa das
Joao Neto
equipamentos, máquinas e profissionais.limamaxxx357@gmail.com
(Artigo previstas nos incisos I, II e III. (Parágrafo acrescido
bbiazinha39@gmail.com
acrescido pela Lei nº 13.190, de 19/11/2015) 080.617.133-22
pela Lei nº 13.167, de 6/10/2015)
Art. 83-B. São indelegáveis as funções de di- § 4º O preso que tiver sua integridade física,
reção, chefia e coordenação no âmbito do sistema moral ou psicológica ameaçada pela convivência
penal, bem como todas as atividades que exijam o com os demais presos ficará segregado em local
exercício do poder de polícia, e notadamente: próprio. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.167, de
6/10/2015)
I - classificação de condenados;
II - aplicação de sanções disciplinares; Art. 85. O estabelecimento penal deverá ter
lotação compatível com a sua estrutura e finali-
III - controle de rebeliões;
dade.
IV - transporte de presos para órgãos do Poder
Parágrafo único. O Conselho Nacional de Po-
Judiciário, hospitais e outros locais externos aos
lítica Criminal e Penitenciária determinará o limite
estabelecimentos penais. (Artigo acrescido pela Lei
máximo de capacidade do estabelecimento, aten-
nº 13.190, de 19/11/2015)
dendo a sua natureza e peculiaridades.
Art. 84. O preso provisório ficará separado do
Art. 86. As penas privativas de liberdade apli-
condenado por sentença transitada em julgado.
cadas pela Justiça de uma unidade federativa po-
§ 1º Os presos provisórios ficarão separados dem ser executadas em outra unidade, em estabe-
de acordo com os seguintes critérios: (Parágrafo lecimento local ou da União.
com redação dada pela Lei nº 13.167, de
§ 1º A União Federal poderá construir estabe-
6/10/2015)
lecimento penal em local distante da condenação
I - acusados pela prática de crimes hediondos para recolher os condenados, quando a medida se
ou equiparados; (Inciso acrescido pela Lei nº justifique no interesse da segurança pública ou do
13.167, de 6/10/2015) próprio condenado. (Parágrafo com redação dada
pela Lei nº 10.792, de 1º/12/2003)

16
§ 2º Conforme a natureza do estabelecimento, I - atendimento por pessoal qualificado, de
nele poderão trabalhar os liberados ou egressos acordo com as diretrizes adotadas pela legislação
que se dediquem a obras públicas ou ao aproveita- educacional e em unidades autônomas; e
mento de terras ociosas. II - horário de funcionamento que garanta a
§ 3º Caberá ao juiz competente, a requeri- melhor assistência à criança e à sua responsável.
mento da autoridade administrativa definir o esta- (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 11.942, de
belecimento prisional adequado para abrigar o 28/5/2009)
preso provisório ou condenado, em atenção ao re-
Art. 90. A penitenciária de homens será cons-
gime e aos requisitos estabelecidos. (Parágrafo
truída em local afastado do centro urbano a distân-
acrescido pela Lei nº 10.792, de 1º/12/2003)
cia que não restrinja a visitação.

CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
DA PENITENCIÁRIA
DA COLÔNIA AGRÍCOLA,
INDUSTRIAL OU SIMILAR
Art. 87. A Penitenciária destina-se ao conde-
nado à pena de reclusão, em regime fechado.
Art. 91. A Colônia Agrícola, Industrial ou simi-
Parágrafo único. A União Federal, os Estados,
lar destina-se ao cumprimento da pena em regime
o Distrito Federal e os Territórios poderão construir
semi-aberto.
Penitenciárias destinadas, exclusivamente, aos
presos provisórios e condenados que estejam em Art. 92. O condenado poderá ser alojado em
regime fechado, sujeitos ao regime disciplinar dife- compartimento coletivo, observados os requisitos
renciado, nos termos do art. 52 desta Lei. Max lima da da
(Pará- Silva
letra a do parágrafo único do art. 88 desta Lei.
Joao Neto
grafo único acrescido pela Lei nºlimamaxxx357@gmail.com
10.792, de
bbiazinha39@gmail.com Parágrafo único. São também requisitos bási-
1º/12/2003) 080.617.133-22
cos das dependências coletivas:
Art. 88. O condenado será alojado em cela a) a seleção adequada dos presos;
individual que conterá dormitório, aparelho sanitá-
b) o limite de capacidade máxima que atenda
rio e lavatório.
os objetivos de individualização da pena.
Parágrafo único. São requisitos básicos da uni-
dade celular:
a) salubridade do ambiente pela concorrência CAPÍTULO IV
dos fatores de aeração, insolação e condiciona- DA CASA DO ALBERGADO
mento térmico adequado à existência humana;
b) área mínima de seis metros quadrados. Art. 93. A Casa do Albergado destina-se ao
Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. cumprimento de pena privativa de liberdade, em re-
88, a penitenciária de mulheres será dotada de se- gime aberto, e da pena de limitação de fim de se-
ção para gestante e parturiente e de creche para mana.
abrigar crianças maiores de 6 (seis) meses e me- Art. 94. O prédio deverá situar-se em centro
nores de 7 (sete) anos, com a finalidade de assistir urbano, separado dos demais estabelecimentos, e
a criança desamparada cuja responsável estiver caracterizar-se pela ausência de obstáculos físicos
presa. ("Caput" do artigo com redação dada pela contra a fuga.
Lei nº 11.942, de 28/5/2009)
Art. 95. Em cada região haverá, pelo menos,
Parágrafo único. São requisitos básicos da se-
uma Casa do Albergado, a qual deverá conter,
ção e da creche referidas neste artigo:
além dos aposentos para acomodar os presos, lo-
cal adequado para cursos e palestras.

17
Parágrafo único. O estabelecimento terá insta- CAPÍTULO VII
lações para os serviços de fiscalização e orienta- DA CADEIA PÚBLICA
ção dos condenados.

Art. 102. A Cadeia Pública destina-se ao re-


CAPÍTULO V colhimento de presos provisórios.
DO CENTRO DE OBSERVAÇÃO
Art. 103. Cada Comarca terá, pelo menos,
uma Cadeia Pública a fim de resguardar o interesse
Art. 96. No Centro de Observação realizar- da Administração da Justiça Criminal e a perma-
se-ão os exames gerais e o criminológico, cujos re- nência do preso em local próximo ao seu meio so-
sultados serão encaminhados à Comissão Técnica cial e familiar.
de Classificação. Art. 104. O estabelecimento de que trata este
Capítulo será instalado próximo de centro urbano,
Parágrafo único. No Centro poderão ser reali- observando-se na construção as exigências míni-
zadas pesquisas criminológicas. mas referidas no art. 88 e seu parágrafo único
desta Lei.
Art. 97. O Centro de Observação será insta-
lado em unidade autônoma ou em anexo a estabe-
lecimento penal. TÍTULO V
Art. 98. Os exames poderão ser realizados DA EXECUÇÃO DAS PENAS EM ESPÉCIE
pela Comissão Técnica de Classificação, na falta
do Centro de Observação. CAPÍTULO I
Max lima da Silva
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
Joao Neto
limamaxxx357@gmail.com
bbiazinha39@gmail.com
CAPÍTULO VI 080.617.133-22
DO HOSPITAL DE CUSTÓDIA Seção I
E TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO Disposições Gerais

Art. 99. O Hospital de Custódia e Tratamento Art. 105. Transitando em julgado a sentença
Psiquiátrico destina-se aos inimputáveis e semi-im- que aplicar pena privativa de liberdade, se o réu es-
putáveis referidos no art. 26 e seu parágrafo único tiver ou vier a ser preso, o juiz ordenará a expedi-
do Código Penal. ção de guia de recolhimento para a execução.

