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CAPÍTULO VI Segurança Pública e Sistema Penitenciário para

DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE aplicar as sanções previstas nesta Lei.


Art. 20. A apuração disciplinar de que trata
Art. 18. Extingue-se a punibilidade da trans- esta Lei dar-se-á em atenção aos princípios da le-
gressão disciplinar: galidade, da moralidade, da impessoalidade e da
justa motivação, sem prejuízo da observância às
I – pela morte do agente público; demais normas éticas e comportamentais definidas
II – pela prescrição. como padrão de conduta para a gestão administra-
tiva estadual, levando em consideração, em espe-
§ 1.º A prescrição se consuma nos seguintes
cial, o disposto na Lei n.º 15.036, de 18 de novem-
prazos:
bro de 2011.
I – para infrações sujeitas à pena de repreen-
são, em 2 (dois) anos; Art. 21. Ao regime disciplinar de que trata
esta Lei aplicar-se-á subsidiariamente as disposi-
II – para infrações sujeitas à pena de suspen- ções estatutárias inerentes aos servidores públicos
são, em 4 (quatro) anos; em geral do Estado.
III – para infrações sujeitas à pena de demis-
Art. 22. Esta Lei Complementar entra em vi-
são, de demissão a bem do serviço público e de
cassação de aposentadoria ou disponibilidade, em gor na data de sua publicação.
6 (seis) anos.
§ 2.º Não se aplica o disposto no § 1.º deste PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO
artigo: ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 26 de novem-
I – a ilícitos caracterizados como crime, cuja bro de 2021.
prescrição dar-se nos prazos e condições previstos Camilo Sobreira de Santana
na legislação penal; Raimundo Nonato Pinheiro da Silva 605.633.363-90
GOVERNADOR DO ESTADO
nonato.ufca@gmail.com
II – no caso de abandono de cargo, cujo prazo
de prescrição não se inicia enquanto estiver em
curso o ilícito.
§ 3.º O prazo de prescrição inicia-se na data
em que conhecido o fato e interrompe-se pela aber-
tura de sindicância ou de processo administrativo,
quando for o caso.
§ 4.º Suspensa a tramitação de sindicância ou ANEXO
de processo administrativo disciplinar por qualquer
motivo imperioso devidamente justificado pela au-
toridade competente, inclusive em razão de inci- REGIME GERAL DOS
dente de insanidade mental, o curso da prescrição ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS
também se considerará suspenso, sendo retomado
após o definitivo julgamento do incidente ou DO ESTADO DO CEARÁ
quando findo o impedimento que motivou a suspen-
são.
TÍTULO I
DO SISTEMA PENITENCIÁRIO
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art.1º - O Sistema Penitenciário do Estado do
Ceará adota os princípio scontidos nas Regras Mí-
Art. 19. Conforme previsto em legislação es- nimas para Tratamento dos Reclusos e Recomen-
dações pertinentes, formuladas pela Organização
pecífica, são competentes o Chefe do Executivo e
das Nações Unidas -ONU- e respeita as diretrizes
o Controlador Geral de Disciplina dos Órgãos de
fixadas pela Lei 7.210/84 (Lei de Execuções

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Penais), alterações legislativas posteriores e nas TÍTULO I
Recomendações Básicas para uma programação DOS ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS
prisional editadas pelo Ministério da Justiça.
Art.2º - O Sistema Penitenciário do Estado do Art.6º - O Sistema Penitenciário do Estado do
Ceará tem como finalidade a vigilância, custódia e Ceará é constituído pelas seguintes Unidades:
assistência aos presos e às pessoas sujeitas a me-
I - Centro de Triagem e Observação Criminoló-
didas de segurança, assegurando-lhes a preserva-
gica;
ção da integridade física e moral, a promoção de
medidas de integração e reintegração sócio-educa- II – Unidades Prisionais e Casas de Privação
tivas, conjugadas ao trabalho produtivo. Provisória de Liberdade;
§1º - Configura-se, ainda, como finalidade do III – Penitenciárias;
sistema penitenciário estadual, a fiscalização e as- IV - Colônias Agrícolas, Industriais ou Simila-
sistência ao egresso, garantindo lhes a promoção res;
de medidas de integração e reintegração sócio-
educativas. V - Complexo Hospitalar (Hospital Geral e Sa-
natório Penal e Hospital de Custódia e Tratamento
Art.3º - O Sistema Penitenciário, pelas suas Psiquiátrico);
características especiais, fundamenta-se na hierar- VI - Casas do Albergado;
quia funcional, disciplina e, sobretudo, na defesa
dos direitos e garantias individuais da pessoa hu- VII - Cadeias Públicas.
mana, organizado em Coordenadoria do Sistema §1º – Os estabelecimentos prisionais buscarão
Penal - COSIPE, vinculado ao Poder Executivo não exceder a sua capacidade populacional má-
como Órgão de Administração da Execução Penal. xima projetada.
Art.4º - A Coordenadoria do Sistema Penal é §2º - A fim de garantir que o aprisionamento
Raimundo Nonato Pinheiro
órgão subordinado diretamente ao Secretário da da Silva
ocorra em605.633.363-90
estabelecimento próximo ao contato fa-
Justiça e Cidadania do Estado do Ceará,nonato.ufca@gmail.com
organi- miliar, deverá ser priorizada a construção de unida-
zada em carreira, com ingresso de seus integrantes des prisionais regionais.
na classe inicial, mediante Concurso Público de
Art.7º - Os estabelecimentos prisionais desti-
provas e títulos, chefiada pelo Coordenador Geral,
nam-se ao condenado, ao submetido à medida de
nomeado pelo Governador do Estado do Ceará,
segurança, ao preso provisório e ao egresso.
preferencialmente entre os membros da Instituição.
Parágrafo único - A nomeação do Coordena- Art.8º - Em todos os estabelecimentos prisio-
dor do Sistema Penal deverá obedecer aos mes- nais será obrigatoriamente observada a separação
mos critérios previstos para a dos Diretores das entre presos provisórios e condenados, bem como
Unidades Prisionais, constantes do artigo 75 da Lei a distinção por sexo, delito, faixa etária e antece-
7.210/84 (Lei de Execuções Penais). dentes criminais, para orientar a prisão cautelar, a
execução da pena e a medida de segurança.
Art.5º - A Coordenadoria de Inclusão Social
§1º - Nos estabelecimentos prisionais será ob-
do Preso e do Egresso é órgão subordinado direta-
servada a proporção de, no mínimo, 01 (um)
mente ao Secretário da Justiça e Cidadania do Es-
agente penitenciário para cada 25 (vinte e cinco)
tado do Ceará, tendo como missão promover a in-
internos por plantão, sendo vedada a existência de
clusão social do preso e do egresso, através do Nú-
unidade prisional com menos de 2 (dois) agentes
cleo Educacional e de Capacitação Profissionali-
por plantão.
zante – NECAP, do Núcleo de Empreendedorismo
e Economia Solidária – NEES, do Núcleo de Arte e §2º - Nos estabelecimentos prisionais fica es-
Eventos – NAE e do Núcleo de Gestão de Assisti- tabelecida a proporção de profissionais da equipe
dos e Egressos. técnica por 500 (quinhentos) detentos, obede-
cendo-se o seguinte: Médico Clínico – 1; Enfer-
meiro – 1; Auxiliar de Enfermagem – 1; Odontólogo
– 1; Auxiliar de Consultório Dentário – 1; Psicólogo
– 1; Assistente Social – 1; Advogado auxiliar da

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direção - 1; Estagiário de Direito – 2; Terapeuta festivos, garantindo-se, ainda, a obrigatoriedade de
Ocupacional - 1. existência de uma creche para a acomodação dos
§3º - O acesso à justiça integral e gratuito será recém-nascidos das internas neles recolhidos, nos
assegurado aos internos através da Defensoria Pú- 06 (seis) primeiros meses de vida, prorrogável por
blica, instituição autônoma, que disporá de espaço igual período, se necessário
físico adequado para exercer suas funções. §2º - Nas Comarcas onde não existam peniten-
ciárias, suas finalidades serão, excepcionalmente,
Art.9º - O Centro de Triagem e Observação
atribuídas às Cadeias Públicas locais, observadas
Criminológica, situado na região metropolitana de as normas deste Regimento no que forem aplicá-
Fortaleza, concentrará o recebimento de presos veis, bem como as restrições legais ou decisões ju-
oriundos da Secretaria de Segurança Pública e De- diciais.
fesa Social e das comarcas do interior.
§3º - Haverá em cada estabelecimento de re-
§1º - O Centro de Triagem e Observação Cri- gime fechado uma Comissão Técnica de Classifi-
minológica será responsável pela identificação e cação, que proporá o tratamento adequado para
realização dos exames gerais de admissão dos in- cada preso ou internado, além de acompanhar o
ternos, sendo dotado de equipe técnica que promo- programa de individualização da pena.
verá atendimento social, psicológico, médico,
odontológico e jurídico, cujos resultados e desdo- Art.11 - As Casas de Privação Provisória de
bramentos serão encaminhados à Comissão de Liberdade destinam-se aos presos provisórios, de-
Avaliação de Transferências e Gestão de Vagas – vendo apresentar estrutura adequada que garanta
CATVA que deliberará a unidade prisional destina- o exercício dos direitos elencados no presente Re-
tária para recebimento do preso e, posteriormente, gimento e demais legislações.
às Comissões Técnicas de Classificação das uni- §1º - Excepcionalmente, visando garantir a in-
dades de recebimento. tegridade física e mental do interno, estas unidades
Art.10 - As Penitenciárias
Raimundo destinam-se Pinheiropoderão
Nonato aos da Silva abrigar presos condenados, que deverão
605.633.363-90
permanecer em acomodações separadas dos pro-
condenados ao cumprimento da pena denonato.ufca@gmail.com
reclusão,
em regime fechado, caracterizando se pelas se- visórios.
guintes condições: Art.12 - Os Estabelecimentos Agrícolas, In-
I - Segurança externa, através de muralha, dustriais ou Mistos destinam-se aos condenados e
com passadiço e guaritas de responsabilidade dos condenadas ao cumprimento da pena em regime
Agentes Penitenciários do quadro efetivo da Secre- semi-aberto, caracterizando-se pelas seguintes
taria da Justiça e Cidadania. condições:
II - Segurança interna realizada por equipe de I - locais para:
Agentes Penitenciários do quadro efetivo da Secre- a) trabalho interno agropecuário;
taria da Justiça e Cidadania que preserve os direi-
tos do preso, mantenha a Segurança, a ordem e a b) trabalho interno industrial;
disciplina da Unidade; c) trabalho de manutenção e conservação intra
III - Acomodação do preso preferencialmente e extra-muros, na circunscrição da Unidade respec-
em cela individual; tiva;
IV - Locais de trabalho, atividades sócio-edu- II- acomodação em alojamento ou cela indivi-
cativas e culturais, esportes, prática religiosa e visi- dual ou coletiva;
tas; III- trabalho externo na forma da Lei;
V - Trabalho externo, conforme previsto no IV- locais internos e externos para atividades
art.36 da Lei de Execução Penal (LEP). sócio-educativas e culturais, esportes, prática reli-
§1º - Os estabelecimentos destinados a mulhe- giosa e visita conforme dispõe a Lei.
res terão estrutura adequada às suas especificida- Art.13 - O Hospital Geral e Sanatório Penal
des e os responsáveis pela segurança interna se- destina-se ao tratamento do preso, em regime de
rão, obrigatoriamente, agentes penitenciários do internamento, das enfermidades infecto-
sexo feminino, exceto em eventos críticos ou

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contagiosas, dos pós-operatórios, das convales- apresentem quadro patológico característico da
cenças e de exames laboratoriais. destinação do respectivo estabelecimento.
§1º - O preso acometido de enfermidades, con- §3º - Na unidade de que trata o caput deste ar-
forme artigo acima, deverá permanecer internado o tigo deverão existir estruturas específicas para a
tempo necessário à sua reabilitação, tendo retorno assistência à saúde mental da mulher, em atenção
imediato à sua Unidade Prisional de origem logo às suas peculiaridades.
após emissão de laudo médico autorizando sua
Art.15 - A Casa do Albergado destina-se ao
alta.
cumprimento da pena privativa de liberdade em re-
§2º - Os presos ou internados que apresenta- gime aberto e da pena restritiva de direitos consis-
rem quadro de sorologia positiva HIV, receberão tente em limitação de fim de semana, acolhendo
tratamento individualizado, a critério médico. pessoas do sexo masculino e feminino, garantindo-
§3º - Aos presos ou internados que apresenta- se a separação adequada com vistas à individuali-
rem quadro de dependência química em substân- zação das penas.
cias entorpecentes será garantido tratamento indi- §1º - O prédio deverá situar-se em centro ur-
vidualizado adequado às suas necessidades, ado- bano, separado dos demais estabelecimentos, e
tando-se políticas públicas voltadas para esta fina- caracterizar-se-á pela ausência de obstáculos físi-
lidade, nos termos da lei 11.343/2006, bem como cos contra a fuga.
serão incluídos nas atividades do Programa de
Ações Continuadas de Assistência aos Drogadic- §2º- A Casa do Albergado, além de dispor de
tos – PACAD da Sejus. local adequado para cursos e palestras, realizará
encaminhamentos dos internos à rede de assistên-
§4º - Na unidade de que trata o caput deste ar- cia social, de saúde e educação.
tigo deverão existir leitos destinados ao tratamento
de mulheres presas. Art.16 - A Cadeia Pública destina-se priorita-
riamente ao recolhimento de presos e presas pro-
§5º - O estabelecimento
Raimundo citado no caput
Nonato de-
Pinheiro davisórios.
Silva 605.633.363-90
verá funcionar com equipes multidisciplinares em
nonato.ufca@gmail.com
regime de plantão. §1º - Nas Comarcas onde não existam peniten-
ciárias, suas finalidades serão, excepcionalmente,
§6º - a Secretaria da Justiça e Cidadania se-
atribuídas às Cadeias Públicas locais, observadas
guirá as recomendações das portarias interministe-
as normas deste Regimento Geral no que forem
riais do Ministério da Saúde e Ministérios da Justiça
aplicáveis e as restrições legais ou de decisões ju-
em relação ao tema saúde, na execução de vagas
diciais, bem como a capacidade populacional má-
e atendimentos para os presos em casos de exa-
xima da Unidade respectiva.
mes e tratamentos de alta complexidade.
§2º - Ao preso provisório será assegurado re-
§7º - Nas unidades prisionais femininas deve-
gime especial no qual se observará:
rão existir estruturas específicas para a assistência
integral à saúde da mulher, em atenção às suas pe- I - separação dos presos condenados;
culiaridades. II - utilização de pertences pessoais permiti-
Art.14 - O Hospital de Custódia e Tratamento dos;
Psiquiátrico destina-se ao cumprimento das medi- III - uso de uniforme fornecido pelo Estabeleci-
das de segurança e ao tratamento psiquiátrico se- mento Prisional em quantidade de 03 (três) mudas;
paradamente, devendo adequar-se às normas apli- IV - oferecimento de oportunidade de educa-
cáveis ao tratamento das respectivas insanidades. ção, trabalho e lazer nos termos da legislação per-
§1º - O preso comprovadamente portador de tinente;
doença mental deverá ser imediatamente encami- V - visita e atendimento médico e odontológico,
nhado ao estabelecimento adequado para seu tra- sendo facultado ao preso optar por profissional par-
tamento, lá não podendo permanecer além do ticular às suas expenças;
tempo necessário ao seu pronto restabelecimento,
atestado pelo serviço médico local. VI - Acesso aos meios de comunicação exter-
nos, autorizados por lei.
§2º - Em nenhuma hipótese será admitido o in-
gresso ou permanência de pessoas que não

