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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MJ - POLÍCIA FEDERAL

BRASÍLIA-DF, QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016


BOLETIM DE SERVIÇO No. 118

1a. PARTE
ATOS DO DIRETOR-GERAL

SEM ALTERAÇÃO

2a. PARTE
ASSUNTOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO

DA DIRETORIA TÉCNICO-CIENTÍFICA

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 29/2016-DITEC/PF, DE 16 DE JUNHO DE 2016.

Dispõe sobre a padronização de procedimentos de


coleta, identificação, preservação e envio de material
biológico para exames de genética forense.

O DIRETOR TÉCNICO-CIENTÍFICO DA POLÍCIA FEDERAL, no uso das atribuições


que lhe conferem o art. 41, inciso VI, do Regimento Interno da Polícia Federal, aprovado pela Portaria
nº 490, de 25 de abril de 2016, do Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Justiça, publicada na
Seção 1 do DOU nº 80, de 28 de abril de 2016,

Considerando o disposto na Lei nº 12.037/2009 que dispõe sobre a identificação criminal


do civilmente identificado;

Considerando a Lei nº 12.654/2012, que prevê a coleta de perfil genético como forma de
identificação criminal; e

Considerando o Decreto nº 7.950/2013, que institui o Banco Nacional de Perfis Genéticos


e a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos.

Resolve:

Art. 1º Expedir a presente Instrução Técnica - IT, com a finalidade de padronizar e


disciplinar os procedimentos de coleta, identificação, preservação e envio de vestígios e amostras
biológicas para exames de genética forense no âmbito da Polícia Federal.
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CAPÍTULO I
DA ABRANGÊNCIA

Art. 2 Os materiais biológicos compreendidos na aplicação desta IT são:

I - os vestígios biológicos coletados em local de crime;

II - as amostras de referência para fins de identificação genética previstas no Parágrafo único


do art. 5º da Lei nº 12.037/2009, no art.9º-A da Lei nº 7.210/1984 ou em outras determinações legais;

III - as amostras de referência para identificação de pessoas desaparecidas;

IV - as amostras de referência doadas voluntariamente para confronto com vestígios de


local de crime; e

V - as amostras de referência de cadáver previamente identificado.

Art. 3 Os vestígios biológicos coletados em locais de crime, além de integrarem a prova


material nos respectivos inquéritos policiais, têm por objetivo compor o Banco Federal de Perfis
Genéticos (BFPG).

§1 Tais vestígios devem ser processados por laboratório oficial de genética forense da
Polícia Federal.

§2º São considerados laboratórios oficiais de genética forense no âmbito da Polícia Federal
os seguintes:

I - laboratório de genética forense do INC/DITEC/DPF;

II - laboratório de genética forense do SETEC/SR/DPF/RS.

Art. 4 Vestígios biológicos coletados em local de crime são aqueles exclusivamente


coletados por perito criminal federal durante exame pericial de local de crime e devidamente processados
e registrados conforme as normas desta IT.

§1º Materiais entregues ou encaminhados aos peritos criminais federais por terceiros,
mesmo que durante exame de local de crime, não constituem vestígios biológicos coletados em local de
crime para os fins desta IT.

§2 Quando o vestígio biológico for coletado por perito criminal, as condições de coleta,
envio e conservação devem ser compatíveis com o disposto nesta IT para que se proceda aos exames e à
possível inserção do perfil genético no BFPG.

Art. 5 Os apêndices desta IT estão disponíveis no endereço da BDCRIM


https://bdcrim.dpf.gov.br/dspace/handle/2011/10249
Parágrafo único. A terminologia e definições adotadas nos procedimentos normalizados
nesta IT estão descritas no Apêndice I.
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CAPÍTULO II
DA COLETA DE MATERIAL BIOLÓGICO EM LOCAL DE CRIME

Art. 6º No Apêndice II desta IT se encontra a Lista de Materiais Necessários para Coleta,


denominada LMNC.DNA.

Parágrafo único. O material empregado na coleta, preservação e envio de vestígios


biológicos deve ser estéril e/ou novo na forma do Apêndice II.

Seção I
Dos Procedimentos Iniciais

Art. 7º A coleta de vestígios biológicos em local de crime deve ser realizada utilizando os
preceitos da IT no 20/2013-DITEC/DPF, equipamentos e materiais de coleta constantes no Apêndice II.

Art. 8º Ao ter acesso ao local de crime, o perito criminal federal supervisor deve observar
o estado de preservação do local a ser periciado, registrando, obrigatoriamente, esta informação no
Formulário de Coleta de Amostras Biológicas (Apêndice III- FCAB.DNA).

§1º Ao ter acesso ao local de crime, o perito criminal federal, utilizando os equipamentos
de proteção individual adequados, deve realizar o reconhecimento a fim de identificar os pontos prováveis
de localização de materiais biológicos pertinentes ao caso.

§2º Após ter identificado a dinâmica do evento, o perito criminal federal deve tomar as
providências para a coleta e preservação dos vestígios presentes no local.

§3º Quando existir sistema de filmagem de segurança no local periciado, ou nas adjacências, o
perito criminal federal supervisor pode solicitar essas gravações para direcionar a coleta de vestígios.

§4º Cabe ao perito criminal federal supervisor definir a necessidade de exames adicionais
nos vestígios identificados.

Art. 9º O perito criminal federal deve observar a necessidade de coleta de amostras de


exclusão de quaisquer pessoas sabidamente não relacionadas ao delito e que possam ter eventualmente
deixado material biológico no local do crime.

