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CAPÍTULO II § 1 As Unidades da Federação deverão prestar
Da Assistência auxílio estrutural, pessoal e material à Defensoria
Pública, no exercício de suas funções, dentro e fora
dos estabelecimentos penais.
SEÇÃO I o
§ 2 Em todos os estabelecimentos penais,
Disposições Gerais
haverá local apropriado destinado ao atendimento pelo
Defensor Público.
Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é o
§ 3 Fora dos estabelecimentos penais, serão
dever do Estado, objetivando prevenir o crime e implementados Núcleos Especializados da Defensoria
orientar o retorno à convivência em sociedade. Pública para a prestação de assistência jurídica integral
Parágrafo único. A assistência estende-se ao e gratuita aos réus, sentenciados em liberdade,
egresso. egressos e seus familiares, sem recursos financeiros
para constituir advogado.
Art. 11. A assistência será:
I - material;
II - à saúde;
III -jurídica;
IV - educacional; SEÇÃO V
V - social; Da Assistência Educacional
VI - religiosa.
Art. 17. A assistência educacional
compreenderá a instrução escolar e a formação
SEÇÃO II
profissional do preso e do internado.
Da Assistência Material
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório,
Art. 12. A assistência material ao preso e ao integrando-se no sistema escolar da Unidade
internado consistirá no fornecimento de alimentação, Federativa.
vestuário e instalações higiênicas.
Art. 18-A. O ensino médio, regular ou
Art. 13. O estabelecimento disporá de supletivo, com formação geral ou educação
instalações e serviços que atendam aos presos nas suas profissional de nível médio, será implantado nos
necessidades pessoais, além de locais destinados à presídios, em obediência ao preceito constitucional de
venda de produtos e objetos permitidos e não sua universalização.
fornecidos pela Administração. o
§ 1 O ensino ministrado aos presos e presas
integrar-se-á ao sistema estadual e municipal de ensino
SEÇÃO III e será mantido, administrativa e financeiramente, com
Da Assistência à Saúde o apoio da União, não só com os recursos destinados à
educação, mas pelo sistema estadual de justiça ou
Art. 14. A assistência à saúde do preso e do administração penitenciária.
internado de caráter preventivo e curativo, o
§ 2 Os sistemas de ensino oferecerão aos
compreenderá atendimento médico, farmacêutico e presos e às presas cursos supletivos de educação de
odontológico. jovens e adultos.
§ 1º (Vetado). o
§ 3 A União, os Estados, os Municípios e o
§ 2º Quando o estabelecimento penal não Distrito Federal incluirão em seus programas de
estiver aparelhado para prover a assistência médica educação à distância e de utilização de novas
necessária, esta será prestada em outro local, mediante tecnologias de ensino, o atendimento aos presos e às
autorização da direção do estabelecimento. presas.
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§ 3 Será assegurado acompanhamento médico
à mulher, principalmente no pré-natal e no pós-parto, Art. 19. O ensino profissional será ministrado
extensivo ao recém-nascido. em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico.
§ 4º Será assegurado tratamento humanitário à Parágrafo único. A mulher condenada terá
mulher grávida durante os atos médico-hospitalares ensino profissional adequado à sua condição.
preparatórios para a realização do parto e durante o
trabalho de parto, bem como à mulher no período de Art. 20. As atividades educacionais podem ser
puerpério, cabendo ao poder público promover a objeto de convênio com entidades públicas ou
assistência integral à sua saúde e à do recém- particulares, que instalem escolas ou ofereçam cursos
nascido. (2022) especializados.
Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos Art. 33. A jornada normal de trabalho não será
desta Lei: inferior a 6 (seis) nem superior a 8 (oito) horas, com
I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) descanso nos domingos e feriados.
ano a contar da saída do estabelecimento; Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário
II - o liberado condicional, durante o período de especial de trabalho aos presos designados para os
prova.
