Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Ler o texto duas vezes. A primeira para tomar As beatas choraram rios de lágrimas.
contato com o assunto; a segunda para observar como o Aquela senhora é um coração de pessoa.
texto está articulado, desenvolvido. O tempo ia pingando lentamente.
DENO TAÇÃO - É o significado próprio da palavra que Compreendemos um tex to quando o analisamos por inteiro
independe do contex to. É o uso da palavra no seu sentido - o que realmente está escrito - coletando dados do texto.
próprio. Aparece com frequência na linguagem informática Interpretamos um texto quando damos a ele um valor
e técnica. pessoal.
A rapaz construiu o muro. Mas é válido ressaltar que mesmo diante de nossa
O coração é um órgão do corpo humano. interpretação pessoal do texto, deve -se observar a
O homem atravessou um rio. existência de uma idéia básica defendida pelo autor. E é
Comprei uma correntinha de ouro. essa a idéia que precisamos encontrar ao ler o texto, a fim
de respondermos questões de interpretação textual.
CONOTAÇÃO - É um novo significado que a palavra pode
O primeiro passo para se interpretar um tex to, depois de lê-
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 1 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Língua Portuguesa
Excelência em Ensino
lo, é identificar qual a tipologia textual, ou seja, o tipo de cosmovisão (visão de mundo) do narrador e o ponto de
texto que lemos. Há três tipos: vista ou foco narrativo é um critério para sistematizar a
narração, revelando todos os valores do mundo enfocado.
TEXTO DESCRITIVO: descrever é representar verbalmente O foco narrativo pode ser em:
um objeto, uma pessoa, um lugar, mediante a indicação de
aspectos característicos. E para isso, impõe-se o uso de (a) 3ª pessoa: o narrador pode ou não fazer parte da
palavras específicas, exatas, que estão intimamente ligadas narração. Ele narra os fatos na forma de um observador ou
às sensações (sentidos físicos: olfato, paladar, visão, fazendo parte das personagens.
audição; sentidos psíquicos ou de sensibilidade interna: (b) 1ª pessoa: o narrador faz parte da história, pois ele
fadiga, tristeza, alegria, estresse, etc.) de cada indivíduo. sempre vai falar em seu nome e a partir do seu ponto de
vista.
"O feijão estava tão gostoso, mas tão gostoso que eu comi
só uma bacia." O texto narrativo possui uma estrutura básica composta de
enredo (o desenrolar dos acontecimentos), espaço físico (o
"A cidade de Recife é linda, com locais fantásticos, que lugar onde ocorre a ação, a história) e tempo (o momento
demonstram a beleza do povo, o cheiro gostoso do em que os fatos ocorrem).
ambiente e o cuidado que Deus teve para criá -la. "
TEXTO DISSERTATIVO : o texto dissertativo não nos conta
TEXTO NARRATIVO: é o relato de um fato, de um uma história, não nos descreve um lugar; ele nos apresenta
acontecimento, em que atuam personagens. Os uma idéia a ser defendida com argumentos, através de
acontecimentos são narrados por um narrador, que pode exemplos, estatísticas, etc. É formado de três partes:
assumir duas atitudes distintas: colocar-se fora ou dentro introdução, desenvolvimento e conclusão.
da história.
INTRODUÇÃO Qual é o fato?
3 Situando-se fora, restringe seu conhecimento e Exemplos, Estatísticas
informação ao que lhe permite sua limitada visão DESENVOLVIMENTO Fatos concretos
(narrador-observador), ou assume, em última instância, a Aspectos positivo e
onisciência (narrador onisciente). negativo Argumentação
Comparações Pessoas
Narrador onisciente - sabe tudo a respeito das envolvidas na mesma
personagens, seus pensamentos, sentimentos, etc. idéia.
CONCLUSÃO Há solução? Qual a
"José Ribamar é, no colégio, o menino que usa dentes de solução?
fora, monstruoso e intempestivo, assassino frio de gatos,
canários e sabiás, matador de gambás, preás e outros
PARÁFRASE, PERÍFRASE, SÍNTESE E RESUMO
bichos que só de ver, brrr! Nos dão calafrios. A própria
imagem do terror: ele tira partido de sua própria aparência
má, mostrando ainda pior. Faz com que a própria mãe PARÁFRASE: é o comentário amplificativo de um texto ou a
explicação desenvolvida de um texto.
espere sôfrega, a hora de abrir o colégio e a professora,
ainda mais sôfrega, a hora de fechá-lo." O maior perigo que enfrenta quem explica um texto é a
(José Ribamar Rainho - O Monstro - Millor Fernades) paráfrase.
versos, da fugacidade dos bens, que hoje alcançamos e diversas partes de um texto.
amanhã perdemos; mesmo a esperança e os desejos são
frágeis e a própria vida se esvai rapidamente, caminhando Nesse tópico, será abordada somente a coesão do tipo
para a morte. Tinha o poeta muita razão, pois, realmente, referencial.
na vida, todos os gostos terrenos se extinguem como um
sopro: o homem, que sempre vive esperando e desejando a) Coesão referencial - é a que se refere a outro(s)
alguma coisa, tem constantemente a alma preocupada com elemento (s) do mundo textual.
o seu destino. Ora, mesmo que chegue a realizar seus
sonhos, estes não perduram..."
Exemplo 1:
uma bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava -a vibrar e controlar são o mesmo, ou seja, Ed Mota.
com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os 6. “daquele garotão que se sente bem informado
joelhos. Com relação ao texto acima, procure responder os entre discos e livros na sua casa” - a expressão “daquele
tópicos seguintes: garotão” denota uma certa proximidade entre o autor do
texto e o cantor.
A) De quem era a casa? Que palavra no texto 7. “O cara é tão na dele, tão boa-praça que sua
assegura essa certeza? arrogância soa simpatia.” - nesta passagem, o pronome
B) Qual a referência da palavra “ninguém”? Essa referência possessivo “sua” refere-se a “boa-praça”.
é feita de modo vago, impreciso ou de modo preciso, 8. “ Sem dúvida, uma história de sucesso.” - a
determinado? expressão em negrito resume todas as informações
C) De quem era o olhar submisso? apresentadas no corpo do texto.
D) Quem era interrompido pelo soluço? Qual a pala vra que
indica essa referência? ----------------------------- TEXTO 1 ------------------------------
E) Que referência as palavras “que” e “se” retomam?
F) quanto aos pronomes em negrito “a salvava”, “segurava- Um levantamento do Serviço à Mulher Marginalizada
a”, apertando-a” , a que eles se referem no texto? aponta que existem 7 milhões de mulheres se prostituindo
no país. Elas têm de 9 a 65 anos. Estimativas indicam que
EXERCÍCIOS uma parte signifi cativa (500mil) é composta por meninas
com menos de 18 anos de
2. Observe agora o texto abaixo:
7. idade. O Brasil detém um recorde lamentável: é o país
Ed Mota lembra um político em campanha. Em todos os da América Latina com maior número de prostitutas
lugares, todo mundo olha para ele e se sente à vontade infantis.
para chegar e conversar. E ele corresponde com um
tremendo bom humor. Em poucas horas, conversou com O racismo, que muitas vezes barra o acesso ao mercado de
estudiosos e com pessoas simples sem distinção. trabalho, é também responsável por conduzir as mulheres à
prostituição. Cerca de 70% das prostitutas são negras ou
Existem dois Ed Motas. E eu não me refiro ao tamanho do mulatas.
rapaz. Nem ao Ed Mota cantor ou ao Ed Mota gourmet. Há
um lado juvenil, daquele garotão que se sente bem A violência doméstica contra mulheres e crianças é outro
informado entre discos e livros na sua casa, o cara que é fator determinante para o aumento da prostituição. “A
uma verdadeira enciclopédia de Jazz e Soul, mas ainda vibra maioria entra nessa vida porque sofreu violência em casa”,
com Led Zeppelin. E existe o lado dedicado do artista que afirma Monique Laroche, coordenadora do serviço e
controla totalmente sua carreira. responsável pela Casa de Convivência da Luz.
I. Há elipse do substantivo “mitos” em: “Existem vários O que incomoda a população (...) é o piolho da cabeça, que
mitos a respeito da diferença de tratamento que homens e se hospeda geralmente em crianças em idade pré-escolar.
mulheres recebem no ambiente de trabalho. Alguns dizem Não se sabe ao certo o porquê da maior incidência em
que mulheres custam mais caro à empresa; outros, que não crianças, mas se acredita que seja provavelmente pelo
existe discriminação salarial entre sexos”. contato mais íntimo entre elas. Afinal, só pode ocorrer
II. Em “A revista Veja, por exemplo, está entre estes infestação se a criança entrar em contato com outra,
últimos. Acredita que o discurso sobre rendimentos desmitificando assim que o piolho voa ou que o uso em
femininos inferiores é um erro de pesquisas apressadas e comum de pentes e escovas pode ser tranquilo.
de discursos simplistas de grupos feministas. Com o título
de “Elas já são maioria na firma”, a publicação traz uma Outro mito (...) é a transmissão do piolho animal para o ser
reportagem bastante positiva sobre a inserção das humano. “Isto não existe porque cada espécie tem seu
mulheres no mercado de trabalho, o termo destacado piolho e se o parasita picar outra espécie que não seja a
corresponde a uma retomada de “A revista Veja”. sua, morre.”
III. No segmento “A própria matéria apresenta dados de
uma pesquisa da Organização Internacional do Trabalho QUESTÃO :
(OIT) que mostra a desproporção salarial entre sexos. Sem Diante da interpretação do texto acima, julgue as
dúvida um dado positivo: em dez anos a diferença caiu de alternativas abaixo:
32% para22%. No entanto, a pesquisa não deixa de
mencionar o que a entidade intitulou como “teto de
1. O texto aborda um dos problemas que atinge a
vidro...”, o termo sublinhado retoma a “Organiza ção
população brasileira, principalmente quando na idade pré-
Internacional do Trabalho”.
escolar.
Está (ão) correta (s):
2. “Afinal, só pode ocorrer infestação se a criança
entrar em contato com outra” - há a elipse do substantivo
A) 1, apenas. D) 2, apenas. criança logo após a palavra outra.
B) 3, apenas. E) 2 e 3. 3. A expressão “outro mito” (2º parágrafo) retoma
C) 1, 2 e 3. coesivamente a expressão anterior “ (...) piolho voa”.
4. No período “cada espécie tem seu piolho e se o
----------------------------- TEXTO 5 ------------------------------ parasita picar outra espécie que não seja a sua, morre”, o
pronome “sua” se refere claramente ao piolho animal.
- Haveis de entender, começou ele, que a virtude e 5. “...Não se sabe ao certo o porquê da maior
o saber têm duas existências paralelas, uma no sujeito que incidência em crianças, mas se acredita...” - a conjunção
as possui, outra no espírito dos que o ouvem ou insere uma idéia de explicação.
contemplam. Se puserdes as mais sublimes virtudes e os
mais profundos conhecimentos em um sujeito solitário,
remoto de todo contato com outros homens, é como se
eles não existissem. Os frutos de uma laranjeira, se
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 6
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Língua Portuguesa
Excelência em Ensino
EXERCÍCIOS GERAIS PROGRAMA CEF O Gumercindo, quando jovem, era daqueles cavalheiros à
----------------------------- TEXTO 1 ------------------------------ moda antiga, que gostava de tudo certinho e no seu devido
tempo. Namorava uma linda donzela, por quem estava
O homem realmente apaixonado.
O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o Um dia, quando fazia uma viagem de negócios, Gumercindo
raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. entrou em uma loja e comprou um presente para a
namorada: finíssimo par de luvas de pelica. Só que na hora
A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, do embrulho, a balconista se enganou e colocou na caixa
revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o uma calcinha de renda, e o pacote foi despachado pelo
desempeno, a estrutura corretíssima das organizações correio com o seguinte bilhete:
atléticas.
"Estou mandando este presente para fazer-lhe uma
É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules- surpresa. Sei que você não usa, pois nunca vi usar. Pena
Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. não estar aí para ajudá-la a vestir. Fiquei em dúvida com a
O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e cor, no entanto a balconista experimentou na minha frente
sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. e me mostrou que esta era a mais bonita. Achei meio larga
Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar na frente, mas ela me explicou que era para a mão entrar
de displicência que lhe dá um caráter de humildade mais fácil e os dedos se mexerem bem. Você não deve lavar
deprimente. A pé, quando parado, recosta -se em casa por recomendação do fabricante. Depois de usar,
invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que passe talco e vire do avesso para não dar mau cheiro.
encontra; a cavalo, se sofreia o animal para trocar duas Espero que goste, pois este presente vai cobrir aquilo que
palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos estribos, vou lhe pedir muito em breve. Receba um afetuoso abraço
descansando sobre a espenda da sela. (...) E se na marcha do seu Gumercindo."
estaca pelo motivo mais vulgar, para enrolar um cigarro, (Marcos Viníciius Ribeiro, Humor na Mirabilândia -
bater o isqueiro, ou travar ligeira conversa com um amigo, Paraguaçu, MG)
cai logo - cai é o termo - de cócoras, atravessando largo
tempo numa posição de equilíbrio instável, em que todo o QUESTÃO: Julgue os itens seguintes de acordo com o texto
seu corpo fica suspenso pelos dedos grandes dos pés,
sentado sobre os calcanhares, com uma simplicidade a um 1. Através do texto, percebe-se claramente que as
tempo ridícula e adorável. consequências não serão agradáveis e que certamente o
relacionamento com a linda donzela chegará ao fim.
É o homem permanentemente fatigado. (...) Idem, 2. Mesmo diante do acontecimento inesperado, o
ibidem, p. 81. personagem deixa claro que as suas intenções são as mais
apaixonadas possíveis e que, mesmo numa viagem de
QUESTÃO: Julgue os itens seguintes de acordo com o texto negócios, lembrou a amada.
1: 3. O Gumercindo, quando jovem, era daqueles
cavalheiros à moda antiga, que gostava de tudo certinho - o
termo destacado está no grau diminutivo, logo apresenta
1. Apesar de ser forte e sociável, o sertanejo é um indivíduo
ideia de redução, diminuição.
muito desleixado, porque é pobre e feio.
4. Você não deve lavar em casa por recomendação
2. Em “Agrava-o a postura normalmente abatida” (l.12), o
do fabricante. Depois de usar, passe talco e vire do avesso
pronome “o” refere-se a “O andar” .
para não dar mau cheiro. - Diante da recomendação do
3. Em “Agrava-o a postura normalmente abatida, num
rapaz, compreende-se que os verbo "lavar", "usar" e "virar"
manifestar de displicência que lhe dá um caráter de
possuem o mesmo complemento verbal s ubentendido:
humildade deprimente.”, o pronome subli nhado refere-se a
calcinha de renda.
“sertanejo” .
5. "Estou mandando este presente para fazer-lhe
4. Na passagem “A pé, quando parado, recosta -se
uma surpresa." - A expressão "este presente" e o pronome
invariavelmente” (l.14-15) , o sujeito está subentendido.
oblíquo "lhe" retomam , no texto, respectivamente "luva de
5. Nas linhas 21-22, a oração intercalada “cai é o termo”,
pelica" e "namorada".
que está entre travessões, pode ser suprimida sem prejuízo
para o sentido textual.
----------------------------- TEXTO 3 ------------------------------
----------------------------- TEXTO 2 ------------------------------
Afinal, o que é ser cidadão?
Bilhete complicado Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade,
à igualdade perante à lei: é, em resumo, ter direitos civis. É
também participar no destino da sociedade, votar, ser
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 7 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Língua Portuguesa
Excelência em Ensino
A sociedade brasileira clama por transformações e a Continuou também apoiando o Projeto Criança e Vida,
esperança tornou-se palavra-chave desses novos tempos. A desenvolvido pela Fundação banco do Brasil. Esse projeto
superação dos graves problemas que afligem o povo objetiva investir na modernização de centros médicos e
brasileiro, como a fome e a miséria, é o principal desafio do atualização de recursos humanos, na promoção de
novo governo. campanhas de conscientização sobre os sintomas e
tratamento de câncer infantil e na busca da elevação de
Vencer as desigualdades faz parte de uma estratégia e de taxas de cura da doença em crianças e adolescentes.
um novo modelo de desenvolvimento pa ra o país, que pode
dispor, para tanto, da imensa riqueza natural de nossa QUESTÃO : Acerca do texto 5 e do tema nel a
Nação. abordado, julgue os itens subsequentes:
A construção de um novo momento histórico é um 1. A forma verbal "manteve" (l.3), por estar no
compromisso que deve estar pautado em todas as ações de singular,restringe o foco da ação, relacionando-a
governo. Nesse contexto é que afirmamos o direito da a uma única instituição entre as três parceiras citadas.
sociedade brasileira à informação e à educação. O caminho,
portanto, é o da inclusão social, momento em que deve ser 2. Na linha 4, o emprego de preposição
construída uma nova cultura embasada nos direitos aglutinada ao artigo masculino singular em
fundamentais da vida humana, fortalecidos na concepção e "ao Programa" deve-se à regência da palavra "apoio".
na prática de uma nova política social e econômica para o
país.
3. A forma verbal "oferece" (l.5) vincula-se ao agente
antecedente, representado pela palavra "apoio" (l.4)
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 8
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Língua Portuguesa
Excelência em Ensino
4. Se a expressão "dando senso por quatro anos de estudo supera os R$100.000,00. Como
de responsabilidade" (l.6-7) for substituída por conseguir poupar essa quanti a? Onde investir o dinheiro? E,
despertando o senso de responsabilidade, serão provavelmente o mais importante, quando e como
desnecessárias outras modificações para que o respectivo começar a se preparar para essa batalha?
período do texto permaneça correto.
Quase nunca os pais têm noção de quanto vão gastar na
5. "sendo assistidas regularmente por3.680 educação dos filhos para começar a se inteirar do assunto,
educadores". - a palavra "assistidas" está confira a tabela abaixo, que, embasada em levantamentos
no feminino plural para concordar com do IBGE em 1998, estima o custo do herdeiro, desde o dia
crianças e adolescentes. do nascimento até completar 22 anos de idade, para uma
família de classe média com renda mensal entre 20 e 40
----------------------------- TEXTO 6 ------------------------------ salários mínimos.
As condições sociais da população brasileira sofreram um QUESTÃO: Julgue os itens seguintes de acordo com o texto
retrocesso nos últimos vinte anos.
1. O pronome "você" (l.1) e o trecho "para começar a
O forte aumento das taxas de desemprego e dos índices de se inteirar do assunto, confira" (l.11-12) indicam interesse
violência fizeram com que a exclusão social voltasse a em tornar o texto menos formal e mais interativo.
crescer após ter diminuído entre 1960 e 1980. A
constatação faz parte do Atlas da Exclusão Social no Brasil 2. O texto demonstra que há cálculos precisos
(vol.2, Cortez), publicação feita por pesquisadores da PUC, para estimar os custos educacionais e, por isso, todos os
USP e UNICAMP, sob a coordenação do secretário pais já sabem quanto devem economizar para arcar com o
municipal do trabalho de São Paulo. O estudo revela que, investimento nos cursos superiores dos filhos.
de 1980 a 2000, aumentou o número de estados com alto
índice de exclusão social - passou de 15 para 17. Em 1960, 3. De acordo com as ideias do texto, para muitos pais, o
eram 21 os estados com condições consideradas ruins. Em investimento com a aquisição da casa própria é o único
2000, a parcela de excluídos era equivalente a 47,3% de gasto que supera a despesa com os cursos universitários
uma população de 170milhões de pessoas. Em 1980, o total dos filhos.
era 42,6% de 120 milhões, e, em 1960, 49,3% de 70
milhões. (...) 4. O segundo período do texto permite a inferência
de que existem faculdades em que o custo por quatro anos
QUESTÃO: Julgue os itens seguintes de acordo com o texto: de estudo não chega a R$100.000,00.
1. Para reforçar a coesão textual, seria correto empregar, 5. " Onde investir o dinheiro?" - nesse período, o pronome
no início do terceiro período do texto, o pronome relativo "onde" faz menção ao lugar incerto para se investir
demonstrativo Essa em lugar do artigo indefinido "A". o dinheiro.
2. A vírgula após "(vol.20, Cortez)" (l.5) é dispensável,
porque isola um termo que explica o antecedente. ----------------------------- TEXTO 8 ------------------------------
3. Em "a parcela de excluídos era equivalente a
47,3% de uma população de 170milhões de pessoas" - " a
Uma das novas tendências brasileiras é a demanda popular,
47,3% " seria correto introduzir o si nal indicativo de crase
mesmo nas camadas mais pobres, por vaga nas
em "a".
universidades, especialmente nas públicas, livres das
4. O "estudo" revela que, de 1980 a 2000, aumentou
pesadas mensalidades. Emparelha-se, para centenas de
o número de estados - a palavra estudo retoma
milhares de jovens de escolas públicas, ao sonho da casa
coesivamente o referente Atlas da Exclusão Social no Brasil
própria. Mas, pela falta de recursos, essas insti tuições têm
(vol.2, Cortez).
cada vez menos condições de abrir novas vagas e garantir a
5. O "... estudo revela que, de 1980 a 2000, qualidade de ensino.
aumentou o número de estados ..." - o pronome relativo
em destaque retoma o termo “estudo”.
Como o Brasil convive simultaneamente com diferentes
décadas (ou mesmo séculos), enfrentam-se, lado a lado, a
----------------------------- TEXTO 7 ------------------------------
fome mais primitiva, o trabalho escravo e infantil e a
pressão dos milhões de estudantes de escolas públicas que
Talvez você ainda não saiba, mas, para a maioria dos pais, a correm atrás de um diploma de faculdade, exigido por uma
despesa com os cursos universitários dos filhos só será sociedade com forte impacto tecnológico.
menor que o gasto empreendido na compra da casa
própria. Em algumas faculdades, por exemplo, o preço pago
Sinais desse movimento são algumas inovações que serão Água, realizado em Kyoto, Japão.
lançadas ainda neste semestre em São Paulo e compõem o
novo perfil do Brasil. A prefeitura decidiu fortalecer os O informe mundial sobre a água adverte os governos sobre
cursinhos pré-vestibulares gratuitos e garantir bolsas nos a "inércia política", que só agrava a situação, marcada pela
que são pagos. permanente redução dos mananciais do planeta, pelo alto
grau de poluição e pelo aquecimento global. De acordo
É algo que, até há pouco tempo, ninguém poderia com o documento, o agravamento da escassez de água
imaginar como papel de uma prefeitura, pela lei, do ensino dificultará o combate à fome no mundo, comprometendo a
fundamental. Percebeu-se que, sem determinado tipo de meta mundial de erradicar a fome até 2050. Atualmente,
habilitação e formação escolar, o jovem, mesmo de classe 25 mil pessoas morrem de fome a cada dia e outras 815
média baixa, entra no mundo da marginalidade. milhões sofrem de desnutrição. Com o agravamento da
falta de água, esses números tendem a piorar.
Muitas empresas estão exigindo diploma de ensino médio a
trabalhadores para executarem atividades que, no passado, O alerta de que o mundo enfrenta uma crise sem
ficavam nas mãos de analfabetos ou de semi -analfabetos. precedentes no abastecimento de água, feito pela ONU,
Indústrias mais sofisticadas preferem operários com cursos está contido no estudo coordenado pela UNESCO e
universitários. apresenta dois cenários sobre escassez. No primeiro, são 2
bilhões de pessoas sem água em 48 países. No segundo,
QUESTÃO: Julgue os itens abaixo: mais pessimista, são 7 bilhões em 60 nações. Em 2050, a
população mundial estimada será de 9,3 bilhões de
1. Na linha 11, as expressões "diferentes décadas" e pessoas.
"séculos" não se referem exatamente a um marco
temporal, mas a desigualdades sociais, que marcaram QUESTÃO : Julgue os itens abaixo:
época.
1. " ... Atualmente, 25 mil pessoas morrem de fome a
2. "A prefeitura decidiu fortalecer os cursinhos cada dia e outras 815 milhões sofrem de desnutrição..." - O
pré-vestibulares gratuitos e garantir bolsas nos que são emprego de "outras" indica que as pessoas que "morrem
pagos. " - subentende-se a palavra cursinhos antes da de fome" não sofriam de desnutrição.
expressão "que são pagos"
2. De acordo com o texto, 23 agências das Nações
3. “... Como o Brasil convive simultaneamente com Unidas mantêm, em colaboração, um programa para a
diferentes décadas (ou mesmo séculos), enfrentam-se, lado avaliação dos recursos de água doce.
a lado, a fome mais primitiva, o trabalho escravo e infantil e
a pressão dos milhões de estudantes de escolas 3. " ... De acordo com o documento, o agravamento
públicas..." - percebem-se, claramente, no período da escassez de água dificultará o combate à fome no
acima, as idéia de causa e consequência. mundo, comprometendo a meta mundial de erradicar a
fome até 2050.." - Mantêm-se as relações de sentido e a
4. " ... Percebeu-se que, sem determinado correção gramatical do texto ao se substituir
tipo de habilitação e formação escolar, o "comprometendo" por e comprometerá, retirando-se a
jovem, mesmo de classe média baixa, entra vírgula que precede a forma de gerúndio.
no mundo da marginalidade.." - o pronome "se",
em "Percebeu-se", tem como referente "o jovem" . 4. Pelos sentidos textuais, os vocábulos
"países" e "nações" estão empregados
5. Infere-se da última oração do texto que as como sinônimos e, por isso, admitem ser
indústrias estão se tornando mais sofisticadas porque livremente trocados um pelo outro.
empregam operários com cursos universitários.
5. "... O alerta de que o mundo enfrenta uma crise
----------------------------- TEXTO 9 ------------------------------ sem precedentes no abastecimento de água, feito pela
ONU, está contido no estudo coordenado pela UNESCO e
Ano internacional da água: alerta para crise sem apresenta dois cenários sobre escassez..." - Preserva-se o
precedentes. sentido do texto ao se substituir "O alerta" por "A
advertência" , mas, para que a correção gramatical seja
preservada, será também necessário mudar "feito pela
O Programa Mundial para a Avaliação dos Recursos de Água
ONU, está contido" por feita pela ONU, está contida.
Doce, uma colaboração entre 23 agências das Nações
Unidas, apresentou seu Relatório Mundial de
Desenvolvimento da Água durante o 3º Fórum Mundial da
A revolução da informação, o fim da guerra fria - com a 1. O segundo período do texto estaria também
decorrente hegemonia de uma superpotência única - e a correto se a forma verbal “mudou” estivesse no plural para
internacionalização da economia impuseram um novo concordar com “anos”.
equilíbrio de forças nas relações humanas e sociais que
parece jogar por terras as antigas aspirações de 2. O termo “em definitivo” pode ser substituído, sem
solidariedade e justiça distributiva entre os homens, tão prejuízo para a correção gramatical do período, por
presentes nos sonhos, utopias e projetos políticos nos definitivamente ou por de forma definitiva.
últimos dois séculos. Ao contrário: o novo modelo - cuja
arrogância chegou ao extremo de considerar-se o ponto 3. A palavra “fruto” (l.4) está empregada em sentido
final, senão culminante, da História - promove uma brutal conotativo e corresponde à idéia de resultado.
reconcentração de renda em âmbito mundial,
4. O pronome “sua’ (l.8) é elemento coesivo que se 4. No quarto tópico, a circunstância “sob chuva ou
refere a “informado”. neblina” tem função caracteristicamente explicativa e, por
isso, se retirada, não se alterarão as condições de uso para
5. Está correta a seguinte reescritura do último “faróis acesos”.
período do texto: “Substituiu-se o tino para os negócios,
em larga escala, por máquinas velozes e precisas.” 5. O sexto tópico, diferentemente dos outros, não
explicita ação do motorista, apenas fornece uma condição
--------------------------- TEXTO 13 ------------------------------ para seja subentendida cautela.
> Motorista, ao primeiro sinal do entardecer, acenda Os EUA acreditam que o Brasil seja o segundo maior
os faróis. Procure não usar a meia-luz. consumidor de cocaína do mundo. Segundo o subsecretário
do Escritório Internacional para Assuntos de Entorpecentes,
> Não use faróis auxiliares na cidade. James Mack, estima-se que o país consuma entre 40 e 50
toneladas (t) de cocaína por ano. A estimativa baseia -se na
produção e circulação da droga no mundo. Em 2000, foram
> Nas rodovias, use sempre os faróis ligados. Isso
produzidas 700 t de cocaína, estando 95% da produção
evita 50% dos atropelamentos. Seu carro fica mais visível
concentrada na Colômbia.
aos pedestres.
Esse motorista, não sendo punido hoje, poderá causar uma QUESTÃO:
tragédia no futuro.
Com base no texto, julgue os seguintes itens.
> Não estacione nas faixas de pedestres.
1. Serão conservadas as mesmas relações de
QUESTÃO : Julgue os itens a seguir. coerência com a argumentação do texto se, em lugar de
“acreditam” (l.1) , for usado "sabem", com as devidas
1. Entre os diversos fatores que ampliam as ações de alterações sintáticas.
respeito para com os pedestres, está o fortalecimento do
conceito cidadania, marcante na civilização 2. O emprego de “consuma” (l.5) indica,
contemporânea. sintaticamente, uma ação dependente de outra, ao mesmo
tempo que denota uma hipótese, algo de que não se pode
2. Embora o vocativo “Motorista” esteja explícito afirmar a certeza.
apenas em dois tópicos do texto, o emprego dos tempos
verbais indica que está subentendido em todos os demais. 3. Mantêm-se as mesmas relações percentuais ao se
empregar a preposição “em” no lugar de “para” na
3. As relações semânticas no terceiro tópico expressão “para menos da metade” (l.17).
permitem subentender a idéia de porque entre
“atropelamentos” “Seu”.
-------------------------- TEXTO 17 ------------------------------ < o capital destinado aos resgates é atualizado pela
TR e capitalizado com base na taxa de juros da caderneta
A economia brasileira: indicadores de produção No início de de poupança, que é igual a 0,5% ao mês;
1999, as expectativas quanto à evolução do nível de < a cada 12 pagamentos, você pode solicitar o
atividade incorporavam os desdobramentos da crise resgate parcial, a partir de R$ 120,00, ou retirar
financeira internacional, ocorrida no fim de 1998, tais como integralmente o capital destinado a resgate até aquele
a mudança no regime cambial brasileiro, levada a efeito em momento;
janeiro. < sorteios regulares (todos os sábados, exceto o
último do mês): 1 prêmio de 1.000 vezes o valor da última
Assim, as perspectivas quanto à trajetória da economia mensalidade paga, 2 prêmios de 200 vezes o valor da
eram desenhadas em um cenário que considerava a última mensalidade paga e 252 prêmios de 10 vezes esse
elevação nas taxas de juros e o provável recrudescimento valor;
da inflação, resultante do impacto desfavorável da < sorteio especial (último sábado de cada mês): 1
desvalorização do real. Relatório anual do BACEN, 1999, v. prêmio de 5.000 vezes o valor da última mensalidade paga.
35, p. 13 (com adaptações). (...)
QUESTÃO: A partir do texto acima, julgue os itens que se QUESTÃO: com relação às estruturas lingüísticas do texto
seguem. 18, julgue os itens a seguir.
1. No texto, os verbos “levada” (l.5) e “desenhadas” 1. Na linha 1, o emprego do sinal de dois -pontos
(l.7), empregados na forma de particípio, têm como justifica-se pela enumeração subseqüente.
referentes, respectivamente: < “a mudança no regime 2. O particípio em “destinada” (l.5) flexiona -se no
cambial brasileiro” (l.4); < “as perspectivas quanto à feminino porque deve concordar com “parte da receita”
trajetória da economia” (l.6-7). (l.4).
2. Infere -se das idéias do texto que “desdobramentos da 3. Caso a forma verbal “é” (l.14) seja substituída pelo
crise financeira internacional” (l.3) são conseqüência da futuro do presente - será -, o período se tornará incoerente
“elevação nas taxas de juros” (l.8) e do “recrudescimento e gramaticalmente incorreto.
da inflação” (l.9). 4. Na linha 15, para evitar redundância com a
3. Na linha 2, o verbo "incorporavam" pode ser preposição “de”, pode-se substituir “da” por pela,
substituído sem prejuízos para a estrutura textual por sua mantendo-se as mesmas relações de significação.
forma pronominal "incorporavam-se". 5. Nas linhas 14 e 15, o segmento “é atualizado pela
4. A termo "Assim", que inicia o segundo parágrafo, TR e capitalizado” admite a seguinte redação: atualizam-se
faz um resumo de todas as informações e circunstâncias pela TR e capitalizam-se.
apresentadas no primeiro parágrafo, retomando-o.
5. ".... resultante do impacto desfavorável da -------------------------- TEXTO 19 ------------------------------
desvalorização do real...." - o termo sublinhado tem como
sujeito "um cenário". Em um ambiente marcado por turbulência e mudanças
intermitentes, flexibilidade é a palavra de ordem para
-------------------------- TEXTO 18 ------------------------------ as organizações. A reforma do estatuto proposta pela
Diretoria dará agilidade ao processo decisório, tornando a
Ourocap Milênio estrutura do Banco mais descentralizada.
O Ourocap Milênio chegou com muitas novidades: mais
chances de premiação, possibilidade de resgate parcial e O BB deve responder a uma dupla demanda da sociedade
variadas opções de mensalidades. Além disso, parte da brasileira: como banco, ser eficiente e gerar lucro; como
receita da Brasilcap com as vendas do novo produto será banco público, atuar eficientemente na implementação de
destinada ao programa BBeducar, de alfabetização de políticas públicas, sem prejuízo do equilíbrio econômico-
jovens e adultos carentes, coordenado pela Fundação financeiro da instituição.
Banco do Brasil.
A resposta para esse duplo desafio será dada com a prática
Características básicas: dos princípios de Governança Corporativa, sinal do
< Ourocap Milênio é um título de pagamento compromisso da empresa com a transparência e com o
mensal, com prazo de vigência de 60 meses; direcionamento das ações para atividades essenciais do
< o novo Ourocap amplia as opções de negócio bancário, como banco de varejo especializado em
mensalidades, oferecendo a você 12 opções, variando entre setores econômicos, comprometidos em atender às
R$ 30,00 e R$ 400,00; expectativas dos clientes e com o retorno para os
acionistas.
QUESTÃO 1: A partir do texto 19, julgue os itens abaixo. QUESTÃO: De acordo com as idéias e estruturas lingüísticas
do texto, julgue os itens que se seguem.
1. No texto, o tratamento de “BB” como primeira
pessoa do discurso é exigência da impessoalidade do 1. Ocorre um jogo de idéias com o emprego do
gênero textual relatório. pronome “se” no título, que tanto pode ser interpretado
2. Como o verbo “responder” (l.7) admite duas como o futuro constrói a si mesmo, quanto como alguém
possibilidades de complementação sintática, na expressão constrói o futuro.
do texto “a uma dupla demanda” (l.7) pode ser coloca do o 2. De acordo com as regras de concordância da
sinal indicativo de crase. norma culta, o pronome relativo “cujos” (l.2) admite,
3. O uso do sinal de ponto-e-vírgula (l.9) justifica-se opcionalmente, ser substituído por em que.
para evitar incompreensão nas relações semânticas, já que 3. A expressão “mais ou menos frouxos ou
há, no segundo parágrafo do texto, uma divisão de idéias e, impositivos” (l.3-4) subentende: mais frouxo ou menos
em cada uma delas, ocorre vírgula. frouxo, mais impositivo ou menos impositivo.
4. Subentende-se do segundo parágrafo do texto 4. De acordo com a argumentação do texto,
que, se o BB responder positivamente à demanda de ser caracteriza-se a “supervisão da vida nacional” (R.6) como:
banco público, ele não gerará lucro. presente em diferentes tipos de regime político; obrigação
5. Percebe-se claramente que o substantivo do Estado; mais abrangente que a simples provisão de
"lastreado" concorda em gênero e número com o seu segurança e justiça.
referente expresso no texto, ou seja, BB. 5. Pela estrutura sintática em que ocorre, a forma
verbal “resolve” (l.12) admite a s ubstituição por resolva.
QUESTÃO 2: Julgue os itens subseqüentes com respeito às
palavras do texto 19. Tipologia Textual
1. A palavra “intermitentes” (l.2) está sendo utilizada Tudo o que se escreve recebe o nome genérico de redação
com o significado de intensas. ou composição textual. Basicamente, existem três tipos de
2. A expressão “econômico-financeiro” (l.11) pode redação: narração (base em fatos), descrição (base em
ser substituída por econômico e financeiro, sem alteração caracterização) e dissertação (base em argumentação).
da correção e da significação do período.
3. A palavra “prospecção” (l.22) está sendo utilizada Cada um desses tipos redacionais mantém suas
com o sentido de pesquisa, mas seu sentido original é peculiaridades e características. Para fazer um breve
método técnico empregado para localizar e calcular o valor resumo, podem-se considerar as proposições a seguir:
econômico de jazidas minerais.
4. O termo “paradigma” (l.24) está sendo utilizado • Narração – modalidade textual em que se conta
como sinônimo de utopia. um fato, fictício ou não, que ocorreram num determinado
5. A palavra “lastreado” (l.25) está empregada no tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Estamos
sentido metafórico de marcado. cercados de narrações desde que nos contam histórias
infantis como Chapeuzinho Vermelho ou Bela Adormecida,
-------------------------- TEXTO 20 ------------------------------ até as picantes piadas do cotidiano.
Tiro ao Álvaro (Adoniran Barbosa) Para formar o grau diminutivo com esses sufixos, proceda
da seguinte forma: se a palavra primitiva terminar por s ou
De tanto levar frechada do teu olhar z, basta acrescentar o sufixo –inho(a); se a palavra primitiva
apresentar outra terminação, acrescente o sufixo –zinho(a).
Meu peito até parece, sabe o que?
Táubua de tiro ao álvaro, não tem mais onde furar.
Teu olhar mata mais do que bala de carabina Primitiva sufixo diminutivo derivada
Que veneno estriquinina Pires inho piresinho
Que peixeira de baiano lápis inho lapisinho
Teu olhar mata mais raiz inha raizinha
Que atropelamento de automóver juiz inho juizinho
Mata mais que bala de revórver. papel zinho papelzinho
pé zinho pezinho
O compositor, propositadamente, utilizou em sua música
algumas palavras com erros de ortografia, porém os E nas seguintes correlações:
escritores e os músicos têm licença-poética que os permite
“brincar” com a normas da língua portuguesa. ND, RG, RT, NT:
Um texto dissertativo exige obediência à gramática
compreender → compreensão
normativa.
ascender → ascensão
Beleza embelezar
exceto → exceção
altivez Centralizar
isento → isenção
aspereza Civilizar nos sufixos –ação e –ção, formadores de verbos:
surdez Canalizar
finalizar Valorizar
preparar → preparação construir → construção
esvaziar Agonizar
nomear → nomeação destruir → destruição
vez autorizar
cantar → canção
revezar Arborizar optar → opção
cruz Profetizar
cruzeiro Deslize
após ditongos se o som for / s / :
baliza desprezo → feição → traição → eleição → louça
higiênico, arqui-rabino, sobre-saia, etc. . No início de período, verso “Amor é um fogo que arde
c) supra, quando se lhe segue palavra encetada por ou citação direta: No sem se ver; É ferida que dói
vogal, h, r ou s: supra-auxiliar, supra- -renal, supra-sensível, começo de versos que não e não se sente; É um
etc. . inicia período, usa-se contentamento
d) super, hiper, inter, quando seguidos de palavra normalmente a letra descontente; É dor que
principiada por h ou r: super-homem, super-requintado, minúscula, como se observa desatina sem doer;”
inter-regional, etc. . em: (Camões)
e) ab, ad, sob e sub, quando seguidos de elementos
iniciados por r e b: ab-rogar, ad-renal, ob-reptício, sob-roda, “De tudo quanto
sub-reino, sub-bibliotecário, etc. . foi meu passo caprichoso,
f) pan e mal, quando se lhes segue palavra começada na vida, restará, pois o
por vogal ou h: pan-asiático, pan- resto se esfuma, uma pedra
que havia no meio do
-helenismo, mal-educado, mal-humorado, etc. . caminho.” (Carlos
Drummond de Andrade)
g) bem, quando a palavra que lhe segue tem vida
autônoma na língua ou quando a pronúncia o requer: bem- Com o nome país, quando Vai ser implantada a
ditoso, bem-aventurado, etc. . substitui um nome próprio reforma da previdência no
h) sem, sota, soto, vice, vizo, ex (com o sentido de geográfico evidente: País. (=Brasil)
cessamento ou estado anterior), etc.: sem-cerimônia, sota- O presidente argentino
piloto, soto-ministro, vice-reitor, vizo-rei, ex-diretor, etc. . decretou estado de sítio no
i) pós, pré e pró, que têm acento próprio, por causa País. (=Argentina)
da evidência dos seus significados e da sua pronunciação, Nos nomes de períodos Idade Média,
ao contrário dos seus homógrafos inacentuados, que, por históricos, festas religiosas Renascimento, Natal,
diversificados foneticamente, se aglutinam com o segundo ou datas e fatos políticos Páscoa, Ressurreição de
elemento: pós-meridiano, pré-escolar, pró-britânico; mas importantes: Cristo, Dia do Trabalho, Dia
pospor, preanunciar, procônsul, etc. . das Mães, Independência
do Brasil, Proclamação da
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira chama a atenção — República,
entre outras omissões do Vocabulário de 1943 — para a Nos nomes de logradouros Avenida Rio Branco, Rua do
ausência do prefixo com (sob a forma co), com o sentido de públicos (avenidas, ruas, Ouvidor, Travessa do
‘a par’ , quando o segundo elemento possui vida autônoma travessas, praças, largos, Comércio, Praça da
na língua: co-autor, co-herdeiro, co-proprietário, co- viadutos, pontes, jardins..) República, Viaduto da
responsável, etc. (Novo dicionário da língua portuguesa, Liberdade, Ponte Rio-
Nova Fronteira, s. d. , p. XI da 1ª edição). Registramos, Niterói
especialmente, este caso, por suscitar ele dúvidas Nos nomes de repartições Ministério do Trabalho,
freqüentes. públicas, agremiações Academia Brasileira de
culturais ou esportivas, Letras, Teatro Municipal,
LIMA, C. H. da Rocha. Gramática normativa edifícios e empresas Edifício Itália, Editora
públicas ou privadas: Melhoramentos, Editora
da língua portuguesa. Rio de Janeiro, Briguiet,
Scipione, Editora Ática,
1960.
Nos títulos de livros, Dom Casmurro (de
periódicos, produções Machado de Assis), Veja,
USO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS artísticas, literárias e Jornal do Brasil , O
científicas: Pensador (de Rodin), , O
Nos substantivos próprios Carolina, Luciana, Noviço (de Martins Penna),
(nomes de pessoas, Leonardo; Alexandre, o A Origem das Espécies (de
topônimos, denominações Grande; Paraná; São Paulo; Charles Darwin)
religiosas e políticas, nomes Campinas; Curitiba; oceano Nos nomes de escolas em Escola Técnica Rezende
sagrados e ligados Atlântico; lago Paraná; geral: Rammel, Escola Municipal
religiões, entidades Igreja Católica Apostólica França, Colégio Hélio
mitológicas e Romana; Partido dos Alonso, Colégio Pedro II, . . .
astronômicas): Trabalhadores; União Nos nomes dos pontos As pessoas do Oriente, o
Democrática Nacional; cardeais quando indicam falar do Norte, os mares do
Deus; Cristo; Buda; Zeus; regiões: Sul, a vegetação do Oeste . .
Afrodite; Júpiter; Via .
Láctea; . . . Obs.: os nomes dos pontos ... ao sul de Minas Gerais,
cardeais são grafados com a de norte a sul, de leste a 3) Complete com SS, S ou Ç:
inicial minúscula quando oeste. Compreen ____ Irrever ____ ível
indicam apenas direções ou ão
limites geográficos: controvér____ia admi____ível
Nas expressões de Vossa Alteza, Vossa exten____ão ace____ível
tratamento: Majestade, Vossa dobradi____a
Santidade, Vossa preten____io__
Excelência, Vossa Senhoria, __o
Magnífico Reitor, Sr. inver____ão defen____ivo
Diretor, . emer____ão admi____ão
Nos nomes comuns o Amor, a Virtude, a Morte, ingre____o conver____ível
sempre que personificados o Lobo, o Cordeiro, a ascen____ão preten ____ ão
ou individualizados: Cigarra, a Formiga, a opre____ão exce____o
Capital, a República, a afli____ão perver____ão
Indústria, o Comércio .
Com o nome Papa O Papa visitou o Brasil. 4) Complete com SS, S, C ou X:
O Papa João Paulo II má _____ imo apro _____ imar
visitará, novamente, o ofi _____ ina pro _____
Brasil. imidade
dispen _____ ei disfar _____ e
con _____ eguir so _____ ego
PRÁTICA pa _____ e deflu _____ o
a _____ íduo in _____ enso
afrou____ar bo____e____a bru____a man _____ inho apro _____
cai____ote ve____ame ____u____u imação
eli____ir en____aguar en____ame per _____ eber po _____ e
en____aqueca en____oval en____urrada pa _____ eata per _____ eguir
fa____ina fei____e frou____o fô _____ emos ca _____ ique
gra____a con____a bomba____a
bai____ada be____iga ca____imbo EXERCÍCIOS
ca____umba ____a____im ____arco
engra____ar en____ada co____i____o 1. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão
ori____á ____arope en____ugar grafadas corretamente:
a) paralisar, pesquisar, ironizar, deslizar
2) Complete com J ou G: b) alteza, empreza, francesa, miudeza
c) cuscus, chimpanzé, encharcar, encher
d) incenso, abcesso, obsessão, Luis
verti____em tan____ente
here____e mon____e 2. Ambas as palavras estão grafadas incorretamente em:
vi____ência lambu____em a) capitalizar, catalisar
____íria ri____eza b) agonisar, batisar
va____em su____eito c) improvisar, anarquizar
____equitib su____eitar d) modernizar, concretizar
pa____é pa____em
____ibóia ____irafa 3. O item que apresenta uma palavra de grafia
cafa_____este ____ilete EQUIVOCADA é:
ma____estade passa____eiro a) Pireneus, irrequieto;
b) freada, puleiro;
c) feioso, manteigueira;
d) aleijado, mágoa;
e) campeão, lampião.
Obs1.: o verbo dar recebe esse tipo de acentuação somente 1. Qual erro de acentuação?
nas 3ªs pessoas do singular e do plural do presente do a) Grajaú
subjuntivo. Já os verbos ler, crer e ver recebem nas 3ªs b) Café
pessoas do singular e do plural do presente do indicativo. c) Cipó
Obs2.: não confundir o verbo prover com o verbo provir. d) látex
e) bambú
Prover: derivado de ver. Significa ver com antecedência;
tomar providências acerca de. Segue, portanto, as formas 2. (Tribunal de Alçada Criminal) A palavra países leva
de conjugação do verbo ver. acento porque:
Provir: derivado de vir. Significa proceder, originar-se. a) é proparoxítona;
Segue, portanto, as formas de conjugação do verbo vir. b) é paroxítona com hiato;
c) o i é tônico como segunda vogal de hiato;
Ex1.: Ela provê a despensa de alimentos. / Elas provêem a d) apresenta ditongo aberto;
despensa de alimentos. e) é proparoxítona terminada em –s.
Ex2.: A língua portuguesa provém do latim. / O espanhol, o
italiano e o francês também provêm do latim. 3. Assinale a alternativa em que nenhuma palavra deve ser
acentuada graficamente:
Acento Diferencial a) órgão, seres, preto
b) governo, odio, juri
côa: verbo coar e coa: contração c) polen, garoa, cairdes
substantivo d) gratuito, atras, amendoim
pára: verbo parar (3ª para: preposição e) melancia, tatu, cores
pessoa do presente do ind.)
pôr: verbo por: preposição 4. (FGV-SP) Assinale a alternativa que completa
pôde: verbo poder pode: verbo (presente ind.) corretamente as frases:
(pretérito perfeito
do ind.) 1. Cada qual faz como melhor lhe .............. .
2. O que ............. estes frascos? artigos curtos e manchetes que todos ................ .
3. Neste momento os teóricos ................. os conceitos. a) leem – tem – vêem
4. Eles .............. a casa do necessário. b) lêm – têem – vêm
a) convém - contêm - revêem - provêem c) lêem – têm – vêem
b) convém - contém - revêem - provém d) lêem – têm – vêm
c) convém - contém - revêm - provém
d) convêm - contém - revêem - provêem 11. Eles .............. em tudo quanto ................. .
e) convêm - contêm - revêem - provêem
a) crêem – lêem
5. (Santa Casa- SP) As palavras após e órgãos são b) crem – lem
acentuadas por serem, respectivamente: c) crêm – lêm
a) Paroxítona terminada em s e proparoxítona. d) crêem - lêm
b) Oxítona terminada em o e paroxítona terminada em
ditongo. 12. (T. JUST. –RJ) Qual a justificativa do uso do acento
c) Proparoxítona e paroxítona terminada em s. gráfico na forma verbal “afastá-las”?
d) Monossílabo tônico e oxítona terminada em o seguido
de s. a) marcar a queda da letra r antes do pronome pessoal
e) Proparoxítona e proparoxítona. oblíquo; b) por ser uma palavra oxítona terminada em a;
c) por ser proparoxítona;
6. (U.F. Viçosa -MG) Assinale o vocábulo que perde o d) acento diferencial entre o infinitivo e o presente do
acento gráfico no plural: indicativo;
e) indicar a mudança de uma sílaba á tona para tônica.
a) próton
b) móvel 13. (Supletivo-MG) Não são paroxítonas as palavras:
c) fóssil
d) cônsul a) salada - varanda - tarde
e) caráter b) leite - escada - senhora
c) violetas - brigas - mesa
d) amanhã - última - perdão
7. (ITA-SP) Dadas as palavras: e) verdade - presença - janela
5. Sob/Sobre
III. Curiosidades Gráficas a) Sob: preposição, significa debaixo de. Ex.: Você
está sob os meus cuidados.
1. Mal/Mau b) Sobre: preposição, significa em cima ou para cima;
a respeito. Ex.: Eles falavam sobre futebol.
a) Mau: é um adjetivo, portanto, refere-se a um substantivo.
(antônimo de bom) 6. Por que/Porque/Porquê/Por quê
Ex.1: Felipe é um mau jogador. a) Por que (separado e sem acento):
Ex.: Nada de ruim acontecerá com a gente. a) Ontem fui ao cinema, ________ não gostei do
filme.
9. Traz/Trás b) Você é aquele que ________ faz bagunça.
a) Traz: verbo trazer. Conduzir; acompanhar; c) Choveu muito, _______ mesmo assim nós fomos
apresentar; guiar etc. Ex.: Ela traz consigo um quilo de ao passeio.
batatas. d) Quem estuda tem ________ chances de passar na
b) Trás: preposição e advérbio. Atrás; após. prova.
Ex.: Deixem isso para trás. e) Não acredito ________ em políticos.
10. Acerca de/A cerca de/Há cerca de 3 . Complete com “onde” e “aonde”.
a) Acerca de: sobre, a respeito de. a) ____________ você foi?
Ex.: Li notícias acerca de mudanças na segurança pública. b) ____________ você estudou?
b) Há cerca de: existe aproximadamente; indica c) ___________ estão as camisetas?
tempo decorrido e aproximado. Ex1.: Há cerca de quatro d) ___________ fica a Av. das Américas?
mil pessoas inscritas no concurso. e) ___________ você foi tão tarde?
Ex2.: Pedro saiu daqui há cerca de duas horas. f) _____________ você vai com tanta pressa?
c) A cerca de: aproximadamente. g) _____________ está aquele jornal que eu estava
Ex.: O professor se dirigiu a cerca de cem pessoas. lendo?
h) O jornal está ____________ você deixou.
11. Este/Esse i) _____________ você está nos levando?
a) Este: indica o que está perto da pessoa que fala; j) Não sei _____________ te encontrar.
indica tempo presente em relação à pessoa que fala.
Ex1.: Este livro é meu, Joana!
Ex2.: Este momento é muito importante para mim hoje. 4. Preencha as lacunas com “a” ou “há”.
b) Esse: indica o que está perto da pessoa a quem se a) Não nos encontramos _______ dez anos.
fala; indica o tempo passado ou futuro com relação à época b) De hoje _______ quinze dias, muita coisa poderá mudar.
em que se coloca a pessoa que fala. c) Este produto é famoso ________ mais de um século.
Ex1.: Esse livro é seu, Joana? d) Daqui ________ poucos anos a situação pode melhorar.
Ex2.: Durante muito tempo, estudei Português. Esse e) Ele saiu _______ dez minutos.
momento foi muito importante para mim. f) Ele voltará daqui ______ vinte minutos
g) Somos amplamente favoráveis ______ introdução de
12. Ao encontro de/De encontro a revistas em quadrinhos no ensino de Português.
a) Ao encontro de: a favor de. h) Chegaremos daqui _______ pouco.
Ex.: Suas reivindicações vieram ao encontro de nossos i) O parque fica _______ cem metros da praia.
interesses. j) _________ anos que não chove no sertão.
b) De encontro a: exprime oposição, choque. Ex.:
Mário veio de encontro aos meus anseios. 5 . Use sobre ou sob.
a) Não gostei da crítica ______ o livro.
13. A fim de/Afim b) Conversavam ______ a luz clara do luar.
a) A fim de: expressa idéia de finalidade. Na c) Ele está _______ cuidados médicos.
linguagem popular, usa-se a fim de para indicar vontade. d) Jesus caminhou ______ as águas.
Ex1.: Estudarei bastante, a fim de passar no concurso. e) Vamos discutir _______ o assunto.
Ex2.: Ela não estava a fim de ir à festa.
6 . Preencha as lacunas, utilizando, corretamente, os
b) Afim: adjetivo que expressa idéia de afinidade, de "porquês".
semelhança. Ex.: João e Beatriz têm interesses afins. a) Desconheço as razões ____________ ele foi
demitido.
PRÁTICA b) ____________ teriam saído rapidamente?
c) Patrícia saiu sem dizer _______________.
1. Use “mal” ou “mau”. d) Ele não sabe o _________________ de sua atitude.
a) Antes só do que _______ acompanhado. e) Você chegou atrasado _________________?
b) Vestido________ feito. f) Eu não fui à reunião ________________ estava
c) Não leves a ________ o que ela disse. com muita dor de cabeça.
d) Homem ________ humorado. g) Chegará o dia _______________ vocês tanto
e) Um _______ colega procede _______ e é _______ esperaram.
amigo. k) ________________ as provas são sempre aos
domingos?
2. Complete com “mais” ou “mas” . l) Agora percebo o _______________ de tanta
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 28
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Língua Portuguesa
Excelência em Ensino
Livr- O
Observação: só podemos falar em desinências nominais
Livr- Inho
de gêneros e de números em palavras que adm item tais
Livr- Eiró
flexões, como nos exemplos acim a. Em palavras
Livr- Eco
como mesa, tribo, telefonema, por exemplo, não temos
desinência nominal de gênero. Já
Você reparou que há um elemento comum nesse grupo?
em pires, lápis, ônibus não tem desinência nominal de
Você reparou que o elemento livr- serve de base para o número.
significado? Esse elemento é chamado de radical (ou
semantema).
Desinências Verbais: indicam as flexões
RADICAL: elemento básico e significativo das palavras,
de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos.
consideradas sob o aspecto gramatical e prático. É
encontrado através do despojo dos elementos secundários
(quando houver) da palavra. Exemplos:
Por Exemplo:
cert-o compr-o compra-s compra-mos compra-is compra-m
cert-eza compra-va compra-va-s
in-cert-eza
AFIXOS
A desinência "-o", presente em "am-o", é uma
Afixos: são elementos secundários (geralmente sem vida
autônoma) que se agregam a um radical ou tema para desinência número-pessoal, pois indica que o verbo está na
primeira pessoa do singular; "-va", de "ama-va", é
formar palavras derivadas. Sabemos que o acréscimo do
desinência modo-temporal: caracteriza uma forma verbal
morfema "-mente", por exemplo, cria uma nova palavra a
do pretérito imperfeito do indicativo, na 1ª conjugação.
partir de "certo": certamente, advérbio de modo.
De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas "a -" e"-
ar" à forma "cert-" cria o verbo acertar. VOGAL TEMÁTICA
Observe que a- e -ar são morfemas capazes de operar
mudança de classe gramatical na palavra a que são Vogal Temática é a vogal que se junta ao radical,
anexados. preparando-o para receber as desinências. Nos verbos,
Quando são colocados antes do radical, como acontece distinguem-se três vogais temáticas:
com "a-", os afixos recebem o nome de prefixos. Quando,
como "-ar", surgem depois do radical, os afixos são A Caracteriza os verbos da 1ª conjugação.
chamados de sufixos. Veja os exemplos:
Exemplos:
buscar, buscavas, etc.
Tema é o grupo formado pelo radical mais vogal temática. Nos verbos
citados acima, os temas são: Derivação prefixal e sufixal: acréscimo de um prefixo e um
sufixo num mesmo radical.
busca-, rompe-, proibi-
Outros exemplos:
A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um
Gas-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l-ada, cafe-t-eira, cha-l-eira,
sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma
inset-i-cida, pe-z-inho, pobr-e-tão, etc. dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar,
devem ser usados ao mesmo tempo, pois sem um deles a
palavra não se reveste de nenhum significado.
A lí ngua portuguesa possui dois processos básicos de formação de Ex.: anoitecer ( a - prefixo e ecer - sufixo), neste caso, não
palavras: derivação e composição.
existem as palavras anoite e noitecer, pois os afixos não
podem se separar.
Ex.: Coelho (substantivo comum) usado como substantivo 03. Assinale oca única opção em que ocorre variante
próprio em Daniel Coelho da Silva; verdegeralmente como do radical:
adjetivo (Comprei uma camisa verde.) usado como
substantivo (O verde do parque comoveu a todos.) a) dizer, dizes, dizia;
b) faço, fazes, façamos;
COMPOSIÇÃO: c) amaria, amavas, amou;
d) quero, queres, querias;
Consiste na formação de palavras pela junção de duas delas. e) vência, venceste, vence.
A formação de palavras por composiçã o dá-se por:
4. Assinale a opção em que há erro na identificação
2.1) Justaposição: sem alteração fonética (palavras do elemento mórfico grifado:
compostas sem alteração fonética).
a) compostas: desinência de feminino;
2.2) Aglutinação: há alteração fonética na formação da b) quadrar: radical;
palavra. c) adotei vogal temática;
d) pareceram: vogal temática;
OUTROS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS e) influência: desinência de feminino.
3) Hibridismo: palavras formadas por elementos vindos de 05. Vocábulo onde existe desinência de gênero:
outros idiomas.
a) segredo;
4) Onomatopeia: palavras que procuram imitar sons, ruídos, b) curiosidade;
sons de animais. c) força;,
d) verbo;
e) alheia.
5) Abreviação vocabular: a forma original deu origem a uma
forma abreviada. Ex: motocicleta =moto
6. Assinale a alternativa sem desinência modo-tem
poral:
6) Siglas: criação de palavras a partir de siglas. Ex: AIDS.
a) aplaudias;
ESTRUTURA DA PALAVRA PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE
PALAVRAS b) acordou;
c) faltarás;
d) vendam;
1. Assinale a opção em que nem todas as palavras e) cobrasses.
possuem o mesmo radical:
d) corte; percurso; correr; 09. Assinale a letra em que as palavras são formadas
por derivação regressiva, derivação parassin-tética e
e) angústia; ângulo; anjo. composição por aglutinação, respec-tivamente.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 32
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Língua Portuguesa
Excelência em Ensino
10. Grupo de três palavras formadas por DERIVAÇÃO: 15. Assinale o par de vocábulos cujos prefixos pos -suem
valor locativo, indicando, respectivamente, as idéias de por
a) pesaroso, apelo (subst.), refazer; cima e por baixo.
b) pontapé, introduzir, cipoal;
c) decímetro, casamento, namoro (subst.); a) hipertrofia / hipotensão;
d) cine, guarda-roupa, infiel; b) hipérbole / perímetro;
e) infelizmente, amolecer,varapau. c) exotérmico / hemisférico;
d) epiderme / prólogo;
11. Indique a opção em que foram utilizados proces - e) introduzir / decrescer.
sos de formação de palavras idênticos aos dos vocábulos
plenilúncio / burocracia: 16. Observe, nos vocábulos que se seguem, que o
mesmo sufixo pode ser escrito de formas diferen-tes: com c
a) vaivém / saca-rolhas; (aplicação), s (expansão) e ss (intro-missão). Assinale a serie
b) surdo-mudo / corre-corre; em que um dos subs-tantivos apresenta o sufixo grafado de
c) aguardente / alcoômetro; modo in-correto
d) vaivém / automóvel;
e) planalto / vinagre. a) rendição, presunção, fixação;
b) discussão, excessão, admissão.
12. Assinale a opção onde se indica erroneamente o c) diversão, compreensão, distensão;
processo de formação: d) paralisação, pulsação, cassação;
e) submissão, sucessão, concessão.
a) encontrável: derivação sufixal;
b) inesperado: derivação prefixal; 17. Assinale a opção em que todos os verbos formam
c) emudecer: derivação sufixal; substantivos designativos da ação ou do resulta-do dela –
d) inaudível: derivação prefixal; por meio de sufixos distintos entre si:
e) canto: derivação regressiva.
a) apreender, pressintir, converter;
13. Assinale o vocábulo que apresenta o mesmo pro- b) descrever, crer, dedicar;
cesso de formação de yaga-lume: c) confessar, lembrar, transmitir;
d) suprimir, esquecer, tolerar
a) descobriu; e) iniciar, prever, aceitar.
b) lembrança;
c) encantamento; 18. Assinale o par de vocábulos cujos sufixos possu-em
d) doçura; valor semântico idêntico ao dos sufixos de brasileiro e
e) fios-de-ovos. escureza, respectivamente:
23. Assinale o par de vocábulos que não guardam entre si a 1 - translúcido ( ) contraveneno.
relação existente entre vernáculo / verna -culizar: 2 - antídoto ( ) metamorfose.
3 - transforma ( ) diáfano.
a) falso / falsificar; 4 - adversário ( ) antítese.
b) suave / suavizador; 5 - oposição ( ) antagonista.
c) verniz / envernizar;
d) puro / purificar; a) 1, 3, 4, 2, 5;}
e) universal / universalizar. b) 2, 3, 4, 5, 1;
c) 2, 3, 1, 5, 4;
24. Assinale o par de vocábulos que guardam entre si d) 1, 4, 5, 2, 3;
a mesma relação significativa existente entre con-siderar / e) 4, 3, 1, 5, 2.
consideração:
30. Assinale a opção em que nem todas as palavras têm o
a) desenvolver / desenvolvimento; mesmo radical.
b) realizar / realizável;
c) opor / oponente; a) dizendo, indizível, diríamos;
d) criar / criativo; b) batida, batedeira, combater;
e) matar / matadouro. c) legalidade, ilegalizar, inelegibilidade;
d) caracterização, descaracterizar,caracterizava;
25. Vocábulo cujo prefixo se distingue e) embrutecer, bruto, brutal.
semanticamente do de imprevisto:
31. A opção em que não se verifica variação de radi -cal é:
a) impor; b) inútil; c) legível;
d) imperfeito; e) incompetência. a) valho - valeria - valêsse-mos;
b) coubeste - cabes - caibas;
26. O sufixo do vocábulo habilidade e o sufixo do vo-cábulo c) brincam - brinques -brincávamos;
transferência são usados para derivar, respectivamente, d) sentíeis - sinta - sentiram;
nomes das seguintes formas: e) servistes - sirvo - servira.
32. Assinale a opção em que todas as palavras pos -suem a) derivação regressiva;
um mesmo radical. b) aglutinação;
c) conversão;
a) favo - favor - favorável; d) reduplicação;
b) luz - luzeiro - aluminar; e) derivação sufixial.
c) perfumado - fumaça - fumo;
d) virgem - virginal - viavem; 39. Assinale a série de vocábulos em que todos os sufixos
e) as letras “b” e “d” estão corretas. exprimem noção de qualidade:
37. Incorreta a caracterização do processo de forma -ção: 43. Assinale a alternativa em que o par de vocábulos
apresenta prefixos de mesma significação :
a) meio-dia: composição por justaposição;
b) fortalecer: derivação sufixal; a) imposição – impossível;
c) demora (substantivo): derivação regressiva; b) adjunto – abstar;
d) fonseca: derivação sufixal; c) desfazer – decair;
e) pneu: abreviação. d) hipótese – supor;
e) subserviente – subsequente
38.Em “. . . Dádiva ao Senhor . . .” A palavra Senhor é um
exemplo de:
01. B 02. C 03. B 04. E 05. E a) Antes de palavras masculinas. Compramos roupas
06. B 07. E 08. E 09. D 10. A a prazo. Graças a Deus.
11. C 12. C 13. E 14. E 15. A
16. B 17. D 18. A 19. B 20. E Ele gosta de andar a cavalo. Fogão a gás.
21. E 22. E 23. C 24. A 25. A Pediu um bife a cavalo.
26. C 27. B 28. B 29. C 30. C Eles foram a pé.
31. C 32. C 33. E 34. C 35. C
36. C 37. D 38. C 39. C 40. C b) Nas expressões formadas por palavras repetidas:
41. C 42. C 43. D 05. E cara a cara, frente a frente, uma a uma, gota a gota . . .
IV. CRASE Fiquei cara a cara com o Presidente. Contei uma a uma as
moedas que caíram.
A crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa -se, a
crase, graficamente pelo acento grave ( ` ). c) Antes de pronomes de tratamento, exceto em:
De maneira geral, ocorre crase quando um verbo exige a senhora, senhorita, madame e dona (este último pronome
preposição a e há uma palavra feminina determinada pelo quando estiver antecedido de adjetivo)
artigo a ou as.
Devo meu sucesso a você. Refiro-me à senhora ao seu lado.
Fui à Universidade pela manhã.
a (preposição) + a (artigo) Na reunião, fizeram referência a Vossa Excelência. Refiro-
me à simpática Dona Lindaura.
OCORRE CRASE:
d) Antes de verbo.
a) Nas locuções femininas (adverbiais, prepositivas e
conjuntivas): à noite, à tarde, à vontade, às claras, às A criança pôs-se a chorar.
escondidas, à toa, às vezes, à procura, à esquerda, à direita,
à moda de (mesmo que a expressão moda de fique e) Quando o a está antes de palavras no plural.
subentendida). Refiro-me a pessoas de bom senso.
O show começa às oito horas da noite. Eles estão rindo à
toa. f) Com as palavras casa e terra quando não
Fez um gol à Ronaldinho. (à moda de) Estou à procura de estiverem especificadas. Irei a casa agora. / Mas: Iremos à
um emprego melhor. Os jovens namoram às escondidas. casa nova.
Os marinheiros foram a terra. / Mas: Os marinheiros foram
b) Diante de nomes de lugar: (Venho de –não tem à terra natal.
crase, mas venho da – tem crase) Vou à Bahia. (Venho da
Bahia) g) Com a expressão a vista, si gnificando o oposto de
a prazo.
Vou a Ipanema. (Venho de Ipanema) Comprou o computador a vista.
Vou à bela praia de Ipanema. (Venho da bela praia de Terra à vista!
Ipanema) Obs.: alguns autores admitem o acento, mesmo
significando o oposto de a prazo. É questão polêmica.
c) Com os pronomes demonstrativos, aquele(s),
aquela(s) e aquilo, quando houver um verbo que, por r eg h) Com a palavra distância, quando não está
ncia verbal, venha acompanhado da preposição a . especificada. Cursos a distância. / Mas: Ele estava à
Aspiro àquela vaga na empresa. Prefiro isto àquilo. distância de cem metros.
a) Com os pronomes adjetivos possessivos no 1. (FIOCRUZ) “O objetivo é saber quais são os fatores
singular. Refiro-me a sua amiga. OU Refiro-me à sua amiga. biológicos e comportamentais que predispõem à infecção –
b) Antes de nome de mulher. informou Schechter.”
Contarei o ocorrido a Marcela. OU Contarei o ocorrido à Nesse trecho, usou-se com propriedade o sinal indicador da
Marcela. crase. A frase abaixo em que esse sinal não foi bem
c) Depois da preposição ATÉ. utilizado é:
Iremos até a varanda. OU Iremos até à varanda.
a) A Fundação Instituto Oswaldo Cruz dará apoio à
PRÁTICA pesquisa sobre a incidência do HIV.
}b) Os voluntários necessários serão escolhidos à
A) Preencha as lacunas com a, à, as, às, ao, aos, critério das instituições envolvidas no projeto.
aquela, àquela, aquelas, àquelas, aquele, àquele, aqueles, c) Os voluntários também deverão responder às
àqueles: perguntas de um questionário sobre seu comportamento
sexual.
1. Fui ____ casa e voltei logo. d) À semelhança do que ocorre em outros países, o
2. Eles chegaram ____ uma hora. Brasil ainda não tem infra-estrutura para testes em larga
3. Chegaram ____ tempo de transmitir ____ ordens. escala.
4. Fui ____ Mato Grosso do Sul e não ____ Minas e) O voluntário deverá informar às pessoas
Gerais. responsáveis pela pesquisa todas as reações surgidas em
5. Uns foram ____ pé, outros ____ cavalo. decorrência do tratamento.
6. Vera, vamos __________ praça.
7. Fernanda estudou ____ beça. 2. (Procuradoria Geral de Justiça/RJ) “... ci dadelas à
8. Ele se refere ____________ filme de ontem. margem do tecido urbano ...” (l.29)
9. Todos obedecem _____________ leis justas. Que regra a seguir justifica o emprego do acento grave
10. Nosso carro dobrou ____ direita e depois ____ indicativo da crase na frase destacada?
esquerda.
11. Gosto de macarrão ____ bolonhesa. a) o termo antecedente exige, por sua regência, a
12. Ficamos cara ____ cara com o ladrão. preposição e o termo conseqüente admite o artigo a;
13. Não expliquei ____ você o ocorrido? b) nas locuções adverbiais formadas com palavras
14. Isabela foi ____ Paris. femininas;
15. ____ tarde, fomos ____ escola e fizemos ____ c) nas locuções prepositivas formadas com palavras
reunião. femininas;
16. “A matéria _____ que me refiro não é aquela ____ d) nas locuções conjuntivas formadas com palavras
que Vossa Excelência se referiu concernente ____ critério femininas;
das esferas superiores.” e) nas combinações da preposição com o pronome
17. “____ beira do leito, assistiu ____ amiga, hora demonstrativo.
____ hora, minuto ____ minuto, sempre____ espera de um
milagre.” 2. (Tribunal de Alçada Criminal) É sabido que o
18. “Em cismar, sozinho, ____ noite, Mais prazer fenômeno da crase vem indicado na escrita na escrita pelo
encontro eu lá.” (Gonçalves Dias) sinal grave ( ` ), cuja presença sobre o a / as é facultativa em
19. “...fica sempre um pouco de tudo. ____ vezes um botão. certos casos, como no seguinte exemplo:
____ vezes um rato.” (Carlos Drummond de Andrade)
20. Preparou arroz ____ grega. a) “[...] recursos ambientais necessários a seu bem-estar.”
21. “ ____ pessoas que eu detesto b) “[...] imprescindíveis à preservação [...]”
Diga sempre que eu não presto,/ Que meu lar é um c) “[...] é vedada a remoção dos grupos indígenas [...]”
botequim.” (Noel Rosa) d) “[...] São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios
22. Ele estava disposto ____ colaborar. as por eles habitadas em caráter permanente, [...]”
23. “Uma viagem fala ____ imaginação, ____ memória, e) “[...] necessárias a sua reprodução física [...]”
____ esperança — as três irmãs graças de nosso ser moral.”
(Sir Richard Francis Burton)
4. Assinale a alternativa que preenche corretamente
24. Assistiu _________ filme de terror ontem?
os espaços: “ Fui ................ lugar, contíguo ....................
casa de meu amigo”. “Prefiro isto ....................”
a) àquele, à, àquilo
a) Recolheu as provas, saindo a seguir. a) Quando ela chegará? Perguntou ele, ao moço, quando o
b) Se permitirem, voltarei. viu entrar na sala.
c) Carla prima, de Lurdes, está aí. b) Quando ela chegará, perguntou ele, ao moço, quando o
d) Rio de Janeiro, 8 de junho de 1984. viu entrar na sala.
c) Quando ela chegará? Perguntou ele ao moço, quando o
8. Está certa a pontuação da frase: viu entrar na sala.
d) Quando ela chegará? Perguntou ele ao moço, quando o
a) Quê! Você não entendeu!? viu entrar na sala.
b) Como você está Cristóvão?
c) Perguntou-lhe animado, como vai você? 14. (Aeronáutica) Há obrigatoriedade do uso de vírgulas na
d) Olhe bem Paulo, o que temos aqui! alternativa.
a) O auxiliar que você esperava chegou há meia hora.
9. Das redações abaixo, assinale a que não está pontuada b) “. . . ele chega tão diferente do seu jeito de sempre
corretamente: chegar”.
c) Encontramos no interior da casa um velho rel ógio
a) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resultado funcionando.
do concurso. d) Havia subidas íngremes e muitos buracos no caminho
b) Em fila, os candidatos aguardavam, ansiosos, o resultado para a cachoeira.
do concurso.
c) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resultado 15. Assinale a letra que corresponde ao período de
do concurso. pontuação correta:
d) Os candidatos, aguardavam ansiosos, em fila, o resultado a) Se houver tempo cuidaremos de tudo.
do concurso. b) Se, houver tempo, cuidaremos de tudo.
c) Se houver tempo, cuidaremos de tudo.
10. “No Rio de Janeiro, uma senhora dirigia seu automóvel d) Se, houver tempo, cuidaremos, de tudo.
com o filho ao lado”. Que outra formulação dessa frase
apresenta erro de pontuação? GABARITOS
a) Uma senhora, no Rio de Janeiro, dirigia seu automóvel I. Ortografia
com o filho ao lado. 01. A 06. D 11. D
b) Uma senhora dirigia seu automóvel, no Rio de Janeiro, 02. B 07. B 12. C
com o filho ao lado. 03. B 08. B
c) No Rio de Janeiro, uma senhora, com o filho ao lado, 04. C 09. C
dirigia seu automóvel. 05. E 10. C
d) Uma senhora, dirigia seu automóvel no Rio de Janeiro ,
com o filho ao filho. II. Divisão Silábica
01. B 06. B 11. D
11. Marque o período cuja pontuação está correta: 02. C 07. C 12. D
03. B 08. C
a) De que vale o homem conquistar: o mundo se perde a 04. D 09. C
alma. 05. C 10. B
b) A peroba, que é madeira muito resistente está sendo
exportada. III. Acentuação Gráfica
c) Temei, ó litigante desgraçado, mais do que os processos, 01. E 06. E 11. A 16. D
os advogados. 02. C 07. A 12. B 17. C
d) Kennedy foi como todos sabem, o único Presidente cató 03. E 08. E 13. D 18. D
lico dos E.U. A. 04. A 09. D 14. E 19. D
05. B 10. C 15. B 20. B
12. Assinale o erro de pontuação:
a) Íamos, muitas vezes, ao circo. IV. Curiosidades Gráficas
b) Os garotos, admirados, riam muito. 01. C 06. B
c) Apesar da chuva, fomos visitar o tio.
02. A 07. C
d) Eu, realmente preciso chegar l á.
03. D 08. C
04. A 09. D
13. (Aeronáutica) Qual o período que apresenta a
05. A 10. D
o Acento diferencial aparece nas seguintes situações: abstrato nomeia ações, estados e qualidades. Flexiona-se
• ás (subst.) X às (contração) em gênero (masculino/feminino), número (singular/plural)
• pôr (verbo) X por (prep.) e grau(mudanças na terminação para indicar tamanho,
• que (pron., conj. etc.) X quê (subst. ou em fim de intensidade ou estado emotivo).
frase)
• porque (adv. ou conj.) X porquê (subst. ou em fi m Ex.: O relógio é antigo.
de frase) Ex.: A bondade é necessária.
• pára (verbo) X para (prep.)
• pélo, pélas, péla (verbo) X pelo, pelas, pela (prep. + Ö Artigo: precede o substantivo, indicando-lhe o gê
artigo) X péla, pélas (jogo) nero e o número; ao mesmo tempo, determina-o ou
generaliza-o. Flexiona-se o gênero e o número.
• pêlo, pêlos (cabelo) X pelo, pelos (prep.=artigo)
• pôlo, pôlos (ave) X pólo, pólos (extremo ou jogo) Ex.: O estudante chegou.
• pôla, pôlas (subst. - rebento ou broto de árvore) X Ex.: Um velho poeta sorriu para mim.
pola, polas (por + las)
• pêra (fruta ou barba) X pera (prep. arcaica) Ö Adjetivo: modifica o substantivo, atribuindo-lhe
• côa, côas (verbo) X coa, coas (prep.+artigo) um estado, qualidade ou modo de ser. Flexiona-se em gê
• ter e vir na 3ª pess. plural recebem acento (ele
nero, número e grau.
tem X eles têm / ele vem X eles vêm)
Ex.: Eu sou feliz.
• pôde (pretérito perf) X pode (presente do
Ex.: Ela é sincera.
indicativo)
mesma função.
SUBSTANTIVO
Gênero feminino:
→ aluvião/sentinela/abusão/áspide
ADJETIVO
c) Substantivos terminados em S, quando paroxítonos, e em
É a palavra variável em gênero, número e grau que
X: ficam invariáveis.
caracteriza o substantivo, indicando-lhe qualidade, estado,
modo de ser ou aspecto.
o lápis - os lápis o ônibus - os ônibus o tórax – os tórax o
→ homem gentil → mulher honesta → pessoa doente →
climax – os climax
noite chuvosa
o pires - os pires o atlas - os atlas o xerox – os xerox
Locução Adjetiva
d) Acrescenta-se ES após S em sílaba tônica e depois de Z ,
É a expressão formada de preposição + substantivo
R ou N.
(ou advérbio) com valor de
freguês – fregueses cruz – cruzes éter – éteres burguês –
burgueses açúcar – açúcares vez – vezes abdômen –
adjetivo.
abdômenes * (ou abdomens)
exercício de abdômen: exercício abdominal
e) Palavras terminadas em AL, OL, UL trocam o L por IS.
armamento de guerra: armamento bélico
farol – faróis animal – animais paul – pauis
problemas da cidade: problemas urbanos
f) Substitui-se o L por S, quando oxítonos e por EIS, quando
paroxítonos:
cantil – cantis fóssil – fósseis canil – canis fácil -
fáceis
g) Substantivos terminados em -zinho: passam-se
para o plural a terminação do substantivo primitivo (sem o
s ) e a do sufixo.
papelzinho/ papéis + zinhos = papeizinhos florzinha/ flores
+ zinhas = florezinhas
Pronomes interrogativos: é aquele usado para formular a) Navios luso-brasileiros / consultórios médico-cirúrgicos.
interrogações (perguntas). b) Rapazes surdo-mudos / guarda-civis.
c) Guarda-chuvas / guardas-noturnos.
Pronomes Interrogativos d) Pães-de-ló / pasteizinhos
e) Girassóis / passatempos
Variáveis
qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas 7. Das alternativas abaixo, só há uma em que o substantivo
foi classificado erradamente, quanto à flexão de gênero.
Invariáveis a) o imigrante / sobrecomum
como, onde, quem, que b) a criança / sobrecomum
c) onça macho – onça fêmea / epiceno
EXERCÍCIOS d) o artista / comum-de-dois
e) o jornalista / comum-de-dois
1. O numeral ordinal de 80 é:
a) octagésimo 8.“-- Foi o copo que eu quebrei?” / “Já disse que vou
b) octogésimo pensar, Geneci.” As palavras sublinhadas são
c) octingentésimo respectivamente:
d) octogentésimo
e) octagentésimo a) pronome relativo e conjunção integrante
b) pronome relativo e pronome relativo
2. Assinale a alternativa que completa c) conjunção integrante e pronome relativo
convenientemente a lacuna da frase: Maria Jos é foi a (284 d) conjunção adverbial e pronome relativo
ª.) ............. colocada. e) pronome relativo e conjunção adverbial
a) duzentésima octagésima quarta
b) ducentésima ostagésima quarta 9.“Que as poucos se gasta, e que, gasta de tanto se
c) dois centésima octagésima quarta acostumar, se perde de si mesma.” As classes gramaticais
d) ducentésima octogésima quarta das palavras sublinhadas são, respectivamente:
e) ducentézima octogésima quarta
a) substantivo – advérbio;
3. (FMU-SP) Triplo e tríplice são numerais: b) pronome – verbo;
adjetiva é de restrição. Em “João Paulo II, que é o II – ORAÇÕES COORDENADAS são orações
Papa, está doente”, temos a oração grifada como independentes quanto à estrutura sintática, ou
subordinada adjetiva expli cativa. Se retirarmos as seja, as orações não desempenham funções
vírgulas haverá mudança de sentido? Não! Cuidado sintáticas ao se relacionarem com as demais
com as orações explicativas que não podem ser orações do período. Classificam-se em
restritivas. Impossível o valor de restrição no assindéticas e sindéticas. As assindéticas não
contexto, uma vez que apenas uma pessoa assume o apresentam conjunção; as sindéticas apresentam
papado. Não há liberdade contextual para se pensar conjunção. As principais conjunções coordenadas
em restrição. As orações com valores absolutos só são:
podem ser explicativas. Toda explicativa em sua
naturalidade não pode ser explicativa, mas toda a) aditivas: e, nem, mas também, mas ainda
explicativa pode ser restritiva, basta retirar a b) adversativas: mas, porém, contudo, todavia,
pontuação. São mais alguns exemplos de orações entretanto, no entanto
subordinadas adjetivas que só podem ser explicativas: c) alternativas: ou, ora... ora, ou... ou, já... já,
A Constituição Federal do Brasil, que é a Carta Magna, quer... quer
está sempre revisada por um grupo de professores. / d) explicativas: pois ( quando anteposta ao
He, Ne, Ar, Kr, Xe e Rn – que são gases nobres – verbo ), porque, que
estão sempre estudados pelo professor Reinaldo e) conclusivas: pois ( quando posposta ao verbo ),
Xavier. / Joaquim José da Silva Xavier, que é o mártir logo, portanto, então
da Inconfidência Mineira, é sempre lembrado por
nós.
As orações subordinadas adverbiais
exercem a função de adjunto adverbial. Como os
adjuntos adverbiais são classificados pela idéia que
cada um comunica, temos oração subordinada
adverbial temporal, causal, condicional, concessiva,
conformativa, final, proporcional, consecutiva,
comparativa e comparativa. Em “Saí para comprar
chocolate”, a oração grifada expressa finalidade,
sendo classificada como subordinada adverbial final.
Quando ao conectivo em negrito , trata -se de uma
conjunção subordinada adverbial final. Vejamos
outro exemplo: Quando me chamaram, entrei com a
confiança que eu tinha. A oração sublinhada é
c) A necessidade de que ela aprove o projeto é
subordinada adverbial temporal, sendo “Quando” a
conjunção subordinada adverbial temporal; o termo imensa.
em negrito é pronome relativo, dando início à oração Or. subord. Substantiva completiva nominal
subordinada adjetiva restritiva; a oração principal das d) Apresentaram-me a verdade à qual Mércia
duas orações é “entrei com a confiança”. Eis as aludiu: que Simone está grávida.
principais conjunções subordinadas adverbiais: Or. subord. Adjetiva Or. subord. Subst.
apositiva
a) proporcionais: à proporção que, à medida que, na e) Fiz o que me solicitaram: arrumar o quarto
medida em que... cuja poeira estava se alastrando pelo corredor.
b) finais: a fim de que, para que, para, que... Oração principal : “Fiz o” . O termo grifado ao
c) temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, lado é pronome demonstrativo. No período acima,
assim que...
podemos substituir “o” por “aquilo”. É
d) concessivas: embora, se bem que, ainda que,
mesmo que, conquanto... comum em concurso público afirmarem que o “o”
e) conformativas: como, conforme, segundo... é artigo. Assim, não se trata de artigo.
f) comparativas: como, que, do que... Oração subordinada adjetiva restritiva : “que me
g) consecutivas: que ( precedida de tão, tal, tanto ), solicitaram.
de modo que, de maneira que... Oração subordinada substantiva apositiva reduzida
h) condicionais: se, caso, contanto que... de infinitivo: “arrumar o quarto”
i) causais: porque, visto que, já que, uma vez que, Oração subordinada adjetiva restritiva: “cuja
como...
poeira estava se alastrando pelo corredor”.
d) Gostaria de que ela mostrasse os problemas,
de que propusesse mudanças e de que ela
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 53 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Língua Portuguesa
Excelência em Ensino
i) Mesmo não tendo estudado, foi aprovado no Proposição: Se fosse suprimida a vírgula que antecede
concurso. [ or. subord. Adverbial concessiva ] a oração grifada, seria mantida correta a pontuação e
j) Fui à feira para comprar frutas. [ oração não haveria alteração da estrutura sintática do período.
subordinada adverbial final ] V-F
k) Conforme ficou claro, as ações de Pedro não
Leia o seguinte texto para responder a questão 04.
foram agressivas. [ oração subordinada adverbial
conformativa ]
A entrada dos anos 2000 tem trazido a reversão das
expectativas de que haveria a inauguração de tempos de
TESTE:
fraternidade, harmonia e entendimento da humanidade.
Os resultados das cúpulas mundiais alimentaram
1. - Considere o seguinte período do texto para esperanças que novos tempos trariam novas
analisar os esquemas propostos abaixo: perspectivas referentes à qualidade de vida e
Descumprir a lei gera o risco da punição prevista relacionamento humano em todos os níveis. Contudo, o
pelo Código Penal ou de sofrer sanções civis. movimento que se observa em nível mundial sinaliza
perdas que ainda não podemos avaliar. O
A = Descumprir a lei recrudescimento do conservadorismo e de práticas
B = gera o risco autoritárias, efetivadas à sombra do medo, tem
C = da punição prevista pelo Código Penal representado fonte de frustração dos ideais
historicamente buscados. ( Roseli Fischmann, Correio
Braziliense, 26.08.2002, com adaptações )
GABARITO DO TESTE:
a) X e Y mas W e Z 1) A 2) A 3) Falso 4) A 5) B
b) X porque Y porém W logo Z
c) X mas Y e W porque Z PONTUAÇÃO
d) Não só X mas também Y porque W e Z EMPREGO DA VÍRGULA
e) Tanto X como Y e W embora Z
1. Para separar os termos da mesma função, assindé
ticos: "Vim, vi, venci."
2. Para isolar o vocativo: "João, onde está o feijão?"
"E agora, José?
a) A falta de dinheiro para pesquisas, "João e Maria comeram feijão, arroz, farinha e beberam
decorrente da falta de apoio por parte da suco, refrigerante, caldo de feijão."
iniciativa privada, tem como obstáculo que as
inovações tecnológicas decorrentes da maior 06. Nas datas:
produtividade das empresas se acresce ao
crescimento econômico. "Recife, 23 de novembro de 2000."
b) Investir em inovações tecnológicas traz maior
produtividade às empresas e acarreta 7. Nas construções onde o complemento verbal, por
crescimento econômico; no entanto, falta vir anteposto, é repetido por um pronome enfático (objeto
dinheiro para pesquisas e o apoio da iniciativa direto / indireto =>pleonástico):
privada ainda não é suficiente.
c) Sem dinheiro para pesquisas, no tanto, a "A mim, ninguém me engana."
falta de apoio à iniciativa privada tem por "Ao pobre, não lhe devo. Ao rico, não lhe peço."
obstáculos que as inovações tecnológicas
são conseqüência do aumento da 8. Para isolar certas palavras ou expressões
produtividade das empresas e do explicativas, corretivas, continuativas, conclusivas, tais
crescimento econômico. como “por exemplo, além disso, isto é, aliás, então, etc”.
d) Apesar da falta de dinheiro e da carência de apoio
da iniciativa privada, os obstáculos são superáveis. 9. Para separar as orações coordenadas ligadas pela
Inovações tecnológicas têm como conseqüência conjunção "e", quando os sujeitos forem diferentes:
crescimento econômico e – é claro – aumento da "Veio a noite da feijoada, e João não havia se preparado."
produtividade das empresas.
10. Para separar as orações coordenadas ligadas pelas
e) Inovações tecnológicas provocam crescimento conjunções mas, senão, nem, que, pois, porque, ou pelas
econômico como conseqüência do aumento da alternativas: ou...ou; ora...ora; quer...quer, etc. "O
produtividade das empresas. Os obstáculos, no adolescente é muito rico, mas não vive feliz."
entanto, vêm da iniciativa privada, que não têm
verba. "Ou o conhece, ou não".
11. Para isolar as conjunções adversativas porém,
todavia, contudo, no entanto; e as conjunções conclusivas
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 55 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Língua Portuguesa
Excelência em Ensino
"Ao sair do lugar, contudo, teve alguns problemas. Alguns homens preferem as seguintes opções de vida: lazer,
dinheiro, uma boa mulher, futebol, feijão e muita sa úde
12. Para separar as orações adverbiais (iniciadas pelas para viver intensamente.
conjunções subordinativas-não integrantes),
principalmente quando antepostas à principal: 03. Para anunciar uma citação:
"Como estudou direito para o vestibular, passou para o "Aristóteles dizia a seus discípulos: Meus amigos, não há
curso de Direito." amigos"
01. Quanto ao uso dos sinais de pontuação, julgue os 4. Quanto ao uso dos sinais de pontuação, analise os
itens abaixo: pares de enunciados abaixo. Julgue a alternativa em que,
1. Precisando de auxílio, não hesite em chamar-me. apesar da alteração no uso da pontuação e de outros sinais,
2. A moça, louca, corria pela rua. o sentido se mantém.
3. A moça louca corria pela rua.
4. Ela, trouxe o que pedi: os documentos e a 1. Embora a violência ainda impere, as comunidades,
procuração. que são desassistidas pelo poder público, continuam
5. O fogo está apagado - defendeu-se a moça. Mas o buscando a paz.
almoço, está pronto. Embora a violência ainda impere, as comunidades que são
desassistidas pelo poder público continuam buscando a paz.
02. Quanto à pontuação, julgue os períodos seguintes. 2. O Diretor informou que, com o resultado do último
concurso, a contratação de novos funcionários definirá a
1. A imprensa nigeriana noticiou, no mesmo dia da realização de um outro programa.
libertação, a sentença de morte por apedrejamento,
aplicada a um acusado de sodomia. O Diretor informou que - com o resultado do último
2. Não deixou de constituir para o presidente, um al í concurso - a contratação de novos funcionários definirá a
vio a notícia: de que a ex ecução de Amina, j á não ocorreria. realização de um outro programa.
3. A interpretação da lei muçulmana, a "sharia", é a 3. Crianças da periferia, em Recife, podem j á buscar a
de que - em casos como o de Amina - a gravidez constitui, garantia de atendimento aos direitos, que lhes são básicos.
em si mesma, uma prova de culpabilidade. Crianças da periferia - em Recife - podem já buscar a
4. O homem identificado por Amina como o parceiro garantia de atendimento aos direitos que lhes são básicos.
que a engravidara sequer foi indiciado, j á que lhe bastou
negar, o fato, valendo sua palavra mais do que a da mulher. 4. Para assegurar o desenvolvimento das comunidades
5. Deve-se alertar que, contrariamente ao que menos assistidas, espera-se a máxima participação. Para
muitos supõem, não houve propriamente julgamento do m assegurar o desenvolvimento das comunidades menos
érito mas, sim, reconhecimento de erro processual. assistidas espera-se, a máxima participação.
A situação é delicada.
As árvores velhas continuam acolhedoras.
construções:
Avisei os moradores do primeiro e segundo andar. Avisei os OBS: A locução “em anexo” é adverbial, portanto, invariá
moradores do primeiro e segundo andares. vel.
PRÓPRIO, MESMO, ANEXO, INCLUSO, QUITE, LESO E As crianças voltaram junto da mãe.
OBRIGADO
SÓ
Concordam em gênero e número com o substantivo ou
pronome a que se referem. O vocábulo só pode ser adjetivo (= sozinho) ou advérbio
Elas próprias falaram comigo. (=somente). Há ainda a
Seguem anexas as cópias solicitadas.
Seguem inclusos os documentos requeridos. locução à sós, que é invariável.
Não há mais nada a discutir: estamos quites. Depois da batalha só restaram cinzas.
Ele cometeu um crime de leso-patriotismo. Podemos estar sós nesse assunto.
A OLHOS VISTOS
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 59 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Língua Portuguesa
Excelência em Ensino
Ele assistiu o maior número de jogos possível. A) Chegamos ao Rio ao meio-dia e _________. (meio)
Com o plural os mais, os menos, os piores, os melhores, o Comprei uma gravata e um terno _________________.
adjetivo possível vai ao plural: (azul) A janela e a porta estão ___________. (aberto)
Ela escolhia as tarefas menos penosas poss íveis.
As frutas são as mais deliciosas possíveis. Segue ____________ uma procuração. (anexo)
Não havia _____________ entusiasmo e alegria na torcida.
CONCORDÂNCIA COM NOMES DE COR (verdadeiro)
É ____________ a entrada a pessoas estranhas.
1. Adjetivo simples flexiona: (proibido)
Ex.: Olhos verdes, meias brancas. Encontrei pessoas o mais delicadas _____________. (poss í
vel)
2. No adjetivo composto, flexiona-se só o 2º H) Vai________ a lista de preços. (incluso)
elemento, quando é adjetivo. Ex.: Olhos verde-claros. I) A negociata é ___________ ( bom)
J) Água é ____________(necessário)
3. Substantivos empregados como adjetivo
3. ..................... a difícil fase inicial e o período da
Ex: blusas cinza. ( cor de cinza ) experimentação, .....................
blusas rosa. ( cor de rosa ) algumas semanas antes que se ..................... os
objetivos estipulados.