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§3º - Nas Cadeias Públicas no interior do Es- I - Dirigir, coordenar e orientar os trabalhos téc-
tado as prefeituras municipais oferecerão aos pre- nicos, administrativos, operacionais, laborais, edu-
sos e presas os serviços essenciais, conforme de- cativos, religiosos, esportivos e culturais da Uni-
terminação do Ministério da Saúde e Ministério da dade respectiva;
Justiça. II - Adotar medidas necessárias à preservação
Art.17 - Nas Unidades elencadas no artigo 6º dos Direitos e Garantias Individuais dos presos;
deste Regimento, respeitadas suas especificida- III - Visitar os presos nas dependências do Es-
des, deverão ainda ser respeitadas as seguintes tabelecimento, anotando suas reclamações e pedi-
determinações: dos, procurando solucioná-los de modo adequado,
I - Segurança externa, através de muralha com no âmbito de sua competência ou encaminhá-los
passadiço e guaritas de responsabilidade dos ao órgão competente, observando as normas de
Agentes Penitenciários do quadro efetivo da Secre- segurança;
taria da Justiça e Cidadania, submetidos a uma ca- IV - Dar cumprimento as determinações judici-
pacitação específica para tal finalidade. ais e prestar aos Juízes, Tribunais, Ministério Pú-
II - Segurança interna realizada por equipe de blico, Defensoria Pública e Conselho Penitenciário
Agentes Penitenciários do quadro efetivo da Secre- as informações que lhe forem solicitadas, relativas
taria da Justiça e Cidadania que preserve os direi- aos condenados e aos presos provisórios;
tos do preso, mantenha a Segurança, a ordem e a V - Assegurar o normal funcionamento da Uni-
disciplina da Unidade. dade, observando e fazendo observar as normas
§1º - Nas situações de conflito mais graves a da Lei de Execução Penal e do presente Regi-
manutenção ou restabelecimento da ordem será mento Geral;
promovida por grupo especial de agentes peniten- VI - Presidir a Comissão Técnica de Classifica-
ciários com treinamento e equipamentos específi- ção;
cos. Raimundo Nonato Pinheiro da VII Silva 605.633.363-90
- Elaborar o plano de segurança interna do
nonato.ufca@gmail.com
§2º - Em caso de necessidade de intervenção Estabelecimento em conjunto com o Chefe de Se-
da Polícia Militar, em caráter urgente, em qualquer gurança e disciplina;
das unidades referidas no caput deste artigo, sua
VIII - Conceder audiência ao interno quando
permanência no interior das mesmas se dará pelo
solicitada;
tempo estritamente necessário ao restabeleci-
mento da ordem e da segurança interna, não po- IX - Comparecer nas sessões do Conselho Pe-
dendo ultrapassar 90 (noventa) dias, salvo decisão nitenciário, quando convocado;
fundamentada da autoridade judiciária competente. X - Elaborar o plano operativo anual da Uni-
dade e Administrar o Estabelecimento traçando di-
TÍTULO III retrizes, orientando e controlando a execução das
atividades sob sua responsabilidade;
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DAS
UNIDADES XI - Realizar mensalmente reuniões com os
servidores da Unidade para estudos conjuntos de
problemas afetos à mesma;
Art.18 - As Unidades Prisionais do Estado do
Ceará serão dirigidas por um(a) Diretor(a), que XII - Promover mensalmente reunião com os
será assessorado pelo(a) Diretor(a) Adjunto(a), representantes dos internos, realizando o Parla-
pelo Gerente Administrativo, pelo Chefe de Segu- mento Carcerário;
rança e Disciplina e pelo Chefe de Equipe dos XIII - Propor ao Núcleo de Segurança e Disci-
Agentes Penitenciários, sendo ainda integradas plina – NUSED, vinculado à COSIPE, a mudança
pelo Conselho Disciplinar e pela Comissão Técnica de lotação dos servidores da Unidade;
de Classificação. XIV - executar as determinações do Coordena-
Art.19 - A (o) Diretor(a) da Unidade Prisional, dor da COSIPE;
compete:

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XV - autorizar visitas extraordinárias aos pre- Art.21 - A (o) Diretor(a) Adjunto, compete:
sos, em casos especiais, nos termos deste Regi-
mento; I - Assessorar diretamente o(a) Diretor(a) da
Unidade Prisional no desempenho de suas atribui-
XVI - Autorizar remoção do preso para Estabe- ções;
lecimento Penal diverso em caráter urgente e ex-
cepcional, comunicando imediatamente ‘a Comis- II - Substituir, em seus afastamentos, ausên-
são de Avaliação de Transferências e Gestão de cias e impedimentos legais, o(a) Diretor(a) da Uni-
Vagas – CATVA, que deliberará a unidade prisional dade Prisional, independente de designação espe-
destinatária para recebimento do preso. Definida a cifica, salvo se por prazo superior a 30 (trinta) dias;
unidade, deverá ser comunicada a transferência ao III - Autorizar a expedição de certidões relati-
Juízo responsável pela prisão, ao Ministério Pú- vas aos assuntos da Unidade;
blico, à Defensoria Pública, ao Conselho Penitenci- IV - Acompanhar a execução do plano de férias
ário, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, nos ca- dos servidores da Unidade;
sos expressos neste Regimento;
V - Exercer outras atividades que lhes sejam
XVII - mostrar aos visitantes as dependências determinadas pelo(a) Diretor(a) da Unidade.
do estabelecimento nas visitas coletivas, de caráter
cultural ou cientifico, devidamente autorizadas pela §1º - A substituição prevista neste artigo, por
COSIPE, esclarecendo-lhes, quando se fizer ne- período igual ou superior a 30 (trinta) dias, propici-
cessário, os objetivos da execução penal; ará ao substituto os direitos e vantagens do cargo
de Diretor(a) da Unidade.
XVIII - Dar ciência à família do preso, em caso
de grave enfermidade, morte ou transferência §2º - O cargo de Diretor-Adjunto deverá, prefe-
deste, comunicando ao preso, de igual modo, a do- rencialmente, ser ocupado por servidor estável de
ença ou morte de pessoa de sua família e conce- carreira da Secretaria de Justiça e Cidadania.
dendo lhe, se for o caso, permissão para sair; Art.22 - Ao Gerente Administrativo compete
Raimundo Nonato Pinheiro da Silva 605.633.363-90
IX - Atribuir, em solenidades especiais, prê- organizar, controlar e executar as atividades de
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mios e recompensas aos presos de exemplar com- apoio necessárias ao bom funcionamento operaci-
portamento e àqueles que pratiquem atos meritó- onal do Estabelecimento, inclusive a manutenção
rios; preventiva e corretiva, competindo-lhe:
X - Realizar outras atividades dentro de sua I - receber, controlar e distribuir gêneros ali-
área de competência. mentícios, os destinados ao consumo do Estabele-
cimento;
Art.20 - O(a) ocupante do cargo de diretor(a)
de Unidade Prisional, escolhido preferencialmente II - supervisionar os serviços de copa e de co-
entre os servidores de carreira da Secretaria de zinha;
Justiça e Cidadania, com atenção à sua vocação e III - requisitar o material de expediente e provi-
preparação profissional específica, deverá satisfa- denciar a redistribuição junto aos demais serviços
zer os seguintes requisitos: do Estabelecimento;
I - ser portador(a) de diploma de nível superior IV - manter sob sua guarda e responsabilidade
em Direito, ou Psicologia, ou Ciências Sociais, ou todos os pertences do preso, de uso não permitido,
Pedagogia, ou Serviços Sociais; fornecendo a estes comprovantes de recebimento;
II - possuir experiência administrativa na área; V - manter em bom estado de funcionamento
III - ter idoneidade moral e reconhecida aptidão as instalações elétricas, telefônicas, hidrosanitárias
para o desempenho da função. e de climatização do prédio requisitando, com an-
tecedência o material que for necessário para este
Parágrafo Único - O cargo de Diretor do Hos- fim;
pital Geral e Sanatório Penal e do Hospital de Cus-
tódia e Tratamento Psiquiátrico deverá ser ocupado VI - elabora o relatório anual das atividades
por profissional da área de saúde, preferencial- inerentes ao serviço;
mente pertencente ao quadro de servidores está- VII - efetuar o balancete mensal do estoque de
veis da Secretaria da Justiça e Cidadania. mercadoria existente;

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VIII - proceder á identificação de todo o mate- IV - fazer constar no prontuário disciplinar dos
rial permanente em uso na unidade; presos as ocorrências e alterações havidas com
IX - adotar as medidas de segurança contra in- estes;
cêndio nas dependências do estabelecimento es- V - controlar a movimentação de presos
pecialmente na área de prontuário e almoxarifado; quando das transferências para outras celas;
X - providenciar a manutenção preventiva e VI - manter atualizada a relação geral dos pre-
corretiva de máquinas, equipamentos e móveis em sos, seus locais de recolhimento noturno, de traba-
uso na unidade; lho e/ou permanência obrigatória;
XI - zelar pela conservação e limpeza do pré- VII - opinar quanto aos horários de visitas, ran-
dio; cho, repouso noturno, alvorada e atendimento aos
XII – controlar a manutenção de primeiro esca- presos;
lão, de responsabilidade dos motoristas nas viatu- VIII - encaminhar ao Conselho disciplinar as
ras da unidade; faltas disciplinares, praticadas por presos para co-
XIII - executar e controlar os serviços de repro- nhecimento e julgamento;
dução xerográfica ou similar de documentos, publi- IX - promover vistorias nos presos e buscas
cações e impressos de interesse de Unidade; nas dependências do estabelecimento, de caráter
XIV - organizar a prestação de contas dos su- preventivo ou sempre que houver fundadas suspei-
primentos de fundos destinados ao estabeleci- tas de porte ou uso indevido de armas, aparelhos
mento; celulares ou de objetos que possam ser utilizados
para prática de crimes ou falta disciplinares;
XV - efetuar o controle diário das folhas e car-
tões de registro de comparecimento do pessoal em X - manter atualizados registros e alterações
exercício na Unidade; relativas aos agentes penitenciários;

XVI - preparar dentroRaimundo


dos prazosNonato Pinheiro da XI
estipulados - elaborar
Silva a escala do plantão e organizar a
605.633.363-90
os documentos de controle de comparecimento e composição das equipes;
nonato.ufca@gmail.com
de alterações relativos ao pessoal, encaminhando- XII - zelar pelo bom funcionamento dos equi-
os á COSIPE. pamentos e implementos necessários á execução
Parágrafo Único - O cargo de Gerente Admi- dos serviços de segurança interna;
nistrativo deverá ser ocupado por servidor de car- XIII - promover mensalmente em caráter ordi-
reira da Secretaria de Justiça e Cidadania. nário, reuniões com os agentes prisionais e extra-
ordinariamente quando necessário;
Art.23 - Ao Chefe de Segurança e Disciplina
compete gerenciar o setor de Segurança e Disci- XIV - propor ao diretor a lista de nomes para
plina, elaborando o plano de segurança interna do escolha e designados dos chefes de equipes;
Estabelecimento, visando proteger a vida e a inco- XV - assegurar o respeito aos visitantes en-
lumidade física dos servidores de carreira, terceiri- quanto permanecerem nas dependências da Uni-
zados e presos e a garantia das instalações físicas, dade;
bem como promover o conjunto de medidas que
XVII - manter em arquivo o registro das pes-
assegurem o cumprimento da disciplina prisional e
soas que visitam a Unidade;
organizar, controlar e orientar os Agentes Peniten-
ciários no exercício de suas atribuições, compe- XVIII - comunicar, diariamente, ao diretor c/ou
tindo-lhe: substituto as alterações constantes no relatório de
serviço diário;
I - orientar os presos quanto aos seus direitos,
deveres e normas de conduta a serem observados, XIX - manter informado o diretor sobre quais-
quando de sua chegada à Unidade; quer alterações havidas na unidade;
II - realizar reuniões com os presos para prele- XX - colaborar nas realizações de eventos de
ções instrutivas e disciplinares; caráter sócio cultural, esportivo e cívico do estabe-
lecimento.
III - propor a concessão ou suspensão de re-
compensas aos presos; Parágrafo Único - O cargo de Chefe de Segu-
rança e Disciplina deverá ser ocupado

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preferencialmente por agente penitenciário estável por Defensor Público ou Advogado constituído pelo
da Secretaria de Justiça e Cidadania. interno.
Art.24 - Ao Chefe de Equipe dos Agentes Pe- II - Conhecer os resultados de eventuais exa-
nitenciários compete: mes criminológicos e acompanhar o perfil compor-
tamental do preso.
I - Conferir o relatório da equipe anterior;
Art.26 - O Conselho Disciplinar, que será pre-
II - Conferir o material de segurança sob sua
responsabilidade, bem como a frequência dos sidido pelo Diretor Adjunto e nas suas faltas ou im-
membros de sua equipe, distribuindo as tarefas re- pedimentos, pelo Chefe de Segurança e Disciplina,
lativas ao funcionamento da unidade entre os pre- reunir-se-á tantas vezes quantas necessárias para
sentes; deliberar sobre as tarefas a seu cargo.