DELTA ALAGOANA
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce de sua colaboração com a disciplina e de sua
liderança em organização criminosa, associação dedicação ao trabalho.
criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação
criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da Federação, o Art. 56. São recompensas:
regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente I - o elogio;
cumprido em estabelecimento prisional II - a concessão de regalias.
federal. (2019) Parágrafo único. A legislação local e os
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regulamentos estabelecerão a natureza e a forma de
regime disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado concessão de regalias.
sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo
indícios de que o preso: (2019) SUBSEÇÃO IV
I - continua apresentando alto risco para a Da Aplicação das Sanções
ordem e a segurança do estabelecimento penal de
origem ou da sociedade; (2019) Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares,
II - mantém os vínculos com organização levar-se-ão em conta a natureza, os motivos, as
criminosa, associação criminosa ou milícia privada, circunstâncias e as consequências do fato, bem como a
considerados também o perfil criminal e a função pessoa do faltoso e seu tempo de prisão.
desempenhada por ele no grupo criminoso, a operação Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se
duradoura do grupo, a superveniência de novos as sanções previstas nos incisos III a V do art. 53 desta
processos criminais e os resultados do tratamento Lei.
penitenciário. (2019)
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição
regime disciplinar diferenciado deverá contar com alta de direitos não poderão exceder a 30 dias, ressalvada a
segurança interna e externa, principalmente no que diz hipótese do regime disciplinar diferenciado.
respeito à necessidade de se evitar contato do preso Parágrafo único. O isolamento será sempre
com membros de sua organização criminosa, comunicado ao Juiz da execução.
associação criminosa ou milícia privada, ou de grupos
rivais. (2019)
SUBSEÇÃO V
§ 6º A visita de que trata o inciso III
Do Procedimento Disciplinar
do caput deste artigo será gravada em sistema de áudio
ou de áudio e vídeo e, com autorização judicial,
fiscalizada por agente penitenciário. (2019) Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser
§ 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime instaurado o procedimento para sua apuração,
disciplinar diferenciado, o preso que não receber a conforme regulamento, assegurado o direito de defesa.
visita de que trata o inciso III do caput deste artigo Parágrafo único. A decisão será motivada.
poderá, após prévio agendamento, ter contato
telefônico, que será gravado, com uma pessoa da Art. 60. A autoridade administrativa poderá
família, 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez) minutos. decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo
(2019) de até 10 dias. A inclusão do preso no regime
disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da
averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz
SUBSEÇÃO III competente.
Das Sanções e das Recompensas Parágrafo único. O tempo de isolamento ou
inclusão preventiva no regime disciplinar diferenciado
Art. 53. Constituem sanções disciplinares: será computado no período de cumprimento da sanção
I - advertência verbal; disciplinar.
II - repreensão;
III - suspensão ou restrição de direitos (artigo
TÍTULO III
41, parágrafo único);
Dos Órgãos da Execução Penal
IV - isolamento na própria cela, ou em local
adequado, nos estabelecimentos que possuam
alojamento coletivo, observado o disposto no artigo 88 CAPÍTULO I
desta Lei. Disposições Gerais
V - inclusão no regime disciplinar diferenciado.
Art. 61. São órgãos da execução penal:
Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 I - o Conselho Nacional de Política Criminal e
serão aplicadas por ato motivado do diretor do Penitenciária;
estabelecimento e a do inciso V, por prévio e II - o Juízo da Execução;
fundamentado despacho do juiz competente. III - o Ministério Público;
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§ 1 A autorização para a inclusão do preso em IV - o Conselho Penitenciário;
regime disciplinar dependerá de requerimento V - os Departamentos Penitenciários;
circunstanciado elaborado pelo diretor do VI - o Patronato;
estabelecimento ou outra autoridade administrativa. VII - o Conselho da Comunidade.
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§ 2 A decisão judicial sobre inclusão de preso VIII - a Defensoria Pública.
em regime disciplinar será precedida de manifestação
do Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo
máximo de quinze dias.