Parágrafo único. No caso de amostra de exclusão, deve ser preenchido, para cada pessoa
identificada, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Confronto com Vestígios Criminais
(Apêndice IV - TCLE-CVC), devendo constar, na identificação dessa amostra e no termo, que se trata de
amostra de exclusão.

Seção II
Dos Procedimentos de Coleta em Local de Crime

Art. 10. A coleta de material biológico deve ser feita sempre com o uso de luvas novas e
descartáveis, que devem ser trocadas sempre que houver a manipulação direta de um vestígio.

§1º O uso de outros EPIs deve ser avaliado pelo perito criminal federal supervisor do
exame de local, observando as necessidades de proteção das pessoas e dos vestígios.
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§2º Todos que, autorizados pelo perito criminal federal supervisor, tiverem acesso ao local
durante a realização dos exames devem usar os EPIs adequados previamente determinados.

Art. 11. A coleta dos vestígios biológicos deve ser feita individualmente, de modo que
cada vestígio deve ser fotografado, coletado, identificado e armazenado em embalagem própria antes da
coleta do próximo vestígio, a fim de se evitar contaminação cruzada entre amostras.

§1º Cada embalagem de vestígio deve possuir uma etiqueta que o identifique devidamente.

§2º Para a devida identificação do vestígio, é obrigatório o número do Formulário de


Coleta de Amostras Biológicas (Apêndice III - FCAB.DNA), o item correspondente da tabela de vestígios
e o número do material no SISCRIM.

§3º Recomenda-se o uso da Etiqueta de Identificação de Vestígios Biológicos (Apêndice


V - EIV.DNA) que deve ser preenchida de forma a identificar unicamente o vestígio, relacionando o local
de crime e o respectivo item no FCAB.

§4º Sempre que for julgado pertinente, o perito criminal federal pode coletar uma amostra
controle da superfície onde não seja observada mancha de fluido biológico, para fins de identificação de
possíveis interferentes presentes no suporte, observando que tal amostra deve ser embalada
individualmente e devidamente identificada como “controle”.

§5 Durante a coleta, o perito criminal federal responsável pelo procedimento de coleta


deve se encarregar do preenchimento correto e preciso do referido FCAB.

§6º O FCAB é composto por uma folha impressa frente e verso com espaço para o registro
de coleta de até dez vestígios, devendo ser aberto um novo FCAB com nova numeração se for necessária
à coleta de mais vestígios.

§7º A numeração do FCAB deve ser sequencial e controlada pelo SISCRIM para cada
unidade de perícia criminal, sendo reiniciada a cada ano.

§8º A confecção do croqui no FCAB é opcional, podendo ser substituído por fotografias
e/ou outros dados pertinentes à identificação dos vestígios para o processamento das amostras por perito
criminal federal de laboratório oficial de genética forense da Polícia Federal.

§9º Após o preenchimento completo do FCAB, ele deve ser assinado pelo perito criminal
federal que realizou a coleta e uma cópia digital do FCAB deve ser anexada ao registro no SISCRIM.

Art. 12. A cadeia de custódia no Sistema Nacional de Criminalística é controlada pelo


SISCRIM em que devem ficar registrados o FCAB, o laudo de local de crime e demais documentos
relacionados à coleta de vestígios biológicos no local.

§1º O FCAB e/ou o laudo de local de crime dão início à cadeia de custódia dos vestígios
neles descritos.

§2º Os vestígios coletados no local de crime e encaminhados para exames genéticos devem
ser cadastrados no SISCRIM como materiais relacionados diretamente ao respectivo FCAB.
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§3º Cada vestígio biológico encaminhado para exame genético deve ser cadastrado no
SISCRIM com um registro de material único, evitando interpretações equivocadas dos itens
encaminhados para análise.

Art. 13. Quando possível, o suporte sobre o qual se encontra o material biológico deve ser
coletado e enviado na sua totalidade.

Parágrafo único. Quando o vestígio superar as dimensões ou peso permitidos pelo sistema
de envio, o perito criminal federal deve realizar amostragem utilizando a técnica de coleta mais adequada
para o material em questão, cadastrando essas amostras no FCAB como vestígios relacionados.

Art. 14. Vestígios identificados sobre o cadáver devem ser coletados durante o exame
perinecroscópico.

Parágrafo único. Nos casos de coleta de amostras realizada por médico ou odontólogo em
unidades de medicina legal ou em serviços hospitalares, respeitadas as regras das instituições, um perito
criminal federal deve acompanhar os procedimentos sempre que possível.

Art. 15. Nos casos de crimes sexuais, a coleta de sangue, sêmen ou fluidos biológicos em
partes íntimas de pessoas vivas ou mortas deve ser efetuada por perito criminal federal médico ou
odontólogo, nos casos de sua competência, utilizando materiais novos descartáveis ou descontaminados,
que devem lavrar o termo de coleta adequado, descrevendo o material coletado.

Parágrafo único. Quando a coleta for realizada por peritos médicos-legistas ou peritos
odonto-legistas, o procedimento e registros devem ser compatíveis com o disposto nesta IT para o
processamento do vestígio por laboratório oficial de genética forense da Polícia Federal.

Art. 16. No caso de eventos de identificação de vítimas de desastres (DVI), os


procedimentos devem seguir instrução própria.

CAPÍTULO III
DA COLETA DE AMOSTRAS DE REFERÊNCIA

Art. 17. As coletas de amostras de referência são divididas em quatro tipos:

I - amostras de referência para fins de identificação genética previstas no Parágrafo único


do art. 5o da Lei no 12.037/2009, no art.9o-A da Lei no 7.210/1984 ou em outras determinações legais;

II - amostras de referência para identificação de pessoas desaparecidas;

III - amostras de referência para confronto com vestígios de local de crime (voluntárias); e

IV - amostras de referência de cadáver previamente identificado.

