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PC-SP
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Escrivão de Polícia

CONTEÚDO DIGITAL

Legislação Especial

CÓD: SL-093AB-23
7908433238225
ÍNDICE

Legislação Especial

1. Lei nº 2.889/56 (Crimes de Genocídio)....................................................................................................................................... 4


2. Decreto-Lei nº 3.688/1941 (Lei das Contravenções Penais)....................................................................................................... 4
3. Lei nº 7.716/1989 (Crimes de Preconceito Racial)...................................................................................................................... 8
4. Lei nº 7.960/1989 (Prisão Temporária)....................................................................................................................................... 10
5. Lei nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente): artigos 2º, 171 a 178, 225 a 244-B................................................ 11
6. Lei nº 8.072/1990 (Crimes Hediondos)....................................................................................................................................... 13
7. Lei nº 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor): artigos 61 a 80..................................................................................... 15
8. Lei nº 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa): artigos 1º ao 13.................................................................................. 16
9. Lei nº 9.099/95: artigos 60 a 76, 88 a 92.................................................................................................................................... 21
10. Lei nº 9.296/1996 (Lei de Interceptação Telefônica).................................................................................................................. 23
11. Lei nº 9.455/1997 (Tortura)........................................................................................................................................................ 24
12. Lei nº 9.503/1997 (Código de Trânsito Brasileiro): artigos 291 a 312-B..................................................................................... 24
13. Lei nº 9.605/1998 (Lei do Meio Ambiente): artigos 25, 32, 42 e 65........................................................................................... 27
14. Lei nº 9.613/1998 (Lei de Repressão à “Lavagem de Dinheiro”)................................................................................................ 28
15. Lei nº 9.807/1998 (Lei de Proteção a Vítimas e Testemunhas)................................................................................................... 33
16. Lei nº 10.741/2003 (Estatuto do Idoso): artigos 93 a 109.......................................................................................................... 35
17. Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento): artigos 12 a 21............................................................................................ 37
18. Lei nº 11.340/2006 (Lei “Maria da Penha”): artigos 1.º a 22, 24, 24-A e 41............................................................................... 38
19. Lei nº 11.343/2006 (Lei Antidrogas): artigos 27 a 64.................................................................................................................. 42
20. Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação)...................................................................................................................... 49
21. Decreto Estadual nº 58.052, de 16.05.2012............................................................................................................................... 56
22. Lei nº 12.830/2013 (Estatuto do Delegado de Polícia)............................................................................................................... 67
23. Lei nº 12.850/2013 (Repressão às Organizações Criminosas).................................................................................................... 67
24. Lei nº 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência): artigos 88 a 91................................................................................ 73
25. Lei nº 13.260/2016 (Lei Antiterrorismo)..................................................................................................................................... 73
26. Lei nº 13.344/2016 (Prevenção e Repressão ao Tráfico de Pessoas).......................................................................................... 75
27. Lei nº 13.431/2017 (Escuta Especializada e Depoimento Especial)............................................................................................ 77
28. Lei nº 13.869/2019 (Lei de Abuso de Autoridade)...................................................................................................................... 81
29. Lei Orgânica da Polícia do Estado de São Paulo (Lei Complementar nº 207/1979..................................................................... 84
30. Lei Complementar nº 922/02..................................................................................................................................................... 101
31. Lei Complementar nº 1.151/11.................................................................................................................................................. 105
32. Lei Estadual nº 10.261/1968 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo)............................................. 109

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Rio de Janeiro, 1 de outubro de 1956; 135º da Independência


LEI Nº 2.889/56 (CRIMES DE GENOCÍDIO) e 68º da República.

LEI Nº 2.889, DE 1º DE OUTUBRO DE 1956. DECRETO-LEI Nº 3.688/1941 (LEI DAS CONTRAVENÇÕES PE-
NAIS)
Define e pune o crime de genocídio.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Contravenções Penais


Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a A infração penal esta engloba tanto o crime (ou delito), como a
seguinte Lei: contravenção penal. Portanto, o crime e a contravenção penal são
espécies do gênero infração penal.
Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em par- - Crime: caracteriza-se por ter pena sempre de reclusão ou de-
te, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal: (Vide Lei nº tenção, cumulada ou não com multa. Tem caráter repressivo, situ-
7.960, de 1989) ando o Direito somente após a ocorrência do dano a alguém.
a) matar membros do grupo; - Contravenção: caracteriza-se pela prisão simples e multa ou
b) causar lesão grave à integridade física ou mental de mem- só multa. Caráter preventivo, visando a Lei das Contravenções Pe-
bros do grupo; nais a coibir condutas conscientes que possam trazer prejuízo a al-
c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existên- guém.
cia capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial;
d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio DECRETO-LEI Nº 3.688, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941.
do grupo;
e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para Lei das Contravenções Penais
outro grupo;
Será punido: O Presidente da República, usando das atribuições que lhe
Com as penas do art. 121, § 2º, do Código Penal, no caso da confere o artigo 180 da Constituição,
letra a;
Com as penas do art. 129, § 2º, no caso da letra b; DECRETA:
Com as penas do art. 270, no caso da letra c;
Com as penas do art. 125, no caso da letra d; LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS
Com as penas do art. 148, no caso da letra e; PARTE GERAL
Art. 2º Associarem-se mais de 3 (três) pessoas para prática dos
crimes mencionados no artigo anterior: (Vide Lei nº 7.960, de 1989) Art. 1º Aplicam-se as contravenções às regras gerais do Código
Pena: Metade da cominada aos crimes ali previstos. Penal, sempre que a presente lei não disponha de modo diverso.
Art. 3º Incitar, direta e publicamente alguém a cometer qual- Art. 2º A lei brasileira só é aplicável à contravenção praticada
quer dos crimes de que trata o art. 1º: (Vide Lei nº 7.960, de 1989) no território nacional.
Pena: Metade das penas ali cominadas. Art. 3º Para a existência da contravenção, basta a ação ou omis-
§ 1º A pena pelo crime de incitação será a mesma de crime são voluntária. Deve-se, todavia, ter em conta o dolo ou a culpa, se
incitado, se este se consumar. a lei faz depender, de um ou de outra, qualquer efeito jurídico.
§ 2º A pena será aumentada de 1/3 (um terço), quando a inci- Art. 4º Não é punível a tentativa de contravenção.
tação for cometida pela imprensa. Art. 5º As penas principais são:
Art. 4º A pena será agravada de 1/3 (um terço), no caso dos I – prisão simples.
arts. 1º, 2º e 3º, quando cometido o crime por governante ou fun- II – multa.
cionário público. Art. 6º A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor
Art. 5º Será punida com 2/3 (dois terços) das respectivas penas penitenciário, em estabelecimento especial ou seção especial de
a tentativa dos crimes definidos nesta lei. prisão comum, em regime semiaberto ou aberto.
Art. 6º Os crimes de que trata esta lei não serão considerados § 1º O condenado a pena de prisão simples fica sempre separa-
crimes políticos para efeitos de extradição. do dos condenados a pena de reclusão ou de detenção.
Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário. § 2º O trabalho é facultativo, se a pena aplicada, não excede a
quinze dias.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Art. 7º Verifica-se a reincidência quando o agente pratica uma PARTE ESPECIAL


contravenção depois de passar em julgado a sentença que o tenha CAPÍTULO I
condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer crime, ou, no DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PESSOA
Brasil, por motivo de contravenção.
Art. 8º No caso de ignorância ou de errada compreensão da lei, Art. 18. Fabricar, importar, exportar, ter em depósito ou vender,
quando escusáveis, a pena pode deixar de ser aplicada. sem permissão da autoridade, arma ou munição:
Art. 9º A multa converte-se em prisão simples, de acordo com Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou multa, de
o que dispõe o Código Penal sobre a conversão de multa em de- um a cinco contos de réis, ou ambas cumulativamente, se o fato não
tenção. constitui crime contra a ordem política ou social.
Parágrafo único. Se a multa é a única pena cominada, a conver- Art. 19. Trazer consigo arma fora de casa ou de dependência
são em prisão simples se faz entre os limites de quinze dias e três desta, sem licença da autoridade:
meses. Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de
Art. 10. A duração da pena de prisão simples não pode, em duzentos mil réis a três contos de réis, ou ambas cumulativamente.
caso algum, ser superior a cinco anos, nem a importância das mul- § 1º A pena é aumentada de um terço até metade, se o agen-
tas ultrapassar cinquenta contos. te já foi condenado, em sentença irrecorrível, por violência contra
Art. 11. Desde que reunidas as condições legais, o juiz pode pessoa.
suspender por tempo não inferior a um ano nem superior a três, a § 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a três
execução da pena de prisão simples, bem como conceder livramen- meses, ou multa, de duzentos mil réis a um conto de réis, quem,
to condicional. possuindo arma ou munição:
Art. 12. As penas acessórias são a publicação da sentença e as a) deixa de fazer comunicação ou entrega à autoridade, quando
seguintes interdições de direitos: a lei o determina;
I – a incapacidade temporária para profissão ou atividade, cujo b) permite que alienado menor de 18 anos ou pessoa inexpe-
exercício dependa de habilitação especial, licença ou autorização riente no manejo de arma a tenha consigo;
do poder público; c) omite as cautelas necessárias para impedir que dela se apo-
lI – a suspensão dos direitos políticos. dere facilmente alienado, menor de 18 anos ou pessoa inexperiente
Parágrafo único. Incorrem: em manejá-la.
a) na interdição sob nº I, por um mês a dois anos, o condenado Art. 20. Anunciar processo, substância ou objeto destinado a
por motivo de contravenção cometida com abuso de profissão ou provocar aborto:
atividade ou com infração de dever a ela inerente; Pena - multa de hum mil cruzeiros a dez mil cruzeiros.
b) na interdição sob nº II, o condenado a pena privativa de li- Art. 21. Praticar vias de fato contra alguém:
berdade, enquanto dure a execução do pena ou a aplicação da me- Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
dida de segurança detentiva. de cem mil réis a um conto de réis, se o fato não constitui crime.
Art. 13. Aplicam-se, por motivo de contravenção, as medidas Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a
de segurança estabelecidas no Código Penal, à exceção do exílio metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos.
local. Art. 22. Receber em estabelecimento psiquiátrico, e nele inter-
Art. 14. Presumem-se perigosos, além dos indivíduos a que se nar, sem as formalidades legais, pessoa apresentada como doente
referem os ns. I e II do art. 78 do Código Penal: mental:
I – o condenado por motivo de contravenção cometido, em es- Pena – multa, de trezentos mil réis a três contos de réis.
tado de embriaguez pelo álcool ou substância de efeitos análogos, § 1º Aplica-se a mesma pena a quem deixa de comunicar a au-
quando habitual a embriaguez; toridade competente, no prazo legal, internação que tenha admiti-
II – o condenado por vadiagem ou mendicância; do, por motivo de urgência, sem as formalidades legais.
III e IV – (Revogados) § 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a três
Art. 15. São internados em colônia agrícola ou em instituto de meses, ou multa de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, aque-
trabalho, de reeducação ou de ensino profissional, pelo prazo míni- le que, sem observar as prescrições legais, deixa retirar-se ou des-
mo de um ano: pede de estabelecimento psiquiátrico pessoa nele, internada.
I – o condenado por vadiagem (art. 59); Art. 23. Receber e ter sob custódia doente mental, fora do caso
II – o condenado por mendicância (art. 60 e seu parágrafo); previsto no artigo anterior, sem autorização de quem de direito:
III – (Revogado) Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de
Art. 16. O prazo mínimo de duração da internação em manicô- quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
mio judiciário ou em casa de custódia e tratamento é de seis meses.
Parágrafo único. O juiz, entretanto, pode, ao invés de decretar a CAPÍTULO II
internação, submeter o indivíduo a liberdade vigiada. DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES AO PATRIMÔNIO
Art. 17. A ação penal é pública, devendo a autoridade proceder
de ofício. Art. 24. Fabricar, ceder ou vender gazua ou instrumento empre-
gado usualmente na prática de crime de furto:
Pena – prisão simples, de seis meses a dois anos, e multa, de
trezentos mil réis a três contos de réis.

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Art. 25. Ter alguém em seu poder, depois de condenado, por Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de
crime de furto ou roubo, ou enquanto sujeito à liberdade vigiada ou quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
quando conhecido como vadio ou mendigo, gazuas, chaves falsas Art. 36. Deixar do colocar na via pública, sinal ou obstáculo,
ou alteradas ou instrumentos empregados usualmente na prática determinado em lei ou pela autoridade e destinado a evitar perigo
de crime de furto, desde que não prove destinação legítima: a transeuntes:
Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, e multa de Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa, de
duzentos mil réis a dois contos de réis. duzentos mil réis a dois contos de réis.
Art. 26. Abrir alguém, no exercício de profissão de serralheiro Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
ou oficio análogo, a pedido ou por incumbência de pessoa de cuja a) apaga sinal luminoso, destrói ou remove sinal de outra natu-
legitimidade não se tenha certificado previamente, fechadura ou reza ou obstáculo destinado a evitar perigo a transeuntes;
qualquer outro aparelho destinado à defesa de lugar nu objeto: b) remove qualquer outro sinal de serviço público.
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de Art. 37. Arremessar ou derramar em via pública, ou em lugar
duzentos mil réis a um conto de réis. de uso comum, ou do uso alheio, coisa que possa ofender, sujar ou
Art. 27. (Revogado) molestar alguém:
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
CAPÍTULO III Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, sem as
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À INCOLUMIDADE PÚBLI- devidas cautelas, coloca ou deixa suspensa coisa que, caindo em via
CA pública ou em lugar de uso comum ou de uso alheio, possa ofender,
sujar ou molestar alguém.
Art. 28. Disparar arma de fogo em lugar habitado ou em suas Art. 38. Provocar, abusivamente, emissão de fumaça, vapor ou
adjacências, em via pública ou em direção a ela: gás, que possa ofender ou molestar alguém:
Pena – prisão simples, de um a seis meses, ou multa, de trezen- Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
tos mil réis a três contos de réis.
Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de quinze CAPÍTULO IV
dias a dois meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PAZ PÚBLICA
réis, quem, em lugar habitado ou em suas adjacências, em via públi-
ca ou em direção a ela, sem licença da autoridade, causa deflagra- Art. 39. (Revogado pela pela Lei nº 14.197, de 2021)
ção perigosa, queima fogo de artifício ou solta balão aceso. Art. 40. Provocar tumulto ou portar-se de modo inconvenien-
Art. 29. Provocar o desabamento de construção ou, por erro no te ou desrespeitoso, em solenidade ou ato oficial, em assembleia
projeto ou na execução, dar-lhe causa: ou espetáculo público, se o fato não constitui infração penal mais
Pena – multa, de um a dez contos de réis, se o fato não constitui grave;
crime contra a incolumidade pública. Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de
Art. 30. Omitir alguém a providência reclamada pelo Estado duzentos mil réis a dois contos de réis.
ruinoso de construção que lhe pertence ou cuja conservação lhe Art. 41. Provocar alarma, anunciando desastre ou perigo ine-
incumbe: xistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tu-
Pena – multa, de um a cinco contos de réis. multo:
Art. 31. Deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inex- Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de
periente, ou não guardar com a devida cautela animal perigoso: duzentos mil réis a dois contos de réis.
Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa, de Art. 42. Perturbar alguém o trabalho ou o sossego alheios:
cem mil réis a um conto de réis. I – com gritaria ou algazarra;
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo
a) na via pública, abandona animal de tiro, carga ou corrida, ou com as prescrições legais;
o confia à pessoa inexperiente; III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
b) excita ou irrita animal, expondo a perigo a segurança alheia; IV – provocando ou não procurando impedir barulho produzido
c) conduz animal, na via pública, pondo em perigo a segurança por animal de que tem a guarda:
alheia. Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de
Art. 32. Dirigir, sem a devida habilitação, veículo na via pública, duzentos mil réis a dois contos de réis.
ou embarcação a motor em aguas públicas:
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. CAPÍTULO V
Art. 33. Dirigir aeronave sem estar devidamente licenciado: DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À FÉ PÚBLICA
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, e multa, de
duzentos mil réis a dois contos de réis. Art. 43. Recusar-se a receber, pelo seu valor, moeda de curso
Art. 34. Dirigir veículos na via pública, ou embarcações em legal no país:
águas públicas, pondo em perigo a segurança alheia: Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Pena – prisão simples, de quinze das a três meses, ou multa, de Art. 44. Usar, como propaganda, de impresso ou objeto que
trezentos mil réis a dois contos de réis. pessoa inexperiente ou rústica possa confundir com moeda:
Art. 35. Entregar-se na prática da aviação, a acrobacias ou a Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
voos baixos, fora da zona em que a lei o permite, ou fazer descer a Art. 45. Fingir-se funcionário público:
aeronave fora dos lugares destinados a esse fim: Pena – prisão simples, de um a três meses, ou multa, de qui-
nhentos mil réis a três contos de réis.
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Art. 46. Usar, publicamente, de uniforme, ou distintivo de fun- Pena – prisão simples, de seis meses a dois anos, e multa, de
ção pública que não exerce; usar, indevidamente, de sinal, distintivo cinco a dez contos de réis, estendendo-se os efeitos da condenação
ou denominação cujo emprego seja regulado por lei. à perda dos moveis existentes no local.
Pena – multa, de duzentos a dois mil cruzeiros, se o fato não § 1º Incorre na mesma pena quem guarda, vende ou expõe à
constitui infração penal mais grave. venda, tem sob sua guarda para o fim de venda, introduz ou tenta
introduzir na circulação bilhete de loteria não autorizada.
CAPÍTULO VI § 2º Considera-se loteria toda operação que, mediante a dis-
DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À ORGANIZAÇÃO DO tribuição de bilhete, listas, cupões, vales, sinais, símbolos ou meios
TRABALHO análogos, faz depender de sorteio a obtenção de prêmio em dinhei-
ro ou bens de outra natureza.
Art. 47. Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar § 3º Não se compreendem na definição do parágrafo anterior
que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subor- os sorteios autorizados na legislação especial.
dinado o seu exercício: Art. 52. Introduzir, no país, para o fim de comércio, bilhete de
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de loteria, rifa ou tômbola estrangeiras:
quinhentos mil réis a cinco contos de réis. Pena – prisão simples, de quatro meses a um ano, e multa, de
Art. 48. Exercer, sem observância das prescrições legais, comér- um a cinco contos de réis.
cio de antiguidades, de obras de arte, ou de manuscritos e livros Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende, expõe à
antigos ou raros: venda, tem sob sua guarda. para o fim de venda, introduz ou tenta
Pena – prisão simples de um a seis meses, ou multa, de um a introduzir na circulação, bilhete de loteria estrangeira.
dez contos de réis. Art. 53. Introduzir, para o fim de comércio, bilhete de loteria
Art. 49. Infringir determinação legal relativa à matrícula ou à estadual em território onde não possa legalmente circular:
escrituração de indústria, de comércio, ou de outra atividade: Pena – prisão simples, de dois a seis meses, e multa, de um a
Pena – multa, de duzentos mil réis a cinco contos de réis. três contos de réis.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende, expõe à
CAPÍTULO VII venda, tem sob sua guarda, para o fim de venda, introduz ou tonta
DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À POLÍCIA DE COSTUMES introduzir na circulação, bilhete de loteria estadual, em território
onde não possa legalmente circular.
Art. 50. Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público Art. 54. Exibir ou ter sob sua guarda lista de sorteio de loteria
ou acessível ao público, mediante o pagamento de entrada ou sem estrangeira:
ele: Pena – prisão simples, de um a três meses, e multa, de duzen-
Pena – prisão simples, de três meses a um ano, e multa, de dois tos mil réis a um conto de réis.
a quinze contos de réis, estendendo-se os efeitos da condenação à Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem exibe ou tem
perda dos moveis e objetos de decoração do local. sob sua guarda lista de sorteio de loteria estadual, em território
§ 1º A pena é aumentada de um terço, se existe entre os em- onde esta não possa legalmente circular.
pregados ou participa do jogo pessoa menor de dezoito anos. Art. 55. Imprimir ou executar qualquer serviço de feitura de
§ 2º Incorre na pena de multa, de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a bilhetes, lista de sorteio, avisos ou cartazes relativos a loteria, em
R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), quem é encontrado a participar lugar onde ela não possa legalmente circular:
do jogo, ainda que pela internet ou por qualquer outro meio de Pena – prisão simples, de um a seis meses, e multa, de duzen-
comunicação, como ponteiro ou apostador. (Redação dada pela Lei tos mil réis a dois contos de réis.
nº 13.155, de 2015) Art. 56. Distribuir ou transportar cartazes, listas de sorteio ou
§ 3º Consideram-se, jogos de azar: avisos de loteria, onde ela não possa legalmente circular:
a) o jogo em que o ganho e a perda dependem exclusiva ou Pena – prisão simples, de um a três meses, e multa, de cem a
principalmente da sorte; quinhentos mil réis.
b) as apostas sobre corrida de cavalos fora de hipódromo ou de Art. 57. Divulgar, por meio de jornal ou outro impresso, de rá-
local onde sejam autorizadas; dio, cinema, ou qualquer outra forma, ainda que disfarçadamente,
c) as apostas sobre qualquer outra competição esportiva. anúncio, aviso ou resultado de extração de loteria, onde a circula-
§ 4º Equiparam-se, para os efeitos penais, a lugar acessível ao ção dos seus bilhetes não seria legal:
público: Pena – multa, de um a dez contos de réis.
a) a casa particular em que se realizam jogos de azar, quando Art. 58. Explorar ou realizar a loteria denominada jogo do bi-
deles habitualmente participam pessoas que não sejam da família cho, ou praticar qualquer ato relativo à sua realização ou explora-
de quem a ocupa; ção:
b) o hotel ou casa de habitação coletiva, a cujos hóspedes e Pena – prisão simples, de quatro meses a um ano, e multa, de
moradores se proporciona jogo de azar; dois a vinte contos de réis.
c) a sede ou dependência de sociedade ou associação, em que Parágrafo único. Incorre na pena de multa, de duzentos mil réis
se realiza jogo de azar; a dois contos de réis, aquele que participa da loteria, visando a ob-
d) o estabelecimento destinado à exploração de jogo de azar, tenção de prêmio, para si ou para terceiro.
ainda que se dissimule esse destino. Art. 59. Entregar-se alguém habitualmente à ociosidade, sendo
Art. 51. Promover ou fazer extrair loteria, sem autorização le- válido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure meios bas-
gal: tantes de subsistência, ou prover à própria subsistência mediante
ocupação ilícita:
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Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses. Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de um a
Parágrafo único. A aquisição superveniente de renda, que as- seis meses, e multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis, se
segure ao condenado meios bastantes de subsistência, extingue a o fato não constitui infração penal mais grave, quem, nas mesmas
pena. circunstâncias, faz declarações inverídicas a respeito de sua identi-
Art. 60. (Revogado pela Lei nº 11.983, de 2009) dade pessoal, estado, profissão, domicílio e residência.
Art. 61. Importunar alguém, em lugar público ou acessível ao Art. 69.- (Revogado pela Lei nº 6.815, de 19.8.1980)
público, de modo ofensivo ao pudor: Pena – prisão simples, de três meses a um ano.
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. Art. 70. Praticar qualquer ato que importe violação do mono-
Art. 62. Apresentar-se publicamente em estado de embriaguez, pólio postal da União:
de modo que cause escândalo ou ponha em perigo a segurança pró- Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou multa, de
pria ou alheia: três a dez contos de réis, ou ambas cumulativamente.
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de
duzentos mil réis a dois contos de réis. DISPOSIÇÕES FINAIS
Parágrafo único. Se habitual a embriaguez, o contraventor é in-
ternado em casa de custódia e tratamento. Art. 71. Ressalvada a legislação especial sobre florestas, caça e
Art. 63. Servir bebidas alcoólicas: pesca, revogam-se as disposições em contrário.
I – (Revogado pela Lei nº 13.106, de 2015); Art. 72. Esta lei entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 1942.
II – a quem se acha em estado de embriaguez;
III – a pessoa que o agente sabe sofrer das faculdades mentais;
IV – a pessoa que o agente sabe estar judicialmente proibida de LEI Nº 7.716/1989 (CRIMES DE PRECONCEITO RACIAL)
frequentar lugares onde se consome bebida de tal natureza:
Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, ou multa, de
quinhentos mil réis a cinco contos de réis. LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989.
Art. 64. Tratar animal com crueldade ou submetê-lo a trabalho
excessivo: Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.
Pena – prisão simples, de dez dias a um mês, ou multa, de cem
a quinhentos mil réis. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Na-
§ 1º Na mesma pena incorre aquele que, embora para fins di- cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
dáticos ou científicos, realiza em lugar público ou exposto ao públi-
co, experiência dolorosa ou cruel em animal vivo. Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes
§ 2º Aplica-se a pena com aumento de metade, se o animal é de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou pro-
submetido a trabalho excessivo ou tratado com crueldade, em exi- cedência nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
bição ou espetáculo público. Art. 2º (Vetado).
Art. 65. (Revogado pela Lei nº 14.132, de 2021) Art. 2º-A Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o de-
coro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional. (Incluído
CAPÍTULO VIII pela Lei nº 14.532, de 2023)
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À ADMINISTRAÇÃO Pena: reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído
PÚBLICA pela Lei nº 14.532, de 2023)
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade se o crime for
Art. 66. Deixar de comunicar à autoridade competente: cometido mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas. (Incluído
I – crime de ação pública, de que teve conhecimento no exer- pela Lei nº 14.532, de 2023)
cício de função pública, desde que a ação penal não dependa de Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente ha-
representação; bilitado, a qualquer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem
II – crime de ação pública, de que teve conhecimento no exer- como das concessionárias de serviços públicos.
cício da medicina ou de outra profissão sanitária, desde que a ação Pena: reclusão de dois a cinco anos.
penal não dependa de representação e a comunicação não expo- Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo de
nha o cliente a procedimento criminal: discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional,
Pena – multa, de trezentos mil réis a três contos de réis. obstar a promoção funcional. (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010)
Art. 67. Inumar ou exumar cadáver, com infração das disposi- (Vigência)
ções legais: Art. 4º Negar ou obstar emprego em empresa privada.
Pena – prisão simples, de um mês a um ano, ou multa, de du- Pena: reclusão de dois a cinco anos.
zentos mil réis a dois contos de réis. § 1o Incorre na mesma pena quem, por motivo de discrimi-
Art. 68. Recusar à autoridade, quando por esta, justificadamen- nação de raça ou de cor ou práticas resultantes do preconceito de
te solicitados ou exigidos, dados ou indicações concernentes à pró- descendência ou origem nacional ou étnica: (Incluído pela Lei nº
pria identidade, estado, profissão, domicílio e residência: 12.288, de 2010) (Vigência)
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. I - deixar de conceder os equipamentos necessários ao empre-
gado em igualdade de condições com os demais trabalhadores; (In-
cluído pela Lei nº 12.288, de 2010) (Vigência)

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

II - impedir a ascensão funcional do empregado ou obstar ou- Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou precon-
tra forma de benefício profissional; (Incluído pela Lei nº 12.288, de ceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação
2010) (Vigência) dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
III - proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no Pena: reclusão de um a três anos e multa.(Redação dada pela
ambiente de trabalho, especialmente quanto ao salário. (Incluído Lei nº 9.459, de 15/05/97)
pela Lei nº 12.288, de 2010) (Vigência) § 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, em-
§ 2o Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços blemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz
à comunidade, incluindo atividades de promoção da igualdade ra- suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. (Redação
cial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
de trabalhadores, exigir aspectos de aparência próprios de raça ou Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.(Incluído pela Lei
etnia para emprego cujas atividades não justifiquem essas exigên- nº 9.459, de 15/05/97)
cias. (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) (Vigência) § 2º Se qualquer dos crimes previstos neste artigo for cometido
Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comer- por intermédio dos meios de comunicação social, de publicação em
cial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador. redes sociais, da rede mundial de computadores ou de publicação
Pena: reclusão de um a três anos. de qualquer natureza: (Redação dada pela Lei nº 14.532, de 2023)
Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.(Incluído pela Lei
aluno em estabelecimento de ensino público ou privado de qual- nº 9.459, de 15/05/97)
quer grau. § 2º-A Se qualquer dos crimes previstos neste artigo for co-
Pena: reclusão de três a cinco anos. metido no contexto de atividades esportivas, religiosas, artísticas
Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor de de- ou culturais destinadas ao público: (Incluído pela Lei nº 14.532, de
zoito anos a pena é agravada de 1/3 (um terço). 2023)
Art. 7º Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel, Pena: reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e proibição de fre-
pensão, estalagem, ou qualquer estabelecimento similar. quência, por 3 (três) anos, a locais destinados a práticas esportivas,
Pena: reclusão de três a cinco anos. artísticas ou culturais destinadas ao público, conforme o caso. (In-
Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em restauran- cluído pela Lei nº 14.532, de 2023)
tes, bares, confeitarias, ou locais semelhantes abertos ao público. § 2º-B Sem prejuízo da pena correspondente à violência, incor-
Pena: reclusão de um a três anos. re nas mesmas penas previstas no caput deste artigo quem obstar,
Art. 9º Impedir o acesso ou recusar atendimento em estabele- impedir ou empregar violência contra quaisquer manifestações ou
cimentos esportivos, casas de diversões, ou clubes sociais abertos práticas religiosas. (Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023)
ao público. § 3º No caso do § 2º deste artigo, o juiz poderá determinar,
Pena: reclusão de um a três anos. ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes do in-
Art. 10. Impedir o acesso ou recusar atendimento em salões de quérito policial, sob pena de desobediência: (Redação dada pela Lei
cabeleireiros, barbearias, termas ou casas de massagem ou estabe- nº 14.532, de 2023)
lecimento com as mesmas finalidades. I - o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos
Pena: reclusão de um a três anos. exemplares do material respectivo;(Incluído pela Lei nº 9.459, de
Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públi- 15/05/97)
cos ou residenciais e elevadores ou escada de acesso aos mesmos: II - a cessação das respectivas transmissões radiofônicas, tele-
Pena: reclusão de um a três anos. visivas, eletrônicas ou da publicação por qualquer meio; (Redação
Art. 12. Impedir o acesso ou uso de transportes públicos, como dada pela Lei nº 12.735, de 2012) (Vigência)
aviões, navios barcas, barcos, ônibus, trens, metrô ou qualquer ou- III - a interdição das respectivas mensagens ou páginas de in-
tro meio de transporte concedido. formação na rede mundial de computadores. (Incluído pela Lei nº
Pena: reclusão de um a três anos. 12.288, de 2010) (Vigência)
Art. 13. Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em § 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da condenação, após
qualquer ramo das Forças Armadas. o trânsito em julgado da decisão, a destruição do material apreen-
Pena: reclusão de dois a quatro anos. dido. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o casa- Art. 20-A. Os crimes previstos nesta Lei terão as penas aumen-
mento ou convivência familiar e social. tadas de 1/3 (um terço) até a metade, quando ocorrerem em con-
Pena: reclusão de dois a quatro anos. texto ou com intuito de descontração, diversão ou recreação. (In-
Art. 15. (Vetado). cluído pela Lei nº 14.532, de 2023)
Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou Art. 20-B. Os crimes previstos nos arts. 2º-A e 20 desta Lei te-
função pública, para o servidor público, e a suspensão do funcio- rão as penas aumentadas de 1/3 (um terço) até a metade, quando
namento do estabelecimento particular por prazo não superior a praticados por funcionário público, conforme definição prevista no
três meses. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), no
Art. 17. (Vetado). exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las. (Incluído pela
Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não Lei nº 14.532, de 2023)
são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sen- Art. 20-C. Na interpretação desta Lei, o juiz deve considerar
tença. como discriminatória qualquer atitude ou tratamento dado à pes-
Art. 19. (Vetado). soa ou a grupos minoritários que cause constrangimento, humilha-

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ção, vergonha, medo ou exposição indevida, e que usualmente não Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da
se dispensaria a outros grupos em razão da cor, etnia, religião ou representação da autoridade policial ou de requerimento do Minis-
procedência. (Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023) tério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual
Art. 20-D. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a período em caso de extrema e comprovada necessidade.
vítima dos crimes de racismo deverá estar acompanhada de advo- § 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o
gado ou defensor público. (Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023) Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. (Re- § 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser
numerado pela Lei nº 8.081, de 21.9.1990) fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e quatro)
Art. 22. Revogam-se as disposições em contrário. (Renumerado horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do
pela Lei nº 8.081, de 21.9.1990) requerimento.
§ 3° O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério
Público e do Advogado, determinar que o preso lhe seja apresenta-
LEI Nº 7.960/1989 (PRISÃO TEMPORÁRIA) do, solicitar informações e esclarecimentos da autoridade policial e
submetê-lo a exame de corpo de delito.
§ 4° Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de
LEI Nº 7.960, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1989. prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao indiciado e
servirá como nota de culpa.
Dispõe sobre prisão temporária. § 4º-A O mandado de prisão conterá necessariamente o perí-
odo de duração da prisão temporária estabelecido no caput deste
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Na- artigo, bem como o dia em que o preso deverá ser libertado. (Inclu-
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: ído pela Lei nº 13.869. de 2019)
§ 5° A prisão somente poderá ser executada depois da expedi-
Art. 1° Caberá prisão temporária: (Vide ADI 3360) (Vide ADI ção de mandado judicial.
4109) § 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito dos direitos previstos no art. 5° da Constituição Federal.
policial; § 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a au-
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer toridade responsável pela custódia deverá, independentemente de
elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da pri-
prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do são temporária ou da decretação da prisão preventiva. (Redação
indiciado nos seguintes crimes: dada pela Lei nº 13.869. de 2019)
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); § 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° no cômputo do prazo de prisão temporária. (Incluído pela Lei nº
e 2°); 13.869. de 2019)
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigato-
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); riamente, separados dos demais detentos.
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, Art. 4° O art. 4° da Lei n° 4.898, de 9 de dezembro de 1965, fica
2° e 3°); acrescido da alínea i, com a seguinte redação:
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, “Art. 4° ...............................................................
caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940) i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combina- medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou
ção com o art. 223, caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº de cumprir imediatamente ordem de liberdade;”
2.848, de 1940) Art. 5° Em todas as comarcas e seções judiciárias haverá um
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 plantão permanente de vinte e quatro horas do Poder Judiciário e
caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940) do Ministério Público para apreciação dos pedidos de prisão tem-
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); porária.
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia Art. 6° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário.
com art. 285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; Brasília, 21 de dezembro de 1989; 168° da Independência e
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro 101° da República.
de 1956), em qualquer de sua formas típicas;
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro
de 1976);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de
junho de 1986).
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído pela Lei nº
13.260, de 2016)

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pela gravidade do ato infracional e sua repercussão social, deva


LEI Nº 8.069/1990 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADO- o adolescente permanecer sob internação para garantia de sua
LESCENTE): ARTIGOS 2º, 171 A 178, 225 A 244-B segurança pessoal ou manutenção da ordem pública.
Art. 175. Em caso de não liberação, a autoridade policial en-
caminhará, desde logo, o adolescente ao representante do Mi-
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. nistério Público, juntamente com cópia do auto de apreensão ou
boletim de ocorrência.
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá § 1º Sendo impossível a apresentação imediata, a autoridade
outras providências. policial encaminhará o adolescente à entidade de atendimento,
que fará a apresentação ao representante do Ministério Público
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso no prazo de vinte e quatro horas.
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: § 2º Nas localidades onde não houver entidade de atendi-
mento, a apresentação far-se-á pela autoridade policial. À falta
TÍTULO I de repartição policial especializada, o adolescente aguardará a
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES apresentação em dependência separada da destinada a maiores,
não podendo, em qualquer hipótese, exceder o prazo referido no
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pes- parágrafo anterior.
soa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela en- Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a autoridade policial
tre doze e dezoito anos de idade. encaminhará imediatamente ao representante do Ministério Pú-
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excep- blico cópia do auto de apreensão ou boletim de ocorrência.
cionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, houver indí-
anos de idade. cios de participação de adolescente na prática de ato infracional,
a autoridade policial encaminhará ao representante do Ministério
TÍTULO VI Público relatório das investigações e demais documentos.
DO ACESSO À JUSTIÇA Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato in-
CAPÍTULO III fracional não poderá ser conduzido ou transportado em compar-
DOS PROCEDIMENTOS timento fechado de veículo policial, em condições atentatórias à
SEÇÃO V sua dignidade, ou que impliquem risco à sua integridade física ou
DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A mental, sob pena de responsabilidade.
ADOLESCENTE
TÍTULO VII
Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem judi- DOS CRIMES E DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
cial será, desde logo, encaminhado à autoridade judiciária.
Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato infra- CAPÍTULO I
cional será, desde logo, encaminhado à autoridade policial com- DOS CRIMES
petente.
Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada SEÇÃO I
para atendimento de adolescente e em se tratando de ato infra- DISPOSIÇÕES GERAIS
cional praticado em co-autoria com maior, prevalecerá a atribui-
ção da repartição especializada, que, após as providências ne- Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados contra
cessárias e conforme o caso, encaminhará o adulto à repartição a criança e o adolescente, por ação ou omissão, sem prejuízo do
policial própria. disposto na legislação penal.
Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as normas
mediante violência ou grave ameaça a pessoa, a autoridade po- da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao processo, as perti-
licial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106, parágrafo único, e nentes ao Código de Processo Penal.
107, deverá: § 1º Aos crimes cometidos contra a criança e o adolescen-
I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o ado- te, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº
lescente; 9.099, de 26 de setembro de 1995. (Incluído pela Lei nº 14.344,
II - apreender o produto e os instrumentos da infração; de 2022) Vigência
III - requisitar os exames ou perícias necessários à comprova- § 2º Nos casos de violência doméstica e familiar contra a
ção da materialidade e autoria da infração. criança e o adolescente, é vedada a aplicação de penas de cesta
Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a lavra- básica ou de outras de prestação pecuniária, bem como a substi-
tura do auto poderá ser substituída por boletim de ocorrência cir- tuição de pena que implique o pagamento isolado de multa. (In-
cunstanciada. cluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública
adolescente será prontamente liberado pela autoridade policial, incondicionada.
sob termo de compromisso e responsabilidade de sua apresen- Art. 227-A Os efeitos da condenação prevista no inciso I do
tação ao representante do Ministério Público, no mesmo dia ou, caput do art. 92 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
sendo impossível, no primeiro dia útil imediato, exceto quando, 1940 (Código Penal), para os crimes previstos nesta Lei, praticados

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por servidores públicos com abuso de autoridade, são condicio- Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.
nados à ocorrência de reincidência. (Incluído pela Lei nº 13.869. Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem oferece ou
de 2019) efetiva a paga ou recompensa.
Parágrafo único. A perda do cargo, do mandato ou da função, Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado
nesse caso, independerá da pena aplicada na reincidência. (Inclu- ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobser-
ído pela Lei nº 13.869. de 2019) vância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro:
Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa.
SEÇÃO II Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça
DOS CRIMES EM ESPÉCIE ou fraude: (Incluído pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena cor-
Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de respondente à violência.
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter re- Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou re-
gistro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo referidos no gistrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica,
art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à parturiente ou a seu envolvendo criança ou adolescente: (Redação dada pela Lei nº
responsável, por ocasião da alta médica, declaração de nascimen- 11.829, de 2008)
to, onde constem as intercorrências do parto e do desenvolvimen- Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (Reda-
to do neonato: ção dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena - detenção de seis meses a dois anos. § 1 o Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, re-
Parágrafo único. Se o crime é culposo: cruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a participação de
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo,
Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabe- ou ainda quem com esses contracena. (Redação dada pela Lei nº
lecimento de atenção à saúde de gestante de identificar correta- 11.829, de 2008)
mente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto, bem como § 2 o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente come-
deixar de proceder aos exames referidos no art. 10 desta Lei: te o crime: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena - detenção de seis meses a dois anos. I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de
Parágrafo único. Se o crime é culposo: exercê-la; (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, de hospitalidade; ou (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infra- III – prevalecendo-se de relações de parentesco consangüí-
cional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária com- neo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, de tutor, curador,
petente: preceptor, empregador da vítima ou de quem, a qualquer outro
Pena - detenção de seis meses a dois anos. título, tenha autoridade sobre ela, ou com seu consentimento.
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
apreensão sem observância das formalidades legais. Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou ou-
Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apre- tro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica
ensão de criança ou adolescente de fazer imediata comunicação à envolvendo criança ou adolescente: (Redação dada pela Lei nº
autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à 11.829, de 2008)
pessoa por ele indicada: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (Reda-
Pena - detenção de seis meses a dois anos. ção dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autorida- Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distri-
de, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento: buir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio
Pena - detenção de seis meses a dois anos. de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou ou-
Art. 233. (Revogado pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997 : tro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica
Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa, envolvendo criança ou adolescente: (Incluído pela Lei nº 11.829,
de ordenar a imediata liberação de criança ou adolescente, tão de 2008)
logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído
Pena - detenção de seis meses a dois anos. pela Lei nº 11.829, de 2008)
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta § 1 o Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei nº
Lei em benefício de adolescente privado de liberdade: 11.829, de 2008)
Pena - detenção de seis meses a dois anos. I – assegura os meios ou serviços para o armazenamento das
Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciá- fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo;
ria, membro do Conselho Tutelar ou representante do Ministério (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
Público no exercício de função prevista nesta Lei: II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de com-
Pena - detenção de seis meses a dois anos. putadores às fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput
Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com o fim § 2 o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1 o deste
de colocação em lar substituto: artigo são puníveis quando o responsável legal pela prestação do
Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa. serviço, oficialmente notificado, deixa de desabilitar o acesso ao
Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a conteúdo ilícito de que trata o caput deste artigo. (Incluído pela
terceiro, mediante paga ou recompensa: Lei nº 11.829, de 2008)
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Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entre-
meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha gar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma, munição
cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou ou explosivo:
adolescente: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos. (Redação dada pela
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluí- Lei nº 10.764, de 12.11.2003)
do pela Lei nº 11.829, de 2008) Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda
§ 1 o A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescen-
pequena quantidade o material a que se refere o caput deste arti- te, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos
go. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) componentes possam causar dependência física ou psíquica: (Re-
§ 2 o Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a dação dada pela Lei nº 13.106, de 2015)
finalidade de comunicar às autoridades competentes a ocorrência Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o
das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, fato não constitui crime mais grave. (Redação dada pela Lei nº
quando a comunicação for feita por: (Incluído pela Lei nº 11.829, 13.106, de 2015)
de 2008) Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entre-
I – agente público no exercício de suas funções; (Incluído pela gar, de qualquer forma, a criança ou adolescente fogos de estam-
Lei nº 11.829, de 2008) pido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu reduzido poten-
II – membro de entidade, legalmente constituída, que inclua, cial, sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de
entre suas finalidades institucionais, o recebimento, o processa- utilização indevida:
mento e o encaminhamento de notícia dos crimes referidos neste Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa.
parágrafo; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais defi-
III – representante legal e funcionários responsáveis de pro- nidos no caput do art. 2 o desta Lei, à prostituição ou à exploração
vedor de acesso ou serviço prestado por meio de rede de compu- sexual: (Incluído pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000)
tadores, até o recebimento do material relativo à notícia feita à Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, além da per-
autoridade policial, ao Ministério Público ou ao Poder Judiciário. da de bens e valores utilizados na prática criminosa em favor do
(Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da unidade da Fe-
§ 3 o As pessoas referidas no § 2 o deste artigo deverão deração (Estado ou Distrito Federal) em que foi cometido o crime,
manter sob sigilo o material ilícito referido. (Incluído pela Lei nº ressalvado o direito de terceiro de boa-fé. (Redação dada pela Lei
11.829, de 2008) nº 13.440, de 2017)
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente § 1 o Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente
em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adultera- ou o responsável pelo local em que se verifique a submissão de
ção, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer criança ou adolescente às práticas referidas no caput deste artigo.
outra forma de representação visual: (Incluído pela Lei nº 11.829, (Incluído pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000)
de 2008) § 2 o Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Incluído da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.
pela Lei nº 11.829, de 2008) (Incluído pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000)
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, ex- Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
põe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qual- 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzin-
quer meio, adquire, possui ou armazena o material produzido na do-o a praticá-la: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
forma do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei
Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qual- nº 12.015, de 2009)
quer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela praticar § 1 o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem
ato libidinoso: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Incluído meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet. (In-
pela Lei nº 11.829, de 2008) cluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído § 2 o As penas previstas no caput deste artigo são aumenta-
pela Lei nº 11.829, de 2008) das de um terço no caso de a infração cometida ou induzida estar
I – facilita ou induz o acesso à criança de material contendo incluída no rol do art. 1 o da Lei n o 8.072, de 25 de julho de 1990
cena de sexo explícito ou pornográfica com o fim de com ela prati- . (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
car ato libidinoso; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo com o
fim de induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou sexual- LEI Nº 8.072/1990 (CRIMES HEDIONDOS)
mente explícita. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a ex-
pressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende A Lei dos Crimes Hediondos origina-se na Constituição de 1988,
qualquer situação que envolva criança ou adolescente em ativida- em seu artigo 5º, inciso XLIII,
des sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos Em 1990, surgiu a lista de crimes hediondos, que classificou
genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente como inafiançáveis os crimes de extorsão mediante sequestro, la-
sexuais. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) trocínio ou seja, roubo seguido de morte e o estupro, negando aos
autores destes crimes os benefícios da progressão de regime.

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O autor do crime hediondo é obrigado a cumprir pena em regi- I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, §
me integralmente fechado, salvo no caso do benefício do livramen- 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando pra-
to condicional com 2/3 da pena. ticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144
A Lei foi alterada em 1994, através da lei 8.930/1994. A altera- da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da For-
ção consistiu em incluir o homicídio qualificado na Lei dos Crimes ça Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em
Hediondos. decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
Atualmente dispõe a Lei acerca do tema: consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído
pela Lei nº 13.142, de 2015)
São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipifi- II - roubo: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
cados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art.
Penal, consumados ou tentados: 157, § 2º, inciso V); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, §
de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido
homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); ou restrito (art. 157, § 2º-B); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Redação dada pela Lei nº 13.142, de 2015) c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § (art. 157, § 3º); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
2º) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3º), quando pra- III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima,
ticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º); (Redação
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da For- dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
ça Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art.
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído 1994)
pela Lei nº 13.142, de 2015) V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); Lei nº 12.015, de 2009)
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e
IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 4o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso in-
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); cluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998)
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de pro-
VII-A – (VETADO) duto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de pro- § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de
duto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e julho de 1998). (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998)
§ 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de ex-
julho de 1998). ploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art.
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de ex- 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014)
ploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato
218-B, caput, e §§ 1º e 2º) (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014). análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A). (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019)
Assim, nota-se que a Lei de Crimes Hediondos é norma que Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados
trouxe significativa mudança ao ordenamento, uma vez que o Esta- ou consumados: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
do passou a tratar determinados crimes de maior gravidade social I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº
com maior rigidez, classificando-os como crimes hediondos. 2.889, de 1º de outubro de 1956; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990 II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro
Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inci- de 2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
so XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providências. III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no
art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; (Incluído pela
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Na- Lei nº 13.964, de 2019)
cional decreta e eu sanciono a seguinte lei: IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório
ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos de 2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à
Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº prática de crime hediondo ou equiparado. (Incluído pela Lei nº
8.930, de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984) 13.964, de 2019)
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilíci-
de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e to de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis
homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII de: (Vide Súmula Vinculante)
e IX); (Redação dada pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência I - anistia, graça e indulto;
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II - fiança. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) “Art. 159. ..............................................................
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida ini- ........................................................................
cialmente em regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 11.464, § 4º Se o crime é cometido por quadrilha ou bando, o co-autor
de 2007) que denunciá-lo à autoridade, facilitando a libertação do seqüestra-
§ 2º (Revogado pela Lei nº 13.964, de 2019) do, terá sua pena reduzida de um a dois terços.”
§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fun- Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no
damentadamente se o réu poderá apelar em liberdade. (Redação art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos,
dada pela Lei nº 11.464, de 2007) prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de terrorismo.
21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à
prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantela-
extrema e comprovada necessidade. (Incluído pela Lei nº 11.464, mento, terá a pena reduzida de um a dois terços.
de 2007) Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados
Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segu- nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213,
rança máxima, destinados ao cumprimento de penas impostas a caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único,
condenados de alta periculosidade, cuja permanência em presídios 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, to-
estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade pública. dos do Código Penal, são acrescidas de metade, respeitado o limite
Art. 4º (Vetado). superior de trinta anos de reclusão, estando a vítima em qualquer
Art. 5º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte inciso: das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal.
“Art. 83. .............................................................. Art. 10. O art. 35 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976,
........................................................................ passa a vigorar acrescido de parágrafo único, com a seguinte reda-
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de con- ção:
denação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de “Art. 35. ................................................................
entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítulo serão
reincidente específico em crimes dessa natureza.” contados em dobro quando se tratar dos crimes previstos nos arts.
Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º; 213; 12, 13 e 14.”
214; 223, caput e seu parágrafo único; 267, caput e 270; caput, to- Art. 11. (Vetado).
dos do Código Penal, passam a vigorar com a seguinte redação: Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
“Art. 157. ............................................................. Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de
reclusão, de cinco a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a
reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. LEI Nº 8.078/1990 (CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMI-
........................................................................ DOR): ARTIGOS 61 A 80
Art. 159. ...............................................................
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
§ 1º ................................................................. LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990
Pena - reclusão, de doze a vinte anos.
§ 2º ................................................................. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providên-
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. cias.
§ 3º .................................................................
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Na-
........................................................................ cional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 213. ...............................................................
Pena - reclusão, de seis a dez anos. TÍTULO II
Art. 214. ............................................................... DAS INFRAÇÕES PENAIS
Pena - reclusão, de seis a dez anos.
........................................................................ Art. 61. Constituem crimes contra as relações de consumo pre-
Art. 223. ............................................................... vistas neste código, sem prejuízo do disposto no Código Penal e leis
Pena - reclusão, de oito a doze anos. especiais, as condutas tipificadas nos artigos seguintes.
Parágrafo único. ........................................................ Art. 62. (Vetado).
Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco anos. Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade
........................................................................ ou periculosidade de produtos, nas embalagens, nos invólucros, re-
Art. 267. ............................................................... cipientes ou publicidade:
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
........................................................................ § 1° Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de alertar, me-
Art. 270. ............................................................... diante recomendações escritas ostensivas, sobre a periculosidade
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. do serviço a ser prestado.
.......................................................................” § 2° Se o crime é culposo:
Art. 7º Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
parágrafo:
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Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade competente e aos Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer para os crimes
consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos cujo co- referidos neste código, incide as penas a esses cominadas na me-
nhecimento seja posterior à sua colocação no mercado: dida de sua culpabilidade, bem como o diretor, administrador ou
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa. gerente da pessoa jurídica que promover, permitir ou por qualquer
Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de modo aprovar o fornecimento, oferta, exposição à venda ou manu-
retirar do mercado, imediatamente quando determinado pela au- tenção em depósito de produtos ou a oferta e prestação de serviços
toridade competente, os produtos nocivos ou perigosos, na forma nas condições por ele proibidas.
deste artigo. Art. 76. São circunstâncias agravantes dos crimes tipificados
Art. 65. Executar serviço de alto grau de periculosidade, con- neste código:
trariando determinação de autoridade competente: I - serem cometidos em época de grave crise econômica ou por
Pena Detenção de seis meses a dois anos e multa. ocasião de calamidade;
§ 1º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das cor- II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo;
respondentes à lesão corporal e à morte. (Redação dada pela Lei nº III - dissimular-se a natureza ilícita do procedimento;
13.425, de 2017) IV - quando cometidos:
§ 2º A prática do disposto no inciso XIV do art. 39 desta Lei a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição econômi-
também caracteriza o crime previsto no caput deste artigo. (Incluí- co-social seja manifestamente superior à da vítima;
do pela Lei nº 13.425, de 2017) b) em detrimento de operário ou rurícola; de menor de dezoito
Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informa- ou maior de sessenta anos ou de pessoas portadoras de deficiência
ção relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quanti- mental interditadas ou não;
dade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de V - serem praticados em operações que envolvam alimentos,
produtos ou serviços: medicamentos ou quaisquer outros produtos ou serviços essenciais .
Pena - Detenção de três meses a um ano e multa. Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Seção será fixada em
§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta. dias-multa, correspondente ao mínimo e ao máximo de dias de du-
§ 2º Se o crime é culposo; ração da pena privativa da liberdade cominada ao crime. Na indivi-
Pena Detenção de um a seis meses ou multa. dualização desta multa, o juiz observará o disposto no art. 60, §1°
Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria do Código Penal.
saber ser enganosa ou abusiva: Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de multa,
Pena Detenção de três meses a um ano e multa. podem ser impostas, cumulativa ou alternadamente, observado o
Parágrafo único. (Vetado). disposto nos arts. 44 a 47, do Código Penal:
Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria I - a interdição temporária de direitos;
saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma II - a publicação em órgãos de comunicação de grande circu-
prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança: lação ou audiência, às expensas do condenado, de notícia sobre os
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa: fatos e a condenação;
Parágrafo único. (Vetado). III - a prestação de serviços à comunidade.
Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e científicos Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que trata este có-
que dão base à publicidade: digo, será fixado pelo juiz, ou pela autoridade que presidir o inqué-
Pena Detenção de um a seis meses ou multa. rito, entre cem e duzentas mil vezes o valor do Bônus do Tesouro
Art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça ou compo- Nacional (BTN), ou índice equivalente que venha a substituí-lo.
nentes de reposição usados, sem autorização do consumidor: Parágrafo único. Se assim recomendar a situação econômica
Pena Detenção de três meses a um ano e multa. do indiciado ou réu, a fiança poderá ser:
Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, a) reduzida até a metade do seu valor mínimo;
constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou b) aumentada pelo juiz até vinte vezes.
enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o con- Art. 80. No processo penal atinente aos crimes previstos neste
sumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu traba- código, bem como a outros crimes e contravenções que envolvam
lho, descanso ou lazer: relações de consumo, poderão intervir, como assistentes do Minis-
Pena Detenção de três meses a um ano e multa. tério Público, os legitimados indicados no art. 82, inciso III e IV, aos
Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às in- quais também é facultado propor ação penal subsidiária, se a de-
formações que sobre ele constem em cadastros, banco de dados, núncia não for oferecida no prazo legal.
fichas e registros:
Pena Detenção de seis meses a um ano ou multa.
Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente informação sobre LEI Nº 8.429/1992 (LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRA-
consumidor constante de cadastro, banco de dados, fichas ou regis- TIVA): ARTIGOS 1º AO 13
tros que sabe ou deveria saber ser inexata:
Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o termo de garan- IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
tia adequadamente preenchido e com especificação clara de seu A improbidade administrativa é a falta de probidade do servi-
conteúdo; dor no exercício de suas funções ou de governantes no desempe-
Pena Detenção de um a seis meses ou multa. nho das atividades próprias de seu cargo. Os atos de improbidade
administrativa importam a suspensão dos direitos políticos, a perda

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da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento § 2º Considera-se dolo a vontade livre e consciente de alcan-
do Erário (patrimônio da administração), na forma e gradação pre- çar o resultado ilícito tipificado nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, não
vistas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. bastando a voluntariedade do agente. (Incluído pela Lei nº 14.230,
Com a inclusão do princípio da moralidade administrativa no de 2021)
texto constitucional houve um reflexo da preocupação com a ética § 3º O mero exercício da função ou desempenho de compe-
na Administração Pública, para evitar a corrupção de servidores. tências públicas, sem comprovação de ato doloso com fim ilícito,
A matéria é regulada no plano constitucional pelo art. 37, §4º, afasta a responsabilidade por ato de improbidade administrativa.
da Constituição Federal, e no plano infraconstitucional pela Lei Fe- (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
deral Nº 8.429, de 02.06.1992, que dispõe sobre “as sanções apli- § 4º Aplicam-se ao sistema da improbidade disciplinado nesta
cáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no Lei os princípios constitucionais do direito administrativo sanciona-
exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração dor. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
pública direta, indireta ou fundacional.” § 5º Os atos de improbidade violam a probidade na organiza-
A lei 8.429/92 pune os atos de improbidade praticados por ção do Estado e no exercício de suas funções e a integridade do
qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração. patrimônio público e social dos Poderes Executivo, Legislativo e Ju-
Agente público, para os efeitos desta lei, é todo aquele que exer- diciário, bem como da administração direta e indireta, no âmbito da
ce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. (Incluído
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de pela Lei nº 14.230, de 2021)
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função. Con- § 6º Estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de improbida-
tudo, a lei também poderá ser aplicada, àquele que, mesmo não de praticados contra o patrimônio de entidade privada que receba
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de entes pú-
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou in- blicos ou governamentais, previstos no § 5º deste artigo. (Incluído
direta. pela Lei nº 14.230, de 2021)
Os atos que constituem improbidade administrativa podem ser § 7º Independentemente de integrar a administração indireta,
divididos em quatro espécies: estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de improbidade pratica-
1. Ato de improbidade administrativa que importa enriqueci- dos contra o patrimônio de entidade privada para cuja criação ou
mento ilícito (art. 9º) custeio o erário haja concorrido ou concorra no seu patrimônio ou
2) Ato de improbidade administrativa que importa lesão ao erá- receita atual, limitado o ressarcimento de prejuízos, nesse caso, à
rio (art. 10) repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. (In-
cluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
3) Ato de improbidade administrativa decorrente de concessão § 8º Não configura improbidade a ação ou omissão decorrente
ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário (art. 10- de divergência interpretativa da lei, baseada em jurisprudência, ain-
A) da que não pacificada, mesmo que não venha a ser posteriormente
4) Ato de improbidade administrativa que atenta contra os prevalecente nas decisões dos órgãos de controle ou dos tribunais
princípios da administração pública (art. 11). do Poder Judiciário. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 o agente político, o servidor público e todo aquele que exerce, ainda
que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
Dispõe sobre as sanções aplicáveis em virtude da prática de designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
atos de improbidade administrativa, de que trata o § 4º do art. 37 vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades referi-
da Constituição Federal; e dá outras providências. (Redação dada das no art. 1º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
pela Lei nº 14.230, de 2021) Parágrafo único. No que se refere a recursos de origem pública,
sujeita-se às sanções previstas nesta Lei o particular, pessoa física
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Na- ou jurídica, que celebra com a administração pública convênio, con-
cional decreta e eu sanciono a seguinte lei: trato de repasse, contrato de gestão, termo de parceria, termo de
cooperação ou ajuste administrativo equivalente. (Incluído pela Lei
CAPÍTULO I nº 14.230, de 2021)
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber,
àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra
Art. 1º O sistema de responsabilização por atos de improbidade dolosamente para a prática do ato de improbidade. (Redação dada
administrativa tutelará a probidade na organização do Estado e no pela Lei nº 14.230, de 2021)
exercício de suas funções, como forma de assegurar a integridade § 1º Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de
do patrimônio público e social, nos termos desta Lei. (Redação dada pessoa jurídica de direito privado não respondem pelo ato de im-
pela Lei nº 14.230, de 2021) probidade que venha a ser imputado à pessoa jurídica, salvo se,
Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, comprovadamente, houver participação e benefícios diretos, caso
de 2021) em que responderão nos limites da sua participação. (Incluído pela
§ 1º Consideram-se atos de improbidade administrativa as con- Lei nº 14.230, de 2021)
dutas dolosas tipificadas nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, ressalvados
tipos previstos em leis especiais. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
2021)

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§ 2º As sanções desta Lei não se aplicarão à pessoa jurídica, IV - utilizar, em obra ou serviço particular, qualquer bem móvel,
caso o ato de improbidade administrativa seja também sanciona- de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades referidas
do como ato lesivo à administração pública de que trata a Lei nº no art. 1º desta Lei, bem como o trabalho de servidores, de empre-
12.846, de 1º de agosto de 2013. (Incluído pela Lei nº 14.230, de gados ou de terceiros contratados por essas entidades; (Redação
2021) dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
Art. 4° (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021) V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
Art. 5° (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021) ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar,
Art. 6° (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021) de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qual-
Art. 7º Se houver indícios de ato de improbidade, a autoridade quer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;
que conhecer dos fatos representará ao Ministério Público compe- VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
tente, para as providências necessárias. (Redação dada pela Lei nº ou indireta, para fazer declaração falsa sobre qualquer dado técni-
14.230, de 2021) co que envolva obras públicas ou qualquer outro serviço ou sobre
Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercado-
de 2021) rias ou bens fornecidos a qualquer das entidades referidas no art.
Art. 8º O sucessor ou o herdeiro daquele que causar dano ao 1º desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
erário ou que se enriquecer ilicitamente estão sujeitos apenas à VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de manda-
obrigação de repará-lo até o limite do valor da herança ou do pa- to, de cargo, de emprego ou de função pública, e em razão deles,
trimônio transferido. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) bens de qualquer natureza, decorrentes dos atos descritos no caput
Art. 8º-A A responsabilidade sucessória de que trata o art. 8º deste artigo, cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimô-
desta Lei aplica-se também na hipótese de alteração contratual, de nio ou à renda do agente público, assegurada a demonstração pelo
transformação, de incorporação, de fusão ou de cisão societária. agente da licitude da origem dessa evolução; (Redação dada pela
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Lei nº 14.230, de 2021)
Parágrafo único. Nas hipóteses de fusão e de incorporação, a VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de con-
responsabilidade da sucessora será restrita à obrigação de repara- sultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que te-
ção integral do dano causado, até o limite do patrimônio transferi- nha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou
do, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções previstas nesta Lei omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a
decorrentes de atos e de fatos ocorridos antes da data da fusão atividade;
ou da incorporação, exceto no caso de simulação ou de evidente IX - perceber vantagem econômica para intermediar a libera-
intuito de fraude, devidamente comprovados. (Incluído pela Lei nº ção ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;
14.230, de 2021) X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declara-
CAPÍTULO II ção a que esteja obrigado;
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens,
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das en-
SEÇÃO I tidades mencionadas no art. 1° desta lei;
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE IMPOR- XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores
TAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no
art. 1° desta lei.
Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importan- SEÇÃO II
do em enriquecimento ilícito auferir, mediante a prática de ato do- DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE CAUSAM
loso, qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do PREJUÍZO AO ERÁRIO
exercício de cargo, de mandato, de função, de emprego ou de ati-
vidade nas entidades referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente: Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa
(Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) lesão ao erário qualquer ação ou omissão dolosa, que enseje, efe-
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou tiva e comprovadamente, perda patrimonial, desvio, apropriação,
imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indire- malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades
ta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente: (Redação dada pela
quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido Lei nº 14.230, de 2021)
ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do I - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a indevida
agente público; incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica,
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para fa- de bens, de rendas, de verbas ou de valores integrantes do acervo
cilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou patrimonial das entidades referidas no art. 1º desta Lei; (Redação
a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
preço superior ao valor de mercado; II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica pri-
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para fa- vada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
cilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o forne- patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a
cimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis
mercado; à espécie;

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III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente desper- XIX - agir para a configuração de ilícito na celebração, na fisca-
sonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, ren- lização e na análise das prestações de contas de parcerias firmadas
das, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades pela administração pública com entidades privadas; (Redação dada
mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades pela Lei nº 14.230, de 2021)
legais e regulamentares aplicáveis à espécie; XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de pública com entidades privadas sem a estrita observância das nor-
bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas mas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação
no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, irregular. (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014, com a redação dada
por preço inferior ao de mercado; pela Lei nº 13.204, de 2015)
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem XXI - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
ou serviço por preço superior ao de mercado; XXII - conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tribu-
VI - realizar operação financeira sem observância das normas tário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei
legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidô- Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei nº
nea; 14.230, de 2021)
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a obser- § 1º Nos casos em que a inobservância de formalidades legais
vância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à es- ou regulamentares não implicar perda patrimonial efetiva, não
pécie; ocorrerá imposição de ressarcimento, vedado o enriquecimento
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo sem causa das entidades referidas no art. 1º desta Lei. (Incluído
seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucra- pela Lei nº 14.230, de 2021)
tivos, ou dispensá-los indevidamente, acarretando perda patrimo- § 2º A mera perda patrimonial decorrente da atividade econô-
nial efetiva; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) mica não acarretará improbidade administrativa, salvo se compro-
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autoriza- vado ato doloso praticado com essa finalidade. (Incluído pela Lei nº
das em lei ou regulamento; 14.230, de 2021)
X - agir ilicitamente na arrecadação de tributo ou de renda,
bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio públi- SEÇÃO III
co; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE ATEN-
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas TAM CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irre-
gular; Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enri- contra os princípios da administração pública a ação ou omissão
queça ilicitamente; dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veí- legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas: (Reda-
culos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, ção dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencio- I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
nadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
empregados ou terceiros contratados por essas entidades. III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por das atribuições e que deva permanecer em segredo, propiciando
objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associa- beneficiamento por informação privilegiada ou colocando em risco
da sem observar as formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei a segurança da sociedade e do Estado; (Redação dada pela Lei nº
nº 11.107, de 2005) 14.230, de 2021)
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem sufi- IV - negar publicidade aos atos oficiais, exceto em razão de sua
ciente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formali- imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado ou
dades previstas na lei. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) de outras hipóteses instituídas em lei; (Redação dada pela Lei nº
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorpo- 14.230, de 2021)
ração, ao patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, V - frustrar, em ofensa à imparcialidade, o caráter concorrencial
rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração de concurso público, de chamamento ou de procedimento licitató-
pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, rio, com vistas à obtenção de benefício próprio, direto ou indireto,
sem a observância das formalidades legais ou regulamentares apli- ou de terceiros; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
cáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo,
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica desde que disponha das condições para isso, com vistas a ocultar
privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos irregularidades; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
pela administração pública a entidade privada mediante celebração VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de tercei-
de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regula- ro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou
mentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.
(Vigência) VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entida- e aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração pú-
des privadas sem a observância das formalidades legais ou regula- blica com entidades privadas. (Redação dada pela Lei nº 13.019, de
mentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) 2014) (Vigência)
(Vigência) IX - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
X - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
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XI - nomear cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, II - na hipótese do art. 10 desta Lei, perda dos bens ou valores
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autori- acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstân-
dade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido cia, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 12
em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de (doze) anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada e proibição de contratar com o poder público ou de receber bene-
na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes fícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com- ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio ma-
preendido o ajuste mediante designações recíprocas; (Incluído pela joritário, pelo prazo não superior a 12 (doze) anos; (Redação dada
Lei nº 14.230, de 2021) pela Lei nº 14.230, de 2021)
XII - praticar, no âmbito da administração pública e com recur- III - na hipótese do art. 11 desta Lei, pagamento de multa civil
sos do erário, ato de publicidade que contrarie o disposto no § 1º de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da remuneração percebida
do art. 37 da Constituição Federal, de forma a promover inequívoco pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de
enaltecimento do agente público e personalização de atos, de pro- receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou in-
gramas, de obras, de serviços ou de campanhas dos órgãos públi- diretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual
cos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos;
§ 1º Nos termos da Convenção das Nações Unidas contra a (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
Corrupção, promulgada pelo Decreto nº 5.687, de 31 de janeiro IV - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
de 2006, somente haverá improbidade administrativa, na aplica- Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230,
ção deste artigo, quando for comprovado na conduta funcional do de 2021)
agente público o fim de obter proveito ou benefício indevido para § 1º A sanção de perda da função pública, nas hipóteses dos in-
si ou para outra pessoa ou entidade. (Incluído pela Lei nº 14.230, cisos I e II do caput deste artigo, atinge apenas o vínculo de mesma
de 2021) qualidade e natureza que o agente público ou político detinha com
§ 2º Aplica-se o disposto no § 1º deste artigo a quaisquer atos o poder público na época do cometimento da infração, podendo
de improbidade administrativa tipificados nesta Lei e em leis espe- o magistrado, na hipótese do inciso I do caput deste artigo, e em
ciais e a quaisquer outros tipos especiais de improbidade adminis- caráter excepcional, estendê-la aos demais vínculos, consideradas
trativa instituídos por lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) as circunstâncias do caso e a gravidade da infração. (Incluído pela
§ 3º O enquadramento de conduta funcional na categoria de Lei nº 14.230, de 2021)
que trata este artigo pressupõe a demonstração objetiva da prática § 2º A multa pode ser aumentada até o dobro, se o juiz conside-
de ilegalidade no exercício da função pública, com a indicação das rar que, em virtude da situação econômica do réu, o valor calculado
normas constitucionais, legais ou infralegais violadas. (Incluído pela na forma dos incisos I, II e III do caput deste artigo é ineficaz para
Lei nº 14.230, de 2021) reprovação e prevenção do ato de improbidade. (Incluído pela Lei
§ 4º Os atos de improbidade de que trata este artigo exigem nº 14.230, de 2021)
lesividade relevante ao bem jurídico tutelado para serem passíveis § 3º Na responsabilização da pessoa jurídica, deverão ser con-
de sancionamento e independem do reconhecimento da produção siderados os efeitos econômicos e sociais das sanções, de modo
de danos ao erário e de enriquecimento ilícito dos agentes públicos. a viabilizar a manutenção de suas atividades. (Incluído pela Lei nº
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 14.230, de 2021)
§ 5º Não se configurará improbidade a mera nomeação ou indi- § 4º Em caráter excepcional e por motivos relevantes devida-
cação política por parte dos detentores de mandatos eletivos, sen- mente justificados, a sanção de proibição de contratação com o
do necessária a aferição de dolo com finalidade ilícita por parte do poder público pode extrapolar o ente público lesado pelo ato de
agente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) improbidade, observados os impactos econômicos e sociais das
sanções, de forma a preservar a função social da pessoa jurídica,
CAPÍTULO III conforme disposto no § 3º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230,
DAS PENAS de 2021)
§ 5º No caso de atos de menor ofensa aos bens jurídicos tute-
Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano lados por esta Lei, a sanção limitar-se-á à aplicação de multa, sem
patrimonial, se efetivo, e das sanções penais comuns e de respon- prejuízo do ressarcimento do dano e da perda dos valores obtidos,
sabilidade, civis e administrativas previstas na legislação específica, quando for o caso, nos termos do caput deste artigo. (Incluído pela
está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes Lei nº 14.230, de 2021)
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamen- § 6º Se ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do
te, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº dano a que se refere esta Lei deverá deduzir o ressarcimento ocorri-
14.230, de 2021) do nas instâncias criminal, civil e administrativa que tiver por objeto
I - na hipótese do art. 9º desta Lei, perda dos bens ou valores os mesmos fatos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, sus- § 7º As sanções aplicadas a pessoas jurídicas com base nesta
pensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos, pagamento de Lei e na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, deverão observar
multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e proibi- o princípio constitucional do non bis in idem. (Incluído pela Lei nº
ção de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou 14.230, de 2021)
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que § 8º A sanção de proibição de contratação com o poder público
por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, deverá constar do Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Sus-
pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos; (Redação dada pela Lei pensas (CEIS) de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013,
nº 14.230, de 2021)
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observadas as limitações territoriais contidas em decisão judicial, Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor poten-
conforme disposto no § 4º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, cial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais
de 2021) e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2
§ 9º As sanções previstas neste artigo somente poderão ser (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação dada pela Lei
executadas após o trânsito em julgado da sentença condenatória. nº 11.313, de 2006)
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á
§ 10. Para efeitos de contagem do prazo da sanção de suspen- pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, econo-
são dos direitos políticos, computar-se-á retroativamente o inter- mia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a
valo de tempo entre a decisão colegiada e o trânsito em julgado da reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não
sentença condenatória. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) privativa de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 13.603, de 2018)

CAPÍTULO IV SEÇÃO I
DA DECLARAÇÃO DE BENS DA COMPETÊNCIA E DOS ATOS PROCESSUAIS

Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicio- Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo
nados à apresentação de declaração de imposto de renda e proven- lugar em que foi praticada a infração penal.
tos de qualquer natureza, que tenha sido apresentada à Secretaria Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão reali-
Especial da Receita Federal do Brasil, a fim de ser arquivada no ser- zar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana, confor-
viço de pessoal competente. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de me dispuserem as normas de organização judiciária.
2021) Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que pre-
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) encherem as finalidades para as quais foram realizados, atendi-
§ 2º A declaração de bens a que se refere o caput deste arti- dos os critérios indicados no art. 62 desta Lei.
go será atualizada anualmente e na data em que o agente público § 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha
deixar o exercício do mandato, do cargo, do emprego ou da função. havido prejuízo.
(Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 2º A prática de atos processuais em outras comarcas po-
§ 3º Será apenado com a pena de demissão, sem prejuízo de derá ser solicitada por qualquer meio hábil de comunicação.
outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar a § 3º Serão objeto de registro escrito exclusivamente os atos
declaração dos bens a que se refere o caput deste artigo dentro do havidos por essenciais. Os atos realizados em audiência de ins-
prazo determinado ou que prestar declaração falsa. (Redação dada trução e julgamento poderão ser gravados em fita magnética ou
pela Lei nº 14.230, de 2021) equivalente.
§ 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado,
sempre que possível, ou por mandado.
Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser cita-
LEI Nº 9.099/95: ARTIGOS 60 A 76, 88 A 92 do, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para
adoção do procedimento previsto em lei.
Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com aviso
LEI Nº 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995. de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurídica ou firma
individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será
Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessário, por oficial de
outras providências. justiça, independentemente de mandado ou carta precatória, ou
ainda por qualquer meio idôneo de comunicação.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Parágrafo único. Dos atos praticados em audiência considerar-
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: -se-ão desde logo cientes as partes, os interessados e defensores.
Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato e do mandado
CAPÍTULO III de citação do acusado, constará a necessidade de seu compare-
DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS cimento acompanhado de advogado, com a advertência de que,
DISPOSIÇÕES GERAIS na sua falta, ser-lhe-á designado defensor público.

Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes toga- SEÇÃO II
dos ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o DA FASE PRELIMINAR
julgamento e a execução das infrações penais de menor poten-
cial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da
(Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006) ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará ime-
Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo diatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providen-
comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das re- ciando-se as requisições dos exames periciais necessários.
gras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do
transação penal e da composição dos danos civis. (Incluído pela termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir
Lei nº 11.313, de 2006) o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em
flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica,

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o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afasta- § 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo
mento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima. não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para
(Redação dada pela Lei nº 10.455, de 13.5.2002)) os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis,
Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a vítima, e não sen- cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível.
do possível a realização imediata da audiência preliminar, será
designada data próxima, da qual ambos sairão cientes. SEÇÃO VI
Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer dos envol- DISPOSIÇÕES FINAIS
vidos, a Secretaria providenciará sua intimação e, se for o caso, a
do responsável civil, na forma dos arts. 67 e 68 desta Lei. Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação
Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos
do Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se possível, crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
o responsável civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for
esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos danos e da igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o
aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não priva- Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a sus-
tiva de liberdade. pensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusa-
Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por conci- do não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado
liador sob sua orientação. por outro crime, presentes os demais requisitos que autoriza-
Parágrafo único. Os conciliadores são auxiliares da Justiça, riam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).
recrutados, na forma da lei local, preferentemente entre bacha- § 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na pre-
réis em Direito, excluídos os que exerçam funções na adminis- sença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender
tração da Justiça Criminal. o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito seguintes condições:
e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá efi- I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
cácia de título a ser executado no juízo civil competente. II - proibição de frequentar determinados lugares;
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa pri- III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem
vada ou de ação penal pública condicionada à representação, o autorização do Juiz;
acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensal-
representação. mente, para informar e justificar suas atividades.
Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será dada § 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica
imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situ-
de representação verbal, que será reduzida a termo. ação pessoal do acusado.
Parágrafo único. O não oferecimento da representação na § 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o be-
audiência preliminar não implica decadência do direito, que po- neficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar,
derá ser exercido no prazo previsto em lei. sem motivo justificado, a reparação do dano.
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de § 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a
ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquiva- ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou des-
mento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata cumprir qualquer outra condição imposta.
de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na § 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extin-
proposta. ta a punibilidade.
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, § 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão
o Juiz poderá reduzi-la até a metade. do processo.
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: § 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste arti-
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de go, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos.
crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam aos proces-
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo sos penais cuja instrução já estiver iniciada. (Vide ADIN nº 1.719-
de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos 9)
termos deste artigo; Art. 90-A. As disposições desta Lei não se aplicam no âm-
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a per- bito da Justiça Militar. (Artigo incluído pela Lei nº 9.839, de
sonalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, 27.9.1999)
ser necessária e suficiente a adoção da medida. Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir representa-
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, ção para a propositura da ação penal pública, o ofendido ou seu
será submetida à apreciação do Juiz. representante legal será intimado para oferecê-la no prazo de
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo trinta dias, sob pena de decadência.
autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposições dos Có-
ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada digos Penal e de Processo Penal, no que não forem incompatí-
apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de veis com esta Lei.
cinco anos.
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a
apelação referida no art. 82 desta Lei.

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Art. 7° Para os procedimentos de interceptação de que trata


LEI Nº 9.296/1996 (LEI DE INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA) esta Lei, a autoridade policial poderá requisitar serviços e técnicos
especializados às concessionárias de serviço público.
Art. 8° A interceptação de comunicação telefônica, de qualquer
LEI Nº 9.296, DE 24 DE JULHO DE 1996. natureza, ocorrerá em autos apartados, apensados aos autos do in-
quérito policial ou do processo criminal, preservando-se o sigilo das
Regulamenta o inciso XII, parte final, do art. 5° da Constitui- diligências, gravações e transcrições respectivas.
ção Federal. Parágrafo único. A apensação somente poderá ser realizada
imediatamente antes do relatório da autoridade, quando se tratar
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- de inquérito policial (Código de Processo Penal, art.10, § 1°) ou na
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: conclusão do processo ao juiz para o despacho decorrente do dis-
posto nos arts. 407, 502 ou 538 do Código de Processo Penal.
Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de qual- Art. 8º-A. Para investigação ou instrução criminal, poderá ser
quer natureza, para prova em investigação criminal e em instrução autorizada pelo juiz, a requerimento da autoridade policial ou do
processual penal, observará o disposto nesta Lei e dependerá de Ministério Público, a captação ambiental de sinais eletromagnéti-
ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça. cos, ópticos ou acústicos, quando: (Incluído pela Lei nº 13.964, de
Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à interceptação 2019)
do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática. I - a prova não puder ser feita por outros meios disponíveis e
Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações te- igualmente eficazes; e (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
lefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses: II - houver elementos probatórios razoáveis de autoria e parti-
I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em cipação em infrações criminais cujas penas máximas sejam superio-
infração penal; res a 4 (quatro) anos ou em infrações penais conexas. (Incluído pela
II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis; Lei nº 13.964, de 2019)
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no má- § 1º O requerimento deverá descrever circunstanciadamente o
ximo, com pena de detenção. local e a forma de instalação do dispositivo de captação ambiental.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita com (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
clareza a situação objeto da investigação, inclusive com a indicação § 2º A instalação do dispositivo de captação ambiental pode-
e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade manifesta, rá ser realizada, quando necessária, por meio de operação policial
devidamente justificada. disfarçada ou no período noturno, exceto na casa, nos termos do
Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas poderá inciso XI do caput do art. 5º da Constituição Federal. (Incluído pela
ser determinada pelo juiz, de ofício ou a requerimento: Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
I - da autoridade policial, na investigação criminal; § 3º A captação ambiental não poderá exceder o prazo de 15
II - do representante do Ministério Público, na investigação cri- (quinze) dias, renovável por decisão judicial por iguais períodos,
minal e na instrução processual penal. se comprovada a indispensabilidade do meio de prova e quando
Art. 4° O pedido de interceptação de comunicação telefônica presente atividade criminal permanente, habitual ou continuada.
conterá a demonstração de que a sua realização é necessária à apu- (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
ração de infração penal, com indicação dos meios a serem empre- § 4º A captação ambiental feita por um dos interlocutores sem
gados. o prévio conhecimento da autoridade policial ou do Ministério Pú-
§ 1° Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que o pedido seja blico poderá ser utilizada, em matéria de defesa, quando demons-
formulado verbalmente, desde que estejam presentes os pressu- trada a integridade da gravação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
postos que autorizem a interceptação, caso em que a concessão 2019) (Vigência)
será condicionada à sua redução a termo. § 5º Aplicam-se subsidiariamente à captação ambiental as re-
§ 2° O juiz, no prazo máximo de vinte e quatro horas, decidirá gras previstas na legislação específica para a interceptação telefôni-
sobre o pedido. ca e telemática. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, Art. 9° A gravação que não interessar à prova será inutilizada
indicando também a forma de execução da diligência, que não po- por decisão judicial, durante o inquérito, a instrução processual ou
derá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da
vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova. parte interessada.
Art. 6° Deferido o pedido, a autoridade policial conduzirá os Parágrafo único. O incidente de inutilização será assistido pelo
procedimentos de interceptação, dando ciência ao Ministério Pú- Ministério Público, sendo facultada a presença do acusado ou de
blico, que poderá acompanhar a sua realização. seu representante legal.
§ 1° No caso de a diligência possibilitar a gravação da comuni- Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações
cação interceptada, será determinada a sua transcrição. telefônicas, de informática ou telemática, promover escuta ambien-
§ 2° Cumprida a diligência, a autoridade policial encaminhará o tal ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com
resultado da interceptação ao juiz, acompanhado de auto circuns- objetivos não autorizados em lei: (Redação dada pela Lei nº 13.869.
tanciado, que deverá conter o resumo das operações realizadas. de 2019) (Vigência)
§ 3° Recebidos esses elementos, o juiz determinará a providên- Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação
cia do art. 8° , ciente o Ministério Público. dada pela Lei nº 13.869. de 2019) (Vigência)

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Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judicial II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de
que determina a execução de conduta prevista no caput deste arti- deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; ‘(Redação
go com objetivo não autorizado em lei. (Incluído pela Lei nº 13.869. dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
de 2019) (Vigência) III - se o crime é cometido mediante sequestro.
Art. 10-A. Realizar captação ambiental de sinais eletromagné- § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou em-
ticos, ópticos ou acústicos para investigação ou instrução criminal prego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo
sem autorização judicial, quando esta for exigida: (Incluído pela Lei da pena aplicada.
nº 13.964, de 2019) § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído ou anistia.
pela Lei nº 13.964, de 2019) § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese
§ 1º Não há crime se a captação é realizada por um dos interlo- do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.
cutores. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não
§ 2º A pena será aplicada em dobro ao funcionário público que tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasi-
descumprir determinação de sigilo das investigações que envolvam leira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.
a captação ambiental ou revelar o conteúdo das gravações enquan- Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
to mantido o sigilo judicial. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de
Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.
Art. 12. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 24 de julho de 1996; 175º da Independência e 108º da LEI Nº 9.503/1997 (CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO):
República. ARTIGOS 291 A 312-B

LEI Nº 9.455/1997 (TORTURA) LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997

Institui o Código de Trânsito Brasileiro.


LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Define os crimes de tortura e dá outras providências. Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- CAPÍTULO XIX


cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: DOS CRIMES DE TRÂNSITO
Seção I
Art. 1º Constitui crime de tortura: Disposições Gerais
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave
ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos au-
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da tomotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais
vítima ou de terceira pessoa; do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de
c) em razão de discriminação racial ou religiosa; setembro de 1995, no que couber.
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, § 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal cul-
com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento posa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de
físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida setembro de 1995, exceto se o agente estiver: (Renumerado do
de caráter preventivo. parágrafo único pela Lei nº 11.705, de 2008)
Pena - reclusão, de dois a oito anos. I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psi-
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou coativa que determine dependência; (Incluído pela Lei nº 11.705,
sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por de 2008)
intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou com-
de medida legal. petição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autorida-
tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de competente; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
de um a quatro anos. III - transitando em velocidade superior à máxima permitida
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por hora). (Incluído
a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclu- pela Lei nº 11.705, de 2008)
são é de oito a dezesseis anos. § 2o Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: instaurado inquérito policial para a investigação da infração penal.
I - se o crime é cometido por agente público; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vigên-
cia)

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§ 4º O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de
no art. 59 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 categoria diferente da do veículo;
(Código Penal), dando especial atenção à culpabilidade do agente V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados espe-
e às circunstâncias e consequências do crime. (Incluído pela Lei nº ciais com o transporte de passageiros ou de carga;
13.546, de 2017) (Vigência) VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados equi-
Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão pamentos ou características que afetem a sua segurança ou o seu
ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos
isolada ou cumulativamente com outras penalidades. (Redação nas especificações do fabricante;
dada pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente
Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se destinada a pedestres.
obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo automotor, Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.304, de
tem a duração de dois meses a cinco anos. 2022) (Vigência)
§ 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu Art. 299. (VETADO)
será intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta e Art. 300. (VETADO)
oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes
§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em fla-
a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor não se grante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro
inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, àquela.
estiver recolhido a estabelecimento prisional.
Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, Seção II
havendo necessidade para a garantia da ordem pública, poderá o Dos Crimes em Espécie
juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Minis-
tério Público ou ainda mediante representação da autoridade po- Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo
licial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão automotor:
ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proi-
sua obtenção. bição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo
Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a automotor.
medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do Ministério § 1o No homicídio culposo cometido na direção de veículo
Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo. automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o
Art. 295. A suspensão para dirigir veículo automotor ou a agente: (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
proibição de se obter a permissão ou a habilitação será sempre I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilita-
comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho Nacional de ção; (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito do Estado em que o II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; (Incluído
indiciado ou réu for domiciliado ou residente. pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem
neste Código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão da per- risco pessoal, à vítima do acidente; (Incluído pela Lei nº 12.971,
missão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo de 2014) (Vigência)
das demais sanções penais cabíveis. (Redação dada pela Lei nº IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver condu-
11.705, de 2008) zindo veículo de transporte de passageiros. (Incluído pela Lei nº
Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no pa- 12.971, de 2014) (Vigência)
gamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou seus V - (Revogado pela Lei nº 11.705, de 2008)
sucessores, de quantia calculada com base no disposto no § 1º § 2o (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
do art. 49 do Código Penal, sempre que houver prejuízo material § 3o Se o agente conduz veículo automotor sob a influência
resultante do crime. de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determi-
§ 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do ne dependência: (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vigência)
prejuízo demonstrado no processo. Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibi-
§ 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a 52 ção do direito de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
do Código Penal. veículo automotor. (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vigên-
§ 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa reparató- cia)
ria será descontado. Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo
Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penali- automotor:
dades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo cometido Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou
a infração: proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir ve-
I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com ículo automotor.
grande risco de grave dano patrimonial a terceiros; § 1o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocor-
II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adul- rer qualquer das hipóteses do § 1o do art. 302. (Renumerado do
teradas; parágrafo único pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vigência)
III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habi- § 2o A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cin-
litação; co anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo, se
o agente conduz o veículo com capacidade psicomotora alterada
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em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa lo automotor, não autorizada pela autoridade competente, geran-
que determine dependência, e se do crime resultar lesão corporal do situação de risco à incolumidade pública ou privada: (Redação
de natureza grave ou gravíssima. (Incluído pela Lei nº 13.546, de dada pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vigência)
2017) (Vigência) Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do aciden- suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação
te, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo para dirigir veículo automotor. (Redação dada pela Lei nº 12.971,
diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autori- de 2014) (Vigência)
dade pública: § 1o Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem que
não constituir elemento de crime mais grave. o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo,
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis)
condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo. (Inclu-
terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
ferimentos leves. § 2o Se da prática do crime previsto no caput resultar morte,
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do aciden- e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resul-
te, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser tado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liber-
atribuída: (Vide ADC 35) dade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. outras penas previstas neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.971,
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psi- de 2014) (Vigência)
comotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a de-
substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada vida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o
pela Lei nº 12.760, de 2012) direito de dirigir, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspen- Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
são ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo
dirigir veículo automotor. automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou
§ 1o As condutas previstas no caput serão constatadas por: com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu esta-
(Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012) do de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool condições de conduzi-lo com segurança:
por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
por litro de ar alveolar; ou (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012) Art. 310-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012)
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, (Vigência)
alteração da capacidade psicomotora. (Incluído pela Lei nº 12.760, Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segu-
de 2012) rança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de em-
§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida barque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou
mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perí- onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas,
cia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito gerando perigo de dano:
admitidos, observado o direito à contraprova. (Redação dada pela Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente auto-
§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos mobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedimento
testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracteriza- policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o esta-
ção do crime tipificado neste artigo. (Redação dada pela Lei nº do de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente
12.971, de 2014) (Vigência) policial, o perito, ou juiz:
§ 4º Poderá ser empregado qualquer aparelho homologado Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que
INMETRO - para se determinar o previsto no caput. (Incluído pela não iniciados, quando da inovação, o procedimento preparatório,
Lei nº 13.840, de 2019) o inquérito ou o processo aos quais se refere.
Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a per- Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312
missão ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a substituição
com fundamento neste Código: de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, esta
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova deverá ser de prestação de serviço à comunidade ou a entidades
imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proi- públicas, em uma das seguintes atividades: (Incluído pela Lei nº
bição. 13.281, de 2016) (Vigência)
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos
que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art. 293, a corpos de bombeiros e em outras unidades móveis especializadas
Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. no atendimento a vítimas de trânsito; (Incluído pela Lei nº 13.281,
Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via de 2016) (Vigência)
pública, de corrida, disputa ou competição automobilística ou ain- II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da
da de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veícu- rede pública que recebem vítimas de acidente de trânsito e poli-
traumatizados; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

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III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na § 2o Até que os animais sejam entregues às instituições men-
recuperação de acidentados de trânsito; (Incluído pela Lei nº cionadas no § 1o deste artigo, o órgão autuante zelará para que
13.281, de 2016) (Vigência) eles sejam mantidos em condições adequadas de acondiciona-
IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e mento e transporte que garantam o seu bem-estar físico. (Reda-
recuperação de vítimas de acidentes de trânsito. (Incluído pela Lei ção dada pela Lei nº 13.052, de 2014) (Vide ADPF 640)
nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 3º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão
Art. 312-B. Aos crimes previstos no § 3º do art. 302 e no § 2º estes avaliados e doados a instituições científicas, hospitalares,
do art. 303 deste Código não se aplica o disposto no inciso I do penais e outras com fins beneficentes. (Renumerando do §2º para
caput do art. 44 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de §3º pela Lei nº 13.052, de 2014)
1940 (Código Penal) . (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020) § 4° Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão
destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou edu-
cacionais. (Renumerando do §3º para §4º pela Lei nº 13.052, de
LEI Nº 9.605/1998 (LEI DO MEIO AMBIENTE): ARTIGOS 2014)
25, 32, 42 E 65 § 5º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão
vendidos, garantida a sua descaracterização por meio da recicla-
gem. (Renumerando do §4º para §5º pela Lei nº 13.052, de 2014)
O ambiente é protegido pela Lei n.º 9.605 de 12 de fevereiro
de 1998 (Lei de Crimes Ambientais), que determina as sanções pe- CAPÍTULO V
nais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE
meio ambiente. Seção I
A lei define a responsabilidade das pessoas jurídicas, permitin- Dos Crimes contra a Fauna
do que grandes empresas sejam responsabilizadas criminalmente
pelos danos que seus empreendimentos possam causar à natureza. Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar
Cerca as penas previstas pela Lei de Crimes Ambientais estas animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exó-
são aplicadas conforme a gravidade da infração: quanto mais repro- ticos: (Vide ADPF 640)
vável a conduta, mais severa a punição. Ela pode ser privativa de Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
liberdade, onde o sujeito condenado deverá cumprir sua pena em § 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência do-
regime penitenciário; restritiva de direitos, quando for aplicada ao lorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou
sujeito (em substituição à prisão) penalidades como a prestação de científicos, quando existirem recursos alternativos. (Vide ADPF
serviços à comunidade, interdição temporária de direitos, suspen- 640)
são de atividades, prestação pecuniária e recolhimento domiciliar; § 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as con-
ou multa. dutas descritas no caput deste artigo será de reclusão, de 2 (dois)
A pessoa jurídica infratora, uma empresa que viola um direito a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda. (Incluído pela Lei nº
ambiental, não pode ter sua liberdade restringida da mesma forma 14.064, de 2020)
que uma pessoa comum, mas é sujeita a penalizações. § 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre
morte do animal. (Vide ADPF 640)
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998.
Seção II
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas Dos Crimes contra a Flora
de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências. Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que
possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de ve-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- getação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento hu-
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: mano:
Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as
CAPÍTULO III penas cumulativamente.
DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO DE IN-
FRAÇÃO ADMINISTRATIVA OU DE CRIME Seção IV
Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio
Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produ- Cultural
tos e instrumentos, lavrando-se os respectivos autos. (Vide ADPF
640) Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou
§ 1o Os animais serão prioritariamente libertados em seu monumento urbano: (Redação dada pela Lei nº 12.408, de 2011)
habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Re-
questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações dação dada pela Lei nº 12.408, de 2011)
ou entidades assemelhadas, para guarda e cuidados sob a res- § 1o Se o ato for realizado em monumento ou coisa tomba-
ponsabilidade de técnicos habilitados. (Redação dada pela Lei nº da em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a
13.052, de 2014) pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção e multa. (Renu-
merado do parágrafo único pela Lei nº 12.408, de 2011)

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§ 2o Não constitui crime a prática de grafite realizada com o § 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo único do
objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante art. 14 do Código Penal.
manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, § 4o A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes
quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, definidos nesta Lei forem cometidos de forma reiterada ou por
no caso de bem público, com a autorização do órgão competente intermédio de organização criminosa. (Redação dada pela Lei nº
e a observância das posturas municipais e das normas editadas 12.683, de 2012)
pelos órgãos governamentais responsáveis pela preservação e § 5o A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser
conservação do patrimônio histórico e artístico nacional. (Incluído cumprida em regime aberto ou semiaberto, facultando-se ao juiz
pela Lei nº 12.408, de 2011) deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena
restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar
espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimen-
LEI Nº 9.613/1998 (LEI DE REPRESSÃO À “LAVAGEM DE tos que conduzam à apuração das infrações penais, à identifica-
DINHEIRO”) ção dos autores, coautores e partícipes, ou à localização dos bens,
direitos ou valores objeto do crime. (Redação dada pela Lei nº
12.683, de 2012)
LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998. § 6º Para a apuração do crime de que trata este artigo, admi-
te-se a utilização da ação controlada e da infiltração de agentes.
Dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema financei-
ro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de Controle CAPÍTULO II
de Atividades Financeiras - COAF, e dá outras providências. DISPOSIÇÕES PROCESSUAIS ESPECIAIS

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos nesta
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Lei:
I – obedecem às disposições relativas ao procedimento co-
CAPÍTULO I mum dos crimes punidos com reclusão, da competência do juiz
DOS CRIMES DE “LAVAGEM” OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREI- singular;
TOS E VALORES II - independem do processo e julgamento das infrações pe-
nais antecedentes, ainda que praticados em outro país, cabendo
Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, ao juiz competente para os crimes previstos nesta Lei a decisão
disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou sobre a unidade de processo e julgamento; (Redação dada pela
valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. Lei nº 12.683, de 2012)
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) III - são da competência da Justiça Federal:
I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem
II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) econômico-financeira, ou em detrimento de bens, serviços ou in-
III - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) teresses da União, ou de suas entidades autárquicas ou empresas
IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) públicas;
V - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) b) quando a infração penal antecedente for de competência
VI - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) da Justiça Federal. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
VII - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) § 1o A denúncia será instruída com indícios suficientes da
VIII - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) existência da infração penal antecedente, sendo puníveis os fatos
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa. (Redação previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) autor, ou extinta a punibilidade da infração penal antecedente.
§ 1o Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de infração § 2o No processo por crime previsto nesta Lei, não se aplica
penal: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) o disposto no art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro
I - os converte em ativos lícitos; de 1941 (Código de Processo Penal), devendo o acusado que não
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garan- comparecer nem constituir advogado ser citado por edital, pros-
tia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere; seguindo o feito até o julgamento, com a nomeação de defensor
III - importa ou exporta bens com valores não corresponden- dativo. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
tes aos verdadeiros. Art. 3º (Revogado pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 2o Incorre, ainda, na mesma pena quem: (Redação dada Art. 4o O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Públi-
pela Lei nº 12.683, de 2012) co ou mediante representação do delegado de polícia, ouvido o
I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos Ministério Público em 24 (vinte e quatro) horas, havendo indícios
ou valores provenientes de infração penal; (Redação dada pela Lei suficientes de infração penal, poderá decretar medidas assecu-
nº 12.683, de 2012) ratórias de bens, direitos ou valores do investigado ou acusado,
II - participa de grupo, associação ou escritório tendo conhe- ou existentes em nome de interpostas pessoas, que sejam instru-
cimento de que sua atividade principal ou secundária é dirigida à mento, produto ou proveito dos crimes previstos nesta Lei ou das
prática de crimes previstos nesta Lei. infrações penais antecedentes. (Redação dada pela Lei nº 12.683,
de 2012)
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§ 1o Proceder-se-á à alienação antecipada para preservação a) os depósitos serão efetuados em instituição financeira de-
do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a qualquer grau signada em lei, preferencialmente pública, de cada Estado ou, na
de deterioração ou depreciação, ou quando houver dificuldade sua ausência, em instituição financeira pública da União; (Incluída
para sua manutenção. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 2o O juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens, b) os depósitos serão repassados para a conta única de cada
direitos e valores quando comprovada a licitude de sua origem, Estado, na forma da respectiva legislação. (Incluída pela Lei nº
mantendo-se a constrição dos bens, direitos e valores necessários 12.683, de 2012)
e suficientes à reparação dos danos e ao pagamento de presta- § 5o Mediante ordem da autoridade judicial, o valor do de-
ções pecuniárias, multas e custas decorrentes da infração penal. pósito, após o trânsito em julgado da sentença proferida na ação
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) penal, será: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 3o Nenhum pedido de liberação será conhecido sem o com- I - em caso de sentença condenatória, nos processos de com-
parecimento pessoal do acusado ou de interposta pessoa a que se petência da Justiça Federal e da Justiça do Distrito Federal, incor-
refere o caput deste artigo, podendo o juiz determinar a prática de porado definitivamente ao patrimônio da União, e, nos processos
atos necessários à conservação de bens, direitos ou valores, sem de competência da Justiça Estadual, incorporado ao patrimônio
prejuízo do disposto no § 1o. (Redação dada pela Lei nº 12.683, do Estado respectivo; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
de 2012) II - em caso de sentença absolutória extintiva de punibilidade,
§ 4o Poderão ser decretadas medidas assecuratórias sobre colocado à disposição do réu pela instituição financeira, acrescido
bens, direitos ou valores para reparação do dano decorrente da da remuneração da conta judicial. (Incluído pela Lei nº 12.683, de
infração penal antecedente ou da prevista nesta Lei ou para pa- 2012)
gamento de prestação pecuniária, multa e custas. (Redação dada § 6o A instituição financeira depositária manterá controle dos
pela Lei nº 12.683, de 2012) valores depositados ou devolvidos. (Incluído pela Lei nº 12.683,
Art. 4o-A. A alienação antecipada para preservação de va- de 2012)
lor de bens sob constrição será decretada pelo juiz, de ofício, a § 7o Serão deduzidos da quantia apurada no leilão todos os
requerimento do Ministério Público ou por solicitação da parte tributos e multas incidentes sobre o bem alienado, sem prejuízo
interessada, mediante petição autônoma, que será autuada em de iniciativas que, no âmbito da competência de cada ente da Fe-
apartado e cujos autos terão tramitação em separado em relação deração, venham a desonerar bens sob constrição judicial daque-
ao processo principal. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) les ônus. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 1o O requerimento de alienação deverá conter a relação de § 8o Feito o depósito a que se refere o § 4o deste artigo, os
todos os demais bens, com a descrição e a especificação de cada autos da alienação serão apensados aos do processo principal.
um deles, e informações sobre quem os detém e local onde se (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
encontram. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) § 9o Terão apenas efeito devolutivo os recursos interpostos
§ 2o O juiz determinará a avaliação dos bens, nos autos contra as decisões proferidas no curso do procedimento previsto
apartados, e intimará o Ministério Público. (Incluído pela Lei nº neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
12.683, de 2012) § 10. Sobrevindo o trânsito em julgado de sentença penal
§ 3o Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergências so- condenatória, o juiz decretará, em favor, conforme o caso, da
bre o respectivo laudo, o juiz, por sentença, homologará o valor União ou do Estado: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
atribuído aos bens e determinará sejam alienados em leilão ou I - a perda dos valores depositados na conta remunerada e da
pregão, preferencialmente eletrônico, por valor não inferior a fiança; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
75% (setenta e cinco por cento) da avaliação. (Incluído pela Lei nº II - a perda dos bens não alienados antecipadamente e daque-
12.683, de 2012) les aos quais não foi dada destinação prévia; e (Incluído pela Lei
§ 4o Realizado o leilão, a quantia apurada será depositada em nº 12.683, de 2012)
conta judicial remunerada, adotando-se a seguinte disciplina: (In- III - a perda dos bens não reclamados no prazo de 90 (no-
cluído pela Lei nº 12.683, de 2012) venta) dias após o trânsito em julgado da sentença condenatória,
I - nos processos de competência da Justiça Federal e da Justi- ressalvado o direito de lesado ou terceiro de boa-fé. (Incluído pela
ça do Distrito Federal: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) Lei nº 12.683, de 2012)
a) os depósitos serão efetuados na Caixa Econômica Federal § 11. Os bens a que se referem os incisos II e III do § 10 deste
ou em instituição financeira pública, mediante documento ade- artigo serão adjudicados ou levados a leilão, depositando-se o sal-
quado para essa finalidade; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) do na conta única do respectivo ente. (Incluído pela Lei nº 12.683,
b) os depósitos serão repassados pela Caixa Econômica Fede- de 2012)
ral ou por outra instituição financeira pública para a Conta Única § 12. O juiz determinará ao registro público competente que
do Tesouro Nacional, independentemente de qualquer formalida- emita documento de habilitação à circulação e utilização dos bens
de, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas; e (Incluída pela Lei nº colocados sob o uso e custódia das entidades a que se refere o
12.683, de 2012) caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
c) os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal ou por § 13. Os recursos decorrentes da alienação antecipada de
instituição financeira pública serão debitados à Conta Única do bens, direitos e valores oriundos do crime de tráfico ilícito de dro-
Tesouro Nacional, em subconta de restituição; (Incluída pela Lei gas e que tenham sido objeto de dissimulação e ocultação nos
nº 12.683, de 2012) termos desta Lei permanecem submetidos à disciplina definida
II - nos processos de competência da Justiça dos Estados: (In- em lei específica. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
cluído pela Lei nº 12.683, de 2012)

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Art. 4o-B. A ordem de prisão de pessoas ou as medidas asse- CAPÍTULO IV


curatórias de bens, direitos ou valores poderão ser suspensas pelo DOS BENS, DIREITOS OU VALORES ORIUNDOS DE CRIMES
juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução imediata PRATICADOS NO ESTRANGEIRO
puder comprometer as investigações. (Incluído pela Lei nº 12.683,
de 2012) Art. 8o O juiz determinará, na hipótese de existência de tra-
Art. 5o Quando as circunstâncias o aconselharem, o juiz, ou- tado ou convenção internacional e por solicitação de autoridade
vido o Ministério Público, nomeará pessoa física ou jurídica quali- estrangeira competente, medidas assecuratórias sobre bens, di-
ficada para a administração dos bens, direitos ou valores sujeitos reitos ou valores oriundos de crimes descritos no art. 1o pratica-
a medidas assecuratórias, mediante termo de compromisso. (Re- dos no estrangeiro. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) § 1º Aplica-se o disposto neste artigo, independentemente
Art. 6o A pessoa responsável pela administração dos bens: de tratado ou convenção internacional, quando o governo do país
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) da autoridade solicitante prometer reciprocidade ao Brasil.
I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, que será sa- § 2o Na falta de tratado ou convenção, os bens, direitos ou va-
tisfeita com o produto dos bens objeto da administração; lores privados sujeitos a medidas assecuratórias por solicitação de
II - prestará, por determinação judicial, informações perió- autoridade estrangeira competente ou os recursos provenientes
dicas da situação dos bens sob sua administração, bem como ex- da sua alienação serão repartidos entre o Estado requerente e o
plicações e detalhamentos sobre investimentos e reinvestimentos Brasil, na proporção de metade, ressalvado o direito do lesado ou
realizados. de terceiro de boa-fé. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
Parágrafo único. Os atos relativos à administração dos bens
sujeitos a medidas assecuratórias serão levados ao conhecimento CAPÍTULO V
do Ministério Público, que requererá o que entender cabível. (Re- (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 12.683, DE 2012)
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) DAS PESSOAS SUJEITAS AO MECANISMO DE CONTROLE
(REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 12.683, DE 2012)
CAPÍTULO III
DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO Art. 9o Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e 11
as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter permanente
Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos no Có- ou eventual, como atividade principal ou acessória, cumulativa-
digo Penal: mente ou não: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
I - a perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos de I - a captação, intermediação e aplicação de recursos finan-
competência da Justiça Estadual -, de todos os bens, direitos e ceiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira;
valores relacionados, direta ou indiretamente, à prática dos cri- II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como
mes previstos nesta Lei, inclusive aqueles utilizados para prestar ativo financeiro ou instrumento cambial;
a fiança, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé; III - a custódia, emissão, distribuição, liqüidação, negociação,
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) intermediação ou administração de títulos ou valores mobiliários.
II - a interdição do exercício de cargo ou função pública de Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:
qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho de ad- I – as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou futuros
ministração ou de gerência das pessoas jurídicas referidas no art. e os sistemas de negociação do mercado de balcão organizado;
9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade aplicada. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 1o A União e os Estados, no âmbito de suas competências, II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as entidades de
regulamentarão a forma de destinação dos bens, direitos e valo- previdência complementar ou de capitalização;
res cuja perda houver sido declarada, assegurada, quanto aos pro- III - as administradoras de cartões de credenciamento ou car-
cessos de competência da Justiça Federal, a sua utilização pelos tões de crédito, bem como as administradoras de consórcios para
órgãos federais encarregados da prevenção, do combate, da ação aquisição de bens ou serviços;
penal e do julgamento dos crimes previstos nesta Lei, e, quanto IV - as administradoras ou empresas que se utilizem de car-
aos processos de competência da Justiça Estadual, a preferên- tão ou qualquer outro meio eletrônico, magnético ou equivalente,
cia dos órgãos locais com idêntica função. (Incluído pela Lei nº que permita a transferência de fundos;
12.683, de 2012) Regulamento V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing), as em-
§ 2o Os instrumentos do crime sem valor econômico cuja presas de fomento comercial (factoring) e as Empresas Simples
perda em favor da União ou do Estado for decretada serão inu- de Crédito (ESC); (Redação dada pela Lei Complementar nº 167,
tilizados ou doados a museu criminal ou a entidade pública, se de 2019)
houver interesse na sua conservação. (Incluído pela Lei nº 12.683, VI - as sociedades que, mediante sorteio, método asseme-
de 2012) lhado, exploração de loterias, inclusive de apostas de quota fixa,
ou outras sistemáticas de captação de apostas com pagamento
de prêmios, realizem distribuição de dinheiro, de bens móveis,
de bens imóveis e de outras mercadorias ou serviços, bem como
concedam descontos na sua aquisição ou contratação; (Redação
dada pela Lei nº 14.183, de 2021)
VII - as filiais ou representações de entes estrangeiros que
exerçam no Brasil qualquer das atividades listadas neste artigo,
ainda que de forma eventual;
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VIII - as demais entidades cujo funcionamento dependa de II - manterão registro de toda transação em moeda nacio-
autorização de órgão regulador dos mercados financeiro, de câm- nal ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito,
bio, de capitais e de seguros; metais, ou qualquer ativo passível de ser convertido em dinheiro,
IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que ultrapassar limite fixado pela autoridade competente e nos
que operem no Brasil como agentes, dirigentes, procuradoras, termos de instruções por esta expedidas;
comissionárias ou por qualquer forma representem interesses III - deverão adotar políticas, procedimentos e controles in-
de ente estrangeiro que exerça qualquer das atividades referidas ternos, compatíveis com seu porte e volume de operações, que
neste artigo; lhes permitam atender ao disposto neste artigo e no art. 11, na
X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de forma disciplinada pelos órgãos competentes; (Redação dada pela
promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis; (Redação Lei nº 12.683, de 2012)
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) IV - deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado no
XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, órgão regulador ou fiscalizador e, na falta deste, no Conselho de
pedras e metais preciosos, objetos de arte e antigüidades. Controle de Atividades Financeiras (Coaf), na forma e condições
XII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens por eles estabelecidas; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
de luxo ou de alto valor, intermedeiem a sua comercialização ou V - deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf na
exerçam atividades que envolvam grande volume de recursos em periodicidade, forma e condições por ele estabelecidas, cabendo-
espécie; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) -lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das informações presta-
XIII - as juntas comerciais e os registros públicos; (Incluído das. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
pela Lei nº 12.683, de 2012) § 1º Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa jurídica,
XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que a identificação referida no inciso I deste artigo deverá abranger as
eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, pessoas físicas autorizadas a representá-la, bem como seus pro-
auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, prietários.
em operações: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) § 2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II des-
a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos comer- te artigo deverão ser conservados durante o período mínimo de
ciais ou industriais ou participações societárias de qualquer natu- cinco anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão da
reza; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) transação, prazo este que poderá ser ampliado pela autoridade
b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos; competente.
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) § 3º O registro referido no inciso II deste artigo será efetuado
c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupan- também quando a pessoa física ou jurídica, seus entes ligados,
ça, investimento ou de valores mobiliários; (Incluída pela Lei nº houver realizado, em um mesmo mês-calendário, operações com
12.683, de 2012) uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo que, em seu conjun-
d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de qual- to, ultrapassem o limite fixado pela autoridade competente.
quer natureza, fundações, fundos fiduciários ou estruturas análo- Art. 10A. O Banco Central manterá registro centralizado for-
gas; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) mando o cadastro geral de correntistas e clientes de instituições
e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e (Incluída pela Lei financeiras, bem como de seus procuradores. (Incluído pela Lei nº
nº 12.683, de 2012) 10.701, de 2003)
f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos rela-
cionados a atividades desportivas ou artísticas profissionais; (In- CAPÍTULO VII
cluída pela Lei nº 12.683, de 2012) DA COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS
XV - pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção, in-
termediação, comercialização, agenciamento ou negociação de Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º:
direitos de transferência de atletas, artistas ou feiras, exposições I - dispensarão especial atenção às operações que, nos ter-
ou eventos similares; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) mos de instruções emanadas das autoridades competentes, pos-
XVI - as empresas de transporte e guarda de valores; (Incluído sam constituir-se em sérios indícios dos crimes previstos nesta Lei,
pela Lei nº 12.683, de 2012) ou com eles relacionar-se;
XVII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar ciência
de alto valor de origem rural ou animal ou intermedeiem a sua de tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela à qual se refira a
comercialização; e (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) informação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a proposta ou
XVIII - as dependências no exterior das entidades menciona- realização: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
das neste artigo, por meio de sua matriz no Brasil, relativamente a a) de todas as transações referidas no inciso II do art. 10,
residentes no País. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) acompanhadas da identificação de que trata o inciso I do mencio-
nado artigo; e (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
CAPÍTULO VI b) das operações referidas no inciso I; (Redação dada pela Lei
DA IDENTIFICAÇÃO DOS CLIENTES E MANUTENÇÃO DE REGIS- nº 12.683, de 2012)
TROS III - deverão comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da
sua atividade ou, na sua falta, ao Coaf, na periodicidade, forma e
Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º: condições por eles estabelecidas, a não ocorrência de propostas,
I - identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado, transações ou operações passíveis de serem comunicadas nos ter-
nos termos de instruções emanadas das autoridades competen- mos do inciso II. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
tes;
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§ 1º As autoridades competentes, nas instruções referidas § 3º A inabilitação temporária será aplicada quando forem
no inciso I deste artigo, elaborarão relação de operações que, por verificadas infrações graves quanto ao cumprimento das obriga-
suas características, no que se refere às partes envolvidas, valores, ções constantes desta Lei ou quando ocorrer reincidência especí-
forma de realização, instrumentos utilizados, ou pela falta de fun- fica, devidamente caracterizada em transgressões anteriormente
damento econômico ou legal, possam configurar a hipótese nele punidas com multa.
prevista. § 4º A cassação da autorização será aplicada nos casos de
§ 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista nes- reincidência específica de infrações anteriormente punidas com a
te artigo, não acarretarão responsabilidade civil ou administrativa. pena prevista no inciso III do caput deste artigo.
§ 3o O Coaf disponibilizará as comunicações recebidas com Art. 13. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020)
base no inciso II do caput aos respectivos órgãos responsáveis
pela regulação ou fiscalização das pessoas a que se refere o art. CAPÍTULO IX
9o. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) DO CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS
Art. 11-A. As transferências internacionais e os saques em
espécie deverão ser previamente comunicados à instituição finan- Art. 14. É criado, no âmbito do Ministério da Fazenda, o Con-
ceira, nos termos, limites, prazos e condições fixados pelo Banco selho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, com a fina-
Central do Brasil. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) lidade de disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, exa-
minar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas
CAPÍTULO VIII previstas nesta Lei, sem prejuízo da competência de outros órgãos
DA RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA e entidades.
§ 1º As instruções referidas no art. 10 destinadas às pessoas
Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos ad- mencionadas no art. 9º, para as quais não exista órgão próprio
ministradores das pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as fiscalizador ou regulador, serão expedidas pelo COAF, competin-
obrigações previstas nos arts. 10 e 11 serão aplicadas, cumula- do-lhe, para esses casos, a definição das pessoas abrangidas e a
tivamente ou não, pelas autoridades competentes, as seguintes aplicação das sanções enumeradas no art. 12.
sanções: § 2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor mecanismos
I - advertência; de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações
II - multa pecuniária variável não superior: (Redação dada rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de
pela Lei nº 12.683, de 2012) bens, direitos e valores.
a) ao dobro do valor da operação; (Incluída pela Lei nº 12.683, § 3o O COAF poderá requerer aos órgãos da Administra-
de 2012) ção Pública as informações cadastrais bancárias e financeiras de
b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente se- pessoas envolvidas em atividades suspeitas. (Incluído pela Lei nº
ria obtido pela realização da operação; ou (Incluída pela Lei nº 10.701, de 2003)
12.683, de 2012) Art. 15. O COAF comunicará às autoridades competentes
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); (In- para a instauração dos procedimentos cabíveis, quando concluir
cluída pela Lei nº 12.683, de 2012) pela existência de crimes previstos nesta Lei, de fundados indícios
III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para de sua prática, ou de qualquer outro ilícito.
o exercício do cargo de administrador das pessoas jurídicas refe- Art. 16. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020)
ridas no art. 9º; Art. 17. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020)
IV - cassação ou suspensão da autorização para o exercício de
atividade, operação ou funcionamento. (Redação dada pela Lei nº CAPÍTULO X
12.683, de 2012) (INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.683, DE 2012)
§ 1º A pena de advertência será aplicada por irregularidade DISPOSIÇÕES GERAIS
no cumprimento das instruções referidas nos incisos I e II do art. (INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.683, DE 2012)
10.
§ 2o A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas Art. 17-A. Aplicam-se, subsidiariamente, as disposições do
no art. 9o, por culpa ou dolo: (Redação dada pela Lei nº 12.683, Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Proces-
de 2012) so Penal), no que não forem incompatíveis com esta Lei. (Incluído
I – deixarem de sanar as irregularidades objeto de advertên- pela Lei nº 12.683, de 2012)
cia, no prazo assinalado pela autoridade competente; Art. 17-B. A autoridade policial e o Ministério Público terão
II - não cumprirem o disposto nos incisos I a IV do art. 10; acesso, exclusivamente, aos dados cadastrais do investigado que
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) informam qualificação pessoal, filiação e endereço, independen-
III - deixarem de atender, no prazo estabelecido, a requisição temente de autorização judicial, mantidos pela Justiça Eleitoral,
formulada nos termos do inciso V do art. 10; (Redação dada pela pelas empresas telefônicas, pelas instituições financeiras, pelos
Lei nº 12.683, de 2012) provedores de internet e pelas administradoras de cartão de cré-
IV - descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a comuni- dito. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
cação a que se refere o art. 11. Art. 17-C. Os encaminhamentos das instituições financeiras e
tributárias em resposta às ordens judiciais de quebra ou transfe-
rência de sigilo deverão ser, sempre que determinado, em meio

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informático, e apresentados em arquivos que possibilitem a mi-


gração de informações para os autos do processo sem redigitação. LEI Nº 9.807/1998 (LEI DE PROTEÇÃO A VÍTIMAS E TES-
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) TEMUNHAS)
Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor público, este
será afastado, sem prejuízo de remuneração e demais direitos
previstos em lei, até que o juiz competente autorize, em decisão LEI Nº 9.807, DE 13 DE JULHO DE 1999
fundamentada, o seu retorno. (Incluído pela Lei nº 12.683, de
2012) (Vide ADIN 4911) Estabelece normas para a organização e a manutenção de
Art. 17-E. A Secretaria da Receita Federal do Brasil conservará programas especiais de proteção a vítimas e a testemunhas ame-
os dados fiscais dos contribuintes pelo prazo mínimo de 5 (cin- açadas, institui o Programa Federal de Assistência a Vítimas e a
co) anos, contado a partir do início do exercício seguinte ao da Testemunhas Ameaçadas e dispõe sobre a proteção de acusados
declaração de renda respectiva ou ao do pagamento do tributo. ou condenados que tenham voluntariamente prestado efetiva co-
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) laboração à investigação policial e ao processo criminal.
Art. 17-F. O tratamento de dados pessoais pelo Coaf: (Incluído
pela Medida Provisória nº 1.158, de 2023) O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-
I - será realizado de forma estritamente necessária para o cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
atendimento às suas finalidades legais; (Incluído pela Medida Pro-
visória nº 1.158, de 2023) CAPÍTULO I
II - garantirá a exatidão e a atualização dos dados, respeitadas DA PROTEÇÃO ESPECIAL A VÍTIMAS E A TESTEMUNHAS
as medidas adequadas para a eliminação ou a retificação de dados
inexatos; (Incluído pela Medida Provisória nº 1.158, de 2023) Art. 1o As medidas de proteção requeridas por vítimas ou por
III - não superará o período necessário para o atendimento às testemunhas de crimes que estejam coagidas ou expostas a grave
suas finalidades legais; (Incluído pela Medida Provisória nº 1.158, ameaça em razão de colaborarem com a investigação ou processo
de 2023) criminal serão prestadas pela União, pelos Estados e pelo Distrito
IV - considerará, na hipótese de compartilhamento, a sua Federal, no âmbito das respectivas competências, na forma de pro-
realização por intermédio de comunicação formal, com garantia gramas especiais organizados com base nas disposições desta Lei.
de sigilo, certificação do destinatário e estabelecimento de instru- § 1o A União, os Estados e o Distrito Federal poderão celebrar
mentos efetivos de apuração e correção de eventuais desvios co- convênios, acordos, ajustes ou termos de parceria entre si ou com
metidos em seus procedimentos internos; (Incluído pela Medida entidades não-governamentais objetivando a realização dos pro-
Provisória nº 1.158, de 2023) gramas.
V - garantirá níveis adequados de segurança, respeitadas as § 2o A supervisão e a fiscalização dos convênios, acordos, ajus-
medidas técnicas e administrativas para impedir acessos, destrui- tes e termos de parceria de interesse da União ficarão a cargo do
ção, perda, alteração, comunicação, compartilhamento, transfe- órgão do Ministério da Justiça com atribuições para a execução da
rência ou difusão não autorizadas ou ilícitas; (Incluído pela Medi- política de direitos humanos.
da Provisória nº 1.158, de 2023) Art. 2o A proteção concedida pelos programas e as medidas
VI - será dotado de medidas especiais de segurança quando dela decorrentes levarão em conta a gravidade da coação ou da
se tratar de dados: (Incluído pela Medida Provisória nº 1.158, de ameaça à integridade física ou psicológica, a dificuldade de preve-
2023) ni-las ou reprimi-las pelos meios convencionais e a sua importância
a) sensíveis, nos termos do disposto no inciso II do caput do para a produção da prova.
art. 5º da Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018; e (Incluído pela § 1o A proteção poderá ser dirigida ou estendida ao cônjuge ou
Medida Provisória nº 1.158, de 2023) companheiro, ascendentes, descendentes e dependentes que te-
b) protegidos por sigilo; e (Incluído pela Medida Provisória nº nham convivência habitual com a vítima ou testemunha, conforme
1.158, de 2023) o especificamente necessário em cada caso.
VII - não será utilizado para fins discriminatórios, ilícitos ou § 2o Estão excluídos da proteção os indivíduos cuja persona-
abusivos. (Incluído pela Medida Provisória nº 1.158, de 2023) lidade ou conduta seja incompatível com as restrições de com-
Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. portamento exigidas pelo programa, os condenados que estejam
cumprindo pena e os indiciados ou acusados sob prisão cautelar
Brasília, 3 de março de 1998; 177º da Independência e 110º em qualquer de suas modalidades. Tal exclusão não trará prejuízo a
da República. eventual prestação de medidas de preservação da integridade física
desses indivíduos por parte dos órgãos de segurança pública.
§ 3o O ingresso no programa, as restrições de segurança e de-
mais medidas por ele adotadas terão sempre a anuência da pessoa
protegida, ou de seu representante legal.
§ 4o Após ingressar no programa, o protegido ficará obrigado
ao cumprimento das normas por ele prescritas.
§ 5o As medidas e providências relacionadas com os programas
serão adotadas, executadas e mantidas em sigilo pelos protegidos e
pelos agentes envolvidos em sua execução.

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Art. 3o Toda admissão no programa ou exclusão dele será pre- VI - suspensão temporária das atividades funcionais, sem pre-
cedida de consulta ao Ministério Público sobre o disposto no art. 2o juízo dos respectivos vencimentos ou vantagens, quando servidor
e deverá ser subseqüentemente comunicada à autoridade policial público ou militar;
ou ao juiz competente. VII - apoio e assistência social, médica e psicológica;
Art. 4o Cada programa será dirigido por um conselho delibe- VIII - sigilo em relação aos atos praticados em virtude da pro-
rativo em cuja composição haverá representantes do Ministério teção concedida;
Público, do Poder Judiciário e de órgãos públicos e privados rela- IX - apoio do órgão executor do programa para o cumprimento
cionados com a segurança pública e a defesa dos direitos humanos. de obrigações civis e administrativas que exijam o comparecimento
§ 1o A execução das atividades necessárias ao programa ficará pessoal.
a cargo de um dos órgãos representados no conselho deliberativo, Parágrafo único. A ajuda financeira mensal terá um teto fixado
devendo os agentes dela incumbidos ter formação e capacitação pelo conselho deliberativo no início de cada exercício financeiro.
profissional compatíveis com suas tarefas. Art. 8o Quando entender necessário, poderá o conselho deli-
§ 2o Os órgãos policiais prestarão a colaboração e o apoio ne- berativo solicitar ao Ministério Público que requeira ao juiz a con-
cessários à execução de cada programa. cessão de medidas cautelares direta ou indiretamente relacionadas
Art. 5o A solicitação objetivando ingresso no programa poderá com a eficácia da proteção.
ser encaminhada ao órgão executor: Art. 9o Em casos excepcionais e considerando as características
I - pelo interessado; e gravidade da coação ou ameaça, poderá o conselho deliberativo
II - por representante do Ministério Público; encaminhar requerimento da pessoa protegida ao juiz competente
III - pela autoridade policial que conduz a investigação criminal; para registros públicos objetivando a alteração de nome completo.
IV - pelo juiz competente para a instrução do processo criminal; § 1o A alteração de nome completo poderá estender-se às pes-
V - por órgãos públicos e entidades com atribuições de defesa soas mencionadas no § 1o do art. 2o desta Lei, inclusive aos filhos
dos direitos humanos. menores, e será precedida das providências necessárias ao resguar-
§ 1o A solicitação será instruída com a qualificação da pessoa a do de direitos de terceiros.
ser protegida e com informações sobre a sua vida pregressa, o fato § 2o O requerimento será sempre fundamentado e o juiz ou-
delituoso e a coação ou ameaça que a motiva. virá previamente o Ministério Público, determinando, em seguida,
§ 2o Para fins de instrução do pedido, o órgão executor poderá que o procedimento tenha rito sumaríssimo e corra em segredo de
solicitar, com a aquiescência do interessado: justiça.
I - documentos ou informações comprobatórios de sua identi- § 3o Concedida a alteração pretendida, o juiz determinará na
dade, estado civil, situação profissional, patrimônio e grau de ins- sentença, observando o sigilo indispensável à proteção do interes-
trução, e da pendência de obrigações civis, administrativas, fiscais, sado:
financeiras ou penais; I - a averbação no registro original de nascimento da menção
II - exames ou pareceres técnicos sobre a sua personalidade, de que houve alteração de nome completo em conformidade com
estado físico ou psicológico. o estabelecido nesta Lei, com expressa referência à sentença auto-
§ 3o Em caso de urgência e levando em consideração a proce- rizatória e ao juiz que a exarou e sem a aposição do nome alterado;
dência, gravidade e a iminência da coação ou ameaça, a vítima ou II - a determinação aos órgãos competentes para o fornecimen-
testemunha poderá ser colocada provisoriamente sob a custódia de to dos documentos decorrentes da alteração;
órgão policial, pelo órgão executor, no aguardo de decisão do con- III - a remessa da sentença ao órgão nacional competente para
selho deliberativo, com comunicação imediata a seus membros e ao o registro único de identificação civil, cujo procedimento obedecerá
Ministério Público. às necessárias restrições de sigilo.
Art. 6o O conselho deliberativo decidirá sobre: § 4o O conselho deliberativo, resguardado o sigilo das informa-
I - o ingresso do protegido no programa ou a sua exclusão; ções, manterá controle sobre a localização do protegido cujo nome
II - as providências necessárias ao cumprimento do programa. tenha sido alterado.
Parágrafo único. As deliberações do conselho serão tomadas § 5o Cessada a coação ou ameaça que deu causa à alteração, fi-
por maioria absoluta de seus membros e sua execução ficará sujeita cará facultado ao protegido solicitar ao juiz competente o retorno à
à disponibilidade orçamentária. situação anterior, com a alteração para o nome original, em petição
Art. 7o Os programas compreendem, dentre outras, as seguin- que será encaminhada pelo conselho deliberativo e terá manifesta-
tes medidas, aplicáveis isolada ou cumulativamente em benefício ção prévia do Ministério Público.
da pessoa protegida, segundo a gravidade e as circunstâncias de Art. 10. A exclusão da pessoa protegida de programa de pro-
cada caso: teção a vítimas e a testemunhas poderá ocorrer a qualquer tempo:
I - segurança na residência, incluindo o controle de telecomu- I - por solicitação do próprio interessado;
nicações; II - por decisão do conselho deliberativo, em conseqüência de:
II - escolta e segurança nos deslocamentos da residência, in- a) cessação dos motivos que ensejaram a proteção;
clusive para fins de trabalho ou para a prestação de depoimentos; b) conduta incompatível do protegido.
III - transferência de residência ou acomodação provisória em Art. 11. A proteção oferecida pelo programa terá a duração má-
local compatível com a proteção; xima de dois anos.
IV - preservação da identidade, imagem e dados pessoais; Parágrafo único. Em circunstâncias excepcionais, perdurando
V - ajuda financeira mensal para prover as despesas necessá- os motivos que autorizam a admissão, a permanência poderá ser
rias à subsistência individual ou familiar, no caso de a pessoa pro- prorrogada.
tegida estar impossibilitada de desenvolver trabalho regular ou de
inexistência de qualquer fonte de renda;
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Art. 12. Fica instituído, no âmbito do órgão do Ministério da “Art. 18. Ressalvado o disposto nos arts. 45, 57, § 7o, e 95, pará-
Justiça com atribuições para a execução da política de direitos hu- grafo único, a certidão será lavrada independentemente de despa-
manos, o Programa Federal de Assistência a Vítimas e a Testemu- cho judicial, devendo mencionar o livro de registro ou o documento
nhas Ameaçadas, a ser regulamentado por decreto do Poder Exe- arquivado no cartório.” (NR)
cutivo. (Regulamento) Art. 19. A União poderá utilizar estabelecimentos especialmen-
te destinados ao cumprimento de pena de condenados que tenham
CAPÍTULO II prévia e voluntariamente prestado a colaboração de que trata esta
DA PROTEÇÃO AOS RÉUS COLABORADORES Lei.
Parágrafo único. Para fins de utilização desses estabelecimen-
Art. 13. Poderá o juiz, de ofício ou a requerimento das partes, tos, poderá a União celebrar convênios com os Estados e o Distrito
conceder o perdão judicial e a conseqüente extinção da punibili- Federal.
dade ao acusado que, sendo primário, tenha colaborado efetiva e Art. 19-A. Terão prioridade na tramitação o inquérito e o pro-
voluntariamente com a investigação e o processo criminal, desde cesso criminal em que figure indiciado, acusado, vítima ou réu co-
que dessa colaboração tenha resultado: laboradores, vítima ou testemunha protegidas pelos programas de
I - a identificação dos demais co-autores ou partícipes da ação que trata esta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.483, de 2011)
criminosa; Parágrafo único. Qualquer que seja o rito processual criminal,
II - a localização da vítima com a sua integridade física preser- o juiz, após a citação, tomará antecipadamente o depoimento das
vada; pessoas incluídas nos programas de proteção previstos nesta Lei,
III - a recuperação total ou parcial do produto do crime. devendo justificar a eventual impossibilidade de fazê-lo no caso
Parágrafo único. A concessão do perdão judicial levará em con- concreto ou o possível prejuízo que a oitiva antecipada traria para a
ta a personalidade do beneficiado e a natureza, circunstâncias, gra- instrução criminal. (Incluído pela Lei nº 12.483, de 2011)
vidade e repercussão social do fato criminoso. Art. 20. As despesas decorrentes da aplicação desta Lei, pela
Art. 14. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente União, correrão à conta de dotação consignada no orçamento.
com a investigação policial e o processo criminal na identificação Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
dos demais co-autores ou partícipes do crime, na localização da víti-
ma com vida e na recuperação total ou parcial do produto do crime, Brasília, 13 de julho de 1999; 178o da Independência e 111o
no caso de condenação, terá pena reduzida de um a dois terços. da República.
Art. 15. Serão aplicadas em benefício do colaborador, na prisão
ou fora dela, medidas especiais de segurança e proteção a sua inte-
gridade física, considerando ameaça ou coação eventual ou efetiva. LEI Nº 10.741/2003 (ESTATUTO DO IDOSO): ARTIGOS 93
§ 1o Estando sob prisão temporária, preventiva ou em decor- A 109
rência de flagrante delito, o colaborador será custodiado em depen-
dência separada dos demais presos.
§ 2o Durante a instrução criminal, poderá o juiz competente A referida lei trouxe ao ordenamento jurídico pátrio a garantia
determinar em favor do colaborador qualquer das medidas previs- dos direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta)
tas no art. 8o desta Lei. anos. Entre os direitos, estão a atenção integral à saúde por meio do
§ 3o No caso de cumprimento da pena em regime fechado, po- Sistema único de Saúde - SUS; recursos públicos destinados à pro-
derá o juiz criminal determinar medidas especiais que proporcio- teção ao idoso; atendimento familiar em detrimento do asilar; além
nem a segurança do colaborador em relação aos demais apenados. de outros direitos que estão elencados na referida Lei.
A Lei 10.741/2003 estimula a criação de varas especializadas
DISPOSIÇÕES GERAIS e exclusivas do idoso. Quanto a esse último direito, o Estatuto do
Art. 16. O art. 57 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, Idoso ao instituir tal dispositivo possibilitou mais uma garantia aos
fica acrescido do seguinte § 7o: idosos. Foram criadas delegacias e setores do Ministério Público
“§ 7º Quando a alteração de nome for concedida em razão especializados na defesa dos direitos dos idosos. Ilustre-se ainda a
de fundada coação ou ameaça decorrente de colaboração com a obrigatoriedade da prioridade de tramitação processual em todas
apuração de crime, o juiz competente determinará que haja a aver- as varas, visando a celeridade ao idoso.
bação no registro de origem de menção da existência de sentença
concessiva da alteração, sem a averbação do nome alterado, que LEI N° 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003.
somente poderá ser procedida mediante determinação posterior,
que levará em consideração a cessação da coação ou ameaça que Dispõe sobre o Estatuto da Pessoa Idosa e dá outras provi-
deu causa à alteração.” dências. (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022)
Art. 17. O parágrafo único do art. 58 da Lei nº 6.015, de 31 de
dezembro de 1973, com a redação dada pela Lei no 9.708, de 18 de O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
novembro de 1998, passa a ter a seguinte redação: Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
“Parágrafo único. A substituição do prenome será ainda admiti-
da em razão de fundada coação ou ameaça decorrente da colabora-
ção com a apuração de crime, por determinação, em sentença, de
juiz competente, ouvido o Ministério Público.” (NR)
Art. 18. O art. 18 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973,
passa a ter a seguinte redação:
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TÍTULO VI II – negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou tra-


DOS CRIMES balho;
III – recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de
CAPÍTULO I prestar assistência à saúde, sem justa causa, a pessoa idosa;
DISPOSIÇÕES GERAIS IV – deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo,
a execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude
Art. 93. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as dis- esta Lei;
posições da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985. V – recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis
Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima à propositura da ação civil objeto desta Lei, quando requisitados
privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se pelo Ministério Público.
o procedimento previsto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo
1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Códi- motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em que
go Penal e do Código de Processo Penal. (Vide ADIN 3.096-5 - STF) for parte ou interveniente a pessoa idosa: (Redação dada pela Lei
nº 14.423, de 2022)
CAPÍTULO II Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
DOS CRIMES EM ESPÉCIE Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pen-
são ou qualquer outro rendimento da pessoa idosa, dando-lhes
Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pú- aplicação diversa da de sua finalidade: (Redação dada pela Lei nº
blica incondicionada, não se lhes aplicando os arts. 181 e 182 do 14.423, de 2022)
Código Penal. Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência da pessoa
seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao idosa, como abrigada, por recusa desta em outorgar procuração à
direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento entidade de atendimento: (Redação dada pela Lei nº 14.423, de
necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade: 2022)
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
§ 1o Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar, me- Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa
nosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer motivo. a benefícios, proventos ou pensão da pessoa idosa, bem como
§ 2o A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se qualquer outro documento com objetivo de assegurar recebimen-
encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do agente. to ou ressarcimento de dívida: (Redação dada pela Lei nº 14.423,
§ 3º Não constitui crime a negativa de crédito motivada por de 2022)
superendividamento da pessoa idosa. (Redação dada pela Lei nº Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.
14.423, de 2022) Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de comunica-
Art. 97. Deixar de prestar assistência à pessoa idosa, quando ção, informações ou imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa
possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente peri- idosa: (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022)
go, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à saúde, sem Pena – detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.
justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de autoridade Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus
pública: (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022) atos a outorgar procuração para fins de administração de bens ou
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. deles dispor livremente:
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omis- Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
são resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resul- Art. 107. Coagir, de qualquer modo, a pessoa idosa a doar,
ta a morte. contratar, testar ou outorgar procuração: (Redação dada pela Lei
Art. 98. Abandonar a pessoa idosa em hospitais, casas de saú- nº 14.423, de 2022)
de, entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não pro- Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
ver suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou manda- Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem
do: (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022) discernimento de seus atos, sem a devida representação legal:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa. Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psí-
quica, da pessoa idosa, submetendo-a a condições desumanas ou TÍTULO VII
degradantes ou privando-a de alimentos e cuidados indispensá- DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
veis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-a a trabalho exces-
sivo ou inadequado: (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022) Art. 109. Impedir ou embaraçar ato do representante do Mi-
Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa. nistério Público ou de qualquer outro agente fiscalizador:
§ 1o Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 2o Se resulta a morte:
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) me-
ses a 1 (um) ano e multa:
I – obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por
motivo de idade;
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de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e


LEI Nº 10.826/2003 (ESTATUTO DO DESARMAMENTO): em desacordo com determinação legal ou regulamentar: (Redação
ARTIGOS 12 A 21 dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei
LEI N° 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. nº 13.964, de 2019)
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de
Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de identificação de arma de fogo ou artefato;
fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, de- II – modificar as características de arma de fogo, de forma a
fine crimes e dá outras providências. torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou
para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autorida-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- de policial, perito ou juiz;
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo
ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com determina-
CAPÍTULO IV ção legal ou regulamentar;
DOS CRIMES E DAS PENAS IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de
fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identifica-
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido ção raspado, suprimido ou adulterado;
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, aces- V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente,
sório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determina- arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou ado-
ção legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou depen- lescente; e
dência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou
titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa: adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. § 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo
Omissão de cautela envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impe- 4 (quatro) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
dir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de defici- Comércio ilegal de arma de fogo
ência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocul-
ou que seja de sua propriedade: tar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar,
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valo- arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desa-
res que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à cordo com determinação legal ou regulamentar:
Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação
arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato. § 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efei-
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido to deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabrica-
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em de- ção ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em
pósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, residência. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, § 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de
acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em de- fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com
sacordo com determinação legal ou regulamentar: a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado,
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta cri-
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, minal preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agen- Tráfico internacional de arma de fogo
te. (Vide Adin 3.112-1) Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do
Disparo de arma de fogo território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar munição, sem autorização da autoridade competente:
habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa. (Re-
ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática dação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
de outro crime: Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou en-
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. trega arma de fogo, acessório ou munição, em operação de impor-
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. tação, sem autorização da autoridade competente, a agente poli-
(Vide Adin 3.112-1) cial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter 2019)
em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, empres- Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumen-
tar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma tada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem de
uso proibido ou restrito.

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Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a § 2º Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as con-
pena é aumentada da metade se: (Redação dada pela Lei nº 13.964, dições necessárias para o efetivo exercício dos direitos enunciados
de 2019) no caput.
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas refe- Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins
ridas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, sociais a que ela se destina e, especialmente, as condições pecu-
de 2019) liares das mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
II - o agente for reincidente específico em crimes dessa nature-
za. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) TÍTULO II
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetí- DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER
veis de liberdade provisória. (Vide Adin 3.112-1)
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
LEI Nº 11.340/2006 (LEI “MARIA DA PENHA”): ARTIGOS
1.º A 22, 24, 24-A E 41 Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica
e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no
gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psi-
LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006 cológico e dano moral ou patrimonial: (Vide Lei complementar nº
150, de 2015)
Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o
contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo
Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade
para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dis- formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados,
põe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Pe- III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor
nal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente
de coabitação.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: independem de orientação sexual.
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher consti-
TÍTULO I tui uma das formas de violação dos direitos humanos.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO II
Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a vio- DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CON-
lência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do TRA A MULHER
art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação
de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a
Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra mulher, entre outras:
a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela Re- I - a violência física, entendida como qualquer conduta que
pública Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de ofenda sua integridade ou saúde corporal;
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medi- II - a violência psicológica, entendida como qualquer condu-
das de assistência e proteção às mulheres em situação de violência ta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou
doméstica e familiar. que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que
Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças
orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e reli- e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, ma-
gião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, nipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz,
sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, ex-
sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoa- ploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio
mento moral, intelectual e social. que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o (Redação dada pela Lei nº 13.772, de 2018)
exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimen- III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que
tação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao es- a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexu-
porte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, al não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da
ao respeito e à convivência familiar e comunitária. força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo,
§ 1º O poder público desenvolverá políticas que visem garantir a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contra-
os direitos humanos das mulheres no âmbito das relações domésti- ceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à
cas e familiares no sentido de resguardá-las de toda forma de negli- prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipula-
gência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. ção; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e
reprodutivos;

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IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer condu- CAPÍTULO II


ta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, DOMÉSTICA E FAMILIAR
bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os desti-
nados a satisfazer suas necessidades; Art. 9º A assistência à mulher em situação de violência domés-
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que tica e familiar será prestada de forma articulada e conforme os prin-
configure calúnia, difamação ou injúria. cípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social,
no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública,
TÍTULO III entre outras normas e políticas públicas de proteção, e emergen-
DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA cialmente quando for o caso.
DOMÉSTICA E FAMILIAR § 1º O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher
em situação de violência doméstica e familiar no cadastro de pro-
CAPÍTULO I gramas assistenciais do governo federal, estadual e municipal.
DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO § 2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência do-
méstica e familiar, para preservar sua integridade física e psicoló-
Art. 8º A política pública que visa coibir a violência doméstica gica:
e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um conjunto arti- I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública, inte-
culado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos grante da administração direta ou indireta;
Municípios e de ações não-governamentais, tendo por diretrizes: II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o
I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério afastamento do local de trabalho, por até seis meses.
Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança pública, III - encaminhamento à assistência judiciária, quando for o
assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação; caso, inclusive para eventual ajuizamento da ação de separação
II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução
informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de raça ou de união estável perante o juízo competente.(Incluído pela Lei nº
etnia, concernentes às causas, às consequências e à frequência da 13.894, de 2019)
violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematiza- § 3º A assistência à mulher em situação de violência domésti-
ção de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação pe- ca e familiar compreenderá o acesso aos benefícios decorrentes do
riódica dos resultados das medidas adotadas; desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os serviços de
III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente
éticos e sociais da pessoa e da família, de forma a coibir os papéis Transmissíveis (DST) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
estereotipados que legitimem ou exacerbem a violência doméstica (AIDS) e outros procedimentos médicos necessários e cabíveis nos
e familiar, de acordo com o estabelecido no inciso III do art. 1º , no casos de violência sexual.
inciso IV do art. 3º e no inciso IV do art. 221 da Constituição Federal § 4º Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão, violência
; física, sexual ou psicológica e dano moral ou patrimonial a mulher
IV - a implementação de atendimento policial especializado fica obrigado a ressarcir todos os danos causados, inclusive ressarcir
para as mulheres, em particular nas Delegacias de Atendimento à ao Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a tabela SUS, os
Mulher; custos relativos aos serviços de saúde prestados para o total trata-
V - a promoção e a realização de campanhas educativas de pre- mento das vítimas em situação de violência doméstica e familiar,
venção da violência doméstica e familiar contra a mulher, voltadas recolhidos os recursos assim arrecadados ao Fundo de Saúde do
ao público escolar e à sociedade em geral, e a difusão desta Lei e ente federado responsável pelas unidades de saúde que prestarem
dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres; os serviços.(Vide Lei nº 13.871, de 2019) (Vigência)
VI - a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou § 5º Os dispositivos de segurança destinados ao uso em caso
outros instrumentos de promoção de parceria entre órgãos gover- de perigo iminente e disponibilizados para o monitoramento das
namentais ou entre estes e entidades não-governamentais, tendo vítimas de violência doméstica ou familiar amparadas por medidas
por objetivo a implementação de programas de erradicação da vio- protetivas terão seus custos ressarcidos pelo agressor.(Vide Lei nº
lência doméstica e familiar contra a mulher; 13.871, de 2019) (Vigência)
§ 6º O ressarcimento de que tratam os §§ 4º e 5º deste arti-
VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da go não poderá importar ônus de qualquer natureza ao patrimônio
Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e dos profissionais per- da mulher e dos seus dependentes, nem configurar atenuante ou
tencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso I quanto às ensejar possibilidade de substituição da pena aplicada.(Vide Lei nº
questões de gênero e de raça ou etnia; 13.871, de 2019) (Vigência)
VIII - a promoção de programas educacionais que disseminem § 7º A mulher em situação de violência doméstica e familiar
valores éticos de irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana tem prioridade para matricular seus dependentes em instituição
com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia; de educação básica mais próxima de seu domicílio, ou transferi-los
IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de para essa instituição, mediante a apresentação dos documentos
ensino, para os conteúdos relativos aos direitos humanos, à equida- comprobatórios do registro da ocorrência policial ou do processo
de de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência domés- de violência doméstica e familiar em curso.(Incluído pela Lei nº
tica e familiar contra a mulher. 13.882,de 2019)

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§ 8º Serão sigilosos os dados da ofendida e de seus dependen- III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes
tes matriculados ou transferidos conforme o disposto no § 7º deste para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida;
artigo, e o acesso às informações será reservado ao juiz, ao Minis- IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a
tério Público e aos órgãos competentes do poder público.(Incluído retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio
pela Lei nº 13.882,de 2019) familiar;
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e
CAPÍTULO III os serviços disponíveis, inclusive os de assistência judiciária para o
DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL eventual ajuizamento perante o juízo competente da ação de sepa-
ração judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de disso-
Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência do- lução de união estável.(Redação dada pela Lei nº 13.894, de 2019)
méstica e familiar contra a mulher, a autoridade policial que tomar Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar
conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, as providências contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade
legais cabíveis. policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem pre-
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao juízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:
descumprimento de medida protetiva de urgência deferida. I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a
Art. 10-A. É direito da mulher em situação de violência do- representação a termo, se apresentada;
méstica e familiar o atendimento policial e pericial especializado, II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento
ininterrupto e prestado por servidores - preferencialmente do sexo do fato e de suas circunstâncias;
feminino - previamente capacitados. (Incluído pela Lei nº 13.505, III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente
de 2017) apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de
§ 1º A inquirição de mulher em situação de violência domésti- medidas protetivas de urgência;
ca e familiar ou de testemunha de violência doméstica, quando se IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da
tratar de crime contra a mulher, obedecerá às seguintes diretrizes: ofendida e requisitar outros exames periciais necessários;
(Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017) V - ouvir o agressor e as testemunhas;
I - salvaguarda da integridade física, psíquica e emocional da VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos
depoente, considerada a sua condição peculiar de pessoa em situ- sua folha de antecedentes criminais, indicando a existência de man-
ação de violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.505, dado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra
de 2017) ele;
II - garantia de que, em nenhuma hipótese, a mulher em si- VI-A - verificar se o agressor possui registro de porte ou pos-
tuação de violência doméstica e familiar, familiares e testemunhas se de arma de fogo e, na hipótese de existência, juntar aos autos
terão contato direto com investigados ou suspeitos e pessoas a eles essa informação, bem como notificar a ocorrência à instituição res-
relacionadas; (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017) ponsável pela concessão do registro ou da emissão do porte, nos
III - não revitimização da depoente, evitando sucessivas inquiri- termos da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 (Estatuto do
ções sobre o mesmo fato nos âmbitos criminal, cível e administrati- Desarmamento);(Incluído pela Lei nº 13.880, de 2019)
vo, bem como questionamentos sobre a vida privada. (Incluído pela VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao
Lei nº 13.505, de 2017) juiz e ao Ministério Público.
§ 2º Na inquirição de mulher em situação de violência domés- § 1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela autorida-
tica e familiar ou de testemunha de delitos de que trata esta Lei, de policial e deverá conter:
adotar-se-á, preferencialmente, o seguinte procedimento: (Incluído I - qualificação da ofendida e do agressor;
pela Lei nº 13.505, de 2017) II - nome e idade dos dependentes;
I - a inquirição será feita em recinto especialmente projetado III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicita-
para esse fim, o qual conterá os equipamentos próprios e adequa- das pela ofendida.
dos à idade da mulher em situação de violência doméstica e familiar IV - informação sobre a condição de a ofendida ser pessoa com
ou testemunha e ao tipo e à gravidade da violência sofrida; (Incluí- deficiência e se da violência sofrida resultou deficiência ou agrava-
do pela Lei nº 13.505, de 2017) mento de deficiência preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.836, de
II - quando for o caso, a inquirição será intermediada por pro- 2019)
fissional especializado em violência doméstica e familiar designado § 2º A autoridade policial deverá anexar ao documento referi-
pela autoridade judiciária ou policial; (Incluído pela Lei nº 13.505, do no § 1º o boletim de ocorrência e cópia de todos os documentos
de 2017) disponíveis em posse da ofendida.
III - o depoimento será registrado em meio eletrônico ou mag- § 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou pron-
nético, devendo a degravação e a mídia integrar o inquérito. (Inclu- tuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde.
ído pela Lei nº 13.505, de 2017) Art. 12-A. Os Estados e o Distrito Federal, na formulação de
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência do- suas políticas e planos de atendimento à mulher em situação de
méstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras provi- violência doméstica e familiar, darão prioridade, no âmbito da Po-
dências: lícia Civil, à criação de Delegacias Especializadas de Atendimento
I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando à Mulher (Deams), de Núcleos Investigativos de Feminicídio e de
de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário; equipes especializadas para o atendimento e a investigação das vio-
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao lências graves contra a mulher.
Instituto Médico Legal; Art. 12-B. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
§ 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
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§ 2º (VETADO. (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017) II - do lugar do fato em que se baseou a demanda;
§ 3º A autoridade policial poderá requisitar os serviços públicos III - do domicílio do agressor.
necessários à defesa da mulher em situação de violência doméstica Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representa-
e familiar e de seus dependentes. (Incluído pela Lei nº 13.505, de ção da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à
2017) representação perante o juiz, em audiência especialmente designa-
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à da com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido
vida ou à integridade física ou psicológica da mulher em situação de o Ministério Público.
violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica
será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivên- e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de
cia com a ofendida: (Redação dada pela Lei nº 14.188, de 2021) prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que impli-
I - pela autoridade judicial; (Incluído pela Lei nº 13.827, de que o pagamento isolado de multa.
2019)
II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede CAPÍTULO II
de comarca; ou (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019) DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca
e não houver delegado disponível no momento da denúncia. (Inclu- SEÇÃO I
ído pela Lei nº 13.827, de 2019) DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o
juiz será comunicado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, ca-
e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da berá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas:
medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público conco- I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as me-
mitantemente. (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019) didas protetivas de urgência;
§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de as-
efetividade da medida protetiva de urgência, não será concedida sistência judiciária, quando for o caso, inclusive para o ajuizamento
liberdade provisória ao preso. (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019) da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamen-
to ou de dissolução de união estável perante o juízo competente;
TÍTULO IV (Redação dada pela Lei nº 13.894, de 2019)
DOS PROCEDIMENTOS III - comunicar ao Ministério Público para que adote as provi-
dências cabíveis.
CAPÍTULO I IV - determinar a apreensão imediata de arma de fogo sob a
DISPOSIÇÕES GERAIS posse do agressor. (Incluído pela Lei nº 13.880, de 2019)
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser conce-
Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à execução das causas didas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido
cíveis e criminais decorrentes da prática de violência doméstica e da ofendida.
familiar contra a mulher aplicar-se-ão as normas dos Códigos de § 1º As medidas protetivas de urgência poderão ser concedi-
Processo Penal e Processo Civil e da legislação específica relativa das de imediato, independentemente de audiência das partes e de
à criança, ao adolescente e ao idoso que não conflitarem com o manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente
estabelecido nesta Lei. comunicado.
Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a § 2º As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada
Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com competência cível e crimi- ou cumulativamente, e poderão ser substituídas a qualquer tempo
nal, poderão ser criados pela União, no Distrito Federal e nos Terri- por outras de maior eficácia, sempre que os direitos reconhecidos
tórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento e a execução nesta Lei forem ameaçados ou violados.
das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar § 3º Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a
contra a mulher. pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgên-
Parágrafo único. Os atos processuais poderão realizar-se em cia ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à prote-
horário noturno, conforme dispuserem as normas de organização ção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o
judiciária. Ministério Público.
Art. 14-A. A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução
ou de dissolução de união estável no Juizado de Violência Domésti- criminal, caberá a prisão preventiva do agressor, decretada pelo
ca e Familiar contra a Mulher. (Incluído pela Lei nº 13.894, de 2019) juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante
§ 1º Exclui-se da competência dos Juizados de Violência Do- representação da autoridade policial.
méstica e Familiar contra a Mulher a pretensão relacionada à parti- Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se,
lha de bens. (Incluído pela Lei nº 13.894, de 2019) no curso do processo, verificar a falta de motivo para que subsista,
§ 2º Iniciada a situação de violência doméstica e familiar após o bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifi-
ajuizamento da ação de divórcio ou de dissolução de união estável, quem.
a ação terá preferência no juízo onde estiver. (Incluído pela Lei nº Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais
13.894, de 2019) relativos ao agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e à
Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os proces- saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído
sos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado: ou do defensor público.
I - do seu domicílio ou de sua residência;
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Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação ou II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos
notificação ao agressor . de compra, venda e locação de propriedade em comum, salvo ex-
SEÇÃO II pressa autorização judicial;
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA QUE OBRIGAM O III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao
AGRESSOR agressor;
IV - prestação de caução provisória, mediante depósito judicial,
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar por perdas e danos materiais decorrentes da prática de violência
contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de ime- doméstica e familiar contra a ofendida.
diato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente
medidas protetivas de urgência, entre outras: para os fins previstos nos incisos II e III deste artigo.
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com
comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei nº 10.826, SEÇÃO IV
de 22 de dezembro de 2003 ; (INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.641, DE 2018)
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com DO CRIME DE DESCUMPRIMENTO DE MEDIDAS PROTETIVAS
a ofendida; DE URGÊNCIA
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: DESCUMPRIMENTO DE MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemu-
nhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor; Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas pro-
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por tetivas de urgência previstas nesta Lei: (Incluído pela Lei nº 13.641,
qualquer meio de comunicação; de 2018)
c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos. (Incluído
integridade física e psicológica da ofendida; pela Lei nº 13.641, de 2018)
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes meno- § 1º A configuração do crime independe da competência ci-
res, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço si- vil ou criminal do juiz que deferiu as medidas. (Incluído pela Lei nº
milar; 13.641, de 2018)
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios. § 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autorida-
VI – comparecimento do agressor a programas de recuperação de judicial poderá conceder fiança. (Incluído pela Lei nº 13.641, de
e reeducação; e(Incluído pela Lei nº 13.984, de 2020) 2018)
VII – acompanhamento psicossocial do agressor, por meio de § 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras
atendimento individual e/ou em grupo de apoio.(Incluído pela Lei sanções cabíveis. (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018)
nº 13.984, de 2020)
§ 1º As medidas referidas neste artigo não impedem a aplica- TÍTULO VII
ção de outras previstas na legislação em vigor, sempre que a segu- DISPOSIÇÕES FINAIS
rança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo a provi-
dência ser comunicada ao Ministério Público. Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e fami-
§ 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o liar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se
agressor nas condições mencionadas no caput e incisos do art. 6º aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995.
da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz comunicará
ao respectivo órgão, corporação ou instituição as medidas proteti-
vas de urgência concedidas e determinará a restrição do porte de LEI Nº 11.343/2006 (LEI ANTIDROGAS): ARTIGOS 27 A 64
armas, ficando o superior imediato do agressor responsável pelo
cumprimento da determinação judicial, sob pena de incorrer nos
crimes de prevaricação ou de desobediência, conforme o caso. A presente lei regula os meios de combate às drogas. O diplo-
§ 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de ur- ma disciplina os crimes de tráfico, associação para tráfico e seu fi-
gência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio da nanciamento dentre outros delitos. A Lei dispões sobre os meios
força policial. de prevenção e tratamentos dos dependentes químicos e o proce-
§ 4º Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que cou- dimento para apuração e julgamento dos crimes de drogas, além
ber, o disposto no caput e nos §§ 5º e 6º do art. 461 da Lei no 5.869, de revogar expressamente as Leis 6.368/76 e 10.409/02, que atual-
de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil). mente cuidam do assunto.
A referida, traz o aumento de pena para traficantes e financia-
SEÇÃO III dores do tráfico, o tratamento diferenciado para usuários e o proce-
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA À OFENDIDA dimento especial para o processamento de tais agentes.

Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade


conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher, o juiz
poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas, entre ou-
tras:
I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor
à ofendida;

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LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006 ferior a 40 (quarenta) nem superior a 100 (cem), atribuindo depois
a cada um, segundo a capacidade econômica do agente, o valor de
Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Dro- um trinta avos até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo.
gas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, Parágrafo único. Os valores decorrentes da imposição da multa
atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; a que se refere o § 6º do art. 28 serão creditados à conta do Fundo
estabelece normas para repressão à produção não autorizada e Nacional Antidrogas.
ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução
das penas, observado, no tocante à interrupção do prazo, o dispos-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- to nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO IV
TÍTULO III DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA E AO TRÁFI-
DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DO USO INDEVIDO, ATEN- CO ILÍCITO DE DROGAS
ÇÃO E REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS E DEPENDENTES DE
DROGAS CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO III
DOS CRIMES E DAS PENAS Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade compe-
tente para produzir, extrair, fabricar, transformar, preparar, possuir,
Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplica- manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, trans-
das isolada ou cumulativamente, bem como substituídas a qual- portar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir,
quer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor. para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua prepa-
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ração, observadas as demais exigências legais.
ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruí-
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será das pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, que recolherá
submetido às seguintes penas: quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto
I - advertência sobre os efeitos das drogas; de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do
II - prestação de serviços à comunidade; local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso prova. (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014)
educativo. § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014)
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo § 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014)
pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação § 3º Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a plan-
de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar tação, observar-se-á, além das cautelas necessárias à proteção ao
dependência física ou psíquica. meio ambiente, o disposto no Decreto nº 2.661, de 8 de julho de
§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo 1998, no que couber, dispensada a autorização prévia do órgão pró-
pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância prio do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama.
apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, § 4º As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expro-
às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos an- priadas, conforme o disposto no art. 243 da Constituição Federal,
tecedentes do agente. de acordo com a legislação em vigor.
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo
serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses. CAPÍTULO II
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II DOS CRIMES
e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10
(dez) meses. Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fa-
§ 5º A prestação de serviços à comunidade será cumprida em bricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito,
programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar
hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem auto-
fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do rização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas. Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de
§ 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas a 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente § 1º Nas mesmas penas incorre quem:
se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende,
I - admoestação verbal; expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz
II - multa. consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou
§ 7º O juiz determinará ao Poder Público que coloque à dispo- em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-
sição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, prefe- -prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de dro-
rencialmente ambulatorial, para tratamento especializado. gas;
Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere o II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em de-
inciso II do § 6º do art. 28, o juiz, atendendo à reprovabilidade da sacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que
conduta, fixará o número de dias-multa, em quantidade nunca in- se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;
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III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a pro- Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da
priedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva ou proi-
que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autori- bição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberda-
zação ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos)
para o tráfico ilícito de drogas. dias-multa.
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas cumu-
produto químico destinado à preparação de drogas, sem autoriza- lativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6 (seis) anos e de
ção ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa, se o veículo refe-
a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probató- rido no caput deste artigo for de transporte coletivo de passageiros.
rios razoáveis de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são au-
nº 13.964, de 2019) mentadas de um sexto a dois terços, se:
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de dro- I - a natureza, a procedência da substância ou do produto
ga: (Vide ADI nº 4.274) apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacio-
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) nalidade do delito;
a 300 (trezentos) dias-multa. II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a ou no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda
pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem: ou vigilância;
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imedia-
de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem pre- ções de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de
juízo das penas previstas no art. 28. sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, espor-
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as tivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos
penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza,
conversão em penas restritivas de direitos , desde que o agente seja de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de rein-
primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades cri- serção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes
minosas nem integre organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, públicos;
de 2012) IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça,
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação
distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, difusa ou coletiva;
ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre
qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou estes e o Distrito Federal;
transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescen-
determinação legal ou regulamentar: te ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de a capacidade de entendimento e determinação;
1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias-multa. VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente
praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos com a investigação policial e o processo criminal na identificação
arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação to-
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 tal ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá
(setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa. pena reduzida de um terço a dois terços.
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo in- Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com prepon-
corre quem se associa para a prática reiterada do crime definido no derância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza
art. 36 desta Lei. e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes conduta social do agente.
previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts. 33 a 39
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de desta Lei, o juiz, atendendo ao que dispõe o art. 42 desta Lei, deter-
1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa. minará o número de dias-multa, atribuindo a cada um, segundo as
Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização condições econômicas dos acusados, valor não inferior a um trinta
ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos avos nem superior a 5 (cinco) vezes o maior salário-mínimo.
nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: Parágrafo único. As multas, que em caso de concurso de crimes
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 serão impostas sempre cumulativamente, podem ser aumentadas
(trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa. até o décuplo se, em virtude da situação econômica do acusado,
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem considerá-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no máximo.
que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37
em desacordo com determinação legal ou regulamentar: desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto,
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas
de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) dias-multa. em restritivas de direitos.
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Conselho Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo,
Federal da categoria profissional a que pertença o agente. dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois ter-
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de ços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico.
drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem:
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependên- SEÇÃO I


cia, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de DA INVESTIGAÇÃO
droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha
sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia
o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz competente,
entendimento. remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao
Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas.
força pericial, que este apresentava, à época do fato previsto neste § 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e
artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá deter- estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de
minar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito
médico adequado. oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.
Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois ter- § 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º des-
ços se, por força das circunstâncias previstas no art. 45 desta Lei, o te artigo não ficará impedido de participar da elaboração do laudo
agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capa- definitivo.
cidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de § 3º Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no
acordo com esse entendimento. prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidade formal do laudo
Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em avalia- de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas,
ção que ateste a necessidade de encaminhamento do agente para guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo.
tratamento, realizada por profissional de saúde com competência (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)
específica na forma da lei, determinará que a tal se proceda, obser- § 4º A destruição das drogas será executada pelo delegado de
vado o disposto no art. 26 desta Lei. polícia competente no prazo de 15 (quinze) dias na presença do
Ministério Público e da autoridade sanitária. (Incluído pela Lei nº
CAPÍTULO III 12.961, de 2014)
DO PROCEDIMENTO PENAL § 5º O local será vistoriado antes e depois de efetivada a des-
truição das drogas referida no § 3º , sendo lavrado auto circunstan-
Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes de- ciado pelo delegado de polícia, certificando-se neste a destruição
finidos neste Título rege-se pelo disposto neste Capítulo, aplicando- total delas. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)
-se, subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penal e Art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrên-
da Lei de Execução Penal. cia de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máxi-
§ 1º O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 mo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guardando-
desta Lei, salvo se houver concurso com os crimes previstos nos -se amostra necessária à realização do laudo definitivo. (Redação
arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na forma dos arts. dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
60 e seguintes da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, que Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trin-
dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais. ta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando
§ 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não solto.
se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser ime- Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem
diatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pe-
assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo dido justificado da autoridade de polícia judiciária.
circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a
perícias necessários. autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos do inquérito
§ 3º Se ausente a autoridade judicial, as providências previstas ao juízo:
no § 2º deste artigo serão tomadas de imediato pela autoridade po- I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando
licial, no local em que se encontrar, vedada a detenção do agente. as razões que a levaram à classificação do delito, indicando a quan-
tidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local
§ 4º Concluídos os procedimentos de que trata o § 2º deste e as condições em que se desenvolveu a ação criminosa, as circuns-
artigo, o agente será submetido a exame de corpo de delito, se o tâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes do
requerer ou se a autoridade de polícia judiciária entender conve- agente; ou
niente, e em seguida liberado. II - requererá sua devolução para a realização de diligências ne-
§ 5º Para os fins do disposto no art. 76 da Lei nº 9.099, de 1995, cessárias.
que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais, o Ministério Públi- Parágrafo único. A remessa dos autos far-se-á sem prejuízo de
co poderá propor a aplicação imediata de pena prevista no art. 28 diligências complementares:
desta Lei, a ser especificada na proposta. I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, cujo resul-
Art. 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos arts. 33, caput tado deverá ser encaminhado ao juízo competente até 3 (três) dias
e § 1º , e 34 a 37 desta Lei, o juiz, sempre que as circunstâncias o re- antes da audiência de instrução e julgamento;
comendem, empregará os instrumentos protetivos de colaborado- II - necessárias ou úteis à indicação dos bens, direitos e valores
res e testemunhas previstos na Lei nº 9.807, de 13 de julho de 1999. de que seja titular o agente, ou que figurem em seu nome, cujo
resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente até 3 (três)
dias antes da audiência de instrução e julgamento.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos ao defensor do acusado, para sustentação oral, pelo prazo de 20
crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos previstos em (vinte) minutos para cada um, prorrogável por mais 10 (dez), a cri-
lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os tério do juiz.
seguintes procedimentos investigatórios: Parágrafo único. Após proceder ao interrogatório, o juiz indaga-
I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investiga- rá das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando
ção, constituída pelos órgãos especializados pertinentes; as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevan-
II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus te.
precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua produ- Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz sentença de
ção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de imediato, ou o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os autos para
identificar e responsabilizar maior número de integrantes de ope- isso lhe sejam conclusos.
rações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível. § 1º (Revogado pela Lei nº 12.961, de 2014)
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autori- § 2º (Revogado pela Lei nº 12.961, de 2014)
zação será concedida desde que sejam conhecidos o itinerário pro- Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34
vável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores. a 37 desta Lei, o réu não poderá apelar sem recolher-se à prisão,
salvo se for primário e de bons antecedentes, assim reconhecido na
SEÇÃO II sentença condenatória.
DA INSTRUÇÃO CRIMINAL
CAPÍTULO IV
Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, de DA APREENSÃO, ARRECADAÇÃO E DESTINAÇÃO DE BENS DO
Comissão Parlamentar de Inquérito ou peças de informação, dar-se- ACUSADO
-á vista ao Ministério Público para, no prazo de 10 (dez) dias, adotar
uma das seguintes providências: Art. 60. O juiz, a requerimento do Ministério Público ou do as-
I - requerer o arquivamento; sistente de acusação, ou mediante representação da autoridade de
II - requisitar as diligências que entender necessárias; polícia judiciária, poderá decretar, no curso do inquérito ou da ação
III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e re- penal, a apreensão e outras medidas assecuratórias nos casos em
querer as demais provas que entender pertinentes. que haja suspeita de que os bens, direitos ou valores sejam produ-
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do to do crime ou constituam proveito dos crimes previstos nesta Lei,
acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 procedendo-se na forma dos arts. 125 e seguintes do Decreto-Lei nº
(dez) dias. 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal . (Reda-
§ 1º Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, ção dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
o acusado poderá argüir preliminares e invocar todas as razões de § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas § 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
que pretende produzir e, até o número de 5 (cinco), arrolar teste- § 3º Na hipótese do art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de
munhas. outubro de 1941 - Código de Processo Penal , o juiz poderá deter-
§ 2º As exceções serão processadas em apartado, nos termos minar a prática de atos necessários à conservação dos bens, direitos
dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 ou valores. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
- Código de Processo Penal. § 4º A ordem de apreensão ou sequestro de bens, direitos ou
§ 3º Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz nomeará valores poderá ser suspensa pelo juiz, ouvido o Ministério Público,
defensor para oferecê-la em 10 (dez) dias, concedendo-lhe vista dos quando a sua execução imediata puder comprometer as investiga-
autos no ato de nomeação. ções. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 4º Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 (cinco) dias. § 5º Decretadas quaisquer das medidas previstas no caput des-
§ 5º Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo de te artigo, o juiz facultará ao acusado que, no prazo de 5 (cinco) dias,
10 (dez) dias, determinará a apresentação do preso, realização de apresente provas, ou requeira a produção delas, acerca da origem
diligências, exames e perícias. lícita do bem ou do valor objeto da decisão, exceto no caso de veí-
Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para a culo apreendido em transporte de droga ilícita. (Incluído pela Lei nº
audiência de instrução e julgamento, ordenará a citação pessoal do 14.322, de 2022)
acusado, a intimação do Ministério Público, do assistente, se for o § 6º Provada a origem lícita do bem ou do valor, o juiz decidirá
caso, e requisitará os laudos periciais. por sua liberação, exceto no caso de veículo apreendido em trans-
§ 1º Tratando-se de condutas tipificadas como infração do dis- porte de droga ilícita, cuja destinação observará o disposto nos arts.
posto nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei, o juiz, ao rece- 61 e 62 desta Lei, ressalvado o direito de terceiro de boa-fé. (Incluí-
ber a denúncia, poderá decretar o afastamento cautelar do denun- do pela Lei nº 14.322, de 2022)
ciado de suas atividades, se for funcionário público, comunicando Art. 60-A. Se as medidas assecuratórias de que trata o art. 60
ao órgão respectivo. desta Lei recaírem sobre moeda estrangeira, títulos, valores mobi-
§ 2º A audiência a que se refere o caput deste artigo será rea- liários ou cheques emitidos como ordem de pagamento, será de-
lizada dentro dos 30 (trinta) dias seguintes ao recebimento da de- terminada, imediatamente, a sua conversão em moeda nacional.
núncia, salvo se determinada a realização de avaliação para atestar (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
dependência de drogas, quando se realizará em 90 (noventa) dias. § 1º A moeda estrangeira apreendida em espécie deve ser en-
Art. 57. Na audiência de instrução e julgamento, após o inter- caminhada a instituição financeira, ou equiparada, para alienação
rogatório do acusado e a inquirição das testemunhas, será dada a na forma prevista pelo Conselho Monetário Nacional. (Incluído pela
palavra, sucessivamente, ao representante do Ministério Público e Lei nº 13.886, de 2019)
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

§ 2º Na hipótese de impossibilidade da alienação a que se re- § 13. Na alienação de veículos, embarcações ou aeronaves, a
fere o § 1º deste artigo, a moeda estrangeira será custodiada pela autoridade de trânsito ou o órgão congênere competente para o re-
instituição financeira até decisão sobre o seu destino. (Incluído pela gistro, bem como as secretarias de fazenda, devem proceder à regu-
Lei nº 13.886, de 2019) larização dos bens no prazo de 30 (trinta) dias, ficando o arrematan-
§ 3º Após a decisão sobre o destino da moeda estrangeira a te isento do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores,
que se refere o § 2º deste artigo, caso seja verificada a inexistência sem prejuízo de execução fiscal em relação ao antigo proprietário.
de valor de mercado, seus espécimes poderão ser destruídos ou (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
doados à representação diplomática do país de origem. (Incluído § 14. Eventuais multas, encargos ou tributos pendentes de
pela Lei nº 13.886, de 2019) pagamento não podem ser cobrados do arrematante ou do órgão
§ 4º Os valores relativos às apreensões feitas antes da data público alienante como condição para regularização dos bens. (In-
de entrada em vigor da Medida Provisória nº 885, de 17 de junho cluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
de 2019, e que estejam custodiados nas dependências do Banco § 15. Na hipótese de que trata o § 13 deste artigo, a autorida-
Central do Brasil devem ser transferidos à Caixa Econômica Federal, de de trânsito ou o órgão congênere competente para o registro
no prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias, para que se proceda à poderá emitir novos identificadores dos bens. (Incluído pela Lei nº
alienação ou custódia, de acordo com o previsto nesta Lei. (Incluído 13.886, de 2019)
pela Lei nº 13.886, de 2019) Art. 62. Comprovado o interesse público na utilização de quais-
Art. 61. A apreensão de veículos, embarcações, aeronaves e quer dos bens de que trata o art. 61, os órgãos de polícia judiciária,
quaisquer outros meios de transporte e dos maquinários, utensí- militar e rodoviária poderão deles fazer uso, sob sua responsabili-
lios, instrumentos e objetos de qualquer natureza utilizados para a dade e com o objetivo de sua conservação, mediante autorização
prática, habitual ou não, dos crimes definidos nesta Lei será imedia- judicial, ouvido o Ministério Público e garantida a prévia avaliação
tamente comunicada pela autoridade de polícia judiciária responsá- dos respectivos bens. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
vel pela investigação ao juízo competente. (Redação dada pela Lei § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019)
nº 14.322, de 2022) § 1º-A. O juízo deve cientificar o órgão gestor do Funad para
§ 1º O juiz, no prazo de 30 (trinta) dias contado da comunicação que, em 10 (dez) dias, avalie a existência do interesse público men-
de que trata o caput , determinará a alienação dos bens apreendi- cionado no caput deste artigo e indique o órgão que deve receber o
dos, excetuadas as armas, que serão recolhidas na forma da legisla- bem. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
ção específica. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) § 1º-B. Têm prioridade, para os fins do § 1º-A deste artigo, os
§ 2º A alienação será realizada em autos apartados, dos quais órgãos de segurança pública que participaram das ações de investi-
constará a exposição sucinta do nexo de instrumentalidade entre o gação ou repressão ao crime que deu causa à medida. (Incluído pela
delito e os bens apreendidos, a descrição e especificação dos obje- Lei nº 13.886, de 2019)
tos, as informações sobre quem os tiver sob custódia e o local em § 2º A autorização judicial de uso de bens deverá conter a des-
que se encontrem. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) crição do bem e a respectiva avaliação e indicar o órgão responsável
§ 3º O juiz determinará a avaliação dos bens apreendidos, que por sua utilização. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
será realizada por oficial de justiça, no prazo de 5 (cinco) dias a con- § 3º O órgão responsável pela utilização do bem deverá enviar
tar da autuação, ou, caso sejam necessários conhecimentos espe- ao juiz periodicamente, ou a qualquer momento quando por este
cializados, por avaliador nomeado pelo juiz, em prazo não superior solicitado, informações sobre seu estado de conservação. (Redação
a 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 4º Feita a avaliação, o juiz intimará o órgão gestor do Funad, § 4º Quando a autorização judicial recair sobre veículos, em-
o Ministério Público e o interessado para se manifestarem no prazo barcações ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade ou ao órgão
de 5 (cinco) dias e, dirimidas eventuais divergências, homologará o de registro e controle a expedição de certificado provisório de regis-
valor atribuído aos bens. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) tro e licenciamento em favor do órgão ao qual tenha deferido o uso
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) ou custódia, ficando este livre do pagamento de multas, encargos
§ 6º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019) e tributos anteriores à decisão de utilização do bem até o trânsito
§ 7º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019) em julgado da decisão que decretar o seu perdimento em favor da
§ 8º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019) União. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 9º O Ministério Público deve fiscalizar o cumprimento da re- § 5º Na hipótese de levantamento, se houver indicação de que
gra estipulada no § 1º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.886, de os bens utilizados na forma deste artigo sofreram depreciação su-
2019) perior àquela esperada em razão do transcurso do tempo e do uso,
§ 10. Aplica-se a todos os tipos de bens confiscados a regra poderá o interessado requerer nova avaliação judicial. (Redação
estabelecida no § 1º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.886, de dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
2019) § 6º Constatada a depreciação de que trata o § 5º, o ente fe-
§ 11. Os bens móveis e imóveis devem ser vendidos por meio derado ou a entidade que utilizou o bem indenizará o detentor ou
de hasta pública, preferencialmente por meio eletrônico, assegu- proprietário dos bens. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
rada a venda pelo maior lance, por preço não inferior a 50% (cin- § 7º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
quenta por cento) do valor da avaliação judicial. (Incluído pela Lei § 8º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
nº 13.886, de 2019) § 9º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 12. O juiz ordenará às secretarias de fazenda e aos órgãos de § 10. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
registro e controle que efetuem as averbações necessárias, tão logo § 11. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
tenha conhecimento da apreensão. (Incluído pela Lei nº 13.886, de
2019)
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Art. 62-A. O depósito, em dinheiro, de valores referentes ao II – determinar, no caso de imóveis, o registro de propriedade
produto da alienação ou a numerários apreendidos ou que tenham em favor da União no cartório de registro de imóveis competente,
sido convertidos deve ser efetuado na Caixa Econômica Federal, por nos termos do caput e do parágrafo único do art. 243 da Constitui-
meio de documento de arrecadação destinado a essa finalidade. ção Federal, afastada a responsabilidade de terceiros prevista no
(Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) inciso VI do caput do art. 134 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro
§ 1º Os depósitos a que se refere o caput deste artigo devem de 1966 (Código Tributário Nacional), bem como determinar à Se-
ser transferidos, pela Caixa Econômica Federal, para a conta única cretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União a
do Tesouro Nacional, independentemente de qualquer formalida- incorporação e entrega do imóvel, tornando-o livre e desembara-
de, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contado do momento da çado de quaisquer ônus para sua destinação. (Incluído pela Lei nº
realização do depósito, onde ficarão à disposição do Funad. (Incluí- 13.886, de 2019)
do pela Lei nº 13.886, de 2019) § 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 2º Na hipótese de absolvição do acusado em decisão judicial, § 6º Na hipótese do inciso II do caput , decorridos 360 (tre-
o valor do depósito será devolvido a ele pela Caixa Econômica Fede- zentos e sessenta) dias do trânsito em julgado e do conhecimento
ral no prazo de até 3 (três) dias úteis, acrescido de juros, na forma da sentença pelo interessado, os bens apreendidos, os que tenham
estabelecida pelo § 4º do art. 39 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro sido objeto de medidas assecuratórias ou os valores depositados
de 1995. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) que não forem reclamados serão revertidos ao Funad. (Incluído
§ 3º Na hipótese de decretação do seu perdimento em favor da pela Lei nº 13.840, de 2019)
União, o valor do depósito será transformado em pagamento defi- Art. 63-A. Nenhum pedido de restituição será conhecido sem
nitivo, respeitados os direitos de eventuais lesados e de terceiros de o comparecimento pessoal do acusado, podendo o juiz determinar
boa-fé. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) a prática de atos necessários à conservação de bens, direitos ou
§ 4º Os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal, por valores. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
decisão judicial, devem ser efetuados como anulação de receita do Art. 63-B. O juiz determinará a liberação total ou parcial dos
Funad no exercício em que ocorrer a devolução. (Incluído pela Lei bens, direitos e objeto de medidas assecuratórias quando compro-
nº 13.886, de 2019) vada a licitude de sua origem, mantendo-se a constrição dos bens,
§ 5º A Caixa Econômica Federal deve manter o controle dos direitos e valores necessários e suficientes à reparação dos danos e
valores depositados ou devolvidos. (Incluído pela Lei nº 13.886, de ao pagamento de prestações pecuniárias, multas e custas decorren-
2019) tes da infração penal. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 63. Ao proferir a sentença, o juiz decidirá sobre: (Redação Art. 63-C. Compete à Senad, do Ministério da Justiça e Segu-
dada pela Lei nº 13.840, de 2019) rança Pública, proceder à destinação dos bens apreendidos e não
I - o perdimento do produto, bem, direito ou valor apreendido leiloados em caráter cautelar, cujo perdimento seja decretado em
ou objeto de medidas assecuratórias; e (Incluído pela Lei nº 13.840, favor da União, por meio das seguintes modalidades: (Incluído pela
de 2019) Lei nº 13.886, de 2019)
II - o levantamento dos valores depositados em conta remune- I – alienação, mediante: (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
rada e a liberação dos bens utilizados nos termos do art. 62. (Incluí- a) licitação; (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
do pela Lei nº 13.840, de 2019) b) doação com encargo a entidades ou órgãos públicos, bem
§ 1º Os bens, direitos ou valores apreendidos em decorrência como a comunidades terapêuticas acolhedoras que contribuam
dos crimes tipificados nesta Lei ou objeto de medidas assecurató- para o alcance das finalidades do Funad; ou (Incluído pela Lei nº
rias, após decretado seu perdimento em favor da União, serão re- 13.886, de 2019)
vertidos diretamente ao Funad. (Redação dada pela Lei nº 13.840, c) venda direta, observado o disposto no inciso II do caput do
de 2019) art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993; (Incluído pela Lei
§ 2º O juiz remeterá ao órgão gestor do Funad relação dos bens, nº 13.886, de 2019)
direitos e valores declarados perdidos, indicando o local em que se II – incorporação ao patrimônio de órgão da administração
encontram e a entidade ou o órgão em cujo poder estejam, para os pública, observadas as finalidades do Funad; (Incluído pela Lei nº
fins de sua destinação nos termos da legislação vigente. (Redação 13.886, de 2019)
dada pela Lei nº 13.840, de 2019) III – destruição; ou (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019) IV – inutilização. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 4º Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz do § 1º A alienação por meio de licitação deve ser realizada na moda-
processo, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, reme- lidade leilão, para bens móveis e imóveis, independentemente do valor
terá à Senad relação dos bens, direitos e valores declarados perdi- de avaliação, isolado ou global, de bem ou de lotes, assegurada a venda
dos em favor da União, indicando, quanto aos bens, o local em que pelo maior lance, por preço não inferior a 50% (cinquenta por cento)
se encontram e a entidade ou o órgão em cujo poder estejam, para do valor da avaliação. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
os fins de sua destinação nos termos da legislação vigente. § 2º O edital do leilão a que se refere o § 1º deste artigo será
§ 4º-A. Antes de encaminhar os bens ao órgão gestor do Funad, amplamente divulgado em jornais de grande circulação e em sítios
o juíz deve: (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) eletrônicos oficiais, principalmente no Município em que será rea-
I – ordenar às secretarias de fazenda e aos órgãos de registro e lizado, dispensada a publicação em diário oficial. (Incluído pela Lei
controle que efetuem as averbações necessárias, caso não tenham nº 13.886, de 2019)
sido realizadas quando da apreensão; e (Incluído pela Lei nº 13.886, § 3º Nas alienações realizadas por meio de sistema eletrônico
de 2019) da administração pública, a publicidade dada pelo sistema substi-
tuirá a publicação em diário oficial e em jornais de grande circula-
ção. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

§ 4º Na alienação de imóveis, o arrematante fica livre do pa- e a reinserção social de usuários ou dependentes e a atuação na
gamento de encargos e tributos anteriores, sem prejuízo de exe- repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas,
cução fiscal em relação ao antigo proprietário. (Incluído pela Lei nº com vistas na liberação de equipamentos e de recursos por ela arre-
13.886, de 2019) cadados, para a implantação e execução de programas relacionados
§ 5º Na alienação de veículos, embarcações ou aeronaves de- à questão das drogas.
verão ser observadas as disposições dos §§ 13 e 15 do art. 61 desta
Lei. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 6º Aplica-se às alienações de que trata este artigo a proibição LEI Nº 12.527/2011 (LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO)
relativa à cobrança de multas, encargos ou tributos prevista no § 14
do art. 61 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 7º A Senad, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011.
pode celebrar convênios ou instrumentos congêneres com órgãos e
entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municí- Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do
pios, bem como com comunidades terapêuticas acolhedoras, a fim art. 5º , no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da
de dar imediato cumprimento ao estabelecido neste artigo. (Incluí- Constituição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de
do pela Lei nº 13.886, de 2019) 1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos
§ 8º Observados os procedimentos licitatórios previstos em lei, da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências
fica autorizada a contratação da iniciativa privada para a execução
das ações de avaliação, de administração e de alienação dos bens a A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-
que se refere esta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 63-D. Compete ao Ministério da Justiça e Segurança Públi-
ca regulamentar os procedimentos relativos à administração, à pre- CAPÍTULO I
servação e à destinação dos recursos provenientes de delitos e atos DISPOSIÇÕES GERAIS
ilícitos e estabelecer os valores abaixo dos quais se deve proceder à
sua destruição ou inutilização. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem obser-
Art. 63-E. O produto da alienação dos bens apreendidos ou vados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim
confiscados será revertido integralmente ao Funad, nos termos do de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art.
parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal, vedada a sub- 5º , no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constitui-
-rogação sobre o valor da arrematação para saldar eventuais mul- ção Federal.
tas, encargos ou tributos pendentes de pagamento. (Incluído pela Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei:
Lei nº 13.886, de 2019) I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não prejudica Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Ju-
o ajuizamento de execução fiscal em relação aos antigos devedores. diciário e do Ministério Público;
(Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas,
Art. 63-F. Na hipótese de condenação por infrações às quais as sociedades de economia mista e demais entidades controladas
esta Lei comine pena máxima superior a 6 (seis) anos de reclusão, direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Mu-
poderá ser decretada a perda, como produto ou proveito do crime, nicípios.
dos bens correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio Art. 2º Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às
do condenado e aquele compatível com o seu rendimento lícito. entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realiza-
(Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) ção de ações de interesse público, recursos públicos diretamente
§ 1º A decretação da perda prevista no caput deste artigo fica do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão,
condicionada à existência de elementos probatórios que indiquem termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumen-
conduta criminosa habitual, reiterada ou profissional do condena- tos congêneres.
do ou sua vinculação a organização criminosa. (Incluído pela Lei nº Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas as en-
13.886, de 2019) tidades citadas no caput refere-se à parcela dos recursos públicos
§ 2º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo, enten- recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das prestações de con-
de-se por patrimônio do condenado todos os bens: (Incluído pela tas a que estejam legalmente obrigadas.
Lei nº 13.886, de 2019) Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a as-
I – de sua titularidade, ou sobre os quais tenha domínio e be- segurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser
nefício direto ou indireto, na data da infração penal, ou recebidos executados em conformidade com os princípios básicos da admi-
posteriormente; e (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) nistração pública e com as seguintes diretrizes:
II – transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante con- I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo
traprestação irrisória, a partir do início da atividade criminal. (Incluí- como exceção;
do pela Lei nº 13.886, de 2019) II - divulgação de informações de interesse público, indepen-
§ 3º O condenado poderá demonstrar a inexistência da incom- dentemente de solicitações;
patibilidade ou a procedência lícita do patrimônio. (Incluído pela Lei III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tec-
nº 13.886, de 2019) nologia da informação;
Art. 64. A União, por intermédio da Senad, poderá firmar con- IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência
vênio com os Estados, com o Distrito Federal e com organismos na administração pública;
orientados para a prevenção do uso indevido de drogas, a atenção
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V - desenvolvimento do controle social da administração pú- VI - informação pertinente à administração do patrimônio pú-
blica. blico, utilização de recursos públicos, licitação, contratos adminis-
Art. 4º Para os efeitos desta Lei, considera-se: trativos; e
I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utili- VII - informação relativa:
zados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em a) à implementação, acompanhamento e resultados dos pro-
qualquer meio, suporte ou formato; gramas, projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem
II - documento: unidade de registro de informações, qualquer como metas e indicadores propostos;
que seja o suporte ou formato; b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas
III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo,
à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores.
para a segurança da sociedade e do Estado; VIII – (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.345, de 2022)
IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural § 1º O acesso à informação previsto no caput não compreende
identificada ou identificável; as informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimen-
V - tratamento da informação: conjunto de ações referentes à to científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segu-
produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, rança da sociedade e do Estado.
transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazena- § 2º Quando não for autorizado acesso integral à informação
mento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informa- por ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não
ção; sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da
VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser co- parte sob sigilo.
nhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas au- § 3º O direito de acesso aos documentos ou às informações
torizados; neles contidas utilizados como fundamento da tomada de decisão
VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido e do ato administrativo será assegurado com a edição do ato deci-
produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado in- sório respectivo.
divíduo, equipamento ou sistema; § 4º A negativa de acesso às informações objeto de pedido for-
VIII - integridade: qualidade da informação não modificada, in- mulado aos órgãos e entidades referidas no art. 1º , quando não
clusive quanto à origem, trânsito e destino; fundamentada, sujeitará o responsável a medidas disciplinares, nos
IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, termos do art. 32 desta Lei.
com o máximo de detalhamento possível, sem modificações. § 5º Informado do extravio da informação solicitada, poderá
Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de acesso à infor- o interessado requerer à autoridade competente a imediata aber-
mação, que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e tura de sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva
ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil com- documentação.
preensão. § 6º Verificada a hipótese prevista no § 5º deste artigo, o res-
ponsável pela guarda da informação extraviada deverá, no prazo
CAPÍTULO II de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicar testemunhas que com-
DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO provem sua alegação.
Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas promover, in-
Art. 6º Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observa- dependentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil
das as normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a: acesso, no âmbito de suas competências, de informações de inte-
I - gestão transparente da informação, propiciando amplo resse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.
acesso a ela e sua divulgação; § 1º Na divulgação das informações a que se refere o caput,
II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, deverão constar, no mínimo:
autenticidade e integridade; e I - registro das competências e estrutura organizacional, en-
III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, dereços e telefones das respectivas unidades e horários de atendi-
observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e even- mento ao público;
tual restrição de acesso. II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recur-
Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreen- sos financeiros;
de, entre outros, os direitos de obter: III - registros das despesas;
I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios,
acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os
obtida a informação almejada; contratos celebrados;
II - informação contida em registros ou documentos, produzi- V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações,
dos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou projetos e obras de órgãos e entidades; e
não a arquivos públicos; VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.
III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou § 2º Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e enti-
entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos dades públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos legí-
ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado; timos de que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios
IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada; oficiais da rede mundial de computadores (internet).
V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e enti- § 3º Os sítios de que trata o § 2º deverão, na forma de regula-
dades, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços; mento, atender, entre outros, aos seguintes requisitos:

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I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o § 3º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos
acesso à informação de forma objetiva, transparente, clara e em determinantes da solicitação de informações de interesse público.
linguagem de fácil compreensão; Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou con-
II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos ceder o acesso imediato à informação disponível.
eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como plani- § 1º Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma
lhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações; disposta no caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deve-
III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos rá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias:
em formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina; I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta,
IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados para estrutu- efetuar a reprodução ou obter a certidão;
ração da informação; II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou
V - garantir a autenticidade e a integridade das informações parcial, do acesso pretendido; ou
disponíveis para acesso; III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do
VI - manter atualizadas as informações disponíveis para acesso; seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda,
VII - indicar local e instruções que permitam ao interessado co- remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o
municar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou enti- interessado da remessa de seu pedido de informação.
dade detentora do sítio; e § 2º O prazo referido no § 1º poderá ser prorrogado por mais
VIII - adotar as medidas necessárias para garantir a acessibili- 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, da qual será cientifi-
dade de conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do art. cado o requerente.
17 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9º da § 3º Sem prejuízo da segurança e da proteção das informações
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprova- e do cumprimento da legislação aplicável, o órgão ou entidade po-
da pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008. derá oferecer meios para que o próprio requerente possa pesquisar
§ 4º Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) ha- a informação de que necessitar.
bitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet a § 4º Quando não for autorizado o acesso por se tratar de in-
que se refere o § 2º , mantida a obrigatoriedade de divulgação, em formação total ou parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser
tempo real, de informações relativas à execução orçamentária e informado sobre a possibilidade de recurso, prazos e condições
financeira, nos critérios e prazos previstos no art. 73-B da Lei Com- para sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe indicada a autorida-
plementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade de competente para sua apreciação.
Fiscal). § 5º A informação armazenada em formato digital será forneci-
Art. 9º O acesso a informações públicas será assegurado me- da nesse formato, caso haja anuência do requerente.
diante: § 6º Caso a informação solicitada esteja disponível ao público
I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e em formato impresso, eletrônico ou em qualquer outro meio de
entidades do poder público, em local com condições apropriadas acesso universal, serão informados ao requerente, por escrito, o
para: lugar e a forma pela qual se poderá consultar, obter ou reproduzir
a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informa- a referida informação, procedimento esse que desonerará o órgão
ções; ou entidade pública da obrigação de seu fornecimento direto, salvo
b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas res- se o requerente declarar não dispor de meios para realizar por si
pectivas unidades; mesmo tais procedimentos.
c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a in- Art. 12. O serviço de busca e de fornecimento de informação
formações; e é gratuito. (Redação dada pela Lei nº 14.129, de 2021) (Vigência)
II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à § 1º O órgão ou a entidade poderá cobrar exclusivamente o
participação popular ou a outras formas de divulgação. valor necessário ao ressarcimento dos custos dos serviços e dos ma-
teriais utilizados, quando o serviço de busca e de fornecimento da
CAPÍTULO III informação exigir reprodução de documentos pelo órgão ou pela
DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À INFORMAÇÃO entidade pública consultada. (Incluído pela Lei nº 14.129, de 2021)
(Vigência)
SEÇÃO I § 2º Estará isento de ressarcir os custos previstos no § 1º deste
DO PEDIDO DE ACESSO artigo aquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem
prejuízo do sustento próprio ou da família, declarada nos termos da
Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de Lei nº 7.115, de 29 de agosto de 1983. (Incluído pela Lei nº 14.129,
acesso a informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1º de 2021) (Vigência)
desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a Art. 13. Quando se tratar de acesso à informação contida em
identificação do requerente e a especificação da informação reque- documento cuja manipulação possa prejudicar sua integridade, de-
rida. verá ser oferecida a consulta de cópia, com certificação de que esta
§ 1º Para o acesso a informações de interesse público, a identi- confere com o original.
ficação do requerente não pode conter exigências que inviabilizem Parágrafo único. Na impossibilidade de obtenção de cópias, o
a solicitação. interessado poderá solicitar que, a suas expensas e sob supervisão
§ 2º Os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar de servidor público, a reprodução seja feita por outro meio que não
alternativa de encaminhamento de pedidos de acesso por meio de ponha em risco a conservação do documento original.
seus sítios oficiais na internet. Art. 14. É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão
de negativa de acesso, por certidão ou cópia.
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SEÇÃO II § 2º Os órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público in-


DOS RECURSOS formarão ao Conselho Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional
do Ministério Público, respectivamente, as decisões que, em grau
Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informações ou de recurso, negarem acesso a informações de interesse público.
às razões da negativa do acesso, poderá o interessado interpor re- Art. 20. Aplica-se subsidiariamente, no que couber, a Lei nº
curso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua 9.784, de 29 de janeiro de 1999, ao procedimento de que trata este
ciência. Capítulo.
Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade hierar-
quicamente superior à que exarou a decisão impugnada, que deve- CAPÍTULO IV
rá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias. DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO
Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou enti-
dades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à SEÇÃO I
Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) DISPOSIÇÕES GERAIS
dias se:
I - o acesso à informação não classificada como sigilosa for ne- Art. 21. Não poderá ser negado acesso à informação necessária
gado; à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais.
II - a decisão de negativa de acesso à informação total ou par- Parágrafo único. As informações ou documentos que versem
cialmente classificada como sigilosa não indicar a autoridade classi- sobre condutas que impliquem violação dos direitos humanos pra-
ficadora ou a hierarquicamente superior a quem possa ser dirigido ticada por agentes públicos ou a mando de autoridades públicas
pedido de acesso ou desclassificação; não poderão ser objeto de restrição de acesso.
III - os procedimentos de classificação de informação sigilosa Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as demais hipóteses
estabelecidos nesta Lei não tiverem sido observados; e legais de sigilo e de segredo de justiça nem as hipóteses de segredo
IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros procedi- industrial decorrentes da exploração direta de atividade econômi-
mentos previstos nesta Lei. ca pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada que tenha
§ 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser diri- qualquer vínculo com o poder público.
gido à Controladoria-Geral da União depois de submetido à apre-
ciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior SEÇÃO II
àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo DA CLASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO QUANTO
de 5 (cinco) dias. AO GRAU E PRAZOS DE SIGILO
§ 2º Verificada a procedência das razões do recurso, a Contro-
ladoria-Geral da União determinará ao órgão ou entidade que ado- Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da socie-
te as providências necessárias para dar cumprimento ao disposto dade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as infor-
nesta Lei. mações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:
§ 3º Negado o acesso à informação pela Controladoria-Geral I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integrida-
da União, poderá ser interposto recurso à Comissão Mista de Rea- de do território nacional;
valiação de Informações, a que se refere o art. 35. II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as
Art. 17. No caso de indeferimento de pedido de desclassifica- relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas
ção de informação protocolado em órgão da administração públi- em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais;
ca federal, poderá o requerente recorrer ao Ministro de Estado da III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;
área, sem prejuízo das competências da Comissão Mista de Reava- IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica
liação de Informações, previstas no art. 35, e do disposto no art. 16. ou monetária do País;
§ 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser diri- V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégi-
gido às autoridades mencionadas depois de submetido à aprecia- cos das Forças Armadas;
ção de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior à VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desen-
autoridade que exarou a decisão impugnada e, no caso das Forças volvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens,
Armadas, ao respectivo Comando. instalações ou áreas de interesse estratégico nacional;
§ 2º Indeferido o recurso previsto no caput que tenha como VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autori-
objeto a desclassificação de informação secreta ou ultrassecreta, dades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou
caberá recurso à Comissão Mista de Reavaliação de Informações VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de
prevista no art. 35. investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a
Art. 18. Os procedimentos de revisão de decisões denegatórias prevenção ou repressão de infrações.
proferidas no recurso previsto no art. 15 e de revisão de classifica- Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públi-
ção de documentos sigilosos serão objeto de regulamentação pró- cas, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à
pria dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público, em segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como
seus respectivos âmbitos, assegurado ao solicitante, em qualquer ultrassecreta, secreta ou reservada.
caso, o direito de ser informado sobre o andamento de seu pedido. § 1º Os prazos máximos de restrição de acesso à informação,
Art. 19. (VETADO). conforme a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data
§ 1º (VETADO). de sua produção e são os seguintes:
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;
II - secreta: 15 (quinze) anos; e
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

III - reservada: 5 (cinco) anos. d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e


§ 2º As informações que puderem colocar em risco a segurança e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes
do Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônju- no exterior;
ges e filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob si- II - no grau de secreto, das autoridades referidas no inciso I, dos
gilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, titulares de autarquias, fundações ou empresas públicas e socieda-
em caso de reeleição. des de economia mista; e
§ 3º Alternativamente aos prazos previstos no § 1º , poderá ser III - no grau de reservado, das autoridades referidas nos incisos
estabelecida como termo final de restrição de acesso a ocorrência I e II e das que exerçam funções de direção, comando ou chefia,
de determinado evento, desde que este ocorra antes do transcurso nível DAS 101.5, ou superior, do Grupo-Direção e Assessoramento
do prazo máximo de classificação. Superiores, ou de hierarquia equivalente, de acordo com regula-
§ 4º Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o mentação específica de cada órgão ou entidade, observado o dis-
evento que defina o seu termo final, a informação tornar-se-á, au- posto nesta Lei.
tomaticamente, de acesso público. § 1º A competência prevista nos incisos I e II, no que se refere
§ 5º Para a classificação da informação em determinado grau à classificação como ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada
de sigilo, deverá ser observado o interesse público da informação e pela autoridade responsável a agente público, inclusive em missão
utilizado o critério menos restritivo possível, considerados: no exterior, vedada a subdelegação.
I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do § 2º A classificação de informação no grau de sigilo ultrassecre-
Estado; e to pelas autoridades previstas nas alíneas “d” e “e” do inciso I de-
II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que verá ser ratificada pelos respectivos Ministros de Estado, no prazo
defina seu termo final. previsto em regulamento.
SEÇÃO III § 3º A autoridade ou outro agente público que classificar in-
DA PROTEÇÃO E DO CONTROLE DE INFORMAÇÕES formação como ultrassecreta deverá encaminhar a decisão de que
SIGILOSAS trata o art. 28 à Comissão Mista de Reavaliação de Informações, a
que se refere o art. 35, no prazo previsto em regulamento.
Art. 25. É dever do Estado controlar o acesso e a divulgação Art. 28. A classificação de informação em qualquer grau de si-
de informações sigilosas produzidas por seus órgãos e entidades, gilo deverá ser formalizada em decisão que conterá, no mínimo, os
assegurando a sua proteção. (Regulamento) seguintes elementos:
§ 1º O acesso, a divulgação e o tratamento de informação clas- I - assunto sobre o qual versa a informação;
sificada como sigilosa ficarão restritos a pessoas que tenham ne- II - fundamento da classificação, observados os critérios esta-
cessidade de conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas na belecidos no art. 24;
forma do regulamento, sem prejuízo das atribuições dos agentes III - indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou
públicos autorizados por lei. dias, ou do evento que defina o seu termo final, conforme limites
§ 2º O acesso à informação classificada como sigilosa cria a previstos no art. 24; e
obrigação para aquele que a obteve de resguardar o sigilo. IV - identificação da autoridade que a classificou.
§ 3º Regulamento disporá sobre procedimentos e medidas Parágrafo único. A decisão referida no caput será mantida no
a serem adotados para o tratamento de informação sigilosa, de mesmo grau de sigilo da informação classificada.
modo a protegê-la contra perda, alteração indevida, acesso, trans- Art. 29. A classificação das informações será reavaliada pela
missão e divulgação não autorizados. autoridade classificadora ou por autoridade hierarquicamente
Art. 26. As autoridades públicas adotarão as providências ne- superior, mediante provocação ou de ofício, nos termos e prazos
cessárias para que o pessoal a elas subordinado hierarquicamente previstos em regulamento, com vistas à sua desclassificação ou à
conheça as normas e observe as medidas e procedimentos de segu- redução do prazo de sigilo, observado o disposto no art. 24. (Re-
rança para tratamento de informações sigilosas. gulamento)
Parágrafo único. A pessoa física ou entidade privada que, em § 1º O regulamento a que se refere o caput deverá considerar
razão de qualquer vínculo com o poder público, executar atividades as peculiaridades das informações produzidas no exterior por auto-
de tratamento de informações sigilosas adotará as providências ne- ridades ou agentes públicos.
cessárias para que seus empregados, prepostos ou representantes § 2º Na reavaliação a que se refere o caput, deverão ser exa-
observem as medidas e procedimentos de segurança das informa- minadas a permanência dos motivos do sigilo e a possibilidade de
ções resultantes da aplicação desta Lei. danos decorrentes do acesso ou da divulgação da informação.
§ 3º Na hipótese de redução do prazo de sigilo da informação,
SEÇÃO IV o novo prazo de restrição manterá como termo inicial a data da sua
DOS PROCEDIMENTOS DE CLASSIFICAÇÃO produção.
RECLASSIFICAÇÃO E DESCLASSIFICAÇÃO Art. 30. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade publi-
cará, anualmente, em sítio à disposição na internet e destinado à
Art. 27. A classificação do sigilo de informações no âmbito da veiculação de dados e informações administrativas, nos termos de
administração pública federal é de competência: (Regulamento) regulamento:
I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades: I - rol das informações que tenham sido desclassificadas nos
a) Presidente da República; últimos 12 (doze) meses;
b) Vice-Presidente da República; II - rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, com
c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerro- identificação para referência futura;
gativas;
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

III - relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de aces-
informação recebidos, atendidos e indeferidos, bem como informa- so à informação;
ções genéricas sobre os solicitantes. IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir
§ 1º Os órgãos e entidades deverão manter exemplar da publi- acesso indevido à informação sigilosa ou informação pessoal;
cação prevista no caput para consulta pública em suas sedes. V - impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de
§ 2º Os órgãos e entidades manterão extrato com a lista de terceiro, ou para fins de ocultação de ato ilegal cometido por si ou
informações classificadas, acompanhadas da data, do grau de sigilo por outrem;
e dos fundamentos da classificação. VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente in-
formação sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo
SEÇÃO V de terceiros; e
DAS INFORMAÇÕES PESSOAIS VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos con-
cernentes a possíveis violações de direitos humanos por parte de
Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito agentes do Estado.
de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, § 1º Atendido o princípio do contraditório, da ampla defesa
honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias e do devido processo legal, as condutas descritas no caput serão
individuais. consideradas:
§ 1º As informações pessoais, a que se refere este artigo, rela- I - para fins dos regulamentos disciplinares das Forças Arma-
tivas à intimidade, vida privada, honra e imagem: das, transgressões militares médias ou graves, segundo os critérios
I - terão seu acesso restrito, independentemente de classifica- neles estabelecidos, desde que não tipificadas em lei como crime
ção de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da ou contravenção penal; ou
sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e II - para fins do disposto na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro
à pessoa a que elas se referirem; e de 1990, e suas alterações, infrações administrativas, que deverão
II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por tercei- ser apenadas, no mínimo, com suspensão, segundo os critérios nela
ros diante de previsão legal ou consentimento expresso da pessoa estabelecidos.
a que elas se referirem. § 2º Pelas condutas descritas no caput, poderá o militar ou
§ 2º Aquele que obtiver acesso às informações de que trata agente público responder, também, por improbidade administrati-
este artigo será responsabilizado por seu uso indevido. va, conforme o disposto nas Leis nºs 1.079, de 10 de abril de 1950,
§ 3º O consentimento referido no inciso II do § 1º não será e 8.429, de 2 de junho de 1992.
exigido quando as informações forem necessárias: Art. 33. A pessoa física ou entidade privada que detiver infor-
I - à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver mações em virtude de vínculo de qualquer natureza com o poder
física ou legalmente incapaz, e para utilização única e exclusiva- público e deixar de observar o disposto nesta Lei estará sujeita às
mente para o tratamento médico; seguintes sanções:
II - à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evi- I - advertência;
dente interesse público ou geral, previstos em lei, sendo vedada a II - multa;
identificação da pessoa a que as informações se referirem; III - rescisão do vínculo com o poder público;
III - ao cumprimento de ordem judicial; IV - suspensão temporária de participar em licitação e impe-
IV - à defesa de direitos humanos; ou dimento de contratar com a administração pública por prazo não
V - à proteção do interesse público e geral preponderante. superior a 2 (dois) anos; e
§ 4º A restrição de acesso à informação relativa à vida privada, V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
honra e imagem de pessoa não poderá ser invocada com o intuito administração pública, até que seja promovida a reabilitação pe-
de prejudicar processo de apuração de irregularidades em que o rante a própria autoridade que aplicou a penalidade.
titular das informações estiver envolvido, bem como em ações vol- § 1º As sanções previstas nos incisos I, III e IV poderão ser apli-
tadas para a recuperação de fatos históricos de maior relevância. cadas juntamente com a do inciso II, assegurado o direito de defesa
§ 5º Regulamento disporá sobre os procedimentos para trata- do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias.
mento de informação pessoal. § 2º A reabilitação referida no inciso V será autorizada somen-
te quando o interessado efetivar o ressarcimento ao órgão ou enti-
CAPÍTULO V dade dos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção
DAS RESPONSABILIDADES aplicada com base no inciso IV.
§ 3º A aplicação da sanção prevista no inciso V é de competên-
Art. 32. Constituem condutas ilícitas que ensejam responsabili- cia exclusiva da autoridade máxima do órgão ou entidade pública,
dade do agente público ou militar: facultada a defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo
I - recusar-se a fornecer informação requerida nos termos des- de 10 (dez) dias da abertura de vista.
ta Lei, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la Art. 34. Os órgãos e entidades públicas respondem diretamente
intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa; pelos danos causados em decorrência da divulgação não autorizada
II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inu- ou utilização indevida de informações sigilosas ou informações pes-
tilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, infor- soais, cabendo a apuração de responsabilidade funcional nos casos
mação que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou de dolo ou culpa, assegurado o respectivo direito de regresso.
conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo, em-
prego ou função pública;

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à pessoa físi- Art. 39. Os órgãos e entidades públicas deverão proceder à re-
ca ou entidade privada que, em virtude de vínculo de qualquer na- avaliação das informações classificadas como ultrassecretas e se-
tureza com órgãos ou entidades, tenha acesso a informação sigilosa cretas no prazo máximo de 2 (dois) anos, contado do termo inicial
ou pessoal e a submeta a tratamento indevido. de vigência desta Lei.
§ 1º A restrição de acesso a informações, em razão da reavalia-
CAPÍTULO VI ção prevista no caput, deverá observar os prazos e condições pre-
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS vistos nesta Lei.
§ 2º No âmbito da administração pública federal, a reavaliação
Art. 35. (VETADO). prevista no caput poderá ser revista, a qualquer tempo, pela Comis-
§ 1º É instituída a Comissão Mista de Reavaliação de Informa- são Mista de Reavaliação de Informações, observados os termos
ções, que decidirá, no âmbito da administração pública federal, so- desta Lei.
bre o tratamento e a classificação de informações sigilosas e terá § 3º Enquanto não transcorrido o prazo de reavaliação previsto
competência para: no caput, será mantida a classificação da informação nos termos da
I - requisitar da autoridade que classificar informação como legislação precedente.
ultrassecreta e secreta esclarecimento ou conteúdo, parcial ou in- § 4º As informações classificadas como secretas e ultrassecre-
tegral da informação; tas não reavaliadas no prazo previsto no caput serão consideradas,
II - rever a classificação de informações ultrassecretas ou se- automaticamente, de acesso público.
cretas, de ofício ou mediante provocação de pessoa interessada, Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da vigência
observado o disposto no art. 7º e demais dispositivos desta Lei; e desta Lei, o dirigente máximo de cada órgão ou entidade da admi-
III - prorrogar o prazo de sigilo de informação classificada como nistração pública federal direta e indireta designará autoridade que
ultrassecreta, sempre por prazo determinado, enquanto o seu lhe seja diretamente subordinada para, no âmbito do respectivo
acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à soberania órgão ou entidade, exercer as seguintes atribuições:
nacional ou à integridade do território nacional ou grave risco às I - assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso a
relações internacionais do País, observado o prazo previsto no § 1º informação, de forma eficiente e adequada aos objetivos desta Lei;
do art. 24. II - monitorar a implementação do disposto nesta Lei e apre-
§ 2º O prazo referido no inciso III é limitado a uma única reno- sentar relatórios periódicos sobre o seu cumprimento;
vação. III - recomendar as medidas indispensáveis à implementação
§ 3º A revisão de ofício a que se refere o inciso II do § 1º deve- e ao aperfeiçoamento das normas e procedimentos necessários ao
rá ocorrer, no máximo, a cada 4 (quatro) anos, após a reavaliação correto cumprimento do disposto nesta Lei; e
prevista no art. 39, quando se tratar de documentos ultrassecretos IV - orientar as respectivas unidades no que se refere ao cum-
ou secretos. primento do disposto nesta Lei e seus regulamentos.
§ 4º A não deliberação sobre a revisão pela Comissão Mista de Art. 41. O Poder Executivo Federal designará órgão da adminis-
Reavaliação de Informações nos prazos previstos no § 3º implicará tração pública federal responsável:
a desclassificação automática das informações. I - pela promoção de campanha de abrangência nacional de fo-
§ 5º Regulamento disporá sobre a composição, organização e mento à cultura da transparência na administração pública e cons-
funcionamento da Comissão Mista de Reavaliação de Informações, cientização do direito fundamental de acesso à informação;
observado o mandato de 2 (dois) anos para seus integrantes e de- II - pelo treinamento de agentes públicos no que se refere ao
mais disposições desta Lei. (Regulamento) desenvolvimento de práticas relacionadas à transparência na admi-
Art. 36. O tratamento de informação sigilosa resultante de tra- nistração pública;
tados, acordos ou atos internacionais atenderá às normas e reco- III - pelo monitoramento da aplicação da lei no âmbito da admi-
mendações constantes desses instrumentos. nistração pública federal, concentrando e consolidando a publica-
Art. 37. É instituído, no âmbito do Gabinete de Segurança Insti- ção de informações estatísticas relacionadas no art. 30;
tucional da Presidência da República, o Núcleo de Segurança e Cre- IV - pelo encaminhamento ao Congresso Nacional de relatório
denciamento (NSC), que tem por objetivos: (Regulamento) anual com informações atinentes à implementação desta Lei.
I - promover e propor a regulamentação do credenciamento Art. 42. O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei
de segurança de pessoas físicas, empresas, órgãos e entidades para no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de sua pu-
tratamento de informações sigilosas; e blicação.
II - garantir a segurança de informações sigilosas, inclusive Art. 43. O inciso VI do art. 116 da Lei no 8.112, de 11 de dezem-
aquelas provenientes de países ou organizações internacionais com bro de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação:
os quais a República Federativa do Brasil tenha firmado tratado, “Art. 116. ...................................................................
acordo, contrato ou qualquer outro ato internacional, sem prejuízo ............................................................................................
das atribuições do Ministério das Relações Exteriores e dos demais VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do
órgãos competentes. cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver
Parágrafo único. Regulamento disporá sobre a composição, or- suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autori-
ganização e funcionamento do NSC. dade competente para apuração;
Art. 38. Aplica-se, no que couber, a Lei nº 9.507, de 12 de no- .................................................................................” (NR)
vembro de 1997, em relação à informação de pessoa, física ou jurí- Art. 44. O Capítulo IV do Título IV da Lei nº 8.112, de 1990,
dica, constante de registro ou banco de dados de entidades gover- passa a vigorar acrescido do seguinte art. 126-A:
namentais ou de caráter público.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

“Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado ci- CAPÍTULO I


vil, penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade su- DISPOSIÇÕES GERAIS
perior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra
autoridade competente para apuração de informação concernente Artigo 1º - Este decreto define procedimentos a serem ob-
à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, servados pelos órgãos e entidades da Administração Pública Esta-
ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou fun- dual, e pelas entidades privadas sem fins lucrativos que recebam
ção pública.” recursos públicos estaduais para a realização de atividades de
Art. 45. Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, interesse público, à vista das normas gerais estabelecidas na Lei
em legislação própria, obedecidas as normas gerais estabelecidas federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
nesta Lei, definir regras específicas, especialmente quanto ao dis- Artigo 2º - O direito fundamental de acesso a documentos,
posto no art. 9º e na Seção II do Capítulo III. dados e informações será assegurado mediante:
Art. 46. Revogam-se: I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo
I - a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005 ; e como exceção;
II - os arts. 22 a 24 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991. II - implementação da política estadual de arquivos e gestão
Art. 47. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após de documentos;
a data de sua publicação. III - divulgação de informações de interesse público, indepen-
dentemente de solicitações;
IV - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tec-
DECRETO ESTADUAL Nº 58.052, DE 16.05.2012 nologia da informação;
V - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência
na administração pública;
DECRETO Nº 58.052, DE 16 DE MAIO DE 2012 VI - desenvolvimento do controle social da administração pú-
blica.
Regulamenta a Lei federal n° 12.527, de 18 de novembro de Artigo 3º - Para os efeitos deste decreto, consideram-se as
2011, que regula o acesso a informações, e dá providências cor- seguintes definições:
relatas I - arquivos públicos: conjuntos de documentos produzidos,
recebidos e acumulados por órgãos públicos, autarquias, funda-
GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no ções instituídas ou mantidas pelo Poder Público, empresas públi-
uso de suas atribuições legais, cas, sociedades de economia mista, entidades privadas encarre-
Considerando que é dever do Poder Público promover a ges- gadas da gestão de serviços públicos e organizações sociais, no
tão dos documentos públicos para assegurar o acesso às infor- exercício de suas funções e atividades;
mações neles contidas, de acordo com o § 2º do artigo 216 da II - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido
Constituição Federal e com o artigo 1º da Lei federal nº 8.159, de produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado in-
8 de janeiro de 1991; divíduo, equipamento ou sistema;
Considerando que cabe ao Estado definir, em legislação pró- III - classificação de sigilo: atribuição, pela autoridade compe-
pria, regras específicas para o cumprimento das determinações tente, de grau de sigilo a documentos, dados e informações;
previstas na Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, IV - credencial de segurança: autorização por escrito conce-
que regula o acesso a informações; dida por autoridade competente, que habilita o agente público
Considerando as disposições das Leis estaduais nº 10.177, de estadual no efetivo exercício de cargo, função, emprego ou ati-
30 de dezembro de 1998, que regula o processo administrativo e vidade pública a ter acesso a documentos, dados e informações
nº 10.294, de 20 de abril de 1999, que dispõe sobre proteção e sigilosas;
defesa do usuário de serviços públicos, e dos Decretos estaduais V - criptografia: processo de escrita à base de métodos ló-
nº 22.789, de 19 de outubro de 1984, que institui o Sistema de gicos e controlados por chaves, cifras ou códigos, de forma que
Arquivos do Estado de São Paulo - SAESP, nº 44.074, de 1º de ju- somente os usuários autorizados possam reestabelecer sua forma
lho de 1999, que regulamenta a composição e estabelece a com- original;
petência das Ouvidorias, nº 54.276, de 27 de abril de 2009, que VI - custódia: responsabilidade pela guarda de documentos,
reorganiza a Unidade do Arquivo Público do Estado, da Casa Civil, dados e informações;
nº 55.479, de 25 de fevereiro de 2010, que institui na Casa Civil VII - dado público: sequência de símbolos ou valores, repre-
o Comitê Gestor do Sistema Informatizado Unificado de Gestão sentado em algum meio, produzido ou sob a guarda governamen-
Arquivística de Documentos e Informações - SPdoc, alterado pelo tal, em decorrência de um processo natural ou artificial, que não
de nº 56.260, de 6 de outubro de 2010, nº 55.559, de 12 de março tenha seu acesso restrito por legislação específica;
de 2010, que institui o Portal do Governo Aberto SP e nº 57.500, VIII - desclassificação: supressão da classificação de sigilo por
de 8 de novembro de 2011, que reorganiza a Corregedoria Geral ato da autoridade competente ou decurso de prazo, tornando ir-
da Administração e institui o Sistema Estadual de Controladoria; e restrito o acesso a documentos, dados e informações sigilosas;
Considerando, finalmente, a proposta apresentada pelo IX - documentos de arquivo: todos os registros de informação,
Grupo Técnico instituído pela Resolução CC-3, de 9 de janeiro de em qualquer suporte, inclusive o magnético ou óptico, produzi-
2012, junto ao Comitê de Qualidade da Gestão Pública, dos, recebidos ou acumulados por órgãos e entidades da Adminis-
Decreta: tração Pública Estadual, no exercício de suas funções e atividades;

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

X - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser CAPÍTULO II


conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas DO ACESSO A DOCUMENTOS, DADOS E INFORMAÇÕES
autorizados;
XI - documento: unidade de registro de informações, qual- SEÇÃO I
quer que seja o suporte ou formato; DISPOSIÇÕES GERAIS
XII - gestão de documentos: conjunto de procedimentos ope-
rações técnicas referentes à sua produção, classificação, avalia- Artigo 4º - É dever dos órgãos e entidades da Administração
ção, tramitação, uso, arquivamento e reprodução, que assegura a Pública Estadual:
racionalização e a eficiência dos arquivos; I - promover a gestão transparente de documentos, dados e
XIII - informação: dados, processados ou não, que podem ser informações, assegurando sua disponibilidade, autenticidade e in-
utilizados para produção e transmissão de conhecimento, conti- tegridade, para garantir o pleno direito de acesso;
dos em qualquer meio, suporte ou formato; II - divulgar documentos, dados e informações de interesse
XIV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural coletivo ou geral, sob sua custódia, independentemente de soli-
identificada ou identificável; citações;
XV - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente III - proteger os documentos, dados e informações sigilosas
à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade e pessoais, por meio de critérios técnicos e objetivos, o menos
para a segurança da sociedade e do Estado; restritivo possível.
XVI - integridade: qualidade da informação não modificada,
inclusive quanto à origem, trânsito e destino; SEÇÃO II
XVII - marcação: aposição de marca assinalando o grau de si- DA GESTÃO DE DOCUMENTOS, DADOS E INFORMAÇÕES
gilo de documentos, dados ou informações, ou sua condição de
acesso irrestrito, após sua desclassificação; Artigo 5º - A Unidade do Arquivo Público do Estado, na con-
XVIII - metadados: são informações estruturadas e codificadas dição de órgão central do Sistema de Arquivos do Estado de São
que descrevem e permitem gerenciar, compreender, preservar e Paulo - SAESP, é a responsável pela formulação e implementação
acessar os documentos digitais ao longo do tempo e referem-se a: da política estadual de arquivos e gestão de documentos, a que se
a) identificação e contexto documental (identificador único, refere o artigo 2º, inciso II deste decreto, e deverá propor normas,
instituição produtora, nomes, assunto, datas, local, código de clas- procedimentos e requisitos técnicos complementares, visando o
sificação, tipologia documental, temporalidade, destinação, ver- tratamento da informação.
são, documentos relacionados, idioma e indexação); Parágrafo único - Integram a política estadual de arquivos e
b) segurança (grau de sigilo, informações sobre criptografia, gestão de documentos:
assinatura digital e outras marcas digitais); 1. os serviços de protocolo e arquivo dos órgãos e entidades;
c) contexto tecnológico (formato de arquivo, tamanho de ar- 2. as Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso -
quivo, dependências de hardware e software, tipos de mídias, al- CADA, a que se refere o artigo 11 deste decreto;
goritmos de compressão) e localização física do documento; 3. o Sistema Informatizado Unificado de Gestão Arquivística
XIX - primariedade: qualidade da informação coletada na fon- de Documentos e Informações - SPdoc;
te, com o máximo de detalhamento possível, sem modificações; 4. os Serviços de Informações ao Cidadão - SIC.
XX - reclassificação: alteração, pela autoridade competente, Artigo 6º - Para garantir efetividade à política de arquivos e
da classificação de sigilo de documentos, dados e informações; gestão de documentos, os órgãos e entidades da Administração
XXI - rol de documentos, dados e informações sigilosas e pes- Pública Estadual deverão:
soais: relação anual, a ser publicada pelas autoridades máximas I - providenciar a elaboração de planos de classificação e ta-
de órgãos e entidades, de documentos, dados e informações clas- belas de temporalidade de documentos de suas atividadesfim, a
sificadas, no período, como sigilosas ou pessoais, com identifica- que se referem, respectivamente, os artigos 10 a 18 e 19 a 23, do
ção para referência futura; Decreto nº 48.897, de 27 de agosto de 2004;
XXII - serviço ou atendimento presencial: aquele prestado a II - (Revogado pelo DECRETO Nº 67.641, DE 10 DE ABRIL DE
presença física do cidadão, principal beneficiário ou interessado 2023).
no serviço; Parágrafo único - As propostas de planos de classificação e de
XXIII - serviço ou atendimento eletrônico: aquele prestado tabelas de temporalidade de documentos deverão ser apreciadas
remotamente ou à distância, utilizando meios eletrônicos de co- pelos órgãos jurídicos dos órgãos e entidades e encaminhadas à
municação; Unidade do Arquivo Público do Estado para aprovação, antes de
XXIV - tabela de documentos, dados e informações sigilosas e sua oficialização.
pessoais: relação exaustiva de documentos, dados e informações Artigo 7º - Ficam criados, em todos os órgãos e entidades da
com quaisquer restrição de acesso, com a indicação do grau de si- Administração Pública Estadual, os Serviços de Informações ao Ci-
gilo, decorrente de estudos e pesquisas promovidos pelas Comis- dadão - SIC, a que se refere o artigo 5º, inciso IV, deste decreto,
sões de Avaliação de Documentos e Acesso - CADA, e publicada diretamente subordinados aos seus titulares, em local com condi-
pelas autoridades máximas dos órgãos e entidades; ções apropriadas, infraestrutura tecnológica e equipe capacitada
XXV - tratamento da informação: conjunto de ações referen- para:
tes à produção, recepção, classificação, utilização, acesso, repro- I - realizar atendimento presencial e/ou eletrônico na sede
dução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, ar- e nas unidades subordinadas, prestando orientação ao público
mazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da sobre os direitos do requerente, o funcionamento do Serviço de
informação.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Informações ao Cidadão - SIC, a tramitação de documentos, bem III - documento, dado ou informação produzida ou custodia-
como sobre os serviços prestados pelas respectivas unidades do da por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer
órgão ou entidade; vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já
II - protocolar documentos e requerimentos de acesso a in- tenha cessado;
formações, bem como encaminhar os pedidos de informação aos IV - dado ou informação primária, íntegra, autêntica e atua-
setores produtores ou detentores de documentos, dados e infor- lizada;
mações; V - documento, dado ou informação sobre atividades exerci-
III - controlar o cumprimento de prazos por parte dos setores das pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua política,
produtores ou detentores de documentos, dados e informações, organização e serviços;
previstos no artigo 15 deste decreto; VI - documento, dado ou informação pertinente à administra-
IV - realizar o serviço de busca e fornecimento de documen- ção o patrimônio público, utilização de recursos públicos, licita-
tos, dados e informações sob custódia do respectivo órgão ou en- ção, contratos administrativos;
tidade, ou fornecer ao requerente orientação sobre o local onde VII - documento, dado ou informação relativa:
encontrá-los. a) à implementação, acompanhamento e resultados dos pro-
§ 1º - As autoridades máximas dos órgãos e entidades da gramas, projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem
Administração Pública Estadual deverão designar, no prazo de 30 como metas e indicadores propostos;
(trinta) dias, os responsáveis pelos Serviços de Informações ao Ci- b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e toma-
dadão - SIC. das de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e exter-
§ 2º - Para o pleno desempenho de suas atribuições, os Servi- no, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anterio-
ços de Informações ao Cidadão - SIC deverão: res.
1. manter intercâmbio permanente com os serviços de pro- § 1º - O acesso aos documentos, dados e informações pre-
tocolo e arquivo; visto no “caput” deste artigo não compreende as informações
2. buscar informações junto aos gestores de sistemas infor- referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos
matizados e bases de dados, inclusive de portais e sítios institu- ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da so-
cionais; ciedade e do Estado.
3. atuar de forma integrada com as Ouvidorias, instituídas § 2º - Quando não for autorizado acesso integral ao docu-
pela Lei estadual nº 10.294, de 20 de abril de 1999, e organizadas mento, dado ou informação por ser ela parcialmente sigilosa, é
pelo Decreto nº 44.074, de 1º de julho de 1999. assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão,
§ 3º - Os Serviços de Informações ao Cidadão - SIC, indepen- extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo.
dentemente do meio utilizado, deverão ser identificados com am- § 3º - O direito de acesso aos documentos, aos dados ou às in-
pla visibilidade. formações neles contidas utilizados como fundamento da tomada
Artigo 8º - A Casa Civil deverá providenciar a contratação de de decisão e do ato administrativo será assegurado com a edição
serviços para o desenvolvimento de “Sistema Integrado de Infor- do ato decisório respectivo.
mações ao Cidadão”, capaz de interoperar com o SPdoc, a ser uti- § 4º - A negativa de acesso aos documentos, dados e informa-
lizado por todos os órgãos e entidades nos seus respectivos Servi- ções objeto de pedido formulado aos órgãos e entidades referidas
ços de Informações ao Cidadão - SIC. no artigo 1º deste decreto, quando não fundamentada, sujeitará
Artigo 9º - A Unidade do Arquivo Público do Estado, da Casa o responsável a medidas disciplinares, nos termos do artigo 32 da
Civil, deverá adotar as providências necessárias para a organiza- Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
ção dos serviços da Central de Atendimento ao Cidadão - CAC, § 5º - Informado do extravio da informação solicitada, pode-
instituída pelo Decreto nº 54.276, de 27 de abril de 2009, com a rá o interessado requerer à autoridade competente a imediata
finalidade de: instauração de apuração preliminar para investigar o desapareci-
I - coordenar a integração sistêmica dos Serviços de Informa- mento da respectiva documentação.
ções ao Cidadão - SIC, instituídos nos órgãos e entidades; § 6º - Verificada a hipótese prevista no § 5º deste artigo, o res-
II - realizar a consolidação e sistematização de dados a que ponsável pela guarda da informação extraviada deverá, no prazo
se refere o artigo 26 deste decreto, bem como a elaboração de de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicar testemunhas que com-
estatísticas sobre as demandas de consulta e os perfis de usuários, provem sua alegação.
visando o aprimoramento dos serviços.
Parágrafo único - Os Serviços de Informações ao Cidadão - SIC SEÇÃO III
deverão fornecer, periodicamente, à Central de Atendimento ao DAS COMISSÕES DE AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS E ACESSO
Cidadão - CAC, dados atualizados dos atendimentos prestados.
Artigo 10 - O acesso aos documentos, dados e informações Artigo 11 - As Comissões de Avaliação de Documentos de Ar-
compreende, entre outros, os direitos de obter: quivo, a que se referem os Decretos nº 29.838, de 18 de abril de
I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de 1989, e nº 48.897, de 27 de agosto de 2004, instituídas nos órgãos
acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrado ou e entidades da Administração Pública Estadual, passarão a ser
obtido o documento, dado ou informação almejada; denominadas Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso
II - dado ou informação contida em registros ou documentos, - CADA.
produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhi- § 1º - As Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso -
dos ou não a arquivos públicos; CADA deverão ser vinculadas ao Gabinete da autoridade máxima
do órgão ou entidade.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

§ 2º - As Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso - SEÇÃO IV


CADA serão integradas por servidores de nível superior das áreas DO PEDIDO
jurídica, de administração geral, de administração financeira, de
arquivo e protocolo, de tecnologia da informação e por represen- Artigo 14 - O pedido de informações deverá ser apresentado
tantes das áreas específicas da documentação a ser analisada. ao Serviço de Informações ao Cidadão - SIC do órgão ou entidade,
§ 3º - As Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso por qualquer meio legítimo que contenha a identificação do inte-
- CADA serão compostas por 5 (cinco), 7 (sete) ou 9 (nove) mem- ressado (nome, número de documento e endereço) e a especifi-
bros, designados pela autoridade máxima do órgão ou entidade. cação da informação requerida.
Artigo 12 - São atribuições das Comissões de Avaliação de Artigo 15 - O Serviço de Informações ao Cidadão - SIC do ór-
Documentos e Acesso - CADA, além daquelas previstas para as gão ou entidade responsável pelas informações solicitadas deverá
Comissões de Avaliação de Documentos de Arquivo nos Decretos conceder o acesso imediato àquelas disponíveis.
nº 29.838, de 18 de abril de 1989, e nº 48.897, de 27 de agosto § 1º - Na impossibilidade de conceder o acesso imediato, o
de 2004: Serviço de Informações ao Cidadão - SIC do órgão ou entidade, em
I - orientar a gestão transparente dos documentos, dados e prazo não superior a 20 (vinte) dias, deverá:
informações do órgão ou entidade, visando assegurar o amplo 1. comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta,
acesso e divulgação; efetuar a reprodução ou obter a certidão;
II - realizar estudos, sob a orientação técnica da Unidade do 2. indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou
Arquivo Público do Estado, órgão central do Sistema de Arquivos parcial, do acesso pretendido;
do Estado de São Paulo - SAESP, visando à identificação e elabo- 3. comunicar que não possui a informação, indicar, se for do
ração de tabela de documentos, dados e informações sigilosas e seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda,
pessoais, de seu órgão ou entidade; remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o
III - encaminhar à autoridade máxima do órgão ou entidade interessado da remessa de seu pedido de informação.
a tabela mencionada no inciso II deste artigo, bem como as nor- § 2º - O prazo referido no § 1º deste artigo poderá ser pror-
mas e procedimentos visando à proteção de documentos, dados rogado por mais 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, da
e informações sigilosas e pessoais, para oitiva do órgão jurídico e qual será cientificado o interessado.
posterior publicação; § 3º - Sem prejuízo da segurança e da proteção das informa-
IV - orientar o órgão ou entidade sobre a correta aplicação ções e do cumprimento da legislação aplicável, o Serviço de Infor-
dos critérios de restrição de acesso constantes das tabelas de do- mações ao Cidadão - SIC do órgão ou entidade poderá oferecer
cumentos, dados e informações sigilosas e pessoais; meios para que o próprio interessado possa pesquisar a informa-
V - comunicar à Unidade do Arquivo Público do Estado a pu- ção de que necessitar.
blicação de tabela de documentos, dados e informações sigilosas § 4º - Quando não for autorizado o acesso por se tratar de in-
e pessoais, e suas eventuais alterações, para consolidação de da- formação total ou parcialmente sigilosa, o interessado deverá ser
dos, padronização de critérios e realização de estudos técnicos na informado sobre a possibilidade de recurso, prazos e condições
área; para sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe indicada a autori-
VI - propor à autoridade máxima do órgão ou entidade a re- dade competente para sua apreciação.
novação, alteração de prazos, reclassificação ou desclassificação § 5º - A informação armazenada em formato digital será for-
de documentos, dados e informações sigilosas; necida nesse formato, caso haja anuência do interessado.
VII - manifestar-se sobre os prazos mínimos de restrição de § 6º - Caso a informação solicitada esteja disponível ao públi-
acesso aos documentos, dados ou informações pessoais; co em formato impresso, eletrônico ou em qualquer outro meio
VIII - atuar como instância consultiva da autoridade máxima de acesso universal, serão informados ao interessado, por escrito,
do órgão ou entidade, sempre que provocada, sobre os recursos o lugar e a forma pela qual se poderá consultar, obter ou repro-
interpostos relativos às solicitações de acesso a documentos, da- duzir a referida informação, procedimento esse que desonerará
dos e informações não atendidas ou indeferidas, nos termos do o órgão ou entidade pública da obrigação de seu fornecimento
parágrafo único do artigo 19 deste decreto; direto, salvo se o interessado declarar não dispor de meios para
IX - informar à autoridade máxima do órgão ou entidade a realizar por si mesmo tais procedimentos.
previsão de necessidades orçamentárias, bem como encaminhar Artigo 16 - O serviço de busca e fornecimento da informação
relatórios periódicos sobre o andamento dos trabalhos. é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo
Parágrafo único - Para o perfeito cumprimento de suas atri- órgão ou entidade pública consultada, situação em que poderá
buições as Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso - ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento
CADA poderão convocar servidores que possam contribuir com do custo dos serviços e dos materiais utilizados, a ser fixado em
seus conhecimentos e experiências, bem como constituir subco- ato normativo pelo Chefe do Executivo.
missões e grupos de trabalho. Parágrafo único - Estará isento de ressarcir os custos previstos
Artigo 13 - À Unidade do Arquivo Público do Estado, órgão no “caput” deste artigo todo aquele cuja situação econômica não
central do Sistema de Arquivos do Estado de São Paulo - SAESP, lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da famí-
responsável por propor a política de acesso aos documentos pú- lia, declarada nos termos da Lei federal nº 7.115, de 29 de agosto
blicos, nos termos do artigo 6º, inciso XII, do Decreto nº 22.789, de 1983.
de 19 de outubro de 1984, caberá o reexame, a qualquer tempo, Artigo 17 - Quando se tratar de acesso à informação contida
das tabelas de documentos, dados e informações sigilosas e pes- em documento cuja manipulação possa prejudicar sua integrida-
soais dos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual. de, deverá ser oferecida a consulta de cópia, com certificação de
que esta confere com o original.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Parágrafo único - Na impossibilidade de obtenção de cópias, CAPÍTULO III


o interessado poderá solicitar que, a suas expensas e sob Grupo DA DIVULGAÇÃO DE DOCUMENTOS, DADOS E INFORMAÇÕES
Técnico supervisão de servidor público, a reprodução seja feita
por outro meio que não ponha em risco a conservação do docu- Artigo 23 - É dever dos órgãos e entidades da Administração
mento original. Pública Estadual promover, independentemente de requerimen-
Artigo 18 - É direito do interessado obter o inteiro teor de tos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas com-
decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia. petências, de documentos, dados e informações de interesse co-
letivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.
SEÇÃO V § 1º - Na divulgação das informações a que se refere o “caput”
DOS RECURSOS deste artigo, deverão constar, no mínimo:
1. registro das competências e estrutura organizacional, en-
Artigo 19 - No caso de indeferimento de acesso aos documen- dereços e telefones das respectivas unidades e horários de aten-
tos, dados e informações ou às razões da negativa do acesso, bem dimento ao público;
como o não atendimento do pedido, poderá o interessado inter- 2. registros de quaisquer repasses ou transferências de recur-
por recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar de sos financeiros;
sua ciência. 3. registros de receitas e despesas;
Parágrafo único - O recurso será dirigido à apreciação de pelo 4. informações concernentes a procedimentos licitatórios, in-
menos uma autoridade hierarquicamente superior à que exarou a clusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os
decisão impugnada, que deverá se manifestar, após eventual con- contratos celebrados;
sulta à Comissão de Avaliação de Documentos e Acesso - CADA, a 5. relatórios, estudos e pesquisas;
que se referem os artigos 11 e 12 deste decreto, e ao órgão jurídi- 6. dados gerais para o acompanhamento da execução orça-
co, no prazo de 5 (cinco) dias. mentária, de programas, ações, projetos e obras de órgãos e en-
Artigo 20 - Negado o acesso ao documento, dado e informa- tidades;
ção pelos órgãos ou entidades da Administração Pública Estadual, 7. respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.
o interessado poderá recorrer à Corregedoria Geral da Adminis- § 2º - Para o cumprimento do disposto no “caput” deste ar-
tração, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: tigo, os órgãos e entidades estaduais deverão utilizar todos os
I - o acesso ao documento, dado ou informação não classifica- meios e instrumentos legítimos de que dispuserem, sendo obri-
da como sigilosa for negado; gatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de compu-
II - a decisão de negativa de acesso ao documento, dado ou tadores (internet).
informação, total ou parcialmente classificada como sigilosa, não § 3º - Os sítios de que trata o § 2º deste artigo deverão aten-
indicar a autoridade classificadora ou a hierarquicamente superior der, entre outros, aos seguintes requisitos:
a quem possa ser dirigido o pedido de acesso ou desclassificação; 1. conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o
III - os procedimentos de classificação de sigilo estabelecidos acesso à informação de forma objetiva, transparente, clara e em
na Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, não tiverem linguagem de fácil compreensão;
sido observados; 2. possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos
IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros proce- eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como plani-
dimentos revistos na Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro lhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações;
de 2011. 3. possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos
§ 1º - O recurso previsto neste artigo somente poderá ser diri- em formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina;
gido à Corregedoria Geral da Administração depois de submetido 4. divulgar em detalhes os formatos utilizados para estrutura-
à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente ção da informação;
superior àquela que exarou a decisão impugnada, nos termos do 5. garantir a autenticidade e a integridade das informações
parágrafo único do artigo 19 deste decreto. disponíveis para acesso;
§ 2º - Verificada a procedência das razões do recurso, a Corre- 6. manter atualizadas as informações disponíveis para acesso;
gedoria Geral da Administração determinará ao órgão ou entida- 7. indicar local e instruções que permitam ao interessado co-
de que adote as providências necessárias para dar cumprimento municar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou enti-
ao disposto na Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, dade detentora do sítio;
e neste decreto. 8. adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilida-
Artigo 21 - Negado o acesso ao documento, dado ou infor- de de conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do arti-
mação pela Corregedoria Geral da Administração, o requerente go 17 da Lei federal nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, artigo
poderá, no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência, interpor 9° da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência,
recurso à Comissão Estadual de Acesso à Informação, de que trata aprovada pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008, e
o artigo 76 deste decreto. da Lei estadual n° 12.907, de 15 de abril de 2008.
Artigo 22 - Aplica-se, no que couber, a Lei estadual nº 10.177, Artigo 24 - Os documentos que contenham informações que
de 30 de dezembro de 1998, ao procedimento de que trata este se enquadrem nos casos referidos no artigo anterior deverão es-
Capítulo. tar cadastrados no Sistema Informatizado Unificado de Gestão Ar-
quivística de Documentos e Informações - SPdoc.
Artigo 25 - A autoridade máxima de cada órgão ou entidade
estadual publicará, anualmente, em sítio próprio, bem como no
Portal da Transparência e do Governo Aberto:
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

I - rol de documentos, dados e informações que tenham sido II - Pessoais: aqueles relacionados à pessoa natural identifi-
desclassificadas nos últimos 12 (doze) meses; cada ou identificável, relativas à intimidade, vida privada, honra
II - rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias indi-
com identificação para referência futura; viduais.
III - relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de Parágrafo único - Cabe aos órgãos e entidades da Administra-
informação recebidos, atendidos e indeferidos, bem como infor- ção Pública Estadual, por meio de suas respectivas Comissões de
mações genéricas sobre os solicitantes. Avaliação de Documentos e Acesso - CADA, a que se referem os
Parágrafo único - Os órgãos e entidades da Administração Pú- artigos 11 e 12 deste decreto, promover os estudos necessários à
blica Estadual deverão manter exemplar da publicação prevista no elaboração de tabela com a identificação de documentos, dados
“caput” deste artigo para consulta pública em suas sedes, bem e informações sigilosas e pessoais, visando assegurar a sua pro-
como o extrato com o rol de documentos, dados e informações teção.
classificadas, acompanhadas da data, do grau de sigilo e dos fun- Artigo 28 - Não poderá ser negado acesso à informação neces-
damentos da classificação. sária à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais.
Artigo 26 - Os órgãos e entidades da Administração Pública Es- Parágrafo único - Os documentos, dados e informações que
tadual deverão prestar no prazo de 60 (sessenta) dias, para com- versem sobre condutas que impliquem violação dos direitos hu-
por o “Catálogo de Sistemas e Bases de Dados da Administração manos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades
Pública do Estado de São Paulo - CSBD”, as seguintes informações: públicas não poderão ser objeto de restrição de acesso.
I - tamanho e descrição do conteúdo das bases de dados; Artigo 29 - O disposto neste decreto não exclui as demais hi-
II - metadados; póteses legais de sigilo e de segredo de justiça nem as hipóteses
III - dicionário de dados com detalhamento de conteúdo; de segredo industrial decorrentes da exploração direta de ativida-
IV - arquitetura da base de dados; de econômica pelo Estado ou por pessoa física ou entidade priva-
V - periodicidade de atualização; da que tenha qualquer vínculo com o poder público.
VI - software da base de dados;
VII - existência ou não de sistema de consulta à base de dados SEÇÃO II
e sua linguagem de programação; DA CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E DESCLASSIFICAÇÃO
VIII - formas de consulta, acesso e obtenção à base de dados. DE DOCUMENTOS, DADOS E INFORMAÇÕES SIGILOSAS
§ 1º - Os órgãos e entidades da Administração Pública Es-
tadual deverão indicar o setor responsável pelo fornecimento e Artigo 30 - São considerados imprescindíveis à segurança da
atualização permanente de dados e informações que compõem o sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação de
“Catálogo de Sistemas e Bases de Dados da Administração Pública sigilo, os documentos, dados e informações cuja divulgação ou
do Estado de São Paulo - CSBD”. acesso irrestrito possam:
§ 2º - O desenvolvimento do “Catálogo de Sistemas e Ba- I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integri-
ses de Dados da Administração Pública do Estado de São Paulo dade do território nacional;
- CSBD”, coleta de informações, manutenção e atualização perma- II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou
nente ficará a cargo da Fundação Sistema Estadual de Análise de as relações internacionais do País, ou as que tenham sido forne-
Dados - SEADE. cidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos inter-
§ 3º - O “Catálogo de Sistemas e Bases de Dados da Adminis- nacionais;
tração Pública do Estado de São Paulo - CSBD”, bem como as bases III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;
de dados da Administração Pública Estadual deverão estar dispo- IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômi-
níveis no Portal do Governo Aberto e no Portal da Transparência, ca ou monetária do País;
nos termos dos Decretos nº 57.500, de 8 de novembro de 2011, V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estraté-
e nº 55.559, de 12 de março de 2010, com todos os elementos gicos das Forças Armadas;
necessários para permitir sua utilização por terceiros, como a ar- VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e de-
quitetura da base e o dicionário de dados. senvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas,
bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional;
CAPÍTULO IV VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas auto-
DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO A DOCUMENTOS, DADOS E IN- ridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares;
FORMAÇÕES VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de
investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a
SEÇÃO I prevenção ou repressão de infrações.
DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 31 - Os documentos, dados e informações sigilosas em
poder de órgãos e entidades da Administração Pública Estadual,
Artigo 27 - São consideradas passíveis de restrição de acesso, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à se-
no âmbito da Administração Pública Estadual, duas categorias de gurança da sociedade ou do Estado, poderão ser classificados nos
documentos, dados e informações: seguintes graus:
I - Sigilosos: aqueles submetidos temporariamente à restrição I - ultrassecreto;
de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a se- II - secreto;
gurança da sociedade e do Estado; III - reservado.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

§ 1º - Os prazos máximos de restrição de acesso aos docu- § 2º - A decisão da autoridade prevista no inciso III deste arti-
mentos, dados e informações, conforme a classificação prevista go que classificar documentos, dados e informações nos graus de
no “caput” e incisos deste artigo, vigoram a partir da data de sua sigilo reservado, secreto e ultrassecreto, deverá ser ratificada pela
produção e são os seguintes: Comissão Estadual de Acesso à Informação.”. (NR)
1. ultrassecreto: até 25 (vinte e cinco) anos; Artigo 34 - A classificação de documentos, dados e informa-
2. secreto: até 15 (quinze) anos; ções será reavaliada pela autoridade classificadora ou por auto-
3. reservado: até 5 (cinco) anos. ridade hierarquicamente superior, mediante provocação ou de
§ 2º - Os documentos, dados e informações que puderem ofício, nos termos e prazos previstos em regulamento, com vistas
colocar em risco a segurança do Governador e Vice-Governador à sua desclassificação ou à redução do prazo de sigilo, observado
do Estado e respectivos cônjuges e filhos (as) serão classificados o disposto no artigo 31 deste decreto.
como reservados e ficarão sob sigilo até o término do mandato § 1º - O regulamento a que se refere o “caput” deste artigo
em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição. deverá considerar as peculiaridades das informações produzidas
§ 3º - Alternativamente aos prazos previstos no § 1º deste no exterior por autoridades ou agentes públicos.
artigo, poderá ser estabelecida como termo final de restrição de § 2º - Na reavaliação a que se refere o “caput” deste artigo
acesso a ocorrência de determinado evento, desde que este ocor- deverão ser examinadas a permanência dos motivos do sigilo e
ra antes do transcurso do prazo máximo de classificação. a possibilidade de danos decorrentes do acesso ou da divulgação
§ 4º - Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o da informação.
evento que defina o seu termo final, o documento, dado ou infor- § 3º - Na hipótese de redução do prazo de sigilo da informa-
mação tornar-se-á, automaticamente, de acesso público. ção, o novo prazo de restrição manterá como termo inicial a data
§ 5º - Para a classificação do documento, dado ou informação da sua produção.
em determinado grau de sigilo, deverá ser observado o interesse
público da informação, e utilizado o critério menos restritivo pos- SEÇÃO III
sível, considerados: DA PROTEÇÃO DE DOCUMENTOS, DADOS E INFORMAÇÕES
1. a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e PESSOAIS
do Estado;
2. o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que Artigo 35 - O tratamento de documentos, dados e informa-
defina seu termo final. ções pessoais deve ser feito de forma transparente e com respei-
Artigo 32 - A classificação de sigilo de documentos, dados e to à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem
informações no âmbito da Administração Pública Estadual deverá como às liberdades e garantias individuais.
ser realizada mediante: § 1º - Os documentos, dados e informações pessoais, a que
I - (Revogado pelo DECRETO Nº 61.836, DE 18 DE FEVEREIRO se refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e
DE 2016). imagem:
II - análise do caso concreto pela autoridade responsável ou 1. terão seu acesso restrito, independentemente de classifica-
agente público competente, e formalização da decisão de classifi- ção de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da
cação, reclassificação ou desclassificação de sigilo, bem como de sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados
restrição de acesso à informação pessoal, que conterá, no míni- e à pessoa a que elas se referirem;
mo, os seguintes elementos: 2. poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por ter-
a) assunto sobre o qual versa a informação; ceiros diante de previsão legal ou consentimento expresso da pes-
b) fundamento da classificação, reclassificação ou desclassi- soa a que elas se referirem.
ficação de sigilo, observados os critérios estabelecidos no artigo § 2º - Aquele que obtiver acesso às informações de que trata
31 deste decreto, bem como da restrição de acesso à informação este artigo será responsabilizado por seu uso indevido.
pessoal; § 3º - O consentimento referido no item 2 do § 1º deste artigo
c) indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou não será exigido quando as informações forem necessárias:
dias, ou do evento que defina o seu termo final, conforme limites 1. à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver
previstos no artigo 31 deste decreto, bem como a indicação do física ou legalmente incapaz, e para utilização única e exclusiva-
prazo mínimo de restrição de acesso à informação pessoal; mente para o tratamento médico;
d) identificação da autoridade que a classificou, reclassificou 2. à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evi-
ou desclassificou. dente interesse público ou geral, previstos em lei, sendo vedada a
Parágrafo único - O prazo de restrição de acesso contarse-á da identificação da pessoa a que as informações se referirem;
data da produção do documento, dado ou informação. 3. ao cumprimento de ordem judicial;
“Artigo 33 - A classificação de sigilo de documentos, dados e 4. à defesa de direitos humanos;
informações no âmbito da Administração Pública Estadual, Direta 5. à proteção do interesse público e geral preponderante.
e Indireta, a que se refere o inciso II do artigo 32 deste decreto, é § 4º - A restrição de acesso aos documentos, dados e infor-
de competência das seguintes autoridades: mações relativos à vida privada, honra e imagem de pessoa não
I - Governador do Estado; poderá ser invocada com o intuito de prejudicar processo de apu-
II - Vice-Governador do Estado; ração de irregularidades em que o titular das informações estiver
III - Secretários de Estado e Procurador Geral do Estado. envolvido, bem como em ações voltadas para a recuperação de
§ 1º - É vedada a delegação da competência estabelecida nes- fatos históricos de maior relevância.
te artigo.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

§ 5º - Os documentos, dados e informações identificados IV - o envelope interno será fechado, lacrado e expedido me-
como pessoais somente poderão ser fornecidos pessoalmente, diante relação de remessa, que indicará, necessariamente, re-
com a identificação do interessado. metente, destinatário, número de registro e o grau de sigilo do
documento;
SEÇÃO IV V - para os documentos sigilosos digitais deverão ser observa-
DA PROTEÇÃO E DO CONTROLE DE DOCUMENTOS, DADOS E das as prescrições referentes à criptografia.
INFORMAÇÕES SIGILOSOS Artigo 41 - A expedição, tramitação e entrega de documento
ultrassecreto e secreto, deverá ser efetuadas pessoalmente, por
Artigo 36 - É dever da Administração Pública Estadual contro- agente público credenciado, sendo vedada a sua postagem.
lar o acesso e a divulgação de documentos, dados e informações Parágrafo único - A comunicação de informação de nature-
sigilosos sob a custódia de seus órgãos e entidades, assegurando za ultrassecreta e secreta, de outra forma que não a prescrita no
a sua proteção contra perda, alteração indevida, acesso, transmis- “caput” deste artigo, só será permitida excepcionalmente e em
são e divulgação não autorizados. casos extremos, que requeiram tramitação e solução imediatas,
§ 1º - O acesso, a divulgação e o tratamento de documentos, em atendimento ao princípio da oportunidade e considerados os
dados e informações classificados como sigilosos ficarão restritos interesses da segurança da sociedade e do Estado, utilizando-se o
a pessoas que tenham necessidade de conhecê-la e que sejam adequado meio de criptografia.
devidamente credenciadas na forma dos artigos 62 a 65 deste de- Artigo 42 - A expedição de documento reservado poderá ser
creto, sem prejuízo das atribuições dos agentes públicos autoriza- feita mediante serviço postal, com opção de registro, mensageiro
dos por lei. oficialmente designado, sistema de encomendas ou, quando for o
§ 2º - O acesso aos documentos, dados e informações clas- caso, mala diplomática.
sificados como sigilosos ou identificados como pessoais, cria a Parágrafo único - A comunicação dos documentos de que tra-
obrigação para aquele que as obteve de resguardar restrição de ta este artigo poderá ser feita por outros meios, desde que sejam
acesso. usados recursos de criptografia compatíveis com o grau de sigilo
Artigo 37 - As autoridades públicas adotarão as providências do documento, conforme previsto nos artigos 51 a 56 deste de-
necessárias para que o pessoal a elas subordinado hierarquica- creto.
mente conheça as normas e observe as medidas e procedimentos Artigo 43 - Cabe aos agentes públicos credenciados responsá-
de segurança para tratamento de documentos, dados e informa- veis pelo recebimento de documentos sigilosos:
ções sigilosos e pessoais. I - verificar a integridade na correspondência recebida e re-
Parágrafo único - A pessoa física ou entidade privada que, em gistrar indícios de violação ou de qualquer irregularidade, dando
razão de qualquer vínculo com o poder público executar ativida- ciência do fato ao seu superior hierárquico e ao destinatário, o
des de tratamento de documentos, dados e informações sigilosos qual informará imediatamente ao remetente;
e pessoais adotará as providências necessárias para que seus em- II - proceder ao registro do documento e ao controle de sua
pregados, prepostos ou representantes observem as medidas e tramitação.
procedimentos de segurança das informações resultantes da apli- Artigo 44 - O envelope interno só será aberto pelo destina-
cação deste decreto. tário, seu representante autorizado ou autoridade competente
Artigo 38 - O acesso a documentos, dados e informações hierarquicamente superior, observados os requisitos do artigo 62
sigilosos, originários de outros órgãos ou instituições privadas, deste decreto.
custodiados para fins de instrução de procedimento, processo ad- Artigo 45 - O destinatário de documento sigiloso comunica-
ministrativo ou judicial, somente poderá ser realizado para outra rá imediatamente ao remetente qualquer indício de violação ou
finalidade se autorizado pelo agente credenciado do respectivo adulteração do documento.
órgão, entidade ou instituição de origem. Artigo 46 - Os documentos, dados e informações sigilosos se-
rão mantidos em condições especiais de segurança, na forma do
SUBSEÇÃO I regulamento interno de cada órgão ou entidade.
DA PRODUÇÃO, DO REGISTRO, EXPEDIÇÃO, TRAMITAÇÃO E Parágrafo único - Para a guarda de documentos secretos e ul-
GUARDA trassecretos deverá ser utilizado cofre forte ou estrutura que ofe-
reça segurança equivalente ou superior.
Artigo 39 - A produção, manuseio, consulta, transmissão, ma- Artigo 47 - Os agentes públicos responsáveis pela guarda ou
nutenção e guarda de documentos, dados e informações sigilosos custódia de documentos sigilosos os transmitirão a seus substitu-
observarão medidas especiais de segurança. tos, devidamente conferidos, quando da passagem ou transferên-
Artigo 40 - Os documentos sigilosos em sua expedição e tra- cia de responsabilidade.
mitação obedecerão às seguintes prescrições:
I - deverão ser registrados no momento de sua produção, SUBSEÇÃO II
prioritariamente em sistema informatizado de gestão arquivística DA MARCAÇÃO
de documentos;
II - serão acondicionados em envelopes duplos; Artigo 48 - O grau de sigilo será indicado em todas as páginas
III - no envelope externo não constará qualquer indicação do do documento, nas capas e nas cópias, se houver, pelo produtor
grau de sigilo ou do teor do documento; do documento, dado ou informação, após classificação, ou pelo
agente classificador que juntar a ele documento ou informação
com alguma restrição de acesso.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

§ 1º - Os documentos, dados ou informações cujas partes III - escolha de sistemas criptográficos adequados a cada des-
contenham diferentes níveis de restrição de acesso devem rece- tinatário, quando necessário;
ber diferentes marcações, mas no seu todo, será tratado nos ter- IV - comunicação, ao superior hierárquico ou à autoridade
mos de seu grau de sigilo mais elevado. competente, de qualquer anormalidade relativa ao sigilo, à in-
§ 2º - A marcação será feita em local que não comprometa a violabilidade, à integridade, à autenticidade, à legitimidade e à
leitura e compreensão do conteúdo do documento e em local que disponibilidade de documentos, dados e informações sigilosos
possibilite sua reprodução em eventuais cópias. criptografados;
§ 3º - As páginas serão numeradas seguidamente, devendo V - identificação e registro de indícios de violação ou intercep-
a juntada ser precedida de termo próprio consignando o número tação ou de irregularidades na transmissão ou recebimento
total de folhas acrescidas ao documento. de documentos, dados e informações criptografados.
§ 4º - A marcação deverá ser necessariamente datada. § 1º - A autoridade máxima do órgão ou entidade da Adminis-
Artigo 49 - A marcação em extratos de documentos, esboços, tração Pública Estadual responsável pela custódia de documentos,
desenhos, fotografias, imagens digitais, multimídia, negativos, dados e informações sigilosos e detentor de material criptográfico
diapositivos, mapas, cartas e fotocartas obedecerá ao prescrito designará um agente público responsável pela segurança cripto-
no artigo 48 deste decreto. gráfica, devidamente credenciado, que deverá observar os proce-
§ 1º - Em fotografias e reproduções de negativos sem legen- dimentos previstos no “caput” deste artigo.
da, a indicação do grau de sigilo será no verso e nas respectivas § 2º - O agente público referido no § 1º deste artigo deverá
embalagens. providenciar as condições de segurança necessárias ao resguardo
§ 2º - Em filmes cinematográficos, negativos em rolos contí- do sigilo de documentos, dados e informações durante sua produ-
nuos e microfilmes, a categoria e o grau de sigilo serão indicados ção, tramitação e guarda, em suporte magnético ou óptico, bem
nas imagens de abertura e de encerramento de cada rolo, cuja como a segurança dos equipamentos e sistemas utilizados.
embalagem será tecnicamente segura e exibirá a classificação do § 3º - As cópias de segurança de documentos, dados e infor-
conteúdo. mações sigilosos deverão ser criptografados, observadas as dispo-
§ 3º - Os esboços, desenhos, fotografias, imagens digitais, sições dos §§ 1º e 2º deste artigo.
multimídia, negativos, diapositivos, mapas, cartas e fotocartas de Artigo 55 - Os equipamentos e sistemas utilizados para a pro-
que trata esta seção, que não apresentem condições para a indi- dução e guarda de documentos, dados e informações sigilosos
cação do grau de sigilo, serão guardados em embalagens que exi- poderão estar ligados a redes de comunicação de dados desde
bam a classificação correspondente à classificação do conteúdo. que possuam sistemas de proteção e segurança adequados, nos
Artigo 50 - A marcação da reclassificação e da desclassifica- termos das normas gerais baixadas pelo Comitê de Qualidade da
ção de documentos, dados ou informações sigilosos obedecerá às Gestão Pública - CQGP.
mesmas regras da marcação da classificação. Artigo 56 - Cabe ao órgão responsável pela criptografia de do-
Parágrafo único - Havendo mais de uma marcação, prevalece- cumentos, dados e informações sigilosos providenciar a sua des-
rá a mais recente. criptação após a sua desclassificação.