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instrumentais ou complementares desenvolvidas em § 1 A União Federal poderá construir
estabelecimentos penais, e notadamente: estabelecimento penal em local distante da condenação
I - serviços de conservação, limpeza, para recolher os condenados, quando a medida se
informática, copeiragem, portaria, recepção, justifique no interesse da segurança pública ou do
reprografia, telecomunicações, lavanderia e próprio condenado.
manutenção de prédios, instalações e equipamentos § 2° Conforme a natureza do estabelecimento,
internos e externos; nele poderão trabalhar os liberados ou egressos que se
II - serviços relacionados à execução de dediquem a obras públicas ou ao aproveitamento de
trabalho pelo preso. terras ociosas.
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§ 1 A execução indireta será realizada sob § 3 Caberá ao juiz competente, a requerimento
supervisão e fiscalização do poder público. da autoridade administrativa definir o estabelecimento
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§ 2 Os serviços relacionados neste artigo prisional adequado para abrigar o preso provisório ou
poderão compreender o fornecimento de materiais, condenado, em atenção ao regime e aos requisitos
equipamentos, máquinas e profissionais. estabelecidos.
médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou Art. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificará
ainda de requalificação profissional - divididas, no as condições a que fica subordinado o livramento.
mínimo, em 3 (três) dias; § 1º Serão sempre impostas ao liberado
II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de condicional as obrigações seguintes:
trabalho. a) obter ocupação lícita, dentro de prazo
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§ 2 As atividades de estudo a que se refere o § razoável se for apto para o trabalho;
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1 deste artigo poderão ser desenvolvidas de forma b) comunicar periodicamente ao Juiz sua
presencial ou por metodologia de ensino a distância e ocupação;
deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais c) não mudar do território da comarca do Juízo
competentes dos cursos frequentados. da execução, sem prévia autorização deste.
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§ 3 Para fins de cumulação dos casos de § 2° Poderão ainda ser impostas ao liberado
remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão condicional, entre outras obrigações, as seguintes:
definidas de forma a se compatibilizarem. a) não mudar de residência sem comunicação
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§ 4 O preso impossibilitado, por acidente, de ao Juiz e à autoridade incumbida da observação
prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a cautelar e de proteção;
beneficiar-se com a remição. b) recolher-se à habitação em hora fixada;
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§ 5 O tempo a remir em função das horas de c) não frequentar determinados lugares.
estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de d) (VETADO)
conclusão do ensino fundamental, médio ou superior
durante o cumprimento da pena, desde que certificada Art. 133. Se for permitido ao liberado residir
pelo órgão competente do sistema de educação. fora da comarca do Juízo da execução, remeter-se-á
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§ 6 O condenado que cumpre pena em regime cópia da sentença do livramento ao Juízo do lugar para
aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade onde ele se houver transferido e à autoridade
condicional poderão remir, pela frequência a curso de incumbida da observação cautelar e de proteção.
ensino regular ou de educação profissional, parte do
tempo de execução da pena ou do período de prova, Art. 134. O liberado será advertido da
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observado o disposto no inciso I do § 1 deste artigo. obrigação de apresentar-se imediatamente às
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§ 7 O disposto neste artigo aplica-se às autoridades referidas no artigo anterior.
hipóteses de prisão cautelar.
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§ 8 A remição será declarada pelo juiz da Art. 135. Reformada a sentença denegatória do
execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa. livramento, os autos baixarão ao Juízo da execução,
para as providências cabíveis.
Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá
revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado Art. 136. Concedido o benefício, será expedida
o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir a carta de livramento com a cópia integral da sentença
da data da infração disciplinar. em 2 (duas) vias, remetendo-se uma à autoridade
administrativa incumbida da execução e outra ao
Art. 128. O tempo remido será computado Conselho Penitenciário.
como pena cumprida, para todos os efeitos.