Parágrafo único. Aplica-se ao Hospital, no que Art. 106. A guia de recolhimento, extraída
couber, o disposto no parágrafo único do art. 88 pelo escrivão, que a rubricará em todas as folhas e
desta Lei. a assinará com o juiz, será remetida à autoridade
administrativa incumbida da execução e conterá:
Art. 100. O exame psiquiátrico e os demais
exames necessários ao tratamento são obrigató- I - o nome do condenado;
rios para todos os internados. II - a sua qualificação civil e o número do regis-
tro geral no órgão oficial de identificação;
Art. 101. O tratamento ambulatorial, previsto
no art. 97, segunda parte, do Código Penal, será III - o inteiro teor da denúncia e da sentença
realizado no Hospital de Custódia e Tratamento condenatória, bem como certidão do trânsito em
Psiquiátrico ou em outro local com dependência julgado;
médica adequada. IV- a informação sobre os antecedentes e o
grau de instrução;
V - a data da terminação da pena;

18
VI - outras peças do processo reputadas indis- Parágrafo único. Sobrevindo condenação no
pensáveis ao adequado tratamento penitenciário. curso da execução, somar-se-á a pena ao restante
§ 1º Ao Ministério Público se dará ciência da da que está sendo cumprida, para determinação do
guia de recolhimento. regime.

§ 2º A guia de recolhimento será retificada Art. 112. A pena privativa de liberdade será
sempre que sobrevier modificação quanto ao início executada em forma progressiva com a transferên-
da execução ou ao tempo de duração da pena. cia para regime menos rigoroso, a ser determinada
pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:
§ 3º Se o condenado, ao tempo do fato, era
(“Caput” do artigo com redação dada pela Lei nº
funcionário da Administração da Justiça Criminal,
13.964, de 24/12/2019, publicada na Edição Extra
far-se-á, na guia, menção dessa circunstância,
do DOU de 24/12/2019, em vigor 30 dias após a
para fins do disposto no § 2º do art. 84 desta Lei.
publicação)
Art. 107. Ninguém será recolhido, para cum- I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o
primento de pena privativa de liberdade, sem a guia apenado for primário e o crime tiver sido cometido
expedida pela autoridade judiciária. sem violência à pessoa ou grave ameaça; (Inciso
§ 1º A autoridade administrativa incumbida da acrescido pela Lei nº 13.964, de 24/12/2019, publi-
execução passará recibo da guia de recolhimento, cada na Edição Extra do DOU de 24/12/2019, em
para juntá-la aos autos do processo, e dará ciência vigor 30 dias após a publicação)
dos seus termos ao condenado. II - 20% (vinte por cento) da pena, se o ape-
§ 2º As guias de recolhimento serão registra- nado for reincidente em crime cometido sem violên-
das em livro especial, segundo a ordem cronoló- cia à pessoa ou grave ameaça; (Inciso acrescido
gica do recebimento, e anexadas ao prontuário do pela Lei nº 13.964, de 24/12/2019, publicada na
Max
condenado, aditando-se, no curso da execução, olima da Silva Extra do DOU de 24/12/2019, em vigor 30
Edição
Joao Neto
cálculo das remições e de outras retificações pos- dias após a publicação)
limamaxxx357@gmail.com
bbiazinha39@gmail.com
teriores. 080.617.133-22 III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se
Art. 108. O condenado a quem sobreviver o apenado for primário e o crime tiver sido cometido
doença mental será internado em Hospital de Cus- com violência à pessoa ou grave ameaça; (Inciso
tódia e Tratamento Psiquiátrico. acrescido pela Lei nº 13.964, de 24/12/2019, publi-
cada na Edição Extra do DOU de 24/12/2019, em
Art. 109. Cumprida ou extinta a pena, o con- vigor 30 dias após a publicação)
denado será posto em liberdade, mediante alvará
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o ape-
do juiz, se por outro motivo não estiver preso.
nado for reincidente em crime cometido com violên-
cia à pessoa ou grave ameaça; (Inciso acrescido
Seção II pela Lei nº 13.964, de 24/12/2019, publicada na
Edição Extra do DOU de 24/12/2019, em vigor 30
Dos regimes dias após a publicação)
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o
Art. 110. O juiz, na sentença, estabelecerá o apenado for condenado pela prática de crime hedi-
regime no qual o condenado iniciará o cumprimento ondo ou equiparado, se for primário; (Inciso acres-
da pena privativa de liberdade, observado o dis- cido pela Lei nº 13.964, de 24/12/2019, publicada
posto no art. 33 e seus parágrafos do Código Pe- na Edição Extra do DOU de 24/12/2019, em vigor
nal. 30 dias após a publicação)
Art. 111. Quando houver condenação por VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o
mais de um crime, no mesmo processo ou em pro- apenado for:
cessos distintos, a determinação do regime de a) condenado pela prática de crime hediondo
cumprimento será feita pelo resultado da soma ou ou equiparado, com resultado morte, se for primá-
unificação das penas, observada, quando for o rio, vedado o livramento condicional;
caso, a detração ou remição.

19
b) condenado por exercer o comando, indivi- II - não ter cometido o crime contra seu filho ou
dual ou coletivo, de organização criminosa estrutu- dependente;
rada para a prática de crime hediondo ou equipa- III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da
rado; ou pena no regime anterior;
c) condenado pela prática do crime de consti- IV - ser primária e ter bom comportamento car-
tuição de milícia privada; (Inciso acrescido pela Lei cerário, comprovado pelo diretor do estabeleci-
nº 13.964, de 24/12/2019, publicada na Edição Ex- mento;
tra do DOU de 24/12/2019, em vigor 30 dias após
a publicação) V - não ter integrado organização criminosa.
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.769, de
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o 19/12/2018)
apenado for reincidente na prática de crime hedi-
ondo ou equiparado; (Inciso acrescido pela Lei nº § 4º O cometimento de novo crime doloso ou
13.964, de 24/12/2019, publicada na Edição Extra falta grave implicará a revogação do benefício pre-
do DOU de 24/12/2019, em vigor 30 dias após a visto no § 3º deste artigo. (Parágrafo acrescido pela
publicação) Lei nº 13.769, de 19/12/2018)

VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o § 5º Não se considera hediondo ou equipa-
apenado for reincidente em crime hediondo ou rado, para os fins deste artigo, o crime de tráfico de
equiparado com resultado morte, vedado o livra- drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343,
mento condicional. (Inciso acrescido pela Lei nº de 23 de agosto de 2006. (Parágrafo acrescido pela
13.964, de 24/12/2019, publicada na Edição Extra Lei nº 13.964, de 24/12/2019, publicada na Edição
do DOU de 24/12/2019, em vigor 30 dias após a Extra do DOU de 24/12/2019, em vigor 30 dias
publicação) após a publicação)
Max
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá § 6º O cometimento de falta grave durante a
di-lima da Silva
Joao Neto
execução da pena privativa de liberdade inter-
limamaxxx357@gmail.com
reito à progressão de regime se ostentar boa con-
bbiazinha39@gmail.com
rompe o prazo para a obtenção da progressão no
080.617.133-22
duta carcerária, comprovada pelo diretor do esta-
belecimento, respeitadas as normas que vedam a regime de cumprimento da pena, caso em que o
progressão. (Parágrafo único transformado em § 1º reinício da contagem do requisito objetivo terá
pela Lei nº 10.792, de 1º/12/2003, e com nova re- como base a pena remanescente. (Parágrafo
dação dada pela Lei nº 13.964, de 24/12/2019, pu- acrescido pela Lei nº 13.964, de 24/12/2019, publi-
blicada na Edição Extra do DOU de 24/12/2019, em cada na Edição Extra do DOU de 24/12/2019, em
vigor 30 dias após a publicação) vigor 30 dias após a publicação)

§ 2º A decisão do juiz que determinar a pro- § 7º O bom comportamento é readquirido após


gressão de regime será sempre motivada e prece- 1 (um) ano da ocorrência do fato, ou antes, após o
dida de manifestação do Ministério Público e do de- cumprimento do requisito temporal exigível para a
fensor, procedimento que também será adotado na obtenção do direito. (Parágrafo vetado pelo Presi-
concessão de livramento condicional, indulto e co- dente da República na Lei nº 13.964, de
mutação de penas, respeitados os prazos previstos 24/12/2019, mantido pelo Congresso Nacional e
nas normas vigentes. (Parágrafo acrescido pela Lei publicado no DOU de 30/4/2021)
nº 10.792, de 1º/12/2003, e com nova redação Art. 113. O ingresso do condenado em re-
dada pela Lei nº 13.964, de 24/12/2019, publicada gime aberto supõe a aceitação de seu programa e
na Edição Extra do DOU de 24/12/2019, em vigor das condições impostas pelo juiz.
30 dias após a publicação)
Art. 114. Somente poderá ingressar no re-
§ 3º No caso de mulher gestante ou que for
gime aberto o condenado que:
mãe ou responsável por crianças ou pessoas com
deficiência, os requisitos para progressão de re- I - estiver trabalhando ou comprovar a possibi-
gime são, cumulativamente: lidade de fazê-lo imediatamente;
I - não ter cometido crime com violência ou II - apresentar, pelos seus antecedentes ou
grave ameaça a pessoa; pelo resultado dos exames a que foi submetido,

