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PENAL ESPECIAL
Lei n. 3.688/1941 – Contravenções Penais
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Lei n. 3.688/1941 – Contravenções Penais
Fábio Roque e Flávia Araújo
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................4
Lei n. 3.688/1941 – Contravenções Penais........................................................................................................5
1. Noções Gerais.................................................................................................................................................................5
2. Princípio da Territorialidade nas Contravenções Penais (Art. 2º)..................................................6
3. Competência para Processar e Julgar as Contravenções Penais....................................................7
4. Elemento Subjetivo nas Contravenções Penais (Art. 3º).....................................................................7
6. Penas Aplicáveis às Contravenções Penais (Arts. 5º, 6º, 9º, 10 e 11)...........................................9
Resumo sobre as Penas Aplicáveis em Caso de Contravenção Penal..............................................9
7. Reincidência no Caso de Contravenções Penais (Art. 7º)...................................................................11
8. Ignorância ou Errada Compreensão da Lei (Art. 8º)..............................................................................12
9. Efeitos da Condenação (Art. 12)........................................................................................................................13
10. Aplicação de Medidas de Segurança no Caso de Cometimento das Contravenções
Penais (Art. 13 E 16).. .....................................................................................................................................................13
11. Revogação do Art. 15 da Lei de Contravenções Penais. .....................................................................14
12. Ação Penal (Art. 17).. ..............................................................................................................................................14
13. Das Contravenções Penais em Espécie. .....................................................................................................15
13.1. Das Contravenções Referentes à Pessoa..............................................................................................15
13.2. Das Contravenções Penais Referentes ao Patrimônio..................................................................17
13.3. Das Contravenções Penais Referentes à Incolumidade Pública.............................................18
13.4. Das Contravenções Penais Referentes à Paz Pública.................................................................. 22
13.5. Das Contravenções Penais Referentes à Fé Pública..................................................................... 24
13.6. Das Contravenções Penais Referentes à Organização do Trabalho. ....................................26
13.7. Das Contravenções Penais Referentes à Política de Costumes.............................................27
13.8. Das Contravenções Penais Referentes à Administração Pública. ..........................................31
Resumo................................................................................................................................................................................33
Mapa Mental.....................................................................................................................................................................35
Questões de Concurso................................................................................................................................................37
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Gabarito...............................................................................................................................................................................43
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................44
Referências........................................................................................................................................................................57
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Apresentação
Olá, futuro concursado!
Nós e toda a equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercí-
cios, respondendo questões de concurso e criando questões inéditas para que você consiga
fixar todo o conteúdo estudado!
As referências bibliográficas estarão presentes ao final da aula. Assim, você terá um supor-
te caso queira um aprofundamento sobre os temas.
Traremos, também, jurisprudência atualizada, pois, sabemos que não basta saber a legis-
lação ou as considerações doutrinárias sobre Legislação Penal Especial, sendo imprescindível
o estudo das compreensões dos tribunais.
Aqui, nesta aula iremos estudar sobre as contravenções penais, previstas no Decreto-Lei n.
3.688/41. Iremos tratar sobre suas disposições normativas e os principais posicionamentos
doutrinários e jurisprudenciais sobre o tema.
Esperamos que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material
obrigatório! Então, fica ligado no curso GRAN. Estamos esperando as dúvidas no Fórum do aluno!
Vamos começar?
Flávia Araújo
Advogada, professora,
Mestra em Políticas Sociais e Cidadania (Ucsal).
Fábio Roque Araújo (@professorfabioroque)
Juiz Federal, professor e autor de obras jurídicas;
Doutor e Mestre em Direito Público pela UFBA.
Canal no Youtube: Fábio Roque Araújo
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula 536 do STJ: A suspensão condicional do processo e a transação penal não se
aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.
Importante destacarmos que o art. 138 do Código Penal traz a seguinte definição para o
crime de calúnia: “Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime” (grifo
nosso). Portanto, não haverá calúnia quando o agente imputa falsamente fato definido como
contravenção penal (neste caso, é possível que a conduta se adeque ao crime de difamação,
previsto no art. 139 do Código).
Também não será cabível a aplicação do crime de denunciação caluniosa quando o agente
der causa à instauração de investigação policial, de processo judicial ou instauração de investi-
gação administrativa contra alguém, de que sabe inocente, imputando-lhe contravenção penal,
já que o art. 339 do Código Penal faz menção expressa à imputação por crime.
Da mesma forma, também não há crime de receptação se o objeto for produto de contraven-
ção penal, já que o art. 180 do Código Penal define este tipo penal como a conduta de “Adquirir,
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receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser pro-
duto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte” (grifo nosso).
Por outro lado, é possível a incidência do art. 340 do Código Penal quando o agente pratica
a conduta de “Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de
contravenção que sabe não se ter verificado” (grifo nosso).
JURISPRUDÊNCIA
Pela simples circunstância de os delitos em causa serem considerados como contraven-
ção penal, não poderá a extradição ser concedida, uma vez que incide, no caso, o disposto
no inciso ii do art. 77 da lei 6.815/80, que veda a extradição quando o fato que motivar o
pedido não for tido no brasil como crime, expressão que, tecnicamente (e, a citada lei, no
tocante à extradição só se utiliza dela), não se aplica às contravenções penais, que são
delitos de menor gravidade. Pedido de extradição indeferido. (STF – Ext 473 IT. Rel. Min
Moreira Alves. Tribunal Pleno. Julgado em 08/03/1989).
De acordo com o art. 2º da Lei das Contravenções Penais “A lei brasileira só é aplicável à con-
travenção praticada no território nacional”.
Errada.
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Com base neste dispositivo, é possível concluir que as contravenções penais serão julga-
das, em regra, pela Justiça Comum Estadual. Neste sentido, a Súmula 38 do STJ estabelece que:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 38 do STJ: Compete a justiça estadual comum, na vigência da constituição de
1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens,
serviços ou interesse da união ou de suas entidades.
Obs.: Resumo: As contravenções penais serão julgadas, em regra, perante os juizados espe-
ciais estaduais.
Art. 3º Para a existência da contravenção, basta a ação ou omissão voluntária. Deve-se, todavia, ter
em conta o dolo ou a culpa, se a lei faz depender, de um ou de outra, qualquer efeito jurídico.
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Por outro lado, a leitura da literalidade deste dispositivo, pode nos levar a inferir que, para
a incidência da contravenção penal, bastaria a existência voluntária da conduta, independente-
mente da aferição do dolo ou culpa do sujeito ativo.
Este dispositivo já foi objeto de inúmeras divergências doutrinárias. De início, a doutrina
apontava que, para a incidência de contravenção penal, bastava a ação ou omissão voluntária
do agente. De acordo com esta linha de entendimento, a presença do elemento anímico “dolo”
ou “culpa” não seria imprescindível. Este posicionamento doutrinário possibilitaria a incidência
de uma responsabilidade penal objetiva, o que não é admitida em nosso ordenamento jurídico.
A doutrina mais atual entende que a contravenção penal, enquanto espécie do gênero “con-
travenção penal” exige a presença do elemento anímico dolo para a sua concretização. Desta
forma, a ausência do elemento subjetivo acarreta a atipicidade do fato.
O art. 4º da Lei das Contravenções Penais estabelece que “Não é punível a tentativa de contravenção”.
Portanto, em razão de uma política criminal, o ordenamento jurídico brasileiro entende que a tentativa
de contravenção não seria objeto de punição penal em razão de sua baixa potencialidade lesiva.
Errada.
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Art. 6º A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento
especial ou seção especial de prisão comum, em regime semiaberto ou aberto.
§ 1º O condenado a pena de prisão simples fica sempre separado dos condenados a pena de reclu-
são ou de detenção.
§ 2º O trabalho é facultativo, se a pena aplicada, não excede a quinze dias.
Perceba que a prisão simples constitui uma pena privativa de liberdade aplicada nas hi-
póteses de cometimento de contravenção penal. Para esta espécie de infração penal não é
aplicável a pena de reclusão ou de detenção (aplicadas nos casos de crimes). Neste sentido,
o §1º do art. 6º estabelece que “O condenado a pena de prisão simples fica sempre separado
dos condenados a pena de reclusão ou de detenção”.