4. Se o adjetivo composto indicar cor e tiver substantivo em Vencidos - decorreu - alcançassem
sua formação, não flexionará. Vencido - decorreram - alcançasse
Ex.: blusas cinza-claro. Vencida - decorreram - alcançassem
roupas verde-garrafa. Vencidos - decorreram - alcançasse
Vencida - decorreu - alcançasse
4. As moças, estando ..... , tiveram, elas ...... de
OBS: Ultravioleta / azul -marinho / azul-celeste - tomar as providências que a situação
são invariáveis exigia.
só - mesmo D) só - mesmas
EXERCÍCIOS GERAIS sós - mesmo E) sós - mesmas
só - mesma
1. Complete as frases seguintes com a forma apropriada do 5. Vai ..................... à carta minha fotografia. Essas
termo entre parênteses. pessoas cometeram crime de
..................... -patriotismo. Elas ..................... não
Eles.....................comunicaram à atriz que quiseram colaborar.
ela ..................... teria de tomar as incluso - leso - mesmo
providências necessárias. (mesmo, mesmo) inclusa - lesa - mesma
CONCORDÂNCIA VERBAL Se houver artigo antes do nome, o verbo vai para o plural.
Somos nós quem pagamos. / Somos nós quem paga. B) Quando atua como pronome apassivador, o “se”
acompanha verbos transitivos diretos e transitivos diretos e
03. CONCORDÂNCIA COM PERCENTUAIS indiretos na formação da voz passiva sintética. Nesse caso ,
o verbo concorda com o s ujeito da oração.
Quando o sujeito for indicação de uma porcentagem
seguida termo preposicionado, a tendência é fazer a Construi-se uma nova praça no bairro. Construíram-se
concordância com esse termo que especifica a referência novas praças no bairro.
numérica.
85% dos entrevistados declararam impostos. A) Estando entre dois substantivos de números
99% da população brasileira assistiu à Copa do Mundo. diversos, o que orientará a concordância será o sentido da
frase, ou seja, o verbo “ser” concordará com o termo a
que se quiser dar mais ênfase.
Se a porcentagem for particulariza, o verbo concordará com
ela: O horizonte de sucesso são cordilheiras transpostas.
Os 99% da população assistiram à Copa do Mundo.
B) O sujeito sendo nome de pessoa, com ele
Aqueles 45% de eleitores estão indecisos. concorda o verbo ser. Mário era só alegrias.
C) Concorda com o predicativo quando o sujeito for
04. NÚMEROS FRACIONÁRIOS um dos pronomes tudo, isso, isto, aquilo, o.
Tudo eram alegrias naquela noite.
Quando o sujeito é um número fracionário, o verbo
concorda com o numerador.
Também é uma forma aceita segundo a norma padrão:
Anulou-se 1/5 da prova de matemática.
Anularam-se 2/5 da prova de matemática. Tudo é flores.
05. PRONOMES DE TRATAMENTO COMO SUJEITO D) Quando um dos dois termos - sujeito ou
predicativo - for pronome pessoal, faz-se a concordância
O verbo fica na 3a pessoa. Vossas Excel ências com este pronome:
desejam algo?
Todo eu era olhos e coração. O Brasil, senhores, sois vós.
6. SUJEITOS RESUMIDOS POR TUDO / NADA
NINGUÉM O verbo concorda no singular. E) Nas expressões que indicam quantidade, medida,
Carros, viadutos, pontes, tudo foi destruído pelo terremoto. peso, preço, valor (é muito, é pouco, é suficiente, é mais
que, etc.), o verbo ser é invariável:
07. UM OU OUTRO Dois quilos é pouco. / Vinte mil reais é bom.
F) Nas indicações de tempo, horas, datas
O verbo concorda no singular com o sujeito um ou outro. e distâncias, o verbo ser é
impessoal e concorda com a expressão numérica que o
Um ou outro caso será resolvido. acompanha.
Uma ou outra candidata saiu-se bem. São duas horas.
Hoje é dia cinco de março.
Hoje são cinco de março.
ESTRUTURAS VERBAIS FORMADAS COM A PARTICIPAÇÃO Daqui para minha casa são três quilômetros.
DO PRONOME “SE”:
Nisto, deu três horas o relógio da botica. 5. Quanto à concordância, está inteiramente correta a
Soaram dez horas nos rel ógios das igrejas. frase:
E) Aos fanáticos religiosos não (satisfaz) que se solucionem de intervirem nos códigos de outros povos15.
casos como esse de um modo pol ítico, concessivo, conciliat
ório. 10. Nos textos da imprensa que se seguem “a
concordância foi nocauteada. Nem mesmo Mike Tyson
7. A concordância verbal e a nominal estão de acordo com teria sido capaz de bater com tanta força” (Correio
a norma padrão em: Brasiliense, 4/3/97). Identifique a única frase em que a
concordância não sofreu “nocaute”:
A) Houveram implicações boas e más naquelas
atitudes dos empresários de Pernambuco. A) Popovic traz, todas as tardes, temas que são iné
B) Propostas, o mais adequadas poss íveis, em ditas;
termos de qualidade, foi apresentada aos trabalhadores. B) A gente, baseados nas informações recebidas,
C) Quaisquer deslizes perante o consumidor, nessa á organizamos o evento, e eles garantem;
rea, provoca problemas para a empresa. C) O casal, que vivia no apartamento em frente,
consideravam-no uma pessoa tímida e pacata;
D) É necessário paciência para poderem os D) O Banco acredita que tudo são especulações do
trabalhadores conseguirem seus plenos direitos. mercado financeiro;
E) A ação social, um dos temas mais discutidos E) Os quadros nordestinos apresenta Maria e Jos é;
atualmente, faz os interessados repensarem a pol ítica
fiscal. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
A interdependência dos termos de uma oração, verificando
8. A frase que está inteiramente de acordo com as se um termo pede ou não complemento.
normas da concordância verbal é:
A regência nominal trata dos complementos dos nomes
A) A corrupção dos povos que saem da infância e da (substantivos e adjetivos). Exemplos:
juventude parecem fazer parte do nosso destino histórico, - acesso: A = aproximação – amor: a, de, para, para com
segundo o pessimista Rousseau. em = promoção - aversão: a, em para, por
para = passagem
B) Constituem os males da humanidade um desafio invenc í
vel para qualquer providência de natureza jurídica. A regência verbal trata dos complementos do verbo.
C) De acordo com Rousseau, devem-se discriminar o que é
a vontade geral, diante do que é a vontade de todos. Muitos verbos se relacionam com outras palavras ora por
meio de preposição, ora sem ela.
D) Quanto mais contra-sensos houverem na interpretação
de Rousseau, menos compreendido será o filósofo. Vejamos a regência de alguns verbos:
E) Nas teses de Rousseau, a reforma dos costumes sempre
tiveram mais importância do que quaisquer remédios jurí ASSISTIR
dicos.
No sentido de ver, exige complemento com a preposição a.
9. A frase em que há pleno atendimento às normas
Ex.: Assistimos a um filme ótimo ontem.
de concordância verbal é:
A) Deve espantar-nos que sejam consideradas crimes, No sentido de dar assistência, exige , geralmente,
na Nigéria, atitudes que, entre nós, são passíveis de uma complemento sem preposição.
simples censura moral?
B) É possível que venha a ocorrer, imediatamente ap Ex.: O médico assistiu o paciente.
ós o caso de Amina Lawall, julgamentos relativos à mesma
No sentido de pertencer, exige complemento com a
infringência das leis muçulmanas.
preposição a. Ex.: Esse direito assiste ao trabalhador. (ao =
C) Muitos acreditam que não se deveriam admitir,
preposição a + artigo o)
em nome dos direitos humanos, a aplicação da pena má
xima contra desvios de ordem moral.
No sentido de morar, exige complemento com preposição
D) É polêmica a proposta de que se confira a um
em.
tribunal internacional poderes para intervir em normas jur í
dico-religiosas estabelecidas em culturas milenares. Ex.: Aquela atriz assiste em Ipanema.
Ex3.: Uma aluna chamou Jos é bobo. Ex.: Ela mora em São Paulo.
Ex4.: Uma aluna chamou a Jos é bobo.
NAMORAR
CHEGAR/IR
O verbo exige complemento sem preposição.
Os verbos exigem complemento com a preposição a.
Ex.: Pedro namora Beatriz.
Ex.: Chegamos a Ipanema tarde./ Ex.: Iremos a Ipanema à
noite. PREFERIR
Obs.: o verbo ir , no sentido de estabelecer residência, O verbo exige complemento com a preposição a.
demorar; exige a preposição para.
Ex.: Prefiro Português a Matemática.
Ex.: Passei no concurso, logo vou para a França fazer o
mestrado. PROCEDER
Quando não apresentam pronome obl íquo, exigem No sentido de fazer, exige a preposição a.
complemento sem preposição.
Ex1.: O aluno esqueceu a prova. / Ex2.: O aluno lembrou Ex.: Após as eleições, procedem às apurações. (preposição
tudo. a + artigo as)
No sentido de desejar, exige complemento sem preposição. b) Respondi _____ telegrama _____ amigo. (o - ao /
ao – o)
Ex.: Eu quero ser feliz.
c) O neném queria _____ chupeta. (a – à)
No sentido de estimar, exige complemento com a
preposição a. d) O professor quer muito ______ seus alunos. (os –
aos)
Ex.: Quero a meus amigos de classe. e) João pagou _____ dívida _____ credor. (a – à / a
– ao)
SER
f) O policial visou _______ alvo. (o – ao)
O verbo exige, neste caso, complemento sem preposição.
g) O gerente visou _____ cheque. (o – ao)
Ex.: Somos cinqüenta pessoas na classe.
h) Eles visam ______ bom emprego. (o – ao)
VISAR
i) Ela aspira _____ ar puro da fazenda. (o – ao)
No sentido de mirar, exige complemento sem preposição.
j) Paula aspira _____ vaga de diretora. (a – à)
Ex.: O atleta visou o alvo.
No sentido de dar visto, exige complemento sem k) Kleber vai assistir _______ jogo no estádio. (o –
preposição. ao)
Ex.: O gerente do banco visou o cheque. l) O médico assistia _______ paciente na UTI. (o –
ao)
Nos sentido de ter em vista, exige complemento com a
preposição a. m) O presidente assiste _______ Brasília. (em – na)
Ex.: Ela visa a um alto cargo. n) Esqueceu-se ______ livro. (de – do)
2. (UFPR) Assinale a alternativa que substitui Ex.: apelido – alcunha; longo – comprido; bônus – prê
Às vezes, acordo com muito sono. (verbo) [som aberto] Senso - ato de raciocinar; faculdade de julgar.
Quando começo a dançar, todos se animam a dançar tamb Incipiente – que começa; que está no princípio,
ém. (verbo) [som aberto] principiante.
Ex2.: Aquela viagem foi muito especial para nós. Acidente- acontecimento casual, fortuito, imprevisto;
(substantivo) desastre.
É importante que eles viajem ainda hoje. (verbo) Incidente- que incide, ocorre, sobrevém.
Vejamos agora mais alguns homônimos: Adereço- objeto de adorno; ornamento, enfeite.
Alusão- referência vaga e indireta. Menção. Imergir- mergulhar, fazer penetrar, engolfar-se.
Ilusão- engano dos sentidos ou da mente. Sonho, devaneio. Eminente- elevado, alto, superior, sublime.
Atuar- exercer atividade, ou estar em atividade. Exercer Iminente- sobranceiro; que ameaça cair, ou suceder a
influência. qualquer momento.
Autuar- lavrar um auto contra alguém; formar processo Flagrante- manifesto, evidente; aquele em cuja prática é
contra. surpreendido.
Bebedor- aquele que bebe. Fragrante- que exala cheiro forte e agradável; odorífero.
Bebedouro- local onde se bebe. Fluir- correr em estado líquido; derivar; proceder, nascer.
Blindar- revestir (navio) de chapas de aço, como proteção. Fruir- desfrutar, possuir, gozar.
Brindar- beber à saúde de: brindaram a aniversariante. Fluvial- que diz respeito a rio. Próprio dos rios.
Destinto- que se destingiu; sem cor. Posar- tomar posição para ser fotografado.
Distinto- que não se confunde com o outro; diferente, Pousar- colocar, pôr; recolher-se em pousada.
separado.
Precedente- que precede, anterior, antecedente.
Destratar- maltratar com palavras; insultar. Procedente- que procede, proveniente, originário,
concludente.
Distratar- desfazer, anular, rescindir (um pacto ou contrato).
Pregresso- decorrido anteriormente; que aconteceu
primeiro. (absorver/absolver)
Tráfego- fluxo das mercadorias transportadas por n) O perigo era ___________________ ao entrar
aerovias, ferrovias, hidrovias ou naquela casa antiga. (iminente/eminente)
Vetado- que foi proibido; que foi vetado. q) ______________ de preso é muito desagradável.
(cela/sela)
Vultoso- que faz vulto, volumoso, grande. r) Antes de montar, deve-se colocar a
_________________ em seu cavalo. (cela/sela)
Vultuoso- que tem rosto grande; congestão na face.
s) Vamos _________________ seu anivers ário.
PRÁTICA (blindar/brindar)
e) ... a mulher ficou contente - triste 10. (Procuradoria Geral da Justiça/RJ) A palavra tráfico,
presente no texto não deve ser confundida com tráfego,
2. (Técnico de Finanças) “È nula toda lei que o povo seu parônimo. Em que item a seguir o par de vocábulos é
diretamente não ratificar...” . Ratificar e retificar são exemplo de homonímia e não de paronímia?
parônimos; em que item a seguir a frase apresenta erro de
seleção vocabular, exatamente pela confusão entre a) estrato/extrato
parônimos? b) flagrante/fragrante c) eminente/iminente d)
inflação/infração
a) Segundo os deputados, os perigos eram iminentes.
b) As leis pretendem combater a descriminação racial. e) cavaleiro/cavalheiro
c) Pretendiam que o Governo fizesse a cessão do
terreno. 11. (TRE/95) A palavra nos parênteses não preenche
d) Os deputados pretendem dilatar o prazo dos adequadamente a lacuna do enunciado em:
mandatos.
e) As leis não regulamentavam os comprimentos dos
a) O crime foi bárbaro. Somente após a ___________ do
cômodos.
assassino é que foi possível prendê-lo. (descrição)
b) Só seria possível ___________ o acusado, se conseguí
3. (Sec. Estadual de Pol ícia Civil) “ ... a violência se
ssemos mais provas que o inocentassem. (descriminar)
torne corriqueira ...” Qual das palavras a seguir é
sinônimo adequado da palavra destacada na frase acima?
c) As negociações só vão ___________ os resultados
a) intensa;
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 71 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Língua Portuguesa
Excelência em Ensino
e) Este assunto é confidencial; conto, portanto, com sua Uma ata deverá conter um cabeçalho constituído do nú
descrição. mero da ata e do nome dos participantes do grupo que se
encontram reunidos, uma abertura indicando, por extenso,
13. (TRT) Assinale a alternativa incorreta: dia, mês, ano, hora, local da reunião e nome de quem a
preside, bem como a finalidade de tal evento, transcrita da
a) O governo cassou os direitos pol íticos daquele ordem do dia que consta da convocação. Seguindo estes
cidadão. itens, virá um pronunciamento referindo-se aos
b) Houve um roubo vultuoso naquele banco. participantes e, a partir disso, a declaração de abertura da
c) Nosso advogado vai impetrar mandado de seção. Acompanhando estes elementos, virá uma relação
segurança. nominal identificando os presentes, a aprovação da ata
d) Os alunos se portaram com muita discrição na anterior, a declaração objetiva e sintética dos fatos a serem
visita que fizemos ao museu. tratados no evento e, por último, um fechamento com as
e) Uma fragrante rosa despontou. considerações finais.
14. (TER) O sentido das palavras não está Conforme segue, vejamos um exemplo:
corretamente indicado nos parênteses em: a) distratar Ata da 1ª reunião dos formandos de letras 2002 da FURG.
(maltratar com palavras) / destratar (rescindir pacto ou Aos dezessete dias do mês de julho, de dois mil e um, às
contrato) dezenove horas e trinta minutos, na sala B, no Campus
carreiros, sob a presidência da Comissão de Formatura,
b) deferimento (aprovação) / diferimento (adiamento) formada pelos alunos Fulano de tal, Beltrano e Ciclano,
c) comprido (extenso em sentido longitudinal) / cumprido
reuniram-se os formandos interessados na organização da
(realizado) d) descente (que desce; vazante) / decente
formatura. Após constatada a presença de todos os alunos
(adequado; apropriado)
e feita a identificação do empenho de formatura, a
comissão presidente declarou aberta a reunião. A reunião
e) tacha (pequeno prego de cabeça larga e chata) / taxa
iniciou-se com a solicitação que a partir de dezessete de
(tributo, imposto)
agosto fossem viabilizados os processos de arrecadação de
valores para a formatura. A comis são informou que o valor
15. (TJ) Os sentidos dos parônimos estão
a ser arrecadado será de R$ 12.000,00. Para tanto, pediu-se
corretamente indicados nos parênteses em: a)
o afinco de todos os presentes na seção. Por fim, estado os
comprimento (saudação) / cumprimento (extensão)
presentes de acordo com o que foi deliberado, os Srs.
Presidentes encerraram a reunião, da qual eu, Maria da
b) eminente (elevado) / iminente (prestes a ocorrer) c)
Silva, secretária designada, lavrei a presente ata, após lida e
imergir (vir à tona) / emergir (afundar)
aprovada será assinada por mim e pelos presentes.
d) cavaleiro (homem cortês) / cavalheiro (que cavalga) e)
Rio Grande, dezessete de julho de dois mil.
descriminar (distinguir) / discriminar (inocentar)
(seguem as assinaturas)
GABARITO
Atestado
01. B 06. C 11. C
02. B 07. A 7. E
1- Conceito
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 72
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Língua Portuguesa
Excelência em Ensino
Certidão
1- Conceito
1.2- Modelo
Símbolo
CERTIDÃO N° 55/00
Circular
1- Conceito
Uma circular é uma forma multidirecional que possibilita uma instituição dirigir -se, ao mesmo tempo, a várias repartições ou
pessoas.
1.2- Modelo
Uma circular constitui- se do nome do órgão ou empresa e da data localizada à direita da folha. Seguindo estes elementos vêm o
número precedido de CIRCULAR, o assunto, o texto, a assinatura, o cargo e, por último, a data de publicação.
Este documento não deve conter nem destinatário, pois não é unidirecional, tão pouco endereçamento.
Vejamos um exemplo:
COPERV
Pinto Martins
Presidente
Comunicado
1- Conceito
Um comunicado, também chamado de comunicação, constitui -se num aviso que pode ter caráter externo ou interno.
1.2- Modelo
Um comunicado de caráter externo deve ser dotado de um titulo que indique tratar -se de uma comunicação, o nome da
instituição comunicante e o texto com as informações a serem comunicadas. Pode conter, de acordo com o que cada
comunicante desejar, o nome do respons ável, juntamente com o seu cargo na entidade e a data.
Já a comunicação interna, al ém desses itens, deve conter Comunicado Interno, uma identificação e o número do documento,
juntamente com o ano e por fim as assinaturas. Seguem abaixo os exemplos de ambos os tipos de comunicado:
COMUNICADO
Comunica a seus clientes e amigos a transferência de suas instalações para o s ítio do pica-pau amarelo na avenida Fernando Os
ório, 20; com prestação de serviços e manutenção em equipamentos e software.
COMUNICAÇÃO
De: Direção
Comunicamos que, a partir do ano de 2001, o período especial de provas não mais existirá, ficando, portanto a marcação do dia
das provas aos cuidados dos professores.
Pedro Moraes
Reitor
Declaração
1- Conceito
Uma declaração constitui-se num documento semelhante ao atestado, porém não é expedido por instituições públicas.
1.2- Modelo
Este documento deve conter em sua elaboração uma evidência de declaração, escrita com l etra maiúscula (DECLARO), seguida
do texto de declaração, local e data, evidenciando dia, mês e ano e, por fim, a assinatura do(s) declarante(s) e o cargo do(s)
mesmo(s).
DECLARAMOS que o senhor Jos é Saramago atuou neste Gabinete no período de 25 de janeiro de 1999, recebendo
mensalmente um salário mínimo. Rio Grande, 28 de março de 2000
José de Arimatéia
Chefe de Gabinete do Vereador João Ferreira
Edital
1- Conceito
O edital é um meio de notificação direcionado ao público, que se afixa em local de acesso dos interessados ou se publica na
imprensa.
1.2- Modelo
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Os alunos do Curso de Letras da Universidade Federal de Pelotas convocam os formandos a seguir para a reunião de s ábado à
tarde.
1- Cecília Meireles
2- Érico Veríssimo
(assinatura)
João da Silva
Memorando
1- Conceito
Um memorando constitui -se em um meio de comunicação eminentemente interno, utilizado entre unidades administrativas de
um mesmo órgão, independentemente de nível hierárquico.
1.2- Modelo
O memorando deve ser estruturado de forma que contenha o número e a sigla de identificação de sua origem, antecedido pela
expressão “memorando” e a data, não precedida do nome da localidade, mas grafada na mesma linha do n úmero e da sigla.
Seguindo estes elementos, virão o nome do destinatário do memorando acompanhado do cargo que ocupa, o assunto
sintetizado e um texto que deve inciar-se a 4 espaços duplos abaixo do item anterior. Por último, virá o fecho (atenciosamente
ou respeitosamente) que deve estar centrado à direita, 1 espaço duplo abaixo do texto, e o nome e cargo do emitente: estes
dados devem ser escritos a 4 espaços duplos do fecho, alinhados verticalmente em relação ao texto que os antecede. Vejamos
um exemplo:
À SUPGRAD
Solicitamos de Vossa Magnificência que o período especial de provas continue vigorando, uma vez que do contr ário, os alunos
que fazem prova no último horário serão prejudicados, dada a insuficiência de meios de transporte no Campus Carreiros.
Atenciosamente,
José Firmino
Ofí cio
1- Conceito
Um ofício é um documento utilizado por órgãos do governo ou autarquias para correspondência externa e que tem por
finalidade tratar de assuntos oficiais.
1.2- Modelo
Um ofício deve conter em sua estrutura um timbre representado por um s ímbolo e o nome da unidade impressa no alto da
folha e a numeração, dentro do ano, que o oficio recebe, em ordem cronol ógica de feitura, seguido da sigla de indicação do ó
rgão eminente. Este, por sua vez, faz-se anteceder o nome da correspondência escrito por extenso ou abreviado.
Acompanhando estes elementos virá o local e data (dia, mês e ano) que devem ser escritos a sete espaços duplos ou a 6,5cm da
borda superior. O mês é escrito por extenso. Entre o espaço e a centena se deixa um algarismo do ano, deve ser feito o ponto
final e o término da data deve coincidir com a margem direita, que é de cinco espaços duplos ou de 5cm. A seguir virá o vocativo
que deve ser escrito a dez espaços duplos ou 10cm da borda superior, na linha do par ágrafo, a dez espaços ou 2,5cm da margem
e, por fim, um texto, em forma de parágrafo expondo o assunto, que inicia- se a 1,5cm do vocativo. Os parágrafos são
enumerados rente a margem, com exceção do 1° e do fecho.
A apresentação do oficio é feita no primeiro parágrafo, no decorrer do texto aprecia-se e se ilustra o assunto com os devidos
esclarecimentos e informações pertinentes. Na conclusão se faz a reafirmação da posição recomendada pelo emitente do oficio
sobre o assunto.
Quanto ao fecho este deve estar localizado a um espaço duplo (ou 1cm) do ultimo par ágrafo do texto, centrado à direita e
seguido de vírgula. Seguindo este elemento virá o nome do signatário datilografado em mai úsculas, do cargo só com as iniciais
maiúsculas, escritas sob o nome, a assinatura que deverá ser feita imediatamente acima do nome.
Estes dados devem estar centralizados à direita na direção vertical do fecho, a três espaços duplos ou 2,5cm deste.
A identificação do destinatário deverá conter um pronome de tratamento, acima da designação da função exercida pelo mesmo,
seguido do nome deste e, após, o endereço. Caso o oficio seja consti tuído por mais de uma folha, o endereço do destinatário
deve constar da primeira. Na diagramação dos dados, o último deve estar a dois espaços duplos ou 2cm da borda inferior do
papel, e todas as linhas devem coincidir com o texto, rentes a margem esquerda .
Entre os parágrafos do ofício deve ser deixado um espaço duplo ou 1cm. O espaço entre as linhas tamb ém é duplo; nas
transcrições e citações e um ou um e meio; estes, preferencialmente, devem vir salientados por aspas e, se ultrapassarem cinc o
linhas, devem distar cinco espaços da margem esquerda. Vejamos o exemplo:
Ordem de serviço
1- Conceito
Uma ordem de serviço é um documento oficial e interdepartamental, com numeração pr ópria e, às vezes, apresenta caracterí
sticas de circular. Refere-se ao ato de expedir determinações que serão executadas por instituições de caráter social e por
servidores desses órgãos.
1.2- Modelo
Uma ordem de serviço deve ser estruturada de maneira que contenha o nome do órgão emissor da ordem de serviço, o número
do documento e o ano. Deverá conter um título referindo-se ao SUPERVISOR ADMINISTRATIVO, um texto, a data e, por fim, a
assinatura do supervisor administrativo e a explicação de que executa tal cargo. Vejamos o exemplo:
Considerando o fiel cumprimento da Lei n°1234, de 12 de outubro de 1972, que regula os prazos e o andamento dos
expedientes administrativos.
Considerando que, para apreciação de qualquer tipo de requerimento ou petição, deve o mesmo estar acompanhado de todos
os dados imprescindíveis a sua análise.
Considerando que, em número substancial, há necessidade de se comunicar com o signatário da petição inicial, não só em seu
interesse, como no da administração.
DETERMINA
1º Todos os órgãos desta secretaria, antes de darem andamento a qualquer expediente, deverão verificar se constam no mesmo
os elementos informativos e se a documentação exigida para a sua apreciação foi devidamente anexada.
2º O endereço do peticionário deverá obrigatoriamente ser anexado, em todos os formul ários, modelos, requerimentos,
petições e solicitações.
SUPERVISOR ADMINISTRATIVO
Apostila
Para os estudantes significa uma publicação avulsa com objetivos didáticos, geralmente datilografada e mimeografada e de
utilização restrita.
Em sentido oficial, significa breve nota, adicionamento à margem de uma escritura. É um ato pelo qual se acrescenta informação
a um documento público ou ato administrativo anterior a fim de esclarece-lo, interpreta-lo ou completá-lo. É um documento
complementar de um ato.
Dessa forma, apostila-se o diploma ou título de nomeação, de sorte que o indivíduo diplomado ou nomeado venha a exercer
sua profissão ou cargo.
Ordem de serviço
É instrução dada a um servidor ou a um órgão administrativo. Encera orientações a serem tomadas pela chefia para
execução de serviços ou desempenho de encargos. É o documento, é o ato pelo qual se determinam providências a serem
cumpridas por órgãos subordinados.
Portaria
Documento oficial que baixa de qualquer dos ministérios a uma repartição ou a um indivíduo e é assinado pelo ministro em
nome do chefe do estado ou por um diretor da repartição. Em linguagem de direito administrativo significa todo documento
emanado de uma autoridade, através do qual possa transmitir a seus subordinados as ordens de serviço de sua competência. Na
administração pública é um ato pelo qual o minis tro de estado ou outra autoridade competente estabelece normas
administrativas, baixa instruções para aplicação de leis e decretos ou define situações, como dispensa, remoção, lotação. Mui tas
vezes, as portarias são empregadas para nomeações, demissões, suspensões e reintegrações de funcionários. As portarias em
geral são atos de ministros de estado, e suas funções e importâncias restringem-se à competência da autoridade administrativa
que as expediu.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A CDB A B C A D C
Hardware
Circuitaria, material ou ferramental. É a parte física do
computador, ou seja, é o conjunto de componentes
eletrônicos, circuitos integrados e placas.
acima 4 baias (espaço que são inseridos os drivers) memória que utiliza células magnéticas, consumindo
respectivamente; pouca energia, são rápidas e armazenam dados por
Placa Mãe (Motherboard) mais tempo, até mesmo se não houver energia elétrica.
Um dos problemas desse tipo de memória é que elas
Placa central que se destina a conexão com
são caras e armazenam poucos dados.
todas as outras placas e componentes do computador. Ela é
chamada de 'espinha dorsal'. Assim, ela possui diferentes
conectores e é nela que o processador é instalado, num Memória ROM (Read-Only Memory ou Memória
suporte chamado de 'socket'. Já o HD é conec tado por meio Somente de Leitura)
das portas IDE ou SATA e a placa de vídeo em slots
chamados de PCI-Express 16x ou AGP 8x. Já as placas de Memória responsável pelo armazenamento
rede, som, entre outras, podem ser encaixadas nos permanente dos dados, Esses dados não podem ser
slots PCI ou em entradas PCI Express. apagados ou alterados, apenas se forem utilizados
Além disso, existem outros elementos que procedimentos específicos. Quando a energia acaba ou o
são conectados à placa mãe. As placas-mães possuem um computador é desligado os dados não se perdem, sendo
software de controle localizado no chip da memória ROM uma memória não volátil. Existem vários tipos de memória
que armazena todas as informações do hardware relativas ROM, como: memória flash, cd-rom, dvd-rom e outros
à data e hora do computador. Esse software é chamado relacionados, EPROM (Erasable Programmable Read-Only
de BIOS (Basic Input Output System – Sistema Básico de
Memory), PROM (Programmable Read-Only Memory), etc.
Entrada e Saída), uma bateria de níquel e cádmio (ou lítio)
que conserva as configurações, mesmo se o sistema for
Memória Externas
desligado.
Processador Existem uma infinidade de tipos e
capacidades de armazenamento. Alguns exemplos: Pen-
O processador é chamado de CPU (unidade
drives, CDs, DVDs, HDs, disquetes, fitas, SDs etc. São
central de processamento) e está acoplado à placa -mãe. Ele
dispositivos que geralmente utilizam portas USB ou
é um pequeno chip que faz todo o controle das operações
encaixes para conexão ao computador, não fazem parte do
que serão realizadas pelo computador. Quanto melhor o
computador propriamente dito, mas podem ser facilmente
processador, maior agilidade as tarefas serão realizadas.
instalados e removidos. A taxa de transferência dos dados
também varia de modelo, mas geralmente são bastante
Memórias rápidos.
Memória Cache
Sistema Operacional
/boot: arquivos para inicialização do sistema dispositivo na máquina e já utilizar esse dispositivo sem
/dev: Dispositivos (periféricos) do sistema muitas dificuldades.
/etc: arquivos de configuração Maior exemplo deste sistema funcionar é o Pendrive.
/home: contém os diretórios home de cada usuário
Na primeira vez que um usuário conecta o pendrive nunca
/lib: biblioteca do sistema
conectado ao PC o Windows alerta a instalação de um
/mnt: ponto de montagem temporário
/proc: sistema de arquivos virtual do kernel driver.
/root: diretório home do usuário root
/sbin: programas de administração do sistema
/tmp: arquivos temporários
/usr: programas dos usuários, somente leitura
/var: arquivos criados pelo programa de e-mail, impressão,
etc.
Windows
Páginas:
- Folha de Rosto: Permite inserir uma folha completamente
formatada para personalizar os títulos, autor,etc
- Página em Branco: Insere uma página em branco na
posíção do cursor do mouse
- Quebra de Página: Permite iniciar a próxima página na
posição do cursor do mouse
Tabelas
- Tabela: Permite que você crie e personalize tabelas
Ilustrações
O programa também conta com pequenos - Imagem: Insere imagem do arquivo local do computador
aprimoramentos, como um novo sistema de numera ção, - Clip-art: Insere clipart no documento possuindo fotos,
sistema de buscas por palavras aprimorado e várias opções desenhos, filmes, etc
de for matação de texto – como a função de ligadura, que - Formas: Permite inserir formas em linhas,
aproxima as palavras digitadas e resulta em um estilo visual retângulos, símbolos de fluxo-gramas, etc
mais interessante. O Office 2010 também possui uma nova - SmartAd: Permite inserir elemento gráfico como listas
ferramenta para a inserção de screenshots das outras gráficas, diagramas de processo, etc
janelas abertas, acessível através da aba “Inserir”. - Gráfico: Permite criar gráficos em vários formatos
Quando se trata de integração online, além - Instantâneo: Ferramenta de captura de screenshots
de contar com a opção de utilizar documentos compostos
no Word Web App (que é tratado mais abaixo neste artigo), Links
o Word 2010 também dispõe de um tradutor embutido – - Hiperlink: Insere links para páginas web, imagens, etc
lembre-se de que, para acessá-lo, é indispensável uma - Indicador: Ferramenta para atribuir um nome a ponto
conexão com a rede mundial de computadores. específico no documento
- Referência Cruzada: Permite criar referências como “Vá
para o item” para títulos, tabelas, etc
Cabeçalho e Rodapé
- Cabeçalho: Permite personalizar o cabeçalho de todas as
páginas do documento uma única vez
- Rodapé: Permite personalizar o rodapé de todas as
páginas do documento uma única vez
- Número de Página: Insere o número de páginas no
documento
Texto
- Caixa de Texto: Insere uma caixa de texto pré-formatada
- Partes rápidas: Insere trechos de conteúdo reutilizável
como autotexto, propriedades do documento, etc
- WordArt: Ferramenta para inserir texto decorativo no
documento
- Letra Capitular: Ferramenta para destacar uma letra do O grupo Plano de fundo da página per mite trabalhar com
texto
as marcas d’água, cor da página e bordas da página . A
- Linha de Assinatura: Linha identificável para assinaturas
para parceiros certificado da Microsoft principal utilidade dessas tarefas é inserção e
- Data e Hora: Permite inserir data ou hora atual no personalização de textos como marca d’água. Clique
documento em Marca D’água e selecione a opção Personalizar Mar ca
- Objeto: Ferramenta para inserir outros arquivos do seu
computador como objeto D’água… e você poderá aplicá-las em imagens também.
Símbolos
- Equação: Permite que você desenvolva equações e insira
no documento
- Símbolo: Ferramenta para inserir símbolos que não consta
no seu teclado
O grupo Configurar página é responsável pela configuração A guia Exibição do Word 2010. Pela palavra “Exibição”
notamos que se trata apenas da forma como os
de margens, orientação, tamanho e tantas outras funções
documentos serão exibidos para edição, porém existem
associadas com o objetivo de organizar a estrutura do peculiaridades que devem ser descritas, veja algumas delas.
documento, veja que este grupo possui a seta para abrir A guia Exibição é dividida nos seguintes grupos de
uma janela extra de configurações. Cada função possui uma ferramentas:
série de opções a selecionar para adequar seu texto.
Mostrar Writer
Ferramenta utilizada para alinhar objetos no documento.
- Régua
- Linhas de Grade
- Painel de Navegação
Zoom
Ferramentas para alterar o zoom e a divisão do documento
para visualização.
- Zoom
- 100%
- Uma página BrOffice Writer
- Duas Página
- Largura da Página O OpenOffice.org Writer é um processador de texto com
capacidade e visual similares ao Microsoft Word. Este
Janela
editor é capaz de escrever documentos no
Ferramenta para gerenciar
mais de um documento para formato Portable Document Format (PDF) e editar
criação e edição. documentos HTML. Por padrão, sua extensão é a .odt, que
- Nova Janela geralmente tem um tamanho menor em relação aos .doc.
- Organizar Tudo Mesmo os documentos salvos em .doc ficam com um
- Dividir tamanho menor, se comparados aos salvos no Microsoft
- Exibir lado a lado
Word.
- Rolagem Sincronizada
- Redefinir posição da Janela
- Alternar Janelas Anotações:
Macros
E finalmente as macros para gravação de ações sequenciais
no Word 2010.
- Exibir Macros
- Gravar Macros
Número
O grupo de ferramenta seguinte é Número, r esponsável
pela configuração da moeda e das casas decimais utilizadas
nos cálculos.
Células
Área de Transferência O grupo de
A área de transferência do Excel 2010 é utilizada para ferramenta Células é responsável
gravar palavras ou frases contendo informações que você pelo gerenciamento de inserção e
poderá utilizar constantemente sem a necessidade de exclusão de linhas e colunas, bem
copiar as mesmas informações constantemente. Você pode como na sua formatação também.
acionar este grupo de ferramenta clicando na seta
localizada no canto inferior direito e para utilizá -la você
deverá copiar ou recortar textos, não importando o Edição
formato. E por último temos o grupo de ferramentas Edição que
possui as seguintes funções:
Fonte
AutoSoma
Obs: O grupo de ferramentas Fonte funciona da mesma Preencher
maneira do Microsoft Word 2010, leia o artigo citado no Limpar
Links
Tabelas
Neste grupo de ferramenta você poderá criar links externos
O grupo de ferramentas responsável pela criação de tabelas
para websites e também para outras funcionalidades, no
dinâmicas. Utilizado para analisar planilhas ou intervalos de
Microsoft Word 2010 possui as mesmas funções.
células.
Funções:
Texto
Grupo de Ferramentas responsável pela inserção de Caixas
Tabela Dinâmica de texto, Cabeçalho e Rodapé, e etc.
Tabela
Ilustrações
O grupo de ferramentas é r esponsável pela inserção de
formas, imagens, SmartArt e também pela captura de telas Funções:
na interface do Excel 2010.
Funções Texto
Cabeçalho e Rodapé
Imagem WordArt
ClipArt Linha de assinatura
Formas Objeto
SmartArt
Instantâneo Símbolos
E por último o grupo de ferramentas Símbolos, responsável
Gráficos pela inserção de símbolos e caracteres especiais
juntamente com função Equação.
Responsável pela criação dos mais variados tipos de
gráficos para análise de dados das tabelas.
Funções:
Tipos de Gráficos
Colunas Equação
Linhas Símbolo
Pizza
Barras Microsoft Excel 2010
Área Fórmulas e Funções (Conceitos Básicos)
Dispersão Operadores
Outros
Para construir as fórmulas do Excel, primeiro precisa-se
conhecer os operadores matemáticos e de igualdade.
Minigráficos
Veja-os a seguir:
Este grupo de ferramentas cria gráficos baseados em
intervalos de células selecionados.
1. SINAIS DE OPERAÇÕES
SINAL FUNÇÃO FÓRMULA DA MULTIPLICAÇÃO
+ SOMAR
- SUBTRAÇÃO Agora a maneira como você subtraiu é a mesma para
* MULTIPLICAÇÃO multiplicar, será preciso apenas trocar o sinal de
/ DIVISÃO subtração pelo o sinal de multiplicação (*).
% PORCENTAGEM Veja o xemplo.
= IGUALDADE
^ EXPONENCIAÇÃO A B C E
1 PRODUTO VALOR QUANT. TOTAL
2. SINAIS PARA CONDIÇÃO
2 Feijão 1,50 50 =B2*C2
SINAL FUNÇÃO 3
> MAIOR QUE
< MENOR QUE
<> DIFERENTE QUE FÓRMULA DA DIVISÃO
>= MAIOR E IGUAL A
<= MENOR E IGUAL A A fórmula ocorre da mesma maneira que as duas
= IGUAL A anteriores. Você só precisa trocar colocar o sinal para
dividir (/).
A B C
1 RENDA MEMBROS VALOR
A B C D
2 25000 15 =A2/B2
1 Produto Vendas – Vendas - Total 3
2 Mouse Jan
300 Fev
500
PRECEDÊNCIA DE OPERADORES
3 Disquete 800 700
Ao criar um cálculo que possua mais de uma operação
FÓRMULA DA ADIÇÃO matemática, deve-se levar em consideração a
precedência de operadores, ou seja, qual operação o Excel
Para calcular devemos criar uma fórmula de adição. fará primeiro.
Posicione o cursor na célula e digite: =B2+C2 Veja a precedência abaixo na tabela:
Tecle ENTER ao terminar. 1º RAIZ E POTENCIA
2º MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO
3º ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
Toda fórmula sempre começa com sinal de igual para que
o Excel entenda que é um cálculo e não um texto qualquer
que está digitando.
O Excel faz os cálculos nesta ordem e não na ordem
Não se coloca o valor na soma como, por exemplo, digitada. Por exemplo:
=300+500 porque estes valores podem sofrer alterações e =10+5*2
o resultado não seria atualizado, portanto você teria que O resultado deste cálculo é 20, pois primeiro o Excel
corrigir a fórmula depois. multiplica 5 por 2 e depois adiciona o 10. Caso queira que a
adição seja feita primeiro, use os parênteses: =(10+5)*2
Use sempre os endereços de célula (B2 e C2 como no O resultado será 30. primeiro ocorre a soma, 10+5,
exemplo). Assim alterando-se os valores da célula o resultado 15 e depois a multiplicação por 2. Veja mais um
resultado será atualizado automaticamente.
exemplo:
FÓRMULA DA SUBTRAÇÃO =(80-2)*4-(10+(40+10/2))
Qual o resultado desta fórmula ?
No exemplo abaixo você deseja saber qual o saldo líquido Vamos resolver os parênteses. O mais interno primeiro.
do José. Então é simples: Basta que você digite o endereço 1º: divida 10 por 2 e some 40. Resultado será igual = 45
do Salário Bruto – o endereço do Desconto. Veja: 2º some 10 ao 45. Resultado agora será igual 55
3º faça a subtração dentro do primeiro parêntese. 80 – 2 =
A B C E
78
1 FUNC SLBRUTO DESCT. SL LIQUIDO 4º multiplique 78 por 4 e depois subtraia de 55 que é o
2 José 800 175 =B2-C2 resultado do outro conjunto de parênteses.
3 ARREDONDAMENTO
FÓRMULA DA PORCENTAGEM
Este é o botão da AutoSoma.
Primeiro entenda que: Para trabalhar com o botão da Autosoma você deve fazer o
100% 1 seguinte:
50% 0,5
1. Selecionar os valores que desejar somar.
10% 0,1 2. Depois clique no Botão da Autosoma e ele mostrará o
8% 0,08 resultado. Veja mais um exemplo de Soma
Agora você deseja somar todos os valores dispostos nesta
Ou seja, toda porcentagem equivale a um numero decimal. planilha usando uma única fórmula, desta vez você terá que
O excel não trabalha com porcentagens da mesma forma digitar a fórmula.
que a calculadora. Para fazer
isto, só
Para somar uma porcentagem a um valor você deve basta que
multiplicar o valor pela porcentagem e somar o valor em você digite
seguida. o endereço
inicial (em
Veja o exemplo:
destaque) e
OUTRAS FUNÇÕES
RAIZ - Esta função retorna a raiz quadrada de um número.
Exemplo:
RAIZ(16) resultado será 4.
POTÊNCIA - Fornece o resultado de um número elevado a
uma potência. POTÊNCIA(núm;potência)
Exemplo: potência(5;2) é igual a 25
Configurar Página
A guia Configurar página contém 2
simples funções: Configur ar
Página e Orientação do Slide. Sendo - As principais características distintivas do Impress dentro
das dimensões, largura e altura dos slides. exportar nativamente as apresentações em Flash e em PDF,
dispensando o uso de visualizadores específicos para
O grupo de ferramentas Tema simplesmente tem a função - Possui uma ampla gama de efeitos especiais de transição
de apresentar alguns tipos de layouts definidos pelo de slides e composição de imagens. Porém, em algumas
próprio PowerPoint 2010, se você achar útil algum deles placas de vídeo, é necessário que a aceleração de vídeo
Exemplos:
protocolo de transmissão de hiper-textos. Rede em Laço: São semelhantes às Redes Estrela, mas nelas
não existe um nó central. Ele é substituído por um
Roteamento: Rotear significa determinar qual o caminho cabeamento dedicado. Um tipo de Rede em Laço é a Rede
que um pacote de dados deve tomar ao viajar entre os nós em Anel. Nela, todas as máquinas ligam-se à outras duas
de origem e destino. Em redes em laço completo no qual formando um circuito fechado.
todas as máquinas estão conectadas entre si, isto é uma Outro tipo de Rede em Laço é o Laço Completo. Nela, todas
tarefa fácil. Mas no caso de redes mistas, por exemplo, esta as máquinas ligam-se entre si. Ela é um tipo de rede cara,
pode ser uma tarefa complicada. Para fazer este serviço, mas é bastante confiável Mesmo que um punhado de cabos
costuma-se usar unidades de hardware dedicadas sejam destruídos, ela pode continuar funcionando.
chamadas roteadores.
Rede em Árvore: É uma rede na qual os nós estão dispostos
Com relação à área que ocupa, uma rede pode ser de forma hierárquica. Existe um nó-raiz que se conecta com
classificada em: nós de segundo nível. Estes, por sua vez, conectam-se à nós
- Rede Local: (LAN - Lo cal A rea Netwo rk) Qualquer rede de terceiro nível e assim por diante.
com um raio de 10 Km ou menos. Elas são bastante usadas
para conectar computadores em uma sala, prédio ou Hardware de Rede
campus universitário. Cabos de Par Trançado – cabos caracterizados por
- Rede Metropolitana: (MAN - Metropolitana Area Network) sua velocidade, pode ser feito sob medida, comprados em
Uma rede que conecta máquinas ao longo de uma área lojas de informática ou produzidos pelo usuário;
metropolitana. Por exemplo, considere uma empresa com
sedes em vários pontos ao longo de uma metrópole cujos
computadores
estejam em rede.
Protocolos e padrões
Segurança
passecursinho@outlook.com
usuário @no domínio(provedor) .com(Tipagem)
nome@yahoo.com.br <> País
No site de buscas do Google.com existe alguns Após o crescimento do uso de sistemas de informação,
caracteres ou palavras que quando colocado gera uma comércio eletrônico e tecnologia digital as empresas se
pesquisa mais detalhada sobre um determinado assunto: viram obrigadas a pensar na segurança de suas informações
para evitar ameaças e golpes. Assim, a segurança da
Conteúdo entre aspas: o comando “entr e aspas” informação surgiu para reduzir possíveis ataques aos
efetua a busca pela ocorrência exata de tudo que está sistemas empr esariais e domésticos. Resumindo, a
entre as aspas, agrupado da mesma forma. segurança da informação é uma maneira de proteger os
sistemas de informação contra diversos ataques, ou seja,
Sinal de subtração: este comando procura todas as mantendo documentações e arquivos.
ocorrências que você procurar, exceto as que estejam após
o sinal de subtração. É chamado de filtro (ex: baixaki – Princípios Básicos da Segurança da Informação
download)
Privacidade
Capacidade de controlar quem viu certas informações e
quem realizou determinado processo para saber quem
participou, o local e o horário.
São malwares criados para monitorar tudo que é digitado O mercado conta com antivírus pagos e gratuitos
no teclado pelo usuário. Com o objetivo de capturar senhas (estes, geralmente com menos recursos).
e outros dados pessoais. AVG, AVAST, Microsoft Security Essentials, Norton,
Panda, Kaspersky, Avira, NOD32, McAfee.
Spywares
Esses antivírus oferecem soluções para o sistema
São malwares que rastreiam toda a sua atividade no operacional Windows e para outras plataformas incluindo
computador e internet, monitorando páginas visitadas, as móveis.
hábitos de navegação e tantas outras informações. Podem
vir embutidos em softwares desconhecidos e sites
maliciosos. Muita gente pensa que basta ter um antivírus ou até
mesmo dois no computador e estará livre de malwares. De
Trojans fato tem um papel importante porém nem mesmo o
melhor antivírus é 100% eficiente.
São malwares maliciosos que executam atividades ocultas
no sistema. Podem vir junto com um arquivo que você A arma mais poderosa, portanto, é a prevenção.
baixou ou camuflado em outros programas.
TIPOS DE BACKUP
Backup de cópia
Um backup de cópia copia todos os arquivos selecionados,
mas não os marca como arquivos que passaram por backup.
Backup diário
Um backup diário copia todos os arquivos selecionados que
foram modificados no dia de execução do backup diário.
Backup diferencial
Um backup diferencial copia arquivos criados ou alterados
desde o último backup normal ou incremental.
Uma pasta vazia (à esquerda); uma pasta contendo a caixa de pesquisa para l ocalizar o arquivo.
arquivos (à direita).
As pastas também podem ser armazenadas em outras
pastas. A pasta dentro de uma pasta é chamada subpasta.
Você pode criar quantas subpastas quiser, e cada uma pode
armazenar qualquer quantidade de arquivos e subpastas
adicionais.
A caixa de pesquisa
COMPREENDENDO AS PARTES DE UMA JANELA
Quando você abrir uma pasta ou biblioteca, você a verá em
Copiando e movendo arquivos e pastas
uma janela. As várias partes dessa janela foram projetadas
para facilitar a navegação no Windows e o trabalho com
arquivos, pastas e bibliotecas. Veja a seguir uma janela
típica e cada uma de suas partes:
EXCLUINDO ARQUIVOS
Quando você exclui um arquivo clicando com o botão
direito do mouse e clicando em EXCLUIR, ele é armazenado
Exibindo e organizando arquivos e pastas temporariamente na Lixeira. Pense nela como uma rede de
segurança que lhe permite recuperar pastas ou arquivos
Quando você abre uma excluídos por engano. De vez em quando, você deve
pasta ou biblioteca, esvaziar a Lixeira para recuperar o espaço usado pelos
pode alterar a arquivos indesejados no disco rígido. Excluir arquivos
aparência dos arquivos permanentemente da Lixeira. Porém caso queira deletar
na janela. Por exemplo, sem que passe temporariamente pela a lixeira você dá um
talvez você prefira clique com o botão esquerdo do mouse, para destro, e
ícones maiores (ou aperte as teclas Shift + Delete.
menor es) ou uma
exibição que lhe
permita ver tipos
diferentes de
informações sobre O ícone de arquivo (à esquerda) e um ícone de atalho (à
cada arquivo. Para direita)
fazer esses tipos de Anotações:
alterações, use o botão Modos de Exibição na barra
de ferramentas.
Localizando arquivos
Dependendo da quantidade de arquivos que você tem e de
como eles estão organizados, localizar um arquivo pode
significar procurar em centenas de arquivos e subpastas;
uma tarefa nada simples. Para poupar tempo e esforço, use
Tipos de computadores
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 112
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Noções de Informática
Excelência em Ensino
Windowx Explorer
O Windows explorer permite o
gerenciamento de seus
arquivos de uma forma simples
e rápida. Para abrir o Windows
explorer clique em Iniciar,
aponte para Programas em
seguida, aponte para
acessórios e por fim clique em Windows Explorer
Observação: A tecla de atalho que poderá abrir o programa
são as teclas WIN + E.
Abra o
Explorador de Arquivos,
passando o dedo desde a
borda direita da tela, toque
em Pesquisar (ou, se estiver
usando um mouse, aponte
para o canto superior direito da tela, mova o ponteiro do
mouse para baixo e, em seguida, clique em Pesquisar), Versões Windows
digite Explorador de Arquivos na caixa de pesquisa e, em
seguida, toque ou clique em Explorador de Arquivos. Versões do Windows XP
Navegue até a pasta ou local que contém os Windows XP Starter
arquivos ou pastas que deseja copiar ou mover. Copie ou
Windows XP Home
mova as pastas seguindo um destes procedimentos:
Windows XP Professional
Selecione os itens que deseja copiar ou mover, toque ou
clique em Página Inicial e em Copiar para copiá-los ou em Versões do Windows Vista:
Recortar para movê-los. Vista Starter Edition;
Opções de área de transferência no Explorador de Arquivos
Vista Home Basic;
Navegue até o novo local onde deseja colocar os arquivos
Vista Home Premium;
ou pastas, toque ou clique em Página Inicial e em Colar.
Abra duas janelas do Explorador de Arquivos lado a lado e Vista Business (projetado para atender às
arraste os itens de uma janela para a outra. Para abrir uma necessidades de empresas de todos os portes);
nova janela do Explorador de Arquivos, toque ou clique Vista Enterprise (necessidades de grandes
em Arquivo e em Abrir nova janela. empresas globais);
Dica Vista Ultimate
A maneira mais fácil de organizar duas janelas
lado a lado na área de trabalho é arrastando a barra de A versão Ultimate é a edição mais abrangente
título de uma janela para a esquerda ou direita da tela até do Windows Vista. Reúne todos os recursos de infra -
que o contorno da janela cubra metade da tela. Repita essa estrutura avançados de um sistema operacional
etapa com a outra janela do outro lado da tela para empr esarial, todos os recursos de gerenciamento e
organizar as duas janelas lado a lado. eficiência de um sistema operacional móvel, e todos os
Pressione Ctrl+C para copiar os itens ou recursos de entretenimento digital de um sistema
Ctrl+X para recortá-los e navegue até o novo local e operacional voltado ao consumidor
pressione Ctrl+V para colá-los. Versões Windows 7
Pressione e segure ou clique com o botão
direito do mouse no item que você deseja copiar ou mover
e toque ou clique em Recortar ou em Copiar. Navegue até o
novo local, pressione e segure ou clique com o botão
direito do mouse e toque ou clique em Colar.
Anotações:
Dispositivo de armazenamento
Um dispositivo de armazenamento pode guardar
informação, processar informação ou ambos. Um
dispositivo que somente guarda informação é chamado
mídia de armazenamento. Dispositivos que processam
informações (equipamento de armazenamento de dados)
podem tanto acessar uma mídia de gravação portátil ou
podem ter um componente permanente que armazena e
recupera dados.
Tipos de dispositivos de armazenamento:
Por meios magnéticos. Exemplos: Disco Rígido, disquete.
Por meios ópticos. Exemplos: CD, DVD.
Por meios eletrônicos (SSDs) - chip - Exemplos: cartão de
memória, pen drive.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 114
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Noções de Informática
Excelência em Ensino
BANCO
DE
QUESTÕES
4) Numa rede lan (local area network), o recurso de a) HDMI b) VGA c) PCI d) USB e) PARALELA
hardware mínimo que deverá estar instalado no
computador para permitir a conexão com os demais
10) Em resumo, O que é hardware e o que é o software,
elementos da rede é... respectivamente?
a) O Teclado b) O Hub c) O Cartão de Memória
d) O Switch e) A Placa de Rede a) Parte Lógica e Parte Física
b) Placa e Processamento
5) Um tipo de elemento do microcomputador que permite
c) Entrada de dados e Saída de dados
apenas a leitura pelo usuário comum e vem com seu d) Parte física e Parte lógica
conteúdo gravado durante a fabricação, trata -se de:
e) Placa Mãe e Gabinete
a) Disco Rígido (HD) b) Memória USB c) Memória ROM 11ª) Assim como o Windows, o Linux, o Mac OS e os demais
d) Memória RAM e) Placa Mãe
sistemas operacionais são softwares.
( )Certo ( ) Errado
6) É RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DE CÁLCULOS
MATEMÁTICOS EM UM COMPUTADOR O COMPONENTE DE
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 116
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Noções de Informática
Excelência em Ensino
12) Alguns dos softwares da família Microsoft Office são a) Apenas uma das afirmativas é verdadeira
bastante usados, como o Word, Excel e Powerpoint. No b) Apenas as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras
sistema operacional Linux existem os mesmos programas c) Apenas as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras
sendo da família libre office, porém, com nomes diferentes, d) Apenas as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras
quais são os nomes desses programas no Linux, e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeira.
respectivamente?
16ª) Identifique na relação abaixo qual elemento que não
a) Writer, Calc e Impress pode ser considerado como hardware
b) Calc, Writer e Impress
c) Base, Math, Draw a) Barramento b) Sistema Operacional
d) Writer, Math e Draw c) Modem d) Memória e) Monitor LED
QUESTÕES - 2ª PARTE
13ª) A Porta Padrão Que Corresponde Ao Simbolo
Representado Na Figura É Utilizada Para Conexão De Um 1ª) Que forma de exibição de ícones NÃO está presente no
Pendrive Em Um Computador – É Denominada? explorador de arquivos do Sistema Operacional Windows
10?
a) Lista.
b) Personalizados.
c) Detalhes.
a) PS2 b) USB c) DB9 d) PENDRIVE e) HDMI
d) Blocos.
4ª) A figura a seguir apresenta, no gerenciador de pastas e como o Ubuntu, já possuem uma suíte de Office em seu
arquivos de um microcomputador com sistema operacional disco de instalação.
Windows 7 BR, arquivos gravados na pasta CODEBA no e) É possível utilizar o Microsoft Office no Linux
disco D;\. nativamente, sem a necessidade de instalação de outro
Essa modalidade de exibição é conhecida como software adicional.
Questões BROFFICE
5ª) No ambiente Linux, o comando $ls:
1ª) Existem diversos softwares com licenças livres (GNU)
a) Mostra a quantidade de espaço usada no disco rígido.
como alternativa para pessoas ou empresas que não
b) Mostra o uso da memória.
possuem condições ou não querem pagar licenciamento de
c) Lista todos os arquivos do diretório.
software. Assinale a alternativa que apresenta apenas
d) Abre um arquivo.
softwares baseados em GNU.
e) Abre o explorador de informações.
9ª) Qual programa não faz parte do pacote OpenOffice? 1ª) Equipamentos conhecidos como “roteadores" são
a) OneNote. b) Writer. c) Draw. d) Math. e) Calc. constantemente utilizados em instalações domésticas e
pequenas empresas. Assinale a opção que indica a
10ª) O OpenOffice é uma suite de aplicativos que possui os principal função de um roteador nessas circunstâncias.
seguintes aplicativos: Impress, Writer e Calc. Quais são, a) Estabelece a conexão física com a rede da operadora de
respectivamente, as extensões padrões desses aplicativos? Internet.
a) odp, odw, odc b) odi, odw, odc c) odi, odt, ods b) Gerencia as operações de download/upload executadas
d) odp, odt, ods e) odi, odt, odc por meio do navegador.
c) Estabelece a velocidade de acesso com a rede da
Questões Internet, Intranet e Extranet operadora de Internet.
d) Permite que a linha telefônica seja compartilhada por
2ª) A internet é uma importante ferramenta para usuários e transmissões de voz e dados.
empresas. A esse respeito, no que se refere às empresas, é e) Compartilha a conexão da Internet com dois ou mais
correto afirmar que o canal de comunicação externo que aparelhos.
permite aos usuários interagirem com a empresa
(normalmente parceiros, fornecedores e vendedores) é 2ª) Assinale, das alternativas abaixo, a única que NÃO
denominado: identifica corretamente um equipamento típico das redes
a) Extranet. b) LAN. c) MAN. d) WAN. e) Intranet. de computadores:
a) Switch. b) Bridge. c) Speaker. d) Gateway.
3ª) Acerca de redes de computadores, julgue os itens a
seguir. 3ª) Apesar da facilidade de acesso à internet oferecido
Em intranet, podem ser criados grupos de discussão ou pelos HotSpots (AccessPoint de acesso público), é
redes sociais corporativas para se tratar, por exemplo, de necessário que se tome alguns cuidados nesses acessos,
resultados de pesquisas realizadas em determinado pois:
período pela organização que utiliza a intranet
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 119 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Noções de Informática
Excelência em Ensino
a) não é solicitada senha de acesso ao HotSpot, o que torna 6ª) No Internet Explorer, para ativar o Bloqueador de Pop-
o acesso livre. ups, é necessário acessar:
b) qualquer dado transmitido se torna público. a) Opções da internet -> Privacidade
c) o esquema de segurança utilizado, WPA2, é de fácil b) Opções da internet -> Segurança
quebra. c) Gerenciar complementos -> Proteção contra
d) o detentor do HotSpot pode monitorar a troca de dados rastreamento
sensíveis. d) Segurança -> Navegação InPrivate
e) o esquema de acesso não permite o uso de criptografia. e) Configurações do Modo de Exibição de Compatibilidade
4ª) Ao conectar-se a uma rede wifi, o que significa a 8ª) O navegador Microsoft Internet Explorer 11 possui um
mensagem de conexão limitada? modo de navegação denominado ‘Navegação InPrivate’.
a) A conexão com a rede wifi não foi estabelecida. Sobre este modo de navegação podemos afirmar que:
b) A conexão com a rede wifi ocorreu, mas o acesso à a) Ao final da sessão de navegação InPrivate algumas
internet está limitado aos sites públicos. informações, tais como cookies e arquivos de
c) A conexão com a rede wifi ocorreu, mas apenas poderá internet temporários, são descartados.
acessar página dentro dos pais que você está acessando a b) Só é possível utilizar sites e páginas que requeiram senha,
internet. de forma a garantir a privacidade dos dados.
d) A conexão com a rede wifi ocorreu, mas o acesso à c) O navegador vai abrir todas as páginas utilizando o
internet não está adequado. endereço IP, sem fazer a tradução para o nome
correspondente em um servidor DNS.
7ª) Nas redes de computadores, anel e estrela são d) Uma única janela do navegador pode ser aberta, para
exemplos típicos de: garantir que não haja vazamento de dados sensíveis.
a) protocolos. b) domínios. c) tipos de servidores. e) Ele impede que um administrador de rede ou até mesmo
d) cabeamento estruturado. e) topologias. um
hacker possa monitorar a rede e ver as páginas que
QUESTÕES: NAVEGADORES o usuário visitou.
d) todas as palavras importantes contidas no trecho, na 10ª) Nos aplicativos e sites para utilização de correio
ordem em que se encontram. eletrônico, os termos “Cco" e “Bco", que são sinônimos, são
e) todas as palavras importantes do trecho ou seus usados para designar destinatários de um e-mail que:
sinônimos, na ordem em que se encontram. a) não recebem os anexos do e-mail, apenas o texto da
mensagem;
5ª) Um usuário que deseje encontrar, através do buscador b) não aparecem, para quem recebe o e-mail, na lista de
Google, somente as páginas associadas a um domínio, cujo destinatários;
endereço principal é www.meusistema.com.pt, vai utilizar a c) recebem uma cópia do e-mail sem o endereço do
sintaxe: remetente;
a) date:www.meusistema.com.pt d) recebem apenas uma cópia do e-mail, e não do original;
b) filetype:www.meusistema.com.pt e) recebem uma cópia do e-mail, mas ficam impedidos de
c) group:www.meusistema.com.pt usar o comando “responder".
d) site:www.meusistema.com.pt
e) weather:www.meu.sistema.com.pt 12ª) Para configurar um programa cliente de Correio
Eletrônico para envio de mensagens de correio e
6ª) Assinale a alternativa que contém, corretamente, recebimento de mensagens de correio, respectivamente,
nomes de Navegadores de Internet e sites de pesquisa podemos definir os endereços e a configuração dos
a) Navegadores de Internet: Internet Explorer, Chrommi e servidores:
Safira. Sites de Pesquisa: www.google.com.br e a) SMTP e POP3.
www.pesquisa.com.br b) DHCP e DNS.
b) Navegadores de Internet: Internet Explorer, Cromebook c) POP3 e FTP.
e Safari. Sites de Pesquisa: www.google.com.br e d) FTP e DNS.
www.procura.com.br e) FTP e SMTP.
c) Navegadores de Internet: Internet Explorer, Chrome e
Safari. Sites de Pesquisa: www.google.com.br e Questões: AntiVírus e Dicas de Segurança
www.bing.com
d) Navegadores de Internet: Crome, Opera e Safari. Sites de 2ª) Na atualidade, com o advento da internet e da
Pesquisa: www.google.com.br e www.bing.com informação, tornaram-se muito comuns diferentes formas
e) Navegadores de Internet: Crome, Mozila Firefind e Safari. de ataques a computadores. Esses crimes, os quais todos os
Sites de Pesquisa: www.google.com.br e www.bing.com usuários correm o risco de sofrer, podem causar danos aos
computadores e aos seus usuários, como perda de arquivos,
Questões Correio Eletrônico invasão de privacidade, danos financeiros, dentre outros.
Sendo assim, existe uma gama de técnicas para vitimar um
7ª) A ferramenta Outlook: computador. Assinale a alternativa que apresenta somente
a) é um serviço de e-mail gratuito para gerenciar todos o nome de técnicas de ataque a computadores.
os e-mails, calendários e contatos de um usuário. a) Trojan, McAfee, Spam.
b) 2016 é a versão mais recente, sendo compatível com o b) Worms, DoS, Phishing.
Windows 10, o Windows 8.1 e o Windows 7. c) Vírus, Conficker, Kaspersky.
c) permite que todas as pessoas possam ver o calendário de d) Stuxnet, Cavalo-de-Tróia, Avira.
um usuário, mas somente aquelas com e-mailOutlook.com e) Avast, Comodo, Spyware.
podem agendar reuniões e responder a convites.
d) funciona apenas em dispositivos com Windows, não
funcionando no iPad, no iPhone, em tablets e em telefones
com Android.
e) versão 2015 oferece acesso gratuito às ferramentas do
pacote de webmail Office 356 da Microsoft.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 121 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Noções de Informática
Excelência em Ensino
Anotações:
DECRETO-LEI Nº 2848, de 7 de Dezembro de 1940 semelhante a deter minada conduta criminosa, se não for
prevista em lei como crime em todos os seus elementos);
PROGRAMA: Do crime (artigo 13 a 25). Das Penas (artigos
32 a 52). * Proibir incriminações vagas e indeterminadas – o crime e
Dos crimes contra a honra (artigos 138 a 145). Dos crimes a pena deve ser bem determinado em todos os seus
contra a elementos e aspectos.
Pessoa (artigos 121 a 154). Dos crimes contra a liberdade
pessoal (artigos 2. Vigência e Validade da Lei Penal
146 a 150). Dos crimes contra o Patrimônio (artigos 155 a
180). Dos Vigência: Legalidade Formal – obediência ao procedimento
crimes praticados por funcionário público contra a estabelecido em lei (art. 22 CF), quórum para elaboração da
Administração em Lei. Se a lei for elaborada, aprovada e sancionada segundo
Geral (artigos 312 a 327). os procedimentos previsto na Constituição Federal, ela terá
validade formal.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO PENAL Validade: Legalidade Material – Devem ser obedecidas não
só as formas e procedimentos impostos pela Constituição
1. Princípio da Legalidade Federal, mas também o seu conteúdo, respeitando os
direitos e garantias fundamentais, afinal vive-se em um
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há Estado Democrático de Direito.
pena sem prévia cominação legal.
Concluindo, somen te a lei vigente e válida pode ser aplicada.
Todas as condutas consideradas criminosas são
necessariamente descritas em lei vigente, bem como as 3. Termo Inicial de aplicação da Lei Penal
respectivas penas.
No Brasil, em r egra, a Lei começa a vigorar 45 (quarenta e
-Funções Fundamentais: cinco) dias depois de oficialmente publicada (Lei de
Introdução às normas do Direito Brasileiro – art. 1ª da Lei
* Proibir a retroatividade da Lei Penal – a lei penal nova não nº 12.376/2010.
pode criminalizar condutas praticadas antes da sua vigência; Entretanto, se for expr esso na lei, esta pode começar a
viger na data de sua publicação ou em prazo superior ou
* Proibir a criação de crimes e penas pelos costumes – inferior a 45 dias.
todas as condutas criminosas e penas cominadas são
previstas em lei – não existe crime criado pelo mero CUIDADO!!!
costume ou pena cominada por arbítrio do julgador;
No Direito Penal a nova Lei que for mais benéfica para o
* Proibir o emprego de analogia para criar crimes, agente poderá retroagir para regular uma situação jurídica
fundamentar ou agravar penas - analogia é a aplicação de já ocorrida. Ex: supressão de uma figura típica, causa de
uma lei semelhante com o fito de sanar lacuna deixada pelo aumento de pena, circunstância agravante, etc.
Direito (não pode ser considerado crime a conduta Há também a possibilidade da lex mitio r (Lei mais benéfica)
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 124
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Penal
Excelência em Ensino
surge a TIPICIDADE. É quando para uma deter minada b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o
conduta se aplica algum dispositivo contido na Lei Penal. resultado;
Ex: O pr efeito que SO LICITA o pagamento de propina para
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da
garantir que deter minada empresa vença uma licitação
ocorrência do resultado.
crime de corrupção passiva (art. 317).
O parágrafo trata de crimes omissivos ao dispor que a Ex: no momento em que o agente aponta a arma de fogo
omissão so mente configurará crime quando o agente tem o em direção à vítima na in tenção d e ma tar, disparando um
dever de agir e não o faz. Ressalte-se que a omissão tiro não fatal, mas desiste do intento assassino o agente
também será crime se prevista em lei como tal (a exemplo responderá po r lesão co rporal em razão de DESISTÊNCIA
da omissão de soco rro do art. 135 do CP e a omissão de VOLUNTÁRIA.
socorro no trânsito do art. 304 do CTB).
Do mesmo modo ocorre quando o agente p ratica todos os
Art. 14 - Diz-se o crime: atos execu tórios do crime, mas imped e a produção de seus
resultados. Ex: após atirar na vítima, o agente percebe que
Crime consumado
a mesma ainda está viva e promove o seu soco rro,
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos salvando-lhe a vida o agente responderá por lesão
de sua definição legal; corporal em razão de ARREPENDIMENTO EFICAZ.
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma Ex: No crime de fu rto, se o agen te se arrepender e reparar
por circunstâncias alheias à vontade do agente. os danos da vítima (devolu ção do bem ou pagamento de
Ex: quando o agente inicia a execução dos atos do crime de valor co rrespondente) até o juiz receber a denúncia ou a
homicídio, mas o crime não oco rre, pois a vítima consegue queixa (início da fase judicial do p rocesso penal) haverá
fugir com vida. Assim, houve tentativa, haja vista que o redução de pena.
crime não se consumou em razão de acontecimentos que TENTATIV DESISTÊN ARREPENDIME ARREPENDIME
fugiram do controle do agente. A CIA NTO EFICAZ NTO
- redução
da pena
de um a
O juiz decide sobre o
dois recebimento da denúncia
terços. ou sobre o arquivamento
requerido
Crime doloso
Crime culposo
quando o pratica dolosamente. Assim, se o erro cometido pelo agente for consid erável
evitável (não agiu com imperícia, imprudên cia ou
A conduta culposa somente será considerada crime se a lei
negligência), ele não irá responder pelo crime. Caso
expressamente assim previr. Ex: ho micídio culposo do art.
contrá rio, se fo r consta tado que havia condições de
121, §3º do CP; já o crime de dano do art. 163 do CP
perceber que o alvo era pessoa e não animal, o ofensor será
somente é previsto na modalidade dolosa, ou seja, não
responsabilizado por crime de homicídio culposo.
existe crime de dano culposo.
Descriminantes putativas
Agravação pelo resultado
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena,
justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que,
só responde o agente que o houver causado ao menos
se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de
culposamente.
pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como
Ex: lesão co rporal seguida de mo rte – o agente tem a crime culposo.
intenção de lesionar a vítima à faca, mas descuidadamente
Descriminantes putativas oco rrem nas hipóteses em que o
(culpa) a atinge em a rtéria importante do pesco ço, vindo o
agente acredita estar ampa rado por uma causa legal de
ofendido a falecer em razão do sangramento excessivo o
exclusão de ilicitude (descriminantes do a rt. 23 do CP) que
agente responde por lesão corpo ral seguida de mo rte
não existe (putativa). Sendo assim, ele acredita estar
(art.129, §3º do CPC);
amparado pelo estado de necessidade, legítima d efesa,
Ex2: lesão co rporal simples – o agente tem a intenção de estrito cump rimento do dever legal ou exercício regular de
lesionar a vítima à faca e desfere golpe em seu braço; direito.
entretanto, o ofenso r não tinha conhecimento de que a
Ex: o agente se depa ra co m cena de atuação de ato res em
vítima sofria de hemofilia (doença caracterizada pela
gravação de filme, em qu e o ator a mea ça ma tar a atriz com
dificuldade na coagulação sanguínea) e, portanto, o
uma faca; sem perceber que se tratava de encenação, o
ofendido vem a falecer em razão de simples golpe d e faca
agente dispa ra tiro de arma de fogo contra o auto r, vindo a
no braço o agente responde por lesão corpo ral simples
lesioná-lo no intuito de proteger a a triz (falsa vítima); n esse
(art. 129, caput, do CP), pois não agiu com culpa ou dolo
caso, o agente pensou que sua ação estivesse a cobertada
para o resultado morte.
pela legítima defesa ; assim, o agente somente responderá
Erro sobre elementos do tipo por homicídio culposo se ficar consta tado que ele não
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de tomou todos os cuidados para perceber a realidade. Assim,
crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime configurará d escriminante putativa se resta r avaliado que,
culposo, se previsto em lei. na situação fática, o agente não tinha como observar que
se tratava de uma encenação entre autores.
Nesse caso , o agente se engana em rela ção a elemen to
constitutivo do crime. Erro determinado por terceiro
Ex: Art. 121. Matar ALGUÉM – se durante uma caçada, o § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.
agente vier a matar pessoa, pensando se tratar de um Responderá pelo crime a terceira pessoa que fo rjar a
animal, há erro de tipo, ou seja, pode-se dizer que houve a realidade para conduzir o agente a pra tica r a conduta do
substituição do elemento do tipo “A LGUÉM” por “ANIMAL”. tipo penal.
Erro sobre a pessoa isolada no Amazonas, que subtraiu o objeto sem sab er o
seu valor. Assim, considerando o caso concreto, não é
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é
razoável exigir do indígena que conheça as regras do tão
praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste
chamado “mundo civilizado”. Portanto, não lhe deve ser
caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da
aplicada a pena do crime de furto, pois o erro era inevitável.
pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
Ex2: o sertanejo analfabeto criado no sertão isolado (sem
Ex: O art. 65, in ciso III, alínea “a” do CP, prevê co mo
maiores contatos co m a cidade) caça pássaros “avoantes”
circunstância atenuante a prática de crime por motivo de
para o consu mo de sua família . Na presen te situação, não
relevante valor social ou moral – imagine que a filha de
será possível isen tar o agen te das penas do crime a mbiental,
Caio fora estuprada por Mévio; oco rre que Caio revoltou-se
mas a sua pena pode ser diminuída em razão do baixo g rau
de maneira a buscar Mévio para acerto de contas;
de instrução.
entretanto, quando Caio avista Tício (irmão gêmeo de
Mévio), ele pensa ser o estuprador da filha e lhe desfere Coação irresistível e obediência hierárquica
facadas com o intuito de se vingar do ato horrendo
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em
praticado.
estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de
Nesse caso, Caio será responsabilizado por crime de lesão superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da
corporal (o erro sobre a pessoa não isenta a pena), ordem.
entretanto, a sua pena será atenuada, haja vista ter
Coação irresistível:
praticado por motivo de relevante valor moral – pois se
considera as condições e qualidades da pessoa que se a) Física: o esforço muscular do autor é insuficiente
I - em estado de necessidade; § 1º - Não pode alegar estado de nec essidade quem tinha o
dever legal de enfrentar o perigo.
II - em legítima defesa;
ESTADO DE LEGÍTIMA DEFESA Art. 33 - A pena de r eclusão deve ser cumprida em regime
NECESSIDADE fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em r egime
semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência
Situação de perigo Agressão injusta atual ou
a regime fechado.
atual não provocada iminente de pessoa
pelo agente § 1º - Considera-se:
descriminante de estrito cumprimento do dever legal. executadas em for ma progressiva, segundo o mérito do
condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas
Art. 36 - O regime aberto baseia-se na autodisciplina e Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade e na
senso de responsabilidade do condenado. medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no
Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de
§ 1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem
internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no
vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer outra
artigo anterior.
atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o
período noturno e nos dias de folga. SEÇÃO II
DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
§ 2º - O condenado será transferido do regime aberto, se
praticar fato definido como crime doloso, se frustrar os fins Penas restritivas de direitos
da execução ou se, podendo, não pagar a multa
Art. 43. As penas restritivas de direitos são:
cumulativamente aplicada.
I - prestação pecuniária;
Regime especial
II - perda de bens e valores;
Art. 37 - As mulheres cumprem pena em estabelecimento
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a
III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a valor pago será deduzido do montante de eventual
personalidade do condenado, bem como os motivos e as condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os
suficiente.
§ 2 o No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do
restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa condenados dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em
de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá
de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. como teto – o que for maior – o montante do prejuízo
causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro,
§ 3 o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a
em conseqüência da prática do crime.
substituição, desde que, em face de condenação anterior, a
medida seja socialmente recomendável e a reincidência § 4 o VETADO
§ 4 o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa Art. 46. A prestação de serviços à comunidade ou a
de liberdade quando ocorrer o descumprimento entidades públicas é aplicável às condenações superiores a
injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena seis meses de privação da liberdade.
privativa de liberdade a ex ecutar será deduzido o tempo
§ 1 o A prestação de serviços à comunidade ou a entidades
cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo
públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao
mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão.
condenado.
III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir desconto no vencimento ou salário do condenado quando:
Art. 52 - É suspensa a execução da pena de multa, se crime d e roubo; nessa situação, Caio se torna reincid ente
- Limitação de fim - Dos crimes contra a liberdade pessoal (artigos 146 a 150) –
Caput – enunciado do artigo. Ex: art. 121, caput, do CP – Caso de diminuição de pena
“Mata r alguém.” – refere-se à modalidade simples do crime.
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de
Ex: homicídio simples;
relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de
violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da
vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Qualificadoras - são as circunstâncias que, presentes no
fato criminoso, cominam outra pena mais severa do que Homicídio qualificado
aquela prevista no tipo simples. Para exemplificar: Crime de
§ 2° Se o homicídio é cometido:
homicídio simples (artigo 121, “caput”, do CP: pena de 6 a
20 anos de reclusão); e Crime de homicídio qualificado I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por
(artigo 121, § 2º, do CP: pena de 12 a 30 anos de reclusão). outro motivo torpe;
apresentando circunstâncias que também fazem com que outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do
tentado – art. 121, caput, c/c art. 14, II, ambos do CP. 144 da Constituição Federal , integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no
Homicídio simples
§ 2 o-A Considera-se que há razões de condição de sexo (sessenta) anos ou com deficiência;
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as causa, a capacidade de resistência.
conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
Infanticídio
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada
de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o
menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. próprio filho, durante o parto ou logo após:
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá Pena - detenção, de dois a seis anos.
deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração Aborto provocado pela gest ante ou com seu
atingirem o próprio agente de forma tão grave que a
consentimento
sanção penal se torne desnecessária.
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que
§ 6 o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade outrem lho provoque: (Vide ADPF 54)
se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto
Pena - detenção, de um a três anos.
de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de
extermínio. Aborto provocado por terceiro
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da
parto; gestante: (Vide ADPF 54)
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a Pena - reclusão, de um a cinco anos.
gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou
§ 2° Se resulta:
debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante
fraude, grave ameaça ou violência I - Incapacidade permanente para o trabalho;
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
sobrevém a morte.
Lesão corporal seguida de morte
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido § 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de
de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de s eu relevante valor social ou moral ou sob o domínio de
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; § 7 o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob
irmão, tutor ou curador da vítima. sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação,
ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos.
alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a
Exposição ou abandono de recém-nascido a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de
Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar meios de correção ou disciplina:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de um a quatro anos.
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a
negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza imputação, a propala ou divulga.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 143 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Penal
Excelência em Ensino
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam -se
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou
portadora de deficiência, exceto no caso de injúria.
Exceção da verdade
Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite
promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.
se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao
exercício de suas funções. Exclusão do crime
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou
científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
difamar;
I - quando o ofendido, de for ma reprovável, provocou
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público,
diretamente a injúria;
em apreciação ou informação que preste no cumprimento
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra de dever do ofício.
injúria.
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.
por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem
Retratação
aviltantes:
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, al ém da
cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
pena correspondente à violência.
Parágrafo único. Nos casos em que o quer elado tenha
praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento
de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o do paciente ou de seu representante legal, se justificada
ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa. por iminente perigo de vida;
(Incluído pela Lei nº 13.188, de 2015)
II - a coação exercida para impedir suicídio.
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere
Ameaça
calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode
pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá -las Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto,
ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. Parágrafo único - Somente se procede mediante
140, § 2º, da violência resulta lesão corporal. representação.
§ 1 o Nas mesmas penas incorre quem: está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte § 4º - A expressão "casa" compreende:
SEÇÃO II
SEÇÃO III
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
DOS CRIMES CONTRA A
III - quem impede a comunicação ou a conversação Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
referidas no número anterior;
§ 2 o Quando resultar prejuízo para a Administração Pública,
IV - quem instala ou utiliza estação ou aparelho a ação penal será incondicionada.
radioelétrico, sem observância de disposição legal.
Violação do segredo profissional
§ 2º - As penas aumentam-se de metade, se há dano para
Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que
outrem.
tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou
§ 3º - Se o agente comete o crime, com abuso de função profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
em serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou telefônico:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Pena - detenção, de um a três anos.
Parágrafo único - Somente se procede mediante
§ 4 º - Somente se procede mediante r epresentação, salvo representação.
nos casos do § 1º, IV, e do § 3º.
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio,
Correspondência comercial conectado ou não à rede de computadores, mediante
Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou empregado de violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim
estabelecimento comercial ou industrial para, no todo ou de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem
em parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou
correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo: instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita:
Pena - detenção, de três meses a dois anos. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante § 1 o Na mesma pena incorre quem produz, ofer ece,
representação. distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa de
computador com o intuito de permitir a prática da conduta
SEÇÃO IV
definida no caput.
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. o controle remoto não autorizado do dispositivo invadido:
transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou qualquer outra que tenha valor econômico.
informações obtidos.
Furto qualificado
§ 5 o Aumenta-se a pena de um terço à metade se o crime § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se
for praticado contra: o crime é cometido:
III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada
Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Municipal; ou III - com emprego de chave falsa;
IV - dirigente máximo da administração direta e indireta IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal.
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a
Ação penal subtração for de veículo automotor que venha a ser
Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se transportado para outro Estado ou para o exterior.
de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão
corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de
subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave art. 159, §§ 2 o e 3 o, respectivamente.
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, r estringindo § 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
sua liberdade.
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é
§ 3º - Se resulta a morte:
de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se
resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.
indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida,
ou deixar de fazer alguma coisa: abusando da situação de alguém, documento que pode dar
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra
terceiro:
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou
com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
§ 3 o Se o crime é cometido mediante a restrição da Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer
liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a outro sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se,
obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia:
§ 1º - Na mesma pena incorre quem: Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além
da pena correspondente à violência.
Usurpação de águas
Introdução ou abandono de anim ais em propriedade
I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem,
alheia
águas alheias;
Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade
Esbulho possessório
alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que
II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou o fato resulte prejuízo:
mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa.
edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.
Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico
§ 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na pena
a esta cominada. Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada
pela autoridade competente em virtude de valor artístico,
§ 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego de
arqueológico ou histórico:
violência, somente se procede mediante queixa.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Supressão ou alteração de marca em animais
Alteração de local especialmente protegido
Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou
rebanho alheio, marca ou sinal indicativo de propriedade: Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade competente, o
aspecto de local especialmente protegido por lei:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
CAPÍTULO IV
DO DANO Ação penal
I - com violência à pessoa ou grave ameaça; Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a
o fato não constitui crime mais grave Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1 o Nas mesmas penas incorre quem deixar de: I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no
todo ou em parte, da quota a que tem direito o pr oprietário
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra
do prédio;
importância destinada à previdência social que tenha sido
descontada de pagamento efetuado a segurados, a Apropriação de coisa achada
terceiros ou arrecadada do público; II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total
II – recolher contribuições devidas à previdência social que ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou
tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à legítimo possuidor ou de entregá -la à autoridade
III - pagar benefício devido a segurado, quando as Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica -se o
respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à disposto no art. 155, § 2º.
somente a de multa se o agente for primário e de bons Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos
antecedentes, desde que: mil réis a dez contos de réis. § 1º - Se o criminoso é
primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de
aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.
oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social
previdenciária, inclusive acessórios; ou § 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, Disposição de coisa alheia como própria
seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência
Fraude no pagamento por meio de cheque Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. IV - o diretor ou o gerente que compra ou vende, por conta
da sociedade, ações por ela emitidas, salvo quando a lei o
§ 2º - É aplicável o disposto no art. 155, § 2º.
permite;
Outras fraudes
V - o diretor ou o gerente que, como garantia de crédito
Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em social, aceita em penhor ou em caução ações da própria
hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de sociedade;
recursos para efetuar o pagamento:
VI - o diretor ou o ger ente que, na falta de balanço, em
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. desacordo com este, ou mediante balanço falso, distribui
representação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias, VII - o diretor, o gerente ou o fiscal que, por interposta
deixar de aplicar a pena. pessoa, ou conluiado com acionista, consegue a aprovação
sociedade por ações VIII - o liquidante, nos casos dos ns. I, II, III, IV, V e VII;
Art. 177 - Promover a fundação de sociedade por ações, IX - o representante da sociedade anônima estrangeira,
fazendo, em prospecto ou em comunicação ao público ou à autorizada a funcionar no País, que pratica os atos
assembléia, afirmação falsa sobre a constituição da mencionados nos ns. I e II, ou dá falsa informação ao
sociedade, ou ocultando fraudulentamente fato a ela Governo.
relativo:
§ 2º - Incorre na pena de detenção, de seis meses a dois
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, se o fato não anos, e multa, o acionista que, a fim de obter vantagem
constitui crime contra a economia popular. para si ou para outrem, negocia o voto nas deliberações de
que, em prospecto, r elatório, parecer, balanço ou Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou warrant, em
comunicação ao público ou à assembléia, faz afirmação desacordo com disposição legal:
falsa sobre as condições econômicas da sociedade, ou
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
oculta fraudulentamente, no todo ou em parte, fato a elas
relativo; Fraude à execução
II - o diretor, o gerente ou o fiscal que promove, por Art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando,
qualquer artifício, falsa cotação das ações ou de outros destruindo ou danificando bens, ou simulando dívidas:
títulos da sociedade;
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
III - o diretor ou o gerente que toma empréstimo à
Parágrafo único - Somente se procede mediante queixa.
sociedade ou usa, em proveito próprio ou de terceiro, dos
bens ou haveres sociais, sem prévia autorização da
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 153 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Penal
Excelência em Ensino
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar,
ter em depósito ou vender, com a finalidade de produção
§ 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do
ou de comercialização, semovente domesticável de
parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular
produção, ainda que abatido ou dividido em partes, que
ou clandestino, inclusive o exercício em residência.
deve saber ser produto de crime:
§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou
pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. Peculato mediante erro de outrem
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou
que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Inserção de dados falsos em sistema de informações
Excesso de exação
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a
inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social
dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido,
dados da Administração Pública com o fim de obter empr ega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar não autoriza:
dano:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos
informações cofres públicos:
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
informações ou programa de informática sem autorização
Corrupção passiva
ou solicitação de autoridade competente:
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem,
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.
direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou
a metade se da modificação ou alteração resulta dano para aceitar promessa de tal vantagem:
a Administração Pública ou para o administrado.(Incluído
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento
conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o
que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá- pratica infringindo dever funcional.
lo, total ou parcialmente:
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda
Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a
constitui crime mais grave. pedido ou influência de outrem:
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação Facilitação de contrabando ou descaminho
diversa da estabelecida em lei:
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. prática de contrabando ou descaminho (art. 334):
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, § 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei,
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
fronteira:
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a
aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado
comunicação com outros presos ou com o ambiente Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de
externo: satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la,
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. sem autorização, depois de saber oficialmente que foi
exonerado, removido, substituído ou suspenso:
Condescendência criminosa
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de
responsabilizar subordinado que cometeu infração no Violação de sigilo funcional
exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do
levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: cargo e que deva per manecer em segredo, ou facilitar-lhe a
Anotações:
c) imprudência.
EXERCÍCIOS
d) conduta.
e) lesão.
1 - (Ano: 2014 Banca: IADES Órgão: METRÔ-DF Prova:
Segurança Metroferrovi ário)
3 - (Ano: 2013 Banca: FCC Órgão: MPE-SE Prova: Técnico
autoridade competente.
4 - (Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PC-ES Prova: Escrivão
Acerca desse caso hipotético, assinale a alternativa correta
de Polícia)
em relação ao comportamento adotado por Mévio.
mas a responsabilidade penal dele não será cogitada. 5 - (Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: Técnico
de Laboratório)
lo. De acordo com o Código Penal, o crime cometido deve grande amigo Edson. Percebe que, atirando na caça, poder
ser considerado: á acertar o companheiro, mas, por confiar em sua pontaria,
b) doloso porque o agente não atentou para a faixa de a) poderá ser condenado pelo crime de homicídio culposo,
pedestres. pela prática de culpa inconsciente.
c) doloso porque o agente tinha intenção de matar seu b) poderá ser condenado pelo crime de homicídio culposo,
desafeto. pela prática de culpa consciente.
d) culposo porque o agente deu causa ao resultado por c) poderá ser condenado pelo crime de homicídio doloso,
negligência.
pela prática de dolo direto.
e) culposo porque o agente deu causa ao resultado por d) poderá ser condenado pelo crime de homicídio doloso,
imprudência.
pela prática de dolo eventual.
a)quando o agente está embriagado. resultado, mas não assumiu o risco de produzi -lo.
e) com fundamento na parte geral do Código Penal, o
b)quando for impossível consumar o crime.
agente será responsabilizado pela prática de crime culposo
c)quando o agente atua sob domínio de forte emoção.
se praticar uma conduta prevista na lei como crime doloso,
d)quando o resultado é decorrente de imperícia.
mas tenha agido com imprudência, imperícia ou negligê
e)o agente assumiu o risco de produzir o ato.
ncia, independentemente da previsão legal do crime na
modalidade culposa.
um soco no rosto de Antônio; esse ao cair, bate com a Condutor dirige seu veí culo e vê seu maior desafeto
d) culpa, por imprudência. 14 - Ano: 2011 Banca: FCC Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ)
e) dolo eventual. Prova: Técnico Judiciário – Segurança)
pena.
a) premeditado.
e) exclui a ilicitude do fato.
b) doloso.
c) tentado.
15 - (Ano: 2010 Banca: PaqTcPB Órgão: IPSEM Prova:
d) intencional.
Assistente Jurídico)
e) culposo.
A omissão é penalmente relevante quando o omitente
dever de agir não incumbe a quem Médico devidamente contratado pela Administração Pú
blica e que está lotado em hospital público exige de familiar
a) tenha por lei obrigação de cuidado. de paciente do Sistema Único de Sa úde o pagamento de um
b) tenha por lei obrigação de vigilância. valor indevido para a realização de uma cirurgia imprescind
c) não ajudou quando podia. ível. O familiar finge aquiescer com a exigência, mas ao sair
d) de ou tra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o do hospital aciona a autoridade policial e não efetua
resultado. qualquer pagamento. Nesse caso, considerando as
e) com seu compor tamento anterior, criou o risco da ocorrê
previsões do Código Penal, houve crime
ncia do resultado.
Tendo em conta a relação de causalidade física, o agente a) correspondente à prevista para o crime consumado,
responderá por homicídio consumado na situação indicada diminuída de um a dois terços.
SOMENTE em b) igual à do crime consumado.
diminuída de um ano.
17 - (Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: Té
cnico de Laboratório)
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 161 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Penal
Excelência em Ensino
e) tentativa de crime.
19 - (Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: T
Paulo, sabendo que seu desafeto Pedro não sabia nadar e écnico Judiciário - Segurança e Transporte)
desejando matá-lo, jogou-o nas águas, durante a travessia Paulo, sabendo que seu desafeto Pedro não sabia nadar e
de um braço de mar. Todavia, ficou com pena da vítima, desejando matá-lo, jogou-o nas águas, durante a travessia
mergulhou e a retirou, antes que se afogasse. Nesse caso, de um braço de mar. Todavia, ficou com pena da vítima,
Administrativo)
Na estrutura do Direito Penal, a tentativa é instituto que diz 23 - (Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR)
e) imputabilidade. como:
a) erro de proibição.
21 - (Ano: 2010 Banca: FCC Órgão: SJCDH-BA Prova: Agente b) erro na execução.
penitenciário) c) estado de necessidade.
Se o agente, para a prática de estelionato, utiliza-se de d) exercício regular de direito.
c) erro sobre elementos do tipo. tenha viajado para o Brasil para estudos e, por falta de
d) crime putativo. conhecimento da legislação brasileira, tenha acendido, em
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 162
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Penal
Excelência em Ensino
praça pública, um cigarro de maconha, acreditando ser Alterar sistema de informações ou programa de informática
permitido o seu comportamento. Nessa situação, se sem autorização ou solicitação de autoridade competente é
flagrado pela pol í cia, o estrangeiro ter á excluí da a conduta que corresponde à seguinte pena, além da multa:
pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se a) uma colônia agrícola, industrial ou similar, podendo o
existisse, tornaria a ação legítima. condenado ser alojado em dependências coletivas, com
e) no caso de erro sobre a pessoa, consideram-se para seleção adequada dos presos.
efeitos penais, as condições ou qualidades da ví tima b) uma penitência, em cela individual dotada de dormitório,
efetivamente atingida. aparelho sanitário e lavatório.
e) proíbe-se a progressão de regime na condenação por 33 - (Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PC-ES Prova:
Escrivão de Polícia)
delito classificado como hediondo.
Acerca da “detração”, é correto o que se afirma na
Agente penitenciário)
Sobre a sa í da tempor á ria, assinale a alternativa que a) A cada tr ê s dias trabalhados no sistema prisional,
corretamente traz um requisito para sua concessão. computam-se, além desses três dias de pena cumprida,
de crime hediondo, de dois quintos da sanção penal, ou de b) É a conversão da pena restritiva de direitos em privativa
31 - (Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: SEDS -MG Prova: Agente outro estabelecimento adequado.
c) Colônia agrícola e a colônia industrial. Assinale a alternativa correta de acordo com o Direito Penal.
d) Cadeia Pública.
a) Nenhuma pena pode exceder a trinta anos.
b) A pena privativa de liberdade não pode ser fixada em
32 - (Ano: 2013 Banca: COPS-UEL Órgão: SEAP-PR Prova:
tempo superior a trinta anos.
Agente penitenciário)
c) A pena de dias-multa não poderá ser superior a trinta
A Colônia Agr í cola, Industrial ou Mista destina-se ao
anos.
condenado ao cumprimento de pena
d) O tempo de cumprimento das penas privativas de
liberdade não pode ser superior a trinta anos.
a) privativa de liberdade, em regime aberto.
e) O limite de trinta anos para o cumprimento da pena é
35 - (Ano: 2002 Banca: FCC Órgão: SEAD-AP Prova: Agente 36 - (Ano: 2015 Banca: COPESE – UFPI Órgão: Prefeitura
penitenciário) de Teresina – PI Prova: Guarda Municipal)
São espécies de regimes prisionais: Considera-se causa de diminuição de pena, o fato de
agente ter praticado o homicídio:
a) fechado, semi-aberto e aberto.
b) reclusão, detenção e liberdade assistida. a) Por motivo fútil.
c) liberdade assistida, liberdade vigiada e semiliberdade. b) Com uso de veneno, fogo, asfixia ou outro meio insidioso
d) privação de liberdade e restrição de direitos. ou cruel.
e) reclusão, detenção e prisão simples. c) Impelido por relevante valor moral ou social.
d) Com recebimento de recompensa.
