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PAULO REYNER CAMARGO MOUSINHO
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7 SIMULADOS DE PEÇAS PRÁTICAS PARA DELEGADO DE POLÍCIA
JUSPOL CURSOS & CONCURSOS – Prof. Paulo Reyner
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PIRATARIA É CRIME!
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7 SIMULADOS DE PEÇAS PRÁTICAS PARA DELEGADO DE POLÍCIA
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APRESENTAÇÃO
SOBRE MODELOS E PEÇAS
Estrutura das Peças Práticas
Peças Práticas como Redação Oficial
Endereçamento
Cumulação de Pedidos na mesma Peça
SIMULADOS
Simulado 01
simulado 02
simulado 03
simulado 04
simulado 05
simulado 06
simulado 07
ESPELHOS
Espelho de correção do simulado 01
Espelho de correção do simulado 02
Espelho de correção do simulado 03
Espelho de correção do simulado 04
Espelho de correção do simulado 05
Espelho de correção do simulado 06
Espelho de correção do simulado 07
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7 SIMULADOS DE PEÇAS PRÁTICAS PARA DELEGADO DE POLÍCIA
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APRESENTAÇÃO
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7 SIMULADOS DE PEÇAS PRÁTICAS PARA DELEGADO DE POLÍCIA
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Primeiramente, peço licença ao leitor para me apresentar e compartilhar um pouco da minha história.
Bem, meu nome é Paulo Reyner, sou Delegado de Polícia há dez anos e há quatro descobri outra atividade que
desempenho com muito orgulho também, Professor. Como minha vida profissional sempre foi junto ao serviço público, a
docência na preparação para concursos foi bastante natural. Venho de família humilde e iniciei minha vida nos concursos
públicos ainda muito jovem, pois sou natural de Brasília e, devido à escassez de outras oportunidades na Capital Federal,
logo percebi que precisava me dedicar aos concursos para auferir segurança financeira e, não menos importante, servir à
sociedade!
Fui aprovado no meu primeiro concurso aos 18 anos de idade, (PMDF), o que me possibilitou cursar
Direito, concluído em dezembro de 2008. Durante o curso, bem como devido à inicialização na carreira policial (dizem que
nunca mais sai do sangue rsrsrs) nasceu o desejo de ser Delegado de Polícia. Assim, estudava bastante para atingir o
sonho/objetivo. Em 2009, após ser aprovado na primeira fase logo no meu primeiro concurso para Delegado (PCRJ), fui
reprovado na 2ª fase. Daí já pude notar o quanto é importante a preparação para a fase de peças práticas. Mas a gente
não pode parar, não é mesmo?!
Continuei estudando, assim, em 2010 as coisas começaram a melhorar: fui aprovado para Analista do
TRE-GO, Oficial da PMDF, Delegado de Polícia do Estado do Amazonas e para Delegado de Polícia do Estado do Amapá.
Assumi como Delegado de Polícia no mesmo ano, cargo que exerço até os dias atuais com enorme contentamento,
fazendo o que gosto e servindo à população.
Especializei-me em Políticas e Gestão de Segurança Pública. Percebi que poderia contribuir um pouco
mais, motivo pelo qual passei a dedicar-me à pesquisa e produção doutrinária, momento em que criei o site Justiça &
Polícia e comecei a escrever artigos jurídicos. Posteriormente, nasceu o desejo de escrever um livro, cujo resultado foi
concretizado com o lançamento da obra Peças e Prática da Atividade Policial (2016). Já em 2020, participei como
coautor das obras Tratado Contemporâneo de Polícia Judiciária, Vl. 2 (Ed. Umanos), Manual de Educação Digital,
Cibercidadania e Prevenção de Crimes Cibernéticos (Ed. Juspodivm), além de outros projetos em andamento.
Minha outra paixão é ministrar aulas, sejam presenciais ou on-line. Penso que se trata de um constante
compartilhamento de conhecimento entre alunos e o professor, possibilitando o crescimento mútuo. Ademais, contribuir
para a mudança de vida das pessoas não tem preço!
Como professor atuo, principalmente, ministrando cursos para a fase de Peças Práticas para Delegado
de Polícia, tema sobre o qual, como já mencionado, tenho um livro publicado: Peças e Prática da Atividade Policial. Já
participei da preparação de muitos alunos para essa importante etapa do concurso para Delegado e tenho o orgulho de
dizer que muitos ex-alunos hoje são colegas de profissão!
Dessa maneira, já que agora nos conhecemos melhor, tenho que te dizer que vale a pena todo o esforço
nos estudos. E nós estamos aqui, para ajudá-lo a conseguir!
Forte abraço e bons estudos! Espero que este material seja útil na sua preparação.
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Bem, antes de iniciar a elaboração dos seus simulados é interessante que seja feita a leitura
de algumas breves considerações. Vamos agregar a este pequeno e-book com um dos mais
importantes Capítulos do nosso Livro Peças e Prática da Atividade Policial1, justamente o que trata dos
aspectos gerais das peças práticas para Delegado de Polícia. informações que podem ser muito úteis na sua
preparação!
1As informações deste Capítulo foram extraídas da obra com a seguinte referência: MOUSINHO. Paulo Reyner Camargo.
Peças e prática da atividade policial. 3 ed. Macapá, AP: Ed. do autor, 2021. p. 47-80.
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No que diz respeito aos Despachos (7 pontos), muito embora não sejam comumente objeto de
cobrança em concursos públicos, relembra-se que o certame para preenchimento do cargo de Delegado de
Polícia do Estado Piauí (2014) cobrou a peça. Com absoluta certeza, a falta de conhecimento prático da
estrutura aparentemente simples afastou a possibilidade de muitos candidatos se habilitarem.
O despacho, como se nota no tópico n. 5.15, nada mais é que uma série de determinações
diante de uma ocorrência policial que necessita de encaminhamento. Geralmente, é agregado na própria
Portaria de instauração de Inquérito Policial, no conjunto de determinações pertinentes à elucidação da
infração penal e formalização do procedimento. No entanto, pode perfeitamente ser elaborado em separado,
seja no início das investigações, quando não existem elementos para instauração do procedimento policial,
seja no decorrer da fase inquisitorial, quando há necessidade de novo direcionamento das investigações.
Por fim, pode também ser utilizado para arquivamento de alguns Boletins de Ocorrência em
casos muito específicos, como, por exemplo, quando não se tratar de fato típico para justificar a liberação do
conduzido ou, ainda, justificando a não lavratura do Auto de Prisão em Flagrante.
Já em relação à Portaria (8 pontos), também já cobrada em certame para Delegado de Polícia
(Espírito Santo em 2019), remetemos o leitor para o tópico específico desta obra (n. 6), onde o tema foi
pormenorizadamente tratado.
As Representações (9 pontos), com certeza, são as peças mais cobradas em concursos
públicos para a carreira de Delegado de Polícia, por serem, em certa medida, as postulações judiciais mais
realizadas na prática.
Representação é a exposição de motivos fundamentada, dirigida ao Poder Judiciário,
informando a necessidade e adequação de determinada medida, geralmente cautelar, como a busca e
apreensão, a prisão temporária, a interceptação telefônica entre tantas outras. Podemos elencar nove pontos
para construção de sua estrutura básica.
Quase todas as peças endereçadas ao Poder Judiciário obedecem a essa estrutura; uma
exceção, no entanto, é o Relatório Final de Inquérito Policial (10 pontos), na medida em que, geralmente, não
se pleiteia nada nele, mas se narra o fato, mencionam-se as providências adotadas no curso da investigação,
justifica-se o indiciamento ou não, remetendo-o ao juízo competente. Sem olvidar a possibilidade de eventuais
adaptações de acordo com o caso concreto, pois em certas circunstâncias pode haver cumulação do Relatório
Final com pedidos ou relato de excepcional ocorrência.
Em razão da importância dos Despachos, Portarias, Representações e do Relatório Final de
Inquérito Policial, seguem nas próximas páginas esquemas explicativos de cada uma dessas peças, salientando
que em relação ao Relatório, foi cuidadosamente tratado no tópico n. 33; já as representações, há vários
modelos no decorrer desta obra, a exemplo de representações por Prisão Temporária e Preventiva, Infiltração
Policial, Interceptação Telefônica, entre outras.
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Por isso, é pertinente destacar os atributos da redação oficial, como a clareza, a objetividade,
a coesão, a coerência entre outros. Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o
Poder Público redige comunicações oficiais e atos normativos. Neste Capítulo, interessa-nos tratá-la do ponto
de vista que se alinhe à produção de peças práticas.