Art. 18. As documentações exigidas para a coleta e suas implicações legais dependem do
objetivo da coleta.

Art. 19. A coleta do material biológico de referência deve ser realizada ou orientada por
perito criminal.
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Seção I
Amostras de Referência para Fins de Identificação Genética Prevista na Lei no 12.654/2012 ou
Outras Determinações Judiciais

Art. 20 A coleta compulsória de material biológico deve ser realizada com técnica
adequada e indolor.

Parágrafo único. Não devem ser utilizadas as técnicas de coleta de sangue.

Art. 21. A coleta compulsória de material biológico para fins de identificação criminal
deve ser realizada mediante despacho da autoridade judiciária, em conformidade com o disposto no inciso
IV do art. 3º da Lei nº 12.037/2009.

Art. 22. No caso de condenados no rol dos crimes previstos no art. 9o-A da Lei no
7.210/1984, exige-se para a realização da coleta compulsória do material biológico:

I - sentença condenatória;

II - guia de recolhimento do condenado; ou

III - manifestação expressa do Poder Judiciário determinando a coleta de material


biológico para fins de inserção no banco de perfis genéticos.

Art. 23. Antes da realização da coleta de material biológico, a pessoa a ser submetida ao
procedimento deve ser informada sobre sua fundamentação legal, na presença de pelo menos uma
testemunha, além do responsável pela coleta.

Art. 24. Devem constar do Termo de Coleta de Material Biológico para Identificação
Genética em Banco de Dados (Apêndice VI - TCMB - BD) os seguintes dados:

I - identificação única e inequívoca do formulário;

II - indicação se a coleta se refere a condenado ou identificado criminalmente ou a outro


tipo de decisão judicial que determine a coleta;

III - número do processo ou, se não houver, número do inquérito policial;

IV - dados da pessoa submetida à coleta:

a) nome da pessoa submetida à coleta;

b) número do documento de identidade;

c) CPF, se houver; e

d) impressão digital;

V - dados da testemunha:

a) nome;
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b) identificação funcional ou civil; e

c) assinatura.

VI - dados do responsável pela coleta:

a) nome;

b) identificação funcional; e

c) assinatura.

VII - local e data da coleta.

Art. 25. Em caso de recusa, o procedimento de coleta de material biológico não deve ser
realizado e o fato deve ser consignado em termo lavrado no momento da coleta, assinado pela testemunha
e pelo responsável pela coleta.

Parágrafo único. O responsável pela coleta deve comunicar a recusa à autoridade competente.

Art. 26. Após a coleta, devem ser encaminhados ao laboratório oficial de genética forense
da Polícia Federal responsável pelo exame a amostra coletada e registrada no SISCRIM, o Termo de
Coleta de Material Biológico para Identificação Genética em Banco de Dados (Apêndice VI - TCMB -
BD) preenchido e uma cópia dos documentos que fundamentaram a coleta.

Seção II
Amostras de Referência para Identificação de Pessoas Desparecidas

Art. 27. As amostras de referência para identificação de pessoas desaparecidas são


classificadas em dois tipos:

I - amostras de referência direta: amostras originadas da pessoa desaparecida, como, por


exemplo, biópsias, escovas de dentes e roupas íntimas; ou

II - amostras de referência indireta: amostras de parentes que guardam vínculo genético


com a pessoa desaparecida.

Art. 28. As amostras de referência direta devem ser recebidas mediante termo de
apresentação, apreensão ou equivalente, quando parentes das vítimas entregarem tais amostras.

Art. 29. Sempre que disponível, as amostras de referência direta devem ser acompanhadas
de referências indiretas, conforme preferência descrita no art. 30, a fim de confirmar o vínculo genético
da pessoa desaparecida.

Art. 30. As amostras de referências indiretas devem ser coletas de parentes biológicos de
pessoas desaparecidas conforme a seguinte ordem de preferência:

I - pai e mãe biológicos;


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II - filhos biológicos: neste caso, coletar amostras de todos os filhos biológicos e dos outros
respectivos genitores;

III - na ausência do pai, ele pode ser substituído pelos avós paternos, e na ausência da mãe,
ela pode ser substituída pelos avós maternos; ou

IV - na ausência de um dos ascendentes diretos, devem ser coletadas amostras dos irmãos.

Art. 31. A coleta de amostra de referência indireta é condicionada ao preenchimento


completo do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a Identificação de Pessoas Desaparecidas
(Apêndice VII - TCLE-IPD).

§1º O responsável pela coleta deve esclarecer ao doador da amostra (ou responsável legal)
a respeito das limitações legais da coleta desse tipo de amostra.

§2º O TCLE-IPD é composto por uma folha impressa frente e verso onde todos os campos
são de preenchimento obrigatório.

§3º A coleta de material biológico deve ser realizada por método indolor e adequado, de
preferência por meio de esfregaço da mucosa oral com suabe estéril.

§4º Após a coleta o termo deve ser registrado no SISCRIM como TCLE e uma cópia
digital deve ser anexada nesse sistema.

§5º A amostra coletada deve ser cadastrada como material relacionado ao respectivo
TCLE e ambos devem ser encaminhados ao laboratório oficial de genética forense da Polícia Federal com
a respectiva solicitação de exame.

Art. 32. É vedado o uso da amostra de referência coletada com o fim de identificação de
pessoas desaparecidas para confronto, mesmo que parcial, com amostras coletadas em locais de crime ou
de pessoas identificadas criminalmente.

Seção III
Amostras de Referência para Confronto com Vestígios de Local de Crime

Art. 33. O fornecimento de amostra de referência para confronto com vestígios coletados
em local de crime é de caráter voluntário e se limita ao confronto com amostras de natureza criminal.

Art. 34. A coleta deste tipo de amostra é condicionada ao preenchimento obrigatório de


todos os campos do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - Comparação com Vestígio Criminais
(Apêndice IV - TCLE-CVC).

§1º O responsável pela coleta deve esclarecer ao fornecedor da amostra ou responsável


legal a respeito das limitações legais da coleta desse tipo de amostra.

§2º O perfil genético obtido da amostra coletada por este termo não pode ser inserido no
BFPG, exceto quando aplicado o Art. 9o -A da Lei 7.210/1984 ou o parágrafo único do Art. 5o da Lei
12.037/2009.
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§3º A coleta de material biológico deve ser realizada por método indolor e adequado, de
preferência por meio de esfregaço da mucosa oral com suabe estéril.

§4º Após a coleta o termo deve ser registrado no SISCRIM como TCLE e uma cópia deve
ser anexada nesse sistema.

§5º A amostra coletada deve ser cadastrada como material relacionado ao respectivo
TCLE e ambos devem ser encaminhados ao laboratório oficial de genética forense da Polícia Federal com
a respectiva solicitação de exame.

Seção IV
Amostras de Referência de Cadáver Previamente Identificado

Art. 35. Quando a amostra de referência for obtida de um cadáver, ela deve ser coletada
após a confirmação formal de sua identidade, evitando a necessidade de futuras exumações.

§1º Nesse caso, a coleta deve ser feita preferencialmente de sangue por punção cardíaca.

§2º A coleta em cadáver por procedimento invasivo deve ser realizada por perito criminal
federal médico ou odontólogo, nos casos de sua competência, que lavrarão o termo de coleta adequado,
descrevendo o material coletado.

§3º Quando a coleta for realizada por peritos médicos-legistas ou peritos odonto-legistas,
os registros devem ser compatíveis com o disposto no parágrafo anterior para o processamento do
vestígio por laboratório oficial de genética forense da Polícia Federal.

Art. 36. A amostra coletada de cadáver não-identificado deve ser considerada um vestígio
biológico (restos mortais não-identificados), e não uma amostra de referência, devendo essa informação
constar em laudo de perícia criminal ou informação técnica.

CAPÍTULO IV
DO ENVIO DOS VESTÍGIOS BIOLÓGICOS E DA SOLICITAÇÃO DOS EXAMES

Art. 37. Os vestígios biológicos (questionados) e as amostras de referência (quando


houver) devem ser devidamente cadastrados e identificados individualmente no SISCRIM, sendo
encaminhados ao laboratório oficial de genética forense da Polícia Federal tão logo quanto possível.

§1º O FCAB deve ser cadastrado no SISCRIM e seus respectivos materiais devem estar
relacionados diretamente a ele.

§2º O FCAB (ou documento equivalente que registre a coleta do vestígio em local de
crime por perito criminal), a solicitação de exames e os respectivos termos de consentimento (quando for
o caso) são documentos obrigatórios para a execução dos exames genéticos.

§3º Nos casos de identificação genética de condenados ou de suspeitos, devem ser


encaminhados, além da solicitação de exame, do material e do termo de coleta, a cópia da decisão ou
ordem judicial.
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§4º Será aceita como solicitação de exame a cópia da requisição de perícia de local desde
que a mesma tenha sido emitida dentro do prazo de seis meses. Caso contrário, a solicitação de perícia
deverá ser específica para exames de genética forense.

Art. 38. As embalagens de envio devem ser lacradas de forma a preservar o seu conteúdo
e garantir a cadeia de custódia, sendo acondicionadas preferencialmente em envelopes de segurança,
conforme disposto na IS nº 15/2015-DITEC/DPF.

Art. 39. Os vestígios biológicos questionados devem ser enviados em embalagens distintas
das de amostras de referência.

Art. 40. Os vestígios biológicos secos devem ser armazenados individualmente em


embalagem de vestígio lacrada e identificada.

§1º As embalagens deste tipo de vestígio devem ser de papel para evitar a proliferação de
micro-organismos.

§2º Os suabes devem ser enviados em porta-suabes (tipo de embalagem primária),


conforme modelo disponível no Apêndice VIII (MPS.DNA), acondicionados individualmente em
embalagem de vestígio.

§3 Quando as embalagens de vestígios secos estiverem acondicionadas para envio em


embalagem de segurança tipo envelope plástico numerado com lacre, o saco deve ser perfurado, de forma
a evitar que a umidade se acumule, porém sem comprometer a segurança da embalagem.

Art. 41. Os vestígios biológicos refrigerados e congelados devem ser enviados em


embalagem adequada com tampa, vedada com fita adesiva e identificada externamente contendo data e
hora do fechamento da embalagem.

§1 Os vestígios biológicos refrigerados devem ser acondicionados em gelo reciclável


congelado em quantidade suficiente para manter a temperatura de refrigeração até o recebimento do
material no laboratório.

§2º Os vestígios biológicos congelados devem ser acondicionados em gelo seco (gás
carbônico no estado sólido) em quantidade suficiente para manter a temperatura de congelamento até o
recebimento do material no laboratório.

§3º Em caso de não ser possível enviar a amostra congelada preservada por meio de gelo
seco, a preservação pode ser feita com gelo reciclável, porém, nesse caso, o tempo máximo de transporte
não deve exceder vinte e quatro horas.

Art. 42. A unidade de perícia criminal deve observar que o intervalo de tempo para transporte de
vestígios biológicos congelados ou refrigerados, desde a saída do local de armazenamento até a chegada
ao laboratório oficial de genética forense da Polícia Federal, deve ser de, no máximo, quarenta e oito
horas, com exceção do disposto no §3o do art. 41.

§1º Deve ser evitado o envio de vestígios biológicos congelados ou refrigerados em dias
que antecedem finais de semana ou feriados, para que não permaneçam em trânsito por mais tempo que o
estritamente necessário.
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§2º Deve constar externamente na embalagem que transporta esse tipo de vestígio o
método de conservação, se congelado ou refrigerado.

§3º O chefe da unidade de perícia criminal deve se certificar de que os prazos de entrega
não excedem os máximos estabelecidos nesta IT.

CAPÍTULO V
DO RECEBIMENTO DE VESTÍGIOS BIOLÓGICOS COM FINALIDADE DE INSERÇÃO NO
BANCO FEDERAL DE PERFIS GENÉTICOS

Art. 43. Para inserção no BFPB, os vestígios biológicos de local de crime devem atender
aos requisitos a seguir:

I - ser coletado por perito criminal, perito médico-legista ou perito odonto-legista;

II - atender a todos os ritos documentais desta IT; e

III - respeitar os requisitos técnicos de coleta, embalagem e envio de vestígios.

Art. 44. O Apêndice IX contém o Fluxograma de Decisão de Envio de Vestígios


Biológicos (FDEVB.DNA) com base na admissibilidade por laboratório oficial de genética forense da
Polícia Federal, fundamentado nos requisitos de inserção do BFPG.

Art. 45. O recebimento dos vestígios biológicos pode ser recusado por laboratório oficial
de genética forense da Polícia Federal caso os requisitos do art. 43 não sejam atendidos.

Art. 46. Dúvidas quanto à aceitação de vestígios para inserção no BFPG devem ser
sanadas antes do seu encaminhamento.

CAPÍTULO VI
DO RECEBIMENTO DE OUTROS MATERIAIS BIOLÓGICOS

Art. 47. Os vestígios biológicos para identificação de espécies animais e vegetais devem
seguir os mesmos princípios cabíveis de coleta, armazenamento e encaminhamento de vestígios
biológicos previstos nesta IT.

Art. 48. Outros materiais biológicos não contemplados no art.43 ou no art.47, em casos
específicos, podem ser encaminhados mediante consulta prévia ao laboratório oficial de genética forense
da Polícia Federal que deve avaliar a sua admissibilidade.

CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 49. Dúvidas, casos omissos e não previstos serão dirimidos pelo Instituto Nacional de
Criminalística, mediante prévia manifestação da Divisão de Perícias.

Art. 50. Esta Instrução Técnica entra em vigor na data de sua publicação em Boletim de
Serviço, sendo revogada a Instrução Técnica no 007/2010-DITEC/DPF, de 30 de agosto de 2010.
APÊNDICE I

TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES

1. Amostra biológica: item de prova oriundo de amostragem realizada em vestígio


biológico analisado.

2. Amostra de exclusão: amostra de referência coletada de indivíduo sabidamente


não relacionado ao delito, que possa ter deixado inadvertidamente material
biológico no local de crime.

3. Amostra de referência direta: termo aplicado em casos de identificação de


pessoas desaparecidas a uma amostra de referência que sabidamente guarda
relação direta com o indivíduo desaparecido.

4. Amostra de referência indireta: amostra de referência de familiares que guardam


relação genética com um determinado indivíduo.

5. Amostra de referência: amostra biológica obtida de um indivíduo de identidade


conhecida.

6. Amostra forense: amostra biológica obtida a partir de vestígio de local de crime.

7. Banco de Perfis Genéticos: conjunto de dados de origem genética obtidos de


amostras coletadas em locais de crimes ou de pessoas identificadas organizados
de forma padronizada de modo a permitir buscas e comparações.

8. DNA (Ácido desoxirribonucleico): macromolécula que contém as informações


genéticas de organismos.

9. Embalagem de envio: embalagem identificada utilizada para encaminhamento


de uma ou mais embalagens de vestígios.

10. Embalagem de vestígios: embalagem identificada com etiqueta de vestígio na


qual um único vestígio coletado é armazenado.

11. Embalagem primária: envelope ou embalagem usada para acondicionar um


vestígio em sua respectiva embalagem de vestígio (ex. envelope primário, porta-
suabe, frasco).

12. Exame de identificação genética: conjunto de procedimentos de perícia criminal


que visam à identificação do perfil genético de uma amostra biológica.

13. Formulário de Coleta de Amostras Biológicos (FCAB – Apêndice III):


formulário preenchido e assinado pelo perito criminal federal supervisor do
exame de local de crime que registra os vestígios e amostra coletados que
poderão conter amostras biológicas passíveis de análise pelo laboratório de
genética forense.

14. Identificação Genética em Banco de Dados: amostra de referência inserida em


Banco de Perfis Genéticos conforme previsto em Lei, regulamentado pelo
Comitê Gestor do Banco Nacional de Perfis Genéticos.

15. Local de crime: toda área física ou virtual na qual tenha ocorrido um fato que
possa assumir a configuração de infração penal e que exija providências da
polícia. Mais do que um ponto isolado no espaço, o local de crime pode
abranger áreas sem ligação geográfica direta com o lugar imediato do fato,
desde que essas áreas possuam vestígios relacionados a atos materiais,
anteriores ou posteriores, à ação criminosa.

16. Luz forense: fonte luminosa de alta intensidade dotada de conjunto de filtros
que permitem a passagem de comprimentos específicos de ondas, usada para
evidenciar manchas ocultas em superfícies diferentes.

17. Material biológico: parte ou a totalidade de uma substância, fluidas ou sólidas,


de origem biológica.

18. Material estéril: utensílio tratado de forma a remover contaminantes de origem


biológica a fim de preservar o material biológico presente no vestígio.

19. Perfil genético: conjunto de características presentes no DNA que identificam


um indivíduo.

20. Registro de material: numeração emitida pelo SISCRIM usada para


identificação de um vestígio biológico.
21. Suabe: material de uso médico-hospitalar que consiste em uma haste plástica
com extremidade revestida de material absorvente. Os suabes usados nos
exames genéticos devem ser estéreis e livres de DNA humano amplificável.

22. Termo de Coleta de Material Biológico para Identificação Genética em Banco


de Dados (Apêndice VI – TCMB-BD): documento de preenchimento
obrigatório para o processamento de amostra de referência de condenado ou de
investigado, nos termos previstos na lei nº 12.654/2012, para posterior inserção
em Banco de Dados de Perfis Genéticos e confronto com amostras forenses.

23. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Confronto com Vestígios


Criminais (Apêndice IV - TCLE-CVC): documento de preenchimento
obrigatório para a realização de confronto de amostra de referência com
amostras forense, sendo que a doação da amostra de referência é voluntária e o
perfil não será inserido em Banco de Dados de Perfis Genéticos, exceto por
decisão judicial.

24. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a Identificação de Pessoas


Desaparecidas (Apêndice VII - TCLE-IPD): documento de preenchimento
obrigatório para o processamento de amostra de referência indireta (familiares),
sendo que tal amostra é utilizada apenas para identificação de pessoas
desaparecidas.

25. Testes preliminares: testes realizados para buscar identificar a natureza de


alguns tipos de vestígios (ex. sangue, saliva, sêmen etc.).

26. Vestígios: são todos os elementos materiais que possam ter relações com a
infração penal ou fato sob análise, cuja condição e posição no local investigado
são resultantes da conduta humana, por ação ou omissão.

27. Vestígio biológico: vestígio submetido a exame pericial que potencialmente


contém material biológico.
APÊNDICE II

LMNC.DNA – Lista de Materiais Necessários para Coleta

Manter estes itens e seus quantitativos na maleta de Local de Crime de sua Unidade de Criminalística

Material Descrição Quantidade


Água destilada estéril disponibilizada em flaconetes de 10 mL. Pode, ainda, ser
Água destilada estéril substituída por água para injeção, que inclusive possui um grau de pureza 5
superior.
Bisturi estéril descartável Bisturi (nos 20 ou 24) estéril descartável embalados individualmente 4
Lâmina para bisturi, descartável, estéril, de aço carbono, número 24, compatível
Lâmina de bisturi 20
com cabo nº 4.
Embalagem de poliestireno de espessura de pelo menos 20 mm, com tampa,
Embalagem de isopor 1
com volume de 3 litros.
Envelope de papel para acondicionamento de vestígio em embalagem de
Envelope Primário 20
vestígio. Pode ser usado folha de papelA4 nova dobrada.
Embalagem de Vestígio P Envelope de papel novo, tamanho sugerido A4. 20
Embalagem de Vestígio M Envelope de papel novo, tamanho sugerido A3. 20
Envelope de papel novo, tamanho sugerido A1. Ou papel pardo para montar a
Embalagem de Vestígio G 20
embalagem.
Suabe de algodão, embalado individualmente, com cabo plástico de
Suabe
aproximadamente 15 cm, estéril.
50
Fita adesiva Fita adesiva para selar embalagens de vestígios (recomenda-se padrão DPF). 20
Embalagem Plástica com Lacre Padrão DPF Perfuradas para transporte de
Embalagem plástica
vestígios embalados em embalagens de vestígios (diversos tamanhos)
20
Caixa de papelão resistente para embalar vestígios que não se adaptarem às
Caixa de Papelão
embalagens de vestígios.
5
Coletor de urina de polipropileno, estéril, com vedação de rosca, para volumes
Frasco de coleta 10
de 80 mL, com tampa rosqueável de superfície plana.
Gelo reciclável, reutilizável, revestido com plástico resistente que impeça
Gelo reciclável 2
vazamentos. Dimensões de 12X9X3 cm.
Luva para procedimentos de látex, acondicionadas em caixa tipo “dispenser-
Luva de látex G* 1
box” com 100 luvas, tamanho grande.
Luva para procedimentos de látex, acondicionadas em caixa tipo “dispenser-
Luva de látex M* 1
box” com 100 luvas, tamanho médio.
Luva para procedimentos de látex, acondicionadas em caixa tipo “dispenser-
Luva de látex P* 1
box” com 100 luvas, tamanho pequeno.
Caixa de Máscara cirúrgica descartável com eficiência de filtragem bacteriana
Máscara (EFB) maior que 95%. Dotada de clip nasal de 14 cm, de alumínio, e de tiras 1
elásticas.
Touca Touca descartável, grande, com elástico embutido, cor branca. 50
Pinça descartável estéril Pinça descartável estéril embalada individualmente 3
Porta-suabe montável, disponibilizado através do Apêndice VI, Modelo de
Porta-suabe 50
Porta-Suabe, denominado MPS.DNA.
Seringa com agulha Seringa com agulha, descartável, estéril. Com capacidade para 10 mL. 10
Tesoura de escritório, não será usada para manipular vestígios, apenas cortar
Tesoura de escritório
fitas e papeis.
2
Caneta de ponta fina para retroprojetor. Para escrever em plásticos e vidros, com
Caneta para retroprojetor 2
tinta à prova d'água.
® Tubo a vácuo de plástico, específico para coleta de sangue total, com
Vacutainer com EDTA 10
anticoagulante EDTA.
*Considerar a aquisição apenas dos tamanhos utilizados pela equipe de coleta.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
DIRETORIA TÉCNICO-CIENTÍFICA

APÊNDICE III

FCAB - Formulário de Coleta de Amostras Biológicas


Nº ____/20__ - _________________
(unidade de criminalística)

DADOS GERAIS
Perito Criminal Federal Supervisor responsável pela Coleta: Matrícula

Data de processamento do local: Horário de Início: Horário de Término:

Tipo de crime apurado: Autoridade solicitante: IPL/Procedimento:

LOCAL DE CRIME

O local estava preservado? SIM NÃO


(Se a resposta for NÃO, descrever situações que possam influenciar a análise no espaço destinado ao croqui)

Endereço:

Local do crime:

Data da ocorrência do crime:

CROQUI e/ou FOTOGRAFIAS (destacando a posição dos vestígios)

Código de barras
Frente (registro do FCAB no
SISCRIM)
I M P O R TAN T E

 Usar luvas e materiais de coletas novos/estéreis  Fotografar os vestígios antes da coleta


 Realizar testes preliminares quando necessário  Secar os vestígios úmidos
 Embalar e identificar os vestígios individualmente  Considerar a coleta de amostras de exclusão

LEGENDA
MATERIAL BIOLÓGICO (supostamente)
M1- Sangue M5- Sêmen
M2- Saliva/Mucosa Oral M6- Células descamativas epiteliais em vestes
M3- Material de Toque M7- Outros (tecido biológico, osso, outros - especificar)
M4- Pelo M8- Fauna (especificar)

VESTÍGIOS
MAT. DESCRIÇÃO DO VESTÍGIO Nº DO
ITEM MATERIAL NO
BIOLÓGICO RELAÇÃO COM O CRIME (DINÂMICA, LOCAL DE COLETA, TESTEMUNHO, ETC.) E FORMA DE COLETA/ENVIO
SISCRIM

10

Observações:
(Consignar coleta de amostras de exclusão)

Assinatura do responsável pela coleta:

VERSO
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Código de barras
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL (registro do TCLE no
DIRETORIA TÉCNICO-CIENTÍFICA SISCRIM)

APÊNDICE IV

TCLE nº

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido


Comparação com Vestígios Criminais (TCLE-CVC)
(Preencher em letra de forma)

Consoante os princípios contidos nos textos da Declaração Universal do Genoma Humano e dos Direitos
Humanos de 1997 e da Declaração Internacional de Dados Genéticos de 2004, da UNESCO, as análises realizadas
nos laboratórios de DNA forense não permitem que as informações genéticas para fins de identificação revelem
características físicas ou comportamentais das pessoas, exceto determinação de gênero (feminino ou masculino).
A coleta de amostra biológica para a comparação com amostras forenses visa à obtenção de perfil genético
do fornecedor de maneira voluntária com o objetivo de comparação com amostras de natureza criminal.
O perfil genético obtido da amostra coletada por este termo NÃO PODERÁ ser incluído em bancos de
dados de perfis genéticos para fins de identificação criminal, exceto quando aplicado o Art. 9º-A da Lei 7.210/1984
ou o parágrafo único do Art 5º da Lei 12.037/2009.
Após esclarecido acerca dos procedimentos e ciente das limitações do uso da amostra coletada por este
termo,
Eu, ______________________________________________________________________, sexo_____,
CPF ________________________, RG_________________ concordo que seja coletada amostra biológica para ser
submetido a exame de identificação genética (exame de DNA), com a finalidade de Comparação com Amostras
Forenses (coletadas em Locais de Crime).

Declaro ainda ( ) não ter irmão gêmeo univitelíneo (idêntico) ou


( ) ter irmão gêmeo univitelíneo (idêntico).

Data: Local da coleta:

Assinatura do Doador da amostra Responsável pela Coleta


(Ou responsável legal)
Responsável legal:__________________________ Nome:___________________________________
_________________________________________ ________________________________________

Doc. Ident. (n°/tipo):________________________ Matrícula:_______ Lotação:____________

Testemunha
Nome:__________________________________
________________________________________
Doc. Ident. (n°/tipo):________________________
APÊNDICE V

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
DIRETORIA TÉCNICO-CIENTÍFICA

ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO DE VESTÍGIO


BIOLÓGICO

Nº do FCAB

Nº do item Nº do Material
(etiqueta)
no FCAB no SISCRIM

DESCRIÇÃO DO VESTÍGIO (Opcional)

PCF responsável
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
DIRETORIA TÉCNICO-CIENTÍFICA

APÊNDICE VI
TERMO DE COLETA DE MATERIAL BIOLÓGICO PARA
IDENTIFICAÇÃO GENÉTICA EM BANCO DE DADOS
Unidade do DPF: ___________________
Termo de Coleta N°: Preenchimento pela APGEF/DPER N° do IPL ou processo:
__________________________________
Fundamentação legal da identificação genética:
Identificação criminal (Parágrafo único do Artigo 5° da Lei N° 12.037/2009)
Execução Penal (Artigo 9-A da Lei N° 7.210/1984)
Outra fundamentação legal (especificar): ______________________________________