20
fundados indícios de que irá ajustar-se, com auto- § 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo
disciplina e senso de responsabilidade, ao novo re- anterior, deverá ser ouvido, previamente, o conde-
gime. nado.
Parágrafo único. Poderão ser dispensadas do Art. 119. A legislação local poderá estabele-
trabalho as pessoas referidas no art. 117 desta Lei. cer normas complementares para o cumprimento
Art. 115. O juiz poderá estabelecer condi- da pena privativa de liberdade em regime aberto
ções especiais para a concessão de regime aberto, (art. 36, § 1º, do Código Penal).
sem prejuízo das seguintes condições gerais e
obrigatórias:
Seção III
I - permanecer no local que for designado, du- Das autorizações de saída
rante o repouso e nos dias de folga;
II - sair para o trabalho e retornar, nos horários
Subseção I
fixados;
Da permissão de saída
III - não se ausentar da cidade onde reside,
sem autorização judicial;
Art. 120. Os condenados que cumprem pena
IV - comparecer a juízo, para informar e justifi-
car as suas atividades, quando for determinado. em regime fechado ou semi-aberto e os presos pro-
visórios poderão obter permissão para sair do es-
Art. 116. O juiz poderá modificar as condi- tabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer
ções estabelecidas, de ofício, a requerimento do um dos seguintes fatos:
Ministério Público, da autoridade administrativa ou
I - falecimento ou doença grave do cônjuge,
do condenado, desde que as circunstâncias Maxassim
lima da companheira,
Silva ascendente, descendente ou irmão;
o recomendem. Joao Neto
limamaxxx357@gmail.com II - necessidade de tratamento médico (pará-
bbiazinha39@gmail.com
Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento
080.617.133-22
grafo único do art. 14).
do beneficiário de regime aberto em residência par-
Parágrafo único. A permissão de saída será
ticular quando se tratar de:
concedida pelo diretor do estabelecimento onde se
I - condenado maior de setenta anos; encontra o preso.
II - condenado acometido de doença grave; Art. 121. A permanência do preso fora do es-
III - condenada com filho menor ou deficiente tabelecimento terá a duração necessária à finali-
físico ou mental; dade da saída.
IV - condenada gestante.
Art. 118. A execução da pena privativa de li- Subseção II
berdade ficará sujeita à forma regressiva, com a Da saída temporária
transferência para qualquer dos regimes mais rigo-
rosos, quando o condenado:
Art. 122. Os condenados que cumprem pena
I - praticar fato definido como crime doloso ou
em regime semi-aberto poderão obter autorização
falta grave;
para saída temporária do estabelecimento, sem vi-
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja gilância direta, nos seguintes casos:
pena, somada ao restante da pena em execução,
I - visita à família;
torne incabível o regime (art. 111).
II - freqüência a curso supletivo profissionali-
§ 1º O condenado será transferido do regime
zante, bem como de instrução do segundo grau ou
aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos
superior, na Comarca do Juízo da Execução;
anteriores, frustrar os fins da execução ou não pa-
gar, podendo, a multa cumulativamente imposta. III - participação em atividades que concorram
para o retorno ao convívio social.

21
§ 1º A ausência de vigilância direta não impede § 2º Quando se tratar de frequência a curso
a utilização de equipamento de monitoração eletrô- profissionalizante, de instrução de ensino médio ou
nica pelo condenado, quando assim determinar o superior, o tempo de saída será o necessário para
juiz da execução. (Parágrafo único acrescido pela o cumprimento das atividades discentes. (Pará-
Lei nº 12.258, de 15/6/2010, e transformado em § grafo acrescido pela Lei nº 12.258, de 15/6/2010)
1º pela Lei nº 13.964, de 24/12/2019, publicada na § 3º Nos demais casos, as autorizações de sa-
Edição Extra do DOU de 24/12/2019, em vigor 30 ída somente poderão ser concedidas com prazo
dias após a publicação) mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias de intervalo
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que entre uma e outra. (Parágrafo acrescido pela Lei nº
se refere o caput deste artigo o condenado que 12.258, de 15/6/2010)
cumpre pena por praticar crime hediondo com re-
Art. 125. O benefício será automaticamente
sultado morte. (Parágrafo acrescido pela Lei nº
revogado quando o condenado praticar fato defi-
13.964, de 24/12/2019, publicada na Edição Extra
nido como crime doloso, for punido por falta grave,
do DOU de 24/12/2019, em vigor 30 dias após a
desatender as condições impostas na autorização
publicação)
ou revelar baixo grau de aproveitamento do curso.
Art. 123. A autorização será concedida por
Parágrafo único. A recuperação do direito à sa-
ato motivado do juiz da execução, ouvidos o Minis- ída temporária dependerá da absolvição no pro-
tério Público e a administração penitenciária, e de- cesso penal, do cancelamento da punição discipli-
penderá da satisfação dos seguintes requisitos: nar ou da demonstração do merecimento do con-
I - comportamento adequado; denado.
II - cumprimento mínimo de um sexto da pena,
se o condenado for primário, e um quarto, se rein-
Max lima da Silva Seção IV
cidente; Joao Neto
limamaxxx357@gmail.com Da Remição
III - compatibilidade do benefício com bbiazinha39@gmail.com
os obje-
080.617.133-22
tivos da pena.
Art. 126. O condenado que cumpre a pena
em regime fechado ou semiaberto poderá remir,
Art. 124. A autorização será concedida por por trabalho ou por estudo, parte do tempo de exe-
prazo não superior a sete dias, podendo ser reno- cução da pena. (“Caput” do artigo com redação
vada por mais quatro vezes durante o ano. dada pela Lei nº 12.433, de 29/6/2011)
§ 1º Ao conceder a saída temporária, o juiz im- § 1º A contagem de tempo referida no caput
porá ao beneficiário as seguintes condições, entre será feita à razão de: (Parágrafo com redação dada
outras que entender compatíveis com as circuns- pela Lei nº 12.433, de 29/6/2011)
tâncias do caso e a situação pessoal do conde-
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas
nado: (Parágrafo único transformado em § 1º, com
de frequência escolar - atividade de ensino funda-
redação dada pela Lei nº 12.258, de 15/6/2010)
mental, médio, inclusive profissionalizante, ou su-
I - fornecimento do endereço onde reside a fa- perior, ou ainda de requalificação profissional - di-
mília a ser visitada ou onde poderá ser encontrado vididas, no mínimo, em 3 (três) dias; (Inciso acres-
durante o gozo do benefício; (Inciso acrescido pela cido pela Lei nº 12.433, de 29/6/2011)
Lei nº 12.258, de 15/6/2010)
II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de
II - recolhimento à residência visitada, no perí- trabalho. (Inciso acrescido pela Lei nº 12.433, de
odo noturno; (Inciso acrescido pela Lei nº 12.258, 29/6/2011)
de 15/6/2010)
§ 2º As atividades de estudo a que se refere o
III - proibição de frequentar bares, casas notur- § 1º deste artigo poderão ser desenvolvidas de
nas e estabelecimentos congêneres. (Inciso acres- forma presencial ou por metodologia de ensino a
cido pela Lei nº 12.258, de 15/6/2010) distância e deverão ser certificadas pelas autorida-
des educacionais competentes dos cursos