A redação oficial não é necessariamente árida e contrária à evolução da língua. É que sua
finalidade básica – comunicar com objetividade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz
da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular etc.
Apresentadas essas características fundamentais da redação oficial, passemos à análise pormenorizada de
cada um de seus atributos.
Clareza e precisão
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Pode-se definir como claro aquele
texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. Não se concebe que um documento oficial ou um ato
normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua
compreensão. A transparência é requisito do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto oficial ou
um ato normativo não seja entendido pelos cidadãos. O princípio constitucional da publicidade não se esgota
na mera publicação do texto, estendendo-se, ainda, à necessidade de que o texto seja claro.
No caso de Peças Práticas redigidas pelo Delegado de Polícia, não se deve esquecer, ainda, que
tudo será analisado pelo Poder Judiciário (quando da decisão), pelos membros do Ministério Público, seja
quando for exarar seu parecer seja no próprio oferecimento da denúncia, bem como escrutinado pela defesa
do investigado/ indiciado ou representado.
Para a obtenção de clareza, sugere-se:
a) Utilizar palavras e expressões simples, em seu sentido comum, salvo quando o texto versar
sobre assunto técnico, hipótese em que se utilizará nomenclatura própria da área;
b) Usar frases curtas, bem estruturadas; apresentar as orações na ordem direta e evitar
intercalações excessivas. Em certas ocasiões, para evitar ambiguidade, sugere-se a adoção da
ordem inversa da oração;
c) Buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto;
d) Não utilizar regionalismos e neologismos;
e) Pontuar adequadamente o texto;
f) Explicitar o significado da sigla na primeira referência a ela; e
g) Utilizar palavras e expressões em outro idioma apenas quando indispensáveis, em razão
de serem designações ou expressões de uso já consagrado ou de não terem exata tradução.
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b) veiculada no texto;
c) manifestação do pensamento ou da ideia com as mesmas palavras, evitando o emprego
de sinonímia com propósito meramente estilístico; e
d) escolha de expressão ou palavra que não confira duplo sentido ao texto.
Objetividade
Ser objetivo é ir diretamente ao assunto que se deseja abordar, sem voltas e sem
redundâncias. Para conseguir isso, é fundamental que o redator saiba de antemão qual é a ideia principal e
quais são as secundárias.
Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo texto de alguma
complexidade: as fundamentais e as secundárias. Essas últimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-
las, exemplificá-las; mas existem também ideias secundárias que não acrescentam informação alguma ao
texto, nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas, o que também
proporcionará mais objetividade ao texto.
A objetividade conduz o leitor ao contato mais direto com o assunto e com as informações,
sem subterfúgios, sem excessos de palavras e de ideias. É errado supor que a objetividade suprime a
delicadeza da expressão ou torna o texto rude e grosseiro.
Concisão
A concisão é antes uma qualidade do que uma característica da peça prática. Conciso é o texto
que consegue transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras. Não se deve de forma alguma
entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se deve eliminar passagens substanciais do texto com
o único objetivo de reduzi-lo em tamanho. Trata-se, exclusivamente, de excluir palavras inúteis, redundâncias
e passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.
Detalhes irrelevantes são dispensáveis: o texto deve evitar caracterizações e comentários
supérfluos, adjetivos e advérbios inúteis, subordinação excessiva.
Na peça prática, a concisão é muito bem-vinda na narrativa dos fatos, pois o examinador já
sabe quais são e simplesmente transcrevê-los denota falta de concisão e, até mesmo, de conhecimento
jurídico, como se o candidato quisesse preencher o espaço vazio disponível.
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Por isso, evite transcrever o enunciado do caso apresentado, procure utilizar o espaço “Dos Fatos” para
fazer a subsunção das circunstâncias fáticas à norma penal e processual aplicável. Por exemplo, ao invés de
narrar que “TÍCIO matou JOSÉ por conta de uma briga de bar”, mencione que “TÍCIO, com animus necandi,
por motivo fútil, ceifou a vida da vítima JOSÉ, nos termos do art. 121, § 2º, II, do Código Penal.” Percebe?
Assim o candidato já demonstra conhecimento jurídico logo na narrativa dos fatos.
Coerência e coesão
É indispensável que o texto tenha coesão e coerência. Tais atributos favorecem a conexão, a
ligação, a harmonia entre os elementos de um texto. Percebe-se que o texto tem coesão e coerência quando
se lê um texto e se verifica que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, dando continuidade
uns aos outros.
Alguns mecanismos que estabelecem a coesão e a coerência de um texto são: referência,
substituição, elipse e uso de conjunção.
A referência diz respeito aos termos que se relacionam a outros necessários à sua
interpretação. Esse mecanismo pode dar-se por retomada de um termo, relação com o que é precedente no
texto, ou por antecipação de um termo cuja interpretação dependa do que se segue.
Impessoalidade
A impessoalidade decorre de princípio constitucional (CF, art. 37), e seu significado remete a
dois aspectos: o primeiro é a obrigatoriedade de que a administração pública proceda de modo a não
privilegiar ou prejudicar ninguém, de que o seu norte seja, sempre, o interesse público; o segundo, a abstração
da pessoalidade dos atos administrativos, pois, apesar de a ação administrativa ser exercida por intermédio de
seus servidores, é resultado tão somente da vontade estatal.
A redação oficial é elaborada sempre em nome do serviço público e sempre em atendimento
ao interesse geral dos cidadãos. Sendo assim, os assuntos objetos dos expedientes oficiais não devem ser
tratados de outra forma que não a estritamente impessoal.
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam
das comunicações oficiais decorre:
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo,
de uma peça assinada por Delegado de Polícia, a comunicação é sempre feita em nome do serviço público.
Obtém-se, assim, uma desejável padronização, que permite que as comunicações elaboradas em diferentes
setores da administração pública guardem entre si certa uniformidade;
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação: ela pode ser dirigida a um cidadão,
sempre concebido como público, ou a uma instituição privada, a outro órgão ou a outra entidade pública. Em
todos os casos, temos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal; e
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações
oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural não caber qualquer tom
particular ou pessoal.
Não há lugar na redação oficial para impressões pessoais, como as que, por exemplo, constam
de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário. A redação
oficial deve ser isenta da interferência da individualidade de quem a elabora.
A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos para elaborar os
expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária impessoalidade.
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ENDEREÇAMENTO
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A resposta a esta pergunta é simples: NÃO, por uma simples razão: seu texto precisa ser claro.
A clareza é um dos atributos da redação oficial. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita
imediata compreensão pelo leitor.
Ademais, sugere-se, e assim o fazemos com todas as abreviaturas, que a primeira vez que
mencionar determinada palavra no seu texto escreva-a por extenso, sem abreviaturas, a partir da segunda vez,
permite-se o uso das abreviaturas. Como o endereçamento está localizado logo no início da peça prática,
evidentemente, será a primeira vez que as expressões serão escritas, assim, não abrevie.
Desse modo, apenas a título de exemplo, prefira escrever ‘Código de Processo Penal’ antes de
usar a forma abreviada ‘CPP’. Prefira escrever ‘artigo’ antes de abreviar na forma ‘art.’ Do mesmo modo,
prefira, ao menos no endereçamento, escrever a forma completa das palavras.
NÃO RECOMENDADO:
Exmo. Senhor Min. do Colendo Supremo Tribunal Federal
Excelentíssimo Senhor Desemb. do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado __________/UF.
Exmo. Sr. Juiz de Direito da __ Vara Criminal da Comarca de _______/UF.
RECOMENDADO:
Excelentíssimo Senhor Ministro do Colendo Supremo Tribunal Federal
Excelentíssimo Senhor Desembargador do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado __________/UF.
Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da __ Vara Criminal da Comarca de _______/UF
Bem, essa é uma indagação cuja resposta é polêmica, então, pode ter duas respostas.
Sob o ponto de vista técnico doutor não é pronome de tratamento, mas sim nomenclatura outorgada àqueles
que possuem a titulação acadêmica respectiva.
O Manual de Redação da Presidência da República – MRPR (2018, p. 27) orienta:
“Evite-se o uso de “doutor” indiscriminadamente. O tratamento por meio de Senhor confere a formalidade
desejada.”
No entanto, não raro nos deparamos com manuais de elaboração de peças práticas para
carreira de Delegado e, até mesmo, espelhos de questões de concursos públicos utilizando o famigerado
‘Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito’ (...).
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Ocorre que a praxe forense utiliza bastante "doutor'' como pronome de tratamento para se
referir Delegados, Advogados, Promotores, Juízes, Defensores Públicos etc. A força do hábito, por vezes,
supera a técnica. Assim, o uso comum e diário do doutor como pronome de tratamento acabou por ser
incorporado à nossa língua.