Nome da pessoa identificada (preencher em letra de forma):

____________________________________________________________________________
N° de documento identificação e órgão de expedição: Impressão digital
(preferencialmente indicador direito)
____________________________-________________
Sexo: Feminino Masculino

CPF -

Data de Nascimento: ____/____/________

A pessoa identificada tem irmão gêmeo idêntico? Sim Não

Declaramos que a pessoa foi informada sobre a fundamentação legal da coleta e que esta foi realizada
com técnica adequada e indolor.
Responsável pela Coleta Testemunha
Nome:____________________________ Nome:_________________________________
__________________________________ ______________________________________
Identificação funcional ou civil: Identificação funcional ou civil:
__________________________________ ______________________________________

________________________________ ________________________________
Assinatura Assinatura

_________________________, ______/______/____________
Local e data da coleta
Observação: 1-Todos os campos deste formulário são de preenchimento obrigatório, incluindo a coleta
da impressão digital. 2-Em caso de registro fotográfico, este deve ser enviado em folha à parte, com
referência a este termo de coleta.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Código de barras
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL (registro do TCLE no
DIRETORIA TÉCNICO-CIENTÍFICA SISCRIM)

APÊNDICE VII

TCLE nº
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Identificação de Pessoas Desaparecidas (TCLE-IPD)
(Preencher em letra de forma)

A coleta de amostra biológica para a identificação de pessoas desaparecidas visa única e exclusivamente à
obtenção de perfil genético1 com o objetivo de comparação estrita com amostras de pessoas não identificadas ou
restos mortais de pessoas não identificadas. O perfil genético obtido da amostra coletada por este termo poderá ser
incluído no Banco Federal de Perfis Genéticos para confronto com amostras de pessoas não identificadas ou restos
mortais de pessoas não identificadas presentes no referido Banco ou nos Bancos de Perfis Genéticos de outras
unidades da Federação que fazem parte da Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos (RIBPG). É vedado o uso
da amostra biológica coletada por este termo para confronto, mesmo que parcial, com amostras coletadas em locais
de crime e de pessoas identificadas criminalmente (Art. 8, parágrafo único, do Decreto 7950/2013 de 12 de março
de 2013).
Após esclarecido acerca dos procedimentos e ciente das limitações do uso da amostra coletada por este
termo,
Eu, ________________________________________________________________, sexo_____, CPF
________________________, RG_________________ concordo que seja coletada amostra biológica para ser
submetida a exame de identificação genética (exame de DNA), com a finalidade de inserção em Banco de dados
para a identificação de pessoas desaparecidas.
Na página dois deste documento declaro as informações específicas acerca do meu familiar desaparecido.

Declaro ainda ( ) não ter irmão gêmeo univitelino (idêntico) ou


( ) ter irmão gêmeo univitelino (idêntico).

Data: Local da coleta:

Doador da amostra (ou responsável legal) Responsável pela Coleta


Responsável legal:____________________________ Nome:_____________________________________
___________________________________________ ________________________________________
Doc. Ident. (n°/tipo):__________________________ Matrícula:_______ Lotação:____________

Dados da pessoa desaparecida

1
Consoante os princípios contidos nos textos da Declaração Universal do Genoma Humano e dos Direitos Humanos de 1997 e da Declaração
Internacional de Dados Genéticos de 2004, da UNESCO, as análises realizadas nos laboratórios de DNA forense não permitem que as informações genéticas
para fins de identificação revelem características físicas ou comportamentais das pessoas, exceto determinação de gênero (feminino ou masculino).
Frente
Nome: Sexo: Data de nascimento:

Documento(s) de identificação (nº/tipo): Observações relevantes:

Estou fornecendo uma amostra de referência, pois sou ____________da pessoa


desaparecida.
(Por exemplo: mãe, pai, irmão, filho, cônjuge)

Por favor, marque o seu parentesco em relação à pessoa desaparecida:

Outro (especifique): ___________________ (por exemplo: neto, primo materno, amigo,


etc.)

Obs. Casos de adoção ou filiação incerta devem ser relatados ao Perito Criminal Federal
responsável pela coleta e descritos a seguir:______________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

Verso


" !- * ./01 2 2
" !- + 3 4/ 5 2

!
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# $ !
.

%! & '
'
(
.

)!
* +,
APÊNDICE IX – Fluxograma de Decisão de Envio de Vestígios Biológicos

O vestígio biológico foi


coletado em um local de crime?

Há procedimento
Não O vestígio biológico não
investigativo
deve ser encaminhado ao
aberto (IPL, TCO,
laboratório
processo)?

Sim

Não O vestígio biológico não


Há FCAB ou
deve ser encaminhado ao
laudo de local?
laboratório

Sim

O vestígio foi
Não O vestígio biológico não
coletado por
deve ser encaminhado ao
perito criminal
laboratório
ou legista?

Sim

O vestígio
Não O vestígio biológico não
biológico pode
deve ser encaminhado ao
ser atribuído ao
laboratório
autor do crime?

Sim

Há um suspeito
Não Encaminhar os vestígios e
para o crime em
documentações conforme a IT
questão?

Sim

O material foi
apreendido em Não Encaminhar os vestígios e
posse do documentações conforme a IT
suspeito?

Sim
CASOS OMISSOS SERÃO
Consultar o laboratório de
genética forense
RESOLVIDOS PELO INC

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