36 – (Ano: 2011; Banca: UECE; Órgão: SEJUS-CE; Prova de e) À traição ou emboscada.
Agente Penitenciário)
Nos ter mos do art. 42, do C ó digo Penal Brasileiro, 37 - (Ano: 2015 Banca: COPESE – UFPI Órgão: Prefeitura
inicialmente ser cumprida em regime fechado quando for efetuou disparos de arma de fogo contra Ciclano, sem
superior a contudo atingi-lo, incorre:
A) seis anos e inferior a oito anos. a) No crime de homicídio consumado, visto que a intenção
B) quatro anos e inferior a seis anos. de Beltrano era ceifar a vida de Ciclano
C) oito anos. b) Ameaça, visto que os disparos de arma de fogo não
D) dez anos. atingiram Ciclano.
c) No crime de disparo de arma de fogo em via pública.
39 - (Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Osasco – praticado com o consentimento dela, tendo sido a gravidez
Roberto estava na fila de um banco, quando, por descuido, d) Se o feto sofre de doença incurável, sendo praticado com
esbarrou em Renato que estava a sua frente, fazendo com o consentimento da gestante; se praticado com o
que caísse no chão a pasta que estava na mão de Renato. consentimento da gestante, tendo sido a gravidez resultada
pistola e aguardou na esquina a saída de Roberto do banco. autorizado pelos respons á veis; se praticado com o
Assim que a vítima cruzou a esquina, Renato sacou a arma consentimento da gestante, tendo sido a gravidez resultada
b) homicídio qualificado pelo motivo torpe; A conduta de induzir, instigar ou auxiliar outra pessoa a
c) homicídio duplamente qualificado pelo motivo torpe e suicidar-se, que tem como resultado lesão corporal de
natureza leve,
com recurso que dificultou ou tornou imposs ível a defesa
do ofendido
a) tem pena duplicada se cometida por motivo egoístico.
d) homicídio duplamente qualificado pelo motivo fútil e
b) tem pena agravada se a vítima tem diminuída, por
com recurso que dificultou ou tornou imposs ível a defesa
qualquer causa, a capacidade de resistência.
do ofendido
c) não é prevista como crime.
e) homicídio triplamente qualificado pelo motivo torpe,
d) tem pena aumentada se a vítima for menor de idade.
empr ego de arma de fogo e com recurso que dificultou ou
tornou impossível a defesa do ofendido e) é punida com pena de 1 (um) a 3 (três) anos.
Assinale a alternativa que traz as duas hipóteses de aborto No Código Penal, nos crimes de injúria, infanticídio e lesão
legal, praticado por médico, expressamente previstas no art. corporal, os bens jurídicos tutelados são, respectivamente,
128 do CP. a
a) Se o feto sofre de doença incurável, sendo praticado com a) honra, a vida e a integridade física.
extrauterina; se não há outro meio de salvar a vida da e) vida, a integridade física e a honra.
De acordo com o Código Penal, o crime de induzimento, Diante do exposto, “A” poderá responder pelo crime de:
I. o crime ocorrer por motivo egoístico. a) homicídio culposo tentado, pois “B” somente não
II. a vítima for menor ou tiver diminuída, por qualquer morreu por circunstâncias alheias à vontade de “A”.
causa, a capacidade de resistência. b) lesão corporal dolosa, uma vez que “B”, apesar de ser
IV. da tentativa de suicí dio resultar lesão corporal de c) lesão corporal dolosa e homicídio doloso tentado, pois
vontade de “A”.
Está correto o que se afirma APENAS em d) homicídio doloso consumado, pois “B” somente não
e) responderá por homicídio qualificado pelo motivo fútil. a) “B” não praticou crime, pois agiu em legítima defesa.
45 - (Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: estrito cumprimento do dever legl.
Atendente de Necrotério Policial) c) “B” praticou homicídio culposo, em razão de estar em
“A”, quer endo causar a morte de “B”, descarrega legítima defesa.
contra este sua arma de fogo, atingindo¬-o por seis d) “B” não praticou crime, pois agiu no ex ercício regular
disparos. “B”, socorrido por populares e levado ao de direito.
e) “ B ” não praticou crime, pois agiu no estrito 49 - (Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: T
47 - (Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PC-ES Prova: João, movido por motivo torpe, procurou Pedro, uma
Escrivão de Polícia) criança de nove anos de idade, e o agrediu a socos, pontapé
Maria, que estava sob a influência do estado puerperal, em s e pedradas, causando-lhe ferimentos graves. No mesmo
face de ter acabado de dar à luz, estando sonolenta pela contexto, vendo que Pedro continuava vivo, desferiu-lhe
medicação que lhe fora ministrada, ao revirar na cama, um tiro na cabeça, ocasionando-lhe a morte. João
acabou sufocando seu filho, que se encontrava ao seu lado responderá por
48 - (Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: PC-MA Prova: Levando-se em consideração o seguinte fato: ALTAMIR
Investigador de Pol ícia) VALENTE, com dolo de homicídio, esfaqueou seu colega de
Após com animus necandi esfaquear por diversas vezes seu farra por motivo fútil, perfurando-lhe o intestino delgado, o
vizinho somente pelo fato dele ter vibrado com o gol do seu qual recebeu atendimento médico e cirúrgico no HUT.
time de coração, JULIANO se arrepende e leva a vítima Apesar da excelência do tratamento, veio a óbito em decorr
para o hospital sendo a mesma salva por força do ência das lesões, um mês após o fato. Dessa forma, é
atendimento mé dico realizado. Todavia, em razão das CORRETO afirmar que o autor responderá por:
lesões causadas, a vítima ficou impossibilitada de exercer
suas ocupações habituais por 40 dias, o que foi reconhecido a) tentativa de homicídio(art. 121, combinado com art. 14,
por laudo médico complementar. II, do Código Penal), haja vista o decurso de tempo entre a
Diante deste quadro, Juliano deverá conduta e o resultado;
b) lesão corporal seguida de morte(at. 129, § 3º, do Có
a) responder por tentativa de homicídio simples. digo Penal);
b) responder por tentativa de homicídio qualificado pelo c) homicídio simples(art. 121, caput, do Código Penal);
c) responder por lesão corporal de natureza grave. e) homicídio culposo(art. 121, §3º, do Código Penal).
b) energia elétrica.
A mãe que, em depressão decorrente do estado puerperal, c) aeronave.
mata seu filho durante o parto comete o crime de d) cavalo de raça.
e) caixa de refrigerantes.
a) aborto.
b) homicídio privilegiado. 54 - (Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Paul ínia
c) homicídio qualificado em razão do parentesco com a ví – SP Prova: Guarda Municipal)
tima.
d) homicídio qualificado em razão da idade da vítima. Um funcionário da Farmácia Vida Boa é o responsável pelo
e) infanticídio. pagamento das contas da sociedade empr esarial junto ao
estabelecimento financeiro. Em determinada data, quando
52 - (Ano: 2005 Banca: EJEF Órgão: TJ-MG Prova: Técnico levava R$ 2.000,00 ao Banco para depósito a pedido do
desfere-lhe um disparo de arma de fogo, que a atinge na de depósito, mas simplesmente não o entrega ao responsá
altura do pescoço. Mévia, apesar de ferida, permanece com vel. Considerando a situação narrada, a conduta do funcion
vida. No momento em que a vê ensangüentada, Tício, ário configura:
conduta de Tício deve ser tipificada como 55 - (Ano: 2015 Banca: COPESE – UFPI Órgão: Prefeitura
a) homicídio simples, na modalidade tentada. Subtrair coisa m ó vel alheia, para si ou para outrem,
b) lesões corporais graves. mediante grave ameaça ou viol ência a pessoa, ou depois de
c) lesões corporais graves, na modalidade tentada. havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
56 - (Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA Órgão: SAPeJUS – GO segurança pública, invade casa de eletrodomésticos a noite,
Prova: Agente de segurança) arromba a porta de acesso e subtrai televisão. Após ampla
Edeltrudes, usuária do transporte de metrô, ao entrar no divulgação do acontecido pelos meios de imprensa,
vagão, deixou uma sacola próxima à porta de saída, que Beltrano arrependido devolve a televisão. Considerando o
fica localizada a uns dois assentos de onde permaneceu exposto, e correto afirmar que Beltrano:
carteira que estava em seu interior. b) Cometeu o crime de roubo, visto que agiu quando a
força de segurança do Estado se encontrava de greve.
Considerando esse caso hipotético, Baião responderá por c) Cometeu o crime de apropriagao indébita, visto que
a) furto na modalidade simples. d) Cometeu o crime de fur to, sendo irrelevante para
c) furto qualificado pela fraude. e) Cometeu o crime de estelionato visto que agiu com ardil
e) estelionato.
59 - (Ano: 2014 Banca: CONSULPAM Órgão: SURG Prova:
57 - (Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: PC-SE Prova: Escrivão de Agente de trânsito)
A respeito “Dos Crimes contra o Patrimônio”, previstos patrimônio, complete as lacunas abaixo para, ao final,
escolher a sequência CORRETA:
no Código Penal, assinale a alternativa correta:
processado mediante representação deste último. II - Constranger algu é m, mediante viol ê ncia ou grave
c) O filho que pratica furto contra o seu pai maior de ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem
sessenta anos fica isento de pena. indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça
fraudulento.
58 - (Ano: 2014 Banca: IPAD Órgão: Prefeitura de Recife – IV - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando
PE Prova: Guarda Municipal) da situação de alguém, documento que pode dar causa a
Beltrano, aproveitando-se da greve da força estadual de procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 170
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Penal
Excelência em Ensino
a) estelionato, extorsão indireta, roubo, extorsão 62 - (Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PC-MT Prova:
b) roubo, extorsão, estelionato, extorsão indireta. Investigador)
c) estelionato, apropriação indébita, fraude, dano. Eufrosina, experiente psicóloga e conhecedora profunda
d) estelionato, roubo, extorsão indireta, extorsão das técnicas de hipnose, propõe a sua amiga Ambrosia
mer ece reprimenda apenas na esfera cível, pela falta de 63 - (Ano: 2014 Banca: ADVISE Órgão: Prefeitura de Brejo
dolo; da Madre de Deus – PE Prova: Fiscal de Tributos)
a)injúria
61 - (Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: b)calúnia
Desenhista) c)difamação
“Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, d)latrocínio
mediante grave ameaça ou viol ência a pessoa, ou depois de e)peculato
havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência”. O Código Penal Brasileiro intitula o tipo penal 64 - (Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PC-ES Prova:
ora transcrito de Escrivão de Polícia)
ocasião, Márcio solicitou mais dez dias para saldar seu dé banco. O cheque foi depositado e devolvido. Assim,Maria:
bito, no que foi atendido. Entretanto, o prazo se esgotou
sem que ele efetivasse o pagamento. Indignado com a a)praticou o crime de estelionato (fraude no pagamento
inadimplência de seu amigo, Elpídio ameaçou Márcio com pormeio de cheque).
um revólver calibre 38, levando sua TV de 42”, seu DVD, b)não praticou crime, pois estava sob coação física irresistí
zo.Assim, Elpídio praticou o crime de: c)não praticou crime, pois estava sob coação moral irresistí
vel.
b)roubo. necessidade.
d)ameaça.
e)exercício arbitrário das próprias razões. 67 - (Ano: 2013 Banca: ADVISE Órgão: Prefeitura de Brejo
da Madre de Deus – PE Prova: Técnico em radiologia)
65 - (Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PC-ES Prova: Assinale, entre as alternativas abaixo, o crime relacionado
e)extorsão.
a) furto simples, na condição de co-autor.
66 - (Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PC-ES Prova: b) furto qualificado, na condição de partícipe.
Escrivão de Polícia) c) favorecimento real.
Joaquim, mediante um soco desferido contra o rosto da fr á d) favorecimento pessoal.
gil Maria, obrigou-a a assinar um cheque no valor de e) roubo qualificado, na condição co-autor.
R$ 5.000,00, utilizando-o para saldar uma dívida em um
comé rcio, sabendo que não existia tal importância no 69 - (Ano: 2011 Banca: FCC Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ)
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 172
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Penal
Excelência em Ensino
Maria procurou Ana, que ia ser submetida a julgamento 72 - (Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PC-ES Prova:
perante o Tribunal do Júri por crime de infanticídio e, Escrivão de Polícia)
dizendo-se amiga de dois jurados, solicitou a quanti a de Elpídio, conhecido corretor, alugou uma casa para seu
R$ 5.000,00 para influir a seu favor no julgamento destes. amigo Márcio. Quando a inadimpl ência do locatário já
Maria responderá por crime de somava quatromeses, o locador procurou M á rcio e
74 - (Ano: 2015 Banca: IBFC Órgão: SAEB-BA Prova: Técnico em razão dela, comete o crime de :
– Comercial)
c) resistência.
c)O juiz não pode deixar de aplicar a pena se o ofendido, 77 - (Ano: 2016 Banca: COMPERVE Órgão: Câmara de Natal
ainda que de forma reprovável, tenha provocado a inj úria. – RN Prova: Guarda Municipal)
d)Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por O art. 133 do Código Penal estabelece que abandonar
sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou
aviltantes a pena passa a ser de reclusão de três meses a autoridade e, que, por qualquer motivo, seja incapaz de
um ano mais multa, excluído-se a pena correspondente à defender -se dos riscos resultantes do abandono é crime
e) peculato
a) extravio
b) concussão
76 - (Ano: 2012 Banca: FUNDAÇÃO SO USÂNDRADE Órgão:
c) patrocínio
EMAP Prova: Guarda Portuário)
d)peculato
Aquele que por meio de palavras ou atos que redundem
em vexame, humilhação, desprestígio ou irreverência, a
Órgão: Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ Roberval, agente penitenci ário, atendendo ao pedido de
Prova: Assistente Administrativo) um amigo, retarda indevidamente a prática de ato de ofí
Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da cio, infringindo dever funcional. Roberval:
estabelecida em lei configura o seguinte crime:
Órgão: Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ 83 - (Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: SEDS -MG Prova: Agente
Prova: Assistente Administrativo) penitenciário)
Quando alguém se opõe à execução de ato legal, mediante No que se refere aos crimes praticados por funcionário pú
ameaça a funcionário competente para executá-lo, pratica blico contra a administração pública em geral, analise o
economia mista, não sendo considerado funcionário pú 87 - (Ano: 2010 Banca: NUCEPE Órgão: SEJUS-PI Prova:
Agente penitenciário)
blico para efeitos do Código Penal.
b) A punibilidade de Tício será extinta se ele reparar o ZENO N CABRAL, agente penitenci ário, recebeu de um preso
dando antes de prolatada a sentença irrecorrível. uma importância em dinheiro para que não revistasse os
seus familiares durantes as visitas. No caso hipotético, é
c) A pena imposta será reduzida da metade, se Tício
reparar o dano após o trânsito em julgado da sentença CORRETO afirmar que houve:
condenatória.
a) corrupção passiva (art. 317, §1º, do Código Penal);
d) O Có digo Penal prev ê que a pena de Tí cio ser á
b) peculato (art. 312, do Código Penal);
aumentada de um terço, pois ocupa cargo de
c) concussão (art. 316, do Código Penal);
assessoramento em sociedade de economia mista.
d) prevaricação (art. 319, do Código Penal);
De acordo com o Código Penal, que crime comete aquele 88 - (Ano: 2010 Banca: NUCEPE Órgão: SEJUS-PI Prova:
Agente penitenciário)
que se opõe ou presta auxílio, mediante viol ência ou
NELSON DOS ANJOS, Diretor de Penitenci ária, permitiu a
ameaça, a funcionário competente para executar ato legal?
um preso o acesso a um aparelho celular, permitindo-o
comunicar-se com outros presos e com o ambiente externo.
a) peculato
No caso em tela, é CORRETO afirmar que o Diretor cometeu:
b) desacato
c) concussão
d) resistência a) advocacia administrativa (art. 321, do Código Penal);
86 - (Ano: 2013 Banca: FEPESE Órgão: SJC-SC Prova: Agente d) peculato (art. 312, do Código Penal);
receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, 89 - (Ano: 2010 Banca: NUCEPE Órgão: SEJUS-PI Prova:
razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal BENY DOS SANTOS, amigo de um agente penitenci ário,
Código Penal);
Penal);
e) houve prevaricação (art. 319, do Código Penal).
à espécie.
c) Retardar o funcionário a prática de ato de ofício, por
influência de outrem.
Anotações:
Percebeu como as três primeiras gerações seguem A soberania é um atributo essencial ao Estado,
a sequência do lema da Revolução Francesa: Liberdade, garantindo que sua vontade não se subordine a qualquer
Igualdade e Fraternidade? Guarde isso para a prova! outro poder, seja no plano interno ou no plano
internacional. A soberania é considerada um poder
A expressão “geração de direitos” é criticada por supremo e independente: supremo porque não está
vários autores, que argumentam que ela daria a entender limitado a nenhum outro poder na ordem interna;
que os direitos de uma deter minada geração seriam independente porque, no plano internacional, não se
substituídos pelos direitos da próxima geração. Isso não é subordina à vontade de outros Estados.
verdade. O que ocorre é que os direitos de uma geração Assim, no âmbito interno, as normas e decisões
seguinte se acumulam aos das gerações anteriores. Em elaboradas pelo Estado prevalecem sobre as emanadas de
virtude disso, a doutrina tem preferido usar a expressão grupos sociais intermediários como família, escola e igreja,
“dimensões de direitos”. Teríamos, então, os direitos de 1ª por exemplo. Por sua vez, na órbita internacional, o Estado
dimensão, 2ª dimensão e assim por diante. somente se submete a regras em relação às quais
manifestar livremente o seu
Princípios fundamentais da República Federativa do consentimento. A soberania guarda correlação direta com o
Brasil princípio da igualdade entre os Estados, que é um dos
princípios adotados pela República Federativa do Brasil em
Introdução suas relações internacionais (art. 4º, V, CF/88).
É relevante destacar que a soberania deve ser vista
Princípios Fundamentais são os valores que sob uma perspectiva (sentido) democrática, donde surge a
orientaram o Poder Constituinte Originário na elaboração expressão “soberania popular”. Com efeito, o art. 1º,
da Constituição, ou seja, são suas escolhas políticas parágrafo único, dispõe que “todo o poder emana do povo,
fundamentais. Segundo Canotilho, são os princípios que o exerce por meio de representantes eleitos ou
constitucionais politicamente conformadores do Estado, diretamente” nos termos da Constituição.
que explicitam as valorações políticas fundamentais do A cidadania, por sua vez, é simultaneamente um
legislador constituinte, revelando as concepções políticas objeto e um direito fundamental das pessoas; ela
triunfantes numa Assembleia Constituinte, constituindo-se, representa um verdadeiro status do ser humano: o de ser
assim, no cerne político de uma Constituição política. cidadão e, com isso, ter assegurado o seu direito de
Na Constituição Federal de 1988, os princípios participação na vida política do Estado.
fundamentais estão dispostos no Título I, o qual é A previsão da cidadania como fundamento do
composto por quatro artigos. Cada um desses dispositivos Estado brasileiro exige que o Poder Público incentive a
apresenta um tipo de princípio fundamental. participação popular nas decisões políticas do Estado.
O art. 1º trata dos fundamentos da República Nesse sentido, está intimamente ligada ao conceito de
Federativa do Brasil (RFB); o art. 2º, do princípio da democracia, pois supõe que o cidadão se sinta responsável
separação de Poderes; o art. 3º, dos objetivos pela construção de seu Estado, pelo bom funcionamento
fundamentais; e o art. 4º, dos princípios da RFB nas das instituições.
relações internacionais. A dignidade da pessoa humana é outro
fundamento da República Federativa do Brasil e consiste no
Fundamentos da República Federativa do Brasil valor-fonte do ordenamento jurídico, a base de todos os
direitos fundamentais. Trata-se de princípio que coloca o
Os fundamentos da República Federativa do Brasil ser humano como a preocupação central para o Estado
estão previstos no art. 1º, da Constituição Federal de 1988. brasileiro: a proteção às pessoas deve ser vista como um
São eles os pilares, a base do ordenamento jurídico fim em si mesmo.
brasileiro. Segundo o STF, a dignidade da pessoa humana é
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada princípio supremo, “significa tivo vetor interp retativo,
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do verdadeiro valor-fonte que conforma e inspira todo o
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de ordenamento constitu cional vigente em nosso País e que
Direito e tem como fundamentos: traduz, de modo expressivo, um dos fundamentos em que se
I - a soberania; assenta, en tre nós, a o rdem republicana e democrática
II - a cidadania; consagrada pelo sistema de direito constitucional positivo.”
III - a dignidade da pessoa humana; O princípio da dignidade da pessoa humana possui
IV - os valores sociais do trabalho e da livre elevada densidade normativa e pode ser usado, por si só e
iniciativa; independentemente de regulamentação, como fundamento
V - o pluralismo político. de decisão judicial. Além de possuir eficácia negativa
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, (invalidando qualquer norma com ele conflitante), o
que o exerce por meio de representantes eleitos ou princípio da dignidade da pessoa humana vincula o Poder
diretamente, nos termos desta Constituição. Público, impelindo-o a adotar políticas para sua total
implementação.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 180
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
Voltando à análise dos fundamentos da República reforçado pelo fato de que a federação é cláusula pétrea da
Federativa do Brasil, a elevação dos valores sociais do CF/88 (art. 60§ 4º, I, CF), não podendo, portanto, ser objeto
trabalho e da livre iniciativa a essa condição reforça que o de emenda constitucional tendente à sua abolição.
nosso Estado é capitalista, e, simultaneamente, demonstra O Estado federal, segundo a doutrina, apresenta
que o trabalho tem um valor social. É o trabalho, afinal, duas características: autonomia e participação. A
ferramenta essencial para garantir, em perspectiva menos autonomia traduz-se na possibilidade de os Estados e
ampla, a subsistência das pessoas e, em perspectiva mais Municípios terem sua própria estrutura governamental e
abrangente, o desenvolvimento e crescimento econômico competências, distintas daquelas da União. A participação,
do País. por sua vez, consiste em dar aos Estados a possibilidade de
Observe que o art. 170 da CF/88 reitera esse interferir na formação das leis.
fundamento, ao determinar que “a ordem econômica, Ela é garantida, em nosso ordenamento jurídico,
fundada na valorização do trabalho humano e na livre pelo Senado, órgão legislativo que representa os Estados.
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, Cabe destacar que autonomia difere de soberania.
conforme os ditames da justiça social”. No Brasil, apenas a República Federativa do Brasil (RFB) é
Por último, o Estado brasileiro também tem como considerada soberana, inclusive para fins de direito
fundamento o pluralismo político. Esse princípio visa internacional; só ela possui personalidade internacional.
garantir a inclusão dos diferentes grupos sociais no Isso porque, na Federação, os entes reunidos, apesar de
processo político nacional, outorgando aos cidadãos não perderem suas personalidades jurídicas, abrem mão de
liberdade de convicção filosófica e política. Como seu algumas prerrogativas, em benefício do todo (Estado
corolário, tem-se a liberdade de criação e funcionamento Federal). Dessas, a principal é a soberania.
dos partidos políticos. O STF entende que a crítica A União é quem representa a República Federativa
jornalística é um direito cujo suporte legitimador é o do Brasil no plano internacional (art. 21, inciso I), mas
pluralismo político; o exercício desse direito deve, assim, possui apenas autonomia, jamais soberania. Destaque-se,
ser preservado contra ensaios autoritários de repressão todavia, que os outros entes federativos até podem atuar
penal. no plano internacional, mas apenas na medida em que a
Cabe destacar que o pluralismo político exclui os RFB os autoriza. Como exemplo, pode-se citar a contratação
discursos de ódio, assim considerada qualquer de empréstimo junto ao Banco Mundial pelo Estado de São
comunicação que tenha como objetivo inferiorizar uma Paulo, para fins de construção de uma rodovia.
pessoa com base em raça, gênero, nacionalidade, religião Na CF/88, os Municípios foram incluídos, pela
ou orientação sexual. No Brasil, considera -se que os primeira vez, como entidades federativas. Com essa
discursos de ódio não estão amparados pela liberdade de previsão constitucional, o federalismo brasileiro passou a
manifestação de pensamento. ser considerado um federalismo de terceiro grau: temos
uma federação composta por União, Estados e Municípios.
Forma de Estado / Forma de Governo / Regime No Brasil, a União, os Estados -membros e os
Político Municípios, todos igualmente autônomos, têm o mesmo
“status” hierárquico, recebendo tratamento jurídico
Dentre as decisões políticas fundamentais, estão a isonômico. O governo de qualquer um deles não pode
definição da forma de Estado e a forma de governo. Essas determinar o que o governo do outro pode ou não fazer.
opções políticas foram escolhidas pelo Poder Constituinte Cada um exerce suas competências dentro dos limites
Originário logo no início do texto constitucional (art. 1º, reservados pela Constituição.
caput). Outra característica de nosso federalismo é que ele
a) Forma de estado diz respeito à maneira pela é cooperativo. A r epartição de competências entre os entes
qual o poder está territorialmente repartido; em outras da federação se dá de forma que todos eles contribuam
palavras, é a repartição territorial do Poder que irá definir a para que o Estado alcance seus objetivos. Algumas
forma de Estado. Nesse sentido, um Estado poderá ser competências são comuns a todos, havendo, ainda, a
unitário (quando o poder está territorialmente colaboração técnica e financeira entre eles para a prestação
centralizado) ou federal (quando o poder está de alguns serviços públicos, bem como repartição das
territorialmente descentralizado). receitas tributárias.
O Brasil é um Estado federal, ou seja, adota a
federação como forma de Estado. Há diversos entes b) Forma de Governo é o modo como se dá a
federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), instituição do poder na sociedade e a relação entre
todos eles autônomos, dotados de governo próprio e de governantes e governados. Quanto à forma de governo, um
capacidade política. São pessoas jurídicas de direito público Estado poderá ser uma monarquia ou uma república.
que mantêm entr e si um vínculo indissolúvel. Em razão No Brasil, a forma de governo adotada (art. 1º,
dessa indissolubilidade, um estado ou município brasileiro caput), foi a república.
não pode se separar do Brasil; diz-se que, em uma São características da República o caráter eletivo,
federação não há o direito de secessão. É esse o princípio representativo e transitório dos detentores do poder
da indissolubilidade do vínculo federativo, o qual é político e responsabilidade dos governantes.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 181 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
Os governantes, na República, são eleitos pelo No Brasil, existe uma democracia semidireta ou
povo, o que vincula essa forma de governo à democracia. participativa, assim caracterizada pelo fato de que o povo,
Além disso, na República, o governo é limitado e além de participar das decisões políticas por meio de seus
responsável, surgindo a ideia de responsabilidade da representantes eleitos, também possui instrumentos de
Administração Pública. participação direta.
Finalmente, o caráter transitório dos detentores do São formas de participação direta do povo na vida
poder político é inerente ao governo republicano, sendo política do Brasil o plebiscito, o referendo, a iniciativa
ressaltado, por exemplo, no art. 60, §4º da CF/88, que popular de leis e ação popular. Esses mecanismos são o que
impede que seja objeto de deliberação a proposta de a doutrina chama “institutos da democracia semidireta”.
emenda constitucional tendente a abolir o “voto direto, Cuidado para não confundir plebiscito e referendo!
secreto, universal e periódico”. É simples: o plebiscito é convocado antes da
Outra importante característica da República é que criação da norma (ato legislativo ou administrativo) para
ela é fundada na igualdade formal das pessoas. Nessa que os cidadãos, por meio do voto, aprovem ou não a
forma de governo é intolerável a discriminação, sendo questão que lhes foi submetida. Já o referendo é convocado
todos formalmente iguais, ou seja, iguais perante o Direito. após a edição da norma, devendo esta ser ratificada pelos
cidadãos para ter validade.
c) O regime político adotado pelo Brasil é a
democracia, o que fica claro quando o art. 1º, caput, da Harmonia e Independência entre os Poderes
CF/88 dispõe que a República Federativa do Brasil constitui -
se um Estado democrático de direito. A Constituição Federal de 1988, em seu art. 2º,
O Estado de Direito é aquele no qual existe uma trata da separação de poderes, dispondo que “são poderes
limitação dos poderes estatais; ele representa uma da União, independentes e harmônicos entre si, o
superação do antigo modelo absolutista, no qual o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.”
governante tinha poderes ilimitados. O surgimento do A separação de poderes é um princípio cujo
Estado de direito se deve aos movimentos objetivo é evitar arbitrariedades e o desrespeito aos
constitucionalistas modernos. direitos fundamentais; ele se baseia na premissa de que
A evolução histórica do Estado de Direito nos quando o poder político está concentrado nas mãos de uma
evidencia que, inicialmente, predominava a ideologia só pessoa, há uma tendência ao abuso do poder. Sob essa
liberal; era o chamado Estado Liberal de Direito, no qual a perspectiva, a separação de poderes é verdadeira técnica
limitação do poder estatal e a garantia das liberdades de limitação do poder estatal.
negativas eram os principais objetivos. Posteriormente, com As origens da separação de poderes remontam a
a Revolução Industrial e a Revolução Russa, o Estado liberal Aristóteles, com a obra “A Política”. Posteriormente, o tema
dá lugar ao Estado Social de Direito, marcado pela também foi trabalhado por João Locke e, finalmente, por
exigência de que o Estado oferte prestações positivas em Montesquieu, em sua célebre obra “O espírito das leis”.
favor dos indivíduos (direitos sociais). Modernamente, a separação de poderes não é
Hoje, vive-se o momento do Estado vista como algo rígido. Com efeito, o poder político é uno,
Constitucional, que é, ao mesmo tempo, um Estado de indivisível; assim, o que pode ser objeto de separação são
Direito e um Estado democrático. Cabe destacar que a as funções estatais (e não o poder político). Assim, apesar
expressão “Estado Democrático de Direito” não implica de a Constituição falar em três Poderes, na verdade ela está
uma mera reunião dos princípios do Estado de Direito e do se referindo a funções distintas de um mesmo Poder: a
Estado Democrático, uma vez que os supera, trazendo em si legislativa, a executiva e a judiciária.
um conceito novo, mais abrangente. A Constituição Federal de 1988 adotou, assim, uma
Trata-se, na verdade, da garantia de uma separação de Poderes flexível. Isso significa que eles não
sociedade pluralista, em que todas as pessoas se submetem exercem exclusivamente suas funções típicas, mas também
às leis e ao Direito, que, por sua vez, são criados pelo povo, outras, denominadas atípicas. Um exemplo disso é o
por meio de seus representantes. A lei e o Direito, nesse exercício da função administrativa (típica do Executivo) pelo
Estado, visam a garantir o respeito aos direitos Judiciário e pelo Legislativo, quando dispõem sobre sua
fundamentais, assegurando a todos uma igualdade organização interna e sobre seus servidores, nomeando-os
material, ou seja, condições materiais mínimas a uma ou exonerando-os. Ou, então, quando o Poder Executivo
existência digna. Nos dizeres de Dirley da Cunha Jr, “o exerce função legislativa (típica do Poder Legislativo), ao
Estado Demo crático de Direito, portanto, é o Estado editar medidas provisórias ou leis delegadas.
Constitucional submetido à Constituição e aos valores Chama-nos a atenção o fato de que a Constituição
humanos nela consagrados.” . explicita que os três Poderes são “independentes e
O princípio democrático é reforçado pelo harmônicos”. Independência é a ausência de subordinação,
parágrafo único do art.1º da Constituição Federal. de hierarquia entre os Poderes; cada um deles é livre para
Segundo esse dispositivo, todo o poder emana do se organizar e não pode intervir indevidamente (fora dos
povo, que o exerce po r meio de representantes eleitos ou limites constitucionais) na atuação do outro. Harmonia, por
diretamente” nos termos da Constituição.”
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 182
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
sua vez, significa colaboração, cooperação; visa garantir que necessitem de p roteção, e que possa m ser necessá rias e
os Poderes expressem uniformemente a vontade da União. úteis para proporcionar a tais grupos ou indivíduos igual
A independência entre os Poderes não é absoluta. gozo ou exercício de direitos humanos e liberdades
Ela é limitada pelo sistema de freios e contrapesos , de fundamentais, contanto que, tais medidas não conduzam,
origem norte-americana. Esse sistema prevê a interferência em consequência , à manutenção de direitos separados para
legítima de um Poder sobre o outro, nos limites diferentes grupos raciais, e não pro ssigam após terem sido
estabelecidos constitucionalmente. É o que acontece, por alcançados os seus objetivos ” (REsp 1132476/PR, Rel.
exemplo, quando o Congresso Nacional (Poder Legislativo) Ministro Humberto Martins, 2ª Turma, julgado em
fiscaliza os atos do Poder Executivo (art. 49, X, CF/88). Ou, 13/10/2009, DJe 21/10/2009)
então, quando o Poder Judiciário controla a
constitucionalidade de leis elaboradas pelo Poder Princípios das Relações Internacionais
Legislativo.
Estudaremos, agora, os princípios que regem a
República Federativa do Brasil em suas relações
Objetivos Fundamentais da República Federativa do internacionais, os quais estão relacionados no art. 4º, da
Brasil Constituição Federal.
Art. 4º A República Federa tiva do Brasil reg e-se
Os objetivos fundamentais são as finalidades que nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
devem ser perseguidas pelo Estado brasileiro. Que I - independência nacional;
tal analisarmos o art. 3º da Carta Magna? II - prevalência dos direitos humanos;
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da III - autodeterminação dos povos;
República Federativa do Brasil: IV - não-intervenção;
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; V - igualdade entre os Estados;
II - garantir o desenvolvimento nacional; VI - defesa da paz;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e VII - solução pacífica dos conflitos;
reduzir as desigualdades sociais e regionais; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IV - pro mover o bem de todos, sem preconceitos de IX - coopera ção entre os povos para o p rogresso da
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras fo rmas de humanidade;
discriminação. X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil
Como se lembrar do rol de objetivos da República buscará a integra ção econômica, política, so cial e cultural
Federativa do Brasil, uma vez que o art. 3º da CF/88 dos povos da América Latina, visando à formação de uma
costuma ser cobrado em sua literalidade? Lei a-o e releia-o comunidade latino-americana de nações.
até decorá-lo! Para ajudá-lo na memorização do mesmo,
peço que preste atenção nos verbos, sempre no infinitivo: Como costuma ser cobrado esse artigo?
construir, garantir, erradicar e promover. Geralmente o examinador tenta confundir esses princípios
Calma, o curso não descambou para o Português! com os objetivos expostos no art. 3º e os fundamentos da
É que apenas com essa observação, você poderá resolver a RFB, apresentados no art. 1º da Carta Magna.
questão de sua prova, mesmo se não se lembrar de nada O legislador constituinte se inspirou na Carta da
que esteja escrito no art. 3º, CF/88. ONU, assinada em 1945, ao escrever o art. 4º da CF/88.
A promoção do bem de todos, sem pr econceitos, Naquela Carta, expressou-se o maior sentimento da
alçada pela Carta Magna à condição de objetivo humanidade após o início da II Guerra Mundial: busca da
fundamental da República Federativa do Brasil, consagra a paz. Em nossa Constituição, tal sentimento foi registrado
igualdade material como um dos objetivos da República nos incisos III, IV, VI, VII e IX.
Federativa do Brasil. O Estado não pode se contentar com a Observe que nela determina-se que a RFB buscará
atribuição de igualdade perante a lei aos indivíduos; ao a autodeterminação dos povos, ou seja, respeitar a sua
invés disso, deve buscar reduzir as disparidades econômicas soberania, não intervindo em suas decisões.
e sociais. Isso porque defende a paz e, para tal, a solução
Um exemplo da aplicação desse princípio é a pacífica dos conflitos, assumindo que as relações entre os
reserva de vagas nas Universidades Federais, a serem povos deve ser de cooperação.
ocupadas exclusivamente por alunos egressos de escolas Uma das consequências da II Guerra Mundial foi a
públicas. Busca-se tornar o sistema educacional mais justo, independência das colônias. Percebeu-se que, para haver
mais igual. Não se trata de preconceito, mas de uma ação paz, é necessário independência nacional, ou seja, ter sua
afirmativa do Estado. soberania respeitada pelas outras nações. Além disso,
Elucidando esse conceito, o STF dispôs o seguinte: verificou-se que a paz somente é possível com a igualdade
“ações afirmativas são medidas especiais to madas entre os Estados, pois a existência de colônias e as sanções
com o objetivo de assegurar progresso adequado de certos impostas à Alemanha após a Primeira Guerra Mundial
grupos raciais, sociais ou étnicos ou indivíduos que foram as principais causas para a ecl osão da Segunda. A
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 183 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
igualdade entre os Estados é uma contrapartida à fundamentais são personalíssimos, não podendo ser
independência nacional: é o compromisso de que uns alcançados pela prescrição.
respeitem a soberania dos outros. Esses são os motivos f) Irrenunciabilidade: o titular dos direitos
pelos quais os incisos I e V do art. 4º foram escolhidos por fundamentais não pode deles dispor, embora possa deixar
nosso constituinte como princípios das relações de exercê-los. É admissível, entretanto, em algumas
internacionais do Brasil. situações, a auto-limitação voluntária de seu exercício, num
Finalmente, qual a imagem mais forte da II Guerra caso concreto. Seria o caso, por exemplo, dos indivíduos
Mundial? O massacre dos judeus, nos campos de que participam dos conhecidos “reality shows”, que,
concentração, promovido pelos nazistas. Uma vergonha temporariamente, abdicam do direito à privacidade.
para a Humanidade. A Carta da ONU, em consequência, g) Relatividade ou Limitabilidade : não há direitos
assume como princípio o estímulo aos direitos humanos. fundamentais absolutos. Trata-se de direitos relativos,
Inspirado naquela Carta, nosso constituinte elevou à limitáveis, no caso concreto, por outros direitos
condição de princípios a serem buscados pela RFB em suas fundamentais. No caso de conflito entre eles, há uma
relações internacionais a prevalência dos direitos humanos concordância prática ou harmonização: nenhum deles é
e o repúdio ao terrorismo e ao racismo. sacrificado definitivamente. A relatividade é, dentre todas
O parágrafo único do art. 4º da Constituição traz as características dos direitos fundamentais, a mais cobrada
um objetivo a ser buscado pelo Brasil em suas relações em prova. Por isso, guarde o seguinte: não há direito
internacionais: a integração econômica, política, social e fundamental absoluto! Todo direito sempre encontra
cultural dos povos da América Latina, visando à formação limites em outros, também protegidos pela Constituição. É
de uma comunidade latino-americana de nações. Quando é por isso que, em caso de conflito entre dois direitos, não
cobrado, o examinador geralmente troca América Latina haverá o sacrifício total de um em r elação ao outro, mas
por América do Sul, para confundi -lo(a). Portanto, fique redução proporcional de ambos, buscando-se, com isso,
atento! alcançar a finalidade da norma.
h) Complementaridade: a plena efetivação dos
Direitos e Garantias Fundamentais direitos fundamentais deve considerar que eles compõem
Características dos Direitos Fundamentais um sistema único. Nessa ótica, os diferentes direitos (das
diferentes dimensões) se complementam e, portanto,
A doutrina aponta as seguintes características para devem ser interpretados conjuntamente.
os direitos fundamentais: i) Concorrência: os direitos fundamentais podem
a) Universalidade: os direitos fundamentais são ser exercidos cumulativamente, podendo um mesmo titular
comuns a todos os seres humanos, respeitadas suas exercitar vários direitos ao mesmo tempo.
particularidades. Em outras palavras, há um núcleo mínimo j) Efetividade: os Poderes Públicos têm a missão de
de direitos que deve ser outorgado a todas as pessoas concretizar (efetivar) os direitos fundamentais.
(como, por exemplo, o direito à vida). Cabe destacar, l) Proibição do retrocesso: por serem os direitos
todavia, que alguns direitos não podem ser titularizados por fundamentais o resultado de um processo evolutivo, de
todos, pois são outorgados a grupos específicos (como, por conquistas graduais da Humanidade, não podem ser
exemplo, os direitos dos trabalhadores). enfraquecidos ou suprimidos. Isso significa que as normas
b) Historicidade: os direitos fundamentais não que os instituem não podem ser revogadas ou substituídas
resultam de um acontecimento histórico determinado, mas por outras que os diminuam, restrinjam ou suprimam.
de todo um processo de afirmação. Surgem a partir das
lutas do homem, em que há conquistas progressivas. Por Os Direitos Fundamentais na constituição de 1988
isso mesmo, são mutáveis e sujeitos a ampliações, o que
explica as diferentes “gerações” de direitos fundamentais Os direitos fundamentais estão previstos no Título
que estudamos. II, da Constituição Federal de 1988. O Título II, conhecido
c) Indivisibilidade: os direitos fundamentais são como “catálogo dos direitos fundamentais ”, vai do art. 5º
indivisíveis, isto é, formam parte de um sistema harmônico até o art. 17 e divide os direitos fundamentais em 5 (cinco)
e coerente de proteção à dignidade da pessoa humana. Os diferentes categorias:
direitos fundamentais não podem ser a) Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (art.
considerados isoladamente, mas sim integrando um 5º)
conjunto único, indivisível de direitos. b) Direitos Sociais (art. 6º - art. 11)
d) Inalienabilidade: os direitos fundamentais são c) Direitos de Nacionalidade (art. 12 – art. 13)
intransferíveis e inegociáveis, não podendo ser abolidos por d) Direitos Políticos (art. 14 – art. 16)
vontade de seu titular. Além disso, não possuem conteúdo e) Direitos relacionados à existência, organização
econômico patrimonial. e participação em partidos políticos (art. 17)
e) Imprescritibilidade : os direitos fundamentais
não se perdem com o tempo, sendo sempre exigíveis. Essa É importante ter atenção para não cair em uma
característica decorre do fato de que os direitos “pegadinha” na hora da prova. Os direitos individuais e
coletivos , os direitos sociais, os direitos de nacionalidade,
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 184
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
os direitos políticos e os direitos relacionados à existência, O direito à vida não abrange apenas a vida
organização e participação em partidos políticos são extrauterina, mas também a vida intrauterina. Sem essa
espécies do gênero “direitos fundamentais”. proteção, estaríamos autorizando a prática do aborto, que
O rol de direitos fundamentais previstos no Título II somente é admitida no Brasil quando há grave ameaça à
não é exaustivo. Há outros direitos, espalhados pelo texto vida da gestante ou quando a gravidez é resultante de
constitucional, como o direito ao meio ambiente (art. 225) estupro.
e o princípio da anterioridade tributária (art.150, III, “b”). Relacionado a esse tema, há um importante
Nesse ponto, vale ressaltar que os direitos julgado do STF sobre a possibilidade de interrupção de
fundamentais relacionados no Título II são conhecidos pela gravidez de feto anencéfalo. O feto anencéfalo é aquele que
doutrina como “direitos catalogados”; por sua vez, os tem uma má-formação do tubo neural (ausência parcial do
direitos fundamentais previstos na CF/88, mas fora do encéfalo e da calota craniana). Trata-se de uma patologia
Título II, são conhecidos como “direitos não-catalogados”. letal: os fetos por ela afetados morrem, em geral, poucas
horas depois de terem nascido.
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos: A Corte garantiu o direito à gestante de “sub meter-
se a antecipação terapêu tica de pa rto na hipótese de
Iniciaremos o estudo do artigo da Constituição gravidez de feto an encéfalo, p revia mente diagnosticada por
mais cobrado em provas de concursos: o art. 5º. Vamos lá? profissional habilitado, sem esta r compelida a apresentar
autorização judicial ou qualquer ou tra fo rma d e permissão
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem do Estado”.
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos O STF entendeu que, nesse caso, não haveria
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a colisão real entre direitos fundamentais, apenas conflito
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, aparente, uma vez que o anencéfalo, por ser inviável, não
à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) seria titular do direito à vida. O feto anencéfalo, mesmo que
biologicamente vivo, porque feito de células e tecidos vivos,
O dispositivo constitucional enumera cinco direitos seria juridicamente morto, de maneira que não deteria
fundamentais – os direitos à vida, à liberdade, à igualdade, proteção jurídica. Assim, a interrupção da gravidez de feto
à segurança e à propriedade. Desses direitos é que derivam anencéfalo não é tipificada como crime de aborto.
todos os outros, relacionados nos diversos incisos do art. Outra controvérsia levada à apreciação do STF
5º. A doutrina considera, inclusive, que os diversos incisos envolvia a pesquisa com células -tronco embrionárias.
do art. 5º são desdobramentos dos direitos previstos no Segundo a Corte, é legítima e não ofende o direito a vida
caput desse artigo. nem, tampouco, a dignidade da pessoa humana, a
Apesar de o art. 5º, caput, referir-se apenas a realização de pesquisas com células -tronco embrionárias,
“brasileiros e estrangeiros residentes no país”, há consenso obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização
na doutrina de que os direitos fundamentais abrangem “in vitro” e não utilizados neste procedimento.
qualquer pessoa que se encontre em território nacional, Por fim, cabe destacar que nem mesmo o direito à
mesmo que seja estrangeira residente no exterior. Um vida é absoluto. A Constituição Federal de 1988 admite a
estrangeiro que estiver passando férias no Brasil será, pena de morte em caso de guerra declarada.
portanto, titular de direitos fundamentais. Uma vez decifrado o “caput” do artigo 5º da Carta
Nesse sentido, entende o STF que o súdito Magna, passaremos a análise dos seus incisos:
estrangeiro, mesmo aquele sem domicílio no Brasil, tem
direito a todas as prerrogativas básicas que lhe assegurem a I - homens e mulheres são iguais em direitos e
preservação do status libertatis e a observância, pelo Poder obrigações, nos termos desta Constituição;
Público, da cláusula constitucional do due process. Ainda
sobre o tema, chamamos sua atenção para decisão do STF Esse inciso traduz o princípio da igualdade, que
segundo a qual “o direito de propriedade é garantido ao determina que se dê tratamento igual aos que estão em
estrangeiro não residente”. condições equivalentes e desigual aos que estão em
Cabe destacar, ainda, que os direitos fundamentais condições diversas, dentro de suas desigualdades. Obriga
não têm como titular apenas as pessoas físicas; as pessoas tanto o legislador quanto o aplicador da lei.
jurídicas e até mesmo o próprio Estado são titulares de O legislador fica, portanto, obrigado a obedecer à
direitos fundamentais. “igualdade na lei”, não podendo criar leis que discriminem
No que se refere ao direito à vida, a doutrina pessoas que se encontram em situação equivalente, exceto
considera que é dever do Estado assegurá -lo em sua dupla quando houver razoabilidade para tal. Os intérpretes e
acepção: a primeira, enquanto direito de continuar vivo; a aplicadores da lei, por sua vez, ficam limitados pela
segunda, enquanto direito de ter uma vida digna, uma vida “igualdade perante a lei ”, não podendo diferenciar, quando
boa. Seguindo essa linha, o STF já decidiu que assiste aos da aplicação do Direito, aqueles a quem a lei concedeu
indivíduos o direito à busca pela felicidade, como forma de tratamento igual. Com isso, resguarda -se a igualdade na lei:
realização do princípio da dignidade da pessoa humana. de nada adiantaria ao legislador estabelecer um direito a
todos se fosse permitido que os juízes e demais autoridades
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 185 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
tratassem as pessoas desigualmente, reconhec endo aquele submissão e o respeito à “lei”, ou a atuação dentro dos
direito a alguns e negando-os a outros. limites legais; no entanto, a referência que se faz é à lei em
O princípio da igualdade, conforme já sentido material.
comentamos, impede que pessoas que estejam na mesma Já o princípio da reserva legal é evidenciado
situação sejam tratadas desigualmente; em outras palavras, quando a Constituição exige expressamente que
poderá haver tratamento desigual (discriminatório) entre determinada matéria seja regulada por lei formal ou atos
pessoas que estão em situações diferentes. Nesse sentido, com força de lei (como decretos autônomos, por exemplo).
as ações afirmativas, como a reserva de vagas em O vocábulo “lei” é, aqui, usado em um sentido mais restrito.
universidades públicas para negros e índios, são A doutrina também afi rma que a reserva legal
consideradas constitucionais pelo STF. Da mesma forma, é pode ser classificada como simples ou qualificada.
compatível com o princípio da igualdade programa A reserva legal simples é aquela que exige lei
concessivo de bolsa de estudos em universidades privadas formal para dispor sobre determinada matéria, mas não
para alunos de renda familiar de pequena monta, com especifica qual o conteúdo ou a finalidade do ato. Haverá,
quotas para negros, pardos, indígenas e portadores de portanto, maior liberdade para o legislador. Como exemplo,
necessidades especiais. citamos o art.5º, inciso VII, da CF/88, segundo o qual “é
A realização da igualdade material não proíbe que assegurada, nos termos da lei, a assistên cia religiosa nas
a lei crie discriminações, desde que estas obedeçam ao entidades civis e milita res de internação coletiva”. Fica bem
princípio da razoabilidade. Seria o caso, por exemplo, de um claro, ao lermos esse dispositivo, que a lei terá ampla
concurso para agente penitenciário de prisão feminina liberdade para definir como será implementada a prestação
restrito a mulheres. Ora, fica claro nessa situação que há de assistência religiosa nas entidades de internação
razoabilidade: em uma prisão feminina, é de todo desejável coletiva.
que os agentes penitenciários não sejam homens. A reserva legal qualificada, por sua vez, além de
O mesmo vale para limites de idade em concursos exigir lei formal para dispor sobre determinada matéria, já
públicos. Segundo o STF, é legítima a previsão de limites de define, previamente, o conteúdo da lei e a finalidade do
idade em concursos públicos, quando justificada pela ato. O melhor exemplo de reserva legal qualificada,
natureza das atribuições do cargo a ser preenchido (Súmula apontado pela doutrina, é o art. 5º, inciso XII, da CF/88, que
683). Cabe enfatizar, todavia, que a restrição da admissão a dispõe que “é inviolável o sigilo da correspondên cia e das
cargos públicos a partir de idade somente se justifica se comunicaçõ es telegráficas, de dados e das comunicações
previsto em lei e quando situações concretas exigem um telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
limite razoável, tendo em conta o grau de esforço a ser hipóteses e na forma que a lei estabelecer pa ra fins de
desenvolvido pelo ocupante do cargo. investigação criminal ou instrução processual penal”.
Note, todavia, que, em todos os casos acima, só a Ao ler esse dispositivo, percebe-se que o legislador
lei ou a própria Constituição podem determinar não terá grande liberdade de atuação: a Constituição já
discriminações entre as pessoas, nos casos acima. Os atos prevê que a interceptação telefônica somente será possível
infralegais (como edital de concurso, por exemplo) não mediante ordem judicial e para a finalidade de realizar
podem determinar tais limitações sem que haja previsão investigação criminal ou instrução processual penal.
legal.
III - ninguém será submetido a tortura nem a
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de tratamento desumano ou degradante;
fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Esse inciso costuma ser cobrado em sua
Esse in ciso trata do princípio da legalidade, que se literalidade. Memorize-o!
aplica de maneira diferenciada aos particulares e ao Poder
Público. Para os particulares, traz a garantia de que só IV - é livr e a manifestação do pensamento, sendo
podem ser obrigados a agirem ou a se omitirem por lei. vedado o anonimato;
Tudo é per mitido a eles, portanto, na falta de Trata-se da liberdade de expressão, que é
norma legal proibitiva. Já para o Poder Público, o princípio verdadeiro fundamento do Estado democrático de direito.
da legalidade consagra a ideia de que este só pode fazer o Todos podem manifestar, oralmente ou por escrito, o que
que é permitido pela lei. pensam, desde que isso não seja feito anonimamente. A
É importante compreendermos a diferença entre o vedação ao anonimato visa a garantir a responsabilização
princípio da legalidade e o princípio da reserva legal. de quem utilizar tal liberdade para causar danos a terceiros.
O princípio da legalidade se apres enta quando a Com base na vedação ao anonimato, o STF veda o
Carta Magna utiliza a palavra “lei” em um sentido mais acolhimento a denúncias anônimas. Entretanto, essas
amplo, abrangendo não somente a lei em sentido estrito, delações anônimas poderão servir de base para que o
mas todos e qualquer ato normativo estatal, incluindo atos Poder Público adote medidas destinadas a esclarecer, em
infralegais, que obedeça às formalidades que lhe são sumária e prévia apuração, a verossimilhança das alegações
próprias e contenha uma regra jurídica. Por meio do que lhe foram transmitidas. Em caso positivo, poderá,
princípio da legalidade, a Carta Magna determina a então, ser promovida a formal instauração da "persecutio
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 186
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
criminis", mantendo-se completa desvinculação desse ser sempre proporcional, ou seja, veiculada no mesmo meio
procedimento estatal em relação às peças apócrifas. de comunicação utili zado pelo agravo, com mesmo
Perceba que as denúncias anônimas jamais destaque, tamanho e duração. Salienta -se, ainda, que o
poderão ser a causa única de exercício de atividade punitiva direito de resposta se aplica tanto a pessoas físicas quanto a
pelo Estado. Em outras palavras, não pode ser instaurado jurídicas ofendidas pela expressão indevida de opiniões.
um procedimento formal de investigação com base, Outro aspecto importante a se considerar sobre o
unicamente, em uma denúncia anônima. inciso acima é que as indenizações material, moral e à
Segundo o STF, as autoridades públicas não podem imagem são cumuláveis (podem ser aplicadas
iniciar qualquer medida de persecução (penal ou conjuntamente), e, da mesma forma que o direito à
disciplinar), apoiando-se apenas em peças apócrifas ou em resposta, aplicam-se tanto a pessoas físicas (indivíduos)
escritos anônimos. As peças apócrifas não podem ser quanto a jurídicas (“empresas”) e são proporcionais (quanto
incorporadas, formalmente, ao processo, salvo quando tais maior o dano, maior a indenização). O direito à indenização
documentos forem produzidos pelo a cusado, ou, ainda, independe de o direito à resposta ter sido, ou não, exercido,
quando constituírem, eles próprios, o corpo de delito (como bem como de o dano caracterizar, ou não, infração penal.
sucede com bilhetes de resgate no delito de extorsão Relacionada a esse inciso, há jurisprudência que
mediante sequestro, por exemplo). É por isso que o escrito pode ser cobrada em seu concurso. O STF entende que o
anônimo não autoriza, isoladamente considerado, a Tribunal de Contas da União (TCU) não pode manter em
imediata instauração de "persecutio criminis". sigilo a autoria de denúncia contra administrador público a
Também com base no direito à manifestação do ele apresentada. Isso porque tal sigilo impediria que o
pensamento e no direito de reunião, o STF considerou denunciado se defendesse perante aquele Tribunal.
inconstitucional qualquer interpretação do Código Penal VI - é inviolável a liberdade de consciência e de
que possa ensejar a criminalização da defesa da legalização crença, sendo assegurado o livr e exercício dos cultos
das drogas, ou de qualquer substância entorpecente religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos
específica, inclusive através de manifestações e eventos locais de culto e a suas liturgias;
públicos. Esse foi um entendimento polêmico, que
descriminalizou a chamada “marcha da maconha”. VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação
Por analogia, é possível entender que isso também de assistência religiosa nas entidades civis e militares de
se aplica àqueles que defendam publicamente a legalização internação coletiva;
do aborto. Assim, a defesa da legalização do aborto não
deve ser considerada incitação à prática criminosa. Consagra-se, nesses incisos, a liberdade religiosa.
Sabe-se, todavia, que nenhum direito fundamental No que se refere ao inciso VII, observe que não é
é absoluto. Também não o é a liberdade de expressã o, que, Poder Público o responsável pela prestação religiosa, pois o
segundo o STF, “não pode abrigar, em sua abrangência, Brasil é um Estado laico, portanto a administração pública
manifestações de conteúdo imo ral que implicam ilicitude está impedida de exercer tal função. Essa assistência tem
penal. O preceito fundamental de liberdade de expressão caráter privado e incumbe aos representantes habilitados
não consagra o ‘direito à incitação ao racismo’, dado que de cada religião.
um direito individual não pode constituir-se em salvaguarda A proteção aos locais de culto é princípio do qual
de condutas ilícitas, como sucede com os delitos contra a deriva a imunidade tributária prevista no art. 150, inciso VI,
honra.” “b”, que veda aos entes federativos instituir impostos sobre
Por fim, concluindo a análise do inciso IV, é templos de qualquer culto. Segundo o STF, essa imunidade
importante saber que, que tendo como fundamento a alcança os cemitérios que consubstanciam extensões de
liberdade de expressão, o STF considerou que a exigência entidade de cunho religioso abrangidas pela garanti a desse
de diploma de jornalismo e de registro profissional no dispositivo constitucional, sendo vedada, portanto, a
Ministério do Trabalho não são condições para o exercício incidência do IPTU sobre eles.
da profissão de jornalista. Nas palavras de Gilmar Mendes,
relator do processo, “o jornalismo e a liberdade de VIII - ninguém será privado de direitos por
expressão são atividades que estão imbricadas por sua motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
própria natureza e não podem ser pensados e tratados de política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação
forma separada”. legal a todos imposta e r ecusar-se a cumprir prestação
alternativa, fixada em lei;
V - é assegurado o direito de resposta,
proporcional ao agravo, além da indenização por dano O art. 5º, inciso VIII, consagra a denominada
material, moral ou à imagem; “escusa de consciência”. Essa é uma garantia que
estabelece que, em regra, ninguém será privado de direitos
Essa norma traduz o direito de res posta à por não cumprir obrigação legal a todos imposta devido a
manifestação do pensamento de outrem, que é aplicável suas crenças religiosas ou convicções filosóficas ou políticas.
em relação a todas as ofensas, independentemente de elas Entretanto, havendo o descumprimento de obrigação legal,
configurarem ou não infrações penais. Essa resposta deverá
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 187 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
o Estado poderá impor, à pessoa que recorrer a esse direito, pelo exercício ilegítimo da censura estatal, ainda que
prestação alternativa fixada em lei. praticada em sede jurisdicional.
E o que acontecerá se essa pessoa recusar-se,
também, a cumprir a prestação alternativa? Nesse caso, X - são invioláveis a intimidade, a vida
poderá excepcionalmente sofrer restrição de direitos. Veja privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
que, para isso, são necessárias, cumulativamente, duas direito a indenização pelo dano material ou moral
condições: recusar-se a cumprir obrigação legal alegando decorrente de sua violação;
escusa de consciência e, ainda, a cumprir a prestação
alternativa fixada pela lei. Nesse caso, poderá haver a perda “Dissecando-se” esse inciso, percebe-se que
de direitos políticos, na forma do art. 15, IV, da ele protege:
Constituição. a) O direito à intimidade e à vida privada.
Um ex emplo de obrigação legal a todos Resguarda, portanto, a esfera mais secreta da vida de uma
imposta é o serviço militar obrigatório. pessoa, tudo que diz respeito a seu modo de pensar e de
Suponha que um indivíduo, por convicções agir.
filosóficas, se recuse a ingressar nas Forças Armadas. Se o b) O direito à honra. Blinda, desse modo, o
fizer, ele não será privado de seus direitos: a lei irá fixar-lhe sentimento de dignidade e a reputação dos indivíduos, o
prestação alternativa. Caso, além de se recusar a ingressar “bom nome” que os diferencia na sociedade.
no serviço militar, ele, adicionalmente, se recuse a cumprir c) O direito à imagem. Defende a
prestação alternativa, aí sim ele poderá ser privado de seus representação que as pessoas possuem perante si mesmas
direitos. e os outros.
Não existindo lei que estabeleça prestação A intimidade, a vida privada, a honra e a
alternativa, aquele que deixou de cumprir a obrigação legal imagem das pessoas são invioláveis: elas consistem em
a todos imposta não poderá ser privado de seus direitos. espaço íntimo intransponível por intromissões ilícitas
Fica claro que o direito à escusa de consciência será externas. A violação a esses bens jurídicos ensejará
garantido em sua plenitude. indenização, cujo montante deverá observar o grau de
A partir do momento em que o legislador reprovabilidade da conduta.
edita norma fixando prestação alternativa, ele está Destaque-se que as indenizações por dano
restringindo o direito à escusa de consciência. Aquele que, material e por dano moral são cumuláveis, ou seja, diante
além de descumprir a obrigação legal a todos imposta, se de um mesmo fato, é possível que se reconheça o direito a
recusar a cumprir a prestação alternativa, será privado de ambas indenizações.
seus direitos. As pessoas jurídicas também poderão ser
indenizadas por dano moral, uma vez que são titulares dos
IX - é livre a expressão da atividade direitos à honra e à imagem. Segundo o STJ, a honra
intelectual, artística, científica e de comunicação, objetiva da pessoa jurídica pode ser ofendida pelo protesto
independentemente de censura ou licença; indevido de título cambial, cabendo indenização pelo dano
extrapatrimonial daí decorrente. É importante que você
O que você não pode esquecer sobre esse saiba que o STF considera que para que haja condenação
inciso? É vedada a censura. Entretanto, a liberdade de por dano moral, não é necessário ofensa à reputação do
expressão, como qualquer direito fundamental, é relativa. indivíduo. Assim, a dor e o sofrimento de se perder um
Isso porque é limitada por outros direitos protegidos pela membro da família, por exemplo, pode ensejar indenização
Carta Magna, como a i nviolabilidade da privacidade e da por danos morais.
intimidade do indivíduo, por exemplo. Além disso, com base nesse inciso o STF
Nesse sentido, entende o STF que o direito à entende que não se pode coagir suposto pai a realizar
liberdade de imprensa assegura ao jornalista o direito de exame de DNA. Essa medida feriria, também, outros
expender críticas a qualquer pessoa, ainda que em tom direitos humanos, como, por exemplo, a dignidade da
áspero, contundente, sarcástico, irônico ou irreverente, pessoa humana, a intangibilidade do corpo humano. Nesse
especialmente contra as autoridades e aparelhos de Estado. caso, a paternidade só poderá ser comprovada mediante
Entretanto, esse profissional responderá, penal e outros elementos constantes do processo.
civilmente, pelos abusos que cometer, sujeitando-se ao Sobre esse tema, é importante, ainda,
direito de resposta a que se refere a Constituição em seu destacar que o Supremo Tribunal Federal (STF) entende que
art. 5º, inciso V. A liberdade de imprensa é plena em todo o é válida decisão judicial proibindo a publicação de fatos
tempo, lugar e circunstâncias, tanto em período não- relativos a um indivíduo por empresa jornalística.
eleitoral, quanto em período de eleições gerais. O fundamento da decisão é a inviolabilidade
Nesse mesmo sentido, considera o STF que a constitucional dos direitos da personalidade, notadamente
liberdade de manifestação do pensamento, que representa o da privacidade.
um dos fundamentos em que se apoia a própria noção de Outra importante decisão do STF diz respeito à
Estado democrático de direito, não pode ser restringida privacidade dos agentes políticos. Segundo a Corte, esta é
relativa, uma vez que estes devem à sociedade as contas da
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 188
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
atuação desenvolvida. Mas isso não significa que quem se O Ministério Público, o Tribunal de Contas da
dedica à vida pública não tem direito à pri vacidade. O União, o Banco Central e as autoridades policiais não
direito se mantém no que diz respeito a fatos íntimos e da podem determinar a quebra do sigilo bancário.
vida familiar, embora nunca naquilo que se refira à sua O Ministério Público somente poderá fazê-lo em
atividade pública. situação excepcionalíssima, na defesa do patrimônio
O direito à privacidade também foi objeto de público, quando envolver recursos públicos.
análise do STF, na qual se avaliou a necessidade de
autorização prévia para a publicação de biografias. Em XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém
exame, estava um conflito entre direitos fundamentais: de nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
um lado, a liberdade de expressão e de manifestação do salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
pensamento; do outro, o direito à intimidade e à vida prestar socorro, ou, durante o dia, por deter minação
privada. judicial;
Ao efetuar um juízo de ponderação, o STF concluiu
pela prevalência, nessa situação, do direito à liberdade de O princípio da inviolabilidade domiciliar tem por
expressão e de manifestação do pensamento. Decidiu a finalidade proteger a intimidade e a vida privada do
Corte que é “inexigível o consentimento de pessoa indivíduo, bem como de garantir-lhe, especialmente no
biografada relativamente a obras biográficas literárias ou período noturno, o sossego e a tranquilidade.
audiovisuais, sendo por igual desnecessária auto rização de Questão central para que se possa compreender o
pessoas retratadas co mo coadjuvantes (ou de seus alcance desse dispositivo constitucional é saber qual é o
familiares, em caso de pessoas falecidas)”. conceito de “casa”. Para o STF, o conceito de “casa” revela-
Com essa decisão, o STF passou a admitir as se abrangente, estendendo-se a:
biografias não-autorizadas. Entretanto, cabe ressaltar que a a) qualquer compartimento habitado;
inexigibilidade do consentimento não exclui a possibilidade b) qualquer aposento ocupado de habitação
de indenização em virtude de dano material ou moral coletiva; e
decorrente da violação da intimidade, a vida privada, a c) qualquer compartimento privado não aberto ao
honra e a imagem das pessoas. público, onde alguém exerce profissão ou atividade pessoal.
Também relacionado aos direitos à intimidade e à
vida privada está o sigilo bancário, que é verdadeira Assim, o conceito de “casa” alcança não só a
garantia de privacidade dos dados bancários. Assim como residência do indivíduo, mas também escritórios
todos os direitos fundamentais, o sigilo bancário não é profissionais, consultórios médicos e odontológicos,
absoluto. Nesse sentido, tem-se o entendimento do STJ de trailers, barcos e aposentos de habitação coletiva (como,
que “havendo satisfatória fundamentação judicial a ensejar por exemplo, o quarto de hotel). Não estão abrangidos pelo
a quebra do sigilo, não há violação a nenhuma cláusula conceito de casa os bares e restaurantes.
pétrea constitucional.” Feitas essas considerações, cabe-nos fazer a
A pergunta que se faz agora é a seguinte: quais seguinte pergunta: em quais hipóteses se pode penetrar na
autoridades podem determinar a quebra do sigilo bancário? casa de um indivíduo?
A quebra do sigilo bancário, como regra, somente O ingresso na “casa” de um indivíduo poderá
pode ser determinada pelas autoridades judiciárias e pelas ocorrer nas seguintes situações:
Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI ’s). Entretanto, a) Com o consentimento do morador.
devido à gravidade jurídica de que se reveste esse ato, isso b) Sem o consentimento do morador, sob ordem
se dará somente em situações excepcionais, sendo judicial, apenas durante o dia. Perceba que, mesmo com
fundamental demonstrar a necessidade das informaç ões ordem judicial, não é possível o ingresso na casa do
solicitadas e cumprir as condições legais. Além disso, para indivíduo.
que a quebra do sigilo bancário ou do sigilo fiscal seja c) A qualquer hora, sem consentimento do
admissível é necessário que haja individualização do indivíduo, em caso de flagrante delito ou desastre, ou,
investigado e do objeto da investigação. Não é possível, ainda, para prestar socorro.
portanto, a determinação dessa medida para apuração de
fatos genéricos. Resumindo, a regra geral é que somente se pode
Existe, ainda, uma possibilidade excepcionalíssima ingressar na casa do indivíduo com o seu consentimento.
de quebra de sigilo bancário, requisitada diretamente pelo No entanto, será possível penetrar na casa do indivíduo
Ministério Público, que somente se dará no âmbito de mesmo sem o consentimento, desde que amparado por
procedimento administrativo que vise à defesa do ordem judicial (durante o dia) ou, a qualquer tempo, em
patrimônio público (quando houver envolvimento de caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
dinheiros ou verbas públicas). socorro.
Bastante cuidado! O STF entende que, embora os escritórios estejam
Na prova, não tenha dúvida alguma em afirmar abrangidos pelo conceito de “casa”, não se pode
que as autoridades judiciárias e as CPI’s podem determinar invocar a inviolabilidade de domicílio como escudo para a
a quebra de sigilo bancário. prática de atos ilícitos em seu interior. Com base nessa
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 189 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
ideia, a Corte considerou válida ordem judicial que De início, é importante destacar a diferença entre
autorizava o ingresso de autoridade policial no quebra do sigilo das comunicações e interceptação das
estabelecimento profissional, inclusive durante a noite, para comunicações telefônicas. São coisas diferentes. A quebra
instalar equipamentos de captação de som (“escuta”). do sigilo das comunicações consiste em ter acesso ao
Entendeu-se que tais medidas precisavam ser executadas extrato das ligações telefônicas (grosso modo, seria ter
sem o conhecimento do investigado, o que seria impossível acesso à conta da VIVO/TIM). Por outro lado, a
durante o dia. interceptação das comunicações telefônicas consiste em ter
Por último, vale destacar que a doutrina admite acesso às gravações das conversas.
que a força policial, tendo ingressado na casa de indivíduo, A interceptação das comunicações telefônicas é,
durante o dia, com amparo em ordem judicial, prolongue sem dúvida, medida mais gravosa e, por isso, somente pode
suas ações durante o período noturno. ser determinada pelo Poder Judiciário. Já a quebra do sigilo
das comunicações telefônicas, pode ser determinada pelas
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI ’s), além, é claro,
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações do Poder Judiciário.
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas Segundo a CF/88, a interceptação das
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de comunicações telefônicas somente será possível quando
investigação criminal ou instrução processual penal; atendidos três requisitos:
a) ordem judicial
O art. 5º, inciso XII, trata da inviolabilidade das b) existência de investigação criminal ou instrução
correspondências e das comunicações. A princípio, a leitura processual penal;
do inciso XII pode dar a entender que o sigilo da c) lei que preveja as hipóteses e a forma em que
correspondência e das comunicações telegráficas e de esta poderá ocorrer;
dados não poderia ser violado; apenas haveria exceção
constitucional para a violação das comunicações O art. 5º, inciso XII, como é possível verificar, é
telefônicas. norma de eficácia limitada. É necessário que exista uma lei
Não é esse, todavia, o entendimento que para que o juiz possa autorizar, nas hipóteses e na forma
prevalece. Como não há direito absoluto no ordenamento por ela estabelecida, a interceptação das comunicações
jurídico brasileiro, admite-se, mesmo sem previsão expressa telefônicas.
na Constituição, que lei ou decisão judi cial também possam A interceptação das comunicações telefônicas só
estabelecer hipóteses de interceptação das pode ser autorizada por decisão judicial (de ofício ou a
correspondências e das comunicações telegráficas e de requerimento da autoridade policial ou do Ministério
dados, sempre que a norma constitucional esteja sendo Público) e para fins de investigação criminal ou instrução
usada para acobertar a prática de ilícitos. processual penal.
Nesse sentido, entende o STF que “a A decisão judicial deverá ser fundamentada,
administração penitenciária , co m fundamento em razõ es de devendo o magistrado indicar a forma de sua execução, que
segurança pública, de disciplina prisional ou de preserva ção não poderá ter prazo maior que quinze dias, renovável por
da ordem jurídica, pode, sempre excepcionalmente, e desde igual período. O STF entende que pode haver renovações
que respeitada a norma inscrita no art. 41, parágrafo único, sucessivas desse prazo, e não apenas uma única renovação
da Lei 7.210/1984, proceder à interceptação da da medida, pois há situações extremas que o exigem.
correspondência remetida pelos sentenciados, eis que a Outro aspecto importante a ser estudado, quando
cláusula tutelar da inviolabilidade do sigilo epistola r não da análise da inviolabilidade das comunicações telefônicas,
pode constituir instrumento de salvaguarda de práticas diz respeito às hipóteses em que é cabível interceptação
ilícitas.” telefônica. De acordo com a Lei 9.296/96, as interceptações
Sobre a comunicação de dados, é relevante telefônicas só podem ser ordenadas pelo Poder Judiciário
destacar importante jurisprudência do STF. Suponha que, se presentes, conjuntamente, 3 (três) requisitos:
em uma operação de busca e apreensão realizada em um a) Se existirem razoáveis indícios de autoria ou
escritório profissional, os policiais apreendam o disco rígido participação na infração penal;
(HD) de um computador no qual estão armazenados os e- b) Se a prova não puder ser obtida por outros
mails recebidos pelo investigado. Nesse caso, entende a meios disponíveis;
Corte que não há violação do sigilo da comunicação de c) Se o fato investigado consti tuir infração penal
dados. Isso porque a proteção constitucional é da punida com reclusão.
comunicação de dados e não dos dados em si. Em outras
palavras, não há, nessa situação, quebra do sigilo das A interceptação telefônica autorizada pelo Poder
comunicações (interceptação das comunicações), mas sim Judiciário tem como objetivo subsidiar investigação de
apreensão de base física na qual se encontram os dados. infração penal punível com reclusão. No entanto, é bastante
Agora que já estudamos tópicos relevantes sobre o comum que, no curso da efetivação da interceptaçã o
sigilo da correspondência e das comunicações de dados, telefônica, novas infrações penais sejam descobertas,
vamos nos focar no estudo do sigilo das comunicações. inclusive com autores e partícipes diferentes. Essas novas
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 190
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
infrações penais são o que a doutrina chama de “crimes estabelecer, para fins de investigação criminal ou instrução
achados”, que são conexos com os primeiros. As processual penal.
informações e provas levantadas por mei o da interceptação A escuta telefônica, por sua vez, é a captação de
telefônica poderão subsidiar a denúncia desses “crimes conversa telefônica feito por um terceiro, com o
achados”, ainda que estes sejam puníveis com a pena de conhecimento de apenas um dos interlocutores.
detenção. Por sua vez, a gravação telefônica é feita por um
O STF também reconhece que “é válida a prova de dos interlocutores do diálogo, sem o consentimento ou
um crime descoberta acid entalmente durante a escuta ciência do outro.
telefônica autorizada judicialmente para apuração de crime
diverso”. Assim, se o juiz havia autorizado uma XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho,
interceptação telefônica para apurar um crime de homicídio ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais
e descobre-se que um dos interlocutores cometeu o crime que a lei estabelecer;
de sequestro, a prova será válida no processo referente a
este crime (sequestro). Trata-se de norma constitucional de eficácia
A interceptação telefônica será admitida mesmo contida que trata da liberdade de atividade profissional.
em se tratando de conversa entre acusado em processo Esta disposto que, na inexistência de lei que exija
penal e seu defensor. Segundo o STF, apesar de o advogado qualificações para o exercício de determinada profissão,
ter seu sigilo profissional resguardado para o exercício de qualquer pessoa poderá exercê-la. Entretanto, existente a
suas funções, tal direito não pode servir como escudo para lei, a profissão só poderá ser exercida por quem atender às
a prática de atividades ilícitas, pois nenhum direito é qualificações legais.
absoluto. O simples fato de ser advogado não pode conferir, Segundo o STF, nem todos os ofícios ou profissões
ao indivíduo, imunidade na prática de delitos no exercício podem ser condicionadas ao cumprimento de condições
de sua profissão. legais para o seu exercício. A regra é a liberdade. Apenas
Também é importante o entendimento que se tem quando houver potencial lesivo na atividade é que pode ser
sobre a denominada “prova emprestada”. Mas o que vem a exigida inscrição em conselho de fiscalização profissional. A
ser a prova emprestada? É uma prova que é obtida no curso atividade de médico, por exemplo, prescinde de controle.
de uma investigação criminal ou instrução processual penal Ainda relacionada à liberdade do exercício
e, posteriormente, é usada (“emprestada”) em um processo profissional, destacamos entendimento do STF no sentido
administrativo disciplinar. de que é inconstitucional a exigência de diploma para o
Segundo o STF, “dados obtidos em intercepta ção exercício da profissão de jornalista.
de comunicações telefônicas e em escutas ambientais,
judicialmente autorizadas para produção de prova em XIV - é assegurado a todos o acesso à informação
investigação criminal ou em instrução processual penal, e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
podem ser usados em procedimento administra tivo exercício profissional;
disciplinar, contra a mesma ou as mesmas pessoas em
relação às quais foram colhidos, ou contra outros servidores Esse inciso tem dois desdobramentos: assegura o
cujos supostos ilícitos teriam despontado à colheita dessa direito de acesso à informação (desde que esta não fira
prova.” outros direitos fundamentais) e resguarda os jornalistas,
Assim, caso uma interceptação telefônica resulte possibilitando que estes obtenham informações sem terem
em prova de que um Auditor-Fiscal da Receita Federal que revelar sua fonte. Não há conflito, todavia, com a
esteja recebendo dinheiro para despachar mercadoria, vedação ao anonimato. Caso alguém seja lesado pela
além de essa prova ser usada no processo penal do crime informação, o jornalista responderá por isso.
referente a essa prática, poderá ser usada pela
Corregedoria da Receita Federal quando do processo XV - é livre a locomoção no território nacional em
administrativo destinado a apurar o ilícito e deter minar a tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos ter mos da
correspondente penalidade administrativa. lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
Há que se estabelecer, agora, a diferença entre três
institutos que possuem bastante semelhança entre si: Por meio desse dispositivo, a CF/88 garante a
a) interceptação telefônica; liberdade de locomoção, no território nacional, nos tempos
b) escuta telefônica e; de paz e nos termos da lei. Observe que se trata de norma
c) gravação telefônica. constitucional de eficácia contida, que poderá sofrer
restrições referentes ao ingresso, saída e circulação interna
A interceptação telefônica, conforme já vimos, de pessoas e patrimônio. É o caso, por exemplo, das
consiste na captação de conversas telefônicas feita por restrições impostas por normas referentes ao ingresso de
terceiro (autoridade policial) sem o conhecimento de estrangeiros no país.
nenhum dos interlocutores, devendo ser autorizada pelo Outro tópico bastante interessante sobre esse
Poder Judiciário, nas hipóteses e na forma que a lei dispositivo é que a liberdade de locomoção só é assegurada
a qualquer pessoa (brasileira ou não) em tempos de paz.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 191 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
Isso significa que em tempos de guerra a liberdade de Para que exista uma associação, é necessária a
entrada, saída e permanência no país poderão sofrer duras presença de três requisitos:
restrições, principalmente no que se refere a estrangeiros. a) Pluralidade de pessoas: a associação é uma
Por fim, cabem algumas considerações sobre o sociedade, uma união de pessoas com um fim
direito de locomoção. Locomover significa andar, correr, determinado.
passear, parar, ir, vir, ficar, estacionar, transitar... Em sentido b) Estabilidade: ao contrário da reunião, que tem
amplo, é o mesmo que circular. Nesse sentido, não pode o caráter transitório (esporádico), as associações têm caráter
Poder Público cercear o livre trânsito de pessoas, salvo em permanente.
situações excepcionais. O remédio constitucional adequado c) Surgem a partir de um ato de vontade
para proteger a liberdade de locomoção é o “habeas
corpus”: Presentes esses requisitos, restará caracterizada
uma associação, a qual estará, por conseguinte, sujeita à
XVI - todos podem r eunir-se pacificamente, sem proteção constitucional. Destaque-se que a existência da
armas, em locais abertos ao público, independentemente associação independe da aquisição de personalidade
de autorização, desde que não frustrem outra reunião jurídica.
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo E como a Constituição protege as associações? Da
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; seguinte forma:
a) A liberdade de associação para fins lícitos é
Esse inciso é bastante cobrado em provas. Do que ampla, independente de autorização dos Poderes Públicos,
você precisará se lembrar? que também não podem interferir em seu funcionamento.
Inicialmente, das características do direito de b) As associações só podem ser dissolvidas por
reunião: decisão judicial transitada em julgado. Além disso, suas
a) Esta deverá ter fins pacíficos, e apresentar atividades só podem ser suspensas por decisão judicial
ausência de armas; (neste caso, não há necessidade de trânsito em julgado).
b) Deverá ser realizada em locais abertos ao Perceba que a medida mais gravosa (dissolução da
público; associação) exige um requisito mais difícil (o trânsito em
c) Não poderá frustrar outra reunião convocada julgado de decisão judicial).
anteriormente para o mesmo local; c) A criação de associações é livre, ou seja,
d) Desnecessidade de autorização; independe de autorização.
e) Nec essidade de prévio aviso à autoridade
competente. Já a criação de cooperativas também é livre, porém
há necessidade de lei que a regule. Temos, aqui, típica
O STF foi chamado a apreciar a “Marcha da norma de eficácia limitada.
Maconha”, tendo se manifestado no sentido de que é Sobre esse assunto, é importante que
inconstitucional qualquer interpretação do Código Penal destaquemos a vedação às associações de caráter
que possa ensejar a criminalização da defesa da legalização paramilitar. Segundo o Prof. Alexandre de Moraes, a
das drogas, ou de qualquer substância entorpecente nomenclatura dos postos e a utilização ou não de uniformes
específica, inclusive através de manifestações e eventos não são requisitos suficientes para definir o caráter
públicos. Assim, admite-se que o direito de reunião seja paramilitar de uma associação; deve-se observar se elas se
exercido, inclusive, para defender a legalização de drogas; destinam ao treinamento de seus membros a finalidades
não é permitida, todavia, a incitação, o incentivo ou bélicas e, ainda, se existe organização hierárquica e o
estímulo ao consumo de entorpecentes na sua realização. princípio da obediência.
É importante destacar, também, que o direito de
reunião é protegido por mandado de segurança, e não por XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se
habeas corpus. Cuidado com “pegadinhas” nesse sentido! ou a permanecer associado;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins Não há muito a se falar sobre esse inciso: apenas
lícitos, vedada a de caráter paramilitar; que ninguém pode ser obrigado a se associar (filiar-se a um
partido político, por exemplo) ou a per manecer associado.
XVIII - a criação de associações e, na for ma da lei, Caso cobrado o inciso, is so acontecerá em sua literalidade.
a de cooperativas independem de autorização, sendo
vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XXI - as entidades associativas, quando
expressamente autorizadas, têm legitimidade para
XIX - as associações só poderão ser representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro Tem-se, aqui, o instituto da representação
caso, o trânsito em julgado; processual. Trata-se de instrumento pelo qual a associação,
quando autorizada expressamente, pode representar seus
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 192
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
filiados, atuando em nome destes e na defesa dos direitos de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão,
deles. O representante processual não age como parte do e cuja utilização será definida em lei. O § 1º do mesmo
processo, apenas em nome da parte, a pessoa artigo, entretanto, faz uma ressalva: a de que as
representada. benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em
Nesse sentido, a representação processual difere dinheiro.
da substituição processual. Nesta, o substituto é parte do No que se refere à desapropriação de imóvel
processo, agindo em nome próprio na salvaguarda de urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, ou
direito alheio. O substituído, por sua vez, deixa de sê-lo: seja, que descumpriu sua função social, determina a CF/88
sofre apenas os efeitos da sentença. Não está no processo. (art. 182, § 4o, III) que a indenização se dará mediante
A sentença, todavia, faz coisa julgada tanto para o títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada
substituto quanto para o substituído. pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos,
em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor
XXII - é garantido o direito de propriedade; real da indenização e os juros legais. A desapropriação,
nessa situação, será de competência do Município.
XXIII - a propriedade atenderá a sua função Existe, ainda, a possibilidade de que haja
social; desapropriação sem indenização. É o que ocorre na
expropriação de propriedades urbanas e rurais de qualquer
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para região do País onde forem l ocalizadas culturas ilegais de
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou plantas psicotrópicas ou exploração de trabalho escravo.
por interesse social, mediante justa e prévia indenização Tem-se, então, a chamada “desapropriação confiscatória”,
em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta prevista no art. 243 da Constituição.
Constituição;
XXV - no caso de iminente perigo público, a
Estudaremos esses três incisos em conjunto. Eles autoridade competente poderá usar de propriedade
tratam do direito de propriedade, que é norma particular, assegurada ao proprietário indenização
constitucional de eficácia contida e, portanto, está sujeita à ulterior, se houver dano;
atuação restritiva por parte do Poder Público. Como
todos os direitos fundamentais, o direito de propriedade Esse inciso trata da requisição administrativa, que
não é absoluto: é nec essário que o proprietário dê à ocorre quando o Poder Público, diante de perigo público
propriedade uma função social. iminente, utiliza seu poder de império (de coa ção) para usar
Entretanto, mesmo sendo r elativo, a Constituição bens ou serviços de particulares...
não poderia deixar de estabelecer certas proteções a esse Fatiando-se o artigo, para melhor compreensão,
direito. Desse modo, no inciso XXIV do art. 5º da CF/88, temos que:
garante-se que, se a propriedade estiver cumprindo a sua a) Em caso de iminente perigo público, o Estado
função social, só poderá haver desapropriação com base na pode requisitar a propriedade particular. Exemplo: no caso
tutela do interesse público, em três hipóteses: necessidade de uma enchente que destrua várias casas de uma cidade, a
pública, utilidade pública ou interesse social. A indenização, Prefeitura pode requisitar o uso de uma casa que tenha
nesses casos, ressalvadas algumas exceções determinadas permanecido intacta, para abrigar aqueles que não têm
constitucionalmente, dar-se-á mediante prévia e justa onde ficar. Qual o perigo público iminente que justifica tal
indenização em dinheiro. ato estatal?
Observe bem o que a Constituição nos afirma: a No exemplo dado, a possibilidade de a população
indenização, no caso de desapropriação será mediante atingida adoecer ou morrer por falta de abrigo.
prévia e justa indenização em dinheiro, ressalvadas algumas b) A requisição é compulsória para o particular,
exceções determinadas constitucionalmente. Em outras devido ao poder de império do Estado. Veja que o interesse
palavras, há casos em que a indenização pela público (socorro às pessoas desabrigadas) é maior que o
desapropriação não será em dinheiro. E quais são esses particular (inconveniente de ter a casa cedida ao Poder
casos? Público gratuitamente). Por isso, o último cede lugar ao
a) Desapropriação para fins de reforma agrária; primeiro.
b) Desapropriação de imóvel urbano não-edificado c) A propriedade continua sendo do particular: é
que não cumpriu sua função social; apenas cedida gratuitamente ao Poder Público. O titular do
c) Desapropriação confiscatória. bem somente será indenizado em caso de dano. No
exemplo acima, o Estado não teria que pagar aluguel ao
A desapropriação para fins de reforma agrária proprietário pelo uso do imóvel.
obedec e ao disposto no art. 184 da Carta Magna. É de d) O perigo público deve ser iminente, ou seja,
competência da União e tem por objeto o imóvel rural que deve ser algo que acontecerá em breve. No exemplo dado,
não esteja cumprindo sua função social. Dar-se-á mediante o Estado não poderia requisitar a casa já na estação da seca
prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com baseado na possibilidade de uma enchente ocorrer vários
cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo meses depois.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 193 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
por danos morais e materiais por má prestação de serviço pagamento de taxas, por serem ambas as hipóteses
em transporte aéreo. essenciais ao próprio exercício da cidadania.
Para facilitar a compreensão, traduzirei em
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos palavras simples o que é petição e o que é certidão.
públicos infor mações de seu interesse particular, ou de Petição é um pedido, uma reclamação ou um
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo requerimento endereçado a uma autoridade pública. Trata -
da lei, sob pena de r esponsabilidade, r essalvadas aquelas se de um instrumento de exercício da cidadania, que
cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e permite a qualquer pessoa dirigir-se ao Poder Público para
do Estado; reivindicar algum direito ou informação. Por esse motivo, o
impetrante (autor da petição) pode fazer um pedido em
Essa norma traduz o direito à informação que, favor de interesses próprios, coletivos, da sociedade como
combinado com o princípio da publicidade, obriga a todos um todo, ou, até mesmo, de terceiros. Não necessita de
os órgãos e entidades da Administração Pública, direta e qualquer formalismo: apenas se exige que o pedido seja
indireta (incluindo empresas públicas e sociedades de feito por documento escrito. Exemplo: um servidor público
economia mista), a dar conhecimento aos administrados da pode, por meio de petição, pedir remoção para outra
conduta interna de seus agentes. Com efeito, todos os localidade, para tratar de sua saúde.
cidadãos têm o direito de receber dos órgãos públicos Já a certidão é um atestado ou um ato que dá
informações de interesse particular ou de interesse coletivo prova de um fato. Dentro da linguagem jurídica, é uma
ou geral. cópia autêntica feita por pess oa que tenha fé pública, de
O princípio da publicidade evidencia -se, assim, na documento escrito registrado em um processo ou em um
forma de uma obrigação de transparência. Todavia, os livro. Exemplo: certidão de nascimento.
órgãos públicos não precisam fornecer toda e qualquer É muito comum que as bancas examinadoras
informação de que disponham. As informações cujo sigilo tentem confundir o candidato quanto às finalidades do
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado direito de petição e o direito de obter certidão.
não devem ser fornecidas. Também são imunes ao acesso a) O direito de petição tem como finalidades a
as informações pessoais, que estão protegidas pelo art. 5º, defesa de direitos e a defesa contra ilegalidade ou abuso de
X, da CF/88 que dispõe que “são invioláveis a intimidade, a poder.
vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado b) O direito à obtenção de certidões tem como
o direito a indenização pelo dano material ou moral finalidades a defesa de direitos e o esclarecimento de
decorrente de sua violação”. situações de interesse pess oal. Ele não serve para
A regulamentação do art. 5º, inciso XXXIII, é feita esclarecimento de interesse de terceiros.
pela Lei nº 12.527/2011, a conhecida Lei de Acesso à
Informação. É ela que define o procedimento para a Como se vê, ambos servem para a defesa de
solicitação de informações aos órgãos e entidades públicas, direitos. Entretanto, a petição também é usada contra
bem como os prazos e as formas pelas quais o acesso à ilegalidade ou abuso de poder, enquanto as certidões têm
informação será franqueado aos como segunda aplicação possível o esclarecimento de
interessados. situações de interesse pessoal.
No caso de lesão ao direito à informação, o O direito de petição é um remédio administrativo,
remédio constitucional a ser usado pelo particular é o que pode ter como destinatário qualquer órgão ou
mandado de segurança. Não é o habeas data! Isso porque autoridade do Poder Público, de qualquer um dos três
se busca garantir o acesso a informações de interesse poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) ou até mesmo
particular do requerente, ou de interesse coletivo ou geral, do Ministério Público. Todas as pessoas físicas (brasileiros
e não aquelas referentes à sua pessoa (que seria a hipótese ou estrangeiros) e pessoas jurídicas são legitimadas para
de cabimento de habeas data). peticionar administrativamente aos Poderes Públicos.
Por ser um remédio administrativo, isto é, de
XXXIV – são a todos assegurados, natureza não-jurisdicional, o direito de petição é exercido
independentemente do pagamento de taxas: independentemente de advogado. Em outras palavras, não
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em é obrigatória a representação por advogado para que
defesa de direitos ou contra ilegal idade ou abuso de alguém possa peticionar aos Poderes Públicos. Nesse
poder; sentido, é importante deixar claro que o STF faz nítida
b) a obtenção de certidões em repartições distinção entre o direito de peticionar e o direito de
públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de postular em juízo.
situações de interesse pessoal; O direito de postular em juízo, ao contrário do
direito de petição, necessita, para ser exercido, de
Esse dispositivo legal prevê, em sua alínea “a”, o representação por advogado, salvo em situações
direito de petição e, na alínea “b”, o direito à obtenção de excepcionais (como é o caso do habeas corpus). Portanto,
certidões. Em ambos os casos, assegura -se o não para o STF, não é possível, com base no direito de petição,
garantir a qualquer pessoa ajuizar ação, sem a presença de
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 195 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
advogado. Com efeito, o ajuizamento de ação está no 103-A, §3º). Segundo o STF, a reclamação está situada no
campo do “direito de postular em juízo”, o que exige âmbito do direito de petição (e não no direito de ação);
advogado. portanto, entende-se que sua natureza jurídica não é a de
Quando se exerce o direito de petição ou, ainda, um recurso, de uma ação e nem de um incidente
quando se solicita uma certidão, há uma garantia implícita a processual.
receber uma resposta (no caso de petição) ou a obter a O STF já teve a oportunidade de se manifestar, em
certidão. Quando há omissão do Poder Público (falta de um caso concreto, sobre a inexistência de “jurisdição
resposta a petição ou negativa ilegal da certi dão), o condicionada” no Brasil, tendo concluído que “não há
remédio constitucional adequado, a ser utilizado na via previsão constitucional de esgotamento da via
judicial, é o mandado de segurança. administra tiva co mo condição da ação que objetiva o
As bancas examinadoras adoram dizer que o reconhecimento de direito previdenciário”.
remédio constitucional destinado a proteger o direito de O art. 5º, XXXV, da CF/88, repr esenta verdadeira
certidão é o habeas data. Isso está errado! garantia de acesso ao Poder Judiciário, sendo um
O remédio constitucional que protege o direito de fundamento importante do Estado Democrático de Direito.
certidão é o mandado de segurança. O habeas data é Todavia, por mais relevante que seja, não se trata de uma
utilizado, como estudaremos mais à frente, quando não se garantia absoluta: o direito de acesso ao Poder Judiciário
tem acesso a informações pessoais do impetrante ou deve ser exercido, pelos jurisdicionados, por meio das
quando se deseja retificá-las. normas processuais que regem a matéria, não constituindo-
Quando alguém solicita uma certidão, já tem se negativa de prestação jurisdicional e cerceamento de
acesso às informações; o que quer é apenas receber um defesa a inadmissão de recursos quando não observados os
documento formal do Poder Público que ateste a procedimentos estatuídos na normas instrumentais. Com
veracidade das informações. Portanto, é incabível o habeas efeito, o art. 5º, inciso XXXV não obsta que o legislador
data. estipule regras para o ingresso do pleito na esfera
O art. XXXV, ao dizer que “a lei não excluirá da jurisdicional, desde que obedecidos os princípios da
aprecia ção do Poder Judiciá rio lesão ou ameaça a direito”, razoabilidade e da proporcionalidade. Quando este fixa
ilustra muito bem a adoção do sistema inglês pelo Brasil. formas, prazos e condições razoáveis, não ofende a
Trata-se do princípio da inafastabilidade de jurisdição, Inafastabilidade da Jurisdição.
segundo o qual somente o Poder Judiciário poderá decidir
uma lide em definitivo. É claro que isso não impede que o XXXVI - a lei não prejudicará o dir eito adquirido, o
particular recorra administrativamente ao ter um direito ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
seu violado: ele poderá fazê-lo, inclusive apresentando
recursos administrativos, se for o caso. Entretanto, todas as O direito adquirido, o a to jurídico perfeito e a coisa
decisões administrativas estão sujeitas a controle judicial, julgada são institutos que surgiram como instrumentos de
mesmo aquelas das quais não caiba recurso administrativo. segurança jurídica, impedindo que as leis retroagissem para
prejudicar situações jurídicas consol idadas. Eles
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder representam, portanto, a garantia da irretroatividade das
Judiciário lesão ou ameaça a direito; leis, que, todavia, não é absoluta.