STF: Não se admite a remição pelo trabalho no regime Art. 137. A cerimônia do livramento
aberto. condicional será realizada solenemente no dia marcado
pelo Presidente do Conselho Penitenciário, no
Art. 129. A autoridade administrativa estabelecimento onde está sendo cumprida a pena,
encaminhará mensalmente ao juízo da execução cópia observando-se o seguinte:
do registro de todos os condenados que estejam I - a sentença será lida ao liberando, na
trabalhando ou estudando, com informação dos dias de presença dos demais condenados, pelo Presidente do
trabalho ou das horas de frequência escolar ou de Conselho Penitenciário ou membro por ele designado,
atividades de ensino de cada um deles. ou, na falta, pelo Juiz;
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§ 1 O condenado autorizado a estudar fora do II - a autoridade administrativa chamará a
estabelecimento penal deverá comprovar atenção do liberando para as condições impostas na
mensalmente, por meio de declaração da respectiva sentença de livramento;
unidade de ensino, a frequência e o aproveitamento III - o liberando declarará se aceita as
escolar. condições.
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§ 2 Ao condenado dar-se-á a relação de seus § 1º De tudo em livro próprio, será lavrado
dias remidos. termo subscrito por quem presidir a cerimônia e pelo
liberando, ou alguém a seu rogo, se não souber ou não
Art. 130. Constitui o crime do artigo 299 do puder escrever.
Código Penal declarar ou atestar falsamente prestação § 2º Cópia desse termo deverá ser remetida ao
de serviço para fim de instruir pedido de remição. Juiz da execução.
Art. 159. Quando a suspensão condicional da Art. 168. O Juiz poderá determinar que a
pena for concedida por Tribunal, a este caberá cobrança da multa se efetue mediante desconto no
estabelecer as condições do benefício. vencimento ou salário do condenado, nas hipóteses
§ 1º De igual modo proceder-se-á quando o do artigo 50, § 1º, do Código Penal, observando-se o
Tribunal modificar as condições estabelecidas na seguinte:
sentença recorrida. I - o limite máximo do desconto mensal será o
§ 2º O Tribunal, ao conceder a suspensão da quarta parte da remuneração e o mínimo o de um
condicional da pena, poderá, todavia, conferir ao Juízo décimo;
da execução a incumbência de estabelecer as II - o desconto será feito mediante ordem do
condições do benefício, e, em qualquer caso, a de Juiz a quem de direito;
realizar a audiência admonitória. III - o responsável pelo desconto será intimado
a recolher mensalmente, até o dia fixado pelo Juiz, a
Art. 160. Transitada em julgado a sentença importância determinada.
condenatória, o Juiz a lerá ao condenado, em
audiência, advertindo-o das consequências de nova Art. 169. Até o término do prazo a que se refere
infração penal e do descumprimento das condições o artigo 164 desta Lei, poderá o condenado requerer ao
impostas. Juiz o pagamento da multa em prestações mensais,
iguais e sucessivas.
Art. 161. Se, intimado pessoalmente ou por § 1° O Juiz, antes de decidir, poderá determinar
edital com prazo de 20 (vinte) dias, o réu não diligências para verificar a real situação econômica do
comparecer injustificadamente à audiência condenado e, ouvido o Ministério Público, fixará o
admonitória, a suspensão ficará sem efeito e será número de prestações.
executada imediatamente a pena. § 2º Se o condenado for impontual ou se
Art. 162. A revogação da suspensão melhorar de situação econômica, o Juiz, de ofício ou a
condicional da pena e a prorrogação do período de requerimento do Ministério Público, revogará o
prova dar-se-ão na forma do artigo 81 e respectivos benefício executando-se a multa, na forma prevista
parágrafos do Código Penal. neste Capítulo, ou prosseguindo-se na execução já
iniciada.
Art. 163. A sentença condenatória será
registrada, com a nota de suspensão em livro especial Art. 170. Quando a pena de multa for aplicada
do Juízo a que couber a execução da pena. cumulativamente com pena privativa da liberdade,
§ 1º Revogada a suspensão ou extinta a pena, enquanto esta estiver sendo executada, poderá aquela
será o fato averbado à margem do registro. ser cobrada mediante desconto na remuneração do
§ 2º O registro e a averbação serão sigilosos, condenado (artigo 168).
salvo para efeito de informações requisitadas por § 1º Se o condenado cumprir a pena privativa
órgão judiciário ou pelo Ministério Público, para de liberdade ou obtiver livramento condicional, sem
instruir processo penal. haver resgatado a multa, far-se-á a cobrança nos
termos deste Capítulo.
§ 2º Aplicar-se-á o disposto no parágrafo
CAPÍTULO IV anterior aos casos em que for concedida a suspensão
Da Pena de Multa condicional da pena.
Art. 177. Nos exames sucessivos para verificar- Art. 184. O tratamento ambulatorial poderá ser
se a cessação da periculosidade, observar-se-á, no que convertido em internação se o agente revelar
lhes for aplicável, o disposto no artigo anterior. incompatibilidade com a medida.
Parágrafo único. Nesta hipótese, o prazo
Art. 178. Nas hipóteses de desinternação ou de mínimo de internação será de 1 (um) ano.
liberação (artigo 97, § 3º, do Código Penal), aplicar-
se-á o disposto nos artigos 132 e 133 desta Lei. CAPÍTULO II
Do Excesso ou Desvio
Art. 179. Transitada em julgado a sentença, o
Juiz expedirá ordem para a desinternação ou a
Art. 185. Haverá excesso ou desvio de
liberação.
execução sempre que algum ato for praticado além dos
limites fixados na sentença, em normas legais ou
regulamentares.
Art. 191. Processada no Ministério da Justiça Art. 202. Cumprida ou extinta a pena, não
com documentos e o relatório do Conselho constarão da folha corrida, atestados ou certidões
Penitenciário, a petição será submetida a despacho do fornecidas por autoridade policial ou por auxiliares da
Presidente da República, a quem serão presentes os Justiça, qualquer notícia ou referência à condenação,
autos do processo ou a certidão de qualquer de suas salvo para instruir processo pela prática de nova
peças, se ele o determinar. infração penal ou outros casos expressos em lei.
Art. 192. Concedido o indulto e anexada aos Art. 203. No prazo de 6 (seis) meses, a contar
autos cópia do decreto, o Juiz declarará extinta a pena da publicação desta Lei, serão editadas as normas
ou ajustará a execução aos termos do decreto, no caso complementares ou regulamentares, necessárias à
de comutação. eficácia dos dispositivos não autoaplicáveis.
§ 1º Dentro do mesmo prazo deverão as
Art. 193. Se o sentenciado for beneficiado por Unidades Federativas, em convênio com o Ministério
indulto coletivo, o Juiz, de ofício, a requerimento do da Justiça, projetar a adaptação, construção e
interessado, do Ministério Público, ou por iniciativa do equipamento de estabelecimentos e serviços penais
Conselho Penitenciário ou da autoridade previstos nesta Lei.
administrativa, providenciará de acordo com o § 2º Também, no mesmo prazo, deverá ser
disposto no artigo anterior. providenciada a aquisição ou desapropriação de
prédios para instalação de casas de albergados.
§ 3º O prazo a que se refere o caput deste artigo
TÍTULO VIII poderá ser ampliado, por ato do Conselho Nacional de
Do Procedimento Judicial Política Criminal e Penitenciária, mediante justificada
solicitação, instruída com os projetos de reforma ou de
Art. 194. O procedimento correspondente às construção de estabelecimentos.
situações previstas nesta Lei será judicial, § 4º O descumprimento injustificado dos
desenvolvendo-se perante o Juízo da execução. deveres estabelecidos para as Unidades Federativas
implicará na suspensão de qualquer ajuda financeira a
Art. 195. O procedimento judicial iniciar-se-á elas destinada pela União, para atender às despesas de
de ofício, a requerimento do Ministério Público, do execução das penas e medidas de segurança.
interessado, de quem o represente, de seu cônjuge,
parente ou descendente, mediante proposta do Art. 204. Esta Lei entra em vigor
Conselho Penitenciário, ou, ainda, da autoridade concomitantemente com a lei de reforma da Parte
administrativa. Geral do Código Penal, revogadas as disposições em
contrário, especialmente a Lei nº 3.274, de 2 de
outubro de 1957.