SUBSEÇÃO III SUBSEÇÃO IV


DA CRIPTOGRAFIA DA PRESERVAÇÃO E ELIMINAÇÃO

Artigo 51 - Fica autorizado o uso de código, cifra ou sistema Artigo 57 - Aplicam-se aos documentos, dados e informações
de criptografia no âmbito da Administração Pública Estadual e das sigilosos os prazos de guarda estabelecidos na Tabela de Tempo-
instituições de caráter público para assegurar o sigilo de docu- ralidade de Documentos das Atividades-Meio, oficializada pelo
mentos, dados e informações. Decreto nº 48.898, de 27 de agosto de 2004, e nas Tabelas de
Artigo 52 - Para circularem fora de área ou instalação sigilosa, Temporalidade de Documentos das Atividades-Fim, oficializadas
os documentos, dados e informações sigilosos, produzidos em su- pelos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual, res-
porte magnético ou óptico, deverão necessariamente estar crip- salvado o disposto no artigo 59 deste decreto.
tografados. Artigo 58 - Os documentos, dados e informações sigilosos
Artigo 53 - A aquisição e uso de aplicativos de criptografia no considerados de guarda permanente, nos termos dos Decretos nº
âmbito da Administração Pública Estadual sujeitar-se-ão às nor- 48.897 e nº 48.898, ambos de 27 de agosto de 2004, somente
mas gerais baixadas pelo Comitê de Qualidade da Gestão Pública poderão ser recolhidos à Unidade do Arquivo Público do Estado
- CQGP. após a sua desclassificação.
Parágrafo único - Os programas, aplicativos, sistemas e equi- Parágrafo único - Excetuam-se do disposto no “caput” deste
pamentos de criptografia são considerados sigilosos e deverão, artigo, os documentos de guarda permanente de órgãos ou en-
antecipadamente, ser submetidos à certificação de conformidade. tidades extintos ou que cessaram suas atividades, em conformi-
Artigo 54 - Aplicam-se aos programas, aplicativos, sistemas dade com o artigo 7, § 2º, da Lei federal nº 8.159, de 8 de janeiro
e equipamentos de criptografia todas as medidas de segurança de 1991, e com o artigo 1º, § 2º, do Decreto nº 48.897, de 27 de
previstas neste decreto para os documentos, dados e informações agosto de 2004.
sigilosos e também os seguintes procedimentos: Artigo 59 - Decorridos os prazos previstos nas tabelas de tem-
I - realização de vistorias periódicas, com a finalidade de asse- poralidade de documentos, os documentos, dados e informações
gurar uma perfeita execução das operações criptográficas; sigilosos de guarda temporária somente poderão ser eliminados
II - elaboração de inventários completos e atualizados do ma- após 1 (um) ano, a contar da data de sua desclassificação, a fim de
terial de criptografia existente; garantir o pleno acesso às informações neles contidas.
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Artigo 60 - A eliminação de documentos dados ou informa- SUBSEÇÃO VII


ções sigilosos em suporte magnético ou ótico que não possuam DA REPRODUÇÃO E AUTENTICAÇÃO
valor permanente deve ser feita, por método que sobrescreva as
informações armazenadas, após sua desclassificação. Artigo 66 - Os Serviços de Informações ao Cidadão - SIC dos
Parágrafo único - Se não estiver ao alcance do órgão a elimi- órgãos e entidades da Administração Pública Estadual fornecerão,
nação que se refere o “caput” deste artigo, deverá ser providen- desde que haja autorização expressa das autoridades classificado-
ciada a destruição física dos dispositivos de armazenamento. ras ou das autoridades hierarquicamente superiores, reprodução
total ou parcial de documentos, dados e informações sigilosos.
SUBSEÇÃO V § 1º - A reprodução do todo ou de parte de documentos, da-
DA PUBLICIDADE DE ATOS ADMINISTRATIVOS dos e informações sigilosos terá o mesmo grau de sigilo dos docu-
mentos, dados e informações originais.
Artigo 61 - A publicação de atos administrativos referentes a § 2º - A reprodução e autenticação de cópias de documentos,
documentos, dados e informações sigilosos poderá ser efetuada dados e informações sigilosos serão realizadas por agentes públi-
mediante extratos, com autorização da autoridade classificadora cos credenciados.
ou hierarquicamente superior. § 3º - Serão fornecidas certidões de documentos sigilosos que
§ 1º - Os extratos referidos no “caput” deste artigo limitar-se- não puderem ser reproduzidos integralmente, em razão das res-
-ão ao seu respectivo número, ao ano de edição e à sua ementa, trições legais ou do seu estado de conservação.
redigidos por agente público credenciado, de modo a não com- § 4º - A reprodução de documentos, dados e informações
prometer o sigilo. pessoais que possam comprometer a intimidade, a vida privada,
§ 2º - A publicação de atos administrativos que trate de do- a honra ou a imagem de terceiros poderá ocorrer desde que haja
cumentos, dados e informações sigilosos para sua divulgação ou autorização nos termos item 2 do § 1º do artigo 35 deste decreto.
execução dependerá de autorização da autoridade classificadora Artigo 67 - O responsável pela preparação ou reprodução de
ou autoridade competente hierarquicamente superior. documentos sigilosos deverá providenciar a eliminação de provas
ou qualquer outro recurso, que possam dar origem à cópia não
SUBSEÇÃO VI autorizada do todo ou parte.
DA CREDENCIAL DE SEGURANÇA Artigo 68 - Sempre que a preparação, impressão ou, se for o
caso, reprodução de documentos, dados e informações sigilosos
Artigo 62 - O credenciamento e a necessidade de conhecer forem efetuadas em tipografias, impressoras, oficinas gráficas,
são condições indispensáveis para que o agente público estadual ou similares, essa operação deverá ser acompanhada por agente
no efetivo exercício de cargo, função, emprego ou atividade tenha público credenciado, que será responsável pela garantia do sigilo
acesso a documentos, dados e informações sigilosos equivalentes durante a confecção do documento.
ou inferiores ao de sua credencial de segurança.
Artigo 63 - As credenciais de segurança referentes aos graus SUBSEÇÃO VIII
de sigilo previstos no artigo 31 deste decreto, serão classificadas DA GESTÃO DE CONTRATOS
nos graus de sigilo ultrassecreta, secreta ou reservada.
Artigo 64 - A credencial de segurança referente à informa- Artigo 69 - O contrato cuja execução implique o acesso por
ção pessoal, prevista no artigo 35 deste decreto, será identificada parte da contratada a documentos, dados ou informações sigilo-
como personalíssima. sos, obedecerá aos seguintes requisitos:
Artigo 65 - A emissão da credencial de segurança compete I - assinatura de termo de compromisso de manutenção de
às autoridades máximas de órgãos e entidades da Administração sigilo;
Pública Estadual, podendo ser objeto de delegação. II - o contrato conterá cláusulas prevendo:
§ 1º - A credencial de segurança será concedida mediante ter- a) obrigação de o contratado manter o sigilo relativo ao obje-
mo de compromisso de preservação de sigilo, pelo qual os agen- to contratado, bem como à sua execução;
tes públicos responsabilizam-se por não revelarem ou divulgarem b) obrigação de o contratado adotar as medidas de segurança
documentos, dados ou informações sigilosos dos quais tiverem adequadas, no âmbito de suas atividades, para a manutenção do
conhecimento direta ou indiretamente no exercício de cargo, fun- sigilo de documentos, dados e informações aos quais teve acesso;
ção ou emprego público. c) identificação, para fins de concessão de credencial de segu-
§ 2º - Para a concessão de credencial de segurança serão ava- rança, das pessoas que, em nome da contratada, terão acesso a
liados, por meio de investigação, os requisitos profissionais, fun- documentos, dados e informações sigilosos.
cionais e pessoais dos propostos. Artigo 70 - Os órgãos contratantes da Administração Pública
§ 3º - A validade da credencial de segurança poderá ser limi- Estadual fiscalizarão o cumprimento das medidas necessárias à
tada no tempo e no espaço. proteção dos documentos, dados e informações de natureza si-
§ 4º - O compromisso referido no “caput” deste artigo persis- gilosa transferidos aos contratados ou decorrentes da execução
tirá enquanto durar o sigilo dos documentos a que tiveram acesso. do contrato.

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CAPÍTULO V § 1º - As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo


DAS RESPONSABILIDADES poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, assegurado o
direito de defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo
Artigo 71 - Constituem condutas ilícitas que ensejam respon- de 10 (dez) dias.
sabilidade do agente público: § 2º - A reabilitação referida no inciso V deste artigo será au-
I - recusar-se a fornecer documentos, dados e informações torizada somente quando o interessado efetivar o ressarcimento
requeridas nos termos deste decreto, retardar deliberadamente o ao órgão ou entidade dos prejuízos resultantes e decorrido o pra-
seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incor- zo da sanção aplicada com base no inciso IV.
reta, incompleta ou imprecisa; § 3º - A aplicação da sanção prevista no inciso V deste artigo
II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inu- é de competência exclusiva da autoridade máxima do órgão ou
tilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, docu- entidade pública, facultada a defesa do interessado, no respectivo
mento, dado ou informação que se encontre sob sua guarda ou processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista.
a que tenha acesso ou conhecimento em razão do exercício das Artigo 75 - Os órgãos e entidades estaduais respondem di-
atribuições de cargo, emprego ou função pública; retamente pelos danos causados em decorrência da divulgação
III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de aces- não autorizada ou utilização indevida de documentos, dados e
so a documento, dado e informação; informações sigilosos ou pessoais, cabendo a apuração de res-
IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir ponsabilidade funcional nos casos de dolo ou culpa, assegurado o
acesso indevido ao documento, dado e informação sigilosos ou respectivo direito de regresso.
pessoal; Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se à pessoa
V - impor sigilo a documento, dado e informação para obter física ou entidade privada que, em virtude de vínculo de qualquer
proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultação de ato natureza com órgãos ou entidades estaduais, tenha acesso a do-
ilegal cometido por si ou por outrem; cumento, dado ou informação sigilosos ou pessoal e a submeta a
VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente do- tratamento indevido.
cumento, dado ou informação sigilosos para beneficiar a si ou a
outrem, ou em prejuízo de terceiros; CAPÍTULO VI
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos DISPOSIÇÕES FINAIS
concernentes a possíveis violações de direitos humanos por parte
de agentes do Estado. Artigo 76 - O tratamento de documento, dado ou informação
§ 1º - Atendido o princípio do contraditório, da ampla defesa sigilosos resultante de tratados, acordos ou atos internacionais
e do devido processo legal, as condutas descritas no “caput” deste atenderá às normas e recomendações constantes desses instru-
artigo serão apuradas e punidas na forma da legislação em vigor. mentos.
§ 2º - Pelas condutas descritas no “caput” deste artigo, po- Artigo 77 - Aplica-se, no que couber, a Lei federal nº 9.507,
derá o agente público responder, também, por improbidade ad- de 12 de novembro de 1997, em relação à informação de pessoa,
ministrativa, conforme o disposto na Lei federal nº 8.429, de 2 de física ou jurídica, constante de registro ou banco de dados de en-
junho de 1992. tidades governamentais ou de caráter público.
Artigo 72 - O agente público que tiver acesso a documentos, Artigo 78 - Cabe à Secretaria de Gestão Pública:
dados ou informações sigilosos, nos termos deste decreto, é res- I - realizar campanha de abrangência estadual de fomento
ponsável pela preservação de seu sigilo, ficando sujeito às sanções à cultura da transparência na Administração Pública Estadual e
administrativas, civis e penais previstas na legislação, em caso de conscientização do direito fundamental de acesso à informação;
eventual divulgação não autorizada. II - promover treinamento de agentes públicos no que se re-
Artigo 73 - Os agentes responsáveis pela custódia de docu- fere ao desenvolvimento de práticas relacionadas à transparência
mentos e informações sigilosos sujeitam-se às normas referentes na Administração Pública Estadual;
ao sigilo profissional, em razão do ofício, e ao seu código de ética III - formular e implementar política de segurança da infor-
específico, sem prejuízo das sanções legais. mação, em consonância com as diretrizes da política estadual de
Artigo 74 - A pessoa física ou entidade privada que detiver arquivos e gestão de documentos;
documentos, dados e informações em virtude de vínculo de qual- IV - propor e promover a regulamentação do credenciamento
quer natureza com o poder público e deixar de observar o dispos- de segurança de pessoas físicas, empresas, órgãos e entidades da
to na Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e neste Administração Pública Estadual para tratamento de informações
decreto estará sujeita às seguintes sanções: sigilosas e pessoais.
I - advertência; Artigo 79 - A Corregedoria Geral da Administração será res-
II - multa; ponsável pela fiscalização da aplicação da Lei federal nº 12.527,
III - rescisão do vínculo com o poder público; de 18 de novembro de 2011, e deste decreto no âmbito da Admi-
IV - suspensão temporária de participar em licitação e impe- nistração Pública Estadual, sem prejuízo da atuação dos órgãos de
dimento de contratar com a Administração Pública Estadual por controle interno.
prazo não superior a 2 (dois) anos; Artigo 80 - Este decreto e suas disposições transitórias entram
V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com em vigor na data de sua publicação.
a Administração Pública Estadual, até que seja promovida a rea-
bilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Artigo 1º - Fica instituído Grupo Técnico, junto ao Comitê de LEI Nº 12.830/2013 (ESTATUTO DO DELEGADO DE POLÍ-
Qualidade da Gestão Pública - CQGP, visando a promover os estu- CIA)
dos necessários à criação, composição, organização e funciona-
mento da Comissão Estadual de Acesso à Informação.
Parágrafo único - O Presidente do Comitê de Qualidade da LEI Nº 12.830, DE 20 DE JUNHO DE 2013.
Gestão Pública designará, no prazo de 30 (trinta) dias, os mem-
bros integrantes do Grupo Técnico. Dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delega-
Artigo 2º - Os órgãos e entidades da Administração Pública Es- do de polícia.
tadual deverão proceder à reavaliação dos documentos, dados e
informações classificados como ultrassecretos e secretos no prazo A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-
máximo de 2 (dois) anos, contado do termo inicial de vigência da cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
§ 1º - A restrição de acesso a documentos, dados e informa- Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a investigação criminal conduzida
ções, em razão da reavaliação prevista no “caput” deste artigo, pelo delegado de polícia.
deverá observar os prazos e condições previstos na Lei federal nº Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apuração de infra-
12.527, de 18 de novembro de 2011. ções penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza
§ 2º - No âmbito da administração pública estadual, a reava- jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.
liação prevista no “caput” deste artigo poderá ser revista, a qual- § 1º Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade po-
quer tempo, pela Comissão Estadual de Acesso à Informação, ob- licial, cabe a condução da investigação criminal por meio de in-
servados os termos da Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro quérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem
de 2011, e deste decreto. como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e
§ 3º - Enquanto não transcorrido o prazo de reavaliação pre- da autoria das infrações penais.
visto no “caput” deste artigo, será mantida a classificação dos do- § 2º Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de
cumentos, dados e informações nos termos da legislação prece- polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados
dente. que interessem à apuração dos fatos.
§ 4º - Os documentos, dados e informações classificados § 3º (VETADO).
como secretos e ultrassecretos não reavaliados no prazo previsto § 4º O inquérito policial ou outro procedimento previsto em
no “caput” deste artigo serão considerados, automaticamente, de lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por su-
acesso público. perior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por mo-
Artigo 3º - No prazo de 30 (trinta) dias, a contar da vigência tivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos
deste decreto, a autoridade máxima de cada órgão ou entidade procedimentos previstos em regulamento da corporação que pre-
da Administração Pública Estadual designará subordinado para, judique a eficácia da investigação.
no âmbito do respectivo órgão ou entidade, exercer as seguintes § 5º A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por
atribuições: ato fundamentado.
I - planejar e propor, no prazo de 90 (noventa) dias, os recur- § 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á
sos organizacionais, materiais e humanos, bem como as demais por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato,
providências necessárias à instalação e funcionamento dos Ser- que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
viços de Informações ao Cidadão - SIC, a que se refere o artigo 7º Art. 3º O cargo de delegado de polícia é privativo de bacha-
deste decreto; rel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento
II - assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defenso-
a documentos, dados ou informações, de forma eficiente e ade- ria Pública e do Ministério Público e os advogados.
quada aos objetivos da Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
de 2011, e deste decreto;
III - orientar e monitorar a implementação do disposto na Lei Brasília, 20 de junho de 2013; 192º da Independência e 125º
federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e neste decreto, e da República.
apresentar relatórios periódicos sobre o seu cumprimento;
IV - recomendar as medidas indispensáveis à implementação
e ao aperfeiçoamento das normas e procedimentos necessários LEI Nº 12.850/2013 (REPRESSÃO ÀS ORGANIZAÇÕES
ao correto cumprimento do disposto neste decreto; CRIMINOSAS)
V - promover a capacitação, o aperfeiçoamento e a atualiza-
ção de pessoal que desempenhe atividades inerentes à salvaguar-
da de documentos, dados e informações sigilosos e pessoais. LEI Nº 12.850, DE 2 DE AGOSTO DE 2013
Artigo 4º - As Comissões de Avaliação de Documentos e Aces-
so - CADA deverão apresentar à autoridade máxima do órgão ou Define organização criminosa e dispõe sobre a investigação
entidade, plano e cronograma de trabalho, no prazo de 30 (trinta) criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais corre-
dias, para o cumprimento das atribuições previstas no artigo 6º, latas e o procedimento criminal; altera o Decreto-Lei nº 2.848,
incisos I e II, e artigo 32, inciso I, deste decreto. Palácio dos Ban- de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); revoga a Lei nº 9.034,
deirantes, 16 de maio de 2012 de 3 de maio de 1995; e dá outras providências.

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A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- § 7º Se houver indícios de participação de policial nos crimes
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: de que trata esta Lei, a Corregedoria de Polícia instaurará inqué-
rito policial e comunicará ao Ministério Público, que designará
CAPÍTULO I membro para acompanhar o feito até a sua conclusão.
DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA § 8º As lideranças de organizações criminosas armadas ou
que tenham armas à disposição deverão iniciar o cumprimento da
Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre pena em estabelecimentos penais de segurança máxima. (Incluí-
a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações do pela Lei nº 13.964, de 2019)
penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado. § 9º O condenado expressamente em sentença por integrar
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 organização criminosa ou por crime praticado por meio de organi-
(quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracteri- zação criminosa não poderá progredir de regime de cumprimen-
zada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com ob- to de pena ou obter livramento condicional ou outros benefícios
jetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer prisionais se houver elementos probatórios que indiquem a ma-
natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas má- nutenção do vínculo associativo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
ximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter 2019)
transnacional.
§ 2º Esta Lei se aplica também: CAPÍTULO II
I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção in- DA INVESTIGAÇÃO E DOS MEIOS DE OBTENÇÃO DA PROVA
ternacional quando, iniciada a execução no País, o resultado te-
nha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão permiti-
II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas vol- dos, sem prejuízo de outros já previstos em lei, os seguintes meios
tadas para a prática dos atos de terrorismo legalmente definidos. de obtenção da prova:
(Redação dada pela lei nº 13.260, de 2016) I - colaboração premiada;
Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoal- II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou
mente ou por interposta pessoa, organização criminosa: acústicos;
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem pre- III - ação controlada;
juízo das penas correspondentes às demais infrações penais pra- IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a
ticadas. dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou pri-
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qual- vados e a informações eleitorais ou comerciais;
quer forma, embaraça a investigação de infração penal que envol- V - interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas,
va organização criminosa. nos termos da legislação específica;
§ 2º As penas aumentam-se até a metade se na atuação da VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos
organização criminosa houver emprego de arma de fogo. termos da legislação específica;
§ 3º A pena é agravada para quem exerce o comando, indivi- VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na
dual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que não prati- forma do art. 11;
que pessoalmente atos de execução. VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais, distri-
§ 4º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois ter- tais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de
ços): interesse da investigação ou da instrução criminal.
I - se há participação de criança ou adolescente; § 1º Havendo necessidade justificada de manter sigilo so-
II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a orga- bre a capacidade investigatória, poderá ser dispensada licitação
nização criminosa dessa condição para a prática de infração penal; para contratação de serviços técnicos especializados, aquisição
III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no ou locação de equipamentos destinados à polícia judiciária para
todo ou em parte, ao exterior; o rastreamento e obtenção de provas previstas nos incisos II e V.
IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
organizações criminosas independentes; § 2º No caso do § 1º , fica dispensada a publicação de que
V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnaciona- trata o parágrafo único do art. 61 da Lei nº 8.666, de 21 de junho
lidade da organização. de 1993, devendo ser comunicado o órgão de controle interno da
§ 5º Se houver indícios suficientes de que o funcionário pú- realização da contratação. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
blico integra organização criminosa, poderá o juiz determinar seu
afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo SEÇÃO I
da remuneração, quando a medida se fizer necessária à investiga- DA COLABORAÇÃO PREMIADA
ção ou instrução processual.
§ 6º A condenação com trânsito em julgado acarretará ao fun- SEÇÃO I
cionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato DA COLABORAÇÃO PREMIADA
eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo públi- (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 13.964, DE 2019)
co pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da
pena. Art. 3º-A. O acordo de colaboração premiada é negócio jurí-
dico processual e meio de obtenção de prova, que pressupõe uti-
lidade e interesse públicos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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Art. 3º-B. O recebimento da proposta para formalização de tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e
acordo de colaboração demarca o início das negociações e cons- com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha
titui também marco de confidencialidade, configurando violação um ou mais dos seguintes resultados:
de sigilo e quebra da confiança e da boa-fé a divulgação de tais I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organi-
tratativas iniciais ou de documento que as formalize, até o levan- zação criminosa e das infrações penais por eles praticadas;
tamento de sigilo por decisão judicial. (Incluído pela Lei nº 13.964, II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas
de 2019) da organização criminosa;
§ 1º A proposta de acordo de colaboração premiada poderá III - a prevenção de infrações penais decorrentes das ativida-
ser sumariamente indeferida, com a devida justificativa, cientifi- des da organização criminosa;
cando-se o interessado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito
§ 2º Caso não haja indeferimento sumário, as partes deverão das infrações penais praticadas pela organização criminosa;
firmar Termo de Confidencialidade para prosseguimento das tra- V - a localização de eventual vítima com a sua integridade fí-
tativas, o que vinculará os órgãos envolvidos na negociação e im- sica preservada.
pedirá o indeferimento posterior sem justa causa. (Incluído pela § 1º Em qualquer caso, a concessão do benefício levará em
Lei nº 13.964, de 2019) conta a personalidade do colaborador, a natureza, as circunstân-
§ 3º O recebimento de proposta de colaboração para análi- cias, a gravidade e a repercussão social do fato criminoso e a efi-
se ou o Termo de Confidencialidade não implica, por si só, a sus- cácia da colaboração.
pensão da investigação, ressalvado acordo em contrário quanto § 2º Considerando a relevância da colaboração prestada, o
à propositura de medidas processuais penais cautelares e asse- Ministério Público, a qualquer tempo, e o delegado de polícia,
curatórias, bem como medidas processuais cíveis admitidas pela nos autos do inquérito policial, com a manifestação do Ministério
legislação processual civil em vigor. (Incluído pela Lei nº 13.964, Público, poderão requerer ou representar ao juiz pela concessão
de 2019) de perdão judicial ao colaborador, ainda que esse benefício não
§ 4º O acordo de colaboração premiada poderá ser precedi- tenha sido previsto na proposta inicial, aplicando-se, no que cou-
do de instrução, quando houver necessidade de identificação ou ber, o art. 28 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941
complementação de seu objeto, dos fatos narrados, sua definição (Código de Processo Penal).
jurídica, relevância, utilidade e interesse público. (Incluído pela Lei § 3º O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo,
nº 13.964, de 2019) relativos ao colaborador, poderá ser suspenso por até 6 (seis)
§ 5º Os termos de recebimento de proposta de colaboração meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam cumpridas
e de confidencialidade serão elaborados pelo celebrante e assina- as medidas de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo
dos por ele, pelo colaborador e pelo advogado ou defensor públi- prescricional.
co com poderes específicos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 4º Nas mesmas hipóteses do caput deste artigo, o Ministé-
§ 6º Na hipótese de não ser celebrado o acordo por iniciativa rio Público poderá deixar de oferecer denúncia se a proposta de
do celebrante, esse não poderá se valer de nenhuma das infor- acordo de colaboração referir-se a infração de cuja existência não
mações ou provas apresentadas pelo colaborador, de boa-fé, para tenha prévio conhecimento e o colaborador: (Redação dada pela
qualquer outra finalidade. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 3º-C. A proposta de colaboração premiada deve estar ins- I - não for o líder da organização criminosa;
truída com procuração do interessado com poderes específicos II - for o primeiro a prestar efetiva colaboração nos termos
para iniciar o procedimento de colaboração e suas tratativas, ou deste artigo.
firmada pessoalmente pela parte que pretende a colaboração e § 4º-A. Considera-se existente o conhecimento prévio da
seu advogado ou defensor público. (Incluído pela Lei nº 13.964, infração quando o Ministério Público ou a autoridade policial
de 2019) competente tenha instaurado inquérito ou procedimento inves-
§ 1º Nenhuma tratativa sobre colaboração premiada deve ser tigatório para apuração dos fatos apresentados pelo colaborador.
realizada sem a presença de advogado constituído ou defensor (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 5º Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá
§ 2º Em caso de eventual conflito de interesses, ou de colabo- ser reduzida até a metade ou será admitida a progressão de regi-
rador hipossuficiente, o celebrante deverá solicitar a presença de me ainda que ausentes os requisitos objetivos.
outro advogado ou a participação de defensor público. (Incluído § 6º O juiz não participará das negociações realizadas entre as
pela Lei nº 13.964, de 2019) partes para a formalização do acordo de colaboração, que ocor-
§ 3º No acordo de colaboração premiada, o colaborador deve rerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor, com
narrar todos os fatos ilícitos para os quais concorreu e que te- a manifestação do Ministério Público, ou, conforme o caso, entre
nham relação direta com os fatos investigados. (Incluído pela Lei o Ministério Público e o investigado ou acusado e seu defensor.
nº 13.964, de 2019) § 7º Realizado o acordo na forma do § 6º deste artigo, serão
§ 4º Incumbe à defesa instruir a proposta de colaboração e os remetidos ao juiz, para análise, o respectivo termo, as declarações
anexos com os fatos adequadamente descritos, com todas as suas do colaborador e cópia da investigação, devendo o juiz ouvir sigi-
circunstâncias, indicando as provas e os elementos de corrobora- losamente o colaborador, acompanhado de seu defensor, oportu-
ção. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) nidade em que analisará os seguintes aspectos na homologação:
Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa I - regularidade e legalidade; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que 2019)

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II - adequação dos benefícios pactuados àqueles previstos no § 16. Nenhuma das seguintes medidas será decretada ou pro-
caput e nos §§ 4º e 5º deste artigo, sendo nulas as cláusulas que ferida com fundamento apenas nas declarações do colaborador:
violem o critério de definição do regime inicial de cumprimento (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
de pena do art. 33 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de I - medidas cautelares reais ou pessoais; (Incluído pela Lei nº
1940 (Código Penal), as regras de cada um dos regimes previstos 13.964, de 2019)
no Código Penal e na Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei II - recebimento de denúncia ou queixa-crime; (Incluído pela
de Execução Penal) e os requisitos de progressão de regime não Lei nº 13.964, de 2019)
abrangidos pelo § 5º deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de III - sentença condenatória. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) 2019)
III - adequação dos resultados da colaboração aos resultados § 17. O acordo homologado poderá ser rescindido em caso
mínimos exigidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput deste artigo; de omissão dolosa sobre os fatos objeto da colaboração. (Incluído
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) pela Lei nº 13.964, de 2019)
IV - voluntariedade da manifestação de vontade, especial- § 18. O acordo de colaboração premiada pressupõe que o co-
mente nos casos em que o colaborador está ou esteve sob efeito laborador cesse o envolvimento em conduta ilícita relacionada ao
de medidas cautelares. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) objeto da colaboração, sob pena de rescisão. (Incluído pela Lei nº
§ 7º-A O juiz ou o tribunal deve proceder à análise fundamen- 13.964, de 2019)
tada do mérito da denúncia, do perdão judicial e das primeiras Art. 5º São direitos do colaborador:
etapas de aplicação da pena, nos termos do Decreto-Lei nº 2.848, I - usufruir das medidas de proteção previstas na legislação
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) e do Decreto-Lei nº específica;
3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), an- II - ter nome, qualificação, imagem e demais informações pes-
tes de conceder os benefícios pactuados, exceto quando o acordo soais preservados;
prever o não oferecimento da denúncia na forma dos §§ 4º e 4º-A III - ser conduzido, em juízo, separadamente dos demais coau-
deste artigo ou já tiver sido proferida sentença. (Incluído pela Lei tores e partícipes;
nº 13.964, de 2019) IV - participar das audiências sem contato visual com os ou-
§ 7º-B. São nulas de pleno direito as previsões de renúncia ao tros acusados;
direito de impugnar a decisão homologatória. (Incluído pela Lei nº V - não ter sua identidade revelada pelos meios de comunica-
13.964, de 2019) ção, nem ser fotografado ou filmado, sem sua prévia autorização
§ 8º O juiz poderá recusar a homologação da proposta que por escrito;
não atender aos requisitos legais, devolvendo-a às partes para as VI - cumprir pena ou prisão cautelar em estabelecimento pe-
adequações necessárias. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de nal diverso dos demais corréus ou condenados. (Redação dada
2019) pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 9º Depois de homologado o acordo, o colaborador poderá, Art. 6º O termo de acordo da colaboração premiada deverá
sempre acompanhado pelo seu defensor, ser ouvido pelo mem- ser feito por escrito e conter:
bro do Ministério Público ou pelo delegado de polícia responsável I - o relato da colaboração e seus possíveis resultados;
pelas investigações. II - as condições da proposta do Ministério Público ou do de-
§ 10. As partes podem retratar-se da proposta, caso em que legado de polícia;
as provas autoincriminatórias produzidas pelo colaborador não III - a declaração de aceitação do colaborador e de seu de-
poderão ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor. fensor;
§ 10-A Em todas as fases do processo, deve-se garantir ao réu IV - as assinaturas do representante do Ministério Público ou
delatado a oportunidade de manifestar-se após o decurso do pra- do delegado de polícia, do colaborador e de seu defensor;
zo concedido ao réu que o delatou. (Incluído pela Lei nº 13.964, V - a especificação das medidas de proteção ao colaborador e
de 2019) à sua família, quando necessário.
§ 11. A sentença apreciará os termos do acordo homologado Art. 7º O pedido de homologação do acordo será sigilosa-
e sua eficácia. mente distribuído, contendo apenas informações que não possam
§ 12. Ainda que beneficiado por perdão judicial ou não de- identificar o colaborador e o seu objeto.
nunciado, o colaborador poderá ser ouvido em juízo a requeri- § 1º As informações pormenorizadas da colaboração serão di-
mento das partes ou por iniciativa da autoridade judicial. rigidas diretamente ao juiz a que recair a distribuição, que decidirá
§ 13. O registro das tratativas e dos atos de colaboração deve- no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.
rá ser feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, este- § 2º O acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério
notipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinados Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o êxito
a obter maior fidelidade das informações, garantindo-se a dispo- das investigações, assegurando-se ao defensor, no interesse do
nibilização de cópia do material ao colaborador. (Redação dada representado, amplo acesso aos elementos de prova que digam
pela Lei nº 13.964, de 2019) respeito ao exercício do direito de defesa, devidamente precedido
§ 14. Nos depoimentos que prestar, o colaborador renuncia- de autorização judicial, ressalvados os referentes às diligências em
rá, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e estará andamento.
sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade. § 3º O acordo de colaboração premiada e os depoimentos do
§ 15. Em todos os atos de negociação, confirmação e execu- colaborador serão mantidos em sigilo até o recebimento da de-
ção da colaboração, o colaborador deverá estar assistido por de- núncia ou da queixa-crime, sendo vedado ao magistrado decidir
fensor. por sua publicidade em qualquer hipótese. (Redação dada pela
Lei nº 13.964, de 2019)
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SEÇÃO II § 1º Para efeitos do disposto nesta Lei, consideram-se: (Incluí-


DA AÇÃO CONTROLADA do pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - dados de conexão: informações referentes a hora, data,
Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção início, término, duração, endereço de Protocolo de Internet (IP)
policial ou administrativa relativa à ação praticada por organiza- utilizado e terminal de origem da conexão; (Incluído pela Lei nº
ção criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob obser- 13.964, de 2019)
vação e acompanhamento para que a medida legal se concretize II - dados cadastrais: informações referentes a nome e ende-
no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de in- reço de assinante ou de usuário registrado ou autenticado para
formações. a conexão a quem endereço de IP, identificação de usuário ou
§ 1º O retardamento da intervenção policial ou administrati- código de acesso tenha sido atribuído no momento da conexão.
va será previamente comunicado ao juiz competente que, se for (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério § 2º Na hipótese de representação do delegado de polícia,
Público. o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.
§ 2º A comunicação será sigilosamente distribuída de forma (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
a não conter informações que possam indicar a operação a ser § 3º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração
efetuada. penal de que trata o art. 1º desta Lei e se as provas não puderem
§ 3º Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos ser produzidas por outros meios disponíveis. (Incluído pela Lei nº
será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polí- 13.964, de 2019)
cia, como forma de garantir o êxito das investigações. § 4º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis)
§ 4º Ao término da diligência, elaborar-se-á auto circunstan- meses, sem prejuízo de eventuais renovações, mediante ordem
ciado acerca da ação controlada. judicial fundamentada e desde que o total não exceda a 720 (sete-
Art. 9º Se a ação controlada envolver transposição de fron- centos e vinte) dias e seja comprovada sua necessidade. (Incluído
teiras, o retardamento da intervenção policial ou administrativa pela Lei nº 13.964, de 2019)
somente poderá ocorrer com a cooperação das autoridades dos § 5º Findo o prazo previsto no § 4º deste artigo, o relatório cir-
países que figurem como provável itinerário ou destino do inves- cunstanciado, juntamente com todos os atos eletrônicos pratica-
tigado, de modo a reduzir os riscos de fuga e extravio do produto, dos durante a operação, deverão ser registrados, gravados, arma-
objeto, instrumento ou proveito do crime. zenados e apresentados ao juiz competente, que imediatamente
cientificará o Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
SEÇÃO III 2019)
DA INFILTRAÇÃO DE AGENTES § 6º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia po-
derá determinar aos seus agentes, e o Ministério Público e o juiz
Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de in- competente poderão requisitar, a qualquer tempo, relatório da
vestigação, representada pelo delegado de polícia ou requerida atividade de infiltração. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado § 7º É nula a prova obtida sem a observância do disposto nes-
de polícia quando solicitada no curso de inquérito policial, será te artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização ju- Art. 10-B. As informações da operação de infiltração serão
dicial, que estabelecerá seus limites. encaminhadas diretamente ao juiz responsável pela autorização
§ 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, da medida, que zelará por seu sigilo. (Incluído pela Lei nº 13.964,
o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público. de 2019)
§ 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, o acesso
penal de que trata o art. 1º e se a prova não puder ser produzida aos autos será reservado ao juiz, ao Ministério Público e ao de-
por outros meios disponíveis. legado de polícia responsável pela operação, com o objetivo de
§ 3º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) garantir o sigilo das investigações. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que compro- 2019)
vada sua necessidade. Art. 10-C. Não comete crime o policial que oculta a sua iden-
§ 4º Findo o prazo previsto no § 3º , o relatório circunstan- tidade para, por meio da internet, colher indícios de autoria e ma-
ciado será apresentado ao juiz competente, que imediatamente terialidade dos crimes previstos no art. 1º desta Lei. (Incluído pela
cientificará o Ministério Público. Lei nº 13.964, de 2019)
§ 5º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia po- Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de ob-
derá determinar aos seus agentes, e o Ministério Público poderá servar a estrita finalidade da investigação responderá pelos exces-
requisitar, a qualquer tempo, relatório da atividade de infiltração. sos praticados. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 10-A. Será admitida a ação de agentes de polícia infiltra- Art. 10-D. Concluída a investigação, todos os atos eletrônicos
dos virtuais, obedecidos os requisitos do caput do art. 10, na in- praticados durante a operação deverão ser registrados, gravados,
ternet, com o fim de investigar os crimes previstos nesta Lei e a armazenados e encaminhados ao juiz e ao Ministério Público,
eles conexos, praticados por organizações criminosas, desde que juntamente com relatório circunstanciado. (Incluído pela Lei nº
demonstrada sua necessidade e indicados o alcance das tarefas 13.964, de 2019)
dos policiais, os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e, Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados citados no
quando possível, os dados de conexão ou cadastrais que permi- caput deste artigo serão reunidos em autos apartados e apensa-
tam a identificação dessas pessoas. (Incluído pela Lei nº 13.964, dos ao processo criminal juntamente com o inquérito policial, as-
de 2019)
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segurando-se a preservação da identidade do agente policial infil- Art. 16. As empresas de transporte possibilitarão, pelo prazo
trado e a intimidade dos envolvidos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 5 (cinco) anos, acesso direto e permanente do juiz, do Minis-
de 2019) tério Público ou do delegado de polícia aos bancos de dados de
Art. 11. O requerimento do Ministério Público ou a represen- reservas e registro de viagens.
tação do delegado de polícia para a infiltração de agentes con- Art. 17. As concessionárias de telefonia fixa ou móvel man-
terão a demonstração da necessidade da medida, o alcance das terão, pelo prazo de 5 (cinco) anos, à disposição das autoridades
tarefas dos agentes e, quando possível, os nomes ou apelidos das mencionadas no art. 15, registros de identificação dos números
pessoas investigadas e o local da infiltração. dos terminais de origem e de destino das ligações telefônicas in-
Parágrafo único. Os órgãos de registro e cadastro público po- ternacionais, interurbanas e locais.
derão incluir nos bancos de dados próprios, mediante procedi-
mento sigiloso e requisição da autoridade judicial, as informações SEÇÃO V
necessárias à efetividade da identidade fictícia criada, nos casos DOS CRIMES OCORRIDOS NA INVESTIGAÇÃO E NA OBTEN-
de infiltração de agentes na internet. (Incluído pela Lei nº 13.964, ÇÃO DA PROVA
de 2019)
Art. 12. O pedido de infiltração será sigilosamente distribuído, Art. 18. Revelar a identidade, fotografar ou filmar o colabora-
de forma a não conter informações que possam indicar a opera- dor, sem sua prévia autorização por escrito:
ção a ser efetivada ou identificar o agente que será infiltrado. Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
§ 1º As informações quanto à necessidade da operação de Art. 19. Imputar falsamente, sob pretexto de colaboração
infiltração serão dirigidas diretamente ao juiz competente, que com a Justiça, a prática de infração penal a pessoa que sabe ser
decidirá no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, após manifestação inocente, ou revelar informações sobre a estrutura de organiza-
do Ministério Público na hipótese de representação do delegado ção criminosa que sabe inverídicas:
de polícia, devendo-se adotar as medidas necessárias para o êxito Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
das investigações e a segurança do agente infiltrado. Art. 20. Descumprir determinação de sigilo das investigações
§ 2º Os autos contendo as informações da operação de infil- que envolvam a ação controlada e a infiltração de agentes:
tração acompanharão a denúncia do Ministério Público, quando Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
serão disponibilizados à defesa, assegurando-se a preservação da Art. 21. Recusar ou omitir dados cadastrais, registros, docu-
identidade do agente. mentos e informações requisitadas pelo juiz, Ministério Público
§ 3º Havendo indícios seguros de que o agente infiltrado sofre ou delegado de polícia, no curso de investigação ou do processo:
risco iminente, a operação será sustada mediante requisição do Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Ministério Público ou pelo delegado de polícia, dando-se imediata Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem, de forma in-
ciência ao Ministério Público e à autoridade judicial. devida, se apossa, propala, divulga ou faz uso dos dados cadas-
Art. 13. O agente que não guardar, em sua atuação, a devida trais de que trata esta Lei.
proporcionalidade com a finalidade da investigação, responderá
pelos excessos praticados. CAPÍTULO III
Parágrafo único. Não é punível, no âmbito da infiltração, a DISPOSIÇÕES FINAIS
prática de crime pelo agente infiltrado no curso da investigação,
quando inexigível conduta diversa. Art. 22. Os crimes previstos nesta Lei e as infrações penais
Art. 14. São direitos do agente: conexas serão apurados mediante procedimento ordinário previs-
I - recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada; to no Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de
II - ter sua identidade alterada, aplicando-se, no que couber, Processo Penal), observado o disposto no parágrafo único deste
o disposto no art. 9º da Lei nº 9.807, de 13 de julho de 1999, bem artigo.
como usufruir das medidas de proteção a testemunhas; Parágrafo único. A instrução criminal deverá ser encerrada
III - ter seu nome, sua qualificação, sua imagem, sua voz e de- em prazo razoável, o qual não poderá exceder a 120 (cento e
mais informações pessoais preservadas durante a investigação e vinte) dias quando o réu estiver preso, prorrogáveis em até igual
o processo criminal, salvo se houver decisão judicial em contrário; período, por decisão fundamentada, devidamente motivada pela
IV - não ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou complexidade da causa ou por fato procrastinatório atribuível ao
filmado pelos meios de comunicação, sem sua prévia autorização réu.
por escrito. Art. 23. O sigilo da investigação poderá ser decretado pela
autoridade judicial competente, para garantia da celeridade e da
SEÇÃO IV eficácia das diligências investigatórias, assegurando-se ao defen-
DO ACESSO A REGISTROS, DADOS CADASTRAIS, DOCUMEN- sor, no interesse do representado, amplo acesso aos elementos
TOS E INFORMAÇÕES de prova que digam respeito ao exercício do direito de defesa,
devidamente precedido de autorização judicial, ressalvados os re-
Art. 15. O delegado de polícia e o Ministério Público terão ferentes às diligências em andamento.
acesso, independentemente de autorização judicial, apenas aos Parágrafo único. Determinado o depoimento do investigado,
dados cadastrais do investigado que informem exclusivamente a seu defensor terá assegurada a prévia vista dos autos, ainda que
qualificação pessoal, a filiação e o endereço mantidos pela Justiça classificados como sigilosos, no prazo mínimo de 3 (três) dias que
Eleitoral, empresas telefônicas, instituições financeiras, provedo- antecedem ao ato, podendo ser ampliado, a critério da autorida-
res de internet e administradoras de cartão de crédito. de responsável pela investigação.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Art. 24. O art. 288 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro Art. 89. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão,
de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com a seguinte redação: benefícios, remuneração ou qualquer outro rendimento de pessoa
“ Associação Criminosa com deficiência:
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
específico de cometer crimes: Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se o
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. crime é cometido:
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a asso- I - por tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testa-
ciação é armada ou se houver a participação de criança ou ado- menteiro ou depositário judicial; ou
lescente.” (NR) II - por aquele que se apropriou em razão de ofício ou de pro-
Art. 25. O art. 342 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro fissão.
de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 90. Abandonar pessoa com deficiência em hospitais, casas
“Art. 342. ................................................................................. de saúde, entidades de abrigamento ou congêneres:
.. Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa.
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem não prover as
................................................................................................. necessidades básicas de pessoa com deficiência quando obrigado
.” (NR) por lei ou mandado.
Art. 26. Revoga-se a Lei nº 9.034, de 3 de maio de 1995. Art. 91. Reter ou utilizar cartão magnético, qualquer meio ele-
Art. 27. Esta Lei entra em vigor após decorridos 45 (quarenta trônico ou documento de pessoa com deficiência destinados ao re-
e cinco) dias de sua publicação oficial. cebimento de benefícios, proventos, pensões ou remuneração ou à
realização de operações financeiras, com o fim de obter vantagem
Brasília, 2 de agosto de 2013; 192º da Independência e 125º indevida para si ou para outrem:
da República. Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se o
crime é cometido por tutor ou curador.
LEI Nº 13.146/2015 (ESTATUTO DA PESSOA COM DEFI-
CIÊNCIA): ARTIGOS 88 A 91
LEI Nº 13.260/2016 (LEI ANTITERRORISMO)

LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015.


LEI Nº 13.260, DE 16 DE MARÇO DE 2016.
Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
(Estatuto da Pessoa com Deficiência). Regulamenta o disposto no inciso XLIII do art. 5º da Consti-
tuição Federal, disciplinando o terrorismo, tratando de disposi-
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- ções investigatórias e processuais e reformulando o conceito de
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: organização terrorista; e altera as Leis n º 7.960, de 21 de dezem-
bro de 1989, e 12.850, de 2 de agosto de 2013.
TÍTULO II
DOS CRIMES E DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 88. Praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em
razão de sua deficiência: Art. 1º Esta Lei regulamenta o disposto no inciso XLIII do art.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 5º da Constituição Federal , disciplinando o terrorismo, tratando
§ 1º Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se a vítima encon- de disposições investigatórias e processuais e reformulando o
trar-se sob cuidado e responsabilidade do agente. conceito de organização terrorista.
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput deste artigo é Art. 2º O terrorismo consiste na prática por um ou mais indi-
cometido por intermédio de meios de comunicação social ou de víduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia,
publicação de qualquer natureza: discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. cometidos com a finalidade de provocar terror social ou genera-
§ 3º Na hipótese do § 2º deste artigo, o juiz poderá determinar, lizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a
ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes do in- incolumidade pública.
quérito policial, sob pena de desobediência: § 1º São atos de terrorismo:
I - recolhimento ou busca e apreensão dos exemplares do ma- I - usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer
terial discriminatório; consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos,
II - interdição das respectivas mensagens ou páginas de infor- químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou
mação na internet. promover destruição em massa;
§ 4º Na hipótese do § 2º deste artigo, constitui efeito da con- II – (VETADO);
denação, após o trânsito em julgado da decisão, a destruição do III - (VETADO);
material apreendido.

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IV - sabotar o funcionamento ou apoderar-se, com violência, Art. 9º (VETADO).


grave ameaça a pessoa ou servindo-se de mecanismos cibernéti- Art. 10. Mesmo antes de iniciada a execução do crime de ter-
cos, do controle total ou parcial, ainda que de modo temporário, rorismo, na hipótese do art. 5º desta Lei, aplicam-se as disposi-
de meio de comunicação ou de transporte, de portos, aeroportos, ções do art. 15 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
estações ferroviárias ou rodoviárias, hospitais, casas de saúde, 1940 - Código Penal .
escolas, estádios esportivos, instalações públicas ou locais onde Art. 11. Para todos os efeitos legais, considera-se que os
funcionem serviços públicos essenciais, instalações de geração ou crimes previstos nesta Lei são praticados contra o interesse da
transmissão de energia, instalações militares, instalações de ex- União, cabendo à Polícia Federal a investigação criminal, em sede
ploração, refino e processamento de petróleo e gás e instituições de inquérito policial, e à Justiça Federal o seu processamento e
bancárias e sua rede de atendimento; julgamento, nos termos do inciso IV do art. 109 da Constituição
V - atentar contra a vida ou a integridade física de pessoa: Federal .
Pena - reclusão, de doze a trinta anos, além das sanções cor- Parágrafo único. (VETADO).
respondentes à ameaça ou à violência. Art. 12. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Públi-
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica à conduta individual co ou mediante representação do delegado de polícia, ouvido o
ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos Ministério Público em vinte e quatro horas, havendo indícios sufi-
sociais, sindicais, religiosos, de classe ou de categoria profissional, cientes de crime previsto nesta Lei, poderá decretar, no curso da
direcionados por propósitos sociais ou reivindicatórios, visando a investigação ou da ação penal, medidas assecuratórias de bens,
contestar, criticar, protestar ou apoiar, com o objetivo de defender direitos ou valores do investigado ou acusado, ou existentes em
direitos, garantias e liberdades constitucionais, sem prejuízo da nome de interpostas pessoas, que sejam instrumento, produto ou
tipificação penal contida em lei. proveito dos crimes previstos nesta Lei.
Art. 3º Promover, constituir, integrar ou prestar auxílio, pes- § 1º Proceder-se-á à alienação antecipada para preservação
soalmente ou por interposta pessoa, a organização terrorista: do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a qualquer grau
Pena - reclusão, de cinco a oito anos, e multa. de deterioração ou depreciação, ou quando houver dificuldade
§ 1º (VETADO). para sua manutenção.
§ 2º (VETADO). § 2º O juiz determinará a liberação, total ou parcial, dos bens,
Art. 4º (VETADO). direitos e valores quando comprovada a licitude de sua origem e
Art. 5º Realizar atos preparatórios de terrorismo com o pro- destinação, mantendo-se a constrição dos bens, direitos e valores
pósito inequívoco de consumar tal delito: necessários e suficientes à reparação dos danos e ao pagamento
Pena - a correspondente ao delito consumado, diminuída de de prestações pecuniárias, multas e custas decorrentes da infra-
um quarto até a metade. ção penal.
§ 1º Incorre nas mesmas penas o agente que, com o propósi- § 3º Nenhum pedido de liberação será conhecido sem o com-
to de praticar atos de terrorismo: parecimento pessoal do acusado ou de interposta pessoa a que se
I - recrutar, organizar, transportar ou municiar indivíduos que refere o caput deste artigo, podendo o juiz determinar a prática de
viajem para país distinto daquele de sua residência ou nacionali- atos necessários à conservação de bens, direitos ou valores, sem
dade; ou prejuízo do disposto no § 1º.
II - fornecer ou receber treinamento em país distinto daquele § 4º Poderão ser decretadas medidas assecuratórias sobre
de sua residência ou nacionalidade. bens, direitos ou valores para reparação do dano decorrente da
§ 2º Nas hipóteses do § 1º, quando a conduta não envolver infração penal antecedente ou da prevista nesta Lei ou para paga-
treinamento ou viagem para país distinto daquele de sua residên- mento de prestação pecuniária, multa e custas.
cia ou nacionalidade, a pena será a correspondente ao delito con- Art. 13. Quando as circunstâncias o aconselharem, o juiz, ou-
sumado, diminuída de metade a dois terços. vido o Ministério Público, nomeará pessoa física ou jurídica quali-
Art. 6º Receber, prover, oferecer, obter, guardar, manter em ficada para a administração dos bens, direitos ou valores sujeitos
depósito, solicitar, investir, de qualquer modo, direta ou indire- a medidas assecuratórias, mediante termo de compromisso.
tamente, recursos, ativos, bens, direitos, valores ou serviços de Art. 14. A pessoa responsável pela administração dos bens:
qualquer natureza, para o planejamento, a preparação ou a exe- I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, que será sa-
cução dos crimes previstos nesta Lei: tisfeita preferencialmente com o produto dos bens objeto da ad-
Pena - reclusão, de quinze a trinta anos. ministração;
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem oferecer ou II - prestará, por determinação judicial, informações periódi-
receber, obtiver, guardar, mantiver em depósito, solicitar, investir cas da situação dos bens sob sua administração, bem como ex-
ou de qualquer modo contribuir para a obtenção de ativo, bem ou plicações e detalhamentos sobre investimentos e reinvestimentos
recurso financeiro, com a finalidade de financiar, total ou parcial- realizados.
mente, pessoa, grupo de pessoas, associação, entidade, organiza- Parágrafo único. Os atos relativos à administração dos bens
ção criminosa que tenha como atividade principal ou secundária, serão levados ao conhecimento do Ministério Público, que reque-
mesmo em caráter eventual, a prática dos crimes previstos nesta rerá o que entender cabível.
Lei. Art. 15. O juiz determinará, na hipótese de existência de tra-
Art. 7º Salvo quando for elementar da prática de qualquer tado ou convenção internacional e por solicitação de autoridade
crime previsto nesta Lei, se de algum deles resultar lesão corporal estrangeira competente, medidas assecuratórias sobre bens, di-
grave, aumenta-se a pena de um terço, se resultar morte, aumen- reitos ou valores oriundos de crimes descritos nesta Lei praticados
ta-se a pena da metade. no estrangeiro.
Art. 8º (VETADO).
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§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo, independentemente de CAPÍTULO I


tratado ou convenção internacional, quando houver reciprocida- DOS PRINCÍPIOS E DAS DIRETRIZES
de do governo do país da autoridade solicitante.
§ 2º Na falta de tratado ou convenção, os bens, direitos ou Art. 2º O enfrentamento ao tráfico de pessoas atenderá aos
valores sujeitos a medidas assecuratórias por solicitação de au- seguintes princípios:
toridade estrangeira competente ou os recursos provenientes da I - respeito à dignidade da pessoa humana;
sua alienação serão repartidos entre o Estado requerente e o Bra- II - promoção e garantia da cidadania e dos direitos humanos;
sil, na proporção de metade, ressalvado o direito do lesado ou de III - universalidade, indivisibilidade e interdependência;
terceiro de boa-fé. IV - não discriminação por motivo de gênero, orientação se-
Art. 16. Aplicam-se as disposições da Lei nº 12.850, de 2 agos- xual, origem étnica ou social, procedência, nacionalidade, atuação
to de 2013 , para a investigação, processo e julgamento dos crimes profissional, raça, religião, faixa etária, situação migratória ou ou-
previstos nesta Lei. tro status ;
Art. 17. Aplicam-se as disposições da Lei nº 8.072, de 25 de V - transversalidade das dimensões de gênero, orientação se-
julho de 1990 , aos crimes previstos nesta Lei. xual, origem étnica ou social, procedência, raça e faixa etária nas
Art. 18. O inciso III do art. 1º da Lei nº 7.960, de 21 de dezem- políticas públicas;
bro de 1989 , passa a vigorar acrescido da seguinte alínea p : VI - atenção integral às vítimas diretas e indiretas, indepen-
“Art. lº ...................................................................... dentemente de nacionalidade e de colaboração em investigações
........................................................................................... ou processos judiciais;
III - ............................................................................. VII - proteção integral da criança e do adolescente.
............................................................................................ Art. 3º O enfrentamento ao tráfico de pessoas atenderá às
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo.” (NR) seguintes diretrizes:
Art. 19. O art. 1º da Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013 , I - fortalecimento do pacto federativo, por meio da atuação
passa a vigorar com a seguinte alteração: conjunta e articulada das esferas de governo no âmbito das res-
“Art. 1º ....................................................................... pectivas competências;
............................................................................................ II - articulação com organizações governamentais e não go-
§ 2º ............................................................................. vernamentais nacionais e estrangeiras;
............................................................................................ III - incentivo à participação da sociedade em instâncias de
II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas vol- controle social e das entidades de classe ou profissionais na dis-
tadas para a prática dos atos de terrorismo legalmente definidos.” cussão das políticas sobre tráfico de pessoas;
(NR) IV - estruturação da rede de enfrentamento ao tráfico de pes-
Art. 20. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. soas, envolvendo todas as esferas de governo e organizações da
sociedade civil;
Brasília, 16 de março de 2016; 195º da Independência e 128º V - fortalecimento da atuação em áreas ou regiões de maior
da República. incidência do delito, como as de fronteira, portos, aeroportos, ro-
dovias e estações rodoviárias e ferroviárias;
VI - estímulo à cooperação internacional;
LEI Nº 13.344/2016 (PREVENÇÃO E REPRESSÃO AO TRÁ- VII - incentivo à realização de estudos e pesquisas e ao seu
FICO DE PESSOAS) compartilhamento;
VIII - preservação do sigilo dos procedimentos administrati-
vos e judiciais, nos termos da lei;
LEI Nº 13.344, DE 6 DE OUTUBRO DE 2016. IX - gestão integrada para coordenação da política e dos pla-
nos nacionais de enfrentamento ao tráfico de pessoas.
Dispõe sobre prevenção e repressão ao tráfico interno e in-
ternacional de pessoas e sobre medidas de atenção às vítimas; CAPÍTULO II
altera a Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980, o Decreto-Lei nº DA PREVENÇÃO AO TRÁFICO DE PESSOAS
3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), e o
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); Art. 4º A prevenção ao tráfico de pessoas dar-se-á por meio:
e revoga dispositivos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro I - da implementação de medidas intersetoriais e integradas
de 1940 (Código Penal). nas áreas de saúde, educação, trabalho, segurança pública, jus-
tiça, turismo, assistência social, desenvolvimento rural, esportes,
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso comunicação, cultura e direitos humanos;
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: II - de campanhas socioeducativas e de conscientização, con-
siderando as diferentes realidades e linguagens;
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tráfico de pessoas cometido III - de incentivo à mobilização e à participação da sociedade
no território nacional contra vítima brasileira ou estrangeira e no civil; e
exterior contra vítima brasileira. IV - de incentivo a projetos de prevenção ao tráfico de pes-
Parágrafo único. O enfrentamento ao tráfico de pessoas com- soas.
preende a prevenção e a repressão desse delito, bem como a
atenção às suas vítimas.

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CAPÍTULO III “Art. 18-B. Ato do Ministro de Estado da Justiça e Cidadania


DA REPRESSÃO AO TRÁFICO DE PESSOAS estabelecerá os procedimentos para concessão da residência per-
manente de que trata o art. 18-A.”
Art. 5º A repressão ao tráfico de pessoas dar-se-á por meio: “ Art. 42-A . O estrangeiro estará em situação regular no País
I - da cooperação entre órgãos do sistema de justiça e segu- enquanto tramitar pedido de regularização migratória.”
rança, nacionais e estrangeiros;
II - da integração de políticas e ações de repressão aos crimes CAPÍTULO V
correlatos e da responsabilização dos seus autores; DISPOSIÇÕES PROCESSUAIS
III - da formação de equipes conjuntas de investigação.
Art. 8º O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público
CAPÍTULO IV ou mediante representação do delegado de polícia, ouvido o Mi-
DA PROTEÇÃO E DA ASSISTÊNCIA ÀS VÍTIMAS nistério Público, havendo indícios suficientes de infração penal,
poderá decretar medidas assecuratórias relacionadas a bens, di-
Art. 6º A proteção e o atendimento à vítima direta ou indireta reitos ou valores pertencentes ao investigado ou acusado, ou exis-
do tráfico de pessoas compreendem: tentes em nome de interpostas pessoas, que sejam instrumento,
I - assistência jurídica, social, de trabalho e emprego e de saú- produto ou proveito do crime de tráfico de pessoas, procedendo-
de; -se na forma dos arts. 125 a 144-A do Decreto-Lei nº 3.689, de 3
II - acolhimento e abrigo provisório; de outubro de 1941 (Código de Processo Penal) .
III - atenção às suas necessidades específicas, especialmente § 1º Proceder-se-á à alienação antecipada para preservação
em relação a questões de gênero, orientação sexual, origem étni- do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a qualquer grau
ca ou social, procedência, nacionalidade, raça, religião, faixa etá- de deterioração ou depreciação, ou quando houver dificuldade
ria, situação migratória, atuação profissional, diversidade cultural, para sua manutenção.
linguagem, laços sociais e familiares ou outro status ; § 2º O juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens,
IV - preservação da intimidade e da identidade; direitos e valores quando comprovada a licitude de sua origem,
V - prevenção à revitimização no atendimento e nos procedi- mantendo-se a constrição dos bens, direitos e valores necessários
mentos investigatórios e judiciais; e suficientes à reparação dos danos e ao pagamento de presta-
VI - atendimento humanizado; ções pecuniárias, multas e custas decorrentes da infração penal.
VII - informação sobre procedimentos administrativos e judi- § 3º Nenhum pedido de liberação será conhecido sem o com-
ciais. parecimento pessoal do acusado ou investigado, ou de interposta
§ 1º A atenção às vítimas dar-se-á com a interrupção da situa- pessoa a que se refere o caput , podendo o juiz determinar a práti-
ção de exploração ou violência, a sua reinserção social, a garantia ca de atos necessários à conservação de bens, direitos ou valores,
de facilitação do acesso à educação, à cultura, à formação profis- sem prejuízo do disposto no § 1º.
sional e ao trabalho e, no caso de crianças e adolescentes, a busca § 4º Ao proferir a sentença de mérito, o juiz decidirá sobre o
de sua reinserção familiar e comunitária. perdimento do produto, bem ou valor apreendido, sequestrado
§ 2º No exterior, a assistência imediata a vítimas brasileiras ou declarado indisponível.
estará a cargo da rede consular brasileira e será prestada inde- Art. 9º Aplica-se subsidiariamente, no que couber, o disposto
pendentemente de sua situação migratória, ocupação ou outro na Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013 .
status . Art. 10. O Poder Público é autorizado a criar sistema de in-
§ 3º A assistência à saúde prevista no inciso I deste artigo formações visando à coleta e à gestão de dados que orientem o
deve compreender os aspectos de recuperação física e psicoló- enfrentamento ao tráfico de pessoas.
gica da vítima. Art. 11. O Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Có-
Art. 7º A Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980 , passa a vigo- digo de Processo Penal), passa a vigorar acrescido dos seguintes
rar acrescida dos seguintes artigos: arts. 13-A e 13-B:
“ Art. 18-A. Conceder-se-á residência permanente às vítimas “ Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148 , 149 e 149-A ,
de tráfico de pessoas no território nacional, independentemente no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
de sua situação migratória e de colaboração em procedimento ad- dezembro de 1940 (Código Penal) , e no art. 239 da Lei nº 8.069,
ministrativo, policial ou judicial. de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) ,
§ 1º O visto ou a residência permanentes poderão ser conce- o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá
didos, a título de reunião familiar: requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas
I - a cônjuges, companheiros, ascendentes e descendentes; e da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou
II - a outros membros do grupo familiar que comprovem de- de suspeitos.
pendência econômica ou convivência habitual com a vítima. Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de
§ 2º Os beneficiários do visto ou da residência permanentes 24 (vinte e quatro) horas, conterá:
são isentos do pagamento da multa prevista no inciso II do art. I - o nome da autoridade requisitante;
125. II - o número do inquérito policial; e
§ 3º Os beneficiários do visto ou da residência permanentes III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsá-
de que trata este artigo são isentos do pagamento das taxas e vel pela investigação.”
emolumentos previstos nos arts. 20, 33 e 131.” “Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos cri-
mes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério
Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de tele- IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território
comunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente nacional.
os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros § 2º A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for
– que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito primário e não integrar organização criminosa.”
em curso.
§ 1º Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamen- CAPÍTULO VI
to da estação de cobertura, setorização e intensidade de radiofre- DAS CAMPANHAS RELACIONADAS AO ENFRENTAMENTO AO
quência. TRÁFICO DE PESSOAS
§ 2º Na hipótese de que trata o caput , o sinal:
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qual- Art. 14. É instituído o Dia Nacional de Enfrentamento ao Trá-
quer natureza, que dependerá de autorização judicial, conforme fico de Pessoas, a ser comemorado, anualmente, em 30 de julho.
disposto em lei; Art. 15. Serão adotadas campanhas nacionais de enfrenta-
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel mento ao tráfico de pessoas, a serem divulgadas em veículos de
celular por período não superior a 30 (trinta) dias, renovável por comunicação, visando à conscientização da sociedade sobre todas
uma única vez, por igual período; as modalidades de tráfico de pessoas.
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II,
será necessária a apresentação de ordem judicial. CAPÍTULO VII
§ 3º Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial de- DISPOSIÇÕES FINAIS
verá ser instaurado no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas,
contado do registro da respectiva ocorrência policial. Art. 16. Revogam-se os arts. 231 e 231-A do Decreto-Lei nº
§ 4º Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
horas, a autoridade competente requisitará às empresas presta- Art. 17. Esta Lei entra em vigor após decorridos 45 (quarenta
doras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que dispo- e cinco) dias de sua publicaçã o oficial.
nibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como si-
nais, informações e outros – que permitam a localização da vítima Brasília, 6 de outubro de 2016; 195º da Independência e 128º
ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação da República.
ao juiz.”
Art. 12. O inciso V do art. 83 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com a seguinte LEI Nº 13.431/2017 (ESCUTA ESPECIALIZADA E DEPOI-
redação: MENTO ESPECIAL)
“Art. 83. .........................................................................
.............................................................................................
V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de con- LEI Nº 13.431, DE 4 DE ABRIL DE 2017.
denação por crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o Estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do
apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. adolescente vítima ou testemunha de violência e altera a Lei nº
....................................................................................” (NR) 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adoles-
Art. 13. O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 cente).
(Código Penal), passa a vigorar acrescido do seguinte art. 149-A:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
“Tráfico de Pessoas Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir,
comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, vio- TÍTULO I
lência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de: DISPOSIÇÕES GERAIS
I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo;
II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escra- Art. 1º Esta Lei normatiza e organiza o sistema de garantia
vo; de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de
III - submetê-la a qualquer tipo de servidão; violência, cria mecanismos para prevenir e coibir a violência, nos
IV - adoção ilegal; ou termos do art. 227 da Constituição Federal , da Convenção sobre
V - exploração sexual. os Direitos da Criança e seus protocolos adicionais, da Resolução
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. nº 20/2005 do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas e
§ 1º A pena é aumentada de um terço até a metade se: de outros diplomas internacionais, e estabelece medidas de as-
I - o crime for cometido por funcionário público no exercício sistência e proteção à criança e ao adolescente em situação de
de suas funções ou a pretexto de exercê-las; violência.
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pes- Art. 2º A criança e o adolescente gozam dos direitos funda-
soa idosa ou com deficiência; mentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhes asseguradas a
III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domés- proteção integral e as oportunidades e facilidades para viver sem
ticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência econômi- violência e preservar sua saúde física e mental e seu desenvolvi-
ca, de autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao mento moral, intelectual e social, e gozam de direitos específicos
exercício de emprego, cargo ou função; ou à sua condição de vítima ou testemunha.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Parágrafo único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os abuso de autoridade, aproveitamento de situação de vulnerabili-
Municípios desenvolverão políticas integradas e coordenadas que dade ou entrega ou aceitação de pagamento, entre os casos pre-
visem a garantir os direitos humanos da criança e do adolescente vistos na legislação;
no âmbito das relações domésticas, familiares e sociais, para res- IV - violência institucional, entendida como a praticada por
guardá-los de toda forma de negligência, discriminação, explora- instituição pública ou conveniada, inclusive quando gerar reviti-
ção, violência, abuso, crueldade e opressão. mização.
Art. 3º Na aplicação e interpretação desta Lei, serão consi- V - violência patrimonial, entendida como qualquer conduta
derados os fins sociais a que ela se destina e, especialmente, as que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de
condições peculiares da criança e do adolescente como pessoas seus documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
em desenvolvimento, às quais o Estado, a família e a sociedade econômicos, incluídos os destinados a satisfazer suas necessida-
devem assegurar a fruição dos direitos fundamentais com abso- des, desde que a medida não se enquadre como educacional. (In-
luta prioridade. cluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
Parágrafo único. A aplicação desta Lei é facultativa para as ví- § 1º Para os efeitos desta Lei, a criança e o adolescente serão
timas e testemunhas de violência entre 18 (dezoito) e 21 (vinte ouvidos sobre a situação de violência por meio de escuta especia-
e um) anos, conforme disposto no parágrafo único do art. 2º da lizada e depoimento especial.
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do § 2º Os órgãos de saúde, assistência social, educação, segu-
Adolescente) . rança pública e justiça adotarão os procedimentos necessários
Art. 4º Para os efeitos desta Lei, sem prejuízo da tipificação por ocasião da revelação espontânea da violência.
das condutas criminosas, são formas de violência: § 3º Na hipótese de revelação espontânea da violência, a
I - violência física, entendida como a ação infligida à criança criança e o adolescente serão chamados a confirmar os fatos na
ou ao adolescente que ofenda sua integridade ou saúde corporal forma especificada no § 1º deste artigo, salvo em caso de inter-
ou que lhe cause sofrimento físico; venções de saúde.
II - violência psicológica: § 4º O não cumprimento do disposto nesta Lei implicará a
a) qualquer conduta de discriminação, depreciação ou desres- aplicação das sanções previstas na Lei nº 8.069, de 13 de julho de
peito em relação à criança ou ao adolescente mediante ameaça, 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) .
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, agres-
são verbal e xingamento, ridicularização, indiferença, exploração TÍTULO II
ou intimidação sistemática ( bullying ) que possa comprometer DOS DIREITOS E GARANTIAS
seu desenvolvimento psíquico ou emocional;
b) o ato de alienação parental, assim entendido como a inter- Art. 5º A aplicação desta Lei, sem prejuízo dos princípios es-
ferência na formação psicológica da criança ou do adolescente, tabelecidos nas demais normas nacionais e internacionais de pro-
promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou por teção dos direitos da criança e do adolescente, terá como base,
quem os tenha sob sua autoridade, guarda ou vigilância, que leve entre outros, os direitos e garantias fundamentais da criança e do
ao repúdio de genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento adolescente a:
ou à manutenção de vínculo com este; I - receber prioridade absoluta e ter considerada a condição
c) qualquer conduta que exponha a criança ou o adolescente, peculiar de pessoa em desenvolvimento;
direta ou indiretamente, a crime violento contra membro de sua II - receber tratamento digno e abrangente;
família ou de sua rede de apoio, independentemente do ambiente III - ter a intimidade e as condições pessoais protegidas quan-
em que cometido, particularmente quando isto a torna testemu- do vítima ou testemunha de violência;
nha; IV - ser protegido contra qualquer tipo de discriminação, inde-
III - violência sexual, entendida como qualquer conduta que pendentemente de classe, sexo, raça, etnia, renda, cultura, nível
constranja a criança ou o adolescente a praticar ou presenciar educacional, idade, religião, nacionalidade, procedência regional,
conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso, inclusive ex- regularidade migratória, deficiência ou qualquer outra condição
posição do corpo em foto ou vídeo por meio eletrônico ou não, sua, de seus pais ou de seus representantes legais;
que compreenda: V - receber informação adequada à sua etapa de desenvol-
a) abuso sexual, entendido como toda ação que se utiliza da vimento sobre direitos, inclusive sociais, serviços disponíveis, re-
criança ou do adolescente para fins sexuais, seja conjunção carnal presentação jurídica, medidas de proteção, reparação de danos e
ou outro ato libidinoso, realizado de modo presencial ou por meio qualquer procedimento a que seja submetido;
eletrônico, para estimulação sexual do agente ou de terceiro; VI - ser ouvido e expressar seus desejos e opiniões, assim
b) exploração sexual comercial, entendida como o uso da como permanecer em silêncio;
criança ou do adolescente em atividade sexual em troca de re- VII - receber assistência qualificada jurídica e psicossocial es-
muneração ou qualquer outra forma de compensação, de forma pecializada, que facilite a sua participação e o resguarde contra
independente ou sob patrocínio, apoio ou incentivo de terceiro, comportamento inadequado adotado pelos demais órgãos atuan-
seja de modo presencial ou por meio eletrônico; tes no processo;
c) tráfico de pessoas, entendido como o recrutamento, o VIII - ser resguardado e protegido de sofrimento, com direito
transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento da a apoio, planejamento de sua participação, prioridade na trami-
criança ou do adolescente, dentro do território nacional ou para tação do processo, celeridade processual, idoneidade do atendi-
o estrangeiro, com o fim de exploração sexual, mediante amea- mento e limitação das intervenções;
ça, uso de força ou outra forma de coação, rapto, fraude, engano, IX - ser ouvido em horário que lhe for mais adequado e con-
veniente, sempre que possível;
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X - ter segurança, com avaliação contínua sobre possibilida- I - os profissionais especializados esclarecerão a criança ou o
des de intimidação, ameaça e outras formas de violência; adolescente sobre a tomada do depoimento especial, informan-
XI - ser assistido por profissional capacitado e conhecer os do-lhe os seus direitos e os procedimentos a serem adotados e
profissionais que participam dos procedimentos de escuta espe- planejando sua participação, sendo vedada a leitura da denúncia
cializada e depoimento especial; ou de outras peças processuais;
XII - ser reparado quando seus direitos forem violados; II - é assegurada à criança ou ao adolescente a livre narrativa
XIII - conviver em família e em comunidade; sobre a situação de violência, podendo o profissional especializa-
XIV - ter as informações prestadas tratadas confidencialmen- do intervir quando necessário, utilizando técnicas que permitam
te, sendo vedada a utilização ou o repasse a terceiro das declara- a elucidação dos fatos;
ções feitas pela criança e pelo adolescente vítima, salvo para os III - no curso do processo judicial, o depoimento especial será
fins de assistência à saúde e de persecução penal; transmitido em tempo real para a sala de audiência, preservado
XV - prestar declarações em formato adaptado à criança e ao o sigilo;
adolescente com deficiência ou em idioma diverso do português. IV - findo o procedimento previsto no inciso II deste artigo, o
Parágrafo único. O planejamento referido no inciso VIII, no juiz, após consultar o Ministério Público, o defensor e os assisten-
caso de depoimento especial, será realizado entre os profissionais tes técnicos, avaliará a pertinência de perguntas complementares,
especializados e o juízo. organizadas em bloco;
Art. 6º A criança e o adolescente vítima ou testemunha de V - o profissional especializado poderá adaptar as perguntas à
violência têm direito a pleitear, por meio de seu representante linguagem de melhor compreensão da criança ou do adolescente;
legal, medidas protetivas contra o autor da violência. VI - o depoimento especial será gravado em áudio e vídeo.
Parágrafo único. Os casos omissos nesta Lei serão interpre- § 1º À vítima ou testemunha de violência é garantido o direito
tados à luz do disposto na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 de prestar depoimento diretamente ao juiz, se assim o entender.
(Estatuto da Criança e do Adolescente) , na Lei nº 11.340, de 7 de § 2º O juiz tomará todas as medidas apropriadas para a pre-
agosto de 2006 (Lei Maria da Penha) , e em normas conexas. servação da intimidade e da privacidade da vítima ou testemunha.
§ 3º O profissional especializado comunicará ao juiz se veri-
TÍTULO III ficar que a presença, na sala de audiência, do autor da violência
DA ESCUTA ESPECIALIZADA E DO DEPOIMENTO ESPECIAL pode prejudicar o depoimento especial ou colocar o depoente em
situação de risco, caso em que, fazendo constar em termo, será
Art. 7º Escuta especializada é o procedimento de entrevista autorizado o afastamento do imputado.
sobre situação de violência com criança ou adolescente perante § 4º Nas hipóteses em que houver risco à vida ou à integri-
órgão da rede de proteção, limitado o relato estritamente ao ne- dade física da vítima ou testemunha, o juiz tomará as medidas de
cessário para o cumprimento de sua finalidade. proteção cabíveis, inclusive a restrição do disposto nos incisos III
Art. 8º Depoimento especial é o procedimento de oitiva de e VI deste artigo.
criança ou adolescente vítima ou testemunha de violência peran- § 5º As condições de preservação e de segurança da mídia
te autoridade policial ou judiciária. relativa ao depoimento da criança ou do adolescente serão objeto
Art. 9º A criança ou o adolescente será resguardado de qual- de regulamentação, de forma a garantir o direito à intimidade e à
quer contato, ainda que visual, com o suposto autor ou acusado, privacidade da vítima ou testemunha.
ou com outra pessoa que represente ameaça, coação ou cons- § 6º O depoimento especial tramitará em segredo de justiça.
trangimento.
Art. 10. A escuta especializada e o depoimento especial serão TÍTULO IV
realizados em local apropriado e acolhedor, com infraestrutura e DA INTEGRAÇÃO DAS POLÍTICAS DE ATENDIMENTO
espaço físico que garantam a privacidade da criança ou do adoles-
cente vítima ou testemunha de violência. CAPÍTULO I
Art. 11. O depoimento especial reger-se-á por protocolos e, DISPOSIÇÕES GERAIS
sempre que possível, será realizado uma única vez, em sede de
produção antecipada de prova judicial, garantida a ampla defesa Art. 13. Qualquer pessoa que tenha conhecimento ou pre-
do investigado. sencie ação ou omissão, praticada em local público ou privado,
§ 1º O depoimento especial seguirá o rito cautelar de anteci- que constitua violência contra criança ou adolescente tem o dever
pação de prova: de comunicar o fato imediatamente ao serviço de recebimento e
I - quando a criança ou o adolescente tiver menos de 7 (sete) monitoramento de denúncias, ao conselho tutelar ou à autorida-
anos; de policial, os quais, por sua vez, cientificarão imediatamente o
II - em caso de violência sexual. Ministério Público.
§ 2º Não será admitida a tomada de novo depoimento es- Parágrafo único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
pecial, salvo quando justificada a sua imprescindibilidade pela Municípios poderão promover, periodicamente, campanhas de
autoridade competente e houver a concordância da vítima ou da conscientização da sociedade, promovendo a identificação das
testemunha, ou de seu representante legal. violações de direitos e garantias de crianças e adolescentes e a
Art. 12. O depoimento especial será colhido conforme o se- divulgação dos serviços de proteção e dos fluxos de atendimento,
guinte procedimento: como forma de evitar a violência institucional.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Art. 14. As políticas implementadas nos sistemas de justiça, Art. 18. A coleta, guarda provisória e preservação de material
segurança pública, assistência social, educação e saúde deverão com vestígios de violência serão realizadas pelo Instituto Médico
adotar ações articuladas, coordenadas e efetivas voltadas ao aco- Legal (IML) ou por serviço credenciado do sistema de saúde mais
lhimento e ao atendimento integral às vítimas de violência. próximo, que entregará o material para perícia imediata, observa-
§ 1º As ações de que trata o caput observarão as seguintes do o disposto no art. 5º desta Lei.
diretrizes: CAPÍTULO III
I - abrangência e integralidade, devendo comportar avalia- DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
ção e atenção de todas as necessidades da vítima decorrentes da
ofensa sofrida; Art. 19. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
II - capacitação interdisciplinar continuada, preferencialmen- poderão estabelecer, no âmbito do Sistema Único de Assistência
te conjunta, dos profissionais; Social (Suas), os seguintes procedimentos:
III - estabelecimento de mecanismos de informação, referên- I - elaboração de plano individual e familiar de atendimento,
cia, contrarreferência e monitoramento; valorizando a participação da criança e do adolescente e, sempre
IV - planejamento coordenado do atendimento e do acompa- que possível, a preservação dos vínculos familiares;
nhamento, respeitadas as especificidades da vítima ou testemu- II - atenção à vulnerabilidade indireta dos demais membros
nha e de suas famílias; da família decorrente da situação de violência, e solicitação, quan-
V - celeridade do atendimento, que deve ser realizado ime- do necessário, aos órgãos competentes, de inclusão da vítima ou
diatamente - ou tão logo quanto possível - após a revelação da testemunha e de suas famílias nas políticas, programas e serviços
violência; existentes;
VI - priorização do atendimento em razão da idade ou de III - avaliação e atenção às situações de intimidação, ameaça,
eventual prejuízo ao desenvolvimento psicossocial, garantida a constrangimento ou discriminação decorrentes da vitimização, in-
intervenção preventiva; clusive durante o trâmite do processo judicial, as quais deverão
VII - mínima intervenção dos profissionais envolvidos; e ser comunicadas imediatamente à autoridade judicial para toma-
VIII - monitoramento e avaliação periódica das políticas de da de providências; e
atendimento. IV - representação ao Ministério Público, nos casos de falta de
§ 2º Nos casos de violência sexual, cabe ao responsável da responsável legal com capacidade protetiva em razão da situação
rede de proteção garantir a urgência e a celeridade necessárias de violência, para colocação da criança ou do adolescente sob os
ao atendimento de saúde e à produção probatória, preservada a cuidados da família extensa, de família substituta ou de serviço de
confidencialidade. acolhimento familiar ou, em sua falta, institucional.
Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
pios poderão criar serviços de atendimento, de ouvidoria ou de CAPÍTULO IV
resposta, pelos meios de comunicação disponíveis, integrados às DA SEGURANÇA PÚBLICA
redes de proteção, para receber denúncias de violações de direi-
tos de crianças e adolescentes. Art. 20. O poder público poderá criar delegacias especializa-
Parágrafo único. As denúncias recebidas serão encaminhadas: das no atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violên-
I - à autoridade policial do local dos fatos, para apuração; cia.
II - ao conselho tutelar, para aplicação de medidas de prote- § 1º Na elaboração de suas propostas orçamentárias, as uni-
ção; e dades da Federação alocarão recursos para manutenção de equi-
III - ao Ministério Público, nos casos que forem de sua atribui- pes multidisciplinares destinadas a assessorar as delegacias espe-
ção específica. cializadas.
Art. 16. O poder público poderá criar programas, serviços ou § 2º Até a criação do órgão previsto no caput deste artigo, a
equipamentos que proporcionem atenção e atendimento integral vítima será encaminhada prioritariamente a delegacia especializa-
e interinstitucional às crianças e adolescentes vítimas ou teste- da em temas de direitos humanos.
munhas de violência, compostos por equipes multidisciplinares § 3º A tomada de depoimento especial da criança ou do ado-
especializadas. lescente vítima ou testemunha de violência observará o disposto
Parágrafo único. Os programas, serviços ou equipamentos no art. 14 desta Lei.
públicos poderão contar com delegacias especializadas, serviços Art. 21. Constatado que a criança ou o adolescente está em
de saúde, perícia médico-legal, serviços socioassistenciais, varas risco, a autoridade policial requisitará à autoridade judicial res-
especializadas, Ministério Público e Defensoria Pública, entre ou- ponsável, em qualquer momento dos procedimentos de investi-
tros possíveis de integração, e deverão estabelecer parcerias em gação e responsabilização dos suspeitos, as medidas de proteção
caso de indisponibilidade de serviços de atendimento. pertinentes, entre as quais:
I - evitar o contato direto da criança ou do adolescente vítima
CAPÍTULO II ou testemunha de violência com o suposto autor da violência;
DA SAÚDE II - solicitar o afastamento cautelar do investigado da residên-
cia ou local de convivência, em se tratando de pessoa que tenha
Art. 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contato com a criança ou o adolescente;
poderão criar, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), servi- III - requerer a prisão preventiva do investigado, quando hou-
ços para atenção integral à criança e ao adolescente em situação ver suficientes indícios de ameaça à criança ou adolescente vítima
de violência, de forma a garantir o atendimento acolhedor. ou testemunha de violência;

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IV - solicitar aos órgãos socioassistenciais a inclusão da vítima


e de sua família nos atendimentos a que têm direito; LEI Nº 13.869/2019 (LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE)
V - requerer a inclusão da criança ou do adolescente em pro-
grama de proteção a vítimas ou testemunhas ameaçadas; e
VI - representar ao Ministério Público para que proponha LEI Nº 13.869, DE 5 DE SETEMBRO DE 2019
ação cautelar de antecipação de prova, resguardados os pressu-
postos legais e as garantias previstas no art. 5º desta Lei, sempre Dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade; altera a Lei nº
que a demora possa causar prejuízo ao desenvolvimento da crian- 7.960, de 21 de dezembro de 1989, a Lei nº 9.296, de 24 de julho
ça ou do adolescente. de 1996, a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e a Lei nº 8.906, de
Art. 22. Os órgãos policiais envolvidos envidarão esforços 4 de julho de 1994; e revoga a Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de
investigativos para que o depoimento especial não seja o único 1965, e dispositivos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
meio de prova para o julgamento do réu. 1940 (Código Penal).