O Estado não é impedido de criar leis retroativas;
Há, todavia, algumas exceções, nas quais se exige o estas serão permitidas, mas apenas se beneficiarem os
prévio esgotamento da via administrativa para que, só indivíduos, impondo-lhes situação mais favorável do que a
então, o Poder Judiciário seja acionado. São elas: que existia sob a vigência da lei anterior. Segundo o STF, “o
a) habeas data: um requisito para que seja princípio insculpido no inciso XXXVI do art. 5º da
ajuizado o habeas data é a negativa ou omissão da Constituição não imped e a edição, pelo Estado, de norma
Administração Pública em relação a pedido administrativo retroativa (lei ou decreto), em benefício do particular”.
de acesso a informações pessoais ou de retificação de Vamos, agora, entender os conceitos:
dados. a) Direito adquirido é aquele que já se incorporou
b) controvérsias desportivas: o art. 217, § 1º, da ao patrimônio do particular, uma vez que já foram
CF/88, determina que “o Poder Judiciário só admitirá ações cumpridos todos os requisitos aquisitivos exigidos pela lei
relativas à disciplina e às competições desportivas após então vigente. É o que ocorre se você cumprir todos os
esgotarem-se as instâncias da justiça despo rtiva, regulada requisitos para se aposentar sob a vigência de uma lei X.
em lei.” Depois de cumpridas as condições de aposentadoria,
c) reclamação contra o descumprimento de mesmo que seja criada lei Y com requisitos mais gravosos,
Súmula Vinculante pela Administração Pública: o art. 7º, § você terá direito adquirido a se aposentar.
1º, da Lei nº 11.417/2006, dispõe que “contra omissão ou O direito adquirido difere da “expectativa de
ato da administração pública, o uso da reclamação só será direito”, que não é alcançada pela proteção do art. 5º,
admitido após esgotamento das vias administrativas”. A inciso XXXVI. Suponha que a lei atual, ao dispor sobre os
reclamação é ação utilizada para levar ao STF caso de requisitos para aposentadoria, lhe garanta o direito de se
descumprimento de enunciado de Súmula Vinculante (art. aposentar daqui a 5 anos. Hoje, você ainda não cumpre os
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 196
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
requisitos necessários para se aposentar; no entanto, daqui É importante que você saiba que o STF entende
a 5 anos os terá todos reunidos. Caso amanhã seja editada que esse princípio não se limita aos órgãos e juízes do
uma nova lei, que imponha requisitos mais difíceis para a Poder Judiciário. Segundo o Pretório Excelso, ele alcança,
aposentadoria, fazendo com que você só possa se também, os demais julgadores previstos pela Constituição,
aposentar daqui a 10 anos, ela não estará ferindo seu como o Senado Federal, por exemplo. Além disso, por sua
direito. Veja: você ainda não tinha direito adquirido à natureza, o princípio do juiz natural alcança a todos:
aposentadoria (ainda não havia cumprido os requisitos brasileiros e estrangeiros, pessoas físicas e pessoas
necessários para tanto), mas mera expectativa de direito. jurídicas. Em um Estado democrático de direito, todos têm,
b) Ato jurídico perfeito é aquele que reúne todos afinal, o direito a um julgamento imparcial, neutro.
os elementos constitutivos exigidos pela lei; é o ato já
consumado pela lei vigente ao tempo em que se efetuou. XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a
Tome-se como exemplo um contrato celebrado hoje, na organização que lhe der a lei, assegurados:
vigência de uma lei X. a) a plenitude de defesa;
c) Coisa julgada compreende a decisão judicial da b) o sigilo das votações;
qual não cabe mais recurso. c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes
Há, todavia, certas situações nas quais não cabe dolosos contra a vida;
invocar direito adquirido. Assim, não existe direito
adquirido frente a: O tribunal do júri é um tribunal popular, composto
a) Normas constitucionais originárias. As normas por um juiz togado, que o preside, e vinte e cinco jurados,
que “nasceram” com a CF/88 podem revogar qualquer escolhidos dentre cidadãos do Município (Lei nº 11.689/08)
direito anterior, até mesmo o direito adquirido. e entre todas as classes sociais. Segundo a doutrina, é
b) Mudança do padrão da moeda. visto como uma prerrogativa do cidadão, que deverá ser
c) Criação ou aumento de tributos. julgado pelos seus semelhantes.
d) Mudança de regime estatutário O tribunal do júri possui competência para
julgamento de crimes dolosos contra a vida. Crime doloso é
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; aquele em que o agente (quem pratica o crime) prevê o
resultado lesivo de sua conduta e, mesmo assim, pratica a
LIII - ninguém será processado nem sentenciado ação, produzindo o resultado. Exemplo: o marido descobre
senão pela autoridade competente; que a mulher o está traindo e, intencionalmente, atira nela
e no amante, causando a morte dos dois. Trata -se de
Contrariando um pouco a ordem em que estão homicídio doloso, que é, sem dúvida, um crime doloso
dispostos na Constituição, analisaremos esses dois incisos contra a vida; o julgamento será, portanto, da competência
em conjunto. Isso porque ambos traduzem o princípio do do tribunal do júri.
“juízo natural” ou do “juiz natural”. Esse postulado garante Sobre a competência do tribunal do júri,
ao indivíduo que suas ações no Poder Judiciário serão destacamos, a seguir algumas jurisprudências que podem
apreciadas por um juiz imparcial, o que é uma garantia ser cobradas em prova:
indispensável à administração da Justiça em um Estado a) A competência constitucional do Tribunal do Júri
democrático de direito. (art. 5º, XXXVIII) não pode ser afastada por lei estadual,
O princípio do juiz natural impede a criação de nem usurpada por vara criminal especializada, sendo
juízos de exceção ou “ad hoc”, criados de maneira vedada, ainda, a alteração da forma de sua composição,
arbitrária, após o acontecimento de um fato. Na his tória da que deve ser definida em lei nacional. No caso, o STF
humanidade, podemos apontar como exemplos de apreciou lei estadual que criava vara especializada para
tribunais de exceção o Tribunal de Nuremberg e o Tribunal processar e julgar crimes praticados por organizações
de Tóquio, instituídos após a Segunda Guerra Mundial; criminosas. Essa vara especializada julgaria, inclusive, os
esses tribunais foram criados pelos “vencedores” (da crimes dolosos contra a vida. Dessa forma, por invadir a
guerra) para julgar os “vencidos” e, por isso, são tão competência do tribunal do júri, foi considerada
duramente criticados. inconstitucional.
O princípio do juiz natural deve ser interpretado de b) A competência para o processo e julgamento de
forma ampla. Ele não deve ser encarado apenas como uma latrocínio é do juiz singular e não do Tribunal do Júri
vedação à criação de Tribunais ou juízos de exceção; além (Súmula STF nº 603). O latrocínio é um crime complexo, no
disso, decorre desse princípio a obrigação de res peito qual estão presentes duas condutas: o roubo e o homicídio.
absoluto às regras objetivas de deter minação de Em outras palavras, o latrocínio é um roubo qualificado pela
competência, para que não seja afetada a independência e morte da vítima. É considerado pela doutrina como um
a imparcialidade do órgão julgador. Todos os juízes e órgãos “crime contra o patrimônio” (e não como “crime contra a
julgadores, em consequência, têm sua competência prevista vida”), ficando, por isso, afastada a competência do tribunal
constitucionalmente, de modo a assegurar a segurança do júri.
jurídica.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 197 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
A competência do tribunal do júri para julgar os O art. 5º, inciso XXXIX, da CF/88, estabelece um
crimes dolosos contra a vida não é absoluta. Isso porque importante princípio constitucional do direito penal: o
não alcança os detentores de foro especial por prerrogativa princípio da legalidade. Segundo o Prof. Cezar Roberto
de função previsto na Constituição Federal. É o caso, por Bitencourt, “pelo p rincípio da legalidade, a elaboração de
exemplo, do Presidente da República e dos membros do normas incriminadoras é função exclusiva da lei, isto é,
Congresso Nacional, que serão julgados pelo STF quando nenhum fato pode ser considerado crime e nenhuma p enal
praticarem crimes comuns, ainda que dolosos contra a vida. criminal pode ser aplicada sem que antes da o corrência
Em outras palavras, o foro por prerrogativa de função deste fato exista uma lei definindo-o como crime e
prevalece sobre a competência do tribunal do júri, desde cominando-lhe a sanção correspondente”.
que esse foro especial decorra diretamente da Constituição O princípio da legalidade se desdobra em dois
Federal. outros princípios: o princípio da reserva legal e o princípio
A Constituição Federal estabelece, ainda, três da anterioridade da lei penal.
importantes princípios para o tribunal do júri: O princípio da reserva legal determina que
a) a plenitude de defesa; somente lei em sentido estrito (lei formal, editada pelo
b) a soberania dos veredictos; e Poder Legislativo) poderá definir crime e cominar penas.
c) o sigilo das votações. Nem mesmo medida provisória poderá definir um crime e
cominar penas, eis que essa espécie normativa não pode
A plenitude de defesa é uma variante do princípio tratar de direito penal (art.62, § 1º, I, “b”).
da ampla defesa e do contraditório (art. 5º, LV), que A exigência de que lei formal defina o que é crime
permite ao acusado apresentar defesa contra aquilo que lhe e comine suas penas traz a garantia de se considerarem
é imputado. Sua concretização pressupõe que os crime condutas aceitas pela sociedade como tais e de que
argumentos do réu tenham a mesma importância, no essas condutas sejam punidas da maneira considerada justa
julgamento, que os do autor. Em consequência, nã o devem por ela.
existir prioridades na relação processual e deve o réu ter a Com isso, quem define o que é crime e as
possibilidade de usar todos os instrumentos processuais na respectivas penas é o povo, por meio de seus
sua defesa. Também decorre da plenitude de defesa o fato representantes no Poder Legislativo.
de que os jurados são das diferentes classes sociais. Já pensou se, por exemplo, o Presidente da
Segundo o STF, “implica prejuízo à defesa a República pudesse definir o que é crime por medida
manutenção do réu algemado na sessão de julgamento do provisória? Ou até mesmo dobrar a pena de determinado
Tribunal do Júri, resultando o fato na insubsistência do ilícito por tal ato normativo? Teríamos uma ditadura, não? É
veredicto condenatório”. por isso que o inciso XXXIX do art. 5º da CF/88 é tão
No que se refere à soberania dos veredictos, importante!
também assegurada ao tribunal do júri pela Carta Magna, O princípio da anterioridade da lei penal, por sua
destaca-se que esta tem a finalidade de evitar que a decisão vez, exige que a lei esteja em vigor no momento da prática
dos jurados seja modificada ou suprimida por decisão da infração para que o crime exista. Em outras palavras,
judicial. Entretanto, não se trata de um princípio absoluto, exige-se lei anterior para que uma conduta possa ser
sendo possível a sua relativização. A soberania dos considerada como crime.
veredictos não confere ao tribunal do júri o exercício de um Esse princípio confere segurança jurídica às
poder incontrastável e ilimitado. É possível, sim, que relações sociais, ao determinar que um fato só s erá
existam recursos das decisões do tribunal do júri; nesse considerado crime se for cometido após a entrada em vigor
sentido, é possível haver a revisão criminal ou mesmo o da lei incriminadora. Quer um exemplo? Se amanhã for
retorno dos autos ao júri, para novo julgamento. editada uma lei que considere crime beijar o namorado (ou
Segundo o STF, a soberania dos veredictos do namorada) no cinema, nenhum de nós será preso. Só
tribunal do júri não exclui a recorribilidade de suas poderá ser considerado culpado quem o fizer após a
decisões, quando manifestamente contrárias à prova dos entrada em vigor da lei.
autos. Assim, nesse caso, será cabível apelação contra
decisões do tribunal do júri. XL - a lei penal não retroagirá, salvo para
Por fim, cabe destacar que o STF entende que a beneficiar o réu;
competência do Tribunal do Júri, fixada no art. 5º, XXXVIII,
“d”, da CF/88, quanto ao julgamento de crimes dolosos Retroagir significa “voltar para trás”, “atingir o
contra a vida é passível de ampliação pelo legislador passado”. Portanto, diz-se que retroatividade é a
ordinário. Isso significa que pode a lei determinar o capacidade de atingir atos pretéritos; por sua vez,
julgamento de outros crimes pelo tribunal do júri. irretroatividade é a impossibilidade de atingi -los.
É comum, também, em textos jurídicos,
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o encontrarmos as expressões “ex tunc” e “ex nunc”. “Ex
defina, nem pena sem prévia cominação legal; tunc” é aquilo que tem retroatividade; “ex nunc” é o que é
irretroativo. Lembre-se de que quando você di z que
“NUNCa” mais fará alguma coisa, esse desejo só valerá
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 198
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
preconceituosas e discriminatória s’ contra a comunidade Suponha que João morre deixando uma dívida de
judaica (Lei 7.716/1989, art. 20, na redação dada pela Lei R$ 1.500.000,00 (obrigação de reparar dano). Ao mesmo
8.081/1990) constitui crime d e racismo sujeito às cláusulas tempo, deixa um patrimônio de R$ 900.000,00 para seus
de inafiançabilidade e imprescritibilidade (CF, art. 5º, XLII).” sucessores (Lúcia e Felipe). A obrigação de reparar o dano
Finalizando o comentário desse inciso, vale a pena irá se estender a Lúcia e Felipe, mas apenas até o limite do
mencionar o posicionamento do STF nesse mesmo patrimônio transferido. Em outras palavras, o patrimônio
julgamento, dispondo que “o preceito fundamental de pessoal de Lúcia e Felipe não será afetado; será utilizado
liberdade de expressão não consagra o direito à incita ção para o pagamento da dívida o patrimônio transferido
ao racismo, dado que um direito individual não pode (R$ 900.000,00). O restante da dívida “morre” junto com
constituir-se em salvaguarda de condutas ilícitas, co mo João.
sucede com os delitos contra a honra. (...) A ausência de
prescrição nos crimes de racismo justifica-se co mo alerta XLVI - a lei r egulará a individualização da pena e
grave para as gerações de hoje e de a manhã, para que se adotará, entre outras, as seguintes:
impeça a reinstauração de velhos e ultrapassados conceitos a) privação ou restrição da liberdade;
que a consciência jurídica e histórica não mais admitem.” b) perda de bens;
O inciso XLIII, a seu turno, dispõe sobre alguns c) multa;
crimes que são inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou d) prestação social alternativa;
anistia. Bastante atenção, pois a banca examinadora tentará e) suspensão ou interdição de direitos;
te confundir dizendo que esses crimes são imprescritíveis.
Não são! Qual o macete para não confundir? O inciso XLVI prevê o princípio da individualização
Simples, guarde a frase mnemônica seguinte: 3 T? da pena, que determina que a aplicação da pena deve
Sim, Tortura, Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ajustar-se à situação de cada imputado, levando em
e Terrorismo. Esses crimes, assim como os hediondos, são consideração o grau de reprovabilidade (censurabilidade)
insuscetíveis de graça ou anistia. Isso significa que não de sua conduta e as características pessoais do infrator.
podem ser perdoados pelo Presidente da República, nem Trata-se de princípio que busca fazer com que a pena
ter suas penas modificadas para outras mais benignas. cumpra sua dupla finalidade: prevenção e repressão.
Além disso, assim como o crime de racismo e a A Constituição Federal prevê um rol não-exaustivo
ação de grupos armados contra o Estado democrático, são de penas que podem ser adotadas pelo legislador. São elas:
inafiançáveis. a) a privação ou restrição de liberdade;
O inciso XLIV trata ainda de mais um crime: a ação b) a perda de bens;
de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem c) multa;
constitucional e o Estado democrático. Esse crime, assim d) prestação social alternativa; e
como o racismo, será inafiançável e imprescritível. e) suspensão ou interdição de direitos.
Com base nesse entendimento, o STF editou a ser superior a esse limite, imposto pelo art. 75, "caput", do
Súmula Vinculante nº 26: “Para efeito de progressão de Código Penal.
regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou
equiparado, o juízo da execução observará a XLVIII - a pena será cumprida em
inconstitucionalidade do art. 2 º da Lei nº 8.072, de 25 de estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do
julho de 1990, sem prejuízo da avaliar se o condenado delito, a idade e o sexo do apenado;
preen che, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do
benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo XLIX - é assegurado aos pr esos o r espeito à
fundamentado, a realização de exame criminológico.” integridade física e moral;
nosso tempo, deve se lembrar do “Balão Mágico” (banda Os estrangeiros podem ser extraditados com maior
infantil muito conhecida nos anos 80). Um dos integrantes liberdade pelo Estado brasileiro, desde que cumpridos os
do “Balão Mágico” era o Mike, que era filho de Ronald requisitos legais para a extradição. Cabe destacar, todavia,
Biggs, inglês que realizou um assalto a um tr em e, depois, que não se admite a extradição de estrangeiro por crime
fugiu para o Brasil. A Inglaterra pediu ao Brasil a extradição, político ou de opinião. Essa é uma prática usual nos
sem obter sucesso. ordenamentos constitucionais de outros países e tem por
Um caso mais recente é o do italiano Cesare objetivo proteger os indivíduos que forem vítimas de
Battisti, acusado pela prática de vários crimes na Itália. perseguição política.
Cesare Battisti, após viver um tempo na França, fugiu para o A definição de um crime como sendo um delito
Brasil A Itália também solicitou a extradição ao Brasil, político é tarefa difícil e que compete ao Supremo Tribunal
também sem sucesso. Federal. É no caso concreto que a Corte Suprema irá dizer
Dados esses exemplos, voltemos ao tema... se o crime pelo qual se pede a extradição é ou não político.
Há 2 (dois) tipos de extradição: Na etapa judiciária, o STF irá analisar a legalidade e
a) a extradição ativa; e a procedência do pedido de extradição. Um dos
b) a extradição passiva. pressupostos da extradição é a existência de um processo
penal. Cabe destacar, todavia, que a extradição será
A ex tradição ativa acontecerá quando o Brasil possível tanto após a condenação quanto durante o
requerer a um outro Estado estrangeiro a entrega de um processo.
indivíduo para que aqui seja julgado ou punido; por sua vez, Há necessidade, ainda, que exista o que a doutrina
a extradição passiva ocorrerá quando um Estado chama “dupla tipicidade”: a conduta que a pessoa praticou
estrangeiro requerer ao Brasil que lhe entregue um deve ser crime tanto no Brasil quanto no Estado
indivíduo. requerente. Quando o fato que motivar o pedido de
Iremos focar o nosso estudo, a partir de agora, na extradição não for considerado crime no Brasil ou no Estado
extradição passiva: quando um Estado solicita que o Brasil requerente, não será concedida a extradição.
lhe entregue um indivíduo.
De início, vale destacar que a Constituição Federal Ao analisar a extradição, o STF verifica se os
traz, no art. 5º, LI e LII, algumas limitações importantes à direitos humanos do extraditando serão respeitados.
extradição. Nesse sentido:
O brasileiro nato (que é o brasileiro “de berço”, a) Não será concedida a extradição se o
que recebeu sua nacionalidade ao nascer) não poderá ser extraditando houver de responder, no Estado requerente,
extraditado; trata-se de hipótese de vedação absoluta à perante juízo ou tribunal de exceção. É o já conhecido
extradição. Baseia-se na lógica de que o Estado deve princípio do “juiz natural”.
proteger (acolher) os seus nacionais. b) Caso a pena para o crime seja a de morte, o
Por sua vez, o brasileiro naturalizado (que é aquele Estado requerente deverá se comprometer a substituí-la
nasceu estrangeiro e se tornou brasileiro), poderá ser por outra, restritiva de liberdade (comutação da pena),
extraditado. No entanto, isso somente será possível em exceto, claro, naquele único caso em que a pena de morte é
duas situações: admitida no Brasil: guerra declarada.
a) no caso de crime comum, praticado antes da c) Caso a pena para o crime seja de caráter
naturalização. Perceba que existe, aqui, uma limitação perpétuo, o Estado requerente deverá se comprometer à
temporal. Se o crime comum tiver sido cometido após a comutação dessa pena em prisão de até 30 anos, que é o
naturalização, o indivíduo não poderá ser limite tolerável pela lei brasileira.
extraditado; a extradição somente será possível caso o
crime seja anterior à aquisição da nacionalidade brasileira LIV - ninguém será privado da liberdade ou de
pelo indivíduo. seus bens sem o devido processo legal;
‘b) em caso de comprovado envolvimento em
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. Nessa O princípio do devido processo legal (due process
situação, não há qualquer limite temporal. O envolvimento of law) é uma das garantias constitucionais mais amplas e
com tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins dará relevantes46; trata-se de um conjunto de práticas jurídicas
ensejo à extradição quer ele tenha ocorrido antes ou após a previstas na Constituição e na legislação infraconstitucional
naturalização. cuja finalidade é garantir a concretização da justiça.
O devido processo legal é garantia que concede
Vale ressaltar que as regras de extradição do dupla proteção ao indivíduo: ele incide tanto no âmbito
brasileiro naturalizado também se aplicam ao português formal (processual) quanto no âmbito materi al.
equiparado. Português equiparado é o por tuguês que, por No âmbito formal (processual), traduz-se na
ter residência permanente no Brasil, terá um tratamento garantia de que as partes poderão se valer de todos os
diferenciado, possuindo os mesmos direitos dos brasileiros meios jurídicos disponíveis para a defesa de seus interesses.
naturalizados. Assim, derivam do “devido processo legal” o direito ao
contraditório e à ampla defesa, o direito de acesso à justiça,
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 202
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
o direito ao juiz natural, o direito a não ser preso senão por Todavia, entende o STF que a ampla defesa e o
ordem judicial e o direito a não ser processado e julgado contraditório não se apli cam na fase do inquérito policial ou
com base em provas ilícitas. civil. Por esse motivo, é nula a sentença condenatória
No âmbito material (substantivo), por sua vez, o proferida exclusivamente com base em fatos narrados no
devido processo legal diz respeito à aplicação do princípio inquérito policial. O juiz pode usar as provas colhidas no
da proporcionalidade (também chamado de princípio da inquérito para fundamentar sua decisão; entretanto, por
razoabilidade ou da proibição de excesso). O respeito aos não ter sido garantida a ampla defesa e o contraditório na
direitos fundamentais não exige apenas que o processo seja fase do inquérito, as provas nele obtidas não poderão ser os
regularmente instaurado; além disso, as decisões adota das únicos elementos para motivar a decisão judicial.
devem primar pela justiça, equilíbrio e pela O inquérito é fase pré-processual, de natureza
proporcionalidade. administrativa, consistindo em um conjunto de diligências
É possível afirmar, portanto, que o princípio da realizadas para a apuração de uma infração penal e sua
proporcionalidade tem sua sede material no princípio do autoria, a fim de que o titular da ação penal (Ministério
devido processo legal, considerado em sua acepção Público ou o ofendido) possa ingressar em juízo. Somente aí
substantiva, não simplesmente formal. Em outras palavras, é que terá início a fase processual, com as garantias
o princípio da proporcionalidade, que não está constitucionais da ampla defesa e do contraditório devendo
expressamente previsto na Constituição, tem como ser respeitadas.
fundamento o devido processo legal substantivo (material). Cabe destacar que, apesar de a ampla defesa e o
O princípio da proporcionalidade está implícito no contraditório não serem garantias na fase do inquérito, o
texto constitucional, dividindo-se em 3 (três) subprincípios: indiciado possui, mesmo nessa fase, certos direitos
a) Adequação: a medida adotada pelo Poder fundamentais que lhe devem ser garantidos. Dentre eles,
Público deverá estar apta para alcançar os objetivos podemos citar o direito a ser assistido por um advogado, o
almejados. de não se autoincriminar e o de manter-se em silêncio.
b) Necessidade: a medida adotada pelo Poder Vejam bem: na fase do inquérito, o indivíduo pode
Público deverá ser indispensável para alcançar o objetivo ser assistido por advogado; todavia, não é obrigatória a
pretendido. Nenhuma outra medida menos gravosa seria assistência advocatícia nessa fase. É com base nessa lógica
eficaz para o atingimento dos objetivos. que o STF entende que não há ofensa ao contraditório e à
c) Proporcionalidade em sentido estrito: a medida ampla defesa quando do interrogatório realizado pela
será considerada legítima se os benefícios dela resultantes autoridade policial sem a presença de advogado.
superarem os prejuízos. Sobre os direitos do indiciado na fase do inquérito,
o STF editou a Súmula Vinculante nº 14, muito cobrada em
LV - aos litigantes, em processo judicial ou concursos públicos:
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados "É direito do defensor, no interesse do
o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a representado, ter acesso amplo aos elementos de prova
ela inerentes; que, já docu mentados em p rocedimento investigatório
realizado por órgão com competência de polícia judiciária,
As garantias do contraditório e da ampla defesa digam respeito ao exercício do direito de defesa".
são corolários do princípio do devido processo legal, isto é, Por meio dessa súmula, o STF garantiu a
dele decorrem diretamente. advogados o acesso a provas já documentadas em autos de
A ampla defesa compreende o direito que o inquéritos policiais que envolvam seus clientes, inclusive os
indivíduo tem de trazer ao processo todos os elementos que tramitam em sigilo. Observe, entretanto, que a súmula
lícitos de que dispuser para provar a verdade, ou, até somente se aplica a provas já documentadas, não atingindo
mesmo, de se calar ou se omitir caso isso lhe seja benéfico demais diligências do inquérito, às quais o advogado não
(direito à não autoincriminação). tem direito a ter acesso prévio. Com isso, caso sinta
Já o contraditório é o direito dado ao indivíduo de necessidade, a autoridade policial está autorizada a separar
contradizer tudo que for levado ao processo pela parte partes do inquérito.
contrária. Assegura, também, a igualdade das partes do O STF entende que, nos processos administrativos
processo, ao equiparar o direito da acusação com o da disciplinares, a ampla defesa e o contraditório podem ser
defesa. validamente exercidos independentemente de advogado.
A ampla defesa e o contraditório são princípios Dessa forma, em um PAD instaurado para apurar i nfração
que se aplicam tanto aos processos judiciais quanto aos disciplinar praticada por servidor, não é obrigatória a
processos administrativos, sejam estes últimos referentes à presença de advogado. Com base nesse entendimento, o
aplicação de punições disciplinares ou à restrição de STF editou a Súmula Vinculante nº 5:
direitos em geral. O termo “litigantes” deve, portanto, ser “A falta de defesa técnica por advogado no
compreendido na acepção mais ampla possível, não se processo ad ministrativo disciplinar não ofende a
referindo somente àqueles que estejam envolvidos em um Constituição.”
processo do qual resulte ou possa resultar algum tipo de Como forma de garantir a ampla defesa, é bastante
penalidade. comum que a legislação preveja a existência de recursos
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 203 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
administrativos. No entanto, em muitos casos, a inquérito policial e sem que o indiciado seja advertido do
apresentação de recursos exigia o depósito ou arrolamento seu direito ao silêncio.
prévio de dinheiros ou bens. Em outra s palavras, para 4) São ilícitas as provas obtidas mediante confissão
entrar com recurso administrativo, o interessado precisava durante prisão ilegal. Ora, se a prisão foi ilegal, todas as
ofertar certas garantias, o que, em não raras vezes, provas obtidas a partir dela também o serão.
inviabilizava, indiretamente, o exercício do direito de 5) É lícita a prova obtida mediante gravação
recorrer. Para resolver esse problema, o STF editou a telefônica feita por um dos interlocutores sem a autorização
Súmula Vinculante nº 21: judicial, caso haja investida criminosa daquele que
“É in constitucional a exigência de depósito ou desconhece que a gravação está sendo feita.
arrolamento prévio s de dinheiro ou bens para Nessa situação, tem-se a legítima defesa.
admissibilidade de recurso administrativo.” 6) É lícita a prova obtida por gravação de conversa
telefônica feita por um dos interlocutores, sem
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas conhecimento do outro, quando ausente causa legal de
obtidas por meios ilícitos; sigilo ou de reserva da conversação.
7) É lícita a prova consiste em gravação ambiental
O devido processo legal tem como uma de suas realizada por um dos interlocutores sem o conhecimento do
consequências a inadmissibilidade das provas ilícitas, que outro.
não poderão ser usadas nos processos administrativos e
judiciais. Segundo o STF: É importante destacar, porém, que a tão-só
“É indubitável que a prova ilícita, entre nós, não se existência de prova reconhecidamente ilícita no processo
reveste da necessária idoneidade jurídica como meio de não basta para que a condenação seja considerada nula, ou
formação do convencimento do julgador, razão pela qual seja, a prova ilícita não contamina todo o processo.
deve ser desprezada, ainda que em prejuízo da apuração da
verdade, em prol do ideal maior de um pro cesso justo, LVII - ninguém será considerado culpado até o
condizente com o respeito devido a direitos e garantias trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
fundamentais da pessoa humana, valor que se sobreleva,
em muito, ao que é representado pelo interesse que tem a Trata-se do princípio da presunção de inocência,
sociedade em uma eficaz repressão aos delitos.” que tem por objetivo proteger a liberdade do indivíduo
As provas ilícitas, assim consideradas aquelas frente ao poder de império do Estado.
obtidas com violação ao direito material, deverão ser, Somente a partir do trânsito em julgado (decisão
portanto, expurgadas do processo; serão elas imprestáveis à da qual não caiba mais nenhum recurso) de sentença penal
formação do convencimento do magistrado. condenatória é que alguém poderá ser considerado
Há que se destacar, todavia, que a presença de culpado. É, afinal, o trânsito em julgado da sentença que faz
provas ilícitas não é suficiente para invalidar todo o coisa julgada material.
processo, se nele existirem outras provas, lícitas e Da presunção de inocência, deriva a
autônomas (obtidas sem a necessidade dos elementos obrigatoriedade de que o ônus da prova da prática de um
informativos revelados pela prova ilícita). Uma vez que seja crime seja sempre do acusador. Assim, não se pode exigir
reconhecida a ilicitude de prova constante dos autos, esta que o acusado produza provas em seu favor; caberá à
deverá ser imediatamente desentranhada (retirada) do acusação provar, inequivocamente, a culpabilidade do
processo. As outras provas, lícitas e independentes da acusado.
obtida ilicitamente, são mantidas, tendo continuidade o Com base no princípio da presunção de inocência,
processo. é vedada, em regra, a prisão do réu antes que sua
Vejamos, a seguir, importantes entendimentos do condenação transite em julgado. No entanto, a
STF sobre a licitude/ilicitude de provas: jurisprudência do STF considera que as prisões cautelares
1) É ilícita a prova obtida por meio de (prisão preventiva, prisão em flagrante e prisão temporária)
interceptação telefônica sem autorização judicial. A são compatíveis com o princípio da presunção de inocência.
interceptação telefônica, conforme já estudamos, depende Assim, é plenamente possível, no ordenamento jurídico
de autorização judicial. brasileiro, que alguém seja preso antes de sentença penal
2) São ilícitas as provas obtidas por meio de condenatória transitada em julgado. O que não é admitido
interceptação telefônica determinada a partir apenas de é que alguém seja considerado culpado antes do trânsito
denúncia anônima, sem investigação preliminar. Com efeito, em julgado dessa sentença.
uma denúncia anônima não é suficiente para que o juiz Segundo o STF, “viola o princípio constitu cional da
determine a interceptação telefônica; caso ele o faça, a presunção d e inocência, previsto no a rt. 5º, LXVII, da CF, a
prova obtida a partir desse procedimento será ilícita. exclusão de candidato de con curso público que responde a
3) São ilícitas as provas obtidas mediante gravação inquérito ou ação penal sem trânsito em julgado da
de conversa informal do indiciado com policiais , por sentença condenató ria”. Ora, se ainda não houve o trânsito
constituir-se tal prática em “interrogatório sub-reptício”, em julgado da sentença penal, o indivíduo não pode ser
realizado sem as formalidades legais do interrogatório no considerado culpado. Ao exclui-lo do concurso, a
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 204
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
Administração Pública agiu como se ele assim devesse ser LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela
considerado, o que viola a presunção de inocência. mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com
ou sem fiança;
LVIII - o civilmente identificado não será
submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses O direito à liberdade é uma regra prevista na
previstas em lei; Constituição, que somente em situações excepcionais e
taxativas poderá ser violada. O inciso LXI do art. 5º da
Tem-se, aqui, norma constitucional de eficácia Constituição traz as hipóteses em que é possível a prisão:
contida: na falta de lei dispondo sobre os casos de a) em flagrante delito. Nesse caso, não haverá
identificação criminal excepcional, esta jamais seria exigível. necessidade de ordem judicial. Nos termos do Código de
O que é identificação civil? É a regra: carteira de Processo Penal, qualquer do povo poderá e as autoridades
identidade, de motorista, de trabalho... E a criminal? É a policiais e seus agentes deverão prender quem quer que
impressão digital (processo datiloscópico) e a fotográfica. seja encontrado em flagrante delito.
Aposto que você se lembrou daquelas cenas de filmes, em b) em caso de transgressão militar ou crime
que o preso é fotografado de frente e de perfil pela polícia, propriamente militar, definidos em lei. Nesse caso, também
né? é dispensada ordem judicial.
Assim, lei pode prever, excepcionalmente, c) por ordem de juiz, escrita e fundamentada. A
hipóteses de identificação criminal mesmo quando o decisão judicial é necessária para a decretação de prisão
indivíduo já foi identificado civilmente. É o caso da Lei nº cautelar ou para a denegação de l iberdade provisória.
9.034/1995, de combate ao crime organizado, por exemplo.
A prisão, por tudo o que já comentamos, tem
LIX - será admitida ação privada nos crimes de natureza excepcional. Nesse sentido, o inciso LXVI dispõe
ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; que se a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem
fiança, ninguém será levado à prisão ou nela mantido. Isso
Como você sabe, em regra, é o Ministério Público porque o direito à liberdade é um dos direitos humanos
que provoca o Poder Judiciário nas ações penais públicas, mais básicos e importantes.
de cujo exercício é titular, com o fim de obter do Estado o
julgamento de uma pretensão punitiva. LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde
Entretanto, em alguns casos, o particular poderá se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
exercer essa prerrogativa, de maneira excepcional. Trata -se competente e à família do preso ou à pessoa por ele
dos casos de ação penal privada subsidiária da pública, indicada;
quando esta não é intentada no prazo legal. Nesse tipo de
ação, a titularidade da persecução criminal era, LXIII - o preso será infor mado de seus direitos,
inicialmente, do Ministério Público. Entretanto, diante da entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
omissão deste, ela passou para o particular. assegurada a assistência da família e de advogado;
Destaca-se, todavia, que não é possível ação penal LXIV - o preso tem direito à identificação dos
privada subsidiária da pública quando o Ministério Público responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório
solicitou ao juiz o arquivamento do inquérito policial por policial;
falta de provas. Isso porque, nesse caso, não se caracteriza
inércia do Ministério Público. LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada
pela autoridade judiciária;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos
atos processuais quando a defesa da intimidade ou o Esses dispositivos enunciam os direitos do preso,
interesse social o exigirem; que lhe devem ser garantidos imediatamente quando de
sua prisão.
A compreensão desse inciso é bastante simples. A Nos termos do inciso LXII, a prisão de qualquer
regra é a publicidade dos atos processuais. A exceção é a pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
restrição a essa publicidade, que só poderá ser feita por lei imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à
e em 2 (duas hipóteses): defesa da intimidade ou interesse pessoa por ele indicada. O objetivo é assegurar-lhe a
social. assistência familiar e per mitir que o juiz analise a legalidade
da prisão, relaxando-a se tiver sido ilegal. Destaque-se que
LXI - ninguém será preso senão em flagrante não ocorrerá descumprimento do art. 5º, LXII, se o preso,
delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade voluntariamente, não indica pessoa a ser comunicada de
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão sua prisão.
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; O inciso LXIII, por sua vez, consagra o direito ao
silêncio (direito à não autoincriminação), que se baseia na
lógica de que ninguém pode ser obrigado a produzir provas
contra si mesmo (“nemo tenetur se deteg ere”). O preso
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 205 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
deverá ser informado sobre seu direito de permanecer em inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário
silêncio, assim como do fato de que o exercício desse direito infiel;
não irá trazer-lhe nenhum prejuízo. Em outras palavras, o
silêncio do réu no interrogatório não pode ser interpretado A partir deste artigo, de “memorização”
como se fosse uma confissão da prática do crime. obrigatória para sua prova, pode-se concluir que:
O direito ao silêncio está presente quando o a) Em regra, não há prisão civil por dívidas.
indiciado ou acusado presta depoimento ao Poder b) Aquele que não paga pensão alimentícia só
Judiciário, ao Poder Executivo ou ao Poder Legislativo (no pode ser preso se deixar de pagar porque quer
âmbito de CPI, por exemplo). Segundo o STF, o preso deve (inadimplemento voluntário) e sem justificativa plausível
ser informado de seu direito ao silêncio, sob pena de (inadimplemento inescusável).
nulidade absoluta de seu interrogatório. c) Se levarmos em conta apenas o texto da
Importa destacar, ainda que, para o Supremo Constituição, iremos concluir que o depositário infiel
Tribunal Federal, o direito de p ermanecer em silêncio também pode ser preso. No entanto, o entendimento atual
insere-se no alcance concreto da cláusula constitucional do do STF é o de que a única prisão civil por dívida admi tida no
devido processo legal. Nesse direito ao silêncio, está ordenamento jurídico brasileiro é a resultante do
incluída, implicitamente, a prerrogativa processual de o inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação
acusado negar, ainda que falsamente, perante a autoridade alimentícia.
policial ou judiciária, a prática da infração penal. Essa
garantia conferida ao acusado, entretanto, não lhe permite Vamos explicar o porquê disso, começando com o
mentir indiscriminadamente. Não pode ele, com base nesse conceito de “depositário infiel”.
direito, criar situações que comprometam terceiros ou O conceito não é cobrado em prova, mas fica bem
gerem obstáculos à apuração dos fatos, impedindo que a mais fácil entender o espírito da norma quando este é
Justiça apure a verdade. explicado. O depositário é a pessoa a quem uma autoridade
O inciso LXIV, por sua vez, garante ao preso o entrega um bem em depósito. Essa pessoa assume a
direito de conhec er a identidade dos responsáveis por sua obrigação de conservar aquele bem com diligência e de
prisão ou por seu interrogatório policial. O objetivo é evitar restituí-lo assim que a autoridade o exigir. Quando assim
arbitrariedades da autoridade policial e de seus agentes não procede, é chamada depositário infiel. A infidelidade,
que, uma vez tendo sido identificadas pelo preso, poderão portanto, é um delito. É o caso de uma pessoa que teve
ser responsabilizadas, a posteriori, no caso de ilegalidades mercadoria apreendida pela Receita Federal, mas que
ou abuso de poder. recebe do Auditor-Fiscal autorização para guardá-la, por
Já o inciso LXV determina que a prisão ilegal será falta de espaço no depósito da unidade aduaneira, por
imediatamente relaxada pela autoridade judiciári a. O exemplo. Caso o bem não seja entregue assim que
relaxamento da prisão é, portanto, um ato por meio do qual requerido, o depositário torna-se infiel.
o juiz torna sem efeito a restrição de liberdade. Trata -se, Pela literalidade da Constituição, o depositário
como se pode verificar, de uma proteção aos indivíduos infiel pode ser preso. De qualquer forma, trata -se de
contra prisões ilegais ou arbitrárias. autorização (e não imposição) constitucional. Há
Um entendimento importante do STF, relacionado necessidade de uma norma infraconstitucional que ordene
ao respeito dos direitos do preso, é a Súmula Vinculante nº a prisão. Com efeito, a Constituição apenas autoriza a
11, que trata do uso de algemas. prisão; quem deve deter minar a prisão do depositário infiel
“Só é lícito o uso de algemas em caso de é uma lei (norma infraconstitucional).
resistência e de fundado receio de fuga ou de p erigo à Já com isso em mente, precisamos saber que o
integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou Brasil é signatário da Convenção Americana de Direitos
de terceiros, justificada a excepcionalidade po r escrito, sob Humanos (Pacto de San Jose da Costa Rica), que somente
pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente permite a prisão civil por não pagamento de obrigação
ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato alimentícia. Segundo o STF, esse tratado, por ser de direitos
processual a que se refere sem prejuízo da responsabilidade humanos, tem “status” supralegal, ou seja, está abaixo da
civil do Estado.” Constituição e acima de todas as leis na hierarquia das
Com a edição da Súmula Vinculante nº 11, a normas. Assim, ele não se sobrepõe à Constituição, ou seja,
utilização de algemas somente pode ser utilizada em casos permanece válida a autorização constitucional para que o
excepcionais (resistência, fundado receio de fuga ou perigo depositário infiel seja preso.
à integridade física), justificados por escrito. A No entanto, a Convenção Americana de Direitos
desobediência a essa regra implicará em responsabilidade Humanos suspendeu toda a eficácia da legislação
do agente ou da autoridade, bem como na nulidade da infraconstitucional que regia a prisão do depositário infiel.
prisão. Segundo o STF, o Pacto de San José da Costa Rica produziu
um “efeito paralisante” sobre toda a legislação
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a infraconstitucional que determinava a prisão do depositário
do responsável pelo inadimplemento voluntário e infiel.
Dessa forma, não houve revogação do texto alegadamente, a constrangimento em sua liberdade de
constitucional. A Constituição continua autorizando a prisão locomoção.
do depositário infiel; no entanto, a legislação Não pode o “habeas co rpus”, contudo, ser
infraconstitucional está impedida de ordenar essa impetrado em favor de pessoa jurídica. Somente as pessoas
modalidade de prisão, em razão da Convenção Americana físicas (os seres humanos) podem ser pacientes de “habeas
de Direitos Humanos, cuja hierarquia é de norma corpus”. Já viu pessoa jurídica (“empresa”) se
supralegal. locomovendo? Ou, ainda, é possível que pessoa jurídica
Para sanar qualquer dúvida sobre o tema, o STF seja condenada à prisão? Não, né? Por isso mesmo, o
editou a Súmula Vinculante nº 25: É ilícita a prisão civil do “habeas corpus” só pode ser impetrado a favor de pessoa
depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de natural, jamais de pessoa jurídica. Guarde bem isso! Pessoa
depósito. jurídica pode impetrar habeas corpus, mas sempre a favor
Para finalizar, quero que vocês se lembrem, ainda, de pessoa física.
de que os tratados sobre direitos humanos também podem Não há necessidade de advogado para impetração
ter “status” de emenda constitucional, desde que de “habeas co rpus”, bem como para interposição de
aprovados obedecendo ao rito próprio dessa espécie recurso ordinário contra decisão proferida em “habeas
normativa. Assim, necessitam ser aprovados em cada Casa corpus”. A doutrina considera, por isso, que o “habeas
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos corpus” é uma verdadeira ação penal popular.
dos votos dos respectivos membros. Essa previsão está no No que se refere à legitimidade passiva no “habeas
art. 5º, § 3º da CF/88, incluído à Constituição pela EC 45/04. corpus”, tem-se que este se dirige contra a autoridade
coatora, seja ela de caráter público ou um particular. Por
LXVIII - conceder-se-á "habeas corpus" sempre autoridade coatora entende-se aquela que determinou a
que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofr er prisão ou a restrição da locomoção do paciente, ou seja, da
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por pessoa que sofreu a lesão ou ameaça de lesão. Um exemplo
ilegalidade ou abuso de poder; típico de “habeas corpus” contra particular é aquele
impetrado contra hospi tais, que negam a liberação de seus
O “habeas corpus” é uma garantia fundamental. pacientes, caso estes não paguem suas despesas.
Trata-se de uma forma específica de garantia, a que a Pela importância do direito que busca responder
doutrina chama “remédio constitucional”. (liberdade de locomoção), o habeas corpus é ação de
O remédio constitucional é um meio que a procedimento especial (rito sumário), sendo decidida de
Constituição dá ao indivíduo de proteger seus direitos maneira bem célere. Mesmo assim, pode haver medida
contra a ilegalidade ou abuso de poder cometido pelo liminar em “habeas co rpus”, desde que presentes seus
Estado. Ao contrário da maioria das garantias, não é uma pressupostos (fumus boni iuris e periculu m in mora). O que
proibição ao Estado, mas um instrumento a favor do é liminar?”
indivíduo. A liminar é uma ordem judicial proferida pronta,
Bem, voltando ao “habeas corpus”, temos que ele sumaria (rito breve) e precariamente (não é definitiva). Visa
é remédio constitucional que protege o direito de a proteger direito que esteja sendo discutido em outra
locomoção. Sua finalidade é, por meio de ordem judicial, ação, e que, sem a liminar, poderia sofrer danos de difíceis
fazer cessar a ameaça ou coação à liberdade de locomoção reparações, devido à demora na prestação jurisdicional. A
do indivíduo. liminar, portanto, tem dois pressupostos:
O “habeas corpus” tem natureza penal, a) O “fumus boni ju ris”, ou “fumaça do bom
procedimento especial (é de decisão mais rápida: rito direito”, que significa que o pedido deve ter plausibilidade
sumário), é isento de custas (gratuito) e pode ser repressivo jurídica;
(liberatório) ou preventivo (salvo-conduto). Se repressivo, b) O “periculum in mora ” (risco da demora), que
busca devolver ao indivíduo a liberdade de locomoção que significa que deve haver possibilidade de dano irreparável
já perdeu (sendo preso, por exemplo); quando preventivo, ou de difícil reparação se houver demora na prestação
resguarda o indivíduo quando a perda dessa liberdade é jurisdicional.
apenas uma ameaça. Há, ainda, o “habeas co rpus”
suspensivo, utilizado quando a prisão já foi decretada, mas Outra coisa importante: é cabível “habeas corpus”
o mandado de prisão ainda está pendente de cumprimento. mesmo quando a ofensa ao direito de locomoção é indireta,
Pode o “habeas corpus” ser impetrado por ou seja, quando do ato impugnado possa resultar
qualquer pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira, procedimento que, ao final, termine em detenção ou
ou, ainda, pelo Ministério Público. Todos esses são, reclusão da pessoa. É o caso do uso desse instrumento para
portanto, sujeitos ativos do “habeas corpus”. Trata-se de proteger o indivíduo contra quebra de sigilo bancário que
uma ação com legitimidade universal, que pode, inclusive, possa levar à sua prisão em um processo criminal, por
ser concedida de ofício pelo próprio juiz. Tamanho é seu exemplo. Esse é o entendimento do STF. Entretanto, caso a
caráter universal que o “habeas co rpus” prescinde, até quebra do sigilo fiscal se desse em um processo
mesmo, da outorga de mandato judicial que autorize o administrativo, não caberia “habeas corpus”. Isso porque
impetrante a agir em favor de quem estaria sujeito, esse tipo de processo jamais leva à restrição de liberdade. O
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 207 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
remédio constitucional adequado, nesse caso, seria o exordial (petição inicial do processo). Não importa se a
mandado de segurança. questão jurídica é difícil, complexa ou controvertida. Nesse
Resta, ainda, destacar que o “habeas corpus” pode sentido, dispõe a Súmula 625 do STF que “controvérsia
ser concedido de ofício pelo juiz, ou seja, por sua iniciativa, sobre matéria de direito não impede concessão de
sem provocação de terceiros. Isso ocorrerá quando, no mandado de segurança”. O que se exige é que o fato esteja
curso do processo, a autoridade judiciária verificar que claro, pois o direito será certo se o fato a ele
alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal. correspondente também o for.
Destaca-se, ainda, que em caso de estado de É importante frisar que o mandado de segurança é
defesa (art. 136, CF) ou estado de sítio (art. 139, CF), o cabível tanto contra atos discricionários quanto contra
âmbito do “habeas corpus” poderá ser restringido. vinculados. Reza a Constituição que os indivíduos utilizam o
Contudo, jamais poderá ser suprimido. mandado de segurança para se defenderem tanto da
ilegalidade quanto do abuso de poder. Por ilegalidade,
LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para entende-se a situação em que a autoridade coatora não age
proteger direito líquido e certo, não amparado por em conformidade com a lei.
“habeas corpus” ou habeas data, quando o responsável Trata-se de vício próprio dos atos vinculados. Por
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública abuso de poder, por outro lado, entende-se a situação em
ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do que a autoridade age fora dos limites de sua competência.
Poder Público; Trata-se de vício próprio dos atos discricionários. Assim, a
Constituição, de acordo com a doutrina, ao se referir à
O mandado de segurança é ação judicial, de rito ilegalidade como hipótese de cabimento de mandado de
sumário especial, própria para proteger direito líquido e segurança, reporta-se aos atos vinculados, e ao se referir ao
certo de pessoa física ou jurídica, não protegido por abuso de poder, reporta-se aos discricionários.
“habeas co rpus” ou “habeas data ”, que tenha sido violado No que diz respeito à legitimidade ativa, podem
por ato de autoridade ou de agente de pessoa privada no impetrar mandado de segurança:
exercício de atribuição do Poder Público. a) Todas as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais
Quando se fala que o mandado de segurança ou estrangeiras, domiciliadas ou não no Brasil;
protege direito líquido e certo “não amparado por “habeas b) As universalidades (que não chegam a ser
corpus” ou habeas data”, deter mina-se que este tem caráter pessoas jurídicas) reconhecidas por lei como detentoras de
residual. Assim, essa ação judicial só é cabível na falta de capacidade processual para a defesa de seus direitos, como
outro remédio constitucional para proteger o direito a massa falida e o espólio, por exemplo;
violado. Como exemplo, o mandado de segurança é o c) Alguns órgãos públicos (órgãos de grau
remédio constitucional apto a proteger o direito de reunião superior), na defesa de suas prerrogativas e atribuições;
caso haja lesão ou ameaça de lesão a esse direito por d) O Ministério Público.
alguma ilegalidade ou arbitrariedade por parte do Poder
Público. Há um prazo para a impetração do mandado de
Outra característica importante é que o mandado segurança: 120 (cento e vinte) dias a partir da data em que
de segurança tem natureza civil, e é cabível contra o o interessado tiver conhecimento oficial do ato a ser
chamado “ato de autoridade”, ou seja, contra ações ou impugnado (publicação desse ato na imprensa oficial, por
omissões do Poder Público e de particulares no exercício de exemplo). Segundo o STF, ess e prazo é decadencial (perde-
função pública (como o diretor de uma universidade se o direito ao mandado de segurança depois desse tempo),
particular, por exemplo). não passível de suspensão ou interrupção. Também
Destaque-se que, mesmo sendo ação de natureza segundo a Corte Suprema, é constitucional lei que fixe o
civil, o mandado de segurança poderá ser usado em prazo de decadência para a impetração de mandado de
processos penais. Assim, a violação de direito líquido e segurança (Súmula 632 do STF).
certo não protegido por “habeas corpus” ou “habeas data” E se eu perder o prazo? Bem, nesse caso, você até
dará ensejo à utilização do mandado de segurança. poderá proteger seu direito, mas com outra ação, de rito
Direito líquido e certo, segundo a doutrina, é ordinário, normal. Jamais por mandado de segurança!
aquele evidente de imediato, que não precisa de Uma vez concedida a segurança (deferido, “aceito”
comprovação futura para ser reconhecido. A existência o pedido), a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao
desse direito é impossível de ser negada. Por esse motivo, duplo grau de jurisdição (reexame necessário). Significa
não há dilação probatória (prazo para produção de provas) dizer que, uma vez tendo sido concedida a segurança pelo
no mandado de segurança. As provas, geralmente juiz de primeira instância, ela necessariamente deverá ser
documentais, são levadas ao processo no momento da reexaminada pela instância superior. Destaque-se, todavia,
impetração da ação, ou seja, quando se requer a tutela que a sentença de primeiro grau (primeira instância) pode
jurisdicional. São provas pré-constituídas. ser executada provisoriamente, não havendo necessidade
De acordo com a jurisprudência do STF, o conceito de se aguardar o reexame necessário.
de direito líquido e certo está mesmo relacionado à prova Pode haver liminar em mandado de segurança?
pré-constituída, a fatos comprovados documentalmente na
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 208
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
Presentes os requisitos (fumus boni iuris e Corte, “ao Estado-membro não se outorgou legitima ção
periculu m in mora), é possível liminar em mandado de extraordinária para a d efesa, contra ato d e autoridade
segurança. Entretanto, há exceções, para as quais mesmo federal no exercício de co mpetên cia p rivativa da União, seja
existindo esses requisitos, a lei não admite liminar em para a tutela d e interesses difuso s de sua população – que é
mandado de segurança: restrito aos enumerados na lei da ação civil pública (Lei
a) A compensação de créditos tributários; 7.347/1985) –, seja para a impetração de mandado de
b) A entrega de mercadorias e bens provenientes segurança coletivo, que é objeto da enu meração taxativa do
do exterior; art. 5º, LXX, da Constituição. Além de não se poder extrair
c) A reclassificação ou equiparação de servidores mediante construção ou ra ciocínio analógicos, a alegada
públicos e a concessão de aumento ou a extensão de legitima ção extrao rdinária não se explicaria no caso,
vantagens ou pagamento de qualquer natureza. porque, na estru tura do federalismo, o Estado-membro não
é órgão de gestão, nem de representa ção dos interesses de
“Por que a lei faz isso? sua população, na órbita da competência priva tiva da
Ora, trata-se de matérias muito importantes, que União”.
não podem ser decididas precariamente por medida Não cabe mandado de segurança coletivo para
liminar. Na compensação de créditos tributários, por proteger direitos difusos. Isso porque essa ação tem caráter
exemplo, a União (ou outro ente federado) “perdoa” um residual, e os direitos difusos já são amparados por outros
débito do contribuinte utilizando um crédito que ele tenha instrumentos processuais, como, por exemplo, a ação civil
com ela. Exemplo: um contribuinte deve imposto de renda, pública. Além disso, seu caráter sumário exige prova
mas tem um crédito de COFINS. Ele usa, então, esse crédito documental, algo que os direitos difusos não apresentam
para “quitar” a dívida, o famoso “elas por elas”. de forma incontroversa. Com isso, encontram-se obstáculos
Pense bem, caro (a) aluno (a). Voc ê acha que para comprovar sua fluidez e certeza.
perdão de débito tributário é matéria a ser discutida Lembra-se quando falamos de substituição
precariamente? É claro que não! Por isso a lei protege essa processual? No mandado de segurança coletivo, aplica -se
matéria ao impedir que seja tratada por medida liminar em esse instituto. O interesse invocado pertence a uma
mandado de segurança. categoria, mas quem é parte do processo é o impetrante
O mesmo ocorre com a entrega de mercadorias ou (partido político, por exemplo), que não precisa de
bens provenientes do exterior. Eles são a maior garantia que autorização expressa dos titulares do direito para agir.
a Receita Federal tem de que o contribuinte pagará seus É importante destacar que o STF entende que os
tributos aduaneiros. Por isso, não podem ser entregues direitos defendidos pelas entidades da alínea “b” não
precariamente, por medida liminar. Além do mais, o risco precisam se referir a TODOS os seus membros. Podem ser o
de se entregar uma mercadoria que cause prejuízo à direito de apenas parte deles (exemplo, quando o sindicato
sociedade é muito maior que o de se prejudicar alguma defende direito referente à aposentadoria, que beneficia
empresa pela retenção indevida de seus bens importados. apenas seus filiados inativos).
Essas são as razões pelas quais a lei resguarda decisão tão Outro importante entendimento da Corte Suprema
importante contra medida liminar em mandado de é o de que o partido político não está autorizado a valer -se
segurança: há interesses muito grandes envolvidos. do mandado de segurança coletivo para, substituindo todos
os cidadãos na defesa de interesses individuais, impugnar
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser majoração de tributo. Isso porque, para o STF, uma
impetrado por: exigência tributária configura interesse de grupo ou classe
a) partido político com representação no de pessoas, só podendo ser impugnada por eles próprios,
Congresso Nacional; de forma individual ou coletiva.
b) organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída e em funcionamento há LXXI - conceder-se-á mandado de in junção
pelo menos um ano, em defesa dos inter esses de seus sempre que a falta de norma regulamentadora torne
membros ou associados; inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à
O mandado de segurança coletivo serve para nacionalidade, à soberania e à cidadania;
proteger direitos coletivos e individuais homogêneos contra
ato, omissão ou abuso de poder por parte de autoridade. O mandado de injunção é um remédio
Só quem pode impetrá-lo (legitimados ativos) são essas constitu cional disponível para qualquer pessoa prejudicada
pessoas previstas nas alíneas “a” e b”. Destaca-se que a pela falta de norma regulamentadora que inviabilize o
exigência de um ano de constituição e funcionamento da exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
alínea “b” aplica-se apenas às associações, jamais às prerrogativas inerentes à nacionalidade, soberania e
entidades sindicais e de classe. cidadania. Isso visa garantir que a Constituição não se
Nesse sentido, entende o STF que nem mesmo os tornará “letra morta”, evitando a omissão do legislador
entes da federação podem impetrar mandado de segurança infraconstitucional.
coletivo, em favor dos interesses de sua população. Para a
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 209 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
O mandado de injunção é aplicável diante da falta c) O decurso de prazo razoável para elaboração da
de regulamentação de normas constitucional de eficácia norma regulamentadora (retardamento abusivo na
limitada. A título de recordação, normas de eficácia limitada regulamentação legislativa).
são aquelas que dependem de r egulamentação para
produzirem todos os seus efeitos. Segundo o STF, “o direito E quando é que descabe mandado de injunção?
individual à atividade legislativa do Estado apenas se Segundo a jurisprudência do STF, nas seguintes situações:
evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o a) Não cabe mandado de injunção se já houver
desempenho da função de legislar refletir, por efeito de norma regulamentadora do direito constitucional, mesmo
exclusiva determinação constitucional, uma obriga ção que esta seja defeituosa.
jurídica indeclinável imposta ao Poder Público”. Em outras Ora, se já existe norma regulamentadora, não faz
palavras, o direito à legislação (que é um direito individual a sentido falar-se em mandado de injunção, que tem como
ser resguardado por mandado de injunção) somente será pressuposto a ausência de regulamentação de norma
cabível diante de normas de eficácia limitada de caráter constitucional.
impositivo. b) Não cabe mandado de injunção se faltar norma
Destaca-se que o mandado de injunção, segundo o regulamentadora de direito infraconstitucional.
STF, é cabível não só para omissões de caráter absoluto ou O mandado de injunção somente repara falta de
total como também para as omissões de caráter parcial. regulamentação de direito previsto na Constituição Feder al.
Isso porque a omissão inconstitucional, ainda que parcial, A ausência de regulamentação de uma lei não dá ensejo à
ou seja, derivada da insuficiente concretização, pelo Poder utilização do mandado de injunção.
Público, do conteúdo material da norma constitucional, c) Não cabe mandado de injunção diante da falta
deve ser repelida, pois a inércia do Estado é um processo de regulamentação de medida provisória ainda não
informal de mudança da Constituição. Mesmo não convertida em lei pelo Congresso Nacional.
alterando a letra da Constituição, o legislador O mandado de injunção tem como um de seus
infraconstitucional modifica-lhe o alcance, ao paralisar sua pressupostos a ausência de regulamentação de direito
aplicação. Essa paralisação, não desejada nem prevista pelo constitucional.
constituinte, é inconstitucional. d) Não cabe mandado de injunção se não houver
Qualquer pessoa, física ou jurídica, que se veja obrigatoriedade de regulamentação do direito
impossibilitada de exercer direito constitucional por falta de constitucional, mas mera faculdade.
norma regulamentadora é legitimada a propor mandado de Nesse caso, o legislador tem liberdade para
injunção. Essa é, afinal, uma das diferenças entre o regulamentar ou não a norma constitucional.
mandado de injunção e a ação direta de
inconstitucionalidade por omissão. Segundo o STF, não é cabível medida liminar em
Apesar de, ao contrário do que acontece com o mandado de injunção. Isso porque o Poder Judiciário jamais
mandado de segurança, a Constituição não mencionar o poderia resolver liminarmente o caso concreto, agindo
mandado de injunção coletivo, o STF entende que este é como poder legislativo, a fim de evitar o prejuízo oriundo da
cabível, podendo ser impetrado pelos mesmos legitimados demora da decisão (“periculu m in mo ra”), um dos
do mandado de segurança coletivo: pressupostos da liminar. O mandado de injunção se destina
a) Partido político com representação no ao reconhecimento, ou não, pelo Poder Judiciário, da
Congresso Nacional; demora da elaboração da norma regulamentadora do
b) Organização sindical ou entidade de classe; direito constitucional.
c) Associação legalmente constituída e em Um dos aspectos mais relevantes sobre o mandado
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos de injunção é entender qual a eficácia da decisão. No que
interesses de seus membros ou associados. se refere ao tema, há duas teses jurídicas relevantes a
serem consideradas: a não concretista e a concretista.
Um tópico muito importante: o mandado de A corrente não concretista entende que cabe ao
injunção não é gratuito, sendo necessária a assistência de Poder Judiciário apenas reconhecer a inércia do Poder
advogado para sua impetração. Público e dar ciência de sua decisão ao órgão competente
O mandado de injunção visa a solucionar um caso para que este edite a norma regulamentadora. Não pode, o
concreto. São, portanto, três pressupostos para o seu Judiciário, suprir a lacuna, assegurar ao lesado o exercício
cabimento: de seu direito e tampouco obrigar o Poder Legislativo a
a) Falta de norma que regulamente uma norma legislar. Essa posição era a seguida pelo STF até
constitucional programática propriamente dita ou que recentemente, com a mudança de sua composição. Hoje,
defina princípios institutivos ou organizativos de natureza essa Corte adota a corrente concretista, que estudaremos a
impositiva; seguir.
b) Nexo de causalidade entre a omissão do Já corrente concretista determina que sempre que
legislador e a impossibilidade de exercício de um direito ou estiverem presentes os requisitos exigidos
liberdade constitucional ou prerrogativa inerente à constitucionalmente para o mandado de injunção, o
nacionalidade, à soberania e à cidadania;
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 210
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
Judiciário deverá não só reconhecer a omissão legislativa, condição é que sejam detentoras de banco de dados de
mas também possibilitar a efetiva concretização do direito. caráter público. Isso se deve ao fato de que s informações
O STF tem, atualmente, adotado a posição pessoais do impetrante às quais se busca ter acesso
concretista, cumprindo, muitas vezes, o papel do legislador constam de registro ou banco de dados de caráter público.
omisso, com o objetivo de dar exequibilidade às normas O “habeas data” não pode ser usado para que se tenha
constitucionais. Exemplo disso é que, ao analisar mandados acesso a banco de dados de caráter privado.
de injunção referentes à falta de norma regulamentadora O “habeas data”, para que seja impetrado, exige a
do direito de greve dos servidores públicos civis (art. 37, VII, comprovação da negativa da autoridade administrativa de
CF), a Corte não só declarou a omissão do legislador quanto garantir o acesso aos dados relativos ao impetrante. Trata -
determinou a aplicação temporária ao servidor público, no se de uma hipótese de “jurisdição condicionada”, prevista
que couber, da lei de greve aplicável ao setor privado (Lei no ordenamento jurídico nacional.
no 7.783/1989) até que aquela norma seja editada (MI Sobre isso, destaca-se a posição do STF de que o
712/PA). acesso ao “habeas data” pressupõe, dentre outras
O STF já chegou até mesmo a editar Súmula condições de admissibilidade, a existência do interesse de
Vinculante para combater omissão legislativa. Foi o que agir. Ausente o interesse de agir, torna -se inviável o
ocorreu em relação à concessão de aposentadoria especial exercício desse remédio constitucional. A prova do anterior
para servidores públicos. A CF/88 exige lei complementar indeferimento do pedido de informações de dados
para a definição de regras para a concessão de pessoais, ou da omissão em atendê-lo, constitui requisito
aposentadoria aos servidores “cujas atividades sejam indispensável à concretização do interesse de agir em sede
exercidas sob condiçõ es especiais que p rejudiquem a saúde de “habeas data”. Sem que se configure situação prévia de
ou a integridade física” (art. 40, § 4º, III). Como essa lei pretensão resistida, há carência da ação constitucional do
complementar ainda não foi editada, “pipocaram” “habeas data”.
mandados de injunção no STF. Para resolver o problema, o O “habeas data ” é, assim como o “habeas co rpus”,
STF editou a Súmula Vinculante nº 33, determinando o ação gratuita. No entanto, é imprescindível a assistência
seguinte: advocatícia para que essa ação seja impetrada (ao contrário
Súmula Vinculante nº 33 - Aplicam-se ao servidor do “habeas corpus”, que dispensa advogado). A impetração
público, no que couber, as regras do regime geral da de habeas data não se sujeita a decadência ou prescrição.
previdência so cial sobre aposentadoria especial de que Ademais, os processos de “habeas data” terão
trata o artigo 40, § 4º, in ciso III da Constituição Federal, até prioridade sobre todos os atos judiciais, exceto habeas
a edição de lei complementar específica. corpus e mandado de segurança. Guarde bem essa
informação!
LXXII - conceder-se-á "habeas-data": Por fim, vale destacar que o “habeas data” tem
a) para assegurar o conhecimento de informações caráter relativo, não podendo ser usado para acessar dados
relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros protegidos por sigilo, devido à segurança da sociedade e do
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de Estado. Quer um exemplo? O Judiciário não pode, por
caráter público; sentença judicial, permitir a uma pessoa acesso a certos
b) para a retificação de dados, quando não se dados dos sistemas da Receita Federal referentes a ela. Isso
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou porque o interesse da sociedade em garantir a fiscalização é
administrativo; muito maior que o interesse do particular.
O habeas data é remédio constitucional de
natureza civil e rito sumário, possuindo duas finalidades LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para
principais: propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
a) garantir acesso a informações relativas à pessoa patrimônio público ou de entidade de que o Estado
do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente
de entidades governamentais ou de caráter público; e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
b) retificação de dados, quando não se prefira fazê- comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. Essa é sucumbência;
uma segunda finalidade do “habeas data”, que muita gente
esquece em prova. O “habeas data” também pode ser O inciso LXXIII do art. 5º da Constituição traz mais
usado para retificar dados do impetrante, constantes de um remédio constitucional: a ação popular. Trata -se uma
banco de dados de caráter público. ação de natureza coletiva, que visa anular ato lesivo ao
patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio
O habeas data poderá ser ajuizado por qualquer ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. É, portanto,
pessoa, física ou jurídica, brasileira ou estrangeira. Trata -se uma forma de controle, pelos cidadãos, dos atos do Poder
de ação personalíssima, que jamais poderá ser usado para Público, por meio do Judiciário.
garantir acesso a informações de terceiros. “Quem pode impetrar essa ação?”
No polo passivo do “habeas data”, podem estar Boa pergunta! Este é a “pegadinha” mais famosa
pessoas de direito público ou privado. Quanto às últimas, a nos concursos, envolvendo a ação popular: só pode
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 211 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
impetrar a ação o cidadão, pessoa física no gozo de seus decorre da ilegalidade: basta esta para que se configure o
direitos civis e políticos. E a ação pode ser usada de maneira dano.
preventiva (quando impetrada antes da prática do ato lesivo Também é bastante cobrado em prova o
ao patrimônio público) ou repressiva (quando o dano já foi entendimento do STF de que não cabe ação popular contra
causado). ato de conteúdo jurisdicional, praticado por membro do
E quais os sujeitos passivos da ação popular, ou Poder Judiciário no desempenho de sua função típica
seja, quem pode sofrer a ação? (decisões judiciais). Isso porque a ação popular só incide
a)Todas as pessoas jurídicas em nome das quais o sobre a atuação administrativa do Poder Público. Assim,
ato ou contrato lesivo foi (ou seria) praticado; imagine que uma decisão judicial seja lesiva ao patrimônio
b) Todas as autoridades, os administradores e os público. Cabe ação popular contra esse ato? Não!!! Essa
servidores e empregados públicos que participaram do ato decisão deverá ser atacada por mei o de outro tipo de ação.
ou contrato lesivo, ou que se omitiram, permitindo a lesão; Não há foro por prerrogativa de função em ação
c) Todos os beneficiários diretos do ato ou contrato popular. Dessa forma, uma ação popular contra o
lesivo. Presidente da República ou contra um parlamentar
(deputado ou senador) será julgada na primeira instância (e
É importante destacarmos, também, o papel do não perante o STF!).
Ministério Público (MP) na ação popular. O MP pode atuar Quando uma sentença julgar improcedente ação
das seguintes formas: popular, ela estará sujeita, obrigatoriamente, ao duplo grau
a) Como parte pública autônoma, velando pela de jurisdição (reexame nec essário). Em outras palavras,
regularidade do processo e pela correta aplicação da lei, uma decisão judicial que nega provimento a ação popular
podendo opinar pela procedência ou improcedência da deverá ser reexaminada pela instância superior.
ação. Nesse caso, exerce o papel de fiscal da lei, ou “custos A improcedência de ação popular não gera para o
legis”. autor, salvo comprovada má fé, a obrigação de pagar custas
b) Como órgão ativador da produção de prova e judiciais e o ônus da sucumbência (pagamento dos
auxiliar do autor popular. Todavia, a função de auxiliar do honorários advocatícios da outra parte).
autor da ação popular não implica em uma atividade
secundária do Parquet. Ele não é um mero ajudante do LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica
autor da ação; ao contrário, possui uma atividade integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
autônoma. recursos;
Uma observação. Você percebeu que “Parquet” e
Ministério Público são sinônimos? Parquet é uma expressão Essa previsão constitucional visa garantir a todos o
francesa que designa o MP, em atenção ao pequeno acesso à Justiça. Em concursos, você deve ficar atento ao
estrado (parquet) onde ficam os agentes do MP quando de fato de que a assistência jurídica integral e gratuita só é
suas manifestações processuais. devida aos pobres, aos que comprovarem insuficiência de
c) Como substituto do autor. Aqui, tem-se a palavra recursos.
substituto empregada em sentido vulgar, como alguém que
age no caso da omissão de outrem. Ocorre quando o autor LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro
da ação popular (cidadão) ainda é parte no processo, mas é judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo
uma parte omissa. O Ministério Público, então, age em seu fixado na sentença;
lugar, cumprindo ônus processuais imputados ao autor, que Tem-se, nesse inciso, a previsão da
não os realizou. responsabilidade civil do Estado quanto à condenação por
d) Como sucessor do autor. Ocorre, em regra, erro judiciário ou à manutenção de uma pessoa presa por
quando o autor da ação desiste desta, quando, então, o mais tempo que o fixado na sentença judicial.
Ministério Público tem a faculdade de prosseguir com a Tudo bem, aluno (a)... Já vou dizer o que é
ação popular, quando houver interesse público. Nesse caso, responsabilidade civil. Trata-se de uma obrigação de
é vedado ao Ministério Público desistir da ação popular. Seu indenizar que surge a partir de um dano.. No c aso, a
poder de escolha refere-se ao impulso inicial (suceder ou responsabilidade do Estado é do tipo objetiva, pois
não o autor). Depois disso, não pode mais voltar atrás. independe de ter havido dolo ou culpa por parte dos
agentes públicos, cuja ação foi imputada ao Estado.
“Nossa! E se o cidadão nunca impetrar a ação Assim, quem sofreu condenação penal indevida
popular? O Ministério Público pode impetrá -la (por erro judiciário) ou ficou preso além do tempo
originariamente?” determinado pelo juiz (erro da Administração) tem direito a
NÃO! O Ministério Público não possui legitimidade indenização. É o que prevê o inciso acima.
para intentar a ação popular. Só o cidadão possui tal
prerrogativa. LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente
Outro tópico importante. Não se exige, para o pobres, na forma da lei:
cabimento da ação popular, a comprovação de efetivo dano a) o registro civil de nascimento;
material, pecuniário. O STF entende que a lesividade b) a certidão de óbito;
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 212
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
Desse comando constitucional, depreende-se que E os tratados sobre direitos hu manos que não são
as normas que definem direitos e garantias fundamentais aprovados por esse rito especial?
(não só aquelas do art. 5º da CF, mas também as constantes Como dissemos anteriormente, caro (a) aluno (a),
de outros artigos da Constituição) devem ser interpretadas o Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão recente
de modo a terem a maior eficácia poss ível, mesmo quando (2008), firmou entendimento de que esses tratados têm
ainda não regulamentadas pelo legislador ordinário. Isso hierarquia supralegal, situando-se abaixo da Constituição e
porque, como voc ê percebeu, vários direitos e garantias acima da legislação interna.
fundamentais estão previstos em normas de eficácia
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 213 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal sobre os direitos sociais. É o caso, por exemplo, do art. 194
Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado (que trata da seguridade social), art. 196 (direito à saúde) e
adesão. art. 205 (direito à educação)
“na medida do financeiramente possível”. A teoria da manipulação de sua a tividade financeira e/ou político-
reserva do possível serve, portanto, para administra tiva - cria r obstáculo artificial que revele o
determinar os limites em que o Estado deixa de ser ilegítimo, arbitrá rio e censurável propósito de fraudar, de
obrigado a dar efetividade aos direitos sociais. frustrar e de inviabilizar o estabelecimento e a preserva ção,
Não é lícito ao Poder Público, todavia, em favor da pessoa e dos cidadãos, de condições materiais
simplesmente alegar que não possui recursos mínimas de existência.”
orçamentários; é fundamental que o Poder Público Por fim, vale destacar que os direitos sociais, por
demonstre objetivamente a inexistência de recursos estarem sujeitos à reserva do possível, possuem uma carga
públicos e a falta de previsão orçamentária da respectiva de eficácia menor do que os direitos de primeira geração.
despesa. Segundo a teoria da reserva do possível, a Isso porque os direitos sociais somente podem ser
efetivação dos direitos sociais encontra, portanto, dois concretizados com a execução eficiente de políticas
limites: a suficiência de recursos públicos e a previsão públicas; por outro lado, a concretização dos direitos de
orçamentária da respectiva despesa. defesa (direitos de 1ª geração) depende, essencialmente,
A formulação e execução de políticas públicas são de “obrigações de não fazer” do Estado.
tarefas que competem, primariamente, ao Poder Executivo
e ao Poder Legislativo. No entanto, segundo o STF, é Os direitos sociais e o mínimo existencial
possível que o Poder Judiciár io determine, em bases
excepcionais, a implementação, pelos órgãos Os direitos sociais, na condição de direitos
inadimplentes, de ações destinadas à concretização dos fundamentais, são indispensáveis para a realização da
direitos sociais. Pode-se dizer, portanto, que o controle dignidade da pessoa humana. O Estado, na sua tarefa de
judicial das políticas públicas pode ser realizado a fim de concretização desses direitos, deve garantir o mínimo
suprir a omissão dos órgãos estatais competentes, bem existencial. Considera-se mínimo existencial o grupo de
como para evitar a abusividade governamental. Assim, o prestações essenciais que se deve fornecer ao ser humano
Poder Judiciário poderá deter minar, por exemplo, que o para que ele tenha uma existência digna.
Estado conceda tratamento de câncer a um indivíduo. O princípio do mínimo existencial é compatível e
Vejamos trecho de julgado do STF: deve conviver com a cláusula da reserva do possível. O
“Embora resida, primaria mente, nos Poderes Estado, na busca da promoção do bem-estar do homem,
Legislativo e Executivo, a prerrogativa de fo rmula r e deve proteger os direitos individuais e, além disso, garantir
executar políticas públicas, revela-se possível, no entanto, condições materiais mínimas de existência aos indivíduos.
ao Poder Judiciá rio, determinar, ainda que em bases Assim, os gastos públicos devem ser voltados,
excepcionais, especialmente nas hipóteses de políticas prioritariamente, a garantir o mínimo existencial; uma vez
públicas definidas pela própria Constituição, sejam estas garantido o mínimo existencial, o Estado poderá discutir em
implementadas pelos órgãos estatais inadimplentes, cuja que outros projetos investir.
omissão (por impo rtar em descumprimento dos encargos Segundo o STF, o mínimo existencial é uma
político – jurídicos que sobre eles incid em em caráter limitação à cláusula da reserva do possível. Isso porque a
mandatório) mostra-se apta a compro meter a eficácia e a reserva do possível só poderá ser alegada pelo Poder
integridade de direitos sociais e culturais impregnados de Público como argumento para a não concretização de
estatura constitucional.” direitos sociais uma vez que tenha sido assegurado o
A atuação do Poder Judiciário na concretização dos mínimo existencial pelo Estado. Em outras palavras, a
direitos sociais não é ilimitada; ao contrário, encontra reserva do possível somente é invocável após a garantia,
limites na cláusula da reserva do possível. Assim, a cláusula pelo Est ado, do m ínimo existencial. A garantia do mínimo
da reserva do possível afasta a aptidão do Poder Judiciário existencial é uma obrigação inafastável do Estado, não
para intervir na efetivação de direitos sociais. No entanto, sujeita à reserva do possível.
para que esse limite à ação do Judiciário seja válido, é A visão que apresentamos a respeito da
necessário que se comprove objetivamente a ausência de concretização dos direitos sociais busca compatibilizar a
recursos orçamentários suficientes para a implementação “reserva do possível ” com o “mínimo existencial”. É essa a
da ação estatal. Nesse sentido, entende a Corte que: visão adotada pelo STF.
“(...) a realização dos direitos econô micos, sociais e Porém, há visões m ais radicais: uma delas, tende a
culturais - além de caracterizar-se pela gradualidade de seu conferir prevalência à reserva do possível ; outra, defende a
processo de concretização - depende, em grande medida, de primazia do mínimo existencial.
um inescapável vínculo financeiro subordinado às A primeira visão (de caráter liberal) entende que
possibilidades orçamentárias do Estado, de tal modo que, não caberia ao Poder Judiciário , sob pena de violação à
comprovada, objetivamente, a in capacidade econômico- separação dos poderes, intervir na execução de políticas
financeira da pessoa estatal, desta não se poderá públicas. Nesse sentido, há que se observar integralmente a
razoavelmente exigir, considerada a limitação material “reserva do possível ”.
referida, a imediata efetivação do comando fundado no A segunda visão (mais intervencionista) não
texto da Carta Política. Não se mostrará lícito, no entanto, considera a “reserva do possível” como um limitador para
ao Poder Público, em tal hipótese - mediante indevida a concretização dos direitos sociais. Sob essa ótica, os
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 215 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
direitos sociais não poderiam ser considerados normas de pela nova ordem constitucional. Pela regra da estabilidade
caráter meramente programático. decenal, o empregado que tivesse mais de 10 anos de
Essa linha de pensamento defende ferrenhamente empresa não poderia ser demitido, salvo em caso de falta
a judicialização das políticas públicas, com vistas a grave ou circunstância de força maior.
promover a máxima efetivação dos direitos sociais. Chega - Hoje, nem mesmo a despedida arbitrária ou sem
se até mesmo a argumentar que os direitos sociais, custa causa são proibidas. Elas poderão ocorrer, cabendo,
enquanto direitos fundamentais, teriam aplicação imediata, todavia, indenização. Destaque-se que o art. 10, do ADCT,
conforme o art. 5º, § 1º, CF/88. estabelece 2 (dois) casos de vedação absoluta à dispensa
arbitrária ou sem justa causa:
A vedação ao retrocesso a) Do empregado eleito para cargo de direção de
comissões internas de prevenção de acidentes (CIPA), desde
O princípio da vedação ao retrocesso busca evitar o registro de sua candidatura até um ano após o final de
que as conquistas sociais já alcançadas pelo cidadão sejam seu mandato;
desconstituídas. Baseado no princípio do não retrocesso b) Da empregada gestante, desde a confirmação
social, os direitos sociais, uma vez tendo sido previstos, da gravidez até cinco meses após o parto.
passam a constituir tanto uma garantia institucional quanto
um direito subjetivo. Isso limita o legislador e exige a II - seguro-desemprego, em caso de desemprego
realização de uma política condizente com esses direitos, involuntário;
sendo inconstitucionais quaisquer medidas estatais que,
sem a criação de outros esquemas alternativos ou Note que o seguro-desemprego só é devido no
compensatórios, anulem, revoguem ou aniquilem o seu caso de desemprego involuntário. As bancas examinadoras
núcleo essencial. adoram confundir os candidatos, falando em desemprego
“voluntário”, o que estará errado.
Os direitos sociais individuais dos trabalhadores
(art. 7º) III - fundo de garantia do tempo de serviço;
salariais”, que não se confundem com salário mínimo, e são uma categoria aceitar uma redução salarial (numa crise
resultantes de negociações coletivas de trabalho. econômica, por exemplo), que arcar com um grande
O salário mínimo não pode sofrer vinculação, ou aumento do desemprego.
seja, servir como indexador, para qualquer fim. É relevante
destacar que esse impedimento à vinculação do salário VII - garantia de salário, nunca inferior ao
mínimo tem como objetivo evitar que aumentos do seu mínimo, para os que percebem remuneração variável;
valor se propaguem para toda a economia, prejudicando o
poder aquisitivo. Há alguns trabalhadores que possuem
Para fecharmos esse tópico, é importante que você remuneração variável. Como exemplo, citamos um
saiba que o STF permite que os conscritos recebam funcionário de uma loja que recebe por comissão de suas
remuneração inferior ao salário mínimo. vendas. Em meses com alto volume de vendas, ele rec ebe
Veja o que dispõe a Súmula Vinculante no 06, que muito bem; porém, em um mês de vendas fracas, ele terá
poderá ser cobrada em sua prova: uma remuneração bastante reduzida. A Constituição
Súmula Vinculante nº 06: “Não viola a garante, entretanto, que esse trabalhador nunca receberá
Constituição o estabelecimento de remuneração inferio r ao uma remuneração inferior ao salário mínimo.
salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar
inicial”. VIII - décimo terceiro salário com base na
A justificativa para essa exceção é que a remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
Constituição Federal não estendeu aos militares a garantia
de remuneração não inferior ao salário mínimo, como o fez O décimo terceiro salário é o que se conhece por
para outras categorias de trabalhadores. O regime a que gratificação natalina.
submetem os militares não se confunde com aquele
aplicável aos servidores civis, visto que têm direitos, IX - r emuneração do trabalho noturno superior à
garantias, prerrogativas e impedimentos próprios. Isso do diurno;
porque os cidadãos que prestam serviço militar obrigatório
exercem um múnus público relaciona do com a defesa da Esse dispositivo garante aos trabalhadores a
soberania da pátria. Por isso mesmo, a obrigação do Estado percepção de adicional noturno. Destaque-se que o valor
quanto aos conscritos limita-se a fornecer-lhes as condições do adicional noturno não é definido pela Constituição
materiais para a adequada prestação do serviço militar Federal, mas sim pela legislação infraconstitucional.
obrigatório nas Forças Armadas. Atualmente, o adicional noturno é de 20% para o
trabalho em ambiente urbano e 25% em ambiente rural.
V - piso salarial proporcional à extensão e à É importante que você saiba que a previsão de
complexidade do trabalho; remuneração do trabalho noturno superior à do diurno é
devida inclusive para os empregados que trabalham em
O piso salarial é estabelecido por categoria de regime de revezamento. É o que dispõe a Súmula 213 do
trabalhadores e fixado mediante negociação coletiva de STF, segundo a qual:
trabalho. Na fixação do piso salarial, deve-se levar em “É devido o adicional de serviço notu rno, ainda que
consideração a extensão e a complexidade do trabalho. sujeito o empregado ao regime de revezamento.”
A irredutibilidade do salário guarda estreita A maior parte da população brasileira não possui
relação com o princípio da vedação ao retrocesso. Assim, poupança, dependendo do salário para sobreviver. O
em regra, o salário não poderá ser reduzido. A redução salário é, portanto, uma verba de natureza alimentar; em
salarial é hipótese excepcional, que somente razão disso é que constitui crime sua retenção dolosa por
ocorrerá mediante negociação coletiva de trabalho parte do empregador.
(convenção coletiva ou acordo coletivo).
Destaque-se que convenção coletiva e acordo XI - participação nos lucros, ou resultados,
coletivo são espécies do gênero “negociação coletiva de desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,
trabalho”. Convenção coletiva de trabalho é uma participação na gestão da empresa, conforme definido em
negociação entre o sindicato dos trabalhadores e o lei;
sindicato patronal. Já o acordo coletivo de trabalho, é uma
negociação entre o sindicato dos trabalhadores e uma Trata-se de norma de eficácia limitada,
empresa ou grupo de empresas. dependente de lei para produzir todos os seus efeitos. A
A negociação coletiva de trabalho pode, portanto, participação nos lucros é desvinculada da remuneração e é
flexibilizar a irredutibilidade salarial. Essa flexibilidade se uma forma de se estimular a produtividade do trabalhador.
deve ao fato de que, muitas vezes, é mais benéfico para
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 217 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
XII - salário-família pago em razão do dependente necessariamente 50% superior à do serviço normal estará
do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; errada.
A regra é a prestação de trabalho por até 8 horas XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em
diárias e 44 horas semanais. Normalmente, isso é feito lei;
mediante jornadas de 8 horas de segunda -feira a sexta-feira
e de 4 horas no sábado. É possível a compensação de A licença à gestante tem duração de 120 dias,
horários: um trabalhador que tenha um contrato de conforme definido pela Constituição. Durante esse período,
trabalho de 44 horas semanais e 8 horas diárias poderá, por a gestante fica licenciada, sem que perca seu emprego e
exemplo, trabalhador 2 horas a menos em um determinado remuneração. Assim, ela mantém seu vínculo de emprego
dia, compensando-as posteriormente. com a empresa e continua a receber sua remuneração.
Cabe destacar que, excepcionalmente, é possível A licença-paternidade, por sua vez, é benefício
haver redução da jornada de trabalho, mediante acordo ou que depende de regulamentação por lei: trata -se, portanto,
convenção coletiva. de norma de eficácia limitada.
Como essa lei não foi editada até hoje, está em
XIV - jornada de seis horas para o trabalho vigor o mandamento previsto no Ato das Disposições
realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo Constitucionais Transitórias (ADCT).
negociação coletiva; Segundo o art. 10, § 1º, do ADCT, "a té que lei
venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX da
O trabalho prestado em turnos ininterruptos de Constituição, o p razo da licença-paternidade a que se refere
revezamento é aquele em que há alternância de horários; o inciso é de cinco dias".
nesse regime de trabalho, os trabalhadores se revezam nos
postos de trabalho. Em um deter minado dia, trabalha à XX - proteção do mercado de trabalho da mulher,
noite; no outro, pela manhã; no outro, à tarde. mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
Nesse caso, devido ao grande desgaste para a
saúde do trabalhador, a Constituição prevê uma jornada de A proteção ao mercado de trabalho da mulher tem
seis horas. Note que esta poderá, excepcionalmente, ser como objetivo alcançar a igualdade material. Nesse
aumentada, em caso de negociação coletiva caso, almeja-se estabelecer a igualdade de gêneros. Trata-
se de mais uma norma de eficácia limitada.
XV - repouso semanal remunerado,
preferencialmente aos domingos; XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de
serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
Atente para a palavra preferencialmente. Não há
obrigação de concessão desse repouso no domingo: ele O aviso prévio se aplica aos contratos de trabalho
pode acontecer em qualquer outro dia da semana. por tempo indeter minado. É um instituto que tem como
objetivo permitir que o trabalhador tenha um tempo para
XVI - remuneração do serviço extraordinário buscar um novo emprego após tomar conhecimento da
superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; intenção do empregador de demiti -lo.
O aviso prévio deve ser proporcional ao tempo de
A remuneração do serviço extraordinário é o que serviço: quanto maior o tempo de serviço, maior será o
se conhece por hora extra. prazo do aviso prévio. Deve-se observar, contudo, que o
Note a expressão “no mínimo”! Uma questão de prazo mínimo do aviso prévio é de 30 dias.
concurso que disser que essa remuneração é
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 218
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
XXII - redução dos riscos iner entes ao trabalho, Trata-se de dispositivo que visa evitar que as
por meio de normas de saúde, higiene e segurança; inovações tecnológicas substituam o papel desempenhado
pelos trabalhadores, buscando garantir que não haja
A segurança e a saúde no trabalho sã o diminuição do número de postos de trabalho. É uma típica
considerados direitos essenciais dos trabalhadores. A norma de eficácia limitada, cuja concretização depende de
redução dos riscos inerentes ao trabalho é, portanto, uma lei regulamentadora.
face importante das políticas públicas em matéria
trabalhista. Esse dispositivo é que ampara a edição, pelo XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a
Ministério do Trabalho e Emprego, das chamadas NR’s cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este
(Normas Regulamentadoras). está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
As negociações coletivas de trabalho podem ser de XXXII - proibição de distinção entre trabalho
dois tipos: manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
a) convenções coletivas de trabalho (celebradas respectivos;
entre sindicato patronal e sindicato dos trabalhadores) e;
b) acordos coletivos de trabalho (celebrados entre Esses três dispositivos traduzem obrigações de
sindicato dos trabalhadores e uma empresa ou grupo de não-discriminação, de isonomia. O inciso XXX proíbe que
empresas). sejam estabelecidas diferença de salários, de ex ercício de
Destaque-se que as negociações coletivas de funções e de critério de admissão por motivo de sexo,
trabalho são consideradas fontes do direito do trabalho. idade, cor ou estado civil. O inciso XXXI impede que haja
discriminação no tocante a salário e critérios de admissão
XXVII - proteção em face da automação, na forma do trabalhador portador de deficiência. Por último, o inciso
da lei; XXXII veda a distinção entre trabalho m anual, técnico e
intelectual ou entre os profissionais respectivos.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 219 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
complementar, que preverá indenização compensatória, • Igualdade de direitos entre o trabal hador com
dentre outros direitos (direito assegurado após a EC no vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
72/2013).
s) Seguro-desemprego, em caso de desemprego Obviamente, alguns desses direitos não foram
involuntário (direito as segurado após a EC no previstos para o doméstico pelas próprias características do
72/2013). trabalho. Não faria sentido, por exemplo, prever uma
t) Fundo de garantia do tempo de serviço (direito “participação nos lucros”, já que não trabalham em uma
assegurado após a EC no 72/2013). pessoa jurídica.
u) Remuneração do trabalho noturno superior à do Apesar dessa aparente falta de isonomia, é
diurno (direito assegurado após a EC no 72/2013). importante que você atente para um detalhe: a
v) Salário-família pago em razão do dependente do Constituição Federal prevê, sim, a igualdade de direitos
trabalhador de baixa renda nos termos da lei entre domésticos e demais trabalhadores, urbanos e rurais.
(direito assegurado após a EC no 72/2013). Nos termos da PEC no 72/2013, diz-se que esta “altera a
w) Assistência gratuita aos filhos e dependentes redação do parág rafo único do a rt. 7º da Constituição
desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches Federal pa ra estabelecer a igualdade de direitos
e pré-escolas (direito assegurado após a EC no 72/2013). trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e os d emais
x) Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do trabalhadores urbanos e rurais”.
empregador, sem excluir a indenização a que este está
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa (direito Art. 8º É livre a associação profissional ou
assegurado após a EC no 72/2013). sindical, observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado
Outro ponto importante é que alguns dos direitos para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no
previstos pela EC nº 72/2013 precisam de regulamentação órgão competente, vedadas ao Poder Público a
para que possam ser usufruídos. interferência e a intervenção na organização sindical;
Em outras palavras, eles não puderam ser
usufruídos de imediato, assim que foi promulgada a EC nº A fundação de sindicato independe de autorização
72/2013. Foi necessária a regulamentação, que só ocorreu estatal (nem mesmo a lei poderá fazer tal exigência).
por meio da Lei Complementar nº 150/2015. Todavia, a fundação de sindicato necessita de registro em
Como poucos direitos listados nos incisos do art. órgão competente, ou seja, registro no Ministério do
7º da Constituição ficaram “de fora”, ou seja, poucos não Trabalho e Emprego. Des taque-se que é vedada a
foram atribuídos aos domésticos, acho interessante listá- interferência do Poder Público nos sindicatos (princípio da
los abaixo, para que você não caia em eventuais autonomia sindical).
“pegadinhas” de prova:
II - é vedada a criação de mais de uma
Direitos que não foram, atribuídos, pela CF/88, aos organização sindical, em qualquer grau, representativa de
domésticos. categoria profissional ou econômica, na mesma base
territorial, que será definida pelos trabalhadores ou
• Piso salarial proporcional à extensão e à empr egadores interessados, não podendo ser inferior à
complexidade do trabalho; área de um Município;
• Participação nos lucros, ou resultados,
desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, Esse dispositivo consagra o princípio da unicidade
participação na gestão da empresa, conforme definido em da organização sindical, que é um limitador da autonomia
lei; sindical. Segundo esse princípio, não podem coexistir mais
• Jornada de seis horas para o trabalho realizado de um sindicato da mesma categoria profissional
em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação (trabalhadores) ou econômica (empregadores) dentro de
coletiva; uma idêntica base territorial, que não poderá ser inferior à
• Proteção do mercado de trabalho da mulher, área de um Município. Como exemplo, só poderá haver um
mediante incentivos específicos, nos termos da lei ; Sindicato de professores no Município de Belo Horizonte.
• Adicional de remuneração para as atividades E em caso de existirem mais de um sindicato na
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; mesma base territorial?
• Proteção em face da automação, na forma da lei; Nesse caso, estaremos diante de um conflito, a ser
• Ação, quanto aos créditos resultantes das resolvido pela anterioridade, ou seja, a categoria será
relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos representada pela entidade que primeiro realizou seu
para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois registro no órgão competente. Percebe-se, aqui, que o
anos após a extinção do contrato de trabalho; registro do sindicato no Ministério do Trabalho e Emprego é
• Proibição de distinção entre trabalho manual, um instrumento essencial para que o Estado realize o
técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; controle da unicidade sindical.