Veja o trecho inicial do espelho da Peça Prática do concurso de Delegado de Polícia Civil do
estado do Mato Grosso do Sul (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura de Mato Grosso do Sul –
FAPEMS - 2017), que além de abreviar as palavras iniciais utilizou doutor:
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Porém, no ano de 2016, a mesma banca, no concurso para Delegado de Polícia Civil do Estado
de Pernambuco, não utilizou a palavra:
Como não existe uniformidade nos espelhos das bancas examinadoras, muito embora
consideremos pouco técnico o uso da palavra doutor como pronome de tratamento, não podemos afirmar que
é errado utilizá-la dessa forma.
Aqui o tema se resolve de forma um pouco mais pragmática, tendo em vista o usual no MRPR
(2018, p. 48), quando nos ensina que "não se deve utilizar texto em caixa alta para destaques de palavras ou
trecho da mensagem, pois denota agressividade por parte do emissor da comunicação.”
Neste caso, prefira utilizar apenas a primeira letra da palavra em maiúsculo. Dessa forma:
O novo acordo ortográfico tornou opcional o uso de iniciais maiúsculas em palavras usadas
reverencialmente, por exemplo para cargos e títulos, como é o caso de Juiz, Desembargador, Ministro etc.
Ademais, os próprios exemplos do MRPR (2018, p. 23) apresentam-se dessa forma ao tratar do
endereçamento. Veja a seguir:
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Neste momento, é importante mencionar que consideramos (na prática forense) forma de
endereçamento o que o MRPR considera como vocativo. Em rigor, correto mesmo seria fazer o
endereçamento desta forma:
Todavia, a fim de não causar estranheza ao examinador, orientamos que não seja usada a
forma acima descrita. Fiquemos com o usual, pois muito embora se assemelhem com os documentos oficiais,
as peças práticas utilizadas no meio forense ganharam características próprias.
Juízo ou Juiz?
Importante traçarmos uma distinção inicial antes de avançar com os aspectos jurídicos do
endereçamento: a diferença entre juiz e juízo.
Juiz(a) é a pessoa investida do Poder Jurisdicional para julgar uma causa. Pode ser o Juiz
togado, membro da Magistratura e investido por meio de concurso público, mas também o jurado, como
ocorre no Tribunal do Júri ou, ainda, juízes leigos, presentes nos Juizados Especiais Cíveis (art. 21, caput, da Lei
9099/05).
Por outro lado, juízo é a somatória do magistrado com os órgãos auxiliares, atuantes sob o
seu comando e, até mesmo, evidentemente sem qualquer hierarquia, o Membro do Ministério Público que
oficia perante aquele juízo.
Notamos o Código de Processo Penal mencionar ora o termo juízo, ora a própria pessoa do
juiz. Vejamos:
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo
competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão
entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.
Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial oficiará ao
Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido
distribuídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.
Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda que no processo da sua
competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que desclassifique a
infração para outra que não se inclua na sua competência, continuará competente em relação aos
demais processos.
Parágrafo único. Reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão ou continência, o juiz, se
vier a desclassificar a infração ou impronunciar ou absolver o acusado, de maneira que exclua a
competência do júri, remeterá o processo ao juízo competente.
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Notamos, destarte, que o termo juízo é mais amplo, e se refere a toda a estrutura que envolve
o órgão julgador, podendo ser um Juiz singular de primeira instância ou um colegiado de juízes.
Vale a pena observar, entretanto, que, às vezes, se emprega uma figura de linguagem
conhecida como metonímia, que consiste em usar uma palavra em lugar da outra, desde que ambas tenham
entre si algum tipo de relação e de proximidade.
E na peça prática, deve-se colocar no endereçamento juiz ou juízo? O mais usual realmente é a
inserção de juiz, porém, considera-se plenamente correto a utilização do juízo, igualmente.
Lembra-se que o art. 319, I, do Novo CPC/15, aplicável subsidiariamente ao Processo Penal,
não mais menciona que a petição deve ser dirigida ao Juiz (como mencionava o art. 282 do revogado
CPC/1973), mas sim ao juízo:
CPC 1973 CPC 2015
Art. 282. A petição inicial indicará: Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida; I - o juízo a que é dirigida; (..)
Competência do juízo
É evidente que a competência do juízo está diretamente relacionada com o endereçamento,
pois a remessa da representação ao órgão julgador competente faz parte da aferição do conhecimento jurídico
que se espera do candidato.
Nesse sentido, é necessário que observemos aspectos previstos na Lei de Organização
Judiciária, o juízo prevento, foro por prerrogativa de função e, mais recentemente, e certamente será o mais
comum doravante, a competência do Juiz das Garantias.
Lei de Organização Judiciária
No que se refere à Lei de Organização Judiciária, é ordinário que a referida legislação disponha
sobre varas especializadas, tais como Varas de Violência Doméstica, Varas de Crimes de Trânsito, Varas de
Crime Organizado etc. Assim, caso haja previsão no Edital do Concurso Público, o concursando deve prestar
atenção nesse detalhe, uma leitura detida da legislação estadual pode render valiosos pontos.
Nesse aspecto, ressalta-se a previsão inserida pela Lei n. 13.964/19 (Pacote Anticrime) na Lei
n. 12.964/12, no que concerne às Varas Criminais Colegiadas, com competência para processo e julgamento
de crimes de pertinência de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à sua disposição;
constituição de milícia privada (CP, art. 288-A) e infrações penais conexas. Veja os artigos acrescentados:
Art. 1º-A. Os Tribunais de Justiça e os Tribunais Regionais Federais poderão instalar, nas comarcas
sedes de Circunscrição ou Seção Judiciária, mediante resolução, Varas Criminais Colegiadas com
competência para o processo e julgamento:
§ 1º As Varas Criminais Colegiadas terão competência para todos os atos jurisdicionais no decorrer da
investigação, da ação penal e da execução da pena, inclusive a transferência do preso para
estabelecimento prisional de segurança máxima ou para regime disciplinar diferenciado.
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§ 3º Feita a remessa mencionada no § 2o deste artigo, a Vara Criminal Colegiada terá competência para
todos os atos processuais posteriores, incluindo os da fase de execução.
Como se nota, até mesmo Resoluções dos Tribunais de Justiça e dos Tribunais Regionais
Federais devem ser consultadas para verificar a existência das Varas Criminais Colegiadas e o correto
endereçamento a elas nos casos pertinentes.
Juiz das Garantias
Como ponto de destaque no chamado Pacote Anticrime (Lei 13.964/2019), sancionado e
publicado pelo Presidente da República no dia 24 de dezembro de 2019, foi positivada a figura do Juiz das
Garantias, justamente visando resguardar a imparcialidade do órgão julgador.
Trata-se de legislação relativamente recente. Mas o certo é que será obrigatório aos
candidatos ao cargo de Delegado de Polícia o conhecimento minucioso da competência do Juiz das Garantias,
pois estreitamente relacionado com o trabalho de investigação policial.
Todas as cautelares e demais decisões relacionadas à investigação na fase pré-processual será
de competência do juiz das garantias, tais como receber comunicação de prisão, decidir sobre o
requerimento/representação de prisões temporárias e preventivas, prorrogação do prazo do inquérito policial,
busca e apreensão domiciliar, interceptação telefônica e vários outros assuntos, conforme tratamento dado
nos artigos 3º-A a 3º-F do CPP.
Como a figura do Juiz das garantias há uma designação para que um magistrado atue
especificamente na fase da investigação preliminar, tendo sua competência encerrada com o recebimento da
denúncia ou queixa.
Conforme art. 3º-B do CPP, ”O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da
investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à
autorização prévia do Poder Judiciário”.
Lembramos o disposto no 3º-C do CPP, na medida em que nos Juizados Especiais Criminais,
cuja competência se restringe aos crimes de menor potencial ofensivo, está afastada a competência do Juiz
das Garantias.
Ocorre que no momento na elaboração desta edição já constavam o ajuizamento de três
Ações Direta de Inconstitucionalidade (6.298, 6.299, 6.300 e 6.305), questionando a constitucionalidade do
Juiz das Garantias, apontando como fundamentos principais os seguintes:
1. A lei nova não previu a criação do Juízo das Garantias no âmbito dos Tribunais, uma vez que o rito
dos inquéritos e das ações penais está disciplinado, para o STJ e STF, nos artigos 1º a 5º da Lei n.