CAPÍTULO V O PRESIDENTE DA REPÚBLICA


DA JUSTIÇA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei:
Art. 23. Os órgãos responsáveis pela organização judiciária
poderão criar juizados ou varas especializadas em crimes contra CAPÍTULO I
a criança e o adolescente. DISPOSIÇÕES GERAIS
Parágrafo único. Até a implementação do disposto no caput
deste artigo, o julgamento e a execução das causas decorrentes Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, come-
das práticas de violência ficarão, preferencialmente, a cargo dos tidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas
juizados ou varas especializadas em violência doméstica e temas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha
afins. sido atribuído.
§ 1º As condutas descritas nesta Lei constituem crime de abuso
TÍTULO V de autoridade quando praticadas pelo agente com a finalidade es-
DOS CRIMES pecífica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a tercei-
ro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal.
Art. 24. Violar sigilo processual, permitindo que depoimento § 2º A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de
de criança ou adolescente seja assistido por pessoa estranha ao fatos e provas não configura abuso de autoridade.
processo, sem autorização judicial e sem o consentimento do de-
poente ou de seu representante legal. CAPÍTULO II
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. DOS SUJEITOS DO CRIME

TÍTULO VI Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer


DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS agente público, servidor ou não, da administração direta, indireta
ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Art. 25. O art. 208 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 Distrito Federal, dos Municípios e de Território, compreendendo,
(Estatuto da Criança e do Adolescente) , passa a vigorar acrescido mas não se limitando a:
do seguinte inciso XI: I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles equipara-
“Art. 208. ........................................................... das;
................................................................................... II - membros do Poder Legislativo;
XI - de políticas e programas integrados de atendimento à III - membros do Poder Executivo;
criança e ao adolescente vítima ou testemunha de violência. IV - membros do Poder Judiciário;
.........................................................................” (NR) V - membros do Ministério Público;
Art. 26. Cabe ao poder público, no prazo máximo de 60 (ses- VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas.
senta) dias contado da entrada em vigor desta Lei, emanar atos Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os efeitos des-
normativos necessários à sua efetividade. ta Lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
Art. 27. Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municí- remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
pios, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias contado da qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
entrada em vigor desta Lei, estabelecer normas sobre o sistema emprego ou função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput
de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou tes- deste artigo.
temunha de violência, no âmbito das respectivas competências. CAPÍTULO III
Art. 28. Revoga-se o art. 248 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de DA AÇÃO PENAL
1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) .
Art. 29. Esta Lei entra em vigor após decorrido 1 (um) ano de Art. 3º (VETADO).
sua publicação oficial. Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública in-
condicionada. (Promulgação partes vetadas)
Brasília, 4 de abril de 2017; 196º da Independência e 129º da
República.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

§ 1º Será admitida ação privada se a ação penal pública não for CAPÍTULO VI
intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, DOS CRIMES E DAS PENAS
repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os ter-
mos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, Art. 9º Decretar medida de privação da liberdade em manifesta
a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação desconformidade com as hipóteses legais: (Promulgação partes veta-
como parte principal. das)
§ 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
meses, contado da data em que se esgotar o prazo para oferecimento Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judiciária
da denúncia. que, dentro de prazo razoável, deixar de:
I - relaxar a prisão manifestamente ilegal;
CAPÍTULO IV II - substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa ou de
DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO E DAS PENAS RESTRITIVAS DE conceder liberdade provisória, quando manifestamente cabível;
DIREITOS III - deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando manifes-
Seção I tamente cabível.’
Dos Efeitos da Condenação Art. 10. Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investi-
gado manifestamente descabida ou sem prévia intimação de compare-
Art. 4º São efeitos da condenação: cimento ao juízo:
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença Art. 11. (VETADO).
o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, con- Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar prisão em fla-
siderando os prejuízos por ele sofridos; grante à autoridade judiciária no prazo legal:
II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos; Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública. I - deixa de comunicar, imediatamente, a execução de prisão tem-
Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput porária ou preventiva à autoridade judiciária que a decretou;
deste artigo são condicionados à ocorrência de reincidência em crime II - deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer pes-
de abuso de autoridade e não são automáticos, devendo ser declara- soa e o local onde se encontra à sua família ou à pessoa por ela indi-
dos motivadamente na sentença. cada;
III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e quatro) ho-
Seção II ras, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão
Das Penas Restritivas de Direitos e os nomes do condutor e das testemunhas;
IV - prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão
Art. 5º As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas temporária, de prisão preventiva, de medida de segurança ou de inter-
de liberdade previstas nesta Lei são: nação, deixando, sem motivo justo e excepcionalíssimo, de executar
I - prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas; o alvará de soltura imediatamente após recebido ou de promover a
II - suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal.
pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda dos vencimentos e Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante violência,
das vantagens; grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência, a:
III - (VETADO). I - exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos podem ser aplica- pública;
das autônoma ou cumulativamente. II - submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não
autorizado em lei;
CAPÍTULO V III - (VETADO).
DAS SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E ADMINISTRATIVA III - produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro: (Promul-
gação partes vetadas)
Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão aplicadas independente- Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem pre-
mente das sanções de natureza civil ou administrativa cabíveis. juízo da pena cominada à violência.
Parágrafo único. As notícias de crimes previstos nesta Lei que de- Art. 14. (VETADO).
screverem falta funcional serão informadas à autoridade competente Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que,
com vistas à apuração. em razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva guardar segre-
Art. 7º As responsabilidades civil e administrativa são independ- do ou resguardar sigilo:
entes da criminal, não se podendo mais questionar sobre a existência Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
ou a autoria do fato quando essas questões tenham sido decididas no Parágrafo único. (VETADO).
juízo criminal. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem prossegue com o
Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no admin- interrogatório: (Promulgação partes vetadas)
istrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato I - de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao silêncio; ou
praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por advogado ou
cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. defensor público, sem a presença de seu patrono.

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Violência Institucional (Incluído pela Lei nº 14.321, de 2022) § 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste
Art. 15-A. Submeter a vítima de infração penal ou a testemunha artigo, quem:
de crimes violentos a procedimentos desnecessários, repetitivos ou in- I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a fran-
vasivos, que a leve a reviver, sem estrita necessidade: (Incluído pela Lei quear-lhe o acesso a imóvel ou suas dependências;
nº 14.321, de 2022) II - (VETADO);
I - a situação de violência; ou (Incluído pela Lei nº 14.321, de 2022) III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as
II - outras situações potencialmente geradoras de sofrimento ou 21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco horas).
estigmatização: (Incluído pela Lei nº 14.321, de 2022) § 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro,
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído ou quando houver fundados indícios que indiquem a necessidade do
pela Lei nº 14.321, de 2022) ingresso em razão de situação de flagrante delito ou de desastre.
§ 1º Se o agente público permitir que terceiro intimide a vítima Art. 23. Inovar artificiosamente, no curso de diligência, de inves-
de crimes violentos, gerando indevida revitimização, aplica-se a pena tigação ou de processo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com
aumentada de 2/3 (dois terços). (Incluído pela Lei nº 14.321, de 2022) o fim de eximir-se de responsabilidade ou de responsabilizar crimi-
§ 2º Se o agente público intimidar a vítima de crimes violentos, nalmente alguém ou agravar-lhe a responsabilidade:
gerando indevida revitimização, aplica-se a pena em dobro. (Incluído Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
pela Lei nº 14.321, de 2022) Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem pratica a conduta
Art. 16. Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao com o intuito de:
preso por ocasião de sua captura ou quando deva fazê-lo durante sua I - eximir-se de responsabilidade civil ou administrativa por ex-
detenção ou prisão: (Promulgação partes vetadas) cesso praticado no curso de diligência;
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. II - omitir dados ou informações ou divulgar dados ou infor-
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, como responsáv- mações incompletos para desviar o curso da investigação, da diligên-
el por interrogatório em sede de procedimento investigatório de in- cia ou do processo.
fração penal, deixa de identificar-se ao preso ou atribui a si mesmo Art. 24. Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário
falsa identidade, cargo ou função. ou empregado de instituição hospitalar pública ou privada a admitir
Art. 17. (VETADO). para tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com o fim de
Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial durante o alterar local ou momento de crime, prejudicando sua apuração:
período de repouso noturno, salvo se capturado em flagrante delito Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da
ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar declarações: pena correspondente à violência.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Art. 25. Proceder à obtenção de prova, em procedimento de
Art. 19. Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de plei- investigação ou fiscalização, por meio manifestamente ilícito:
to de preso à autoridade judiciária competente para a apreciação da Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
legalidade de sua prisão ou das circunstâncias de sua custódia: Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem faz uso de pro-
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. va, em desfavor do investigado ou fiscalizado, com prévio conheci-
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o magistrado que, mento de sua ilicitude.
ciente do impedimento ou da demora, deixa de tomar as providên- Art. 26. (VETADO).
cias tendentes a saná-lo ou, não sendo competente para decidir so- Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento in-
bre a prisão, deixa de enviar o pedido à autoridade judiciária que o vestigatório de infração penal ou administrativa, em desfavor de
seja. alguém, à falta de qualquer indício da prática de crime, de ilícito
Art. 20. (VETADO). funcional ou de infração administrativa: (Vide ADIN 6234) (Vide
Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reser- ADIN 6240)
vada do preso com seu advogado: (Promulgação partes vetadas) Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de sindicância
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede o preso, ou investigação preliminar sumária, devidamente justificada.
o réu solto ou o investigado de entrevistar-se pessoal e reservada- Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação
mente com seu advogado ou defensor, por prazo razoável, antes de com a prova que se pretenda produzir, expondo a intimidade ou
audiência judicial, e de sentar-se ao seu lado e com ele comunicar-se a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investigado ou
durante a audiência, salvo no curso de interrogatório ou no caso de acusado:
audiência realizada por videoconferência. Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 21. Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou es- Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento judicial,
paço de confinamento: policial, fiscal ou administrativo com o fim de prejudicar interesse
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. de investigado: (Vide ADIN 6234) (Vide ADIN 6240)
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem mantém, na mes- Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
ma cela, criança ou adolescente na companhia de maior de idade ou Parágrafo único. (VETADO).
em ambiente inadequado, observado o disposto na Lei nº 8.069, de Art. 30. (VETADO).
13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). Art. 30. Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou ad-
Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou ministrativa sem justa causa fundamentada ou contra quem sabe
à revelia da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas dependên- inocente: (Promulgação partes vetadas)
cias, ou nele permanecer nas mesmas condições, sem determinação Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
judicial ou fora das condições estabelecidas em lei:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
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Art. 31. Estender injustificadamente a investigação, procras- § 4º-A O mandado de prisão conterá necessariamente o
tinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado: (Vide ADIN período de duração da prisão temporária estabelecido no caput
6234) (Vide ADIN 6240) deste artigo, bem como o dia em que o preso deverá ser liber-
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. tado.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo .............................................................................................
prazo para execução ou conclusão de procedimento, o estende de ............................
forma imotivada, procrastinando-o em prejuízo do investigado ou § 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a au-
do fiscalizado. toridade responsável pela custódia deverá, independentemente
Art. 32. (VETADO). de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o
Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou advogado aces- preso em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da pror-
so aos autos de investigação preliminar, ao termo circunstanciado, rogação da prisão temporária ou da decretação da prisão pre-
ao inquérito ou a qualquer outro procedimento investigatório de ventiva.
infração penal, civil ou administrativa, assim como impedir a ob- § 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão
tenção de cópias, ressalvado o acesso a peças relativas a diligências no cômputo do prazo de prisão temporária.” (NR)
em curso, ou que indiquem a realização de diligências futuras, cujo Art. 41. O art. 10 da Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996,
sigilo seja imprescindível: (Promulgação partes vetadas) passa a vigorar com a seguinte redação:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. “Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comuni-
Art. 33. Exigir informação ou cumprimento de obrigação, inclu- cações telefônicas, de informática ou telemática, promover es-
sive o dever de fazer ou de não fazer, sem expresso amparo legal: cuta ambiental ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. judicial ou com objetivos não autorizados em lei:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se utiliza de car- Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
go ou função pública ou invoca a condição de agente público para Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade ju-
se eximir de obrigação legal ou para obter vantagem ou privilégio dicial que determina a execução de conduta prevista no caput
indevido. deste artigo com objetivo não autorizado em lei.” (NR)
Art. 34. (VETADO). Art. 42. A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da
Art. 35. (VETADO). Criança e do Adolescente), passa a vigorar acrescida do seguinte
Art. 36. Decretar, em processo judicial, a indisponibilidade de art. 227-A:
ativos financeiros em quantia que extrapole exacerbadamente o “Art. 227-A Os efeitos da condenação prevista no inciso I do
valor estimado para a satisfação da dívida da parte e, ante a demon- caput do art. 92 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
stração, pela parte, da excessividade da medida, deixar de corrigi-la: 1940 (Código Penal), para os crimes previstos nesta Lei, pratica-
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. dos por servidores públicos com abuso de autoridade, são condi-
Art. 37. Demorar demasiada e injustificadamente no exame de cionados à ocorrência de reincidência.
processo de que tenha requerido vista em órgão colegiado, com o Parágrafo único. A perda do cargo, do mandato ou da função,
intuito de procrastinar seu andamento ou retardar o julgamento: nesse caso, independerá da pena aplicada na reincidência.”
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Art. 43. (VETADO).
Art. 38. (VETADO). Art. 43. A Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, passa a vigorar
Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por acrescida do seguinte art. 7º-B: (Promulgação partes vetadas)
meio de comunicação, inclusive rede social, atribuição de cul- ‘Art. 7º-B Constitui crime violar direito ou prerrogativa de
pa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação: advogado previstos nos incisos II, III, IV e V do caput do art. 7º
(Promulgação partes vetadas) desta Lei:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.’”
Art. 44. Revogam-se a Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de
CAPÍTULO VII 1965, e o § 2º do art. 150 e o art. 350, ambos do Decreto-Lei nº
DO PROCEDIMENTO 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
Art. 45. Esta Lei entra em vigor após decorridos 120 (cento e
Art. 39. Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos vinte) dias de sua publicação oficial.
previstos nesta Lei, no que couber, as disposições do Decreto-Lei
nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), e
da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. LEI ORGÂNICA DA POLÍCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
(LEI COMPLEMENTAR Nº 207/1979
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
LEI COMPLEMENTAR Nº 207, DE 05 DE JANEIRO DE 1979
Art. 40. O art. 2º da Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de
1989, passa a vigorar com a seguinte redação: Lei Orgânica da Polícia do Estado de São Paulo
“Art.2º .................................................................................
...................... O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:
............................................................................................. Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promul-
........................... go a seguinte lei complementar:

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TÍTULO I TÍTULO II
DA POLÍCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO DA POLÍCIA CIVIL

Artigo 1.º - A Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança CAPÍTULO I


Pública responsável pela manutenção, em todo o Estado, da or- DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
dem e da segurança pública internas, executará o serviço policial
por intermédio dos órgãos policiais que a integram. Artigo 9.º - Esta lei complementar estabelece as normas, os
Parágrafo único - Abrange o serviço policial a prevenção e direitos, os deveres e as vantagens dos titulares de cargos policiais
investigação criminais, o policiamento ostensivo, o trânsito e a civis do Estado.
proteção em casos de calamidade pública, incêndio e salvamento. Artigo 10. - Consideram-se para os fins desta lei complemen-
Artigo 2.º - São órgãos policiais, subordinados hierárquica, ad- tar:
ministrativa e funcionalmente ao Secretário da Segurança Pública: I - classe: conjunto de cargos públicos de natureza policial da
I - Polícia Civil; mesma denominação e amplitude de vencimentos;
II - Polícia Militar. II - série de classes: conjunto de classes da mesma natureza de
§ 1.º - Integrarão também a Secretaria da Segurança Públi- trabalho policial, hierarquicamente escalonadas de acordo com o
ca os órgãos de assessoramento do Secretário da Segurança, que grau de complexidade das atribuições e nível de responsabilidade;
constituem a administração superior da Pasta. III - carreira policial: conjunto de cargos de natureza policial
§ 2.º - A organização, estrutura, atribuições e competência civil, de provimento efetivo.
pormenorizada dos órgãos de que trata este artigo serão estabe- Artigo 11 - São classes policiais civis aquelas constantes do
lecidos por decreto, nos termos desta lei e da legislação federal anexo que faz parte integrante desta lei complementar.
pertinente. Artigo 12 - As classes e as séries de classes policiais civis in-
Artigo 3.º - São atribuições básicas: tegram o Quadro da Secretaria da Segurança Pública na seguinte
I - Da Polícia Civil - o exercício da Polícia Judiciária, administra- conformidade:
tiva e preventiva especializada; I - na Tabela I (SQC-I):
II - Da Polícia Militar - o planejamento, a coordenação e a exe- a) Delegado Geral de Polícia;
cução do policiamento ostensivo, fardado e a prevenção e extin- b) Diretor Geral de Polícia (Departamento Policial);
ção de incêndios. c) Assistente Técnico de Polícia;
Artigo 4.º - Para efeito de entrosamento dos órgãos policiais d) Delegado Regional de Polícia;
contará a administração superior com mecanismos de planeja- e) Diretor de Divisão Policial;
mento, coordenação e controle, pelos quais se assegurem, tanto f) Vetado;
a eficiência, quanto a complementaridade das ações, quando ne- g) Vetado;
cessárias a consecução dos objetivos policiais. h) Assistente de Planejamento e Controle Policial;
Artigo 5.º - Os direitos, deveres, vantagens e regime de tra- i) Vetado;
balho dos policiais civis e militares, bem como as condições de j) Delegado de Polícia Substituto;
ingresso as classes, séries de classes, carreiras ou quadros são es- l) Escrivão de Polícia Chefe II;
tabelecidos em estatutos. m) Investigador de Polícia Chefe II;
Artigo 6.º - É vedada, salvo com autorização expressa do Go- n) Escrivão de Polícia Chefe I;
vernador em cada caso, a utilização de integrantes dos órgãos o) Investigador de Polícia Chefe I;
policiais em funções estranhas ao serviço policial, sob pena de II - na Tabela II (SQC-II):
responsabilidade da autoridade que o permitir. a) Chefe de Seção (Telecomunicação Policial);
Parágrafo único - É considerado serviço policial, para todos os b) Encarregado de Setor (Telecomunicação Policial);
efeitos inclusive arregimentação, o exercido em cargo, ou funções c) Chefe de Seção (Pesquisador Dactiloscópico Policial);
de natureza policial, inclusive os de ensino a esta legados. d) Encarregado de Setor (Pesquisador Dactiloscópico Policial)
Artigo 7.º - As funções administrativas e outras de natureza e) Encarregado de Setor (Carceragem);
não policial serão exercidas por funcionário ou por servidor, admi- f) Chefe de Seção (Dactiloscopista Policial);
tido nos termos da legislação vigente não pertencente às classes, g) Encarregado de Setor (Dactiloscopista Policial);
séries de classes, carreiras e quadros policiais. h) Perito Criminal Chefe; (NR)
Parágrafo único - Vetado. - Alínea “h” acrescentada pela Lei Complementar nº 247, de
Artigo 8.º - As guardas municipais, guardas noturnas e os ser- 06/04/1981.
viços de segurança e vigilância, autorizados por lei, ficam sujeitos i) Perito Criminal Encarregado. (NR)
à orientação, condução e fiscalização da Secretaria da Segurança - Alínea “i” acrescentada pela Lei Complementar nº 247, de
Pública, na forma de regulamentada específica. 06/04/1981.
III - na Tabela III (SQC-III)
a) os das séries de classe de:
1. Delegado de Polícia;
2. Escrivão de Polícia;
3. Investigador de Polícia;
b) os das seguintes classes:
1. Perito Criminal;
2. Técnico em Telecomunicações Policial;
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3. Operador de Telecomunicações Policial; XI - para os de Delegado de Polícia de 5.ª Classe; ser portador
4. Fotógrafo (Técnica Policial); de Diploma de Bacharel em Direito;
5. Inspetor de Diversões Públicas; XII - Revogado.
6. Auxiliar de Necrópsia; - Inciso XII revogado pela Lei Complementar nº 238, de
7. Pesquisador Dactiloscópico Policial; 27/06/1980.
8. Carcereiro; XIII - para os de Escrivão de Polícia e Investigador dc Policia:
9. Dactiloscopista Policial; ser portador de certificado de conclusão de curso de segundo
10. Agente Policial; (NR) grau.
- Item 10 com redação dada pela Lei Complementar nº 456, XIV - para os de Agente Policial: ser portador de certificado
de 12/05/1986. de conclusão de curso de segundo grau. (NR)
11. Atendente de Necrotério Policial. - Inciso XIV com redação dada pela Lei Complementar nº 858,
§ 1.º - Vetado. de 02/09/1999.
§ 2.º - O provimento dos cargos de que trata o inciso II deste Parágrafo único - Revogado.
artigo far-se-á por transposição, na forma prevista no artigo 27 da - Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 503, de
Lei Complementar n.º 180, de 12 de maio de 1978. 06/01/1987.
§ 3.º - Vetado.
SEÇÃO II
CAPÍTULO II DOS CONCURSOS PÚBLICOS
VETADO
Artigo 16 - O provimento mediante nomeação para cargos po-
Artigo 13 - Vetado. liciais civis, de caráter efetivo, será precedido de concurso público,
Artigo 14 - Vetado: realizado em 3 (três) fases eliminatórias e sucessivas: (NR)
I - vetado; - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 268,
II - vetado; de 25/11/1981.
III - vetado; I - a de prova escrita ou, quando se tratar de provimento de
IV - vetado; cargos em relação aos quais a lei exija formação de nível universi-
V - vetado. tário, de prova escrita e títulos; (NR)
§ 1.º - vetado. - Inciso I com redação dada pela Lei Complementar nº 268,
§ 2.º - vetado. de 25/11/1981.
§ 3.º - Vetado. II - a de prova oral; (NR)
- Inciso II com redação dada pela Lei Complementar nº 268,
CAPÍTULO III de 25/11/1981.
DO PROVIMENTO DE CARGOS III - a de freqüência e aproveitamento em curso de formação
técnico-profissional na Academia de Polícia. (NR)
SEÇÃO I - Inciso III com redação dada pela Lei Complementar nº 268,
DAS EXIGÊNCIAS PARA PROVIMENTO de 25/11/1981.
Parágrafo único - Vetado.
Artigo 15 - No provimento dos cargos policiais civis, serão exi- Artigo 17 - Os concursos públicos terão validade máxima de 2
gidos os seguintes requisitos: (dois) anos e reger-se-ão por instruções especiais que estabelece-
I - Para o de Delegado Geral de Polícia, ser ocupante do cargo rão, em função da natureza do cargo:
de Delegado de Polícia de Classe Especial (vetado); I - tipo e conteúdo das provas e as categorias dos títulos;
II - Para os de Diretor Geral de Polícia, Assistente Técnico de II - a forma de julgamento das provas e dos títulos;
Polícia e Delegado Regional de Polícia, ser ocupante do cargo de III - cursos de formação a que ficam sujeitos os candidatos
Delegado de Polícia de Classe Especial; classificados;
III - vetado; IV - os critérios de habilitação e classificação final para fins de
IV - vetado; nomeação;
V - para os de Diretor de Divisão Policial: ser ocupante, no V - as condições para provimento do cargo, referentes a:
mínimo. do cargo de Delegado de Polícia de 1.ª Classe; a) capacidade, física e mental;
VI - para os de Assistente de Planejamento e Controle Policial: b) conduta na vida pública e privada e a forma de sua apura-
ser ocupante, no mínimo, de cargo de Delegado de Polícia de 2.ª ção;
Classe; c) diplomas e certificados.
VII - para os de Escrivão de Polícia Chefe II: ser ocupante do Artigo 18 - São requisitos para a inscrição nos concursos:
cargo de Escrivão de Polícia III; I - ser brasileiro;
VIII - para os de Investigador de Polícia Chefe II: ser ocupante II - ter no mínimo 18 (dezoito) anos, e no máximo 45 (quaren-
do cargo de Investigador de Polícia III; ta e cinco) anos incompletos, à data do encerramento das inscri-
IX - para os de Escrivão de Polícia Chefe I: ser ocupante do ções;
cargo de Escrivão de Polícia III ou II; III - não registrar antecedentes criminais;
X - para os de Investigador de Polícia Chefe I: ser ocupante do IV - estar em gozo dos direitos políticos;
cargo de Investigador de Polícia III ou II; V - estar quite com o serviço militar;
VI - Revogado.
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- Inciso VI revogado pela Lei Complementar nº 538, de Artigo 27 - A posse verificar-se-á mediante assinatura de ter-
26/05/1988. mo em livro próprio, assinado pelo empossado e pela autoridade
Parágrafo único - Para efeito de inscrição, ficam dispensados competente, após o policial civil prestar solenemente o respectivo
do limite de idade, a que se refere o inciso II, os ocupantes de compromisso, cujo teor será definido pelo Secretário da Seguran-
cargos policiais civis. (NR) ça Pública.
- Parágrafo único com redação dada pela Lei Complementar Artigo 28 - A posse deverá verificar-se no prazo de 15 (quin-
nº 350, de 25/06/1984. ze) dias, contados da publicação do ato de provimento, no órgão
Artigo 19 - Observada a ordem de classificação pela média oficial.
aritmética das notas obtidas nas provas escrita e oral (incisos I e II § 1.º - O prazo fixado neste artigo poderá ser prorrogado por
do artigo 16), os candidatos, em número equivalente ao de cargos mais 15 (quinze) dias, a requerimento do interessado.
vagos, serão matriculados no curso de formação técnico-profissio- § 2.º - Se a posse não se der dentro do prazo será tornado sem
nal específico. (NR) efeito o ato de provimento.
- Artigo 19 com redação dada pela Lei Complementar nº 268, Artigo 29 - A contagem do prazo a que se refere o artigo ante-
de 25/11/1981. rior poderá ser suspensa até o máximo de 120 (cento e vinte) dias,
Artigo 20 - Os candidatos a que se refere o artigo anterior a critério do órgão médico encarregado da inspeção respectiva,
serão admitidos, pelo Secretário da Segurança Pública, em caráter sempre que este estabelecer exigência para a expedição de certi-
experimental e transitório para a formação técnico-profissional. ficado de sanidade.
§ 1.º - A admissão de que trata este artigo far-se-á com retri- Parágrafo único - O prazo a que se refere este artigo recome-
buição equivalente a do vencimento e demais vantagens do cargo çara a fluir sempre que o candidato, sem motivo justificado, deixar
vago a que se candidatar o concursando. de cumprir as exigências do órgão médico.
§ 2.º - Sendo funcionário ou servidor, o candidato matricula-
do ficara afastado do seu cargo ou função-atividade, até o término SEÇÃO IV
do concurso junto à Academia de Polícia de São Paulo, sem prejuí- DO EXERCÍCIO
zo do vencimento ou salário e demais vantagens, contando-se-lhe
o tempo de serviço para todos os efeitos legais. Artigo 30 - O exercício terá início dentro de 15 (quinze) dias,
§ 3.º - É facultado ao funcionário ou servidor, afastado nos contados
termos do parágrafo anterior, optar pela retribuição prevista no I - da data da posse,
§ 1.º. II - da data da publicação do ato no caso de remoção.
Artigo 21 - O candidato terá sua matricula cancelada e será Parágrafo 1.º - Quando o acesso, remoção ou transposição
dispensado do curso de formação, nas hipóteses em que: não importar mudança de município, deverá o policial civil entrar
I - não atinja o minimo de frequência estabelecida para o cur- em exercício no prazo de 5 (cinco) dias.
so; Parágrafo 2.º - No interesse do serviço policial o Delegado Ge-
II - não revele aproveitamento no curso; ral de Polícia poderá determinar que os policiais civis assumam
III - não tenha conduta irrepreensível na vida pública ou pri- imediatamente o exercício do cargo.
vada. Artigo 31 - Nenhum policial civil poderá ter exercício em ser-
Parágrafo único - Os critérios para a apuração das condições viço ou unidade diversa daquela para o qual foi designado, salvo
constantes dos incisos II e III serão fixados em regulamento. autorização do Delegado Geral de Polícia.
Artigo 22 - Homologado o concurso pelo Secretário da Segu- Artigo 32 - O Delegado de Polícia só poderá chefiar unidade
rança Pública, serão nomeados os candidatos aprovados, expedin- ou serviço de categoria correspondente à sua classe, ou, em caso
do-se lhes certificados dos quais constará a média final. excepcional, à classe imediatamente superior.
Artigo 23 - A nomeação obedecerá a ordem de classificação Artigo 33 - Quando em exercício em unidade ou serviço de
no concurso. categoria superior, nos termos deste artigo, terá o Delegado de
Polícia direito à percepção da diferença entre os vencimentos do
SEÇÃO III seu cargo e os do cargo de classe imediatamente superior.
DA POSSE Parágrafo único - Na hipótese deste artigo aplicam-se as dis-
posições do artigo 195 da Lei Complementar n. 180, de 12 de
Artigo 24 - Posse é o ato que investe o cidadão em cargo pú- maio de 1978.
blico polícia civil.
Artigo 25 - São competentes para dar posse: SEÇÃO V
I - O Secretário da Segurança Pública, ao Delegado Geral de DA REVERSÃO “EX OFFÍCIO”
Polícia;
II - O Delegado Geral de Polícia, aos Delegados de Polícia; Artigo 34 - Reversão “ex offício” é o ato pelo qual o aposenta-
III - O Diretor do Departamento de Administração da Polícia do reingressa no serviço policial quando insubsistentes as razões
Civil, nos demais casos. que determinaram a aposentadoria por invalidez.
Artigo 26 - A autoridade que der posse deverá verificar, sob Parágrafo 1.º - A reversão só poderá efetivar-se quando, em
pena de responsabilidade, se foram satisfeitas as condições esta- inspeção médica, ficar comprovada à capacidade para o exercício
belecidas em lei ou regulamento para a investidura no cargo po- do cargo.
licial civil.

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Parágrafo 2.º - Será tornada sem efeito a reversão “ex offício” SEÇÃO II
e cassada a aposentadoria do policial civil que reverter e não to- DAS VANTAGENS DE ORDEM PECUNIÁRIA
mar posse ou não entrar em exercício injustificadamente, dentro
do prazo legal. SUBSEÇÃO I
Artigo 35 - A reversão far-se-á no mesmo cargo. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO IV Artigo 43 - Além do valor do padrão do cargo e sem prejuízo


DA REMOÇÃO das vantagens previstas na Lei n.º 10.261, de 28 de outubro de
1978, e demais legislação pertinente, o policial civil fará jus as se-
Artigo 36 - O Delegado de Polícia só poderá ser removido, de guintes vantagens pecuniárias.
um para o outro município (vetado): I - gratificação por regime especial de trabalho policial;
I - a pedido; II - ajuda de custo, em caso de remoção.
II - por permuta;
III - com seu assentimento, após consulta. SUBSEÇÃO II
IV - no interesse do serviço policial, com a aprovação de dois DA GRATIFICAÇÃO PELO REGIME ESPECIAL DE TRABALHO
terça do Conselho da Polícia Civil (vetado). POLICIAL
Artigo 37 - A remoção dos integrantes das demais séries de
classe e cargos policiais civis, de uma para outra unidade policial, Artigo 44 - O exercício dos cargos policiais civis dar-se-á, ne-
será processada: cessariamente, em Regime Especial de Trabalho Policial - RETP, o
I - a pedido; qual é caracterizado: (NR)
II - por permuta; - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 1.249,
III - no interesse do serviço policial. de 03/07/2014.
Artigo 38 - A remoção só poderá ser feita, respeitada a lota- I - pela prestação de serviços em condições precárias de se-
ção cada unidade policial. gurança, cumprimento de horário irregular, sujeito a plantões no-
Artigo 39 - O policial civil não poderá, ser removido no inte- turnos e a chamadas a qualquer hora; (NR)
resse serviço, para município diverso do de sua sede de exercício, - Inciso I com redação dada pela Lei Complementar nº 1.249,
no período de 6 (seis meses antes e até 3 (três) meses após a data de 03/07/2014.
das eleições. II - pela proibição do exercício de atividade remunerada, ex-
Parágrafo único - Esta proibição vigorará no caso de eleições ceto aquelas: (NR)
federal estaduais ou municipais, isolada ou simultaneamente rea- - Inciso II com redação dada pela Lei Complementar nº 1.249,
lizadas. de 03/07/2014.
Artigo 40 - É preferencial, na união de cônjuges, a sede de a) relativas ao ensino e à difusão cultural; (NR)
exercício do policial civil, quando este for cabeça do casal. - Alínea “a” acrescentada pela Lei Complementar nº 1.249,
de 03/07/2014.
CAPÍTULO V b) decorrentes de convênio firmado entre Estado e municí-
DO VENCIMENTO E OUTRAS VANTAGENS DE ORDEM PECUNI- pios ou com associações e entidades privadas para gestão associa-
ÁRIA da de serviços públicos, cuja execução possa ser atribuída à Polícia
Civil; (NR)
SEÇÃO I - Alínea “b” acrescentada pela Lei Complementar nº 1.249,
DO VENCIMENTO de 03/07/2014.
III - pelo risco de o policial tornar-se vítima de crime no exer-
Artigo 41 - Aos cargos policiais civis aplicam-se os valores dos cício ou em razão de suas atribuições. (NR)
grau das referências numéricas fixados na Tabela I da escala de - Inciso III com redação dada pela Lei Complementar nº 1.249,
vencimentos do funcionalismo público civil do Estado. de 03/07/2014.
- Vide Lei Complementar nº 219, de 10/07/1979. § 1º - O exercício, pelo policial civil, de atividades decorrentes
Artigo 42 - O enquadramento das classes na escala de venci- do convênio a que se refere a alínea “b” do inciso II deste artigo
mentos bem como a amplitude de vencimentos, e a velocidade dependerá: (NR)
evolutiva correspondente, cada classe policial, são estabelecidos - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.249, de
na conformidade do Anexo que faz parte Integrante desta lei com- 03/07/2014, revogado o parágrafo único.
plementar. 1 - de inscrição voluntária do interessado, revestindo-se de
- Vide Lei Complementar nº 219, de 10/07/1979. obrigatoriedade depois de publicadas as respectivas escalas; (NR)
- Vide Lei Complementar nº 247, de 06/04/1981. - Item 1 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.249, de
03/07/2014.
2 - de estrita observância, nas escalas, do direito ao descanso
mínimo previsto na legislação em vigor. (NR)
- Item 2 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.249, de
03/07/2014.
§ 2º - À sujeição ao regime de que trata este artigo correspon-
de gratificação que se incorpora aos vencimentos para todos os
efeitos legais. (NR);
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- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.249, de - § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 765, de
03/07/2014. 12/12/1994.
Artigo 45 - Pela sujeição ao regime de que trata o artigo an- § 3º - O policial inválido nos termos deste artigo será apo-
terior, os titulares de cargos policiais civis fazem jus a gratificação sentado com proventos decorrentes da promoção, observado o
calculada sobre o respectivo padrão de vencimento, na seguinte disposto no parágrafo anterior. (NR)
conformidade: (NR) - § 3º com redação dada pela Lei Complementar nº 765, de
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 491, 12/12/1994.
de 23/12/1986. § 4º - Aos beneficiários do policial civil falecido nos termos
I - de 140% (cento e quarenta por cento), os titulares de car- deste artigo será deferida pensão mensal correspondente aos
gos da série de classes de Delegado de Polícia, bem como titular vencimentos integrais, observado o disposto nos parágrafos an-
do cargo de Delegado Geral de Polícia; (NR) teriores. (NR)
- Inciso I com redação dada pela Lei Complementar nº 491, - § 4º acrescentado pela Lei Complementar nº 765, de
de 23/12/1986. 12/12/1994.
II - de 200% (duzentos por cento), os titulares de cargos das Artigo 51 - Ao cônjuge, companheiro ou companheira ou, na
demais classes policiais civis. (NR) falta destes, à pessoa que provar ter feito despesas em virtude
- Inciso II com redação dada pela Lei Complementar nº 491, do falecimento do policial civil, ativo ou inativo, será concedido
de 23/12/1986. auxílio-funeral, a título de benefício assistencial, de valor corres-
pondente a 1 (um) mês da respectiva remuneração. (NR)
SUBSEÇÃO III - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº
DA AJUDA DE CUSTO EM CASO DE REMOÇÃO 1.123, de 01/07/2010.
§ 1º - O pagamento será efetuado pelo órgão competente,
Artigo 46 - Ao policial civil removido no interesse do serviço mediante apresentação de atestado de óbito pelas pessoas indi-
policial de um para outro município, será concedida ajuda de cus- cadas no “caput” deste artigo, ou procurador legalmente habilita-
to correspondente a um mês de vencimento. do, feita a prova de identidade. (NR)
§ 1.º - A ajuda de custo será paga à vista da publicação do ato - § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de
de remoção no Diário Oficial. 01/07/2010.
§ 2.º - A ajuda de custo de que trata este decreto não será § 2º - No caso de ficar comprovado, por meio de competente
devida. quando a remoção se processar a pedido ou por permuta. apuração que o óbito do policial civil decorreu de lesões recebi-
das no exercício de suas funções ou doenças delas decorrentes, o
SEÇÃO III benefício será acrescido do valor correspondente a mais 1 (um)
DAS OUTRAS CONCESSÕES mês da respectiva remuneração, cujo pagamento será efetivado
mediante apresentação de alvará judicial. (NR)
Artigo 47 - Ao policial civil licenciado para tratamento de saú- - § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de
de, em razão de moléstia profissional ou lesão recebida em servi- 01/07/2010.
ço, será concedido transporte por conta do Estado para instituição § 3º - O pagamento do benefício previsto neste artigo, caso as
onde deva ser atendido. despesas tenham sido custeadas por terceiros, em virtude da con-
Artigo 48 - A família do policial civil que falecer fora da sede tratação de planos funerários, somente será efetivado mediante
de exercício e dentro do território nacional no desempenho de apresentação de alvará judicial. (NR)
serviço, será concedido transporte para, no máximo, 3 (três) pes- - § 3º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de
soas do local de domicílio ao do óbito (ida e volta). 01/07/2010.
Artigo 49 - O Secretário da Segurança Pública, por proposta § 4º - Revogado.
do Delegado Geral de Polícia, ouvido o Conselho da Polícia Civil, - § 4º revogado pela Lei Complementar nº 1.123, de
poderá conceder honrarias ou prêmios aos policiais autores de 01/07/2010.
trabalhos de relevante interesse policial ou por atos de bravura, § 5º - Revogado.
na forma em que for regulamentado. - § 5º revogado pela Lei Complementar nº 1.123, de
Artigo 50 - O policial civil que ficar inválido ou que vier a fale- 01/07/2010.
cer em conseqüência de lesões recebidas ou de doenças contraí- § 6º - Revogado.
das em razão do serviço será promovido à classe imediatamente - § 6º revogado pela Lei Complementar nº 1.123, de
superior. (NR) 01/07/2010.
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 765, § 7º - Revogado.
de 12/12/1994. - § 7º revogado pela Lei Complementar nº 1.123, de
§ 1º - Se o policial civil estiver enquadrado na última classe 01/07/2010.
da carreira, ser-lhe-á atribuída a diferença entre o valor do padrão Artigo 52 - O policial civil que sofrer lesões no exercício de
de vencimento do seu cargo e o da classe imediatamente inferior. suas funções deverá ser encaminhado a qualquer hospital, públi-
(NR) co ou particular às expensas do Estado.
- § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 765, de Artigo 53 - Ao policial civil processado por ato praticado no
12/12/1994. desempenho de função policial, será prestada assistência judiciá-
§ 2º - A concessão do benefício será precedida da competen- ria na forma que dispuser o regulamento.
te apuração, retroagindo seus efeitos à data da invalidez ou da Artigo 54 - Vetado.
morte. (NR) Parágrafo único - Vetado.
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CAPÍTULO VI - Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 922,


DO DIREITO DE PETIÇÃO de 02/07/2002.

Artigo 55 - É assegurado a qualquer pessoa, física ou jurídica, CAPÍTULO VII


independentemente de pagamento, o direito de petição contra DO ELOGIO
ilegalidade ou abuso de poder e para defesa de direitos. (NR)
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, Artigo 58 - Entende-se por elogio, para os fins desta lei, a
de 02/07/2002. menção nominal ou coletiva que deva constar dos assentamentos
I - Revogado. funcionais do policial civil por atos meritórios que haja praticado.
- Inciso I revogado pela Lei Complementar nº 922, de Artigo 59 - O elogio destina-se a ressaltar:
02/07/2002. I - morte, invalidez ou lesão corporal de natureza grave, no
a) Revogada. cumprimento do dever;
- Alínea “a” revogada pela Lei Complementar nº 922, de II - ato que traduza dedicação excepcional no cumprimento
02/07/2002. do dever, transcendendo ao que e normalmente exigível do po-
b) Revogada. licial civil por disposição legal ou regulamentar e que importe ou
- Alínea “b” revogada pela Lei Complementar nº 922, de possa importar risco da própria segurança pessoal;
02/07/2002. III - execução de serviços que, pela sua relevância e pelo que
II - Revogado. representam para a instituição ou para a coletividade, mereçam
- Inciso II revogado pela Lei Complementar nº 922, de ser enaltecidos como reconhecimento pela atividade desempe-
02/07/2002. nhada.
III - Revogado. Artigo 60 - Não constitui motivo para elogio o cumprimento
- Inciso III revogado pela Lei Complementar nº 922, de dos deveres impostos ao policial civil.
02/07/2002. Artigo 61 - São competentes para determinar a inscrição de
IV - Revogado. elogios nos assentamentos do policial o Secretário da Segurança
- Inciso IV revogado pela Lei Complementar nº 922, de e o Delegado Geral de Polícia, ouvido, no caso deste, o Conselho
02/07/2002. da Polícia Civil.
V - Revogado. Parágrafo único - Os elogios nos casos dos incisos II e III do
- Inciso V revogado pela Lei Complementar nº 922, de artigo 59 serão obrigatoriamente considerados para efeito de ava-
02/07/2002. liação de desempenho.
VI - Revogado.
- Inciso VI revogado pela Lei Complementar nº 922, de CAPÍTULO VIII
02/07/2002. DOS DEVERES, DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES E DAS
VII - Revogado. RESPONSABILIDADES
- Inciso VII revogado pela Lei Complementar nº 922, de
02/07/2002. SEÇÃO I
Parágrafo único - Em nenhuma hipótese, a Administração po- DOS DEVERES
derá recusar-se a protocolar, encaminhar ou apreciar a petição,
sob pena de responsabilidade do agente. (NR) Artigo 62 - São deveres do policial civil:
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº I - ser assíduo e pontual;
922, de 02/07/2002, revogados os §§ 1º a 3º. II - ser leal as instituições;
Artigo 56 - Qualquer pessoa poderá reclamar sobre abuso, III - cumprir as normas legais e regulamentares;
erro, omissão ou conduta incompatível no serviço policial. (NR) IV - zelar pela economia e conservação dos bens do Estado,
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, especialmente daqueles cuja guarda ou utilização lhe for confiada;
de 02/07/2002. V - desempenhar com zelo e presteza as missões que lhe fo-
I - Revogado. rem contidas, usando moderadamente de força ou outro meio
- Inciso I revogado pela Lei Complementar nº 922, de adequado de que dispõe, para esse fim;
02/07/2002. VI - informar incontinente toda e qualquer alteração de ende-
II - Revogado. reço da residência e número de telefone, se houver;
- Inciso II revogado pela Lei Complementar nº 922, de VII - prestar informações corretas ou encaminhar o solicitante
02/07/2002. a quem possa prestá-las;
§ 1º - Revogado. VIII - comunicar o endereço onde possa ser encontrado,
- § 1º revogado pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002. quando dos afastamentos regulamentares;
§ 2º - Revogado. IX - proceder na vida pública e particular de modo a dignificar
- § 2º revogado pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002. a função policial;
Artigo 57 - Ao policial civil é assegurado o direito de requerer X - residir na sede do município onde exerça o cargo ou fun-
ou representar, bem como, nos termos desta lei complementar, ção, ou onde autorizado;
pedir reconsideração e recorrer de decisões. (NR) XI - frequentar, com assiduidade, para fins de aperfeiçoamen-
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, to e atualização de conhecimentos profissionais, cursos instituí-
de 02/07/2002. dos periodicamente pela Academia de Polícia;
Parágrafo único - Revogado. XII - portar a carteira funcional;
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

XIII - promover as comemorações do «Dia da Policia» a 21 de XX - deixar de ostentar distintivo quando exigido para o ser-
abril, ou delas participar, exaltando o vulto de Joaquim José da viço;
Silva Xavier, o Tiradentes, Patrono da Polícia; XXI - deixar de identificar-se, quando solicitado ou quando as
XIV - ser leal para com os companheiros de trabalho e com circunstâncias o exigirem;
eles cooperar e manter espirito de solidariedade; XXII - divulgar ou propiciar a divulgação, sem autorização da
XV - estar em dia com as normas de interesse policial; autoridade competente, através da imprensa escrita, falada ou te-
XVI - divulgar para conhecimento dos subordinados as nor- levisada, de fato ocorrido na repartição.
mas referidas no inciso anterior; XXIII - promover manifestações contra atos da administração
XVII - manter discrição sobre os assuntos da repartição e, es- ou movimentos de apreço ou desapreço a qualquer autoridade;
pecialmente, sobre despachos, decisões e providências. XXIV - referir-se de modo depreciativo às autoridades e a atos
da administração pública, qualquer que seja o meio empregado
SEÇÃO II para esse fim;
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES XXV - retirar, sem prévia autorização da autoridade compe-
tente, qualquer objeto ou documentos da repartição;
Artigo 63 - São transgressões disciplinares: XXVI - tecer comentários que possam gerar descrédito da ins-
I - manter relações de amizade ou exibir-se em público com tituição policial;
pessoas de notórios e desabonadores antecedentes criminais, sal- XXVII - valer-se do cargo com o fim, ostensivo ou velado, de
vo por motivo de serviço; obter proveito de qualquer natureza para si ou para terceiros;
II - constituir-se procurador de partes ou servir de intermediá- XXVIII - deixar de reassumir exercício sem motivo justo, ao
rio, perante qualquer repartição pública, salvo quando se tratar final dos afastamentos regulares ou, ainda depois de saber que
de interesse de cônjuge ou parente até segundo grau; qualquer deste foi interrompido por ordem superior;
III - descumprir ordem superior salvo quando manifestamen- XXIX - atribuir-se qualidade funcional diversa do cargo ou fun-
te ilegal, representando neste caso; IV - não tomar as providências ção que exerce;
necessárias ou deixar de comunicar, imediatamente, à autoridade XXX - fazer uso indevido de documento funcional, arma, alge-
competente, faltas ou irregularidades de que tenha conhecimen- ma ou bens da repartição ou cedê-los a terceiro;
to; XXXI - maltratar ou permitir maltrato físico ou moral a preso
IV - não tomar as providências necessárias ou deixar de co- sob sua guarda;
municar, imediatamente, à autoridade competente, faltas ou irre- XXXII - negligenciar na revista a preso;
gularidades de que tenha conhecimento; XXXIII - desrespeitar ou procrastinar o cumprimento de deci-
V - deixar de oficiar tempestivamente nos expedientes que são ou ordem judicial;
lhe forem encaminhados; XXXIV - tratar o superior hierárquico, subordinado ou colega
VI - negligenciar na execução de ordem legítima; sem o devido respeito ou deferência;
VII - interceder maliciosamente em favor de parte; XXXV - faltar à verdade no exercício de suas funções;
VIII - simular doença para esquivar-se ao cumprimento de XXXVI - deixar de comunicar incontinente à autoridade com-
obrigação; petente informação que tiver sobre perturbação da ordem públi-
IX - faltar, chegar atrasado ou abandonar escala de serviço ou ca ou qualquer fato que exija intervenção policial;
plantões, ou deixar de comunicar, com antecedência, à autorida- XXXVII - dificultar ou deixar de encaminhar expediente à auto-
de a que estiver subordinado, a impossibilidade de comparecer à ridade competente, se não estiver na sua alçada resolvê-lo;
repartição, salvo por motivo justo; XXXVIII - concorrer para o não cumprimento ou retardamento
X - permutar horário de serviço ou execução de tarefa sem de ordem de autoridade competente;
expressa permissão da autoridade competente; XXXIX - deixar, sem justa causa, de submeter-se a inspeção
XI - usar vestuário incompatível com o decoro da função; médica determinada por lei ou pela autoridade competente;
XII - descurar de sua aparência física ou do asseio; XL - deixar de concluir nos prazos legais, sem motivo justo,
XIII - apresentar-se ao trabalho alcoolizado ou sob efeito de procedimento de polícia judiciária, administrativos ou disciplina-
substância que determine dependência física ou psíquica; res;
XIV - lançar intencionalmente, em registros oficiais, papeis ou XLI - cobrar taxas ou emolumentos não previstos em lei;
quaisquer expedientes, dados errôneos, incompletos ou que pos- XLII - expedir identidade funcional ou qualquer tipo de cre-
sam induzir a erro, bem como inserir neles anotações indevidas; dencial a quem não exerça cargo ou função policial civil;
XV - faltar, salvo motivo relevante a ser comunicado por es- XLIII - deixar de encaminhar ao órgão competente, para trata-
crito no primeiro dia em que comparecer à sua sede de exercício, mento ou inspeção médica, subordinado que apresentar sintomas
a ato processual, judiciário ou administrativo, do qual tenha sido de intoxicação habitual por álcool, entorpecente ou outra subs-
previamente cientificado; tância que determine dependência física ou psíquica, ou de comu-
XVI - utilizar, para fins particulares, qualquer que seja o pre- nicar tal fato, se incompetente, à autoridade que o for;
texto, material pertencente ao Estado; XLIV - dirigir viatura policial com imprudência, imperícia, ne-
XVII - interferir indevidamente em assunto de natureza poli- gligência ou sem habilitação;
cial, que não seja de sua competência; XLV - manter transação ou relacionamento indevido com pre-
XVIII - fazer uso indevido de bens ou valores que lhe cheguem so, pessoa em custódia ou respectivos familiares;
as mãos, em decorrência da função, ou não entregá-los, com a XLVI - criar animosidade, velada ou ostensivamente, entre
brevidade possível, a quem de direito; subalternos e superiores ou entre colegas, ou indispô-los de qual-
XIX - exibir, desnecessariamente, arma, distintivo ou algema; quer forma;
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

XLVII - atribuir ou permitir que se atribua a pessoa estranha II - repreensão;


à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de III - multa;
encargos policiais; IV - suspensão;
XLVIII - praticar a usura em qualquer de suas formas; V - demissão;
XLIX - praticar ato definido em lei como abuso de poder; VI - demissão a bem do serviço público;
L - aceitar representação de Estado estrangeiro, sem autoriza- VII - cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
ção do Presidente da República; Artigo 68 - Constitui pena disciplinar a remoção compulsória,
LI - tratar de interesses particulares na repartição; que poderá ser aplicada cumulativamente com as penas previstas
LII - exercer comércio entre colegas, promover ou subscrever nos incisos II, III e IV do artigo anterior quando em razão da falta
listas de donativos dentro da repartição; cometida houver conveniência nesse afastamento para o serviço
LIII - exercer comércio ou participar de sociedade comercial policial.
salvo como acionista, cotista ou comanditário; Parágrafo único - Quando se tratar de Delegado de Polícia,
LIV - exercer, mesmo nas horas de folga, qualquer outro em- para a aplicação da pena prevista neste artigo deverá ser observa-
prego ou função, exceto atividade relativa ao ensino e à difusão do o disposto no artigo 36, inciso IV.
cultural, quando compatível com a atividade policial; Artigo 69 - Na aplicação das penas disciplinares serão consi-
LV - exercer pressão ou influir junto a subordinado para forçar derados a natureza, a gravidade, os motivos determinantes e a
determinada solução ou resultado. repercussão da infração, os danos causados, a personalidade e os
Artigo 64 - É vedado ao policial civil trabalhar sob as ordens antecedentes do agente, a intensidade do dolo ou o grau de culpa.
imediatas de parentes, até segundo grau, salvo quando se tratar Artigo 70 - Para a aplicação das penas previstas no artigo 67
de função de confiança e livre escolha, não podendo exceder de 2 são competentes: (NR)
(dois) o número de auxiliares nestas condições. - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
de 02/07/2002.
SEÇÃO III I - o Governador; (NR)
DAS RESPONSABILIDADES - Inciso I com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
de 02/07/2002.
Artigo 65 - O policial responde civil, penal e administrativa- II - o Secretário da Segurança Pública; (NR)
mente pelo exercício irregular de suas atribuições, ficando sujeito, - Inciso II com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
cumulativamente, às respectivas cominações. de 02/07/2002.
§ 1º - A responsabilidade administrativa é independente da III - o Delegado Geral de Polícia, até a de suspensão; (NR)
civil e da criminal. (NR) - Inciso III com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de de 02/07/2002.
02/07/2002. IV - o Delegado de Polícia Diretor da Corregedoria, até a de
§ 2º - Será reintegrado ao serviço público, no cargo que ocu- suspensão limitada a 60 (sessenta) dias; (NR)
pava e com todos os direitos e vantagens devidas, o servidor ab- - Inciso IV com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
solvido pela Justiça, mediante simples comprovação do trânsito de 02/07/2002.
em julgado de decisão que negue a existência de sua autoria ou V - os Delegados de Polícia Corregedores Auxiliares, até a de
do fato que deu origem à sua demissão. (NR) repreensão. (NR)
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de - Inciso V com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
02/07/2002. de 02/07/2002.
§ 3º - O processo administrativo só poderá ser sobrestado VI - Revogado.
para aguardar decisão judicial por despacho motivado da autori- - Inciso VI com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
dade competente para aplicar a pena. (NR) de 02/07/2002.
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de § 1º - Compete exclusivamente ao Governador do Estado, a
02/07/2002. aplicação das penas de demissão, demissão a bem do serviço pú-
Artigo 66 - A responsabilidade civil decorre de procedimento blico e cassação de aposentadoria ou disponibilidade a Delegado
doloso ou culposo, que importe prejuízo à Fazenda Pública ou a de Polícia. (NR)
terceiros. - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
Parágrafo único - A importância da indenização será descon- 02/07/2002, revogado o parágrafo único.
tada dos vencimentos e vantagens e o desconto não excederá à § 2º - Compete às autoridades enumeradas neste artigo, até o
décima parte do valor destes. inciso III, inclusive, a aplicação de pena a Delegado de Polícia. (NR)
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
CAPÍTULO IX 02/07/2002.
DAS PENALIDADES, DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE DAS § 3º - Para o exercício da competência prevista nos incisos I e
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES (NR) II será ouvido o órgão de consultoria jurídica. (NR)
- Capítulo IX com redação dada pela Lei Complementar nº - § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
922, de 02/07/2002. 02/07/2002.
SEÇÃO I § 4º - Para a aplicação da pena prevista no artigo 68 é compe-
tente o Delegado Geral de Polícia. (NR)
Artigo 67 - São penas disciplinares principais: - § 4º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
I - advertência; 02/07/2002.
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Artigo 71 - A pena de advertência será aplicada verbalmente, XI - praticar ato definido como crime contra o Sistema Finan-
no caso de falta de cumprimento dos deveres, ao infrator primá- ceiro, ou de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores;
rio. (NR)
Parágrafo único - A pena de advertência não acarreta perda - Inciso XI acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
de vencimentos ou de qualquer vantagem de ordem funcional, 02/07/2002.
mas contará pontos negativos na avaliação de desempenho. XII - praticar ato definido em lei como de improbidade. (NR)
Artigo 72 - A pena de repreensão será aplicada por escrito, - Inciso XII acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
no caso de transgressão disciplinar, sendo o infrator primário e na 02/07/2002.
reincidência de falta de cumprimento dos deveres. Artigo 76 - O ato que cominar pena ao policial civil menciona-
Parágrafo único - A pena de repreensão poderá ser transfor- rá, sempre, a disposição legal em que se fundamenta.
mada em advertência, aplicada por escrito e sem publicidade. § 1.º - Desse ato será dado conhecimento ao órgão do pes-
Artigo 73 - A pena de suspensão, que não excederá de 90 (no- soal, para registro e publicidade, no prazo de 8 (oito) dias, desde
venta) dias, será aplicada nos casos de: que não se tenha revestido de reserva.
I - descumprimento dos deveres e transgressão disciplinar, § 2.º - As penas previstas nos incisos I a IV do artigo 67, quan-
ocorrendo dolo ou má fé; do aplicadas aos integrantes da carreira de Delegado de Polícia,
II - reincidência em falta já punida com repreensão. revestir-se-ão sempre de reserva.
Parágrafo 1.º - O policial suspenso perderá, durante o período Artigo 77 - Será aplicada a pena de cassação de aposentadoria
da suspensão, todos os direitos e vantagens decorrentes do exer- ou disponibilidade, se ficar provado que o inativo:
cício do cargo. I - praticou, quando em atividade, falta para a qual é comina-
Parágrafo 2.º - A autoridade que aplicar a pena de suspensão da nesta lei a pena de demissão ou de demissão a bem do serviço
poderá convertê-la em multa, na base de 50% (cinquenta por cen- público;
to), por dia, do vencimento e demais vantagens, sendo o policial, II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
neste caso, obrigado a permanecer em serviço. III - aceitou representação de Estado estrangeiro sem previa
Artigo 74 - Será aplicada a pena de demissão nos casos de: autorização do Presidente da República.
I - abandono de cargo; Artigo 78 - Constitui motivo de exclusão de falta disciplinar a
II - procedimento irregular, de natureza grave; não exigibilidade de outra conduta do policial civil.
III - ineficiência intencional e reiterada no serviço; Artigo 79 - Independe do resultado de eventual ação penal a
IV - aplicação indevida de dinheiros públicos; aplicação das penas disciplinares previstas neste Estatuto.
V - insubordinação grave.
VI - ausência ao serviço, sem causa justificável, por mais de SEÇÃO II
45 (quarenta e cinco) dias, interpoladamente, durante um ano. DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
(NR)
- Inciso VI acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de Artigo 80 - Extingue-se a punibilidade pela prescrição: (NR)
02/07/2002. - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
Artigo 75 - Será aplicada a pena de demissão a bem do servi- de 02/07/2002.
ço público, nos casos de: I - da falta sujeita à pena de advertência, repreensão, multa
I - conduzir-se com incontinência pública e escandalosa e pra- ou suspensão, em 2 (dois) anos; (NR)
ticar Jogos proibidos; - Inciso I com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
II - praticar ato definido como crime contra a Administração de 02/07/2002.
Pública, a Fé Pública e a Fazenda Pública ou previsto na Lei de II - da falta sujeita à pena de demissão, demissão a bem do
Segurança Nacional; serviço público e de cassação da aposentadoria ou disponibilida-
III - revelar dolosamente segredos de que tenha conhecimen- de, em 5 (cinco) anos; (NR)
to em razão do cargo ou função, com prejuízo para o Estado ou - Inciso II com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
particulares; de 02/07/2002.
IV - praticar ofensas físicas contra funcionários, servidores ou III - da falta prevista em lei como infração penal, no prazo de
particulares, salvo em legitíma defesa; prescrição em abstrato da pena criminal, se for superior a 5 (cin-
V - causar lesão dolosa ao patrimônio ou aos cofres públicos; co) anos. (NR)
VI - exigir, receber ou solicitar vantagem indevida, diretamen- - Inciso III com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
te ou por intermédio de outrem, ainda que fora de suas funções, de 02/07/2002.
mas em razão destas; IV - Revogado.
VII - provocar movimento de paralisação total ou parcial do - Inciso IV revogado pela Lei Complementar nº 922, de
serviço policial ou outro qualquer serviço, ou dele participar; 02/07/2002.
VIII - pedir ou aceitar empréstimo de dinheiro ou valor de § 1º - A prescrição começa a correr: (NR)
pessoas que tratem de interesses ou os tenham na repartição, ou - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
estejam sujeitos à sua fiscalização; 02/07/2002, revogado o parágrafo único.
IX - exercer advocacia administrativa. 1 - do dia em que a falta for cometida; (NR)
X - praticar ato definido como crime hediondo, tortura, tráfi- - Item 1 acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
co ilícito de entorpecentes e drogas afins e terrorismo; (NR) 02/07/2002.
- Inciso X acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de 2 - do dia em que tenha cessado a continuação ou a perma-
02/07/2002. nência, nas faltas continuadas ou permanentes. (NR)
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- Item 2 acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de Parágrafo único - Ao instaurar procedimento administrativo
02/07/2002. ou de polícia judiciária contra policial civil, a autoridade que o pre-
§ 2º - Interrompe a prescrição a portaria que instaura sindi- sidir comunicará o fato ao Delegado de Polícia Diretor da Correge-
cância e a que instaura processo administrativo. (NR) doria. (NR)
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de - Parágrafo único com redação dada pela Lei Complementar
02/07/2002. nº 922, de 02/07/2002.
§ 3º - O lapso prescricional corresponde: (NR) Artigo 85 - A autoridade corregedora realizará apuração preli-
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de minar, de natureza simplesmente investigativa, quando a infração
02/07/2002. não estiver suficientemente caracterizada ou definida autoria.
1 - na hipótese de desclassificação da infração, ao da pena (NR)
efetivamente aplicada; (NR) - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
- Item 1 acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de de 02/07/2002.
02/07/2002. § 1º - O início da apuração será comunicado ao Delegado de
2 - na hipótese de mitigação ou atenuação, ao da pena em Polícia Diretor da Corregedoria, devendo ser concluída e a este
tese cabível. (NR) encaminhada no prazo de 30 (trinta) dias. (NR)
- Item 2 acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
02/07/2002. 02/07/2002.
§ 4º - A prescrição não corre: (NR) § 2º - Não concluída no prazo a apuração, a autoridade deve-
- § 4º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de rá imediatamente encaminhar ao Delegado de Polícia Diretor da
02/07/2002. Corregedoria relatório das diligências realizadas e definir o tempo
1 - enquanto sobrestado o processo administrativo para necessário para o término dos trabalhos. (NR)
aguardar decisão judicial, na forma do § 3º do artigo 65; (NR) - § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
- Item 1 acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002.
02/07/2002. § 3º - Ao concluir a apuração preliminar, a autoridade deverá
2 - enquanto insubsistente o vínculo funcional que venha a opinar fundamentadamente pelo arquivamento ou pela instaura-
ser restabelecido. (NR) ção de sindicância ou processo administrativo. (NR)
- Item 2 acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de - § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
02/07/2002. 02/07/2002.
§ 5º - A decisão que reconhecer a existência de prescrição Artigo 86 - Determinada a instauração de sindicância ou pro-
deverá determinar, desde logo, as providências necessárias à apu- cesso administrativo, ou no seu curso, havendo conveniência para
ração da responsabilidade pela sua ocorrência. (NR) a instrução ou para o serviço policial, poderá o Delegado Geral de
- § 5º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de Polícia, por despacho fundamentado, ordenar as seguintes provi-
02/07/2002. dências: (NR)
Artigo 81 - Extingue-se, ainda, a punibilidade: - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
I - Pela morte do agente; de 02/07/2002.
II - Pela anistia administrativa; I - afastamento preventivo do policial civil, quando o reco-
III - Pela retroatividade da lei que não considere o fato como mendar a moralidade administrativa ou a repercussão do fato,
falta sem prejuízo de vencimentos ou vantagens, até 180 (cento e oi-
Artigo 82 - O policial civil que, sem justa causa, deixar de aten- tenta) dias, prorrogáveis uma única vez por igual período; (NR)
der a qualquer exigência para cujo cumprimento seja marcado - Inciso I acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
prazo certo, terá suspenso o pagamento de seu vencimento ou 02/07/2002.
remuneração até que satisfaça essa exigência. II - designação do policial acusado para o exercício de ativi-
Parágrafo único - Aplica-se aos aposentados ou em disponibi- dades exclusivamente burocráticas até decisão final do procedi-
lidade o disposto neste artigo. mento; (NR)
Artigo 83 - Deverão constar do assentamento individual do - Inciso II acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
policial civil as penas que lhe forem impostas. 02/07/2002.
III - recolhimento de carteira funcional, distintivo, armas e al-
SEÇÃO III gemas; (NR)
DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES (NR) - Inciso III acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
- Seção III com redação dada pela Lei Complementar nº 922, 02/07/2002.
de 02/07/2002. IV - proibição do porte de armas; (NR)
- Inciso IV acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
Artigo 84 - A autoridade policial que, por qualquer meio, tiver 02/07/2002.
conhecimento de irregularidade praticada por policial civil, comu- V - comparecimento obrigatório, em periodicidade a ser esta-
nicará imediatamente o fato ao órgão corregedor, sem prejuízo belecida, para tomar ciência dos atos do procedimento. (NR)
das medidas urgentes que o caso exigir. (NR) - Inciso V acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, 02/07/2002.
de 02/07/2002.

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§ 1º - O Delegado de Polícia Diretor da Corregedoria, ou qual- Artigo 90 - São competentes para determinar a instauração
quer autoridade que determinar a instauração ou presidir sindi- de sindicância as autoridades enumeradas no artigo 70. (NR)
cância ou processo administrativo, poderá representar ao Delega- - “Caput” reposicionado na Seção II, com redação dada pela
do Geral de Polícia para propor a aplicação das medidas previstas Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002.
neste artigo, bem como sua cessação ou alteração. (NR) Parágrafo único - Quando a determinação incluir Delegado de
- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de Polícia, a competência é das autoridades enumeradas no artigo
02/07/2002. 70, até o inciso IV, inclusive. (NR)
§ 2º - O Delegado Geral de Polícia poderá, a qualquer momen- - Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº
to, por despacho fundamentado, fazer cessar ou alterar as medi- 922, de 02/07/2002, revogados os §§ 1º e 2º.
das previstas neste artigo. (NR) Artigo 91 - Instaurada a sindicância, a autoridade que a pre-
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de sidir comunicará o fato à Corregedoria Geral da Polícia Civil e ao
02/07/2002. órgão setorial de pessoal. (NR)
§ 3º - O período de afastamento preventivo computa-se como - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
de efetivo exercício, não sendo descontado da pena de suspensão de 02/07/2002.
eventualmente aplicada. (NR) Parágrafo único - Revogado.
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de - Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 922,
02/07/2002. de 02/07/2002.
Artigo 92 - Aplicam-se à sindicância as regras previstas nesta
CAPÍTULO X lei complementar para o processo administrativo, com as seguin-
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR (NR) tes modificações: (NR)
- Capítulo X com redação dada pela Lei Complementar nº 922, - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
de 02/07/2002. de 02/07/2002.
SEÇÃO I I - a autoridade sindicante e cada acusado poderão arrolar até
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 3 (três) testemunhas; (NR)
- Inciso I acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
Artigo 87 - A apuração das infrações será feita mediante sin- 02/07/2002.
dicância ou processo administrativo, assegurados o contraditório II - a sindicância deverá estar concluída no prazo de 60 (ses-
e a ampla defesa. (NR) senta) dias; (NR)
- Artigo 87 com redação dada pela Lei Complementar nº 922, - Inciso II acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
de 02/07/2002. 02/07/2002.
Artigo 88 - Será instaurada sindicância quando a falta discipli- III - com o relatório, a sindicância será enviada à autoridade
nar, por sua natureza, possa determinar as penas de advertência, competente para a decisão. (NR)
repreensão, multa e suspensão. (NR) - Inciso III acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, 02/07/2002.
de 02/07/2002. Artigo 93 - O Delegado Geral de Polícia poderá, quando en-
I - Revogado. tender conveniente, solicitar manifestação do Conselho da Polícia
- Inciso I revogado pela Lei Complementar nº 922, de Civil, antes de opinar ou proferir decisão em sindicância. (NR)
02/07/2002. - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
II - Revogado. de 02/07/2002.
- Inciso II revogado pela Lei Complementar nº 922, de § 1º - Revogado.
02/07/2002. - § 1º revogado pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002.
Artigo 89 - Será obrigatório o processo administrativo quan- § 2º - Revogado.
do a falta disciplinar, por sua natureza, possa determinar a pena - § 2º revogado pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002.
de demissão, demissão a bem do serviço público, cassação de § 3º - Revogado.
aposentadoria ou disponibilidade. (NR) - § 3º revogado pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002.
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
de 02/07/2002. SEÇÃO III
§ 1º - Não será instaurado processo para apurar abandono de DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
cargo, se o servidor tiver pedido exoneração. (NR)
- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de Artigo 94 - São competentes para determinar a instauração
02/07/2002. de processo administrativo as autoridades enumeradas no artigo
§ 2º - Extingue-se o processo instaurado exclusivamente para 70, até o inciso IV, inclusive. (NR)
apurar abandono de cargo, se o indiciado pedir exoneração até a - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
data designada para o interrogatório, ou por ocasião deste. (NR) de 02/07/2002.
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de Parágrafo único - Quando a determinação incluir Delegado de
02/07/2002. Polícia, a competência é das autoridades enumeradas no artigo
70, até o inciso III, inclusive. (NR)
SEÇÃO II - Parágrafo único com redação dada pela Lei Complementar
DA SINDICÂNCIA nº 922, de 02/07/2002.
a) Revogada.
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- Alínea “a” revogada pela Lei Complementar nº 922, de 1 - cópia da portaria; (NR)
02/07/2002. - Item 1 acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
b) Revogada. 02/07/2002.
- Alínea “b” revogada pela Lei Complementar nº 922, de 2 - data, hora e local do interrogatório, que poderá ser acom-
02/07/2002. panhado pelo advogado do acusado; (NR)
Artigo 95 - O processo administrativo será presidido por De- - Item 2 acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
legado de Polícia, que designará como secretário um Escrivão de 02/07/2002.
Polícia. (NR) 3 - data, hora e local da oitiva do denunciante, se houver, que
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, deverá ser acompanhada pelo advogado do acusado; (NR)
de 02/07/2002. - Item 3 acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
Parágrafo único - Havendo imputação contra Delegado de Po- 02/07/2002.
lícia, a autoridade que presidir a apuração será de classe igual ou 4 - esclarecimento de que o acusado será defendido por ad-
superior à do acusado. (NR) vogado dativo, caso não constitua advogado próprio; (NR)
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº - Item 4 acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
922, de 02/07/2002, revogados os §§ 1º e 2º. 02/07/2002.
Artigo 96 - Não poderá ser encarregado da apuração, nem 5 - informação de que o acusado poderá arrolar testemunhas
atuar como secretário, amigo íntimo ou inimigo, parente consan- e requerer provas, no prazo de 3 (três) dias após a data designada
güíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau in- para seu interrogatório; (NR)
clusive, cônjuge, companheiro ou qualquer integrante do núcleo - Item 5 acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
familiar do denunciante ou do acusado, bem assim o subordinado 02/07/2002.
deste. (NR) 6 - advertência de que o processo será extinto se o acusado
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, pedir exoneração até o interrogatório, quando se tratar exclusiva-
de 02/07/2002. mente de abandono de cargo. (NR)
Parágrafo único - A autoridade ou o funcionário designado - Item 6 acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
deverão comunicar, desde logo, à autoridade competente, o im- 02/07/2002.
pedimento que houver. (NR) § 2º - A citação do acusado será feita pessoalmente, no mí-
- Parágrafo único com redação dada pela Lei Complementar nimo 2 (dois) dias antes do interrogatório, por intermédio do
nº 922, de 02/07/2002. respectivo superior hierárquico, ou diretamente, onde possa ser
Artigo 97 - O processo administrativo deverá ser instaurado encontrado. (NR)
por portaria, no prazo improrrogável de 8 (oito) dias do recebi- - § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de
mento da determinação, e concluído no de 90 (noventa) dias da 02/07/2002.
citação do acusado. (NR) § 3º - Não sendo encontrado, furtando-se o acusado à citação
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, ou ignorando-se seu paradeiro, a citação far-se-á por edital, publi-
de 02/07/2002. cado uma vez no Diário Oficial do Estado, no mínimo 10 (dez) dias
§ 1º - Da portaria deverá constar o nome e a identificação do antes do interrogatório. (NR)
acusado, a infração que lhe é atribuída, com descrição sucinta dos - § 3º com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de
fatos e indicação das normas infringidas. (NR) 02/07/2002.
- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de Artigo 99 - Havendo denunciante, este deverá prestar decla-
02/07/2002, revogado o parágrafo único. rações, no interregno entre a data da citação e a fixada para o
§ 2º - Vencido o prazo, caso não concluído o processo, a au- interrogatório do acusado, sendo notificado para tal fim. (NR)
toridade deverá imediatamente encaminhar ao Delegado de Po- - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
lícia Diretor da Corregedoria relatório indicando as providências de 02/07/2002.
faltantes e o tempo necessário para término dos trabalhos. (NR) § 1º - A oitiva do denunciante deverá ser acompanhada pelo
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de advogado do acusado, próprio ou dativo. (NR)
02/07/2002. - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
§ 3º - Caso o processo não esteja concluído no prazo de 180 02/07/2002, revogado o parágrafo único.
(cento e oitenta) dias, o Delegado de Polícia Diretor da Correge- § 2º - O acusado não assistirá à inquirição do denunciante; an-
doria deverá justificar o fato circunstanciadamente ao Delegado tes porém de ser interrogado, poderá ter ciência das declarações
Geral de Polícia e ao Secretário da Segurança Pública. (NR) que aquele houver prestado. (NR)
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de - § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
02/07/2002. 02/07/2002.
Artigo 98 - Autuada a portaria e demais peças preexistentes, Artigo 100 - Não comparecendo o acusado, será, por despa-
designará o presidente dia e hora para audiência de interrogató- cho, decretada sua revelia, prosseguindo-se nos demais atos e ter-
rio, determinando a citação do acusado e a notificação do denun- mos do processo. (NR)
ciante, se houver. (NR) - Artigo 100 com redação dada pela Lei Complementar nº
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, 922, de 02/07/2002.
de 02/07/2002. Artigo 101 - Ao acusado revel será nomeado advogado dativo.
§ 1º - O mandado de citação deverá conter: (NR) (NR)
- § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de - Artigo 101 com redação dada pela Lei Complementar nº
02/07/2002. 922, de 02/07/2002.
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Artigo 102 - O acusado poderá constituir advogado que o re- § 1º - Se o parentesco das pessoas referidas for com o denun-
presentará em todos os atos e termos do processo. (NR) ciante, ficam elas proibidas de depor, observada a exceção deste
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, artigo. (NR)
de 02/07/2002. - § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de
§ 1º - É faculdade do acusado tomar ciência ou assistir aos 02/07/2002.
atos e termos do processo, não sendo obrigatória qualquer noti- § 2º - Ao policial civil que se recusar a depor, sem justa causa,
ficação. (NR) será pela autoridade competente aplicada a sanção a que se refe-
- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de re o artigo 82, mediante comunicação do presidente. (NR)
02/07/2002, revogado o parágrafo único. - § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de
§ 2º - O advogado será intimado por publicação no Diário Ofi- 02/07/2002.
cial do Estado, de que conste seu nome e número de inscrição na § 3º - O policial civil que tiver de depor como testemunha
Ordem dos Advogados do Brasil, bem como os dados necessários fora da sede de seu exercício, terá direito a transporte e diárias na
à identificação do procedimento. (NR) forma da legislação em vigor, podendo ainda expedir-se precató-
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de ria para esse efeito à autoridade do domicílio do depoente. (NR)
02/07/2002. - § 3º com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de
§ 3º - Não tendo o acusado recursos financeiros ou negando- 02/07/2002.
-se a constituir advogado, o presidente nomeará advogado dativo. § 4º - São proibidas de depor as pessoas que, em razão de
(NR) função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo,
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu
02/07/2002. testemunho. (NR)
§ 4º - O acusado poderá, a qualquer tempo, constituir advo- - § 4º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
gado para prosseguir na sua defesa. (NR) 02/07/2002.
- § 4º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de Artigo 106 - A testemunha que morar em comarca diversa
02/07/2002. poderá ser inquirida pela autoridade do lugar de sua residência,
Artigo 103 - Comparecendo ou não o acusado ao interrogató- expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável,
rio, inicia-se o prazo de 3 (três) dias para requerer a produção de intimada a defesa. (NR)
provas, ou apresentá-las. (NR) - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002.
de 02/07/2002. § 1º - Deverá constar da precatória a síntese da imputação e
§ 1º - Ao acusado é facultado arrolar até 5 (cinco) testemu- os esclarecimentos pretendidos. (NR)
nhas. (NR) - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
- § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002.
02/07/2002. § 2º - A expedição da precatória não suspenderá a instrução
§ 2º - A prova de antecedentes do acusado será feita exclusi- do procedimento. (NR)
vamente por documentos, até as alegações finais. (NR) - § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
- § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002.
02/07/2002. § 3º - Findo o prazo marcado, o procedimento poderá prosse-
§ 3º - Até a data do interrogatório, será designada a audiência guir até final decisão; a todo tempo, a precatória, uma vez devol-
de instrução. (NR) vida, será juntada aos autos. (NR)
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de - § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
02/07/2002. 02/07/2002.
Artigo 104 - Na audiência de instrução, serão ouvidas, pela or- Artigo 107 - As testemunhas arroladas pelo acusado compa-
dem, as testemunhas arroladas pelo presidente, em número não recerão à audiência designada independente de notificação. (NR)
superior a 5 (cinco), e pelo acusado. (NR) - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002.
de 02/07/2002. § 1º - Deverá ser notificada a testemunha cujo depoimento
Parágrafo único - Tratando-se de servidor público, seu com- for relevante e que não comparecer espontaneamente. (NR)
parecimento poderá ser solicitado ao respectivo superior imedia- - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
to com as indicações necessárias. (NR) 02/07/2002, revogado o parágrafo único.
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº § 2º - Se a testemunha não for localizada, a defesa poderá
922, de 02/07/2002, revogados os §§ 1º a 4º. substitui-la, se quiser, levando na mesma data designada para a
Artigo 105 - A testemunha não poderá eximir-se de depor, audiência outra testemunha, independente de notificação. (NR)
salvo se for ascendente, descendente, cônjuge, ainda que legal- - § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
mente separado, companheiro, irmão, sogro e cunhado, pai, mãe 02/07/2002.
ou filho adotivo do acusado, exceto quando não for possível, por Artigo 108 - Em qualquer fase do processo, poderá o presi-
outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas cir- dente, de ofício ou a requerimento da defesa, ordenar diligências
cunstâncias. (NR) que entenda convenientes. (NR)
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
de 02/07/2002. de 02/07/2002.