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e se dá entre sindicato de trabalhadores e sindicato patronal;
interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive nos acordos coletivos, entre o sindicato de trabalhadores e
em questões judiciais ou administrativas; uma empr esa ou grupo de empresas. Em todos os casos,
percebe-se que haverá participação do sindicato.
Destaca-se que o STF, com base no inciso acima,
entende que o sindicato pode atuar na defesa de todos os VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser
direitos individuais e coletivos dos integrantes da categoria votado nas organizações sindicais;
que representa. Exemplo: o sindicato dos Auditores da
Receita Federal poderá atuar na defesa judicial ou A CF/88 garante ao aposentado ampla
administrativa de um único membro acusado de acesso participação no sindicato da categoria, podendo votar e ser
imotivado aos sistemas do órgão. votado. Assim, o aposentado poderá ser eleito dirigente
O STF considera, ainda, que o art. 8º, inciso III, sindical.
assegura ampla legitimidade ativa aos sindicatos para
atuarem como substitutos processuais das categorias que VIII - é vedada a dispensa do empregado
representam, na defesa de direitos e interesses coletivos ou sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo
individuais de seus integrantes. Conforme já se sabe, de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que
quando se trata de substituição processual, não há suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se
necessidade de prévia autorização dos trabalhadores. cometer falta grave nos termos da lei.
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, Trata-se da estabilidade sindical, que consiste em
em se tratando de categoria profissional, será descontada proteção especial dispensada aos dirigentes eleitos dos
em folha, para custeio do sistema confederativo da trabalhadores. O empregado que se candidatar a cargo de
representação sindical respectiva, independentemente da direção ou representação sindical, não poderá ser
contribuição prevista em lei; dispensado a partir do registro de sua candidatura. Se
É fundamental sabermos a diferença entre a eleito (mesmo suplente), não poderá ser dispensado até
contribuição confederativa e a contribuição sindical. um ano depois de findo o mandato, exceto se cometer
A contribuição confederativa tem fundamento no falta grave, nos termos da lei.
art. 8º, inciso IV, CF/88. Possui caráter facultativo, sendo Perceba que, mesmo após ter sido eleito dirigente
cobrada apenas dos filiados da entidade associativa. Sabe- ou representante sindical, o empregado poderá ser
se que ninguém é obrigado a filiar-se ou manter-se filiado, dispensado. No entanto, a dispensa somente poderá
mas aqueles que o fizerem deverão pagar a contribuição ocorrer caso ele cometa falta grave.
confederativa. Não possui natureza jurídica tributária,
sendo seu valor fixado pela assembleia geral. Parágrafo único. As disposições deste artigo
A contribuição sindical, por sua vez, tem aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias
fundamento no art. 149, CF/88. Possui natureza jurídica de pescadores, atendidas as condições que a lei
tributária e, portanto, sua cobrança é compulsória de todos estabelecer.
os integrantes da categoria econômica ou profissional,
independentemente de serem sindicalizados ou não. Seu A Constituição Federal, para não deixar qualquer
valor é fixado em lei. margem de dúvida, dispôs que as regras do art. 8º também
se aplicam aos sindicatos rurais e de colônias de
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter- pescadores.
se filiado a sindicato;
Art. 9º É assegurado o direito de greve,
Trata-se do princípio da liberdade de inscrição competindo aos trabalhadores decidir sobre a
sindical, segundo o qual os trabalhadores são livres para oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam
decidirem se filiar ou manter-se filiado a sindicato. Em por meio dele defender.
outras palavras, a participação em sindicato não é § 1º - A lei definirá os serviços ou atividades
compulsória. Cabe destacar que o art. 8º, V, CF/88 é essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades
corolário (consequência) do princípio da liberdade de inadiáveis da comunidade.
associação (5 º, XX), segundo o qual “ninguém poderá ser § 2º - Os abusos cometidos sujeitam os
compelido a associar-se ou manter-se associado”. responsáveis às penas da lei.
A doutrina majoritária considera que o direito de habitam o território de um Estado), o povo compõe-se dos
greve dos trabalhadores da iniciativa privada (regidos pela seus nacionais, independentemente do local em que
CLT) é norma de eficácia contida, pois poderá ser residam.
restringida por lei. Recorde-se que o direito de greve dos A nacionalidade é justamente o vínculo jurídico-
servidores públicos é norma de eficácia limitada, político entr e o Estado soberano e o indivíduo, que torna
dependendo, para seu exercício, da edição de lei este um membro integrante da comunidade que constitui o
regulamentadora. Estado.
Segundo o STF, “não constitui falta grave a entrada Compete a cada Estado legislar sobre sua própria
do empregado em greve, desde que não se trate de nacionalidade, respeitando, é claro, os compromissos
movimento condenado pela Justiça do Trabalho e desde que gerais e particulares aos quais tenha se obrigado. O Estado
o comportamento seja pacífico no pertinente.” soberano é, afinal, o único outorgante possível da
Com efeito, a adesão ao movimento grevista não nacionalidade. É ele quem tem poder para determinar
pode ser considerada falta grave, mas sim um direito do quem são seus nacionais, quais as condições de aquisição
trabalhador. da nacionalidade e, ainda, disciplinar sua perda. Pode-se
Observe que, apesar de o direito de greve ser afirmar, portanto, que o estabelecimento de critérios para a
considerado um direito social, ele não envolve qualquer concessão de nacionalidade é ato de manifestaçã o da
prestação positiva por parte do Estado. Ao contrário, soberania estatal.
deverá o Estado abster-se de atuar, permitindo que os Nacionalidade não se confunde com cidadania. A
trabalhadores defendam seus interesses por meio de cidadania é um atributo que diferencia aqueles que
movimento grevista. possuem pleno gozo dos direitos políticos daqueles que não
possuem esse direito. Já a nacionalidade é o que diferencia
Art. 10. É assegurada a participação dos os nacionais dos estrangeiros, isto é, diferencia os
trabalhadores e empr egadores nos colegiados dos órgãos indivíduos que possuem uma ligação pessoal com o Estado
públicos em que seus interesses profissionais ou daqueles que não o tem.
previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. O conceito de nacionalidade é mais amplo que o
de cidadania, o que se pode depreender a partir do exame
Esse dispositivo é, normalmente, cobrado em sua do caso brasileiro. Como regra geral, todos aqueles que
literalidade. Basta saber que os trabalhadores e possuem cidadania brasileira também possuem
empregadores têm direito a participar no cole giado de nacionalidade brasileira. Já o contrário nem sempre é
órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou verdade! Uma criança de 5 anos de idade possui
previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. nacionalidade brasileira, mas não possui cidadania, pois
Apenas para ilustrar com um exemplo, o Conselho Na cional ainda não goza plenamente de s eus direitos políticos.
de Previdência Social (CNPS) é um órgão colegiado do qual
participam representantes do Governo, dos trabalhadores Atribuição de Nacionalidade pelo direito brasileiro
em atividade, dos empregadores e dos aposentados.
A doutrina fala na existência de dois tipos de
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos nacionalidade: a nacionalidade originária (primária) e a
empr egados, é assegurada a eleição de um representante nacionalidade derivada (adquirida ou secundária).
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o A nacionalidade originária é aquela que resulta de
entendimento direto com os empregadores. um fato natural, o nascimento; diz-se, portanto, que é uma
forma involuntária de aquisição de nacionalidade. É
O objetivo do art. 11 é melhorar a interlocução atribuída ao indivíduo em razão de critérios sanguíneos
entre empregadores e empregados naquelas empresas (“jus sanguinis”), territoriais (“jus soli”) ou mistos.
com grande número de trabalhadores. Os brasileiros que recebem a nacionalidade
Assim, nas empresas com mais de 200 originária são chamados de “brasileiros natos”.
empregados, é assegurada a eleição de um representante A nacionalidade derivada, por sua vez, aquela cuja
destes. Esse representante terá a tarefa (finalidade aquisição depende de ato de vontade (ato volitivo),
exclusiva) de promover o entendimento direito entre os praticado depois do nascimento; diz-se que a nacionalidade
empregados e os empregadores. derivada é obtida mediante a naturalização. Os brasileiros
que recebem a nacionalidade derivada são chamados de
Nacionalidade “brasileiros naturalizados”.
Introdução Vejamos, a seguir, como se dá a atribuição de
nacionalidade originária e nacionalidade derivada no
Segundo a doutrina dominante, os elementos ordenamento jurídico brasileiro. Comec emos com a
constitutivos do Estado são território, povo e governo atribuição de nacionalidade originária: quem são, afinal, os
soberano. Dentre esses três elementos, o povo é o que brasileiros natos?
constitui a dimensão pessoal do Estado. Ao contrário da Conforme já havíamos comentado, a nacionalidade
população (composta pelo conjunto de pessoas que originária pode ser estabelecida tanto pela origem
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 223 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
sanguínea da pessoa (“jus sanguinis”) quanto pela origem a) Um filho de pai ou mãe brasileiros, ou ambos,
territorial (“jus soli”). Pelo primeiro critério, é nacional todo nasce em território brasileiro: será brasileiro nato.
aquele filho de nacionais, independentemente de onde b) Um filho de estrangeiros que estão a serviço de
tenha nascido. Já pelo segundo, é nacional quem nasce no seu país nasce em território brasileiro: não será brasileiro
território do Estado que o adota, independentemente da nato. Cabe destacar que é uma regra consuetudinária de
origem sanguínea dos seus pais. direito internacional que os filhos de agentes de Estados
A Constituição Brasileira, como você verá a seguir, estrangeiros, como diplomatas e cônsules, sejam
adotou em regra o “jus soli”. Há, entretanto, exceções, nas normalmente excluídos da atribuição de nacionalidade pelo
quais predomina o “jus sanguinis”. critério “jus soli”.
Vamos à análise do art. 12 da CF? c) Um filho de estrangeiros que não estão a serviço de seu
país nasce em território brasileiro: será brasileiro nato.
Art. 12. São brasileiros:
I - natos: Para finalizar os comentários sobre a alínea “a”,
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, vale destacar que o conceito de território brasileiro
ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não abrange, além das terras delimitadas pelas fronteiras
estejam a serviço de seu país; geográficas, o mar territorial e espaço aéreo.
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou Na alíne a “b”, a Constituição estabelece que são
mãe brasileira, desde que qualquer deles est eja a serviço brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai
da República Federativa do Brasil; brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou esteja a serviço da República Federativa do Brasil. O
de mãe brasileira, desde que sejam r egistrados em legislador constituinte adotou, aqui, o critério “jus
repartição brasileira competente ou venham a r esidir na sanguinis”, prevendo, todavia um requisito adicional: o fato
República Federativa do Brasil e optem, em qualquer de qualquer um dos pais (ou ambos) estar a serviço da
tempo, depois de atingida a maioridad e, pela República Federativa do Brasil, o que significa qualquer
nacionalidade brasileira; serviço prestado por órgão ou entidade da União, dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
No art. 12, inciso I, estão as hipóteses de aquisição Suponha, por exemplo, que Miguel, diplomata
de nacionalidade originária; em outras palavras, é esse brasileiro, vá servir na Alemanha. Lá ele conhece a alemã
dispositivo que define quem são os brasileiros natos. Tente Denise Fürst e com ela tem um filho: Miguel Jr. Apesar de
memorizá-las, caro (a) aluno (a), pois elas são ter nascido no exterior, Miguel Jr. é filho de pai brasileiro
constantemente cobradas nos concursos em sua que estava a serviço da República Federativa do Brasil. Ele
literalidade. será, portanto, brasileiro nato.
Na alínea “a”, é perceptível que a Constituição Resumindo o que dispõe a alínea “b”, a aquisição
adotou o critério “jus soli”, considerando brasileiro nato de nacionalidade por essa regra depende do cumprimento
qualquer pessoa nascida em território nacional, mesmo cumulativo de dois requisitos:
que de pais estrangeiros. Entretanto, há uma exceção: se o a) Ser filho de pai brasileiro ou mãe brasileira, ou
nascido no Brasil for filho de estrangeiros que estejam a de ambos.
serviço de seu Pais, não será brasileiro nato. b) O pai ou a mãe, ou ambos, deverão estar a
Vamos a dois exemplos para ilustrar melhor esse serviço do Brasil no exterior.
dispositivo!
Suponha que Diego e Martha, casal de argentinos, “Mas, professores, e se o indivíduo que nascer no
venha ao Brasil passar suas férias. Martha está grávida, se exterior for filho de pai ou mãe brasileira e estes não
empolga com umas “caipirinhas” e acaba entrando em estiverem a serviço do Brasil?”
trabalho de parto. Pronto! Nasceu Dieguito Jr! Trata -se de Excelente pergunta! Partimos aí para a terceira
nascido no Brasil, filho de pais estrangeiros que não hipótese de aquisição de nacionalidade originária, que está
estavam a serviço de seu País (estavam de férias!). Será, prevista na alínea “c”.
então, brasileiro nato. Na alínea “ c”, a Constituição estabelece que são
Agora, imagine que Vladislav Spetanovich, brasileiros natos “os nascidos no estrangeiro d e pai
diplomata russo, venha servir aqui no Brasil, junto com sua brasileiro ou de mãe bra sileira, desde que sejam registrados
esposa Marianova Chevichenko. Marianova engravida e em repartição b rasileira competente ou venham a residir na
nasce, aqui no Brasil, o filho do casal, Vladislav Jr. Apesar de República Federa tiva do Brasil e optem, em qualquer
ter nascido em território brasileiro, Vladislav Jr. é filho de tempo, d epois de a tingida a maioridade, pela nacionalidade
pais estrangeiros que estavam a serviço da Rússia. Portanto, brasileira”.
ele não será brasileiro nato. Assim, há duas possibilidades diferentes de
Dados esses exemplos, podemos resumir a aquisição de nacionalidade quando o indivíduo nasce no
aplicação da alíne a “a”, vislumbrando três situações exterior, filho de pai brasileiro ou mãe brasileira que não
possíveis: estão a serviço do Brasil:
Esquematizando
Anotações:
consulta do Presidente da República, foram reservadas para mudança ou de perda da nacionalidade por naturalização
brasileiros natos. voluntária. Destaque-se que a reaquisição de nacionalidade
b) O 5º, inciso LI, da CF/88 estabelece que os brasileira no caso de perda por naturalização voluntária será
brasileiros natos não serão, em hipótese alguma, feita mediante decreto do Presidente da República, se o
extraditados. Já os brasileiros naturalizados poderão ser indivíduo estiver domiciliado no Brasil.
extraditados em caso de crime comum cometido antes da
naturalização ou de comprovado envolvimento com tráfico Perderá a nacionalidade brasileira aquele que
ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. adquirir voluntariamente outra nacionalidade, salvo nos
c) O art. 222 da CF/88 estabelece restrições ao seguintes casos:
direito de propriedade de empresas jornalísticas e de - Reconhecimento de nacionalidade originária
radiodifusão sonora de sons e im agens. Só poderão ser pela lei estrangeira. Suponha, por exemplo, que Giani
proprietários desse tipo de empresa brasileiros natos ou os Canavarro (brasileiro nato) seja filho de pai italiano e,
naturalizados há mais de 10 anos. Se essa empresa for uma portanto, tenha direito, pela lei italiana, a ser também
sociedade, pelo menos 70% do capital total e votante italiano nato. Veja que, nesse caso, a lei estrangeira está
deverá pertenc er a brasileiros natos ou naturalizados há reconhecendo nacionalidade originária a Giani (afinal, ele
mais de 10 anos. Um brasileiro naturalizado há menos de será italiano nato). Portanto, ao adquirir a nacionalidade
10 anos também não poderá participar da gestão desse tipo italiana, Giani não perderá a nacionalidade brasileira. Ele
de empresa. ficará com uma dupla nacionalidade (polipatria)
- Imposição de naturalização, pela norma
Perda da Nacionalidade estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro,
como condição para permanência em seu território ou para
A perda da nacionalidade é a extinção do vínculo o exercício de direitos civis. Suponha que a lei de um país
patrial que liga o indivíduo ao Estado. No Brasil, a perda da “X” deter mine que o indivíduo somente poderá se casar
nacionalidade ocorrerá nos termos do art. 12, § 4º, CF/88: com uma nacional daquele país caso obtenha sua
Art. naturalização. Perceba que a naturalização está sendo
12............................................................................................ imposta como uma condição para o exercício de um direito
(...) civil (o casamento). Logo, esse indivíduo, ao adquirir a
§4º - Será decla rada a perda da nacionalidade do nacionalidade estrangeira, não perderá a nacionalidade
brasileiro que: brasileira. Também nesse caso, o indivíduo ficará com dupla
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença nacionalidade.
judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse Língua e Símbolos Oficiais
nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: Só para cobrirmos qualquer surpresa na prova,
a) de reconhecimento de na cionalidade peço que leia o art. 13, transcrito a seguir, que somente
originária pela lei estrangeira; poderá ser pedido em sua literalidade.
b) de imposição de naturalização, pela
norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da
estrangeiro, como condição para permanência em seu República Federativa do Brasil.
território ou para o exercício de direitos civis; § 1º - São símbolos da República Federativa do
Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
Conforme é possível depreender a partir da análise § 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os
do dispositivo supracitado, há duas hipóteses de perda da Municípios poderão ter símbolos próprios.
nacionalidade:
a) Cancelamento de naturalização (art.12, §4 º, I): Direitos políticos
O cancelamento de naturalização será determinado por Direitos Políticos
sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao Conceitos Iniciais
interesse nacional.
Uma vez que tenha transitado em julgado essa Para iniciarmos nosso estudo sobre os direitos
ação, o indivíduo somente poderá readquirir a políticos, nada melhor que defini -los, não é mesmo?
nacionalidade brasileira mediante uma ação rescisória, não Os direitos políticos são aqueles que garantem a
sendo possível uma nova naturalização. participação do povo no processo de condução da vida
Destaque-se que, como não poderia deixar de ser, política nacional. Segundo o Prof. Alexandre de Moraes,
essa primeira hipótese de perda de nacionalidade somente “são o conjunto de regras qu e disciplina as formas de
se aplica a brasileiros naturalizados. atuação da soberania popular”.
b) Aquisição de outra nacionalidade (art.12, §4º, São direitos relacionados ao exercício da cidadania
II): Essa segunda hipótese de perda de nacionalidade se e, segundo Gilmar Mendes, formam a base do regime
aplica tanto a brasileiros natos quanto a brasileiros democrático.
naturalizados. É o que a doutrina denomina de perda-
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 228
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
Os direitos políticos são, portanto, instrumentos ser votado e de se eleger para um cargo público
de exercício da soberania popular, característica dos (elegibilidade).
regimes democráticos. Esses regimes podem ser de três De acordo com a doutrina, o sufrágio pode ser de
diferentes tipos: dois tipos:
a) Democracia direta: é aquela em que o povo a) Universal: quando o direito de votar é
exerce o poder diretamente, sem intermediários ou concedido a todos os nacionais, independentemente de
representantes; condições econômicas, culturais, sociais ou outras
b) Democracia representativa ou indireta: é condições especiais. Os critérios para se determinar a
aquela em que o povo elege representantes (que, em seu capacidade de votar e de ser votado são não
nome, governam o país; discriminatórios.
c) Democracia semidireta ou participativa: é A Constituição Federal de 1988 consagra o
aquela em que o povo tanto exerce o poder diretamente sufrágio universal, assegurando o direito de votar e de ser
quanto por meio de representantes. Trata-se de um sistema votado a todos os nacionais que cumpram requisitos de
híbrido, com características tanto da democracia direta alistabilidade e de elegibilidade.
quanto da indireta. É adotada no Brasil, que utiliza certos b) Restrito (qualificativo): quando o direito de
institutos típicos da democracia semidireta, tais como o votar depende do preenchimento de al gumas condições
plebiscito, o referendo e a iniciativa popular de leis. especiais, sendo atribuído a apenas uma parcela dos
nacionais. O sufrágio restrito pode ser censitário, quando
A doutrina classifica os direitos políticos em duas depender do preenchimento de condições econômicas
espécies: (renda, bens, etc.) ou capacitário, quando exigir que o
a) direitos políticos positivos e; indivíduo apresente alguma característica especial (ser
b) direitos políticos negativos. alfabetizado, por exemplo).
Os direitos políticos positivos estão relacionados à Voltando ao art. 14, da CF/88, percebe-se que a
participação ativa dos indivíduos na vida política do CF/88 explica que a soberania popular será exercida pelo
Estado. São direitos relacionados ao exer cício do sufrágio. sufrágio universal e pelo voto direto e secreto e, nos
Por outro lado, direitos políticos negativos são as normas termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa
que limitam o exercício da cidadania, que impedem a popular de leis.
participação dos indivíduos na vida política estatal. São as O voto, como já se disse, é o instrumento para o
inelegibilidades e as hipóteses de perda e suspensão dos exercício do sufrágio. A CF/88 estabelece que este deverá
direitos políticos. ser direto, secreto, universal, periódico (art. 60, § 4º, CF),
obrigatório (art. 14, § 1 º, I, CF) e com valor igual para todos
Direitos Políticos Positivos (art. 14, caput). Dentre todas essas características, a única
que não é cláusula pétrea é a obrigatoriedade de voto, ou
Os direitos políticos positivos, conforme já seja, é a única que pode ser abolida mediante emenda
afirmamos, estão relacionados à participação ativa dos constitucional.
indivíduos na vida política do Estado. A essência desses E o que são plebiscito e referendo?
direitos é traduzida pelo art. 14, incisos I a III, CF/88. Tanto o plebiscito quanto o referendo são formas
de consulta ao povo sobre matéria de grande relevância. A
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo diferença entre esses institutos reside no momento da
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor consulta. No plebiscito, a consulta se dá previamente à
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: edição do ato legislativo ou administrativo; já no referendo,
I - plebiscito; a consulta popular ocorre posteriormente à edição do ato
II - referendo; legislativo ou administrativo, cabendo ao povo ratificar
III - iniciativa popular. (confirmar) ou rejeitar o ato.
Segundo Gilmar Mendes, “no ordenamento
Os direitos políticos positivos estão relacionados jurídico brasileiro, o sufrágio abrange o direito de voto,
ao exercício do sufrágio. mas vai além dele, ao p ermitir que os titula res exerçam o
Ao contrário do que muitos pensam, sufrágio não poder por meio de participação em plebiscitos, referendos e
é sinônimo de voto. O sufrágio é um direito público e iniciativas populares”.
subjetivo. O voto é o instrumento para o exercício do
sufrágio. Capacidade eleitoral ativa
Direito de sufrágio é a capacidade de votar e de
ser votado; em outras palavras, o sufrágio engloba a A capacidade eleitoral ativa é a aptidão do
capacidade eleitoral ativa e a capacidade eleitoral passiva. A indivíduo para exercer o direito de voto nas eleições,
capacidade eleitoral ativa representa o direito de alistar-se plebiscitos e referendos. No Brasil, a capacidade eleitoral
como eleitor (alistabilidade) e o direito de votar; por sua ativa é adquirida mediante a inscrição junto à Justiça
vez, a capacidade eleitoral passiva representa o direito de Eleitoral; depende, portanto, do alistamento eleitoral, a
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 229 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
pedido do interessado. É com o alistamento que se adquire, (dezoito) anos. A jurisprudência do TSE considera que terão
portanto, a capacidade de votar. direito a votar aqueles que, na data da eleição, tenham
Além da capacidade de votar, a qualidade de completado a idade mínima de 16 anos.
eleitor dá ao nacional a condição de cidadão, tornando-o O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adotou posição
apto a exercer vários outros direitos políticos, como ajuizar importante sobre o voto dos portadores de deficiência
ação popular ou participar da iniciativa popular de leis. grave cuja natureza e situação impossibilite ou torne
Destaque-se, todavia, que o alistamento eleitoral, por si só, extremamente oneroso o exercício de suas
não é suficiente para que o indivíduo possa exercer todos obrigações eleitorais. Ao analisar esse caso, o TSE observou
os direitos políticos. Com o alistamento eleitoral, o cidadão que o legislador constituinte, ao estabelecer como
garante seu direito de votar, mas não o de ser votado, uma facultativo o voto para os maiores de 70 anos, levou em
vez que o alistamento é apenas uma das condições de consideração as prováveis limitações físicas decorrentes da
elegibilidade. Assim, para usufruir de todos os direitos idade avançada.
políticos, é necessário o preenchimento de outras
condições, que estudaremos mais à frente. Capacidade eleitoral passiva
O alistamento eleitoral está regulado pelo art. 14, A capacidade eleitoral passiva está relacionada ao
CF/88. Nesse dispositivo, encontramos as situações em que direito de ser votado, de ser eleito (elegibilidade). Para que
o alistamento eleitoral é obrigatório, facultativo ou mesmo o indivíduo adquira capacidade eleitoral passiva, ele deve
proibido. Vejamos: cumprir os requisitos constitucionais para a elegibilidade
e, além disso, não incorrer em nenhuma das hipóteses de
Art. inelegibilidade, que são impedimentos à capacidade
14....................................................................................... eleitoral passiva.
..... E quais são as condições (requisitos) de
§1º - O alistamento eleitoral e o voto são: elegibilidade?
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; A resposta está no art.14, §3º, CF/88:
II - facultativos para:
a) os analfabetos; § 3º - São condições de elegibilidade, na for ma da
b) os maiores de setenta anos; lei:
c) os maiores de dezesseis e menor es de dezoito I - a nacionalidade brasileira;
anos. II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
estrangeiros e, durante o período do serviço militar V - a filiação partidária;
obrigatório, os conscritos. VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e
A Constituição Federal determina que apenas Vice-Presidente da República e Senador;
brasileiros (natos ou naturalizados) poderão se alistar; os b) trinta anos para Governador e Vice-
estrangeiros são inalistáveis e, portanto, não podem votar e Governador de Estado e do Distrito Federal;
ser votados. Em outras palavras, os estrangeiros não podem c) vinte e um anos para Deputado
ser titulares da capacidade eleitoral ativa, tampouco da Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
capacidade eleitoral passiva. Destaque-se que os Prefeito e juiz de paz;
portugueses equiparados, por receberem tratamento d) dezoito anos para Vereador.
equivalente ao de brasileiro naturalizado, poderão se alistar
como eleitores. Como se percebe, a elegibilidade somente será
O alistamento eleitoral também é vedado aos possível pelo cumprimento cumulativo de todos os
conscritos, durante o serviço militar obrigatório. Para requisitos acima relacionados.
seu melhor entendimento (e memorização), esclareço que O inciso I exige como requisito para a elegibilidade
conscrito, em linhas gerais, é o brasileiro que compõe a a nacionalidade brasileira. Assim, os brasileiros natos ou
classe de nascidos entre 1 º de janeiro e 31 de dezembro de naturalizados poderão ser eleitos a mandatos eletivos; os
um mesmo ano, chamada para a seleção, tendo em vista a estrangeiros, por sua vez, não poderão ser eleitos,
prestação do serviço militar inicial obrigatório. Além disso, o ressalvados os portugueses equiparados, que recebem
TSE considera conscritos os médicos, dentistas, tratamento equivalente ao de brasileiro naturalizado. Cabe
farmacêuticos e veterinários que prestam serviço militar destacar, todavia, que há certos cargos políticos que são
obrigatório. privativos de brasileiros natos (art. 12, § 3º, CF/88).
O alistamento eleitoral é obrigatório para os O inciso II menciona que o pleno exercício dos
maiores de 18 (dezoito) anos. Por outro lado, será direitos políticos é condição de elegibilidade. Os indivíduos
facultativo para os analfabetos, os maiores de 70 (setenta) que incorrerem em alguma hipótese de perda ou suspensão
anos e os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 de direitos políticos não serão elegíveis.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 230
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
Um exemplo de suspensão de direitos políticos é a cabeça. Se você o fizer, estará perdendo tempo, pois as
improbidade administrativa. possibilidades de casos concretos tendem ao infinito!
O inciso III estabelece que o alistamento eleitoral Vamos lá?
é um requisito de elegibilidade. Nesse sentido, os As inelegibilidades constituem condições que
inalistáveis (estrangeiros e os conscritos) não serão obstam o exercício da capacidade eleitoral passiva por um
elegíveis, isto é, não podem ser votados. Assim, percebe-se indivíduo. A Constituição Federal estabeleceu algumas
que a capacidade eleitoral passiva está condicionada ao hipóteses de inelegibilidade (art. 14, §§ 4º ao 7º), mas elas
exercício da capacidade eleitoral ativa. não são exaustivas. Isso porque a própria Constituição
O inciso IV determina que o domicílio eleitoral na expressamente autoriza que lei complementar estabeleça
circunscrição é requisito de elegibilidade. Assim, aquele outras hipóteses de inelegibilidade.
que pretenda se candidatar deve ter seu domicílio eleitoral Podemos dividir as inelegibilidades em dois
no local no qual irá concorrer às eleições. grandes grupos:
Exemplo: Joaquim pretende concorrer a a) inelegibilidades absolutas: São regras que
Governador de Minas Gerais, logo, ele deverá ter seu título impedem a candidatura e, consequentemente, o exercício
de eleitor naquele Estado. Não se pode confundir domicílio de qualquer cargo político. Estão relacionadas a
eleitoral com domicílio civil: é plenamente possível que características pessoais do indivíduo. As inelegibilidades
alguém r esida em Brasília (domicílio civil), mas seu título de absolutas foram taxativamente previstas pela Constituição
eleitor seja de Belo Horizonte (domicílio eleitoral). Federal, ou seja, não podem ser criadas novas
O inciso V trata da filiação partidária como inelegibilidades absolutas pela legislação
condição de elegibilidade. infraconstitucional.
Sobre esse ponto, vale destacar que, no Brasil, não Segundo o art. 14, §4º, são inelegíveis os
se admite a candidatura avulsa (candidatura desvinculada inalistáveis e os analfabetos.
de partido político). Veja que os analfabetos, apesar de poderem votar
Considerando-se que a filiação partidária é uma (voto facultativo), não podem ser votados. E que, entre os
condição de elegibilidade, cabe-nos questionar o seguinte: inalistáveis, temos os estrangeiros e os conscritos, durante
haverá alguma repercussão da desfiliação partidária e da o período do serviço militar obrigatório.
infidelidade partidária (mudança de partido) sobre o b) inelegibilidades relativas: São regras que
mandato? obstam a candidatura a certos cargos políticos, em virtude
Segundo o STF, em relação aos parlamentares, a de situações específicas previstas na Constituição ou em lei
desfiliação e a infidelidade partidárias resultarão na perda complementar. Não estão vinculadas à condição pessoal do
do mandato, salvo justa causa (por exemplo, desvio de indivíduo e, por isso, não resultam em impedimento
orientação ideológica do partido). Todavia, categórico ao exercício de qualquer cargo. Assim, o
segundo a Corte, essa regra não se aplica aos candidatos indivíduo não poderá se candidatar a determinados cargos,
eleito spelo sistema majoritár io, sob pena de violação da mas poderá concorrer a outros.
soberania popular e das escolhas feitas pelo eleitor. As inelegibilidades relativas previstas na
Por último, o inciso VI trata do requisito de idade Constituição podem ser de diferentes tipos:
mínima, que deve ser considerada na data da posse. Vale a a) inelegibilidade relativa por motivos funcionais;
pena memorizar esse dispositivo, pois é bastante cobrado b) inelegibilidade relativa por motivo de
em prova! casamento, parentesco ou afinidade (inelegibilidade
reflexa);
Direitos Políticos Negativos: c) inelegibilidade relativa à condição de militar.
Os direitos políticos negativos são normas que A inelegibilidade por motivos funcionais está
limitam o exercício do sufrágio , restringindo a participação prevista no art. 14, §5º, que dispõe que “o Presidente da
do indivíduo na vida política do Estado. Podemos dividir os República, os Governadores de Estado e do Distrito Fed eral,
direitos políticos negativos em duas espécies: os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no
a) as inelegibilidades e; curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único
b) as hipóteses de perda e suspensão dos direitos período subsequente”.
políticos. Com base nessa regra, os Chefes do Poder
Executivo (Presidente, Governador e Prefeito) somente
Inelegibilidades podem cumprir dois mandatos consecutivos no mesmo
cargo.
A seguir, explicaremos em detalhes a respeito das Destaque-se que é plenamente possível que
inelegibilidades. Para cada regra, apresentaremos um alguém cumpra três ou mais mandatos como Chefe do
exemplo, que permitirá com que você entenda o que pode Poder Executivo, desde que estes não sejam consecutivos.
ser cobrado na prova. Quer um conselho? Foque nos Assim, se o terceiro mandato vier alternado com o mandato
exemplos apenas para entender as regras! Não fique de outra pessoa, não haverá qualquer vedação à eleição.
divagando e criando inúmeros outros exemplos na sua Como exemplo, embora Lula tenha sido Presidente por dois
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 231 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
mandatos consecutivos (2003 – 2006 e 2007-2010), não de que uma pessoa, ao ocupar um cargo de Chefe do Poder
haveria qualquer empecilho a que ele se candidatasse Executivo, afeta a elegibilidade de terceiros (seu cônjuge,
novamente a Presidente em 2014. parentes e afins).
A vedação à reeleição para mais de um período Enfatize-se que somente são afetados por essa
subsequente é regra que se impõ e somente àqueles que hipótese de inelegibilidade o cônjuge, parentes e afins de
cumpram mandatos de Chefe do Poder Executivo . Os titular de cargo de Chefe do Poder Executivo; o fato de
mandatos no Poder Legislativo não seguem essa regra: é alguém ser titular de cargo do Poder Legislativo não traz
plenamente possível que um Deputado ou Senador seja qualquer implicação à elegibilidade de terceiros. Assim, se
eleito para ilimitados mandatos sucessivos. Joãozinho ocupa o cargo de Senador, seu cônjuge, parentes
Segundo o STF, o cidadão que já exerceu dois e afins poderão se candidatar normalmente, a qualquer
mandatos consecutivos de prefeito, ou seja, foi eleito e cargo político.
reeleito, fica inelegível para um terceiro mandato, ainda Vejamos, agora, o exato conteúdo da
que seja em município diferente. Veda-se, com isso, a inelegibilidade reflexa:
figura do “prefeito itinerante”, que exerce mais de dois § 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do
mandatos consecuti vos em municípios distintos. De acordo titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até
com o Plenário, tendo em vista a segurança jurídica, esse o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República,
entendimento deve ser aplicado a partir das eleições de de Governador de Estado ou Território, do Distrito Fed eral,
2012 e, portanto, não pode retroagir para alcançar o de Prefeito ou de quem os haja substituído d entro dos seis
mandato de quem foi eleito dessa forma nas eleições meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato
municipais anteriores. eletivo e candidato à reeleição.
E se o Presidente, Governador ou Prefeito quiser A inelegibilidade reflexa alcança somente o
se candidatar a outro cargo, diferente de Chefe do Poder território de jurisdição do titular do cargo do Poder
Executivo? Poderá fazê-lo? Executivo. Assim, suponha que José seja Prefeito de São
Sim, poderá. No entanto, o art. 14, § 6 º, CF/88 João del-Rei (MG). Seu cônjuge, parentes e afins, até o 2º
determina que “para concorrerem a outros cargos, o grau, ou por adoção, não poderão se candidatar, nas
Presidente da República, os Governadores de Estado e do próximas eleições, a qualquer cargo dentro do território de
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos São João del-Rei (MG). Não poderão, portanto, se
respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.” Essa candidatar a Vereador. Entretanto, o cônjuge, parentes e
é a famosa “desincompatibilização”, que busca impedir que afins, até o 2º grau, ou por adoção de José poderão se
o Chefe do Poder Executivo s e utilize da “máquina pública” candidatar, normalmente, a um cargo eletivo que
para se eleger a um outro cargo. extrapole o território de São João del-Rei (MG). Poderão,
Cabe destacar que a desincompatibilização não é por exemplo, se candidatar a Governador de Minas Gerais,
necessária quando o Chefe do Poder Executivo vá Senador, Deputado Federal.
concorrer à reeleição. Só cabe falar em
desincompatibilização quando o Chefe do Poder Executivo Assim, temos que:
se candidata a um novo cargo. Seria o caso, por exemplo, a) O cônjuge, parentes e afins, até o segundo grau,
em que um Governador deseja se candidatar a Senador nas ou por adoção de Prefeito não poderão se candidatar a
próximas eleições. Para fazê-lo, ele precisará renunciar ao nenhum cargo dentro daquele Município (Vereador,
cargo de Governador 6 meses antes do pleito eleitoral. Prefeito e Vice-Prefeito).
E os Vices? Precisam se desincompatibilizar? b) O cônjuge, parentes e afins, até o segundo grau,
O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice- ou por adoção de Governador não poderão se candidatar a
Prefeito poderão concorrer normalmente a outros cargos, nenhum cargo dentro daquele Estado. Isso inclui os cargos
preservando seus mandatos, desde que nos seis meses de Vereador, Prefeito e Vice- Prefeito (de qualquer dos
anteriores ao pleito não tenham sucedido ou substituído o Municípios daquele estado), bem como os cargos de
titular. Deputado Federal, Deputado Estadual e Senador, por
Só para lembrar: a sucessão ocorre quando alguém aquele estado.
(geralmente o Vice do Chefe do Ex ecutivo) ocupa o lugar do c) O cônjuge, parentes e afins, até o segundo grau,
Chefe do Executivo até o final de seu mandato, passando a ou por adoção de Presidente não poderão se candidatar a
ocupar o seu cargo. É o que acontece se, por exemplo, o nenhum cargo eletivo no País.
Presidente da República renunciar. O Vice-Presidente (em
regra) passará a ocupar o cargo do Chefe do Executivo. Já na Segundo o STF, a inelegibilidade reflexa alcança
substituição, o Vice (ou outra pessoa) ocupa o cargo do também aqueles que tenham constituído união estável
Chefe do Executivo apenas temporariamente. É o que com o Chefe do Poder Executivo, inclusive no caso de
acontece quando o Presidente da República viaja para o uniões homoafetivas.
exterior, por exemplo. A dissolução do casamento, quando ocorrida
A inelegibilidade reflexa (por motivo de durante o mandato, não afast a a inelegibilidade reflexa. É
casamento, parentesco ou afinidade) está prevista no art. o que determina o STF na Súmula Vinculante nº 18:
14, § 7º, CF/88. Leva esse nome porque ela resulta do fato
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 232
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
“A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, cumprem o serviço militar obrigatório), por não serem
no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade p revista alistáveis, não serão elegíveis.
no § 7º, do artigo 14 da Constituição Federal”. Entretanto, para que o militar seja elegível, ele
Ainda da jurisprudência do STF, extraímos que, deve cumprir certas condições, que variam segundo o seu
caso um município seja desmembrado, o parente do tempo de serviço. Se o militar contar menos de 10 anos de
prefeito do “município-mãe” é afetado pela serviço, ele deverá afastar-se da atividade.
inelegibilidade reflexa quanto ao “município-filho”, não Por outro lado, caso o militar contar mais de 10 anos de
podendo candidatar-se à Prefeitura deste, por exemplo. serviço, ele será agregado pela autoridade superior e, se
Ao lermos o art. 14, §7º, percebemos, em sua eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação
parte final, que há uma exceção à regra da inelegibilidade para a inatividade. Perceba que, nesse caso, o
reflexa: “salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à militar se conservará ativo até a diplomação.
reeleição”. Sabe-se que uma das condições de elegibilidade é
Mas o que isso significa? a filiação partidária. É aqui que surge um problema
Significa que a inelegibilidade reflexa não se aplica relacionado à condição de militar: o art. 143, §3º, V, a
caso o cônjuge, parente ou afim já possua m andato Constituição veda a filiação do militar a partido político.
eletivo; nessa situação, será possível que estes se Em tese, isso poderia impedir os militares de se
candidatem à reeleição, mesmo se ocuparem cargos dentro candidatarem. Porém, o TSE, diante dessa situação,
da circunscrição do Chefe do Executivo. determinou que, caso o militar venha a candidatar-se, a
Imagine, por exemplo, que João das Couves seja ausência de prévia filiação partidária (uma das condições de
prefeito do Município de São João del -Rei (MG). Nas elegibilidade) será suprida pelo registro da candidatura
próximas eleições, seu irmão se elege Governador de Minas apresentada pelo partido político e autorizada pelo
Gerais. Pergunta-se, então: João das Couves poderá se candidato.
candidatar à reeleição no Município de São João del -Rei? Como já mencionamos anteriormente, a
Sim, poderá. João das Couves não será afetado Constituição prevê que lei complementar nacional poderá
pela inelegibilidade reflexa, uma vez que ela já era titular criar outras hipóteses de inelegibilidade relativa. Veja o
de mandato eletivo e, agora, é candidato à reeleição. que dispõe o §9º do art. 14 da CF/88:
Destaca-se, aqui, importante entendimento do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entende a Corte que se o § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos
Chefe do Executivo renunciar seis meses antes da eleição, de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de
seu cônjuge, parentes ou afins até o segundo gra u poderão proteger a probidade administrativa, a moralidade para
candidatar-se a todos os cargos eletivos da cir cunscrição, exercício de mandato considerada vida pregr essa do
desde que ele próprio pudesse concorrer à reeleição . Isso candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições
é válido para o próprio cargo do titular. contra a influência do poder econômico ou o abuso do
Suponha, por exemplo, que Alfredo seja exercício de função, cargo ou emprego na administração
Governador de Minas Gerais, cumprindo o seu pri meiro direta ou indireta.
mandato. Na próxima eleição, ele poderia se reeleger (seria
o segundo mandato consecutivo de Governador). Em Note que eu falei em lei complementar (LC)
virtude da inelegibilidade reflexa, sua esposa, Maria, não nacional. Qual a diferença entre uma lei nacional e uma lei
poderia se candidatar a nenhum cargo eletivo em Minas federal? Guarde isso: a nacional abrange todos os entes
Gerais. Entretanto, caso Alfredo renuncie seis meses antes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). É
da eleição, Maria poderá candidatar-se ao cargo de o caso do Código Penal, por exemplo. Já a federal, abrange
Governadora. Isso somente será possível porque Alfredo somente a União. Exemplo: Lei 8.112/1990, que institui o
poderia concorrer à reeleição. Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das
Existe, ainda, a inelegibilidade relativa à condição autarquias, inclusive as em r egime especial, e das
de militar, a qual está prevista no art. 14, §8º, CF/88: fundações públicas federais.
Embora nada tenha sido dito, uma emenda
§8º - O militar alistável é elegível, atendidas as constitucional também pode criar novas hipóteses de
seguintes condições: inelegibilidade relativa. Outros atos normativos, jamais!
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá Com base no §9º do art. 14 da Constituição, foi
afastar-se da atividade; elaborada a LC no 64/1990, que estabeleceu casos de
II - se contar mais de dez anos de serviço será inelegibilidade e deter minou outras providências. Essa lei
agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará sofreu alteração recente pela Lei Complementar no
automaticamente, no ato da diplomação, para a 135/2010, a “Lei da Ficha Limpa”, que previu novas
inatividade. hipóteses de inelegibilidade.
Os dispositivos a seguir são cobrados em sua
Analisando o dispositivo supracitado, percebe-se literalidade:
que apenas são elegíveis os militares que forem alistáveis;
nesse sentido, percebe-se que os conscritos (aqueles que
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 233 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
§10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado A prisão de uma pessoa não é suficiente para que
ante a Justiça Eleito ral no prazo de quinze dias contados da ocorra a suspensão de direitos políticos, afinal, há
diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder várias situações em que a prisão não é motivada por uma
econômico, corrupção ou fraude. condenação criminal transitada em julgado. É o caso, por
§ 11 - A ação de impugnação de mandato exemplo, da prisão em flagrante ou da prisão temporária,
tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na que não importarão em suspensão dos
forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. direitos políticos.
É importante ficarmos atentos quanto às
O §10 traz um prazo para a ação de impugnação consequências dos atos de improbidade administrativas,
do mandato eletivo (15 dias após a diplom ação) e as Segundo o art. 37, § 4º, os atos de improbidade
causas para a ação (abuso do poder econômico, corrupção administrativa resultarão na perda do mandato e na
ou fraude). suspensão dos direitos políticos. É bastante comum que as
O §11 determina que a ação tramitará em segredo bancas examinadoras tentem enganar os alunos dizendo
de justiça (exceção à publicidade dos atos processuais) e que, no caso de improbidade administrativa, haverá perda
prevê a punição para o autor que agir de má-fé. do mandato e dos direitos políticos. Isso está errado! Nessa
situação, haverá suspensão dos direitos políticos.
Perda e Suspensão dos direitos políticos A perda do mandato, entretanto, não se aplica a
membro do Congresso Nacional. Por determinação do art.
No art. 15, a Constituição traz as hipóteses de 55, § 2º, da CF/88, a perda do mandato será decidida pela
privação dos direitos políticos. Esta pode dar-se de Casa a que pertencer o congressista, por maioria absoluta,
maneira definitiva (denominando-se perda) ou temporária mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido
(suspensão). Importante ressaltar que a Constituição, em político representado no Congresso Nacional, assegurada
resposta à ditadura que a precedeu, não permite, em ampla defesa.
nenhuma hipótese, a cassação dos direitos políticos. Que
tal lermos juntos o art. 15? Princípio da anterioridade eleitoral
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, No art. 16, CF/88 a Constituição traz o princípio da
cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: anterioridade eleitoral:
I - cancelamento da naturalização por sentença
transitada em julgado; Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral
II - incapacidade civil absoluta; entrará em vigor na data de sua publicação, não se
III - condenação criminal transitada em julgado, aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua
enquanto durarem seus efeitos; vigência.
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta
ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; O que você deve gravar para a prova? A lei
V - improbidade administrativa, nos ter mos do eleitoral tem vigência (“força de lei”) imediatamente, na
art. 37, § 4º. data de sua publicação. Entretanto, produz efeitos apenas
em momento futuro: não se aplica à eleição que ocorrer
A Constituição não explicita quais são os casos de até um ano da data de sua vigência.
perda e quais são os casos de suspensão dos direitos Com base nesse dispositivo, o STF afastou a
políticos. Entretanto, segundo a doutrina, ess es dois aplicação da “Lei da Ficha Limpa” às eleições de 2010.
institutos apresentam as seguintes diferenças: Mesmo essa lei tendo entrado em vigor em 2010, não pôde
a) A perda se dá por prazo indeterminado, ser aplicada às eleições realizadas nesse ano. Cabe destacar
enquanto a suspensão pode se dar tanto por prazo que o STF considera que o princípio da anterioridade
determinado quanto por indeterminado; eleitoral é cláusula pétrea do texto constitucional.
b) Na perda, a reaquisição dos direitos políticos
não é automática após a cessação da causa; na suspensão,
a reaquisição é automática. DOS PARTIDOS POLÍTICOS
Desse modo, para a maior parte dos Art. 17. É livre a criação, fusão, incorpo ração e
doutrinadores, tem-se a perda nos incisos I e IV do art. 15 extinção de partidos políticos, resguardados a soberania
da CF e suspensão nos demais incisos. nacional, o regime d emocrático, o pluripartidarismo, os
No caso de condenação criminal transitada em direitos fundamentais da pessoa humana e observados os
julgado, a suspensão dos direitos políticos é imediata,
seguintes preceitos:
implicando imediata perda do mandato eletivo. Trata -se,
segundo o STF, de norma autoaplicável, que independe, I - caráter nacional;
para sua imediata incidência, de qualquer ato de
intermediação legislativa.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 234
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
Art. 37. A administração pública direta e indireta XI - a remunera ção e o subsídio dos o cupantes de
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito cargos, fun ções e empregos públicos da administra ção
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de direta, autá rquica e fundacional, dos membros de qualquer
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
eficiência e, também, ao seguinte: Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos
demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra
I - os cargos, empregos e funçõ es públicas são espécie remunerató ria, percebidos cumulativa mente ou
acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em
forma da lei; espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
II - a investidura em cargo ou emprego público aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do
depende de aprovação prévia em concurso público de Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio
provas ou de provas e títulos, de aco rdo co m a natureza e a mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do
lei, ressalvadas as no meaçõ es para cargo em comissão Poder Legisla tivo e o subsidio dos Desembargadores do
declarado em lei de livre nomeação e exoneração; Tribunal de Justiça , limitado a noventa inteiros e vinte e
cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie,
III - o prazo de validade do concurso público será
dos Ministro s do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do
de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; Poder Judiciário, aplicável este limite aos memb ros do
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 235 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defenso res XXI - ressalvados os casos esp ecificados na
Públicos; legislação, as ob ras, serviços, co mpras e alienações serão
contratados mediante pro cesso de licita ção pública que
XII - os vencimentos dos cargos do Poder
assegure igualdade de condições a todos os concorrentes,
Legislativo e do Poder Judiciá rio não poderão ser superio res
com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
aos pagos pelo Poder Executivo;
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
XIII - é vedada a vin culação ou equiparação de lei, o qual somente permitirá as exigên cias d e qualifica ção
quaisquer espécies remunerató rias para o efeito de técnica e econômica indispensáveis à garantia do
remuneração de pessoal do serviço público; cumprimento das obrigações.
XIV - os acréscimos pecuniá rios percebidos por XXII - as administrações tributá rias da União, dos
servido r público não serão computados nem acu mulados Estados, do Distrito Fed eral e dos Municípios , atividades
para fins de concessão de acréscimos ulteriores; essen ciais ao funcionamento do Estado, exercidas por
servido res de ca rreiras específicas, terão recursos
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de
prioritá rios pa ra a realiza ção de suas atividades e atua rão
cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o
de forma integ rada, inclusive com o co mpartilhamento de
disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º,
cadastros e de info rmaçõ es fiscais, na fo rma da lei ou
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
convênio.
XVI - é vedada a acumulação remunerada de
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras,
cargos públicos, exceto, quando houver co mpatibilidade de
serviços e ca mpanhas dos órgãos públicos deverá ter
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso
caráter educa tivo, informativo ou de orientação social, dela
XI:
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
a) a de dois cargos de professor; caracterizem promo ção pessoal de autoridades ou
servidores públicos.
b) a de um cargo d e professor com outro
técnico ou científico; § 2º A não observância do disposto nos incisos II e
III implica rá a nulidade do ato e a punição da autoridade
c) a de dois cargos ou empregos privativos
responsável, nos termos da lei.
de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do
XVII - a proibição de acumular estende -se a
usuário na administração pública direta e indireta,
empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
regulando especialmente:
empresas públicas, so ciedades de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou I - as reclama ções relativas à p resta ção
indiretamente, pelo poder público; dos serviços públicos em g eral, assegu radas a manuten ção
de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação
XVIII - a administração fazendária e seus servido res
periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e
jurisdição, precedência sobre os demais seto res II - o a cesso dos usuários a registros
administrativos, na forma da lei; administra tivos e a informa ções sobre atos de governo,
observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
XIX – somente po r lei específica poderá ser criada
autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de III - a disciplina da representa ção contra o
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua função na administração pública.
atuação;
§ 4º - Os a tos de improbidade administrativa
XX - depende de autorização legislativa, em cada importa rão a suspensão dos direitos políticos, a perda da
caso, a cria ção de subsidiárias das entidades mencionadas função pública, a indisponibilidade dos bens e o
no inciso anterior, assim como a participação de qualquer ressa rcimento ao erário, na forma e g radação previstas em
delas em empresa privada; lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para Constituições e Lei Orgânica, co mo limite único, o subsídio
ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cin co
ações de ressarcimento. centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de
parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e
direito privado prestadoras de serviços públicos
Distritais e dos Vereadores.
responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições
DO ESTADO DE DEFESA
ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta
e indireta que possibilite o acesso a informações
privilegiadas. Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional,
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e decretar estado de defesa para preservar ou pronta mente
financeira dos órgãos e entidades da administração direta e restabelecer, em locais restritos e determinados, a o rdem
indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente
firmado entre seus administradores e o poder público, que instabilidade institucional ou a tingidas por calamidades de
tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o grandes proporções na natureza.
órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa
I - o prazo de duração do contrato; determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas
II - os controles e critérios de avaliação de a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei,
desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
dirigentes; I - restrições aos direitos de:
III - a remuneração do pessoal." a) reunião, ainda que exercida no seio das
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às emp resas associações;
públicas e às sociedades de economia mista, e suas b) sigilo de correspondência;
subsidiárias, que receb erem recursos da União, dos Estados,
do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
despesas de pessoal ou de custeio em geral. II - ocupação e uso tempo rário de bens e serviços
§ 10. É vedada a percepção simultânea de públicos, na hipótese de calamidade pública , respondendo a
proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos União pelos danos e custos decorrentes.
arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou § 2º O tempo de du ração do estado de defesa não
função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma
desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em vez, por igual período, se persistirem as razões que
comissão decla rados em lei de livre nomeação e justificaram a sua decretação.
exoneração.
§ 3º Na vigência do estado de defesa:
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos
limites remuneratórios d e que trata o inciso XI do caput I - a prisão por crime contra o Estado, determinada
deste artigo, as parcelas de caráter indenizató rio previstas pelo executor da medida, será por este co municada
em lei. imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não
for legal, fa cultado ao preso requerer exame de corpo de
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput delito à autoridade policial;
deste artigo, fica facultado aos Es tados e ao Distrito Federal
fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas
II - a comunicação será acompanhada de declara ção, poderá ser decretado por todo o tempo que perdu rar a
pela autoridade, do estado físico e mental do detido no guerra ou a agressão armada estrangeira.
momento de sua autuação;
§ 2º - Solicitada autorização para decreta r o estado
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não de sítio durante o recesso parlamenta r, o Presid ente do
poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada Senado Federal, de imediato, convocará
pelo Poder Judiciário; extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir
dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato.
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.
§ 3 º - O Congresso Nacional permanecerá em
§ 4º Decretado o estado de d efesa ou sua
funcionamento até o término das medidas coercitivas.
prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e
quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justifica ção Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado
ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta. com fundamento no art. 137, I, só poderão ser to madas
contra as pessoas as seguintes medidas:
§ 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será
convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias. I - obrigação de permanência em localidade
determinada;
§ 6º O Congresso Nacional aprecia rá o decreto
dentro de dez dias contados de seu recebimento, devendo II - detenção em edifício não destinado a a cusados ou
continuar funcionando enquanto vigorar o estado de condenados por crimes comuns;
defesa.
III - restrições relativas à inviolabilidade da
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o correspondência, ao sigilo das comunica ções, à p resta ção
estado de defesa. de informaçõ es e à liberdade de imprensa, radiodifusão e
televisão, na forma da lei;
I - comoção grave de repercussão nacional ou Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso
ocorrência de fatos que comprovem a in eficácia de medida III a difusão de pronuncia mentos de pa rlamenta res
tomada durante o estado de defesa; efetuados em suas Casas Legisla tivas, d esde que liberada
pela respectiva Mesa.
II - declaração de estado de guerra ou resposta a
agressão armada estrangeira.
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos
ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em sua vigência Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios.
serão relatadas pelo Presidente da República, em
§ 7º A lei disciplinará a o rganização e o
mensagem ao Congresso Nacional, com especificação e
funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança
justificação das providências adotadas, com rela ção pública, de maneira a garantir a eficiência de suas
nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas. atividades.
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas
municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e
Segurança Pública (Art. 144 da CF/88) instalações, conforme dispuser a lei.
§ 9º A remunera ção dos servidores policiais
Art. 144. A segurança pública, d ever do Estado, integrantes dos ó rgãos relacionados neste a rtigo será fixada
direito e responsabilidade de todos, é exercida para a na forma do § 4º do art. 39.
preservação da ordem pública e da incolumidade das § 10. A segurança viária, exercida para a
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: preservação da ordem pública e da incolumidade das
I - polícia federal; pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:
II - polícia rodoviária federal; I - co mpreende a educação, engenharia e
III - polícia ferroviária federal; fiscalização de trânsito, além de outras atividades p revistas
IV - polícias civis; em lei, que assegu rem ao cidadão o direito à mobilidade
V - polícias militares e corpos de bomb eiros urbana eficiente; e
militares. II - comp ete, no âmbito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como ó rgão entidades executivos e seus agentes de trânsito,
permanente, organizado e mantido pela União e estruturados em Carreira, na forma da lei.
estruturado em carreira, destina-se a:
I - apurar infrações penais contra a ordem política Preceitua o art. 144 da Constituição Federal que a
e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da segurança pública, dever do Estado, direito e
União ou de suas entidades autárquicas e empresas responsabilidade de todos, é exercida para a preservação
públicas, assim como outras infraçõ es cuja prática tenha da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
repercussão interestadual ou internacional e exija repressão patrimônio, através dos seguintes órgãos:
uniforme, segundo se dispuser em lei; a) polícia federal;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de b) polícia rodoviária federal;
entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o c) polícia ferroviária federal;
descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros d) polícias civis;
órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; e) polícias militares e corpos de bombeiros
III - exercer as funções de polícia marítima, militares.
aeroportuária e de fronteiras;
IV - exercer, com exclusividade, as funções de Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal
polícia judiciária da União. Federal, essa lista é taxativa (numerus clausus). Não podem,
portanto, os estados, o Distrito Federal e os municípios criar
§ 2º A polícia rodoviária federal, ó rgão outros órgãos e incluí-los no rol dos responsáveis pela
permanente, organizado e mantido pela União e segurança pública.
estru turado em carreira, d estina-se, na fo rma da lei, ao
patrulhamento ostensivo das rodovias federais. Enfim, a segurança pública é exercida por meio de
§ 3º A polícia ferroviá ria federal, ó rgão órgãos federais (Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e
permanente, organizado e mantido pela União e Polícia Ferroviária Federal) e estaduais (Polícia Civil, Polícia
estru turado em carreira, d estina-se, na fo rma da lei, ao Militar e Corpo de Bombeiros Militar) taxativamente
patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. indicados na Constituição Federal. Não podem os estados e
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de municípios, ainda que no intuito de desempenharem
polícia de carreira, in cumbem, ressalvada a competência da atribuições que constitucionalmente lhes são próprias, criar
União, as funções de polícia judiciária e a apuração de novos órgãos integrantes da segurança pública.
infrações penais, exceto as militares. A Polícia Federal, instituída por lei como órgão
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva permanente, organizado e mantido pela União e
e a preservação da o rdem pública; aos co rpos de bomb eiros estruturado em carreira, destina-se a:
militares, além das atribuiçõ es definidas em lei, in cumbe a I - apurar infrações penais contra a ordem política
execução de atividades de defesa civil. e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da
§ 6º As polícias militares e co rpos de bombeiros União ou de suas entidades autárquicas e empresas
militares, fo rças auxiliares e reserva do Exército, públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 239 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
repercussão interestadual ou internacional e exija repressão Com efeito, para o Tribunal Excelso, as atividades
uniforme, segundo se dispuser em lei; das quais dependam a manutenção da ordem pública e a
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de segurança pública não estão inseridas no elenco daquelas
entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o cujos servidores são alcançados pelo direito de greve. Nessa
descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros situação (proibidos de fazer greve) encontram-se os
órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; policiais em geral, “em razão de constituírem expressão da
III - exercer as funções de polícia marítima, soberania nacional, revelando-se braços armados da nação,
aeroportuária e de fronteiras; garantidores da segurança dos cidadãos, da paz e da
IV - exercer, com exclusividade, as funções de tranquilidade pública.”
polícia judiciária da União. Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a
preservação da ordem pública. Anote-se que, conforme
Anote-se que a competência da Polícia Federal disposto na Constituição Federal, a atividade de polícia de
inclui a apuração de infrações penais em detrimento de segurança compreende a polícia ostensiva e a polícia
bens, serviços e interesses da União e de suas entidades judiciária. A polícia ostensiva tem por objetivo prevenir os
autárquicas e empresas públicas, mas não alcança os crimes delitos de forma a se preservar a ordem pública. A polícia
em detrimento de bens, serviços e interesses das judiciária exerce atividades de investigação, de apuração
sociedades de economia mista federais, que são apurados das infrações penais e de indicação de sua autoria, a fim de
pelas policias civis. Assim, por exemplo, em caso de roubo à fornecer os elementos nec essários ao Ministério Público em
agência do Banco do Brasil (sociedade de economia mista sua função persecutória das condutas criminosas.
federal), o inquérito policial deverá ser aberto por delegado Em respeito a essa dualidade de competências, o
da Polícia Civil, e não da Polícia Federal. Supremo Tribunal Federal firmou entendimento de que
A Polícia Rodoviária Federal, órgão permanente, ofende a Constituição Federal atribuir a policiais militares a
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, função de atendimento em delegacias de polícia, nos
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das municípios que não dispõem de servidor de carreira para o
rodovias federais. desempenho das funções de delegado.
A Polícia Ferroviária Federal, órgão permanente, Aos corpos de bombeiros militares, além das
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, atribuições definidas em lei, incumbe a execução de
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das atividades de defesa civil.
ferrovias federais. As polícias militares e corpos de bombeiros
Estabelece a Constituição Federal que às polícias militares, forças auxiliares e reserva do Exército,
civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos
incumbem, ressalvada a competência da União, as funções Governadores dos estados, do Dis trito Federal e dos
de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, Territórios.
exceto as mili tares (art. 144, § 4º). Conforme vimos, a Polícia Federal, a Polícia
Observa-se, pela ressalva constante da parte final Rodoviária Federal, a Polícia Ferroviária Federal, as polícias
desse dispositivo, que a competência das polícias civis para militares e os corpos de bombeiros militares são todos
apuração de infrações penais não alcança os crimes órgãos da segurança pública. Entretanto, segundo o § 6 º do
militares. Entretanto, segundo a jurisprudência do Supremo art. 144, só as polícias militares e os corpos de bombeiros
Tribunal Federal, a simples circunstância de ter-se o militares são considerados auxiliares e reserva do Exército.
envolvimento de policiais militares nas investigações de Segundo a doutrina, isso significa que o efetivo das polícias
crimes comuns, estranhos à atividade militar, não retira a militares e o dos corpos de bombeiros poderiam ser
competência da polícia civil para a investigação, hipótese requisitados pelo Exército em situações especiais (estado de
em que não haverá deslocamento do inquérito para a emergência ou em decorrência de uma guerra, por
polícia militar. exemplo).
Outra importante orientação firmada pelo No tocante ao Distrito Federal, cabe destacar o
Supremo Tribunal Federal, especificamente em relação aos seguinte:
policiais civis, diz respeito ao direito constitucional de a) compete à União organizar e manter a polícia
greve. Sabemos que a Constituição Federal assegura o civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do
direito de greve aos servidores públicos civis (art. 37, VII) e Distrito Federal (art. 21 , XIV);
o proíbe aos militares (art. 142, § 3º, IV). Como os policiais b) lei federal disporá sobre a utilização, pelo
civis não são militares, sempre se entendeu que a eles era Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do
assegurado o direito de greve, por incidência do art. 37, VII, corpo de bombeiros militar (art. 32, § 4.º);
da Lei Maior. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal firmou c) compete privativamente à União legislar sobre
entendimento negando esse direito aos policiais civis, sob o vencimentos dos membros das polícias civil e militar do
argumento de que “as atividades desenvolvidas pela polícia Distrito Federal (Súmula 647 do STF).
civil são análogas, para esse efeito, às dos militares, em
relação aos quais a Constituição expressamente proíbe a Uma leitura sistemática da Constituição permite
greve.” concluir que compete à União organizar as polícias civil,
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 240
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direito Constitucional
Excelência em Ensino
(artigos 5° ao 16).
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir
Os Direitos Humanos na Constituição Federal de 1988 as desigualdades sociais e regionais;
(artigos 5° ao 16).
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE discriminação.
1988
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas
PREÂMBULO suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
TÍTULO I
VII - solução pacífica dos conflitos;
Dos Princípios Fundamentais
I - homens e mulheres são iguais em di reitos e XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e
obrigações, nos termos desta Constituição; resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
exercício profissional;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de lei; XV - é livre a locomoção no território nacional em
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei,
III - ninguém será submetido a tortura nem a nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
tratamento desumano ou degradante;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo armas, em locais abertos ao público, independentemente
vedado o anonimato; de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
ao agravo, além da indenização por dano material, moral
ou à imagem; XVII - é plena a liberdade de associação para fins
lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de cooperativas independem de autorização, sendo vedada
de culto e a suas liturgias; a interferência estatal em seu funcionamento;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de XIX - as associações só poderão ser
assistência religiosa nas entidades civis e militares de compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
internação coletiva; suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro
caso, o trânsito em julgado;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou
se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos a permanecer associado;
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada
em lei; XXI - as entidades associativas, quando
expressamente autorizadas, têm legitimi dade para
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
artística, científica e de comunicação, independentemente
de censura ou licença; XXII - é garantido o direito de propriedade;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para
violação; desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou
por interesse social, mediante justa e prévia indenização
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta
nela podendo penetrar sem consentimento do morador, Constituição;
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação XXV - no caso de iminente perigo público, a
judicial; autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior,
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das se houver dano;
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto
investigação criminal ou instrução processual penal; de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício financiar o seu desenvolvimento;
ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a
lei estabelecer; XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de
utilização, publicação ou reprodução de suas obras,
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 245 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direitos Humanos
Excelência em Ensino
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a
organização que lhe der a lei, assegurados:
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a plenitude de defesa;
a) a proteção às participações individuais em obras
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, b) o sigilo das votações;
inclusive nas atividades desportivas;
c) a soberania dos veredictos;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento
econômico das obras que criarem ou de que participarem d) a competência para o julgamento dos crimes
aos criadores, aos intérpretes e às respectivas dolosos contra a vida;
representações sindicais e associativas;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina,
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos nem pena sem prévia cominação legal;
industriais privilégio temporário para sua utilização, bem
como proteção às criações industriais, à propriedade das XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o
marcas, aos nomes de empresas e a outros signos réu;
distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória
dos direitos e liberdades fundamentais;
XXX - é garantido o direito de herança;
XLII - a prática do racismo constitui crime
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos
País será regulada pela lei brasileira em benefício do termos da lei;
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja
mais favorável a lei pessoal do "de cujus";
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo
do consumidor; e os definidos como crimes hediondos, por eles
respondendo os mandantes, os executores e os que,
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento)
públicos informações de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e constitucional e o Estado Democrático;
do Estado;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do
XXXIV - são a todos assegurados, condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a
independentemente do pagamento de taxas: decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei,
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em limite do valor do patrimônio transferido;
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, adotará, entre outras, as seguintes:
para defesa de direitos e esclarecimento de situações de
interesse pessoal; a) privação ou restrição da liberdade;
XLVII - não haverá penas: LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos social o exigirem;
termos do art. 84, XIX;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito
b) de caráter perpétuo; ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão
c) de trabalhos forçados; militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a
ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio alimentação, o trabalho, a moradia , o transporte, o lazer, a
público ou de entidade de que o Estado participe, à segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da nº 90, de 2015)
sucumbência;
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; condição social:
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro I - relação de emprego protegida contra despedida
judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
fixado na sentença; complementar, que preverá indenização compensatória,
dentre outros direitos;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente
pobres, na forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989) II - seguro-desemprego, em caso de desemprego
involuntário;
a) o registro civil de nascimento;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
b) a certidão de óbito;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais
corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
necessários ao exercício da cidadania. educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo,
para qualquer fim;
são assegurados a razoável duração do processo e os meios
que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) V - piso salarial proporcional à extensão e à
complexidade do trabalho;
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata. VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em
convenção ou acordo coletivo;
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo,
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados para os que percebem remuneração variável;
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja
parte. VIII - décimo terceiro salário com base na
remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 248
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direitos Humanos
Excelência em Ensino
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches
diurno; e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 53, de 2006)
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo
crime sua retenção dol osa; XXVI - reconhecimento das convenções e acordos
coletivos de trabalho;
XI – participação nos lucros, ou resultados,
desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, XXVII - proteção em face da automação, na forma da
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo
XII - salário-família pago em razão do dependente do do empregador, sem excluir a indenização a que este está
trabalhador de baixa renda nos termos da l ei; (Redação obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos
horas diárias e quarenta e quatro semana is, facultada a para os trabalhadores urbanos e rurais , até o limite de dois
compensação de horários e a redução da jornada, mediante anos após a extinção do contrato de trabalho;(Redação
acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto- dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
Lei nº 5.452, de 1943)
a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação
coletiva; b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
XV - repouso semanal remunerado,
preferencialmente aos domingos; XXX - proibição de diferença de salários, de exercício
de funções e de critério de admissão por motivo de sexo,
XVI - remuneração do serviço extraordinário idade, cor ou estado civil;
superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do
normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º) XXXI - proibição de qualquer discriminação no
tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo portador de deficiência;
menos, um terço a mais do que o salário normal;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual,
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a
menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz,
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda
mediante incentivos específicos, nos termos da lei; Constitucional nº 20, de 1998)
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador
sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; com vínculo empregatício permanente e o trabalhador
avulso.
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por
meio de normas de saúde, higiene e segurança; Parágrafo único. São assegurados à categoria dos
trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos
XXIII - adicional de remuneração para as atividades IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV,
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições
estabelecidas em lei e observada a simplificação do
XXIV - aposentadoria; cumprimento das obrigações tributárias, principais e
acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas
peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes XXVIII, bem como a sua integração à previdência
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 249 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direitos Humanos
Excelência em Ensino
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito
Emenda Constitucional nº 23, de 1999) anos.
dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou
prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente
da República, os Governadores de Estado e do Distrito V - improbidade administrativa, nos termos do art.
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos 37, § 4º.
mandatos até seis meses antes do pleito.
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à
titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República,
de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, CAPÍTULO III
de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis DA SEGURANÇA PÚBLICA
meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato
eletivo e candidato à reeleição. Art. 144. A segurança pública, dever do Estado,
direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as preservação da ordem pública e da incolumidade das
seguintes condições: pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de
proteger a probidade administrativa, a moralidade para
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão
exercício de mandato considerada vida pregressa do
permanente, organizado e mantido pela União e
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições
contra a influência do poder econômico ou o abuso do estruturado em carreira, destina-se a:" (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
exercício de função, cargo ou emprego na administração
direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) I - apurar infrações penais contra a ordem política e
social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da
União ou de suas entidades autárquicas e empresas
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante
a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha
repercussão interestadual ou internacional e exija
diplomação, instruída a ação com provas de abuso do
repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
poder econômico, corrupção ou fraude.
ostensivo das rodovias federais. (Redação dada pela Direitos Humanos: Concepções.
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Apresentamos a seguir al guns traços gerais das concepções
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, clássicas de direitos humanos. Trata-se de uma introdução
organizado e mantido pela União e estruturado em ampla que não visa, de forma alguma, esgotar o assunto.
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento Uma concepção naturalista dos direitos humanos os
ostensivo das ferrovias federais. (Redação dada pela entende como direitos naturais, inerentes à natureza
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) humana. Por conseqüência, não passíveis de qualquer
consensualização e, portanto, exigindo, pura e
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de simplesmente, seu reconhecimento e proteção. Ora, se são
polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da direitos que se inscrevem na natureza humana, não garanti-
União, as funções de polícia judiciária e a apuração de los significaria opor-se à própria natureza do homem.
infrações penais, exceto as militares. Este tipo de concepção está presente no Direito e na
Filosofia modernos, por mais que muitas de suas raízes
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e possam ser localizadas já na época clássica grega, romana e
a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros medieval.
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a O conceito clássico de natureza humana entende o ser
execução de atividades de defesa civil. humano essencialmente como ser social (zôon politikón). O
reconhecimento de seus direitos ocorre somente na
sociedade, na polis. Fora da polis não há cidadania em
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros
sentido estrito. É ela que garante ao ser humano a
militares, forças auxiliares e reserva do Exército,
realização em plenitude. Têm direitos, portanto, somente
subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos
aqueles que estão nela, já que sua natureza é
Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios. essencialmente social – escravos e mulheres não são, por
isso, sujeitos de direitos.
A filosofia cristã medieval parte da compreensão de que o
§ 7º A lei disciplinará a organização e o
ser humano é criatura divina. É Deus que, por sua graça,
funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança concede ao ser humano as regras de sua vida. O direito
pública, de maneira a garantir a eficiência de suas
divino está acima de todo o direito que possa vir a ser
atividades.
construído pelos seres humanos. É Deus que imprime na
natureza, no direito natural, certas regras que não podem
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas ser modificadas pelos seres humanos . A medida para saber
municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e se um determinado direito socialmente estabelecido é
instalações, conforme dispuser a lei. legítimo é o direito natural que, de alguma forma, coincide
com o direito divino. Como se pode perceber, a liberdade
§ 9º A remuneração dos servidores policiais do ser humano para criar suas próprias regras tem um
integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será limite, o direito natural, impresso por Deus na criação.
fixada na forma do § 4º do art. 39. (Incluído pela Emenda Os modernos têm outra noção de natureza humana. Para
Constitucional nº 19, de 1998) estes, o ser humano, antes de ser social, é um indivíduo. As
garantias fundamentais se inscrevem no indivíduo, que se
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação associa não por compulsão natural, mas por necessidade.
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu Daí que, todo direito estabelecido socialmente tem como
patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda limite o direito individual, também chamado de direito civil.
Constitucional nº 82, de 2014) Antes de ser político (que implica ser social), o ser humano
é indivíduo e, sem a garantia da individualidade, não há
I - compreende a educação, engenharia e política.
fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas Em suma, e apesar das grandes diferenças entre estas três
em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade posturas que rapidamente apresentamos aqui, as
urbana eficiente; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº concepções de direitos humanos deste tipo estribam-se,
82, de 2014) antes de tudo, numa certa ideia de natureza humana,
anterior e medida de todo o direito que possa ser
estabelecido.
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito
Uma concepção liberal de direitos humanos entende os
Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou
direitos humanos como garantia das liberdades
entidades executivos e seus agentes de trânsito,
fundamentais. A medida do direito já não é a natureza, mas
estruturados em Carreira, na forma da lei. (Incluído pela
a liberdade. Se, de um lado, a natureza determina a
Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
liberdade, a liberdade, por outro, e aqui está o centro da
força, determina a natureza, promovendo, inclusive sua a construção de reconhecimento e, portanto, luta
modificação. permanente contra a exploração, o domínio, a vitimização,
A concepção liberal também tem uma noção forte de a exclusão. É luta permanente pela emancipação,
indivíduo, não mais como entidade anterior e determinante profundamente ligada a todas as lutas libertárias
do social (construído compulsoriamente), mas como agente construídas ao longo dos séculos pel os oprimidos para abrir
da liberdade. É em nome da liberdade que os indivíduos se caminhos e construir pontes de maior humanidade. Carrega
associam, criam e se submetem a determinadas regras de a marca da contradição e da busca de sínteses históricas
convivência. São caros aos liberais três princípios que possam vir realizá-la como efetividade na vida de todos
fundamentais: o da igualdade formal de todos ante a lei, a e todas.
regra de representação social pela vontade da maioria e a Em conseqüência, o estabelecimento dos direitos humanos
distinção profunda entre o público e o privado. Estas em instrumentos normativos (legais e jurídicos) é sempre
noções levam a uma postura formalista da liberdade como precário, pois, mesmo que possa significar avanço
sendo condição de realização, independente de como se dá importante na geração de condições para sua efetivação,
de fato, em geral em situações de profunda des igualdade. também pode significar seu estreitamento, já que se dá nos
Os liberais, portanto, reconhecem a primazia dos direitos marcos da institucionalidade disponível que, de regra, não
civis, mas também lhes acrescentam os direitos políticos está construída na lógica dos direitos humanos.
como sendo fundamentais. É preciso não esquecer que as Contraditoriamente, toda luta pela institucionalização dos
primeiras formulações dos direitos humanos nasceram direitos gera condições, instrumentos e mecanismos para
bastante carregadas desta concepção. que possam ser exigidos publicamente, mas também tende
A concepção positivista de direitos humanos advoga a idéia a enfraquecer a força constitutiva da dignidade humana
de que direitos humanos são aqueles inscritos em códigos e como processo permanente de geração de novos
legislações e que têm força vinculativa enquanto estiverem conteúdos e de alargamento permanente do seu sentido.
ao máximo expressos na “letra da lei”. A margem de Ademais, a positivação dos direitos não significa, por si só,
interpretação é exígua e somente podem ser invocados se garantia de sua efetivação, mesmo que sua não-positivação
o objeto, quem pode demandá- los e quem pode ser os deixe ainda em maior dificuldade, já que não dotaria a
demandado por ele estiverem definidos. Faltando qualquer sociedade de condições públicas de ação.
um destes componentes fica inviabilizada sua efetivação, A noção de direitos humanos tem uma unidade normativa
por mais importante que seja o conteúdo em questão. interna que se funda na dignidade igual/diversa de cada ser
Em termos jurídicos, esta discussão aparece num debate humano como sujeito moral, jurídico, político e social. Esta
muito comum que põe em comparação os direitos unidade normativa abre-se tanto à orientação da
humanos e os direitos fundamentais. Em resumo, a idéia construção dos arranjos históricos para sua efetivação e à
defendida pelos adeptos da teoria dos direitos crítica daqueles arranjos que não caminham concretamente
fundamentais é que somente são direitos humanos na perspectiva de sua efetivação quanto à reconstrução
exigíveis aqueles que forem incorporados na legislação permanente da própria noção de dignidade como conteúdo
como direitos fundamentais, fora desta possibilidade os construído na dinâmica de sua efetivação.
direitos humanos não têm força mais do que como Por isso, direitos humanos são construção histórica e estão
orientação doutrinária e moral. sendo gestados permanentemente pelos diversos sujeitos
A concepção histórico-crítica dos direitos humanos os sociais em sua diversidade. Aquilo que resta reconhecido
entende como construção histórica marcada pelas nos textos legislativos, nas convenções, nos pactos, nos
contradições e condições da realidade social. Reconhece as tratados, é a síntese possível, circunstanciada ao momento
liberdades fundamentais, mas entende que sua garantia histórico, mas que se constitui em parâmetro, em
exige estrutura e condições sociais, econômicas e culturais referência, fundamental, mesmo não sendo o fim último da
que possam torná-las efetivas para todos. A igualdade é luta em direitos humanos. A construção dos direitos
complemento da liberdade, como condição fundamental da humanos se faz todo dia, se faz nas lutas concretas, se faz
garantia dos direitos. Igualdade deixa de ser princípio nos processos históricos que afirmam e inovam direitos a
formal para se transformar em condição histórica de todo o tempo. A concepção histórica de direitos humanos
garantias estruturais. reconhece que a raiz de todas as lutas e de uma concepção
Nesta concepção, perde-se a vinculação dos direitos contemporânea de direitos humanos não está no
humanos a uma natureza humana, já que ela própria é arcabouço jurídico, não está no statu quo que os reconhece
entendida como construção histórica. A humanidade não é, por algum motivo ou porque não tinha como não
portanto, uma entidade ou um produto. Direitos humanos reconhecê- los. A raiz dos direitos humanos está nas lutas
são construção histórica, assim como é histórica a emancipatórias e libertárias do povo, dos homens e
construção da dignidade humana. Entende que o núcleo mulheres que as fizeram e continuam fazendo ao longo dos
conceitual dos direitos humanos radica na busca de séculos. Ali está a fonte principal para dizer o sentido dos
realização de condições para que a dignidade humana seja direitos humanos.
efetiva na vida de cada pessoa, ao tempo em que é
reconhecida como valor universal. A dignidade não é um
dado natural ou um bem (pessoal ou social). A dignidade é
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 254
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direitos Humanos
Excelência em Ensino
§ 1º (Vetado).
O Est ado e as garantias à pessoa em privação de
liberdade. § 2º Quando o estabelecimento penal não estiver
aparelhado para prover a assistência médica necessária,
Lei 7.210/1984 esta será prestada em outro local, mediante autorização da
direção do estabelecimento.
CAPÍTULO II
§ 3 o Será assegurado acompanhamento médico à
Da Assistência mulher, principalmente no pré-natal e no pós-parto,
extensivo ao recém-nascido. (Incluído pela Lei nº
SEÇÃO I 11.942, de 2009)
Art. 11. A assistência será: Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter
serviços de assistência jurídica nos estabelecimentos
I - material; penais.
SEÇÃO II
§ 2 o Em todos os estabelecimentos penais, haverá
local apropriado destinado ao atendimento pelo Defensor
Da Assistência Material Público. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
Art. 12. A assistência material ao preso e ao § 3 o Fora dos estabelecimentos penais, serão
internado consistirá no fornecimento de alimentação, implementados Núcleos Especializados da Defensoria
vestuário e instalações higiênicas. Pública para a prestação de assistência jurídica integral e
gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e
Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e seus familiares, sem recursos financeiros para constituir
serviços que atendam aos presos nas suas necessidades advogado. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e
objetos permitidos e não fornecidos pela Administração. SEÇÃO V
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, IV - a existência de bibliotecas e as condições de seu
integrando-se no sistema escolar da Unidade Federativa. acervo; (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015)
Art. 18-A. O ensino médio, regular ou supletivo, com V - outros dados relevantes para o aprimoramento
formação geral ou educação profissional de nível médio, educacional de presos e presas. (Incluído pela Lei nº
será implantado nos presídios, em obediência ao preceito 13.163, de 2015)
constitucional de sua universalização. (Incluído pela
Lei nº 13.163, de 2015) SEÇÃO VI
SEÇÃO VII
Art. 21-A. O censo penitenciário deverá
apurar: (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015)
Da Assistência Religiosa
I - o nível de escolaridade dos presos e das
presas; (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de
culto, será prestada aos presos e aos internados,
permitindo-se-lhes a participação nos serviços organizados
II - a existência de cursos nos níveis fundamental e
médio e o número de presos e presas no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de
instrução religiosa.
atendidos; (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015)
§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser 1945. Pelo governo brasileiro a Carta das nações Unidas, da
obrigado a participar de atividade religiosa. qual faz parte integrante o anexo Estatuto da Côrte
Internacional de Justiça, assinada em São Francisco , a 26
SEÇÃO VIII de junho de 1945, por ocasião da Conferencia de
Organização Internacional da Nações Unidas; e
Da Assistência ao Egresso
Havendo sido o referido instrumento de ratificação
Art. 25. A assistência ao egresso consiste: depositado nos arquivos do Govêrno do Estados Unidos da
América a 21 de setembro de 1945 e usando da atribuição
que lhe confere o atr. 74, letra a da Constituição,
I - na orientação e apoio para reintegrá -lo à vida em
liberdade;
DECRETA:
II - na concessão, se necessário, de alojamento e
alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de Art. 1º fica promulgada a Carta da Nações Unidas
2 (dois) meses. apensa por cópia ao presente decreto, da qual faz parte
integrante o anexo Estatuto da Côrte Internacional de
Justiça, assinada em São Francisco, a 26 de junho de 1945.
Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II
poderá ser prorrogado uma única vez, comprovado, por
declaração do assistente social, o empenho na obtenção de Art. 2º Êste decreto entrará em vigor na data de sua
emprego. publicação.
Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1945, 124º da
Lei: Independência e 57º da República.
II - o liberado condicional, durante o período de Este texto não substitui o publicado na Coleção de Leis do
prova. Brasil de 1945
Art. 27.O serviço de assistência social colaborará com Faço saber, aos que a presente Carta de ratificação
o egresso para a obtenção de trabalho. vierem, que, entre a República dos Estados Unidos e os
países representados na Conferência das Nações Unidas
sôbre Organização Internacional, foi concluída e assinada,
Carta das Nações Unidas (1945): art.1°, §3° e art.55. pelos respectivos Plenipotenciários, em São Francisco, a 26
Presidência da República de junho de 1945, a Carta das Nações Unidas, da qual faz
Casa Civil parte integrante o anexo Estatuto da Corte Internacional de
Subchefia para Assuntos Justiça, tudo do teor seguinte:
Jurídicos
CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS
DECRETO Nº 19.841, DE 22 DE OUTUBRO DE 1945. NÓS, OS POVOS DAS NAÇÕES UNIDAS, RESOLVIDOS
unir as nossas forças para manter a paz e a 2. Todos os Membros, a fim de assegurarem para
segurança internacionais, e a garantir, pela aceitação de todos em geral os direitos e vantagens resultantes de sua
princípios e a instituição dos métodos, que a força armada qualidade de Membros, deverão cumprir de boa fé as
não será usada a não ser no interesse comum, obrigações por eles assumidas de acordo com a presente
Carta.
a empregar um mecanismo internacional para
promover o progresso econômico e social de todos os 3. Todos os Membros deverão resolver suas
povos. controvérsias internacionais por meios pacíficos, de modo
que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça
Resolvemos conjugar nossos esforços para a internacionais.
consecução dêsses objetivos.
4. Todos os Membros deverão evitar em suas
Em vista disso, nossos respectivos Governos, por relações internacionais a ameaça ou o uso da força contra a
intermédio de representantes reunidos na cidade de São integridade territorial ou a dependência política de
Francisco, depois de exibirem seus plenos poderes, que qualquer Estado, ou qualquer outra ação incompatível com
foram achados em boa e devida forma, concordaram com a os Propósitos das Nações Unidas.
presente Carta das Nações Unidas e estabelecem, por meio
dela, uma organização internacional que será conhecida 5. Todos os Membros darão às Nações toda
pelo nome de Nações Unidas. assistência em qualquer ação a que elas recorrerem de
acordo com a presente Carta e se absterão de dar auxílio a
CAPÍTULO I qual Estado contra o qual as Nações Unidas agirem de
modo preventivo ou coercitivo.
PROPÓSITOS E PRINCÍPIOS
6. A Organização fará com que os Estados que não
Artigo 1. Os propósitos das Nações unidas são: são Membros das Nações Unidas ajam de acordo com esses
Princípios em tudo quanto for necessário à manutenção da
paz e da segurança internacionais.
1. Manter a paz e a segurança internacionais e, para
esse fim: tomar, coletivamente, medidas efetivas para
evitar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão ou 7. Nenhum dispositivo da presente Carta autorizará
outra qualquer ruptura da paz e chegar, por meios pacíficos as Nações Unidas a intervirem em assuntos que dependam
e de conformidade com os princípios da justiça e do direito essencialmente da jurisdição de qualquer Estado ou
internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias ou obrigará os Membros a submeterem tais assuntos a uma
situações que possam levar a uma perturbação da paz; solução, nos termos da presente Carta; este princípio,
porém, não prejudicará a aplicação das medidas coercitivas
constantes do Capitulo VII.
2. Desenvolver relações amistosas entre as nações,
baseadas no respeito ao princípio de igualdade de direitos e
de autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas CAPÍTULO II
apropriadas ao fortalecimento da paz universa l;
DOS MEMBROS
3. Conseguir uma cooperação internacional para
resolver os problemas internacionais de caráter econômico, Artigo 3. Os Membros originais das Nações Unidas
social, cultural ou humanitário, e para promover e serão os Estados que, tendo participado da Conferência das
estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades Nações Unidas sobre a Organização Internacional, realizada
fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, em São Francisco, ou, tendo assinado previamente a
língua ou religião; e Declaração das Nações Unidas, de 1 de janeiro de 1942,
assinarem a presente Carta, e a ratificarem, de acordo com
4. Ser um centro destinado a harmonizar a ação das o Artigo 110.
nações para a consecução desses objetivos comuns.
Artigo 4. 1. A admissão como Membro das Nações
Artigo 2. A Organização e seus Membros, para a Unidas fica aberta a todos os Estados amantes da paz que
realização dos propósitos mencionados no Artigo 1, agirão aceitarem as obrigações contidas na presente Ca rta e que,
a juízo da Organização, estiverem aptos e dispostos a quaisquer questões ou assuntos que estiverem dentro das
cumprir tais obrigações. finalidades da presente Carta ou que se rel acionarem com
as atribuições e funções de qualquer dos órgãos nela
2. A admissão de qualquer desses Estados como previstos e, com exceção do estipulado no Artigo 12,
Membros das Nações Unidas será efetuada por decisão da poderá fazer recomendações aos Membros das Nações
Assembléia Geral, mediante recomendação do Conselho de Unidas ou ao Conselho de Segurança ou a este e àqueles,
Segurança. conjuntamente, com referência a qualquer daquelas
questões ou assuntos.
Artigo 5. O Membro das Nações Unidas, contra o
qual for levada a efeito ação preventiva ou coercitiva por Artigo 11. 1. A Assembléia Geral poderá considerar
parte do Conselho de Segurança, poderá ser suspenso do os princípios gerais de cooperação na manutenção da paz e
exercício dos direitos e privilégios de Membro pela da segurança internacionais, inclusive os princípios que
Assembléia Geral, mediante recomendação do Conselho de disponham sobre o desarmamento e a regulamentaçã o dos
Segurança. O exercício desses direitos e privilégios poderá armamentos, e poderá fazer recomendações relativas a tais
ser restabelecido pelo conselho de Segurança. princípios aos Membros ou ao Conselho de Segurança, ou a
este e àqueles conjuntamente.
Artigo 6. O Membro das Nações Unidas que houver
violado persistentemente os Princípios contidos na 2. A Assembléia Geral poderá discutir quaisquer
presente Carta, poderá ser expulso da Organização pela questões relativas à manutenção da paz e da segurança
Assembléia Geral mediante recomendação do Conselho de internacionais, que a ela forem submetidas por qualquer
Segurança. Membro das Nações Unidas, ou pelo Conselho de
Segurança, ou por um Estado que não seja Membro das
CAPÍTULO III Nações unidas, de acordo com o Artigo 35, parágrafo 2, e,
com exceção do que fica estipulado no Artigo 12, poderá
ÓRGÃOS fazer recomendações relativas a quaisquer destas questões
ao Estado ou Estados interessados, ou ao Conselho de
Segurança ou a ambos. Qualquer destas questões, para cuja
Artigo 7. 1. Ficam estabelecidos como órgãos
solução for necessária uma ação, será submetida ao
principais das Nações Unidas: uma Assembléia Geral, um
Conselho de Segurança pela Assembléia Geral, antes ou
Conselho de Segurança, um Conselho Econômico e Social, depois da discussão.
um conselho de Tutela, uma Corte Internacional de Justiça
e um Secretariado.
3. A Assembléia Geral poderá solicitar a atenção do
Conselho de Segurança para situações que possam
2. Serão estabelecidos, de acordo com a presente constituir ameaça à paz e à segurança internacionais.
Carta, os órgãos subsidiários considerados de necessidade.
fará recomendações, destinados a: Artigo 18. 1. Cada Membro da Assembléia Geral terá
um voto.
a) promover cooperação internacional no terreno
político e incentivar o desenvolvimento progressivo do 2. As decisões da Assembléia Geral, em questões
direito internacional e a sua codificação; importantes, serão tomadas por maioria de dois terços dos
Membros presentes e votantes. Essas questões
b) promover cooperação internacional nos terrenos compreenderão: recomendações relativas à manutenção
econômico, social, cultural, educacional e sanitário e da paz e da segurança internacionais; à eleição dos
favorecer o pleno gozo dos direitos humanos e das Membros não permanentes do Conselho de Segurança; à
liberdades fundamentais, por parte de todos os povos, sem eleição dos Membros do Conselho Econômico e Social; à
distinção de raça, sexo, língua ou religião. eleição dos Membros dos Conselho de Tutela, de acordo
como parágrafo 1 (c) do Artigo 86; à admissão de novos
2. As demais responsabilidades, funções e Membros das Nações Unidas; à suspensão dos direitos e
atribuições da Assembléia Geral, em relação aos assuntos privilégios de Membros; à expulsão dos Membros; questões
mencionados no parágrafo 1(b) acima, estão enumeradas referentes o funcionamento do sistema de tutela e
nos Capítulos IX e X. questões orçamentárias.
Artigo 14. A Assembléia Geral, sujeita aos 3. As decisões sobre outras questões, inclusive a
dispositivos do Artigo 12, poderá recomendar medidas para determinação de categoria adicionais de assuntos a serem
a solução pacífica de qualquer situação, qualquer que seja debatidos por uma maioria dos membros presentes e que
sua origem, que lhe pareça prejudicial ao bem-estar geral votem.
ou às relações amistosas entre as nações, inclusive em
situações que resultem da violação dos dispositivos da Artigo 19. O Membro das Nações Unidas que estiver
presente Carta que estabelecem os Propósitos e Princípios em atraso no pagamento de sua contribuição financeira à
das Nações Unidas. Organização não terá voto na Assembléia Geral, se o total
de suas contribuições atrasadas igualar ou exceder a soma
Artigo 15. 1 . A Assembléia Geral receberá e das contribuições correspondentes aos dois anos anteriores
examinará os relatórios anuais e especiais do Conselho de completos. A Assembléia Geral poderá entretanto, permitir
Segurança. Esses relatórios incluirão uma relação das que o referido Membro vote, se ficar provado que a falta
medidas que o Conselho de Segurança tenha adotado ou de pagamento é devida a condições independentes de sua
aplicado a fim de manter a paz e a segurança vontade.
internacionais.
Processo
2. A Assembléia Geral receberá e examinará os
relatórios dos outros órgãos das Nações Unidas. Artigo 20. A Assembléia Geral reunir-se-á em
sessões anuais regulares e em sessões especiais exigidas
Artigo 16. A Assembléia Geral desempenhará, com pelas circunstâncias. As sessões especiais serão convocadas
relação ao sistema internacional de tutela, as funções a ela pelo Secretário-Geral, a pedido do Conselho de Segurança
atribuídas nos Capítulos XII e XIII, inclusive a aprovação de ou da maioria dos Membros das Nações Unidas.
acordos de tutela referentes às zonas não designadas como
estratégias. Artigo 21. A Assembléia Geral adotará suas regras de
processo e elegerá seu presidente para cada sessão.
Artigo 17. 1. A Assembléia Geral cons iderará e
aprovará o orçamento da organização. Artigo 22. A Assembléia Geral poderá estabelecer os
órgãos subsidiários que julgar necessários ao desempenho
2. As despesas da Organização serão custeadas pelos de suas funções.
Membros, segundo cotas fixadas pela Assembléia Geral.
CAPITULO V
3. A Assembléia Geral considerará e aprovará
quaisquer ajustes financeiros e orçamentários com as CONSELHO DE SEGURANÇA
entidades especializadas, a que se refere o Artigo 57 e
examinará os orçamentos administrativos de tais Composição
instituições especializadas com o fim de lhes fazer
recomendações. Artigo 23. 1. O Conselho de Segurança será
composto de quinze Membros das Nações Unidas. A
Votação República da China, a França, a União das Repúblicas
Segurança determinará as condições que lhe parecerem consideração que as controvérsias de caráter jurídico
justas para a participação de um Estado que não for devem, em regra geral, ser submetidas pelas partes à Corte
Membro das Nações Unidas. Internacional de Justiça, de acordo com os dispositivos do
Estatuto da Corte.
SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS
Artigo 37. 1. No caso em que as partes em
Artigo 33. 1. As partes em uma controvérsia, que controvérsia da natureza a que se refere o Artigo 33 não
possa vir a constituir uma ameaça à paz e à segurança conseguirem resolve-la pelos meios indicados no mesmo
internacionais, procurarão, antes de tudo, chegar a uma Artigo, deverão submete-la ao Conselho de Segurança.
solução por negociação, inquérito, mediação, conciliação,
arbitragem, solução judicial, recurso a entidades ou 2. O Conselho de Segurança, caso julgue que a
acordos regionais, ou a qualquer outro meio pacífico à sua continuação dessa controvérsia poderá realmente
escolha. constituir uma ameaça à manutenção da paz e da
segurança internacionais, decidirá sobre a conveniência de
2. O Conselho de Segurança convidará, quando agir de acordo com o Artigo 36 ou recomendar as condições
julgar necessário, as referidas partes a resolver, por tais que lhe parecerem apropriadas à sua solução.
meios, suas controvérsias.
Artigo 38. Sem prejuízo dos dispositivos dos Artigos
Artigo 34. O Conselho de Segurança poderá 33 a 37, o Conselho de Segurança poderá, se todas as
investigar sobre qualquer controvérsia ou situação partes em uma controvérsia assim o solicitarem, fazer
suscetível de provocar atritos entre as Nações ou dar recomendações às partes, tendo em vista uma solução
origem a uma controvérsia, a fim de determinar se a pacífica da controvérsia.
continuação de tal controvérsia ou situação pode constituir
ameaça à manutenção da paz e da segurança CAPÍTULO VII
internacionais.
AÇÃO RELATIVA A AMEAÇAS À PAZ, RUPTURA DA
Artigo 35. 1. Qualquer Membro das Nações Unidas PAZ E ATOS DE AGRESSÃO
poderá solicitar a atenção do Conselho de Segurança ou da
Assembléia Geral para qualquer controvérsia, ou qualquer Artigo 39. O Conselho de Segurança determinará a
situação, da natureza das que se acham previstas no Artigo existência de qualquer ameaça à paz, ruptura da paz ou ato
34. de agressão, e fará recomendações ou decidirá que
medidas deverão ser tomadas de acordo com os Artigos 41
2. Um Estado que não for Membro das Nações e 42, a fim de manter ou restabelecer a paz e a segurança
Unidas poderá solicitar a atenção do Conselho de internacionais.
Segurança ou da Assembléia Geral para qualquer
controvérsia em que seja parte, uma vez que aceite, Artigo 40. A fim de evitar que a situação se agrave, o
previamente, em relação a essa controvérsia, as obrigações Conselho de Segurança poderá, antes de fazer as
de solução pacífica previstas na presente Carta. recomendações ou decidir a respeito das medidas previstas
no Artigo 39, convidar as partes interessadas a que aceitem
3. Os atos da Assembléia Geral, a respeito dos as medidas provisórias que lhe pareçam necessárias ou
assuntos submetidos à sua atenção, de acordo com este aconselháveis. Tais medidas provisórias não prejudicarão os
Artigo, serão sujeitos aos dispositivos dos Artigos 11 e 12. direitos ou pretensões , nem a situação das partes
interessadas. O Conselho de Segurança tomará devida nota
Artigo 36. 1. O conselho de Segurança poderá, em do não cumprimento dessas medidas.
qualquer fase de uma controvérsia da natureza a que se
refere o Artigo 33, ou de uma situação de natureza Artigo 41. O Conselho de Segurança decidirá sobre
semelhante, recomendar procedimentos ou métodos de as medidas que, sem envolver o emprego de forças
solução apropriados. armadas, deverão ser tomadas para tornar efetivas suas
decisões e poderá convidar os Membros das Nações Unidas
2. O Conselho de Segurança deverá tomar em a aplicarem tais medidas. Estas poderão incluir a
consideração quaisquer procedimentos para a solução de interrupção completa ou parcial das relações econômicas,
uma controvérsia que já tenham sido adotados pelas dos meios de comunicação ferroviários, marítimos, aéreos ,
partes. postais, telegráficos, radiofônicos, ou de outra qualquer
espécie e o rompimento das relações diplomáticas.
3. Ao fazer recomendações, de acordo com este
Artigo, o Conselho de Segurança deverá tomar em Artigo 42. No caso de o Conselho de Segurança
considerar que as medidas previstas no Artigo 41 seriam ou Segurança, em todas as questões relativas às exigências
demonstraram que são inadequadas, poderá levar a efeito, militares do mesmo Conselho, para manutenção da paz e
por meio de forças aéreas, navais ou terrestres, a ação que da segurança internacionais, utilização e comando das
julgar necessária para manter ou restabelecer a paz e a forças colocadas à sua disposição, regulamentação de
segurança internacionais. Tal ação poderá compreender armamentos e possível desarmamento.
demonstrações, bloqueios e outras operações, por parte
das forças aéreas, navais ou terrestres dos Membros das 2. A Comissão de Estado Maior será composta dos
Nações Unidas. Chefes de Estado Maior dos Membros Permanentes do
Conselho de Segurança ou de seus representantes. Todo
Artigo 43. 1. Todos os Membros das Nações Unidas, Membro das Nações Unidas que não estiver
a fim de contribuir para a manutenção da paz e da permanentemente representado na Comissão será por esta
segurança internacionais, se comprometem a proporcionar convidado a tomar parte nos seus trabalhos, sempre que a
ao Conselho de Segurança, a seu pedido e de conformidade sua participação for necessária ao eficiente cumprimento
com o acôrdo ou acordos especiais, forças armadas, das responsabilidades da Comissão.
assistência e facilidades, inclusive direitos de passagem,
necessários à manutenção da paz e da segurança 3. A Comissão de Estado Maior será responsável, sob
internacionais. a autoridade do Conselho de Segurança, pela direção
estratégica de todas as forças armadas postas à disposição
2. Tal acôrdo ou tais acordos determinarão o do dito Conselho. As questões relativas ao comando dessas
número e tipo das forças, seu grau de preparação e sua forças serão resolvidas ulteriormente.
localização geral, bem como a natureza das facilidades e da
assistência a serem proporcionadas. 4. A Comissão de Estado Maior, com autorização do
Conselho de Segurança e depois de consultar os
3. O acôrdo ou acordos serão negociados o mais organismos regionais adequados, poderá estabelecer sob-
cedo possível, por iniciativa do Conselho de Segurança. comissões regionais.
Serão concluídos entre o Conselho de Segurança e
Membros da Organização ou entre o Conselho de Artigo 48. 1. A ação necessária ao cumprimento das
Segurança e grupos de Membros e submetidos à decisões do Conselho de Segurança para manutenção da
ratificação, pelos Estados signatários, de conformidade com paz e da segurança internacionais será levada a efeito por
seus respectivos processos constitucionais. todos os Membros das Nações Unidas ou por alguns deles ,
conforme seja determinado pelo Conselho de Segurança.
Artigo 44. Quando o Conselho de Segurança decidir
o emprego de força, deverá, antes de solicitar a um 2. Essas decisões serão executas pelos Membros das
Membro nele não representado o fornecimento de forças Nações Unidas diretamente e, por seu intermédio, nos
armadas em cumprimento das obrigações assumidas em organismos internacionais apropriados de que façam parte.
virtude do Artigo 43, convidar o referido Membro, se este
assim o desejar, a participar das decisões do Conselho de Artigo 49. Os Membros das Nações Unidas prestar-
Segurança relativas ao emprego de contingentes das forças se-ão assistência mútua para a execução das medidas
armadas do dito Membro. determinadas pelo Conselho de Segurança.
Artigo 45. A fim de habilitar as Nações Unidas a Artigo 50. No caso de serem tomadas medidas
tomarem medidas militares urgentes, os Membros das preventivas ou coercitivas contra um Estado pelo Conselho
Nações Unidas deverão manter, imediatamente utilizáveis, de Segurança, qualquer outro Estado, Membro ou não das
contingentes das forças aéreas nacionais para a execução Nações unidas, que se sinta em presença de problemas
combinada de uma ação coercitiva internacional. A especiais de natureza econômica, resultantes da execução
potência e o grau de preparação desses contingentes, como daquelas medidas, terá o direito de consultar o Conselho de
os planos de ação combinada, serão determinados pelo Segurança a respeito da solução de tais problemas.
Conselho de Segurança com a assistência da Comissão de
Estado Maior, dentro dos limites estabelecidos no acordo
Artigo 51. Nada na presente Carta prejudicará o
ou acordos especiais a que se refere o Artigo 43.
direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva no
caso de ocorrer um ataque armado contra um Membro das
Artigo 46. O Conselho de Segurança, com a Nações Unidas, até que o Conselho de Segurança tenha
assistência da Comissão de Estado Maior, fará planos para a tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz
aplicação das forças armadas. e da segurança internacionais. As medidas tomadas pelos
Membros no exercício desse direito de legítima defesa
Artigo 47. 1 . Será estabelecia uma Comissão de serão comunicadas imediatamente ao Conselho de
Estado Maior destinada a orientar e assistir o Conselho de
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 263 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direitos Humanos
Excelência em Ensino
Segurança e não deverão, de modo algum, atingir a conformidade com os acordos ou entidades regionais para
autoridade e a responsabilidade que a presente Carta manutenção da paz e da segurança internacionais.
atribui ao Conselho para levar a efeito, em qualquer tempo,
a ação que julgar necessária à manutenção ou ao CAPÍTULO IX
restabelecimento da paz e da segurança internacionais.
COOPERAÇÃO ECONÔMICA E SOCIAL
CAPÍTULO VIII INTERNACIONAL
2. Os Membros das Nações Unidas, que forem parte b) a solução dos problemas internacionais
em tais acordos ou que constituírem tais entidades, econômicos, sociais, sanitários e conexos; a cooperação
empregarão todo os esforços para chegar a uma solução internacional, de caráter cul tural e educacional; e
pacífica das controvérsias locais por meio desses acordos e
entidades regionais, antes de as submeter ao Conselho de c) o respeito universal e efetivo dos direitos
Segurança. humanos e das liberdades fundamentais para todos, sem
distinção de raça, sexo, língua ou religião.
3. O Conselho de Segurança estimulará o
desenvolvimento da solução pacífica de controvérsias locais Artigo 56. Para a realização dos propósitos
mediante os referidos acordos ou entidades regionais, por enumerados no Artigo 55, todos os Membros da
iniciativa dos Estados interessados ou a instância do próprio Organização se comprometem a agir em cooperação com
conselho de Segurança. esta, em conjunto ou separadamente.
4. Este Artigo não prejudica, de modo algum, a Artigo 57.1. As várias entidades especializadas,
aplicação dos Artigos 34 e 35. criadas por acordos intergovernamentais e com amplas
responsabilidades internacionais, definidas em seus
Artigo 53. 1. O conselho de Segurança utilizará, instrumentos básicos, nos campos econômico, social,
quando for o caso, tais acordos e entidades regionais para cultural, educacional, sanitário e conexos, serão vinculadas
uma ação coercitiva sob a sua própria autoridade. às Nações Unidas, de conformidade com as disposições do
Nenhuma ação coercitiva será, no entanto, levada a efeito Artigo 63.
de conformidade com acordos ou entidades regionais sem
autorização do Conselho de Segurança, com exceção das 2. Tais entidades assim vinculadas às Nações Unidas
medidas contra um Estado inimigo como está definido no serão designadas, daqui por diante, como entidades
parágrafo 2 deste Artigo, que forem determinadas em especializadas.
consequência do Artigo 107 ou em acordos regionais
destinados a impedir a renovação de uma política agressiva
Artigo 58. A Organização fará recomendação para
por parte de qualquer desses Estados, até o momento em
coordenação dos programas e atividades das entidades
que a Organização possa, a pedido dos Governos especializadas.
interessados, ser incumbida de impedir toda nova agressão
por parte de tal Estado.
Artigo 59. A Organização, quando julgar
conveniente, iniciará negociações entre os Estados
2. O termo Estado inimigo, usado no parágrafo 1
interessados para a criação de novas entidades
deste Artigo, aplica-se a qualquer Estado que, durante a
especializadas que forem necessárias ao cumprimento dos
Segunda Guerra Mundial, foi inimigo de qualquer signatário propósitos enumerados no Artigo 55.
da presente Carta.
são incumbidos de exercer as funções da Organização Artigo 63. 1. O conselho Econômico e Social poderá
estipuladas no presente Capítulo. estabelecer acordos com qualquer das entidades a que se
refere o Artigo 57, a fim de determinar as condições em
CAPÍTULO X que a entidade interessada será vinculada às Nações
Unidas. Tais acordos serão submetidos à a provação da
CONSELHO ECONÔMICO E SOCIAL Assembléia Geral.
4. Poderá convocar, de acordo com as regras Artigo 68. O Conselho Econômico e Social criará
estipuladas pelas Nações Unidas, conferências comissões para os assuntos econômicos e sociais e a
internacionais sobre assuntos de sua competência. proteção dos direitos humanos assim como outras
comissões que forem necessárias para o desempenho de
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 265 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direitos Humanos
Excelência em Ensino
Artigo 71. O Conselho Econômico e Social poderá e) transmitir regularmente ao Secretário-Geral, para
entrar nos entendimentos convenientes para a consulta fins de informação, sujeitas às reservas impostas por
com organizações não governamentais, encarregadas de considerações de segurança e de ordem constitucional,
questões que estiverem dentro da sua própria informações estatísticas ou de outro caráter técnico,
competência. Tais entendimentos poderão ser feitos com relativas às condições econômicas, sociais e educacionais
organizações internacionais e, quando for o caso, com dos territórios pelos quais são respectivamente
organizações nacionais, depois de efetuadas consultas com responsáveis e que não estejam compreendidos entre
o Membro das Nações Unidas no caso. aqueles a que se referem os Capítulos XII e XIII da Carta .
Artigo 72. 1 . O Conselho Econômico e Social adotará Artigo 74. Os Membros das Nações Unidas
seu próprio regulamento, que incluirá o método de escolha concordam também em que a sua política com relação aos
de seu Presidente. territórios a que se aplica o presente Capítulo deve ser
baseada, do mesmo modo que a política seguida nos
2. O Conselho Econômico e Social reunir-se-á respectivos territórios metropolitanos, no princípio geral de
quando for necessário, de acordo com o seu regulamento, boa vizinhança, tendo na devida conta os interesses e o
o qual deverá incluir disposições referentes à convocação bem-estar do resto do mundo no que se refere às questões
de reuniões a pedido da maioria dos Membros. sociais, econômicas e comerciais.
a) assegurar, com o devido respeito à cultura dos b) fomentar o progresso político, econômico, socia l
povos interessados, o seu progresso político, econômico, e educacional dos habitantes dos territórios tutelados e o
social e educacional, o seu tratamento equitativo e a sua seu desenvolvimento progressivo para alcançar governo
proteção contra todo abuso; próprio ou independência, como mais convenha às
circunstâncias particulares de cada território e de seus
b) desenvolver sua capacidade de governo próprio, habitantes e aos desejos livremente expressos dos povos
tomar devida nota das aspirações políticas dos povos e interessados e como for previsto nos termos de cada
c) quantos outros Membros eleitos por um período Artigo 91. O Conselho de Tutela valer-se-á, quando
de três anos, pela Assembléia Geral, sejam necessários para for necessário,da colaboração do Conselho Econômico e
assegurar que o número total de Membros do Conselho de Social e das entidades especializadas, a respeito das
Tutela fique igualmente dividido entre os Membros das matérias em que estas e aquele sejam respectivamente
Nações Unidas que administrem territórios tutelados e interessados.
aqueles que o não fazem.
CAPÍTULO XIV
2. Cada Membro do Conselho de Tutela designará
uma pessoa especialmente qualificada para representá -lo A CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA
perante o Conselho.
Artigo 92. A Corte Internacional de Justiça será o
Artigo 87. A Assembléia Geral e, sob a sua principal órgão judiciário das Nações Unidas. Funcionará de
autoridade, o Conselho de Tutela, no desempenho de suas acordo com o Estatuto anexo, que é baseado no Estatuto
funções, poderão: da Corte Permanente de Justiça Internacional e faz parte
integrante da presente Carta.
a) examinar os relatórios que lhes tenham sido
submetidos pela autoridade administradora; Artigo 93. 1. Todos os Membros das Nações Unidas
são ipso facto partes do Estatuto da Corte Internacional de
b) Aceitar petições e examiná-las, em consulta com a Justiça.
autoridade administradora;
2. Um Estado que não for Membro das Nações
c) providenciar sobre visitas periódicas aos Unidas poderá tornar-se parte no Estatuto da Corte
territórios tutelados em épocas ficadas de acordo com a Internacional de Justiça, em condições que serão
autoridade administradora; e determinadas, em cada caso, pela Assembléia Geral,
mediante recomendação do Conselho de Segurança.
d) tomar estas e outras medidas de conformidade
com os termos dos acordos de tutela. Artigo 94. 1. Cada Membro das Nações Unidas se
compromete a conformarse com a decisão da Corte
Artigo 88. O Conselho de Tutela formulará um Internacional de Justiça em qualquer caso em que for parte.
questionário sobre o adiantamento político, econômico,
social e educacional dos habitantes de cada território 2. Se uma das partes num caso deixar de cumprir as
tutelado e a autoridade administradora de cada um destes obrigações que lhe incumbem em virtude de sentença
territórios, dentro da competência da Assembléia Geral, proferida pela Corte, a outra terá direito de recorrer ao
fará um relatório anual à Assembléia, baseado no referido Conselho de Segurança que poderá, se julgar necessário,
questionário. fazer recomendações ou decidir sobre medidas a serem
tomadas para o cumprimento da sentença.
Votação
Artigo 95. Nada na presente Carta impedirá os
Artigo 89 - 1. Cada Membro do Conselho de Tutela Membros das Nações Unidas de confiarem a solução de
suas divergências a outros tribunais, em virtude de acordos
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 268
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direitos Humanos
Excelência em Ensino
já vigentes ou que possam ser concluídos no futuro. conselho de Tutela e, quando for necessário, para outros
órgãos das Nações Unidas. Esses funcionários farão parte
Artigo 96. 1. A Assembléia Geral ou o Conselho de do Secretariado.
Segurança poderá solicitar parecer consultivo da Corte
Internacional de Justiça, sobre qualquer questão de ordem 3. A consideração principal que prevalecerá na
jurídica. escolha do pessoal e na determinação das condições de
serviço será a da necessidade de assegurar o mais a lto grau
2. Outros órgãos das Nações Unidas e entidades de eficiência, competência e integridade. Deverá ser levada
especializadas, que forem em qualquer época devidamente na devida conta a importância de ser a escolha do pessoal
autorizados pela Assembléia Geral, poderão também feita dentro do mais amplo critério geográfico possível.
solicitar pareceres consultivos da Corte sobre questões
jurídicas surgidas dentro da esfera de suas atividades. CAPÍTULO XVI
seus respectivos países para o desempenho das mais altas Artigo 7. 1. O Secretário Geral preparará uma lista,
funções judiciárias, ou que sejam jurisconsultos de por ordem alfabética, de tôdas as pessoas assim indicadas.
reconhecida competência em direito internacional. Salvo o caso. previsto no art. 12, parágrafo 2, serão elas as
únicas pessoas elegíveis.
Artigo 3. 1. A Côrte será composta de quinze
membros, não podendo configurar entre êles dois 2. O Secretário Geral . submeterá essa .lista à
nacionais do mesmo Estado. Assembléia Geral e ao Conselho de Segurança.
2. A pessoa que possa ser considerada nacional de Artigo 8. A Assembléia Geral e o Conselho de
mais de. um Estado será, para efeito de sua inclusão como Segurança procederão, independentemente um do outro,
membro da Côrte, considerada nacional do Estado em que à eleição dos membras da Côrte.
exercer ordinariamente seus direitos civis e políticos.
Artigo 9. Em cada eleição, os eleitores devem ter
Artigo 4. 1. Os membros da Côrte serão eleitos pela presente não só que as pessoas a serem eleitas possuam
Assembléia Geral e pelo Conselho de Segurança de uma individualmente as condições exigidas, mas também que,
lista de pessoas apresentadas pelos grupos nacionais da no conjunto dêsse órgão judiciário, seja assegurada
Côrte Permanente de Arbitragem, de acôrdo com as arepresentação das mais altas formas da civilização e dos
disposições seguintes. principais sistemas jurídicos do mundo.
2. Quando se tratar de Membros das Nações Unidas Artigo 10. 1. 0s candidatos que obtiverem maioria
não representados na côrte Permanente de Arbitragem, os absoluta de votos na Assembléia Geral e no
candidatos serão apresentador por grupos nacionais Conselho de Segurança serão considerados eleitos.
designados para êsse fim pelos seus Governos, nas
mesmas condições que as estipuladas para os membros da 2. Nas votações do Conselho de Segurança, quer
Côrte Permanente de Arbitragem pelo art. 44 da para a eleição ,dos juizes, quer para a nomeação dos
Convenção de Haia, de 1907, referente à solução pacífica membros da comissão prevista no artigo 12, não haverá
das controvérsias internacionais. qualquer distinção entre membros permanentes e não
permanentes do Conselho de Segurança.
3. As condições pelas quais um Estado, que é parte
no presente Estatuto, sem ser Membro das Nações Unidas, 3. No caso em que a maioria absoluta de votos,
poderá participar na eleição dos membros da Côrte, serão, tanto da Assembléia Geral quanto do Conselho de
na falta de acôrdo especial, determinadas pela Assembléia Segurança, contemple mais de Um nacional do mesmo
Geral mediante recomendação do Conselho de Segurança. Estado, o mais velho dos dois será considerado eleito.
Artigo 5. 1. Três meses, pelo menos antes da data da Artigo 11. Se, depois da primeira reunião convocada
eleição, o Secretário Geral das Nações Unidas convidará, para fins de eleição, um ou mais lugares continuarem
por escrito, os membros da Côrte Permanente de vagos, deverá ser realizada uma segunda e, se fôr
Arbitragem pertencentes a Estados que sejam partes no necessário, uma terceira reunião.
presente Estatuto, e os membros dos grupos nacionais
designados de conformidade com o art. 5, parágrafo 2, para Artigo 12. 1. Se, depois da terceira reunião, um ou
que indiquem, por grupos nacionais, dentro de um prazo mais lugares ainda continuarem vagos, uma
estabelecido, os nomes das pessoas em condições de comissão, composta de seis membros, três indicados pela
desempenhar as funções de membro da Côrte. Assembléia Geral e três pelo Conselho de Segurança,
poderá ser formada em qualquer momento, por, solicitação
2. Nenhum grupo deverá indicar mais de quatro da Assembléia ou do Conselho de Segurança, com o fim de
pessoas, das quais. no máximo, duas poderão ser de sua escolher, por maioria absoluta de votos, um nome para
nacionalidade. Em nenhum caso o número dos candidatos cada lugar ainda vago, o qual será submetido à Assembléia
indicados por um grupo poderá ser maior do que o ,dôbro Geral e ao Conselho de Segurança para sua respectiva
dos lugares a serem preenchidos. aceitação.
Artigo 6. Recomenda-se que, antes de fazer estas 2. A Comissão Mista, caso concorde
indicações, cada.. grupo nacional consulte sua mais unânimente com a escolha de uma pessoa que preencha as
a!ta côrte de justiça, suas faculdades e escolas de direito, condições exigidas, poderá incluí-la em sua lista, ainda que
suas academias nacionais e as seções nacionais de a mesma não tenha figurado na lista de indicações a que se
academias internacionais dedicada ao estudo de direito. refere o artigo 7.
3. Se a Comissão Mista chegar à convicção de que qualquer questão na qual anteriormente tenha intervindo
não logrará resultados com uma eleição, os membros já como agente, consultor ou, advogado de uma das partes,
eleitos da Côrte deverão, dentro de um prazo a ser fixado como membro de um tribunal nacional ou internacional, ou
pelo Conselho de Segurança, preencher os lugares vagos, e de uma comissão de inquérito, ou em qualquer outro
o farão por escolha de entre os candidatos que tenham caráter.
obtido votos na Assebléia Geral ou no
Conselho de Segurança. 3. Qualquer dúvida a êsse respeito será resolvida por
decisão da Côrte.
4. No caso de um empate na votação dos juízes, o
mais velho dêles terá voto decisivo. Artigo 18. 1. Nenhum membro da Côrte poderá ser
demitido, a menos· que, na opinião unânime dos outros
Artigo 13. 1. Os membros da, Côrte serão eleitos por membros, tenha deixado de preencher as condições
nove anos e poderão ser reeleitos; fica estabelecido, exigidas.
entretanto, que, dos juizes eleitos na primeira eleição,
cinco terminarão suas funções no fim de um período de 2. O Secretário Geral será disso notificado,
três anos, e outros cinco no fim de um período de seis anos. oficialmente, pelo Escrivão da Côrte.
2. Os juízes cujas funções deverão terminar no fim 3. Essa notificação significará a abertura da vaga.
dos referidos períodos iniciais de três e seis anos serão
escolhidos por sorteio, que será efetuado pelo Secretário Artigo 19. Os membros da Côrte, quando no
Geral imediatamente depois de terminada a primeira exercício de suas funções, gozarão dos privilégios e
eleição. imunidades diplomáticas.
3. Os membros da Côrte continuarão no Artigo 20. Todo membro da Côrte, antes de assumir
desempenho de suas funções até que suas vagas tenham as suas funções, fará, em sessão pública,
sido preenchidas. Ainda depois de substituídos, deverão a declaração solene de que exercerá as suas atribuições
terminar qualquer questão cujo estudo tenham começado. imparcial e conscienciosamente.
4. No caso de renúncia de um membro da Côrte, o Artigo 21. 1. A Côrte elegerá, pelo período de três
pedido de demissão deverá ser dirigido ao Presidente anos, seu Presidente e seu Vice-Presidente, que poderão
da Côrte que o transmitirá ao Secretário Geral. Esta última ser reeleitos.
notificação significará a abertura da vaga.
2. A Côrte nomeará seu Escrivão e providenciará
Artigo 14. As vagas serão preenchidas pelo metodo sôbre a nomeação de outros funcionários que sejam
estabelecido para a primeira eleição, de acôrdo com a necessários.
seguinte disposição: o Secretário Geral, dentro de um mês
a contar da abertura da vaga, expedirá os convites a que se
Artigo 22. 1. A sede da Côrte será a cidade de Haia.
refere o art. 5, e a data da eleição será fixada pelo Conselho
Isto, entretanto, não impedirá que até aqui a Côrte se
de Segurança.
reúna e exerça suas funções em qualquer outro lugar que
considere conveniente.
Artigo 15. O membro da Côrte eleito na vaga de um
membro que não terminou seu mandato, completará o
2. O Presidente e o Escrivão residirão na sede da
período do mandato do seu predecessor.
Côrte.
motivo de doença ou outra séria razão, poderá considerar e resolver sumàriamente as questões.
devidamente justificada perante o Presidente. Além dos cinco juizes, serão escolhidos outros dois, que
atuarão como substitutos, no impedimento de um
Artigo 24. 1. Se, por qualquer razão especial, o daqueles.
membro da Côrte considerar que não deve tomar parte no
Julgamento de uma determinada questão, deverá informar Artigo 30. 1. A Côrte estabelecera regras para o
disto o Presidente. desempenho de suas funções; es pecialmente as que
se refiram aos métodos processuais.
2. Se o Presidente considerar que, por uma razão
especial, um dos membros da Côrte não deve funcionar 2. O Regulamento- da Côrte disporá sôbre a
numa determinada questão, deverá informá -lo disto. nomeação de assessores para a Côrte ou para qualquer de
suas Câmaras, os quais não terão direito a voto.
3. Se, em qualquer dêsses casos, o membro da Côrte
e o Presidente não estiverem de acôrdo, o assunto será Artigo 31. 1. Os juizes da mesma nacionalidade de
resolvido por decisão da Côrte. qualquer das partes conservam o direito de funcionar numa
questão julgada pela Côrte.
Artigo 25. A Côrte funcionará em sessão plenária,
exceto nos casos previstos em contrário no presente 2. Se a Côrte incluir entre os seus membros um juiz
capitulo. de nacionalidade de uma das partes, qualquer outra parte
poderá escolher uma pessoa para funcionar como juiz. Essa
2. O regulamento da Côrte poderá permitir que um pessoa deverá, de preferência, ser escolhida entre os que
ou mais juizes, de acôrdo com as circunstâncias figuraram entre os candidatos a que se referem os arts. 4 e
e rotativamente, sejam dispensados das sessões, contanto 5.
que o número de juízes disponíveis para constituir a Côrte
não seja reduzido a menos de onze. 3. Se a Côrte não incluir entre os seus membros
nenhum juiz de nacionalidade das partes, cada uma destas
3. O quorum de, nove juízes será suficiente para poderá proceder à escolha de um juiz, de conformidade
constituir a Côrte. com o parágrafo 2 dêste artigo.
Artigo 26. 1. A Côrte poderá periodicamente formar 4. As disposições dêste artigo serão aplicadas aos
uma ou mais Câmaras, compostas de três ou casos previstos nos artigos 26 e 29. Em tais casos, o
mais juizes, conforme ela mesma determinar, a fim de presidente solicitará a um ou, se necessário a dois dos
tratar de questões de caráter especial, como, por exemplo, membros da Côrte integrantes da Câmara, que cedam seu
questões trabalhistas e assuntos referentes a trânsito e lugar aos membros da Côrte de nacionalidade das partes
comunicações. interessadas, e, na falta ou impedimento dêstes, aos juízes
especialmente escolhidos pelas partes.
2. A Côrte poderá, em qualquer tempo, formar uma
Câmara para tratar de uma determinada questão. O 5. No caso de haver diversas partes interessadas na
número de juízes que constituirão essa Câmara será mesma questão, elas serão, para os fins das disposições
determinado pela Côrte, com a aprovação das partes. precedentes, consideradas como uma sô parte. Qualquer
dúvida sôbre êste ponto será resolvida por decisão da
3. As questões serão consideradas e resolvidas pelas Côrte.
Câmaras a que se refere o presente artigo, se as partes
assim o solicitarem. 6. Os juízes escolhidos de conformidade com os
parágrafos 2, 3 e 4 dêste artigo deverão preencher as
Artigo 27. Uma sentença proferida por qualquer das condições exigidas pelos artigos 2, 17 (parágrafo 2), 20 e
câmaras, a que se referem os artigos 26 e 29, será 24, do presente Estatuto. Tomarão parte nas decisões em
considerada como sentença emanada da Côrte. condições de completa igualdade com seus colegas.
Artigo 28. As Câmaras, a que se referem os artigos Artigo 32. 1. Os membros da Côrte perceberão
26 e 29, poderão, com o consentimento das partes, reunir- vencimentos anuais.
se e exercer suas funções fora da cidade de Haia.
2. O Presidente receberá, por ano, um subsídio
Artigo 29. Com o fim de apressar a solução dos especial.
assuntos, a Côrte formará anualmente uma Câmara,
composta de cinco juizes; a qual, a pedido das partes, 3. O Vice-Presidente recebera um subsídio especial,
correspondente a cada dia em que funcionar como especiais dos tratados vigentes; em nenhum caso, porém,
Presidente. tais condições colocarão as partes em posição de
desigualdade perante a Côrte.
4. Os juízes escolhidos de conformidade com o art.
31, que não sejam membros da Côrte, receberão uma 3. Quando um Estado que não é Membro das
remuneração correspondente a cada dia em que exerçam Nações Unidas fór parte numa questão, a Côrte fixará a
suas funções. importância com que êle deverá, contribuir para as
despesas da Côrte. Esta disposição não será aplicada, se ta l
5. Esses vencimentos, subsídios Estado já contribuir para as referidas despesas.
e remunerações serão fixados pela Assembléia Geral e não
poderão ser diminuídos enquanto durarem os mandatos. Artigo 36. 1. A competência da Côrte abrange tôdas
as questões que as partes lhe submetam, bem como todos
6. Os vencimentos de Escrivão serão fixados pela os assuntos especialmente previstos na Carta das Nações
Assembléia Geral, por proposta da Côrte. Unidas ou em tratados e convenções em vigor.
Artigo 33. As despesas da Côrte serão custeadas b) qualquer ponto de direito internacional;
pelas Nações Unidas da maneira que fôr decidida
pela Assembléia Geral. c) a existência de qualquer fato que, se verificado,
constituiria a violação de um compromisso internacional;
CAPÍTULO II
d) a natureza ou a extensão da reparação devida
COMPETÊNCIA DA CÔRTE pela rutura de um compromisso internacional.
Artigo 34. 1. Só os Estados poderão ser partes em 3. As declarações acima mencionadas poderão ser
questões perante a Côrte. feitas pura e simplesmente ou sob condição de
reciprocidade da parte de vários ou de certos Estados, ou
2. Sôbre as questões que lhe forem submetidas, a por -prazo determinado.
Côrte, nas condições prescritas por seu
Regulamento, poderá solicitar Informação, de organizações 4. Tais declarações serão depositadas junto ao
públicas internacionais, e receberá as informações que lhe Secretário Geral das Nações Unidas, que as transmitirá, por
forem prestadas, por iniciativa própria, pelas referidas cópia, às partes contratantes do presente Estatuto e ao
organizações. Escrivão da Côrte.
3. Sempre que, no Julgamento. de uma questão 5. Nas relações entre as partes contratantes do
perante a Côrte, fôr discutida a interpretação de presente Estatuto, as declarações feitas de acôrdo com o
instrumento constitutivo de uma organização pública artigo 36 do Estatuto da Côrte Permanente de Justiça
internacional ou de uma convenção internacional adotada Internacional e que ainda estejam em vigor serão
em virtude do mesmo, o Escrivão dará conhecimento disso consideradas como importando na aceitação da jurisdição
à organização pública internacional interessada e lhe obrigatória da Côrte Internacional de Justiça pelo período
encaminhará cópias de todo o expediente escrito. em que ainda devem vigorar e de conformidade com os
seus têrmos.
Artigo 35. 1. A Côrte estará aberta aos Estados que
são parte no presente Estatuto. 6. Qualquer controvérsia sôbre a jurisdição da Côrte
será resolvida por decisão da própria Côrte.
2. As condições pelas quais a Côrte estará aberta a
outros Estados serão determinadas, pelo Artigo 37. Sempre que um tratado ou convenção em
Conselho de Segurança, ressalvadas as disposições vigor disponha que um assunto deve ser submetido a uma
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 274
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direitos Humanos
Excelência em Ensino
Artigo 40. 1. As questões serão submetidas à Côrte, 2. O mesmo processo será usado sempre que fór
conforme o caso, por notificação do acôrdo especial ou por necessário providenciar para obter quaisquer meios de
uma petição escrita dirigida ao Escrivão. Em qualquer dos prova no lugar do fato.
casos, o objeto da controvérsia e as partes deverão ser
indicados. Artigo 45. Os. debates serão. dirigidos pelo
Presidente ou, no impedimento dêste, pelo vice-
2. O Escrivão comunicará imediatamente a petição a
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 275 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direitos Humanos
Excelência em Ensino
Artigo 50. A Côrte poderá, em qualquer Artigo 59. A decisão da Côrte só será obrigatória
momento, confiar a qualquer individuo, corporação, para as partes litigantes e a respeito do caso em questão.
repartição, comissão ou outra organização, à sua escolha, a
tarefa de proceder a um inquérito ou a uma perícia. Artigo 60. A sentença é definitiva e inapelável. Em
caso de controvérsia quanto ao sentido e ao alcance da
Artigo 51. Durante os debates, todas as perguntas sentença, caberá à Côrte interpretá-la a pedido de qualquer
de interêsse serão feitas às testemunhas e peritos de das partes.
conformidade com as condições determinadas pela Côrte
no .Regulamento a que se refere o artigo 30. Artigo 61. 1. O pedido de revisão de uma sentença
só poderá ser feito em razão do descobrimento de algum
Artigo 52. Depois de receber as provas e fato suscetível de exercer influência decisiva, o qual, na
depoimentos dentro do prazo fixado para êsse fim, a Côrte ocasião de ser proferida a sentença, era desconhecido da
poderá recusar-se a aceitar qualquer novo depoimento oral Côrte e também da parte que solicita a revisão, contanto
ou escrito que uma das partes deseje apresentar, a menos que tal desconhecimento não tenha sido devido à
que as outras parte com isso concordem. negligência.
Artigo 53. 1. Se uma das partes deixar de 2. O processo de revisão será aberto por uma
comparecer perante a Côrte ou de apresentar a sua defesa, sentença da Côrte, na qual se consignará expressamente
a outra parte poderá solicitar à Côrte que decida a favor de a existência do fato novo, com o reconhecimento do
sua pretensão. caráter que determina a abertura da revisão e a declaração
de que é cabível a solicitação nesse sentido.
2. A Côrte, antes de decidir nesse sentido, deve
certificar-se não só de que o assunto é de sua competência, 3. A Côrte poderá subordinar a abertura do processo
de conformidade com os arts. 36 e 37, mas também de que de revisão à prévia execução da sentença.
a pretensão é bem fundada, de fato e de direito.
4. O pedido de revisão deverá ser feito no prazo
Artigo 54. 1. Quando os agentes, consultores e máximo de seis meses a partir do descobrimento do fato
advogados tiverem concluído, sob a fiscalização da Côrte, novo.
a apresentação de sua causa, o Presidente declarará
encerrados os debates. 5. Nenhum pedido de revisão poderá ser feito
depois de transcorridos 10 anos da data da sentença.
2. A Côrte retirar-se-á para deliberar.
Artigo 62. 1. Quando um Estado entender que a 4. Os Estados e organizações que tenham
decisão de uma causa é suscetível de comprometer um apresentado exposição escrita ou oral, ou ambas, terão a
interêsse seu de ordem jurídica, esse Estado poderá faculdade de discutir as exposições feitas por outros
solicitar à Côrte permissão para intervir em tal causa. Estados ou organizações, na. forma, extensão ou limite de
tempo que a Côrte, ou, se ela não estiver reunida, o seu
2. A Côrte decidirá sôbre êsse pedido. Presidente determinar, em cada caso particular. Para êsse
efeito, o Escrivão devera, no devido tempo, comunicar
Artigo 63. 1. Quando se tratar da interpretação de qualquer dessas exposições escritas aos Estados e
uma convenção, da qual forem partes outros Estados, além organizações que submeterem exposições semelhantes.
dos litigantes, o Escrivão notificará imediatamente todos os
Estados interessados. Artigo 67. A Côrte dará seus pareceres consultivos
em sessão pública, depois de terem sido notificados o
2. Cada Estado assim notificado terá o direito de Secretário Geral, os representantes dos Membros das
intervir no processo; mas, se usar dêste direito, a Nações Unidas, bem como de outros Estados e das
interpretação dada pela sentença será igualmente organizações internacionais diretamente interessadas.
obrigatória para êle.
Artigo 68. No exercício de suas funções consultivas,
Artigo 64. A menos que seja decidido em contrário a Côrte deverá guiar-se, além disso, pelas disposições do
pela Côrte, cada parte pagará suas próprias custas no presente Estatuto, que se aplicam em casos contenciosos,
processo. na medida em que, na sua opinião, tais disposições forem
aplicáveis.
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
PARECERES CONSULTIVOS
EMENDAS
Artigo 65. 1. A Côrte poderá dar parecer consultivo
sôbre qualquer questão jurídica a pedido do órgão que, de Artigo 69. As emendas ao presente Estatuto serão
acôrdo com a Carta das Nações Unidas ou por ela efetuadas pelo mesmo processo estabelecido pela Carta
autorizado, estiver em condições de fazer tal pedido. das Nações Unidas para emendas à Carta, ressalvadas,
entretanto, quaisquer disposições que a Assembléia Geral,
por determinação do Conselho de Segurança, possa adotar
2. As questões sôbre as quais fôr pedido o parecer
a respeito. da participação de Estados que, tendo aceito o
consultivo da Côrte serão submetidas a ela por meio de
presente Estatuto, não são Membros das Nações Unidas.
petição escrita que deverá conter uma exposição do
assunto sôbre o qual é solicitado o parecer e será
acompanhada de todos os documentos que possam Artigo 70. A Côrte terá a faculdade de propor por
elucidar a questão. escrito ao Secretário Geral quaisquer emendas ao presente
Estatuto, que julgar necessárias, a fim de que as mesmas
sejam consideradas de conformi dade com as disposições
Artigo 66. 1. O Escrivão notificará imediatamente
do art. 69.
todos os Estados com direito a comparecer perante a Côrte,
do pedido de parecer consultivo.
E, havendo o Govêrno do Brasil aprovado a mesma
Carta nos têrmos acima transcritos, pela presente a dou por
2. Além disto, a todo Estado admitido a comparecer
firme e valiosa para produzir os seus devidos efeitos,
perante a Côrte e a qualquer organização internacional,
prometendo que será cumprida inviolàvelmente.
que, a juízo da Côrte ou de seu Presidente, se a Côrte não
estiver reunida, forem suscetíveis de fornecer informações
sôbre a questão - o Escrivão fará saber, por comunicação Em firmeza do que, mandei passar esta Carta que
especial e direta, que a Côrte estará disposta assino e é selada cem o sêlo das armas da República e
a receber exposições escritas, dentro num prazo a ser subscrita pelo Ministro de Estado das Relações Exteriores.
fixado pelo Presidente, ou ouvir exposições orais. durante
uma audiência pública realizada para tal fim. Dada no Palácio da Presidência, no Rio de Janeiro,
aos doze dias do mês de setembro, de mil novecentos e
3. Se qualquer Estado com direito a comparecer quarenta e cinco, 124.° da Independência e 57.° da
perante a Côrte deixar de receber a comunicação especial a República.
que se refere o parágrafo 2 dêste artigo, tal Estado poderá
manifestar o desejo de submeter a ela uma exposição GETULIO VARGAS.
escrita ou oral. A Côrte decidirá. Pedro Leão Velloso
Declaração Universal dos Direitos Hum anos (adotada e Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e
direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir
proclamada pela Resolução 217-A (III) - da Assembleia em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948): Artigo 2
I) Todo o homem tem capacidade para gozar os direitos e
universalidade, igualdade e não discriminação (artigos 1°,
as liberdades estabelecidos nesta Declaração sem distinção
2° e 7°); direito à vida, à liberdade e à se gurança (art.3 °); de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião,
direito de ir e vir e proibição de prisão arbitrária (arts.9° e opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou
social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
13); asilo (art.14).
II) Não será também feita nenhuma distinção fundada na
condição política, jurídica ou internacional do país ou
território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um
Declaração Universal dos Direitos Humanos
território independente, sob tutela, sem governo próprio,
quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.
Preâmbulo Artigo 3
Todo o homem tem direito à vida, à liberdade e à
CONSIDERANDO que o r econhecimento da dignidade segurança pessoal.
inerente a todos os membros da família humana e seus Artigo 9
direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
da justiça e da paz no mundo, CONSIDERANDO que o Artigo 13
desprezo e o desrespeito pelos direitos do homem I) Todo homem tem direito à liberdade de locomoção e
resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência residência dentro das fronteiras de cada Estado.
da Humanidade, e que o advento de um mundo em que os II) Todo o homem tem o direito de deixar qualquer país,
homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da inclusive o próprio, e a este regressar.
liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade, Artigo 14
CONSIDERANDO ser essencial que os direitos do homem I) Todo o homem, vítima de perseguição, tem o direito de
sejam protegidos pelo império da lei, para que o homem procurar e de gozar asilo em outros países.
não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra II) Este direito não pode ser invocado em casos de
a tirania e a opressão, CONSIDERANDO ser essencial perseguição legitimamente motivada por crimes de direito
promover o desenvolvimento de r elações amistosas entre comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios
as nações, CONSIDERANDO que os povos das Nações das Nações Unidas.
Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos do
homem e da mulher, e que decidiram promover o
Convenção para a prevenção e a repressão do crime de
progresso social e melhores condições de vida em uma
liberdade mais ampla, CONSIDERANDO que os Estados genocídio: conceito de genocídio (art.2°), responsabilidade
Membros se comprometeram a promover, em cooperação (art.4°), genocídio e extradição (art.13).
com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e
liberdades fundamentais do homem e a observância desses
direitos e liberdades, CONSIDERANDO que uma CONVENÇÃO PARA A PREVENCÃO E A REPRESSÃO DO
compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais CRIME DE GENOCÍDIO
alta importância para o pleno cumprimento desse
compromisso,
As Partes Contratantes,
ARTIGO II
ARTIGO IV
ARTIGO XIII
02 Ano: 2016 Banca: FUMARC Órgão: CBTU Prova: Técnico Constituição Federal, julgue os itens abaixo, classificando os
Industrial de Edificações como certos ou errados.
A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações I. Em suas relações internacionais, a República Federativa
internacionais pelos seguintes princípios, EXCETO: do Brasil rege-se pelo princípio do pluralismo político.
a) Igualdade entre os Estados. II. A dignidade da pessoa humana é um dos fundamentos
b) Independência nacional.
da República Federativa do Bras il.
c) Não intervenção.
d) Pluralismo político. III. A prevalência dos direitos humanos constitui um dos
objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.
03 Ano: 2016 Banca: FUNRIO Órgão: IF-PA Prova: Auxiliar
de Administração IV. Constitui objetivo fundamental da República Federativa
fundamental da República Federativa do Brasil V. A igualdade entre os Estados é um dos princípios que
b) Prevalência dos direitos humanos. d) (1) Fundamento - a dignidade da pessoa humana (2)
c) Não intervenção. Objetivo - a proteção da infância e da juventude (3)
d) Repúdio ao terrorismo. Princípio de relações internacionais da República - a
concessão de asilo político
09 Ano: 2016 Banca: FUNRIO Órgão: IF-BA Prova: Assistente e) (1) Fundamento - o parlamentarismo (2) Objetivo - a
em Administração construção de uma sociedade livre, justa e igualitária (3)
Segundo a Constituição Federal de 1988, a República Princípio de relações internacionais da República - a
defesa da paz.
Federativa do Brasil rege-se nas suas relações
internacionais, dentre outros, pelos seguintes princípios: 12 Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TRE-PI Prova: Técnico de
Administração
a) autodeterminação dos povos e intervenção
permanente. A respeito dos princípios fundamentais da Constituição
b) independência nacional e solução dos conflitos pela Federal de 1988 (CF), assinale a opção correta.
guerra.
c) repúdio ao terrorismo e independência nacional. a) A soberania nacional pressupõe a soberania das normas
d) defesa da paz e distinção entre os Estados. internas fixadas pela CF sobre os atos normativos das
e) intervenção permanente e repúdio ao terrorismo. organizações internacionais nas situações em que houver
conflito entre ambos.
b) A dignidade da pessoa humana não representa,
10 Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova:
Assistente Administrativo formalmente, um fundamento da República Federativa do
Brasil.
Conforme dispõe a Constituição Federal em relação aos c) Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa visam
Princípios Fundamentais, assinale a alternativa correta. proteger o trabalho exercido por qualquer pessoa, desde
que com finalidade lucrativa.
a) A cidadania e a soberania são princípios que regem as
d) Em decorrência do pluralismo político, é dever de todo
relações internacionais do Brasil.
cidadão tolerar as diferentes ideologias político-partidárias,
b) Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de
ainda que, na manifestação dessas ideologias, haja
seus representantes eleitos indiretamente, nos termos da
conteúdo de discriminação racial.
Constituição.
e) A forma federativa do Estado pressupõe a repartição de
c) São Poderes da União, dependentes e interligados entre
competências entre os entes federados, que são dotados
si, o Legislativo e o Judiciário.
de capacidade de auto-organização e de autolegislação.
d) Os valores sociais do trabalho e o repúdio ao terrorismo
13Banca: CESPE Órgão: TRE-RS Prova: Técnico Judiciário -
constituem objetivos da República Federativa do Brasil.
Administrativo
e) A República Federativa do Brasil buscará a integração
econômica, política, social e cultural entre os povos da No que se r efer e aos princípios e aos direitos e
América Latina, visando à formação de uma comunidade garantias fundamentais, assinale a opção correta.
latino-americana de nações.
a) Por ser um princípio geral da atividade econômica
11 Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT)
Prova: Técnico de Administração regulado pelo mercado e não pelo Estado, o valor social do
trabalho não é considerado um princípio fundamental da
Ao dispor sobre os Princípios Fundamentais da República República Federativa do Brasil.
Federativa do Brasil, a Constituição prevê, expressamente, b) Ao estrangeiro em trânsito no território nacional, por
não ser residente no país, não está assegurado o exercício
como (1) fundamento, (2) objetivo e (3) princípio de
dos direitos e garantias fundamentais.
relações internacionais da República: c) Os direitos humanos, dado seu caráter abstrato e não
a) (1) Fundamento - a soberania (2) Objetivo - a tangível, protegem as pessoas naturais, mas não se aplicam
construção de uma sociedade livre, justa e igualitária (3) às pessoas jurídicas.
Princípio de relações internacionais da República - a d) Previsto expressamente na CF, o princípio do devido
solução dos conflitos pela arbitragem processo legal assegura o contraditório e a ampla defesa
b) (1) Fundamento - os valores sociais do trabalho e da livre aos litigantes em processo judicial, mas não em processo
iniciativa (2) Objetivo - a garantia do desenvolvimento administrativo.
nacional (3) Princípio de relações internacionais da e) Com base no princípio da dignidade da pessoa humana, o
República - a cooperação entre os povos para o progresso ordenamento jurídico brasileiro restringe o uso de
da humanidade algemas no país.
c) (1) Fundamento - a cidadania (2) Objetivo - a promoção
de formas alternativas de geração de energia (3) Princípio 14 Ano: 2015 Banca: Cursiva Órgão: CIS - AMOSC – SC
de relações internacionais da República - a independência Prova: Técnico Administrativo
nacional No Art. 1 º da Constituição Federal, A República Federativa
do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e diferenças, à pessoa humana e à liberdade.
b) O poder constituinte derivado decorrente refere-se
Municípios e do Distrito Federal, constitui -se em Estado à capacidade de modificar a CF, por meio de
Democrático de Direito e tem 5 (cinco) fundamentos que procedimento específico, estabelecido pelo poder
constituinte originário e proveniente deste.
são:
c) Quanto à sua origem, a CF classifica -se como híbrida, pois
a) A união política tem elementos tanto de constituição outorgada, em razão
b) O ser humano como principio fundamental da ausência do exercício direto de escolha do povo sobre o
c) A unilateralidade de trabalho novo texto constitucional, como de promulgada, por ter
d) nenhuma alternativa correta sido elaborada por uma assembleia constituinte.
d) Embora possua um núcleo intangível denominado de
15 Ano: 2015 Banca: Cursiva Órgão: CIS - AMOSC – SC cláusulas pétreas, a CF é classificada, quanto à estabilidade,
Prova: Técnico Administrativo como semirrígida, o que justifica o grande quantitativo de
A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações emendas ao seu texto.
e) Nos termos da CF, em casos de crise institucional ou
internacionais pelos seguintes princípios: I – independência
por decisão da população diretamente interessada, é
nacional; II – prevalência dos direitos humanos; III – garantido ao ente federativo o direito de secessão, ou seja,
autoderminação dos povos; IV – não-intevenção; V – de desagregar-se da Federação.
igualdade entr e os Estados; VI - defesa da paz; VII – solução 18 Ano: 2015 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: Facepe Prova:
pacífica dos conflitos; VIII – repúdio ao terrorismo e ao Assistente
racismo; IX – cooperação entre os povos para o progresso De acordo com a Constituição Federal do Brasil de 1988,
da humanidade. Qual Art. Tem esse texto? são fundamentos da República Federativa do Brasil a
a) Art. 5 a) cidadania, a dignidade da pessoa humana, a cooperação
b) Art. 4 entre os povos para o progresso da humanidade, a
c) Art. 3 independência nacional e a defesa da paz.
d) nenhuma alternativa correta. b) soberania, a independência nacional, o repúdio ao
terrorismo e ao racismo, os valores sociais do trabalho e da
16 Ano: 2015 Banca: Cursiva Órgão: CIS - AMOSC – SC livre iniciativa e a defesa da paz.
Prova: Técnico Administrativo c) soberania, a cidadania, a independência nacional, a
dignidade da pessoa humana e a cooperação entre os
O Art. 4º da CF, A República Federativa do Brasil rege-se nas
povos para o progresso da humanidade.
suas relações internacionais pelos seguintes princípios: d) dignidade da pessoa humana, o pluralismo político, a
a) independência nacional; prevalência dos direitos defesa da paz, a independência nacional e a igualdade
humanos, autodeterminação dos povos; não-intervenção; entre os Estados.
igualdade entre os Estados; defesa da paz; solução pacífica e) soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana,
dos conflitos; repúdio ao terrorismo e ao racismo; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o
cooperação entre os povos para o progresso da pluralismo político.
humanidade; concessão de asilo político.
b) a plenitude de defesa, o sigilo das votações; a soberania 19 Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR)
dos veredictos; a competência para o julgamento dos Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa
crimes dolosos contra a vida; É fundamento da República Federativa do Brasil, disposto
c) a plenitude de defesa, independência nacional;
de forma expressa na Constituição Federal,
prevalência dos direitos humanos, o sigilo das votações; a
soberania dos veredictos. a) o pluralismo político.
d) nenhuma alternativa correta. b) a erradicação da pobreza.
c) a construção de uma sociedade igualitária.
17 Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: TRE-MT Prova: Técnico d) a igualdade entre os povos.
Judiciário - Administrativo e) a cooperação entre governantes.
Assinale a opção correta acerca da Constituição Federal de
20 Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR)
1988 (CF) e dos princípios fundamentais por ela Prova: Técnico Judiciário
reconhecidos. Considere:
a) O princípio do pluralismo político expresso na CF refere- I. A soberania.
se não apenas a preferências de cunho partidário, mas
também a uma sociedade plural com respeito às II. Construir uma sociedade livre, justa e igualitária.
6. ( ANALISTA JUDICIÁRIO TRE- AP FCC 2011) Segundo a 11.(Questão criada por Nelson França) Dentre as
Constituição Federal, o mandado de segurança coletivo afirmativas abaixo assinale a incorreta:
pode ser impetrado por partido político com representação A) Associação legalmente constituída e em funcionamento
a seis meses pode impetrar mandado de segurança.
a) no mínimo em dez Municípios localizados num único B) Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, é
Estado. possível o mandado de injunção coletivo.
b) na Câmara de Vereadores do Município onde está C) Para fins de inviolabilidade, o trailer é considerado
localizada sua sede. violável, independentemente de ser usado como bem
c) na Assembleia Legislativa do Estado onde está móvel ou imóvel.
localizada sua sede. D) O habeas corpus é o meio processual idôneo para
d) no mínimo com três Assembleias Legislativas de três desentranhar dos autos provas obtidas por meio ilícito,
Estados. desde que o réu esteja preso ou ameaçado de prisão.
e) no Congresso Nacional. E) O menor de idade poderá ser autor de uma ação
popular.
7. ( ANALISTA JUDICIÁRIO TRE- AP FCC 2011) Está
legitimada a impetrar mandado de segurança coletivo em 12(CONSTITUCIONAL - FCC) Relativamente aos Direitos e
defesa dos interesses de seus associados, a associação Garantias Fundamentais, assinale a afirmativa incorreta.
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos
a) É livre a locomoção no território nacional em tempo de
a) dez meses. paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele
b) seis meses. entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
c) um ano. b) É assegurado a todos o acesso à informação e
d) quatro meses. resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
e) nove meses. exercício profissional.
c) é livre a expressão da atividade intelectual, artística,
8. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRT 1ª FCC 2011) Os remédios científica e de comunicação, independentemente de
constitucionais são tidos por normas constitucionais de censura ou licença.
eficácia d) É livre a criação de associações e a de cooperativas, na
a) plena. forma da lei, sujeitas à prévia autorização estatal, sendo
b) limitada. porém vedada a interferência estatal em seu
c) contida. funcionamento.
d) mediata. e) as associações só poderão ser compulsoriamente
e) indireta. dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em
9. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRT 8ª FCC 2010) A empresa julgado.
pública federal Y inscreveu os dados de Tício no órgão de
proteção ao crédito governamental, sendo que ele, ao ter 13. (Procurador Judicial PM-Recife FCC) O indivíduo nascido
acesso às informações no banco de dados, notou que em janeiro de 2008, nos Estados Unidos da América, filho
estavam incorretas. Para retificar as informações restritivas de pais brasileiros que lá estivessem em viagem de turismo,
Tício terá que registrado em repartição consular brasileira, é considerado
pela Constituição brasileira
a) impetrar mandado de injunção. a) estrangeiro.
b) impetrar habeas data. b) brasileiro naturalizado, desde que resida no Brasil por
c) impetrar mandado de segurança repressivo. quinze anos ininterruptos e não sofra condenação criminal.
d) impetrar mandado de segurança preventivo. c) brasileiro nato, desde que venha a residir no Brasil e
e) propor ação popular. opte, a qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.
d) brasileiro naturalizado, desde que resida no Brasil por
10. (Advogado Trainee metrô fcc 2010) A respeito do um ano ininterrupto e comprove ter idoneidade moral.
habeas corpus, é INCORRETO afirmar que e) brasileiro nato.
a) não pode ser utilizado para garantir o direito de reunir- 14. (Procurador Judicial PM-Recife FCC 2008) Relativamente
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 284
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direitos Humanos
Excelência em Ensino
à possibilidade de extradição de indivíduos sujeitos a de residência ininterrupta no Brasil e que não possui
investigação ou processo criminal perante autoridades nenhuma condenação criminal.
estrangeiras, a Constituição da República prevê que o
brasileiro naturalizado
a) não será extraditado em hipótese alguma. 17. (Técnico Judiciário – Administrativa TRF 4ª FCC) Em
b) somente não será extraditado na hipótes e de tema de nacionalidade, é INCORRETO afirmar que
cometimento de crime político ou de opinião. a) será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
c) será extraditado na hipótese de comprovado que, dentre outras hipóteses, tiver cancelada a sua
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas naturalização, por sentença judicial, em virtude de
afins, na forma da lei. atividade nociva ao interesse nacional.
d) poderá ser extraditado, no caso de prática, a qualquer b) são brasileiros naturalizados os estrangeiros de
tempo, de crime comum, desde que a condenação seja qualquer nacionalidade, residentes no Brasil há mais de
posterior à naturalização. quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde
e) poderá ser extraditado pelo cometimento de crime que requeiram a nacionalidade brasileira.
político ou de opinião, na hipótese de perda da c) são símbolos da República Federativa do Brasil a
nacionalidade brasileira. bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
d) é privativo de brasileiro nato o cargo de Senador da
15. Assinale a opção correta. São privativos de brasileiro República.
nato os cargos, exceto: e) a lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros
a) de Presidente e Vice-Presidente da República. natos e naturalizados, salvo nos casos previstos pela
b) de Ministro do Supremo Tribunal Federal. Constituição.
c) de Deputados e Senadores.
d) de Oficial das Forças Armadas. 18. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRT 23ª FCC 2011) Sobre os
e) da carreira diplomática. direitos políticos,
a) podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,
16. Determinado indivíduo nasce na Venezuela, filho de durante o período do serviço militar obrigatório, os
mãe brasileira que não estava a serviço oficial de nosso país conscritos.
e de cidadão venezuelano. Aos 12 anos de idade, este b) a ação de impugnação de mandato tramitará
jovem estabelece residência no Brasil, no município de São publicamente.
Paulo. Com relação a seus direitos políticos e sua c) para concorrer a outros cargos, o governador do
elegibilidade, considerando que agora conta com 19 anos Distrito Federal não está obrigado a renunciar o respectivo
de idade, é correto dizer que mandato.
d) militar alistável que contar mais de dez anos de serviço
a) poderá concorrer ao cargo de Prefeito Municipal é elegível desde que se afaste da atividade.
quando completar 21 anos de idade, desde que tenha e) mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça
optado pela nacionalidade brasileira e adquirido direitos Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação,
políticos, pois será cidadão e brasileiro nato. instruída a ação com provas de abuso do poder econômico,
b) poderá concorrer ao cargo de Prefeito Municipal corrupção ou fraude.
quando completar 21 anos de idade, desde que tenha
optado pela nacionalidade brasileira e adquirido direitos 19. (FCC TÉCNICO JUDICIÁRIO TRF 1ª 2011) É vedada a
políticos, pois será cidadão e brasileiro naturalizado, não cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão se
sendo o cargo de Prefeito Municipal privativo de brasileiro dará nas hipóteses abaixo, salvo no caso de
nato.
c) não poderá concorrer ao cargo de Prefeito Municipal a) incapacidade civil relativa.
quando completar 21 anos de idade, mesmo que tenha b) cancelamento da naturalização por sentença transitada
optado pela nacionalidade brasileira e adquirido direitos em julgado.
políticos, pois será brasileiro naturalizado, e o cargo de c) condenação criminal transitada em julgado, enquanto
Prefeito Municipal é privativo de brasileiro nato. durarem seus efeitos.
d) não poderá concorrer ao cargo de Prefeito Municipal d) recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou
quando completar 21 anos de idade, mesmo que tenha prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII, da
optado pela nacionalidade bras ileira e adquirido direitos Constituição Federal.
políticos, pois a idade mínima para concorrer ao cargo é de e) improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º,
25 anos de idade. da Constituição Federal.
e) não poderia concorrer a nenhum cargo eletivo, pois
ainda não preencheu os requisitos necessários à 20.(FCC - TRF 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - 2010)
naturalização extraordinária. Como pessoa nascida na Considere:
Venezuela, para se tornar brasileiro naturalizado, deverá
requerer a nacionalidade brasileira, comprovando 15 anos I. A eleição do Governador e dos Vereadores do Distrito
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Página | 285 Av. da Universidade, 315, Ed. Rainha da Paz, Betânia, Sobral-CE.
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direitos Humanos
Excelência em Ensino
22. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRT 23ª FCC 2011) Benedito, 25. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRT 14ª FCC 2011) Sobre os
militar alistável, com menos de dez anos de serviço, deseja Direitos Políticos, é correto afirmar:
concorrer ao cargo de vereador nas eleições Municipais,
porém, para ser considerado elegível, a) A ação de impugnação de mandato não tramitará em
segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se
a) será colocado à disposição, com remuneração até as temerária ou de manifesta má-fé.
eleições, e, se eleito, assim permanecerá até o término do b) São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o
seu mandato, mas, se não for eleito, retornará a atividade. cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o
b) será agregado pela autoridade superior e, se eleito, segundo grau ou por adoção, do Presidente da República,
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal,
inatividade. de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro de um
c) deverá continuar em atividade e, se eleito, será ano anterior ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo
agregado pela autoridade superior, sendo colocado à e candidato à reeleição.
disposição, até o término do seu mandato. c) militar alistável é elegível, sendo que, se contar menos
d) deverá afastar-se da atividade. de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade
e) será colocado à disposição, sem remuneração até as superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da
eleições, e, se eleito, assim permanecerá até o término do diplomação, para a inatividade, e, se contar mais de dez
seu mandato, mas, se não for eleito, retornará anos de serviço, deverá afastar- se da atividade.
imediatamente à atividade. d) A emenda à Constituição estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de
23. A capacidade eleitoral passiva consistente na proteger a probidade administrativa, a moralidade para
possibilidade de o cidadão pleitear determinados exercício de mandato, considerada a vida pregressa do
mandatos políticos, mediante eleição popular, desde que candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições
preenchidos certos requisitos, conceitua-se em
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
(88) 3111.4229 | (88) 9 9763.8616 | (88) 9 9432.1732 | www.PASSECURSINHO.com.br Página | 286
APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS
Somente Aqui Você Encontra a Melhor Preparação
Direitos Humanos
Excelência em Ensino
contra a influência do poder econômico ou o abuso do d) participação na gestão da empresa, conforme definido
exercício de função, cargo ou emprego na administração em lei.
direta ou indireta. e) igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo
e) mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça empregatício permanente e o trabalhador avulso.
Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação,
instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, 30. O direito à eleição de um representante dos
corrupção ou fraude. empregados com a finalidade exclusiva de promover-lhes o
entendimento direto com os empregadores é assegurado
26. Conforme previsto no artigo 7º da Constituição Federal, no caso de empresa com
é direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social, a a) até cem empregados.
assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o b) menos de cem empregados.
nascimento em creches e pré-escolas até c) até cento e vinte empregados.
d) até cinquenta empregados.
a) 6 (seis) anos de idade. e) mais de duzentos empregados.
b) 5 (cinco) anos de idade.
c) 7 (sete) anos de idade. 31. (TRE-PI FCC ANALISTA JUDICIÁRIO TAQUIGRAFIA) Com
d) 8 (oito) anos de idade. relação à Administração Pública, é correto afirmar que
e) 9 ( nove ) anos de idade. a) os acréscimos pecuniários percebidos por servidor
público serão computados e acumulados para fins de
27. Os direitos sociais previstos constitucionalmente são concessão de acréscimos ulteriores.
normas b) é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer
a) de liberdades negativas, de observância facultativa em espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de
um Estado Social de Direito. pessoal do serviço público.
b) de ordem pública, com a característica de imperativas, c) a administração fazendária e seus servidores fiscais não
sendo invioláveis, portanto, pela vontade das partes da terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição,
relação trabalhista. precedência sobre os demais setores administrativos.
c) de liberdades negativas, de observância obrigatórias d) poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição
em um Estado Social de Direito. de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
d) insubordinadas à regra constitucional da auto- fundação, somente por lei específica, cabendo à lei
aplicabilidade. ordinária, neste último caso, definir as áreas de sua
e) insuscetíveis à impetração ao mandado de injunção no atuação.
caso de omissão do poder público na regulamentação de e) independe de autorização legislativa a criação de
alguma norma que preveja um direito social e inviabilize subsidiárias de sociedade de economia mista, assim como a
seu exercício. sua participação em empresa privada.
28. É direito do trabalhador urbano e rural, além de outros 32. (TRT 16ª REGIÃO FCC ANALISTA JUDICIÁRIO) Os
que visem à melhoria de sua condição social, a objetivos do consórcio público com personalidade jurídica
remuneração do serviço extraordinário superior, no de direito público são determinados
mínimo, em a) unilateralmente pelo Estado ou Município que tiver
maior população em relação ao outro ou outros entes
a) trinta por cento à do normal. integrantes do Consórcio.
b) quarenta por cento à do normal. b) pelo Governador do Estado em cujo território estão
c) cinquenta por cento à do normal. situados os municípios que se consorciarem.
d) trinta por cento à do excepcional. c) pela lei federal que dispõe sobre normas gerais de
e) quarenta por cento à do excepcional. contratação de consórcios públicos.
d) pelo Presidente da República no decreto que
29. Em caráter excepcional, é direito dos trabalhadores regulamenta a lei que dispõe sobre normas gerais de
urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de contratação de consórcios públicos.
sua condição social, e) pelos entes da Federação que se associarem.
a) proteção em face da automação, na forma da lei. 33. (MPE-SE FCC ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO) A
b) remuneração do serviço extraordinário superior, no Administração Direta é definida como
mínimo, em cinquenta por cento à do normal. a) soma das autarquias, fundações públicas e empresas
c) proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante públicas subordinadas ao governo de determinada esfera
incentivos específicos, nos termos da lei. da Federação.
05 Ano: 2015 Banca: EXATUS-PR Órgão: Prefeitura de Nova d) Uma noção correlata ao conceito de relativismo cultural,
Friburgo – RJ Prova: Guarda Municipal que se refere à tendência que temos de considerar as
Incumbe às guardas municipais, instituições de caráter culturas dos demais povos como inferiores à nossa.
e) Uma noção correlata ao conceito de relativismo cultural,
civil, uniformizadas e armadas conforme previsto em lei, a que se refere à tendência que temos de considerar as
função de proteção municipal preventiva, ressalvadas as culturas dos demais povos a partir dos seus próprios
valores, categorias e padrões culturais.
competências da União, dos Estados e do Distrito Federal.
Todas as alternativas abaixo apresentam princípios 03 Ano: 2016 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova:
mínimos de atuação das guardas municipais, EXCETO: Promotor de Justiça
Conceitualmente, os direitos humanos são os direitos
a) Proteção dos direitos humanos fundamentais, do
protegidos pela ordem internacional contra as violações e
exercício da cidadania e das liberdades públicas.
b) Patrulhamento preventivo. arbitrariedades que um Estado possa cometer às pessoas
c) Compromisso com a evolução social da comunidade. sujeitas à sua jurisdição. Por sua vez, os direitos
d) Uso excessivo da força.
fundamentais são afetos à proteção interna dos direitos
dos cidadãos, os quais encontram-se positivados nos textos
01: 02: 03: 04: 05: constitucionais contemporâneos.
04 Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: SEGEP-MA Prova:
Direitos Humanos Agente penitenciário
01 Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: SEGEP-MA Prova:
Acerca do conceito e estrutura dos direitos humanos,
Procurador do Estado
assinale a assertiva correta.
No âmbito da Teoria Geral do Direito Internacional dos
a) Os direitos humanos têm estrutura variada, podendo ser:
Direitos Humanos:
direito-pretensão, direito-liberdade, direito-podere,
a) Os diretos humanos podem ser reivindicados por finalmente, direito-imunidade.
qualquer cidadão ao redor do mundo, mesmo que o direito b) Os direitos humanos são os essenciais e dispensáveis à
violado não esteja reconhecido em diploma normativo vida digna.
internacional do qual o Estado a que pertença seja parte. c) O direito-pretensão consiste na autorização dada por
b) Direitos fundamentais é expressão que traduz conteúdo uma norma a uma determinada pessoa, impedindo que
mais de cunho jusnaturalista, e não propriamente jurídico- outra interfira de qualquer modo.
positivo. d) O direito-liberdade implica uma relação de poder de uma
c) Direitos humanos é expressão que revela de forma mais pessoa de exigir determinada sujeição do Estado ou de
adequada a proteção constitucional dos direitos básicos outra pessoa.
dos cidadãos. e) O direito-poder consiste na busca de algo, gerando a
d) Direitos do homem é expressão que representa de forma contrapartida de outrem do dever de prestar.
mais correta os direitos positivados em tratados e
declarações internacionais. 05 Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: SEGEP-MA Prova:
e) A Constituição Federal de 1988 utilizou com precisão Agente penitenciário
técnica as expressões direitos fundamentais e direitos
A característica que consiste no reconhecimento de que
humanos.
todos os direitos humanos possuem a mesma proteção
02 Ano: 2016 Banca: ESAF Órgão: FUNAI Prova: Indigenista jurídica, uma vez que são essenciais para uma vida digna
Especializado Assinale a opção que define corretamente o
que é etnocentrismo. corresponde à:
a) Aquela visão de mundo característica de quem considera a) indivisibilidade.
o seu grupo étnico, nação ou nacionalidade socialmente b) universalidade.
mais insignificante do que os demais. c) indisponibilidade.
b) Um conceito cunhado pela antropologia para aludir à d) inalienabilidade.
tendência presente em todas as culturas humanas, que faz e) imprescritibilidade.
com que se entenda a realidade e as outras culturas a partir
dos próprios padrões culturais.
c) Um fenômeno natural que se prende ao fato de
01: (ANULADA) 02: 03: 04: 05:
acharmos que a nossa própria etnia e as nossas respectivas
práticas culturais são equivalentes aos comportamentos de
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
outros grupos.
01 Ano: 2016 Banca: SEGPLAN-GO Órgão: SEAP-GO Prova: outros países no caso de estar sendo processado por crime
Técnico de Saúde de direito comum.
De acordo com o prescrito pela Declaração Universal dos d) poderia ser condenado à pena mais grave que a aplicável
Direitos Humanos é INCORRETO afirmar que: no momento em que o delito foi cometido, em face da
a) Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado, existência de circunstâncias graves e justificáveis.
exceto aquele que já tenha sido preso anteriormente. e) teria direito a ter sua causa julgada, em processo público
b) Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a ou sigiloso, por tribunal independente e imparcial, ainda
uma justa e pública audiência por parte de um tribunal que criado posteriormente para decidir a respeito da
independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e acusação que contra ele fosse deduzida.
deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal
contra ele. 04 Ano: 2015 Banca: CEPS-UFPA Órgão: UFPA Prova:
c) Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o Assistente de Alunos
direito de ser presumido inocente até que a sua A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada e
culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em
julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas proclamada pela Resolução nº 217 A (III) da Assembleia
todas as garantias necessárias à sua defesa. Geral das Nações Unidas em
d) Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou
a) 1955.
omissão que, no momento, não constituíam delito perante
b) 1948.
o direito nacional ou internacional. Também não será
c) 1888.
imposta pena mais forte do que aquela que, no momento
d) 2014.
da prática, era aplicável ao ato delituoso.
e) 1999.
e) Ninguém será sujeito à interferência em sua vida privada,
em sua família, em seu lar ou em sua correspondência, nem
05. Ano: 2015 Banca: CEPS-UFPA Órgão: UFPA Prova:
a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem
Assistente de Alunos
direito à proteção da lei contra tais interferências ou
ataques. A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a
Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal
02 Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA Órgão: Secretaria da
comum a ser atingido por(pelos)
Criança – DF Prova: Técnico de Administração
a) todos os povos da América Latina.
De acordo com o que dispõe a Declaração Universal
b) países em desenvolvimento.
dos Direitos Humanos, os direi tos humanos são indivisíveis c) todos os povos indígenas e quilombolas.
e englobam, exclusivamente, os direitos d) todos os povos e todas as nações.
e) países desenvolvidos do mundo inteiro.
a) civis, políticos, econômicos, sociais e culturais,
não prevendo hierarquia entre eles.
b) civis e políticos.
c) coletivos e individuais, estes últimos 01: 02: 03: 04: 05: C
hierarquicamente superiores.
d) econômicos e sociais.
e) privados e públicos, estes últimos
hierarquicamente superiores.
REGIMEN TO GERAL DOS ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS Justiça e Cidadania do Estado do Ceará, tendo como missão
DO ESTADO DO CEARÁ promover a inclusão social do preso e do egresso, através
TÍTULO I do Núcleo Educacional e de Capacitação Profissionalizante -
DO SISTEMA PENITENCIÁRIO NECAP, do Núcleo de Empreendedorismo e Economia
Solidária - NEES, do Núcleo de Arte e Eventos - NAE e do
Art.1 º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará adota Núcleo de Gestão de Assistidos e Egressos.
os princípios contidos nas Regras Mínimas para Tratamento
dos Reclusos e Recomendações pertinentes, formuladas TÍTULO II
pela Organização das Nações Unidas -ONU- e r espeita as DOS ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS
diretrizes fixadas pela Lei 7.210/84 (Lei de Execuções
Penais), alterações legislativas posteriores e nas Art.6 º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará é
Recomendações Básicas para uma programação prisional constituído pelas seguintes Unidades:
editada pelo Ministério da Justiça.
I - Centro de Triagem e Observação Criminológica;
Art.2 º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará tem II - Unidades Prisionais e Casas de Privação Provisória de
como finalidade a vigilância, custódia e assistência aos Liberdade;
presos e às pessoas sujeitas a medidas de segurança, III - Penitenciárias;
assegurando-lhes a preservação da integridade física e IV - Colônias Agrícolas, Indus triais ou Similares;
moral, a promoção de medidas de integração e V - (Complexo Hospitalar (Hospital Geral e Sanatório Penal
reintegração socioeducativas, conjugadas ao trabalho e Hospital) de Custódia e Tratamento Psiquiátrico);
produtivo. VI - Casas do Albergado;
VII - Cadeias Públicas.
§1º - Configura-se, ainda, como finalidade do sistema
penitenciário estadual, a fiscalização e assistência ao §1º - Os estabelecimentos prisionais buscarão não exceder
egresso, garantindo lhes a promoção de medidas de a sua capacidade populacional máxima projetada.
integração e reintegração socioeducativas. §2º - A fim de garantir que o aprisionamento ocorra em
estabelecimento próximo ao contato familiar, deverá ser
Art.3 º - O Sistema Penitenciário, pelas suas características priorizada a construção de unidades prisionais regionais.
especiais, fundamenta-se na hierarquia funcional, disciplina Art.7 º - Os estabelecimentos prisionais destinam-se ao
e, sobretudo, na defesa dos direitos e garantias individuais condenado, ao submetido à medida de segurança, ao preso
da pessoa humana, organizado em Coordenadoria do provisório e ao egresso.
Sistema Penal - COSIPE, vinculado ao Poder Executivo como Art.8 º - Em todos os estabelecimentos prisionais será
Órgão de Administração da Execução Penal. obrigatoriamente observada a separação entre presos
provisórios e condenados, bem como a distinção por sexo,
Art.4 º - A Coordenadoria do Sistema Penal é órgão delito, faixa etária e antecedentes criminais, para orientar a
subordinado diretamente ao Secretário da Justiça e prisão cautelar, a execução da pena e a medida de
Cidadania do Estado do Ceará, organizada em carreira, com segurança.
ingresso de seus integrantes na classe inicial, mediante
Concurso Público de provas e títulos, chefiado pelo §1º - Nos estabelecimentos prisionais será observada a
Coordenador Geral, nomeado pelo Governador do Estado proporção de, no mínimo, 01 (um) agente penitenci ário
do Ceará, preferencialmente entre os membros da para cada 25 (vinte e cinco) internos por plantão, sendo
Instituição. vedada a existência de unidade prisional com menos de 2
(dois) agentes por plantão.
Parágrafo único - A nomeação do Coordenador do Sistema §2º - Nos estabelecimentos prisionais fica estabelecida a
Penal deverá obedecer aos mesmos critérios previstos para proporção de profissionais da equipe técnica por 500
a dos Diretores das Unidades Prisionais, constantes do (quinhentos) detentos, obedecendo-se o seguinte: Médico
artigo 75 da Lei 7.210/84 (Lei de Execuções Penais). Clínico - 1; Enfermeiro - 1; Auxiliar de Enfer magem - 1;
Odontólogo - 1; Auxiliar de Consultório Dentário- 1;
Art.5 º - A Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Psicólogo - 1; Assistente Social - 1; Advogado auxiliar da
Egresso é órgão subordinado diretamente ao Secretário da direção - 1; Estagiário de Direito - 2; Terapeuta Ocupacional
§3º - O acesso à justiça integral e gratuito será assegurado §2º - Nas Comarcas onde não existam penitenciárias, suas
aos internos através da Defensoria Pública, instituição finalidades serão, excepcionalmente, atribuídas às Cadeias
autônoma, que disporá de espaço físico adequado para Públicas locais, observadas as normas deste Regimento no
exercer suas funções. que for em aplicáveis, bem como as restrições legais ou
decisões judiciais.
Art.9 º - O Centro de Triagem e Observação Criminol ógica,
situado na região metropolitana de Fortaleza, concentrará §3º - Haverá em cada estabelecimento de r egime fechado
o recebimento de presos oriundos da Secretaria de uma Comissão Técnica de Classificação, que proporá o
Segurança Pública e Defesa Social e das comarcas do tratamento adequado para cada preso ou internado, além
interior. de acompanhar o programa de individualização da pena.
§1º - O Centro de Triagem e Observação Criminológica será Art.11 - As Casas de Privação Provisória de Liberdade
responsável pela identificação e realização dos exames destinam-se aos presos provisórios, devendo apresentar
gerais de admissão dos internos, sendo dotado de equipe estrutura adequada que garanta o exercício dos direitos
técnica que promoverá atendimento social, psicológico, elencados no presente Regimento e demais legislações.
médico, odontológico e jurídico, cujos resultados e
desdobramentos serão encaminhados à Comissão de §1º - Excepcionalmente, visando garantir a integridade
Avaliação de Transferências e Gestão de Vagas - CATVA que física e mental do interno, estas unidades poderão abrigar
deliberará a unidade prisional destinatária para presos condenados, que deverão per manecer em
recebimento do preso e, posteriormente, às Comissões acomodações separadas dos provisórios.
Técnicas de Classificação das unidades de recebimento.
Art.12 - Os Estabelecimentos Agrícolas, Industriais ou
Art.10 - As Penitenciárias destinam-se aos condenados ao Mistos destinam-se aos condenados e condenados ao
cumprimento da pena de reclusão, em regime fechado, cumprimento da pena em regime semiaberto,
caracterizando se pelas seguintes condições: caracterizando-se pelas seguintes condições:
§2º - Os presos ou internados que apresentarem quadro de mental da mulher, em atenção às suas peculiaridades.
sorologia positiva HIV, receberão tratamento
individualizado, a critério médico. Art.15 - A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento da
pena privativa de liberdade em regime aberto e da pena
§3º - Aos presos ou internados que apresentarem quadro restritiva de direitos consistente em limitação de fim de
de dependência química em substâncias entorpecentes semana, acolhendo pessoas do sexo masculino e feminino,
será garantido tratamento individualizado adequado às garantindo-se a separação adequada com vistas à
suas necessidades, adotando-se políticas públicas voltadas individualização das penas.
para esta finalidade, nos termos da lei 11.343/2006, bem
como serão incluídos nas atividades do Programa de Ações §1º - O pr édio deverá situar-se em centro urbano, separado
Continuadas de Assistência aos Drogadictos - PACAD da dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se-á pela
Sejus. ausência de obstáculos físicos contra a fuga.
§4º - Na unidade de que trata o caput deste artigo deverão §2º- A Casa do Albergado, além de dispor de local
existir leitos destinados ao tratamento de mulheres presas. adequado para cursos e palestras, realizará
encaminhamentos dos internos à rede de assistência social,
§5º - O estabelecimento citado no caput deverá funcionar de saúde e educação.
com equipes multidisciplinares em regime de plantão.
Art.16 - A Cadeia Pública destina-se prioritariamente ao
§6º - a Secretaria da Justiça e Cidadania seguirá as recolhimento de presos e presas provisórios.
recomendações das portarias interministeriais do
Ministério da Saúde e Ministérios da Justiça em relação ao §1º - Nas Comarcas onde não existam penitenciárias, suas
tema saúde, na execução de vagas e atendimentos para os finalidades serão, excepcionalmente, atribuídas às Cadeias
presos em casos de exames e tratamentos de alta Públicas locais, observadas as normas deste Regimento
complexidade. Geral no que forem aplicáveis e as restrições legais ou de
decisões judiciais, bem como a capacidade populacional
§7º - Nas unidades prisionais femininas deverão existir máxima da Unidade respectiva.
estruturas específicas para a assistência integral à saúde da
mulher, em atenção às suas peculiaridades. §2º - Ao pr eso provisório será assegurado regime especial
no qual se observará:
Art.14 - O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico I - separação dos presos condenados;
destinam-se ao cumprimento das medidas de segurança e II - utilização de pertences pessoais permitidos;
ao tratamento psiquiátrico separadamente, devendo III - uso de uniforme fornecido pelo Estabelecimento
adequar-se às normas aplicáveis ao tratamento das Prisional em quantidade de 03 (três) mudas;
respectivas insanidades. IV - oferecimento de oportunidade de educação, trabalho e
lazer nos termos da legislação pertinente;
§1º - O preso comprovadamente portador de doença V - visita e atendimento médico e odontológico, sendo
mental deverá ser imediatamente encaminhado ao facultado ao preso optar por profissional particular às suas
estabelecimento adequado para seu tratamento, lá não expenças;
podendo permanecer além do tempo necessário ao seu VI - Ac esso aos meios de comunicação externos,
pronto restabelecimento, atestado pelo serviço médico autorizados por lei.
local.
§3º - Nas Cadeias Públicas no interior do Estado as
§2º - Em nenhuma hipótese será admitido o ingresso ou prefeituras municipais oferecerão aos presos e presas os
permanência de pessoas que não apresentem quadro serviços essenciais, conforme deter minação do Ministério
patológico característico da destinação do respectivo da Saúde e Ministério da Justiça.
estabelecimento.
Art.17 - Nas Unidades elencadas no artigo 6º deste
§3º - Na unidade de que trata o caput deste artigo deverão Regimento, respeitadas suas especificidades, deverão ainda
existir estruturas específicas para a assistência à saúde ser respeitadas as seguintes determinações:
I - Segurança externa, através de muralha com passadiço e observando e fazendo observar as normas da Lei de
guaritas de responsabilidade dos Agentes Penitenciários do Execução Penal e do presente Regimento Geral;
quadro efetivo da Secretaria da Justiça e Cidadania, VI - Presidir a Comissão Técnica de Classificação;
submetidas a uma capacitação específica para tal finalidade. VII - Elaborar o plano de segurança interna do
II - Segurança interna realizada por equipe de Agentes Estabelecimento em conjunto com o Chefe de Segurança e
Penitenciários do quadro efetivo da Secretaria da Justiça e disciplina;
Cidadania que preserve os direitos do preso mantenha a VIII - Conceder audiência ao interno quando solicitada;
Segurança, a ordem e a disciplina da Unidade. IX - Comparecer nas sessões do Conselho Penitenciário,
quando convocado;
§1º - Nas situações de conflito mais graves a manutenção X - Elaborar o plano operativo anual da Unidade e
ou restabelecimento da ordem será promovida por grupo Administrar o Estabelecimento traçando di retrizes,
especial de agentes penitenciários com treinamento e orientando e controlando a execução das atividades sob
equipamentos específicos. sua responsabilidade;
XI - Realizar mensalmente r euniões com os servidores da
§2º - Em caso de necessidade de intervenção da Polícia Unidade para estudos conjuntos de problemas afetos à
Militar, em caráter urgente, em qualquer das unidades mesma;
referidas no caput deste artigo, sua permanência no XII - Promover mensalmente reunião com os
interior das mesmas se dará pelo tempo estritamente representantes dos internos, realizando o Parlamento
necessário ao restabelecimento da ordem e da segurança Carcerário;
interna, não podendo ultrapassar 90 (noventa) dias, salvo XIII - Propor ao Núcleo de Segurança e Disciplina – NUSED,
decisão fundamentada da autoridade judiciária competente. vinculado à COSIPE, a mudança de lotação dos servidores
da Unidade;
TÍTULO III XIV - executar as deter minações do Coordenador da COSIPE;
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DAS UNIDADES XV - autorizar visitas extraordinárias aos presos, em casos
especiais, nos termos deste Regimento;
Art.18 - As Unidades Prisionais do Estado do Ceará serão XVI - Autorizar remoção do preso para Estabelecimento
dirigidas por um(a) Diretor(a), que será assessorado pelo(a) Penal diverso em caráter urgente e excepcional,
Diretor(a) Adjunto(a), pelo Gerente Administrativo, pelo comunicando imediatamente ‘a Comissão de Avaliação de
Chefe de Segurança e Disciplina e pelo Chefe de Equipe dos Transferências e Gestão de Vagas – CATVA, que deliberará
Agentes Penitenciários, sendo ainda integradas pelo a unidade prisional destinatária para recebimento do preso.
Conselho Disciplinar e pela Comissão Técnica de Definida a unidade, deverá ser comunicada a transferência
Classificação. ao Juízo responsável pela prisão, ao Ministério Público, à
Defensoria Publica, ao Conselho Penitenciário, no prazo de
Art.19 - A (o) Diretor(a) da Unidade Prisional, compete: 24 (vinte e quatro) horas, nos casos expressos neste
I - Dirigir, coordenar e orientar os trabalhos técnicos, Regimento;
administrativos, operacionais, laborais, educativos, XVII - mostrar aos visitantes as dependências do
religiosos, esportivos e culturais da Unidade respectiva; estabelecimento nas visitas coletivas, de caráter cultural ou
II - Adotar medidas necessárias à preservação dos Direitos e cientifico, devidamente autorizadas pela COSIPE,
Garantias Individuais dos presos; esclarecendo-lhes, quando se fizer necessário, os objetivos
III - Visitar os presos nas dependências do Estabelecimento, da execução penal;
anotando suas reclamações e pedidos, procurando XVIII - Dar ciência à família do preso, em caso de grave
solucioná-los de modo adequado, no âmbito de sua enfer midade, morte ou transferência deste, comunicando
competência ou encaminhá-los ao órgão competente, ao preso, de igual modo, a doença ou morte de pessoa de
observando as normas de segurança; sua família e concedendo lhe, se for o caso, permissão para
IV - Dar cumprimento as determinações judiciais e prestar sair;
aos Juízes, Tribunais, Ministério Público, Defensoria Pública IX - Atribuir, em solenidades especiais, prêmios e
e Conselho Penitenciário as informações que lhe forem recompensas aos presos de exemplar comportamento e
solicitadas, relativas aos condenados e aos presos àqueles que pratiquem atos meritórios;
provisórios; X - Realizar outras atividades dentro de sua área de
V - Assegurar o normal funcionamento da Unidade, competência.
Art.20 - O(a) ocupante do cargo de diretor(a) de Unidade II - supervisionar os serviços de copa e de cozinha;
Prisional, escolhido preferencialmente entre os servidores III - requisitar o material de expediente e providenciar a
de carreira da Secretaria de Justiça e Cidadania, com redistribuição junto aos demais serviços do
atenção à sua vocação e preparação profissional específica, Estabelecimento;
deverá satisfazer os seguintes requisitos: IV - manter sob sua guarda e responsabilidade todos os
pertenc es do preso, de uso não permitido, fornecendo a
I - ser portador(a) de diploma de nível superior em Direito, estes comprovantes de recebimento;
ou Psicologia, ou Ciências Sociais, ou Pedagogia, ou Serviços V - manter em bom estado de funcionamento as
Sociais; instalações elétricas, telefônicas, hidro sanitárias e de
II - possuir experiência administrativa na área; climatização do prédio requisitando, com antecedência o
III - ter idoneidade moral e reconhecida aptidão para o material que for necessário para este fim;
desempenho da função. VI - elabora o relatório anual das atividades inerentes ao
serviço;
Parágrafo Único - O cargo de Diretor do Hospital Geral e VII - efetuar o balancete mensal do estoque de mercadoria
Sanatório Penal e do Hospital de Custódia e Tratamento existente;
Psiquiátrico deverá ser ocupado por profissional da área de VIII - proceder á identificação de todo o material
saúde, preferencialmente per tenc ente ao quadro de permanente em uso na unidade;
servidores estáveis da Secretaria da Justiça e Cidadania. IX - adotar as medidas de segurança contra incêndio nas
dependências do estabelecimento especialmente na área
Art.21 - A (o) Diretor(a) Adjunto, compete: de prontuário e almoxarifado;
X - providenciar a manutenção preventiva e corretiva de
I - Assessorar diretamente o(a) Diretor(a) da Unidade máquinas, equipamentos e móveis em uso na unidade;
Prisional no desempenho de suas atribuições; XI - zelar pela conservação e limpeza do prédio;
II - Substituir, em seus afastamentos, ausências e XII – controlar a manutenção de primeiro escalão, de
impedimentos legais, o(a) Diretor(a) da Unidade Prisional, responsabilidade dos motoristas nas viaturas da unidade;
independente de designação especifica, salvo se por prazo XIII - executar e controlar os serviços de reprodução
superior a 30 (trinta) dias; xerográfica ou similar de documentos, publicações e
III - Autorizar a expedição de certidões relativas aos impressos de interesse de Uni dade;
assuntos da Unidade; XIV - organizar a prestação de contas dos suprimentos de
IV - Acompanhar a execução do plano de férias dos fundos destinados ao estabelecimento;
servidores da Unidade; XV - efetuar o controle diário das folhas e cartões de
V - Exercer outras atividades que lhes sejam determinadas registro de comparecimento do pessoal em ex ercício na
pelo(a) Diretor(a) da Unidade. Unidade;
XVI - preparar dentro dos prazos estipulados os
§1º - A substituição prevista neste artigo, por período igual documentos de controle de comparecimento e de
ou superior a 30 (trinta) dias, propiciará ao substituto os alterações relativos ao pessoal, encaminhando á COSIPE.
direitos e vantagens do cargo de Diretor(a) da Unidade.
Parágrafo Único - O cargo de Gerente Administrativo
§2º - O cargo de Diretor-Adjunto deverá, preferencialmente, deverá ser ocupado por servidor de carreira da Secretaria
ser ocupado por servidor estável de carreira da Secretaria de Justiça e Cidadania.
de Justiça e Cidadania.