8038/90, que teve sua eficácia estendida para os TJ´s e TRF´s pela Lei 8658/93;
2. Exíguo tempo de vacatio legis (30 dias);
3. Falta de magistrados em número suficientes para divisão entre juiz das garantias e juiz do
julgamento;
4. Vício formal de competência por disciplinar tanto normas gerais quanto à forma de procedimento
em matéria processual, cuja competência da união se restringe a estabelecer normas gerais (CF, §1º do
art. 24), violando a competência concorrente legislativa da União com os Estados (CF, art. 24,XI), já que
a fase processual é caracterizada por normas procedimentais;
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5. No âmbito da Justiça dos Estados cabe ao legislador ordinário estadual, por meio de iniciativa do
Tribunal de Justiça, elaborar a lei que vier a criar, efetivamente, a figura do Juiz das Garantias; no
âmbito da Justiça Federal cabe ao STJ tal iniciativa legislativa, conforme previsão do art. 96, I, “d” e II,
“b” e “d”, da CF;
6. Violação do art. 93, caput, da CF, em razão da criação de classe própria de juiz, com competência
restrita à fase de investigação criminal;
7. Violação do princípio do juiz natural, por ser a jurisdição uma e indivisível (art. 5º, LIII), criando uma
instância interna dentro do 1º grau; entre outros.
Considerando tais argumentos, o Min. Luiz Fux suspendeu sine die a eficácia, ad referendum
do Plenário, da implantação do juiz das garantias e de seus consectários (CPP, arts. 3º-A, 3º-B, 3º-C, 3º-D, 3º-
E e 3º-F), afirmando, ademais, que a concessão dessa medida cautelar não teria o condão de interferir nem
suspender os inquéritos e processos então em andamento, nos termos do art. 10, §2º, da Lei n. 9.868/95.
Assim, deve-se ficar atento ao andamento da decisão de mérito a ser julgada pelo STF.
Juízo prevento
Sempre orientamos nossos leitores e alunos a terem atenção quanto ao juízo prevento, em
caso de já ter sido deferida alguma medida cautelar anteriormente no curso da investigação.
Nesse sentido, caso, por exemplo, o Juízo da 1º Vara Criminal de determinada Comarca tenha
proferido decisão concedendo mandado de busca e apreensão domiciliar, na continuidade das investigações o
mesmo juízo é o destinatário de posterior representação por prisão preventiva relacionada à mesma
investigação, em razão do disposto no art. 69, VI c/c art. 83, todos do CPP:
Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais juízes
igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática
de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da
denúncia ou da queixa.
(2017 – PC-MS – Delegado de Polícia) Após autorização pelo juízo da 1ª Vara Criminal de determinada capital
brasileira para realização de interceptação de comunicações telefônicas, visando a investigação o crime de
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lavagem de dinheiro, colheu-se a informação da prática do crime de tráfico ilícito de drogas por membros da
facção conhecida como “CZN” (Comando Zona Norte), integrada pelos condenados Wesley Ferreira, Daniel
Inocêncio, Lindomar Praxedes e Ribamar das Neves, que cumprem penas pela prática de crime de roubo (art.
157 do Código Penal), há pelo menos 15 anos na mesma cela em Penitenciária Estadual de Segurança Máxima.
Baseado nessas informações foi instaurado novo Inquérito Policial, para apurar eventual prática de tráfico de
drogas e/ou de outros ilícitos. Dos esforços investigativos, inclusive advindos de nova interceptação de
comunicações telefônicas, autorizada pelo juízo da 2ª Vara Criminal desta capital, foi possível compreender
que todo o gerenciamento e a divisão de tarefas são definidos verbalmente entre os suspeitos, no interior do
estabelecimento prisional, bem como se constatou que os referidos reclusos vêm cooptando outros membros,
inclusive não aprisionados, visando integrar a facção e ampliar seu poder de atuação. Não obstante, não foi
possível estabelecer indícios suficientes de autoria e prova cabal da materialidade delitiva, razão pela qual não
se concluiu o Inquérito Policial.
Em face do caso narrado, na qualidade de Delegado de Polícia responsável pela investigação, elabore,
fundamentadamente, a medida pertinente ao caso, visando à constituição de justa causa para o oferecimento
de eventual ação penal.”
Note que no caso proposto acima pela Banca o juízo competente para análise da nova medida
cautelar não era prevento, pois relacionada a instauração de novo inquérito policial, visando a apuração de
outros crimes que não foram objeto inicial da investigação. Deveria ser endereçada, então, a representação ao
“Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da 2º Vara Criminal de Determinada Capital Brasileira.”
Talvez ocorra a menção de dois juízos, mas um relacionado ao primeiro grau e outro
relacionado a determinado investigado com foro por prerrogativa de função.
Modelos de endereçamento
STF
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Ministro(a) Presidente da ____ Turma - Egrégio Supremo Tribunal Federal.
STJ
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TSE
STM
TRF
TRE
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Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) Eleitoral Membro do Colendo Tribunal Regional Federal de(a/o)
____/UF.
PRIMEIRA INSTÂNCIA
Varas Colegiadas
Excelentíssimo Senhor Juiz Presidente da Vara Criminal Colegiada de Crime Organizado da Comarca de
____________/UF.
Excelentíssimo(a) Juiz(a) Presidente da _____ Turma Recursal dos Juizados Especiais (Cíveis e) Criminais
do Estado de(a/o) ____/UF.
Ao Juízo da Presidência da _____ Turma Recursal dos Juizados Especiais (Cíveis e) Criminais do Estado
de(a/o) ____/UF .
Juízos singulares
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) Federal do Juizado Especial Federal da __ Vara Federal da Seção
Judiciária de _______/UF.
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MINISTÉRIO PÚBLICO
Impende mencionar, considerando o teor do art. 28 do CPP, com redação dada pela Lei n. 13.964/19,
que modificou consideravelmente a sistemática de remessa dos autos do inquérito policial, embora sua
eficácia esteja suspensa pelo STF, há possibilidade de endereçamento do Relatório Final de Inquérito Policial
ao Ministério Público. Veja a nova redação (suspensa pelas ADIs 9.298, 9.299 e 9.300) do art. 28 do CPP:
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(Oficia perante o STF, STJ, TSE (por delegação) e nas Câmaras de Coordenação e Revisão - art. 66 da LC
75/93)
(Oficia nos processos de competência originária dos TJs – art. 29 da Lei 8.625/93)
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Promotor(a) de Justiça que Oficia perante o Juiz das Garantias da Comarca
de _______/UF.
Caso haja efetiva implantação do juiz das garantias, deve-se acrescentar nos endereçamentos
logo após a palavra ‘Juiz(a)’a expressão ‘das Garantias’. Assim:
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) de Direito das Garantias da __ Vara do Tribunal do Júri da Comarca
de _______/UF
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Finalmente, cumpre salientar que, com o avanço dos meios tecnológicos de transmissão de
dados, os modelos de peças tendem a ficar circunscritos a plataformas padronizadas, com comunicação on-
line entre a Polícia e o Poder Judiciário.
A necessidade, contudo, de raciocinar soluções que atendam o caso concreto é insubstituível
e, obrigatoriamente, passa pelo Delegado de Polícia.
Desse modo, ao abordar determinado tema, mostra-se interessante que o profissional jurista
ou candidato a um cargo público adote essa mesma ordem de fundamentação, inserindo num primeiro
momento as normas constitucionais e convencionais para, posteriormente, descer às minúcias dos demais
diplomas normativos nacionais, constituições e leis estaduais e atos infralegais.
Assim, além de ser uma forma de verificar possíveis vícios de constitucionalidade das normas
inferiores, a estrutura textual tem maiores chances de ficar clara, objetiva e harmoniosa.
Caso se trate de peça elaborada pelo Delegado de Polícia, é imprescindível que o preâmbulo
faça referência à Lei n. 12.830/13, que dispõe sobre a investigação criminal conduzida por esse profissional.
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Exemplificando:
Com fulcro no art. 5º, inciso XI, da CF/88 c/c art. 11.2, do Pacto São
José da Costa Rica e arts. 240, 241, 242 e seguintes do Código de Processo Penal,
em relação ao domicílio ao final indicado, onde reside [...]
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SIMULADOS
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SIMULADO 01
No dia 10 de dezembro de 2020, por volta das 21 horas, uma guarnição da Polícia Militar,
comandada pelo 3º SGT/PM SOUSA, composta por quatro Policiais, foi acionada para atender uma
ocorrência de roubo, que estava acontecendo no estabelecimento comercial denominado PEGUE &
LEVE, localizado no Município paraense de Cametá. Ao chegar ao local dos fatos, os Policiais Militares
avistaram dois indivíduos, ambos armados com armas de fogo e, mesmo após os Policiais
determinarem que se entregassem, os indivíduos efetuaram vários disparos na direção dos militares,
mas nenhum Policial foi atingido.
De posse das imagens, a Autoridade Policial percebeu que a versão dos militares não
correspondia à verdade completa dos fatos. Os militares, por sua vez, notando a possibilidade de
responder criminalmente por homicídio, alegaram que a atribuição para investigar e instaurar
inquérito policial era da própria Polícia Militar, por meio de inquérito policial militar, conforme
recente decisão do Supremo Tribunal Federal, retirando-se todos da delegacia em seguida.
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SIMULADO 02
Conforme narrou LINDALVA, era comum levar sua filha para a casa do então Prefeito e,
somente agora, em 2020, após sua mãe ter sido demitida, a vítima teve coragem de contar ter sido
sucessivamente submetida a sevícias e que, inclusive, as relações sexuais eram gravadas e
armazenadas por DIONÍSIO. CÍNTIA narrou à sua genitora, também, que DIONÍSIO lhe confidenciou
ter mantido relações sexuais com outras meninas, inclusive mostrou alguns vídeos a ela, com a
finalidade de convencê-la a manter a mesma prática com ele.
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SIMULADO 03
No dia 10 de janeiro de 2021, por volta das 02h da madrugada, após JAIR e sua
namorada CHAIENE saírem de uma festa na cidade de CURITIBA/ PR, quando estavam indo em
direção ao carro do casal, foram perseguidos por dois indivíduos em uma motocicleta, ocasião em
que um deles saltou da garupa do veículo e, de arma em punho, anunciou um roubo, exigindo que as
vítimas deitassem no chão com as mãos na cabeça. CHAIENE, bastante nervosa, logo obedeceu às
determinações do criminoso, entregando sua bolsa, que continha um aparelho celular e a quantia
aproximada de R$ 300,00 (trezentos reais), além do seu relógio, um colar e um par de brincos,
ambos em ouro. Já JAIR, indignado com situação, recusou-se a deitar no chão, tentando argumentar
com os dois indivíduos e, ato contínuo, travou luta corporal com um deles, no entanto, acabou sendo
dominado e alvejado com dois disparos de arma de fogo, um atingiu sua perna e o outro o coração,
culminando no seu óbito quase que imediato. Após a morte da vítima JAIR, os dois indivíduos
empreenderam fuga do local levando consigo os bens subtraídos de CHAIENE.
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SIMULADO 04
No dia 26 de fevereiro de 2021, por volta das 15 horas, RICARDO estava em seu local de
trabalho, uma empresa do ramo de construção civil, juntamente com MARIA. Como se tratava de uma sexta-
feira, final de mês, na ocasião havia uma soma considerável em dinheiro na sede da empresa, pois comumente
os servidores são pagos em dinheiro nesse período.
Ademais, inexplicavelmente, o circuito de filmagens da empresa havia sido desligado dois dias
antes do crime. Continuando as diligências, logrou-se êxito colher imagens do circuito de filmagens de um
estabelecimento comercial localizado às adjacências da sede da empresa, sendo possível identificar a placa da
motocicleta utilizada no crime, prefixo KTZ-1200, cadastrada em nome de JOSÉ DA SILVA, residente à Av. Rio
Amazonas, n. 1234, Bairro Central, Belém/PA. Ante tais informações, os Policiais Civis passaram a fazer
vigilância nas proximidades da residência, quando filmaram JOSÉ DA SILVA e RICARDO conversando em frente
ao imóvel.
Assim, relatado o fato à Autoridade Policial, esta representou pela quebra de sigilo de dados
telefônicos de RICARDO. Deferido o pedido pelo juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém/PA, restou
comprovado pelo extrato telefônico várias ligações recebidas e efetuadas entre JOSÉ e RICARDO, inclusive
minutos antes do crime. Nesse ínterim, MARIA procurou a Delegacia e narrou que RICARDO lhe confidenciou
que iria pedir demissão nos próximos dias e fazer uma viagem.
No entanto, MARIA percebeu que ele havia trocado de telefone, adquirindo um modelo de
última geração, avaliado em mais de R $10.000,00 (dez mil reais). Quando ela o confrontou e procurou saber
como ele tinha adquirido um celular tão caro, ele disse para ela ficar calada e não se intrometer na vida dele,
senão iria se arrepender.
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SIMULADO 05
No dia 17 de janeiro de 2019, por volta das 22h, DANIEL VENTURA, Deputado Federal pelo
Estado do Espírito Santo, de 25 anos de idade, capaz e habilitado, estava trafegando em via pública com seu
veículo GM CAMARO, placa IAM-0007 e, em determinado trecho da via pública, próximo de uma boate, iniciou
manobras exibicionistas, tais como frenagens bruscas, derrapagens, utilizando o citado veículo, no entanto,
perdeu o controle do automóvel e acabou atingindo uma mulher que estava às margens da via, causando-lhe o
óbito.
Após perceber que a vítima havia falecido, a fim de não ser identificado pelas pessoas que ali
estavam, DANIEL VENTURA empreendeu fuga no veículo. Populares que Presenciaram o fato, no entanto,
ligaram para a Polícia Militar, a qual compareceu local e, após colher informações sobre as características do
condutor e do veículo envolvido, inclusive a placa, realizou breves diligências logrando êxito localizar DANIEL
VENTURA ainda na condução do automóvel.
Ao ser abordado pelos Policiais, DANIEL VENTURA estava bastante alterado, ocasião em que se
identificou como parlamentar, alegou que não poderia ser preso, bem como xingou um dos policiais de
“merdinha fardado”. Ciente que DANIEL era, de fato, um parlamentar, os policiais militares não o prenderam,
nem tampouco o apresentaram na Delegacia de Polícia.
Após alguns dias, o laudo pericial foi acostado aos autos do procedimento investigativo, sendo
constatado que o veículo estava com velocidade aproximada de 120 km/h no momento do atropelamento
uma via de velocidade máxima de 50 Km/h, assim como que houve morte instantânea da vítima.
Na qualidade de Delegado de Polícia responsável pelo caso, elabore a peça adequada caso
apresentado, datando no último dia do prazo, respondendo seguintes questionamentos:
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SIMULADO 06
Em uma investigação policial chefiada pelo Delegado de Polícia Civil OPERACIONAL, integrante
de uma Delegacia Especializada da Polícia Civil do Estado do Espírito Santo, descobriu-se que os indivíduos
ATLAS, BAÍA, CAIO, além de outros três desconhecidos, tinham cometido diversas infrações penais, motivo
pelo qual foi instaurado o IP n. 100/2019 – DE.
Durante as investigações ficou claro que os indivíduos acima mencionados estavam envolvidos
em diferentes eventos criminosos em que havia uso de artefatos explosivos contra terminais de
autoatendimento bancário, para posterior subtração de valores vultosos dinheiro desses equipamentos.
Sabe-se, ainda, que ATLAS é o líder do bando, contudo, as investigações não estão avançando
devido à perspicácia dele, havendo, ainda, diversas provas e elementos de informação a serem colhidos para
lastrear melhor possível futura ação penal, inclusive identificação dos demais membros do grupo.
Ocorre que durante a última ação do bando, um dos investigados deixou cair um aparelho
celular no local do evento. Com a devida autorização do juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Vitória/ES, os
investigadores tiveram acesso constante no aparelho móvel e lograram êxito identificar um grupo virtual em
determinado aplicativo de troca de mensagens no qual os criminosos comunicam.
Assim, soube-se que o grupo iria cometer um furto, tendo como objeto explosivos da pedreira
MINERA BEM, no dia 17 de agosto do corrente ano. Artefatos com os quais pretendem dar continuidade aos
seus crimes. Ademais, com a relação de contatos constante no aparelho celular apreendido foi possível
identificar as linhas telefônicas 27 9999-9999 e 27 8888-8888 utilizadas, respectivamente, por ATLAS e CAIO.
Com base nessas informações elabore, na condição de Delegado de Polícia presidente do IP,
a peça cabível para o sucesso das investigações, abordando, necessariamente, os seguintes itens:
2) Qual(is) medida(s) cautelar(es) pode(m) ser implementada(s) diante dos fatos narrados?
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SIMULADO 07
Descobriu-se pelas investigações, que os indivíduos possuíam um líder, conhecido apenas como
NEOSEXY, apelido virtual utilizado por ele, que era quem organizava a troca de mensagens e frequência dos
encontros virtuais entre todos os integrantes. Soube-se, ainda, que os integrantes observavam menores de
idade de ambos os sexos em redes sociais e logo em seguida entravam em contato com eles, logrando êxito,
após estabelecerem a confiança, em obter fotografias com cenas nitidamente pornográficas, inclusive com
exposição de órgãos genitais dos menores.
Em determinado vídeo, obtido por meio da apresentação dos pais de uma das vítimas na
Delegacia, foi possível notar que a menor, de 13 anos de idade, ficou nua em cima da cama, posando para o
interlocutor que estava online, na ocasião dos fatos, interagindo com ela e satisfazendo sua lascívia. Em outro
material obtido pela Polícia Civil, o exame pericial determinou que foram feitas diversas montagens com os
vídeos dos menores, simulando a participação de crianças em cena de sexo explícito.
Considerando os elementos acima descritos, sem criar fatos novos, elabore a Peça
Prática, na condição Delegado de Polícia responsável pelo caso, abordando, necessariamente, os
seguintes itens:
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ESPELHOS
DOS
SIMULADOS
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NOTA NOTA
Item RESPOSTA ESPERADA
MÁXIMA ATRIBUÍDA
Estrutura da Peça e denominação correta:
01 09
PORTARIA DE INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL
Preâmbulo corretamente exposto, com menção aos artigos da Constituição Federal (art. 144, §4º),
02 do Código de Processo Penal (art. 4º, 5º,I), da Lei 12.830/13 e da Constituição Estadual, os quais 10
dão legitimidade ao Delegado de Polícia para investigação.
Tipificação dos crimes cometidos, em tese, pelos Policiais Militares:
Homicídio qualificado pelo meio que tornou impossível a defesa da vítima - art. 121, § 2º, IV, do
03 15
CP c/c art. 71 do CP (duas vezes);
Abuso de autoridade - art. 23, da Lei n. 13.869/19.
Exposição da posição majoritária doutrinaria que defende a impossibilidade de lavratura de APF
04 15
em caso de apresentação espontânea.
Deveria ser argumentado pela atribuição da Polícia Judiciária Civil para apurar e instaurar inquérito
05 policial, com vistas à competência do Tribunal do Júri para processar e julgar crimes dolosos contra 15
vida praticados por Militares Estaduais contra civis (art. 125, § 4º, da CF/88).
Providências:
1) Juntem-se aos autos os depoimentos declinados pelos policiais militares, pelo
proprietário do estabelecimento denominado PEGUE & LEVE, confeccionando-
se boletim de ocorrência;
2) Acoste-se aos autos as imagens dos fatos, encaminhando-as a exame pericial (CPP, art.
6º, III);
3) Lavre-se termo de apresentação e apreensão das armas apresentadas pelos policiais
militares, consignando que foram entregues nesta unidade policial, conquanto deveriam
ter sido mantidas no local dos fatos para realização da perícia técnica (CPP, art. 6º, II);
4) Encaminhem-se as armas apreendidas ao Instituto de Criminalística/POLITEC,
requisitando exames periciais pertinentes, sobretudo de potencialidade lesiva,
recenticidade de disparos e outros cabíveis (CPP, art. 6º, VII);
5) Oficie-se ao Instituto de Criminalística/POLITEC, requisitando exame necroscópico nos
corpos de JOÃO e JOSÉ (CPP, art. 6º, VII c/c art. 162);
6) Oficie-se ao Instituto de Criminalística/POLITEC, requisitando exame pericial a ser
realizado no local de morte violenta, onde se deram os fatos (CPP, art. 6º, VII c/c art.
164 e 165);
7) Expeça-se Ordem de Missão aos Agentes desta Unidade Policial, determinando o
06 comparecimento ao local dos fatos, a fim de manter sua preservação, bem como o início 26
de investigações visando obter informações a respeito de eventuais testemunhas que
tenham presenciado os fatos e demais elementos pertinentes ao seu completo
esclarecimento (CPP, art. 6º, I, III);
8) Oficie-se ao Comando da Polícia Militar do Município de Cametá, no Estado o Pará,
requisitando a apresentação das armas utilizadas pela guarnição comandada pelo
SGT/PM SOUSA, a fim de encaminhá-las a exame pericial;
9) Notifiquem-se os investigados da instauração do presente inquérito policial para que,
querendo, constituam defensor, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, nos termos
do art. 14-A do CPP. Transcorrido o prazo a que alude o artigo mencionado sem
constituição de defensor, oficie-se ao Comando da Polícia Militar do Estado do Pará, a
fim de que indique defensor para representação dos investigados (CPP, art. 14-A, § 2º);
10) Prossigam- as providências pertinentes, juntando todos os elementos necessários ao
completo esclarecimento dos fatos. Após, voltem-me conclusos os autos para ulteriores
determinações.
11) CUMPRA-SE
12) Cametá, 10 de dezembro de 2020.
7 Capacidade de argumentação 10
TOTAL 100
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NOTA NOTA
Item RESPOSTA ESPERADA
MÁXIMA ATRIBUÍDA
ENDEREÇAMENTO:
01 05
Juízo de Primeira Instância da Vara Criminal da Comarca de Mossoró/RN
Referência:
02 10
IP n. 100/DEAM -2020 e incidência penal
Preâmbulo corretamente exposto, com menção aos artigos da Constituição Federal (art. 5º,
03 XI e art. 144, § 4º); art. 90, § 1º, da Constituição do Estado do Rio Grande do Norte, arts. 6º, 05
282, § 2º, 240, 241 do CPP e Lei 12.830/13.
Estrutura da Peça e denominação correta:
04 05
REPRESENTAÇÃO POR BUSCA E APREENSÃO
6.3 1. Art. 217-A do CP c/c art. 1º, VI, da Lei n. 8072/90 (estupro de vulnerável); 16
2. Arts. 240 do ECA;
3. 241-B do ECA;
4. 241-D, parágrafo único, I, do ECA.
BUSCA E APRESSÃO DOMICILIAR:
1. Demonstração da necessidade e adequação da medida (art. 282, I e II, do CPP);
2. Indicação precisa dos bens/objetos da busca e apreensão: dispositivos de
6.4 armazenamento, tais como celulares, notebooks, computadores, CDs, DVDs, 15
filmadoras, HDs, pendrives etc.
3. Menção dos artigos aplicáveis (art. 5º, XI, da CF c/c art. 6º, 282, § 2º, 240, 241 e
242 do CPP).
4. Menção que se trata de fatos novos ou contemporâneos (art. 315, § 1º, do CPP)
9. PEDIDO
1. Representação pela concessão de Mandado de Busca e Apreensão na residência
7.1 do investigado DIONÍSIO. 10
2. Pedido de deferimento inaudita altera pars (art. 282, § 3º, do CPP).
LOCAL E DATA
08 02
Mossoró, 30 de dezembro de 2020
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NOTA NOTA
Item RESPOSTA ESPERADA
MÁXIMA ATRIBUÍDA
ENDEREÇAMENTO:
01 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca 05
de Curitiba/PR.
Referência:
IP n. ___/2021 – 1 ª Delegacia de Polícia/CR
02 05
Incidência Penal: art. 157, § 3º, II, do CP c/c art. 1º, inciso II, alínea “c”, da Lei n.
8.072/90.
Preâmbulo corretamente exposto, com menção aos artigos da Constituição
Federal (art. 5º, XI e art. 144, § 4º); do Código de Processo Penal (arts. 6º, 282, §
03 05
2º, 240, 241 do CPP); da Lei 12.830/13; art. 47 da Constituição do Estado do
Paraná; Lei n. 7.960/89 e Lei n. 8.072/90.
Estrutura da Peça e denominação correta:
04 05
REPRESENTAÇÃO POR BUSCA E APREENSÃO C/C PRISÃO TEMPORÁRIA
05 Narrativa sucinta dos fatos que demonstram a necessidade da cautelar 05
6 FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA GERAL
Fumus Comissi Delicti – Latrocínio art. 157, § 3º, II, do CP c/c art. 1º, inciso II, alínea
6.1 10
“c”, da Lei n. 8.072/90
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Solicitação que a medida seja concedida inaudita altera pars, nos termos do § 3º
7.3 do art. 282 do CPP e de oitiva do Ministério Público, conforme o § 1º do art. 2º 05
da Lei n. 7.960/89.
08 LOCAL E DATA: Curitiba, __ de ____ de 2021. 02
09 Delegado de Polícia Civil/ 1ª DP/CR 03
10 Capacidade de argumentação 05
TOTAL 100
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NOTA NOTA
Item RESPOSTA ESPERADA
MÁXIMA ATRIBUÍDA
ENDEREÇAMENTO:
01 05
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) de Direito da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém/PA.
Referência:
02 IP n. 71/2021 05
Incidência Penal: art. 157, § 2º, II, do CP
Preâmbulo corretamente exposto, com menção aos artigos da Constituição Federal (art. 5º, XI e
03 LIX; art. 144, § 4º); do Código de Processo Penal (arts. 6º, 282, § 2º, 240, 241 do CPP); Lei 05
12.830/13; art. 194 da Constituição do Estado do Pará; Lei n. 7.960/89;
Estrutura da Peça e denominação correta:
04 05
REPRESENTAÇÃO POR BUSCA E APREENSÃO C/C PRISÃO TEMPORÁRIA
05 Narrativa sucinta dos fatos que demonstram a necessidade da cautelar 05
6 FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA GERAL
Fumus Comissi Delicti – Roubo majorado pelo concurso de pessoas art. 157, 2º, II, do CP (JOSÉ DA
10
SILVA); art. 157, 2º, II, c/c art. 29 do CP (RICARDO)
6.1
Fundamentação da gravidade concreta do delito e fatos novos ou contemporâneos (art. 315, §
05
1º, do CPP)
Representação pela concessão de Mandado de Busca e Apreensão no endereço situado à Av. Rio
7.2 05
Amazonas, n. 1234, Bairro Central, Belém/PA, onde reside o suspeito JOSÉ DA SILVA.
Representação pela decretação da prisão temporária de RICARDO e JOSÉ DA SILVA, por 05 dias,
7.1 05
nos termos da Lei n. 7.960/89
Solicitação que a medida seja concedida inaudita altera pars, nos termos do § 3º do art. 282 do
7.3 05
CPP.
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NOTA NOTA
RESPOSTA ESPERADA MÁXIMA ATRIBUÍDA
Item
Endereçamento/Encaminhamento para:
Excelentíssimo Juiz __ Vara Criminal da Comarca de ______________- ES
Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou
competição automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de
veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à
incolumidade pública ou privada:(...)
No caso exposto na questão, nota-se que houve homicídio culposo no trânsito, pois DANIEL
VENTURA agiu com imprudência, elemento da culpa. Nesse aspecto, cumpre salientar aplicável
ao caso a culpa consciente, que consiste na crença por parte do agente que, embora previsível
o resultado, este não ocorreria.
Por o §2º do art. 308 do CTB ser mais específico, ele aplica-se ao caso proposto, pois da
conduta do investigado, praticar manobras exibicionistas, decorreu a morte da vítima.
Seria pertinente a imputação de homicídio doloso, a título de dolo eventual, se tivessem sido
mencionados outros fatos agregadores, a exemplo da ingestão de álcool.
Oportunamente, cita-se trecho da jurisprudência do STF:Verifica-se a existência de dolo
eventual no ato de dirigir veículo automotor sob a influência de álcool, além de fazê-lo na
contramão. Esse é, portanto, um caso específico que evidencia a diferença entre
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a culpa consciente e o dolo eventual. O condutor assumiu o risco ou, no mínimo, não se
preocupou com o risco de, eventualmente, causar lesões ou mesmo a morte de outrem. STF. 1ª
Turma. HC 124687/MS, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em
29/5/2018 (Info 904).
3) Evasão do local do acidente – art. 305, do CTB
Tendo em vista que o enunciado narra que DANIEL VENTURA empreendeu fuga no veículo para
não ser identificado pelas pessoas que ali estavam, fugindo da responsabilidade penal que lhe
podia ser atribuída, configurado o crime do art. 305, do CTB, mesmo que tenha havido morte
instantânea da vítima, conforme jurisprudência recente.
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade
penal ou civil que lhe possa ser atribuída:
A regra que prevê o crime do art. 305 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é constitucional,
posto não infirmar o princípio da não incriminação, garantido o direito ao silêncio e ressalvadas
as hipóteses de exclusão da tipicidade e da antijuridicidade. STF. Plenário. RE 971959/RS, Rel.
Min. Luiz Fux, julgado em 14/11/2018 (repercussão geral) (Info 923).
Doutrina:
“(...) o condutor, uma vez verificado o acidente, simplesmente abandona o local, não
aguardando a realização das providências de identificação dos veículos, dos condutores, e
demais anotações, a cargo da autoridade de trânsito, e mesmo dos outros envolvidos.”
(RIZZARDO, Arnaldo. Comentários ao Código de Trânsito brasileiro. 9ª ed., São Paulo: RT, 2013,
p. 627).
No que tange ao crime de omissão de socorro (art. 304, do CTB), importante mencionar que é
crime subsidiário, notando-se do preceito secundário, quando diz “se o fato não constitui
elemento de crime mais grave.” Assim, como DANIEL VENTURA foi atuado pelo §2º do art. 308,
mais grave, resta prejudicada a configuração do tipo previsto no art. 304, do CTB.
Com pequenas variações, a maior parte dos autores especializados defende que a prisão em
flagrante possui algumas fases, a saber: 1) Prisão-captura – fazer cessar a atividade criminosa;
2) Prisão-condução - conduzir o suspeito coercitivamente perante a presença da Autoridade
Policial; 3) Prisão audiência preliminar e leitura das garantias; 4) Prisão lavratura do auto de
prisão em flagrante; 5) Recolhimento ao cárcere e, 6) Comunicação da prisão ao juiz;
Explicação da decisão do STF que considerou não recepcionado parte do art. 260 do CPP, no
que tange ao condução coercitiva para fins de interrogatório, contudo, há possibilidade de
condução coercitiva para fins de qualificação pessoal ou outro ato que não possa sem ele ser
realizado, a exemplo do reconhecimento pessoal.
9. 10
Explicação que o não comparecimento o investigado foi injustificado, uma vez que de acordo
com art. 221 do CPP (aplicado por analogia na fase do IP), somente na qualidade de
testemunha poderia escolher local e data para ser inquirido.
DATA:
18 de fevereiro de 2019 (prazo de 30 dias para conclusão do IP com investigado solto,
10 conforme art. 10 c/c art. 798, §1º, do CPP). 05
TOTAL 100
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NOTA NOTA
Item RESPOSTA ESPERADA
MÁXIMA ATRIBUÍDA
ENDEREÇAMENTO:
01 05
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE VITÓRIA/ES
IP n. 100/2019-DE
Preâmbulo corretamente exposto, com menção aos artigos da Constituição Federal (art. 144, §4º),
02 da Lei 12.850/13 (art. 3º, incisos III e V e art. 8º), Lei 9.296/96 (art. 3º, I), da Lei 12.830/13 (art. 2º, 05
1º) e da Constituição Estadual (art. 128, §§ 2º, 3º e 6º), os quais dão legitimidade ao Delegado de
Polícia para investigar, bem como representar por Interceptação Telefônica e comunicar a Ação
Controlada.
REPRESENTAÇÃO POR INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA CUMULADA COM COMUNICAÇÃO DE AÇÃO
03 05
CONTROLADA
04 NARRATIVA DOS FATOS PRINCIPAIS 05
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Legislação aplicável ao caso:
Este é o local adequado para mencionar que o grupo investigado preenche os requisitos para
configuração uma organização criminosa, com associação estável de 4 pessoas ou mais, hierarquia,
divisão de tarefas, cometimento de infrações penais com penas máximas superiores a 4 anos e
objetivo de obtenção de vantagem, conforme conceito legal trazido pelo § 1º do art. 1º da Lei n.
12.850/13. Menção à Lei 9.296/96, que regula a interceptação telefônica
CRIMES COMETIDOS
Organização Criminosa armada –art. 2º, §2º, da Lei 12.850/13.
05
Furto Qualificado pelo emprego de explosivos – Art. 155, §4º-A, do CP.
10
Resistência Qualificada – §1º do art. 329, do CP - Considerando que o enunciado da questão não
mencionou a intenção dos criminosos ao disparar contra os policiais, nem mesmo se os disparos
foram na direção deles; considerando que não restou nenhuma vítima ferida; levando-se em conta
os julgados constantes noHC 495979 RJ/ 2019 –STJ e RHC 100625 / MG – 2018 STJ, que, em
situação similar houve tipificação da conduta de disparar contra Policiais como crime de
resistência, mais adequada ao caso essa tipificação. Deve-se aplicar ao evento o § 1º do art. 329,
do CP, pois, na ocasião da resistência nenhum indivíduo foi preso.
Também será aceita a tipificação em tentativa de homicídio contra os Policiais Militares - Art. 121,
§2º, V, VII c/c art. 14, II, do CP, qualificado pela conexão consequencial ou causal (assegurar a
execução de outro crime), tendo como vítimas autoridades descritas no art. 144 da CF/88.
DA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
Alusão que a Lei 12.850/13, que trata sobre meios de obtenção de prova durante a investigação de
organizações criminosas, prevê a interceptação telefônica (art. 3º, V) como medida cabível.
Citação aos requisitos da interceptação telefônica, previstos na Lei 9.9296/96, quais sejam (art. 2º,
a contraio sensu):
Demonstração dos requisitos gerais das medidas cautelares, quais sejam: fumus commissi delicti
(indícios da prática dos crimes investigados) e o periculum in mora, considerando possível prejuízo
para a investigação em caso de não deferimento da medida, sobretudo pela impossibilidade de em
momento posterior efetuar gravações para lastrear os autos do IP com indícios suficientes de
autoria e materialidade e, por consequência, a futura ação penal.
DA COMUNICAÇÃO DA AÇÃO CONTROLADA
O art. 8º, da Lei 12.850/13 possibilita a ação controlada, retardando a ação da polícia (possível
prisão em flagrante) durante o furto de explosivos que ocorreria, de modo a assegurar a eficácia
da investigação e obtenção de provas sobre a identidade de todos os envolvidos.
O aluno deveria informar ao juiz que encaminhará auto circunstanciado da diligência (art. 8º, §4º),
6.2 bem como que a equipe policial realizará o acompanhamento e observação contínua dos 10
integrantes da organização criminosa.
Observação: determinado trecho o enunciado revela que tinham diversas provas e elementos de
informação a serem colhidos, inclusive identificação dos demais membros do grupo. Assim, não
era indicado para as circunstâncias da investigação a representação por prisão cautelar, já que o
furto de explosivos possibilita à Polícia obter maiores informações sobre a identidade de todos os
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membros da organização e colher mais indícios de autoria e materialidade, conforme art. 8º, da Lei
12.850/13. Deste modo, a prisão de qualquer membro do grupo ocorrida precipitadamente
poderia frustrar o complemento desmantelamento da organização investigada.
O aluno também NÃO deveria solicitar ou representar pela autorização para Ação Controlada, já
que a lei menciona apenas a prévia comunicação ao juízo competente (art. 8º, §1º).
7 PEDIDO (modelo de pedido de Interceptação Telefônica)
Considerando, assim, que o art. 1.º da Lei n.o 9.296/1996 autoriza a interceptação de
comunicações telefônicas de qualquer natureza para prova em investigação criminal e em
instrução processual penal, e que o fato ora investigado constitui crime de natureza grave, não
havendo outros meios de prova disponíveis no sentido de demonstrar a autoria dos delitos sob
investigação, REPRESENTA-SE a Vossa Excelência pela expedição de ofício único, com força de
Mandado Judicial, direcionado às prestadoras de serviços de telefonia BRASIL TELECOM, CLARO,
TIM, VIVO, OI/TELEMAR, GVT, EMBRATEL e NEXTEL, determinando:
Solicita-se, por fim, a remessa das informações descritas nesta representação à autoridade policial
requerente, informando, desde já, que, nos termos do art. 6.º, § 1.º, da Lei n.o 9.296/1996, se for
deferida a medida aqui requerida, as gravações das comunicações eventualmente interceptadas
serão transcritas e acompanharão, em apenso, os autos do inquérito policial competente.
COMUNICAÇÃO da ação controlada nos termos dos fundamentos jurídicos já delineados na
fundamentação jurídica e comunicação ao MP (§3º do art. 8º da Lei n. 12.850/13). (Como não se
trata de um pedido, poderia ser omitido nesse campo, desde que houvesse fundamentação
05
7.2 jurídica a respeito na segunda parte da peça).
OPERACIONAL
09 05
Delegado de Polícia Civil - DE
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NOTA NOTA
Item RESPOSTA ESPERADA MÁXIMA ATRIBUÍDA
Endereçamento:
01 Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da ___ª Vara Criminal da Comarca de Vitória/ES 05
Referência:
02 IP n. ____/____ 05
Incidência Penal: Arts. 240, 241-A e 241-C, do ECA; Art. 217-A, do CP.
Preâmbulo corretamente exposto, com menção aos artigos da Constituição Federal (Art. 144, §4º e
227, 4º); da Lei 12.830/13 (art. 2º, §1º); da Constituição do Estado do Espírito Santo (art. 128, §§ 05
03 2º, 3º e 6º); do Código de Processo Penal (art 4º.); da Lei 8.069/90 (art. 190-A, II), os quais dão
legitimidade ao Delegado de Polícia para investigar, bem como representar pela INFILTRAÇÃO DE
AGENTES; ainda, alusão ao art. 190-A – 190-E, do ECA.
Nome da peça:
04 INFILTRAÇÃO DE AGENTE DE POLÍCIA NA INTERNET/VIRTUAL 05
5. Diante de tal contexto, no caso concreto, não foi preenchido o requisito estabelecido pela
Corte Suprema de que a postagem de conteúdo pedófilo-pornográfico tenha sido feita em
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Organização criminosa – art. 2º, caput, da Lei 12.850/13, considerando a hierarquia, estrutura,
crimes com penas maiores que 04 anos e obtenção de vantagens (de natureza sexual).
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de
sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente:
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer
meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro
registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou
adolescente:[...]
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze)
6.2 anos: [...] 25
Jurisprudência selecionada:
RECURSO EM HABEAS CORPUS. ESTUPRO DE VULNERÁVEL EM CONTINUIDADE DELITIVA.
TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA E ATIPICIDADE DA CONDUTA.
CONTEMPLAÇÃO LASCIVA DE MENOR DESNUDA. ATO LIBIDINOSO CARACTERIZADO. TESE
RECURSAL QUE DEMANDA REEXAME FÁTICO-PROBATÓRIO. AUSÊNCIA DE FLAGRANTE
ILEGALIDADE. RECURSO DESPROVIDO.
O Parquet classificou a conduta do recorrente como ato libidinoso diverso da conjunção carnal,
praticado contra vítima de 10 anos de idade. Extrai-se da peça acusatória que as corrés teriam
atraído e levado a ofendida até um motel, onde, mediante pagamento, o 15acusado teria
incorrido na contemplação lasciva da menor de idade desnuda.
Discute-se se a inocorrência de efetivo contato físico entre o recorrente e a vítima autorizaria a
desclassificação do delito ou mesmo a absolvição sumária do acusado.
A maior parte da doutrina penalista pátria orienta no sentido de que a contemplação lasciva
configura o ato libidinoso constitutivo dos tipos dos arts. 213 e 217-A do Código Penal - CP,
sendo irrelavante, para a consumação dos delitos, que haja contato físico entre ofensor e
ofendido.(RHC 70.976/MS, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em
02/08/2016, DJe 10/08/2016)
Doutrina selecionada:
Rogério Sanches explica que é desnecessário o contato físico:
“De acordo com a maioria da doutrina, não há necessidade de contato físico entre o autor e a
vítima, cometendo o crime o agente que, para satisfazer a sua lascívia, ordena que a vítima
explore seu próprio corpo (masturbando-se), somente para contemplação (tampouco há que se
imaginar a vítima desnuda para a caracterização do crime- RT 429/380).” (Manual de direito
penal: parte especial. 8ª ed., Salvador: Juspodivm, 2016, p. 460).
o simples fato de o agente ficar olhando a vítima nua com o objetivo de satisfazer sua lascívia
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2.2 Demonstração da necessidade, alcance das tarefas dos policiais, inclusive com a menção que
a prova não pode ser obtida por outros meios (art. 190-A, I e §3º, do ECA);
6.3
2.3 Nomes e apelidos dos investigados, nesse caso somente os apelidos eram suficientes – art. 25
190-A, II, do ECA
2.4 Alusão da obtenção de dados de conexão do investigado PAPA-ANJO – art. 190-A, §2º, I, do
ECA.
PEDIDO
Representação pela INFILTRAÇÃO DE AGENTE DE POLÍCIA NA INTERNT
Pelo prazo de 90 (noventa) dias (art. 190-A, III, do ECA);
07 Pedido de Sigilo e preservação da identidade do Agente Policial infiltrado e intimidade das 05
crianças e adolescentes envolvidos (art. 190-E, parágrafo único, do ECA)
Pedido de deferimento.
Data, Vitória/ES
08 05
SILVA Delegado de Polícia Civil – DPCA/ES
Correção gramatical e adequação vocabular 05
TOTAL 100
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3. ENDEREÇAMENTO
3.1. Aspectos técnicos do endereçamento
3.2. Aspectos jurídicos do endereçamento
3.3. Modelos de endereçamento
5. SIMULADOS
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