As contravenções penais serão cumpridas em regime aberto ou semiaberto, não sendo
cabível, em nenhuma hipótese, o regime fechado!
De acordo com o art. 10 do Decreto-Lei n. 3.688/1941, a duração da pena de prisão simples
não poderá ultrapassar a 5 (cinco) anos.
Não é cabível a prisão preventiva em face das contravenções penais, já que estas só po-
dem ser decretadas em face de crimes, como podemos notar a partir da leitura dos Arts. 312
do Código de Processo Penal, que assim dispõe:
A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova
da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do
imputado (grifo nosso).
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Desde que reunidas as condições legais, o juiz pode suspender por tempo não inferior a um ano nem
superior a três, a execução da pena de prisão simples, bem como conceder livramento condicional.
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As contravenções penais não serão submetidas a regime fechado. Neste sentido, o caput do
art. 6º, do Decreto-Lei n. 3.688/41, estabelece que “A pena de prisão simples deve ser cumpri-
da, sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum,
em regime semiaberto ou aberto”.
Certa.
Art. 7º Verifica-se a reincidência quando o agente pratica uma contravenção depois de passar em
julgado a sentença que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer crime, ou, no
Brasil, por motivo de contravenção.
Lembre-se que só podemos falar em reincidência quando houver condenação definitiva, com
trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Portanto, a simples investigação criminal
ou o curso do processo penal, não constituem fatores aptos a gerar a reincidência do agente.
Com base neste artigo, podemos concluir que:
• Condenação por Crime (dentro ou fora do país) + prática de outro Crime = gera reincidência.
• Condenação por Crime (dentro ou fora do país) + prática de contravenção = gera reincidência.
• Condenação por Contravenção (dentro do país) + prática de outra Contravenção = gera
reincidência.
• Condenação por Contravenção + prática de Crime = Não há Reincidência.
Podemos notar que o agente será considerado reincidente caso tenha sido definitivamente
condenado por crime, cometido dentro ou fora do país e, posteriormente, venha a praticar outro
crime ou contravenção penal.
Já no caso das contravenções penais, o agente só será considerado reincidente se tiver sido
condenado no Brasil e venha a praticar outra contravenção, no país. Portanto, não gera reinci-
dência a sentença penal estrangeira que condene determinada pessoa por contravenção penal.
Do mesmo modo, perceba que, pela leitura do art. 7º, não há reincidência quando o sujeito
é condenado definitivamente por contravenção penal e, posteriormente, comete algum crime.
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Para que a pessoa seja considerada reincidente é necessário que haja a condenação definitiva,
com sentença penal transitada em julgado.
Errada.
Art. 8º No caso de ignorância ou de errada compreensão da lei, quando escusáveis, a pena pode
deixar de ser aplicada.
Este artigo prevê a possibilidade de perdão judicial nas hipóteses de erro de direito, quando
este for escusável. O erro de direito, por sua vez, poderá ser dividido entre ignorância acerca da
existência da lei ou errada compreensão desta.
No Código Penal, os casos de ignorância da lei são tratados como mera atenuante, prevista
no art. 65, II. Deste modo, no que diz respeito à ignorância sobre a existência da lei, o Decreto-
-Lei n. 3.688/41 (Lei das Contravenções Penais – LCP), é mais benéfico do que o Código Penal.
Assim, nestes casos, prevalece o entendimento de que a pena poderá deixar de ser aplica-
da quando estivermos diante de um caso em que o agente pratica a contravenção penal por
ignorar a existência da lei, desde que esta ignorância seja escusável.
A maior parte da doutrina entende que o art. 8º da Lei de Contravenções Penais estaria ta-
citamente revogado no que concerne ao erro quanto à errada compreensão da lei. Isto porque
esta espécie de erro está regulada no art. 21 do Código Penal, que permite a isenção da pena.
Em síntese: Ignorância sobre a existência da lei – prevalece o art. 8º da Lei de Contravenções
Penais, por ser mais benéfico do que o Código Penal, ao prever o perdão judicial, e não a mera atenu-
ante da pena. Errada compreensão da lei, quando escusável – aplica-se o art. 21 do Código Penal.
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Art. 12. As penas acessórias são a publicação da sentença e as seguintes interdições de direitos:
I – a incapacidade temporária para profissão ou atividade, cujo exercício dependa de habilitação
especial, licença ou autorização do poder público;
lI – a suspensão dos direitos políticos.
Parágrafo único. Incorrem:
a) na interdição sob n. I, por um mês a dois anos, o condenado por motivo de contravenção cometida
com abuso de profissão ou atividade ou com infração de dever a ela inerente;
b) na interdição sob n. II, o condenado a pena privativa de liberdade, enquanto dure a execução da
pena ou a aplicação da medida de segurança detentiva.
Perceba que este artigo menciona a “incapacidade temporária para profissão ou atividade”
e a “suspensão de direitos” como modalidades de penas acessórias à condenação por contra-
venções penais.
Para uma parcela da doutrina, este artigo estaria tacitamente revogado com a entrada em
vigor da Lei n. 7.209/84 que, ao alterar a Parte Geral do Código Penal, extinguiu as penas aces-
sórias do seu ordenamento.
Por outro lado, há uma corrente de pensamento, a exemplo de Guilherme Nucci, que não concor-
da com a revogação do art. 12 da lei de contravenções penais. De acordo com esta linha de pensa-
mento, a expressão “penas acessórias” deve ser interpretada como “efeitos da condenação”. Com
base em tal raciocínio, a condenação definitiva por contravenção penal teria os seguintes efeitos:
• Incapacidade temporária para profissão ou atividade cujo exercício dependa de habilitação
especial, licença ou autorização do poder público: esta interdição de direitos ocorreria pelo
prazo de um mês a dois anos e se aplicaria na hipótese de o condenado praticar a contra-
venção penal com abuso de profissão ou atividade ou com infração de dever a ela inerente.
• Suspensão dos direitos políticos: este efeito da condenação consiste em uma restrição
de direitos ao condenado a pena privativa de liberdade, enquanto dure a execução da
pena ou a aplicação da medida de segurança detentiva.
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Art. 16. O prazo mínimo de duração da internação em manicômio judiciário ou em casa de custódia
e tratamento é de seis meses.
Parágrafo único. O juiz, entretanto, pode, ao invés de decretar a internação, submeter o indivíduo a
liberdade vigiada.
Portanto, o prazo mínimo para aplicação das medidas de segurança em caso de contra-
venções penais, será de 06 (seis) meses. Já no caso de cometimento de crimes, este prazo
mínimo será de 1 (um) a 3 (três) anos, como prevê o art. 97, §1º, do Código Penal.
Porém, a reforma da parte geral do Código Penal acarretou a revogação tácita do art. 14
da mesma lei, que prevê hipóteses de presunção de periculosidade, de determinados sujeitos.
Art. 15. São internados em colônia agrícola ou em instituto de trabalho, de reeducação ou de ensino
profissional, pelo prazo mínimo de um ano:
I – o condenado por vadiagem (art. 59);
II – o condenado por mendicância (art. 60 e seu parágrafo);
Este artigo encontra-se revogado tacitamente por alguns motivos. Primeiramente, é interessan-
te observar que sua previsão traz o sistema do duplo binário (também chamado de sistema da du-
pla via), no qual era aplicável, ao semi-imputável, a pena privativa de liberdade e, posteriormente, a
medida de segurança, caso se averiguasse a continuação da periculosidade do sujeito. Ocorre que
este tipo de sistema não é mais admitido, após a reforma da Parte Geral do Código Penal brasileiro.
Atualmente, a maior parte da doutrina entende que Direito Penal adotou o sistema vicarian-
te ou unitário, no qual o semi-imputável se submeterá, alternativamente, à pena (reduzida de
um a dois terços) ou à medida de segurança, não sendo possível a aplicação cumulativa.
Importante destacar que a contravenção penal por mendicância foi abolida do ordenamento jurí-
dico após a entrada em vigor da Lei n. 11.983/2009 que revogou o art. 60 do Decreto-Lei n. 3.688/41.
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As contravenções penais são infrações penais de menor potencial ofensivo de ação penal pú-
blica incondicionada, conforme estabelece o art. 17 do Decreto-Lei n. 3.688/41.
Errada.
• a) Art. 18: “Fabricar, importar, exportar, ter em depósito ou vender, sem permissão da
autoridade, arma ou munição.”
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O art. 18 constitui em infração comum, que pode ser praticada por qualquer sujeito ativo.
Possui o dolo como elemento subjetivo (assim como todas as demais contravenções penais).
• b) Art. 19: “Trazer consigo arma fora de casa ou de dependência desta, sem licença da
autoridade.”
Assim como ocorre com o art. 18, acima citado, as condutas descritas no art. 19 foram
revogadas pela lei 10.826/2013´, quando o objeto material do delito for arma de fogo e muni-
ções, passando a constituir crime previsto no estatuto do desarmamento se o objeto material
da infração for arma de fogo e/ou munições.
A maior parte da doutrina entende que esta previsão não se amolda à conduta de “trazer
consigo” arma branca fora de casa, já que não há previsão legal que exija licença para o porte
deste tipo de arma. Para esta corrente, estamos diante de um fato atípico.
Este artigo estabelece uma infração comum, que pode ser praticada por qualquer sujeito ati-
vo. Possui o dolo como elemento subjetivo (assim como todas as demais contravenções penais).
• d) Art. 21: “Praticar vias de fato contra alguém.” Este artigo prevê uma hipótese de aumento
de pena de 1/3 (um terço) até a metade se a vítima for maior de 60 (sessenta) anos.”
Assim como as demais contravenções penais, o art. 21 prevê o dolo como elemento subje-
tivo da conduta. A conduta, por sua vez, poderá ser praticada por qualquer pessoa, consistindo,
assim, em infração comum, que não exige uma qualidade especial do agente.
Lembre-se que se as vias de fato forem praticadas contra mulher, em âmbito doméstico ou fa-
miliar, não será possível a aplicação dos institutos despenalizadores previstos na Lei n. 9.099/95.
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O §1º do art. 22 prevê uma modalidade equiparada à contravenção penal descrita no caput
ao dispor que “Aplica-se a mesma pena a quem deixa de comunicar a autoridade competente, no
prazo legal, internação que tenha admitido, por motivo de urgência, sem as formalidades legais.”
Já o §2º do art. 22 prevê uma figura qualificada à contravenção penal descrita no caput ao
dispor que “Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa de qui-
nhentos mil réis a cinco contos de réis, aquele que, sem observar as prescrições legais, deixa
retirar-se ou despede de estabelecimento psiquiátrico pessoa nele, internada”.
• f) Art. 23: “Receber e ter sob custódia doente mental, fora do caso previsto no artigo
anterior, sem autorização de quem de direito.”
Assim como as demais contravenções penais, o art. 23 prevê o dolo como elemento subje-
tivo da conduta. A conduta, por sua vez, poderá ser praticada por qualquer pessoa, consistindo,
assim, em infração comum, que não exige uma qualidade especial do agente.
Este tipo penal busca tutelar a segurança pública e o patrimônio tendo, a “gazua ou outro
instrumento empregado na prática de crime de furto” como objeto material. Qualquer pessoa po-
derá ser sujeito ativo desta infração, consistindo, assim, em contravenção penal comum, que não
exige uma qualidade especial do sujeito ativo. Assim como ocorre com as demais modalidades
de contravenções penais, a conduta descrita no art. 24 só poderá ser praticada de forma dolosa.
• b) Art. 25 (não recepcionado pela CF): “Ter alguém em seu poder, depois de condenado,
por crime de furto ou roubo, ou enquanto sujeito à liberdade vigiada ou quando conhecido
como vadio ou mendigo, gazuas, chaves falsas ou alteradas ou instrumentos emprega-
dos usualmente na prática de crime de furto, desde que não prove destinação legítima.”
De acordo com o STF, este artigo não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988, por pos-
suir natureza discriminatória, violando os princípios da dignidade da pessoa humana e da isonomia.
No mérito, o Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, deu provimento ao
recurso extraordinário por reconhecer, no acórdão recorrido, a violação dos princípios consti-
tucionais da dignidade da pessoa humana e da isonomia, previstos nos artigos 1º, inciso III; e
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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Lei n. 3.688/1941 – Contravenções Penais
Fábio Roque e Flávia Araújo
5º, caput e inciso I, da CF, ante a não recepção do artigo 25 do Decreto-Lei n. 3.688/41 (Lei das
Contravenções Penais) pela Constituição Federal de 1988, e, em consequência, absolver o re-
corrente, nos termos do artigo 386, inciso III, do Código de Processo Penal. Votou o Presidente,
Ministro Joaquim Barbosa. (STF – RE 583523/RS).
Este tipo penal busca tutelar a segurança pública e o patrimônio do proprietário ou possuidor
do local violado. O objeto material será a fechadura ou qualquer outro aparelho destinado à defesa
do lugar. O sujeito passivo será o proprietário ou possuidor do local violado. Qualquer pessoa po-
derá ser sujeito ativo desta infração, consistindo, assim, em contravenção penal comum, que não
exige uma qualidade especial do sujeito ativo. Assim como ocorre com as demais modalidades de
contravenções penais, a conduta descrita no art. 26 só poderá ser praticada de forma dolosa.
• a) Art. 28, caput: Após a entrada em vigor da Lei n. 9.437/1997, posteriormente revogada
pela Lei n. 10.826/2003, a conduta consistente em “Disparar arma de fogo em lugar habita-
do ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela” deixou de ser contravenção
penal para tornar-se crime, previsto, atualmente, no art. 15 do Estatuto do Desarmamento.
Por outro lado, parte da doutrina entende que o parágrafo único do art. 28 continua em
vigor, configurando contravenção penal a conduta de. “em lugar habitado ou em suas adjacên-
cias, em via pública ou em direção a ela, sem licença da autoridade, causa deflagração perigo-
sa, queima fogo de artifício ou solta balão aceso”. Neste caso, não há menção à arma de fogo
ou munição, não sendo, assim, objeto tipificado pelo Estatuto do Desarmamento.
• b) Art. 29: “Provocar o desabamento de construção ou, por erro no projeto ou na execu-
ção, dar-lhe causa.”
Este tipo penal busca tutelar a incolumidade pública. O objeto material é a construção. O
sujeito passivo será a coletividade. Qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo desta infração,
consistindo, assim, em contravenção penal comum, que não exige uma qualidade especial do
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agente. Assim como ocorre com as demais modalidades de contravenções penais, a conduta
descrita no art. 29 só poderá ser praticada de forma dolosa.
Se o desabamento da construção vier a causar lesão corporal ou morte de alguém, a con-
travenção penal será absorvida pelos crimes previstos no arts. 129 ou 121 do Código Penal.
Esta contravenção penal se diferencia do crime de desabamento ou desmoronamento, pre-
visto no art. 256 do Código Penal. Deste modo, se o desabamento expuser uma generalidade
de pessoas à perigo comum, estaremos diante de um crime, e não de uma contravenção penal.
• c) Art. 30: “Omitir alguém a providência reclamada pelo Estado ruinoso de construção
que lhe pertence ou cuja conservação lhe incumbe.”
Este tipo penal busca tutelar a incolumidade pública. O objeto material é a construção em
estado ruinoso. Lembrando que, para incidência desta infração, é necessário que o agente tenha
ciência do estado ruinoso da construção. O sujeito passivo será a coletividade. Qualquer pessoa
poderá ser sujeito ativo desta infração, consistindo, assim, em contravenção penal comum, que
não exige uma qualidade especial do agente. Assim como ocorre com as demais modalidades
de contravenções penais, a conduta descrita no art. 30 só poderá ser praticada de forma dolosa.
• d) Art. 31: “Deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inexperiente, ou não guardar
com a devida cautela animal perigoso.”
Este tipo penal busca tutelar a incolumidade pública. O objeto material é o animal perigoso.
O sujeito passivo será a coletividade e, de forma secundária, a pessoa eventualmente exposta
a perigo de dano. Qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo desta infração, consistindo, assim,
em contravenção penal comum, que não exige uma qualidade especial do agente. Assim como
ocorre com as demais modalidades de contravenções penais, a conduta descrita no art. 31 só
poderá ser praticada de forma dolosa.
Se a conduta vier a causar lesão corporal a alguém, a contravenção penal será absorvida
pelo crime previsto no art. 129 do Código Penal.
O parágrafo único do art. 30 prevê as figuras equiparadas à do caput, ao estabelecer que
“Incorre na mesma pena quem: a) na via pública, abandona animal de tiro, carga ou corrida, ou
o confia à pessoa inexperiente; b) excita ou irrita animal, expondo a perigo a segurança alheia;
c) conduz animal, na via pública, pondo em perigo a segurança alheia”.
• e) Art. 32: “Dirigir, sem a devida habilitação, veículo na via pública, ou embarcação a
motor em águas públicas.”
Este tipo penal busca tutelar a coletividade. O objeto material é embarcação a motor. O
sujeito passivo será a coletividade e, de forma secundária, a pessoa eventualmente exposta a
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perigo de dano. Qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo desta infração, consistindo, assim,
em contravenção penal comum, que não exige uma qualidade especial do agente. Assim como
ocorre com as demais modalidades de contravenções penais, a conduta descrita no art. 32 só
poderá ser praticada de forma dolosa.
O art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro tipifica a conduta de “Dirigir veículo automotor, em
via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito
de dirigir, gerando perigo de dano”. Discute-se se esta norma derrogou a Lei de Contravenções
Penais no que concerne à conduta de dirigir veículo, na via pública, sem a devida habilitação.
O STF entende que o CTB regula a condução de veículo terrestre por pessoa sem habili-
tação, prevendo que o ato poderá configurar infração administrativa ou crime (art. 309), caso
haja perigo de dano. Com base neste raciocínio, o art. 32 da Lei de Contravenções só se aplica-
ria no caso de condução, em habilitação, de embarcação a motor em águas públicas.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 720 do STF: O art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, que reclama decorra do
fato perigo de dano, derrogou o art. 32 da Lei das Contravenções Penais no tocante à dire-
ção sem habilitação em vias terrestres.
Por fim, perceba que esta contravenção penal só será aplicável caso a condução da embar-
cação, sem habilitação, ocorra em águas públicas.
Este tipo penal busca tutelar a incolumidade pública. O objeto material é a aeronave. O
sujeito passivo será a coletividade. Qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo desta infração,
consistindo, assim, em contravenção penal comum, que não exige uma qualidade especial do
agente. Assim como ocorre com as demais modalidades de contravenções penais, a conduta
descrita no art. 33 só poderá ser praticada de forma dolosa.
Trata-se de uma norma penal em branco, que precisa se complementado por outras nor-
mas que regulem sobre o licenciamento e demais regras para a condução de aeronaves.
Se a condução da aeronave vier a causar perigo à vida de alguém, haverá incidência do
crime previsto no art. 132 do Código Penal, que possui a seguinte redação: “Expor a vida ou a
saúde de outrem a perigo direto e iminente.”
• g) Art. 34: “Dirigir veículos na via pública, ou embarcações em águas públicas, pondo em
perigo a segurança alheia.”
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De acordo com o STF, a direção perigosa de veículo automotor deixou de ser contravenção
penal para tornar-se crime, previsto no CTB (nos arts. 306, que trata da embriaguez ao volante,
309, que criminaliza a prática do “racha”, ou 311, que tipifica o excesso de velocidade).
Deste modo, houve uma derrogação do art. 34 da Lei de Contravenções Penais, que só
poderá ser aplicado nos casos de direção perigosa em águas públicas.
Este tipo penal busca tutelar a incolumidade pública. O objeto material é o veículo ou em-
barcação. O sujeito passivo será a coletividade. Qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo desta
infração, consistindo, assim, em contravenção penal comum, que não exige uma qualidade
especial do agente. Assim como ocorre com as demais modalidades de contravenções penais,
a conduta descrita no art. 34 só poderá ser praticada de forma dolosa.
• h) Art. 35: “Entregar-se na prática da aviação, a acrobacias ou a voos baixos, fora da zona
em que a lei o permite, ou fazer descer a aeronave fora dos lugares destinados a esse fim.”
Este tipo penal busca tutelar a incolumidade pública. O objeto material é a aeronave. O
sujeito passivo será a coletividade. Qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo desta infração,
consistindo, assim, em contravenção penal comum, que não exige uma qualidade especial do
agente. Assim como ocorre com as demais modalidades de contravenções penais, a conduta
descrita no art. 35 só poderá ser praticada de forma dolosa.
Trata-se de uma norma penal em branco, que precisa do complemento de normas que re-
gulem os locais permitidos para a realização de acrobacias e voos baixos.
• i) Art. 36: “Deixar do colocar na via pública, sinal ou obstáculo, determinado em lei ou
pela autoridade e destinado a evitar perigo a transeuntes”
Este tipo penal busca tutelar a incolumidade pública. O objeto material é o sinal ou obstáculo. O
sujeito passivo serão os transeuntes. Apenas a pessoa que tem o dever de colocar o sinal ou obs-
táculo poderá ser sujeito ativo desta infração, consistindo, assim, em contravenção penal própria,
que exige uma qualidade especial do agente. Assim como ocorre com as demais modalidades de
contravenções penais, a conduta descrita no art. 36 só poderá ser praticada de forma dolosa.
Trata-se de uma norma penal em branco, que precisa do complemento sobre quais são os
sinais ou obstáculos que devem ser colocados em vias públicas.
O parágrafo único do art. 36 traz as figuras equiparadas ao prever que Parágrafo único.
Incorre na mesma pena quem: a) apaga sinal luminoso, destrói ou remove sinal de outra natu-
reza ou obstáculo destinado a evitar perigo a transeuntes; b) remove qualquer outro sinal de
serviço público. Nestes casos, qualquer pessoa poderá praticar as condutas descritas, tratan-
do-se, assim, de infração penal comum, que não exige uma qualidade especial do agente.
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Caso a conduta descrita nesta norma cause algum resultado lesivo, poderá haver incidên-
cia de crimes como dano, injuria real, lesão corporal etc.
Este tipo penal busca tutelar a incolumidade pública. O objeto material seria qualquer coisa
arremessada ou derramada no intuito de ofender, sujar ou molestar alguém. O sujeito passivo
é a coletividade. Qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo desta contravenção penal, consistin-
do, assim, em infração comum, que não exige uma qualidade especial do agente. Assim como
ocorre com as demais modalidades de contravenções penais, a conduta descrita no art. 37 só
poderá ser praticada de forma dolosa.
O parágrafo único do art. 37 prevê uma figura equiparada à contravenção prevista no caput
ao dispor que “Na mesma pena incorre aquele que, sem as devidas cautelas, coloca ou deixa
suspensa coisa que, caindo em via pública ou em lugar de uso comum ou de uso alheio, possa
ofender, sujar ou molestar alguém”.
• k) Art. 38: “Provocar, abusivamente, emissão de fumaça, vapor ou gás, que possa ofen-
der ou molestar alguém.”
Este tipo penal busca tutelar a incolumidade pública. O objeto material é a fumaça, vapor
ou gás. O sujeito passivo é a coletividade. Qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo desta
contravenção penal, consistindo, assim, em infração comum, que não exige uma qualidade
especial do agente. Assim como ocorre com as demais modalidades de contravenções penais,
a conduta descrita no art. 38 só poderá ser praticada de forma dolosa.
Se a conduta causar a morte de alguém, haverá incidência do crime de homicídio, previsto
no art. 121 do Código Penal. Do mesmo modo, se a ação causar lesão corporal, estaremos
diante do crime previsto no art. 129 do CP.
Este artigo busca tutelar a tranquilidade pública. O objeto material é a solenidade ou ato oficial. O
sujeito passivo é a coletividade. Qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo desta contravenção penal,
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consistindo, assim, em infração comum, que não exige uma qualidade especial do agente. Assim
como ocorre com as demais modalidades de contravenções penais, a conduta descrita no art. 40 só
poderá ser praticada de forma dolosa.
Este artigo busca tutelar a paz e tranquilidade pública. O objeto material é o pânico ou
tumulto. O sujeito passivo é a coletividade. Qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo desta
contravenção penal, consistindo, assim, em infração comum, que não exige uma qualidade
especial do agente. Assim como ocorre com as demais modalidades de contravenções penais,
a conduta descrita no art. 41 só poderá ser praticada de forma dolosa.
• c) Art. 42: “Perturbar alguém o trabalho ou o sossego alheio: I – com gritaria ou alga-
zarra; II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições
legais; III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; IV – provocando ou
não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda.”
No que se refere às contravenções penais em espécie, este é o artigo que mais costuma
cair em provas.
Para a doutrina, esta contravenção penal ocorre quando a paz e o sossego de mais de uma
pessoa é atingido pela conduta do agente.
Trata-se de uma norma penal em branco, sendo necessária a averiguação de atos normati-
vos municipais, a existência de autorização ou licença para a instalação do estabelecimento e
a emissão do barulho, os limites de decibéis toleráveis etc.
Este artigo incide, por exemplo, quando o som emitido por bares, boates ou festas particu-
lares perturbam o sossego alheios, quando a instalação de mudança ou obras não respeitam
as regras municipais, condominiais e de convivência etc.
Este artigo busca tutelar a paz e tranquilidade pública. O objeto material é a paz e o sosse-
go alheios. O sujeito passivo é a coletividade. Qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo desta
contravenção penal, consistindo, assim, em infração comum, que não exige uma qualidade
especial do agente. Assim como ocorre com as demais modalidades de contravenções penais,
a conduta descrita no art. 42 só poderá ser praticada de forma dolosa.
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A conduta de “Perturbar alguém o trabalho ou o sossego alheio por meio de gritaria, algazarra,
ou abusando de instrumentos musicais ou sinais acústicos” constitui contravenção penal refe-
rente à paz pública, prevista no art. 42, I e III do Decreto-Lei n. 3.688/41.
Neste caso, a pena será de prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa.
Errada.
• a) Art. 43: “Recusar-se a receber, pelo seu valor, moeda de curso legal no país.”
Este artigo busca tutelar a fé pública e as relações econômicas. O objeto material é a mo-
eda em curso legal no país. O sujeito passivo é o Estado. Qualquer pessoa poderá ser sujeito
ativo desta contravenção penal, consistindo, assim, em infração comum, que não exige uma
qualidade especial do agente. Assim como ocorre com as demais modalidades de contraven-
ções penais, a conduta descrita no art. 43 só poderá ser praticada de forma dolosa.
Perceba que a contravenção penal consiste na recusa a moeda de curso legal no país, por-
tanto, os estabelecimentos não são obrigados a aceitar moeda estrangeira. Do mesmo modo,
não há contravenção penal na recusa ao recebimento de cheques já que estes não são consi-
derados “moeda de curso legal no país”.
Não há incidência de contravenção penal se a recusa em receber a moeda for legítima. Um
exemplo de recusa legítima ocorre quando houver suspeita de falsidade ou quando referida
moeda não estiver de acordo com os padrões admitidos pela casa da moeda (quando houver
rasgos, por exemplo).
• b) Art. 44: “Usar, como propaganda, de impresso ou objeto que pessoa inexperiente ou
rústica possa confundir com moeda.”
Neste caso específico a moeda poderá ser nacional ou estrangeira. Este artigo busca tute-
lar a fé pública. O objeto material é o impresso ou objeto que possa ser confundido com mo-
eda. O sujeito passivo é o Estado. Qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo desta contraven-
ção penal, consistindo, assim, em infração comum, que não exige uma qualidade especial do
agente. Assim como ocorre com as demais modalidades de contravenções penais, a conduta
descrita no art. 43 só poderá ser praticada de forma dolosa.
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Perceba que esta contravenção penal não se confunde com o crime de falsificação de
moeda, previsto no art. 289 do CP e nem com o crime de falsificação grosseira de moeda, con-
siderado, pelo STJ, como estelionato (art. 171 do CP).
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 73 do STJ: A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em
tese, o crime de estelionato, da competência da justiça estadual.
Este artigo busca tutelar a fé pública. O objeto material é o cargo, emprego ou função pú-
blica. O sujeito passivo é o Estado. Qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo desta contraven-
ção penal, consistindo, assim, em infração comum, que não exige uma qualidade especial do
agente. Assim como ocorre com as demais modalidades de contravenções penais, a conduta
descrita no art. 45 só poderá ser praticada de forma dolosa.
Incorrerá em crime, previsto no art. 324 do Código Penal, o agente que pratique as condu-
tas de “Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou con-
tinuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido,
substituído ou suspenso”.
Do mesmo modo, a contravenção penal do art. 44 não pode ser confundida com o crime de
“usurpação de função pública”, previsto no art. 328 do CP. De acordo com a doutrina, no crime pre-
visto no art. 328 do CP, o sujeito ativo exerce a função pública, sem ser funcionário público. Já na
hipótese descrita no art. 45 da Lei de Contravenções Penais, o agente apenas finge ser funcionário
público (ou veste-se como tal), sem praticar nenhuma atividade inerente ao cargo ou função.
Caso o agente pratique a conduta descrita no art. 45 com a intenção de obter, para si ou para
outrem, vantagem indevida, incorrerá no crime de estelionato, previsto no art. 171 do Código Penal.
• d) Art. 46: “Usar, publicamente, de uniforme, ou distintivo de função pública que não
exerce; usar, indevidamente, de sinal, distintivo ou denominação cujo emprego seja
regulado por lei.”
Este artigo busca tutelar a fé pública. O objeto material é uniforme, distintivo, sinal ou deno-
minação. O sujeito passivo é o Estado. Qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo desta contra-
venção penal, consistindo, assim, em infração comum, que não exige uma qualidade especial
do agente. Assim como ocorre com as demais modalidades de contravenções penais, a con-
duta descrita no art. 46 só poderá ser praticada de forma dolosa.
Importante sabermos que o art. 46 está parcialmente revogado em relação à conduta de
“usar, publicamente, distintivo de função pública”, já que esta passou a figurar como crime de
falsificação de selo ou sinal público, previsto no art. 296, §1º, III do Código Penal, que possui
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a seguinte redação “quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou
quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Adminis-
tração Pública” (grifo nosso).
Incorrerá em crime militar, o agente que faça uso de uniforme, insígnia ou distintivo militar,
como aponta o art. 172 do CPM.
Ainda que os uniformes ou distintivos utilizados pelo sujeito ativo sejam pertencentes à função
pública federal, a Justiça Federal não será competente para julgar o caso já que, como vimos, esta
Justiça não processa contravenções penais, em respeito ao art. 109, IV, da CF e a Súmula 38 do STJ.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 38 do STJ: Compete a Justiça Estadual Comum, na vigência da constituição de
1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens,
serviços ou interesse da união ou de suas entidades.
• a) Art. 47: “Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem
preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício”
Esta conduta só constitui contravenção penal caso a profissão ou atividade exercida sejam regu-
lamentadas em lei, do contrário o fato será atípico. Trata-se, assim, de uma norma penal em branco.
O exercício da advocacia sem observância das condições estabelecidas pelo Estatuto da
Ordem dos Advogados do Brasil constitui contravenção penal, nos termos do art. 47 do Decre-
to-Lei n. 3.688/41.
Por outro lado, o exercício ilegal da profissão de médico, dentista ou farmacêutico configura
crime, previsto no art. 282 do Código Penal. Perceba que este artigo não faz menção à profissão
de enfermagem. Logo, o exercício desta profissão sem o preenchimento dos requisitos legais
não constitui crime e sim contravenção penal, nos termos do art. 47 do Decreto-Lei n. 3.688/41.
Caso o agente exerça a atividade na qual está suspenso ou impedido por decisão judicial, incor-
rerá no crime de “Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito”, previsto no
art. 359 do Código Penal. Da mesma forma, se este agente exercer atividade na qual está suspenso
ou impedido em virtude de decisão administrativa, incorrerá no crime previsto no art. 205 do CP.
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• b) Art. 48: “Exercer, sem observância das prescrições legais, comércio de antiguida-
des, de obras de arte, ou de manuscritos e livros antigos ou raros:”
Trata-se de uma norma penal em branco, que exige uma complementação do que seria a “de-
terminação legal relativa à matrícula ou à escrituração de indústria. Comércio ou outra atividade”.
Este artigo busca tutelar a organização do trabalho e as normas relativas à indústria, comércio
ou outra atividade. O sujeito passivo é o Estado. Apenas a pessoa responsável pela matrícula ou es-
crituração poderá ser sujeito ativo desta contravenção penal, consistindo, assim, em infração penal
própria, que exige uma qualidade especial do agente. Assim como ocorre com as demais modalida-
des de contravenções penais, a conduta descrita no art. 49 só poderá ser praticada de forma dolosa.
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• a) Art. 50: “Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público ou acessível ao pú-
blico, mediante o pagamento de entrada ou sem ele”
Já o §4º estabelece locais que podem se equiparar à prática de jogos de azar, nos seguin-
tes termos:
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JURISPRUDÊNCIA
A vedação contida no art. 50 da Lei das Contravenções Penais diz respeito à exploração
de jogos não legalizados, o que não é o caso dos autos, em que o jogo é permitido pela
legislação estrangeira” (STJ – Resp 1.628.974/SP. REL. Min. Ricardo Villas Boas Cuerva.
Julgado em 13/06/2017. Informativo 610
O §1º do art. 50 prevê uma causa de aumento de pena, de um terço, “se existe entre os
empregados ou participa do jogo pessoa menor de dezoito anos”.
O §2º do mesmo artigo prevê uma causa de equiparação no caso de participante como
ponteiro ou apostador, ainda que esta participação ocorra pela internet ou qualquer outro meio
de comunicação.
• b) O art. 58 da Lei de Contravenções Penais também foi tacitamente revogado pelo art.
58 do Decreto-Lei n. 6.259/44, que passou a prever a seguinte contravenção:
Realizar o denominado “jogo do bicho”, em que um dos participantes, considerado comprador ou pon-
to, entrega certa quantia com a indicação de combinações de algarismos ou nome de animais, a que
correspondem números, ao outro participante, considerado o vendedor ou banqueiro, que se obriga
mediante qualquer sorteio ao pagamento de prêmios em dinheiro. Penas: de seis (6) meses a um
(1) ano de prisão simples e multa de dez mil cruzeiros (Cr$ 10.000,00) a cinquenta mil cruzeiros (Cr$
50.000,00) ao vendedor ou banqueiro, e de quarenta (40) a trinta (30) dias de prisão celular ou multa de
duzentos cruzeiros (Cr$ 200,00) a quinhentos cruzeiros (Cr$ 500,00) ao comprador ou ponto.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 51 do STJ: A punição do intermediador, no jogo do bicho, independe da identifica-
ção do “apostador” ou do “banqueiro”.
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• c) Art. 59: “Entregar-se alguém habitualmente à ociosidade, sendo válido para o tra-
balho, sem ter renda que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou prover à
própria subsistência mediante ocupação ilícita”
Este dispositivo é objeto de inúmeras críticas doutrinárias, uma vez que não há previsão
de lesão ou perigo de lesão a bem jurídico decorrente da ociosidade do sujeito. Neste sentido,
as críticas apontam que o art. 59 da Lei de Contravenções Penais constitui um direito penal do
autor, com natureza discriminatória e preconceituosa, ao partir do pressuposto de que pesso-
as ociosas são perigosas para o Estado.
De todo modo, ainda que se considere a constitucionalidade desta previsão normativa, é importan-
te destacarmos que o desemprego involuntário não gera a incidência deste artigo. Do mesmo modo,
sua aplicação não recairá sobre vendedores ambulantes, engraxates, “guardadores de carro” etc.
O parágrafo único do art. 59 estabelece que “A aquisição superveniente de renda, que as-
segure ao condenado meios bastantes de subsistência, extingue a pena.”
A conduta de servir bebida alcoólica a menores de 18 anos foi revogada pela Lei n. 13.106/2015,
que passou a prever tal ato como crime, previsto no ECA, e não como contravenção penal.
Obs.: O art. 64 da Lei de Contravenções Penais foi revogado pela Lei n. 9.605/98, que passou
a prever, como crime, a conduta de maus tratos a animais.
O art. 65 também foi revogado pela Lei n. 14.132/2021, que acrescentou o art. 147-A ao
Código Penal, dispondo sobre o crime de perseguição, consistente na conduta de “Perseguir al-
guém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica,
restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando
sua esfera de liberdade ou privacidade”.
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• b) Art. 67: “Inumar ou exumar cadáver, com infração das disposições legais.”
Este delito não pode ser confundido com o crime previsto no art. 211 do Código Penal, já
que este, se realiza mediante a conduta de “Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele”.
• c) Art. 68: “Recusar à autoridade, quando por esta, justificadamente solicitados ou exi-
gidos, dados ou indicações concernentes à própria identidade, estado, profissão, do-
micílio e residência.”
Este artigo busca tutelar a Administração Pública. O sujeito passivo é o Estado. Qualquer pes-
soa poderá ser sujeito ativo desta contravenção penal, consistindo, assim, em infração comum,
que não exige uma qualidade especial do agente. Assim como ocorre com as demais modalidades
de contravenções penais, a conduta descrita no art. 68 só poderá ser praticada de forma dolosa.
O parágrafo único do art. 68 traz uma figura equiparada à contravenção prevista no caput
ao dispor que “Incorre na pena de prisão simples, de um a seis meses, e multa, de duzentos mil
réis a dois contos de réis, se o fato não constitui infração penal mais grave, quem, nas mesmas
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circunstâncias, faz declarações inverídicas a respeito de sua identidade pessoal, estado, pro-
fissão, domicílio e residência”.
Perceba que tanto o caput quanto o parágrafo único do art. 68 não se confundem com o
crime de “falsa identidade”, previsto no art. 307, já que neste, o agente pratica a conduta bus-
cando obter vantagem ou causar dano a outrem (dolo específico).
O art. 69 da Lei de Contravenções Penais foi revogado pela Lei n. 6.815/80, também conhe-
cida como Estatuto do Estrangeiro.
O art. 70 da Lei de Contravenções Penais também foi revogado pela Lei n. 6.538/78 (Lei dos
Serviços Postais) que, em seu art. 42 criminaliza a conduta de “Coletar, transportar, transmitir
ou distribuir, sem observância das condições legais, objetos de qualquer natureza sujeitos ao
monopólio da União, ainda que pagas as tarifas postais ou de telegramas”.
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RESUMO
• As contravenções penais configuram infração penal de menor potencial ofensivo, estando su-
jeitas ao rito sumaríssimo dos juizados especiais, conforme prevê o art. 61 da Lei n. 9.099/90.
• Por serem infrações penais de menor potencial ofensivo, as contravenções penais admi-
tem os institutos despenalizadores previstos na Lei n. 9.099/90: composição dos danos
civis, transação penal e a suspensão condicional do processo.
• Será cabível a Suspensão condicional da Pena de prisão simples (art. 11) quando preen-
chidos os requisitos previstos no art. 77 do CP (art. 77).
• De acordo com o art. 11 da LCP, no caso das contravenções penais o período de suspensão
condicional da pena será de 1 a 3 anos (no caso de crimes, este período será de 2 a 4 anos).
• As contravenções penais são também chamadas de crime-anão ou delito liliputiano.
• A doutrina aponta que, no caso das contravenções penais, o ordenamento jurídico ado-
tou o princípio da territorialidade absoluta, uma vez que não admite a aplicação da lei
brasileira às contravenções praticadas fora do território nacional (como prevê o art. 2º
do Decreto-Lei n. 3.688/41).
• Ainda que possível (factível), não será punível a tentativa de cometimento de contraven-
ção penal.
• As contravenções penais só admitem a modalidade dolosa.
• São de ação penais públicas incondicionada.
• Quanto a competência, a Súmula 38 do STJ estabelece que “Compete à Justiça Estadual
Comum, na vigência da Constituição de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que
praticada em detrimento de bens, serviços ou interesses da União ou de suas entidades”.
• O STJ entende que as Contravenções penais, mesmo quando conexas com crime de
jurisdição federal, devem ser julgadas pela Justiça estadual.
• Enquanto os crimes são sujeitos às penas de reclusão, detenção e/ou multa, as contra-
venções penais são submetidas às penas de prisão simples e/ou multa.
• A duração da pena de prisão simples não poderá ultrapassar a 5 (cinco) anos.
• A pena da prisão simples será cumprida em regime semiaberto ou aberto, sem rigor pe-
nitenciário. Portanto, as contravenções penais não estão submetidas a regime fechado.
• Não será admitida a regressão de regime.
• O art. 6º, §1º da Lei de Contravenções Penais prevê que o condenado por prisão simples
deverá cumprir a pena separado dos condenados à pena de reclusão ou de detenção.
• No caso de pena de multa o prazo de prescrição é de 2 anos. No caso de prisão simples,
o prazo prescricional é de 4 anos (lembrando que se o agente for menor de 21 anos ou
maior de 70 anos, estes prazos caem pela metade).
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• A multa será executada perante o juiz da execução penal e será considerada dívida de
valor, aplicáveis as normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública. Desta forma, a
doutrina aponta que o art. 9º da Lei de Contravenções Penais foi tacitamente revogado.
• Erro de Direito (art. 8º): No caso de ignorância ou de errada compreensão da lei, quando
escusáveis, a pena pode deixar de ser aplicada. A doutrina entende que este dispositivo
foi tacitamente revogado pelo art. 21 do CP, que trata do erro de proibição.
• O art. 7º da Lei de Contravenções Penais estabelece que “Verifica-se a reincidência
quando o agente pratica uma contravenção depois de passar em julgado a sentença
que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer crime, ou, no Brasil, por
motivo de contravenção”.
• De acordo com a Súmula 589 do STJ “É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes
ou contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas”.
• A falsa imputação de contravenção penal não constitui crime de calúnia, mas pode con-
figurar crime de difamação.
• É cabível a suspensão dos direitos políticos ao condenado a pena privativa de liberdade,
enquanto dure a execução da pena ou a aplicação da medida de segurança detentiva.
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MAPA MENTAL
Estão submetidas ao rito sumarissimo da Lei 9.099/95
São infrações penais de
São benefíciadas com os institutos despenabilizadores da
menor potencial ofensivo Lei 9.099/95
Composição Civil dos danos
Transação Penal
Art. 109. IV da CF
Competência da Justiça Estadual
Súmula 38 do STJ
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Prisão Simples Duração máxima de 5 (cinco) anos
Penas:
cumprida em regime semiaberto ou aberto
Sem rigor penitenciário
O condenado por prisão simples deverá cum-
prir a pena separado dos condenados á pena
de reclusão ou de detenção
Multa
O ordenamento juridico brasileiro
não admite que a pena de multa
CONTRAVENÇÕES seja convertida em pena privativa
de liberdade
PENAIS
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (IBFC/SAEB–BA/SOLDADO/2020) Assinale a alternativa correta. Apresenta-se como
conduta própria de contravenção penal o ato de:
a) obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo
alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento
b) recusar à autoridade, quando por esta, justificadamente solicitados ou exigidos, dados ou
indicações concernentes à própria identidade, estado, profissão, domicílio e residência
c) adquirir, receber ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de
crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte
d) destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia
e) apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção
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e) entregar-se alguém habitualmente à ociosidade, sendo válido para o trabalho, sem ter renda
que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou prover à própria subsistência mediante
ocupação ilícita.
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d) se o fato ocorrer entre brasileiros e no exterior, a lei brasileira será aplicada e a pena, agravada.
e) ela será considerada reincidente se tiver cometido anteriormente contravenção penal no exterior.
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022. (NUCEPE/PC–PI/2008) Quanto à classificação das infrações penais, é correto afirmar que
sua diferença é quantitativa, uma vez que está baseada na gravidade da pena. Assim, temos que
a contravenção apresenta as mesmas características do crime, só divergindo quanto à aplicação
dessa pena. Com base no que foi apresentado, e ainda a partir da leitura da Lei das Contraven-
ções Penais (Decreto Lei n. 3.688/41), pode-se afirmar que a pena aplicada na contravenção é de:
a) Reclusão e detenção
b) Reclusão e multa
c) Detenção e multa
d) Prisão simples e multa
e) Apenas multa
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GABARITO
1. b
2. E
3. b
4. e
5. d
6. a
7. e
8. c
9. c
10. C
11. c
12. E
13. b
14. C
15. c
16. b
17. a
18. c
19. d
20. E
21. C
22. d
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GABARITO COMENTADO
001. (IBFC/SAEB–BA/SOLDADO/2020) Assinale a alternativa correta. Apresenta-se como
conduta própria de contravenção penal o ato de:
a) obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo
alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento
b) recusar à autoridade, quando por esta, justificadamente solicitados ou exigidos, dados ou
indicações concernentes à própria identidade, estado, profissão, domicílio e residência
c) adquirir, receber ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de
crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte
d) destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia
e) apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção
a) Errada. A alternativa trata do crime de estelionato, previsto no art. 171 do Código Penal.
b) Certa. Trata-se da contravenção penal prevista no art. 68 do Decreto-Lei n. 3.688/41.
c) Errada. A alternativa trata do crime de receptação, previsto no art. 180 do Código Penal.
d) Errada. A alternativa trata do crime de dano, previsto no art. 163 do Código Penal.
e
) Errada. A alternativa trata do crime de apropriação indébita, previsto no art. 168 do Código Penal.
Letra b.
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a) Errada. As contravenções penais são de ação penal pública incondicionada, conforme prevê
o art. 17 do Decreto-Lei n. 3.688/41.
b) Errada. O art. 7º do Decreto-Lei n. 3.688/41 estabelece que “Verifica-se a reincidência quan-
do o agente pratica uma contravenção depois de passar em julgado a sentença que o tenha
condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo de con-
travenção”. Portanto, o agente que for condenado por contravenção penal e, posteriormente,
praticar outra contravenção, será considerado reincidente.
c) Errada. O art. 4º do Decreto-Lei n. 3.688/41 estabelece que “Não é punível a tentativa de
contravenção”.
d
) Errada. O art. 109, IV da CF prevê que “Aos juízes federais compete processar e julgar: IV – os
crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse
da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções
e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral”. (grifo nosso). Com base
neste dispositivo, é possível concluir que as contravenções penais serão julgadas, em regra, pela
Justiça Comum Estadual. Neste sentido, a Súmula 38 do STJ estabelece que “Compete a justiça
estadual comum, na vigência da constituição de 1988, o processo por contravenção penal, ainda
que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da união ou de suas entidades”.
e) Certa. As contravenções penais não serão submetidas a regime fechado. Neste sentido, o
caput do art. 6º, do Decreto-Lei n. 3.688/41, estabelece que “A pena de prisão simples deve ser
cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou seção especial de prisão
comum, em regime semi-aberto ou aberto”.
Letra e.
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I – Errada. A mendicância deixou de ser contravenção penal, após a entrada em vigor da Lei n.
11.983/2009 que revogou o art. 60 do Decreto-Lei n. 3.688/41.
II – Certa. A conduta de “Praticar vias de fato contra alguém” constitui contravenção penal
referente à pessoa, prevista no art. 21 do Decreto-Lei n. 3.688/41.
III – Errada. Após a entrada em vigor da Lei n. 13.106/2015, a conduta de servir bebidas alco-
ólicas a menores de idade deixou de ser contravenção penal para tornar-se crime, previsto no
art. 243 do ECA.
Sobre a afirmativa IV – Correta. A conduta de “Fingir-se funcionário público” constitui contra-
venção penal referente à fé pública, prevista no art. 45 do Decreto-Lei n. 3.688/41.
Estão corretas as alternativas II e IV.
Letra d.
Antes de mais nada, é importante lembrarmos que a conduta de “Praticar vias de fato contra
alguém” constitui contravenção penal prevista no art. 21 do Decreto-Lei n. 3.688/41.
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a ) Errada. A pena de detenção só será aplicada em caso de crimes. O art. 5º do Decreto-Lei n. 3.688/41
estabelece que, nas contravenções penais, “As penas principais são: I – prisão simples. II – multa.”
b) Errada. São imprescritíveis a prática de racismo e a ação de grupos armados, civis ou mili-
tares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático, conforme prevê o art. 5º, incisos
XLII e XLIV da CF. As contravenções penais são prescritíveis.
c) Certa. O art. 4º do Decreto-Lei n. 3.688/41 estabelece que “Não é punível a tentativa de con-
travenção.”
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d) Errada. Embora haja críticas doutrinárias, as condutas previstas no Decreto-Lei n. 3.688/41
(denominadas de contravenções penais) estão sujeitas à intervenção penal punitiva, não con-
sistindo em meros ilícitos administrativos.
e) Errada. As contravenções Penais estão previstas no Decreto-Lei n. 3.688/41.
Letra c.
No caso em tela, Belarmindo pratica a conduta de “Fingir-se funcionário público”, a qual cons-
titui contravenção penal referente à fé pública, prevista no art. 45 do Decreto-Lei n. 3.688/41.
Esta contravenção penal não pode ser confundida com o crime de usurpação de função públi-
ca, disposto no art. 328 do Código Penal!
No crime previsto no art. 328 do CP, o sujeito ativo exerce a função pública, sem ser funcionário
público. Já na hipótese descrita no art. 45 da Lei de Contravenções Penais, o agente apenas
finge ser funcionário público (ou veste-se como tal), sem praticar nenhuma atividade inerente
ao cargo ou função.
Letra c.
José, por estar trazendo consigo, uma faca, considerada arma branca, responderá pela contra-
venção penal prevista no art. 19 da Lei do Decreto-Lei n. 3.688/41.
Já João, por estar portando arma de fogo, não responderá por contravenção penal e sim por
crime, previsto no art. 14 do Estatuto do Desarmamento.
Certa.
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A conduta de “Perturbar alguém o trabalho ou o sossego alheio por meio de gritaria, algazarra,
ou abusando de instrumentos musicais ou sinais acústicos” constitui contravenção penal refe-
rente à paz pública, prevista no art. 42, I e III do Decreto-Lei n. 3.688/41.
Neste caso, a pena será de prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa.
Letra c.
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a ) Errada. A conduta descrita configura crime de estelionato, previsto no art. 171 do Código Penal.
b) Certa. A conduta descrita constitui contravenção penal referente à administração pública,
prevista no art. 68 do Decreto-Lei n. 3.688/41.
c ) Errada. A conduta descrita constitui crime de Receptação, previsto no art. 180 do Código Penal.
d) Errada. A conduta descrita constitui crime de Dano, previsto no art. 163 do Código Penal.
e) Errada. A conduta descrita constitui crime de Apropriação Indébita, previsto no art. 168 do
Código Penal.
Letra b.
Zezé pratica contravenção penal referente à paz pública, prevista no art. 42, III do Decreto-Lei
n. 3.688/41.
Já Moacir pratica contravenção penal referente à política de costumes, prevista no art. 50 do
Decreto-Lei n. 3.688/41.
Certa.
a
) Errada. O 12, II do Decreto-Lei n. 3.688/41 prevê a suspensão dos direitos políticos no caso de
condenação por contravenção penal com pena privativa de liberdade. Nesta hipótese a suspensão
irá durar enquanto dure a execução da pena ou a aplicação da medida de segurança detentiva.
b ) Errada. A reincidência exige o trânsito em julgado de sentença penal condenatória anterior. Na
hipótese descrita na alternativa, o agente só será considerado reincidente se tiver sido condenado,
com trânsito em julgado, pela contravenção penal, cometendo, posteriormente, outra contravenção.
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c) Certa. O art. 4º do Decreto-Lei n. 3.688/41 estabelece que “Não é punível a tentativa de con-
travenção”.
d) Errada. O art. 11 da Lei de Contravenções Penais estabelece que “Desde que reunidas as
condições legais, o juiz pode suspender por tempo não inferior a um ano nem superior a três, a
execução da pena de prisão simples, bem como conceder livramento condicional”.
e) Errada. O art. 17 da Lei de Contravenções Penais estabelece que “A ação penal é pública,
devendo a autoridade proceder de ofício”.
Letra c.
a) Errada. As contravenções penais geram antecedentes criminais, podendo, inclusive, acarre-
tar reincidência, nas hipóteses previstas no art. 7º do Decreto-Lei n. 3.688/41.
b) Certa. O art. 4º do Decreto-Lei n. 3.688/41 estabelece que “Não é punível a tentativa de con-
travenção”.
c) Errada. As contravenções penais são processadas por ações penais públicas incondiciona-
das, como prevê o art. 17 do Decreto-Lei n. 3.688/41.
d) Errada. As contravenções penais geram reincidência, nos casos estabelecidos no art. 7º do
Decreto-Lei n. 3.688/41.
e) Errada. As contravenções penais admitem a pena de prisão simples e multa, como prevê o
art. 5º do Decreto-Lei n. 3.688/41.
Letra b.
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A contravenção penal estará sujeita à pena de prisão simples ou multa, como estabelece o art.
5º do Decreto-Lei n. 3.688/41.
Letra a.
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a) Errada. A contravenção penal é submetida à pena de prisão simples e/ou multa, como esta-
belece o art. 5º do Decreto-Lei n. 3.688/41.
b) Errada. O crime é infração penal mais grave do que a detenção e, por isso, estará sujeito às
penas de reclusão, detenção e/ou multa, enquanto as contravenções penais se submetem às
penas de prisão e/ou multa.
c) Errada. As contravenções penais não admitem a modalidade culposa.
d) Certa. A contravenção penal é submetida à pena de prisão simples e/ou multa, como esta-
belece o art. 5º do Decreto-Lei n. 3.688/41.
e) Errada. Os crimes podem ser dolosos ou culposos, já as contravenções penais só admitirão
a modalidade dolosa.
Letra d.
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022. (NUCEPE/PC–PI/2008) Quanto à classificação das infrações penais, é correto afirmar que
sua diferença é quantitativa, uma vez que está baseada na gravidade da pena. Assim, temos que
a contravenção apresenta as mesmas características do crime, só divergindo quanto à aplicação
dessa pena. Com base no que foi apresentado, e ainda a partir da leitura da Lei das Contraven-
ções Penais (Decreto Lei n. 3.688/41), pode-se afirmar que a pena aplicada na contravenção é de:
a) Reclusão e detenção
b) Reclusão e multa
c) Detenção e multa
d) Prisão simples e multa
e) Apenas multa
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REFERÊNCIAS
ALENCAR, Rosmar Rodrigues; ARAÚJO, Fábio Roque; TÁVORA, Nestor; Legislação Penal para
Concursos. Editora JusPODIVM, 2021.
ARAÚJO, Fábio Roque; COSTA, Klaus Negri. Processo Penal Didático. 4ª ed. Salvador: Editora
JusPODIVM, 2021.
ARAÚJO, Fábio Roque; TÁVORA, Nestor. Código de Processo Penal para concursos. 10ª ed.
Salvador: Editora JusPODIVM, 2021.
BRASIL. Decreto-Lei n.. 3.688/41. Lei das Contravenções Penais. Disponível em http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3688.htm
BRASIL. Lei n.. 6.538/78. Dispõe sobre os Serviços Postais. Disponível em http://www.planal-
to.gov.br/ccivil_03/leis/l6538.htm
BRASIL. Lei n.. 11.983/09. Revoga o art. 60 do Decreto-Lei no 3.688, de 3 de outubro de 1941
– Lei de Contravenções Penais. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2009/lei/l11983.htm
BRASIL. Lei n.. 10.826/03. Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo
e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providên-
cias. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.826.htm
BRASIL. Lei n.. 13.106/15. Altera a Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança
e do Adolescente, para tornar crime vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar bebida alco-
ólica a criança ou a adolescente; e revoga o inciso I do art. 63 do Decreto-Lei n. 3.688, de 3 de
outubro de 1941 – Lei das Contravenções Penais. Disponível em http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13106.htm
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BRASIL. Lei n. 9.099/95. Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras
providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9099.htm
BRASIL. Lei n.. 14.132/21. Acrescenta o art. 147-A ao Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 (Código Penal), para prever o crime de perseguição; e revoga o art. 65 do Decreto-Lei
n. 3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei das Contravenções Penais). Disponível em http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14132.htm
Fábio Roque
Juiz federal. Doutor e mestre em Direito Público pela UFBA. Professor. Autor.
Flávia Araújo
Professora de cursos para concurso. Advogada. Professora. Mestre em Políticas Sociais e Cidadania
(UCSAL).
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