III - Dar encaminhamento e supervisionar a §1º - Em caso de empate será considerado


execução das determinações da Direção e do vencedor o voto favorável ao preso.
Chefe de segurança e disciplina; §2º - As decisões do Conselho de Disciplina
IV - Comunicar imediatamente qualquer ocor- serão sempre coletivas e lançadas por escrito,
rência que comprometa a ordem, a segurança e a sendo tomadas por maioria simples, observado
disciplina da unidade à Direção e ao Chefe de Se- quorum mínimo de 03 (três) membros para delibe-
gurança e Disciplina, relatando, em seguida, de ração.
forma circunstanciada, por escrito; Art.27 - A Comissão Técnica de Classifica-
V - Em caso de emergência que comprometa ção, órgão colegiado, deverá ser composta pelo(a)
a integridade física do preso, autorizar transferên- Diretor(a) do Estabelecimento, que a presidirá, dois
cia de alojamento no interior da unidade, diante da agentes penitenciários, com larga experiência no
ausência de seu superior hierárquico; penitenciarismo, um Psiquiatra, um Psicólogo, um
Assistente Social, e tem por finalidade aquilatar a
VI - Em caso de emergência
Raimundoque comprometa
Nonato Pinheiro dapersonalidade
Silva 605.633.363-90
do condenado, para determinar o
a integridade física do preso, autorizar nonato.ufca@gmail.com
a saída tem-
tratamento adequado, competindo-lhe:
porária do mesmo para atendimento médico, medi-
ante escolta, diante da ausência de seu superior hi- I - Fixar o programa reeducativo;
erárquico; II - Acompanhar a execução das penas privati-
VII - Exercer a vigilância, em conjunto com os vas de liberdade;
agentes penitenciários de plantão, cumprindo e fa- III - Classificar o condenado segundo seus an-
zendo cumprir as normas e regulamentos do esta- tecedentes e personalidade, para orientar a indivi-
belecimento; dualização da execução penal;
VIII - Elaborar relatório circunstanciado ao final IV - Propor as conversões e as regressões,
de seu plantão, registrando todas as ocorrências bem como as progressões;
havidas;
V - Informar, caso seja solicitado, através de
Parágrafo Único - O cargo de Chefe de Equipe parecer técnico, o perfil criminológico do conde-
dos Agentes Penitenciários deverá ser ocupado nado para fins de benefício;
preferencialmente por agente penitenciário estável
da Secretaria de Justiça e Cidadania. VI - Zelar pelo cumprimento dos deveres dos
presidiários e assegurar a proteção dos seus direi-
Art.25 - O Conselho Disciplinar, órgão colegi- tos, cuja suspensão ou restrição competirá a Dire-
ado formado pelo Diretor Adjunto, pelo Chefe de ção da Unidade ou ao Juiz das Execuções Crimi-
Segurança e Disciplina, por um Assistente Social, nais.
um Psicólogo e por um agente penitenciário de no-
Art.28 - A Comissão Técnica de Classifica-
tória experiência, tem por finalidade:
ção, para obtenção de dados reveladores da per-
I - Conhecer, analisar, processar e julgar as fal- sonalidade dos presos, poderá:
tas disciplinares cometidas pelos internos, apli-
cando a sanção disciplinar adequada à falta come- I - Entrevistar pessoas;
tida, assegurados o contraditório e a ampla defesa, II - Requisitar de órgãos públicos ou privados
dados e informações referentes ao preso;

167
III - Realizar outras diligências e exames. TÍTULO V
DO INGRESSO, TRANSFERENCIA E
TÍTULO IV SAÍDA DO PRESO
DAS FASES DA EXECUÇÃO
ADMINISTRATIVA DA PENA CAPÍTULO I
DO INGRESSO
Art.29 - As fases da execução administrativa
da pena serão realizadas Art.32 - O ingresso do preso condenado de-
verá se dar mediante apresentação da guia de re-
através de estágios, respeitados os requisitos
legais, a estrutura física e os colhimento, expedida pela autoridade judiciária
competente, observando-se o disposto nos
recursos materiais de cada unidade prisional. arts.105 a 107 da Lei 7210/84 (Lei de Execuções
I- Primeira Fase - procedimentos de inclusão e Penais).
observação por prazo Art.33 - O ingresso do preso provisório se
não superior a 60 (sessenta) dias, realizado dará através da apresentação dos seguintes docu-
pelo Centro de Triagem e mentos:
Observação Criminológica, e complementados I - guia de recolhimento expedida pela autori-
pela Comissão Técnica dade policial ou judiciária competente;
de Classificação da unidade recebedora; II - comprovação de que o mesmo foi subme-
II- Segunda Fase - desenvolvimento do pro- tido a exame de corpo de delito;
cesso da execução da pena III - comprovante de identificação do preso
compreendendo as várias técnicas promocio- junto à Delegacia de Capturas;
Raimundo Nonato Pinheiro da Silva 605.633.363-90
nais e de evolução sócio-educativas. IV - Informação sobre os antecedentes crimi-
nonato.ufca@gmail.com
nais do preso, com cópia do auto de prisão em fla-
Parágrafo único – A Secretaria da Justiça e Ci-
dadania elaborará Protocolo grante ou do mandado de prisão judicial.

de Procedimentos Operacionais de Segurança Parágrafo Único - Toda entrada, transferência


Penitenciária, abrangendo, entre outras atividades ou saída de preso de unidade deverá ser comuni-
e técnicas, uso de algemas; recebimento de pre- cada pela Direção a todos os juízos onde o mesmo
sos; padrão de vistorias e de revista pessoal; ma- responda a procedimento criminal.
nuseio de equipamentos de segurança; controle de Art.34 - Na ocasião do ingresso no Sistema
acesso de pessoas, veículos e materiais; emprego Penitenciário, o preso se submeterá a revista pes-
de armas letais e não-letais; uso progressivo e pro- soal e de seus pertences, devendo, logo após, ser
porcional da força, observando-se procedimentos submetido a higienização corpórea e substituição
específicos nos estabelecimentos prisionais femini- de seu vestuário pelo uniforme padrão adotado.
nos.
Art.35 – No ingresso, o preso terá aberto, em
Art.30 - À Comissão Técnica de Classifica- seu nome, um prontuário, devidamente numerado
ção, caberá avaliar a terapêutica penal em relação em ordem seriada, onde serão anotados, dentre
ao preso sentenciado, propondo as promoções outros, seus dados de identificação e qualificação,
subsequentes. de forma completa, dia e hora da chegada, situação
Art.31 - As perícias criminológicas, eventual- de saúde física e mental, aptidão profissional e al-
mente requisitadas, deverão ser realizadas pela cunhas.
equipe técnica do Centro de Triagem e Observação §1º - No prontuário ficarão arquivados todos os
Criminológica ou pela Comissão Técnica de Clas- documentos relativos ao preso, inclusive certidão
sificação da unidade, observando em cada caso o atualizada de antecedentes criminais do juízo local,
que for mais adequado. bem como do seu domicílio de origem;
§2º - A fotografia do preso será parte integrante
do prontuário.

168
§3º - Após a abertura do prontuário, o preso visitas de familiares e amigos, podendo somente
receberá instruções a serem cumpridas, sobre as receber seu advogado ou Defensor Público.
normas do estabelecimento, sendo cientificado dos
Art.41 - Durante o período de adaptação o
direitos e deveres prescritos no presente Regi-
mento, e da possibilidade de acesso ao mesmo preso será classificado quanto ao grau de periculo-
sempre que desejar. sidade, comportamento e antecedentes.

§4º - Em todas as dependências e acomoda-


ções das unidades prisionais deverão afixar-se os CAPÍTULO II
direitos e deveres dos presos, permanecendo o DA TRANSFERÊNCIA
presente regimento acessível a todos sempre que
desejarem consultar.
Art.42 - A transferência do preso de uma uni-
§5º - Os analfabetos serão instruídos oral- dade prisional para outra, dar-se-á, nas seguintes
mente. condições:
Art.36 - Os pertences trazidos com o preso I - por ordem judicial;
cuja posse não for permitida serão inventariados e II - por interesse técnico-administrativo da ad-
colocados em depósito apropriado no Setor da Ge- ministração penitenciária;
rência Administrativa da Unidade Prisional, medi-
ante contra recibo, sendo entregues posterior- III - a requerimento do interessado;
mente aos seus familiares, ou a pessoa por ele in- IV - por determinação do Secretário de Justiça
dicada. e Cidadania, mediante Relatório de Inteligência Pri-
§1º - Os objetos de valor e jóias serão recolhi- sional
dos ao Setor de Pecúlio, bem como importâncias §1º - A Comissão de Avaliação de Transferên-
em dinheiro serão depositadas em conta corrente cias e Gestão de Vagas – CATVA será formada por
do pecúlio disponível, com preenchimento
Raimundo Nonatodos res-
Pinheiro daequipe
Silva multidisciplinar
605.633.363-90 e administrará o ingresso,
pectivos recibos. reingresso e a transferência de presos nas unida-
nonato.ufca@gmail.com
des do sistema penitenciário estadual, indicando a
Art.37 - O preso será submetido a exames clí-
unidade para onde o interno será encaminhado, de-
nicos pelo Serviço de Saúde, devendo ser exami-
vendo ser presidida pelo Coordenador Adjunto da
nado por médico, que fornecerá atestado sobre as
COSIPE, que executará, privativamente, as atribui-
condições físicas apresentadas quando de sua
ções previstas no inciso II do Art.16 do Decreto
chegada, e relacionará a necessidade de ingestão
nº27.385 de 02.03.2004.
de medicamentos eventualmente trazidos pelo
preso, sob prescrição médica, bem como de dieta §2º - A Comissão de Avaliação de Transferên-
diferenciada. cias e Gestão de Vagas – CATVA será o órgão
competente para a liberação de vagas para presos
Art.38 - Quando da impossibilidade de cum- provisórios e condenados em presídios, casas de
prir todas as exigências enumeradas nos dispositi- privação provisórias de liberdade, penitenciárias,
vos anteriores, na data da inclusão, as mesmas po- Casa do Albergado, Hospital de Custódia e Mani-
derão ocorrer nos três dias úteis subsequentes. cômio Judiciário do Estado do Ceará, vinculados a
Art.39 - O preso que adentrar pela primeira Comarca de Fortaleza, obedecendo os procedi-
vez na Unidade cumprirá um período inicial consi- mentos contidos em Portaria específica, obser-
derado de adaptação e observação, nunca superior vando as avaliações realizadas pelo Centro de Tri-
agem e Observação Criminológica.
a 60 (sessenta) dias, durante o qual será obser-
vado seu comportamento no Centro de Triagem e §3º - Nos estabelecimentos prisionais não al-
Observação Criminológica e posteriormente, pela cançados pelas atribuições da Comissão de Avali-
Comissão Técnica de Classificação da unidade re- ação de Transferências e Gestão de Vagas - CA-
cebedora. TVA, a regulamentação permanecerá determinada
pelo presente Regimento.
Art.40 - Nos (10) dez primeiros dias do está-
gio de adaptação o preso não poderá receber

169
SEÇÃO I atribuições da Comissão de Avaliação de Transfe-
POR ORDEM JUDICIAL rências e Gestão de Vagas, em caráter excepcio-
nal, e devidamente justificada, determinar a trans-
ferência do preso, de uma a outra unidade prisio-
Art.43 - A transferência provisória ou defini- nal.
tiva do preso de uma unidade prisional para outra,
por ordem judicial, dar-se-á nas seguintes circuns- §2º - A transferência de preso condenado ou
tâncias: provisório será, no prazo improrrogável de 24 (vinte
e quatro) horas, comunicada, respectivamente, ao
I - por sentença de progressão ou regressão juízo das execuções penais ou ao juízo responsá-
de regime; vel pelo processo.
II - para apresentação judicial dentro e fora da
Comarca;
SEÇÃO III
III - para tratamento psiquiátrico, desde que A REQUERIMENTO DO INTERESSADO
haja indicação médica;
IV - em qualquer circunstância, mais adequada Art.45 – Fora das hipóteses que dependam
ao cumprimento da sentença, em outro Estado da
de decisão judicial, o preso, seus familiares ou seu
Federação, a juízo da autoridade judiciária compe-
procurador poderão requerer sua transferência, ao
tente.
diretor do estabelecimento respectivo, para uni-
dade prisional do mesmo regime quando:
SEÇÃO II I - conveniente, por ser na região de residência
POR INTERESSE ou domicílio da família, devidamente comprovado;
TÉCNICO-ADMINISTRATIVO DA II - necessária a adoção de Medida Preventiva
ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA de Segurança Pessoal, e a unidade prisional não
Raimundo Nonato Pinheirodispuser
da Silva de605.633.363-90
recurso para administrá-la.
nonato.ufca@gmail.com
Art.44 – O preso será transferido por inte- Parágrafo único – O diretor do estabelecimento
resse técnico-administrativo da administração peni- ouvirá a manifestação da Chefia de Segurança e
tenciária nas seguintes circunstâncias: Disciplina e do Serviço Social, devendo ser ane-
xada Certidão Carcerária contendo a data de en-
I - por solicitação do diretor da unidade, con-
trada do preso, o tempo de recolhimento e o seu
forme indicação da Comissão Técnica de Classifi-
comportamento carcerário, e encaminhará à CA-
cação e demais áreas de avaliação;
TVA para deliberação.
II- no caso de doença, que exija tratamento
hospitalar do preso, quando a unidade prisional não Art.46 – O pedido conterá:
dispuser de infra-estrutura adequada, devendo a I - petição assinada pelo requerente ou termo
solicitação ser feita pela autoridade médica, ratifi- de declaração, onde justifique os motivos da pre-
cada pelo diretor da unidade; tensão;
III - por interesse da Administração, com vistas II- qualificação e extrato da situação proces-
a preservação da segurança e disciplina. sual do sentenciado;
IV - para preservação da segurança pessoal do III- informações detalhadas das condições de
interno; saúde, trabalho, instrução e conduta prisional;
V - a preservação de condições pessoais favo- IV- manifestação do diretor da unidade prisio-
ráveis à individualização da execução penal; nal, sobre a conveniência ou não da transferência.
VI - a preservação de laços afetivos entre o Art.47 - Quando ocorrer transferência tempo-
condenado e seus parentes; rária de presos entre as unidades prisionais, deverá
VII – para o exercício de atividades educacio- haver acompanhamento de informações referentes
nais e/ou laborativas. à disciplina, saúde, execução da pena e visitas dos
§1º - Compete à Coordenadoria do Sistema mesmos, a fim de orientar procedimento na uni-
Penal, nas unidades não alcançados pelas dade de destino.

170
§1º - No caso de remoção definitiva, além das quando receberá aconselhamento e orientação,
providências do caput deste artigo, o preso deverá além do encaminhamento para a Coordenadoria de
ser acompanhado de seu prontuário e pertences Inclusão Social do Preso e do Egresso – CISPE,
pessoais. rede sócio-assistencial, de saúde e de educação;
II. orientação, preferencialmente pelo Defensor
SEÇÃO IV Público lotado na unidade, sobre as condições jurí-
dicas às quais ficará submetido;
POR DETERMINAÇÃO DO SECRETÁRIO
DE JUSTIÇA E CIDADANIA, MEDIANTE III. vestimentas e condições de transporte para
o retorno à sua residência de forma digna, desde
RELATÓRIO DE INTELIGÊNCIA
que localizada no Estado do Ceará ou, em situa-
PRISIONAL
ções excepcionais, a critério da Secretaria da Jus-
tiça e Cidadania.
Art.48 – A - Emergencialmente, a transferên-
cia se dará por determinação do Secretário de Jus-
tiça e Cidadania, através da COINT ou COSIPE. TÍTULO VI
DOS DIREITOS, DOS DEVERES, DOS
Parágrafo único – No prazo de 72 (setenta e
duas) horas haverá formalização da transferência BENS, REGALIAS E RECOMPENSAS
emergencial à Comissão de Avaliação de Transfe-
rências e Gestão de Vagas - CATVA, em relação CAPÍTULO I
aos estabelecimentos prisionais submetidos à sua DOS DIREITOS
atuação.
Art.50 - São direitos comuns aos presos,
CAPÍTULO III além dos já previstos pela Constituição Federal,
DARaimundo
SAÍDA Nonato Pinheiro daPactos
Silva Internacionais,
605.633.363-90 Legislação Penal e Proces-
sual Brasileira,
nonato.ufca@gmail.com Lei de Execuções Penais e demais
Leis, os seguintes:
Art.49 - A saída do preso da Unidade Prisio-
nal dar-se-á, nos seguintes casos: I - preservação da individualidade, obser-
vando-se:
I - pelo término do cumprimento da pena, devi-
damente reconhecido por sentença do Juízo das a) chamamento nominal;
Execuções Criminais e Corregedor dos Presídios; b) uso de número somente para qualificação
II - em virtude de algum beneficio legal que lhe em documento da administração penal.
tenha sido concedido, sempre por ordem escrita da II - atendimento pela Diretoria do Estabeleci-
Autoridade Judiciária competente. mento e/ou demais funcionários;
III - para atendimento de requisições adminis- III - prática religiosa;
trativas ou policiais, mediante escolta e autorização IV- tratamento médico-hospitalar, psiquiátrico,
escrita do Juiz das Execuções Criminais e Corre- psicológico e odontológico gratuito, com os recur-
gedor dos Presídios; sos humanos e materiais postos a sua disposição
IV - para atendimento de requisições judiciais, pela Unidade onde se acha recolhido, sendo-lhes
mediante escolta; garantidos:
V - em caráter excepcional, mediante autoriza- a) obtenção de assistência médica pela rede
ção da Direção do Estabelecimento Prisional, nos Municipal, Estadual e Federal, quando esgotados
casos e na forma estabelecidos nos artigos 120 e ou inexistentes os recursos institucionais, de
121 da Lei de Execuções Penais. acordo com a disponibilidade dessas redes;
Parágrafo único – Nas saídas previstas nos in- b) a faculdade de contratar, através de familia-
cisos I e II, será disponibilizado ao preso: res ou dependentes, profissionais médicos e odon-
I. a entrevista de desligamento realizada prefe- tológicos de confiança pessoal, a fim de orientar e
rencialmente por psicólogo ou assistente social, acompanhar o tratamento que se faça necessário,