22
frequentados. (Parágrafo acrescido pela Lei nº de trabalho ou das horas de frequência escolar ou
12.433, de 29/6/2011) de atividades de ensino de cada um deles. (“Caput”
§ 3º Para fins de cumulação dos casos de re- do artigo com redação dada pela Lei nº 12.433, de
mição, as horas diárias de trabalho e de estudo se- 29/6/2011)
rão definidas de forma a se compatibilizarem. (Pa- § 1º O condenado autorizado a estudar fora do
rágrafo acrescido pela Lei nº 12.433, de 29/6/2011) estabelecimento penal deverá comprovar mensal-
§ 4º O preso impossibilitado, por acidente, de mente, por meio de declaração da respectiva uni-
prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a dade de ensino, a frequência e o aproveitamento
beneficiar-se com a remição. (Primitivo § 2º renu- escolar. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.433,
merado e com nova redação dada pela Lei nº de 29/6/2011)
12.433, de 29/6/2011) § 2º Ao condenado dar-se-á a relação de seus
§ 5º O tempo a remir em função das horas de dias remidos. (Parágrafo único transformado em §
estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de 2º, com redação dada pela Lei nº 12.433, de
conclusão do ensino fundamental, médio ou supe- 29/6/2011)
rior durante o cumprimento da pena, desde que Art. 130. Constitui o crime do art. 299 do Có-
certificada pelo órgão competente do sistema de digo Penal declarar ou atestar falsamente presta-
educação. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.433, ção de serviço para fim de instruir pedido de remi-
de 29/6/2011) ção.
§ 6º O condenado que cumpre pena em regime
aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade con-
dicional poderão remir, pela frequência a curso de Seção V
ensino regular ou de educação profissional, parte Do livramento condicional
Max
do tempo de execução da pena ou do período de lima da Silva
Joao Neto
prova, observado o disposto no inciso limamaxxx357@gmail.com
I do § 1º
bbiazinha39@gmail.com Art. 131. O livramento condicional poderá ser
deste artigo. (Parágrafo acrescido pela 080.617.133-22
Lei nº
12.433, de 29/6/2011) concedido pelo Juiz da execução, presentes os re-
quisitos do art. 83, incisos e parágrafo único, do Có-
§ 7º O disposto neste artigo aplica-se às hipó- digo Penal, ouvidos o Ministério Público e o Conse-
teses de prisão cautelar. (Parágrafo acrescido pela lho Penitenciário.
Lei nº 12.433, de 29/6/2011)
Art. 132. Deferido o pedido, o juiz especifi-
§ 8º A remição será declarada pelo juiz da exe-
cará as condições a que fica subordinado o livra-
cução, ouvidos o Ministério Público e a defesa. (Pri-
mento.
mitivo § 3º renumerado e com nova redação dada
pela Lei nº 12.433, de 29/6/2011) § 1º Serão sempre impostas ao liberado condi-
cional as obrigações seguintes:
Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz po-
derá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razo-
observado o disposto no art. 57, recomeçando a ável se for apto para o trabalho;
contagem a partir da data da infração disciplinar. b) comunicar periodicamente ao juiz sua ocu-
(Artigo com redação dada pela Lei nº 12.433, de pação;
29/6/2011) c) não mudar do território da Comarca do Juízo
Art. 128. O tempo remido será computado da Execução, sem prévia autorização deste.
como pena cumprida, para todos os efeitos. (Artigo § 2º Poderão ainda ser impostas ao liberado
com redação dada pela Lei nº 12.433, de condicional, entre outras obrigações, as seguintes:
29/6/2011)
a) não mudar de residência sem comunicação
Art. 129. A autoridade administrativa encami- ao juiz e à autoridade incumbida da observação
nhará mensalmente ao juízo da execução cópia do cautelar e de proteção;
registro de todos os condenados que estejam tra- b) recolher-se à habitação em hora fixada;
balhando ou estudando, com informação dos dias

23
c) não frequentar determinados lugares. § 1º A caderneta conterá:
Art. 133. Se for permitido ao liberado residir a) a identificação do liberado;
fora da Comarca do Juízo da Execução, remeter- b) o texto impresso do presente Capítulo;
se-á cópia da sentença do livramento ao juízo do
c) as condições impostas.
lugar para onde ele se houver transferido e à auto-
ridade incumbida da observação cautelar e de pro- § 2º Na falta de caderneta, será entregue ao
teção. liberado um salvo-conduto, em que constem as
condições do livramento, podendo substituir-se a fi-
Art. 134. O liberado será advertido da obriga- cha de identificação ou o seu retrato pela descrição
ção de apresentar-se imediatamente às autorida- dos sinais que possam identificá-lo.
des referidas no artigo anterior.
§ 3º Na caderneta e no salvo-conduto deverá
Art. 135. Reformada a sentença denegatória haver espaço para consignar-se o cumprimento
do livramento, os autos baixarão ao Juízo da Exe- das condições referidas no art. 132 desta Lei.
cução, para as providências cabíveis.
Art. 139. A observação cautelar e a proteção
Art. 136. Concedido o benefício, será expe- realizadas por serviço social penitenciário, Patro-
dida a carta de livramento com a cópia integral da nato ou Conselho da Comunidade terão a finali-
sentença em duas vias, remetendo-se uma à auto- dade de:
ridade administrativa incumbida da execução e ou-
I - fazer observar o cumprimento das condi-
tra ao Conselho Penitenciário.
ções especificadas na sentença concessiva do be-
Art. 137. A cerimônia do livramento condicio- nefício;
nal será realizada solenemente no dia marcado II - proteger o beneficiário, orientando-o na
pelo presidente do Conselho Penitenciário, no es- execução
Max lima da Silva de suas obrigações e auxiliando-o na ob-
tabelecimento onde está sendo cumprida a pena, Joao Neto
tenção de atividade laborativa.
limamaxxx357@gmail.com
observando-se o seguinte: bbiazinha39@gmail.com
080.617.133-22
Parágrafo único. A entidade encarregada da
I - a sentença será lida ao liberando, na pre- observação cautelar e da proteção do liberado
sença dos demais condenados, pelo presidente do apresentará relatório ao Conselho Penitenciário,
Conselho Penitenciário ou membro por ele desig- para efeito da representação prevista nos arts. 143
nado, ou, na falta, pelo juiz; e 144 desta Lei.
II - a autoridade administrativa chamará a aten- Art. 140. A revogação do livramento condici-
ção do liberando para as condições impostas na
onal dar-se-á nas hipóteses previstas nos arts. 86
sentença de livramento;
e 87 do Código Penal.
III - o liberando declarará se aceita as condi- Parágrafo único. Mantido o livramento condici-
ções.
onal, na hipótese da revogação facultativa, o juiz
deverá advertir o liberado ou agravar as condições.
§ 1º De tudo, em livro próprio, será lavrado
termo subscrito por quem presidir a cerimônia e
Art. 141. Se a revogação for motivada por in-
pelo liberando, ou alguém a seu rogo, se não sou-
ber ou não puder escrever. fração penal anterior à vigência do livramento, com-
putar-se-á como tempo de cumprimento da pena o
§ 2º Cópia desse termo deverá ser remetida ao período de prova, sendo permitida, para a conces-
Juiz da execução. são de novo livramento, a soma do tempo das duas
Art. 138. Ao sair o liberado do estabeleci- penas.
mento penal, ser-lhe-á entregue, além do saldo de Art. 142. No caso de revogação por outro
seu pecúlio e do que lhe pertencer, uma caderneta, motivo, não se computará na pena o tempo em que
que exibirá à autoridade judiciária ou administra- esteve solto o liberado, e tampouco se concederá,
tiva, sempre que lhe for exigida. em relação à mesma pena, novo livramento.

24
Art. 143. A revogação será decretada a re- II - abster-se de remover, de violar, de modifi-
querimento do Ministério Público, mediante repre- car, de danificar de qualquer forma o dispositivo de
sentação do Conselho Penitenciário, ou, de ofício, monitoração eletrônica ou de permitir que outrem o
pelo juiz, ouvido o liberado. faça;

Art. 144. O Juiz, de ofício, a requerimento do Parágrafo único. A violação comprovada dos
deveres previstos neste artigo poderá acarretar, a
Ministério Público, da Defensoria Pública ou medi-
critério do juiz da execução, ouvidos o Ministério
ante representação do Conselho Penitenciário, e
Público e a defesa:
ouvido o liberado, poderá modificar as condições
especificadas na sentença, devendo o respectivo I - a regressão do regime;
ato decisório ser lido ao liberado por uma das auto- II - a revogação da autorização de saída tem-
ridades ou funcionários indicados no inciso I do ca- porária;
put do art. 137 desta Lei, observado o disposto nos
incisos II e III e §§ 1º e 2º do mesmo artigo. (Artigo VI - a revogação da prisão domiciliar;
com redação dada pela Lei nº 12.313, de VII - advertência, por escrito, para todos os ca-
19/8/2010) sos em que o juiz da execução decida não aplicar
alguma das medidas previstas nos incisos de I a VI
Art. 145. Praticada pelo liberado outra infra-
deste parágrafo. (Artigo acrescido pela Lei nº
ção penal, o juiz poderá ordenar a sua prisão, ou-
12.258, de 15/6/2010)
vidos o Conselho Penitenciário e o Ministério Pú-
blico, suspendendo o curso do livramento condicio- Art. 146-D. A monitoração eletrônica poderá
nal, cuja revogação, entretanto, ficará dependendo ser revogada:
da decisão final. I - quando se tornar desnecessária ou inade-
Art. 146. O juiz, de ofício, a requerimento do quada;
Max lima da Silva
interessado, do Ministério Público ou medianteJoaore- Neto II - se o acusado ou condenado violar os deve-
limamaxxx357@gmail.com
presentação do Conselho Penitenciário, bbiazinha39@gmail.com
julgará ex- res a que estiver sujeito durante a sua vigência ou
080.617.133-22
tinta a pena privativa de liberdade, se expirar o cometer falta grave. (Artigo acrescido pela Lei nº
prazo do livramento sem revogação. 12.258, de 15/6/2010)

Seção VI CAPÍTULO II
Da Monitoração Eletrônica DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
(Seção acrescida pela Lei nº 12.258, de
15/6/2010)
Seção I
Disposições Gerais
Art. 146-B. O juiz poderá definir a fiscaliza-
ção por meio da monitoração eletrônica quando:
Art. 147. Transitada em julgado a sentença
II - autorizar a saída temporária no regime se-
que aplicou a pena restritiva de direitos, o juiz da
miaberto;
execução, de ofício ou a requerimento do Ministério
IV - determinar a prisão domiciliar; Público, promoverá a execução, podendo, para
tanto, requisitar, quando necessário, a colaboração
Art. 146-C. O condenado será instruído
de entidades públicas ou solicitá-la a particulares.
acerca dos cuidados que deverá adotar com o equi-
pamento eletrônico e dos seguintes deveres: Art. 148. Em qualquer fase da execução, po-
I - receber visitas do servidor responsável pela derá o juiz, motivadamente, alterar a forma de cum-
monitoração eletrônica, responder aos seus conta- primento das penas de prestação de serviços à co-
tos e cumprir suas orientações; munidade e de limitação de fim de semana, ajus-
tando-as às condições pessoais do condenado e às

25
características do estabelecimento, da entidade ou Art. 152. Poderão ser ministrados ao conde-
do programa comunitário ou estatal. nado, durante o tempo de permanência, cursos e
palestras, ou atribuídas atividades educativas.

Seção II Parágrafo único. Nos casos de violência do-


méstica contra a mulher, o juiz poderá determinar o
Da prestação de serviços à comunidade
comparecimento obrigatório do agressor a progra-
mas de recuperação e reeducação. (Parágrafo
Art. 149. Caberá ao juiz da execução: único acrescido pela Lei nº 11.340, de 7/8/2006, pu-
blicada no DOU de 8/8/2006, em vigor 45 dias após
I - designar a entidade ou programa comunitá-
a publicação)
rio ou estatal, devidamente credenciado ou conven-
cionado, junto ao qual o condenado deverá traba- Art. 153. O estabelecimento designado enca-
lhar gratuitamente, de acordo com as suas apti- minhará, mensalmente, ao juiz da execução, rela-
dões; tório, bem assim comunicará, a qualquer tempo, a
II - determinar a intimação do condenado, cien- ausência ou a falta disciplinar do condenado.
tificando-o da entidade, dias e horário em que de-
verá cumprir a pena;
Seção IV
III - alterar a forma de execução, a fim de
Da interdição temporária de direitos
ajustá-la às modificações ocorridas na jornada de
trabalho.
§ 1º O trabalho terá a duração de oito horas Art. 154. Caberá ao juiz da execução à auto-
semanais e será realizado aos sábados, domingos ridade competente a pena aplicada, determinada a
e feriados, ou em dias úteis, de modo a não Max intimação do condenado.
preju-lima da Silva
dicar a jornada normal de trabalho, nos horários Joao
es- Neto § 1º Na hipótese de pena de interdição do art.
limamaxxx357@gmail.com
tabelecidos pelo juiz. bbiazinha39@gmail.com
080.617.133-22 I, do Código Penal, a autoridade deverá,
47, inciso
§ 2º A execução terá início a partir da data do em vinte e quatro horas, contadas do recebimento
primeiro comparecimento. do ofício, baixar ato, a partir do qual a execução
terá seu início.
Art. 150. A entidade beneficiada com a pres-
§ 2º Nas hipóteses do art. 47, incisos II e III, do
tação de serviços encaminhará mensalmente, ao
Código Penal, o Juízo da Execução determinará a
juiz da execução, relatório circunstanciado das ati-
apreensão dos documentos, que autorizam o exer-
vidades do condenado, bem como, a qualquer
cício do direito interditado.
tempo, comunicação sobre ausência ou falta disci-
plinar. Art. 155. A autoridade deverá comunicar
imediatamente ao juiz da execução o descumpri-
mento da pena.
Seção III
Parágrafo único. A comunicação prevista neste
Da limitação de fim de semana artigo poderá ser feita por qualquer prejudicado.

Art. 151. Caberá ao juiz da execução deter-


CAPÍTULO III
minar a intimação do condenado, cientificando-o do
local, dias e horário em que deve cumprir a pena. DA SUSPENSÃO CONDICIONAL

Parágrafo único. A execução terá início a partir


da data do primeiro comparecimento. Art. 156. O juiz poderá suspender, pelo perí-
odo de dois a quatro anos, a execução da pena pri-
vativa de liberdade, não superior a dois anos, na
forma prevista nos arts. 77 a 82 do Código Penal.

26
Art. 157. O juiz ou Tribunal, na sentença que § 1º De igual modo proceder-se-á quando o tri-
aplicar pena privativa de liberdade, na situação de- bunal modificar as condições estabelecidas na sen-
terminada no artigo anterior, deverá pronunciar-se, tença recorrida.
motivadamente, sobre a suspensão condicional, § 2º O Tribunal, ao conceder a suspensão con-
quer a conceda, quer a denegue. dicional da pena, poderá, todavia, conferir ao Juízo
Art. 158. Concedida a suspensão, o juiz es- da Execução a incumbência de estabelecer as con-
dições do benefício, e, em qualquer caso, a de re-
pecificará as condições a que fica sujeito o conde-
alizar a audiência admonitória.
nado, pelo prazo fixado, começando este a correr
da audiência prevista nos art. 160 desta Lei. Art. 160. Transitada em julgado a sentença
§ 1º As condições serão adequadas ao fato e condenatória, o juiz a lerá ao condenado, em audi-
à situação pessoal do condenado, devendo ser in- ência, advertindo-o das consequências de nova in-
cluída entre as mesmas a de prestar serviços à co- fração penal e do descumprimento das condições
munidade, ou limitação de fim de semana, salvo hi- impostas.
pótese do art. 78, § 2º, do Código Penal. Art. 161. Se, intimado pessoalmente ou por
§ 2º O juiz poderá, a qualquer tempo, de ofício, edital com prazo de vinte dias, o réu não compare-
a requerimento do Ministério Público ou mediante cer injustificadamente à audiência admonitória, a
proposta do Conselho Penitenciário, modificar as suspensão ficará sem efeito e será executada ime-
condições e regras estabelecidas na sentença, ou- diatamente a pena.
vido o condenado.
Art. 162. A revogação da suspensão condici-
§ 3º A fiscalização do cumprimento das condi- onal da pena e a prorrogação do período de prova
ções, regulada nos Estados, Territórios e Distrito dar-se-ão na forma do art. 81 e respectivos pará-
Federal por normas supletivas, será atribuída a ser-
Max lima da grafos
Silva do Código Penal.
viço social penitenciário, patronato, ConselhoJoao
da Neto
limamaxxx357@gmail.com
Comunidade ou instituição beneficiadabbiazinha39@gmail.com
com a pres- Art. 163. A sentença condenatória será regis-
080.617.133-22
trada, com a nota de suspensão, em livro especial
tação de serviços, inspecionados pelo Conselho
Penitenciário, pelo Ministério Público, ou ambos, do juízo a que couber a execução da pena.
devendo o juiz da execução suprir, por ato, a falta § 1º Revogada a suspensão ou extinta a pena,
das normas supletivas. será o fato averbado à margem do registro.
§ 4º O beneficiário, ao comparecer periodica- § 2º O registro e a averbação serão sigilosos,
mente à entidade fiscalizadora, para comprovar a salvo para efeito de informações requisitadas por
observância das condições a que está sujeito, co- órgão judiciário ou pelo Ministério Público, para ins-
municará, também, a sua ocupação e os salários truir processo penal.
ou proventos de que vive.
§ 5º A entidade fiscalizadora deverá comuni-
car imediatamente ao órgão de inspeção, para fins CAPÍTULO IV
legais, qualquer fato capaz de acarretar a revoga- DA PENA DE MULTA
ção do benefício, a prorrogação do prazo ou a mo-
dificação das condições.
Art. 164. Extraída certidão da sentença con-
§ 6º Se for permitido ao beneficiário mudar-se, denatória com trânsito em julgado, que valerá como
será feita comunicação ao juiz e à entidade fiscali- título executivo judicial, o Ministério Público reque-
zadora do local da nova residência, aos quais o pri- rerá, em autos apartados, a citação do condenado
meiro deverá apresentar-se imediatamente. para, no prazo de dez dias, pagar o valor da multa
Art. 159. Quando a suspensão condicional ou nomear bens à penhora.
da pena for concedida por Tribunal, a este caberá § 1º Decorrido o prazo sem o pagamento da
estabelecer as condições do benefício. multa, ou o depósito da respectiva importância, pro-
ceder-se-á à penhora de tantos bens quantos bas-
tem para garantir a execução.

27
§ 2º A nomeação de bens à penhora e a pos- § 1º Se o condenado cumprir a pena privativa
terior execução seguirão o que dispuser a lei pro- de liberdade ou obtiver livramento condicional, sem
cessual civil. haver resgatado a multa, far-se-á a cobrança nos
termos deste capítulo.
Art. 165. Se a penhora recair em bem imóvel,
os autos apartados serão remetidos ao juízo cível § 2º Aplicar-se-á o disposto no parágrafo ante-
para prosseguimento. rior aos casos em que for concedida a suspensão
condicional da pena.
Art. 166. Recaindo a penhora em outros
bens, dar-se-á prosseguimento nos termos do 2º
do art. 164 desta Lei. TÍTULO VI
Art. 167. A execução da pena de multa será DA EXECUÇÃO DAS MEDIDAS
suspensa quando sobrevier ao condenado doença DE SEGURANÇA
mental (art. 52 do Código Penal).
Art. 168. O juiz poderá determinar que a co- CAPÍTULO I
brança da multa se efetue mediante desconto no DISPOSIÇÕES GERAIS
vencimento ou salário do condenado, nas hipóte-
ses do art. 50, § 1º, do Código Penal, observando-
Art. 171. Transitada em julgado a sentença
se o seguinte:
que aplicar medida de segurança, será ordenada a
I - o limite máximo do desconto mensal será o expedição de guia para a execução.
da quarta parte da remuneração e o mínimo o de
um décimo; Art. 172. Ninguém será internado em Hospi-
tal de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, ou sub-
II - o desconto será feito mediante ordem Maxdolima da Silva
metido a tratamento ambulatorial, para cumpri-
Joao Neto
juiz a quem de direito; limamaxxx357@gmail.com
mento de medida de segurança, sem a guia expe-
bbiazinha39@gmail.com
080.617.133-22
III - o responsável pelo desconto será intimado dida pela autoridade judiciária.
a recolher mensalmente, até o dia fixado pelo juiz,
Art. 173. A guia de internamento ou de trata-
a importância determinada.
mento ambulatorial, extraída pelo escrivão, que a
Art. 169. Até o término do prazo a que se re- rubricará em todas as folhas e a subscreverá com
fere o art. 164 desta Lei, poderá o condenado re- o juiz, será remetida à autoridade administrativa in-
querer ao juiz o pagamento da multa em presta- cumbida da execução e conterá:
ções mensais, iguais e sucessivas.
I - a qualificação do agente e o número do re-
§ 1º O juiz, antes de decidir, poderá determinar gistro geral do órgão oficial de identificação;
diligências para verificar a real situação econômica
II - o inteiro teor da denúncia e da sentença que
do condenado e, ouvido o Ministério Público, fixará
tiver aplicado a medida de segurança, bem como a
o número de prestações.
certidão do trânsito em julgado;
§ 2º Se o condenado for impontual ou se me-
III - a data em que terminará o prazo mínimo
lhorar de situação econômica, o juiz, de ofício ou a
de internação, ou do tratamento ambulatorial;
requerimento do Ministério Público, revogará o be-
nefício executando-se a multa, na forma prevista IV - outras peças do processo reputadas indis-
neste Capítulo, ou prosseguindo-se na execução já pensáveis ao adequado tratamento ou interna-
iniciada. mento.

Art. 170. Quando a pena de multa for apli- § 1º Ao Ministério Público será dada ciência da
guia de recolhimento e de sujeição a tratamento.
cada cumulativamente com pena privativa da liber-
dade, enquanto esta estiver sendo executada, po- § 2º A guia será retificada sempre que sobre-
derá aquela ser cobrada mediante desconto na re- vier modificação quanto ao prazo de execução.
muneração do condenado (art. 168).

28
Art. 174. Aplicar-se-á, na execução da me- Art. 178. Nas hipóteses de desinternação ou
dida de segurança, naquilo que couber, o disposto de liberação (art. 97, § 3º, do Código Penal), apli-
nos arts. 8º e 9º desta Lei. car-se-á o disposto nos arts. 132 e 133 desta Lei.
Art. 179. Transitada em julgado a sentença,
CAPÍTULO II o juiz expedirá ordem para a desinternação ou a li-
DA CESSAÇÃO DA PERICULOSIDADE beração.

Art. 175. A cessação da periculosidade será TÍTULO VII


averiguada no fim do prazo mínimo de duração da DOS INCIDENTES DE EXECUÇÃO
medida de segurança, pelo exame das condições
pessoais do agente, observando-se o seguinte:
CAPÍTULO I
I - a autoridade administrativa, até um mês an- DAS CONVERSÕES
tes de expirar o prazo de duração mínima da me-
dida, remeterá ao juiz minucioso relatório que o ha-
bilite a resolver sobre a revogação ou permanência Art. 180. A pena privativa de liberdade, não
da medida; superior a dois anos, poderá ser convertida em res-
II - o relatório será instruído com o laudo psi- tritiva de direitos, desde que:
quiátrico; I - o condenado a esteja cumprindo em regime
III - juntado aos autos o relatório ou realizadas aberto;
as diligências, serão ouvidos, sucessivamente, o II - tenha sido cumprido pelo menos um quarto
Ministério Público e o curador ou defensor, no da pena;
Max lima da Silva
prazo de três dias para cada um; Joao Neto
limamaxxx357@gmail.com III - os antecedentes e a personalidade do con-
bbiazinha39@gmail.com
IV - o juiz nomeará curador ou defensor para o denado indiquem ser a conversão recomendável.
080.617.133-22
agente que não o tiver;
Art. 181. A pena restritiva de direitos será
V - o juiz, de ofício ou a requerimento de qual- convertida em privativa de liberdade nas hipóteses
quer das partes, poderá determinar novas diligên- e na forma do art. 45 e seus incisos do Código Pe-
cias, ainda que expirado o prazo de duração mí- nal.
nima da medida de segurança;
§ 1º A pena de prestação de serviços à comu-
VI - ouvidas as partes ou realizadas as diligên- nidade será convertida quando o condenado:
cias a que se refere o inciso anterior, o juiz proferirá
a sua decisão, no prazo de cinco dias. a) não for encontrado por estar em lugar in-
certo e não sabido, ou desatender a intimação por
Art. 176. Em qualquer tempo, ainda no de- edital;
correr do prazo mínimo de duração da medida de b) não comparecer, injustificadamente, à enti-
segurança, poderá o juiz da execução, diante de
dade ou programa em que deva prestar serviço;
requerimento fundamentado do Ministério Público
ou do interessado, seu procurador ou defensor, or- c) recusar-se, injustificadamente, a prestar o
denar o exame para que se verifique a cessação da serviço que lhe foi imposto;
periculosidade, procedendo-se nos termos do ar- d) praticar falta grave;
tigo anterior.
e) sofrer condenação por outro crime à pena
Art. 177. Nos exames sucessivos para verifi- privativa de liberdade, cuja execução não tenha
car-se a cessação da periculosidade, observar-se- sido suspensa.
á, no que lhes for aplicável, o disposto no artigo an-
terior.

29
§ 2º A pena de limitação de fim de semana será CAPÍTULO III
convertida quando o condenado não comparecer DA ANISTIA E DO INDULTO
ao estabelecimento designado para o cumprimento
da pena, recusar-se a exercer a atividade determi-
nada pelo juiz ou se ocorrer qualquer das hipóteses Art. 187. Concedida a anistia, o juiz, de ofí-
das letras a, d e e do parágrafo anterior. cio, a requerimento do interessado ou do Ministério
§ 3º A pena de interdição temporária de direitos Público, por proposta da autoridade administrativa
será convertida quando o condenado exercer, in- ou do Conselho Penitenciário, declarará extinta a
justificadamente, o direito interditado ou se ocorrer punibilidade.
qualquer das hipóteses das letras a e e do § 1º Art. 188. O indulto individual poderá ser pro-
deste artigo. vocado por petição do condenado, por iniciativa do
Art. 183. Quando, no curso da execução da Ministério Público, do Conselho Penitenciário, ou
pena privativa de liberdade, sobrevier doença men- da autoridade administrativa.
tal ou perturbação da saúde mental, o Juiz, de ofí- Art. 189. A petição do indulto, acompanhada
cio, a requerimento do Ministério Público, da Defen- dos documentos que a instruírem, será entregue ao
soria Pública ou da autoridade administrativa, po- Conselho Penitenciário, para a elaboração de pa-
derá determinar a substituição da pena por medida recer e posterior encaminhamento ao Ministério da
de segurança. (Artigo com redação dada pela Lei Justiça.
nº 12.313, de 19/8/2010)
Art. 190. O Conselho Penitenciário, à vista
Art. 184. O tratamento ambulatorial poderá dos autos do processo e do prontuário, promoverá
ser convertido em internação se o agente revelar as diligências que entender necessárias e fará, em
incompatibilidade com a medida. relatório, a narração do ilícito penal e dos funda-
Max lima da Silva
mentos da sentença condenatória, a exposição dos
Joao Neto
Parágrafo único. Nesta hipótese, o prazo mí-
limamaxxx357@gmail.com
antecedentes do condenado e do procedimento
nimo de internação será de um ano. bbiazinha39@gmail.com
080.617.133-22
deste depois da prisão, emitindo seu parecer sobre
o mérito do pedido e esclarecendo qualquer forma-
CAPÍTULO II lidade ou circunstâncias omitidas na petição.
DO EXCESSO OU DESVIO Art. 191. Processada no Ministério da Justiça
com documentos e o relatório do Conselho Peni-
Art. 185. Haverá excesso ou desvio de exe- tenciário, a petição será submetida a despacho do
cução sempre que algum ato for praticado além dos Presidente da República, a quem serão presentes
limites fixados na sentença, em normas legais ou os autos do processo ou a certidão de qualquer de
regulamentares. suas peças, se ele o determinar.

Art. 186. Podem suscitar o incidente de ex- Art. 192. Concedido o indulto e anexada aos
cesso ou desvio de execução: autos cópia do decreto, o juiz declarará extinta a
pena ou ajustará a execução aos termos do de-
I - o Ministério Público; creto, no caso de comutação.
II - o Conselho Penitenciário;
Art. 193. Se o sentenciado for beneficiado
III - o sentenciado; por indulto coletivo, o juiz, de ofício, a requerimento
IV - qualquer dos demais órgãos da execução do interessado, do Ministério Público, ou por inicia-
penal. tiva do Conselho Penitenciário ou da autoridade ad-
ministrativa, providenciará de acordo com o dis-
posto no artigo anterior.

30
TÍTULO VIII Art. 201. Na falta de estabelecimento ade-
DO PROCEDIMENTO JUDICIAL quado, o cumprimento da prisão civil e da prisão
administrativa se efetivará em seção especial da
Cadeia Pública.
Art. 194. O procedimento correspondente às
situações previstas nesta Lei será judicial, desen- Art. 202. Cumprida ou extinta a pena, não
volvendo-se perante o Juízo da Execução. constarão da folha corrida, atestados ou certidões
fornecidas por autoridade policial ou por auxiliares
Art. 195. O procedimento judicial iniciar-se-á da Justiça, qualquer notícia ou referência à conde-
de oficio, a requerimento do Ministério Público, do nação, salvo para instruir processo pela prática de
interessado, de quem o represente, de seu côn- nova infração penal ou outros casos expressos em
juge, parente ou descendente, mediante proposta lei.
do Conselho Penitenciário, ou, ainda, da autori-
dade administrativa. Art. 203. No prazo de seis meses, a contar
da publicação desta Lei, serão editadas as normas
Art. 196. A portaria ou petição será autuada complementares ou regulamentares necessárias à
ouvindo-se, em três dias, o condenado e o Ministé- eficácia dos dispositivos não auto-aplicáveis.
rio Público, quando não figurem como requerentes
§ 1º Dentro do mesmo prazo deverão as uni-
da medida.
dades federativas, em convênio com o Ministério
§ 1º Sendo desnecessária a produção de da Justiça, projetar a adaptação, construção e equi-
prova, o juiz decidirá de plano, em igual prazo. pamento de estabelecimentos e serviços penais
§ 2º Entendendo indispensável a realização de previstos nesta Lei.
prova pericial ou oral, o juiz a ordenará, decidindo § 2º Também, no mesmo prazo, deverá ser
após a produção daquela ou na audiência desig-
Max lima da providenciada
Silva a aquisição ou desapropriação de
nada. Joao Neto
prédios para instalação de casas de albergados.
limamaxxx357@gmail.com
bbiazinha39@gmail.com
Art. 197. Das decisões proferidas pelo
080.617.133-22
juiz § 3º O prazo a que se refere o caput deste ar-
caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo. tigo poderá ser ampliado, por ato do Conselho Na-
cional de Política Criminal e Penitenciária, medi-
ante justificada solicitação, instruída com os proje-
TÍTULO IX tos de reforma ou de construção de estabelecimen-
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS tos.
E TRANSITÓRIAS § 4º O descumprimento injustificado dos deve-
res estabelecidos para as unidades federativas im-
plicará na suspensão de qualquer ajuda financeira
Art. 198. É defesa ao integrante dos órgãos
a elas destinada pela União, para atender às des-
da execução penal, e ao servidor, a divulgação de pesas de execução das penas e medidas de segu-
ocorrência que perturbe a segurança e a disciplina rança.
dos estabelecimentos, bem como exponha o preso
a inconveniente notoriedade, durante o cumpri- Art. 204. Esta Lei entra em vigor concomitan-
mento da pena. temente com a lei de reforma da Parte Geral do Có-
digo Penal, revogadas as disposições em contrário,
Art. 199. O emprego de algemas será disci-
especialmente a Lei nº 3.274, de 2 de outubro de
plinado por decreto federal. 1957.
Art. 200. O condenado por crime político não
está obrigado ao trabalho.

31
Art. 58. O isolamento, a suspensão e a res-
trição de direitos não poderão exceder a trinta dias,
ressalvada a hipótese do regime disciplinar diferen-
SÚMULA 40 : Para obtenção dos benefícios de sa- ciado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
ída temporária e trabalho externo, considera-se o
tempo de cumprimento da pena no regime fechado. SÚMULA 611: Transitada em julgado a sentença
condenatória, compete ao juízo das execuções a
SÚMULA 192: Compete ao juízo das execuções aplicação de lei mais benígna.
penais do estado a execução das penas impostas
a sentenciados pela justiça federal, militar ou elei- SÚMULA 715 : A pena unificada para atender ao
toral, quando recolhidos a estabelecimentos sujei- limite de trinta anos de cumprimento, determinado
tos a administração estadual. pelo art. 75 do código penal, não é considerada
para a concessão de outros benefícios, como o li-
SÚMULA 341: A frequência a curso de ensino for- vramento condicional ou regime mais favorável de
mal é causa de remição de parte do tempo de exe- execução.
cução de pena sob regime fechado ou semi-
aberto. STJ: Súmula 491 - É inadmissível a chamada pro-
gressão per saltum de regime prisional.
Súmula 439: Admite-se o exame criminológico pe-
las peculiaridades do caso, desde que em decisão STF: A prática de falta grave pode resultar, obser-
motivada. vado o contraditório e a ampla defesa, em regres-
são de regime. A prática de ‘fato definido como
SÚMULA 441: A falta grave não interrompe o prazo crime doloso, para fins de aplicação da sanção ad-
para obtenção de livramento condicional. ministrativa da regressão, não depende de trânsito
Max lima da
emSilva
julgado da ação penal respectiva. A natureza
SÚMULA 471: Os condenados por crimes hedion- Joao Neto
limamaxxx357@gmail.com
jurídica da regressão de regime lastreada nas hipó-
dos ou assemelhados cometidos antes dabbiazinha39@gmail.com
vigência
080.617.133-22
teses do art. 118, I,da Lei de Execuções Penais é
da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no
sancionatória, enquanto aquela baseada no inciso
art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Pe-
II tem por escopo a correta individualização da
nal) para a progressão de regime prisional.
pena. A regressão aplicada sob o fundamento do
art. 118, I, segunda parte, não ofende ao princípio
Art. 112. A pena privativa de liberdade será
da presunção de inocência ou ao vetor estrutural
executada em forma progressiva com a transferên-
da dignidade da pessoa humana. (HC
cia para regime menos rigoroso, a ser determinada
93782/2008.)
pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos
um sexto da pena no regime anterior e ostentar STJ: É lícito ao Juiz estabelecer condições especi-
bom comportamento carcerário, comprovado pelo ais para a concessão do regime aberto, em com-
diretor do estabelecimento, respeitadas as normas plementação daquelas previstas no art. 115, da
que vedam a progressão. (Redação dada pela Lei LEP, mas não poderá adotar a esse título nenhum
nº 10.792, de 2003) efeito já classificado como pena substitutiva (art. 44
do CPB), porque aí ocorreria o indesejável bis in
SÚMULA VINCUNLANTE 9: O disposto no artigo
idem, importando na aplicação de dúplice sanção.
127 da Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução Penal)
REsp. 1.107.314/PR e HC 212.692/SP
foi recebido pela ordem constitucional vigente, e
não se lhe aplica o limite temporal previsto no caput STF: Não se admite a remição pelo trabalho no re-
do artigo 58. gime aberto. A razão estaria no art. 36, parágrafo
1º, do CP, que aduz ser necessário que o apenado
Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz po- que cumpre pena em regime aberto trabalhe, fre-
derá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, quente curso ou exerça outra atividade autorizada.
observado o disposto no art. 57, recomeçando a Nessa linha, a realização de atividade laboral
contagem a partir da data da infração discipli- nesse regime de cumprimento de pena não seja,
nar. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011) como nos demais estímulo para que o condenado,

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trabalhando, tivesse direito à remição da pena, na STF: Súmula 716 - Admite-se a progressão de re-
medida em que, nesse regime, o labor não seria gime de cumprimento da pena ou a aplicação ime-
senão pressuposto da nova condição de cumpri- diata de regime menos severo nela determinada,
mento de pena. (HC 98261/RS). antes do trânsito em julgado da sentença condena-
tória.
STJ: Súmula 639 : Não fere o contraditório e o
devido processo decisão que, sem ouvida prévia da STF: Súmula vinculante 26 - Para efeito de pro-
defesa, determine transferência ou permanência gressão de regime no cumprimento de pena por
de custodiado em estabelecimento penitenciário fe- crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execu-
deral. ção observará a inconstitucionalidade do art. 2º da
Lei 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de
STJ: Súmula 617 - A ausência de suspensão ou avaliar se o condenado preenche, ou não, os requi-
revogação do livramento condicional antes do tér- sitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo
mino do período de prova enseja a extinção da pu- determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a
nibilidade pelo integral cumprimento da pena. realização de exame criminológico.

STJ: Súmula 441 - A falta grave não interrompe o STF: Súmula 715 - A pena unificada para atender
prazo para obtenção do livramento condicional. ao limite de trinta anos de cumprimento, determi-
nado pelo art. 75 do Código Penal, não é conside-
STJ: Súmula 439 - Admite-se o exame criminoló-
rada para a concessão de outros benefícios, como
gico pelas peculiaridades do caso, desde que em
o livramento condicional ou regime mais favorável
decisão motivada.
de execução.
STF: Súmula 700 - É de cinco dias o prazo para
STF: Súmula vinculante 9 - O disposto no artigo
interposição de agravo contra decisão doMax
juiz lima
da da Silva
127 da Lei 7.210/84 foi recebido pela ordem cons-
execução penal. Joao Neto
limamaxxx357@gmail.com
titucional vigente e não se lhe aplica o limite tempo-
bbiazinha39@gmail.com
080.617.133-22
STF: Súmula vinculante 56 - A falta de estabele- ral previsto no caput do artigo 58.
cimento penal adequado não autoriza a manuten-
STJ: Súmula 535 - A prática de falta grave não
ção do condenado em regime prisional mais gra-
interrompe o prazo para fim de comutação de pena
voso, devendo-se observar, nesta hipótese, os pa-
ou indulto.
râmetros fixados no Recurso Extraordinário (RE)
641320. STJ: Súmula 534 - A prática de falta grave inter-
rompe a contagem do prazo para a progressão de
STJ: Súmula 493 - É inadmissível a fixação de
regime de cumprimento de pena, o qual se reinicia
pena substitutiva (art. 44 do CP) como condição es-
a partir do cometimento dessa infração.
pecial ao regime aberto.
STJ: Súmula 526 - O reconhecimento de falta
STJ: Súmula 491 - É inadmissível a chamada pro-
grave decorrente do cometimento de fato definido
gressão per saltum de regime prisional.
como crime doloso no cumprimento da pena pres-
STJ: Súmula 562 - É possível a remição de parte cinde do trânsito em julgado de sentença penal
do tempo de execução da pena quando o conde- condenatória no processo penal instaurado para
nado, em regime fechado ou semiaberto, desem- apuração do fato.
penha atividade laborativa, ainda que extramuros.
STJ: Súmula 533 - Para o reconhecimento da prá-
STF: Súmula 717 - Não impede a progressão de tica de falta disciplinar no âmbito da execução pe-
regime de execução da pena, fixada em sentença nal, é imprescindível a instauração de procedi-
não transitada em julgado, o fato de o réu se en- mento administrativo pelo diretor do estabeleci-
contrar em prisão especial. mento prisional, assegurado o direito de defesa, a
ser realizado por advogado constituído ou defensor
público nomeado.

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STJ: Súmula 341- A frequência a curso de ensino
formal é causa de remição de parte do tempo de
execução de pena sob regime fechado ou semia-
berto

STJ: Súmula 40 - Para obtenção dos benefícios de


saída temporária e trabalho externo, considera-se
o tempo de cumprimento da pena no regime fe-
chado

STJ: Súmula 520 - O benefício de saída tempo-


rária no âmbito da execução penal é ato jurisdicio-
nal insuscetível de delegação à autoridade admi-
nistrativa do estabelecimento prisional.

STJ: Súmula 471- Os condenados por crimes he-


diondos ou assemelhados cometidos antes da vi-
gência da Lei nº 11.464/2007 sujeitam-se ao dis-
posto no artigo 112 da Lei 7.210/1984 (Lei de Exe-
cução Penal) para a progressão de regime prisio-
nal.

STJ: Súmula 192- Compete ao juízo das execu-


ções penais do Estado a execução das penas im-
postas a sentenciados pela Justiça Federal, Militar
Max lima da Silva
Joao Neto
ou Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos
limamaxxx357@gmail.com
sujeitos à administração estadual. bbiazinha39@gmail.com
080.617.133-22

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