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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
a) Cesta básica;
b) Prestação pecuniária propriamente dita (para a vítima ou entidade prestacional);
c) Multa isolada.
Ex.: a ameaça é crime com pena cominada de detenção de 1 a 6 meses OU multa (de forma alternada); ocorrendo
ameaça no âmbito da Lei Maria da Penha não será possível fixar apenas a multa devendo o juiz fixar a pena de
restrição de liberdade.
A súmula 588 do STJ pretendeu afastar essa possibilidade nas infrações sujeitas à Lei Maria da Penha, já que esta
afasta o menor potencial ofensivo de qualquer infração penal. Tal entendimento se dá, pois, como regra geral, a
jurisprudência admite a substituição por penas restritivas de direitos nas infrações penais de menor potencial
ofensivo mesmo que contenham violência ou grave ameaça à pessoa (em contraposição ao art. 44, I, do CP1), com
base no seguinte raciocínio: se na transação penal pode ser aplicada pena restritiva, também poderia ser aplicada
em decisão condenatória.
1“Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando:
(...)
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que
seja a pena aplicada, se o crime for culposo;”.
Magistratura e MP Estadual
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Ex.: lesão leve, art. 129, “caput”, CP, pena de detenção de 3 meses a 1 ano – competência do JECRIM, o STJ entende
que cabe substituição de privativa de liberdade, exceto no âmbito da Lei Maria da Penha.
Regra geral, quando o Código Penal menciona “crime” deve-se excluir a contravenção penal (quando a lei deseja
abranger a ideia de crime + contravenção penal utiliza a expressão “infrações penais”).
Entretanto, o STF entendeu que o art. 41 da Lei Maria da Penha, apesar de se referir a “crimes”, abrangeria qualquer
infração penal, inclusive as contravenções penais praticadas com violência doméstica, familiar ou afetiva contra a
mulher (portanto, onde se lê “crime” deve-se entender “infração penal”).
Assim, a prática da contravenção penal do art. 21, do Decreto-lei 3688/41 (“vias de fato”) no âmbito da Lei Maria
da Penha afasta a aplicação da Lei 9.099/95.
Obs.: em suma, o STF entende que o afastamento da Lei 9099/95 alcança qualquer infração penal (crimes e
contravenções penais) praticadas com violência doméstica ou familiar ou afetiva contra a mulher (onde o art. 41
refere a “crimes” deve ser lido “qualquer infração penal”, abrangendo, assim, as contravenções penais).
A súmula 589 do STJ estabelece a proibição da incidência do princípio da insignificância nas condutas submetidas à
Lei Maria da Penha.
CP, 147: ameaça – fora do âmbito da L. 11.340/06 CP, 147: ameaça – âmbito da Lei Maria da Penha
Detenção de 1 a 6 meses, ou multa Ação penal pública incondicionada
Ação penal pública condicionada à representação
É IMPO, isto é, a competência é do JECRIM = Termo Inaplicável JECRIM = Inquérito Policial.
circunstanciado.
A ação correrá em vara especializada; na falta, na vara
criminal (artigos 14 e 33 da Lei Maria da Penha).
Permite a composição civil com efeito de extinção da Vedação de multa isolada (art. 17 da Lei).
punibilidade (renúncia ao direito de representação) –
art. 74, parágrafo único da Lei 9.099/95. Perda das possibilidades de composição civil, transação
Permite transação penal (art. 76, Lei 9.099/95). penal e suspensão condicional do processo (institutos
Permite suspensão condicional do processo (art. 89, Lei previstos na Lei 9.099/95).
9.099/95).
Súmula 536 do STJ: “a suspensão condicional do
processo e a transação penal não se aplicam na
hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da
Penha”.
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Súmula 589 do STJ: “é inaplicável o princípio da
insignificância nos crimes ou contravenções penais
praticados contra a mulher no âmbito das relações
domésticas”. Ou seja, impede a aplicação do princípio
da insignificância nas infrações penais sujeitas à Lei
Maria da Penha.
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