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§ 1º - As informações necessárias à instrução do processo se- - Parágrafo único com redação dada pela Lei Complementar
rão solicitadas diretamente, sem observância de vinculação hie- nº 922, de 02/07/2002.
rárquica, mediante ofício, do qual cópia será juntada aos autos. Artigo 113 - O relatório deverá ser apresentado no prazo de
(NR) 10 (dez) dias, contados da apresentação das alegações finais. (NR)
- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
02/07/2002, revogado o parágrafo único. de 02/07/2002.
§ 2º - Sendo necessário o concurso de técnicos ou peritos ofi- § 1º - O relatório deverá descrever, em relação a cada acusa-
ciais, o presidente os requisitará, observados os impedimentos do do, separadamente, as irregularidades imputadas, as provas co-
artigo 105. (NR) lhidas e as razões de defesa, propondo a absolvição ou punição e
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de indicando, nesse caso, a pena que entender cabível. (NR)
02/07/2002. - § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de
Artigo 109 - Durante a instrução, os autos do procedimento 02/07/2002.
administrativo permanecerão na repartição competente. (NR) § 2º - O relatório deverá conter, também, a sugestão de quais-
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, quer outras providências de interesse do serviço público. (NR)
de 02/07/2002. - § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de
§ 1º - Será concedida vista dos autos ao acusado, mediante 02/07/2002.
simples solicitação, sempre que não prejudicar o curso do proce- § 3º - Revogado.
dimento. (NR) - § 3º revogado pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002.
- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de Artigo 114 - Relatado, o processo será encaminhado ao De-
02/07/2002, revogado o parágrafo único. legado Geral de Polícia, que o submeterá ao Conselho da Polícia
§ 2º - A concessão de vista será obrigatória, no prazo para Civil, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas. (NR)
manifestação do acusado ou para apresentação de recursos, me- - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
diante publicação no Diário Oficial do Estado. (NR) de 02/07/2002.
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de § 1º - O Presidente do Conselho da Polícia Civil, no prazo de
02/07/2002. 20 (vinte) dias, poderá determinar a realização de diligência, sem-
§ 3º - Ao advogado é assegurado o direito de retirar os autos pre que necessário ao esclarecimento dos fatos. (NR)
da repartição, mediante recibo, durante o prazo para manifesta- - § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de
ção de seu representado, salvo na hipótese de prazo comum, de 02/07/2002.
processo sob regime de segredo de justiça ou quando existirem § 2º - Determinada a diligência, a autoridade encarregada do
nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer processo administrativo terá prazo de 15 (quinze) dias para seu
circunstância relevante que justifique a permanência dos autos na cumprimento, abrindo vista à defesa para manifestar-se em 5 (cin-
repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado. co) dias. (NR)
(NR) - § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002.
02/07/2002. § 3º - Cumpridas as diligências, o Conselho da Polícia Civil
Artigo 110 - Somente poderão ser indeferidos pelo presiden- emitirá parecer conclusivo, no prazo de 20 (vinte) dias, encami-
te, mediante decisão fundamentada, os requerimentos de ne- nhando os autos ao Delegado Geral de Polícia. (NR)
nhum interesse para o esclarecimento do fato, bem como as pro- - § 3º com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de
vas ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias. (NR) 02/07/2002.
- Artigo 110 com redação dada pela Lei Complementar nº § 4º - O Delegado Geral de Polícia, no prazo de 10 (dez) dias,
922, de 02/07/2002. emitirá manifestação conclusiva e encaminhará o processo admi-
Artigo 111 - Quando, no curso do procedimento, surgirem fa- nistrativo à autoridade competente para decisão. (NR)
tos novos imputáveis ao acusado, poderá ser promovida a instau- - § 4º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
ração de novo procedimento para sua apuração, ou, caso conve- 02/07/2002.
niente, aditada a portaria, reabrindo-se oportunidade de defesa. § 5º - A autoridade que proferir decisão determinará os atos
(NR) dela decorrentes e as providências necessárias a sua execução.
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, (NR)
de 02/07/2002. - § 5º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
Parágrafo único - Revogado. 02/07/2002.
- Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 922, Artigo 115 - Terão forma processual resumida, quando pos-
de 02/07/2002. sível, todos os termos lavrados pelo secretário, quais sejam: au-
Artigo 112 - Encerrada a fase probatória, dar-se-á vista dos tuação, juntada, conclusão, intimação, data de recebimento, bem
autos à defesa, que poderá apresentar alegações finais, no prazo como certidões e compromissos. (NR)
de 7 (sete) dias. (NR) - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002.
de 02/07/2002. Parágrafo único - Toda e qualquer juntada aos autos se fará
Parágrafo único - Não apresentadas no prazo as alegações fi- na ordem cronológica da apresentação, rubricando o presidente
nais, o presidente designará advogado dativo, assinando-lhe novo as folhas acrescidas. (NR)
prazo. (NR) - Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº
922, de 02/07/2002.
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Artigo 116 - Não será declarada a nulidade de nenhum ato Artigo 121 - Os recursos de que trata esta lei complementar
processual que não houver influído na apuração da verdade subs- não têm efeito suspensivo; os que forem providos darão lugar às
tancial ou diretamente na decisão do processo ou sindicância. retificações necessárias, retroagindo seus efeitos à data do ato
(NR) punitivo. (NR)
- Artigo 116 com redação dada pela Lei Complementar nº - Artigo 121 com redação dada pela Lei Complementar nº
922, de 02/07/2002. 922, de 02/07/2002.
Artigo 117 - É defeso fornecer à imprensa ou a outros meios
de divulgação notas sobre os atos processuais, salvo no interesse CAPÍTULO XI
da Administração, a juízo do Delegado Geral de Polícia. (NR) DA REVISÃO (NR)
- Artigo 117 com redação dada pela Lei Complementar nº - Capítulo XI com redação dada pela Lei Complementar nº
922, de 02/07/2002. 922, de 02/07/2002.
Artigo 118 - Decorridos 5 (cinco) anos de efetivo exercício,
contados do cumprimento da sanção disciplinar, sem cometimen- Artigo 122 - Admitir-se-á, a qualquer tempo, a revisão de pu-
to de nova infração, não mais poderá aquela ser considerada em nição disciplinar, se surgirem fatos ou circunstâncias ainda não
prejuízo do infrator, inclusive para efeito de reincidência. (NR) apreciados, ou vícios insanáveis de procedimento, que possam
- Artigo 118 com redação dada pela Lei Complementar nº justificar redução ou anulação da pena aplicada. (NR)
922, de 02/07/2002. - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
de 02/07/2002.
SEÇÃO IV (NR) I - Revogado;
DOS RECURSOS (NR) - Inciso I revogado pela Lei Complementar nº 922, de
- Seção acrescentada pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002.
02/07/2002. II - Revogado;
- Inciso II revogado pela Lei Complementar nº 922, de
Artigo 119 - Caberá recurso, por uma única vez, da decisão 02/07/2002.
que aplicar penalidade. (NR) III - Revogado;
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, - Inciso III revogado pela Lei Complementar nº 922, de
de 02/07/2002. 02/07/2002.
§ 1º - O prazo para recorrer é de 30 (trinta) dias, contados da IV - Revogado;
publicação da decisão impugnada no Diário Oficial do Estado. (NR) - Inciso IV revogado pela Lei Complementar nº 922, de
- § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002.
02/07/2002. V - Revogado;
§ 2º - Tratando-se de pena de advertência, sem publicidade, o - Inciso V revogado pela Lei Complementar nº 922, de
prazo será contado da data em que o policial civil for pessoalmen- 02/07/2002.
te intimado da decisão. (NR) § 1º - A simples alegação da injustiça da decisão não constitui
- § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de fundamento do pedido. (NR)
02/07/2002. - § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de
§ 3º - Do recurso deverá constar, além do nome e qualificação 02/07/2002.
do recorrente, a exposição das razões de inconformismo. (NR) § 2º - Não será admitida reiteração de pedido pelo mesmo
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de fundamento. (NR)
02/07/2002. - § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de
§ 4º - O recurso será apresentado à autoridade que aplicou 02/07/2002.
a pena, que terá o prazo de 10 (dez) dias para, motivadamente, § 3º - Os pedidos formulados em desacordo com este artigo
manter sua decisão ou reformá-la. (NR) serão indeferidos. (NR)
- § 4º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de - § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
02/07/2002. 02/07/2002.
§ 5º - Mantida a decisão, ou reformada parcialmente, será § 4º - O ônus da prova cabe ao requerente. (NR)
imediatamente encaminhada a reexame pelo superior hierárqui- - § 4º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de
co. (NR) 02/07/2002.
- § 5º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de Artigo 123 - A pena imposta não poderá ser agravada pela
02/07/2002. revisão. (NR)
§ 6º - O recurso será apreciado pela autoridade competente - Artigo 123 com redação dada pela Lei Complementar nº
ainda que incorretamente denominado ou endereçado. (NR) 922, de 02/07/2002.
- § 6º acrescentado pela Lei Complementar nº 922, de Artigo 124 - A instauração de processo revisional poderá ser
02/07/2002. requerida fundamentadamente pelo interessado ou, se falecido
Artigo 120 - Caberá pedido de reconsideração, que não pode- ou incapaz, por seu curador, cônjuge, companheiro, ascendente,
rá ser renovado, de decisão tomada pelo Governador do Estado descendente ou irmão, sempre por intermédio de advogado. (NR)
em única instância, no prazo de 30 (trinta) dias. (NR) - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922,
- Artigo 120 com redação dada pela Lei Complementar nº de 02/07/2002.
922, de 02/07/2002.

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Parágrafo único - O pedido será instruído com as provas que § 1º - A carteira de identidade funcional dos policiais civis
o requerente possuir ou com indicação daquelas que pretenda será elaborada com observância das diretrizes básicas previstas
produzir. (NR) na legislação federal para emissão da carteira de identidade pelo
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº órgão estadual de identificação, dará direito ao porte de arma e
922, de 02/07/2002. ao uso de distintivo, e terá fé pública e validade como documento
Artigo 125 - O exame da admissibilidade do pedido de revisão de identificação civil. (NR)
será feito pela autoridade que aplicou a penalidade, ou que a tiver - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.282, de
confirmado em grau de recurso. (NR) 18/01/2016.
- Artigo 125 com redação dada pela Lei Complementar nº § 2º - Aplica-se, no que couber, à carteira de identidade fun-
922, de 02/07/2002. cional instituída para os policiais civis aposentados o disposto no
Artigo 126 - Deferido o processamento da revisão, será este §1º deste artigo. (NR)
realizado por Delegado de Polícia de classe igual ou superior à do - § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.282, de
acusado, que não tenha funcionado no procedimento disciplinar 18/01/2016.
de que resultou a punição do requerente. (NR) Artigo 133 - É proibida a acumulação de férias, salvo por abso-
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, luta necessidade de serviço e pelo prazo máximo de 3 (três) anos
de 02/07/2002. consecutivos.
§ 1º - Revogado. Artigo 134 - O disposto nos artigos 41, 42, 44 e 45 desta lei
- § 1º revogado pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002. complementar aplica-se aos integrantes da série de classes de
§ 2º - Revogado. Agente de Segurança Penitenciária da Secretaria da Justiça. (NR)
- § 2º revogado pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002. - Artigo 134 com redação dada pela Lei Complementar nº
§ 3º - Revogado. 498, de 29/12/1986, com efeitos a partir de 01/09/1986.
- § 3º revogado pela Lei Complementar nº 922, de 02/07/2002. Artigo 135 - Aplicam-se aos funcionários policiais civis, no que
Artigo 127 - Recebido o pedido, o presidente providenciará o não conflitar com esta lei complementar as disposições da Lei n.º
apensamento dos autos originais e notificará o requerente para, 199, de 1.º de dezembro de 1948, do Decreto-lei n.º 141, de 24 de
no prazo de 8 (oito) dias, oferecer rol de testemunhas, ou reque- julho de 1969, da Lei n.º 10.261, de 28 de outubro de 1968, da Lei
rer outras provas que pretenda produzir. (NR) n.º 122, de 17 de outubro de 1975, da Lei Complementar n.º 180,
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 922, de 12 de maio de 1978, bem como o regime de pensão mensal,
de 02/07/2002. instituído pela Lei n.º 4.832, de 4 de setembro de 1958, com suas
Parágrafo único - No processamento da revisão serão obser- alterações posteriores.
vadas as normas previstas nesta lei complementar para o proces- Artigo 136 - Esta lei complementar aplica-se, nas mesmas ba-
so administrativo. (NR) ses, termos e condições, aos inativos.
- Parágrafo único com redação dada pela Lei Complementar Artigo 137 - As despesas decorrentes da aplicação desta lei
nº 922, de 02/07/2002. complementar, correrão à conta de créditos suplementares que
Artigo 128 - A decisão que julgar procedente a revisão poderá o Poder Executivo fica autorizado a abrir, até o limite de Cr$
alterar a classificação da infração, absolver o punido, modificar a 270.000.000,00 (duzentos e setenta milhões de cruzeiros).
pena ou anular o processo, restabelecendo os direitos atingidos Parágrafo único - O valor do crédito autorizado neste artigo
pela decisão reformada. (NR) será coberto com recursos de que trata o artigo 43 da Lei Federal
- Artigo 128 com redação dada pela Lei Complementar nº n.º 4.320, de 17 de março de 1964.
922, de 02/07/2002. Artigo 138 - Esta lei complementar e suas disposições tran-
sitórias entrarão em vigor em 1.º de março de 1979 revogadas
CAPÍTULO XII as disposições em contrário, especialmente a Lei n.º 7.626, de 6
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS de dezembro de 1962, o Decreto-lei n.º 156, de 8 de outubro de
1969, bem como a alínea “a” do inciso III do artigo 64 e o artigo
Artigo 129 - Vetado. 182, ambos da Lei Complementar n.º 180, de 12 de maio de 1978.
Artigo 130 - Contar-se-ão por dias corridos os prazos previstos
nesta lei complementar. Das Disposições Transitórias
Parágrafo único - Computam-se os prazos excluindo o dia do Artigo 1.º - Somente se aplicará esta lei complementar às in-
começo e incluindo o do vencimento, prorrogando-se este, quan- frações disciplinares praticadas na vigência da lei anterior, quan-
do incidir em sábado, domingo, feriado ou facultativo, para o pri- do:
meiro dia útil seguinte. I - o fato não for mais considerado infração disciplinar;
Artigo 131 - Compete ao órgão Setorial de Recursos Humanos II - de qualquer forma, for mais branda a pena cominada.
da Polícia Civil, o planejamento, a coordenação, a orientação téc- Artigo 2.º - Os processos em curso, quando da entrada em
nica e o controle, sempre em integração com o órgão central, das vigor desta lei complementar, obedecerão ao rito processual esta-
atividades de administração do pessoal policial civil. belecido pela legislação anterior.
Artigo 132 - O Estado fornecerá aos policiais civis carteira de Artigo 3.º - Os atuais cargos de Delegado de Polícia Substituto
identidade funcional, distintivo, algema, armamento e munição, serão extintos na vacância.
para o efetivo exercício de suas funções. (NR) Parágrafo único - Os ocupantes dos cargos a que alude este
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº artigo, serão inscritos nos concursos de ingresso na carreira de
1.282, de 18/01/2016. Delegado de Polícia.
Artigo 4.º - Vetado.
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Artigo 5.º - Vetado. § 1º - Compete exclusivamente ao Governador do Estado, a


Parágrafo único - Vetado. aplicação das penas de demissão, demissão a bem do serviço pú-
Artigo 6.º - Vetado. blico e cassação de aposentadoria ou disponibilidade a Delegado
a) vetado; de Polícia. (NR)
b) vetado; § 2º - Compete às autoridades enumeradas neste artigo, até o
c) vetado; inciso III, inclusive, a aplicação de pena a Delegado de Polícia. (NR)
d) vetado. § 3º - Para o exercício da competência prevista nos incisos I e
Palácio dos Bandeirantes, 5 de janeiro de 1979. II será ouvido o órgão de consultoria jurídica. (NR)
§ 4º - Para a aplicação da pena prevista no artigo 68 é compe-
Prezado candidato, a lei na íntegra com seus respectivos tente o Delegado Geral de Polícia.” (NR);
anexos está disponível para consulta em: III - o artigo 80:
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei.comple- “Artigo 80 - Extingue-se a punibilidade pela prescrição:
mentar/1979/compilacao-lei.complementar-207-05.01.1979. I - da falta sujeita à pena de advertência, repreensão, multa
html ou suspensão, em 2 (dois) anos; (NR)
II - da falta sujeita à pena de demissão, demissão a bem do
serviço público e de cassação da aposentadoria ou disponibilida-
LEI COMPLEMENTAR Nº 922/02 de, em 5 (cinco) anos; (NR)
III - da falta prevista em lei como infração penal, no prazo de
prescrição em abstrato da pena criminal, se for superior a 5 (cin-
LEI COMPLEMENTAR Nº 922, DE 02 DE JULHO DE 2002 co) anos. (NR)
§ 1º - A prescrição começa a correr: (NR)
Altera a Lei Complementar nº 207, de 5 de janeiro de 1979 - 1 - do dia em que a falta for cometida; (NR)
Lei Orgânica da Polícia do Estado de São Paulo, e dá providências 2 - do dia em que tenha cessado a continuação ou a perma-
correlatas. nência, nas faltas continuadas ou permanentes. (NR)
§ 2º - Interrompe a prescrição a portaria que instaura sindi-
O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: cância e a que instaura processo administrativo. (NR)
Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promul- § 3º - O lapso prescricional corresponde: (NR) 1 - na hipótese
go a seguinte lei complementar: de desclassificação da infração, ao da pena efetivamente aplicada;
(NR)
Artigo 1º - Passam a vigorar com a seguinte redação os dispo- 2 - na hipótese de mitigação ou atenuação, ao da pena em
sitivos adiante enumerados da Lei Complementar nº 207, de 5 de tese cabível. (NR)
janeiro de 1979: § 4º - A prescrição não corre: (NR)
I - os artigos 55, 56 e 57: 1 - enquanto sobrestado o processo administrativo para
“Artigo 55 - É assegurado a qualquer pessoa, física ou jurídica, aguardar decisão judicial, na forma do § 3º do artigo 65; (NR)
independentemente de pagamento, o direito de petição contra 2 - enquanto insubsistente o vínculo funcional que venha a
ilegalidade ou abuso de poder e para defesa de direitos. (NR) ser restabelecido. (NR)
Parágrafo único - Em nenhuma hipótese, a Administração po- § 5º - A decisão que reconhecer a existência de prescrição
derá recusar-se a protocolar, encaminhar ou apreciar a petição, deverá determinar, desde logo, as providências necessárias à apu-
sob pena de responsabilidade do agente. (NR) ração da responsabilidade pela sua ocorrência.” (NR);
Artigo 56 - Qualquer pessoa poderá reclamar sobre abuso, IV - os artigos 84 a 128, agrupados nas seções e capítulos a
erro, omissão ou conduta incompatível no serviço policial. (NR) seguir indicados:
Artigo 57 - Ao policial civil é assegurado o direito de requerer
ou representar, bem como, nos termos desta lei complementar, “SEÇÃO III
pedir reconsideração DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES (NR)
e recorrer de decisões.” (NR);
II - o artigo 70, passando o CAPÍTULO IX a denominar-se “Das Artigo 84 - A autoridade policial que, por qualquer meio, tiver
Penalidades, da Extinção da Punibilidade das Providências Preli- conhecimento de irregularidade praticada por policial civil, comu-
minares” (NR): nicará imediatamente o fato ao órgão corregedor, sem prejuízo
“Artigo 70 - Para a aplicação das penas previstas no artigo 67 das medidas urgentes que o caso exigir. (NR)
são competentes: Parágrafo único - Ao instaurar procedimento administrativo
I - o Governador; (NR) ou de polícia judiciária contra policial civil, a autoridade que o
II - o Secretário da Segurança Pública; (NR) presidir comunicará o fato ao Delegado de Polícia Diretor da Cor-
III - o Delegado Geral de Polícia, até a de suspensão; (NR) regedoria. (NR)
IV - o Delegado de Polícia Diretor da Corregedoria, até a de Artigo 85 - A autoridade corregedora realizará apuração preli-
suspensão limitada a 60 (sessenta)dias; (NR) minar, de natureza simplesmente investigativa, quando a infração
V - os Delegados de Polícia Corregedores Auxiliares, até a de não estiver suficientemente caracterizada ou definida autoria.
repreensão. (NR) (NR)
§ 1º - O início da apuração será comunicado ao Delegado de
Polícia Diretor da Corregedoria, devendo ser concluída e a este
encaminhada no prazo de 30 (trinta) dias. (NR)
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§ 2º - Não concluída no prazo a apuração, a autoridade deve- SEÇÃO II


rá imediatamente encaminhar ao Delegado de Polícia Diretor da DA SINDICÂNCIA
Corregedoria relatório das diligências realizadas e definir o tempo
necessário para o término dos trabalhos. (NR) Artigo 90 - São competentes para determinar a instauração
§ 3º - Ao concluir a apuração preliminar, a autoridade deverá de sindicância as autoridades enumeradas no artigo 70. (NR)
opinar fundamentadamente pelo arquivamento ou pela instaura- Parágrafo único - Quando a determinação incluir Delegado de
ção de sindicância ou processo administrativo. (NR) Polícia, a competência é das autoridades enumeradas no artigo
Artigo 86 - Determinada a instauração de sindicância ou pro- 70, até o inciso IV, inclusive. (NR)
cesso administrativo, ou no seu curso, havendo conveniência para Artigo 91 - Instaurada a sindicância, a autoridade que a pre-
a sidir comunicará o fato à Corregedoria Geral da Polícia Civil e ao
instrução ou para o serviço policial, poderá o Delegado Ge- órgão setorial de pessoal. (NR)
ral de Polícia, por despacho fundamentado, ordenar as seguintes Artigo 92 - Aplicam-se à sindicância as regras previstas nesta
providências: (NR) lei complementar para o processo administrativo, com as seguin-
I - afastamento preventivo do policial civil, quando o reco- tes modificações: (NR)
mendar a moralidade administrativa ou a repercussão do fato, I - a autoridade sindicante e cada acusado poderão arrolar até
sem prejuízo de vencimentos ou vantagens, até 180 (cento e oi- 3 (três) testemunhas; (NR)
tenta) dias, prorrogáveis uma única vez por igual período; (NR) II - a sindicância deverá estar concluída no prazo de 60 (ses-
II - designação do policial acusado para o exercício de ativi- senta) dias; (NR)
dades exclusivamente burocráticas até decisão final do procedi- III - com o relatório, a sindicância será enviada à autoridade
mento; (NR) competente para a decisão. (NR)
III - recolhimento de carteira funcional, distintivo, armas e al- Artigo 93 - O Delegado Geral de Polícia poderá, quando en-
gemas; (NR) tender conveniente, solicitar manifestação do Conselho da Polícia
IV - proibição do porte de armas; (NR) Civil, antes de opinar ou proferir decisão em sindicância. (NR)
V - comparecimento obrigatório, em periodicidade a ser esta-
belecida, para tomar ciência dos atos do procedimento. (NR) SEÇÃO III
§ 1º - O Delegado de Polícia Diretor da Corregedoria, ou qual- DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
quer autoridade que determinar a instauração ou presidir sindi-
cância ou processo administrativo, poderá representar ao Delega- Artigo 94 - São competentes para determinar a instauração
do Geral de Polícia para propor a aplicação das medidas previstas de processo administrativo as autoridades enumeradas no artigo
neste artigo, bem como sua cessação ou alteração. (NR) 70, até o inciso IV, inclusive. (NR)
§ 2º - O Delegado Geral de Polícia poderá, a qualquer momen- Parágrafo único - Quando a determinação incluir Delegado de
to, por despacho fundamentado, fazer cessar ou alterar as medi- Polícia, a competência é das autoridades enumeradas no artigo
das previstas neste artigo. (NR) 70, até o inciso III, inclusive. (NR)
§ 3º - O período de afastamento preventivo computa- se Artigo 95 - O processo administrativo será presidido por De-
como de efetivo exercício, não sendo descontado da pena de sus- legado de Polícia, que designará como secretário um Escrivão de
pensão eventualmente aplicada. (NR) Polícia. (NR)
Parágrafo único - Havendo imputação contra Delegado de Po-
CAPÍTULO X lícia, a autoridade que presidir a apuração será de classe igual ou
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR (NR) superior à do acusado. (NR)
Artigo 96 - Não poderá ser encarregado da apuração, nem
SEÇÃO I atuar como secretário, amigo íntimo ou inimigo, parente consan-
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS güíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau in-
clusive, cônjuge, companheiro ou qualquer integrante do núcleo
Artigo 87 - A apuração das infrações será feita mediante sin- familiar do denunciante ou do acusado, bem assim o subordinado
dicância ou processo administrativo, assegurados o contraditório deste. (NR)
e a ampla defesa. (NR). Parágrafo único - A autoridade ou o funcionário designado
Artigo 88 - Será instaurada sindicância quando a falta discipli- deverão comunicar, desde logo, à autoridade competente, o im-
nar, por sua natureza, possa determinar as penas de advertência, pedimento que houver. (NR)
repreensão, multa e suspensão. (NR) Artigo 97 - O processo administrativo deverá ser instaurado
Artigo 89 - Será obrigatório o processo administrativo quando por portaria, no prazo improrrogável de 8 (oito) dias do recebi-
a falta disciplinar, por sua natureza, possa determinar a pena de mento da determinação, e concluído no de 90 (noventa) dias da
demissão, demissão a bem do serviço público, cassação de apo- citação do acusado. (NR)
sentadoria ou disponibilidade. (NR) § 1º - Da portaria deverá constar o nome e a identificação do
§ 1º - Não será instaurado processo para apurar abandono de acusado, a infração que lhe é atribuída, com descrição sucinta dos
cargo, se o servidor tiver pedido exoneração. (NR) fatos e indicação das normas infringidas. (NR)
§ 2º - Extingue-se o processo instaurado exclusivamente para § 2º - Vencido o prazo, caso não concluído o processo, a au-
apurar abandono de cargo, se o indiciado pedir exoneração até a toridade deverá imediatamente encaminhar ao Delegado de Po-
data designada para o interrogatório, ou por ocasião deste. (NR) lícia Diretor da Corregedoria relatório indicando as providências
faltantes e o tempo necessário para término dos trabalhos. (NR)

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§ 3º - Caso o processo não esteja concluído no prazo de 180 § 1º - Ao acusado é facultado arrolar até 5 (cinco) testemu-
(cento e oitenta) dias, o Delegado de Polícia Diretor da Correge- nhas. (NR)
doria deverá justificar o fato circunstanciadamente ao Delegado § 2º - A prova de antecedentes do acusado será feita exclusi-
Geral de Polícia e ao Secretário da Segurança Pública. (NR) vamente por documentos, até as alegações finais. (NR)
Artigo 98 - Autuada a portaria e demais peças preexistentes, § 3º - Até a data do interrogatório, será designada a audiência
designará o presidente dia e hora para audiência de interrogató- de instrução. (NR)
rio, determinando a citação do acusado e a notificação do denun- Artigo 104 - Na audiência de instrução, serão ouvidas, pela or-
ciante, se houver. (NR) dem, as testemunhas arroladas pelo presidente, em número não
§ 1º - O mandado de citação deverá conter: (NR) superior a 5 (cinco), e pelo acusado. (NR)
1 - cópia da portaria; (NR) Parágrafo único - Tratando-se de servidor público, seu compa-
2 - data, hora e local do interrogatório, que poderá ser acom- recimento poderá ser solicitado ao respectivo superior imediato
panhado pelo advogado do acusado; (NR) com as indicações necessárias. (NR)
3 - data, hora e local da oitiva do denunciante, se houver, que Artigo 105 - A testemunha não poderá eximir-se de depor,
deverá ser acompanhada pelo advogado do acusado; (NR) salvo se for ascendente, descendente, cônjuge, ainda que legal-
4 - esclarecimento de que o acusado será defendido por ad- mente separado, companheiro, irmão, sogro e cunhado, pai, mãe
vogado dativo, caso não constitua advogado próprio; (NR) ou filho adotivo do acusado, exceto quando não for possível, por
5 - informação de que o acusado poderá arrolar testemunhas outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas cir-
e requerer provas, no prazo de 3 (três) dias após a data designada cunstâncias. (NR)
para seu interrogatório; (NR) § 1º - Se o parentesco das pessoas referidas for com o denun-
6 - advertência de que o processo será extinto se o acusado ciante, ficam elas proibidas de depor, observada a exceção deste
pedir exoneração até o interrogatório, quando se tratar exclusiva- artigo. (NR)
mente de abandono de cargo. (NR) § 2º - Ao policial civil que se recusar a depor, sem justa causa,
§ 2º - A citação do acusado será feita pessoalmente, no mí- será pela autoridade competente aplicada a sanção a que se refe-
nimo 2 (dois) dias antes do interrogatório, por intermédio do re o artigo 82, mediante comunicação do presidente. (NR)
respectivo superior hierárquico, ou diretamente, onde possa ser § 3º - O policial civil que tiver de depor como testemunha
encontrado. (NR) fora da sede de seu exercício, terá direito a transporte e diárias na
§ 3º - Não sendo encontrado, furtando-se o acusado à citação forma da legislação em vigor, podendo ainda expedir-se precató-
ou ignorando-se seu paradeiro, a citação far-se-á por edital, publi- ria para esse efeito à autoridade do domicílio do depoente. (NR)
cado uma vez no Diário Oficial do Estado, no mínimo 10 (dez) dias § 4º - São proibidas de depor as pessoas que, em razão de
antes do interrogatório. (NR) função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo,
Artigo 99 - Havendo denunciante, este deverá prestar decla- salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu
rações, no interregno entre a data da citação e a fixada para o testemunho. (NR)
interrogatório do acusado, sendo notificado para tal fim. (NR) Artigo 106 - A testemunha que morar em comarca diversa
§ 1º - A oitiva do denunciante deverá ser acompanhada pelo poderá ser inquirida pela autoridade do lugar de sua residência,
advogado do acusado, próprio ou dativo. (NR) expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável,
§ 2º - O acusado não assistirá à inquirição do denunciante; an- intimada a defesa. (NR)
tes porém de ser interrogado, poderá ter ciência das declarações § 1º - Deverá constar da precatória a síntese da imputação e
que aquele houver prestado. (NR) os esclarecimentos pretendidos. (NR)
Artigo 100 - Não comparecendo o acusado, será, por despa- § 2º - A expedição da precatória não suspenderá a instrução
cho, decretada sua revelia, prosseguindo-se nos demais atos e ter- do procedimento. (NR)
mos do processo. (NR) § 3º - Findo o prazo marcado, o procedimento poderá prosse-
Artigo 101 - Ao acusado revel será nomeado advogado dativo. guir até final decisão; a todo tempo, a precatória, uma vez devol-
(NR) vida, será juntada aos autos. (NR)
Artigo 102 - O acusado poderá constituir advogado que o re- Artigo 107 - As testemunhas arroladas pelo acusado compa-
presentará em todos os atos e termos do processo. (NR) recerão à audiência designada independente de notificação. (NR)
§ 1º - É faculdade do acusado tomar ciência ou assistir aos § 1º - Deverá ser notificada a testemunha cujo depoimento
atos e termos do processo, não sendo obrigatória qualquer noti- for relevante e que não comparecer espontaneamente. (NR)
ficação. (NR) § 2º - Se a testemunha não for localizada, a defesa poderá
§ 2º - O advogado será intimado por publicação no Diário Ofi- substituí-la, se quiser, levando na mesma data designada para a
cial do Estado, de que conste seu nome e número de inscrição na audiência outra testemunha, independente de notificação. (NR)
Ordem dos Advogados do Brasil, bem como os dados necessários Artigo 108 - Em qualquer fase do processo, poderá o presi-
à identificação do procedimento. (NR) dente, de ofício ou a requerimento da defesa, ordenar diligências
§ 3º - Não tendo o acusado recursos financeiros ou negando- que entenda convenientes. (NR)
-se a constituir advogado, o presidente nomeará advogado dativo. § 1º - As informações necessárias à instrução do processo se-
(NR) rão solicitadas diretamente, sem observância de vinculação hie-
§ 4º - O acusado poderá, a qualquer tempo, constituir advo- rárquica, mediante ofício, do qual cópia será juntada aos autos.
gado para prosseguir na sua defesa. (NR) (NR)
Artigo 103 - Comparecendo ou não o acusado ao interrogató- § 2º - Sendo necessário o concurso de técnicos ou peritos ofi-
rio, inicia-se o prazo de 3 (três) dias para requerer a produção de ciais, o presidente os requisitará, observados os impedimentos do
provas, ou apresentá-las. (NR) artigo 105. (NR)
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Artigo 109 - Durante a instrução, os autos do procedimento Artigo 115 - Terão forma processual resumida, quando pos-
administrativo permanecerão na repartição competente. (NR) sível, todos os termos lavrados pelo secretário, quais sejam: au-
§ 1º - Será concedida vista dos autos ao acusado, mediante tuação, juntada, conclusão, intimação, data de recebimento, bem
simples solicitação, sempre que não prejudicar o curso do proce- como certidões e compromissos. (NR)
dimento. (NR) Parágrafo único - Toda e qualquer juntada aos autos se fará
§ 2º - A concessão de vista será obrigatória, no prazo para na ordem cronológica da apresentação, rubricando o presidente
manifestação do acusado ou para apresentação de recursos, me- as folhas acrescidas. (NR)
diante publicação no Diário Oficial do Estado. (NR) Artigo 116 - Não será declarada a nulidade de nenhum ato
§ 3º - Ao advogado é assegurado o direito de retirar os autos processual que não houver influído na apuração da verdade subs-
da repartição, mediante recibo, durante o prazo para manifesta- tancial ou diretamente na decisão do processo ou sindicância.
ção de seu representado, salvo na hipótese de prazo comum, de (NR)
processo sob regime de segredo de justiça ou quando existirem Artigo 117 - É defeso fornecer à imprensa ou a outros meios
nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer de divulgação notas sobre os atos processuais, salvo no interesse
circunstância relevante que justifique a permanência dos autos na da Administração, a juízo do Delegado Geral de Polícia. (NR)
repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado. Artigo 118 - Decorridos 5 (cinco) anos de efetivo exercício,
(NR) contados do cumprimento da sanção disciplinar, sem cometimen-
Artigo 110 - Somente poderão ser indeferidos pelo presiden- to de nova infração, não mais poderá aquela ser considerada em
te, mediante decisão fundamentada, os requerimentos de ne- prejuízo do infrator, inclusive para efeito de reincidência. (NR)
nhum interesse para o esclarecimento do fato, bem como as pro-
vas ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias. (NR) SEÇÃO IV
Artigo 111 - Quando, no curso do procedimento, surgirem fa- DOS RECURSOS
tos novos imputáveis ao acusado, poderá ser promovida a instau-
ração de novo procedimento para sua apuração, ou, caso conve- Artigo 119 - Caberá recurso, por uma única vez, da decisão
niente, aditada a portaria, reabrindo-se oportunidade de defesa. que aplicar penalidade. (NR)
(NR) § 1º - O prazo para recorrer é de 30 (trinta) dias, contados da
Artigo 112 - Encerrada a fase probatória, dar-se-á vista dos publicação da decisão impugnada no Diário Oficial do Estado. (NR)
autos à defesa, que poderá apresentar alegações finais, no prazo § 2º - Tratando-se de pena de advertência, sem publicidade, o
de 7 (sete) dias. (NR) prazo será contado da data em que o policial civil for pessoalmen-
Parágrafo único - Não apresentadas no prazo as alegações fi- te intimado da decisão. (NR)
nais, o presidente designará advogado dativo, assinando-lhe novo § 3º - Do recurso deverá constar, além do nome e qualificação
prazo. (NR) do recorrente, a exposição das razões de inconformismo. (NR)
Artigo 113 - O relatório deverá ser apresentado no prazo de § 4º - O recurso será apresentado à autoridade que aplicou
10 (dez) dias, contados da apresentação das alegações finais. (NR) a pena, que terá o prazo de 10 (dez) dias para, motivadamente,
§ 1º - O relatório deverá descrever, em relação a cada acusa- manter sua decisão ou reformá-la. (NR)
do, separadamente, as irregularidades imputadas, as provas co- § 5º - Mantida a decisão, ou reformada parcialmente, será
lhidas e as razões de defesa, propondo a absolvição ou punição e imediatamente encaminhada a reexame pelo superior hierárqui-
indicando, nesse caso, a pena que entender cabível. (NR) co. (NR)
§ 2º - O relatório deverá conter, também, a sugestão de quais- § 6º - O recurso será apreciado pela autoridade competente
quer outras providências de interesse do serviço público. (NR) ainda que incorretamente denominado ou endereçado. (NR)
Artigo 114 - Relatado, o processo será encaminhado ao De- Artigo 120 - Caberá pedido de reconsideração, que não pode-
legado Geral de Polícia, que o submeterá ao Conselho da Polícia rá ser renovado, de decisão tomada pelo Governador do Estado
Civil, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas. (NR) em única instância, no prazo de 30 (trinta) dias. (NR)
§ 1º - O Presidente do Conselho da Polícia Civil, no prazo de Artigo 121 - Os recursos de que trata esta lei complementar
20 (vinte) dias, poderá determinar a realização de diligência, sem- não têm efeito suspensivo; os que forem providos darão lugar às
pre que necessário ao esclarecimento dos fatos. (NR) retificações necessárias, retroagindo seus efeitos à data do ato
§ 2º - Determinada a diligência, a autoridade encarregada do punitivo. (NR)
processo administrativo terá prazo de 15 (quinze) dias para seu
cumprimento, abrindo vista à defesa para manifestar-se em 5 (cin- CAPÍTULO XI
co) dias. (NR) DA REVISÃO
§ 3º - Cumpridas as diligências, o Conselho da Polícia Civil
emitirá parecer conclusivo, no prazo de 20 (vinte) dias, encami- Artigo 122 - Admitir-se-á, a qualquer tempo, a revisão de pu-
nhando os autos ao Delegado Geral de Polícia. (NR) nição disciplinar, se surgirem fatos ou circunstâncias ainda não
§ 4º - O Delegado Geral de Polícia, no prazo de 10 (dez) dias, apreciados, ou vícios insanáveis de procedimento, que possam
emitirá manifestação conclusiva e encaminhará o processo admi- justificar redução ou anulação da pena aplicada. (NR)
nistrativo à autoridade competente para decisão. (NR) § 1º - A simples alegação da injustiça da decisão não constitui
§ 5º - A autoridade que proferir decisão determinará os atos fundamento do pedido. (NR)
dela decorrentes e as providências necessárias a sua execução. § 2º - Não será admitida reiteração de pedido pelo mesmo
(NR) fundamento. (NR)
§ 3º - Os pedidos formulados em desacordo com este artigo
serão indeferidos. (NR)
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§ 4º - O ônus da prova cabe ao requerente. (NR) Artigo 2º - As demais disposições desta lei complementar
Artigo 123 - A pena imposta não poderá ser agravada pela aplicam-se imediatamente, sem prejuízo da validade dos atos rea-
revisão. (NR) lizados na vigência da legislação anterior.
Artigo 124 - A instauração de processo revisional poderá ser Artigo 3º - Serão adaptados os procedimentos em curso na
requerida fundamentadamente pelo interessado ou, se falecido data da entrada em vigor desta lei complementar, cabendo ao
ou incapaz, por seu curador, cônjuge, companheiro, ascendente, presidente tomar as providências necessárias, ouvido o acusado.
descendente ou irmão, sempre por intermédio de advogado. (NR) Parágrafo único - O presidente da Comissão Processante assu-
Parágrafo único - O pedido será instruído com as provas que mirá a condução do processo administrativo em curso, podendo
o requerente possuir ou com indicação daquelas que pretenda propor, motivadamente, ao Delegado de Polícia Diretor da Corre-
produzir. (NR) gedoria, sua substituição por outro membro.
Artigo 125 - O exame da admissibilidade do pedido de revisão Artigo 4º - Os policiais civis que tiverem recebido punição da
será feito pela autoridade que aplicou a penalidade, ou que a tiver qual ainda caiba recurso ou pedido de reconsideração, terão prazo
confirmado em grau de recurso. (NR) decadencial de 30 (trinta) dias para a respectiva interposição, na
Artigo 126 - Deferido o processamento da revisão, será este forma desta lei complementar.
realizado por Delegado de Polícia de classe igual ou superior à do Parágrafo único - A Administração publicará aviso, por 3 (três)
acusado, que não tenha funcionado no procedimento disciplinar vezes, no Diário Oficial do Estado, quanto ao disposto no “caput”,
de que resultou a punição do requerente. (NR) contando-se o prazo do primeiro dia útil após a terceira publica-
Artigo 127 - Recebido o pedido, o presidente providenciará o ção.
apensamento dos autos originais e notificará o requerente para, Palácio dos Bandeirantes, 2 de julho de 2002.
no prazo de 8 (oito) dias, oferecer rol de testemunhas, ou reque-
rer outras provas que pretenda produzir. (NR)
Parágrafo único - No processamento da revisão serão obser- LEI COMPLEMENTAR Nº 1.151/11
vadas as normas previstas nesta lei complementar para o proces-
so administrativo. (NR)
Artigo 128 - A decisão que julgar procedente a revisão poderá LEI COMPLEMENTAR Nº 1.151, DE 25 DE OUTUBRO DE 2011
alterar a classificação da infração, absolver o punido, modificar a
pena ou anular o processo, restabelecendo os direitos atingidos Dispõe sobre a reestruturação das carreiras de policiais civis,
pela decisão reformada. (NR)” do Quadro da Secretaria da Segurança Pública, e dá providências
Artigo 2º - Ficam acrescentados à Lei Complementar nº 207, correlatas
de 5 de janeiro de 1979, os seguintes dispositivos:
I - ao artigo 65, os §§ 1º, 2º e 3º: O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:
§ 1º - A responsabilidade administrativa é independente da Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promul-
civil e da criminal. go a seguinte lei complementar:
§ 2º - Será reintegrado ao serviço público, no cargo que ocu-
pava e com todos os direitos e vantagens devidas, o servidor ab- Artigo 1º - As carreiras policiais civis, do Quadro da Secretaria
solvido pela Justiça, mediante simples comprovação do trânsito da Segurança Pública, de que trata a Lei Complementar nº 494,
em julgado de decisão que negue a existência de sua autoria ou de 24 de dezembro de 1986, alterada pela Lei Complementar nº
do fato que deu origem à sua demissão. 1.064, de 13 de novembro de 2008, ficam estruturadas, para efei-
§ 3º - O processo administrativo só poderá ser sobrestado to de escalonamento e promoção, em quatro classes, dispostas
para aguardar decisão judicial por despacho motivado da autori- hierarquicamente de acordo com o grau de complexidade das
dade competente para aplicar a pena.” atribuições e nível de responsabilidade.
II - ao artigo 74, o inciso VI: Artigo 2º - As carreiras policiais civis passam a ser compostas
“VI - ausência ao serviço, sem causa justificável, por mais de pelo quantitativo de cargos fixados no Anexo I desta lei comple-
45 (quarenta e cinco) dias, interpoladamente, durante um ano.” mentar, cujos ocupantes são distribuídos hierarquicamente em
III - ao artigo 75, os incisos X, XI e XII: ordem crescente na seguinte conformidade: (NR)
“X - praticar ato definido como crime hediondo, tortura, tráfi- I - 3ª Classe; (NR)
co ilícito de entorpecentes e drogas afins e terrorismo; II - 2ª Classe; (NR)
XI - praticar ato definido como crime contra o Sistema Finan- III - 1ª Classe; (NR)
ceiro, ou de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores; IV - Classe Especial. (NR)
XII - praticar ato definido em lei como de improbidade.” - Artigo 2º com redação dada pela Lei Complementar nº
Artigo 3º - Esta lei complementar entra em vigor na data de 1.249, de 03/07/2014, produzindo efeitos a partir de 01/08/2014.
sua publicação. Artigo 3º - O ingresso nas carreiras policiais civis, precedido
de aprovação em concurso público de provas e títulos, darse- á na
Disposições Transitórias 3ª Classe, mediante nomeação em caráter de estágio probatório,
Artigo 1º - A nova tipificação acrescentada aos artigos 74 e pelo exercício de 3 (três) anos de efetivo exercício, obrigatoria-
75 da Lei Complementar nº 207, de 5 de janeiro de 1979, só se mente em unidade territorial de polícia judiciária e da polícia téc-
aplica aos atos praticados após a entrada em vigor desta lei com- nico-científica, salvo autorização do Secretário da Segurança Pú-
plementar. blica, mediante representação do Delegado Geral de Polícia. (NR)

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- Artigo 3º com redação dada pela Lei Complementar nº § 2º - O curso de formação técnico-profissional, fase inicial do
1.249, de 03/07/2014, produzindo efeitos a partir de 01/08/2014. estágio probatório, a que se refere o item 1 do § 1º deste artigo,
Artigo 4º - Constituem exigências prévias para inscrição no terá a duração mínima 3 (três) meses.
concurso público de ingresso nas carreiras policiais civis ser porta- § 3º - O policial civil será considerado aprovado no curso de
dor de nível de escolaridade estabelecido para cada carreira no ar- formação técnico-profissional desde que obtenha nota mínima
tigo 5º da Lei Complementar nº 494, de 24 de dezembro de 1986, correspondente a 50% (cinquenta por cento) da pontuação máxi-
e no artigo 1º da Lei Complementar nº 1.067, de 1º de dezembro ma, em cada disciplina.
de 2008. § 4º - Durante o período de estágio probatório, será exone-
Artigo 5º - O concurso público a que se refere o artigo 3º desta rado, mediante procedimento administrativo, a qualquer tempo,
lei complementar será realizado em 5 (cinco) fases, a saber: (NR) o policial civil que não atender aos requisitos estabelecidos neste
I - prova preambular com questões de múltipla escolha; (NR) artigo, assegurados o contraditório e a ampla defesa.
II - prova escrita com questões dissertativas, quando for o § 5º - Os demais critérios e procedimentos para fins do cum-
caso, a ser regulada em edital de concurso público; (NR) primento do estágio probatório serão estabelecidos em decreto,
III - comprovação de idoneidade e conduta escorreita, me- mediante proposta do Secretário da Segurança Pública, ouvida a
diante investigação social; (NR) Secretaria de Gestão Pública, no prazo máximo de 90 (noventa)
IV - prova oral, obrigatória para todas as carreiras nas quais dias a contar da data da publicação desta lei complementar.
seja exigido nível de ensino superior, e facultativa para as demais, § 6º - Cumpridos os requisitos para fins de estágio probatório,
conforme deliberação do Conselho da Polícia Civil; (NR) o policial civil obterá estabilidade, mantido o nível de ingresso na
V - prova de títulos, quando for o caso, a ser regulada em respectiva carreira.
edital de concurso público. (NR) Artigo 8º - Os vencimentos dos integrantes das carreiras po-
§ 1º - As fases a que se referem os incisos I a IV deste artigo liciais civis, de que trata o artigo 2º da Lei Complementar nº 731,
serão sucessivas e de caráter eliminatório, e a do inciso V, de cará- de 26 de outubro de 1993, alterado pelo artigo 2º da Lei Comple-
ter classificatório. (NR) mentar nº 1.064, de 13 de novembro de 2008, em decorrência de
§ 2º - A aplicação de fases de que trata o “caput” poderá ser reclassificação, passam a ser fixados na seguinte conformidade:
descentralizada para os núcleos de ensino da Academia de Polícia, I - Anexos II e III desta lei complementar, a partir de 1º de
exceto aquela prevista no inciso IV deste artigo. (NR) julho de 2011;
§ 3º - O edital de concurso estabelecerá o momento em que II - Anexos IV e V desta lei complementar, a partir de 1º de
o candidato deverá realizar exame de caráter psicotécnico. (NR) agosto de 2012.
- Artigo 5º com redação dada pela Lei Complementar nº Artigo 9º - A evolução funcional dos integrantes das carrei-
1.249, de 03/07/2014, produzindo efeitos a partir de 01/08/2014. ras policiais civis dar-se-á por meio de promoção, que consiste na
Artigo 5º-A - Constitui requisito para fins de ingresso nas elevação à classe imediatamente superior da respectiva carreira.
carreiras policiais civis, além das previstas na Lei Complementar Artigo 10 - A promoção será processada pelo Conselho da
nº 494, de 24 de dezembro de 1986, e na Lei Complementar nº Polícia Civil, adotados os critérios de antiguidade e merecimento,
1.067, de 1º de dezembro de 2008, a comprovação da capacidade realizando-se, no mínimo, uma promoção por semestre.
física e mental. (NR) § 1º - A evolução funcional até a 1ª Classe das carreiras de
- Artigo 5º-A acrescentado pela Lei Complementar nº 1.249, policiais civis dar-se-á por quaisquer dos critérios estabelecidos
de 03/07/2014, produzindo efeitos a partir de 01/08/2014. neste artigo, e para a Classe Especial, somente por merecimento.
Artigo 6º - O cargo de Superintendente da Polícia Técnico- § 2º - O processo de promoção a que se refere o “caput” deste
-Científica, de provimento em comissão, será ocupado, alterna- artigo instaura-se mediante Portaria do Presidente do Conselho
damente, por integrante das carreiras de Médico Legista e Perito da Polícia Civil.
Criminal, nos termos da lei. Artigo 11 - A promoção de que trata o artigo 10 desta lei com-
Artigo 7º - Os primeiros 3 (três) anos de efetivo exercício nos plementar será processada na seguinte conformidade:
cargos das carreiras policiais civis de 3ª Classe, a que se refere I - alternadamente, em proporções iguais, por antiguidade e
o artigo 3º desta lei complementar, caracteriza-se como estágio por merecimento, da 3ª até a 1ª Classe, limitado o quantitativo
probatório. de promoções ao número correspondente de vacâncias ocorridas
§ 1º - Durante o período a que se refere o “caput” deste ar- em cada uma das classes das respectivas carreiras, no período que
tigo, os integrantes das carreiras policiais civis serão observados antecede a abertura do respectivo processo;
e avaliados, semestralmente, no mínimo, quanto aos seguintes II - somente por merecimento, para a Classe Especial, limitado
requisitos: o quantitativo de promoções a um número que não ultrapasse o
1 - aprovação no curso de formação técnico-profissional; contingente estabelecido no Anexo VI desta lei complementar, em
2 - conduta ilibada, na vida pública e na vida privada, inclusive atividade, na referida classe das respectivas carreiras.
em período anterior ao início do exercício; (NR) § 1º - O quantitativo de promoções a que se refere o inciso
3 - aptidão, inclusive física e mental; (NR) I deste artigo poderá ser acrescido em número correspondente
- Itens 2 e 3 com redação dada pela Lei Complementar nº ao de promoções ocorridas dentro do próprio processo, inclusive
1.249, de 03/07/2014, produzindo efeitos a partir de 01/08/2014. aquelas ocorridas nos termos do artigo 22 desta lei complemen-
4 - disciplina; tar.
5 - assiduidade; § 2º - Poderá concorrer à promoção o policial civil que, no
6 - dedicação ao serviço; período que anteceder a abertura do processo de promoção:
7 - eficiência;
8 - responsabilidade.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

1 - esteja em efetivo exercício na Secretaria da Segurança Pú- 4 - haver concluído, com aproveitamento, curso específico
blica ou regularmente afastado para exercer cargo ou função de ministrado pela Academia de Polícia “Dr. Coriolano Nogueira Co-
interesse estritamente policial; bra. (NR)
2 - tenha cumprido o interstício a que se refere o artigo 12 - Item 4 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.249, de
desta lei complementar. 03/07/2014, produzindo efeitos a partir de 01/08/2014.
§ 3º - A promoção de que trata o “caput” deste artigo produ- § 2º - O preenchimento dos requisitos deverá ser apurado
zirá efeitos a partir da data da publicação do ato a que se refere o pelo Conselho da Polícia Civil até a data que antecede a abertura
artigo 23 desta lei complementar. do processo de promoção.
Artigo 12 - Poderá participar do processo de promoção de § 3º - A avaliação por merecimento será efetuada pelo Con-
que trata o artigo 10 desta lei complementar o policial civil que selho da Polícia Civil e deverá observar, entre outros, os seguintes
tenha cumprido o interstício mínimo de: (NR) critérios:
I - 3 (três) anos de efetivo exercício na 3ª Classe; (NR) 1 - conduta do candidato;
II - 2 (dois) anos de efetivo exercício na 2ª e na 1ª Classe. (NR) 2 - assiduidade;
- Artigo 12 com redação dada pela Lei Complementar nº 3 - eficiência;
1.249, de 03/04/2014, produzindo efeitos a partir de 01/08/2014. 4 - elaboração de trabalho técnico-científico de interesse po-
Artigo 13 - Interromper-se-á o interstício a que se refere o licial.
artigo 12 desta lei complementar quando o policial civil estiver 5 - coordenação ou efetiva participação em seminários, cur-
afastado para ter exercício em cargo ou função de natureza diver- sos, congressos, simpósios, oficinas e outros eventos reconheci-
sa da do cargo ou função que exerce, exceto quando: dos, voltados ao aperfeiçoamento profissional. (NR)
I - afastado nos termos dos artigos 78, 79 e 80 da Lei nº - Item 5 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.249, de
10.261, de 28 de outubro de 1968; 03/07/2014, produzindo efeitos a partir de 01/08/2014.
II - afastado, sem prejuízo dos vencimentos, para participação Artigo 16 - A promoção do policial civil da 1ª Classe para a
em cursos, congressos ou demais certames afetos à sua área de Classe Especial, até o limite previsto no inciso II do artigo 11 desta
atuação, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias; lei complementar, deverá observar os seguintes requisitos, além
III - afastado nos termos do § 1º do artigo 125 da Constituição daqueles previstos no artigo 15 desta lei complementar: (NR)
do Estado; I - o interstício de 20 (vinte) anos na respectiva carreira; (NR)
IV - designado para função de direção, chefia ou encarregatu- II - encontrar-se, no mínimo, dentre os dois terços mais anti-
ra retribuída mediante gratificação “pro labore” a que se refere o gos dos classificados na 1ª Classe. (NR)
artigo 7º da Lei Complementar nº 731, de 26 de outubro de 1993, - Artigo 16 com redação dada pela Lei Complementar nº
com alterações posteriores, e o artigo 5º da Lei Complementar nº 1.249, de 03/07/2014, produzindo efeitos a partir de 01/08/2014.
1.064, de 13 de novembro de 2008. Artigo 17 - Para promoção por merecimento serão indicados
Artigo 14 - Na promoção por antiguidade, apurada pelo tem- policiais civis em número equivalente ao quantitativo de promo-
po de efetivo exercício na classe, computado até a data que ante- ções fixado para cada classe da respectiva carreira, mais dois.
cede a abertura do respectivo processo, o empate na classificação § 1º - A votação será descoberta e única para cada indicação.
final resolver-se-á observada a seguinte ordem: § 2º - O policial civil com maior número de votos será conside-
I - maior tempo de serviço na respectiva carreira; rado indicado para promoção.
II - maior tempo de serviço público estadual; § 3º - Ao Presidente do Conselho da Polícia Civil caberá emitir
III - maior idade. o voto de qualidade, em caso de empate.
Artigo 15 - A promoção por merecimento depende do preen- § 4º - Quando o quantitativo fixado para promoção for su-
chimento dos requisitos e de avaliação do merecimento. perior ao número de indicações possíveis, observar-se-á lista de
§ 1º - Para fins de promoção a que se refere o “caput” deste antiguidade para a respectiva promoção.
artigo, além do interstício de que trata o artigo 12 desta lei com- Artigo 18 - Ao policial civil indicado para promoção pelo Con-
plementar, o policial civil deverá preencher os seguintes requisi- selho da Polícia Civil e não promovido, fica assegurado o direito
tos: de novas indicações, desde que não sobrevenha punição admi-
1 - estar na primeira metade da lista de classificação em sua nistrativa.
respectiva classe, salvo o disposto no inciso II do artigo 16 desta Parágrafo único - O policial civil que figurar em três listas con-
lei complementar; (NR) secutivas de merecimento terá sua promoção assegurada, por
2 - estar em efetivo exercício na Secretaria da Segurança Pú- esse critério, no processo de promoção subsequente.
blica, ou regularmente afastado para exercer cargo ou função de Artigo 19 - As listas dos policiais civis indicados à promoção
interesse estritamente policial; (NR) por antiguidade e merecimento, esta última disposta em ordem
- Itens 1 e 2 com redação dada pela Lei Complementar nº alfabética, serão publicadas no Diário Oficial do Estado, no prazo
1.249, de 03/07/2014, produzindo efeitos a partir de 01/08/2014. máximo de 15 (quinze) dias, a partir da data da portaria de instau-
3 - não ter sofrido punição disciplinar na qual tenha sido im- ração do respectivo processo.
posta pena de: § 1º - Cabe reclamação, dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis
a) advertência ou de repreensão, nos 12 (doze) meses ante- a partir da publicação, dirigida ao Presidente do Conselho, contra
riores; a classificação na lista de antiguidade ou não indicação na lista de
b) multa ou de suspensão, nos 24 (vinte e quatro) meses an- merecimento.
teriores.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

§ 2º - Findo o prazo, as reclamações serão distribuídas me- I - R$ 1.350,00 (mil, trezentos e cinquenta reais), para as car-
diante rotatividade entre os membros do Conselho da Polícia Ci- reiras de Investigador de Polícia, Escrivão de Polícia, Agente Poli-
vil, que deverão emitir parecer no prazo improrrogável de 3 (três) cial, Carcereiro, Auxiliar de Papiloscopista Policial, Atendente de
dias úteis. Necrotério Policial, Papiloscopista Policial, Desenhista Técnico-Pe-
§ 3º - Esgotado o prazo a que se refere o § 2º deste artigo, ricial, Auxiliar de Necropsia, Agente de Telecomunicações Policial
as reclamações serão submetidas à deliberação do Conselho da e Fotógrafo Técnico-Pericial, quando o policial civil prestar servi-
Polícia Civil, que as decidirá no prazo improrrogável de 3 (três) ços em município com população inferior a 500.000 (quinhentos
dias úteis. mil) habitantes;
§ 4º - A decisão e a alteração das listas, se houver, serão publi- II - R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), para as carreiras de
cadas no Diário Oficial do Estado. Investigador de Polícia, Escrivão de Polícia, Agente Policial, Car-
§ 5º - Não caberá qualquer recurso contra a nova classifica- cereiro, Auxiliar de Papiloscopista Policial, Atendente de Necro-
ção. tério Policial, Papiloscopista Policial, Desenhista Técnico-Pericial,
Artigo 20 - O Presidente do Conselho da Polícia Civil encami- Auxiliar de Necropsia, Agente de Telecomunicações Policial e Fo-
nhará as listas de promoção ao Secretário da Segurança Pública, tógrafo Técnico-Pericial, quando o policial civil prestar serviços em
que as transmitirá ao Governador, para efetivação da promoção município com população igual ou superior 500.000 (quinhentos
dos classificados por antiguidade e por merecimento. mil) habitantes.” (NR)
Artigo 21 - Os casos omissos serão objeto de deliberação do Artigo 26 - Fica constituído grupo de trabalho integrado por
Conselho da Polícia Civil. representantes do Poder Executivo e Legislativo, com a finalidade
Artigo 22 - Além da promoção prevista no artigo 10 desta lei de avaliar as possibilidades de valorização das carreiras de Inves-
complementar, o policial civil será promovido à classe superior, tigador de Polícia e Escrivão de Polícia, considerando a Lei Com-
independente de limite, observados os seguintes critérios: plementar nº 1.067, de 1º de dezembro de 2008, no prazo de 180
I - para a 2ª Classe da respectiva carreira, contar com 15 (quin- (cento e oitenta) dias.
ze) anos de efetivo exercício na carreira, considerado o tempo de Artigo 27 - Esta lei complementar e suas disposições transitó-
estágio probatório; rias aplicam-se, no que couber, aos ocupantes de funçõesativida-
II - para a 1ª Classe, se contar com 25 (vinte e cinco) anos de des, bem como aos inativos e pensionistas.
efetivo exercício na carreira. (NR) Artigo 28 - As despesas decorrentes desta lei complementar
- Inciso II com redação dada pela Lei Complementar nº 1.249, correrão à conta das dotações próprias consignadas no orçamen-
de 03/07/2014, produzindo efeitos a partir de 01/08/2014. to da Secretaria da Segurança Pública, suplementadas, se neces-
§ 1º - A promoção de que trata este artigo será realizada se- sário, mediante utilização de recursos nos termos do § 1º do arti-
mestralmente, nos meses de março e setembro de cada ano, e go 43 da Lei federal nº 4.320, de 17 de março de 1964.
produzirá efeitos a partir da data subsequente ao implemento dos Artigo 29 - Esta lei complementar e suas disposições transitó-
critérios estabelecidos nos incisos I e II deste artigo. rias entram em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus
§ 2º - Caberá ao órgão setorial de recursos humanos apresen- efeitos a 1º de julho de 2011, exceto o artigo 25, que retroage
tar a lista dos policiais civis com direito à promoção de que trata seus efeitos a 1º de março de 2010, ficando revogados os artigos
este artigo, para homologação pelo Conselho da Polícia Civil. 5º a 14 da Lei Complementar nº 675, de 5 de junho de 1992.
Artigo 23 - Atendidas as exigências previstas nesta lei comple-
mentar, as promoções serão efetivadas por ato do Governador. Disposições Transitórias
Artigo 24 - Na vacância, os cargos das carreiras policiais civis Artigo 1º - Os atuais policiais civis de 4ª Classe terão seus car-
de 2ª Classe a Classe Especial retornarão à 3ª Classe da respectiva gos enquadrados na 3ª Classe da respectiva carreira, mantida a
carreira. ordem de classificação.
Artigo 25 - Os dispositivos adiante mencionados passam a vi- § 1º - O tempo de efetivo exercício no cargo de 4ª Classe será
gorar com a seguinte redação: computado para efeito de estágio probatório a que se refere o
I - a alínea “a” do inciso II do artigo 3º da Lei Complementar nº artigo 3º desta lei complementar.
696, de 18 de novembro de 1992, alterado pela Lei Complementar § 2º - Os títulos dos servidores abrangidos por este artigo se-
nº 1.114, de 26 de maio de 2010: rão apostilados pelas autoridades competentes.
“Artigo 3º - Os valores do Adicional de Local de Exercício ficam Artigo 2º - O provimento em cargos das carreiras de policiais
fixados na seguinte conformidade: civis de candidatos aprovados em concursos públicos de ingresso,
............................................................................ em andamento ou encerrado, cujo prazo de validade não tenha se
II - para o Local II: expirado, dar-se-á em conformidade com o disposto no artigo 3º
a) R$ 1.575,00 (mil, quinhentos e setenta e cinco reais), para desta lei complementar.
o Delegado Geral de Polícia, Superintendente da Polícia Técnico- Parágrafo único - Os policiais civis que tenham concluído ou
-Científica e para as carreiras de Delegado de Polícia, Médico Le- estejam frequentando o Curso Específico de Aperfeiçoamento ne-
gista e Perito Criminal;” (NR); cessário à promoção de 3ª Classe para 2ª Classe, e de 1ª Classe
II - os incisos I e II do artigo 4º da Lei Complementar nº 1.114, para a Classe Especial, terão preferência para concorrer ao pri-
de 26 de maio de 2010: meiro processo de promoção que houver após a aprovação desta
“Artigo 4º - Quando a retribuição total mensal do policial civil lei complementar.
for inferior aos valores fixados neste artigo, será concedido abono
complementar para que sua retribuição total mensal corresponda
a esses valores, na seguinte conformidade:

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Artigo 3º - O primeiro processo de promoção a que se refere Artigo 9º - Quadro é o conjunto de carreiras e de cargos iso-
o artigo 22 desta lei complementar observará os critérios esta- lados.
belecidos de tempo de efetivo exercício na classe e na respectiva Artigo 10 - É vedado atribuir ao funcionário serviços diversos
carreira até a data que antecede a publicação desta lei comple- dos inerentes ao seu cargo, exceto as funções de chefia e direção
mentar. e as comissões legais.
Parágrafo único - As promoções a que se refere o “caput” des-
te artigo produzirão efeitos a partir da vigência desta lei comple- TÍTULO II
mentar. DO PROVIMENTO, DO EXERCÍCIO E DA VACÂNCIA DOS CAR-
Palácio dos Bandeirantes, 25 de outubro de 2011 GOS PÚBLICOS

CAPÍTULO I
Prezado candidato, a lei na íntegra com seus respectivos DO PROVIMENTO
anexos está disponível para consulta em
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei.comple- Artigo 11 - Os cargos públicos serão providos por:
mentar/2011/compilacao-lei.complementar-1151-25.10.2011. I - nomeação;
html II - transferência;
III - reintegração;
IV - acesso;
LEI ESTADUAL Nº 10.261/1968 (ESTATUTO DOS FUNCIO- V - reversão;
NÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO DE SÃO PAULO) VI - aproveitamento; e
VII - readmissão.
Artigo 12 - Não havendo candidato habilitado em concurso,
LEI Nº 10.261, DE 28 DE OUTUBRO DE 1968 os cargos vagos, isolados ou de carreira, só poderão ser ocupa-
dos no regime da legislação trabalhista, até o prazo máximo de 2
Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do (dois) anos, considerando-se findo o contrato após esse período,
Estado vedada a recondução.

TÍTULO I CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DAS NOMEAÇÕES

Artigo 1º - Esta lei institui o regime jurídico dos funcionários SEÇÃO I


públicos civis do Estado. DAS FORMAS DE NOMEAÇÃO
Parágrafo único - As suas disposições, exceto no que colidirem
com a legislação especial, aplicam-se aos funcionários dos 3 Pode- Artigo 13 - As nomeações serão feitas:
res do Estado e aos do Tribunal de Contas do Estado. I - em caráter vitalício, nos casos expressamente previstos na
Artigo 2º - As disposições desta lei não se aplicam aos empre- Constituição do Brasil;
gados das autarquias, entidades paraestatais e serviços públicos II - em comissão, quando se tratar de cargo que em virtude de
de natureza industrial, ressalvada a situação daqueles que, por lei lei assim deva ser provido; e
anterior, já tenham a qualidade de funcionário público. III - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de provi-
Parágrafo único - Os direitos, vantagens e regalias dos funcio- mento dessa natureza.
nários públicos só poderão ser estendidos aos empregados das
entidades a que se refere este artigo na forma e condições que a SEÇÃO II
lei estabelecer. DA SELEÇÃO DE PESSOAL
Artigo 3º - Funcionário público, para os fins deste Estatuto, é
a pessoa legalmente investida em cargo público. SUBSEÇÃO I
Artigo 4º - Cargo público é o conjunto de atribuições e res- DO CONCURSO
ponsabilidades cometidas a um funcionário.
Artigo 5º - Os cargos públicos são isolados ou de carreira. Artigo 14 - A nomeação para cargo público de provimento
Artigo 6º - Aos cargos públicos serão atribuídos valores deter- efetivo será precedida de concurso público de provas ou de pro-
minados por referências numéricas, seguidas de letras em ordem vas e títulos.
alfabética, indicadoras de graus. Parágrafo único - As provas serão avaliadas na escala de 0
Parágrafo único - O conjunto de referência e grau constitui o (zero) a 100 (cem) pontos e aos títulos serão atribuídos, no máxi-
padrão do cargo. mo, 50 (cinqüenta) pontos.
Artigo 7º - Classe é o conjunto de cargos da mesma denomi- Artigo 15 - A realização dos concursos será centralizada num
nação. só órgão.
Artigo 8º - Carreira é o conjunto de classes da mesma nature- Artigo 16 - As normas gerais para a realização dos concursos e
za de trabalho, escalonadas segundo o nível de complexidade e o para a convocação e indicação dos candidatos para o provimento
grau de responsabilidade. dos cargos serão estabelecidas em regulamento.
Artigo 17 - Os concursos serão regidos por instruções espe-
ciais, expedidas pelo órgão competente.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Artigo 18 - As instruções especiais determinarão, em função CAPÍTULO IV


da natureza do cargo: DA TRANSFERÊNCIA
I - se o concurso será:
1 - de provas ou de provas e títulos; e Artigo 26 - O funcionário poderá ser transferido de um para
2 - por especializações ou por modalidades profissionais, outro cargo de provimento efetivo.
quando couber; Artigo 27 - As transferências serão feitas a pedido do funcio-
II - as condições para provimento do cargo referentes a: nário ou “ex-officio”, atendidos sempre a conveniência do serviço
1 - diplomas ou experiência de trabalho; e os requisitos necessários ao provimento do cargo.
2 - capacidade física; e Artigo 28 - A transferência será feita para cargo do mesmo
3 - conduta; padrão de vencimento ou de igual remuneração, ressalvados os
III - o tipo e conteúdo das provas e as categorias de títulos; casos de transferência a pedido, em que o vencimento ou a remu-
IV - a forma de julgamento das provas e dos títulos; neração poderá ser inferior.
V - os critérios de habilitação e de classificação; e Artigo 29 - A transferência por permuta se processará a re-
VI - o prazo de validade do concurso. querimento de ambos os interessados e de acordo com o prescri-
Artigo 19 - As instruções especiais poderão determinar que a to neste capítulo.
execução do concurso, bem como a classificação dos habilitados, - Vide Decreto nº 4.633, de 01/10/1974.
seja feita por regiões.
Artigo 20 - A nomeação obedecerá à ordem de classificação CAPÍTULO V
no concurso. DA REINTEGRAÇÃO

SUBSEÇÃO II Artigo 30 - A reintegração é o reingresso no serviço público,


DAS PROVAS DE HABILITAÇÃO decorrente da decisão judicial passada em julgado, com ressarci-
mento de prejuízos resultantes do afastamento.
Artigo 21 - As provas de habilitação serão realizadas pelo ór- Artigo 31 - A reintegração será feita no cargo anteriormente
gão encarregado dos concursos, para fins de transferência e de ocupado e, se este houver sido transformado, no cargo resultante.
outras formas de provimento que não impliquem em critério § 1º - Se o cargo estiver preenchido, o seu ocupante será exo-
competitivo. nerado, ou, se ocupava outro cargo, a este será reconduzido, sem
Artigo 22 - As normas gerais para realização das provas de direito a indenização.
habilitação serão estabelecidas em regulamento, obedecendo, no § 2º - Se o cargo houver sido extinto, a reintegração se fará em
que couber, ao estabelecido para os concursos. cargo equivalente, respeitada a habilitação profissional, ou, não
sendo possível, ficará o reintegrado em disponibilidade no cargo
CAPÍTULO III que exercia.
DAS SUBSTITUIÇÕES Artigo 32 - Transitada em julgado a sentença, será expedido o
decreto de reintegração no prazo máximo de 30 (trinta) dias.
Artigo 23 - Haverá substituição no impedimento legal e tem-
porário do ocupante de cargo de chefia ou de direção. CAPÍTULO VI
Parágrafo único - Ocorrendo a vacância, o substituto passará DO ACESSO
a responder pelo expediente da unidade ou órgão corresponden-
te até o provimento do cargo. Artigo 33 - Acesso é a elevação do funcionário, dentro do res-
Artigo 24 - A substituição, que recairá sempre em funcionário pectivo quadro a cargo da mesma natureza de trabalho, de maior
público, quando não for automática, dependerá da expedição de grau de responsabilidade e maior complexidade de atribuições,
ato de autoridade competente. obedecido o interstício na classe e as exigências a serem instituí-
§ 1º - O substituto exercerá o cargo enquanto durar o impedi- das em regulamento.
mento do respectivo ocupante. § 1º - Serão reservados para acesso os cargos cujas atribui-
§ 2º - O substituto, durante todo o tempo em que exercer a ções exijam experiência prévia do exercício de outro cargo.
substituição terá direito a perceber o valor do padrão e as vanta- § 2º - O acesso será feito mediante aferição do mérito dentre
gens pecuniárias inerentes ao cargo do substituído e mais as van- titulares de cargos cujo exercício proporcione a experiência ne-
tagens pessoais a que fizer jus. cessária ao desempenho das atribuições dos cargos referidos no
§ 3º - O substituto perderá, durante o tempo da substituição, parágrafo anterior.
o vencimento ou a remuneração e demais vantagens pecuniárias Artigo 34 - Será de 3 (três) anos de efetivo exercício o interstí-
inerentes ao seu cargo, se pelo mesmo não optar. cio para concorrer ao acesso.
Artigo 25 - Exclusivamente para atender à necessidade de ser-
viço, os tesoureiros, caixas e outros funcionários que tenham va- CAPÍTULO VII
lores sob sua guarda, em caso de impedimento, serão substituídos DA REVERSÃO
por funcionários de sua confiança, que indicarem, respondendo a
sua fiança pela gestão do substituto. Artigo 35 - Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingres-
Parágrafo único - Feita a indicação, por escrito, ao chefe da re- sa no serviço público a pedido ou ex-officio.
partição ou do serviço, este proporá a expedição do ato de desig- § 1º - A reversão ex-officio será feita quando insubsistentes as
nação, aplicando-se ao substituto a partir da data em que assumir razões que determinaram a aposentadoria por invalidez.
as funções do cargo, o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 24.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

§ 2º - Não poderá reverter à atividade o aposentado que con- § 1º - A readmissão do ex-funcionário demitido será obrigato-
tar mais de 58 (cinqüenta e oito) anos de idade. riamente precedida de reexame do respectivo processo adminis-
§ 3º - No caso de reversão ex-officio, será permitido o rein- trativo, em que fique demonstrado não haver inconveniente, para
gresso além do limite previsto no parágrafo anterior. o serviço público, na decretação da medida.
§ 4º - A reversão só poderá efetivar-se quando, em inspeção § 2º - Observado o disposto no parágrafo anterior, se a demis-
médica, ficar comprovada a capacidade para o exercício do cargo. são tiver sido a bem do serviço público, a readmissão não poderá
§ 5º - Se o laudo médico não for favorável, poderá ser proce- ser decretada antes de decorridos 5 (cinco) anos do ato demissó-
dida nova inspeção de saúde, para o mesmo fim, decorridos pelo rio.
menos 90 (noventa) dias. Artigo 40 - A readmissão será feita no cargo anteriormente
§ 6º - Será tornada sem efeito a reversão ex-officio e cassada a exercido pelo ex-funcionário ou, se transformado, no cargo resul-
aposentadoria do funcionário que reverter e não tomar posse ou tante da transformação.
não entrar em exercício dentro do prazo legal.
Artigo 36 - A reversão far-se-á no mesmo cargo. CAPÍTULO X
§ 1º - Em casos especiais, a juízo do Governo, poderá o apo- DA READAPTAÇÃO
sentado reverter em outro cargo, de igual padrão de vencimentos,
respeitada a habilitação profissional. Artigo 41 - Readaptação é a investidura em cargo mais com-
§ 2º - A reversão a pedido, que será feita a critério da Adminis- patível com a capacidade do funcionário e dependerá sempre de
tração, dependerá também da existência de cargo vago, que deva inspeção médica.
ser provido mediante promoção por merecimento. Artigo 42 - A readaptação não acarretará diminuição, nem
aumento de vencimento ou remuneração e será feita mediante
CAPÍTULO VIII transferência.
DO APROVEITAMENTO
CAPÍTULO XI
Artigo 37 - Aproveitamento é o reingresso no serviço público DA REMOÇÃO
do funcionário em disponibilidade.
Artigo 38 - O obrigatório aproveitamento do funcionário em Artigo 43 - A remoção, que se processará a pedido do funcio-
disponibilidade ocorrerá em vagas existentes ou que se verifica- nário ou ex-officio, só poderá ser feita:
rem nos quadros do funcionalismo. I - de uma para outra repartição, da mesma Secretaria; e
§ 1º - O aproveitamento dar-se-á, tanto quanto possível, em II - de um para outro órgão da mesma repartição.
cargo de natureza e padrão de vencimentos correspondentes ao Parágrafo único - A remoção só poderá ser feita respeitada a
que ocupava, não podendo ser feito em cargo de padrão superior. lotação de cada repartição.
§ 2º - Se o aproveitamento se der em cargo de padrão infe- Artigo 44 - A remoção por permuta será processada a reque-
rior ao provento da disponibilidade, terá o funcionário direito à rimento de ambos os interessados, com anuência dos respectivos
diferença. chefes e de acordo com o prescrito neste Capítulo.
§ 3º - Em nenhum caso poderá efetuar -se o aproveitamento Artigo 45 - O funcionário não poderá ser removido ou trans-
sem que, mediante inspeção médica, fique provada a capacidade ferido ex-officio para cargo que deva exercer fora da localidade de
para o exercício do cargo. sua residência, no período de 6 (seis) meses antes e até 3 (três)
§ 4º - Se o laudo médico não for favorável, poderá ser proce- meses após a data das eleições.
dida nova inspeção de saúde, para o mesmo fim, decorridos no Parágrafo único - Essa proibição vigorará no caso de eleições
mínimo 90 (noventa) dias. federais, estaduais ou municipais, isolada ou simultaneamente
§ 5º - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a realizadas.
disponibilidade do funcionário que, aproveitado, não tomar posse
e não entrar em exercício dentro do prazo legal. CAPÍTULO XII
§ 6º - Será aposentado no cargo anteriormente ocupado, o DA POSSE
funcionário em disponibilidade que for julgado incapaz para o ser-
viço público, em inspeção médica. Artigo 46 - Posse é o ato que investe o cidadão em cargo pú-
§ 7º - Se o aproveitamento se der em cargo de provimento em blico.
comissão, terá o aproveitado assegurado, no novo cargo, a con- Artigo 47 - São requisitos para a posse em cargo público:
dição de efetividade que tinha no cargo anteriormente ocupado. I - ser brasileiro;
(NR) II - ter completado 18 (dezoito) anos de idade;
- § 7º acrescentado pelo Decreto-Lei nº 76, de 27/05/1969. III - estar em dia com as obrigações militares;
IV - estar no gozo dos direitos políticos;
CAPÍTULO IX V - ter boa conduta;
DA READMISSÃO VI - gozar de boa saúde, comprovada em inspeção realizada
por órgão médico oficial do Estado, para provimento de cargo efe-
Artigo 39 - Readmissão é o ato pelo qual o ex-funcionário, de- tivo, ou mediante apresentação de Atestado de Saúde Ocupacio-
mitido ou exonerado, reingressa no serviço público, sem direito a nal, expedido por médico registrado no Conselho Regional corres-
ressarcimento de prejuízos, assegurada, apenas, a contagem de pondente, para provimento de cargo em comissão; (NR)
tempo de serviço em cargos anteriores, para efeito de aposenta- - Inciso VI com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123,
doria e disponibilidade. de 01/07/2010.
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VII - possuir aptidão para o exercício do cargo; e - § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de
VIII - ter atendido às condições especiais prescritas para o car- 01/07/2010.
go. Artigo 54 - O prazo a que se refere o art. 52 para aquele que,
Parágrafo único - A deficiência da capacidade física, compro- antes de tomar posse, for incorporado às Forças Armadas, será
vadamente estacionária, não será considerada impedimento para contado a partir da data da desincorporação.
a caracterização da capacidade psíquica e somática a que se refe- Artigo 55 - O funcionário efetivo, nomeado para cargo em
re o item VI deste artigo, desde que tal deficiência não impeça o comissão, fica dispensado, no ato da posse, da apresentação do
desempenho normal das funções inerentes ao cargo de cujo pro- atestado de que trata o inciso VI do artigo 47 desta lei. (NR)
vimento se trata. - Artigo 55 com redação dada pela Lei Complementar nº
Artigo 48 - São competentes para dar posse: 1.123, de 01/07/2010.
I - Os Secretários de Estado, aos diretores gerais, aos diretores
ou chefes das repartições e aos funcionários que lhes são direta- CAPÍTULO XIII
mente subordinados; e DA FIANÇA
II - Os diretores gerais e os diretores ou chefes de repartição
ou serviço, nos demais casos, de acordo com o que dispuser o Artigo 56 - Revogado.
regulamento. - “Caput” revogado pela Lei Complementar nº 575, de
Artigo 49 - A posse verificar-se-á mediante a assinatura de 11/11/1988.
termo em que o funcionário prometa cumprir fielmente os deve- § 1º - Revogado.
res do cargo. - § 1º revogado pela Lei Complementar nº 575, de 11/11/1988.
Parágrafo único - O termo será lavrado em livro próprio e as- I - Revogado.
sinado pela autoridade que der posse. - Inciso I revogado pela Lei Complementar nº 575, de
Artigo 50 - A posse poderá ser tomada por procuração quan- 11/11/1988.
do se tratar de funcionário ausente do Estado, em comissão do II - Revogado.
Governo ou, em casos especiais, a critério da autoridade compe- - Inciso II revogado pela Lei Complementar nº 575, de
tente. 11/11/1988.
Artigo 51 - A autoridade que der posse deverá verificar, sob III - Revogado.
pena de responsabilidade, se foram satisfeitas as condições es- - Inciso III revogado pela Lei Complementar nº 575, de
tabelecidas, em lei ou regulamento, para a investidura no cargo. 11/11/1988.
Artigo 52 - A posse deverá verificar-se no prazo de 30 (trinta) § 2º - Revogado.
dias, contados da data da publicação do ato de provimento do - § 2º revogado pela Lei Complementar nº 575, de 11/11/1988.
cargo, no órgão oficial. § 3º - Revogado.
§ 1º - O prazo fixado neste artigo poderá ser prorrogado por - § 3º revogado pela Lei Complementar nº 575, de 11/11/1988.
mais 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado.
§ 2º - O prazo inicial para a posse do funcionário em férias ou CAPÍTULO XIV
licença, será contado da data em que voltar ao serviço. DO EXERCÍCIO
§ 3º - Se a posse não se der dentro do prazo, será tornado sem
efeito o ato de provimento. Artigo 57 - O exercício é o ato pelo qual o funcionário assume
Artigo 53 - A contagem do prazo a que se refere o artigo ante- as atribuições e responsabilidades do cargo.
rior poderá ser suspensa nas seguintes hipóteses: (NR) § 1º - O início, a interrupção e o reinicio do exercício serão
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº registrados no assentamento individual do funcionário.
1.123, de 01/07/2010. § 2º - O início do exercício e as alterações que ocorrerem se-
I - por até 120 (cento e vinte) dias, a critério do órgão médico rão comunicados ao órgão competente, pelo chefe da repartição
oficial, a partir da data de apresentação do candidato junto ao ou serviço em que estiver lotado o funcionário.
referido órgão para perícia de sanidade e capacidade física, para Artigo 58 - Entende-se por lotação, o número de funcionários
fins de ingresso, sempre que a inspeção médica exigir essa provi- de carreira e de cargos isolados que devam ter exercício em cada
dência; (NR) repartição ou serviço.
- Inciso I com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, Artigo 59 - O chefe da repartição ou de serviço em que for lo-
de 01/07/2010. tado o funcionário é a autoridade competente para dar-lhe exer-
II - por 30 (trinta) dias, mediante a interposição de recurso cício.
pelo candidato contra a decisão do órgão médico oficial. (NR) Parágrafo único - É competente para dar exercício ao funcio-
- Inciso II com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, nário, com sede no Interior do Estado, a autoridade a que o mes-
de 01/07/2010. mo estiver diretamente subordinado.
§ 1º - o prazo a que se refere o inciso I deste artigo recomeça- Artigo 60 - O exercício do cargo terá início dentro do prazo de
rá a correr sempre que o candidato, sem motivo justificado, deixe 30 (trinta) dias, contados:
de submeter-se aos exames médicos julgados necessários. (NR) I - da data da posse; e
- § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de II - da data da publicação oficial do ato, no caso de remoção.
01/07/2010, revogado o parágrafo único. § 1º - Os prazos previstos neste artigo poderão ser prorroga-
§ 2º - a interposição de recurso a que se refere o inciso II des- dos por 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado e a juízo
te artigo dar-se-á no prazo máximo de 5 (cinco) dias, a contar da da autoridade competente.
data de decisão do órgão médico oficial. (NR)
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§ 2º - No caso de remoção, o prazo para exercício de funcio- § 2º - Se o servidor for, ao final do processo judicial, conde-
nário em férias ou em licença, será contado da data em que voltar nado, o afastamento sem remuneração perdurará até o cumpri-
ao serviço. mento total da pena, em regime fechado ou semi-aberto, salvo na
§ 3º - No interesse do serviço público, os prazos previstos nes- hipótese em que a decisão condenatória determinar a perda do
te artigo poderão ser reduzidos para determinados cargos. cargo público. (NR)
§ 4º - O funcionário que não entrar em exercício dentro do - § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.012, de
prazo será exonerado. 05/04/2007.
Artigo 61 - Em caso de mudança de sede, será concedido um Artigo 71 - As autoridades competentes determinarão o afas-
período de trânsito, até 8 (oito) dias, a contar do desligamento do tamento imediato do trabalho, do funcionário que apresente in-
funcionário. dícios de lesões orgânicas ou funcionais causadas por raios X ou
Artigo 62 - O funcionário deverá apresentar ao órgão com- substâncias radioativas, podendo atribuir-lhe conforme o caso,
petente, logo após ter tomado posse e assumido o exercício, os tarefas sem risco de radiação ou conceder-lhe licença “ex-officio”
elementos necessários à abertura do assentamento individual. na forma do art. 194 e seguintes.
Artigo 63 - Revogado. Artigo 72 - O funcionário, quando no desempenho do manda-
- Artigo 63 revogado pela Lei Complementar nº 1.361, de to eletivo federal ou estadual, ficará afastado de seu cargo, com
21/10/2021, com efeitos a partir do primeiro dia do mês subse- prejuízo do vencimento ou remuneração.
quente à data da sua publicação. Artigo 73 - O exercício do mandato de Prefeito, ou o de Verea-
Artigo 64 - O funcionário deverá ter exercício na repartição dor, quando remunerado, determinará o afastamento do funcio-
em cuja lotação houver claro. nário, com a faculdade de opção entre os subsídios do mandato e
Artigo 65 - Nenhum funcionário poderá ter exercício em ser- os vencimentos ou a remuneração do cargo, inclusive vantagens
viço ou repartição diferente daquela em que estiver lotado, salvo pecuniárias, ainda que não incorporadas. (NR)
nos casos previstos nesta lei, ou mediante autorização do Gover- - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 87,
nador. de 25/04/1974.
Artigo 66 - Na hipótese de autorização do Governador, o afas- Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se igualmen-
tamento só será permitido, com ou sem prejuízo de vencimentos, te à hipótese de nomeação de Prefeito. (NR)
para fim determinado e prazo certo. - Paragráfo único acrescentado pela Lei Complementar nº 87,
Parágrafo único - O afastamento sem prejuízo de vencimentos de 25/04/1974, revogados os §§ 1º e 2º.
poderá ser condicionado ao reembolso das despesas efetuadas Artigo 74 - Quando não remunerada a vereança, o afasta-
pelo órgão de origem, na forma a ser estabelecida em regulamen- mento somente ocorrerá nos dias de sessão e desde que o horário
to. (NR) das sessões da Câmara coincida com o horário normal de trabalho
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº a que estiver sujeito o funcionário. (NR)
1.043, de 09/05/2008. - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 87,
Artigo 67 - O afastamento do funcionário para ter exercício de 25/04/1974.
em entidades com as quais o Estado mantenha convênios, reger- § 1º - Na hipótese prevista neste artigo, o afastamento se dará
-se-á pelas normas nestes estabelecidas. sem prejuízo de vencimentos e vantagens, ainda que não incorpo-
Artigo 68 - O funcionário poderá ausentar-se do Estado ou radas, do respectivo cargo.(NR)
deslocar-se da respectiva sede de exercício, para missão ou estu- - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 87, de
do de interesse do serviço público, mediante autorização expressa 25/04/1974.
do Governador. § 2º - É vedada a remoção ou transferência do funcionário
Artigo 68-A - O funcionário poderá afastar-se do Estado para durante o exercício do mandato. (NR)
atuar em organismo internacional de que o Brasil participe ou com - § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 87, de
o qual coopere, mediante autorização expressa do Governador, 25/04/1974.
com prejuízo dos vencimentos e demais vantagens do cargo. (NR) Artigo 75 - O funcionário, devidamente autorizado pelo Go-
- Artigo 68-A acrescentado pela Lei Complementar nº 1.310, vernador, poderá afastar-se do cargo para participar de provas de
de 04/10/2017. competições desportivas, dentro ou fora do Estado.
Artigo 69 - Os afastamentos de funcionários para participação § 1º - O afastamento de que trata este artigo, será precedido
em congressos e outros certames culturais, técnicos ou científi- de requisição justificada do órgão competente.
cos, poderão ser autorizados pelo Governador, na forma estabele- § 2º - O funcionário será afastado por prazo certo, nas seguin-
cida em regulamento. tes condições:
Artigo 70 - O servidor preso em flagrante, preventiva ou tem- I - sem prejuízo do vencimento ou remuneração, quando re-
porariamente ou pronunciado será considerado afastado do exer- presentar o Brasil, ou o Estado, em competições desportivas ofi-
cício do cargo, com prejuízo da remuneração, até a condenação ciais; e
ou absolvição transitada em julgado. (NR) II - com prejuízo do vencimento ou remuneração, em quais-
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº quer outros casos.
1.012, de 05/04/2007.
§ 1º - Estando o servidor licenciado, sem prejuízo de sua re-
muneração, será considerada cessada a licença na data em que o
servidor for recolhido à prisão. (NR)
- § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.012, de
05/04/2007.
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CAPÍTULO XV XVII - licença para doação de tecidos, de órgãos, de parte


DA CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO de órgãos e de partes do corpo vivo para fins terapêuticos ou de
transplantes intervivos, nos termos do inciso X do artigo 181. (NR)
Artigo 76 - O tempo de serviço público, assim considerado o - Inciso XVII acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361,
exclusivamente prestado ao Estado e suas Autarquias, será conta- de 21/10/2021, com efeitos a partir do primeiro dia do mês sub-
do singelamente para todos os fins. (NR) sequente à data da sua publicação.
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 318, Artigo 79 - Os dias em que o funcionário deixar de compare-
de 10/03/1983, em vigor a partir de 21/12/1984. cer ao serviço em virtude de mandato legislativo municipal serão
Parágrafo único - O tempo de serviço público prestado à considerados de efetivo exercício para todos os eleitos legais. (NR)
União, outros Estados e Municípios, e suas autarquias, anterior- - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 124,
mente ao ingresso do funcionário no serviço público estadual, de 11/11/1975, com efeitos a partir de 26/04/1974.
será contado integralmente para os efeitos de aposentadoria e Parágrafo único - No caso de vereança remunerada, os dias de
disponibilidade. (NR) afastamento não serão computados para fins de vencimento ou
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº remuneração, salvo se por eles tiver optado o funcionário.
318, de 10/03/1983, em vigor a partir de 21/12/1984. Artigo 80 - Será contado para todos os efeitos, salvo para a
Artigo 77 - A apuração do tempo de serviço será feita em percepção de vencimento ou remuneração:
dias. I - o afastamento para provas de competições desportivas nos
§ 1º - Serão computados os dias de efetivo exercício, do regis- termos do item II do § 2º do art. 75; e
tro de freqüência ou da folha de pagamento. II - as licenças previstas nos arts. 200 e 201.
§ 2º - O número de dias será convertido em anos, considera- Artigo 81 - Os tempos adiante enunciados serão contados:
dos sempre estes como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias. (NR)
§ 3º - Feita a conversão de que trata o parágrafo anterior, os - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 318,
dias restantes, até 182 (cento e oitenta e dois), não serão compu- de 10/03/1983, com efeitos a partir de 01/01/1983.
tados, arredondando-se para 1 (um) ano, na aposentadoria com- I - para efeito de concessão de adicional por tempo de servi-
pulsória ou por invalidez, quando excederem esse número. ço, sexta-parte, aposentadoria e disponibilidade: (NR)
Artigo 78 - Serão considerados de efetivo exercício, para to- - Inciso I com redação dada pela Lei Complementar nº 318,
dos os efeitos legais, os dias em que o funcionário estiver afastado de 10/03/1983, com efeitos a partir de 01/01/1983.
do serviço em virtude de: a) o de afastamento nos termos dos artigos 65 e 66 junto a
I - férias; outros poderes do Estado, a fundações instituídas pelo Estado ou
II - casamento, até 8 (oito) dias; empresas em que o Estado tenha participação majoritária pela
III - falecimento do cônjuge, filhos, pais e irmãos, até 8 (oito) sua Administração Centralizada ou Descentralizada, bem como
dias; junto a órgãos da Administração Direta da União, de outros Esta-
IV - falecimento dos avós, netos, sogros, do padrasto ou ma- dos e Municípios, e de suas autarquias; (NR)
drasta, até 2 (dois) dias; (NR) - Alínea “a” acrescentada pela Lei Complementar nº 318, de
- Inciso IV com redação dada pela Lei Complementar nº 318, 10/03/1983, com efeitos a partir de 01/01/1983.
de 10/03/1983, com efeitos a partir de 01/01/1983. b) o de afastamento nos termos do artigo 67; (NR)
V - serviços obrigatórios por lei; - Alínea “b” acrescentada pela Lei Complementar nº 318, de
VI - licença quando acidentado no exercício de suas atribui- 10/03/1983, com efeitos a partir de 01/01/1983.
ções ou atacado de doença profissional; II - para efeito de disponibilidade e aposentadoria, o de licen-
VII - licença à funcionária gestante; ça para tratamento de saúde. (NR)
VIII - licenciamento compulsório, nos termos do art. 206; - Inciso II redação dada pela Lei Complementar nº 318, de
IX - licença-prêmio; 10/03/1983, com efeitos a partir de 01/01/1983.
X - Revogado. Artigo 82 - O tempo de mandato federal e estadual, bem
- Inciso X revogado pela Lei Complementar nº 1.361, de como o municipal, quando remunerado, será contado para fins de
21/10/2021, com efeitos a partir do primeiro dia do mês subse- aposentadoria e de promoção por antiguidade. (NR)
quente à data da sua publicação. - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 87,
XI - missão ou estudo dentro do Estado, em outros pontos do de 25/04/1974.
território nacional ou no estrangeiro, nos termos do art. 68; Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se à hipótese
XII - nos casos previstos no art. 122; de nomeação de Prefeito. (NR)
XIII - afastamento por processo administrativo, se o funcioná- - Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº 87,
rio for declarado inocente ou se a pena imposta for de repreensão de 25/04/1974.
ou multa; e, ainda, os dias que excederem o total da pena de sus- Artigo 83 - Para efeito de aposentadoria será contado o tem-
pensão efetivamente aplicada; po em que o funcionário esteve em disponibilidade.
XIV - trânsito, em decorrência de mudança de sede de exercí- Artigo 84 - É vedada a acumulação de tempo de serviço con-
cio, desde que não exceda o prazo de 8 (oito) dias; e corrente ou simultaneamente prestado, em dois ou mais cargos
XV - provas de competições desportivas, nos termos do item ou funções, à União, Estados, Municípios ou Autarquias em geral.
I, do § 2º, do art. 75. Parágrafo único - Em regime de acumulação é vedado contar
XVI - licença-paternidade, por 5 (cinco) dias; (NR) tempo de um dos cargos para reconhecimento de direito ou van-
- Inciso XVI com redação dada pela Lei Complementar nº tagens no outro.
1.054, de 07/07/2008.
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Artigo 85 - Não será computado, para nenhum efeito, o tem- Parágrafo único - O interstício a que se refere este artigo será
po de serviço gratuito. estabelecido em regulamento.
Artigo 95 - Dentro de cada quadro, haverá para cada classe,
CAPÍTULO XVI nos respectivos graus, uma lista de classificação, para os critérios
DA VACÂNCIA de merecimento e antigüidade.
Parágrafo único - Ocorrendo empate terão preferência, suces-
Artigo 86 - A vacância do cargo decorrerá de: sivamente:
I - exoneração; 1 - na classificação por merecimento:
II - demissão; a) os títulos e os comprovantes de conclusão de cursos, rela-
III - transferência; cionados com a função exercida;
IV - acesso; b) a assiduidade;
V - aposentadoria; e c) a antigüidade no cargo;
VI - falecimento. d) os encargos de família; e
§ 1º - Dar-se-á a exoneração: e) a idade;
1 - a pedido do funcionário; 2 - na classificação por antigüidade:
2 - a critério do Governo, quando se tratar de ocupante de a) o tempo no cargo;
cargo em comissão; e b) o tempo de serviço prestado ao Estado;
3 - quando o funcionário não entrar em exercício dentro do c) o tempo de serviço público;
prazo legal. d) os encargos de família; e
§ 2º - A demissão será aplicada como penalidade nos casos e) a idade.
previstos nesta lei. Artigo 96 - O funcionário em exercício de mandato eletivo fe-
deral ou estadual ou de mandato de prefeito, somente poderá ser
TÍTULO III promovido por antigüidade.
DA PROMOÇÃO Artigo 97 - Não serão promovidos por merecimento, ainda
que classificados dentro dos limites estabelecidos no regulamen-
CAPÍTULO ÚNICO to, os funcionários que tiverem sofrido qualquer penalidade nos
DA PROMOÇÃO dois anos anteriores à data de vigência da promoção.
Artigo 98 - O funcionário submetido a processo administrati-
Artigo 87 - Promoção é a passagem do funcionário de um vo poderá ser promovido, ficando, porém, sem efeito a promoção
grau a outro da mesma classe e se processará obedecidos, alter- por merecimento no caso de o processo resultar em penalidade.
nadamente, os critérios de merecimento e de antigüidade na for- Artigo 99 - Para promoção por merecimento é indispensável
ma que dispuser o regulamento. que o funcionário obtenha número de pontos não inferior à meta-
Artigo 88 - O merecimento do funcionário será apurado em de do máximo atribuível.
pontos positivos e negativos. Artigo 100 - O merecimento do funcionário é adquirido na
§ 1º - Os pontos positivos se referem a condições de eficiência classe.
no cargo e ao aperfeiçoamento funcional resultante do aprimora- Artigo 101 - Revogado.
mento dos seus conhecimentos. - Artigo 101 revogado pela Lei Complementar nº 318, de
§ 2º - Os pontos negativos resultam da falta de assiduidade e 10/03/1983, com efeitos a partir de 01/01/1983.
da indisciplina. Artigo 102 - O tempo no cargo será o efetivo exercício, conta-
Artigo 89 - Da apuração do merecimento será dada ciência ao do na seguinte conformidade:
funcionário. I - a partir da data em que o funcionário assumir o exercício
Artigo 90 - A antigüidade será determinada pelo tempo de do cargo, nos casos de nomeação, transferência a pedido, rever-
efetivo exercício no cargo e no serviço público, apurado em dias. são e aproveitamento;
Artigo 91 - As promoções serão feitas em junho e dezembro II - como se o funcionário estivesse em exercício, no caso de
de cada ano, dentro de limites percentuais a serem estabelecidos reintegração;
em regulamento e corresponderão às condições existentes até o III - a partir da data em que o funcionário assumir o exercício
último dia do semestre imediatamente anterior. do cargo do qual foi transferido, no caso de transferência ex-offi-
Artigo 92 - Os direitos e vantagens que decorrerem da pro- cio; e
moção serão contados a partir da publicação do ato, salvo quando IV - a partir da data em que o funcionário assumir o exercício
publicado fora do prazo legal, caso em que vigorará a contar do do cargo reclassificado ou transformado.
último dia do semestre a que corresponder. Artigo 103 - Será contado como tempo no cargo o efetivo
Parágrafo único - Ao funcionário que não estiver em efetivo exercício que o funcionário houver prestado no mesmo cargo,
exercício, só se abonarão as vantagens a partir da data da reas- sem solução de continuidade, desde que por prazo superior a 6
sunção. (seis) meses:
Artigo 93 - Será declarada sem efeito a promoção indevida, I - como substituto; e
não ficando o funcionário, nesse caso, obrigado a restituições, sal- II - no desempenho de função gratificada, em período ante-
vo na hipótese de declaração falsa ou omissão intencional. rior à criação do respectivo cargo.
Artigo 94 - Só poderão ser promovidos os servidores que tive- Artigo 104 - As promoções obedecerão à ordem de classifi-
rem o interstício de efetivo exercício no grau. cação.

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Artigo 105 - Haverá em cada Secretaria de Estado uma Comis- Artigo 109 - Remuneração é a retribuição paga ao funcionário
são de Promoção que terá as seguintes atribuições: pelo efetivo exercício do cargo, correspondente a 2/3 (dois terços)
I - eleger o respectivo presidente; do respectivo padrão, mais as quotas ou porcentagens que, por
II - decidir as reclamações contra a avaliação do mérito, po- lei, lhe tenham sido atribuídas e as vantagens pecuniárias a ela
dendo alterar, fundamentalmente, os pontos atribuídos ao recla- incorporadas.
mante ou a outros funcionários; Artigo 110 - O funcionário perderá:
III - avaliar o mérito do funcionário quando houver divergên- I - o vencimento ou remuneração do dia, quando não compa-
cia igual ou superior a 20 (vinte) pontos entre os totais atribuídos recer ao serviço; (NR)
pelas autoridades avaliadoras; - Inciso I com redação dada pela Lei Complementar nº 1.361,
IV - propor à autoridade competente a penalidade que cou- de 21/10/2021, com efeitos a partir do primeiro dia do mês sub-
ber ao responsável pelo atraso na expedição e remessa do Bole- sequente à data da sua publicação.
tim de Promoção, pela falta de qualquer informação ou de ele- II - 1/3 (um terço) do vencimento ou remuneração diária,
mentos solicitados, pelos fatos de que decorram irregularidade ou quando comparecer ao serviço dentro da hora seguinte à marca-
parcialidade no processamento das promoções; da para o início do expediente ou quando dele retirar-se dentro
V - Avaliar os títulos e os certificados de cursos apresentados da última hora.
pelos funcionários; e - Vide artigo 72 da Lei Complementar nº 1.374, de
VI - dar conhecimento aos interessados mediante afixação na 30/03/2022, com efeitos a partir de 60 (sessenta) dias após a data
repartição: da sua publicação.
1 - das alterações de pontos feitos nos Boletins de Promoção; § 1º - Revogado.
e - § 1º revogado pela Lei Complementar nº 1.361, de
2 - dos pontos atribuídos pelos títulos e certificados de cursos. 21/10/2021, com efeitos a partir do primeiro dia do mês subse-
Artigo 106 - No processamento das promoções cabem as se- quente à data da sua publicação.
guintes reclamações: § 2º - No caso de faltas sucessivas, justificadas ou injustifica-
I - da avaliação do mérito; e das, os dias intercalados — domingos, feriados e aqueles em que
II - da classificação final. não haja expediente — serão computados exclusivamente para
§ 1º - Da avaliação do mérito podem ser interpostos pedidos efeito de desconto do vencimento ou remuneração.
de reconsideração e recurso, e, da classificação final, apenas re- - Vide artigo 72 da Lei Complementar nº 1.374, de
curso. 30/03/2022, com efeitos a partir de 60 (sessenta) dias após a data
§ 2º - Terão efeito suspensivo as reclamações relativas à ava- da sua publicação.
liação do mérito. § 3º - Não se aplica o disposto no ‘caput’ deste artigo às hipó-
§ 3º - Serão estabelecidos em regulamento as normas e os teses de compensação de horas previstas no parágrafo único do
prazos para o processamento das reclamações de que trata este artigo 117 desta Lei. (NR)
artigo. - § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
Artigo 107 - A orientação das promoções do funcionalismo 21/10/2021, com efeitos a partir do primeiro dia do mês subse-
público civil será centralizada, cabendo ao órgão a que for deferi- quente à data da sua publicação.
da tal competência: § 4º - O disposto no inciso II e no § 2º deste artigo não se
I - expedir normas relativas ao processamento das promoções aplicam aos integrantes do Quadro do Magistério da Secretaria
e elaborar as respectivas escalas de avaliação, com a aprovação do da Educação. (NR)
Governador; - § 4º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.374, de
II - orientar as autoridades competentes quanto à avaliação 30/03/2022, com efeitos a partir de 60 (sessenta) dias após a data
das condições de promoção; da sua publicação,
III - realizar estudos e pesquisas no sentido de averiguar a efi- Artigo 111 - As reposições devidas pelo funcionário e as in-
ciência do sistema em vigor, propondo medidas tendentes ao seu denizações por prejuízos que causar à Fazenda Pública Estadual,
aperfeiçoamento; e serão descontadas em parcelas mensais não excedentes da dé-
IV - opinar em processos sobre assuntos de promoção, sem- cima parte do vencimento ou remuneração ressalvados os casos
pre que solicitado. especiais previstos neste Estatuto.
Artigo 112 - Só será admitida procuração para efeito de rece-
TÍTULO IV bimento de quaisquer importâncias dos cofres estaduais, decor-
DOS DIREITOS E DAS VANTAGENS DE ORDEM PECUNIÁRIA rentes do exercício do cargo, quando o funcionário se encontrar
fora da sede ou comprovadamente impossibilitado de locomover-
CAPÍTULO I -se.
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO Artigo 113 - O vencimento, remuneração ou qualquer vanta-
gem pecuniária atribuídos ao funcionário, não poderão ser objeto
SEÇÃO I de arresto, seqüestro ou penhora, salvo:
DISPOSIÇÕES GERAIS I - quando se tratar de prestação de alimentos, na forma da
lei civil; e
Artigo 108 - Vencimento é a retribuição paga ao funcionário II - nos casos previstos no Capítulo II do Título VI deste Esta-
pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao valor do res- tuto.
pectivo padrão fixado em lei, mais as vantagens a ele incorpora-
das para todos os efeitos legais.
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Artigo 114 - É proibido, fora dos casos expressamente consig- CAPÍTULO II


nados neste Estatuto, ceder ou gravar vencimento, remuneração DAS VANTAGENS DE ORDEM PECUNIÁRIA
ou qualquer vantagem decorrente do exercício de cargo público.
Artigo 115 - O vencimento ou remuneração do funcionário SEÇÃO I
não poderá sofrer outros descontos, exceto os obrigatórios e os DISPOSIÇÕES GERAIS
autorizados por lei.
Artigo 116 - As consignações em folha, para efeito de des- Artigo 124 - Além do valor do padrão do cargo, o funcionário
conto de vencimentos ou remuneração, serão disciplinadas em só poderá receber as seguintes vantagens pecuniárias:
regulamento. I - adicionais por tempo de serviço;
II - gratificações;
SEÇÃO II III - diárias;
DO HORÁRIO E DO PONTO IV - ajudas de custo;
V - salário-família e salário-esposa;
Artigo 117 - O horário de trabalho nas repartições será fixa- VI - Revogado;
do pelo Governo de acordo com a natureza e as necessidades do - Inciso VI revogado pelo Decreto-lei de 27/02/1970.
serviço. VII - quota-parte de multas e porcentagens fixadas em lei;
Parágrafo único - É facultada a instituição de sistema de com- VIII - honorários, quando fora do período normal ou extraor-
pensação de horas, a ser disciplinado em regulamento. (NR) dinário de trabalho a que estiver sujeito, for designado para reali-
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº zar investigações ou pesquisas científicas, bem como para exercer
1.361, de 21/10/2021, com efeitos a partir do primeiro dia do mês as funções de auxiliar ou membro de bancas e comissões de con-
subsequente à data da sua publicação. curso ou prova, ou de professor de cursos de seleção e aperfei-
Artigo 118 - O período de trabalho, nos casos de comprovada çoamento ou especialização de servidores, legalmente instituídos,
necessidade, poderá ser antecipado ou prorrogado pelo chefe da observadas as proibições atinentes a regimes especiais de traba-
repartição ou serviço. lho fixados em lei;
Parágrafo único - Serão remuneradas na forma do artigo 136 IX - honorários pela prestação de serviço peculiar à profissão
a antecipação e a prorrogação do período de trabalho não abran- que exercer e, em função dela, à Justiça, desde que não a execute
gidas pelo sistema de compensação de horas previsto no parágra- dentro do período normal ou extraordinário de trabalho a que es-
fo único do artigo 117. (NR) tiver sujeito e sejam respeitadas as restrições estabelecidas em lei
- Parágrafo único com redação dada pela Lei Complementar pela subordinação a regimes especiais de trabalho; e
nº 1.361, de 21/10/2021, com efeitos a partir do primeiro dia do X - outras vantagens ou concessões pecuniárias previstas em
mês subsequente à data da sua publicação. leis especiais ou neste Estatuto.
Artigo 119 - Nos dias úteis, só por determinação do Gover- § 1º - Excetuados os casos expressamente previstos neste ar-
nador poderão deixar de funcionar as repartições públicas ou ser tigo, o funcionário não poderá receber, a qualquer título, seja qual
suspenso o expediente. for o motivo ou forma de pagamento, nenhuma outra vantagem
Artigo 120 - Ponto é o registro pelo qual se verificará, diaria- pecuniária dos órgãos do serviço público, das entidades autárqui-
mente, a entrada e saída do funcionário em serviço. cas ou paraestatais ou outras organizações públicas, em razão de
§ 1º - Para registro do ponto serão usados, de preferência, seu cargo ou função nos quais tenha sido mandado servir.
meios mecânicos. § 2º - O não cumprimento do que preceitua este artigo impor-
§ 2º - É vedado dispensar o funcionário do registro do ponto, tará na demissão do funcionário, por procedimento irregular, e na
salvo os casos expressamente previstos em lei. imediata reposição, pela autoridade ordenadora do pagamento,
§ 3º - A infração do disposto no parágrafo anterior determina- da importância indevidamente paga.
rá a responsabilidade da autoridade que tiver expedido a ordem, § 3º - Nenhuma importância relativa às vantagens constantes
sem prejuízo da ação disciplinar cabível. deste artigo será paga ou devida ao funcionário, seja qual for o
Artigo 121 - Para o funcionário estudante, conforme dispuser seu fundamento, se não houver crédito próprio, orçamentário ou
o regulamento, poderão ser estabelecidas normas especiais quan- adicional.
to à freqüência ao serviço. Artigo 125 - As porcentagens ou quotas-partes, atribuídas em
Artigo 122 - O funcionário que comprovar sua contribuição virtude de multas ou serviços de fiscalização e inspeção, só serão
para banco de sangue mantido por órgão estatal ou paraestatal, creditadas ao funcionário após a entrada da importância respecti-
ou entidade com a qual o Estado mantenha convênio, fica dispen- va, a título definitivo, para os cofres públicos.
sado de comparecer ao serviço no dia da doação. Artigo 126 - O funcionário não fará jus à percepção de quais-
Artigo 123 - Apurar-se-á a freqüência do seguinte modo: quer vantagens pecuniárias, nos casos em que deixar de perceber
I - pelo ponto; e o vencimento ou remuneração, ressalvado o disposto no parágra-
II - pela forma determinada, quanto aos funcionários não su- fo único do art. 160.
jeitos a ponto.

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SEÇÃO IL Artigo 137 - É vedado conceder gratificação por serviço ex-


DOS ADICIONAIS POR TEMPO DE SERVIÇO traordinário, com o objetivo de remunerar outros serviços ou en-
cargos.
Artigo 127 - O funcionário terá direito, após cada período de § 1º - O funcionário que receber importância relativa a servi-
5 (cinco) anos, contínuos, ou não, à percepção de adicional por ço extraordinário que não prestou, será obrigado a restituí-la de
tempo de serviço, calculado à razão de 5% (cinco por cento) sobre uma só vez, ficando ainda sujeito à punição disciplinar.
o vencimento ou remuneração, a que se incorpora para todos os § 2º - Será responsabilizada a autoridade que infringir o dis-
efeitos. posto no caput deste artigo.
Parágrafo único - O adicional por tempo de serviço será con- Artigo 138 - Será punido com pena de suspensão e, na rein-
cedido pela autoridade competente, na forma que fôr estabeleci- cidência, com a de demissão, a bem do serviço público, o funcio-
da em regulamento. nário:
- Parágrafo único com redação original restaurada. Lei Com- I - que atestar falsamente a prestação de serviço extraordi-
plementar nº 792, de 20/03/1995, declarada inconstitucional, em nário; e
controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal nos autos II - que se recusar, sem justo motivo, à prestação de serviço
da ADI nº 3.167. extraordinário.
Artigo 128 - A apuração do qüinqüênio será feita em dias e Artigo 139 - O funcionário que exercer cargo de direção não
o total convertido em anos, considerados estes sempre como de poderá perceber gratificação por serviço extraordinário.
365 (trezentos e sessenta e cinco) dias. § 1º - O disposto neste artigo não se aplica durante o período
Artigo 129 - Vetado. em que subordinado de titular de cargo nele mencionado venha a
Artigo 130 - O funcionário que completar 25 (vinte e cinco) perceber, em conseqüência do acréscimo da gratificação por ser-
anos de efetivo exercício perceberá mais a sexta-parte do venci- viço extraordinário, quantia que iguale ou ultrapasse o valor do
mento ou remuneração, a estes incorporada para todos os efeitos. padrão do cargo de direção.
- Vide artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo, de § 2º - Aos titulares de cargos de direção, para efeito do pará-
05/10/1989. grafo anterior, apenas será paga gratificação por serviço extraor-
Artigo 131 - O funcionário que exercer cumulativamente car- dinário correspondente à quantia a esse título percebida pelo su-
gos ou funções, terá direito aos adicionais de que trata esta Seção, bordinado de padrão mais elevado.
isoladamente, referentes a cada cargo ou a função. Artigo 140 - A gratificação pela elaboração ou execução de
Artigo 132 - O ocupante de cargo em comissão fará jus aos trabalho técnico ou científico, ou de utilidade para o serviço, será
adicionais previstos nesta Seção, calculados sobre o vencimento arbitrada pelo Governador, após sua conclusão.
que perceber no exercício desse cargo, enquanto nele permane- Artigo 141 - A gratificação a título de representação, quando
cer. o funcionário for designado para serviço ou estudo fora do Estado,
Artigo 133 - Ao funcionário no exercício de cargo em substi- será arbitrada pelo Governador, ou por autoridade que a lei de-
tuição aplica-se o disposto no artigo anterior. terminar, podendo ser percebida cumulativamente com a diária.
Artigo 134 - Para efeito dos adicionais a que se refere esta Artigo 142 - A gratificação relativa ao exercício em órgão legal
Seção, será computado o tempo de serviço, na forma estabelecida de deliberação coletiva, será fixada pelo Governador.
nos arts. 76 e 78. Artigo 143 - A gratificação de representação de gabinete, fixa-
da em regulamento, não poderá ser percebida cumulativamente
SEÇÃO III com a referida no inciso I do art. 135.
DAS GRATIFICAÇÕES
SEÇÃO IV
Artigo 135 - Poderá ser concedida gratificação ao funcionário: DAS DIÁRIAS
I - pela prestação de serviço extraordinário;
II - pela elaboração ou execução de trabalho técnico ou cien- Artigo 144 - Ao funcionário que se deslocar temporariamente
tífico ou de utilidade para o serviço público; da respectiva sede, no desempenho de suas atribuições, ou em
III - a título de representação, quando em função de gabinete, missão ou estudo, desde que relacionados com o cargo que exer-
missão ou estudo fora do Estado ou designação para função de ce, poderá ser concedida, além do transporte, uma diária a título
confiança do Governador; de indenização das despesas de alimentação e pousada.
IV - quando designado para fazer parte de órgão legal de de- § 1º - Não será concedida diária ao funcionário removido ou
liberação coletiva; e transferido, durante o período de trânsito.
V - outras que forem previstas em lei. § 2º - Não caberá a concessão de diária quando o desloca-
Artigo 136 - A gratificação pela prestação de serviço extraor- mento de funcionário constituir exigência permanente do cargo
dinário será paga por hora de trabalho prorrogado ou antecipado ou função.
com base na remuneração da hora normal de trabalho, acrescida § 3º - Entende-se por sede o município onde o funcionário
de 50% (cinquenta por cento) do seu valor. (NR) tem exercício.
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº § 4º - O disposto no “caput” deste artigo não se aplica aos
1.361, de 21/10/2021. casos de missão ou estudo fora do País.
Parágrafo único - A prestação de serviço extraordinário não § 5º - As diárias relativas aos deslocamentos de funcionários
poderá exceder a duas horas diárias de trabalho. para outros Estados e Distrito Federal, serão fixadas por decreto.
Artigo 145 - O valor das diárias será fixado em decreto. (NR)

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- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 556, § 1º - A restituição poderá ser feita parceladamente, a juízo
de 15/07/1988. da autoridade que houver concedido a ajuda de custo, salvo no
Parágrafo único - Revogado. caso de recebimento indevido, em que a importância por devol-
- Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 556, ver será descontada integralmente do vencimento ou remunera-
de 15/07/1988. ção, sem prejuízo da pena disciplinar cabível.
Artigo 146 - A tabela de diárias, bem como as autoridades § 2º - A responsabilidade pela restituição de que trata este
que as concederem, deverão constar de decreto. artigo, atinge exclusivamente a pessoa do funcionário.
Artigo 147 - O funcionário que indevidamente receber diária, § 3º - Se o regresso do funcionário for determinado pela au-
será obrigado a restituí-la de uma só vez, ficando ainda sujeito à toridade competente ou por motivo de força maior devidamente
punição disciplinar. comprovado, não ficará ele obrigado a restituir a ajuda de custo.
Artigo 148 - É vedado conceder diárias com o objetivo de re- Artigo 154 - Caberá também ajuda de custo ao funcionário
munerar outros encargos ou serviços. designado para serviço ou estudo no estrangeiro.
Parágrafo único - Será responsabilizada a autoridade que in- Parágrafo único - A ajuda de custo de que trata este artigo
fringir o disposto neste artigo. será arbitrada pelo Governador.

SEÇÃO V SEÇÃO VI
DAS AJUDAS DE CUSTO DO SALÁRIO-FAMÍLIA E DO SALÁRIO-ESPOSA

Artigo 149 - A juízo da Administração, poderá ser concedida Artigo 155 - O salário-família será concedido ao funcionário
ajuda de custo ao funcionário que no interesse do serviço passar ou ao inativo por:
a ter exercício em nova sede. I - filho menor de 18 (dezoito) anos; e
§ 1º - A ajuda de custo destina-se a indenizar o funcionário II - filho inválido de qualquer idade.
das despesas de viagem e de nova instalação. Parágrafo único - Consideram-se dependentes, desde que vi-
§ 2º - O transporte do funcionário e de sua família compreen- vam total ou parcialmente às expensas do funcionário, os filhos de
de passagem e bagagem e correrá por conta do Governo. qualquer condição, os enteados e os adotivos, equiparando-se a
Artigo 150 - A ajuda de custo, desde que em território do País, estes os tutelados sem meios próprios de subsistência.
será arbitrada pelos Secretários de Estado, não podendo exceder Artigo 156 - A invalidez que caracteriza a dependência é a in-
importância correspondente a 3 (três) vezes o valor do padrão do capacidade total e permanente para o trabalho.
cargo. Artigo 157 - Quando o pai e a mãe tiverem ambos a condição
Parágrafo único - O regulamento fixará o critério para o arbi- de funcionário público ou de inativo e viverem em comum, o salá-
tramento, tendo em vista o número de pessoas que acompanham rio-família será concedido a um deles.
o funcionário, as condições de vida na nova sede, a distância a Parágrafo único - Se não viverem em comum, será concedido
ser percorrida, o tempo de viagem e os recursos orçamentários ao que tiver os dependentes sob sua guarda, ou a ambos, de acor-
disponíveis. do com a distribuição de dependentes.
Artigo 151 - Não será concedida ajuda de custo: Artigo 158 - Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto e a ma-
I - ao funcionário que se afastar da sede ou a ela voltar, em drasta e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes.
virtude de mandato eletivo; e Artigo 158-A - Fica assegurada, nas mesmas bases e condi-
II - ao que for afastado junto a outras Administrações. ções, ao cônjuge supérstite ou ao responsável legal pelos filhos do
Parágrafo único - O funcionário que recebeu ajuda de custo, casal, a percepção do salário-família a que tinha direito o funcio-
se for obrigado a mudar de sede dentro do período de 2 (dois) nário ou inativo falecidos. (NR)
anos poderá receber, apenas, 2/3 (dois terços) do benefício que - Artigo 158-A acrescentado pela Lei Complementar nº 177,
lhe caberia. de 28/04/1978.
Artigo 152 - Quando o funcionário for incumbido de serviço Artigo 159 - A concessão e a supressão do salário-família se-
que o obrigue a permanecer fora da sede por mais de 30 (trinta) rão processadas na forma estabelecida em lei.
dias, poderá receber ajuda de custo sem prejuízos das diárias que Artigo 160 - Não será pago o salário-família nos casos em que
lhe couberem. o funcionário deixar de perceber o respectivo vencimento ou re-
Parágrafo único - A importância dessa ajuda de custo será fi- muneração.
xada na forma do art. 150, não podendo exceder a quantia relati- Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica aos
va a 1 (uma) vez o valor do padrão do cargo. casos disciplinares e penais, nem aos de licença por motivo de
Artigo 153 - Restituirá a ajuda de custo que tiver recebido: doença em pessoa da família.
I - o funcionário que não seguir para a nova sede dentro dos Artigo 161 - É vedada a percepção de salário-família por de-
prazos fixados, salvo motivo independente de sua vontade, de- pendente em relação ao qual já esteja sendo pago este benefício
vidamente comprovado sem prejuízo da pena disciplinar cabível; por outra entidade pública federal, estadual ou municipal, ficando
II - o funcionário que, antes de concluir o serviço que lhe foi o infrator sujeito às penalidades da lei.
cometido, regressar da nova sede, pedir exoneração ou abando- Artigo 162 - Revogado.
nar o cargo. - Artigo 162 revogado pela Lei Complementar nº 1.361, de
21/10/2021, com efeitos a partir de 01/11/2021.
Parágrafo único - Revogado.
- Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 1.361,
de 21/10/2021, com efeitos a partir de 01/11/2021.
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SEÇÃO VII - § 6º revogado pela Lei Complementar nº 1.123, de


OUTRAS CONCESSÕES PECUNIÁRIAS 01/07/2010.
§ 7º - Revogado.
Artigo 163 - O Estado assegurará ao funcionário o direito de - § 7º revogado pela Lei Complementar nº 1.123, de
pleno ressarcimento de danos ou prejuízos, decorrentes de aci- 01/07/2010.
dentes no trabalho, do exercício em determinadas zonas ou locais Artigo 169 - O Governo do Estado poderá conceder prêmios
e da execução de trabalho especial, com risco de vida ou saúde. em dinheiro, dentro das dotações orçamentárias próprias, aos
Artigo 164 - Ao funcionário licenciado, para tratamento de funcionários autores dos melhores trabalhos, classificados em
saúde poderá ser concedido transporte, se decorrente do trata- concursos de monografias de interesse para o serviço público.
mento, inclusive para pessoa de sua família. Artigo 170 - Revogado.
Artigo 165 - Poderá ser concedido transporte à família do fun- - Artigo 170 revogado pelo Decreto-Lei nº 24, de 28/03/1969.
cionário, quando este falecer fora da sede de exercício, no desem-
penho de serviço. CAPÍTULO III
§ 1º - A mesma concessão poderá ser feita à família do funcio- DAS ACUMULAÇÕES REMUNERADAS
nário falecido fora do Estado.
§ 2º - Só serão atendidos os pedidos de transporte formula- Artigo 171 - É vedada a acumulação remunerada, exceto:
dos dentro do prazo de 1 (um) ano, a partir da data em que houver I - a de um juiz e um cargo de professor;
falecido o funcionário. II - a de dois cargos de professor;
Artigo 166 - Revogado. III - a de um cargo de professor e outro técnico ou científico; e
- Artigo 166 revogado pelo Decreto-lei de 27/02/1970. IV - a de dois cargos privativos de médico.
Artigo 167 - A concessão de que trata o artigo anterior só po- - Vide artigo 37, XVI, da Constituição Federal.
derá ser deferida ao funcionário que se encontre no exercício do § 1º - Em qualquer dos casos, a acumulação somente é per-
cargo e mantenha contato com o público, pagando ou recebendo mitida quando haja correlação de matérias e compatibilidade de
em moeda corrente. horários.
Artigo 168 - Ao cônjuge, ao companheiro ou companheira ou, § 2º - A proibição de acumular se estende a cargos, funções
na falta destes, à pessoa que provar ter feito despesas em virtude ou empregos em autarquias, empresas públicas e sociedades de
do falecimento de funcionário ativo ou inativo será concedido au- economia mista.
xílio-funeral, a título de benefício assistencial, de valor correspon- § 3º - A proibição de acumular proventos não se aplica aos
dente a 1 (um) mês da respectiva remuneração. (NR) aposentados, quanto ao exercício de mandato eletivo, cargo em
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº comissão ou ao contrato para prestação de serviços técnicos ou
1.123, de 01/07/2010. especializados.
§ 1º - o pagamento será efetuado pelo órgão competente, Artigo 172 - O funcionário ocupante de cargo efetivo, ou em
mediante apresentação de atestado de óbito pelas pessoas indi- disponibilidade, poderá ser nomeado para cargo em comissão,
cadas no “caput” deste artigo, ou procurador legalmente habilita- perdendo, durante o exercício desse cargo, o vencimento ou re-
do, feita a prova de identidade. (NR) muneração do cargo efetivo ou o provento, salvo se optar pelo
- § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de mesmo.
01/07/2010. Artigo 173 - Não se compreende na proibição de acumular,
§ 2º - no caso de integrante da carreira de Agente de Segu- desde que tenha correspondência com a função principal, a per-
rança Penitenciária ou da classe de Agente de Escolta e Vigilância cepção das vantagens enumeradas no art. 124.
Penitenciária, se ficar comprovado, por meio de competente apu- Artigo 174 - Verificado, mediante processo administrativo,
ração, que o óbito decorreu de lesões recebidas no exercício de que o funcionário está acumulando, fora das condições previstas
suas funções, o benefício será acrescido do valor correspondente neste Capítulo, será ele demitido de todos os cargos e funções e
a mais 1 (um) mês da respectiva remuneração, cujo pagamento obrigado a restituir o que indevidamente houver recebido.
será efetivado mediante apresentação de alvará judicial. (NR) § 1º - Provada a boa-fé, o funcionário será mantido no cargo
- § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de ou função que exercer há mais tempo.
01/07/2010. § 2º - Em caso contrário, o funcionário demitido ficará ainda
§ 3º - o pagamento do benefício previsto neste artigo, caso as inabilitado pelo prazo de 5 (cinco) anos, para o exercício de fun-
despesas tenham sido custeadas por terceiros, em virtude da con- ção ou cargo público, inclusive em entidades que exerçam função
tratação de planos funerários, somente será efetivado mediante delegada do poder público ou são por este mantidas ou adminis-
apresentação de alvará judicial. (NR) tradas.
- § 3º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de Artigo 175 - As autoridades civis e os chefes de serviço, bem
01/07/2010. como os diretores ou responsáveis pelas entidades referidas no
§ 4º - Revogado. parágrafo 2º do artigo anterior e os fiscais ou representantes dos
- § 4º revogado pela Lei Complementar nº 1.123, de poderes públicos junto às mesmas, que tiverem conhecimento
01/07/2010. de que qualquer dos seus subordinados ou qualquer empregado
§ 5º - Revogado. da empresa sujeita à fiscalização está no exercício de acumulação
- § 5º revogado pela Lei Complementar nº 1.123, de proibida, farão a devida comunicação ao órgão competente, para
01/07/2010. os fins indicados no artigo anterior.
§ 6º - Revogado. Parágrafo único - Qualquer cidadão poderá denunciar a exis-
tência de acumulação ilegal.
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TÍTULO V V - para cumprir obrigações concernentes ao serviço militar;


DOS DIREITOS E VANTAGENS EM GERAL (NR)
- Inciso V com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123,
CAPÍTULO I de 01/07/2010.
DAS FÉRIAS VI - para tratar de interesses particulares; (NR)
- Inciso VI com redação dada pela Lei Complementar nº
Artigo 176 - O funcionário terá direito ao gozo de 30 (trinta) 1.123, de 01/07/2010.
dias de férias anuais, observada a escala que for aprovada. VII - no caso previsto no artigo 205; (NR)
§ 1º - É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao tra- - Inciso VII com redação dada pela Lei Complementar nº
balho. 1.123, de 01/07/2010.
§ 2º - É proibida a acumulação de férias, salvo por absoluta VIII - compulsoriamente, como medida profilática; (NR)
necessidade de serviço e pelo máximo de 2 (dois) anos consecu- - Inciso VIII com redação dada pela Lei Complementar nº
tivos. 1.123, de 01/07/2010.
§ 3º - O período de férias será reduzido para 20 (vinte) dias, IX - como prêmio de assiduidade; (NR)
se o funcionário, no exercício anterior, tiver, considerados em con- - Inciso IX com redação dada pela Lei Complementar nº
junto, mais de 10 (dez) não comparecimentos correspondentes a 1.123, de 01/07/2010.
faltas justificadas e injustificadas ou às licenças previstas nos itens X - para doação de tecidos, de órgãos, de parte de órgãos e
IV, VI e VII do artigo 181. (NR) de partes do corpo vivo para fins terapêuticos ou de transplantes
- § 3º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.361, de intervivos, nas hipóteses autorizadas pela legislação federal e me-
21/10/2021. diante inspeção médica, observado o estabelecido em decreto.
§ 4º - Durante as férias, o funcionário terá direito a todas as (NR)
vantagens, como se estivesse em exercício. - Inciso X acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
Artigo 177 - Atendido o interesse do serviço, o funcionário 21/10/2021.
poderá gozar férias de uma só vez ou em dois períodos iguais. § 1º - Ao funcionário ocupante exclusivamente de cargo em
Artigo 178 - Somente depois do primeiro ano de exercício no comissão serão concedidas as licenças previstas neste artigo, sal-
serviço público, adquirirá o funcionário direito a férias. vo as referidas nos incisos IV, VI e VII. (NR)
Parágrafo único - Será contado para efeito deste artigo o tem- - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.123, de
po de serviço prestado em outro cargo público, desde que entre a 01/07/2010, revogado o parágrafo único.
cessação do anterior e o início do subseqüente exercício não haja § 2º - As licenças previstas nos incisos I a III serão concedidas
interrupção superior a 10 (dez) dias. ao funcionário de que trata o § 1º deste artigo mediante regras
Artigo 179 - Caberá ao chefe da repartição ou do serviço, or- estabelecidas pelo regime geral de previdência social. (NR)
ganizar, no mês de dezembro, a escala de férias para o ano seguin- - § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.123, de
te, que poderá alterar de acordo com a conveniência do serviço. 01/07/2010.
Artigo 180 - O funcionário transferido ou removido, quando Artigo 182 - As licenças dependentes de inspeção médica se-
em gozo de férias, não será obrigado a apresentar-se antes de ter- rão concedidas pelo prazo indicado pelos órgãos oficiais compe-
miná-las. tentes. (NR)
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123,
CAPÍTULO II de 01/07/2010.
DAS LICENÇAS Parágrafo único - A licença prevista no inciso X do artigo 181
não poderá ser concedida mais de uma vez por ano, salvo nos
SEÇÃO I casos de doação de medula óssea para o mesmo receptor. (NR)
DISPOSIÇÕES GERAIS - Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº
1.361, de 21/10/2021.
Artigo 181 - O funcionário efetivo poderá ser licenciado:(NR) Artigo 183 - Finda a licença, o funcionário deverá reassumir,
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº imediatamente, o exercício do cargo.(NR)
1.123, de 01/07/2010. - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº
I - para tratamento de saúde; (NR) 1.123, de 01/07/2010.
- Inciso I com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, § 1º - o disposto no “caput” deste artigo não se aplica às
de 01/07/2010. licenças previstas nos incisos V e VII do artigo 181, quando em
II - quando acidentado no exercício de suas atribuições ou prorrogação. (NR)
acometido por doença profissional; (NR) - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.123, de
- Inciso II com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, 01/07/2010, revogado o parágrafo único.
de 01/07/2010. § 2º - A infração do disposto no ‘caput’ deste artigo importará
III - no caso previsto no artigo 198; (NR) perda total do vencimento ou remuneração correspondente ao
- Inciso III com redação dada pela Lei Complementar nº período de ausência e, se esta exceder 15 (quinze) dias consecu-
1.123, de 01/07/2010. tivos, ficará o funcionário sujeito à pena de demissão por inassi-
IV - por motivo de doença em pessoa de sua família; (NR) duidade. (NR)
- Inciso IV com redação dada pela Lei Complementar nº - § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.361, de
1.123, de 01/07/2010. 21/10/2021.

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Artigo 184 - O funcionário licenciado nos termos dos itens I Artigo 192 - O funcionário ocupante de cargo em comissão
a IV do art. 181, é obrigado a reassumir o exercício, se for consi- poderá ser aposentado, nas condições do artigo anterior, desde
derado apto em inspeção médica realizada ex-officio ou se não que preencha os requisitos do art. 227.
subsistir a doença na pessoa de sua família. Artigo 193 - A licença para tratamento de saúde dependerá
Parágrafo único - O funcionário poderá desistir da licença, de inspeção médica oficial e poderá ser concedida: (NR)
desde que em inspeção médica fique comprovada a cessação dos - “Caput” com redação dada pela Lei complementar nº 1.196,
motivos determinantes da licença. de 27/02/2013.
Artigo 185 - As licenças previstas nos incisos I, II e IV do artigo I - a pedido do funcionário; (NR)
181 não serão concedidas em prorrogação, cabendo ao funcioná- - Inciso I com redação dada pela Lei complementar nº 1.196,
rio ou à autoridade competente ingressar, quando for o caso, com de 27/02/2013.
um novo pedido. (NR) II - “ex officio”. (NR)
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº - Inciso II com redação dada pela Lei complementar nº 1.196,
1.123, de 01/07/2010. de 27/02/2013.
§ 1º- Revogado. § 1º - A inspeção médica de que trata o “caput” deste arti-
- § 1º revogado pela Lei Complementar nº 1.123, de go poderá ser dispensada, a critério do órgão oficial, quando a
01/07/2010. análise documental for suficiente para comprovar a incapacidade
§ 2º- Revogado. laboral, observado o estabelecido em decreto. (NR)
- § 2º revogado pela Lei Complementar nº 1.123, de - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.196, de
01/07/2010. 27/02/2013.
Artigo 186 - Revogado. § 2º - A licença “ex officio” de que trata o inciso II deste artigo
- Artigo 186 revogado pela Lei Complementar nº 1.123, de será concedida por decisão do órgão oficial: (NR)
01/07/2010. - § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.196, de
Artigo 187 - O funcionário afastado em licença para tratamen- 27/02/2013.
to de saúde ou por acidente de trabalho não poderá dedicar-se 1 - quando as condições de saúde do funcionário assim o de-
a atividade remunerada, sob pena de ser cassada a licença, su- terminarem; (NR)
jeitando-se, também, à apuração de responsabilidade funcional. - Item 1 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.196, de
(NR) 27/02/2013.
- Artigo 187 com redação dada pela Lei Complementar nº 2 - a pedido do órgão de origem do funcionário. (NR)
1.361, de 21/10/2021. - Item 2 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.196, de
Artigo 188 - Revogado. 27/02/2013.
- Artigo 188 revogado pela Lei Complementar nº 1.123, de § 3º - Revogado.
01/07/2010. - § 3º revogado pela Lei Complementar nº 1.361, de
Artigo 189 - Revogado. 21/10/2021, com efeitos a partir de 01/11/2021.
- Artigo 189 revogado pela Lei Complementar nº 1.123, de
01/07/2010. SEÇÃO III
Artigo 190 - O funcionário que se recusar a submeter-se à ins- DA LICENÇA AO FUNCIONÁRIO ACIDENTADO NO EXERCÍCIO
peção médica, quando julgada necessária, será punido com pena DE SUAS ATRIBUIÇÕES OU ATACADO DE DOENÇA PROFISSIO-
de suspensão. NAL
Parágrafo único - A suspensão cessará no dia em que se rea-
lizar a inspeção. Artigo 194 - O funcionário acidentado no exercício de suas
atribuições ou que tenha adquirido doença profissional terá direi-
SEÇÃO II to à licença com vencimento ou remuneração. (NR)
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº
1.123, de 01/07/2010.
Artigo 191 - Ao funcionário que, por motivo de saúde, estiver Parágrafo único - Considera-se também acidente: (NR)
impossibilitado para o exercício do cargo, será concedida licença - Parágrafo único com redação dada pela Lei Complementar
até o máximo de 4 (quatro) anos, com vencimento ou remunera- nº 1.123, de 01/07/2010.
ção. (NR) 1 - a agressão sofrida e não provocada pelo funcionário, no
- “Caput” com redação dada pela Lei complementar nº 1.196, exercício de suas funções; (NR)
de 27/02/2013. - Item 1 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.123, de
§ 1º - Findo o prazo, previsto neste artigo, o funcionário será 01/07/2010.
submetido à inspeção médica e aposentado, desde que verificada 2 - a lesão sofrida pelo funcionário, quando em trânsito, no
a sua invalidez, permitindo-se o licenciamento além desse prazo, percurso usual para o trabalho. (NR)
quando não se justificar a aposentadoria. - Item 2 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.123, de
§ 2º - Será obrigatória a reversão do aposentado, desde que 01/07/2010.
cessados os motivos determinantes da aposentadoria. Artigo 195 - A licença prevista no artigo anterior não poderá
- Vide artigo 43, III, da Lei Complementar nº 1.374, de exceder de 4 (quatro) anos.
30/03/2022, com efeitos a partir de 60 (sessenta) dias após a data Parágrafo único - No caso de acidente, verificada a incapaci-
da sua publicação. dade total para qualquer função pública, será desde logo concedi-
da aposentadoria ao funcionário.
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Artigo 196 - A comprovação do acidente, indispensável para - Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº
a concessão da licença, será feita em procedimento próprio, que 1.054, de 07/07/2008.
deverá iniciar-se no prazo de 10 (dez) dias, contados da data do
acidente. (NR) SEÇÃO V
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍ-
1.123, de 01/07/2010. LIA
§ 1º - O funcionário deverá requerer a concessão da licença
de que trata o “caput” deste artigo junto ao órgão de origem. (NR) Artigo 199 - O funcionário poderá obter licença, por motivo
- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.123, de de doença do cônjuge e de parentes até segundo grau. (NR)
01/07/2010. - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº
§ 2º - Concluído o procedimento de que trata o “caput” deste 1.123, de 01/07/2010.
artigo caberá ao órgão médico oficial a decisão. (NR) § 1º - Provar-se-á a doença em inspeção médica na forma
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.123, de prevista no artigo 193. (NR)
01/07/2010. - § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de
§ 3º - O procedimento para a comprovação do acidente de 01/07/2010.
que trata este artigo deverá ser cumprido pelo órgão de origem § 2º - A licença de que trata este artigo será concedida com
do funcionário, ainda que não venha a ser objeto de licença. (NR) vencimentos ou remuneração até 1 (um) mês e com os seguintes
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.123, de descontos: (NR)
01/07/2010. - § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de
Artigo 197 - Para a conceituação do acidente da doença pro- 01/07/2010.
fissional, serão adotados os critérios da legislação federal de aci- 1 - de 1/3 (um terço), quando exceder a 1 (um) mês até 3
dentes do trabalho. (três);
- Inciso I transformado em item 1 pela Lei Complementar nº
SEÇÃO IV 1.123, de 01/07/2010.
DA LICENÇA À FUNCIONÁRIA GESTANTE 2 - 2/3 (dois terços), quando exceder a 3 (três) até 6 (seis);
(NR)
Artigo 198 - À funcionária gestante será concedida licença de - Inciso II transformado em item 2, com redação dada pela Lei
180 (cento e oitenta) dias com vencimento ou remuneração, ob- Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.
servado o seguinte: (NR) 3 - sem vencimento ou remuneração do sétimo ao vigésimo
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº mês.
1.196, de 27/02/2013. - Inciso III transformado em item 3 pela Lei Complementar nº
I - a licença poderá ser concedida a partir da 32ª (trigésima 1.123, de 01/07/2010.
segunda) semana de gestação, mediante documentação médica § 3º - Para os efeitos do § 2º deste artigo, serão somadas as
que comprove a gravidez e a respectiva idade gestacional; (NR). licenças concedidas durante o período de 20 (vinte) meses, conta-
- Inciso I com redação dada pela Lei Complementar nº 1.196, do da primeira concessão. (NR)
de 27/02/2013. - § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.123, de
II - ocorrido o parto, sem que tenha sido requerida a licença, 01/07/2010.
será esta concedida mediante a apresentação da certidão de nas-
cimento e vigorará a partir da data do evento, podendo retroagir SEÇÃO VI
até 15 (quinze) dias; (NR) DA LICENÇA PARA ATENDER A OBRIGAÇÕES CONCERNENTES
- Inciso II acrescentado pela Lei Complementar nº 1.054, de AO SERVIÇO MILITAR
07/07/2008.
III - durante a licença, cometerá falta grave a servidora que Artigo 200 - Ao funcionário que for convocado para o serviço
exercer qualquer atividade remunerada ou mantiver a criança em militar e outros encargos da segurança nacional, será concedida
creche ou organização similar; (NR) licença sem vencimento ou remuneração.
- Inciso III acrescentado pela Lei Complementar nº 1.054, de § 1º - A licença será concedida mediante comunicação do fun-
07/07/2008. cionário ao chefe da repartição ou do serviço, acompanhada de
§ 1º - Revogado. documentação oficial que prove a incorporação.
- § 1º revogado pela Lei Complementar nº 1.054, de § 2º - O funcionário desincorporado reassumirá imediata-
07/07/2008. mente o exercício, sob pena de demissão por inassiduidade, se a
§ 2º - Revogado. ausência exceder 15 (quinze) dias consecutivos. (NR)
- § 2º revogado pela Lei Complementar nº 1.054, de - § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.361, de
07/07/2008. 21/10/2021.
§ 3º - Revogado. § 3º - Quando a desincorporação se verificar em lugar diverso
- § 3º revogado pela Lei Complementar nº 1.054, de do da sede, os prazos para apresentação serão os previstos no
07/07/2008. art. 60.
Parágrafo único - No caso de natimorto, será concedida a li- Artigo 201 - Ao funcionário que houver feito curso para ser
cença para tratamento de saúde, a critério médico, na forma pre- admitido como oficial da reserva das Forças Armadas, será tam-
vista no artigo 193. (NR) bém concedida licença sem vencimento ou remuneração, durante
os estágios prescritos pelos regulamentos militares.
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SEÇÃO VII Artigo 210 - Para fins da licença prevista nesta Seção, não se
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES consideram interrupção de exercício:
I - os afastamentos enumerados no artigo 78;(NR)
Artigo 202 - Depois de 5 (cinco) anos de exercício, o funcioná- - Inciso I com redação dada pela Lei Complementar nº 1.361,
rio poderá obter licença, sem vencimento ou remuneração, para de 21/10/2021.
tratar de interesses particulares, pelo prazo máximo de 2 (dois) II - as faltas justificadas e os dias de licença a que se referem
anos. os itens I e IV do artigo 181, desde que o total de todas essas au-
§ 1º - Poderá ser negada a licença quando o afastamento do sências não exceda o limite máximo de 25 (vinte e cinco) dias, no
funcionário for inconveniente ao interesse do serviço. período de 5 (cinco) anos. (NR)
§ 2º - O funcionário deverá aguardar em exercício a conces- - Inciso II com redação dada pela Lei Complementar nº 1.361,
são da licença. de 21/10/2021.
§ 3º - A licença poderá ser gozada parceladamente a juízo da Artigo 211 - Revogado.
Administração, desde que dentro do período de 3 (três) anos. - Artigo 211 revogado pela Lei Complementar nº 318, de
§ 4º - O funcionário poderá desistir da licença, a qualquer 10/03/1983.
tempo, reassumindo o exercício em seguida. Artigo 212 - A licença-prêmio será concedida mediante certi-
Artigo 203 - Não será concedida licença para tratar de interes- dão de tempo de serviço, independente de requerimento do fun-
ses particulares ao funcionário nomeado, removido ou transferi- cionário, e será publicada no Diário Oficial do Estado, nos termos
do, antes de assumir o exercício do cargo. da legislação em vigor. (NR)
Artigo 204 - Só poderá ser concedida nova licença depois de - Artigo 212 com redação dada pela Lei Complementar nº
decorridos 5 (cinco) anos do término da anterior. 1048, de 10/06/2008.
Artigo 213 - O funcionário poderá requerer o gozo da licen-
SEÇÃO VIII ça-prêmio: (NR)
DA LICENÇA À FUNCIONÁRIA CASADA COM FUNCIONÁRIO - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº
OU MILITAR 1.048, de 10/06/2008.
I - por inteiro ou em parcelas não inferiores a 15 (quinze)
Artigo 205 - A funcionária casada com funcionário estadual dias; (NR)
ou com militar terá direito à licença, sem vencimento ou remune- - Inciso I acrescentado pela Lei Complementar nº 1.048, de
ração, quando o marido for mandado servir, independentemente 10/06/2008.
de solicitação, em outro ponto do Estado ou do território nacional II - até o implemento das condições para a aposentadoria vo-
ou no estrangeiro. luntária. (NR)
Parágrafo único - A licença será concedida mediante pedido - Inciso II acrescentado pela Lei Complementar nº 1.048, de
devidamente instruído e vigorará pelo tempo que durar a comis- 10/06/2008.
são ou a nova função do marido. § 1º - Caberá à autoridade competente: (NR)
- § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.048, de
SEÇÃO IX 10/06/2008.
DA LICENÇA COMPULSÓRIA 1 - adotar, após manifestação do chefe imediato, sem prejuí-
zo para o serviço, as medidas necessárias para que o funcionário
Artigo 206 - O funcionário, ao qual se possa atribuir a con- possa gozar a licença-prêmio a que tenha direito; (NR)
dição de fonte de infecção de doença transmissível, poderá ser - Item 1 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.048, de
licenciado, enquanto durar essa condição, a juízo de autoridade 10/06/2008.
sanitária competente, e na forma prevista no regulamento. 2 - decidir, após manifestação do chefe imediato, observada
Artigo 207 - Verificada a procedência da suspeita, o funcioná- a opção do funcionário e respeitado o interesse do serviço, pelo
rio será licenciado para tratamento de saúde na forma prevista no gozo da licença-prêmio por inteiro ou parceladamente. (NR)
art. 191, considerando-se incluídos no período da licença os dias - Item 2 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.048, de
de licenciamento compulsório. 10/06/2008.
Artigo 208 - Quando não positivada a moléstia, deverá o fun-
cionário retornar ao serviço, considerando -se como de efetivo § 2º - A apresentação de pedido de passagem à inatividade,
exercício para todos os efeitos legais, o período de licença com- sem a prévia e oportuna apresentação do requerimento de gozo,
pulsória. implicará perda do direito à licença-prêmio. (NR)
- § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.048, de
SEÇÃO X 10/06/2008.
DA LICENÇA-PRÊMIO Artigo 214 - O funcionário deverá aguardar em exercício a
apreciação do requerimento de gozo da licença-prêmio. (NR)
Artigo 209 - O funcionário terá direito, como prêmio de as- - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº
siduidade, à licença de 90 (noventa) dias em cada período de 5 1.048, de 10/06/2008.
(cinco) anos de exercício ininterrupto, em que não haja sofrido Parágrafo único - O gozo da licença-prêmio dependerá de
qualquer penalidade administrativa. novo requerimento, caso não se inicie em até 30 (trinta) dias con-
Parágrafo único - O período da licença será considerado de tados da publicação do ato que o houver autorizado. (NR)
efetivo exercício para todos os efeitos legais, e não acarretará des- - Parágrafo único com redação dada pela Lei Complementar
conto algum no vencimento ou remuneração. nº 1.048, de 10/06/2008.
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Artigo 215 - Revogado. Parágrafo único - O funcionário se afastará no dia imediato


- “Caput” revogado pela Lei Complementar nº 644, de àquele em que atingir a idade limite, independentemente da pu-
26/12/1989. blicação do ato declaratório da aposentadoria.
Parágrafo único - Revogado. Artigo 225 - O funcionário em disponibilidade poderá ser apo-
- Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 644, de sentado nos termos do art. 222.
26/12/1989. Artigo 226 - O provento da aposentadoria será:
Artigo 216 - Revogado. I - igual ao vencimento ou remuneração e demais vantagens
- Artigo 216 revogado pela Lei Complementar nº 644, de pecuniárias incorporadas para esse efeito:
26/12/1989. 1 - quando o funcionário, do sexo masculino, contar 35 (trinta
e cinco) anos de serviço e do sexo feminino, 30 (trinta) anos; e
CAPÍTULO III 2 - quando ocorrer a invalidez.
DA ESTABILIDADE II - proporcional ao tempo de serviço, nos demais casos.
Artigo 227 - As disposições dos itens I e II do art. 222 aplicam-
Artigo 217 - É assegurada a estabilidade somente ao funcio- -se ao funcionário ocupante de cargo em comissão, que contar
nário que, nomeado por concurso, contar mais de 2 (dois) anos de mais de 15 (quinze) anos de exercício ininterrupto nesse cargo,
efetivo exercício. seja ou não ocupante de cargo de provimento efetivo.
Artigo 218 - O funcionário estável só poderá ser demitido em Artigo 228 - A aposentadoria prevista no item III do art. 222
virtude de sentença judicial ou mediante processo administrativo, produzirá efeito a partir da publicação do ato no “Diário Oficial”.
assegurada ampla defesa. Artigo 229 - O pagamento dos proventos a que tiver direito o
Parágrafo único - A estabilidade diz respeito ao serviço pú- aposentado deverá iniciar-se no mês seguinte ao em que cessar a
blico e não ao cargo, ressalvando-se à Administração o direito de percepção do vencimento ou remuneração.
aproveitar o funcionário em outro cargo de igual padrão, de acor- Artigo 230 - O provento do aposentado só poderá sofrer des-
do com as suas aptidões. contos autorizados em lei.
Artigo 231 - O provento da aposentadoria não poderá ser su-
CAPÍTULO IV perior ao vencimento ou remuneração e demais vantagens perce-
DA DISPONIBILIDADE bidas pelo funcionário.
Artigo 232 - Qualquer alteração do vencimento ou remune-
Artigo 219 - O funcionário poderá ser posto em disponibilida- ração e vantagens percebidas pelo funcionário em virtude de me-
de remunerada: dida geral, será extensiva ao provento do aposentado, na mesma
I - no caso previsto no § 2º do art. 31; e proporção.
II - quando, tendo adquirido estabilidade, o cargo for extinto
por lei. CAPÍTULO VI
Parágrafo único - O funcionário ficará em disponibilidade até DA ASSISTÊNCIA AO FUNCIONÁRIO
o seu obrigatório aproveitamento em cargo equivalente.
Artigo 220 - O provento da disponibilidade não poderá ser Artigo 233 - Nos trabalhos insalubres executados pelos fun-
superior ao vencimento ou remuneração e vantagens percebidos cionários, o Estado é obrigado a fornecer-lhes gratuitamente equi-
pelo funcionário. pamentos de proteção à saúde.
Artigo 221 - Qualquer alteração do vencimento ou remune- Parágrafo único - Os equipamentos aprovados por órgão com-
ração e vantagens percebidas pelo funcionário em virtude de me- petente, serão de uso obrigatório dos funcionários, sob pena de
dida geral, será extensiva ao provento do disponível, na mesma suspensão.
proporção. Artigo 234 - Ao funcionário é assegurado o direito de remo-
ção para igual cargo no local de residência do cônjuge, se este
CAPÍTULO V também for funcionário e houver vaga.
DA APOSENTADORIA Artigo 235 - Havendo vaga na sede do exercício de ambos os
cônjuges, a remoção poderá ser feita para o local indicado por
Artigo 222 - O funcionário será aposentado: qualquer deles, desde que não prejudique o serviço.
I - por invalidez; Artigo 236 - Somente será concedida nova remoção por união
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos; e de cônjuges ao funcionário que for removido a pedido para outro
III - voluntariamente, após 35 (trinta e cinco) anos de serviço. local, após transcorridos 5 (cinco) anos.
§ 1º - No caso do item III, o prazo é reduzido a 30 (trinta) anos Artigo 237 - Considera-se local, para os fins dos arts. 234 a
para as mulheres. 236, o município onde o cônjuge tem sua residência.
§ 2º - Os limites de idade e de tempo de serviço para a apo- Artigo 238 - O ato que remover ou transferir o funcionário
sentadoria poderão ser reduzidos, nos termos do parágrafo único estudante de uma para outra cidade ficará suspenso se, na nova
do art. 94 da Constituição do Estado de São Paulo. sede, não existir estabelecimento congênere, oficial, reconhecido
Artigo 223 - A aposentadoria prevista no item I do artigo an- ou equiparado àquele em que o interessado esteja matriculado.
terior, só será concedida, após a comprovação da invalidez do fun- § 1º - Efetivar-se-á a transferência, se o funcionário concluir o
cionário, mediante inspeção de saúde realizada em órgão médico curso, deixar de cursá-lo ou for reprovado durante 2 (dois) anos.
oficial. § 2º - Anualmente, o interessado deverá fazer prova, perante
Artigo 224 - A aposentadoria compulsória prevista no item II a repartição a que esteja subordinado, de que está freqüentando
do art. 222 é automática. regularmente o curso em que estiver matriculado.
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CAPÍTULO VII - Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 942,


DO DIREITO DE PETIÇÃO de 06/06/2003.

Artigo 239 - É assegurado a qualquer pessoa, física ou jurídi- TÍTULO VI


ca, independentemente de pagamento, o direito de petição con- DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES E DAS RESPONSABILIDADES
tra ilegalidade ou abuso de poder e para defesa de direitos. (NR)
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, CAPÍTULO I
de 06/06/2003. DOS DEVERES E DAS PROIBIÇÕES
I - Revogado.
- Inciso I revogado pela Lei Complementar nº 942, de SEÇÃO I
06/06/2003. DOS DEVERES
1. Revogado.
- Item 1 revogado pela Lei Complementar nº 942, de Artigo 241 - São deveres do funcionário:
06/06/2003. I - ser assíduo e pontual;
2. Revogado. II - cumprir as ordens superiores, representando quando fo-
- Item 2 revogado pela Lei Complementar nº 942, de rem manifestamente ilegais;
06/06/2003. III - desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for
II - Revogado. incumbido;
- Inciso II revogado pela Lei Complementar nº 942, de IV - guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e, especial-
06/06/2003. mente, sobre despachos, decisões ou providências;
III - Revogado. V - representar aos superiores sobre todas as irregularidades
- Inciso III revogado pela Lei Complementar nº 942, de de que tiver conhecimento no exercício de suas funções;
06/06/2003. VI - tratar com urbanidade as pessoas; (NR)
IV - Revogado. - Inciso VI com redação dada pela Lei Complementar nº 1.096,
- Inciso IV revogado pela Lei Complementar nº 942, de de 24/09/2009.
06/06/2003. VII - residir no local onde exerce o cargo ou, onde autorizado;
V - Revogado. VIII - providenciar para que esteja sempre em ordem, no as-
- Inciso V revogado pela Lei Complementar nº 942, de sentamento individual, a sua declaração de família;
06/06/2003. IX - zelar pela economia do material do Estado e pela conser-
VI - Revogado. vação do que for confiado à sua guarda ou utilização;
- Inciso VI revogado pela Lei Complementar nº 942, de X - apresentar -se convenientemente trajado em serviço ou
06/06/2003. com uniforme determinado, quando for o caso;
VII - Revogado. XI - atender prontamente, com preferência sobre qualquer
- Inciso VII revogado pela Lei Complementar nº 942, de outro serviço, às requisições de papéis, documentos, informações
06/06/2003. ou providências que lhe forem feitas pelas autoridades judiciárias
§ 1º - Qualquer pessoa poderá reclamar sobre abuso, erro, ou administrativas, para defesa do Estado, em Juízo;
omissão ou conduta incompatível no serviço público. (NR) XII - cooperar e manter espírito de solidariedade com os com-
- § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 942, de panheiros de trabalho,
06/06/2003. XIII - estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, ins-
§ 2º - Em nenhuma hipótese, a Administração poderá recu- truções e ordens de serviço que digam respeito às suas funções; e
sar-se a protocolar, encaminhar ou apreciar a petição, sob pena XIV - proceder na vida pública e privada na forma que dignifi-
de responsabilidade do agente. (NR) que a função pública.
- § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 942, de
06/06/2003. SEÇÃO II
§ 3º - Revogado. DAS PROIBIÇÕES
- § 3º revogado pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003.
Artigo 240 - Ao servidor é assegurado o direito de requerer Artigo 242 - Ao funcionário é proibido:
ou representar, bem como, nos termos desta lei complementar, I - Revogado.
pedir reconsideração e recorrer de decisões, no prazo de 30 (trin- - Inciso I revogado pela Lei Complementar nº 1.096, de
ta) dias, salvo previsão legal específica. (NR) 24/09/2009.
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, II - retirar, sem prévia permissão da autoridade competente,
de 06/06/2003. qualquer documento ou objeto existente na repartição;
I - Revogado. III - entreter-se, durante as horas de trabalho, em palestras,
- Inciso I revogado pela Lei Complementar nº 942, de leituras ou outras atividades estranhas ao serviço;
06/06/2003. IV - deixar de comparecer ao serviço sem causa justificada;
II - Revogado. V - tratar de interesses particulares na repartição;
- Inciso II revogado pela Lei Complementar nº 942, de VI - promover manifestações de apreço ou desapreço dentro
06/06/2003. da repartição, ou tornar-se solidário com elas;
Parágrafo único - Revogado. VII - exercer comércio entre os companheiros de serviço, pro-
mover ou subscrever listas de donativos dentro da repartição; e
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VIII - empregar material do serviço público em serviço parti- - Item 2 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
cular. 21/10/2021.
Artigo 243 - É proibido ainda, ao funcionário: Artigo 244 - É vedado ao funcionário trabalhar sob as ordens
I - fazer contratos de natureza comercial e industrial com o imediatas de parentes, até segundo grau, salvo quando se tratar
Governo, por si, ou como representante de outrem; de função de confiança e livre escolha, não podendo exceder a 2
II - participar da gerência ou administração de empresas ban- (dois) o número de auxiliares nessas condições.
cárias ou industriais, ou de sociedades comerciais, que mante-
nham relações comerciais ou administrativas com o Governo do CAPÍTULO II
Estado, sejam por este subvencionadas ou estejam diretamente DAS RESPONSABILIDADES
relacionadas com a finalidade da repartição ou serviço em que
esteja lotado; Artigo 245 - O funcionário é responsável por todos os prejuí-
III - requerer ou promover a concessão de privilégios, garan- zos que, nessa qualidade, causar à Fazenda Estadual, por dolo ou
tias de juros ou outros favores semelhantes, federais, estaduais ou culpa, devidamente apurados.
municipais, exceto privilégio de invenção própria; Parágrafo único - Caracteriza-se especialmente a responsabi-
IV - exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou lidade:
função em empresas, estabelecimentos ou instituições que te- I - pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guar-
nham relações com o Governo, em matéria que se relacione com da ou responsabilidade, ou por não prestar contas, ou por não as
a finalidade da repartição ou serviço em que esteja lotado; tomar, na forma e no prazo estabelecidos nas leis, regulamentos,
V - aceitar representação de Estado estrangeiro, sem autori- regimentos, instruções e ordens de serviço;
zação do Presidente da República; II - pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos
VI - comerciar ou ter parte em sociedades comerciais nas con- que sofrerem os bens e os materiais sob sua guarda, ou sujeitos a
dições mencionadas no item II deste artigo, podendo, em qual- seu exame ou fiscalização;
quer caso, ser acionista, quotista ou comanditário; III - pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas
VII - incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos de sabota- notas de despacho, guias e outros documentos da receita, ou que
gem contra o serviço público; tenham com eles relação; e
VIII - praticar a usura; IV - por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda
IX - constituir-se procurador de partes ou servir de interme- Estadual.
diário perante qualquer repartição pública, exceto quando se tra- Artigo 246 - O funcionário que adquirir materiais em desacor-
tar de interesse de cônjuge ou parente até segundo grau; do com disposições legais e regulamentares, será responsabilizado
X - receber estipêndios de firmas fornecedoras ou de entida- pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades disciplinares
des fiscalizadas, no País, ou no estrangeiro, mesmo quando esti- cabíveis, podendo-se proceder ao desconto no seu vencimento
ver em missão referente à compra de material ou fiscalização de ou remuneração.
qualquer natureza; Artigo 247 - Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o
XI - valer-se de sua qualidade de funcionário para desempe- funcionário será obrigado a repor, de uma só vez, a importância
nhar atividade estranha às funções ou para lograr, direta ou indi- do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão
retamente, qualquer proveito; e ou omissão em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais.
XII - fundar sindicato de funcionários ou deles fazer parte. Artigo 248 - Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a im-
Parágrafo único - Não está compreendida na proibição dos portância da indenização poderá ser descontada do vencimento
itens II e VI deste artigo, a participação do funcionário em socie- ou remuneração não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte
dades em que o Estado seja acionista, bem assim na direção ou do valor destes.
gerência de cooperativas e associações de classe, ou como seu Parágrafo único - No caso do item IV do parágrafo único do
sócio. art. 245, não tendo havido má-fé, será aplicada a pena de re-
Artigo 243-A - O disposto no artigo 243, inciso IV, desta lei, preensão e, na reincidência, a de suspensão.
não se aplica ao funcionário de órgão ou entidade concedente de Artigo 249 - Será igualmente responsabilizado o funcionário
estágio que atuar como professor orientador. que, fora dos casos expressamente previstos nas leis, regulamen-
- “Caput” acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de tos ou regimentos, cometer a pessoas estranhas às repartições,
21/10/2021. o desempenho de encargos que lhe competirem ou aos seus su-
Parágrafo único - O funcionário de que trata o ‘caput’ deste bordinados.
artigo deverá evitar qualquer conflito de interesses e estará sujei- Artigo 250 - A responsabilidade administrativa não exime o
to, inclusive, aos deveres de: funcionário da responsabilidade civil ou criminal que no caso cou-
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº ber, nem o pagamento da indenização a que ficar obrigado, na
1.361, de 21/10/2021. forma dos arts. 247 e 248, o exame da pena disciplinar em que
1 - comunicar, ao superior hierárquico, qualquer circunstân- incorrer.
cia, suspeição ou fato impeditivo de sua participação em decisão § 1º - A responsabilidade administrativa é independente da
a ser tomada no âmbito da unidade administrativa; civil e da criminal. (NR)
- Item 1 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
21/10/2021. 06/06/2003.
2 - abster-se de atuar nos processos ou procedimentos em
que houver interesse da instituição de ensino. (NR)

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§ 2º - Será reintegrado ao serviço público, no cargo que ocu- - § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.361, de
pava e com todos os direitos e vantagens devidas, o servidor ab- 21/10/2021.
solvido pela Justiça, mediante simples comprovação do trânsito § 2º - A pena de demissão por ineficiência no serviço, só será
em julgado de decisão que negue a existência de sua autoria ou aplicada quando verificada a impossibilidade de readaptação.
do fato que deu origem à sua demissão. (NR) § 3º - Para configuração do ilícito administrativo de inassidui-
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de dade em razão da ausência ao serviço por mais de 15 (quinze) dias
06/06/2003. consecutivos, observar-se-á o seguinte: (NR)
§ 3º - O processo administrativo só poderá ser sobrestado - § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
para aguardar decisão judicial por despacho motivado da autori- 21/10/2021.
dade competente para aplicar a pena. (NR) 1 - serão computados os sábados, os domingos, os feriados e
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de os pontos facultativos subsequentes à primeira falta; (NR)
06/06/2003. - Item 1 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
21/10/2021.
TÍTULO VII 2 - se o funcionário cumprir a jornada de trabalho sob regi-
DAS PENALIDADES, DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE, DAS me de plantão, além dos sábados, dos domingos, dos feriados e
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES, DAS PRÁTICAS AUTOCOM- dos pontos facultativos, serão computados os dias de folga subse-
POSITIVAS, DO TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA E DA quentes aos plantões a que tenha faltado. (NR)
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA SINDICÂNCIA. (NR) - Item 2 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
- Denominação do Título VII com redação dada pela Lei Com- 21/10/2021.
plementar nº 1.361, de 21/10/2021. Artigo 257 - Será aplicada a pena de demissão a bem do ser-
CAPÍTULO I viço público ao funcionário que:
DAS PENALIDADES E DE SUA APLICAÇÃO I - for convencido de incontinência pública e escandalosa e de
vício de jogos proibidos;
Artigo 251 - São penas disciplinares: II - praticar ato definido como crime contra a administração
I - repreensão; pública, a fé pública e a Fazenda Estadual, ou previsto nas leis re-
II - suspensão; lativas à segurança e à defesa nacional; (NR)
III - multa; - Inciso II com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
IV - demissão; de 06/06/2003.
V - demissão a bem do serviço público; e III - revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do
VI - cassação de aposentadoria ou disponibilidade cargo, desde que o faça dolosamente e com prejuízo para o Estado
Artigo 252 - Na aplicação das penas disciplinares serão consi- ou particulares;
deradas a natureza e a gravidade da infração e os danos que dela IV - praticar insubordinação grave;
provierem para o serviço público. V - praticar, em serviço, ofensas físicas contra funcionários ou
Artigo 253 - A pena de repreensão será aplicada por escrito, particulares, salvo se em legítima defesa;
nos casos de indisciplina ou falta de cumprimento dos deveres. VI - lesar o patrimônio ou os cofres públicos;
Artigo 254 - A pena de suspensão, que não excederá de 90 VII - receber ou solicitar propinas, comissões, presentes ou
(noventa) dias, será aplicada em caso de falta grave ou de reinci- vantagens de qualquer espécie, diretamente ou por intermédio
dência. de outrem, ainda que fora de suas funções mas em razão delas;
§ 1º - O funcionário suspenso perderá todas as vantagens e VIII - pedir, por empréstimo, dinheiro ou quaisquer valores a
direitos decorrentes do exercício do cargo. pessoas que tratem de interesses ou o tenham na repartição, ou
§ 2º - A autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá estejam sujeitos à sua fiscalização;
converter essa penalidade em multa, na base de 50% (cinqüenta IX - exercer advocacia administrativa; e
por cento) por dia de vencimento ou remuneração, sendo o fun- X - apresentar com dolo declaração falsa em matéria de sa-
cionário, nesse caso, obrigado a permanecer em serviço. lário-família, sem prejuízo da responsabilidade civil e de procedi-
Artigo 255 - A pena de multa será aplicada na forma e nos mento criminal, que no caso couber.
casos expressamente previstos em lei ou regulamento. XI - praticar ato definido como crime hediondo, tortura, tráfi-
Artigo 256 - Será aplicada a pena de demissão nos casos de: co ilícito de entorpecentes e drogas afins e terrorismo; (NR)
I - Revogado; - Inciso XI acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
- Inciso I revogado pela Lei Complementar 1.361, de 06/06/2003.
21/10/2021, com efeitos a partir de 01/11/2021. XII - praticar ato definido como crime contra o Sistema Finan-
II - procedimento irregular, de natureza grave; ceiro, ou de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores;
III - ineficiência no serviço; (NR)
IV - aplicação indevida de dinheiros públicos, e - Inciso XII acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
V - inassiduidade. (NR) 06/06/2003.
- Inciso V com redação dada pela Lei Complementar nº 1.361, XIII - praticar ato definido em lei como de improbidade. (NR)
de 21/10/2021. - Inciso XIII acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
§ 1º - Considerar-se-á inassiduidade a ausência ao serviço, 06/06/2003.
sem causa justificável, por mais de 15 (quinze) dias consecutivos, Artigo 258 - O ato que demitir o funcionário mencionará sem-
ou por mais de 20 (vinte) dias úteis intercalados, durante 1 (um) pre a disposição legal em que se fundamenta.
ano. (NR)
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Artigo 259 - Será aplicada a pena de cassação de aposentado- 2 - do dia em que tenha cessado a continuação ou a perma-
ria ou disponibilidade, se ficar provado que o inativo: nência, nas faltas continuadas ou permanentes. (NR)
I - praticou, quando em atividade, falta grave para a qual é - Item 2 acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
cominada nesta lei a pena de demissão ou de demissão a bem do 06/06/2003.
serviço público; § 2º - Interrompem a prescrição a portaria que instaura sindi-
II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública; cância e a que instaura processo administrativo. (NR)
III - aceitou representação de Estado estrangeiro sem prévia - § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
autorização do Presidente da República; e 06/06/2003.
IV - praticou a usura em qualquer de suas formas. § 3º - O lapso prescricional corresponde: (NR)
Artigo 260 - Para aplicação das penalidades previstas no arti- - § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
go 251, são competentes: (NR) 06/06/2003.
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, 1 - na hipótese de desclassificação da infração, ao da pena
de 06/06/2003. efetivamente aplicada; (NR)
I - o Governador; (NR) - Item 1 acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
- Inciso I com redação dada pela Lei Complementar nº 942, 06/06/2003.
de 06/06/2003. 2 - na hipótese de mitigação ou atenuação, ao da pena em
II - os Secretários de Estado, o Procurador Geral do Estado e tese cabível. (NR)
os Superintendentes de Autarquia; (NR) - Item 2 acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
- Inciso II com redação dada pela Lei Complementar nº 942, 06/06/2003.
de 06/06/2003. § 4º - A prescrição não corre: (NR)
III - os Chefes de Gabinete, até a de suspensão; (NR) - § 4º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
- Inciso III com redação dada pela Lei Complementar nº 942, 06/06/2003.
de 06/06/2003. 1 - enquanto sobrestado o processo administrativo para
IV - os Coordenadores, até a de suspensão limitada a 60 (ses- aguardar decisão judicial, na forma do § 3º do artigo 250; (NR)
senta) dias; e (NR) - Item 1 acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
- Inciso IV com redação dada pela Lei Complementar nº 942, 06/06/2003.
de 06/06/2003. 2 - enquanto insubsistente o vínculo funcional que venha a
V - os Diretores de Departamento e Divisão, até a de suspen- ser restabelecido. (NR)
são limitada a 30 (trinta) dias. (NR) - Item 2 acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
- Inciso V com redação dada pela Lei Complementar nº 942, 06/06/2003.
de 06/06/2003. 3 - durante a suspensão da sindicância, nos termos do artigo
Parágrafo único - Havendo mais de um infrator e diversidade 267-N desta lei; (NR)
de sanções, a competência será da autoridade responsável pela - Item 3 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
imposição da penalidade mais grave. (NR) 21/10/2021.
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº 4 - no curso das práticas autocompositivas; (NR)
942, de 06/06/2003. - Item 4 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
Artigo 261 - Extingue-se a punibilidade pela prescrição: (NR) 21/10/2021.
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, 5 - durante o prazo estabelecido para o cumprimento do Ter-
de 06/06/2003. mo de Ajustamento de Conduta. (NR)
I - da falta sujeita à pena de repreensão, suspensão ou multa, - Item 5 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
em 2 (dois) anos; (NR) 21/10/2021.
- Inciso I com redação dada pela Lei Complementar nº 942, § 5º - Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade
de 06/06/2003. julgadora determinará o registro do fato nos assentamentos indi-
II - da falta sujeita à pena de demissão, de demissão a bem viduais do servidor. (NR)
do serviço público e de cassação da aposentadoria ou disponibili- - § 5º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
dade, em 5 (cinco) anos; (NR) 06/06/2003.
- Inciso II com redação dada pela Lei Complementar nº 942, § 6º - A decisão que reconhecer a existência de prescrição
de 06/06/2003. deverá desde logo determinar, quando for o caso, as providências
III - da falta prevista em lei como infração penal, no prazo necessárias à apuração da responsabilidade pela sua ocorrência.
de prescrição em abstrato da pena criminal, se for superior a 5 (NR)
(cinco) anos. (NR) - § 6º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
- Inciso III com redação dada pela Lei Complementar nº 942, 06/06/2003.
de 06/06/2003. Artigo 262 - O funcionário que, sem justa causa, deixar de
§ 1º - A prescrição começa a correr: (NR) atender a qualquer exigência para cujo cumprimento seja marca-
- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de do prazo certo, terá suspenso o pagamento de seu vencimento ou
06/06/2003, revogado o parágrafo único. remuneração até que satisfaça essa exigência.
1 - do dia em que a falta for cometida; (NR) Parágrafo único - Aplica-se aos aposentados ou em disponibi-
- Item 1 acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de lidade o disposto neste artigo.
06/06/2003. Artigo 263 - Deverão constar do assentamento individual do
funcionário todas as penas que lhe forem impostas.
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CAPÍTULO II - Inciso III acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de


DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES (NR) 06/06/2003.
- Denominação do Capítulo II com redação dada pela Lei Com- IV - proibição do porte de armas; (NR)
plementar nº 942, de 06/06/2003. - Inciso IV acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
06/06/2003.
Artigo 264 - A autoridade que, por qualquer meio, tiver co- V - comparecimento obrigatório, em periodicidade a ser esta-
nhecimento de irregularidade praticada por funcionário adotará belecida, para tomar ciência dos atos do procedimento. (NR)
providências visando à sua imediata apuração, sem prejuízo das - Inciso V acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
medidas urgentes que o interesse da Administração exigir, poden- 06/06/2003.
do submeter o caso às práticas autocompositivas ou propor cele- § 1º - A autoridade que determinar a instauração ou presi-
bração de termo de ajustamento de conduta. (NR) dir sindicância ou processo administrativo poderá representar ao
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº Chefe de Gabinete para propor a aplicação das medidas previstas
1.361, de 21/10/2021. neste artigo, bem como sua cessação ou alteração. (NR)
Parágrafo único - A autoridade poderá, desde logo, submeter - § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 942, de
o caso às práticas autocompositivas, especialmente nas situações 06/06/2003.
em que evidenciada a ocorrência de conflitos interpessoais, ob- § 2º - O Chefe de Gabinete poderá, a qualquer momento, por
jetivando sempre a melhor solução para resguardar o interesse despacho fundamentado, fazer cessar ou alterar as medidas pre-
público. (NR) vistas neste artigo. (NR)
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº - § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 942, de
1.361, de 21/10/2021, revogados os §§ 1º a 3º. 06/06/2003.
Artigo 265 - A autoridade realizará apuração preliminar, de Artigo 267 - O período de afastamento preventivo computa-
natureza simplesmente investigativa, quando a infração não esti- -se como de efetivo exercício, não sendo descontado da pena de
ver suficientemente caracterizada ou definida autoria. (NR) suspensão eventualmente aplicada. (NR)
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
de 06/06/2003. de 06/06/2003.
§ 1º - A apuração preliminar deverá ser concluída no prazo de I - Revogado.
30 (trinta) dias. (NR) - Inciso I revogado pela Lei Complementar nº 942, de
- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003.
06/06/2003. II - Revogado.
§ 2º - Não concluída no prazo a apuração, a autoridade deve- - Inciso II revogado pela Lei Complementar nº 942, de
rá imediatamente encaminhar ao Chefe de Gabinete relatório das 06/06/2003.
diligências realizadas e definir o tempo necessário para o término
dos trabalhos. (NR) CAPÍTULO III
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de DAS PRÁTICAS AUTOCOMPOSITIVAS, DO TERMO DE AJUS-
06/06/2003. TAMENTO DE CONDUTA E DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DA
§ 3º - Ao concluir a apuração preliminar, a autoridade deverá SINDICÂNCIA (NR)
opinar fundamentadamente pelo arquivamento ou pela instaura- - Capítulo III acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361,
ção de sindicância ou de processo administrativo. (NR) de 21/10/2021.
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
06/06/2003. Artigo 267-A - A autoridade competente para determinar a
Artigo 266 - Determinada a instauração de sindicância ou apuração de irregularidade e a instauração de sindicância ou pro-
processo administrativo, ou no seu curso, havendo conveniência cesso administrativo e o Procurador do Estado responsável por
para a instrução ou para o serviço, poderá o Chefe de Gabinete, sua condução ficam autorizados, mediante despacho fundamen-
por despacho fundamentado, ordenar as seguintes providências: tado, a propor as práticas autocompositivas, a celebração de ter-
(NR) mo de ajustamento de conduta, bem como a suspensão condicio-
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, nal da sindicância, nos termos desta lei. (NR)
de 06/06/2003. - Artigo 267-A acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361,
I - afastamento preventivo do servidor, quando o recomendar de 21/10/2021.
a moralidade administrativa ou a apuração do fato, sem prejuízo Artigo 267-B - As práticas autocompositivas, a serem regula-
de vencimentos ou vantagens, até 180 (cento e oitenta) dias, pror- mentadas por decreto, serão orientadas pelos princípios da volun-
rogáveis uma única vez por igual período; (NR) tariedade, corresponsabilidade, reparação do dano, confidencia-
- Inciso I acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de lidade, informalidade, consensualidade e celeridade, observado o
06/06/2003. seguinte: (NR)
II - designação do servidor acusado para o exercício de ativi- - “Caput” acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
dades exclusivamente burocráticas até decisão final do procedi- 21/10/2021.
mento; (NR) I - as sessões serão conduzidas por facilitador de justiça res-
- Inciso II acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de taurativa ou mediador devidamente capacitado e realizadas em
06/06/2003. ambiente adequado que resguarde a privacidade dos participan-
III - recolhimento de carteira funcional, distintivo, armas e al- tes e a confidencialidade de suas manifestações; (NR)
gemas; (NR)
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- Inciso I acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de § 2º - Nos casos em que o cumprimento do acordo restau-
21/10/2021. rativo não ensejar a extinção da punibilidade, tal acordo deverá
II - a participação do funcionário será voluntária e a eventual ser considerado pela autoridade competente para mitigação da
recusa não poderá ser considerada em seu desfavor. (NR) sanção, objetivando sempre a melhor solução para o serviço pú-
- Inciso II acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de blico. (NR)
21/10/2021. - § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
§ 1 º - São práticas autocompositivas a mediação, a concilia- 21/10/2021.
ção, os processos circulares e outras técnicas de justiça restaura- § 3º - A extinção da punibilidade, nos termos do § 1º deste
tiva. (NR) artigo, será declarada pelo Chefe de Gabinete, que poderá delegar
- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de esta atribuição. (NR)
21/10/2021. - § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
§ 2º - Para aplicação das práticas autocompositivas, é neces- 21/10/2021.
sário que as partes reconheçam os fatos essenciais, sem que isso Artigo 267-E - O Termo de Ajustamento de Conduta é o instru-
implique admissão de culpa em eventual sindicância ou processo mento mediante o qual o funcionário assume a responsabilidade
administrativo. (NR) pela irregularidade a que deu causa e compromete-se a ajustar
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de sua conduta, bem como a observar os deveres e proibições previs-
21/10/2021. tos nas leis e regulamentos que regem suas atividades e reparar o
§ 3º - O conteúdo das sessões restaurativas é sigiloso, não dano, se houver. (NR)
podendo ser utilizado como prova em processo administrativo ou - “Caput” acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
judicial. (NR) 21/10/2021.
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de Parágrafo único - O Termo de Ajustamento de Conduta pode-
21/10/2021. rá ser adotado nos casos de extravio ou dano a bem público que
Artigo 267-C - A autoridade competente para determinar a não tenham decorrido de conduta dolosa praticada pelo funcio-
apuração de irregularidade e a instauração de sindicância ou pro- nário, e terá como requisito obrigatório o integral ressarcimento
cesso administrativo e o Procurador do Estado responsável por do prejuízo. (NR)
sua condução poderão, em qualquer fase, encaminhar o caso para - Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº
as práticas autocompositivas, mediante despacho fundamentado. 1.361, de 21/10/2021.
(NR) Artigo 267-F - A celebração do Termo de Ajustamento de Con-
- “Caput” acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de duta poderá ser proposta pela autoridade competente para a ins-
21/10/2021. tauração da apuração preliminar quando atendidos os seguintes
§ 1º - O encaminhamento às práticas autocompositivas pode- requisitos relativos ao funcionário interessado: (NR)
rá ocorrer de forma alternativa ou concorrente à sindicância ou ao - “Caput” acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
processo administrativo. (NR) 21/10/2021.
- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de I - não ter agido com dolo ou má-fé; (NR)
21/10/2021. - Inciso I acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
§ 2º - Se o encaminhamento às práticas autocompositivas se 21/10/2021.
der de forma alternativa ao procedimento disciplinar, o despacho II - ter mais de 5 (cinco) anos de efetivo exercício no cargo ou
fundamentado a que se refere este artigo suspenderá o prazo função; (NR)
prescricional, enquanto realizadas. (NR) - Inciso II acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de 21/10/2021.
21/10/2021. III - não ter sofrido punição de natureza disciplinar nos últi-
Artigo 267-D - O acordo celebrado na sessão autocompositi- mos 5 (cinco) anos; (NR)
va será homologado pela autoridade administrativa competente - Inciso III acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
para determinar a instauração da sindicância ou pelo Procurador 21/10/2021.
do Estado responsável por sua condução. (NR) IV - não ter sindicância ou processo disciplinar em curso; (NR)
- “Caput” acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de - Inciso IV acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
21/10/2021. 21/10/2021.
§ 1º - O cumprimento do acordo celebrado na sessão auto- V - não ter celebrado Termo de Ajustamento de Conduta nos
compositiva extingue a punibilidade nos casos em que, cumula- últimos 3 (três) anos. (NR)
tivamente: (NR) - Inciso V acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de 21/10/2021.
21/10/2021. Parágrafo único - Exclusivamente para os fins do disposto no
1. a conduta do funcionário não gerou prejuízo ao Erário ou ‘caput’ deste artigo, o Termo de Ajustamento de Conduta será re-
este foi integralmente reparado; (NR) gistrado nos assentos funcionais do funcionário. (NR)
- Item 1 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de - Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº
21/10/2021. 1.361, de 21/10/2021.
2. forem cabíveis, em tese, as penas de repreensão, suspen- Artigo 267-G - O Termo de Ajustamento de Conduta será ho-
são e multa. (NR) mologado pelo Chefe de Gabinete, mediante prévia manifestação
- Item 2 acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de da Consultoria Jurídica da Procuradoria Geral do Estado acerca
21/10/2021. dos termos e condições estabelecidos. (NR)
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

- “Caput” acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de Artigo 267-M - Não corre a prescrição durante o prazo fixado
21/10/2021. para o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta. (NR)
Parágrafo único - O Chefe de Gabinete poderá delegar a atri- - Artigo 267-M acrescentado pela Lei Complementar nº
buição prevista neste artigo. (NR) 1.361, de 21/10/2021.
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº Artigo 267-N - Após a edição da portaria de instauração da
1.361, de 21/10/2021. sindicância, o Procurador do Estado que a presidir poderá propor
Artigo 267-H - A proposta de celebração do termo de ajusta- sua suspensão pelo prazo de 1 (um) a 2 (dois) anos, desde que o
mento de conduta poderá ser feita de ofício ou a pedido do fun- funcionário tenha mais de 5 (cinco) anos de exercício no cargo ou
cionário interessado. (NR) função e não registre punição de natureza disciplinar nos últimos
- “Caput” acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de 5 (cinco) anos. (NR)
21/10/2021. - “Caput” acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
Parágrafo único - O pedido de celebração de termo de ajusta- 21/10/2021.
mento de conduta feito pelo funcionário interessado poderá ser § 1º - O Procurador do Estado especificará as condições da
indeferido com base em juízo de admissibilidade que conclua pelo suspensão, em especial, a apresentação de relatórios trimestrais
não cabimento da medida em relação à irregularidade a ser apu- de atividades e a frequência regular sem faltas injustificadas. (NR)
rada. (NR) - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº 21/10/2021.
1.361, de 21/10/2021. § 2º - A suspensão será revogada se o beneficiário vier a ser
Artigo 267-I - O Termo de Ajustamento de Conduta deverá processado por outra falta disciplinar ou se descumprir as con-
conter: (NR) dições estabelecidas no § 1º deste artigo, prosseguindo, nestes
- “Caput” acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de casos, o procedimento disciplinar cabível. (NR)
21/10/2021. - § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
I - a qualificação do funcionário envolvido; (NR) 21/10/2021.
- Inciso I acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de § 3º - Expirado o prazo da suspensão e tendo sido cumpridas
21/10/2021. suas condições, o Procurador do Estado encaminhará os autos à
II - a descrição precisa do fato a que se refere; (NR) Secretaria de Estado ou Autarquia para a declaração da extinção
- Inciso II acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de da punibilidade. (NR)
21/10/2021. - § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
III - as obrigações assumidas; (NR) 21/10/2021.
- Inciso III acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de § 4º - Não será concedido novo benefício durante o dobro do
21/10/2021. prazo da anterior suspensão, contado da declaração de extinção
IV - o prazo e a forma de cumprimento das obrigações; (NR) da punibilidade, na forma do § 3º deste artigo. (NR)
- Inciso IV acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de - § 4º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
21/10/2021. 21/10/2021.
V - a forma de fiscalização das obrigações assumidas. (NR) § 5º - Durante o período da suspensão não correrá prazo pres-
- Inciso V acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de cricional, ficando vedado ao beneficiário ocupar cargo em comis-
21/10/2021. são ou exercer função de confiança. (NR)
Parágrafo único - O prazo de cumprimento do Termo de Ajus- - § 5º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
tamento de Conduta não poderá ser inferior a 1 (um), nem supe- 21/10/2021.
rior a 2 (dois) anos. (NR) Artigo 267-O - Alternativamente à suspensão condicional da
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº sindicância prevista no artigo 267-N desta lei, a sindicância tam-
1.361, de 21/10/2021. bém poderá ser suspensa caso os envolvidos, voluntariamente,
Artigo 267-J - O cumprimento das condições do Termo de concordem com o encaminhamento para as práticas autocompo-
Ajustamento de Conduta implicará a extinção da punibilidade, sitivas. (NR)
que será declarada pelo Chefe de Gabinete. (NR) - “Caput” acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de
- “Caput” acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de 21/10/2021.
21/10/2021. Parágrafo único - A sindicância ficará suspensa até o cumpri-
Parágrafo único - O Chefe de Gabinete poderá delegar a atri- mento do acordo restaurativo, decorrente das práticas autocom-
buição prevista neste artigo. (NR) positivas, respeitado o prazo máximo de 2 (dois) anos. (NR)
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº - Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº
1.361, de 21/10/2021. 1.361, de 21/10/2021.
Artigo 267-L - No caso de descumprimento do termo de ajus- Artigo 267-P - As Secretarias de Estado, a Procuradoria Geral
tamento de conduta, ou cometimento de nova falta funcional do Estado, a Controladoria Geral do Estado e as Autarquias pode-
durante o prazo de cumprimento do ajuste, a autoridade encar- rão estabelecer condições para a suspensão da sindicância, ob-
regada da fiscalização providenciará, se necessário, a conclusão servadas as especificidades de sua estrutura ou de sua atividade.
da apuração preliminar e a submeterá à autoridade competente (NR)
para deliberação. (NR) - Artigo 267-P acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361,
- Artigo 267-L acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de 21/10/2021.
de 21/10/2021.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

TÍTULO VIII - § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.361, de


DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR (NR) 21/10/2021.
- Denominação do Título VIII com redação dada pela Lei Com- Artigo 273 - Aplicam-se à sindicância as regras previstas nesta
plementar nº 942, de 06/06/2003. lei complementar para o processo administrativo, com as seguin-
CAPÍTULO I tes modificações: (NR)
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS (NR) - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
- Denominação do Capítulo I com redação dada pela Lei Com- de 06/06/2003.
plementar nº 942, de 06/06/2003. I - a autoridade sindicante e cada acusado poderão arrolar até
3 (três) testemunhas; (NR)
Artigo 268 - A apuração das infrações será feita mediante sin- - Inciso I acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
dicância ou processo administrativo, assegurados o contraditório 06/06/2003.
e a ampla defesa. (NR) II - a sindicância deverá estar concluída no prazo de 60 (ses-
- Artigo 268 com redação dada pela Lei Complementar nº senta) dias; (NR)
942, de 06/06/2003. - Inciso II acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
Artigo 269 - Será instaurada sindicância quando a falta disci- 06/06/2003.
plinar, por sua natureza, possa determinar as penas de repreen- III - com o relatório, a sindicância será enviada à autoridade
são, suspensão ou multa. (NR) competente para a decisão. (NR)
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, - Inciso III acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
de 06/06/2003. 06/06/2003.
Parágrafo único - Não será instaurada sindicância em face de
funcionário já exonerado, aposentado, anteriormente demitido CAPÍTULO III
ou que, por qualquer razão, tenha deixado de manter vínculo com DO PROCESSO ADMINISTRATIVO (NR)
a Administração Pública. (NR) - Denominação do Capítulo III com redação dada pela Lei
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº Complementar nº 942, de 06/06/2003.
1.361, de 21/10/2021.
Artigo 270 - Será obrigatório o processo administrativo quan- Artigo 274 - São competentes para determinar a instauração
do a falta disciplinar, por sua natureza, possa determinar as penas de processo administrativo as autoridades enumeradas no artigo
de demissão, de demissão a bem do serviço público e de cassação 260, até o inciso IV, inclusive. (NR)
de aposentadoria ou disponibilidade. (NR) - “Caput” reposicionado no Capítulo III, com redação dada
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003.
de 06/06/2003. I - Revogado.
Parágrafo único - Revogado. - Inciso I revogado pela Lei Complementar nº 942, de
- Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 942, 06/06/2003.
de 06/06/2003. II - Revogado.
Artigo 271 - Os procedimentos disciplinares punitivos serão - Inciso II revogado pela Lei Complementar nº 942, de
realizados pela Procuradoria Geral do Estado e presididos por Pro- 06/06/2003.
curador do Estado confirmado na carreira. (NR) Parágrafo único - Revogado.
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, - Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 942,
de 06/06/2003. de 06/06/2003.
Parágrafo único - Revogado. Artigo 275 - Não poderá ser encarregado da apuração, nem
- Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 942, atuar como secretário, amigo íntimo ou inimigo, parente consan-
de 06/06/2003. guíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau in-
clusive, cônjuge, companheiro ou qualquer integrante do núcleo
CAPÍTULO II familiar do denunciante ou do acusado, bem assim o subordinado
DA SINDICÂNCIA deste. (NR)
- “Caput” reposicionado no Capítulo III, com redação dada
Artigo 272 - São competentes para determinar a instauração pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003.
de sindicância as autoridades enumeradas no artigo 260. (NR) I - Revogado.
- “Caput” reposicionado no Capítulo II, com redação dada - Inciso I revogado pela Lei Complementar nº 942, de
pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003. 06/06/2003.
§ 1º - Instaurada a sindicância, o Procurador do Estado que a II - Revogado.
presidir comunicará o fato ao órgão setorial de pessoal. (NR) - Inciso II revogado pela Lei Complementar nº 942, de
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº 06/06/2003.
942, de 06/06/2003. Artigo 276 - A autoridade ou o funcionário designado deve-
- Parágrafo único transformado em § 1º pela Lei Complemen- rão comunicar, desde logo, à autoridade competente, o impedi-
tar nº 1.361, de 21/10/2021. mento que houver. (NR)
§ 2º - As Secretarias de Estado, a Procuradoria Geral do Esta- - Artigo 276 reposicionado no Capítulo III, com redação dada
do, a Controladoria Geral do Estado e as Autarquias disciplinarão pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003.
as condições de suspensão da sindicância, observados os requisi-
tos mínimos desta lei e as respectivas peculiaridades. (NR)
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Artigo 277 - O processo administrativo deverá ser instaurado § 2º - A citação do acusado será feita pessoalmente, no mí-
por portaria, no prazo improrrogável de 8 (oito) dias do recebi- nimo 2 (dois) dias antes do interrogatório, por intermédio do
mento da determinação, e concluído no de 90 (noventa) dias da respectivo superior hierárquico, ou diretamente, onde possa ser
citação do acusado. (NR) encontrado. (NR)
- “Caput” reposicionado no Capítulo III, com redação dada - § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 942, de
pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003. 06/06/2003.
§ 1º - Da portaria deverão constar o nome e a identificação § 3º - Não sendo encontrado em seu local de trabalho ou no
do acusado, a infração que lhe é atribuída, com descrição sucinta endereço constante de seu assentamento individual, furtando-se
dos fatos, a indicação das normas infringidas e a penalidade mais o acusado à citação ou ignorando-se seu paradeiro, a citação far-
elevada em tese cabível. (NR) -se-á por edital, publicado uma vez no Diário Oficial do Estado, no
- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de mínimo 10 (dez) dias antes do interrogatório. (NR)
06/06/2003. - § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
§ 2º - Vencido o prazo, caso não concluído o processo, o Pro- 06/06/2003.
curador do Estado que o presidir deverá imediatamente encami- Artigo 279 - Havendo denunciante, este deverá prestar de-
nhar ao seu superior hierárquico relatório indicando as providên- clarações, no interregno entre a data da citação e a fixada para
cias faltantes e o tempo necessário para término dos trabalhos. o interrogatório do acusado, sendo notificado para tal fim. (NR)
(NR) - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de de 06/06/2003.
06/06/2003. § 1º - A oitiva do denunciante deverá ser acompanhada pelo
§ 3º - O superior hierárquico dará ciência dos fatos a que se advogado do acusado, próprio ou dativo. (NR)
refere o parágrafo anterior e das providências que houver adota- - § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 942, de
do à autoridade que determinou a instauração do processo. (NR) 06/06/2003.
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de § 2º - O acusado não assistirá à inquirição do denunciante; an-
06/06/2003. tes porém de ser interrogado, poderá ter ciência das declarações
Artigo 278 - Autuada a portaria e demais peças preexistentes, que aquele houver prestado. (NR)
designará o presidente dia e hora para audiência de interrogató- - § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 942, de
rio, determinando a citação do acusado e a notificação do denun- 06/06/2003.
ciante, se houver. (NR) Artigo 280 - Não comparecendo o acusado, será, por des-
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, pacho, decretada sua revelia, prosseguindo-se nos demais atos e
de 06/06/2003. termos do processo. (NR)
§ 1º - O mandado de citação deverá conter: (NR) - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
- § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 942, de de 06/06/2003.
06/06/2003. Parágrafo único - Revogado.
1 - cópia da portaria; (NR) - Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 942,
- Item 1 acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de de 06/06/2003.
06/06/2003. Artigo 281 - Ao acusado revel será nomeado advogado dati-
2 - data, hora e local do interrogatório, que poderá ser acom- vo. (NR)
panhado pelo advogado do acusado; (NR) - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
- Item 2 acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de de 06/06/2003.
06/06/2003. Parágrafo único - Revogado.
3 - data, hora e local da oitiva do denunciante, se houver, que - Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 942,
deverá ser acompanhada pelo advogado do acusado; (NR) de 06/06/2003.
- Item 3 acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de Artigo 282 - O acusado poderá constituir advogado que o re-
06/06/2003. presentará em todos os atos e termos do processo. (NR)
4 - esclarecimento de que o acusado será defendido por ad- - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
vogado dativo, caso não constitua advogado próprio; (NR) de 06/06/2003.
- Item 4 acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de § 1º - É faculdade do acusado tomar ciência ou assistir aos
06/06/2003. atos e termos do processo, não sendo obrigatória qualquer noti-
5 - informação de que o acusado poderá arrolar testemunhas ficação. (NR)
e requerer provas, no prazo de 3 (três) dias após a data designada - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
para seu interrogatório; (NR) 06/06/2003.
- Item 5 acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de § 2º - O advogado será intimado por publicação no Diário Ofi-
06/06/2003. cial do Estado, de que conste seu nome e número de inscrição na
6 - advertência de que o processo será extinto se o acusado Ordem dos Advogados do Brasil, bem como os dados necessários
pedir exoneração até o interrogatório, quando se tratar exclusiva- à identificação do procedimento. (NR)
mente de inassiduidade. (NR) - § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
- Item 6 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.361, 06/06/2003.
de 21/10/2021. § 3º - Não tendo o acusado recursos financeiros ou negando-
-se a constituir advogado, o presidente nomeará advogado dativo.
(NR)
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de § 4º - São proibidas de depor as pessoas que, em razão de
06/06/2003. função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo,
§ 4º - O acusado poderá, a qualquer tempo, constituir advo- salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu
gado para prosseguir na sua defesa. (NR) testemunho. (NR)
- § 4º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de - § 4º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
06/06/2003. 06/06/2003.
Artigo 283 - Comparecendo ou não o acusado ao interrogató- Artigo 286 - A testemunha que morar em comarca diversa
rio, inicia-se o prazo de 3 (três) dias para requerer a produção de poderá ser inquirida pela autoridade do lugar de sua residência,
provas, ou apresentá-las. (NR) expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável,
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, intimada a defesa. (NR)
de 06/06/2003. - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
§ 1º - O presidente e cada acusado poderão arrolar até 5 (cin- de 06/06/2003.
co) testemunhas. (NR) § 1º - Deverá constar da precatória a síntese da imputação e
- § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 942, de os esclarecimentos pretendidos, bem como a advertência sobre a
06/06/2003. necessidade da presença de advogado. (NR)
§ 2º - A prova de antecedentes do acusado será feita exclusi- - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
vamente por documentos, até as alegações finais. (NR) 06/06/2003.
- § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 942, de § 2º - A expedição da precatória não suspenderá a instrução
06/06/2003. do procedimento. (NR)
§ 3º - Até a data do interrogatório,será designada a audiência - § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
de instrução. (NR) 06/06/2003.
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de § 3º - Findo o prazo marcado, o procedimento poderá prosse-
06/06/2003. guir até final decisão; a todo tempo, a precatória, uma vez devol-
Artigo 284 - Na audiência de instrução, serão ouvidas, pela vida, será juntada aos autos. (NR)
ordem, as testemunhas arroladas pelo presidente e pelo acusado. - § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
(NR) 06/06/2003.
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, Artigo 287 - As testemunhas arroladas pelo acusado compa-
de 06/06/2003. recerão à audiência designada independente de notificação. (NR)
Parágrafo único - Tratando-se de servidor público, seu com- - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
parecimento poderá ser solicitado ao respectivo superior imedia- de 06/06/2003.
to com as indicações necessárias. (NR) § 1º - Deverá ser notificada a testemunha cujo depoimento
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº for relevante e que não comparecer espontaneamente. (NR)
942, de 06/06/2003, revogados os §§ 1º a 4º. - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
Artigo 285 - A testemunha não poderá eximir-se de depor, 06/06/2003, revogado o parágrafo único.
salvo se for ascendente, descendente, cônjuge, ainda que legal- § 2º - Se a testemunha não for localizada, a defesa poderá
mente separado, companheiro, irmão, sogro e cunhado, pai, mãe substituí-la, se quiser, levando na mesma data designada para a
ou filho adotivo do acusado, exceto quando não for possível, por audiência outra testemunha, independente de notificação. (NR)
outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas cir- - § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
cunstâncias. (NR) 06/06/2003.
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, Artigo 288 - Em qualquer fase do processo, poderá o presi-
de 06/06/2003. dente, de ofício ou a requerimento da defesa, ordenar diligências
§ 1º - Se o parentesco das pessoas referidas for com o denun- que entenda convenientes. (NR)
ciante, ficam elas proibidas de depor, observada a exceção deste - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
artigo. (NR) de 06/06/2003.
- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de § 1º - As informações necessárias à instrução do processo
06/06/2003, revogado o parágrafo único. serão solicitadas diretamente, sem observância de vinculação hie-
§ 2º - Ao servidor que se recusar a depor, sem justa causa, rárquica, mediante ofício, do qual cópia será juntada aos autos.
será pela autoridade competente adotada a providência a que se (NR)
refere o artigo 262, mediante comunicação do presidente. (NR) - § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003, revogado o parágrafo único.
06/06/2003. § 2º - Sendo necessário o concurso de técnicos ou peritos ofi-
§ 3º - O servidor que tiver de depor como testemunha fora da ciais, o presidente os requisitará, observados os impedimentos do
sede de seu exercício, terá direito a transporte e diárias na forma artigo 275. (NR)
da legislação em vigor, podendo ainda expedir-se precatória para - § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
esse efeito à autoridade do domicílio do depoente. (NR) 06/06/2003.
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de Artigo 289 - Durante a instrução, os autos do procedimento
06/06/2003. administrativo permanecerão na repartição competente. (NR)
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
de 06/06/2003.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

§ 1º - Será concedida vista dos autos ao acusado, mediante - § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
simples solicitação, sempre que não prejudicar o curso do proce- 06/06/2003.
dimento. (NR) Artigo 294 - Relatado, o processo será encaminhado à autori-
- § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 942, de dade que determinou sua instauração. (NR)
06/06/2003. - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
§ 2º - A concessão de vista será obrigatória, no prazo para de 06/06/2003.
manifestação do acusado ou para apresentação de recursos, me- Parágrafo único - Revogado.
diante publicação no Diário Oficial do Estado. (NR) - Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 942,
- § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 942, de de 06/06/2003.
06/06/2003. Artigo 295 - Recebendo o processo relatado, a autoridade
§ 3º - Não corre o prazo senão depois da publicação a que se que houver determinado sua instauração deverá, no prazo de 20
refere o parágrafo anterior e desde que os autos estejam efetiva- (vinte) dias, proferir o julgamento ou determinar a realização de
mente disponíveis para vista. (NR) diligência, sempre que necessária ao esclarecimento de fatos.
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de (NR)
06/06/2003. - Artigo 295 com redação dada pela Lei Complementar nº
§ 4º - Ao advogado é assegurado o direito de retirar os autos 942, de 06/06/2003.
da repartição, mediante recibo, durante o prazo para manifesta- Artigo 296 - Determinada a diligência, a autoridade encar-
ção de seu representado, salvo na hipótese de prazo comum, de regada do processo administrativo terá prazo de 15 (quinze) dias
processo sob regime de segredo de justiça ou quando existirem para seu cumprimento, abrindo vista à defesa para manifestar-se
nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer em 5 (cinco) dias. (NR)
circunstância relevante que justifique a permanência dos autos na - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado. de 06/06/2003.
(NR) Parágrafo único - Vetado.
- § 4º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de Artigo 297 - Quando escaparem à sua alçada as penalidades e
06/06/2003. providências que lhe parecerem cabíveis, a autoridade que deter-
Artigo 290 - Somente poderão ser indeferidos pelo presiden- minou a instauração do processo administrativo deverá propô-las,
te, mediante decisão fundamentada, os requerimentos de ne- justificadamente, dentro do prazo para julgamento, à autoridade
nhum interesse para o esclarecimento do fato, bem como as pro- competente. (NR)
vas ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias. (NR) - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
- Artigo 290 com redação dada pela Lei Complementar nº de 06/06/2003.
942, de 06/06/2003. Parágrafo único - Revogado.
Artigo 291 - Quando, no curso do procedimento, surgirem - Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 942,
fatos novos imputáveis ao acusado, poderá ser promovida a ins- de 06/06/2003.
tauração de novo procedimento para sua apuração, ou, caso con- Artigo 298 - A autoridade que proferir decisão determinará
veniente, aditada a portaria, reabrindo-se oportunidade de defe- os atos dela decorrentes e as providências necessárias a sua exe-
sa. (NR) cução. (NR)
- Artigo 291 com redação dada pela Lei Complementar nº - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
942, de 06/06/2003. de 06/06/2003.
Artigo 292 - Encerrada a fase probatória, dar-se-á vista dos § 1º - Revogado.
autos à defesa, que poderá apresentar alegações finais, no prazo - § 1º revogado pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003.
de 7 (sete) dias. (NR) § 2º - Revogado.
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, - § 2º revogado pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003.
de 06/06/2003. Artigo 299 - As decisões serão sempre publicadas no Diário
Parágrafo único - Não apresentadas no prazo as alegações fi- Oficial do Estado, dentro do prazo de 8 (oito) dias, bem como
nais, o presidente designará advogado dativo, assinando-lhe novo averbadas no registro funcional do servidor. (NR)
prazo. (NR) - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
- Parágrafo único com redação dada pela Lei Complementar de 06/06/2003.
nº 942, de 06/06/2003. § 1º - Revogado.
Artigo 293 - O relatório deverá ser apresentado no prazo de - § 1º revogado pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003.
10 (dez) dias, contados da apresentação das alegações finais. (NR) § 2º - Revogado.
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, - § 2º revogado pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003.
de 06/06/2003. Artigo 300 - Terão forma processual resumida, quando pos-
§ 1º - O relatório deverá descrever, em relação a cada acusa- sível, todos os termos lavrados pelo secretário, quais sejam: au-
do, separadamente, as irregularidades imputadas, as provas co- tuação, juntada, conclusão, intimação, data de recebimento, bem
lhidas e as razões de defesa, propondo a absolvição ou punição e como certidões e compromissos. (NR)
indicando, nesse caso, a pena que entender cabível. (NR) - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de de 06/06/2003.
06/06/2003. § 1º - Toda e qualquer juntada aos autos se fará na ordem
§ 2º - O relatório deverá conter, também, a sugestão de quais- cronológica da apresentação, rubricando o presidente as folhas
quer outras providências de interesse do serviço público. (NR) acrescidas. (NR)
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

- § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 942, de Parágrafo único - A demissão e a demissão a bem do serviço
06/06/2003. público acarretam a incompatibilidade para nova investidura em
§ 2º - Todos os atos ou decisões, cujo original não conste do cargo, função ou emprego público, pelo prazo de 5 (cinco) e 10
processo, nele deverão figurar por cópia. (NR) (dez) anos, respectivamente. (NR)
- § 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 942, de - Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº
06/06/2003. 942, de 06/06/2003.
Artigo 301 - Constará sempre dos autos da sindicância ou do
processo a folha de serviço do indiciado. (NR) CAPÍTULO IV
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, DO PROCESSO POR INASSIDUIDADE (NR)
de 06/06/2003.
§ 1º - Revogado. - Denominação do Capítulo IV com redação dada pela Lei
- § 1º revogado pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003. Complementar nº 1.361, de 21/10/2021.
§ 2º - Revogado. Artigo 308 - Verificada a ocorrência de faltas ao serviço que
- § 2º revogado pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003. caracterizem inassiduidade, o superior imediato comunicará o
§ 3º - Revogado. fato à autoridade competente para determinar a instauração de
- § 3º revogado pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003. processo disciplinar, instruindo a representação com cópia da fi-
Artigo 302 - Quando ao funcionário se imputar crime, pra- cha funcional do funcionário e atestados de frequência. (NR)
ticado na esfera administrativa, a autoridade que determinou a - Artigo 308 com redação dada pela Lei Complementar nº
instauração do processo administrativo providenciará para que se 1.361, de 21/10/2021.
instaure, simultaneamente, o inquérito policial. (NR) Artigo 309 - Não será instaurado processo para apurar inassi-
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, duidade do funcionário que tiver pedido exoneração. (NR)
de 06/06/2003. - Artigo 309 com redação dada pela Lei Complementar nº
Parágrafo único - Quando se tratar de crime praticado fora 1.361, de 21/10/2021.
da esfera administrativa, a autoridade policial dará ciência dele à Artigo 310 - Extingue-se o processo instaurado exclusivamen-
autoridade administrativa. (NR) te para apurar inassiduidade se o indiciado pedir exoneração até
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº a data designada para o interrogatório, ou por ocasião deste. (NR)
942, de 06/06/2003. - Artigo 310 com redação dada pela Lei Complementar nº
Artigo 303 - As autoridades responsáveis pela condução do 1.361, de 21/10/2021.
processo administrativo e do inquérito policial se auxiliarão para Artigo 311 - A defesa somente poderá versar sobre força
que os mesmos se concluam dentro dos prazos respectivos. (NR) maior, coação ilegal ou motivo legalmente justificável que impeça
- Artigo 303 com redação dada pela Lei Complementar nº o comparecimento ao trabalho. (NR)
942, de 06/06/2003. - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº
Artigo 304 - Quando o ato atribuído ao funcionário for consi- 1.361, de 21/10/2021.
derado criminoso, serão remetidas à autoridade competente có- § 1º - Revogado.
pias autenticadas das peças essenciais do processo. (NR) - § 1º revogado pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003.
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, § 2º - Revogado.
de 06/06/2003. - § 2º revogado pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003.
Parágrafo único - Revogado.
- Parágrafo único revogado pela Lei Complementar nº 942, CAPÍTULO V
de 06/06/2003. DOS RECURSOS (NR)
Artigo 305 - Não será declarada a nulidade de nenhum ato - Denominação do Capítulo V com redação dada pela Lei
processual que não houver influído na apuração da verdade subs- Complementar nº 942, de 06/06/2003.
tancial ou diretamente na decisão do processo ou sindicância.
(NR) Artigo 312 - Caberá recurso, por uma única vez, da decisão
- Artigo 305 com redação dada pela Lei Complementar nº que aplicar penalidade. (NR)
942, de 06/06/2003. - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
Artigo 306 - É defeso fornecer à imprensa ou a outros meios de 06/06/2003.
de divulgação notas sobre os atos processuais, salvo no interesse I - Revogado.
da Administração, a juízo do Secretário de Estado ou do Procura- - Inciso I revogado pela Lei Complementar nº 942, de
dor Geral do Estado. (NR) 06/06/2003.
- Artigo 306 com redação dada pela Lei Complementar nº II - Revogado.
942, de 06/06/2003. - Inciso II revogado pela Lei Complementar nº 942, de
Artigo 307 - Decorridos 5 (cinco) anos de efetivo exercício, 06/06/2003.
contados do cumprimento da sanção disciplinar, sem cometimen- III - Revogado.
to de nova infração, não mais poderá aquela ser considerada em - Inciso III revogado pela Lei Complementar nº 942, de
prejuízo do infrator, inclusive para efeito de reincidência. (NR) 06/06/2003.
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, § 1º - O prazo para recorrer é de 30 (trinta) dias, contados da
de 06/06/2003. publicação da decisão impugnada no Diário Oficial do Estado ou
da intimação pessoal do servidor, quando for o caso. (NR)

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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO ESPECIAL

- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de § 4º - O ônus da prova cabe ao requerente. (NR)
06/06/2003, revogado o parágrafo único. - § 4º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de
§ 2º - Do recurso deverá constar, além do nome e qualificação 06/06/2003.
do recorrente, a exposição das razões de inconformismo. (NR) Artigo 316 - A pena imposta não poderá ser agravada pela
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de revisão. (NR)
06/06/2003. - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
§ 3º - O recurso será apresentado à autoridade que aplicou de 06/06/2003.
a pena, que terá o prazo de 10 (dez) dias para, motivadamente, § 1º - Revogado.
manter sua decisão ou reformá-la. (NR) - § 1º revogado pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003.
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de § 2º - Revogado.
06/06/2003. - § 2º revogado pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003.
§ 4º - Mantida a decisão, ou reformada parcialmente, será Artigo 317 - A instauração de processo revisional poderá ser
imediatamente encaminhada a reexame pelo superior hierárqui- requerida fundamentadamente pelo interessado ou, se falecido
co. (NR) ou incapaz, por seu curador, cônjuge, companheiro, ascendente,
- § 4º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de descendente ou irmão, sempre por intermédio de advogado. (NR)
06/06/2003. - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
§ 5º - O recurso será apreciado pela autoridade competente de 06/06/2003.
ainda que incorretamente denominado ou endereçado. (NR) Parágrafo único - O pedido será instruído com as provas que
- § 5º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de o requerente possuir ou com indicação daquelas que pretenda
06/06/2003. produzir. (NR)
Artigo 313 - Caberá pedido de reconsideração, que não po- - Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº
derá ser renovado, de decisão tomada pelo Governador do Estado 942, de 06/06/2003.
em única instância, no prazo de 30 (trinta) dias. (NR) Artigo 318 - A autoridade que aplicou a penalidade, ou que
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, a tiver confirmado em grau de recurso, será competente para o
de 06/06/2003. exame da admissibilidade do pedido de revisão, bem como, caso
§ 1º - Revogado. deferido o processamento, para a sua decisão final. (NR)
- § 1º revogado pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003. - Artigo 318 com redação dada pela Lei Complementar nº
§ 2º - Revogado. 942, de 06/06/2003.
- § 2º revogado pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003. Artigo 319 - Deferido o processamento da revisão, será este
Artigo 314 - Os recursos de que trata esta lei complementar realizado por Procurador de Estado que não tenha funcionado no
não têm efeito suspensivo; os que forem providos darão lugar às procedimento disciplinar de que resultou a punição do requeren-
retificações necessárias, retroagindo seus efeitos à data do ato te. (NR)
punitivo. (NR) - Artigo 319 com redação dada pela Lei Complementar nº
- Artigo 314 com redação dada pela Lei Complementar nº 942, de 06/06/2003.
942, de 06/06/2003. Artigo 320 - Recebido o pedido, o presidente providenciará o
apensamento dos autos originais e notificará o requerente para,
CAPÍTULO VI no prazo de 8 (oito) dias, oferecer rol de testemunhas, ou reque-
DA REVISÃO (NR) rer outras provas que pretenda produzir. (NR)
- Capítulo VI acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de - “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942,
06/06/2003. de 06/06/2003.
Parágrafo único - No processamento da revisão serão obser-
Artigo 315 - Admitir-se-á, a qualquer tempo, a revisão de pu- vadas as normas previstas nesta lei complementar para o proces-
nição disciplinar de que não caiba mais recurso, se surgirem fa- so administrativo. (NR)
tos ou circunstâncias ainda não apreciados, ou vícios insanáveis - Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº
de procedimento, que possam justificar redução ou anulação da 942, de 06/06/2003.
pena aplicada. (NR) Artigo 321 - A decisão que julgar procedente a revisão poderá
- “Caput” com redação dada pela Lei Complementar nº 942, alterar a classificação da infração, absolver o punido, modificar a
de 06/06/2003. pena ou anular o processo, restabelecendo os direitos atingidos
§ 1º - A simples alegação da injustiça da decisão não constitui pela decisão reformada. (NR)
fundamento do pedido. (NR) - Artigo 321 com redação dada pela Lei Complementar nº
- § 1º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de 942, de 06/06/2003.
06/06/2003.
§ 2º - Não será admitida reiteração de pedido pelo mesmo Disposições Finais
fundamento. (NR) Artigo 322 - O dia 28 de outubro será consagrado ao “Funcio-
- § 2º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de nário Público Estadual”.
06/06/2003. Artigo 323 - Os prazos previstos neste Estatuto serão todos
§ 3º - Os pedidos formulados em desacordo com este artigo contados por dias corridos.
serão indeferidos. (NR) Parágrafo único - Não se computará no prazo o dia inicial,
- § 3º acrescentado pela Lei Complementar nº 942, de prorrogando-se o vencimento, que incidir em sábado, domingo,
06/06/2003. feriado ou facultativo, para o primeiro dia útil seguinte.
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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Artigo 324 - As disposições deste Estatuto se aplicam aos ex- 2. VUNESP - ATENDENTE DE NECROTÉRIO POLICIAL (PC
tranumerários, exceto no que colidirem com a precariedade de SP)/2014
sua situação no Serviço Público. As contravenções penais se diferenciam dos crimes, pois aque-
las não
Disposições Transitórias (A) geram reincidência (LCP, art. 7.º).
Artigo 325 - Aplicam-se aos atuais funcionários interinos as (B) são punidas na forma tentada (LCP, art. 4.º).
disposições deste Estatuto, salvo as que colidirem com a natureza (C) geram antecedentes criminais (LCP, art. 7.º).
precária de sua investidura e, em especial, as relativas a acesso, (D) admitem pena de prisão, apenas multa (LCP, art. 9.º).
promoção, afastamentos, aposentadoria voluntária e às licenças (E) são processadas por ação penal de iniciativa pública (LCP,
previstas nos itens VI, VII e IX do artigo 181. art. 17).
Artigo 326 - Serão obrigatoriamente exonerados os ocupantes
interinos de cargos para cujo provimento for realizado concurso. 3. VUNESP - CABO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO
Parágrafo único - As exonerações serão efetivadas dentro de PAULO/GRADUAÇÃO/2020
30 (trinta) dias, após a homologação do concurso. Em relação aos crimes de preconceito de raça, de cor ou ori-
Artigo 327 - Revogado. gem previstos na Lei Federal nº 7.716/89, é correto afirmar:
- Artigo 327 revogado pelo Decreto-lei nº 60, de 15/05/1969. (A) praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito
Artigo 328 - Dentro de 120 (cento e vinte) dias proceder-se-á de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional por meio
ao levantamento geral das atuais funções gratificadas, para efeito de publicação ou qualquer outro meio de comunicação social
de implantação de novo sistema retribuitório dos encargos por é fato atípico em virtude do respeito às liberdades constitucio-
elas atendidos. nais.
Parágrafo único - Até a implantação do sistema de que trata (B) a lei considera como crime a conduta de fabricar, comercia-
este artigo, continuarão em vigor as disposições legais referentes lizar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos,
à função gratificada. distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou ga-
Artigo 329 - Ficam expressamente revogadas: mada, para fins de divulgação do nazismo.
I - as disposições de leis gerais ou especiais que estabeleçam (C) impedir o acesso ou uso de transportes públicos, como avi-
contagem de tempo em divergência com o disposto no Capítulo ões, navios barcas, barcos, ônibus, trens, metrô ou qualquer
XV do Título II, ressalvada, todavia, a contagem, nos termos da outro meio de transporte concedido é considerado apenas
legislação ora revogada, do tempo de serviço prestado anterior- como infração administrativa e não crime.
mente ao presente Estatuto; (D) em virtude do respeito às liberdades individuais, não pode
II - a Lei nº 1.309, de 29 de novembro de 1951 e as demais ser caracterizado como crime a conduta de impedir ou obstar,
disposições atinentes aos extranumerários; e por qualquer meio ou forma, o casamento ou convivência fa-
III - a Lei nº 2.576, de 14 de janeiro de 1954. miliar e social.
Artigo 330 - Vetado.
Artigo 331 - Revogam-se as disposições em contrário. 4. VUNESP - ADVOGADO (TJ SP)/2013
Palácio dos Bandeirantes, aos 28 de outubro de 1968. Nos termos da Lei n.º 7.716/1989, a qual versa sobre delitos de
preconceito ou discriminação racial, pratica crime aquele que, em
virtude de preconceito de raça, impede ou obsta
QUESTÕES (A) o acesso de alguém a restaurantes, bares, confeitarias ou
locais semelhantes, ainda que não abertos ao público.
(B) o acesso de alguém aos veículos de transportes públicos e
1. VUNESP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA (PC SP)/2022 privados, como aviões, navios, barcos, ônibus, trens, metrô ou
A respeito da lei de contravenção penal, é correto dizer que qualquer outro meio de transporte.
(A) prevê como pena a prisão simples e a multa, sendo que, (C) o acesso ou recusa atendimento de alguém em estabeleci-
no caso de prisão simples, a duração tem como limite máximo mentos esportivos, casas de diversões ou clubes sociais, ainda
10 anos. que não abertos ao público.
(B) consagra o princípio da extraterritorialidade, podendo ser (D) o casamento de alguém, por qualquer meio ou forma, ex-
aplicada à contravenção penal praticada no estrangeiro, desde cluindo-se outros modos de convivência familiar e social.
que presentes os requisitos legais. (E) o acesso de alguém às entradas sociais de edifícios públicos
(C) a tentativa é punível com a pena correspondente à contra- ou residenciais, bem como aos elevadores ou às escadas des-
venção consumada, diminuída de um a dois terços. ses locais.
(D) as contravenções penais são processáveis por ação penal
incondicionada. 5. VUNESP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA (PC SP)/2018
(E) o desconhecimento da lei, ainda que inescusável, implica Observados os demais requisitos previstos na Lei nº 7.960/89
diminuição da pena. (Prisão Temporária), caberá prisão temporária quando houver fun-
dadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação
penal, de autoria ou participação do indiciado, entre outros, nos
seguintes crimes:
(A) roubo, estupro e epidemia com resultado de morte.
(B) tráfico de drogas, roubo e concussão.
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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO ESPECIAL

(C) peculato, concussão e prevaricação. 9. VUNESP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA (PC SP)/2022


(D) cárcere privado, homicídio culposo e extorsão. A respeito da Lei dos Crimes Hediondos, assinale a alternativa
(E) genocídio, terrorismo e peculato. correta.
(A) Os crimes considerados hediondos são insuscetíveis de gra-
6. VUNESP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA (PC SP)/2018 ça, anistia, fiança e liberdade provisória.
No que concerne à prisão temporária, é correto afirmar que (B) O roubo circunstanciado pelo emprego de arma branca é
(A) somente será decretada em face de representação da au- considerado crime hediondo.
toridade policial e apenas nas hipóteses previstas na legislação (C) O homicídio, previsto no “caput” do art. 121 do Código Pe-
que disciplina o assunto, sempre com prazo de 5 (cinco) dias, nal, se praticado em atividade típica de grupo de extermínio,
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprova- ainda que cometido por um único agente, é considerado crime
da necessidade. hediondo.
(B) é possível a sua decretação, pelo Tribunal de Justiça, no cri- (D) São considerados hediondos apenas os crimes consuma-
me de estupro, pelo prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, pror- dos, excluídos os tentados.
rogável por igual período em caso de extrema e comprovada (E) O crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
necessidade. permitido e de uso proibido é equiparado a hediondo.
(C) não é possível a sua decretação no crime de tortura, pois a
legislação que disciplina o assunto estabelece um rol taxativo 10. VUNESP - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL (PC
de crimes, e a tortura não está contemplada. RR)/2022/”PROVAS SUSPENSAS”
(D) no crime de favorecimento da prostituição ou de outra for- A Lei no 8.072/1990 considera hediondos, entre outros, os cri-
ma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vul- mes de
nerável, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual (A) latrocínio, extorsão qualificada pela morte e lesão corporal
período em caso de extrema e comprovada necessidade. seguida de morte, quando consumados.
(E) é possível sua decretação nos crimes dolosos, como regra, (B) extorsão mediante sequestro, e na forma qualificada, estu-
com prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período e pro de vulnerável e infanticídio, tentados ou consumados.
nos crimes culposos, como exceção, com prazo de 5 (cinco) (C) homicídio simples, homicídio quando praticado em ativida-
dias, prorrogável por igual período; em ambos os casos, é ne- de típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um
cessário comprovar a extrema necessidade. só agente, e homicídio qualificado, se consumados.
(D) estupro de vulnerável, favorecimento da prostituição ou de
7. VUNESP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA (PC SP)/2018 outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou
Nos termos da Lei no 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Ado- de vulnerável, tentados ou consumados.
lescente), a conduta daquele que promete a entrega de filho ou pu- (E) falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produ-
pilo a terceiro, mediante paga ou recompensa, é to destinado a fins medicinais, exceto os terapêuticos, perigo
(A) punível apenas por multa. de contágio de moléstia grave, quando consumados.
(B) considerada atípica.
(C) punível com pena de reclusão e multa. 11. VUNESP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA (PC SP)/2022
(D) considerada uma contravenção penal. Tendo em conta o Código de Defesa do Consumidor, assinale a
(E) punível com pena de detenção e multa. alternativa correta.
(A) O crime de fazer afirmação falsa ou enganosa, ou de omitir
8. VUNESP - DELEGADO DE POLÍCIA (PC SP)/2018 informação relevante relacionada a produto ou serviço, inad-
Com relação à conduta de “Simular a participação de adoles- mite modalidade culposa.
cente em cena de sexo explícito por meio de adulteração, monta- (B) Prevê como circunstância agravante a prática de quaisquer
gem ou modificação de fotografia”, nos termos da Lei no 8.069/1990 dos crimes contra pessoa portadora de deficiência mental ou
(Estatuto da Criança e do Adolescente), é correto afirmar que física.
(A) não é considerado um crime, por ausência de previsão le- (C) Prevê como pena, além da privativa de liberdade, dentre
gal. outras, a publicação, em órgãos de comunicação de grande cir-
(B) se trata de crime de perigo abstrato, apenado com reclusão, culação, da notícia sobre os fatos e a condenação.
que não admite a suspensão condicional do processo, mas tão (D) Os crimes nele previstos podem ser praticados tanto por
somente a transação penal. pessoa física quanto jurídica, restando condicionada a respon-
(C) a mera montagem de fotografia que simule a participação sabilidade dessa última à imputação simultânea da pessoa na-
de adolescente em cena de sexo explícito em si já é suficiente tural que atua em seu benefício.
para configurar a infração penal por parte de quem a produziu. (E) Os crimes nele previstos podem ser praticados tanto por
(D) se trata de crime apenado com detenção e de ação penal pessoa física quanto jurídica, não se exigindo a imputação si-
pública incondicionada. multânea da pessoa natural que atua em seu nome, para a res-
(E0 apesar de constar da legislação, a descrição do enunciado ponsabilização penal.
trata de uma ficção jurídica, também considerada uma hipó-
tese de indiferente penal, em razão da atipicidade da conduta
descrita.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

12. VUNESP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA (PC SP)/2018 pessoa jurídica de direito privado respondem pelo ato de im-
Em relação ao Código de Defesa do Consumidor (Lei nº probidade que venha a ser imputado à pessoa jurídica.
8.078/90), assinale a alternativa correta. (E) o sucessor ou o herdeiro daquele que causar dano ao erário
(A) Os crimes culposos são apenados exclusivamente com mul- ou que se enriquecer ilicitamente estão sujeitos à obrigação
ta. de repará-lo integralmente independentemente do valor da
(B) Existe hipótese de contravenção penal. herança ou do patrimônio transferido.
(C) Não existem crimes culposos.
(D) Não existem crimes apenados com reclusão. 15. VUNESP - DELEGADO DE POLÍCIA (PC SP)/2018
(E) Todos os crimes são apenados com reclusão. É exemplo de ato de improbidade administrativa que causa
prejuízo ao erário:
13. VUNESP - NOTÁRIO E REGISTRADOR (TJ SP)/PROVIMEN- (A) conceder benefício administrativo ou fiscal sem a obser-
TO/2022 vância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
O advento da Lei Federal no 14.230, de 25 de outubro de 2021, espécie.
alterou significativamente o sistema de responsabilização por atos (B) receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou
de improbidade administrativa no ordenamento jurídico pátrio. imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou in-
Acerca do seu conteúdo, assinale a alternativa correta. direta, a título de comissão de quem tenha interesse, direto ou
(A) A comprovação do dolo, nos termos da lei, poderá ser pre- indireto, que possa ser atingido por ação ou omissão decorren-
sumida face ao resultado prático relativo à perda patrimonial, te das atribuições do agente público.
desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens (C) perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para fa-
ou haveres das entidades descritas no art. 1o da Lei. cilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o
(B) A indisponibilidade de bens jamais poderá ser decretada fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao
sem a formação do contraditório, em virtude da incidência dos valor de mercado.
princípios do direito administrativo sancionador. (D) perceber vantagem econômica para intermediar a libera-
(C) Os efeitos da Lei de Improbidade Administrativa não alcan- ção ou aplicação de verba pública de qualquer natureza.
çam as entidades privadas, mesmo se estas, em sua constitui- (E) praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou
ção, tenham sido custeadas pelo erário. diverso daquele previsto na regra de competência.
(D) A nomeação ou indicação política por parte de agente com-
petente não configura ato de improbidade administrativa a me- 16. VUNESP - DELEGADO DE POLÍCIA (PC SP)/2022
nos que se comprove o dolo com finalidade ilícita por parte do Com base na Lei de Improbidade Administrativa, assinale a al-
agente. ternativa correta.
(A) A sanção da perda da função pública em decorrência da
14. VUNESP - ANALISTA LEGISLATIVO (ALESP)/ADMINIS- prática de ato de improbidade administrativa que cause lesão
TRADOR DE BANCO DE DADOS/2022 ao erário somente atinge o vínculo de mesma qualidade e na-
A Lei de Improbidade Administrativa foi um importante marco tureza que o agente público detinha com o poder público na
para a transparência e melhoria da governança na Administra- época do cometimento da infração.
ção Pública Brasileira. Recentemente, porém, o texto original (B) É proibido que a sanção pela prática de improbidade ad-
vinha sofrendo críticas em relação à sua forma de aplicação, ministrativa limite-se à aplicação da pena de multa, indepen-
sob a premissa de que haveria excesso de rigor em relação a dentemente do ressarcimento do dano e da perda dos valores
condutas não dolosas de administradores públicos, resultando obtidos, quando for o caso.
na baixa atratividade da função pública entre profissionais ca- (C) As sanções previstas na Lei de Improbidade Administrati-
pacitados. Nesse contexto, é correto afirmar com base na Lei va poderão ser executadas após decisão de segunda instância,
nº 8.429/1992 que que tenha apreciado o mérito da ação.
(A) não se sujeita às sanções previstas nesta Lei o particular, (D) A indisponibilidade de bens será realizada levando em con-
pessoa física ou jurídica, que celebra com a administração pú- sideração a estimativa de dano prevista na petição inicial, sen-
blica convênio, contrato de repasse, contrato de gestão, termo do vedada a substituição da penhora em dinheiro por fiança
de parceria, termo de cooperação ou ajuste administrativo bancária ou seguro- -garantia judicial.
equivalente. (E) Constitui ato de improbidade administrativa que causa le-
(B) os atos de improbidade violam a probidade na organização são ao erário a conduta dolosa ou culposa que enseje perda
do Estado e no exercício de suas funções e a integridade do patrimonial de entidade administrativa.
patrimônio público e social dos Poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário, bem como da administração direta e indireta, no 17. VUNESP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA (PC SP)/2018
âmbito da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Fe- Nos termos da Lei no 9.099/95, com as alterações feitas pela
deral. Lei no 11.313/06 (Lei dos Juizados Especiais Criminais), é correto
(C) configura improbidade a ação ou omissão decorrente de afirmar que
divergência interpretativa da lei, baseada em jurisprudência (A) consideram-se infrações penais de menor potencial ofensi-
ainda não pacificada que não venha a ser posteriormente pre- vo os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a um
valecente nas decisões dos órgãos de controle ou dos tribunais ano, prevendo ou não a lei procedimento especial.
do Poder Judiciário. (B) consideram-se infrações penais de menor potencial ofen-
(D) os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de sivo as contravenções penais a que a lei comine pena máxima

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

não superior a um ano, prevendo ou não a lei procedimento (B) Uma vez que Mévio não estava sob influência de álcool,
especial. tendo praticado lesão corporal culposa, nos exatos termos do
(C) além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, art. 291, parágrafo primeiro e incisos do CTB, é aplicável o insti-
dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes tuto da transação penal (art. 76, da Lei no 9.099/95).
de lesões corporais leves e lesões culposas. (C) Uma vez que Mévio não estava sob a influência de álcool,
(D) a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves tendo praticado lesão corporal culposa, nos exatos termos do
independe de representação da vítima lesionada, entretanto, art. 291, parágrafo primeiro e incisos do CTB, a composição civil
se o crime for de lesão corporal culposa, há necessidade da re- dos danos implicará renúncia ao direito de representação.
presentação. (D) Tendo praticado crime de lesão corporal, previsto no artigo
(E) além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, 302, do CTB, se condenado, além da pena privativa de liberda-
dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de, Mévio poderá ter suspensa a habilitação para dirigir veículo
de lesões corporais dolosas e lesões culposas leves. automotor no limite máximo de dois anos.
(E) Tendo praticado crime de lesão corporal, na condução de
18. VUNESP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA (PC SP)/2022 veículo automotor, Mévio poderá ter suspensa, cautelarmente,
Considerando a Lei de Interceptação Telefônica, assinale a al- a habilitação para dirigir veículo automotor
ternativa correta.
(A) A interceptação telefônica só pode ser executada por or- 21. VUNESP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA (PC SP)/2022
dem judicial, mas é vedada a decretação, de ofício, pelo Juiz. Tendo em conta a Lei de Repressão à Lavagem de Dinheiro, é
(B) O prazo da captação ambiental é de 15 dias, prorrogável por correto afirmar que
igual período, uma única vez. (A) o autor que colaborar espontaneamente com as autorida-
(C) A captação ambiental realizada por um dos interlocutores des, prestando informações que levem à apuração de infrações,
poderá ser usada para fins de defesa ou de acusação, demons- a identificações de autores ou à localização de bens, poderá ter
trada a integridade da gravação. a pena reduzida ou mesmo perdoada pelo Juiz.
(D) A captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos e (B) o crime de lavagem de dinheiro admite tentativa, mas, por
acústicos é cabível apenas para investigação e apuração de in- expressa determinação legal, é punida de forma diferenciada à
frações penais cujas penas máximas sejam superiores a 2 anos prevista no art. 14 do Código Penal.
ou praticadas por intermédio de organização criminosa. (C) as medidas assecuratórias nela previstas podem ser decre-
(E) Não cabe interceptação telefônica quando em causa apura- tadas pelo Juiz, a requerimento do Ministério Público e median-
ções de contravenção penal. te representação do Delegado de Polícia, mas não de ofício.
(D) admite-se a utilização da ação controlada e da infiltração de
19. VUNESP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA (PC SP)/2013 agentes na apuração do crime de lavagem de dinheiro somente
Quanto ao crime de tortura, é correto afirmar que se cometido por intermédio de organização criminosa.
(A) a lei brasileira que comina pena para o crime de tortura não (E) são efeitos da condenação, além dos previstos no Código
se aplica quando o crime foi cometido fora do território nacio- Penal, a perda, em favor da União, ainda que de competência
nal, mesmo sendo a vítima brasileira. Estadual, dos bens, direitos ou valores relacionados à prática
(B) o condenado pelo crime de tortura cumprirá todo o tempo do crime de lavagem de dinheiro.
da pena em regime fechado.
(C) é afiançável, mas insuscetível de graça ou anistia. 22. VUNESP - NOTÁRIO E REGISTRADOR (TJ SP)/REMO-
(D) na aplicação da pena pelo crime de tortura, não serão ad- ÇÃO/2008/5º
mitidas agravantes ou atenuantes. Assinale a alternativa correta no que pertine ao programa es-
(E) a condenação acarretará a perda do cargo, função ou em- pecial de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas (Lei n.º
prego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do 9.807/99).
prazo da pena aplicada. (A) A circunstância da alteração do nome completo será aver-
bada à margem do registro original, com expressa referência ao
20. VUNESP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA (PC SP)/2022 novo nome que ficará protegido pelo sigilo do registro e pela
Mévio, enquanto conduzia veículo automotor em via urbana, cautela do oficial registrador.
ao fazer curva, veio a perder o controle da direção, atingindo pedes- (B) A circunstância da alteração do nome completo será aver-
tres que se encontravam na calçada. bada à margem do registro original de nascimento sem, no en-
Dois dos pedestres não se machucaram, mas o terceiro acabou tanto, constar o novo nome.
tendo a perna amputada. Mévio submeteu-se ao exame de ba- (C) A circunstância da alteração do nome completo resulta no
fômetro, não sendo detectada a ingestão de álcool. A perícia cancelamento do registro original de nascimento, com expres-
técnica, por sua vez, apurou que a velocidade do veículo con- sa referência à sentença autorizatória e ao Juiz que a exarou,
duzido por Mévio era de pelo menos 100 km/h, sendo o limite bem como o novo nome, tudo a fim de ser possível eventual
de velocidade permitido na via 40 km/h. Diante da situação hi- retorno ao status quo na hipótese de cessação das ameaças.
potética, assinale a alternativa correta. (D) A circunstância da alteração do nome completo resulta no
(A) Uma vez que Mévio não estava sob influência de álcool, cancelamento do registro original de nascimento, no qual de-
tendo praticado lesão corporal culposa, nos exatos termos do verá constar expressa referência à sentença autorizatória e ao
art. 291, parágrafo primeiro e incisos do CTB, a ação penal é Juiz que a exarou. Novo termo deverá ser lavrado sem qualquer
pública condicionada à representação. menção à situação que lhe deu origem, tudo a fim de que a

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

integridade física do beneficiário seja preservada. 26. VUNESP - DELEGADO DE POLÍCIA (PC SP)/2018
É correto afirmar que, nos termos da Lei nº 11.343/2006 (Lei
23. VUNESP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA (PC SP)/2022 Antidrogas), o crime de tráfico ilícito de drogas é crime
Com relação ao Estatuto do Idoso, na parte que trata dos cri- (A) inafiançável e insuscetível de sursis, que admite a conver-
mes, assinale a alternativa correta. são de suas penas em restritivas de direitos.
(A) Impedir ou dificultar o acesso a operações bancárias ao ido- (B) hediondo, insuscetível de sursis, graça, indulto, sendo ape-
so caracteriza o crime de discriminação de pessoa idosa, previs- nas possível a anistia e a liberdade provisória.
to no art. 96, ainda que a negativa de crédito seja motivada por (C) de ação múltipla, norma penal em branco que não admite a
situação de superendividamento do idoso. possibilidade de liberdade provisória, sendo apenas possível a
(B) O crime de deixar de prestar assistência ao idoso, previsto conversão de suas penas em restritivas de direitos.
no art. 97, será punido de forma triplicada, se da omissão re- (D) de ação múltipla, norma penal em branco e que admite a
sultar a morte. possibilidade de livramento condicional, ao réu reincidente es-
(C) Os crimes neles previstos são processáveis pelo rito suma- pecífico, após o cumprimento de dois terços da pena.
ríssimo da Lei no 9.099/95, aplicando-se, ainda, os institutos da (E) inafiançável e insuscetível de sursis, graça, indulto, anistia e
transação penal e reparação civil. liberdade provisória.
(D) Os crimes neles previstos, quando implicam prejuízo patri-
monial, admitem o perdão judicial previsto no artigo 181, do 27. VUNESP - AGENTE POLICIAL (PC SP)/2013
Código Penal. De acordo com o que dispõe a Lei n.º 12.527/11, os procedi-
(E) Os crimes nele previstos são de ação penal pública incon- mentos nela previstos destinam-se a assegurar o direito fundamen-
dicionada, exceto quanto ao crime de exibir ou veicular, por tal de acesso à informação e devem ser executados em conformi-
qualquer meio, informações ou imagens depreciativas do ido- dade com os princípios básicos da administração pública e, entre
so, que é condicionado à representação. outras, com a seguinte diretriz:
(A) trabalho incansável do administrador público para evitar o
24. VUNESP - DELEGADO DE POLÍCIA (PC SP)/2022 controle social da administração pública.
Nos termos da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamen- (B) divulgação de todo o tipo de informação, pública ou priva-
to), é correto afirmar que da, desde que solicitada.
(A) o crime de Omissão de Cautela é considerado doloso e ape- (C) vedação da utilização dos meios de comunicação eletrôni-
nado com detenção. cos para transmissão das informações de interesse público.
(B) todos os crimes tipificados na referida legislação são apena- (D) proibição da transparência na administração pública.
dos com reclusão. (E) observância da publicidade como preceito geral e do sigilo
(C) o crime de disparo de arma de fogo é apenado com deten- como exceção.
ção.
(D) o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso 28. VUNESP - AUXILIAR DE NECROPSIA (PC SP)/2014
proibido é considerado hediondo. Narciso solicitou informações de interesse público a um órgão
(E) a referida legislação contempla diversos crimes dolosos e integrante da Secretaria da Segurança Pública. No entanto, Narciso
culposos. foi informado de que os documentos que continham as informa-
ções solicitadas foram extraviados. Nesse caso, segundo o disposto
25. VUNESP - ANALISTA DE PROMOTORIA (MPE SP)/ASSIS- na Lei n.º 12.527/2011, é correto afirmar que Narciso
TENTE JURÍDICO/2010 (A) deverá recorrer administrativamente para a autoridade su-
Considere as seguintes assertivas, que dizem respeito ao pro- perior para obter as informações desejadas.
cedimento observado nos crimes de violência doméstica e fa- (B) deverá ingressar com uma ação judicial para que o Poder
miliar contra a mulher, tal qual estabelece a Lei n.º 11.340/06: Judiciário determine a reprodução ou restauração dos docu-
I. nos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mu- mentos que continham as informações.
lher, os atos processuais não poderão se realizar em horário notur- (C) poderá requerer à autoridade competente a imediata aber-
no; tura de sindicância para apurar o desaparecimento da respec-
II. é vedada a aplicação de penas de cesta básica ou outras de tiva documentação.
prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que impli- (D) terá que aguardar por até trinta dias que os documentos
que o pagamento isolado de multa; solicitados sejam localizados pelo órgão público.
III. nas ações penais públicas condicionadas à representação (E) nada poderá fazer, uma vez que o órgão público não tem
da ofendida, só será admitida a renúncia à representação perante culpa se os documentos foram extraviados.
o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade,
antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. 29. VUNESP - DELEGADO DE POLÍCIA (PC SP)/2022
É correto o que se afirma em Nos termos da Lei nº 12.830/2013 (Investigação Criminal con-
(A) I, apenas. duzida pelo Delegado de Polícia), é correto afirmar:
(B) II, apenas. (A) os cargos de escrivão e de delegado de polícia são privativos
(C) I e II, apenas. de bacharel em Direito, devendo ser dispensado ao Delegado
(D) II e III, apenas. de Polícia o mesmo tratamento protocolar que recebem os ma-
(E) I, II e III. gistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério
Público e os advogados.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

(B) durante a investigação criminal, cabe ao escrivão, por de- (C) é autorizada, em qualquer hipótese, para investigação de
legação do Delegado de Polícia, a requisição de perícia, infor- todos os crimes apenados com reclusão.
mações, documentos e dados que interessem à apuração dos (D) na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz
fatos. competente, poderá autorizar, mesmo sem a manifestação do
(C) as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações Ministério Público.
penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurí- (E) somente é possível por meio de representação de Delegado
dica, essenciais e exclusivas de Estado. de Polícia.
(D) o inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei
em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por su- 33. VUNESP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA (PC SP)/2018
perior hierárquico, mediante despacho fundamentado, exclusi- Nos termos da Lei nº 13.260/16 (Lei Antiterrorismo), aquele
vamente, por motivo de interesse público. que realizar atos preparatórios de terrorismo com o propósito ine-
(E) a remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato quívoco de consumar tal delito
fundamentado do Secretário da Segurança Pública. (A) responderá por tentativa de terrorismo e também por or-
ganização criminosa.
30. VUNESP - DELEGADO DE POLÍCIA (PC SP)/2018 (B) responderá por contravenção penal.
Nos termos da Lei nº 12.830/2013 (Investigação Criminal Con- (C) responderá somente por crime previsto na Lei de Organiza-
duzida pelo Delegado), assinale a alternativa correta. ção Criminosa.
(A) As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações (D) responderá pelo delito consumado com diminuição de
penais exercidas pelo Delegado de Polícia são consideradas de pena.
natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado. (E) não responderá por qualquer delito, por se tratar de fato
(B) A remoção do Delegado de Polícia dar-se-á somente por ato atípico.
fundamentado do Secretário de Segurança Pública.
(C) O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em 34. VUNESP - DELEGADO DE POLÍCIA (PC SP)/2022
direito com inscrição da OAB. Nos termos da Lei nº 13.431/2017 (Lei de Escuta Especializa-
(D) Durante a investigação criminal, cabe ao Escrivão de Polícia da), é correto afirmar:
a requisição de documentos e dados que interessem à apura- (A) depoimento especial é o procedimento de oitiva de crian-
ção dos fatos. ça ou adolescente sobre situações que envolvem organizações
(E) A remoção do Delegado de Polícia dar-se-á somente por ato criminosas.
fundamentado do Governador do Estado. (B) depoimento especial é o procedimento de oitiva de criança
ou adolescente vítima ou testemunha de violência perante au-
31. VUNESP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA (PC SP)/2022 toridade policial ou judiciária.
A respeito do acordo de colaboração premiada, previsto na Lei (C) escuta especializada é o procedimento de oitiva de criança
de Organizações Criminosas, assinale a alternativa correta. ou adolescente vítima ou testemunha de violência perante au-
(A) Nenhuma condenação dar-se-á com base apenas em de- toridade policial ou judiciária.
claração do colaborador, sendo possível, no entanto, o recebi- (D) escuta especializada é o procedimento de inquirição de
mento da denúncia ou queixa. testemunhas de situações de violência doméstica, limitado o
(B) Ao colaborador não se impõe o compromisso de dizer a relato estritamente ao necessário para o cumprimento de sua
verdade, mas, em se constatando que faltou com a verdade finalidade.
ou omitiu dolosamente informações, o acordo será rescindido. (E) escuta especializada é o procedimento de interrogatório de
(C) Em caso de retratação da proposta de acordo pelo colabo- indiciados em situações que envolvem organizações crimino-
rador, as provas produzidas, inclusive as autoincriminatórias, sas, limitado o relato estritamente ao necessário para o cum-
poderão ser usadas contra ele, ainda que em caráter exclusivo. primento de sua finalidade.
(D) O acordo de colaboração premiada e os depoimentos do
colaborador serão mantidos em sigilo até o recebimento da de- 35. VUNESP - PSICÓLOGO JUDICIÁRIO (TJ SP)/2022
núncia, podendo, contudo, o Magistrado determinar a publici- A Lei no 13.431, que estabelece o sistema de direitos da criança
dade, em razão de relevante valor social. e do adolescente vítima ou testemunha de violência, caracteriza o
(E) O recebimento de proposta de formalização de acordo Depoimento especial como
de colaboração premiada demarca o início das negociações e (A) a oitiva da vítima, criança ou adolescente, perante a autori-
constitui marco de confidencialidade, sendo que a divulgação dade policial ou judiciária, com vistas a apurar possíveis situa-
das tratativas configura violação de sigilo. ções de violência sofridas.
(B) uma entrevista inicial investigativa conduzida em instala-
32. VUNESP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA (PC SP)/2018 ções do Conselho Tutelar por um conselheiro, com vistas a fun-
Com relação à infiltração de agentes prevista na Lei no damentar denúncia de violência contra criança ou adolescente.
12.850/2013 (Organização Criminosa), é correto afirmar que (C) o acareamento entre vítima e agressor para identificação
(A) é autorizada somente na fase de investigação policial e para do responsável pelo ato delituoso, sem contato visual entre a
os crimes apenados com reclusão. criança ou o adolescente vitimizado e o acusado.
(B) será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem pre- (D) a colheita de depoimento de vítima de violência criança
juízo de eventuais renovações, desde que comprovada sua ne- ou adolescente, na Delegacia de Polícia, por profissional espe-
cessidade. cializado, com vistas à possibilidade de abertura de inquérito

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

policial.
(E) um procedimento de entrevista por profissional especializa-
ANOTAÇÕES
do com a criança ou adolescente sobre uma possível situação
de violência, com vistas à proteção da vítima. ______________________________________________________

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GABARITO
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1 D
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2 B
3 B ______________________________________________________
4 E ______________________________________________________
5 A
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6 D
7 C ______________________________________________________

8 C ______________________________________________________
9 C
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10 D
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11 C
12 D _____________________________________________________
13 D _____________________________________________________
14 B
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15 A
16 A ______________________________________________________

17 C ______________________________________________________
18 E ______________________________________________________
19 E
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20 E
21 A ______________________________________________________
22 B ______________________________________________________
23 B
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24 D
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25 D
26 E ______________________________________________________
27 E ______________________________________________________
28 C
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29 C
30 A ______________________________________________________
31 E ______________________________________________________
32 B
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33 D
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34 B
35 A ______________________________________________________

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145
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