171
observadas as normas legais e regulamentares vi- XIII - assistência jurídica integral desde sua in-
gentes; serção no Sistema Penitenciário, prestada por ad-
V - frequência às atividades desportivas, de la- vogado constituído ou pela Defensoria Pública;
zer e culturais condicionadas à programação da XIV - entrevista reservada com seu advogado
Unidade, dentro das condições de segurança e dis- constituído ou Defensor Público, no parlatório, indi-
ciplina, obedecendo-se os a seguinte regra: vidualmente, nos dias úteis e no horário de expedi-
a) a prática de esportes deverá ser realizada ente da Unidade.
em local adequado, pelo período de 02:00 horas, XV - à presa, em caso de gravidez, são asse-
pelo menos uma vez por semana, sem prejuízo das guradas:
atividades educacionais e laborativas da Unidade; a) assistência pré-natal;
VI - contato com o mundo exterior e acesso aos b) alimentação apropriada desde a confirma-
meios de comunicação social, por meio de: ção da gravidez até o fim da amamentação;
a) correspondência escrita com familiares e c) internação, com direito a parto em hospital
outras pessoas, podendo ser suspenso ou restrin- adequado, por meio de escolta;
gido tal direito por ato motivado do Diretor da Uni-
dade, no caso de cometimento de falta grave; d) condições para que possa permanecer com
seu filho pelo período mínimo de 120 dias após o
b) leitura de livros, jornais, revistas e demais nascimento, prorrogável por igual período, em local
periódicos, desde que não contenham incitamento adequado, mesmo que haja restrição de amamen-
à subversão da ordem ou preconceito de religião, tação;
raça ou classe social e não comprometam a moral
e os bons costumes; e) condições para que possa permanecer com
seu filho pelo período mínimo de 180 dias após o
c) programação da Rádio Livre; nascimento, prorrogável por igual período, após
d) acesso coletivo a programa de televisão;
Raimundo Nonato Pinheiroavaliação
da Silvamédica e de assistente social, em local
605.633.363-90
e) acesso a sessões cinematográficas, tea- adequado, quando estiver amamentando;
nonato.ufca@gmail.com
trais, artísticas e socioculturais, de acordo com a XVI - reabilitação das faltas disciplinares;
programação da Unidade respectiva. XVII - Em caso de falecimento, doenças, aci-
VII - acomodação em celas ou alojamentos co- dentes graves ou transferência do preso para outro
letivos ou individuais, dentro das exigências legais, estabelecimento, o Diretor comunicará imediata-
havendo trocas de roupas de uso pessoal, de mente ao cônjuge ou, se for o caso, a parente pró-
cama, banho e material de higiene, fornecidos pela ximo ou a pessoa previamente indicada;
Unidade Prisional ou outros setores devidamente XVIII - O preso será informado, imediatamente,
autorizados; do falecimento ou de doença grave do cônjuge,
VIII - solicitar à Diretoria mudança de cela ou companheira, ascendente, descendente ou irmão,
pavilhão, que poderá ser autorizada após avaliação podendo ser permitida a visita a estes, sob custó-
dos motivos e da capacidade estrutural da Uni- dia;
dade; XIX - Em caso de deslocamento do preso, por
IX - peticionar à Direção do Estabelecimento e qualquer motivo, deve-se evitar sua exposição ao
demais autoridades; público, assim como resguardá-lo de insultos e da
X - receber visitas do cônjuge, da compa- curiosidade geral.
nheira, de parentes e amigos em dias determina- XX - igualdade de tratamento, exceto quanto à
dos, podendo ser suspenso ou restringido tal direito individualização da pena.
por ato motivado do Diretor da Unidade, no caso de §1º - Os direitos previstos neste Regimento
cometimento de falta grave; não excluem outros decorrentes dos princípios por
XI - proteção contra qualquer forma de sensa- ele adotados.
cionalismo; §2º - Nos casos de prisão de natureza civil, o
XII - receber atestado anual de pena a cumprir; preso deverá permanecer em recinto separado dos

172
demais, aplicando-se, no que couber, as normas e) diretoria;
destinadas aos presos provisórios. f) serviços administrativos em geral;
g) atividades escolares, desportivas, religio-
CAPÍTULO II sas, de trabalho e de lazer;
DOS DEVERES DOS PRESOS h) assistência religiosa;
XIV - devolver ao setor competente, quando de
Art.51 - São deveres dos presos, além dos sua saída ou da eventual transferência, os objetos
previstos na legislação pátria: fornecidos pela unidade e destinados ao uso pró-
I - respeito às autoridades constituídas, funcio- prio;
nários e companheiros presos; XV - abster-se de desviar, para uso próprio ou
II - comportamento disciplinado e cumprimento de terceiros, materiais dos diversos setores da Uni-
fiel da sentença; dade Prisional;
III - informar-se das normas a serem observa- XVI - abster-se de negociar objetos de sua pro-
das na Unidade Prisional, respeitando-as; priedade, de terceiros ou do patrimônio do Estado;
IV - acatar as determinações legais solicitadas XVII - abster-se da confecção e posse indevida
por qualquer funcionário no desempenho de suas de instrumentos capazes de ofender a integridade
funções; física de outrem, bem como daqueles que possam
contribuir para ameaçar, ou obstruir a segurança
V - manter comportamento adequado em todo
das pessoas e da Unidade Prisional;
o decurso da execução da pena, progressiva ou
não; XVIII - abster-se de uso e consumo de bebida
alcoólica ou de substância que possa causar em-
VI - submeter-se à sanção disciplinar imposta;
briaguez ou dependência física, psíquica ou quí-
VII - Conduta oposta aos movimentos
Raimundo Nonatoindividu-
Pinheiro damica;
Silva 605.633.363-90
ais e coletivos de fuga ou de subversãononato.ufca@gmail.com
à ordem ou
XIX - abster-se de transitar ou permanecer em
a disciplina;
locais não autorizados pela Direção da Unidade.
VIII - zelar pelos bens patrimoniais e materiais
XX - abster-se de dificultar ou impedir a vigilân-
que lhe forem destinados, direta ou indiretamente;
cia;
IX - ressarcir o Estado e terceiros pelos danos
XXI - abster-se de quaisquer práticas que pos-
materiais a que der causa, de forma culposa ou do-
sam causar transtornos aos demais presos, bem
losa;
como prejudicar o controle de segurança, a organi-
X - zelar pelo asseio pessoal e assepsia da zação e a disciplina;
cela, alojamento, corredores e sanitários;
XXII - acatar a ordem de contagem da popula-
XI - submeter-se às normas contidas neste Re- ção carcerária, respondendo ao sinal convencio-
gimento Geral, referentes às visitas, orientando-as nado da autoridade competente para o controle da
nesse sentido; segurança e disciplina;
XII - submeter-se às normas, contidas neste XXIII - abster-se de utilizar quaisquer objetos,
Regimento Geral, que disciplinam a concessão de para fins de decoração ou proteção de vigias, por-
saídas externas previstas em lei: tas, janelas e paredes, que possam prejudicar o
XIII - submeter-se às normas contidas neste controle da vigilância;
Regimento Geral, que disciplinam o atendimento XXIV - abster-se de utilizar sua cela como co-
nas áreas de: zinha;
a) saúde; XXV - submeter-se à requisição das autorida-
b) assistência jurídica; des judiciais, policiais e administrativas;
c) psicológica; XXVI - submeter-se à requisição dos profissio-
nais de qualquer área técnica para exames ou en-
d) serviço social; trevistas;

173
XXVII - submeter-se às condições estabeleci- Art.53 - Em caso de falecimento do preso, os
das para uso de aparelho de rádio e/ou aparelho de valores e bens a este pertencentes, devidamente
TV; inventariados, serão entregues aos familiares,
XXVIII - submeter-se às condições de uso da atendidas as disposições legais pertinentes
biblioteca do estabelecimento, caso haja, e de li-
vros de sua propriedade;
CAPÍTULO IV
XXIX - submeter-se às condições estabeleci- DAS RECOMPENSAS E REGALIAS
das para as práticas desportivas e de lazer;
XXX - submeter-se às condições impostas SEÇÃO I
para quaisquer modalidades de transferências e re-
DAS RECOMPENSAS
moção de ordem judicial, técnico-administrativa e a
seu requerimento;
XXXI - submeter-se aos controles de segu- Art.54 - As recompensas têm em vista o bom
rança impostos pelos Agentes Penitenciários ou comportamento reconhecido em favor do preso
outros agentes públicos incumbidos de efetuar a sentenciado ou do preso provisório, de sua colabo-
escolta externa. ração com a disciplina e de sua dedicação ao tra-
balho.
Art.55 - São recompensas:
CAPÍTULO III
DOS BENS E VALORES PESSOAIS I - o elogio;
II - a concessão de regalias.
Art.52 - A entrada de bens de qualquer natu- Art.56 - Será considerado para efeito de elo-
reza obedecerá aos seguintes critérios: gio a prática de ato de excepcional relevância hu-
I - em se tratando Raimundo Nonato Pinheiro
daqueles permitidos, os da Silvaou
manitária 605.633.363-90
do interesse do bem comum, por por-
nonato.ufca@gmail.com
mesmos deverão ser revistados e devidamente re- taria do diretor da unidade prisional, devendo cons-
gistrados em documento específico: tar do prontuário do condenado.
a) a entrada de bens perecíveis, em espécie e
manufaturados, terá sua quantidade devidamente SEÇÃO II
regulada;
DAS REGALIAS
b) os bens não perecíveis serão analisados
pela unidade prisional quanto à sua necessidade,
Art.57 - Constituem regalias, concedidas aos
conveniência e quantidade;
presos em geral, dentro da Unidade Prisional:
II - Em se tratando de bens de consumo e pa-
I - visitas íntimas;
trimoniais trazidos por presos acompanhados ou
não de funcionário, quando das saídas externas II - assistir coletivamente sessões de cinema,
autorizadas, serão analisados. No caso de não se teatro, shows e outras atividades sócio-culturais,
comprovar a origem será lavrado comunicado do fora do horário normal em épocas especiais;
evento, sem prejuízo de outras medidas cabíveis; III - assistir coletivamente sessões de jogos es-
III - Quando do ingresso de bens e valores atra- portivos em épocas especiais, fora do horário nor-
vés de familiares e afins, serão depositados no se- mal;
tor competente, mediante inventário e contra re- IV - participar de atividades coletivas, além da
cibo: escola e trabalho, em horário pré-estabelecido de
a) o saldo em dinheiro e os bens existentes se- acordo com a Unidade do Sistema e Direção;
rão devolvidos no momento em que o preso seja V - participar em exposições de trabalho, pin-
libertado; tura e outros, que digam respeito às suas ativida-
b) no caso de transferência do preso, os valo- des;
res e bens serão encaminhados à unidade de des-
tino.

174
VI - visitas extraordinárias devidamente autori- na busca da construção de um futuro melhor para
zadas pela direção se comprovada sua necessi- o preso.
dade e relevância
Art.65 - Os atos de indisciplina serão passí-
Art.58 - Poderão ser acrescidas outras rega- veis das seguintes penalidades:
lias de forma progressiva, acompanhando as diver- I - advertência verbal;
sas fases e regimes de cumprimento da pena;
II - repreensão;
Art.59 - O preso no regime semi-aberto po-
III - suspensão ou restrição de regalias;
derá ter outras regalias, a critério da direção da uni-
dade visando sua reintegração social; IV - suspensão ou restrição de direitos, obser-
vadas as condições previstas no incisos XIII e XIV
Art.60 - As regalias poderão ser suspensas do artigo 50 do presente regimento;
ou restringidas, por cometimento de falta disciplinar
de qualquer natureza ou por ato motivado da dire- V - isolamento em local adequado;
ção da Unidade Prisional. VI - inclusão no regime disciplinar diferenciado,
mediante decisão fundamentada do juízo compe-
tente.
TÍTULO VII
DA DISCIPLIONA E DAS §1º - Advertência verbal é a punição de caráter
educativo, aplicado às infrações de natureza leve,
FALTAS DISCIPLINARES
e se couber as de natureza média;
§2º - Repreensão é a sanção disciplinar na
CAPÍTULO I
forma escrita, revestida de maior rigor no aspecto
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS educativo, aplicável em casos de infração de natu-
reza média, bem como os reincidentes de natureza
Art.61 - No aspecto Nonato Pinheiro daleve.
administrativo-disciplinar,
Raimundo Silva 605.633.363-90
este Regimento aplica-se aos presos de ambos os
nonato.ufca@gmail.com
Art.66 - Às faltas leves e médias, poderão ser
sexos recolhidos na mesma ou em Unidades Prisi- aplicadas as sanções previstas nos incisos I, II, III
onais diversas. do artigo anterior.
Art.62 - Todos os presos da Unidade Prisio- Art.67 - Às faltas graves, aplicam-se as san-
nal serão cientificados das normas disciplinares, no ções previstas nos incisos IV e V do artigo 65 deste
momento de seu ingresso na mesma. Regimento Geral, não podendo qualquer delas ex-
Art.63 - As normas deste Regimento serão ceder a 30 (trinta) dias.
aplicadas aos presos, quer dentro do estabeleci- §1º - O isolamento será sempre comunicado
mento prisional e sua extensão, quer quando esti- ao Juízo da Execução.
verem em trânsito ou em execução de serviço ex- §2º - A autoridade administrativa poderá decre-
terno. tar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo
máximo de 10 (dez) dias, no interesse da disciplina
CAPÍTULO II e da averiguação do fato.
DA DISCIPLINA §3º - O tempo de isolamento preventivo será
computado no período de cumprimento da sanção
disciplinar.
Art.64 - A ordem e a disciplina serão manti-
das com firmeza, sem constrangimento, sem impor Art.68 - Aplica-se o Regime Disciplinar Dife-
maiores restrições que as necessárias para manter renciado, na hipótese de falta grave consistente na
a segurança e a boa organização da vida em co- prática de crime doloso que ocasione subversão da
mum, visando o retorno satisfatório do preso a so- ordem ou disciplina interna, e tem as seguintes ca-
ciedade. racterísticas:
Parágrafo único - A disciplina, a hierarquia, a I - duração máxima de trezentos e sessenta
fraternidade e a civilidade são requisitos importan- dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova
tes para o aprimoramento físico, mental e espiritual

175
falta grave de mesma espécie, até o limite de um SEÇÃO I
sexto da pena aplicada; DAS FALTAS DISCIPLINARES
II - recolhimento em cela individual; DE NATUREZA LEVE
III - visitas semanais de duas pessoas, sem
contar os filhos menores de quatorze anos, com du- Art.72 - Considera-se falta disciplinar de na-
ração de duas horas; tureza leve:
IV - o preso terá direito à saída da cela por I - manusear equipamento de trabalho sem au-
duas horas diárias para banho de sol. torização ou sem conhecimento do encarregado,
§1º - O regime disciplinar diferenciado também mesmo a pretexto de reparos ou limpeza;
poderá abrigar presos provisórios ou condenados II - adentrar em cela ou alojamento alheio, sem
que apresentem alto risco para a ordem e a segu- autorização;
rança do Presídio ou da sociedade.
III - desatenção em sala de aula ou no trabalho;
§2º - Estará igualmente sujeito ao regime dis-
IV - permutar, penhorar ou dar em garantia ob-
ciplinar diferenciado o preso provisório ou conde-
jetos de sua propriedade a outro preso sem prévia
nado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de en-
comunicação da direção da unidade respectiva;
volvimento ou participação, a qualquer título, em or-
ganizações criminosas, quadrilha ou bando. V - utilizar-se de bens de propriedade do Es-
tado, de forma diversa para a qual recebeu;
§3º - A inclusão de preso no regime disciplinar
diferenciado deverá ser requerida, após delibera- VI - executar, sem autorização, o trabalho de
ção da comissão disciplinar, por meio de parecer outrem;
circunstanciado, pelo Diretor da Unidade ao Juízo VII - responder por outrem às chamadas regu-
competente, sendo imprescindível a decisão funda- lamentares;
mentada da autoridade judiciária para a imposição
de tal sanção. Raimundo Nonato Pinheiro da VIII - ter605.633.363-90
Silva posse de papéis, documentos, objetos
nonato.ufca@gmail.com cedidos e não autorizados pela Uni-
ou valores não
Art.69 - A suspensão e restrição de regalias dade Prisional;
poderão ser aplicadas isoladas ou cumulativa-
IX - descuidar da higiene pessoal;
mente, na prática de faltas de qualquer natureza.
X - estar indevidamente trajado;
Art.70 - Pune-se a tentativa com a sanção
correspondente à falta consumada. XI - proceder de forma grosseira ou discutir
com outro preso;
XII - usar material de serviço para finalidade di-
CAPÍTULO III versa da qual foi prevista;
DAS FALTAS DISCIPLINARES
XIII - deixar de frequentar, sem justificativa, as
aulas do curso em que esteja matriculado;
Art.71 - As faltas disciplinares segundo sua XIV - sujar pisos, paredes ou danificar objetos
natureza classificam se em: que devam ser conservados;
I - leves; XV - portar ou manter na cela ou alojamento,
II - médias; material de jogos não permitidos;
III - graves. XVI - remeter correspondência, sem registro
regular pelo setor competente;
Parágrafo único - O disposto neste capítulo
aplica-se, no que couber, ao preso provisório. XVII - desobedecer aos horários regulamenta-
res;
XVIII - descumprir as prescrições médicas;
XIX - lavar ou secar roupa em locais não per-
mitidos;

176
XX - fazer refeições em local e horário não per- X - apresentar, sem fundamento ou em termos
mitidos; desrespeitosos, representação ou petição;
XXI - conversar através de janelas, guichê da XI - recriminar ou desconsiderar ato legal de
cela ou de setor de trabalho ou em local não apro- agente da administração da unidade respectiva;
priado; XII - deixar de realizar a faxina do xadrez, alo-
XXII - mostrar displicência no cumprimento do jamento, banheiro ou corredores, cuja atribuição
sinal convencional de recolhimento ou formação; lhe esteja a cargo, ou fazê-lo com desídia;
XXIII - fumar em local ou horário não permitido. XIII - transitar pêlos corredores dos alojamen-
XXIV - proferir palavras de baixo calão ou faltar tos ou das celas despido ou em trajes sumários;
com preceitos de educação; XIV - deixar de fazer uso do uniforme sem au-
XXV - dirigir-se, referir-se ou responder a qual- torização;
quer pessoa de modo desrespeitoso; XV - fazer qualquer tipo de adaptação nas ins-
XXVI - tocar instrumentos musicais fora dos lo- talações elétricas ou hidráulicas da Unidade, sem a
cais e horários permitidos pela autoridade compe- devida autorização;
tente XVI - concorrer para que não seja dado cum-
primento a qualquer ordem legal, tarefa ou serviço,
bem como, concorrer para que seja retardada a sua
SEÇÃO II execução;
DAS FALTAS DE NATUREZA MÉDIA
XVII - interferir na administração ou execução
de qualquer tarefa sem estar para isto autorizado;
Art.73 - Considera-se falta disciplinar de na-
XVIII - simular doença para esquivar-se do
tureza média:
cumprimento de qualquer dever ou ordem legal re-
I - utilizar-se do anonimato
Raimundo para fins ilícitos
Nonato ou
Pinheiro dacebida;
Silva 605.633.363-90
causando embaraços à administração;nonato.ufca@gmail.com
XIX - introduzir, transportar, guardar, fabricar,
II - provocar direta ou indiretamente alarmes in- possuir bebidas alcoólicas ou qualquer outra subs-
justificados; tância que cause efeitos similares aos do álcool, ou
III - deixar, sem justo motivo, de responder às mesmo ingerir tais substâncias, ou concorrer, ine-
revistas ou reuniões em horários pré-estabeleci- quivocamente, para que outrem o faça;
dos, ou aquelas para as quais ocasionalmente for XX - introduzir, guardar ou possuir remédios,
determinado; sem a devida autorização da Direção da Unidade;
IV - atrasar-se o interno do regime aberto e XXI - solicitar ou receber de qualquer pessoa,
semi-aberto, para o pernoite; vantagem ilícita pecuniária ou em espécie;
V - atrasar-se, sem justo motivo, o interno do XXII - praticar atos de comércio de qualquer
regime semiaberto quando do seu retomo ao Esta- natureza, sem a devida autorização, com outros in-
belecimento Penal no caso de saídas temporárias ternos, funcionários ou civis;
autorizadas;
XXIII - manusear equipamento ou material de
VI - envolver, indevidamente, o nome de ou- trabalho sem autorização ou sem conhecimento da
trem para se esquivar de responsabilidade; administração, mesmo a pretexto de reparos ou
VII - portar-se de modo indisciplinado ou incon- limpeza;
veniente quando das revistas e conferências nomi- XXIV - apropriar-se ou apossar-se, sem autori-
nais; zação, de material alheio;
VIII - promover ou concorrer para a discórdia e XXV - destruir dolosamente, extraviar, desviar
desarmonia entre os internados, ou cultivar inimiza- ou ocultar objetos sob sua responsabilidade, forne-
des entre os mesmos; cidos pela administração;
IX - portar-se de modo inconveniente, provo- XXVI - fabricar qualquer objeto ou equipa-
cando outros internos através de brincadeiras de mento sem a devida autorização, ou concorrer para
cunho pernicioso ou sarcástico; que outrem incorra na mesma conduta;

177
XXVII - utilizar material, próprio ou do Estado, XLII - favorecer a prostituição ou a promiscui-
para finalidade diversa para a qual foi prevista, cau- dade de parentes e demais visitantes.
sando ou não prejuízos ao erário;
XXVIII - portar, confeccionar, receber, ter inde- SEÇÃO III
vidamente, em qualquer lugar do Estabelecimento
DAS FALTAS DE NATURES GRAVE
Penal, objetos passíveis de utilização em fuga;
XXIX - permanecer o interno, em dias de visi-
Art.74 - Comete falta disciplinar de natureza
tação, na área destinada à circulação de pessoas,
grave o preso que:
sem que para isto esteja autorizado ou acompa-
nhado de seus visitantes, exceto para responder à I - incitar ou participar de movimento para sub-
chamada nominal ou efetuar suas refeições; verter a ordem ou a disciplina;
XXX - permitir o interno que seus visitantes, II - fugir;
sem autorização de autoridade competente, ingres- III - possuir, indevidamente, instrumento capaz
sem nos alojamentos ou celas ou acessem local de ofender a integridade física de outrem;
não permitido;
IV - provocar acidente de trabalho;
XXXI - comportar-se, quando em companhia
de sua esposa, companheira ou diante de outros V - descumprir, no regime aberto, as condições
visitantes, de forma desrespeitosa; impostas;

XXXII - tomar parte em jogos proibidos ou em VI - desobedecer ao servidor ou desrespeitar a


aposta ilícitas; qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;

XXXIII - permanecer em alojamento diferente VII - não executar o trabalho, as tarefas ou as


do seu, sem a devida autorização da Administração ordens recebidas;
ou o consentimento de integrante do local; VIII - descumprir, injustificadamente, o conde-
Raimundo Nonato Pinheironado
da Silva 605.633.363-90
à pena restritiva de direitos, a restrição im-
XXXIV - transitar indevidamente por locais não
nonato.ufca@gmail.com
posta, ou retardar o cumprimento;
permitidos ou em desacordo com o respectivo es-
tágio em que se encontra; IX - introduzir, receber, vender, fornecer, ainda
XXXV - comunicar-se, de qualquer forma, com que gratuitamente, fazer uso, ter em depósito,
internos em regime de isolamento celular ou entre- transportar, trazer consigo, guardar ou emprestar
gar aos mesmos quaisquer objetos sem autoriza- telefone celular ou aparelho de comunicação com
ção da administração; o meio exterior, seus componentes ou acessórios;

XXXVI - promover barulho no interior do aloja-


mento, celas ou seus corredores, durante o re- SEÇÃO IV
pouso noturno, ou ainda, a qualquer hora, fazê-lo DAS ATENUANTES E DAS AGRAVANTES
de forma a perturbar a ordem reinante;
XXXVII - disseminar boato que possa perturbar Art.75 - São circunstâncias atenuantes na
a ordem ou a disciplina, caso não chegue a consti- aplicação das penalidades disciplinares:
tuir crime;
I - primariedade em falta disciplinar;
XXXVIII - dificultar a vigilância ou prejudicar o
II - natureza e circunstância do fato;
serviço da guarda em qualquer dependência da
Unidade; III - bons antecedentes prisionais;
XXXIX - praticar autolesão com finalidade de IV - imputabilidade relativa atestada por autori-
obter regalias; dade médica competente;
XL - praticar fato previsto como crime culposo V - confessar, espontaneamente a autoria da
ou contravenção, independentemente da ação pe- falta ignorada ou imputada a outrem;
nal; VI - ressarcimento dos danos materiais.
XLI - usar de ardil para auferir benefícios, indu-
Art.76 - São circunstâncias agravantes, na
zindo a erro qualquer pessoa;
aplicação das referidas penalidades:

178
I - reincidência em falta disciplinar; prazo de 03 (três) dias, contados da constatação
II - prática de falta disciplinar durante o prazo ou conhecimento do fato, seja iniciado o procedi-
de reabilitação de conduta por sanção anterior; mento disciplinar.
Art.79 - O conselho disciplinar realizará as di-
ligencias indispensáveis à precisa elucidação do
SEÇÃO V
fato, inclusive solicitação de perícia técnica,
DAS MEDIDAS CAUTELARES quando necessário, para formar seus elementos de
convicção.
Art.77 - O diretor da Unidade Prisional poderá
Art.80 - Será propiciado ao detento subme-
determinar, por ato motivado, como medida caute-
tido a julgamento pelo Conselho Disciplinar, o mais
lar, o isolamento do preso, por período não superior
amplo direito de defesa, seja por advogado consti-
a 10 (dez) dias, quando:
tuído ou por Defensor Público lotado na Unidade
I - pesem contra o preso informações, devida- Prisional respectiva.
mente comprovadas, de que estaria preste a come-
§1º - Caso não possua advogado constituído
ter infração disciplinar de natureza grave;
ou não saiba declinar os dados necessários para a
II - pesem contra o preso, informações devida- intimação do mesmo, na data da audiência de ins-
mente comprovadas, de que estaria ameaçada sua trução e julgamento, o faltoso será assistido pelo
integridade física; Defensor Público lotado na Unidade Prisional res-
III - a requerimento do preso, que expressará a pectiva.
necessidade de ser submetido a isolamento caute- §2º - Caso não haja Defensor Público lotado na
lar, como medida de segurança pessoal. Unidade Prisional respectiva, deverá ser intimado
Parágrafo Único - Em caso de necessidade, o para o ato o Defensor Público lotado na Vara de
prazo estabelecido no caput deste artigo poderá, a Execuções Criminais com jurisdição sobre a refe-
Raimundo Nonato Pinheiro
pedido da direção da unidade respectiva, ser pror- rida
da Unidade.
Silva 605.633.363-90
nonato.ufca@gmail.com
rogado por igual período pela autoridade judiciária Art.81 - Ao preso será dado conhecimento
competente. prévio da acusação.
Art.82 - O Conselho Disciplinar ouvirá, no
TÍTULO VIII mesmo ato, primeiramente o ofendido e testemu-
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR, DA nhas, se houverem, e por último o preso, de tudo
SANÇÃO E DA REABILITAÇÃO lavrando-se o termo respectivo.
Art.83 - Concluídas as oitivas necessárias,
CAPÍTULO I ato contínuo, será facultado à Defesa, manifesta-
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR E DA ção oral, que será tomada por termo, pelo tempo
SANÇÃO DISCIPLINAR de 15 (quinze) minutos.
Art.84 - Finda a instrução, passa-se imedia-
Art.78 - Cometida a infração, o preso será tamente ao julgamento acerca da culpabilidade ou
conduzido ao setor de disciplina, para o registro da inocência do faltoso, bem como acerca da natureza
ocorrência, que conterá nome e matrícula dos ser- da falta disciplinar a ele imputada, o que deverá ser
vidores que dela tiveram conhecimento, os dados registrado na ata respectiva, que será assinada por
capazes de identificar as pessoas ou coisas envol- todos os presentes.
vidas, local e hora da mesma, rol de testemunhas, Art.85 - Caso seja o detento considerado cul-
a descrição clara, concisa e precisa do fato, bem
pado pela transgressão disciplinar a ele imputada,
como as alegações do faltoso, quando presente, ao
adotará o Conselho Disciplinar uma das seguintes
ser interpelado pelo(s) signatário(s) das razões da
medidas:
transgressão, sem tecer comentários ou opiniões
pessoais, e outras circunstâncias. I - Tratando-se de faltas de natureza leve ou
média, remeterá os autos respectivos ao Diretor do
§1º - A ocorrência será comunicada imediata-
mente ao diretor da unidade prisional, para que, no

179
Estabelecimento que aplicará a sanção correspon- Art.91 - Durante todo o período de cumpri-
dente, no prazo de 02 (dois) dias; mento de sua pena, o preso poderá pedir a revisão
II - Tratando-se de falta grave a aplicação de da punição sofrida, desde que comprove o surgi-
sanção será de competência do Conselho Discipli- mento de fato novo, não apreciado por ocasião do
nar, por ato de seu presidente, no mesmo prazo anterior julgamento.
acima citado. Art.92 - A execução da sanção disciplinar
Art.86 - Em sendo o preso julgado inocente será suspensa quando desaconselhada pela uni-
das imputações que lhe foram feitas, serão os au- dade de saúde do Estabelecimento Prisional.
tos respectivos encaminhados ao Diretor do Esta- Parágrafo único - Uma vez cessada a causa
belecimento, a fim de que seja por este determi- que motivou a suspensão, a execução será iniciada
nado seu imediato arquivamento. ou terá prosseguimento.
Art.87 - Concluído o julgamento respectivo
será dada ciência ao preso envolvido e ao seu de- CAPÍTULO II
fensor.
DA CLASSIFICAÇÃO DA CONDUTA E DA
Art.88 - O preso poderá solicitar pessoal- REABILITAÇÃO
mente, ou através de seu patrono, reconsideração
do ato punitivo, no prazo de 08 (oito) dias úteis, Art.93 - A classificação do preso far-se-á pela
contados a partir da data em que a decisão lhe haja
Comissão Técnica de Classificação, consoante o
sido comunicada, nas seguintes hipóteses:
rendimento apurado através do cumprimento da
I - quando não tiver sido unânime a decisão do pena e mérito prisional.
Conselho Disciplinar;
Art.94 - A conduta disciplinar do preso em re-
II - quando a decisão do Conselho Disciplinar gime fechado classificar-se-á em:
tiver sido manifestamenteRaimundo
contrária àsNonato
provas exis-
Pinheiro da Silva 605.633.363-90
tentes nos autos respectivos; I - excelente, quando no prazo mínimo de 01
nonato.ufca@gmail.com
(um) ano não tiver sido cometida infração discipli-
III - quando a sanção aplicada estiver em de- nar de natureza grave ou média, ou não tiver rein-
sacordo com a Lei. cidido na prática de infração disciplinar de natureza
Parágrafo Único - o pedido será dirigido à au- leve;
toridade que aplicar a sanção disciplinar. II - boa, quando no prazo mínimo de 06 (seis)
Art.89 - O pedido de reconsideração, uma meses, não tiver cometido infração disciplinar de
vez apreciado pela autoridade competente, deverá natureza grave ou média;
ser despachado no prazo de 08 (oito) dias de seu III - regular, quando for cometida infração dis-
recebimento, dele não cabendo recurso administra- ciplinar de natureza média nos últimos 30 (trinta)
tivo. dias, ou grave, nos últimos 03 (três) meses;
Art.90 - Após tornar-se definitivo o ato puni- IV - má, quando for cometida infração discipli-
tivo, o Diretor da unidade prisional determinará as nar de natureza grave ou reincidida falta de natu-
seguintes providências: reza média, durante o período de reabilitação.
I - ciência ao preso envolvido e ao seu defen- Art.95 - O preso em regime semi-aberto terá
sor; a sua conduta disciplinar classificada em:
II - registro em ficha disciplinar; I - excelente, quando não tiver cometido infra-
III - encaminhamento de cópia da sindicância ção disciplinar de natureza grave ou média, ou não
ao Juiz das Execuções e Corregedor dos Presídios tiver reincidido na prática de infração disciplinar de
e ao Conselho Penitenciário do Estado do Ceará; natureza leve, pelo prazo de 06 (seis) meses;

IV - comunicação à autoridade policial compe- II- boa, quando não tiver cometido infração dis-
tente, quando o fato constituir ilícito penal; ciplinar de natureza grave ou média pelo prazo de
03 (três) meses;
V - arquivamento em prontuário penitenciário.

180
III- regular, quando cometer infração disciplinar TÍTULO IX
de natureza média ou reincidir na prática de infra- DA ASSISTÊNCIA AO PRESO
ção disciplinar de natureza leve, nos últimos 30
(trinta) dias;
CAPÍTULO I
IV- má, quando cometer infração de natureza
DA ASSISTÊNCIA
grave ou reincidir em infração de natureza média,
durante o período de reabilitação.
Art.101 - É dever do Estado dar ao preso as-
Art.96 - No caso do preso ser oriundo de ou- sistência material, à saúde, jurídica, educacional,
tra Unidade Prisional, poderá ser levada em consi- social e religiosa, objetivando prevenir o crime e re-
deração para a classificação de seu comporta- cuperar o preso, para que possa retornar ao conví-
mento a conduta mantida pelo mesmo no estabele- vio social satisfatoriamente.
cimento de origem.
Art.97 - O preso em regime fechado, terá os
SEÇÃO I
seguintes prazos para reabilitação da conduta, a
DA ASSISTÊNCIA MATERIAL
partir do cumprimento da sanção disciplinar:
I- De 01 (um) mês para as faltas de natureza
Art.102 - A assistência material consistirá no
leve;
fornecimento de alimentação suficiente, balance-
II- De 03 (três) meses para falta de natureza ada, vestuário e instalações higiênicas.
média;
Parágrafo Único - A Coordenadoria do Sistema
III- De 06 (seis) meses para falta de natureza Penal destinará, em cada uma de suas unidades
grave. prisionais, instalações e serviços adequados à sua
Art.98 - O preso em regime semi-aberto terá natureza e finalidade, para o atendimento da sua
Raimundo
os seguintes prazos para Nonato
reabilitação Pinheiro dapopulação
da conduta,
de internos.
Silva 605.633.363-90
nonato.ufca@gmail.com
a partir da data do cumprimento da sanção discipli-
nar: SEÇÃO II
I - de 30 (trinta) dias para falta de natureza DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
leve;
II- 60 (sessenta) dias para falta de natureza Art.103 - A assistência à saúde será de cará-
média; ter preventivo e curativo, compreendendo o atendi-
Parágrafo único - a infração disciplinar de na- mento médico, odontológico, psicológico, farma-
tureza grave implicará na proposta, feita pelo dire- cêutico e assistência social, obedecidas as diretri-
tor da unidade ao juízo competente, de regressão zes estipuladas no Plano Estadual de Saúde no
do regime. Sistema Penitenciário e pelas Portarias Interminis-
teriais do Ministério da Saúde e Ministério da Jus-
Art.99 - O preso em regime aberto terá os tiça.
prazos para reabilitação da conduta, de acordo
§1º - É facultado ao preso contratar profissio-
com o previsto no artigo anterior.
nal médico e odontológico de sua confiança e às
Art.100 - O cometimento da falta disciplinar suas expensas, que prestará o atendimento em
de qualquer natureza, durante o período de reabili- data e hora a serem marcadas pela Unidade de Sa-
tação acarretará a imediata anulação do tempo de úde do Estabelecimento Prisional.
reabilitação até então cumprido. Art.104 - Havendo necessidade de encami-
Parágrafo único - Com a prática de nova falta nhamento do preso ao Sistema de Saúde Pública,
disciplinar, exigir-se- á novo tempo para reabilita- a autorização será expedida pelo Diretor do Esta-
ção que deverá ser somado ao tempo estabelecido belecimento, ou seu representante legal, comuni-
para falta anterior. cando-se de imediato ao Juízo da Execução Penal.
Art.105 - Todas as Unidades Prisionais com
mais de 100 (cem) presos deverão obedecer à

181
padronização física, técnica e equipe profissional Art.111 - Ao Defensor Público responsável
estabelecida para atendimento de saúde nos ter- pela Unidade respectiva, compete:
mos do Plano Estadual de Saúde no Sistema Peni-
tenciário. I - manter o preso informado de sua situação
jurídico penal;
§1º - Nas demais Unidades, não sendo possí-
vel obedecer a mencionada padronização, as II - requerer e acompanhar os benefícios pe-
ações e serviços de saúde serão realizadas por nais incidentes na execução, aos quais seu assis-
profissionais da Secretaria de Saúde do Município tido fizer jus;
onde se achem localizadas, garantindo-se no inte- III - manter contato com o Juízo das Execu-
rior da Unidade uma estrutura mínima para tal aten- ções, Tribunais, Conselho Penitenciário e Direção
dimento, contando com a presença permanente de do Estabelecimento, no sentido de velar pela situa-
um profissional de saúde. ção do preso;
§2º - Será assegurado acompanhamento mé- IV - providenciar o recebimento de qualquer
dico especial à mulher, principalmente no pré-natal benefício extrapenal a que o preso tiver direito;
e no pós-parto, extensivo ao recém-nascido. V- providenciar para que os prazos prisionais
Art.106 - O preso terá asseguradas as medi- não sejam ultrapassados, requerendo o que for de
das de higiene e conservação da saúde, durante direito.
todo o tempo de seu recolhimento, bem como cons- VI - Organizar e manter estatísticas de atendi-
tantes palestras de esclarecimentos e prevenção. mento dos presos sob seu patrocínio;
Art.107 - Caberá à Chefia da Unidade de Sa- VII - Requerer, junto aos demais órgãos da es-
úde da Instituição Prisional respectiva comunicar a trutura organizacional da Unidade Penitenciária,
(o) Diretor(a) sobre casos de moléstias contagio- qualquer ação ou benefício necessário ao bem es-
sas, promovendo as medidas necessárias para evi- tar dos presos sob seu patrocínio, bem como de
tar a disseminação e contágio, propondo
Raimundo Pinheiroseus
as vacina-
Nonato familiares;
da Silva 605.633.363-90
ções dos internos e dos funcionários quando julgar
nonato.ufca@gmail.com
VIII - Patrocinar a defesa dos presos assistidos
necessário. pela Defensoria Pública perante o Conselho Disci-
Art.108 - Caberá ao Conselho da Comuni- plinar;
dade local acompanhar o cumprimento do Plano IX – Promover a ação civil pública e todas as
Estadual de Saúde no Sistema Penitenciário. espécies de ações capazes de propiciar a ade-
quada tutela dos direitos difusos, coletivos ou indi-
viduais homogêneos dos presos.
SEÇÃO III
DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA X – Difundir, no ambiente prisional, a educação
e conscientização dos direitos humanos, da cida-
dania e do ordenamento jurídico.
Art.109 - Aos presos é assegurada assistên-
XI - Realizar outras atividades dentro de sua
cia jurídica integral desde sua inserção no Sistema
área de competência.
Prisional, prestada por advogado constituído ou
pela Defensoria Pública Estadual;
Parágrafo único - Em todos os estabelecimen- SEÇÃO IV
tos penais, haverá local apropriado destinado ao DA ASSISTÊNCIA EDUCACIONAL E QUA-
atendimento pelo Defensor Público. LIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Art.110 - Aos presos que declarem não pos-
suir advogado constituído, será prestada assistên- Art.112 - A assistência educacional compre-
cia jurídica por meio de Defensor Público do Es- enderá a instrução escolar, englobando o ensino
tado, lotado na unidade respectiva, em Núcleo Es- fundamental e médio, bem como a formação pro-
pecializado da Defensoria Pública ou no Juízo das fissional do preso.
Execuções Criminais sob cuja jurisdição esta se Parágrafo Único - A Sejus poderá firmar termo
encontre. de cooperação com entidade pública ou particular

182
para a promoção de educação superior aos inter- de remição de pena pela leitura, como forma de es-
nos. timular e valorizar a participação dos internos em
atividades educacionais e culturais, colaborando
Art.113 - Quando do ingresso a Unidade Pri-
para a sua reinserção social.
sional, será feita a pesquisa referente à formação
escolar, na fase de triagem. Art.120 - Os livros deverão ser cadastrados,
utilizando-se fichas para consultas no local e nas
Art.114 - O ensino fundamental e médio será
retiradas para leitura em cela.
obrigatório, integrando-se no sistema escolar pú-
blico, a ser ministrado pela Secretaria de Educação §1º - Qualquer dano ou desvio deverá ser res-
do Estado. sarcido pelo seu causador e devidamente punido
na forma deste Regimento Geral.
Parágrafo Único - Somente serão dispensados
do ensino fundamental, os presos que preenche- §2º - Durante o cumprimento de sanção disci-
rem os seguintes requisitos: plinar, poderão ser retirados os livros pertencentes
à biblioteca, que se encontrarem na posse do infra-
I - apresentação do Certificado de Conclusão tor.
de ensino fundamental, médio ou superior;
§3º - Quando das saídas sob quaisquer moda-
II - incapacidade devidamente comprovada e lidades, o preso deverá devolver os livros sob seu
atestada por responsável. poder.
Art.115 - As atividades educacionais podem
ser objeto de ação integrada e conveniada com ou-
SEÇÃO V
tras entidades públicas, mistas e particulares, que
se disponham a instalar escolas, oficinas profissio- DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
nalizantes na Unidade Prisional com aprovação do
Projeto pela Coordenadoria do Sistema Penal. Art.121 - A assistência social tem por finali-
Raimundo Nonato Pinheiro dadade
Art.116 - O ensino educacional será feito por
Silva 605.633.363-90
o amparo ao preso e à sua família, visando
prepará-lo para o retorno à liberdade, e será exer-
nonato.ufca@gmail.com
profissionais da educação utilizando serviço de mo-
cida por profissional habilitado.
nitores aptos e treinados, com materiais oferecidos
pelo Poder Público. Parágrafo único - É facultado o auxílio de enti-
dades públicas ou privadas nas tarefas de atendi-
Art.117 - Os presos que tiverem frequência e mento social.
aprovação de acordo com as normas estabelecidas
pelo art.126 e §§da Lei de Execução Penal, terão Art.122 - Incumbe ao serviço de Assistência
direito à remição de pena, após análise e avaliação Social, entre outras atribuições:
pelo juízo da execução penal competente. I - Fornecer o diagnóstico Social do interno;
Art.118 - O ensino profissionalizante poderá II - Prestar Assistência Social ao interno e à
ser ministrado em nível de iniciação ou de aperfei- sua família;
çoamento técnico, atendendo-se as características III - Prestar assistência ao interno em caso de
da população urbana e rural, segundo aptidões in- hospitalização ou
dividuais e demanda do mercado.
transferência da Unidade por motivo de saúde;
Art.119 - A Unidade prisional disporá de uma
IV - Entrar em contato com a família do interno
biblioteca para uso geral dos presos, que será pro-
para realização de
vida de livros instrutivos, recreativos e didáticos,
jornais, revistas e outros periódicos e o acesso ao entrevistas ou para esclarecimento;
preso dar-se-á: V - Promover, quando necessário, o registro ci-
I - para uso na própria biblioteca; e vil do interno e de seus
II - para uso na própria cela, mediante autori- filhos, expedição de documento de identidade
zação da direção da unidade. e carteira profissional;
§1º - A Sejus deverá desenvolver juntamente VI - Proceder aos encaminhamentos à rede de
com a Secretaria de Educação do Estado projeto assistência social, de saúde e educação

183
VII - Integrar a equipe de Saúde nos termos do condicionada a prévio agendamento e respeitando
Plano Estadual de Saúde no Sistema Penitenciário; as normas de segurança prisional.
VIII – Facilitar o acesso da comunicação entre Art.125 - Nenhum religioso poderá iniciar seu
preso, instituição e família; trabalho sem antes ser advertido e instruído dos
IX – Fomentar debates e ações que reafirmem problemas prisionais e devidamente cientificado de
a real função social da pena entre os servidores do que deverá desenvolvê-lo em harmonia com as
sistema penal; normas do estabelecimento.
X – Buscar junto às redes sociais de apoio, be- §1º - A suspensão do ingresso de representan-
nefícios que possam resgatar a cidadania dos pre- tes religiosos só poderá acontecer por determina-
sos e presas, egressos e familiares; ção da Direção do estabelecimento ou outra auto-
ridade superior, por motivos justificados e regis-
XI – Integrar a Comissão Técnica de Classifi-
trada por escrito, dando-se ciência aos interessa-
cação;
dos com antecedência razoável.
XII - Realizar outras atividades dentro de sua
§2º - Após procedida a suspensão do ingresso
área de competência.
de representantes religiosos, a decisão sobre a ex-
tensão a outras unidades prisionais ficará a critério
SEÇÃO VI da Coordenadoria do Sistema Penal.
DA ASSISTÊNCIA RELIGIOSA Art.126 - Na realização de eventos internos
dever-se-á dar preferência às atividades ecumêni-
Art.123 - A assistência religiosa, respeitada a cas.
liberdade constitucional de culto, a legislação vi- Parágrafo único - Além dos cultos coletivos, a
gente e com as cautelas cabíveis, será prestada ao assistência religiosa poderá ser oferecida individu-
preso, sendo-lhe assegurada a participação nos almente a quem a solicitar, em horário e local pre-
eventos organizados naRaimundo
Unidade, bemNonato
comoPinheiro
a da Silvaagendados
viamente 605.633.363-90
e autorizados pela Direção do
posse de livros de instrução religiosa. nonato.ufca@gmail.com
estabelecimento, sendo garantida a privacidade
Parágrafo Único – À pessoa presa será asse- durante o atendimento religioso pessoal, sem pre-
gurado o direito à expressão de sua consciência, juízo da observância das normas de segurança pri-
filosofia ou prática de sua religião de forma indivi- sional.
dual ou coletiva, devendo ser respeitada a sua von- Art.127 - De modo algum serão permitidos
tade de participação, ou abstenção de participação cultos ou atividades religiosas que possam causar
de atividades de cunho religioso. transtornos aos demais internos e servidores peni-
Art.124 - É assegurado a todas as religiões tenciários, ou que venham perturbar as manifesta-
professadas no interior da Unidade Prisional, atra- ções religiosas de outras denominações.
vés de seus diversos representantes, direito a rea- Parágrafo único - A assistência religiosa não
lização de cultos em dia e hora pré-determinados será instrumentalizada para fins de disciplina, cor-
pela Direção, desde que não coloquem em risco a recionais ou para estabelecer qualquer tipo de re-
vida e a integridade dos participantes, vedado o galia, benefício ou privilégio, e será garantida
proselitismo religioso e qualquer forma de discrimi- mesmo à pessoa presa submetida a sanção disci-
nação ou estigmatização. plinar.
§1º -Caso o estabelecimento prisional não te-
nha local adequado para a prática religiosa, as ati-
SEÇÃO VII
vidades deverão se realizar no pátio, nas galerias
ou nas celas, em horários específicos. DA ASSISTÊNCIA PSICOLÓGICA

§2º - Para atuar no estabelecimento prisional o


líder ou grupo religioso fará pedido ao Diretor, por Art.128 - A assistência psicológica será pres-
escrito, e deverá ser cadastrado na Coordenadoria tada por profissionais habilitados, por intermédio de
do Sistema Penal, que normatizará o procedimento programas envolvendo o reeducando, a Instituição
de cadastro e fornecerá a respectiva carteira de e familiares, nos processos de ressocialização e
acesso, válida em todas as unidades prisionais, reintegração social.

184
§1º - Incumbe ao serviço de Assistência Psico- Art.130 - É livre a correspondência, condicio-
lógica, entre outras atribuições: nada a sua expedição e recepção, às normas de
I – realizar atendimentos iniciais por meio da segurança e disciplina da unidade prisional.
entrevista de anamnese; Art.131 - Os materiais recebidos por via pos-
II – realizar, periodicamente, acolhimento de tal deverão ser vistoriados em local apropriado, na
internos recém chegados, em caráter interdiscipli- presença do preso, observadas as normas de se-
nar; gurança e disciplina da unidade prisional.
III – identificar demandas de acompanhamento Parágrafo Único - Ao Diretor Adjunto da Uni-
psicológico; dade caberá a vistoria mencionada neste artigo.
IV – acompanhar internos em condições de cri-
ses depressivas e outros transtornos mentais; CAPÍTULO II
V – contribuir com as ações de promoção da DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
saúde mental, notadamente com a assistência aos
dependentes químicos, participando para a propo-
Art.132 - O preso terá acesso à leitura de jor-
sição e a execução de atividades voltadas à redu-
ção de danos e agravos à saúde. nais, revistas, periódicos e outros meios de comu-
nicação adquiridos às expensas próprias ou por vi-
VI – desenvolver atividades de grupos focais, sitas, desde que submetidos previamente a apreci-
trabalhando temas pertinentes ao contexto prisio- ação da direção da unidade prisional, que avaliará
nal, com viés multidisciplinar; a sua contribuição ao processo educacional e res-
VII – proceder aos encaminhamentos à rede socializador, bem como a não infringência às nor-
de assistência social, de saúde e educação; mas de segurança.
VIII – participar da articulação de parcerias Art.133 – A Rádio Livre, radiadora com estú-
Raimundo
para a realização de atividades Nonato Pinheiro
de promoção da sa- dadio
Silva 605.633.363-90
na Sejus e transmissão para todas as unidades
úde mental, prevenção da dependência química,
nonato.ufca@gmail.com
prisionais por meio de equipamentos técnicos de
orientação e assistência aos familiares de presos e caixas de som, será responsável pela transmissão
egressos. de programação voltada para os internos, de cunho
IX – destinar, nas unidades femininas, atenção cultural, educacional, informativo, esportivo, social,
especial às internas gestantes, em estado puerpe- religioso e de entretenimento, operada por profissi-
ral e às crianças da creche, principalmente no perí- onal de comunicação, promovendo, ainda, a intera-
odo de separação entre mãe e filho, assim como ção entre os internos e seus familiares, bem como
contribuir para o fortalecimento dos vínculos da fa- aproximando a comunidade carcerária e a adminis-
mília que irá abrigar a criança tração penitenciária.

§2º – Os exames criminológicos e demais pe- Art.134 - O uso do aparelho de rádio difusão
rícias técnicas não poderão ser realizados pelos poderá ser permitido, mediante autorização por es-
psicólogos que realizam a assistência aos presos. crito expedida pela Direção da Unidade Prisional,
observadas as peculiaridades de cada estabeleci-
mento e comprovada a propriedade do mesmo por
TÍTULO X documento idôneo, nos locais onde não houver
DO CONTATO EXTERNO transmissão da rádio livre.
§1º - É permitido ao interessado adquirir seu
CAPÍTULO I aparelho, com recursos de pecúlio ou de seus visi-
DA CORRESPONDÊNCIA ESCRITA tantes.
§2º - O aparelho deverá ser de porte pequeno,
Art.129 - A correspondência escrita entre o a critério da unidade prisional, que deverá atentar
preso, seus familiares e afins será feita pelas vias para a facilitação de sua revista.
regulamentares. §3º - O aparelho de rádio será registrado em
livro próprio, a cargo da Direção da Unidade,

185
devendo constar desse registro todos os dados que Art.138 - O uso dos meios de comunicação
possibilitem sua perfeita identificação e controle. permitidos por este Regimento Geral poderá ser
§4º - O aparelho de rádio não identificado será suspenso ou restringido por ato devidamente moti-
apreendido pelos agentes da área de segurança e vado, ficando seu restabelecimento a critério da di-
disciplina, que procederá às averiguações de sua reção da unidade.
origem, sem prejuízo da sanção disciplinar.
§5º - O portador do rádio deverá utilizá-lo em CAPÍTULO III
sua própria cela em volume compatível com a tran-
DAS VISITAS
quilidade dos demais presos, permitido o uso de
fone de ouvido.
Art.139 - As visitas ao preso se classificam
§6º - A Administração não se responsabilizará
sob duas categorias: as comuns e as conjugais
pelo mau uso, extravio ou desaparecimento do
(chamadas visitas íntimas).
aparelho, nem por danos causados pelo usuário ou
por outro preso.
§7º - Caso haja necessidade de conserto do SEÇÃO I
aparelho, o mesmo será feito com recurso próprio DAS VISITAS COMUNS
do preso ou de seus visitantes.
§8º - É proibida qualquer espécie de conserto Art.140 - Os (as) presos (as) poderão receber
de aparelho de rádio nas dependências internas do visitas de cônjuges, companheiras (os) ou paren-
estabelecimento, salvo em local determinado e tes, em dias determinados, desde que registrado
com a devida autorização. no rol de visitas do Estabelecimento Prisional e de-
Art.135 - O acesso à televisão pelo preso, vidamente autorizadas pela direção, e se darão na
forma especificada na Portaria Nº692/2013 da Se-
qualquer que seja o regime de cumprimento de
Raimundo Nonato Pinheirojus, da ou outra
Silva portaria que venha a substituí-la, ex-
605.633.363-90
pena, ocorrerá sob duas modalidades:
pedida
nonato.ufca@gmail.compelo mesmo órgão.
I - 01 (um) aparelho coletivo de propriedade da
Parágrafo único – O cadastramento no rol de
unidade prisional;
visitas será lavrado no prazo de até 10 (dez) dias
II - 01 (um) aparelho de uso particular em cada da apresentação dos documentos elencados na re-
cela ou alojamento, mediante prévia autorização ferida portaria, devendo as hipóteses de indeferi-
por escrito da direção da unidade, comprovada a mento serem devidamente motivadas.
propriedade do mesmo por documento idôneo.
Art.141 - As visitas serão limitadas ao nú-
Art.136 - O aparelho de uso coletivo deverá ser mero de 02 (dois) visitantes por dia de visita, a fim
franqueado aos presos, através de programação de proporcionar adequadas condições de revista,
institucional previamente divulgada, nos seguintes preservando as condições de segurança na Uni-
locais: dade Prisional. Quanto à visitação de filhos e netos
I - em sala de aula, para fins didáticos e sócio- menores de idade, no dia destinado a essas visitas,
culturais; não há limite de quantidade.
II - em ambientes coletivos, em horários esta- §1º - Os cadastros de visita deverão ser prefe-
belecidos formalmente, sem prejuízo das ativida- rencialmente biométricos, sendo renovados a cada
des de trabalho, escola, esportes e outras priorida- 02 (dois) anos e acompanharão o preso em caso
des. de mudança de unidade.
Parágrafo único - O controle do aparelho e da §2º - Em não havendo cônjuge, companheira
programação compete à área de segurança e dis- (o), ascendentes e descendentes de primeiro ou
ciplina. segundo grau e colaterais de primeiro grau ou pa-
rentes habilitados para a visita, poderá o(a)
Art.137 - Não se permitirá mais de um apare-
preso(a) cadastrar até 02 (dois) amigos (as).
lho de televisão em cada cela, independente da
quantidade de presos. Art.142 - A entrada de menores nas unidades
prisionais só será permitida aos filhos e netos do(a)

186
preso(a), acompanhados pelo responsável legal e, visita no próprio local, a critério da autoridade mé-
na falta deste, por aquele que for designado para dica.
sua guarda e responsabilidade, pela autoridade ju-
Art.146 - Antes e depois das visitas os presos
dicial competente, devendo apresentar carteira de
identidade ou certidão de nascimento. poderão ser submetidos à revista.

§1º - A entrada do(a) companheiro(a) menor de §1º - Os visitantes deverão ser revistados an-
idade se dará mediante autorização do juízo das tes de adentrarem na unidade.
execuções, salvo se já possuírem prole em comum, §2º - A revista pessoal (eletrônica, mecânica
quando deverá ser apresentada certidão de nasci- ou manual) será realizada com respeito à dignidade
mento do(s) filho(s). humana, sendo vedada qualquer forma de desnu-
damento, tratamento desumano ou degradante.
Art.143 - Não será permitida a visita a pessoa
que: §3º - A revista pessoal deverá ocorrer medi-
ante uso de equipamentos eletrônicos detectores
I - não esteja autorizado pela direção; de metais, bodyscanners, aparelhos de raio-X ou
II - não apresente documento de identificação; similares, ou ainda manualmente, preservando-se
III - apresentar sintomas de embriagues ou a integridade física, psicológica e moral da pessoa
conduta alterada que levem a presunção de con- revistada.
sumo de drogas e/ou entorpecentes; §4º - Onde houver bodyscanners obrigatoria-
IV - estiver com gesso, curativos ou ataduras; mente este será o meio utilizado para a revista ele-
trônica.
V - chegar na Unidade Prisional no dia e hora,
não estabelecido para visita; §5º - Considera-se revista manual toda inspe-
ção realizada mediante contato físico da mão do
VI - do sexo masculino que estiver trajando agente público competente sobre a roupa da pes-
bermuda, calção e/ou camiseta sem mangas; soa revistada, sendo vedados o desnudamento to-
Raimundo Nonato Pinheiro da Silva 605.633.363-90
VII - do sexo feminino que estiverem trajando tal ou parcial, o toque nas partes íntimas, o uso de
nonato.ufca@gmail.com
espelhos, o uso de cães farejadores, bem como a
mini-saias, miniblusas, roupas excessivamente
curtas, decotadas e transparentes; introdução de quaisquer objetos nas cavidades cor-
porais da pessoa revistada.
Art.144 - Cartas, bilhetes ou qualquer outro
meio de comunicação escrita, deverão ser entre- §6º - A retirada de calçados, casacos, jaquetas
gues aos plantonistas da revista ou ao chefe de e similares, bem como de acessórios, não caracte-
equipe que fará o encaminhamento ao preso. riza desnudamento.
§7º - A revista manual será realizada por servi-
Art.145 - As visitas comuns deverão ocorrer
dor habilitado e sempre do mesmo sexo da pessoa
preferencialmente, as quartas-feiras e/ou domin- revistada.
gos das 08:00 horas às 16:00 horas, encerrando-
se o acesso ao interior da Unidade Prisional às §8º - A revista pessoal em crianças ou adoles-
14:00 horas, em período não superior a 08 (oito) centes deve garantir o respeito ao princípio da pro-
horas, não devendo coincidir com o dia destinado teção integral da criança e do adolescente, sendo
às visitas íntimas. vedada sua realização sem a presença e o acom-
panhamento de um responsável legal.
§1º - A critério da Coordenação do Sistema Pe-
nal ou da Direção da Unidade Prisional, poderá ser §9º - A realização de revista manual ocorrerá
suspensa ou reduzida a visita em caso de risco imi- nas seguintes hipóteses:
nente à segurança e disciplina. I – o estado de saúde impeça que a pessoa a
§2º - Em caso excepcional, a administração ser revistada se submeta a determinados equipa-
poderá autorizar visita extraordinária, devendo fixar mentos de revista eletrônica, mediante comprova-
o tempo de sua duração. ção de laudo médico expedido em até sessenta
dias antes da visita, exceto quando atestar enfermi-
§3º - O preso recolhido ao pavilhão hospitalar dade permanente;
ou enfermaria e impossibilitado de se locomover,
ou em tratamento psiquiátrico, poderá receber II – quando não existir equipamento eletrônico
ou este não estiver funcionando;