Art.23 - Ao Chefe de Segurança e Disciplina compete
Art.22 - Ao Gerente Administrativo compete organizar, gerenciar o setor de Segurança e Disciplina, elaborando o
controlar e executar as atividades de apoio necessárias ao plano de segurança interna do Estabelecimento, visando
bom funcionamento operacional do Estabelecimento, proteger a vida e a incolumidade física dos servidores de
inclusive a manutenção preventiva e corretiva, carreira, terceirizados e presos e a garantia das instalações
competindo-lhe: físicas, bem como promover o conjunto de medidas que
assegurem o cumprimento da disciplina prisional e
I - receber, controlar e distribuir gêneros alimentícios, os organizar, controlar e orientar os Agentes Penitenciários no
destinados ao consumo do Estabelecimento; exercício de suas atribuições, competindo-lhe:
I - orientar os presos quanto aos seus direitos, deveres e ocupado preferencialmente por agente penitenciário
normas de conduta a serem observados, quando de sua estável da Secretaria de Justiça e Cidadania.
chegada à Unidade;
II - realizar reuniões com os presos para preleções Art.24 - Ao Chefe de Equipe dos Agentes Penitenciários
instrutivas e disciplinares; compete:
III - propor a concessão ou suspensão de recompensas aos
presos; I - Conferir o relatório da equipe anterior;
IV - fazer constar no prontuário disciplinar dos presos as II - Conferir o material de segurança sob sua
ocorrências e alterações havidas com estes; responsabilidade, bem como a frequência dos membros de
V - controlar a movimentação de presos quando das sua equipe, distribuindo as tarefas relativas ao
transferências para outras celas; funcionamento da unidade entre os presentes;
VI - manter atualizada a relação geral dos presos, seus III - Dar encaminhamento e supervisionar a execução das
locais de recolhimento noturno, de trabalho e/ou determinações da Direção e do Chefe de segurança e
permanência obrigatória; disciplina;
VII - opinar quanto aos horários de visitas, rancho, repouso IV - Comunicar imediatamente qualquer ocorrência que
noturno, alvorada e atendimento aos presos; comprometa a ordem, a segurança e a disciplina da
VIII - encaminhar ao Conselho disciplinar as faltas unidade à Direção e ao Chefe de Segurança e Disciplina,
disciplinares, praticadas por presos para conhecimento e relatando, em seguida, de forma circunstanciada, por
julgamento; escrito;
IX - promover vistorias nos presos e buscas nas V - Em caso de emergência que comprometa a integridade
dependências do estabelecimento, de caráter preventivo física do preso, autorizar transferência de alojamento no
ou sempre que houver fundadas suspeitas de porte ou uso interior da unidade, diante da ausência de seu superior
indevido de armas, aparelhos celulares ou de objetos que hierárquico;
possam ser utilizados para prática de crimes ou falta VI - Em caso de emergência que comprometa a integridade
disciplinares; física do preso, autorizar a saída temporária do mesmo
X - manter atualizados registros e alterações relativas aos para atendimento médico, mediante escolta, diante da
agentes penitenciários; ausência de seu superior hierárquico;
XI - elaborar a escala do plantão e organizar a composição VII - Exercer a vigilância, em conjunto com os agentes
das equipes; penitenciários de plantão, cumprindo e fazendo cumprir as
XII - zelar pelo bom funcionamento dos equipamentos e normas e regulamentos do estabelecimento;
implementos necessários á execução dos serviços de VIII - Elaborar relatório circunstanciado ao final de seu
segurança interna; plantão, registrando todas as ocorrências havidas;
XIII - promover mensalmente em caráter ordinário,
reuniões com os agentes prisionais e extraordinariamente Parágr afo Único - O cargo de Chefe de Equipe dos Agentes
quando necessário; Penitenciários deverá ser ocupado preferencialmente por
XIV - propor ao diretor a lista de nomes para escolha e agente penitenciário estável da Secretaria de Justiça e
designados dos chefes de equipes; Cidadania.
XV - assegurar o respeito aos visitantes enquanto
permanecerem nas dependências da Unidade; Art.25 - O Conselho Disciplinar, órgão colegiado formado
XVII - manter em arquivo o registro das pessoas que visitam pelo Diretor Adjunto, pelo Chefe de Segurança e Disciplina,
a Unidade; por um Assistente Social , um Psicólogo e por um agente
XVIII - comunicar, diariamente, ao diretor c/ou substituto as penitenciário de notória experiência, tem por finalidade:
alterações constantes no relatório de serviço diário; I - Conhecer, analisar, processar e julgar as faltas
XIX - manter informado o diretor sobre quaisquer disciplinares cometidas pelos internos, aplicando a sanção
alterações havidas na unidade; disciplinar adequada à falta cometida, assegurados o
XX - colaborar nas realizações de eventos de caráter sócio contraditório e a ampla defesa, por Defensor Público ou
cultural, esportivo e cívico do estabelecimento. Advogado constituído pelo interno.
II - Conhecer os resultados de eventuais exames
Parágrafo Único - O cargo de Chefe de Segurança e criminológicos e acompanhar o perfil comportamental do
Disciplina deverá ser preso.
Art.26 - O Conselho Disciplinar, que será presidido pelo I - Primeira Fase - procedimentos de inclusão e observação
Diretor Adjunto e nas suas faltas ou impedimentos, pelo por prazo não superior a 60 (sessenta) dias, realizado pelo
Chefe de Segurança e Disciplina, reunir-se-á tantas vezes Centro de Triagem e Observação Criminológica, e
quantas necessárias para deliberar sobre as tarefas a seu complementados pela Comissão Técnica de Classificação da
cargo. unidade recebedora;
II - Segunda Fase - desenvolvimento do processo da
§1º - Em caso de empate será considerado vencedor o voto execução da pena compreendendo as várias técnicas
favorável ao preso. promocionais e de evolução socioeducativas.
§2º - As decisões do Conselho de Disciplina serão sempre
coletivas e lançadas por escrito, sendo tomado por maioria Parágrafo único – A Secretaria da Justiça e Cidadania
simples, observado quórum mínimo de 03 (tr ês) membros elaborará Protocolo de Procedimentos Operacionais de
para deliberação. Segurança Penitenciária, abrangendo, entre outras
atividades e técnicas, uso de algemas; recebimento de
Art.27 - A Comissão Técnica de Classificação, órgão presos; padrão de vistorias e de revista pessoal; manuseio
colegiado, deverá ser composta pelo(a) Diretor(a) do de equipamentos de segurança; controle de acesso de
Estabelecimento, que a presidirá, dois agentes pessoas, veículos e materiais; emprego de armas letais e
penitenciários, com larga experiência no penitenciarismo, não-letais; uso progressivo e proporcional da força,
um Psiquiatra, um Psicólogo, um Assistente Social, e tem observando-se procedimentos específicos nos
por finalidade aquilatar a personalidade do condenado, estabelecimentos prisionais femininos.
para determinar o tratamento adequado, competindo-lhe:
Art.30 - À Comissão Técnica de Classificação, caberá avaliar
I - Fixar o programa reeducativo; a terapêutica penal em relação ao preso sentenciado,
II - Acompanhar a execução das penas privativas de propondo as promoções subsequentes.
liberdade;
III - Classificar o condenado segundo seus antecedentes e Art.31 - As perícias criminológicas, eventualmente
personalidade, para orientar a individualização da execução requisitadas, deverão ser realizadas pela equipe técnica do
penal; Centro de Triagem e Observação Criminológica ou pela
IV - Propor as conversões e as regressões, bem como as Comissão Técnica de Classificação da unidade, observando
progressões; em cada caso o que for mais adequado.
V - Informar, caso seja solicitado, através de parecer
técnico, o perfil criminológico do condenado para fins de TÍTULO V
benefício; DO INGRESSO, TRANSFERENCIA E SAÍDA DO PRESO
VI - Zelar pelo cumprimento dos dever es dos presidiários e CAPÍTULO I
assegurar a proteção dos seus direitos, cuja suspensão ou DO INGRESSO
restrição competirá a Direção da Unidade ou ao Juiz das
Execuções Criminais. Art.32 - O ingresso do preso condenado deverá se dar
mediante apresentação da guia de recolhimento, expedida
Art.28 - A Comissão Técnica de Classificação, para obtenção pela autoridade judiciária competente, observando-se o
de dados reveladores da personalidade dos presos, poderá: disposto nos arts.105 a 107 da Lei 7210/84 (Lei de
I - Entrevistar pessoas; Execuções Penais).
II - Requisitar de órgãos públicos ou privados dados e
informações referentes ao preso; Art.33 - O ingresso do preso provisório se dará através da
III - Realizar outras diligências e exames. apresentação dos seguintes documentos:
IV - Informação sobre os antecedentes criminais do preso, §1º - Os objetos de valor e jóias serão recolhidos ao Setor
com cópia do auto de prisão em flagrante ou do mandado de Pecúlio, bem como importâncias em dinheiro serão
de prisão judicial. depositadas em conta corrente do pecúlio disponível, com
preenchimento dos respectivos recibos.
Parágrafo Único - Toda entrada, transferência ou saída de
preso de unidade deverá ser comunicada pela Direção a Art.37 - O pr eso será submetido a exames clínicos pelo
todos os juízos onde o mesmo responda a procedimento Serviço de Saúde, devendo ser examinado por médico, que
criminal. fornecerá atestado sobre as condições físicas apresentadas
quando de sua chegada, e relacionará a necessidade de
Art.34 - Na ocasião do ingresso no Sistema Penitenciário, o ingestão de medicamentos eventualmente trazidos pelo
preso se submeterá a revista pessoal e de seus pertences, preso, sob prescrição médica, bem como de dieta
devendo, logo após, ser submetido a higienização corpórea diferenciada.
e substituição de seu vestuário pelo uniforme padrão
adotado. Art.38 - Quando da impossibilidade de cumprir todas as
exigências enumeradas nos dispositivos anteriores, na data
Art.35 - No ingresso, o preso terá aberto, em seu nome, um da inclusão, as mesmas poderão ocorrer nos três dias úteis
prontuário, devidamente numerado em ordem seriada, subsequentes.
onde serão anotados, dentre outros, seus dados de
identificação e qualificação, de forma completa, dia e hora Art.39 - O preso que adentrar pela primeira vez na Unidade
da chegada, situação de saúde física e mental, aptidão cumprirá um período inicial considerado de adaptação e
profissional e alcunhas. observação, nunca superior a 60 (sessenta) dias, durante o
qual será observado seu comportamento no Centro de
§1º - No prontuário ficarão arquivados todos os Triagem e Observação Criminológica e posteriormente, pela
documentos relativos ao preso, inclusive certidão Comissão Técnica de Classificação da unidade recebedora.
atualizada de antecedentes criminais do juízo local, bem
como do seu domicílio de origem; Art.40 - Nos (10) dez primeiros dias do estágio de
adaptação o preso não poderá receber visitas de familiares
§2º - A fotografia do preso será parte integrante do e amigos, podendo somente rec eber seu advogado ou
prontuário. Defensor Público.
§3º - Após a abertura do prontuário, o preso receberá Art.41 - Durante o período de adaptação o preso será
instruções a serem cumpridas, sobre as normas do classificado quanto ao grau de periculosidade,
estabelecimento, sendo cientificado dos direitos e deveres comportamento e antecedentes.
prescritos no presente Regimento, e da possibilidade de ––
acesso ao mesmo sempre que desejar. CAPÍTULO II
DA TRANSFERÊNCIA
§4º - Em todas as dependências e acomodações das
unidades prisionais deverão afixar-se os direitos e deveres Art.42 - A transferência do preso de uma unidade prisional
dos presos, permanecendo o pr esente regimento acessível para outra, dar-se-á, nas seguintes condições:
a todos sempre que desejarem consultar.
I - por ordem judicial;
§5º - Os analfabetos serão instruídos oralmente. II - por interesse técnico-administrativo da administração
penitenciária;
Art.36 - Os pertences trazidos com o preso cuja posse não III - a requerimento do interessado;
for permitida serão inventariados e colocados em depósito IV - por determinação do Secretário de Justiça e Cidadania,
apropriado no Setor da Ger ência Administrativa da Unidade mediante Relatório de Inteligência Prisional
Prisional, mediante contra recibo, sendo entregues
posteriormente aos seus familiares, ou a pessoa por ele §1º - A Comissão de Avaliação de Transferências e Gestão
indicada. de Vagas - CATVA será formada por equipe multidisciplinar
e administrará o ingresso, reingresso e a transferência de
presos nas unidades do sistema penitenciário estadual, infraestrutura adequada, devendo a solicitação ser feita
indicando a unidade para onde o interno será encaminhado, pela autoridade médica, ratificada pelo diretor da unidade;
devendo ser presidida pelo Coordenador Adjunto da III - por interesse da Administração, com vistas a
COSIPE, que executará, privativamente, as atribuições preservação da segurança e disciplina.
previstas no inciso II do Art.16 do Decreto nº27.385 de IV - para preservação da segurança pessoal do interno;
02.03.2004. V - a preservação de condições pessoais favoráveis à
individualização da execução penal;
§2º - A Comissão de Avaliação de Transferências e Gestão VI - a preservação de laços afetivos entre o condenado e
de Vagas – CATVA será o órgão competente para a seus parentes;
liberação de vagas para presos provisórios e condenados VII - para o exercício de atividades educacionais e/ou
em presídios, casas de privação provisórias de liberdade, laborativas.
penitenciárias, Casa do Albergado, Hospital de Custódia e
Manicômio Judiciário do Estado do Ceará, vinculados a §1º - Compete à Coordenadoria do Sistema Penal, nas
Comarca de Fortaleza, obedecendo os procedimentos unidades não alcançados pelas atribuições da Comissão de
contidos em Portaria específica, observando as avaliações Avaliação de Transferências e Gestão de Vagas, em caráter
realizadas pelo Centro de Triagem e Observação excepcional, e devidamente justificado, determinar à
Criminológica. transferência do preso, de uma a outra unidade prisional.
§3º - Nos estabelecimentos prisionais não alcançados pelas §2º - A transferência de preso condenado ou provisório
atribuições da Comissão de Avaliação de Transferências e será, no prazo improrrogável de 24 (vinte e quatro) horas,
Gestão de Vagas - CATVA, a regulamentação permanecerá comunicada, respectivamente, ao juízo das execuções
determinada pelo presente Regimento. penais ou ao juízo responsável pelo processo.
Art.43 - A transferência provisória ou definitiva do preso de Art.45 - Fora das hipóteses que dependam de decisão
uma unidade prisional para outra, por ordem judicial, dar- judicial, o preso, seus familiares ou seu procurador poderão
se-á nas seguintes circunstâncias: requerer sua transferência, ao diretor do estabelecimento
respectivo, para unidade prisional do mesmo regime
I - por sentença de progressão ou regressão de regime; quando:
II - para apresentação judicial dentro e fora da Comarca;
III - para tratamento psiquiátrico, desde que haja indicação I - conveniente, por ser na região de residência ou domicílio
médica; da família, devidamente comprovado;
IV - em qualquer circunstância, mais adequada ao II - necessária a adoção de Medida Preventiva de Segurança
cumprimento da sentença, em outro Estado da Federação, Pessoal, e a unidade prisional não dispuser de recurso para
a juízo da autoridade judiciária competente. administrá-la.
sentenciado; Penais.
III - informações detalhadas das condições de saúde,
trabalho, instrução e conduta prisional; Parágrafo único - Nas saídas previstas nos incisos I e II será
IV - manifestação do diretor da unidade prisional, sobre a disponibilizado ao preso:
conveniência ou não da transferência.
I. a entrevista de desligamento realizada preferencialmente
Art.47 - Quando ocorrer transferência temporária de pres os por psicólogo ou assistente social, quando receberá
entre as unidades prisionais deverá haver aconselhamento e orientação, além do encaminhamento
acompanhamento de informações referentes à disciplina, para a Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do
saúde, execução da pena e visitas dos mesmos, a fim de Egresso – CISPE, rede sócia assistencial, de saúde e de
orientar procedimento na unidade de destino. educação;
II. orientação, preferencialmente pelo Defensor Público
§1º - No caso de remoção definitiva, além das providências lotado na unidade, sobre as condições jurídicas às quais
do caput deste artigo, o preso deverá ser acompanhado de ficará submetido;
seu prontuário e pertences pessoais. III. vestimentas e condições de transporte para o retorno à
sua residência de forma digna, desde que localizada no
Seção IV Estado do Ceará ou, em situações excepcionais, a critério
Por deter minação do Secretário de Justiça e Cidadania, da Secretaria da Justiça e Cidadania.
mediante Relatório de Inteligência Prisional.
TÍTULO VI
Art.48-A - Emergencialmente, a transferência s e dará por DOS DIREITOS, DOS DEVERES, DOS BENS, REGALIAS E
determinação do Secretário de Justiça e Cidadania, através RECOMPENSAS
da COINT ou COSIPE. CAPÍTULO I
DOS DIREITOS
Parágrafo único - No prazo de 72 (setenta e duas) horas
haverá formalização da transferência emergencial à Art.50 - São direitos comuns aos presos, além dos já
Comissão de Avaliação de Transferências e Gestão de Vagas previstos pela Constituição Federal, Pactos Internacionais,
- CATVA, em relação aos estabelecimentos prisionais Legislação Penal e Processual Brasileira, Lei de Execuções
submetidos à sua atuação. Penais e demais Leis, os seguintes:
VII - Conduta oposta aos movimentos individuais e coletivos decoração ou proteção de vigias, portas, janelas e paredes,
de fuga ou de subversão à ordem ou a disciplina; que possam prejudicar o controle da vigilância;
VIII - zelar pelos bens patrimoniais e materiais que lhe XXIV - abster-se de utilizar sua cela como cozinha;
forem destinados, direta ou indiretamente; XXV - submeter-se à requisição das autoridades judiciais,
IX - ressarcir o Estado e terceiros pelos danos materiais a policiais e administrativas;
que der causa, de forma culposa ou dolosa; XXVI - submeter-se à requisição dos profissionais de
X - zelar pelo asseio pessoal e assepsia da cela, alojamento, qualquer área técnica para exames ou entrevistas;
corredores e sanitários; XXVII - submeter-se às condições estabelecidas para uso de
XI - submeter-se às normas contidas neste Regimento Geral, aparelho de rádio e/ou aparelho de TV;
referentes às visitas, orientando-as nesse sentido; XXVIII - submeter-se às condições de uso da biblioteca do
XII - submeter-se às normas, contidas neste Regimento estabelecimento, caso haja, e de livros de sua propriedade;
Geral, que disciplinam a concessão de saídas externas XXIX - submeter-se às condições estabelecidas para as
previstas em lei: práticas desportivas e de lazer;
XIII - submeter-se às normas contidas neste Regimento XXX - submeter-se às condições impostas para quaisquer
Geral, que disciplinam o atendimento nas áreas de: modalidades de transferências e remoção de ordem judicial,
a) saúde; técnico-administrativa e a seu requerimento;
b) assistência jurídica; XXXI - submeter-se aos controles de segurança impostos
c) psicológica; pelos Agentes Penitenciários ou outros agentes públicos
d) serviço social; incumbidos de efetuar a escolta externa.
e) diretoria;
f) serviços administrativos em geral; CAPÍTULO III
g) atividades escolares, desportivas, religiosas, de trabalho DOS BENS E VALORES PESSOAIS
e de lazer;
h) assistência religiosa; Art.52 - A entrada de bens de qualquer natureza obedecerá
XIV - devolver ao setor competente, quando de sua saída aos seguintes critérios:
ou da eventual transferência, os objetos fornecidos pela
unidade e destinados ao uso próprio; I - em se tratando daqueles permitidos, os mesmos deverão
XV - abster-se de desviar, para uso próprio ou de terceiros, ser revistados e devidamente registrados em documento
materiais dos diversos setores da Unidade Prisional; específico:
XVI - abster-se de negociar objetos de sua propriedade, de a) a entrada de bens perecíveis, em espécie e
terceiros ou do patrimônio do Estado; manufaturados, terá sua quantidade devidamente regulada;
XVII - abster-se da confecção e posse indevida de b) os bens não perecíveis serão analisados pela unidade
instrumentos capazes de ofender a integridade física de prisional quanto à sua necessidade, conveniência e
outrem, bem como daqueles que possam contribuir para quantidade;
ameaçar, ou obstruir a segurança das pessoas e da Unidade II - Em se tratando de bens de consumo e patrimoniais
Prisional; trazidos por presos acompanhados ou não de funcionário,
XVIII - abster-se de uso e consumo de bebida alcoólica ou quando das saídas externas autorizadas, serão analisados.
de substância que possa causar embriaguez ou No caso de não se comprovar a origem será lavrado
dependência física, psíquica ou química; comunicado do evento, sem prejuízo de outras medidas
XIX - abster-se de transitar ou permanecer em locais não cabíveis;
autorizados pela Direção da Unidade. III - Quando do ingresso de bens e valores através de
XX - abster-se de dificultar ou impedir a vigilância; familiares e afins, serão depositados no setor competente,
XXI - abster-se de quaisquer práticas que possam causar diante inventário e contra recibo:
transtornos aos demais presos, bem como prejudicar o a) o saldo em dinheiro e os bens existentes serão
controle de segurança, a organização e a disciplina; devolvidos no momento em que o preso seja libertado;
b) no caso de transferência do preso, os valores e bens
XXII - acatar a ordem de contagem da população carcerária, serão encaminhados à unidade de destino.
respondendo ao sinal convencionado da autoridade
competente para o controle da segurança e disciplina; Art.53 - Em caso de falecimento do preso, os valores e bens
XXIII - abster-se de utilizar quaisquer objetos, para fins de a estes pertencentes, devidamente inventariados, serão
entregues aos familiares, atendidas as disposições legais por cometimento de falta disciplinar de qualquer natureza
pertinentes. ou por ato motivado da direção da Unidade Prisional.
Art.56 - Será considerada para efeito de elogio a prática de Art.63 - As normas deste Regimento serão aplicadas aos
ato de excepcional relevância humanitária ou do interesse presos, quer dentro do estabelecimento prisional e sua
do bem comum, por portaria do diretor da unidade extensão, quer quando estiverem em trânsito ou em
prisional, devendo constar do prontuário do condenado. execução de serviço externo.
SEÇÃO II Capítulo II
DAS REGALIAS
DA DISCIPLINA
Art.57 - Constituem regalias, concedidas aos presos em
geral, dentro da Unidade Prisional: Art.64 - A ordem e a disciplina serão mantidas com firmeza,
I - visitas íntimas; sem constrangimento, sem impor maiores restrições que as
II - assistir coletivamente sessões de cinema, teatro, shows necessárias para manter a segurança e a boa organização
e outras atividades socioculturais, fora do horário normal da vida em comum, visando o retorno satisfatório do preso
em épocas especiais; a sociedade.
III - assistir coletivamente sessões de jogos esportivos em
épocas especiais, fora do horário normal; Parágrafo único - A disciplina, a hierarquia, a fraternidade e
IV - participar de atividades coletivas, além da escola e a civilidade são requisitos importantes para o
trabalho, em horário pré-estabelecido de acordo com a aprimoramento físico, mental e espiritual na busca da
Unidade do Sistema e Direção; construção de um futuro melhor para o preso.
V - participar em exposições de trabalho, pintura e outros,
que digam respeito às suas atividades; Art.65 - Os atos de indisciplina serão passíveis das seguintes
VI - visitas extraordinárias devidamente autorizadas pela penalidades:
direção se comprovada sua necessidade e relevância I - advertência verbal;
II - repreensão;
Art.58 - Poderão ser acrescidas outras regalias de forma III - suspensão ou restrição de regalias;
progressiva, acompanhando as diversas fases e regimes de IV - suspensão ou restrição de direitos, observadas as
cumprimento da pena. condições previstas no incisos XIII e XIV do artigo 50 do
presente regimento;
Art.59 - O preso no regime semi-aberto poderá ter outras V - isolamento em local adequado;
regalias, a critério da direção da unidade visando sua VI - inclusão no regime disciplinar diferenciado, mediante
reintegração social. decisão fundamentada do juízo competente.
Art.60 - As regalias poderão ser suspensas ou restringidas, §1º - Advertência verbal é a punição de caráter educativo,
aplicado às infrações de natureza leve, e se couber as de §3º - A inclusão de preso no r egime disciplinar diferenciado
natureza média; deverá ser requerida, apos deliberação da comissão
disciplinar, por meio de parecer circunstanciado, pelo
§2º - Repr eensão é a sanção disciplinar na forma escrita, Diretor da Unidade ao Juízo competente, sendo
revestida de maior rigor no aspecto educativo, aplicável em imprescindível a decisão fundamentada da autoridade
casos de infração de natureza média, bem como os judiciária para a imposição de tal sanção.
reincidentes de natureza leve.
Art.69 - A suspensão e restrição de regalias poderão ser
Art.66 - Às faltas leves e médias, poderão ser aplicadas as aplicadas isoladas ou cumulativamente, na prática de faltas
sanções previstas nos incisos I, II, III do artigo anterior. de qualquer natureza.
Art.70 - Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à
Art.67 - Às faltas graves, aplicam-se as sanções previstas falta consumada.
nos incisos IV e V do artigo 65 deste Regimento Geral, não
podendo qualquer delas exceder a 30 (trinta) dias. Capítulo III
DAS FALTAS DISCIPLINARES
§1º - O isolamento será sempr e comunicado ao Juízo da
Execução. Art.71 - As faltas disciplinares segundo sua natureza
classificam se em:
§2º - A autoridade administrativa poderá decretar o I - leves;
isolamento preventivo do faltoso pelo prazo máximo de 10 II - médias;
(dez) dias, no interesse da disciplina e da averiguação do III - graves.
fato.
Parágrafo único - O disposto neste capítulo aplica-se, no
§3º - O tempo de isolamento preventivo será computado que couber, ao preso provisório.
no período de cumprimento da sanção disciplinar.
SEÇÃO I
Art.68 - Aplica-se o Regime Disciplinar Diferenciado, na DAS FALTAS DISCIPLINARES DE NATUREZA LEVE
hipótese de falta grave consistente na prática de crime
doloso que ocasione subversão da ordem ou disciplina Art.72 - Considera-se falta disciplinar de natureza leve:
interna, e tem as seguintes características:
I - manusear equipamento de trabalho sem autorização ou
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem sem conhecimento do encarregado, mesmo a pretexto de
prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de reparos ou limpeza;
mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; II - adentrar em cela ou alojamento alheio, sem autorização;
II - recolhimento em cela individual; III - desatenção em sala de aula ou no trabalho;
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar os filhos IV - permutar, penhorar ou dar em garantia objetos de sua
menores de quatorze anos, com duração de duas horas; propriedade a outro preso sem prévia comunicação da
IV - o preso terá direito à saída da cela por duas horas direção da unidade respectiva;
diárias para banho de sol. V - utilizar-se de bens de propriedade do Estado, de forma
diversa para a qual recebeu;
§1º - O regime disciplinar diferenciado também poderá VI - executar, sem autorização, o trabalho de outrem;
abrigar presos provisórios ou condenados que apresentem VII - responder por outrem às chamadas regulamentares;
alto risco para a ordem e a segurança do Presídio ou da VIII - ter posse de papéis, documentos, objetos ou valores
sociedade. não cedidos e não autorizados pela Unidade Prisional;
IX - descuidar da higiene pessoal;
§2º - Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar X - estar indevidamente trajado;
diferenciado o preso provisório ou condenado sob o qual XI - proceder de for ma grosseira ou discutir com outro
recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou preso;
participação, a qualquer título, em organizações criminosas, XII - usar material de serviço para finalidade diversa da qual
quadrilha ou bando. foi prevista;
Parágrafo Único - Em caso de necessidade, o prazo Art.81 - Ao pr eso será dado conhecimento pr évio da
estabelecido no caput deste artigo poderá, a pedido da acusação.
direção da unidade respectiva, ser prorrogado por igual Art.82 - O Conselho Disciplinar ouvirá, no mesmo ato,
período pela autoridade judiciária competente. primeiramente o ofendido e testemunhas, se houverem, e
por último o preso, de tudo lavrando-se o termo respectivo.
TÍTULO VIII
DO PROCEDIMEN TO DISCIPLINAR, DA SANÇÃO E DA Art.83 - Concluídas as oitivas necessárias, ato contínuo, será
REABILITAÇÃO. facultado à Defesa, manifestação oral, que será tomada por
Capítulo I termo, pelo tempo de 15 (quinze) minutos.
Art.89 - O pedido de reconsideração, uma vez apreciado natureza grave ou reincidida falta de natureza média,
pela autoridade competente, deverá ser despachado no durante o período de reabilitação.
prazo de 08 (oito) dias de seu recebimento, dele não
cabendo recurso administrativo. Art.95 - O preso em r egime semiaberto terá a sua conduta
disciplinar classificada em:
Art.90 - Após tornar-se definitivo o ato punitivo, o Diretor
da unidade prisional determinará as seguintes providências: I - excelente, quando não tiver cometido infração disciplinar
de natureza grave ou média, ou não tiver reincidido na
I - ciência ao preso envolvido e ao seu defensor; prática de infração disciplinar de natureza leve, pelo prazo
II - registro em ficha disciplinar; de 06 (seis) meses;
III - encaminhamento de cópia da sindicância ao Juiz das II- boa, quando não tiver cometido infração disciplinar de
Execuções e Corregedor dos Presídios e ao Conselho natureza grave ou média pelo prazo de 03 (três) meses;
Penitenciário do Estado do Ceará; III - regular, quando cometer infração disciplinar de
IV - comunicação à autoridade policial competente, quando natureza média ou reincidir na prática de infração
o fato constituir ilícito penal; disciplinar de natureza leve, nos últimos 30 (trinta) dias;
V - arquivamento em prontuário penitenciário. IV - má, quando cometer infração de natureza grave ou
reincidir em infração de natureza média, durante o período
Art.91 - Durante todo o período de cumprimento de sua de reabilitação.
pena, o preso poderá pedir a revisão da punição sofrida,
desde que comprove o surgimento de fato novo, não Art.96 - No caso do preso ser oriundo de outra Unidade
apreciado por ocasião do anterior julgamento. Prisional, poderá ser levada em consideração para a
classificação de seu comportamento a conduta mantida
Art.92 - A execução da sanção disciplinar será suspensa pelo mesmo no estabelecimento de origem.
quando desaconselhada pela unidade de saúde do
Estabelecimento Prisional. Art.97 - O preso em regime fechado, terá os seguintes
prazos para reabilitação da conduta, a partir do
Parágrafo único - Uma vez cessada a causa que motivou a cumprimento da sanção disciplinar:
suspensão, a execução será iniciada ou terá I - De 01 (um) mês para as faltas de natureza leve;
prosseguimento. II - De 03 (três) meses para falta de natureza média;
III - De 06 (seis) meses para falta de natureza grave.
Capítulo II
DA CLASSIFICAÇÃO DA CONDUTA E DA REABILITAÇÃO Art.98 - O preso em regime semiaberto terá os seguintes
prazos para reabilitação da conduta, a partir da data do
Art.93 - A classificação do preso far-se-á pela Comissão cumprimento da sanção disciplinar:
Técnica de Classificação, consoante o rendimento apurado I - de 30 (trinta) dias para falta de natureza leve;
através do cumprimento da pena e mérito prisional. II - 60 (sessenta) dias para falta de natureza média;
Parágrafo único - a infração disciplinar de natureza grave
Art.94 - A conduta disciplinar do preso em regime fechado implicará na proposta, feita pelo diretor da unidade ao juízo
classificar-se-á em: competente, de regressão do regime.
I - excelente, quando no prazo mínimo de 01 (um) ano não Art.99 - O pr eso em regime aberto terá os prazos para
tiver sido cometida infração disciplinar de natureza grave reabilitação daconduta, de acordo com o previsto no artigo
ou média, ou não tiver reincidido na prática de i nfração anterior.
disciplinar de natureza leve; Art.100 - O cometimento da falta disciplinar de qualquer
II - boa, quando no prazo mínimo de 06 (seis) meses, não natureza, durante o período de reabilitação acarretará a
tiver cometido infração disciplinar de natureza grave ou imediata anulação do tempo de reabilitação até então
média; cumprido.
III - regular, quando for cometida infração disciplinar de
natureza média nos últimos 30 (trinta) dias, ou grave, nos Parágrafo único - Com a prática de nova falta disciplinar,
últimos 03 (três) meses; exigir-se- á novo tempo para reabilitação que deverá ser
IV - má, quando for cometida infração disciplinar de somado ao tempo estabelecido para falta anterior.
I - manter o preso informado de sua situação jurídico penal; I - apresentação do Certificado de Conclusão de ensino
II - requerer e acompanhar os benefícios penais incidentes fundamental, médio ou superior;
na execução, aos quais seu assistido fizer jus; II - incapacidade devidamente comprovada e atestada por
III - manter contato com o Juízo das Execuções, Tribunais, responsável.
Conselho Penitenciário e Direção do Estabelecimento, no
sentido de velar pela situação do preso; Art.115 - As atividades educacionais podem ser objeto de
IV - providenciar o recebimento de qualquer benefício ação integrada e conveniada com outras entidades públicas,
extrapenal a que o preso tiver direito; mistas e particulares, que se disponha a instalar escolas,
V- providenciar para que os prazos prisionais não sejam oficinas profissionalizantes na Unidade Prisional com
ultrapassados, requerendo o que for de direito. aprovação do Projeto pela Coordenadoria do Sistema Penal.
VI - Organizar e manter estatísticas de atendimento dos
presos sob seu patrocínio; Art.116 - O ensino educacional será feito por profissionais
VII - Requer er, junto aos demais órgãos da estrutura da educação utilizando serviço de monitores aptos e
organizacional da Unidade Penitenciária, qualquer ação ou treinados, com materiais oferecidos pelo Poder Público.
benefício nec essário ao bem estar dos presos sob seu
patrocínio, bem como de seus familiares; Art.117 - Os presos que tiverem frequência e aprovação de
VIII - Patrocinar a defesa dos presos assistidos pela acordo com as normas estabelecidas pelo art.126 e §§da
Defensoria Pública perante o Conselho Disciplinar; Lei de Ex ecução Penal, terão direito à remição de pena,
IX – Promover a ação civil pública e todas as espécies de após análise e avaliação pelo juízo da execução penal
ações capazes de propiciar a adequada tutela dos direitos competente.
difusos, coletivos ou individuais homogêneos dos presos.
X – Difundir, no ambiente prisional, a educação e Art.118 - O ensino profissionalizante poderá ser ministrado
conscientização dos direitos humanos, da cidadania e do em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico,
ordenamento jurídico. atendendo-se as características da população urbana e
XI - Realizar outras atividades dentro de sua área de rural, segundo aptidões individuais e dema nda do mercado.
competência.
Art.119 - A Unidade prisional disporá de uma biblioteca
SEÇÃO IV para uso geral dos presos, que será provida de livros
DA ASSISTÊNCIA EDUCACIONAL E QUALIFICAÇÃO instrutivos, recreativos e didáticos, jornais, revistas e outros
PROFISSIONAL periódicos e o acesso ao preso dar-se-á:
I - para uso na própria biblioteca;
Art.112 - A assistência educacional compreenderá a II - para uso na própria cela, mediante autorização da
instrução escolar, englobando o ensino fundamental e direção da unidade.
médio, bem como a formação profissional do preso.
§1º - A Sejus deverá desenvolver juntamente com a
Parégrafo Único - A Sejus poderá firmar termo de Secretaria de Educação do Estado projeto de r emição de
cooperação com entidade pública ou particular para a pena pela leitura, como forma de estimular e valorizar a
promoção de educação superior aos internos. participação dos internos em atividades educacionais e
Art.113 - Quando do ingresso a Unidade Prisional, será feita culturais, colaborando para a sua reinserção social.
a pesquisa referente à formação escolar, na fase de triagem. Art.120 - Os livros deverão ser cadastrados, utilizando-se
fichas para consultas no local e nas retiradas para leitura
Art.114 - O ensino fundamental e médio será obrigatório, em cela.
integrando-se no sistema escolar público, a ser ministrado
pela Secretaria de Educação do Estado. §1º - Qualquer dano ou desvio deverá ser ressarcido pelo
seu causador e devidamente punido na forma deste
Parágrafo Único - Somente serão dispensados do ensino Regimento Geral.
fundamental, os presos que preencherem os seguintes
requisitos: §2º - Durante o cumprimento de sanção disciplinar,
poderão ser retirados os livros pertencentes à biblioteca,
que se encontrarem na posse do infrator.
§3º - Quando das saídas sob quaisquer modalidades, o religião de forma individual ou coletiva, devendo ser
preso deverá devolver os livros sob seu poder. respeitada a sua vontade de participação, ou abstenção de
participação de atividades de cunho religioso.
SEÇÃO V
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL Art.124 - É assegurado a todas as religiões professadas no
interior da Unidade Prisional, através de seus diversos
Art.121 - A assistência social tem por finalidade o amparo representantes, direito a realização de cultos em dia e hora
ao preso e à sua família, visando prepará-lo para o retorno pré-determinados pela Direção, desde que não coloquem
à liberdade, e será exercida por profissional habilitado. em risco a vida e a integridade dos participantes, vedado o
proselitismo religioso e qualquer forma de discriminação ou
Parágrafo único - É facultado o auxílio de entidades públicas estigmatizarão.
ou privadas nas tarefas de atendimento social.
§1º - Caso o estabelecimento prisional não tenha local
Art.122 - Incumbe ao serviço de Assistência Social, entre adequado para a prática religiosa, as atividades deverão se
outras atribuições: realizar no pátio, nas galerias ou nas celas, em horários
I - Fornecer o diagnóstico Social do interno; específicos.
II - Prestar Assistência Social ao interno e à sua família;
III - Prestar assistência ao interno em caso de hospitalização §2º - Para atuar no estabelecimento prisional o líder ou
ou transferência da Unidade por motivo de saúde; grupo religioso fará pedido ao Diretor, por escrito, e deverá
IV - Entrar em contato com a família do interno para ser cadastrado na Coordenadoria do Sistema Penal, que
realização de entrevistas ou para esclarecimento; normatizará o procedimento de cadastro e fornecerá a
V - Promover, quando nec essário, o registro civil do interno respectiva carteira de acesso, válida em todas as unidades
e de seus filhos, expedição de documento de identidade e prisionais, condicionada a prévio agendamento e
carteira profissional; respeitando as normas de segurança prisional.
VI - Proceder aos encaminhamentos à rede de assistência
social, de saúde e educação Art.125 - Nenhum religioso poderá iniciar seu trabalho sem
VII - Integrar a equipe de Saúde nos ter mos do Plano antes ser advertido e instruído dos problemas prisionais e
Estadual de Saúde no Sistema Penitenciário; devidamente cientificado de que deverá desenvolvê-lo em
VIII - Facilitar o acesso da comunicação entre preso, harmonia com as normas do estabelecimento.
instituição e família;
IX - Fomentar debates e ações que r eafirmem a real função §1º - A suspensão do ingresso de representantes religiosos
social da pena entre os servidores do sistema penal; só poderá acontecer por determinação da Direção do
X - Buscar junto às redes sociais de apoio, benefícios que estabelecimento ou outra autoridade superior, por motivos
possam resgatar a cidadania dos presos e presas, egressos e justificados e registrados por escrito, dando-se ciência aos
familiares; interessados com antecedência razoável .
XI - Integrar a Comissão Técnica de Classificação;
XII - Realizar outras atividades dentro de sua área de §2º - Após procedida a suspensão do ingresso de
competência. representantes religiosos, a decisão sobre a extensão a
outras unidades prisionais ficará a critério da
SEÇÃO VI Coordenadoria do Sistema Penal.
DA ASSISTÊNCIA RELIGIOSA Art.126 - Na realização de eventos internos dever-se-á dar
preferência às atividades ecumênicas.
Art.123 - A assistência religiosa, respeitada a liberdade
constitucional de culto, a legislação vigente e com as Parágrafo único - Além dos cultos coletivos, a assistência
cautelas cabíveis, será prestada ao preso, sendo-lhe religiosa poderá ser oferecida individualmente a quem a
assegurada a participação nos eventos organizados na solicitar, em horário e local previamente agendado e
Unidade, bem como a posse de livros de instrução religiosa. autorizados pela Direção do estabelecimento, sendo
garantida a privacidade durante o atendimento r eligioso
Parágrafo Único - À pessoa presa será assegurado o direito pessoal, sem prejuízo da observância das normas de
à expressão de sua consciência, filosofia ou prática de sua segurança prisional.
Art.127 - De modo algum serão permitidos cultos ou §2º - Os exames criminológicos e demais perícias técnicas
atividades religiosas que possam causar transtornos aos não poderão ser realizados pelos psicólogos que realizam a
demais internos e servidores penitenciários, ou que assistência aos presos.
venham perturbar as manifestações religiosas de outras
denominações. TÍTULO X
DO CONTATO EXTERNO
Parágrafo único - A assistência religiosa não será Capítulo I
instrumentalizada para fins de disciplina, correcionais ou DA CORRESPONDÊNCIA ESCRITA
para estabelecer qualquer tipo de regalia, benefício ou
privilégio, e será garantida mesmo à pessoa presa Art.129 - A correspondência escrita entre o preso, seus
submetida a sanção disciplinar. familiares e afins será feita pelas vias regulamentares.
mesmo por documento idôneo, nos locais onde não houver previamente divulgada, nos seguintes locais:
transmissão da rádio livre.
I - em sala de aula, para fins didáticos e socioculturais;
§1º - É permitido ao interessado adquirir seu aparelho, com II - em ambientes coletivos, em horários estabelecidos
recursos de pecúlio ou de seus visitantes. formalmente, sem prejuízo das atividades de trabalho,
escola, esportes e outras prioridades.
§2º - O aparelho deverá ser de por te pequeno, a critério da
unidade prisional, que deverá atentar para a facilitação de Parágrafo único - O controle do aparelho e da programação
sua revista. compete à área de segurança e disciplina.
§3º - O aparelho de rádio será registrado em livro próprio, a Art.137 - Não se permitirá mais de um aparelho de
cargo da Direção da Unidade, devendo constar desse televisão em cada cela, independente da quantidade de
registro todos os dados que possibilitem sua perfeita presos.
identificação e controle.
Art.138 - O uso dos meios de comunicação permitidos por
§4º - O aparelho de rádio não identificado será apreendido este Regimento Geral poderá ser suspenso ou restringido
pelos agentes da área de segurança e disciplina, que por ato devidamente motivado, ficando seu
procederá às averiguações de sua origem, sem prejuízo da restabelecimento a critério da direção da unidade.
sanção disciplinar.
Capítulo III
§5º - O portador do rádio deverá utilizá -lo em sua própria DAS VISITAS
cela em volume compatível com a tranquilidade dos demais
presos, permitido o uso de fone de ouvido. Art.139 - As visitas ao preso se classificam sob duas
categorias: as comuns e as conjugais (chamadas visitas
§6º - A Administração não se responsabilizará pelo mau uso, íntimas).
extravio ou desaparecimento do aparelho, nem por danos
causados pelo usuário ou por outro preso. SEÇÃO I
DAS VISITAS COMUNS
§7º - Caso haja necessidade de conserto do aparelho, o
mesmo será feito com recurso próprio do preso ou de seus Art.140 - Os (as) presos (as) poderão receber visitas de
visitantes. cônjuges, companheiras (os) ou parentes, em dias
determinados, desde que registrado no rol de visitas do
§8º - É proibida qualquer espécie de conserto de aparelho Estabelecimento Prisional e devidamente autorizadas pela
de rádio nas dependências internas do estabelecimento, direção, e se darão na forma especificada na Portaria
salvo em local determinado e com a devida autorização. Nº692/2013 da Sejus, ou outra portaria que venha a
substituí-la, expedida pelo mesmo órgão.
Art.135 - O acesso à televisão pelo preso, qualquer que seja Parágrafo único - O cadastramento no rol de visitas será
o regime de cumprimento de pena, ocorrerá sob duas lavrado no prazo de até 10 (dez) dias da apresentação dos
modalidades: documentos elencados na referida portaria, devendo as
hipóteses de indeferimento serem devidamente motivadas.
I - 01 (um) aparelho coletivo de propriedade da unidade
prisional; Art.141 - As visitas serão limitadas ao número de 02 (dois)
II - 01 (um) aparelho de uso particular em cada cela ou visitantes por dia de visita, a fi m de proporcionar
alojamento, mediante prévia autorização por escrito da adequadas condições de revista, preservando as condições
direção da unidade, comprovada a propriedade do mesmo de segurança na Unidade Prisional. Quanto à visitação de
por documento idôneo. filhos e netos menores de idade, no dia destinado a essas
visitas, não há limite de quantidade.
Art.136 - O aparelho de uso coletivo deverá ser franqueado
aos presos, através de programação institucional §1º - Os cadastros de visita deverão ser preferencialmente
biométricos, sendo renovados a cada 02 (dois) anos e §1º - A critério da Coordenação do Sistema Penal ou da
acompanharão o preso em caso de mudança de unidade. Direção da Unidade Prisional, poderá ser suspensa ou
reduzida a visita em caso de risco iminente à segurança e
§2º - Em não havendo cônjuge, companheira (o), disciplina.
ascendentes e descendentes de primeiro ou segundo grau
e colaterais de primeiro grau ou parentes habilitados para a §2º - Em caso excepcional, a administração poderá
visita, poderá o(a) preso(a) cadastrar até 02 (dois) amigos autorizar visita extraordinária, devendo fixar o tempo de
(as). sua duração.
Art.142 - A entrada de menor es nas unidades prisionais só §3º - O pr eso recolhido ao pavilhão hospitalar ou
será permitida aos filhos e netos do(a) preso(a), enfer maria e impossibilitado de se locomover, ou em
acompanhados pelo responsável legal e, na falta deste, por tratamento psiquiátrico, poderá receber visita no próprio
aquele que for designado para sua guarda e local, a critério da autoridade médica.
responsabilidade, pela autoridade judicial competente,
devendo apresentar carteira de identidade ou certidão de Art.146 - Antes e depois das visitas os presos poderão ser
nascimento. submetidos à revista.
§1º - A entrada do(a) companheiro(a) menor de idade se §1º - Os visitantes deverão ser revistados antes de
dará mediante autorização do juízo das execuções, salvo se adentrarem na unidade.
já possuírem prole em comum, quando deverá ser
apresentada certidão de nascimento do(s) filho(s). §2º - A revista pessoal (eletrônica, mecânica ou manual)
será realizada com respeito à dignidade humana, sendo
Art.143 - Não será permitida a visita a pessoa que: vedada qualquer forma de desnudamento, tratamento
desumano ou degradante.
I - não esteja autorizado pela direção;
II - não apresente documento de identificação; §3º - A revista pessoal deverá ocorrer mediante uso de
III - apresentar sintomas de embriagues ou conduta equipamentos eletrônicos detectores de metais,
alterada que levem a presunção de consumo de drogas bodyscanners, aparelhos de raio-X ou similares, ou ainda
e/ou entorpecentes; manualmente, preservando-se a integridade física,
IV - estiver com gesso, curativos ou ataduras; psicológica e moral da pessoa revistada.
V - chegar na Unidade Prisional no dia e hora, não
estabelecido para visita; §4º - Onde houver bodyscanners obrigatoriamente este
VI - do sexo masculino que estiver trajando bermuda, será o meio utilizado para a revista eletrônica.
calção e/ou camiseta sem mangas;
VII - do sexo feminino que estiverem trajando mini -saias, §5º - Considera-se revista manual toda inspeção realizada
miniblusas, roupas excessivamente curtas, decotadas e mediante contato físico da mão do agente público
transparentes; competente sobre a roupa da pessoa revistada, sendo
vedado o desnudamento total ou parcial , o toque nas
Art.144 - Cartas, bilhetes ou qualquer outro meio de partes íntimas, o uso de espelhos, o uso de cães farejadores,
comunicação escrita, deverão ser entregues aos bem como a introdução de quaisquer objetos nas cavidades
plantonistas da revista ou ao chefe de equipe que fará o corporais da pessoa revistada.
encaminhamento ao preso.
§6º - A retirada de calçados, casacos, jaquetas e similares,
Art.145 - As visitas comuns deverão ocorrer bem como de acessórios, não caracteriza desnudamento.
preferencialmente, as quartas-feiras e/ou domingos das
08:00 horas às 16:00 horas, encerrando-se o acesso ao §7º - A r evista manual será realizada por servidor habilitado
interior da Unidade Prisional às 14:00 horas, em período e sempre do mesmo sexo da pessoa revistada.
não superior a 08 (oito) horas, não devendo coincidir com o
dia destinado às visitas íntimas. §8º - A revista pessoal em crianças ou adolescentes deve
garantir o respeito ao princípio da proteção integral da
I - o estado de saúde impeça que a pessoa a ser revistada se Parágrafo único - As unidades prisionais disporão de
submeta a determinados equipamentos de revista espaços lúdicos para acolher filhos e netos de presos (as)
eletrônica, mediante comprovação de laudo médico por ocasião das visitas.
expedido em até sessenta dias antes da visita, exceto
quando atestar enfermidade permanente; Art.152 - O visitante, familiar ou não, poderá ter seu
II - quando não existir equipamento eletrônico ou este não ingresso suspenso pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, por
estiver funcionando; decisão motivada da direção da unidade, quando:
III - após a realização da revista eletrônica, subsistir
fundada suspeita de porte ou posse de objetos, produtos I - da visita resulte qualquer fato danoso à segurança e
ou substâncias, cuja entrada seja proibida. disciplina da unidade, que envolva o visitante ou o preso;
II - houver aplicação de sanção disciplinar suspendendo o
Art.147 - Os valores e objetos considerados inadequados, direito a receber visita;
encontrados em poder do visitante, serão guardados em
local apropriado e restituídos ao término da visita. Parágrafo Único - O visitante, familiar ou não, terá seu
cadastro cancelado se praticar qualquer ato tipificado como
Parágrafo Único - Caso a posse constitua delito penal crime doloso, sendo possível a recuperação do cadastro,
deverão ser tomadas as providências legais cabíveis. por decisão da Direção da Unidade, ouvidos os Setores de
Segurança e Disciplina e de Serviço Social, a partir de 6 (seis)
Art.148 - As pessoas idosas, gestantes e deficientes físicos, meses após a prática do ato.
terão prioridade nos procedimentos adotados para a
realização da visita. Art.153 - O pr eso que cometer falta disciplinar média ou
grave poderá ter restringido ou suspenso o direito a visita
Art.149 - O visitante que estiver com maquiagem, peruca e por até 30 (trinta) dias.
outros complementos que possam dificultar a sua
identificação ou revista, poderá ser impedido de ter acesso SEÇÃO II
à unidade prisional, como medida de segurança. DA VISITA ÍNTIMA
Art.150 - Roupas íntimas, agasalhos e material higiênico Art.154 - A visita íntima constitui um direito e tem por
não fornecidos pelo Sistema Prisional, bem como, bens de finalidade fortalecer as relações afetivas e familiares,
consumo, perecíveis ou não, permitidos e trazidos pelos devendo ser requerida pelo preso interessado ao Diretor da
visitantes nos dias regulamentares de visita, serão Unidade.
entregues no setor da revista, para que seja realizado um
minucioso exame na presença do portador, após o que será Parágrafo Único - A orientação sexual dos internos e dos
permitida a entrada no estabelecimento. visitantes deverá ser respeitada, não devendo haver
qualquer tipo de discriminação.
§1º - A Coordenadoria do Sistema Penal deverá formular
anualmente relação dos bens de consumo, perecíveis ou Art.155 - A visita íntima poderá ser suspensa ou restringida
não, que poderão ser admitidos no interior das unidades, pelo prazo de 30 (trinta) dias por falta disciplinar média ou
da qual se dará ampla publicidade; grave cometida pelo reeducando, bem como por atos do(a)
companheiro(a) que causar problemas de ordem moral ou
§2º - As visitas não poderão ingressar nas unidades de risco para a segurança ou disciplina.
prisionais levando qualquer pertence que não seja
autorizado pela administração, devendo ser vedados Art.156 - Os serviços de Saúde e de Assistência Social do
apenas aqueles que atentem contra a segurança e Sistema Penitenciário deverão planejar um programa
preventivo para a população prisional, nos aspectos Art.159 - A periodicidade da visita exclusivamente íntima
sanitário e social, respectivamente, sendo assegurada a será mensal, obedecidos os critérios estabelecidos neste
distribuição gratuita de preservativos ao preso, quando da Regimento Geral.
realização da visita íntima.
Art.160 - O controle da visita íntima, relativamente às
Parágrafo único - O serviço de Saúde e a Comissão Técnica condições de acesso, trânsito interno e segurança do(a)
de Classificação de cada unidade prisional desenvolverão os preso(a) e de seu cônjuge ou companheiro(a), compete aos
programas propostos. integrantes da área de segurança e disciplina.
Art.157 - Ao preso será facultado receber para visita íntima Art.161 - A visita deverá submeter-se às normas de
cônjuge ou companheiro(a) ou pessoa designada pelo segurança do estabelecimento.
mesmo, comprovadas as seguintes condições:
TÍTULO XI
I - se cônjuge, comprovar-se-á com a competente Certidão DO TRABALHO, DA REMIÇÃO E DO PECÚLIO
de Casamento;
II - se companheiro(a), comprovar-se-á com o Registro de Art.162 - A unidade prisional manterá o trabalho do
Nascimento dos filhos em nome de ambos ou declaração reeducando como dever social e condição de dignidade
de união estável assinada por duas testemunhas, com firma humana, com finalidade educativa, produtiva e
reconhecida; reintegradora.
III - nos demais casos, mediante declaração expressa do(a)
preso(a), com a apresentação dos documentos exigidos Parágrafo Único - Aplicam-se à organização e aos métodos
para as visitas comuns, e avaliação do Serviço Social. de trabalho as precauções relativas à segurança e à higiene.
§1º - o preso poderá receber a visita íntima de menor de 18 Art.163 - As modalidades de trabalho classificam-se em
(dezoito) anos, quando: interno e externo.
a) legalmente casados;
b) nos demais casos, mediante autorização do juízo das §1º - O trabalho interno tem caráter obrigatório,
execuções, salvo se já possuírem prole em comum, quando respeitadas as aptidões e a capacidade do preso,
deverá ser apresentada certidão de nascimento do(s) observando-se:
filho(s); a) Na atribuição do trabalho, poderão ser levadas em
c) houver prova de emancipação civil do(a) visitante. consideração a habilitação, a condição pessoal e as
necessidades futuras do interno.
§2º - Somente será autorizado o registro de um(a) visitante, b) Os maiores de 60 (sessenta) anos terão ocupação
ficando vedadas as substituições, salvo se ocorrer adequada à sua idade.
separação ou divórcio, no decurso do cumprimento de c) Os doentes ou portadores de necessidades especiais,
pena, obedecido o prazo mínimo de 6 (seis) meses, com declarados tais pelo órgão competente, terão ocupação
investigação do Serviço Social e decisão da Direção da compatível com seu estado físico e mental.
Unidade Prisional.
§2º - A jornada de trabalho não poderá ser inferior a 06
Art.158 - Comprovadas as relações previstas nos artigos (seis) nem superior a 08 (oito) horas, com descanso aos
anteriores, para a concessão de visita íntima, deverão ainda domingos e feriados, salvo exceções legais.
as partes: Art.164 - Conforme o disposto no artigo 126 da Lei de
Execução Penal, o detento poderá remir parte do tempo de
a) Apresentar atestado de aptidão, do ponto de vista de condenação, à razão de um dia de pena por três
saúde, através de exames laboratoriais tanto para o(a) trabalhados.
preso(a) como para o(a) companheiro(a); §1º - Também se considera, para efeitos de remição, a
b) Submeter-se aos exames periódicos, a critério das frequência regular aos cursos de Ensino Fundamental,
respectivas unidades. Médio e Profissionalizante, bem como a produção
intelectual e produção de artesanato.
§2º - Deverá existir uma ficha de frequência, a qual Art.169 - Compete à unidade prisional propiciar condições
registrará os dias trabalhados, devendo ser assinada de aprendizado aos presos sem experiência profissional na
diariamente pelo preso(a) e rubricada no final do mês pela área solicitada.
autoridade administrativa competente.
Art.170 - Para a prestação do trabalho interno, dar-se-á
§3º - A contagem do tempo de remição se dará na forma do sempre preferência aos presos que tenham índice superior
art.126 da Lei de Execução Penal. de aproveitamento e maior tempo de cumprimento de
pena.
§4º - Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas
diárias de trabalho e de estudo serão definidas de forma a Capítulo II
se compatibilizarem. DO TRABALHO EXTERNO
§5º - O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir Art.171 - O trabalho externo, executado fora dos limites do
no trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com estabelecimento, será admissível aos presos em regime
a remição. fechado, quando obedecidas as condições legais, e aos
presos em cumprimento de pena em r egime semiaberto e
§6º - O condenado que cumpre pena em regime aberto ou aberto.
semiaberto e o que usufrui liberdade condicional poderão
remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de Art.172 - O cometimento de falta disciplinar de natureza
educação profissional, parte do tempo de execução da grave implicará na revogação imediata da autorização de
pena ou do período de prova. trabalho externo, sem prejuízo da sanção disciplinar
correspondente, apurada através de procedimento
§7º - O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de disciplinar.
prisão cautelar.
Art.173 - O preso em cumprimento de pena em r egime
Art.165 - O Setor de Segurança e Disciplina informará à semiaberto, poderá obter autorização para desenvolver
Unidade de Produção e comercialização sobre eventuais trabalho externo, junto às empresas públicas ou privadas,
impedimentos da atividade do trabalho do preso observadas as seguintes condições:
trabalhador e seus motivos.
I - Submeter-se à observação criminológica realizada no
Parágrafo Único - No caso de saída do preso da unidade período de 30 (trinta) dias de sua inclusão, sem qualquer
prisional será comunicada imediatamente para a Unidade impedimento;
de Produção e Comercialização para as providências II - Manter comportamento disciplinado, seja na unidade
cabíveis. prisional, seja na empresa a qual presta serviços;
III - Cumprir horário, em jornada estabelecida no respectivo
Capítulo I contrato de trabalho;
DO TRABALHO INTERNO IV - Retornar à unidade prisional quando de eventual
dispensa portando documento hábil do empregador;
Art.166 - O trabalho interno será desenvolvido através de V - Ter justificado ao empregador, mediante documento
qualquer atividade regulamentada, que tenha por objetivo hábil, a falta por motivo de saúde;
o aprendizado, a formação de hábitos sadios de trabalho, o VI - Cumprir rigorosamente o horário da jornada de
espírito de cooperação e a socialização do preso. trabalho estabelecido pela unidade prisional e empresa .
Art.167 - Considera-se trabalho interno aquele realizado Art.174 - A unidade prisional deverá manter o controle e
nos limites do estabelecimento, destinado a atender às fiscalização através de instrumentos próprios, junto à
necessidades peculiares da unidade. empr esa e ao reeducando, para que o mesmo possa
Art.168 - Será atribuído horário especial de trabalho aos cumprir as exigências do artigo anterior.
internos designados para os serviços de conservação,
subsistência e manutenção da Unidade.
Art.175 - O trabalho do(a) preso(a) será remunerado, §1º - No exercício de suas funções, os funcionários não
obedec endo critérios de produtividade, não podendo ser deverão compactuar com os presos nem praticar atos que
inferior a 3/4 três quartos) do salário mínimo. possam atentar contra a segurança, ordem ou disciplina,
mantendo diálogo com os detentos dentro dos limites
Art.176 - O produto da remuneração será depositado em funcionais;
conta bancária, em Banco Oficial ou Privado, conveniado
com o Estado. §2º - Os agentes prisionais levarão ao conhecimento da
autoridade competente as reivindicações dos presos
Art.177 - Quanto aos valores do trabalho do preso, seu objetivando uma solução adequada, bem como as ações ou
pecúlio e deduções previdenciárias, observar-se-á o omissões dos mesmos, que possam comprometer a boa
disposto na Portaria 217/2014 da Sejus. ordem na Unidade Prisional.
Art.178 - Toda importância em dinheiro que for apreendida Art.184 - Ocorrendo óbito, fuga e evasão, a direção do
indevidamente com o reeducando e cuja procedência não Estabelecimento comunicará imediatamente ao Juiz da
for esclarecida reverterá ao Estado, por processo Execução, a Coordenadoria do Sistema Prisional e também
administrativo em que se obedeça ao devido processo legal. solicitará a presença da Polícia Judiciária.
Parágrafo Único - Se a origem e propriedade forem Parágrafo Único - Falecendo o interno, os valores e bens
legítimas, a importância será depositada no pecúlio reserva devidamente inventariados, serão entregues aos familiares.
do reeducando, sem prejuízo das sanções disciplinares
previstas. Art.185 - Em caso de danos ao Estabelecimento a Diretoria
oferecerá a Coordenadoria do Sistema Penitenciário
Art.179 - Na ocorrência do falecimento do reeducando, o relatório circunstanciado objetivando avaliar os prejuízos e
saldo será entregue a familiares, atendidas as disposições elucidar as irregularidades, encaminhando os resultados a
pertinentes. quem de direito.
Art.188 - Este Regimento entrará em vigor na data de sua Art. 6º - Ficam expressamente vedadas quaisquer normas
publicação, restritivas ao ingresso de pessoas e alimentos nos
revogadas as disposições em contrário. estabelecimentos penais, salvo nas seguintes hipóteses:
DECRETO Nº 25.050, DE 14 DE JULHO DE 1998. a) visitantes com ataduras, curativos ou assemelhados, sem
atestado médico que justifique seu uso;
Dispõe sobre o Sistema de Revistas nos estabelecimentos
penais do Estado do Ceará e dá outras providências. b) alimentos definidos como bebidas alcoólicas, ou que,
sendo vegetais, possam produzir substâncias alcoólicas por
Art. 1º - A revista dos visitantes, necessária à segurança fermentação;
interna dos estabelecimentos penais do Estado do Ceará,
será realizada com respeito à dignidade humana e segundo c) alimentos acondicionados em embalagens que possam
o disposto neste Decreto. gerar subprodutos atentatórios à segurança.
Art. 2º - Considera-se visitante todo aquele que acorrer a Art. 7º - Poderá o Poder Executivo estabelecer critério de
estabelecimento penal e ingressar em seu interi or, para fins credenciamento uniforme aos visitantes, mediante
de manter contato, direto ou indireto, com pessoas presas, documento específico fornecido pelo próprio
ou prestar qualquer tipo de serviço à administração do estabelecimento penal, sem qualquer despesa ou custo
estabelecimento penal. para o credenciado.
Art. 3º - Para garantia da segurança dos estabelecimentos Art. 8º - As visitas dos familiares e amigos dos presos serão
penais serão instalados detectores de metais e outros mantidas às quartas-feiras e domingos, enquanto que as
equipamentos necessários a impedir o ingresso de qualquer dos representantes as entidades assistenciais, pastorais e
tipo de armas e drogas nas casas prisionais. religiosas ficarão a critério dos diretores dos
estabelecimentos penais que decidirão pelos dias que
Parágrafo único - Ninguém poderá deixar de se submeter foram mais convenientes, preferencialmente em dias
ao detector de metal. diferentes dos destinados aos familiares e amigos.
Art. 4º - Todos os que necessitarem ingressar no interior de Parágrafo único - As entidades assistenciais, pastorais e
qualquer estabelecimento penal, inclusive seus servidores, religiosas credenciarão seus membros junto à Secretaria da
serão submetidos a procedimento único e padronizado de Justiça, a qual fornecerá o documento de identificação
revistas, que serão realizadas por pessoa do mesmo sexo. obrigatório a ser apresentado ao Corpo de Guarda do
estabelecimento penal.
Parágrafo único - Ficam excluídos da incidência do disposto
no caput os Chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Art. 9º - O pr eso que mantiver contato, em local reservado,
Judiciário, os magistrados, os parlamentares, membros do com qualquer daquelas pessoas enumeradas no parágrafo
Ministério Público e Defensoria Pública, Secretários de único do art. 4º, obrigatoriamente passará por vistoria,
Estado e os advogados regularmente inscritos na Ordem antes e após desse contato.
dos Advogados do Brasil.
Art. 10 - Este Decreto entrará em vigor na data de sua
Art. 5 º - Realizar-se-á a inspeção íntima, quando houver publicação.
fundada suspeita ou receio de que determinado visitante
conduz ou pretende conduzir qualquer objeto ou Art. 11 - Revogam-se as disposições em contrário,
substância não permitida em lei. especialmente o Decreto nº 24.754, de 29 de dezembro de
1997.
Parágrafo único - Competirá à direção do estabelecimento
penal, na hipótese do caput deste artigo, a emissão de guia
de encaminhamento ao IML, para relização do exame
respectivo.
Art. 67 - Tempo de serviço, para os efeitos deste Estatuto, § 1º - Para os efeitos deste Estatuto, entende-se por
compreende o período de efetivo exercício das atribuições acidente de trabalho o evento que cause dano físico ou
de cargo ou emprego público. mental ao funcionário, por efeito ou ocasião do serviço,
inclusive no deslocamento para o trabalho ou deste para o
Art. 68 - Será considerado de efetivo exercício o domicílio do funcionário.
afastamento em virtude de:
§ 2 º - Equipara-se a acidente no trabalho a agressão,
I - férias; quando não provocada, sofrida pelo funcionário no serviço
II - casamento, até oito dias; ou em razão dele.
III - luto, até oito dias, por falecimento de cônjuge ou
companheiro, parentes, consangüíneos ou afins, até o 2º § 3º - Por doença profissional, para os efeitos deste
grau, inclusive madrasta, padrasto e pais adotivos; Estatuto, entende-se aquela peculiar ou inerente ao
IV - luto, até dois dias, por falecimento de tio e cunhado; trabalho exercido, comprovada, em qualquer hipótese, a
V - ex ercício das atribuições de outro cargo estadual de relação de causa e efeito.
provimento em comissão, inclusive da Administração
Indireta do Estado; § 4º - Nos casos previstos nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo, o
VI - convocação para o Serviço Militar; laudo resultante da inspeção médica deverá estabelecer,
VII - júri e outros serviços obrigatórios; expressamente, a caracterização do acidente no trabalho
VIII - desempenho de função eletiva federal, estadual ou da doença profissional.
municipal, observada quanto a esta, a legislação pertinente;
IX - exercício das atribuições de cargo ou função de Art. 69 - Será computado para efeito de disponibilidade e
Governo ou direção, por nomeação do Governador do aposentadoria:
Estado;
X - licença por acidente no trabalho, agressão não I - o tempo de contribuição para o Regime Geral de
provocada ou doença profissional; Previdência Social – RGPS, bem como para os Regimes
XI - licença especial; Próprios de Previdência Social – RPPS;
XII - licença à funcionária gestante; a) o tempo de serviço público federal, estadual ou
XIII - licença para tratamento de saúde; municipal;
XIV - licença para tratamento de moléstias que b) o período de serviço ativo das Forças Armadas prestado
impossibilitem o funcionário definitivamente para o durante a paz;
trabalho, nos termos em que estabelecer Decreto do Chefe c) o tempo de serviço prestado, sob qualquer forma de
do Poder Executivo; admissão, desde que remunerado pelos cofres públicos;
XV - doença, devidamente comprovada, até 36 dias por ano d) o tempo de serviço prestado em Autarquia, Empresa
e não mais de 3 (três) dias por mês; Pública e Sociedade de Economia Mista, nas órbitas federal,
XVI - missão ou estudo noutras partes do território nacional estadual e municipal;
ou no estrangeiro, quando o afastamento houver sido e) o período de trabalho prestado a instituição de caráter
expressamente autorizado pelo Governador do Estado, ou privado que tiver sido transformada em estabelecimento
pelos Chefes dos Poderes Legislativo e Judiciário; de serviço público;
XVII - decorrente de período de trânsito, de viagem do f) o tempo da aposentadoria, desde que ocorra reversão;
funcionário que mudar de sede, contado da data do g) o tempo de licença especial e o período de férias,
gozadas pelo funcionário; Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de
h) o tempo de licença para tratamento de saúde; Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, ressalvadas as
II – o período de serviço ativo das Forças Armadas; decorrentes dos cargos acumuláveis previstos na
a) o tempo de serviço ativo prestado às Forças Armadas em Constituição Federal;
período de operações de guerra; IV - a percepção simultânea de proventos de aposentadoria
b) o período de férias não gozadas; decorrente de regime próprio de servidor titular de cargo
c) o período de licença especial não usufruído pelo efetivo, com a remuneração de cargo, emprego ou função
funcionário. pública, ressalvados os cargos acumuláveis previstos na
III – o tempo de aposentadoria, desde que ocorra reversão; Constituição Federal, os eletivos e os cargos em comissão
IV – a licença por motivo de doença em pessoa da família, declarados em Lei de livre nomeação e exoneração.
conforme previsto no art. 99 desta Lei, desde que haja
contribuição. § 1° - Não se considera fictício o tempo definido em Lei
como tempo de contribuição para fi ns de concessão de
§ 1° - No caso previsto no inciso IV, o afastamento superior aposentadoria quando tenha havido, por parte do servidor,
a 6 (seis) meses obedecerá o previsto no iniso IV, do art. 66, a prestação de serviço ou a correspondente contribuição.
desta Lei.
§ 2° - A vedação prevista no inciso IV, não se aplica aos
§ 2° - Na contagem do tempo, de que trata este artigo, membros de Poder e aos inativos, servidores e militares
deverá ser observado o seguinte: que, até 16 de dezembro de 1998, tenham ingressado
I - não será admitida a contagem em dobro ou em outras novamente no serviço público por concurso público de
condições especiais; provas ou de provas e títulos, e pelas demais formas
II - é vedada a contagem de tempo de contribuição, quando previstas na Constituição Federal, sendo-lhes proibida a
concomitantes; percepção de mais de uma aposentadoria pelo Sistema
III - não será contado, por um sistema, o tempo de Único de Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e
contribuição utilizado para a concessão de algum benefício, Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de Poder do
por outro. Estado do Ceará – SUPSEC, exceto se decorrentes de cargos
acumuláveis previstos na Constituição Federal.
§ 3° - O tempo de contribuição, a que alude o inciso I deste
artigo, será computado à vista de certidões passadas com § 3° - O servidor inativo para ser investido em cargo público
base em folha de pagamento. efetivo não acumulável com aquele que gerou a
aposentadoria deverá renunciar aos proventos desta.
Art. 70 - A apuração do tempo de contribuição será feita
em anos, meses e dias. § 4° - O aposentado pelo Sistema Único de Previdência
Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes
§ 1° - O ano corresponderá a 365 (trezentos e sessenta e Públicos e dos Membros de Poder do Estado do Ceará –
cinco) dias e o mês aos 30 (trinta) dias. SUPSEC, que estiver exercendo ou que voltar a exercer
atividade abrangida por este regime é segurado obrigatório
§ 2° - Para o cálculo de qualquer benefício, depois de em relação a esta atividade, ficando sujeito às
apurado o tempo de contribuição, este será convertido em contribuições, de que trata esta Lei, para fins de custeio da
dias, vedado qualquer forma de arredondamento. Previdência Social, na qualidade de contribuinte solidário.
CAPÍTULO II CAPÍTULO IV
Da Estabilidade e da Vitaliciedade Das Férias
Art. 73 - Estabilidade é o direito que adquire o funcionário Art. 78 - O funcionário gozará trinta dias consecutivos, ou
efetivo de não ser exonerado ou demitido, senão em não, de férias por ano, de acordo com a escala organizada
virtude de sentença judicial ou inquérito administrativo, em pelo dirigente da Unidade Administrativa, na forma do
que se lhe tenha sido assegurada ampla defesa. regulamento.
Art. 74 - A estabilidade assegura a permanência do § 1º - Se a escala não tiver sido organizada, ou houver
funcionário no Sistema Administrativo. alteração do exercício funcional, com a movimentação do
funcionário, a este caberá requerer, ao superior hierárquico,
Art. 75 - O funcionário nomeado em virtude de concurso o gozo das férias, podendo a autoridade, apenas, fixar a
público adquire estabilidade depois de decorridos dois anos oportunidade do deferimento do pedido, dentro do ano a
de efetivo exercício. que se vincular o direito do servidor.
§ 2º - O funcionário não poderá gozar, por ano, mais de
Parágrafo único - A estabilidade funcional é incompatível dois períodos de férias.
com o cargo em comissão. § 3º - O funcionário terá direito a férias após cada ano de
exercício no Sistema Administrativo.
Art. 76 - O funcionário perderá o cargo vitalício somente § 4º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao
em virtude de sentença judicial. serviço.
Art. 82 - A licença poderá ser determinada ou prorrogada, inspeção ocorrerá a cada 2 (dois) anos.
de ofício ou a pedido.
Art. 92 - No processamento das licenças para tratamento
Parágrafo único - O pedido de prorrogação deverá ser de saúde será observado sigilo no que diz respeito aos
apresentado antes de finda a licença, e, se indeferido, laudos médicos.
contar-se-á como licença o período compreendido entre a
data do término e a do conhecimento oficial do despacho. Art. 93 - No curso da licença, o funcionário abster-se-á de
qualquer atividade remunerada, sob pena de interrupção
Art. 83 - A licença gozada dentro de sessenta dias, contados imediata da mesma licença, com perda total dos
da determinação da anterior será considerada como vencimentos, até que reassuma o exercício.
prorrogação.
Art. 94 - O funcionário não poderá recusar a inspeção
Art. 84 - O funcionário não poderá permanecer em licença médica determinada pela autoridade competente, sob
por prazo superior a vinte e quatro meses, salvo nos casos pena de suspensão do pagamento dos vencimentos, até
dos itens II, III, V e VI do art. 80, deste Estatuto. que seja realizado exame.
Art. 86 - São competentes para licenciar o funcionário os Art. 95 - Considerado apto em inspeção médica, o
dirigentes do Sistema Administrativo Estadual, admitida a funcionário reassumirá o exercício imediatamente, sob
delegação, na forma do Regulamento. pena de se apurarem como faltas os dias de ausência.
§1° - Ao servidor desincorporado conceder-se-á prazo não Art. 175 - Considera-se ilícito administrativo a conduta
excedente a 30 (trinta) dias para que reassuma o exercício comissiva ou omissiva, do funcionário, que importe em
do cargo, sem perda de vencimentos. violação de dever geral ou especial, ou de proibição, fixado
neste Estatuto e em sua legislação complementar, ou que
§2° - O servidor, de que trata o caput deste artigo, constitua comportamento incompatível com o decoro
contribuirá para o Sistema Único de Previdência Social dos funcional ou social.
Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e
dos Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, Parágrafo único - O ilícito administrativo é punível,
mesmo que faça opção pela retribuição financeira do independentemente de acarretar resultado perturbador do
serviço militar. serviço estadual.
Art. 102 - O funcionário, Oficial da Reserva não remunerada Art. 176 - A apuração da responsabilidade funcional será
das Forças Armadas, será licenciado, com vencimentos promovida, de ofício, ou mediante representação, pela
integrais, para cumprimento dos estágios previstos pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou na entidade
legislação militar, garantido o direito de opção. administrativa em que tiver ocorrido a irregularidade. Se se
tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de
SEÇÃO VI trabalho, a apuração da responsabilidade será promovida
Da Licença do Funcionário para Acompanhar o Cônjuge pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou na
entidade a que pertenc er o funcionário a quem se imputar
Art. 103 - O funcionário terá direito a licença sem a prática da irregularidade.
vencimento, para acompanhar o cônjuge, também servidor
público, quando, de ofício, for mandado servir em outro Parágrafo único - Se se imputar a prática do ilícito a vários
ponto do Estado, do Território Nacional, ou no Exterior. funcionários lotados em órgãos diversos do Poder
Executivo, a competência para determinar a apuração da
§ 1º - A licença dependerá do requerimento devidamente responsabilidade caberá ao Governador do Estado.
instruído, admitida a renovação, independentemente de
reassunção do exercício. Art. 177 - A responsabilidade civil decorre de conduta
funcional, comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa, que
§ 2º - Finda a causa da licença, o funcionário retornará ao acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado, de suas
exercício de suas funções, no prazo de trinta dias, após o entidades ou de terceiros.
qual sua ausência será considerada abandono de cargo.
Art. 179 - São independentes as instâncias administrativas § 9º - O ex ercício da legítima defesa e de atividades em
civil e penal, e cumuláveis as respectivas cominações. virtude do estado de necessidade não serão excludentes de
responsabilidade administrativa quando houver excesso,
§ 1º - Sob pena de r esponsabilidade, o funcionário que imoderação ou desproporcionalidade, culposos ou dolosos,
exercer atribuições de chefia, tomando conhecimento de na conduta do funcionário.
um fato que possa vir a se configurar, ou se configure como
ilícito administrativo, é obrigado a representar perante a Art. 180 - A apuração da responsabilidade do funcionário
autoridade competente, a fim de que esta promova a sua processar-se-á mesmo nos casos de alteração funcional,
apuração. inclusive a perda do cargo.
§ 2 º - A apuração da responsabilidade funcional será feita Art. 181 - Extingue-se a responsabilidade administrativa:
através de sindicância ou de inquérito.
I - com a morte do funcionário;
§ 3º - Se o comportamento funcional irregular configurar, II - pela prescrição do direito de agir do Estado ou de suas
ao mesmo tempo, responsabilidade administrativa, civil e entidades em matéria disciplinar.
penal, a autoridade que determinou o procedimento
disciplinar adotará providências para a apuração do ilícito Art. 182 - O direito ao exercício do poder disciplinar
civil ou penal, quando for o caso, durante ou depois de prescreve passados cinco anos da data em que o ilícito tiver
concluídos a sindicância ou o inquérito. ocorrido.
IV - proibição de concessão de licença, ou o seu Art. 189 - Aplica-se o disposto neste Título ao
sobrestamento, salvo a concedida por motivo de saúde; procedimento em que for indiciado aposentado ou
V - cessação da disposição, com retorno do funcionário ao funcionário em disponibilidade.
seu órgão de origem.
CAPÍTULO II
Art. 184 - Assegurar-se-á ao funcionário, no procedimento Dos Deveres
disciplinar, ampla defesa, consistente, sobretudo:
Art. 190 - Os deveres do funcionário são gerais, quando
I - no direito de prestar depoimento sobre a imputação que fixados neste Estatuto e legislação complementar, e
lhe é feita e sobre os fatos que a geraram; especiais, quando fixados tendo em vista as peculiaridades
II - no direito de apresentar razões preliminares e finais, por das atribuições funcionais.
escrito, nos termos deste Estatuto;
III - no direito de ser defendido por advogado, de sua Art. 191 - São deveres gerais do funcionário:
indicação, ou por defensor público, também advogado,
designado pela autoridade competente; I - lealdade e respeito às instituições constitucionais e
IV - no direito de arrolar e inquirir, reinquirir e contraditar administrativas a que servir;
testemunhas, e requerer acareações; II - observância das normas constitucionais, legais e
V - no direito de requerer todas as provas em direito regulamentares;
permitidas, inclusive as de natureza pericial; III - obediência às ordens de seus superiores hierárquicos;
VI - no direito de argüir prescrição; IV - continência de comportamento, tendo em vista o
VII - no direito de levantar suspeições e argüir decoro funcional e social;
impedimentos. V - levar, por escrito, ao conhecimento da autoridade
superior irregularidades administrativas de que tiver ciência
Art. 185 - A defesa do funcionário no procedimento em razão do cargo que ocupa, ou da função que exerça;
disciplinar, que é de natureza contraditória, é privativa de VI - assiduidade;
advogado, que a exercitará nos termos deste Estatuto e nos VII - pontualidade;
da legislação federal pertinente (Estatuto da Ordem dos VIII - urbanidade;
Advogados do Brasil). IX - discrição;
X - guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de
§ 1º - A autoridade competente designará defensor para o natureza reservada de que tenha conhecimento em razão
funcionário que, pobre na for ma da lei, ou revel, não do cargo que ocupa, ou da função que exerça;
indicar advogado, podendo a indicação recair em advogado XI - zelar pela economia e conservação do material que lhe
do Instituto de Previdência do Estado do Ceará (IPEC). for confiado;
XII - atender às notificações para depor ou realizar perícias
§ 2º - O funcionário poderá defender-se, pessoalmente, se ou vistorias, tendo em vista procedimentos disciplinares;
tiver a qualidade de advogado. XIII - atender, nos prazos de lei ou regulamentares, as
requisições para defesa da Fazenda Pública;
Art. 186 - O funcionário público fica sujeito ao poder XIV - atender, nos prazos que lhe forem assinados por lei ou
disciplinar desde a posse ou, se esta não for exigida, desde regulamento, os requerimentos de certidões para defesa de
o seu ingresso no exercício funcional. direitos e esclarecimentos de situações;
XV - providenciar para que esteja sempre em ordem, no
Art. 187 - Se no transcurso do procedimento disciplinar assentamento individual, sua declaração de família;
outro funcionário for indiciado, o sindicante ou a Comissão XVI - atender, prontamente, e na medida de sua
Permanente d e Inquérito, conforme o caso, reabrirá os competência, os pedidos de informação do Poder
prazos de defesa para o novo indiciado. Legislativo e às requisições do Poder Judiciário;
XVII - cumprir, na medida de sua competência, as decisões
Art. 188 - A inobservância de qualquer dos preceitos deste judiciais ou facilitar-lhes a execução.
Capítulo relativos à forma do procedimento, à competência
e ao direito de ampla defesa acarretará a nulidade do Art. 192 - O funcionário deixará de cumprir ordem de
procedimento disciplinar. autoridade superior quando:
I - a autoridade de quem emanar a ordem for incompetente; VII- participar de diretoria, gerência, administração,
II - não se contiver a ordem na área da competência do conselho técnico ou administrativo, de empr esa ou
órgão a que servir o funcionário seu destinatário, ou não se sociedades mercantis;
referir a nenhuma das atribuições do servidor; VIII - pleitear, como procurador ou intermediário, junto aos
III - for a ordem expedida sem a forma exigida por lei; órgãos e entidades estaduais, salvo quando se tratar de
IV - não tiver sido a ordem publicada, quando tal percepção de vencimentos, proventos ou vantagens de
formalidade for essencial à sua validade; parente consangüíneo ou afim, até o segundo grau civil;
V - não tiver a ordem como causa uma necessidade IX - praticar a usura;
administrativa ou pública, ou visar a fins não estipulados na X - rec eber propinas, vantagens ou comissões pela prática
regra de competência da autoridade da qual promanou ou de atos de oficio;
do funcionário a quem se dirige; XI - revelar fato de natureza sigilosa, de que tenha ciência
VI - a ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de em razão do cargo ou função, salvo quando se tratar de
autoridade. depoimento em processo judicial, policial ou administrativo;
XII - cometer a outrem, salvo os casos previstos em lei ou
§ 1º - Em qualquer dos casos referidos neste artigo, o ato administrativo, o desempenho de sua atividade
funcionário representará contra a ordem, funcional;
fundamentadamente, à autoridade imediatamente superior XIII - entreter-se, nos locais e horas de trabalho, com
a que ordenou. atividades estranhas às relacionadas com as suas
atribuições, causando prejuízos a estas;
§ 2º - Se se tratar de ordem emanada do Presidente da XIV - deixar de comparecer ao trabalho sem causa
Assembléia Legislativa, do Chefe do Poder Ex ecutivo, do justificada;
Presidente do Tribunal de Contas e do Presidente do XV - ser comerciante;
Conselho de Contas dos Municípios, o funcionário XVI - contratar com o Estado, ou suas entidades, salvo os
justificará perante essas autoridades a escusa da casos de prestação de serviços técnicos ou científicos,
obediência. inclusive os de magistério em caráter eventual;
XVII - empregar bens do Estado e de suas entidades em
CAPÍTULO III serviço particular;
Das Proibições XVIII - atender pessoas estranhas ao serviço, no local de
trabalho, para o trato de assuntos particulares;
Art. 193 - Ao funcionário é proibido: XIX - retirar bens de órgãos ou entidades estaduais, salvo
quando autorizado pelo superior hierárquico e desde que
I - salvo as exceções constitucionais pertinentes, acumular para atender a interesse público.
cargos, funções e empr egos públicos remunerados,
inclusive nas entidades da Administração Indireta Parágrafo único - Excluem-se da proibição do item XVI os
(autarquias, empresas públicas e sociedades de economia contratos de cláusulas uniformes e os de emprego, em
mista); geral, quando, no último caso, não configurarem
II - referir-se de modo depreciativo às autoridades em acumulação ilícita.
qualquer ato funcional que praticar, ressalvado o direito de
crítica doutrinária aos atos e fatos administrativos, inclusive Art. 194 - É ressalvado ao funcionário o direito de acumular
em trabalho público e assinado; cargo, funções e empregos remunerados, nos casos
III - retirar, modificar ou substituir qualquer documento excepcionais da Constituição Federal.
oficial, com o fim de constituir direito ou obrigação, ou de
alterar a verdade dos fatos, bem como apresentar § 1º - Verificada, em inquérito administrativo, acumulação
documento falso com a mesma finalidade; proibida e provada a boa-fé, o funcionário optará por um
IV - valer-se do exercício funcional para lograr proveito dos cargos, funções ou empregos, não ficando obrigado a
ilícito para si, ou para outrem; restituir o que houver percebido durante o período da
V - promover manifestação de desapreço ou fazer circular acumulação vedada.
ou subscrever lista de donativos, no recinto do trabalho;
VI - coagir ou aliciar subordinados com objetivos político- § 2º - Provada a má-fé, o funcionário perderá os cargos,
partidários; funções ou empregos acumulados ilicitamente devolvendo
ao Estado o que houver percebido no período da inerente à função pública ou ao cargo público, quando de
acumulação. natureza grave, a critério da autoridade competente;
III - abandono de cargo;
Art. 195 - O aposentado compulsoriamente ou por invalidez IV - incontinência pública e escandalosa e prática de jogos
não poderá acumular seus proventos com a ocupação de proibidos;
cargo ou o exercício de função ou emprego público. V - insubordinação grave em serviço;
VI - ofensa física ou moral em serviço contra funcionário ou
Parágrafo único - Não se compreendem na proibição de terceiros;
acumular nem estão sujeitos a quaisquer limites: VII - aplicação irregular dos dinheiros públicos, que
resultem em lesão para o Erário Estadual ou dilapidação do
I - a percepção conjunta de pensões civis e militares; seu patrimônio;
II - a percepção de pensões com vencimento ou salário; VIII - quebra do dever de sigilo funcional;
III - a percepção de pensões com vencimentos de IX - corrupção passiva, nos termos da lei penal;
disponibilidade e proventos de aposentadoria e reforma; X - falta de atendimento ao requisito do estágio probatório
IV - a percepção de proventos, quando resultantes de estabelecido no art. 27, § 1º, item III;
cargos legalmente acumuláveis. XI - desídia funcional;
XII - descumprimento de dever especial inerente a cargo
CAPÍTULO IV em comissão.
Das Sanções Disciplinares e seus Efeitos
§ 1° - Considera-se abandono de cargo a deliberada
Art. 196 - As sanções aplicáveis ao funcionário são as ausência ao serviço, sem justa causa, por trinta (30) dias
seguintes: consecutivos ou 60 (sessenta) dias, interpoladamente,
durante 12 (doze) meses.
I - repreensão;
II - suspensão; § 2 º - Entender-se-á por ausência ao serviço com justa
III - multa; causa não só a autorizada por lei, regulamento ou outro ato
IV - demissão; administrativo, como a que assim for considerada após
V - cassação de disponibilidade; comprovação em inquérito ou justificação administrativa,
VI - cassação de aposentadoria. esta última requerida ao superior hierárquico pelo
funcionário interessado, valendo a justificação, nos termos
Art. 197 - Aplicar-se-á a repreensão, sempre por escrito, ao deste parágrafo, apenas para fins disciplinares.
funcionário que, em caráter primário, a juízo da autoridade
competente, cometer falta leve, não cominável, por este Art. 200 - Tendo em vista a gravidade do ilícito, a demissão
Estatuto, com outro tipo de sanção. poderá ser aplicada com a nota "a bem do serviço público",
a qual constará sempre nos casos de demissão referidos
Art. 198 - Aplicar-se-á a suspensão, através de ato escrito, nos itens I e VII do artigo 199.
por prazo não superior a 90 (noventa) dias, nos casos de
reincidência de falta leve, e nos de ilícito grave, salvo a Parágrafo único - Salvo reabilitação obtida em processo
expressa cominação, por lei, de outro tipo de sanção. disciplinar de revisão, o funcionário demitido com a nota a
que se refere este artigo não poderá reingressar nos
Parágrafo único - Por conveniência do serviço, a suspensão quadros funcionais do Estado ou de suas entidades, a
poderá ser convertida em multa, na base de 50% qualquer título.
(cinqüenta por cento) por dia de vencimento, obrigado, Art. 201 - Ao ato que cominar sanção, precederá sempre
neste caso, o funcionário a permanecer em exercício. procedimento disciplinar, assegurada ao funcionário
indiciado ampla defesa, nos termos deste Estatuto, pena de
Art. 199 - A demissão será obrigatoriamente aplicada nos nulidade da cominação imposta.
seguintes casos:
Parágrafo único - As sanções referidas nos itens II e VI do
I - crime contra a administração pública; artigo 196 serão cominadas por escrito e
II - crime comum praticado em detrimento de dever fundamentalmente, pena de nulidade.
Art. 202 - São competentes para aplicação das sanções § 2º - Suspenso preventivamente, o funcionário terá,
disciplinares: entretanto, direito:
I - os Chefes dos Poderes Legislativo e Executivo, em I - a computar o tempo de serviço relativo ao período de
qualquer caso, e privativamente, nos casos de demissão e suspensão para todos os efeitos legais;
cassação de aposentadoria ou disponibilidade, salvo se se II - a computar o tempo de serviço para todos os fins de lei,
tratar de punição de funcionário autárquico; relativo ao período que ultrapassar o prazo da suspensão
II - os dirigentes superiores das autarquias, em qualquer preventiva;
caso, e, privativamente, nos casos de demissão e cassação, III - a perceber os vencimentos relativos ao período de
da aposentadoria ou disponibilidade; suspensão, se reconhecida a sua inocência no inquérito
III - os Secretários de Estado e demais dirigentes de órgãos administrativo;
subordinados ou auxiliares, em todos os casos, salvo os IV - a perceber as gratificações por tempo de serviço já
referidos nos itens I e II; prestado e o salário-família.
IV- os chefes de unidades administrativas em geral, nos
casos de repreensão, suspensão até 30 (trinta) dias e multa Art. 206 - Os Chefes dos Poderes Legislativo, Executivo e
correspondente. Judiciário, os Presidentes do Tribunal de Contas e do
Conselho de Contas dos Municípios, os Secretários de
Art. 203 - Além da pena judicial que couber, serão Estado e os dirigentes das Autarquias poderão ordenar a
considerados como de suspensão os dias em que o prisão administrativa do funcionário responsável direto
funcionário, notificado deixar de atender à convocação pelos dinheiros e valores públicos, ou pelos bens que se
para prestação de serviços estatais compulsórios, salvo encontrarem sob a guarda do Estado ou de suas Autarquias,
motivo justificado. no caso de alcance ou omissão no recolhimento ou na
entrega a quem de direito nos prazos e na forma da lei.
Art. 204 - Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade
se ficar provado, em inquérito administrativo, que o § 1º - Recolhida aos cofres públicos a importância desviada,
aposentado ou disponível: a autoridade que ordenou a prisão revogará imediatamente
o ato gerador da custódia.
I - praticou, quando no exercício funcional, ilícito punível
com demissão; § 2º - A autoridade que ordenar a prisão, que não poderá
II - aceitou cargo ou função que, legalmente, não poderia ultrapassar a 90 (noventa) dias, comunicará imediatamente
ocupar, ou exercer, provada a má-fé; o fato à autoridade judiciária competente e providenciará a
III - não assumiu o disponível, no prazo legal, o lugar abertura e realização urgente do processo de tomada de
funcional em que foi aproveitado, salvo motivo de força contas.
maior;
IV - perdeu a nacionalidade brasileira. Art. 207 - A prisão, a que se refere o artigo anterior, será
Parágrafo único - A cassação da aposentadoria ou cumprida em local especial.
disponibilidade extingue o vínculo do aposentado ou do Art. 208 - Aplica-se à prisão administrativa o disposto no §
disponível com o Estado ou suas entidades autárquicas. 2º do art. 205 deste Estatuto.
Parágrafo único - A citação será pessoal, mediante Art. 222 - Em qualquer fase do inquérito será permitida a
protocolo, devendo o servidor dele encarregado consi gnar, intervenção do indiciado, por si, ou por seu defensor.
por escrito, a recusa do funcionário em recebê-la. Em caso
de não ser encontrado o funcionário, estando ele em lugar Art. 223 - Havendo mais de um indiciado e diversidade de
incerto e não sabido, a citação far-se-á por edital, publicado sanções caberá o julgamento à autoridade competente
no Diário Oficial do Estado, com prazo de 15 (quinze) dias, para imposição da sanção mais grave. Neste caso, os
depois do que, não comparecendo o citado, ser-lhe-á prazos assinados aos indiciados correrão em comum.
designado defensor, nos termos do art. 184, item III e § 1º
do art. 185. Art. 224 - O funcionário só poderá ser exonerado, estando
respondendo a inquérito administrativo, depois de julgado
Art. 215 - Citado, o indiciado poderá requerer suas provas este com a declaração de sua inocência.
no prazo de 5 (cinco) dias, podendo renovar o pedido, no
curso do inquérito, se necessário para demonstração de Art. 225 - Recebidos os autos do inquérito, a autoridade
fatos novos. julgadora proferirá sua decisão no prazo improrrogável de
20 (vinte) dias.
Art. 216 - A falta de notificação do indiciado ou de seu
defensor, para todas as fases do inquérito, deter minará a Art. 226 - Declarada a nulidade do inquérito, no todo ou em
nulidade do procedimento. parte, por falta do cumprimento de formalidade essencial,
inclusive o reconhecimento de direito de defesa , novo
Art. 217 - Encerrada a fase probatória, o indiciado será procedimento será aberto.
notificado para apresentar, por seu defensor, no prazo de
10 (dez) dias, suas razões finais de defesa. Art. 227 - No caso do artigo anterior e no de esgotamento
do prazo para a conclusão do inquérito, o indiciado, se tiver
Art. 218 - Apresentadas as razões finais de defesa, a sido afastado de seu cargo, retornará ao seu exercício
Comissão encaminhará os autos do inquérito, com relatório funcional.
circunstanciado e conclusivo, à autoridade competente
para o seu julgamento. CAPÍTULO VII
Da Revisão
Art. 219 - Sob pena de nulidade, as reuniões e as diligências
realizadas pela Comissão de Inquérito serão consignadas Art. 228 - A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão
em atas. do procedimento administrativo de que resultou sanção
disciplinar, quando se aduzam fatos ou circunstâncias que
Art. 220 - Da decisão de autoridade julgadora cabe recurso possam justificar a inocência do requerente, mencionados
no prazo de 10 (dez) dias, com efeito suspensivo, para a ou não no procedimento original.
autoridade hierárquica imediatamente superior, ou para a
que for indicada em regulamento ou regimento. Parágrafo único - Tratando-se de funcionário falecido ou
desaparecido, a revisão poderá ser requerida pelo cônjuge,
Parágrafo único - Das decisões dos Secretários de Estado e companheiro, descendente, ascendente colateral
do Presidente do Conselho de Contas dos Municípios consangüíneo até o 2º grau civil.
caberá recurso, com efeito suspensivo, no prazo deste
artigo, para o Governador. Das decisões do Presidente da Art. 229 - Processar-se-á a revisão em apenso ao processo
Assembléia Legislativa e do Tribunal de Contas caberá original.
recurso, com os efeitos deste parágrafo, para o Plenário da
Assembléia e do Tribunal, respectivamente. Parágrafo único - Não constitui fundamento para a revisão
a simples alegação de injustiça da sanção.
Art. 221 - O inquérito administrativo será concluído no
prazo máximo de 90 (noventa) dias, podendo ser Art. 230 - O requerimento devidamente instruído será
prorrogado por igual período, a pedido da Comissão, ou a dirigido à autoridade que aplicou a sanção, ou àquela que a
requerimento do indiciado, dirigido à autoridade que tiver confirmado, em grau de recurso.
determinou o procedimento.