187
III – após a realização da revista eletrônica, I - da visita resulte qualquer fato danoso à se-
subsistir fundada suspeita de porte ou posse de ob- gurança e disciplina da unidade, que envolva o vi-
jetos, produtos ou substâncias, cuja entrada seja sitante ou o preso;
proibida. II - houver aplicação de sanção disciplinar sus-
Art.147 - Os valores e objetos considerados pendendo o direito a receber visita;
inadequados, encontrados em poder do visitante, Parágrafo Único - O visitante, familiar ou não,
serão guardados em local apropriado e restituídos terá seu cadastro cancelado se praticar qualquer
ao término da visita. ato tipificado como crime doloso, sendo possível a
Parágrafo Único - Caso a posse constitua de- recuperação do cadastro, por decisão da Direção
lito penal deverão ser tomadas as providências le- da Unidade, ouvidos os Setores de Segurança e
gais cabíveis. Disciplina e de Serviço Social, a partir de 6 (seis)
meses após a prática do ato.
Art.148 - As pessoas idosas, gestantes e de-
ficientes físicos, terão prioridade nos procedimen- Art.153 - O preso que cometer falta discipli-
tos adotados para a realização da visita. nar média ou grave poderá ter restringido ou sus-
penso o direito a visita por até 30 (trinta) dias.
Art.149 - O visitante que estiver com maqui-
agem, peruca e outros complementos que possam
dificultar a sua identificação ou revista, poderá ser SEÇÃO II
impedido de ter acesso à unidade prisional, como DA VISITA ÍNTIMA
medida de segurança.
Art.150 - Roupas íntimas, agasalhos e mate- Art.154 - A visita íntima constitui um direito e
rial higiênico não fornecidos pelo Sistema Prisional, tem por finalidade fortalecer as relações afetivas e
bem como, bens de consumo, perecíveis ou não, familiares, devendo ser requerida pelo preso inte-
permitidos e trazidos pelos Raimundo Nonato Pinheiroressado
visitantes nos dias re- da Silva ao605.633.363-90
Diretor da Unidade.
gulamentares de visita, serão entreguesnonato.ufca@gmail.com
no setor Parágrafo Único - A orientação sexual dos in-
da revista, para que seja realizado um minucioso ternos e dos visitantes deverá ser respeitada, não
exame na presença do portador, após o que será devendo haver qualquer tipo de discriminação.
permitida a entrada no estabelecimento.
Art.155 - A visita íntima poderá ser suspensa
§1º - A Coordenadoria do Sistema Penal de-
ou restringida pelo prazo de 30 (trinta) dias por falta
verá formular anualmente relação dos bens de con-
disciplinar média ou grave cometida pelo reedu-
sumo, perecíveis ou não, que poderão ser admiti-
cando, bem como por atos do(a) companheiro(a)
dos no interior das unidades, da qual se dará ampla
que causar problemas de ordem moral ou de risco
publicidade;
para a segurança ou disciplina.
§2º - As visitas não poderão ingressar nas uni-
dades prisionais levando qualquer pertence que Art.156 - Os serviços de Saúde e de Assis-
não seja autorizado pela administração, devendo tência Social do Sistema Penitenciário deverão pla-
ser vedados apenas aqueles que atentem contra a nejar um programa preventivo para a população
segurança e disciplina do estabelecimento. prisional, nos aspectos sanitário e social, respecti-
vamente, sendo assegurada a distribuição gratuita
Art.151 - As visitas comuns serão realizadas de preservativos ao preso, quando da realização da
em local próprio, em condições dignas e que possi- visita íntima.
bilitem a vigilância pelo corpo de segurança.
Parágrafo único - O serviço de Saúde e a Co-
Parágrafo único – As unidades prisionais dis- missão Técnica de Classificação de cada unidade
porão de espaços lúdicos para acolher filhos e ne- prisional desenvolverão os programas propostos.
tos de presos (as) por ocasião das visitas.
Art.157 - Ao preso será facultado receber
Art.152 - O visitante, familiar ou não, poderá para visita íntima cônjuge ou companheiro(a) ou
ter seu ingresso suspenso pelo prazo de até 60 pessoa designada pelo mesmo, comprovadas as
(sessenta) dias, por decisão motivada da direção seguintes condições:
da unidade, quando:

188
I - se cônjuge, comprovar-se-á com a compe- TÍTULO XI
tente Certidão de Casamento; DO TRABALHO, DA REMIÇÃO
II - se companheiro(a), comprovar-se-á com o E DO PECÚLIO
Registro de Nascimento dos filhos em nome de am-
bos ou declaração de união estável assinada por
Art.162 - A unidade prisional manterá o tra-
duas testemunhas, com firma reconhecida;
balho do reeducando como dever social e condição
III - nos demais casos, mediante declaração de dignidade humana, com finalidade educativa,
expressa do(a) preso(a), com a apresentação dos produtiva e reintegradora.
documentos exigidos para as visitas comuns, e
Parágrafo Único - Aplicam-se à organização e
avaliação do Serviço Social.
aos métodos de trabalho as precauções relativas à
§1º - o preso poderá receber a visita íntima de segurança e à higiene.
menor de 18 (dezoito) anos, quando:
Art.163 - As modalidades de trabalho classi-
a) legalmente casados; ficam-se em interno e externo.
b) nos demais casos, mediante autorização do §1º - O trabalho interno tem caráter obrigatório,
juízo das execuções, salvo se já possuírem prole respeitadas as aptidões e a capacidade do preso,
em comum, quando deverá ser apresentada certi- observando-se:
dão de nascimento do(s) filho(s);
a) Na atribuição do trabalho, poderão ser leva-
c) houver prova de emancipação civil do(a) vi- das em consideração a habilitação, a condição pes-
sitante. soal e as necessidades futuras do interno.
§2º - Somente será autorizado o registro de b) Os maiores de 60 (sessenta) anos terão
um(a) visitante, ficando vedadas as substituições, ocupação adequada à sua idade.
salvo se ocorrer separação ou divórcio, no decurso
do cumprimento de pena, obedecido o prazo mí- c) Os doentes ou portadores de necessidades
Raimundo Nonato Pinheiro daespeciais,
Silva 605.633.363-90
declarados tais pelo órgão competente,
nimo de 6 (seis) meses, com investigação do Ser-
nonato.ufca@gmail.com
terão ocupação compatível com seu estado físico e
viço Social e decisão da Direção da Unidade Prisi-
onal. mental.

Art.158 - Comprovadas as relações previstas §2º - A jornada de trabalho não poderá ser in-
ferior a 06 (seis) nem superior a 08 (oito) horas,
nos artigos anteriores, para a concessão de visita
com descanso aos domingos e feriados, salvo ex-
íntima, deverão ainda as partes:
ceções legais.
a) Apresentar atestado de aptidão, do ponto de
vista de saúde, através de exames laboratoriais Art.164 - Conforme o disposto no artigo 126
tanto para o(a) preso(a) como para o(a) compa- da Lei de Execução Penal, o detento poderá remir
nheiro(a); parte do tempo de condenação, à razão de um dia
de pena por três trabalhados.
b) Submeter-se aos exames periódicos, a cri-
tério das respectivas unidades. §1º - Também se considera, para efeitos de re-
mição, a frequência regular aos cursos de Ensino
Art.159 - A periodicidade da visita exclusiva- Fundamental, Médio e Profissionalizante, bem
mente íntima será mensal, obedecidos os critérios como a produção intelectual e produção de artesa-
estabelecidos neste Regimento Geral. nato.
Art.160 - O controle da visita íntima, relativa- §2º - Deverá existir uma ficha de frequência, a
mente às condições de acesso, trânsito interno e qual registrará os dias trabalhados, devendo ser
segurança do(a) preso(a) e de seu cônjuge ou com- assinada diariamente pelo preso(a) e rubricada no
panheiro(a), compete aos integrantes da área de final do mês pela autoridade administrativa compe-
segurança e disciplina. tente.
Art.161 - A visita deverá submeter-se às nor- §3º - A contagem do tempo de remição se dará
mas de segurança do estabelecimento. na forma do art.126 da Lei de Execução Penal.

189
§4º - Para fins de cumulação dos casos de re- CAPÍTULO II
mição, as horas diárias de trabalho e de estudo se- DO TRABALHO EXTERNO
rão definidas de forma a se compatibilizarem.
§5º - O preso impossibilitado, por acidente, de Art.171 - O trabalho externo, executado fora
prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a dos limites do estabelecimento, será admissível
beneficiar-se com a remição. aos presos em regime fechado, quando obedeci-
§6º - O condenado que cumpre pena em re- das as condições legais, e aos presos em cumpri-
gime aberto ou semiaberto e o que usufrui liber- mento de pena em regime semiaberto e aberto.
dade condicional poderão remir, pela frequência a
Art.172 - O cometimento de falta disciplinar
curso de ensino regular ou de educação profissio-
de natureza grave implicará na revogação imediata
nal, parte do tempo de execução da pena ou do pe-
ríodo de prova. da autorização de trabalho externo, sem prejuízo
da sanção disciplinar correspondente, apurada
§7º - O disposto neste artigo aplica-se às hipó- através de procedimento disciplinar.
teses de prisão cautelar.
Art.173 - O preso em cumprimento de pena
Art.165 - O Setor de Segurança e Disciplina em regime semiaberto, poderá obter autorização
informará à Unidade de Produção e comercializa- para desenvolver trabalho externo, junto às empre-
ção sobre eventuais impedimentos da atividade do sas públicas ou privadas, observadas as seguintes
trabalho do preso trabalhador e seus motivos. condições:
Parágrafo Único - No caso de saída do preso I- Submeter-se à observação criminológica re-
da unidade prisional será comunicada imediata- alizada no período de 30 (trinta) dias de sua inclu-
mente para a Unidade de Produção e Comerciali- são, sem qualquer impedimento;
zação para as providências cabíveis.
II- Manter comportamento disciplinado, seja na
unidade
Raimundo Nonato Pinheiro da Silva prisional, seja na empresa a qual presta
605.633.363-90
CAPÍTULO I serviços;
nonato.ufca@gmail.com
DO TRABALHO INTERNO III- Cumprir horário, em jornada estabelecida
no respectivo contrato de trabalho;
Art.166 - O trabalho interno será desenvol- IV- Retornar à unidade prisional quando de
vido através de qualquer atividade regulamentada, eventual dispensa portando documento hábil do
que tenha por objetivo o aprendizado, a formação empregador;
de hábitos sadios de trabalho, o espírito de coope- V - Ter justificado ao empregador, mediante
ração e a socialização do preso. documento hábil, a falta por motivo de saúde;
Art.167 - Considera-se trabalho interno VI- Cumprir rigorosamente o horário da jornada
aquele realizado nos limites do estabelecimento, de trabalho estabelecidos pela unidade prisional e
destinado a atender às necessidades peculiares da empresa.
unidade.
Art.174 - A unidade prisional deverá manter
Art.168 - Será atribuído horário especial de o controle e fiscalização através de instrumentos
trabalho aos internos designados para os serviços próprios, junto à empresa e ao reeducando, para
de conservação, subsistência e manutenção da que o mesmo possa cumprir as exigências do ar-
Unidade. tigo anterior.
Art.169 - Compete à unidade prisional propi-
ciar condições de aprendizado aos presos sem ex- CAPÍTULO III
periência profissional na área solicitada. DO PECÚLIO
Art.170 - Para a prestação do trabalho in-
terno, dar-se-á sempre preferência aos presos que Art.175 - O trabalho do(a) preso(a) será re-
tenham índice superior de aproveitamento e maior munerado, obedecendo critérios de produtividade,
tempo de cumprimento de pena.

190
não podendo ser inferior a 3/4 três quartos) do sa- nem praticar atos que possam atentar contra a se-
lário mínimo. gurança, ordem ou disciplina, mantendo diálogo
com os detentos dentro dos limites funcionais;
Art.176 - O produto da remuneração será de-
positado em conta bancária, em Banco Oficial ou §2º - Os agentes prisionais levarão ao conhe-
Privado, conveniado com o Estado. cimento da autoridade competente as reivindica-
ções dos presos objetivando uma solução ade-
Art.177 – Quanto aos valores do trabalho do quada, bem como as ações ou omissões dos mes-
preso, seu pecúlio e deduções previdenciárias, ob- mos, que possam comprometer a boa ordem na
servar-se-á o disposto na Portaria 217/2014 da Se- Unidade Prisional.
jus.
Art.184 - Ocorrendo óbito, fuga e evasão, a
Art.178 - Toda importância em dinheiro que direção do Estabelecimento comunicará imediata-
for apreendida indevidamente com o reeducando e mente ao Juiz da Execução, a Coordenadoria do
cuja procedência não for esclarecida reverterá ao Sistema Prisional e também solicitará a presença
Estado, por processo administrativo em que se da Polícia Judiciária.
obedeça ao devido processo legal.
Parágrafo Único - Falecendo o interno, os va-
Parágrafo Único - Se a origem e propriedade lores e bens devidamente inventariados, serão en-
forem legítimas, a importância será depositada no tregues aos familiares.
pecúlio reserva do reeducando, sem prejuízo das
sanções disciplinares previstas. Art.185 - Em caso de danos ao Estabeleci-
mento a Diretoria oferecerá a Coordenadoria do
Art.179 - Na ocorrência do falecimento do re- Sistema Penitenciário relatório circunstanciado ob-
educando, o saldo será entregue a familiares, aten- jetivando avaliar os prejuízos e elucidar as irregula-
didas as disposições pertinentes. ridades, encaminhando os resultados a quem de di-
reito.
Raimundo Nonato Pinheiro da Silva 605.633.363-90
Parágrafo Único - Cabe ao reeducando ressar-
TÍTULO XII
nonato.ufca@gmail.com
cir o Estado pelos danos causados, ao patrimônio
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
físico e material da Unidade Prisional.
Art.180 - O abuso de poder exercido contra o Art.186 - Os casos omissos poderão ser re-
interno será punido administrativamente, sem pre- solvidos pelo diretor da Unidade, em conjunto com
juízo da apuração da responsabilidade penal e civil. a Coordenadoria do Sistema Penitenciário, com o
conhecimento da Secretária da Justiça e Cidada-
Art.181 - Cada unidade prisional adotará, nia, observadas as respectivas competências.
atendendo suas peculiaridades, horário próprio
para tranca e destranca das celas. Art.187 - A revisão do Regimento Geral dos
Estabelecimentos Prisionais do Estado do Ceará
Art.182 - A cada mês do ano civil os Adminis- será realizada a cada 4 (quatro) anos, contados a
tradores das unidades prisionais, após consulta às partir de sua publicação, por Comissão Especial a
equipes técnicas das unidades, elaborarão relató- ser designada pelo(a) Secretário(a) da Justiça e Ci-
rio circunstanciado das atividades e funcionamento dadania, composta preferencialmente de forma pa-
da respectiva unidade, encaminhando-o ao Coor- ritária por membros das instituições com atuação
denador do Sistema Penal do Estado, para as pro- direta no sistema prisional.
vidências que entender cabíveis.
Parágrafo único – Sem prejuízo da citada revi-
Art.183 - Os funcionários da Unidade Prisio- são, serão promovidos encontros anuais de servi-
nal cuidarão para que sejam observados e respei- dores e gestores para discussão, proposição e ava-
tados os direitos e deveres dos detentos respon- liação das políticas públicas para o sistema peni-
dendo, nos termos da legislação própria, pelos re- tenciário.
sultados adversos a que derem causa, por ação ou
Art.188 - Este Regimento entrará em vigor na
omissão.
data de sua publicação, revogadas as disposições
§1º - No exercício de suas funções, os funcio- em contrário
nários não deverão compactuar com os presos

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