Parágrafo único - Para processar a revisão, a autoridade por esta Lei são submetidos ao regime de plantão de 12 x
que receber o requerimento nomeará uma comissão 36 horas, podendo haver revezamento no período diurno e
composta de três funcionários efetivos, de categoria igual noturno.
ou superior à do requerente.
Art. 5º A estrutura remuneratória dos Agentes
Art. 231 - Na inicial, o requerente pedirá dia e hora para Penitenciários, integrantes da Carreira de Segurança
inquirição das testemunhas que arrolar. Penitenciária, é composta pelo vencimento base constante
do anexo III, da Gratificação de Atividades Especiais e de
Parágrafo único - Será considerada informante a Risco – GAER, prevista no art. 7º e Adicional Noturno
testemunha que, residindo fora da sede onde funcionar a previsto no art. 8º, todos desta Lei.
comissão, prestar depoimento por escrito.
§1º Além das parcelas previstas no caput deste artigo, o
Art. 232 - Concluído o encargo da comissão, no prazo de 60 Agente Penitenciário integrante da Carreira de Segurança
(sessenta) dias, prorrogável por trinta (30) dias, nos casos Penitenciária, poderá receber vantagem pessoal, sendo
de força maior, será o processo, com o respectivo relatório, esta compreendida como o valor já incorporado à
encaminhado à autoridade competente para o julgamento. remuneração do Agente decorrente do exercício de cargo
em comissão e a Gratificação por Adicional de Tempo de
Parágrafo único - O prazo para julgamento será de 20 (vinte) Serviço para aqueles que já tinham implementado as
dias, prorrogável por igual período, no caso de serem condições para tanto quando da edição da Lei nº 12.913, de
determinadas novas diligências. 18 de junho de 1999.
Art. 233 - Das decisões proferidas em procedimento de §2º Poderá ainda o Agente Penitenciário integrante da
revisão cabe recurso, na forma do art. 220. Carreira de Segurança Penitenciária perceber complemento,
este entendido como a parte percebida pelo agente que
ultrapasse os valores decorrentes da presente Lei,
LEI Nº 14.582, DE 21.12.09 (D.O. 28.12.09) percebida no mês anterior ao da publicação desta norma,
excluídas a vantagem pessoal e a gratificação por adicional
Redenomina a Carreira Guarda Penitenciária, e dá outras de tempo de serviço.
providências.
Art.5 º-A. Fica instituído o Abono Especial por Reforço
Art. 1º A carreira Guarda Penitenciária, integrante do Operacional ao Agente Penitenciário que, em caráter
Grupo Ocupacional Atividades de Apoio Administrativo e voluntário, participar de serviço para o qual seja designado
Operacional, prevista no item 2, do anexo I, da Lei nº eventualmente, nos ter mos desta Lei e do respectivo
12.386, de 9 de dezembro de 1994, fica redenominada para regulamento.
carreira Segurança Penitenciária e estruturada na forma do
anexo l desta Lei, passando os Agentes Penitenciários a ter § 1º O Abono Especial por Reforço Operacional é de
as seguintes atribuições: atendimento, vigilância, custódia, natureza voluntária e a operação de reforço operacional
guarda, escolta, assistência e orientação de pessoas deverá ser planejada pela Secretaria da Justiça e Cidadania,
recolhidas aos estabelecimentos penais estaduais. (Nova utilizando-se no máximo 50% (cinquenta por cento) do
redação dada pela lei n.º 14.966, de 13.07.11) efetivo de Agentes Penitenciários ativos, conforme a
natureza do trabalho de segurança penitenciária a ser
Art. 2º Os ocupantes dos cargos/funções de Agente desenvolvido nos termos do anexo único desta Lei.
Penitenciário, da carreira Segurança Penitenciária
redenominada pelo art.1º desta Lei, são posicionados na § 2º O abono de que trata este artigo não será incorporado
forma do anexo II. aos vencimentos para nenhum efeito, inclusive
previdenciário, bem como não será considerado para
Art. 3º A Tabela vencimental para a carreira Segurança cálculo de quaisquer vantagens pecuniárias.
Penitenciária é a prevista no anexo III.
§ 3º O abono Especial por Reforço Operacional será
Art. 4° Os servidores integrantes da carreira redenominada limitado à execução de, no máximo, 60 (sessenta) horas de
reforços operacionais por mês, além da jornada normal de § 1° O adicional por trabalho noturno é devido ao servidor
trabalho do Agente Penitenciário. (Redação dada pela Lei cujo trabalho seja executado entre 22 (vinte e duas horas)
N.º 16.063, de 07.07.16) de um dia às 5 (cinco) horas do dia seguinte;
Art. 6º Fica concedido, a partir de 1º de setembro de 2008, § 2° A hora de trabalho noturno será computada como de
Abono aos Agentes Penitenciários na forma do anexo IV, da 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos;
presente Lei, valor este absorvido na composição da
remuneração, decorrente da redenominação da Carreira de § 3° O trabalho noturno será remunerado com um
Segurança Penitenciária. acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor da
hora diurno.
§1º O disposto no caput deste artigo aplica -se aos
aposentados e aos pensionistas. Art. 9º A Gratificação pela execução de trabalho em
condições especiais, inclusive com risco de vida ou de
§2º O abono previsto neste artigo não poderá ser saúde, prevista no inciso VI, do art. 132, da Lei nº 9 .826, de
considerado ou computado para fins de concessão ou de 14 de maio de 1974, e no parágrafo único, art. 1º, da Lei nº
cálculos de vantagens financeiras de qualquer natureza, 9.598, de 28 de junho de 1972, e no art. 7° da Lei n° 9.788,
cessando integralmente os pagamentos a esse título de 4 de dezembro de 1973, é incompatível com a
quando da implementação da tabela vencimental que trata percepção das gratificações previstas nesta Lei, sendo
o anexo III. vedado o seu pagamento aos integrantes da carreira
redenominada por esta Lei.
Art. 7º Fica instituída a Gratificação de Atividades Especiais
e de Risco – GAER, devida aos servidores em atividades Art. 10. Fica extinta e cessa seu pagamento em relação aos
ocupantes dos cargos/funções de Agente Penitenciário, integrantes da carreira de Segurança Penitenciária a
integrantes da carreira de Segurança Penitenciária, no Gratificação Especial de Localização Carcerária, o Abono
percentual de 60% (sessenta por cento), incidente, Provisório e o Acréscimo de 40% (quarenta por cento)
exclusivamente, sobre o vencimento base, em razão do sobre o vencimento base, previstos no art. 1º e seus
efetivo exercício das funções específicas de segurança, parágrafos, no art. 2º e parágrafo único, e art. 3º, da Lei nº
internas e externas, nos estabelecimentos prisionais do 13.095, de 12 de janeiro de 2001.
Estado. (Nova redação dada pela Lei n.º 15.154, de
09.05.12) Art. 11. A gratificação que trata o art. 7º desta Lei é
incompatível com a percepção de qualquer gratificação
§ 1° A GAER prevista no caput é devida aos integrantes da pela prestação de serviços extraordinários, com exceção
carreira prevista no art. 1º desta Lei, como compensação dos serviços eventuais a que estiverem inscritos
do acréscimo da jornada, quando no efetivo exercício sob voluntariamente os agentes penitenciários designados
regime de plantão de 12 (doze) horas de trabalho, com eventualmente pela Secretaria da Justiça e Cidadania, a
revezamento no período di urno e noturno, perfazendo uma título de Reforço Operacional, na forma do art. 5º- A desta
carga horária semanal de 48 (quarenta e oito) horas. Lei. (Nova redação dada pela Lei n.º 16.063, 07.07.16)
§ 2º Os servidores ocupantes dos cargos/funções de Art. 12. A Gratificação de que trata o art. 7° desta Lei, será
Agentes Penitenciários quando no exercício de cargos incorporada aos proventos de aposentadoria, desde que o
comissionados nas unidades prisionais, na Coordenadoria servidor tenha contribuído por pelo menos 60 (sessenta)
do Sistema Penal, cujas atribuições sejam de natureza meses ininterruptos para o Sistema Único de Pr evidência
penitenciária, ou, ainda, na Célula de Inteligência Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes
Penitenciária, vinculada ao Gabinete da Secretaria da Públicos e dos Membros de Poder do Estado do Ceará –
Justiça e Cidadania, farão jus a GAER. (Nova redação dada SUPSEC. (Nova redação dada pela Lei n.º 15.154, de
pela Lei n.º 14.966, de 13.07.11) 09.05.12)
Art. 8° É devido aos servidores ocupantes dos §1° Para os servidores que implementarem as regras dos
cargos/funções de Agente Penitenciário o adicional por arts. 3° e 6° da Emenda Constitucional Federal n° 41, de 19
trabalho noturno nas seguintes condições: de dezembro de 2003, ou do art. 3 °, da Emenda
Constitucional Federal n° 47, de 5 de julho de 2005, e cujo I - No deslocamento r esidência/trabalho e deste para o
período de percepção por ocasião do pedido de domicílio do servidor.
aposentadoria seja menor do que 60 (sessenta) meses, será
observada a média aritmética do período de percepção, II - Quando do deslocamento em efetivo exercício na
multiplicado pela fração cujo numerador será o número escolta de presos de uma para outra unidade penitenciária,
correspondente ao total de meses trabalhados e o hospitais ou outros determinado pela direção do Presídio
denominador será sempre o numeral 60 (sessenta). ou Coordenadoria do Sistema Penal - COSIPE.
§2° O disposto neste artigo não se aplica para os servidores III - Quando acompanhar o preso a sua residência, nos
que se aposentarem pelas regras previstas no art.40 da termos do Inciso I do Art. 120 da Lei Nº 7.210 de 11 de
Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda julho de 1984.
Constitucional Federal n° 41, de 19 de dezembro de 2003,
nos termos da Legislação Federal. Art. 2º - As Cédulas de Identificação dos servidores deverão
constar impresso no texto:
Art. 13. Ficam mantidas as regras instituídas no Capítulo IV,
da Lei n° 12.386, de 9 de dezembro de 1994, referente a "PERMISSÃO PARA PORTAR ARMAS".
ascensão funcional do servidor ocupante do cargo/função
de Agente Penitenciário, conforme a estrutura e § 1º - A Secretaria de Justiça providenciará, junto a
composição constante no anexo I, sem prejuízo do Secretaria da Segurança Pública, através da Academia de
interstício em curso. Polícia Civil, treinamento sobre armamento e tiro, para
habilitação dos Agentes Penitenciários portarem armas.
Parágrafo único. Os critérios específicos e os
procedimentos para aplicação do princípio do mérito e/ou § 2º - É vedado o uso de armas pelos Agentes
da antiguidade para a efetivação da progressão e da Penitenciários no interior das unidades presidiárias.
promoção são os definidos no Decreto n° 22.793, de 1 ° de
outubro de 1993, até que sejam definidos novos critérios. Art. 4 º - As atividades desempenhadas pelos ocupantes de
cargo/função de Agente Penitenciário são consideradas de
Art. 14. As despesas decorrentes desta Lei correrão por permanente risco de vida e de saúde.
conta de dotação orçamentária da Secretaria da Justiça e
Cidadania - SEJUS, podendo ser suplementada, em caso de Art. 5 º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,
necessidade. (Nova redação dada pela Lei n.º 16.063, revogadas as disposições em contrário.
07.07.16)
LEI No 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003.
Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de
Art. 16. Ficam revogadas as disposições em contrário. fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas –
Sinarm, define crimes e dá outras providências.
Institui Porte de Ar ma de defesa para Agentes Art. 1o O Sistema Nacional de Armas – Sinarm,
Penitenciários do Estado do Ceará e dá outras providências. instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia
Federal, tem circunscrição em todo o território nacional.
Art. 1º - Fica permitido aos ocupantes do cargo/função de
Agente Penitenciário o uso de arma de fogo, com Art. 2o Ao Sinarm compete:
observância dos princípios constitucionais em vigor, para
sua defesa e de terceiros na forma abaixo estabelecida: I – identificar as características e a propriedade de
armas de fogo, mediante cadastro;
II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas
e vendidas no País; pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não
III – cadastrar as autorizações de porte de arma de estar respondendo a inquérito policial ou a processo
fogo e as renovações expedidas pela Polícia Federal; criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos;
IV – cadastrar as transferências de propriedade, (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
extravio, furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de
alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de II – apresentação de documento comprobatório de
fechamento de empresas de segurança privada e de ocupação lícita e de residência certa;
transporte de valores;
V – identificar as modificações que alterem as III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão
características ou o funcionamento de arma de fogo; psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na
VI – integrar no cadastro os acervos policiais já forma disposta no regulamento desta Lei.
existentes;
VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, § 1o O Sinarm expedirá autorização de compra de
inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais; arma de fogo após atendidos os requisitos anteriormente
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem estabelecidos, em nome do r equerente e para a arma
como conceder licença para exercer a atividade; indicada, sendo intransferível esta autorização.
IX – cadastrar mediante registro os produtores,
atacadistas, varejistas, exportadores e importadores § 2o A aquisição de munição somente poderá ser feita
autorizados de armas de fogo, acessórios e munições; no calibre correspondente à arma registrada e na
X – cadastrar a identificação do cano da arma, as quantidade estabelecida no regulamento desta Lei.
características das impressões de raiamento e de (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
microestriamento de projétil disparado, conforme
marcação e testes obrigatoriamente realizados pelo § 3o A empresa que comercializar arma de fogo em
fabricante; território nacional é obrigada a comunicar a venda à
XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos autoridade competente, como também a manter banco de
Estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de dados com todas as características da arma e cópia dos
porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem documentos previstos neste artigo.
como manter o cadastro atualizado para consulta.
§ 4o A empr esa que comercializa armas de fogo,
Parágrafo único. As disposições deste artigo não acessórios e munições responde legalmente por essas
alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, mercadorias, ficando registradas como de sua propriedade
bem como as demais que constem dos seus registros enquanto não forem vendidas .
próprios.
§ 5o A comercialização de armas de fogo, acessórios e
CAPÍTULO II munições entre pessoas físicas somente será efetivada
DO REGISTRO mediante autorização do Sinarm.
comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas definitiva do certificado de registro de propriedade.
características daquela a ser adquirida. (Incluído pela Lei nº (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
11.706, de 2008)
CAPÍTULO III
Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com DO PORTE
validade em todo o território nacional, autoriza o seu
proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o
interior de sua residência ou domicílio, ou dependência território nacional, salvo para os casos previstos em
desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja legislação própria e para:
ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou
empresa. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de 2004) I – os integrantes das Forças Armadas;
II – os integrantes de órgãos referidos nos incisos do
§ 1o O certificado de registro de arma de fogo será caput do art. 144 da Constituição Federal;
expedido pela Polícia Federal e será precedido de III – os integrantes das guardas municipais das capitais
autorização do Sinarm. dos Estados e dos Municípios com mais de 500.000
(quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas
§ 2o Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do no regulamento desta Lei;
art. 4o deverão ser comprovados periodicamente, em IV - os integrantes das guardas municipais dos
período não inferior a 3 (três) anos, na conformidade do Municípios com mais de 50.000 (cinqüenta mil) e menos de
estabelecido no regulamento desta Lei, para a renovação 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço;
do Certificado de Registro de Arma de Fogo. (Redação dada pela Lei nº 10.867, de 2004)
V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de
§ 3o O proprietário de arma de fogo com certificados Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança
de registro de propriedade expedido por órgão estadual ou do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
do Distrito Federal até a data da publicação desta Lei que República;
não optar pela entrega espontânea prevista no art. 32 VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art.
desta Lei deverá renová-lo mediante o pertinente registro 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal;
federal, até o dia 31 de dezembro de 2008, ante a VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e
apresentação de documento de identificação pessoal e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e
comprovante de residência fixa, ficando dispensado do as guardas portuárias;
pagamento de taxas e do cumprimento das demais VIII – as empresas de segurança privada e de
exigências constantes dos incisos I a III do caput do art. 4o transporte de valores constituídas, nos termos desta Lei;
desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) IX – para os integrantes das entidades de desporto
(Prorrogação de prazo) legalmente constituídas, cujas atividades esportivas
demandem o uso de armas de fogo, na forma do
§ 4o Para fins do cumprimento do disposto no § 3o regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a
deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá obter, legislação ambiental.
no Departamento de Polícia Federal, certificado de registro X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita
provisório, expedido na rede mundial de computadores - Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos
internet, na forma do regulamento e obedecidos os de Auditor-Fiscal e Analista Tributário. (Redação dada pela
procedimentos a seguir: (Redação dada pela Lei nº 11.706, Lei nº 11.501, de 2007)
de 2008) XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da
Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e
I - emissão de certificado de registro provisório pela dos Estados, para uso exclusivo de servidores de seus
internet, com validade inicial de 90 (noventa) dias; e quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício de
(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) funções de segurança, na forma de regulamento a ser
emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo
II - revalidação pela unidade do Departamento de Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP. (Incluído
Polícia Federal do certificado de registro provisório pelo pela Lei nº 12.694, de 2012)
prazo que estimar como necessário para a emissão
§ 1o As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do de arma de fogo para prover sua subsistência ali mentar
caput deste artigo terão direito de portar arma de fogo de familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma
propriedade particular ou fornecida pela respectiva de fogo, na categoria caçador para subsistência, de uma
corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, nos arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2
termos do regulamento desta Lei, com validade em âmbito (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16
nacional para aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI. (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) necessidade em requerimento ao qual deverão ser
anexados os seguintes documentos: (Redação dada pela Lei
§ 1o-A (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008) nº 11.706, de 2008)
§ 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e I - documento de identificação pessoal; (Incluído pela
guardas prisionais poderão portar arma de fogo de Lei nº 11.706, de 2008)
propriedade particular ou fornecida pela respectiva II - comprovante de residência em área rural; e
corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, desde (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
que estejam: (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) III - atestado de bons antecedentes. (Incluído pela Lei
nº 11.706, de 2008)
I - submetidos a regime de dedicação exclusiva;
(Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) § 6o O caçador para subsistência que der outro uso à
II - sujeitos à formação funcional, nos termos do sua arma de fogo, independentemente de outras
regulamento; e (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) tipificações penais, responderá, conforme o caso, por porte
III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso permitido.
controle interno. (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 1º-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) § 7o Aos integrantes das guardas municipais dos
Municípios que integram regiões metropolitanas será
§ 2o A autorização para o porte de arma de fogo aos autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço.
integrantes das instituições descritas nos incisos V, VI, VII e (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
X do caput deste artigo está condicionada à comprovação
do requisito a que se refere o inciso III do caput do art. 4o Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos empregados
desta Lei nas condições estabelecidas no regulamento das empresas de segurança privada e de transporte de
desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) valores, constituídas na forma da lei, serão de propriedade,
responsabilidade e guarda das respectivas empresas,
§ 3o A autorização para o porte de arma de fogo das somente podendo ser utilizadas quando em serviço,
guardas municipais está condicionada à formação funcional devendo essas observar as condições de uso e de
de seus integrantes em estabelecimentos de ensino de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo
atividade policial e à existência de mecanismos de o certificado de registro e a autorização de porte expedidos
fiscalização e de controle interno, nas condições pela Polícia Federal em nome da empresa.
estabelecidas no regulamento desta Lei, observada a
supervisão do Comando do Exército. (Redação dada pela § 1o O proprietário ou diretor responsável de empresa
Lei nº 10.867, de 2004) de segurança privada e de transporte de valores
responderá pelo crime previsto no parágrafo único do art.
§ 4o Os integrantes das Forças Armadas, das polícias 13 desta Lei, sem prejuízo das demais sanções
federais e estaduais e do Distrito Federal, bem como os administrativas e civis, se deixar de registrar ocorrência
militares dos Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo
direito descrito no art. 4o, ficam dispensados do ou outras formas de extravio de armas de fogo, acessórios
cumprimento do disposto nos incisos I, II e III do mesmo e munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24
artigo, na forma do regulamento desta Lei. (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato.
Art. 7o-A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das Art. 9o Compete ao Ministério da Justiça a autorização
instituições descritas no inciso XI do art. 6o serão de do porte de arma para os responsáveis pela segurança de
propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao
instituições, somente podendo ser utilizadas quando em Comando do Exército, nos ter mos do regulamento desta Lei,
serviço, devendo estas observar as condições de uso e de o registro e a concessão de porte de trânsito de arma de
armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo fogo para colecionadores, atiradores e ca çadores e de
o certificado de registro e a autorização de porte expedidos representantes estrangeiros em competição internacional
pela Polícia Federal em nome da instituição. (Incluído pela oficial de tiro realizada no território nacional.
Lei nº 12.694, de 2012)
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de
§ 1o A autorização para o porte de arma de fogo de que uso permitido, em todo o território nacional, é de
trata este artigo independe do pagamento de taxa. competência da Polícia Federal e somente será concedida
(Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) após autorização do Sinarm.
§ 2o O pr esidente do tribunal ou o chefe do Ministério § 1o A autorização prevista neste artigo poderá ser
Público designará os servidores de seus quadros pessoais concedida com eficácia temporária e territorial limitada,
no exercício de funções de segurança que poderão portar nos termos de atos regulamentares, e dependerá de o
arma de fogo, respeitado o limite máximo de 50% requerente:
(cinquenta por cento) do número de servidores que
exerçam funções de segurança. (Incluído pela Lei nº 12.694, I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício
de 2012) de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua
integridade física;
§ 3o O porte de arma pelos servidores das instituições de
que trata este artigo fica condicionado à apresentação de II – atender às exigências previstas no art. 4o desta Lei;
documentação comprobatória do preenchimento dos
requisitos constantes do art. 4o desta Lei, bem como à III – apresentar documentação de propriedade de arma
formação funcional em estabelecimentos de ensino de de fogo, bem como o seu devido registro no órgão
atividade policial e à existência de mecanismos de competente.
fiscalização e de controle interno, nas condições
estabelecidas no regulamento desta Lei. (Incluído pela Lei § 2o A autorização de porte de arma de fogo, prevista
nº 12.694, de 2012) neste artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso o
portador dela seja detido ou abordado em estado de
§ 4o A listagem dos servidores das instituições de que trata embriaguez ou sob efei to de substâncias químicas ou
este artigo deverá ser atualizada semestralmente no alucinógenas.
Sinarm. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores
§ 5o As instituições de que trata este artigo são obrigadas a constantes do Anexo desta Lei, pela prestação de serviços
registrar ocorrência policial e a comunicar à Polícia Federal relativos:
eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio I – ao registro de arma de fogo;
de armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob II – à renovação de registro de arma de fogo;
sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois III – à expedição de segunda via de registro de arma de
de ocorrido o fato. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) fogo;
IV – à expedição de porte federal de arma de fogo; Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
V – à renovação de porte de arma de fogo; Omissão de cautela
VI – à expedição de segunda via de porte federal de
arma de fogo. Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para
impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa
§ 1o Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e à portadora de deficiência mental se apodere de arma de
manutenção das atividades do Sinarm, da Polícia Federal e fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua
do Comando do Exército, no âmbito de suas respectivas propriedade:
responsabilidades.
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
§ 2o São isentas do pagamento das taxas previstas
neste artigo as pessoas e as instituições a que se referem os Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o
incisos I a VII e X e o § 5o do art. 6o desta Lei. (Redação proprietário ou diretor responsável de empr esa de
dada pela Lei nº 11.706, de 2008) segurança e transporte de valores que deixarem de
registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia
Art. 11-A. O Ministério da Justiça disci plinará a forma e Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de
as condições do credenciamento de profissionais pela arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua
Polícia Federal para comprovação da aptidão psicológica e guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de
da capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo. ocorrido o fato.
(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
§ 1o Na comprovação da aptidão psicológica, o valor
cobrado pelo psicólogo não poderá exceder ao valor médio Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, rec eber, ter
dos honorários profissionais para realização de avaliação em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
psicológica constante do item 1.16 da tabela do Conselho empr estar, remeter, empregar, manter sob guarda ou
Federal de Psicologia. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, sem autorização e em desacordo com
§ 2o Na comprovação da capacidade técnica, o valor determinação legal ou regulamentar:
cobrado pelo instrutor de armamento e tiro não poderá
exceder R$ 80,00 (oitenta reais), acrescido do custo da Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
munição. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é
§ 3o A cobrança de valores superiores aos previstos inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver
nos §§ 1o e 2o deste artigo implicará o descredenciamento registrada em nome do agente. (Vide Adin 3.112-1)
do profissional pela Polícia Federal. (Incluído pela Lei nº
11.706, de 2008) Disparo de arma de fogo
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é
desacordo com determinação legal ou regulamentar, no inafiançável. (Vide Adin 3.112-1)
interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o
responsável legal do estabelecimento ou empresa: Art. 16. Possuir, deter, por tar, adquirir, fornecer,
receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob
sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição Tráfico internacional de arma de fogo
de uso proibido ou restrito, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar: Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou
saída do território nacional, a qualquer título, de arma de
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade
competente:
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer
sinal de identificação de arma de fogo ou artefato; Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é
aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou
II – modificar as características de arma de fogo, de munição forem de uso proibido ou restrito.
forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso
proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e
qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou 18, a pena é aumentada da metade se forem praticados por
juiz; integrante dos órgãos e empr esas referidas nos arts. 6o, 7o
e 8o desta Lei.
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato
explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são
com determinação legal ou regulamentar; insuscetíveis de liberdade provisória. (Vide Adin 3.112-1)
corpo da arma, definido pelo regulamento desta Lei, § 5o O Poder Judiciário instituirá instrumentos para o
exclusive para os órgãos previstos no art. 6o. encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se
trate de arma de uso permitido ou de uso restrito,
§ 4o As instituições de ensino policial e as guardas semestralmente, da relação de armas acauteladas em juízo,
municipais referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6o mencionando suas características e o local onde se
desta Lei e no seu § 7o poderão adquirir insumos e encontram. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
máquinas de recarga de munição para o fim exclusivo de
suprimento de suas atividades, mediante autorização Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a
concedida nos termos definidos em regulamento. (Incluído comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e
pela Lei nº 11.706, de 2008) simulacros de armas de fogo, que com estas se possam
confundir.
Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art.
2º desta Lei, compete ao Comando do Ex ército autorizar e Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e
fiscalizar a produção, exportação, importação, os simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou
desembaraço alfandegário e o comércio de armas de fogo e à coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo
demais produtos controlados, inclusive o registro e o porte Comando do Exército.
de trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e
caçadores. Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar,
excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a restrito.
elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos,
quando não mais interessarem à persecução penal serão Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica
encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do às aquisições dos Comandos Militares.
Exército, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas,
para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos
ou às Forças Armadas, na forma do regulamento desta Lei. adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do
caput do art. 6o desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706,
§ 1o As armas de fogo encaminhadas ao Comando do de 2008)
Exército que receberem parecer favorável à doação,
obedecidos o padrão e a dotação de cada Força Armada ou Art. 29. As autorizações de porte de armas de fogo já
órgão de segurança pública, atendidos os critérios de concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) dias após a
prioridade estabelecidos pelo Ministério da Justiça e ouvido publicação desta Lei. (Vide Lei nº 10.884, de 2004)
o Comando do Exército, serão arroladas em relatório
reservado trimestral a ser encaminhado àquelas Parágrafo único. O detentor de autorização com prazo
instituições, abrindo-se-lhes prazo para manifestação de de validade superior a 90 (noventa) dias poderá renová -la,
interesse. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) perante a Polícia Federal, nas condições dos arts. 4o, 6o e
10 desta Lei, no prazo de 90 (noventa) dias após sua
§ 2o O Comando do Ex ército encaminhará a relação publicação, sem ônus para o requerente.
das armas a serem doadas ao juiz competente, que
determinará o seu perdimento em favor da instituição Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma de
beneficiada. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) fogo de uso permitido ainda não registrada deverão
solicitar seu registro até o dia 31 de dezembro de 2008,
§ 3o O transporte das armas de fogo doadas será de mediante apresentação de documento de identificação
responsabilidade da instituição beneficiada, que procederá pessoal e comprovante de r esidência fixa, acompanhados
ao seu cadastramento no Sinarm ou no Sigma. (Incluído de nota fiscal de compra ou comprovação da origem lícita
pela Lei nº 11.706, de 2008) da posse, pelos meios de prova admitidos em direito, ou
declaração firmada na qual constem as características da
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) arma e a sua condição de proprietário, ficando este
dispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das
demais exigências constantes dos incisos I a III do caput do interestadual de passageiros adotarão as providências
art. 4o desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) necessárias para evitar o embarque de passageiros
(Prorrogação de prazo) armados.
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 11.706, de Art. 37. Esta Lei entra em vigor na data de sua
2008) publicação.
Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil DECRETO Nº 5.123, DE 1º DE JULHO DE 2004.
reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme
especificar o regulamento desta Lei: Regulamenta a Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003,
que dispõe sobre registro, posse e comercialização de
I – à empresa de transporte aéreo, rodoviário, armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de
ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre que Armas - SINARM e define crimes.
deliberadamente, por qualquer meio, faça, promova,
facilite ou permita o transporte de arma ou munição sem a CAPÍTULO I
devida autorização ou com inobservância das normas de DOS SISTEMAS DE CONTROLE DE ARMAS DE FOGO
segurança;
Art. 1o O Sistema Nacional de Armas - SINARM,
II – à empr esa de produção ou comércio de instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia
armamentos que r ealize publicidade para venda, Federal, com circunscrição em todo o território nacional e
estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo, exceto competência estabelecida pelo caput e incisos do art. 2o da
nas publicações especializadas. Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, tem por
finalidade manter cadastro geral, integrado e permanente
Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, das armas de fogo importadas, produzidas e vendidas no
com aglomeração superior a 1000 (um mil) pessoas, país, de competência do SINARM, e o controle dos registros
adotarão, sob pena de responsabilidade, as providências dessas armas.
necessárias para evitar o ingresso de pessoas armadas,
ressalvados os eventos garantidos pelo inciso VI do art. 5o § 1o Serão cadastradas no SINARM:
da Constituição Federal.
I - as armas de fogo institucionais, constantes de
Parágrafo único. As empr esas responsáveis pela registros próprios:
prestação dos serviços de transporte internacional e
§ 4o Após a apresentação dos documentos referidos d) espécie, marca, modelo e número de série;
nos incisos III a VII do caput, havendo manifestação e) calibre e capacidade de cartuchos;
favorável do órgão competente mencionada no §1o, será f) tipo de funcionamento;
expedida, pelo SINARM, no prazo máximo de trinta dias, g) quantidade de canos e comprimento;
em nome do inter essado, a autorização para a aquisição da h) tipo de alma (lisa ou raiada);
arma de fogo indicada. i) quantidade de raias e sentido; e
j) número de série gravado no cano da arma.
§ 5o É intransferível a autorização para a aquisição da
arma de fogo, de que trata o §4o deste artigo. Art. 16. O Certificado de Registro de Arma de Fogo
expedido pela Polícia Federal, precedido de cadastro no
§ 6o Está dispensado da comprovação dos requisitos a SINARM, tem validade em todo o território nacional e
que se referem os incisos VI e VII do caput o interessado em autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo
adquirir arma de fogo de uso permitido que comprove estar exclusivamente no interior de sua residência ou
autorizado a portar arma da mesma espécie daquela a ser dependência desta, ou, ainda, no seu local de trabalho,
adquirida, desde que o porte de arma de fogo esteja válido desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo
e o interessado tenha se submetido a avaliações em estabelecimento ou empresa. (Redação dada pelo Decreto
período não superior a um ano, contado do pedido de nº 6.715, de 2008).
aquisição. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 1o Para os efeitos do disposto no caput deste artigo
Art. 13. A transferência de propriedade da arma de considerar-se-á titular do estabelecimento ou empr esa
fogo, por qualquer das formas em direito admitidas, entre todo aquele assim definido em contrato social, e
particulares, sejam pessoas físicas ou jurídicas, estará responsável legal o designado em contrato individual de
sujeita à prévia autorização da Polícia Federal, aplicando-se trabalho, com poderes de gerência.
ao interessado na aquisição as disposições do art. 12 deste
Decreto. § 2o Os requisitos de que tratam os incisos IV, V, VI e
VII do art. 12 deste Decreto deverão ser comprovados,
Parágrafo único. A transferência de arma de fogo periodicamente, a cada três anos, junto à Polícia Federal,
registrada no Comando do Exército será autorizada pela para fins de renovação do Certificado de Registro.
instituição e cadastrada no SIGMA.
§ 3 º O requisito de que trata o inciso IV do caput do
Art. 14. É obrigatório o registro da arma de fogo, no art. 12 deste Decreto deverá ser comprovado pelos sócios
SINARM ou no SIGMA, excetuadas as obsoletas. proprietários e diretores, periodicamente, a cada três anos,
junto à Polícia Federal, para fins de renovação do
Art. 15. O r egistro da arma de fogo de uso per mitido certificado de registro de arma de fogo das empr esas de
deverá conter, no mínimo, os seguintes dados: segurança privada e de transporte de valores. (Incluído pelo
Decreto nº 6.146, de 2007) (Revogado pelo Decreto nº
I - do interessado: 6.715, de 2008).
a) nome, filiação, data e local de nascimento; § 4o O disposto no § 2o não se aplica, para a aquisição
b) endereço residencial; e renovação do Certificado de Registro de Arma de Fogo,
c) endereço da empresa ou órgão em que trabalhe; aos integrantes dos órgãos, instituições e corporações,
d) profissão; mencionados nos incisos I e II do caput do art. 6o da Lei no
e) número da cédula de identidade, data da expedição, 10.826, de 2003. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
órgão expedidor e Unidade da Federação; e
f) número do Cadastro de Pessoa Física - CPF ou Art. 17. O proprietário de arma de fogo é obrigado a
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ; comunicar, imediatamente, à unidade policial local, o
II - da arma: extravio, furto ou roubo de arma de fogo ou do Certificado
a) número do cadastro no SINARM; de Registro de Arma de Fogo, bem como a sua recuperação.
b) identificação do fabricante e do vendedor; (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
c) número e data da nota Fiscal de venda;
§ 1o A unidade policial deverá, em quarenta e oito § 3o Os requisitos de que tratam os incisos IV, V, VI e
horas, remeter as informações coletadas à Polícia Federal, VII do art. 12 deste Decreto deverão ser comprovados
para fins de cadastro no SINARM. (Redação dada pelo periodicamente, a cada três anos, junto ao Comando do
Decreto nº 6.715, de 2008). Exército, para fins de renovação do Certificado de Registro.
§ 2o No caso de arma de fogo de uso restrito, a Polícia § 4o Não se aplica aos integrantes dos órgãos,
Federal repassará as informações ao Comando do Exército, instituições e corporações mencionados nos incisos I e II do
para fins de cadastro no SIGMA. (Redação dada pelo art. 6o da Lei no 10.826, de 2003, o disposto no § 3o deste
Decreto nº 6.715, de 2008). artigo.
Art. 29-A. Caberá ao Departamento de Polícia Federal Art. 32. O Porte de Trânsito das armas de fogo de
estabelecer os procedimentos relativos à concessão e colecionadores e caçadores será expedido pelo Comando
renovação do Porte de Arma de Fogo. (Incluído pelo do Exército.
Decreto nº 6.715, de 2008). Parágrafo único. Os colecionadores e caçadores
transportarão suas armas desmuniciadas.
Seção II
Dos Atiradores, Caçadores e Colecionadores Subseção III
Subseção I Dos Integrantes e das Instituições Mencionadas no Art. 6o
Da Prática de Tiro Desportivo da Lei no 10.826, de 2003
Art. 33. O Porte de Arma de Fogo é deferido aos
Art. 30. As agremiações esportivas e as empresas de militares das Forças Armadas, aos policiais federais e
instrução de tiro, os colecionadores, atiradores e caçadores estaduais e do Distrito Federal, civis e militares, aos Corpos
serão registrados no Comando do Exército, ao qual caberá de Bombeiros Militares, bem como aos policiais da Câmara
estabelecer normas e verificar o cumprimento das dos Deputados e do Senado Federal em razão do
condições de segurança dos depósitos das armas de fogo, desempenho de suas funções institucionais.
munições e equipamentos de recarga. § 1o O Porte de Ar ma de Fogo das praças das Forças
Armadas e dos Policiais e Corpos de Bombeiros Militares é
§ 1o As armas pertencentes às entidades mencionadas regulado em nor ma específica, por atos dos Comandantes
no caput e seus integrantes terão autorização para porte de das Forças Singulares e dos Comandantes -Gerais das
trânsito (guia de tráfego) a ser expedida pelo Comando do Corporações.
Exército. § 2o Os integrantes das polícias civis estaduais e das
Forças Auxiliares, quando no exercício de suas funções
§ 2o A prática de tiro desportivo por menores de institucionais ou em trânsito, poderão portar arma de fogo
dezoito anos deverá ser autorizada judicialmente e deve fora da respectiva unidade federativa, desde que
restringir-se aos locais autorizados pelo Comando do expressamente autorizados pela instituiçã o a que
Exército, utilizando arma da agremiação ou do responsável pertençam, por prazo deter minado, conforme estabelecido
quando por este acompanhado. em normas próprias.
Art. 33-A. A autorização para o porte de arma de fogo
§ 3o A prática de tiro desportivo por maiores de previsto em legislação própria, na forma do caput do art. 6o
dezoito anos e menores de vinte e cinco anos pode ser feita da Lei no 10.826, de 2003, está condicionada ao
utilizando arma de sua propriedade, registrada com atendimento dos requisitos previstos no inciso III do caput
amparo na Lei no 9.437, de 20 de fevereiro de 1997, de do art. 4o da mencionada Lei. (Incluído pelo Decreto nº
agremiação ou arma registrada e cedida por outro 6.715, de 2008).
desportista. Art. 34. Os órgãos, instituições e corporações
mencionados nos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do
Art. 31. A entrada de arma de fogo e munição no país, art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, estabelecerão, em
como bagagem de atletas, para competições internacionais normativos internos, os procedimentos relativos às
será autorizada pelo Comando do Exército. condições para a utilização das armas de fogo de sua
propriedade, ainda que fora do serviço. (Redação dada pelo
§ 1o O Porte de Trânsito das armas a serem utilizadas Decreto nº 6.146, de 2007
§ 1o As instituições mencionadas no inciso IV do art. Art. 35-A. As armas de fogo particulares de que trata o
6o da Lei no 10.826, de 2003, estabelecerão em nor mas art. 35, e as institucionais não brasonadas, deverão ser
próprias os procedimentos relativos às condições para a conduzidas com o seu respectivo Certificado de Registro ou
utilização, em serviço, das armas de fogo de sua termo de cautela decorrente de autorização judicial para
propriedade. uso, sob pena de aplicação das sanções penais cabíveis.
§ 2o As instituições, órgãos e corporações nos (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
procedimentos descritos no caput, disciplinarão as normas
gerais de uso de arma de fogo de sua propriedade, fora do Art. 36. A capacidade técnica e a aptidão psicológica
serviço, quando se tratar de locais onde haja aglomeração para o manuseio de armas de fogo, para os integrantes das
de pessoas, em virtude de evento de qualquer natureza, instituições descritas nos incisos III, IV, V, VI, VII e X do
tais como no interior de igrejas, escolas, estádios caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, serão atestadas
desportivos, clubes, públicos e privados. pela própria instituição, depois de cumpridos os requisitos
§ 3o Os órgãos e instituições que tenham os portes de técnicos e psicológicos estabelecidos pela Polícia Federal.
arma de seus agentes públicos ou políticos estabelecidos (Redação dada pelo Decreto nº 6.146, de 2007
em lei própria, na forma do caput do art. 6o da Lei no
10.826, de 2003, deverão encaminhar à Polícia Federal a Parágrafo único. Caberá a Polícia Federal a valiar a
relação dos autorizados a portar arma de fogo, observando- capacidade técnica e a aptidão psicológica, bem como
se, no que couber, o disposto no art. 26. (Incluído pelo expedir o Porte de Arma de Fogo para os guardas
Decreto nº 6.715, de 2008). portuários.
§ 4o Não será concedida a autorização para o porte de
arma de fogo de que trata o art. 22 a integrantes de órgãos, Art. 37. Os integrantes das Forças Armadas e os
instituições e corporações não autorizados a portar arma servidores dos órgãos, instituições e corporações
de fogo fora de serviço, exceto se comprovarem o risco à mencionados nos incisos II, V, VI e VII do caput do art. 6º da
sua integridade física, observando-se o disposto no art. 11 Lei nº 10.826, de 2003, transferidos para a reserva
da Lei no 10.826, de 2003. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, remunerada ou aposentados, para conservarem a
de 2008). autorização de porte de arma de fogo de sua propriedade
§ 5o O porte de que tratam os incisos V, VI e X do deverão submeter-se, a cada três anos, aos testes de
caput do art. 6o da Lei no 10.826, de 2003, e aquele avaliação da aptidão psicológica a que faz menção o inciso
previsto em lei própria, na forma do caput do mencionado III do caput art. 4º da Lei nº 10.826, de 2003. (Redação dada
artigo, serão concedidos, exclusivamente, para defesa pelo Decreto nº 6.146, de 2007
pessoal, sendo vedado aos seus respectivos titulares o
porte ostensivo da arma de fogo. (Incluído pelo Decreto nº § 1o O cumprimento destes requisitos será atestado
6.715, de 2008). pelas instituições, órgãos e corporações de vinculação.
§ 6o A vedação prevista no parágrafo 5o não se aplica § 2o Não se aplicam aos integrantes da reserva não
aos servidores designados para execução da atividade remunerada das Forças Armadas e Auxiliares, as
fiscalizatória do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos prerrogativas mencionadas no caput.
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Subseção IV
Mendes. (Incluído pelo Decreto nº 6.817, de 2009) Das Empresas de Segur ança Privada e de Transporte de
Valores
Art. 35. Poderá ser autorizado, em casos excepcionais,
pelo órgão competente, o uso, em serviço, de arma de fogo, Art. 38. A autorização para o uso de arma de fogo
de propriedade particular do integrante dos órgãos, expedida pela Polícia Federal, em nome das empresas de
instituições ou corporações mencionadas no inciso II do art. segurança privada e de transporte de valores, será
6o da Lei no 10.826, de 2003. precedida, necessariamente, da comprovação do
preenchimento de todos os requisitos constantes do art. 4o
§ 1o A autorização mencionada no caput será da Lei no 10.826, de 2003, pelos empregados autorizados a
regulamentada em ato próprio do órgão competente. portar arma de fogo.
§ 2o A arma de fogo de que trata este artigo deverá
ser conduzida com o seu respectivo Certificado de Registro.
§ 1o A autorização de que trata o caput é válida apenas IV - fiscalizar os cursos mencionados no inciso II; e
para a utilização da arma de fogo em serviço. V - fiscalizar e controlar o armamento e a munição
utilizados.
§ 2o As empresas de que trata o caput encaminharão,
trimestralmente, à Polícia Federal, para cadastro no Parágrafo único. As competências previstas nos incisos
SINARM, a relação nominal dos empregados autorizados a I e II deste artigo não serão objeto de convênio.
portar arma de fogo. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715,
de 2008). Art. 41. Compete ao Comando do Exército autorizar a
aquisição de armas de fogo e de munições para as Guardas
§ 3o A transferência de armas de fogo, por qualquer Municipais.
motivo, entre estabelecimentos da mes ma empresa ou
para empresa diversa, deverão ser previamente Art. 42. O Porte de Arma de Fogo aos profissionais
autorizados pela Polícia Federal. citados nos incisos III e IV, do art. 6o, da Lei no 10.826, de
2003, será concedido desde que comprovada a realização
§ 4o Durante o trâmite do processo de transferência de tr einamento técnico de, no mínimo, sessenta horas para
de armas de fogo de que trata o § 3o, a Polícia Federal armas de repetição e cem horas para arma semi -
poderá, em caráter excepcional, autorizar a empresa automática.
adquirente a utilizar as armas em fase de aquisição, em
seus postos de serviço, antes da expedição do novo § 1o O treinamento de que trata o caput desse artigo
Certificado de Registro. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de deverá ter, no mínimo, sessenta e cinco por cento de
2008). conteúdo prático.
§ 2o O curso de formação dos profissionais das
Art. 39. É de responsabilidade das empresas de Guardas Municipais deverá conter técnicas de tiro
segurança privada e de transportes de valores a guarda e defensivo e defesa pessoal.
armazenagem das armas, munições e acessórios de sua § 3o Os profissionais da Guarda Municipal deverão ser
propriedade, nos termos da legislação específica. submetidos a estágio de qualificação profissional por, no
mínimo, oitenta horas ao ano.
Parágrafo único. A perda, furto, roubo ou outras § 4o Não será concedido aos profissionais das Guardas
formas de extravio de arma de fogo, acessório e munições Municipais Porte de Ar ma de Fogo de calibre restrito,
que estejam sob a guarda das empresas de segurança privativos das forças policiais e forças armadas.
privada e de transporte de valores deverá ser comunicada à
Polícia Federal, no prazo máximo de vinte e quatro horas, Art. 43. O profissional da Guarda Municipal com Porte
após a ocorrência do fato, sob pena de responsabilização de Arma de Fogo deverá ser submetido, a cada dois anos, a
do proprietário ou diretor responsável. teste de capacidade psicológica e, sempre que estiver
envolvido em evento de disparo de arma de fogo em via
Subseção V pública, com ou sem vítimas, deverá apresentar relatório
Das guardas Municipais circunstanciado, ao Comando da Guarda Civil e ao Órgão
Corregedor para justificar o motivo da utilização da arma.
Art. 40. Cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio
da Polícia Federal, diretamente ou mediante convênio com Art. 44. A Polícia Federal poderá conceder Porte de
os órgãos de segurança pública dos Estados, do Distrito Arma de Fogo, nos termos no §3o do art. 6o, da Lei no
Federal ou dos Municípios, nos termos do § 3o do art. 6o 10.826, de 2003, às Guardas Municipais dos municípios que
da Lei no 10.826, de 2003: (Redação dada pelo Decreto nº tenham criado corregedoria própria e autônoma, para a
6.715, de 2008). apuração de infrações disciplinares atribuídas aos
servidores integrantes do Quadro da Guarda Municipal.
I - conceder autorização para o funcionamento dos
cursos de formação de guardas municipais; Parágrafo único. A concessão a que se refere o caput
II - fixar o currículo dos cursos de formação; dependerá, também, da existência de Ouvidoria, como
III - conceder Porte de Arma de Fogo; órgão permanente, autônomo e independente, com
competência para fiscalizar, investigar, auditorar e propor
Art. 53. As importações realizadas pelas Forças Art. 58. O Comando do Exército autorizará a
Armadas dependem de autorização prévia do Ministério da exportação de armas, munições e demais produtos
Defesa e serão por este controladas. controlados.
Art. 54. A importação de armas de fogo, munições e § 1o A autorização das exportações enquadradas nas
acessórios de uso permitido e demais produtos controlados diretrizes de exportação de produtos de defesa rege-se por
está sujeita, no que couber, às condições estabelecidas nos legislação específica, a cargo do Ministério da Defesa.
arts. 51 e 52 deste Decreto.
§ 2o Considera-se autorizada a exportação quando
Art. 55. A Secretaria da Receita Federal e o Comando efetivado o respectivo Registro de Exportação, no Sistema
do Exército fornecerão à Polícia Federal, as informações de Comércio Exterior - SISCOMEX.
relativas às importações de que trata o art. 54 e que devam
constar do cadastro de armas do SINARM. Art. 59. O exportador de armas de fogo, munições ou
demais produtos controlados deverá apresentar como
Art. 56. O Comando do Exército poderá autorizar a prova da venda ou transferência do produto, um dos
entrada temporária no país, por prazo definido, de armas seguintes documentos:
de fogo, munições e acessórios para fins de demonstração, I - Licença de Importação (LI), expedida por autoridade
exposição, conserto, mostruário ou testes, mediante competente do país de destino; ou
requerimento do inter essado ou de seus representantes II - Certificado de Usuário Final (End User), expedido
legais ou, ainda, das representações diplomáticas do país por autoridade competente do país de destino, quando for
de origem. o caso.
§ 1o A importação sob o regime de admissão Art. 60. As exportações de armas de fogo, munições
temporária deverá ser autorizada por meio do Certificado ou demais produtos controlados considerados de valor
Internacional de Importação. histórico somente serão autorizadas pelo Comando do
Exército após consulta aos órgãos competentes.
§ 2o Ter minado o evento que motivou a importação, o
material deverá retornar ao seu país de origem, não Parágrafo único. O Comando do Exército estabelecerá,
podendo ser doado ou vendido no território nacional, em normas específicas, os critérios para definição do termo
exceto a doação para os museus das Forças Armadas e das "valor histórico".
instituições policiais.
Art. 61. O Comando do Ex ército cadastrará no SIGMA
§ 3o A Receita Federal fiscalizará a entrada e saída os dados relativos às exportações de armas, munições e
desses produtos. demais produtos controlados, mantendo-os devidamente
atualizados.
§ 4o O desembaraço alfandegário das armas e
munições trazidas por agentes de segurança de dignitários Art. 62. Fica vedada a exportação de armas de fogo, de
estrangeiros, em visita ao país, será feito pela Receita seus acessórios e peças, de munição e seus componentes,
Federal, com posterior comunicação ao Comando do por meio do serviço postal e similares.
Exército. Art. 63. O desembaraço alfandegário de armas e
munições, peças e demais produtos controlados será
Art. 57. Fica vedada a importação de armas de fogo, autorizado pelo Comando do Exército.
seus acessórios e peças, de munições e seus componentes,
por meio do serviço postal e similares. Parágrafo único. O desembaraço alfandegário de que trata
este artigo abrange:
Parágrafo único. Fica autorizada, em caráter I - operações de importação e exportação, sob
excepcional, a importação de peças de armas de fogo, com qualquer regime;
exceção de armações, canos e ferrolho, por meio do serviço II - internação de mercadoria em entrepostos
postal e similares. aduaneiros;
III - nacionalização de mercadoria entrepostadas;
Art. 67-B. No caso do não-atendimento dos requisitos pelo Departamento de Polícia Federal. (Incluído pelo
previstos no art. 12, para a renovação do Certificado de Decreto nº 6.715, de 2008).
Registro da arma de fogo, o proprietário deverá entregar a
arma à Polícia Federal, mediante indenização na forma do § 3o A guia de trânsito não autoriza o porte da arma,
art. 68, ou providenciar sua transferência para terceiro, no mas apenas o seu transporte, desmuniciada e
prazo máximo de sessenta dias, aplicando-se, ao acondicionada de maneira que não possa ser feito o seu
interessado na aquisição, as disposições do art. 4o da Lei no pronto uso e, somente, no percurso nela
10.826, de 2003. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). autorizado.(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput § 4o O transporte da arma de fogo sem a guia de
implicará a apreensão da arma de fogo pela Polícia Federal trânsito ou o transporte com a guia, mas sem a observância
ou órgão público por esta credenciado, aplicando-se ao do que nela estiver estipulado, poderá sujeitar o infrator às
proprietário as sanções penais cabíveis. (Incluído pelo sanções penais cabíveis. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de
Decreto nº 6.715, de 2008). 2008).
Art. 70-H. As disposições sobre entrega de armas de Art. 74. Os recursos arrecadados em razão das taxas e
que tratam os arts. 31 e 32 da Lei no 10.826, de 2003, não das sanções pecuniárias de caráter administrativo previstas
se aplicam às empresas de segurança privada e transporte neste Decreto serão aplicados na forma prevista no § 1o do
de valores. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). art. 11 da Lei no 10.826, de 2003.
Art. 71. Será aplicada pelo órgão competente pela Parágrafo único. As receitas destinadas ao SINARM
fiscalização multa no valor de: serão recolhidas ao Banco do Brasil S.A., na conta “Fundo
para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades -
I - R$ 100.000,00 (cem mil reais): Fim da Polícia Federal”, e serão alocadas para o
reaparelhamento, manutenção e custeio das atividades de
a) à empresa de transporte aéreo, rodoviário, controle e fiscalização da circulação de armas de fogo e de
ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre que permita o repressão a seu tráfico ilícito, a cargo da Polícia Federal.
transporte de arma de fogo, munição ou acessórios, sem a (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
devida autorização, ou com inobservância das normas de
segurança; e Art. 75. Serão concluídos em sessenta dias, a partir da
b) à empr esa de produção ou comércio de publicação deste Decreto, os processos de doação, em
armamentos que r ealize publicidade estimulando a venda e andamento no Comando do Exército, das armas de fogo
o uso indiscriminado de armas de fogo, acessórios e apreendidas e recolhidas na vigência da Lei no 9.437, de 20
munição, exceto nas publicações especializadas; de fevereiro de 1997.
II - R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), sem prejuízo Art. 76. Este Decreto entra em vigor na data de sua
das sanções penais cabíveis: publicação.
Art. 77. Ficam revogados os Decretos nos 2.222, de 8
a) à empresa de transporte aéreo, rodoviário, de maio de 1997, 2.532, de 30 de março de 1998, e 3.305,
ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre que de 23 de dezembro de 1999.
deliberadamente, por qualquer meio, faça, promova ou
facilite o transporte de arma ou munição sem a devida LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984.
autorização ou com inobservância das normas de Institui a Lei de Execução Penal.
segurança; e TÍTULO I
b) à empr esa de produção ou comércio de Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal
armamentos, na reincidência da hipótese mencionada no
inciso I, alínea "b"; e Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados
todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei.
III - R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), sem prejuízo
das sanções penais cabíveis, na hipótese de reincidência da Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza
conduta prevista na alínea "a", do inciso I, e nas alíneas "a" racial, social, religiosa ou política.
e "b", do inciso II.
TÍTULO II
Art. 72. A empresa de segurança e de transporte de Do Condenado e do Internado
valores ficará sujeita às penalidades de que trata o art. 23 CAPÍTULO I
da Lei no 7.102, de 20 de junho de 1983, quando deixar de Da Classificação
apresentar, nos termos do art. 7o, §§ 2o e 3o, da Lei no
10.826, de 2003: Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus
antecedentes e personalidade, para orientar a
I - a documentação comprobatória do preenchimento individualização da execução penal.
dos requisitos constantes do art. 4o da Lei no 10.826, de Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica de
2003, quanto aos empregados que portarão arma de fogo; Classificação que elaborará o programa individualizador da
ou pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou
II - semestralmente, ao SINARM, a listagem atualizada preso provisório. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
de seus empregados. 2003)
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de
assistência jurídica, integral e gratuita, pela Defensoria iniciação ou de aperfeiçoamento técnico.
Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais.
(Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010). Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino
profissional adequado à sua condição.
§ 1o As Unidades da Federação deverão prestar auxílio
estrutural, pessoal e material à Defensoria Pública, no Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de
exercício de suas funções, dentro e fora dos convênio com entidades públicas ou particulares, que
estabelecimentos penais. (Incluído pela Lei nº 12.313, instalem escolas ou ofereçam cursos especializados.
de 2010). Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á
cada estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas
§ 2o Em todos os estabelecimentos penais, haverá local as categorias de reclusos, provida de livros instrutivos,
apropriado destinado ao atendimento pelo Defensor recreativos e didáticos.
Público. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010). Art. 21-A. O censo penitenciário deverá apurar:
(Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015)
§ 3o Fora dos estabelecimentos penais, serão
implementados Núcleos Especializados da Defensoria I - o nível de escolaridade dos presos e das presas;
Pública para a prestação de assistência jurídica integral e (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015)
gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e II - a existência de cursos nos níveis fundamental e médio e
seus familiares, sem recursos financeiros para constituir o número de presos e presas atendidos; (Incluído
advogado. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010). pela Lei nº 13.163, de 2015)
III - a implementação de cursos profissionais em nível de
SEÇÃO V iniciação ou aperfeiçoamento técnico e o número de presos
Da Assistência Educacional e presas atendidos; (Incluído pela Lei nº 13.163, de
2015)
Art. 17. A assistência educacional compreenderá a IV - a existência de bibliotecas e as condições de seu acervo;
instrução escolar e a formação profissional do preso e do (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015)
internado. V - outros dados relevantes para o aprimoramento
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se educacional de presos e presas. (Incluído pela Lei nº
no sistema escolar da Unidade Federativa. 13.163, de 2015)
Art. 18-A. O ensino médio, regular ou supletivo, com
formação geral ou educação profissional de nível médio, SEÇÃO VI
será implantado nos presídios, em obediência ao preceito Da Assistência Social
constitucional de sua universalização. (Incluído pela
Lei nº 13.163, de 2015) Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o
preso e o internado e prepará-los para o retorno à
§ 1o O ensino ministrado aos presos e presas integrar-se-á liberdade.
ao sistema estadual e municipal de ensino e será mantido,
administrativa e financeiramente, com o apoio da União, Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social:
não só com os recursos destinados à educação, mas pelo
sistema estadual de justiça ou administração penitenciária. I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames;
(Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os
§ 2o Os sistemas de ensino oferecerão aos presos e às problemas e as dificuldades enfrentadas pelo as sistido;
presas cursos supletivos de educação de jovens e adultos. III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das
(Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) saídas temporárias;
§ 3o A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis,
incluirão em seus programas de educação à distância e de a recreação;
utilização de novas tecnologias de ensino, o atendimento V - promover a orientação do assistido, na fase final do
aos presos e às presas. (Incluído pela Lei nº cumprimento da pena, e do liberando, de modo a facilitar o
13.163, de 2015) seu retorno à liberdade;
XV - contato com o mundo ex terior por meio de Art. 48. Na ex ecução das penas restritivas de direitos, o
correspondência escrita, da leitura e de outros mei os de poder disciplinar será exercido pela autoridade
informação que não comprometam a moral e os bons administrativa a que estiver sujeito o condenado.
costumes.
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob Parágrafo único. Nas faltas graves, a autoridade
pena da responsabilidade da autoridade judiciária representará ao Juiz da execução para os fins dos artigos
competente. (Incluído pela Lei nº 10.713, de 2003) 118, inciso I, 125, 127, 181, §§ 1º, letra d, e 2º des ta Lei.
condenado, sem pr ejuízo da sanção penal, ao regime Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a sua natureza,
disciplinar diferenciado, com as seguintes características: deverá contar em suas dependências com áreas e serviços
(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) destinados a dar assistência, educação, trabalho, recreação
e prática esportiva.
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem
prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de § 1º Haverá instalação destinada a estágio de estudantes
mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; universitários. (Renumerado pela Lei nº 9.046, de 1995)
(Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)
§ 2o Os estabelecimentos penais destinados a mulheres
II - recolhimento em c ela individual; (Incluído pela Lei serão dotados de berçário, onde as condenadas possam
nº 10.792, de 2003) cuidar de seus filhos, inclusive amamentá -los, no mínimo,
até 6 (seis) meses de idade. (Redação dada pela Lei nº
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as 11.942, de 2009)
crianças, com duração de duas horas; (Incluído pela
Lei nº 10.792, de 2003) § 3o Os estabelecimentos de que trata o § 2o deste artigo
deverão possuir, exclusivamente, agentes do sexo feminino
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias na segurança de suas dependências internas.
para banho de sol. (Incluído pela Lei nº 10.792, de (Incluído pela Lei nº 12.121, de 2009).
2003)
§ 4o Serão instaladas salas de aulas destinadas a cursos do
§ 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá ensino básico e profissionalizante. (Incluído pela Lei nº
abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou 12.245, de 2010)
estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a
segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. § 5o Haverá instalação destinada à Defensoria Pública.
(Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
§ 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar Art. 83-A. Poderão ser objeto de execução indireta as
diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual atividades materiais acessórias, instrumentais ou
recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou complementares desenvolvidas em estabelecimentos
participação, a qualquer título, em organizações criminosas, penais, e notadamente: (Incluído pela Lei nº 13.190, de
quadrilha ou bando. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) 2015).
§ 1° A mulher e o maior de sessenta anos, separadamente, § 1o A ex ecução indireta será realizada sob supervisão e
serão recolhidos a estabelecimento próprio e adequado à fiscalização do poder público. (Incluído pela Lei nº
sua condição pessoal. (Redação dada pela Lei nº 9.460, 13.190, de 2015).
de 1997)
§ 2o Os serviços relacionados neste artigo poderão
§ 2º - O mesmo conjunto arquitetônico poderá abrigar compreender o fornecimento de materiais, equipamentos,
estabelecimentos de destinação diversa desde que máquinas e profissionais. (Incluído pela Lei nº 13.190,
devidamente isolados. de 2015).
Art. 83-B. São indelegáveis as funções de direção, chefia e III - primários condenados pela prática de crimes cometidos
coordenação no âmbito do sistema penal, bem como todas com violência ou grave ameaça à pessoa; (Incluído pela
as atividades que exijam o exercício do poder de polícia, e Lei nº 13.167, de 2015)
notadamente: (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015).
IV - demais condenados pela prática de outros crimes ou
I - classificação de condenados; (Incluído pela Lei nº contravenções em situação diversa das previstas nos incisos
13.190, de 2015). I, II e III. (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
II - aplicação de sanções disciplinares; (Incluído pela Lei § 4o O preso que tiver sua integridade física, moral ou
nº 13.190, de 2015). psicológica ameaçada pela convivência com os demais
presos ficará segregado em local próprio. (Incluído pela
III - controle de rebeliões; (Incluído pela Lei nº 13.190, Lei nº 13.167, de 2015)
de 2015).
Art. 85. O estabelecimento penal deverá ter lotação
IV - transporte de presos para órgãos do Poder Judiciário, compatível com a sua estrutura e finalidade.
hospitais e outros locais externos aos estabelecimentos
penais. (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015). Parágrafo único. O Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária determinará o limite máximo de capacidade
Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado do estabelecimento, atendendo a sua natureza e
por sentença transitada em julgado. peculiaridades.
§ 1o Os presos provisórios ficarão separados de acordo Art. 86. As penas privativas de liberdade aplicadas pela
com os seguintes critérios: (Redação dada pela Lei nº Justiça de uma Unidade Federativa podem ser executadas
13.167, de 2015) em outra unidade, em estabelecimento local ou da União.
I - acusados pela prática de crimes hediondos ou § 1o A União Federal poderá construir estabelecimento
equiparados; (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015) penal em local distante da condenação para recolher os
condenados, quando a medida se justifique no interesse da
II - acusados pela prática de crimes cometidos com segurança pública ou do próprio condenado. (Redação
violência ou grave ameaça à pessoa; (Incluído pela Lei dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
nº 13.167, de 2015)
§ 2° Conforme a natureza do estabelecimento, nele
III - acusados pela prática de outros crimes ou poderão trabalhar os liberados ou egressos que se
contravenções diversos dos apontados nos incisos I e II. dediquem a obras públicas ou ao aproveitamento de terras
(Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015) ociosas.
§ 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da § 3o Caberá ao juiz competente, a requerimento da
Administração da Justiça Criminal ficará em dependência autoridade administrativa definir o estabelecimento
separada. prisional adequado para abrigar o preso provisório ou
condenado, em atenção ao regime e aos requisitos
§ 3o Os presos condenados ficarão separados de acordo estabelecidos. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)
com os seguintes critérios: (Incluído pela Lei nº 13.167,
de 2015) CAPÍTULO II
Da Penitenciária
I - condenados pela prática de crimes hediondos ou
equiparados; (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015) Art. 87. A penitenciária destina-se ao condenado à pena de
reclusão, em regime fechado.
II - reincidentes condenados pela prática de crimes
cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; Parágrafo único. A União Federal, os Estados, o Distrito
(Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015) Federal e os Territórios poderão construir Penitenciárias
II – horário de funcionamento que garanta a melhor Parágrafo único. No Centro poderão ser realizadas
assistência à criança e à sua responsável. (Incluído pela pesquisas criminológicas.
Lei nº 11.942, de 2009)
Art. 97. O Centro de Observação será instalado em unidade
Art. 90. A penitenciária de homens será construída, em autônoma ou em anexo a estabelecimento penal.
local afastado do centro urbano, à distância que não
restrinja a visitação. Art. 98. Os exames poderão ser realizados pela Comissão
Técnica de Classificação, na falta do Centro de Observação.
CAPÍTULO III
Da Colônia Agrícola, Industrial ou Similar CAPÍTULO VI
Do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico
Art. 91. A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar destina -se Art. 99. O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico
ao cumprimento da pena em regime semi -aberto. destina-se aos inimputáveis e semi -imputáveis referidos no
artigo 26 e seu parágrafo único do Código Penal.
Art. 92. O condenado poderá ser alojado em
compartimento coletivo, observados os requisitos da letra a, Parágrafo único. Aplica-se ao hospital, no que couber, o
do parágrafo único, do artigo 88, desta Lei . disposto no parágrafo único, do artigo 88, desta Lei.
Art. 100. O exame psiquiátrico e os demais exames manifestação do Ministério Público e do defensor.
necessários ao tratamento são obrigatórios para todos os (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
internados.
Art. 101. O tratamento ambulatorial, previsto no artigo 97, § 2o Idêntico procedimento será adotado na concessão de
segunda parte, do Código Penal, será realizado no Hospital livramento condicional, indulto e comutação de penas,
de Custódia e Tratamento Psiquiátrico ou em outro local respeitados os prazos previstos nas normas vigentes.
com dependência médica adequada. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)
Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da Art. 116. O Juiz poderá modificar as condições
execução, somar-se-á a pena ao restante da que está sendo estabelecidas, de ofício, a requerimento do Ministério
cumprida, para determinação do regime. Público, da autoridade administrativa ou do condenado,
desde que as circunstâncias assim o recomendem.
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em
forma progressiva com a transferência para regime menos Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do
rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver beneficiário de regime aberto em residência particular
cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e quando se tratar de:
ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo
diretor do estabelecimento, r espeitadas as normas que I - condenado maior de 70 (setenta) anos;
vedam a progressão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de II - condenado acometido de doença grave;
2003) III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou
mental;
§ 1o A decisão será sempre motivada e precedida de IV - condenada gestante.
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada
sujeita à forma regressiva, com a transferência para pela Lei nº 12.015, de 2009)
qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o
e 4o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
somada ao restante da pena em ex ecução, torne incabível o VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de
regime (artigo 111). 1998)
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de
§ 1° O condenado será transferido do regime aberto se, produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art.
além das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela
os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso incluído pela
cumulativamente imposta. Lei nº 9.695, de 1998)
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior,
deverá ser ouvido previamente o condenado. VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de
exploração sexual de criança ou adolescente ou de
LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990. vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela
Lei nº 12.978, de 2014)
Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º,
inciso XLIII, da Constituição Federal, e deter mina outras Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime
providências. de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889,
de 1o de outubro de 1956, tentado ou consumado.
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: Art. 2 º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico
(Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide Lei nº ilícito de entorpec entes e drogas afins e o terrorismo são
7.210, de 1984) insuscetíveis de: (Vide Súmula Vinculante)
Pena - reclusão, de oito a quinze anos. Art. 10. O art. 35 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976,
passa a vigorar acrescido de parágrafo único, com a
§ 1º seguinte redação:
Pena - reclusão, de doze a vinte anos.
§ 2º "Art. 35
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítulo
§ 3º serão contados em dobro quando se tratar dos crimes
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. previstos nos arts. 12, 13 e 14."
Art. 213.
Pena - reclusão, de seis a dez anos. Art. 11. (Vetado).
Art. 214. Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Pena - reclusão, de seis a dez anos. Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 223.
Pena - reclusão, de oito a doze anos. LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997.
Define os crimes de tortura e dá outras providências.
Parágrafo único. Art. 1º Constitui crime de tortura:
Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco anos. I - constranger alguém com emprego de violência ou grave
ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006.
da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre
c) em razão de discriminação racial ou religiosa; Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso
indevido, atenção e reinserção social de usuários e
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, dependentes de drogas; estabelece normas para repressão
com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas;
sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo define crimes e dá outras providências.
pessoal ou medida de caráter preventivo.
TÍTULO I
Pena - reclusão, de dois a oito anos. CAPÍTULO III
DOS CRIMES E DAS PENAS
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa
ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser
mental, por intermédio da prática de ato não previsto em aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como
lei ou não resultante de medida legal. substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Mi nistério Público
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando e o defensor.
tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de
detenção de um a quatro anos. Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito,
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal,
gravíssima, a pena é de r eclusão de quatro a dez anos; se drogas sem autorização ou em desacordo com
resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. determinação legal ou regulamentar será submetido às
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
I - se o crime é cometido por agente público; II - prestação de serviços à comunidade;
II - se o crime é cometido contra criança, gestante, III - medida educativa de comparecimento a programa ou
deficiente e adolescente; curso educativo.
II – se o crime é cometido contra criança, gestante,
portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 § 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu
(sessenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas
III - se o crime é cometido mediante seqüestro. destinadas à preparação de pequena quantidade de
substância ou produto capaz de causar dependência física
§ 5º A condenação acarretará a perda do ca rgo, função ou ou psíquica.
empr ego público e a interdição para seu exercício pelo § 2o Para determinar se a droga destinava -se a consumo
dobro do prazo da pena aplicada. pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da
§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de substância apreendida, ao local e às condições em que se
graça ou anistia. desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais,
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a bem como à conduta e aos antecedentes do agente.
hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em § 3o As penas previstas nos incisos II e III do caput deste
regime fechado. artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco)
meses.
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime § 4o Em caso de reincidência, as penas previstas nos
não tenha sido cometido em território nacional, sendo a incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo
vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob prazo máximo de 10 (dez) meses.
jurisdição brasileira. § 5o A prestação de serviços à comunidade será cumprida
em programas comunitários, entidades educacionais ou
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres,
públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem,
Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de julho preferencialmente, da prevenção do consumo ou da
de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente. recuperação de usuários e dependentes de drogas.
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo I - a natureza, a procedência da substância ou do produto
incorre quem se associa para a prática reiterada do crime apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a
definido no art. 36 desta Lei. transnacionalidade do delito;
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos pública ou no desempenho de missão de educação, poder
crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei: familiar, guarda ou vigilância;
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou
de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias -multa. hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais,
culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais
Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem
organização ou associação destinados à prática de qualquer espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços
dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção
Lei: social, de unidades militares ou policiais ou em transportes
públicos;
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave
300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias -multa. ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo
de intimidação difusa ou coletiva;
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou
sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses entre estes e o Distrito Federal;
excessivas ou em desacordo com determinação legal ou VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou
regulamentar: adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo,
diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e determinação;
pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias -multa. VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar
Conselho Federal da categoria profissional a que pertença o voluntariamente com a investigação policial e o processo
agente. criminal na identificação dos demais co-autores ou
partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o produto do crime, no caso de condenação, terá pena
consumo de drogas, expondo a dano potencial a reduzida de um terço a dois terços.
incolumidade de outrem:
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal,
apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva ou a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a
proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa personalidade e a conduta social do agente.
de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a
400 (quatrocentos) dias -multa. Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts. 33 a
39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que dispõe o art. 42
Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas desta Lei, deter minará o número de dias -multa, atribuindo
cumulativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6 a cada um, segundo as condições econômicas dos ac usados,
(seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias - valor não inferior a um trinta avos nem superior a 5 (cinco)
multa, se o veículo referido no caput deste artigo for de vezes o maior salário-mínimo.
transporte coletivo de passageiros.
Parágrafo único. As multas, que em caso de concurso de
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são crimes serão impostas sempre cumulativamente, podem
aumentadas de um sexto a dois terços, se: ser aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação
econômica do acusado, considerá -las o juiz ineficazes,
ainda que aplicadas no máximo.
ANOTAÇÕES
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34
a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis,
graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a
conversão de suas penas em restritivas de direitos.
ANOTAÇÕES
8. Conforme disposição do art.173, inciso da Lei Estadual 13. De acordo com o Código Penal Brasileiro, considera -se
9.926 de 14 de maio de 1974, o número de meses de crime hediondo o(a)
vencimento ou provento concedido como auxílio funeral à A) extorsão cometida por duas ou mais pessoas ou com o
família do funcionário falecido, mesmo que aposentado, emprego de arma.
corresponde a B) falsificação, a corrupção, a adulteração ou a alteração de
A) um. B) dois. C) três. D) seis. produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais.
C) sequestro e o cárcere privado.
9. Considere as afirmações a seguir, tomando por base a Lei D) roubo, quando a violência ou a ameaça é exercida com
Estadual 9.926 de 14 de maio de 1974 e, em seguida, emprego de arma.
assinale com V a afirmação verdadeira e com F, a falsa:
( ) Será considerado de efetivo exercício o afastamento por 14. Conforme preceitua o Parágrafo Único do art. 41 da Lei
até oito dias, em virtude de casamento. 7.210/84 (Lei de Execução Penal - LEP), dentre os direitos
( ) O período de férias não gozadas será contado em dobro, contidos nas opções abaixo, o único que poderá ser
para efeitos de disponibilidade e aposentadoria. suspenso ou restringido mediante ato motivado do diretor
( ) O funcionário nomeado em virtude de concurso público do estabelecimento penal é o(a)
somente adquire estabilidade depois de decorridos quatro A) chamamento nominal.
anos de efetivo exercício. B) visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos
( ) A nomeação é o fato que completa a investidura em em dias determinados.
cargo público. C) audiência especial com o diretor do estabelecimento.
( ) Assiduidade, urbanidade e discrição configuram o dever D) entrevista pessoal e reservada com o advogado.
geral do funcionário.
Está correta, de cima para baixo, a sequência: 15. Tércio foi condenado definitivamente a 10 anos de pena
A) V, V, F, F, V. B) F, F, V, V, F. C) F, V, V, F, V. restritiva de liberdade, em regime fechado, por infração ao
D) V, F, F, V, F. art. 217- A do Código Penal Brasileiro (estupro de
vulnerável). Levando-se em conta ser o fato delituoso crime
10. Nos termos do art.152, inciso II da Lei Estadual 9.926 de hediondo,
14 de maio de 1974, o funcionário será aposentado ter o fato ocorrido em 2008 e ser Tércio primário, ele
compulsoriamente aos somente poderá obter a progressão de regime com o
A) sessenta anos de idade. cumprimento da pena equivalente a
B) sessenta e cinco anos de idade. A) um ano e seis meses.
C) setenta anos de idade. B) dois anos.
D) setenta e cinco anos de idade. C) três anos e três meses.
D) quatro anos.
11. Dentre as hipóteses contidas nas opções a seguir, 16. Conforme determinação do art. 41 da Lei 11.343/06, o
assinale a única que NÃO faz parte das causas de aumento indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a
de pena de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço) previstas na Lei investigação policial e com o processo criminal na
N. 9.455/97, no que concerne a Crimes de Tortura. identificação dos demais coautores e partícipes do crime,
A) Se o crime é cometido mediante o uso de arma de fogo no caso de condenação, terá pena reduzida de
ou em concurso de mais de duas pessoas.
B) Se o crime é cometido por agente público. A) 1/6 (um sexto).
C) Se o crime é cometido contra criança, gestante, portador B) 1/6(um sexto) a 2/6 (dois sextos).
de deficiência, adolescente ou maior de sessenta anos. C) 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços).
D) Se o crime é cometido mediante sequestro. D) 1/4 (um quarto) a 1/2 (um meio).
17. Conforme disposição do art. 2º, § 4 da Lei 8.072 /90, o D) O inquérito administrativo para apuração da
número de dias, prorrogáveis pelo mesmo período em caso responsabilidade do funcionário produzirá, sempre o
de extrema e comprovada necessidade, da prisão afastamento do funcionário indiciado de seu cargo ou
temporária do indivíduo que comete crime hediondo é função, nos casos de prisão preventiva ou prisão
A) cinco. B) dez. C) quinze. D) trinta. administrativa.
18. Conforme determina o art. 83, § 2º da Lei 7.210/84 22. Será considerado de efetivo exercício o afastamento de
(LEP), os estabelecimentos penais destinados a mulheres funcionário público civil do Estado do Ceará , dentre outros:
serão dotados de berçário, onde as condenadas possam A) férias; casamento, até cinco dias; luto, até oito dias, por
cuidar de seus filhos, inclusive amamentá -los, no mínimo, falecimento de cônjuge ou companheiro, parentes,
até atingirem a idade de consangüíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta,
A) quatro meses. B) seis meses. C) oito meses. D) um ano. padrasto e pais adotivos; convocação para o Serviço Militar;
licença à funcionária gestante.
19. Considere as afirmações a seguir: B) férias; casamento, até oito dias; luto, até cinco dias, por
I. A conduta de quem traz consigo, para uso próprio, falecimento de cônjuge ou companheiro, parentes,
substância tida como entorpecente é fato tipificado como consangüíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta,
crime. padrasto e pais adotivos; convocação para o Serviço Militar;
II. Para que se configure o crime de Associação para o licença à funcionária gestante.
Tráfico, previsto no art. 35 da Lei 11.343/07, é necessária a C) férias; casamento, até oito dias; luto, até oito dias, por
associação de, no mínimo, três pessoas. falecimento de cônjuge ou companheiro, parentes,
III. A Lei 11.343/06, prescrevendo medidas para prevenção consangüíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta,
do uso indevido de drogas, instituiu o SISNAD. padrasto e pais adotivos; convocação para o Serviço Militar;
Está correto o que se afirma em licença à funcionária gestante.
A) I e II apenas. D) férias; casamento, até oito dias; luto, até oito dias, por
B) II e III apenas. falecimento de cônjuge ou companheiro, parentes,
C) I e III apenas. consangüíneos ou afins, até o 1º grau, inclusive madrasta,
D) I, II e III. padrasto e pais adotivos; convocação para o Serviço Militar;
licença à funcionária gestante.
20. Colônias Agrícolas, Industriais ou similares destinam-se
ao cumprimento da pena em regime 23. São deveres gerais do funcionário, dentre outros:
A) aberto e em regime semiaberto. A) zelar pela economia e conservação do material que
B) semiaberto. lhe for confiado; atender às notificações para depor
C) fechado e em regime semiaberto. ou realizar perícias ou vistorias, podendo deixar de
D) fechado. atende-las se lhe parecer conveniente.
B) atender, nos prazos que lhe parecer razoável, às
21. Quanto ao regime disciplinar dos funcionários públicos requisições para defesa da Fazenda Pública, bem
civis do Estado do Ceará, marque a opção verdadeira. como atender os requerimentos de certidões para
A) A responsabilidade civil decorre somente de conduta defesa de direitos e esclarecimentos de situações.
funcional comissiva, dolosa, que acarrete prejuízo para o C) deixar de cumprir, na medida de sua competência, as
patrimônio do Estado, de suas entidades ou de terceiros. decisões judiciais; Atender, prontamente, e na
B) Considera-se legítima defesa o revide moderado e medida de sua competência, os pedidos de
proporcional à agressão ou à iminência de agressão moral informação do Poder Legislativo e às requisições do
ou física, que atinja ou vise a atingir o funcionário, ou seus Poder Judiciário.
superiores hierárquicos ou colegas, ou o patrimônio da D) lealdade e respeito às instituições constitucionais e
instituição administrativa a que servir. administrativas a que servir; observância das
C) Considera-se em estado de necessidade o funcionário normas constitucionais, legais e regulamentares;
que realiza atividade , mesmo que dispensável ao obediência às ordens de seus superiores
atendimento de uma urgência administrativa, inclusive para hierárquicos; continência de comportamento,
fins de preservação do patrimônio público. tendo em vista o decoro funcional e social;
assiduidade; pontualidade; discrição.
24. De acordo com o Estatuto do Funcionário Público (Lei praticado fora do local de trabalho, a apuração da
Estadual nº 9.826/74), quanto ao dever de guardar sigilo responsabilidade será promovida pela autoridade de maior
por parte do funcionário público, marque a opção hierarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o
verdadeira. funcionário a quem se imputar a prática da irregularidade.
C) Será promovida, de ofício, ou mediante representação,
A) Guardar sigilo sobre a documentação e os pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou na
assuntos de natureza reservada de que tenha entidade administrativa em que tiver ocorrido a
conhecimento em razão do cargo que ocupa, ou irregularidade. Se se tratar de ilícito administrativo
da função que exerça praticado fora do local de trabalho, a apuração da
B) Guardar sigilo sobre com relação a funçã o que responsabilidade será promovida pela autoridade de maior
exerça, remunerada ou não. hierarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o
C) Guardar sigilo somente sobre a documentação e funcionário a quem se imputar a prática da irregularidade.
papéis diretamente ligada ao seu setor. D) Será promovida, sempre mediante representação, pela
D) Guardar sigilo sobre os assuntos relacionados ao autoridade de maior hierarquia no órgão ou na entidade
cargo efetivo que ocupa. administrativa em que tiver ocorrido a irregularidade. Se se
tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de
25. Considera-se ilícito administrativo: trabalho, a apuração da responsabilidade será promovida
pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou na
A) a conduta comissiva, do funcionário, que importe em entidade a que pertencer o funcionário a quem se imputar
violação de dever especial, fixado em lei a prática da irregularidade.
complementar.
B) a conduta comissiva ou omissiva, do funcionário, 27. A responsabilidade administrativa do funcionário
que importe em violação de dever geral ou público se extingue com a
especial, ou de proibição, fixado no Estatuto do
funcionário público estadual e em sua legislação A) morte do funcionário e pela absolvição por inexistência
complementar, ou que constitua comportamento de prova.
incompatível com o decoro funcional ou social. B) morte do funcionário, somente.
C) a conduta omissiva do servidor público de cargo C) morte e a extinção da punibilidade.
efetivo, que importe em violação de dever geral D) morte do funcionário e pela prescrição do direito de agir
previsto em lei complementar. do Estado ou de suas entidades em matéria disciplinar.
D) a conduta omissiva do servidor público de cargo
efetivo ou cargo em comissão, que importe em 28. O inquérito administrativo para apuração da
violação de dever geral previsto em decreto expedido responsabilidade do funcionário produzirá,
pela repartição a que está lotado. preliminarmente, os seguintes efeitos:
26. Quanto à apuração da responsabilidade funcional, A) afastamento do funcionário indiciado de seu cargo ou
marque a alternativa verdadeira. função, nos casos de prisão preventi va ou prisão
administrativa; sobrestamento do processo de
A) Será promovida, de ofício, ou mediante representação, aposentadoria voluntária; proibição do afastamento do
pela autoridade da mesma hierarquia no órgão ou na exercício, salvo prisão preventiva ou administrativa;
entidade administrativa em que tiver ocorrido a proibição de concessão de licença, ou o seu sobrestamento,
irregularidade. Se se tratar de ilícito administrativo salvo a concedida por motivo de saúde e cessação da
praticado fora do local de trabalho, a apuração da disposição, com retorno do funcionário ao seu órgão de
responsabilidade será promovida pela autoridade de maior origem.
hierarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o B) afastamento permanente do funcionário indiciado de
funcionário a quem se imputar a prática da irregularidade. seu cargo ou função, nos casos de prisão preventiva ou
B) Será promovida, sempre de ofício, pela a utoridade de prisão administrativa, apenas.
maior hierarquia no órgão ou na entidade administrativa C) afastamento do funcionário indiciado de seu cargo
em que tiver ocorrido a irregularidade. Se se tratar de ilícito ou função, se decretada prisão preventiva ou
administrativo Administrativa.
29. Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário responderá I. O condenado ao cumprimento de pena privativa de
perante o: liberdade, em regime fechado, será submetido a exame
criminológico para a obtenção dos elementos necessários a
A) terceiro, diretamente, em ação judicial. uma adequada classificação e com vistas à individualização
B) Estado e o terceiro, concomitantemente, em ação judicial da execução.
ou administrativa. II. A assistência material ao preso e ao internado consistirá
C) Estado ou suas entidades, através de ação regressiva no fornecimento de alimentação, vestuário e instalações
proposta depois de transitar em julgado a decisão judicial, higiênicas.
que houver condenado a Fazenda Pública a indenizar o III. O trabalho externo não será admissível para os presos
terceiro prejudicado. em regime fechado, sendo permitido ao condenado em
D) Estado ou terceiro, concomitantemente, somente em regime semiaberto somente em serviço ou obras públicas
ação judicial. realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta,
ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas
30. A apuração da responsabilidade funcional será feita contra a fuga e em favor da disciplina.
através de: IV. A penitenciária destina-se ao condenado à pena de
reclusão, em regime fechado, bem como a de detenção em
A) inquérito policial. regime semiaberto.
B) sindicância administrativa.
C) processo disciplinar. É(são) correta(s) apenas
D) sindicância ou de inquérito.
A) I, II e III.
31. Quanto ao Sistema de Armas de Fogo - SINARM (Lei B) II, III, e IV.
10.826/03 e Decreto 5.123/04), assinale a opção C) I e II.
verdadeira. D) III e IV.
A) As armas de fogo utilizadas pelos empregados das 33. Quanto à Lei 7.210/84, assinale a alternativa FALSA.
empresas de segurança privada e de transporte de valores,
constituídas na forma da lei, serão de propriedade, A) Somente os condenados que cumprem pena em regime
responsabilidade e guarda das respectivas empresas, semi-aberto e os presos provisórios poderão obter
somente podendo ser utilizadas quando em serviço, permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta,
devendo essas observar as condições de uso e de quando ocorrer um dos seguintes fatos: falecimento ou
armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo doença grave do cônjuge, companheira, ascendente,
o certificado de registro e a autorização de porte de escendente ou irmão; necessidade de tratamento médico.
arma expedidos pela Polícia Estadual do Estado no qual foi B) O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou
adquirida. semi-aberto poderá remir, pelo trabalho, parte do tempo de
B) A comercialização de armas de fogo, acessórios e execução da pena. A contagem do tempo será feita à razão
munições entre pessoas físicas não pode ser efetivada, de 1 (um) dia de pena por 3 (três) de trabalho.
ainda que com autorização do SINARM. C) Comete falta grave o condenado à pena privativa de
C) A empresa que comercializar arma de fogo em território liberdade que: incitar ou participar de movimento para
nacional é obrigada a comunicar a venda à autoridade subverter a ordem ou a disciplina; fugir; possuir,
competente, como também a manter banco de dados com indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade
todas as características da arma e cópia dos documentos física de outrem; provocar acidente de trabalho;
previstos neste artigo. descumprir, no regime aberto, as condições impostas.
D) Para aquisição de arma de fogo é necessário a D) O trabalho externo será admissível para os presos
comprovação de capacidade técnica, mas não a
em regime fechado somente em serviço ou obras públicas nacional, serão destruídas pelas autoridades policiais,
realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ressalvados a cultura dessas plantas com fins terapêuticos
ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas ou científicos.
contra a fuga e em favor da disciplina. C) Para extrair, produzir, fabricar, transformar, preparar,
possuir, importar, exportar, remeter, transportar, expor,
34. Constitui crime de tortura: oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir para
qualquer fim substância entorpecente ou que determine
A) constranger alguém sob violência, causando-lhe dependência física ou psíquica, ou matéria-prima destinada
sofrimento físico com o fim de obter informação, à sua preparação, é indispensável licença da autoridade
declaração ou confissão da vítima ou para provocar ação ou sanitária competente, observadas as demais exigências
omissão de natureza criminosa; em razão de discriminação legais.
racial ou religiosa. D) Ainda que para fins de aquisição de
B) constranger alguém com emprego de violência ou grave medicamentos ,ediante prescrição médica, é indispensável
ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental com o licença da autoridade sanitária competente.
fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima
ou de terceira pessoa; para provocar ação ou omissão de 36. As penas dos crimes definidos como tráfico ilícito e uso
natureza criminosa; em razão de discriminação racial ou indevido de substâncias entorpecentes serão aumentadas
religiosa, bem como submeter alguém, sob sua guarda, de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços):
poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma A) no caso de tráfico com o exterior ou de
de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. extraterritorialidade da lei penal; quando o agente tiver
C) constranger alguém com emprego de violência ou grave praticado o crime prevalecendo-se de função pública
ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental com o relacionada com a repressão à criminalidade ou quando,
fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima; muito embora não titular de função pública, tenha missão
bem como submeter alguém, sob sua guarda, poder ou de guarda e vigilância; se qualquer deles decorrer de
autoridade, a intenso sofrimento físico ou mental, como associação ou visar a menores de 21 (vinte e um) anos ou a
forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter quem tenha, por qualquer causa, diminuída ou suprimida a
preventivo. capacidade de discernimento ou de autodeterminação; se
D) constranger alguém com emprego grave ameaça, qualquer dos atos de preparação, execução ou consumação
causando-lhe sofrimento mental com o fim de obter ocorrer nas imediações ou no interior de estabelecimento
confissão da vítima ou de terceira pessoa; para provocar de ensino ou hospitalar, de sedes de entidades estudantis,
ação ou omissão de natureza criminosa; bem como sociais, culturais, recreativas, esportivas ou beneficentes, de
submeter alguém, sob sua guarda, com emprego de locais de trabalho coletivo de estabelecimentos penais, ou
violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de
mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida qualquer natureza, sem prejuízo da interdição do
de caráter preventivo. estabelecimento ou do local.
B) no caso de tráfico para outro Estado dentro do território
35. Sobre o tráfico ilícito e uso indevido de substâncias nacional; quando o agente tiver praticado o crime
entorpecentes, assinale a opção FALSA. prevalecendo-se de função pública relacionada com a
repressão à criminalidade ou quando, muito embora não
A) Ficam proibidos em todo o território brasileiro o plantio, titular de função pública, tenha missão de guarda e
a cultura, a colheita e a exploração, por particulares, de vigilância; se qualquer deles decorrer de associação ou visar
todas as plantas das quais possa ser extraída substância a menores de 21 (vinte e um) anos ou a quem tenha, por
entorpecente ou que determine dependência física ou qualquer causa, diminuída ou suprimida a capacidade de
psíquica, ressalvada a cultura dessas plantas com fins discernimento ou de autodeterminação; se qualquer dos
terapêuticos ou científicos que, só será permitida mediante atos de preparação, execução ou consumação ocorrer nas
prévia autorização das autoridades competentes. imediações ou no interior de estabelecimento de ensino ou
B) As plantas das quais possa ser extraída substância hospitalar, de sedes de entidades estudantis, sociais,
entorpecente ou que determine dependência física ou culturais, recreativas, esportivas ou beneficentes, de locais
psíquica, nativas ou cultivadas, existentes no território de trabalho coletivo de estabelecimentos penais, ou de
recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito
qualquer natureza, sem prejuízo da interdição do do fato ou de determinar-se de acordo com esse
estabelecimento ou do local. entendimento.
C) no caso de tráfico com o exterior ou de Marque a opção verdadeira.
extraterritorialidade da lei penal; quando o agente tiver A) I - errado; II - errado.
praticado o crime prevalecendo-se de função pública B) I - certo; II - certo.
relacionada com a repressão à criminalidade ou quando; se C) I - certo; II - errado
qualquer deles decorrer de associação ou visar a menores D) I - errado; II - certo.
de 18 (dezoito) anos ou a quem tenha, por qualquer causa,
diminuída ou suprimida a capacidade de discernimento ou 38. Quanto ao registro, posse e comercialização de armas
de autodeterminação; se qualquer dos atos de preparação, de fogo e munição, marque a alternativa verdadeira.
execução ou consumação ocorrer nas imediações ou no A) A autorização para o porte de arma de fogo das guardas
interior de estabelecimento de ensino ou hospitalar, de municipais está condicionada à formação funcional de seus
sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade
recreativas, esportivas ou beneficentes, de locais de policial, à existência de mecanismos de fiscalização e de
trabalho coletivo de estabelecimentos penais, ou de controle externo da corporação.
recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de B) Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios
qualquer natureza, sem prejuízo da interdição do que integram regiões metropolitanas será autorizado porte
estabelecimento ou do local. de arma de fogo, ainda que fora do serviço.
D) no caso de tráfico com o exterior ou de C) Aos residentes em áreas rurais, que comprovem
extraterritorialidade da lei penal; quando o agente tiver depender do emprego de arma de fogo para prover sua
praticado o crime prevalecendo-se do cargo público de subsistência alimentar familiar, será autorizado, na forma
provimento efetivo, tenha missão de guarda e vigilância; se prevista no regulamento da Lei, o porte de arma de fogo na
qualquer deles decorrer de associação ou visar a menores categoria "amador".
de 21 (vinte e um) anos ou a quem tenha, por qualquer D) As armas de fogo utilizadas pelos emprega dos das
causa, diminuída ou suprimida a capacidade de empresas de segurança privada e de transporte de valores,
discernimento ou de autodeterminação; se qualquer dos constituídas na forma da lei, serão de propriedade,
atos de preparação, execução ou consumação ocorrer nas responsabilidade e guarda das respectivas empresas,
imediações ou no interior de estabelecimento de ensino ou somente podendo ser utilizadas quando em transporte de
hospitalar, de sedes de entidades estudantis, sociais, valores, devendo essas observar as condições de uso e de
culturais, recreativas, esportivas ou beneficentes, de locais armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo
de trabalho coletivo de estabelecimentos penais, ou de o certificado de registro e a autorização de porte expedidos
recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de pela Polícia Federal em nome da empresa.
qualquer natureza, sem prejuízo da interdição do
estabelecimento ou do local. 39. A assistência ao preso será:
37. Quanto aos crimes definidos como tráfico ilícito e uso A) formal; à saúde; jurídica; educacional; social; religiosa.
indevido de substâncias entorpecentes, analise os itens B) material; à saúde; jurídica; educacional; social; religiosa.
abaixo: C) material; à saúde; jurídica; educacional; vocacional;
I. É isento de pena o agente que em razão da dependência, religiosa.
ou sob o efeito de substância, entorpecente ou que D) à saúde; jurídica; educacional; social; religiosa.
determine dependência física ou psíquica proveniente de
caso fortuíto ou força maior era, ao tempo da ação ou da 40. Quanto ao trabalho do preso, assinale a opção FALSA.
omissão, qualquer que tenha sido a infração penal
praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito A) O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia
do fato ou de determinar-se de acordo com esse tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) do
entendimento. salário mínimo.
II. A pena pode ser reduzida de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois B) O produto da remuneração pelo trabalho deverá
terços) se, por qualquer das circunstâncias previstas no atender: à indenização dos danos causados pelo crime,
item anterior, o agente não possuía, ao tempo da ação ou desde que determinados judicialmente e não reparados por
ANOTAÇÕES:
,
Anotações:
Anotações: