Você está na página 1de 94

LEGISLAÇÃO

ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Sumário
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal. .......................................................................................................4
1. Lei de Execuções Penais.. .........................................................................................................................................4
2. Exame Criminológico.................................................................................................................................................9
3. Da Assistência ao Preso / Internado. ..............................................................................................................11
4. Egressos.........................................................................................................................................................................12
5. Do Trabalho. . .................................................................................................................................................................12
6. Deveres, Direitos & Disciplina...........................................................................................................................15
7. Órgãos de Execução Penal..................................................................................................................................20
8. Estabelecimentos Penais.................................................................................................................................... 22
9. Regimes de Cumprimento de Pena.................................................................................................................25
10. Autorizações de Saída.. ........................................................................................................................................27
11. Outros Institutos da LEP.................................................................................................................................... 28
12. Exame Criminológico & Livramento Condicional.................................................................................30
13. Penas Restritivas de Direitos.........................................................................................................................34
14. Novas Previsões – Lei n. 13.964/2019 – Pacote Anticrime...........................................................41
14.1. Colheita de DNA.. ..................................................................................................................................................41
14.2. Falta Grave. . ............................................................................................................................................................42
14.3. RDD.............................................................................................................................................................................43
14.4. Progressão de Regime....................................................................................................................................45
14.5. Saída Temporária................................................................................................................................................47
Resumo................................................................................................................................................................................48
Questões de Concurso................................................................................................................................................63
Gabarito............................................................................................................................................................................... 72
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 73

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 2 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Olá, querido(a) aluno(a)!


Hoje vamos estudar a famosa Lei de Execuções Penais – LEP (Lei 7210/84).
A LEP, como algumas outras leis especiais, causa um grande problema para o aluno: ela é
muito extensa. São exatamente 204 artigos.
Dessa forma, nosso objetivo nessa aula será o de direcionar você para os tópicos mais
importantes e mais cobrados em prova, permitindo que você estude de uma maneira eficiente
e voltada para os tópicos que possuem uma maior relevância.
Ao final, como de praxe, faremos uma lista de exercícios mista com foco nos conteúdos
abordados.
Espero que tenham um estudo proveitoso.
Lembrando que estou sempre às ordens dos senhores no fórum de dúvidas e também
nas redes sociais (@teoriainterativa no Instagram). Contem comigo caso precisem de alguma
orientação!
Bons estudos!
Prof. Douglas

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 3 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

LEI N. 7.210/1984 – LEI DE EXECUÇÃO PENAL


1. Lei de Execuções Penais

Uma vez que o indivíduo é condenado criminalmente, surge para o Estado o direito de exer-
cer o jus puniendi, nos moldes previstos em nosso ordenamento jurídico.
Nesse sentido, uma das ferramentas mais importantes é a Lei 7.210/84, cujas normas se
destinam a uma correta efetivação da fase de execução da pena:

Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e
proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e
do internado.

Lembre-se, caro aluno, de que o instituto da prisão se divide em prisão cautelar (prisão
temporária ou provisória) e prisão-pena (sanção penal), e que atualmente o STF apenas admi-
te o início do cumprimento da prisão-pena após o trânsito em julgado da sentença penal conde-
natória (esgotamento de todos os recursos), sendo proibida a sua execução provisória.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 4 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

É importante lembrar das duas categorias acima para fazer a correta leitura do art. 2º da LEP:

Art. 2º A jurisdição penal dos juízes ou tribunais da justiça ordinária, em todo o território nacional,
será exercida, no processo de execução, na conformidade desta lei e do
Código de Processo Penal.
Parágrafo único. Esta lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça
Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária.

Veja, portanto, que o preso provisório também é alcançado pela Lei de Execuções Penais,
por fora do art. 2º do diploma legal – de modo que as normas aqui previstas não irão se res-
tringir àqueles indivíduos que estão presos em razão de sua prisão-pena.

Objetivo da LEP

São objetivos da LEP, nos termos do art. 1º do diploma legal:


• Dar cumprimento às sanções impostas na sentença ou decisão criminal;
• Propiciar a reintegração social do condenado e do internado.

Jurisdição

Conforme narra o art. 65 da LEP, temos o seguinte:

Art. 65. A execução penal competirá ao Juiz indicado na lei local de organização judiciária e, na sua
ausência, ao da sentença.

Lembre-se sempre desse detalhe, pois é muito importante!

Na ausência do juiz da execução, as atribuições da execução penal passam ao juiz da sentença.

Direitos do Preso

Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sen-
tença ou pela lei.
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 5 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas
Art. 4º O Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade nas atividades de execução da pena
e da medida de segurança.

Como sabemos, a medida de prisão deve atingir, em regra, apenas um direito do preso: o
direito à liberdade.
Dessa forma, o condenado mantém todos os direitos que não foram atingidos pela sen-
tença, de modo que os órgãos de execução penal devem trabalhar no sentido de assegurar
os outros direitos ao condenado, enquanto este cumpre sua pena privativa de liberdade (tais
como seu direito à alimentação, saúde, integridade física, entre outros).
Nesse sentido, são direitos garantidos pela LEP aos condenados e presos provisórios:

Art. 40. Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados e
dos presos provisórios.
Art. 41. Constituem direitos do preso:
I – alimentação suficiente e vestuário;
II – atribuição de trabalho e sua remuneração;
III – Previdência Social;
IV – constituição de pecúlio;
V – proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;
VI – exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde
que compatíveis com a execução da pena;
VII – assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
VIII – proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
IX – entrevista pessoal e reservada com o advogado;
X – visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
XI – chamamento nominal;
XII – igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena;
XIII – audiência especial com o diretor do estabelecimento;
XIV – representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
XV – contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros
meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autorida-
de judiciária competente.

Como eu sempre digo, os examinadores gostam muito de utilizar esse tipo de rol para
elaborar questões – pois sabem que é muito difícil para o candidato memorizar todas as pre-
visões legais. Mesmo assim, vale a pena fazer a leitura desses artigos algumas vezes, pois
realmente ajuda muito na hora da prova.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 6 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Direitos Passíveis de Suspensão

Embora a LEP garanta os direitos acima ao condenado e ao preso provisório, o próprio di-
ploma legal prevê a seguinte exceção:

Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos
mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.

Os incisos V, X e XV tratam dos seguintes direitos:

Observações sobre os Direitos do Preso

É cabível fazer as seguintes observações sobre os direitos do preso:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 7 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Classificação do Condenado

A classificação do condenado, nos termos do art. 5ºda LEP, objetiva garantir o direito à
individualização da pena, de modo que a medida se adeque às características pessoais do
condenado. Tal classificação é colocada em prática através da chamada Comissão técnica de
classificação:

Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para


orientar a individualização da execução penal.
Art. 6º A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa
individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório.
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida
pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) psi-
cólogo e 1 (um) assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade.
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será integrada
por fiscais do serviço social.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 8 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Temos, portanto, a seguinte composição (números mínimos):

O parecer da Comissão técnica de classificação NÃO vincula o magistrado em suas decisões


quanto à execução da pena.

2. Exame Criminológico
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será sub-
metido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classi-
ficação e com vistas à individualização da execução.
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumpri-
mento da pena privativa de liberdade em regime semiaberto.
Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de dados reveladores da personalidade, observando
a ética profissional e tendo sempre presentes peças ou informações do processo, poderá:
I – entrevistar pessoas;
II – requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, dados e informações a respeito do
condenado;
III – realizar outras diligências e exames necessários.

Em primeiro lugar, é importante que o aluno não confunda o exame criminológico com
a classificação prevista no art. 5º da LEP. Tal classificação é mais genérica, mais simples,
direcionada para a percepção de características como antecedentes, aspectos familiares e
sociais, personalidade e capacidade laboral do condenado.
O exame criminológico, por sua vez, tem por objetivo analisar questões de ordem psicoló-
gica e psiquiátrica do apenado, avaliando, entre outros aspectos, seu grau de agressividade e
possibilidade de voltar a delinquir. Trata-se, portanto, de um instituto mais severo e objetivo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 9 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Antigamente, o exame criminológico era obrigatório para a concessão de progressão


de regime, o que não ocorre mais. Atualmente, o exame criminológico é utilizado nos se-
guintes casos:

É possível, por exemplo, que o juiz da execução penal determine a realização de exame
criminológico antes de conceder o livramento condicional – se julgar que as circunstâncias do
caso justificam tal medida. Tome nota:

Súmula 439 do STJ:


“Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão
motivada.”
Súmula Vinculante 26 do STF:
“Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou
equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n.
8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não,
os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de
modo fundamentado, a realização de exame criminológico.”

Realização do Exame

Do Centro de Observação
Art. 96. No Centro de Observação realizar-se-ão os exames gerais e o criminológico, cujos resulta-
dos serão encaminhados à Comissão Técnica de Classificação.
Parágrafo único. No Centro poderão ser realizadas pesquisas criminológicas.
Art. 97. O Centro de Observação será instalado em unidade autônoma ou em anexo a estabeleci-
mento penal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 10 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas
Art. 98. Os exames poderão ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação, na falta do
Centro de Observação.

Segundo a LEP, os exames gerais, e o criminológico, são realizados no chamado Centro de


Observação, e na falta deste, pela própria Comissão Técnica de Classificação.

3. Da Assistência ao Preso / Internado


Seguindo adiante em nossa leitura da LEP, temos a questão da assistência garantida ao
preso ou internado:

Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e
orientar o retorno à convivência em sociedade.
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso.
Art. 11. A assistência será:
I – material;
II – à saúde;
III – jurídica;
IV – educacional;
V – social;
VI – religiosa.

A assistência ao preso está disciplinada da seguinte forma:

Tendo em vista que a LEP é uma lei muito extensa, não serão colocadas aqui a transcrição
de todos os artigos. Dessa forma, recomenda-se ao aluno que faça a leitura do texto de forma
paralela ao estudo dessa aula, que estará totalmente voltada os pontos chave de tais normas
jurídicas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 11 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Assistência Jurídica

Além da obrigação de que os estabelecimentos prisionais contem com serviço de assis-


tência jurídica, é cabível observar que o preso pode formular requerimentos de benefícios da
LEP diretamente ao juiz da execução penal, sem o intermédio de advogado.

Assistência Educacional

Quanto à assistência educacional, cabe ressaltar que prover o ensino de 1º grau (educação
fundamental) é obrigatório.

4. Egressos
Egresso é o condenado liberado definitivamente (pelo prazo de um ano, a contar de sua
saída. Também se considera egresso o beneficiado por livramento condicional, durante seu
período de prova.
A LEP garante também o amparo ao egresso, nos termos de seus artigos 25 e 27, de modo
que o indivíduo, ao ser colocado em liberdade, desfrute de orientação e apoio em sua reinte-
gração social.
Nos termos da lei é inclusive garantido ao egresso a concessão de alojamento e alimenta-
ção, em estabelecimento adequado, por até 02 meses (Art. 25, II, LEP), além da colaboração
de assistentes sociais na procura de trabalho.

5. Do Trabalho

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 12 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

A LEP disciplina o trabalho – tanto interno, quanto externo – entre os artigos 28 e 37 de seu
texto legal. A leitura de tais artigos, como de praxe, é obrigatória.
Em primeiro lugar, é importante observar que, nos termos da LEP, o condenado está obri-
gado ao trabalho, e que seu trabalho será sempre remunerado.

Apenas o preso provisório e o político não estão obrigados ao trabalho interno:

Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas
aptidões e capacidade.
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no
interior do estabelecimento.
Art. 200. O condenado por crime político não está obrigado ao trabalho.

Tal remuneração, inclusive, nunca poderá ser inferior a ¾ do salário mínimo vigente.

Trabalhos de prestação de serviços comunitários, no entanto, não serão remunerados, por


força do art. 30 da LEP.

Observe-se, ainda, que mesmo não estando amparado pela CLT, o preso tem direito à pre-
vidência social (Art. 41, III, da LEP).
Ademais, a remuneração do preso por seu trabalho não é livre, visto que sua destinação
também está definida na Lei de Execuções Penais:

§ 1º O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender:


a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não re-
parados por outros meios;
b) à assistência à família;
c) a pequenas despesas pessoais;
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em pro-
porção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores.
§ 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para constituição do
pecúlio, em Caderneta de Poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 13 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

O trabalho, como você já sabe, está dividido em interno e externo:

Trabalho Externo

São requisitos do trabalho externo:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 14 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Observações Importantes

São observações importantes sobre o trabalho do preso:

6. Deveres, Direitos & Disciplina

Sistema carcerário japonês

Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado, submeter-se
às normas de execução da pena.

O capítulo IV da LEP trata dos deveres, direitos e da disciplina. Tal tema é abordado entre
os artigos 38 & 60 da LEP.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 15 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Primeiramente, devemos tratar do rol de deveres do preso:

Art. 39. Constituem deveres do condenado:


I – comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;
II – obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;
III – urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;
IV – conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou
à disciplina;
V – execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
VI – submissão à sanção disciplinar imposta;
VII – indenização à vítima ou aos seus sucessores;
VIII – indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção,
mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho;
IX – higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;
X – conservação dos objetos de uso pessoal.
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo.

O preso deve, portanto, submeter-se à normas disciplinares dos estabelecimentos prisio-


nais. No entanto, é importante observar que o preso deve ser cientificado das normas disci-
plinares a que está sujeito.
Além disso, tome nota de um detalhe importantíssimo sobre as sanções disciplinares:

As sanções disciplinares estão sujeitas ao princípio da anterioridade de lei.

Tal determinação resulta em duas limitações que devem ser observadas quando da aplica-
ção de sanções disciplinares ao preso:

Sanções Disciplinares

A competência para o exercício do poder disciplinar nos estabelecimentos prisionais varia


de acordo com o caso:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 16 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Faltas Disciplinares

As faltas disciplinares praticadas pelo preso classificam-se em leves, médias e graves.


Merece destaque o fato de que, por expressa previsão legal (Art. 49, parágrafo único, LEP),
a pena disciplinar pelo cometimento de falta disciplinar TENTADA é a mesma aplicável a falta
disciplinar CONSUMADA!

Faltas Graves

São faltas graves praticáveis pelo condenado:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 17 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Também é falta grave o cometimento de crime doloso pelo sentenciado, o que não prejudica
a sanção penal aplicável ao caso.

RDD

O regime disciplinar diferenciado é uma penalidade aplicável ao preso provisório ou conde-


nado, nos termos do art. 52 da LEP.
As características do RDD são muito importantes e bastante cobradas, e foram objeto de
alteração pelo pacote anticrime, motivo pelo qual iremos transcrever o art. 52 em sua íntegra:

Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar
subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou
estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes
características: (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
I – duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave
de mesma espécie; (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
II – recolhimento em cela individual; (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
III – visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações equipadas
para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de tercei-
ro, autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) horas; (Redação dada pela Lei n. 13.964, de
2019)
IV – direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de até
4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso; (Redação
dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
V – entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações equipadas
para impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial em con-
trário; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
VI – fiscalização do conteúdo da correspondência; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
VII – participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, garantindo-se a
participação do defensor no mesmo ambiente do preso. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou condenados,
nacionais ou estrangeiros: (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
I – que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da socieda-
de; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
II – sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em
organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de
falta grave. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação crimi-
nosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da Federação,

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 18 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas
o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional
federal. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado
sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o preso: (Incluído pela Lei n.
13.964, de 2019)
I – continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de ori-
gem ou da sociedade; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
II – mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, con-
siderados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, a opera-
ção duradoura do grupo, a superveniência de novos processos criminais e os resultados do trata-
mento penitenciário. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime disciplinar diferenciado deverá contar com
alta segurança interna e externa, principalmente no que diz respeito à necessidade de se evitar
contato do preso com membros de sua organização criminosa, associação criminosa ou milícia
privada, ou de grupos rivais. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo será gravada em sistema de áudio ou de
áudio e vídeo e, com autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário. (Incluído pela Lei n.
13.964, de 2019)
§ 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime disciplinar diferenciado, o preso que não receber
a visita de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio agendamento, ter contato
telefônico, que será gravado, com uma pessoa da família, 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez)
minutos. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)

Ao final da aula iremos tecer alguns comentários importantes sobre as novidades do paco-
te anticrimes inerentes ao RDD. Por hora, apenas busque se familiarizar com o texto do artigo.

Apuração de Faltas Disciplinares

A apuração de uma falta disciplinar cometida pelo preso se dá por meio de processo admi-
nistrativo, podendo o preso ser isolado por até 10 dias.

Aplicação de Sanções Disciplinares

Existem dois tipos de sanções disciplinares: As aplicáveis pelo próprio diretor do esta-
belecimento prisional, e as aplicáveis apenas com despacho prévio e fundamentado do juiz
da execução:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 19 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Recompensas

Além das sanções, o preso também pode ser recompensado, caso apresente comporta-
mento digno de tal privilégio. As recompensas consistem em elogio e na concessão de al-
gumas regalias. As espécies de regalias não são disciplinadas pela LEP, e sim em legislação
local ou outros regulamentos.

7. Órgãos de Execução Penal


Art. 61. São órgãos da execução penal:
I – o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária;
II – o Juízo da Execução;
III – o Ministério Público;
IV – o Conselho Penitenciário;
V – os Departamentos Penitenciários;
VI – o Patronato;
VII – o Conselho da Comunidade.
VIII – a Defensoria Pública.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 20 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

A LEP disciplina os órgãos da execução penal em seu Título III (Artigos 61 – 81):

Finalmente, os departamentos penitenciários são órgãos responsáveis por diversas atri-


buições, merecendo destaque a fiscalização periódica de estabelecimentos e serviços penais,
em sua área de atuação (federal, ou local, a depender do caso).

Leitura recomendada: Art. 71 a 74 da LEP.

Direção e Pessoal dos Estabelecimentos Penais

A direção e o pessoal integrante de estabelecimentos penais estão disciplinados nos arti-


gos 75 a 77 da LEP. Dentre as normas contidas nesses artigos, merece destaque o fato de que
o diretor do estabelecimento prisional deve morar no estabelecimento ou residir nas proximi-
dades, dedicando tempo integral à função por ele ocupada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 21 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Patronato

O patronato nada mais é do que o órgão responsável por prestar assistência aos egressos,
bem como por orientar os condenados às penas restritivas de direitos.

Conselho da Comunidade

Por fim, temos o conselho da comunidade, também responsável por visitar, ao menos men-
salmente, os estabelecimentos penais de sua comarca, o qual é constituído por, no mínimo, os
seguintes integrantes:

8. Estabelecimentos Penais

Os estabelecimentos penais estão disciplinados no título IV da LEP (Artigos 82 a 104).


Hora de redobrar a atenção, pois este é um dos assuntos mais cobrados em prova!

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 22 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Conceito

Estabelecimento penal é o local destinado ao condenado, ao internado e ao preso provisó-


rio, em razão de sua situação.

Mulheres

Em estabelecimentos penais para mulheres devem trabalhar apenas mulheres, com exce-
ção do pessoal técnico especializado. Ademais, tais estabelecimentos devem ser dotados de
BERÇÁRIOS, nos termos do art. 83, parágrafo 2º da LEP.

Observações Gerais sobre os Estabelecimentos

Em primeiro lugar, é importante notar que a LEP estabelece a interdição do estabelecimen-


to como punição pela superlotação carcerária, a ser realizada pelo juiz da execução penal.
Em segundo lugar, é de extrema importância que o aluno conheça as regras de separação
de presos contidas no artigo 84 da LEP. Vejamos de forma esquematizada:

Uma vez separados os presos provisórios dos condenados, cada categoria deve ser sepa-
rada da seguinte maneira:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 23 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Por fim, temos a questão da condenação em outro estado da federação. A LEP prevê que
uma condenação criminal imposta em um dos estados da federação pode vir a ser cumprida
em outro estado (art. 86).

Classificação dos Estabelecimentos Penais

Os estabelecimentos penais estão divididos nas seguintes categorias:

Prisão Especial

Temos ainda a chamada prisão especial, prevista no art. 295 do CPP:

Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente,
quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva:
I – os ministros de Estado;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 24 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas
II – os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus
respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia;
III – os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembleias
Legislativas dos Estados;
IV – os cidadãos inscritos no “Livro de Mérito”;
V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
VI – os magistrados;
VII – os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República;
VIII – os ministros de confissão religiosa;
IX – os ministros do Tribunal de Contas;
X – os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da
lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função;
XI – os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos.

O entendimento atual é que até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, a


prisão especial deve ser cumprida em cadeia pública, em cela separada dos demais presos.

9. Regimes de Cumprimento de Pena


Outro tópico campeão de provas de concursos, os regimes de cumprimento de pena são
objeto dos artigos 110 ao 117 da LEP.
Entretanto, tal assunto aqui abordado apenas complementa o estudo das penas realizado
no âmbito do Direito Penal (haja vista que o Código Penal também disciplina o tema em estudo,
e que estamos tratando do ponto de vista da Lei de Execuções Penais).
Comecemos pela fixação do regime inicial de cumprimento de pena, nos termos do CP:
• Regime fechado: pena superior a 8 anos;
• Regime semiaberto: Condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 anos e não
exceda a 8;
• Regime aberto: Condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 anos.

Soma das Penas

Nos termos da LEP (Art. 111), no caso de várias condenações em processos distintos, o
regime de cumprimento será o que resultar da soma de tais penas. No caso de fixação do regi-
me e de posterior condenação DURANTE o cumprimento de pena, deve-se somar a nova pena
ao restante da pena em andamento para a fixação do regime, ato em que pode ocorrer a reg

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 25 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

ressão do regime aplicado ao apenado.


Simplificando:

No caso de concurso formal de crimes, ou de crime continuado, as penas devem ser unifica-
das, e não somadas, para fins de fixação de regime prisional (Art. 66, II, LEP).

Cálculo de Benefícios

Causa muita confusão aos alunos o limite de 40 anos quanto ao cálculo que deve ser rea-
lizado para concessão de benefícios. Por exemplo:
Se um indivíduo é condenado a 100 anos de prisão, sabendo-se que ele só deverá cumprir 40
anos, o cálculo para concessão de progressão de regime deve tomar por base a pena (100 anos)
ou o limite previsto na CF (40 anos)?
E a resposta é simples: Todos os benefícios (livramento condicional, progressão de re-
gime, entre outros) devem tomar por base de cálculo a efetiva pena imposta e não o limite
de 40 anos.
Esse é o posicionamento majoritário na doutrina e na jurisprudência vigentes.

Requisitos para Progressão de Regime

Os requisitos para progressão de regime, nos termos da LEP, foram profundamente alte-
rados pelo pacote anticrimes, e serão analisados em seção especial ao final da aula de hoje.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 26 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Regressão de Regime

A regressão de regime, por sua vez, é a passagem para um regime mais gravoso, como
verdadeira sanção ao condenado. Está prevista no art. 118 da LEP:

Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a trans-
ferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
I – praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
II – sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução,
torne incabível o regime (artigo 111).

A doutrina se posiciona no sentido de que o apenado que já se encontra em regime fechado


e venha a praticar falta grave, estará sujeito ao chamado efeito secundário da regressão, que
consiste na interrupção do tempo de cumprimento de pena para efeitos de progressão.

10. Autorizações de Saída


A LEP, a partir do art. 120 e até o art. 125 apresenta as chamadas autorizações de saída,
nas quais o preso pode vir a ser autorizado a deixar as dependências do estabelecimento pe-
nal, de forma temporária, preenchidos determinados requisitos.
Existem duas hipóteses de autorização de saída:

Quanto à saída temporária, é necessário observar os seguintes requisitos:


• Cumprimento de 1/6 da pena (se primário), ou 1/4 (se reincidente);

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 27 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

• Bom comportamento;
• Compatibilidade entre o benefício e os objetivos da pena.

Além disso, a lei disciplina que não terá direito à saída temporária o condenado que cum-
pre pena por praticar crime hediondo com resultado morte (art. 122, § 2º, incluído pela Lei n.
13.964, de 2019).

11. Outros Institutos da LEP


Antes de finalizar nossa aula, devemos fazer alguns comentários sobre outros institutos
da LEP, que também são bastante cobrados em provas. Tais institutos já foram abordados em
outros momentos de nosso curso, mas serão revisitados tendo em vista sua relação com o
diploma legal em comento.

Remição

O primeiro dos institutos que podem reduzir a pena é o da remição (acredite, é com ç mesmo).
A remição nada mais é do que um instituto que permite ao preso redimir sua pena por meio
do trabalho. Assim, por meio de seu esforço trabalhando ou estudando, o preso tem desconta-
do dias extra em sua pena, de modo que possa cumpri-la de forma antecipada.
A remição é possível das seguintes formas:

A previsão para a remição está no art. 128 da LEP:

Art. 128. O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos.

A remição se dá na proporção de 1 dia de pena para cada 3 dias trabalhados.

Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado
o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar (Art.
127 da LEP).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 28 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Livramento Condicional

Art. 131. O livramento condicional poderá ser concedido pelo juiz da execução, presentes os re-
quisitos do artigo 83, incisos e parágrafo único do Código Penal, ouvidos o Ministério Público e o
Conselho Penitenciário.

O livramento condicional é bastante simples, afinal de contas, o próprio nome é muito bem
selecionado: O beneficiado é liberado, ainda durante o cumprimento do restante de sua pena,
desde que cumpra determinadas condições.
Esse período, em que o indivíduo é liberado, mas ainda há um restante da pena a ser cum-
prida, é chamado pela doutrina de período de prova.
Nesse contexto, os requisitos para a concessão de liberdade condicional estão divididos
em requisitos subjetivos e requisitos objetivos.
São requisitos SUBJETIVOS:

Os requisitos OBJETIVOS, por sua vez, são os seguintes:

Súmula 441 – STJ: A prática de falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento
condicional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 29 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

12. Exame Criminológico & Livramento Condicional


Conforme já mencionado na aula de hoje, o chamado exame criminológico já foi um insti-
tuto obrigatório. Entretanto, após a revisão que ocorreu na LEP, em 2003, tal exame se tornou
facultativo, de modo que também não pode mais ser exigido para a concessão de liberdade
provisória.
Ademais, o STJ já se manifestou no sentido que, mesmo havendo exame criminológico, tal
exame deve fundar-se apenas em fatos ocorridos NA PRÓPRIA EXECUÇÃO PENAL, quando
considerado para efeitos de progressão de regime ou de livramento condicional.

Embora o exame seja facultativo, o próprio STJ entende que, se o magistrado decidir de forma
MOTIVADA, pode determinar a realização de exame criminológico se entender que é uma me-
dida adequada às peculiaridades do caso.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 30 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Procedimento

Uma vez que entendemos os conceitos básicos e os requisitos do livramento condicio-


nal, podemos tratar do procedimento para sua concessão. Podem requerer o livramento
condicional:

Quem concede o livramento condicional é o juiz da execução, desde que presentes os requisitos.

Condições para o Deferimento

Além dos requisitos objetivos e subjetivos que você já conhece, o magistrado ainda deverá
observar as seguintes condições para concessão da liberdade provisória:

Revogação

Como todo benefício, a liberdade provisória pode ser revogada. Sua revogação pode ser
obrigatória ou facultativa, e ocorrerá nos seguintes casos:
• Revogação Obrigatória:

A revogação obrigatória ocorre em duas situações:


1) Se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecor-
rível, por crime cometido durante a vigência do período de prova.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 31 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Portanto, se o indivíduo vem a praticar um novo delito, e é condenado em sentença irrecor-


rível por outro crime, o qual foi praticado durante o período em que gozava da liberdade condi-
cional, ocorrerá a revogação obrigatória do benefício.
Além disso, o apenado sofrerá as seguintes consequências:

Confuso, certo? Vamos utilizar um exemplo para facilitar:

Na situação acima, Ned irá retornar à prisão, e deverá cumprir mais dois anos para concluir
o tempo de sua primeira condenação, pois o período que passou em liberdade condicional não
será computado. Nesse período, não poderá pleitear nova concessão de liberdade condicional
Apenas após Ned terminar de cumprir a pena da primeira condenação é que será possível
computar o tempo para a concessão de nova liberdade condicional, tomando por base apenas
a pena cominada ao segundo delito praticado.
2) Se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecor-
rível, por crime anterior ao período de prova, observado o disposto no art. 84 do CP.

Soma de penas
Art. 84. As penas que correspondem a infrações diversas devem somar-se para efeito do livramento.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 32 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Nesse caso, ocorrerá também a revogação do livramento condicional, no entanto, os efei-


tos serão diferentes:

Logo, exatamente o contrário da situação anterior!


Vejamos o mesmo exemplo:

Nessa situação, Ned irá cumprir apenas mais um ano relativo ao primeiro delito, haja vista
que o período de prova será computado em sua pena.
Além disso, a pena restante do primeiro delito (um ano) será somada com a pena do segun-
do delito (sete anos), de modo que o livramento condicional poderá ser concedido com base na
soma das penas (oito anos), desde que preenchidos os demais requisitos.
A vantagem nesse caso é que o prazo para concessão do livramento condicional começa a
contar desde logo, não havendo o condenado que esperar até o fim do cumprimento da pena
do primeiro delito.
• Revogação facultativa:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 33 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

A revogação facultativa, por sua vez, pode ocorrer em duas situações:

Professor, e o que acontece se o indivíduo praticar um delito, durante o período de prova,


mas ainda não tiver sido condenado?

Essa é uma excelente questão. Nesse caso, não há causa para revogação, mas o magistra-
do poderá decretar a prisão do liberado e suspender o curso do livramento.

Note que estamos falando em SUSPENSÃO, e não em REVOGAÇÃO. Cuidado com as pegadinhas!

13. Penas Restritivas de Direitos


Art. 147. Transitada em julgado a sentença que aplicou a pena restritiva de direitos, o juiz da execu-
ção, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, promoverá a execução, podendo, para tanto,
requisitar, quando necessário, a colaboração de entidades públicas ou solicitá-la a particulares.
Art. 148. Em qualquer fase da execução, poderá o juiz, motivadamente, alterar a forma de cumpri-
mento das penas de prestação de serviços à comunidade e de limitação de fim de semana, ajustan-
do-as às condições pessoais do condenado e às características do estabelecimento, de entidade
ou do programa comunitário ou estatal.

Para finalizar o estudo da LEP, devemos falar das penas restritivas de direitos: “As penas
restritivas de direitos consistem nas chamadas penas alternativas.” Recebem tal nomenclatura
pois são uma opção à pena privativa de liberdade!
As penas restritivas de direito nada mais são do que uma tentativa do Estado em atingir de
uma forma mais adequada as finalidades da pena (retribuição, ressocialização e prevenção),

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 34 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

sem submeter o indivíduo ao cárcere, que sabidamente possui efeitos muito mais gravosos do
que outras modalidades de punição.

Espécies

As penas restritivas de direitos, segundo o Código Penal, são as seguintes:

Art. 43. As penas restritivas de direitos são:


I – prestação pecuniária;
II – perda de bens e valores;
III – limitação de fim de semana.
IV – prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas;
V – interdição temporária de direitos;
VI – limitação de fim de semana.

A interdição temporária de direitos (inciso V) merece uma análise mais detalhada, pos-
suindo cinco espécies, listadas pelo legislador no art. 47 do CP:

Interdição temporária de direitos


Art. 47. As penas de interdição temporária de direitos são:
I – proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo;
II – proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial,
de licença ou autorização do poder público;
III – suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo.
IV – proibição de frequentar determinados lugares.
V – proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exame públicos.

As penas restritivas de direito nada mais são do que uma espécie de pena, assim como são
a pena privativa liberdade e a pena de multa.
As penas restritivas de direito, no entanto, são consideradas penas substitutivas, pois são
aplicáveis no lugar das penas privativas de liberdade, se preenchidos os requisitos legais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 35 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Por exemplo:

Furto
Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.

É muito importante que o aluno perceba que não há previsão expressa da pena restritiva
de direitos no preceito secundário do tipo penal (que só fala em pena de reclusão e na pena
de multa).
No entanto, mesmo assim as penas restritivas de direito são aplicáveis, tendo em vista seu
caráter substitutivo (desde que preenchidos os requisitos legais).

Classificação

As penas restritivas de direitos são classificadas da seguinte maneira:

Duração

Art. 55. As penas restritivas de direitos referidas nos incisos III, IV, V e VI do art. 43 terão a mesma
duração da pena privativa de liberdade substituída, ressalvado o disposto no § 4º do art. 46.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 36 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Apesar da previsão do art. 55, que determina que as penas restritivas de direitos (incisos III
a VI do art. 43) devam perdurar pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade, ressalte-se
que as penas de prestação pecuniária e de perda de bens e valores, obviamente, não estão
sujeitas à limitação de tempo.

Não existe execução provisória de penas restritivas de direitos.

Requisitos para Substituição

Você deve estar se perguntando o seguinte: Mas quando é que poderá ser feita a substitui-
ção de uma pena privativa de liberdade por uma pena restritiva de direitos?
E é exatamente a essa pergunta que vamos responder agora. Vejamos:

CP
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade,
quando:
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com
violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;
II – o réu não for reincidente em crime doloso;
III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como
os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.

1. A pena privativa de liberdade não pode ser superior a 4 anos, no caso de crime DOLOSO.
Em caso de crime culposo, a substituição é cabível em qualquer caso.
2. O crime não pode envolver violência ou grave ameaça à pessoa. Esse requisito é es-
sencial, pois evita o absurdo de que fosse substituída a pena privativa de liberdade em delitos
graves, com o roubo ou a extorsão.
3. O réu não pode ser reincidente em crime doloso. A reincidência, nesse caso, deve ser
específica (reincidência em delito da mesma espécie – por exemplo, em dois delitos de furto).
4. A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado,
bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.
São requisitos subjetivos, que buscam medir se a medida restritiva de direitos é SUFICIENTE
para alcançar a reprovação e a prevenção de outra conduta delituosa.

Não cabe a substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos em caso
de LESÃO CORPORAL ENVOLVENDO VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER.

Cabe ainda observar que a Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) não veda expressamen-
te a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, de modo que a

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 37 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

doutrina considera possível a aplicação de tal instituto face a delitos hediondos, desde que
presentes os demais requisitos.

Aplicação

Sobre as formas de aplicação das penas restritivas de direitos, é importante fazer a leitura
do art. 44, parágrafo 2º, CP:

§ 2º Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma
pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída
por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos.

Portanto, temos o seguinte:

Reincidência

No caso de reincidência específica (no mesmo tipo penal), você já sabe que não é possível
a substituição da pena por uma restritiva de direitos. Entretanto, no caso de reincidência gené-
rica, temos o seguinte:

§ 3º Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de con-
denação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado
em virtude da prática do mesmo crime.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 38 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Conversão da Pena

A conversão da pena restritiva de direitos nada mais é do que a sua substituição pela pena
privativa de liberdade, em caso de descumprimento das condições impostas ao condenado. A
própria LEP prevê expressamente essa possibilidade:

Art. 181. A pena restritiva de direitos será convertida em privativa de liberdade nas hipóteses e na
forma do artigo 45 e seus incisos do Código Penal.

A previsão legal está no art. 44, parágrafo 4º, CP:

§ 4º A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumpri-


mento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será
deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias
de detenção ou reclusão.

Portanto, acontece o seguinte:

Cuidado!
Não é possível a conversão de pena de MULTA em pena privativa de liberdade.

No entanto, cabe ressaltar que tanto o STJ quanto o STF entendem que a conversão em
prisão das penas de prestação pecuniária e de perda de bens é admissível em nosso ordena-
mento jurídico, muito embora tenham também natureza pecuniária.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 39 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Penas em Espécie

Para finalizar este assunto, vamos fazer breves comentários sobre cada uma das espécies
de penas restritivas de direitos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 40 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

14. Novas Previsões – Lei n. 13.964/2019 – Pacote Anticrime


Para fechar a aula de hoje com chave de ouro, falta consolidar as novidades trazidas pelo
pacote anticrimes no âmbito da LEP.
Algumas delas já foram objeto de análise no decorrer deste PDF, mas não custa revisar.
Além disso, veremos alguns pontos que ainda não foram abordados.
Ao todo, são novidades:
1. Previsões sobre a Colheita de DNA;
2. Nova hipótese de falta grave;
3. Regras mais rigorosas para o RDD;
4. Mudanças sobre a progressão de regime;
5. Mudanças sobre a saída temporária.
Vejamos agora quais são as peculiaridades de cada um dos tópicos supramencionados!

14.1. Colheita de DNA


Em primeiro lugar, temos as alterações e inclusões realizadas no escopo do art. 9º-A da
LEP. Antes de mais nada, vejamos (artigos vetados foram removidos):

Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa, bem
como por crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime sexual contra vulnerável, será
submetido, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA (ácido
desoxirribonucleico), por técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso no estabelecimento
prisional. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 1º A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme regu-
lamento a ser expedido pelo Poder Executivo. (Incluído pela Lei n. 12.654, de 2012)
§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias mínimas de proteção de dados genéti-
cos, observando as melhores práticas da genética forense. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 2º A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de in-
quérito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético. (Incluído pela Lei
n. 12.654, de 2012)
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados constantes nos
bancos de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custódia que gerou
esse dado, de maneira que possa ser contraditado pela defesa. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido submetido à
identificação do perfil genético por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional deverá ser
submetido ao procedimento durante o cumprimento da pena. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de identifica-
ção do perfil genético. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 41 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Em primeiro lugar, temos uma alteração simples, determinando que a regulamentação in-
fralegal faça constar garantias mínimas de proteção dos dados genéticos e a observância das
melhores práticas forenses (o que já era uma realidade prática para as polícias técnicas de
todo o país em razão da cadeia de custódia).
Em segundo lugar, temos o relevante §3º, o qual, segundo NUCCI1, tem por objetivo permitir
que o titular dos dados genéticos tenha acesso aos seus dados, bem como à toda documen-
tação relacionada à cadeia de custódia. Tal premissa é inerente à ampla defesa e ao contradi-
tório e passa a constar expressamente no CPP.
Por sua vez, o §4º inova ao determinar que o condenado pelos crimes previstos no caput
do artigo que não foi submetido à identificação por perfil genético quanto ingressou no siste-
ma prisional deverá ser submetido ao procedimento durante o cumprimento da pena.
Vamos, rapidamente, relembrar quais são os delitos que ensejam o procedimento (nos ter-
mos do caput em referência):

Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa, bem
como por crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime sexual contra vulnerável, será
submetido, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA (ácido
desoxirribonucleico), por técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso no estabelecimento
prisional. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019) (Vigência)

Por fim, temos a inovação do §8º do art. 9-A, criando nova hipótese de falta grave, para o
condenado que recusar-se a se submeter ao procedimento de identificação do perfil genético.
Alguns alunos costumam questionar a constitucionalidade dessa medida (obrigatoriedade
de identificação genética). Ressalto, em um primeiro momento, que a doutrina de referência
(como NUCCI) entende que não há, a priori, inconstitucionalidade nos dispositivos em estudo.

14.2. Falta Grave


Você já sabe que o §8º determina ser falta grave a recusa do condenado a submeter-se ao
procedimento de identificação genética. Falta apenas você saber que adequadamente a refe-
rida falta grave foi inserida no art. 50, por meio do inciso VIII, compatibilizando assim o texto
do referido artigo com os ditames do art. 9º-A:

Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
VIII – recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético. (Incluído pela Lei
n. 13.964, de 2019)

1
Pacote Anticrime Comentado, p. 97.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 42 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

14.3. RDD
A próxima mudança que você precisa conhecer está no maior detalhamento do art. 52,
impactando no chamado Regime Disciplinar Diferenciado. Mais uma vez vamos fazer a leitura
do artigo antes de fazer uma análise dos pontos mais importantes:

Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar
subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou
estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes
características: (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
I – duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave
de mesma espécie; (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
II – recolhimento em cela individual; (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
III – visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações equipadas
para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de tercei-
ro, autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) horas; (Redação dada pela Lei n. 13.964, de
2019)
IV – direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de até
4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso; (Redação
dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
V – entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações equipadas
para impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial em con-
trário; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
VI – fiscalização do conteúdo da correspondência; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
VII – participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, garantindo-se a
participação do defensor no mesmo ambiente do preso. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou condenados,
nacionais ou estrangeiros: (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
I – que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da socieda-
de; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
II – sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em
organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de
falta grave. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação crimi-
nosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da Federação,
o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional fe-
deral. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado
sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o preso: (Incluído pela Lei n.
13.964, de 2019)
I – continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de ori-
gem ou da sociedade; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 43 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas
II – mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, consi-
derados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, a operação
duradoura do grupo, a superveniência de novos processos criminais e os resultados do tratamento
penitenciário. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime disciplinar diferenciado deverá contar com
alta segurança interna e externa, principalmente no que diz respeito à necessidade de se evitar
contato do preso com membros de sua organização criminosa, associação criminosa ou milícia
privada, ou de grupos rivais. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo será gravada em sistema de áudio ou de
áudio e vídeo e, com autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário. (Incluído pela Lei n.
13.964, de 2019)
§ 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime disciplinar diferenciado, o preso que não receber
a visita de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio agendamento, ter contato
telefônico, que será gravado, com uma pessoa da família, 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez)
minutos. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)

São muitas as novidades, e a legislação endureceu bastante a situação daquele que é sub-
metido ao RDD.
Primeiramente, note-se que houve uma extensão do RDD: dois anos, com possibilidade de
renovação por falta grave de mesma espécie. Anteriormente, o prazo era de 360 dias, renová-
vel, com o teto (prazo máximo) de 1/6 da pena.

O prazo aumentou (2 anos) e o prazo máximo (1/6 da pena) foi removido do inciso I do art. 52.

Além da questão do prazo, o novo formato do RDD também ampliou sua aplicabilidade.
Atualmente, a aplicação do regime disciplinar diferenciado é cabível, nos termos do novo tex-
to do caput, nos casos de alto risco para ordem e segurança do estabelecimento penal ou da
sociedade, ou sobre os presos contra quem recaiam fundadas suspeitas de envolvimento em
organizações criminosas.
Assim, removeu-se o requisito anterior de prática de falta grave para que seja possível a
determinação do RDD.
Outro ponto de destaque está nas visitas semanais. Antes, não eram regulamentadas pela
lei. Atualmente, há previsão específica: visitas quinzenais, de duas pessoas por vez, e em ins-
talações que impeçam contato físico e entrega de objetos.
Mais uma alteração de destaque está na questão dos banhos de sol. Anteriormente, havia
apenas menção ao período de duas horas. Atualmente, a previsão tornou-se mais detalhada,
havendo autorização para saída de até 4 presos, desde que não pertençam ao mesmo grupo
criminoso.
Noutro giro, e ao assumir a tese de que os presídios federais são mais seguros, o legislador
incluiu no art. 52 a previsão de que havendo indícios de que o preso é líder de organização cri-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 44 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

minosa, associação ou milícia com atuação em dois ou mais Estados, deve cumprir seu RDD
em presídio federal.
Por fim, e novamente quanto às visitas, merece destaque a previsão de gravação das con-
versas entre as visitas e o preso, além da possibilidade de autorização judicial para que agente
penitenciário faça o monitoramento da visita. Em caso de não recebimento de visitas pelo pre-
so em seis meses de RDD, passa a lei a conceder direito de conversa por telefone, com pessoa
da família, duas vezes por mês, por dez minutos.

14.4. Progressão de Regime


Outra mudança de enorme relevância, o art. 112 foi objeto de alteração pelo pacote an-
ticrime, cujo texto sofreu enorme detalhamento. Surgem novos prazos para progressão, e a
exigência de boa conduta carcerária comprovada pelo diretor do estabelecimento.
Esse é outro artigo cuja leitura é essencial:

Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência
para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:
(Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
I – 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem
violência à pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
II – 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à
pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
III – 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido
com violência à pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
IV – 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência
à pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
V – 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo
ou equiparado, se for primário; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
VI – 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for: (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário,
vedado o livramento condicional; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada
para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada; (Incluído pela Lei n. 13.964,
de 2019)
VII – 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo
ou equiparado; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
VIII – 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equipa-
rado com resultado morte, vedado o livramento condicional. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta
carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a pro-
gressão. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 45 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de
manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na con-
cessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos
nas normas vigentes. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 3º No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com defi-
ciência, os requisitos para progressão de regime são, cumulativamente: (Incluído pela Lei n. 13.769,
de 2018)
I – não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; (Incluído pela Lei n. 13.769, de
2018)
II – não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; (Incluído pela Lei n. 13.769, de 2018)
III – ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior; (Incluído pela Lei n. 13.769,
de 2018)
IV – ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento;
(Incluído pela Lei n. 13.769, de 2018)
V – não ter integrado organização criminosa. (Incluído pela Lei n. 13.769, de 2018)
§ 4º O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação do benefício previsto
no § 3º deste artigo. (Incluído pela Lei n. 13.769, de 2018)
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste artigo, o crime de tráfico de dro-
gas previsto no § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei n. 13.964,
de 2019)
§ 6º O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade interrompe o
prazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em que o reinício da
contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescente. (Incluído pela Lei n. 13.964,
de 2019)

É muito importante que você conheça as hipóteses e os novos parâmetros de progressão


contidos nos incisos I a VII do art. 112. Aqui não há como facilitar muito: rols assim são muito
queridos pelos examinadores, e exigem um pouco de memorização de nossa parte, na medida
do possível.
De todo modo, é muito importante tomar nota de algumas peculiaridades já apresentadas
pela doutrina:
1. A disposição final do §1º, segundo doutrinadores como NUCCI, não é aplicável, haja
vista que o STF entende não ser possível vedar de forma completa a progressão de regime.
2. O parágrafo 5º formaliza o entendimento do STF sobre o tráfico privilegiado não ser
considerado crime hediondo.
3. O parágrafo 6º também formaliza a jurisprudência dominante, ao preconizar que a fal-
ta grave interrompe o prazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da
pena, caso em que o reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a pena re-
manescente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 46 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

14.5. Saída Temporária


Por fim temos a inclusão de novo parágrafo no art. 122, a qual veda a saída temporária do
condenado por praticar crime hediondo com resultado morte, o que a própria doutrina consi-
dera adequado haja vista a gravidade desse tipo de delito:

Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime semiaberto poderão obter autorização para
saída temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos:
I – visita à família;
II – frequência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior,
na Comarca do Juízo da Execução;
III – participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.
§ 1º A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de monitoração ele-
trônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução. (Redação dada pela Lei n.
13.964, de 2019)
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere o caput deste artigo o condenado que cum-
pre pena por praticar crime hediondo com resultado morte. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 47 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

RESUMO
Objetivo da LEP
• Dar cumprimento das sanções impostas na sentença ou decisão criminal e de propiciar
a reintegração social do condenado e do internado.

Jurisdição
• A execução penal competirá ao Juiz indicado na lei local de organização judiciária e, na
sua ausência, ao da sentença.

Direitos do Preso
• Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela
sentença ou pela lei.

Direitos Passíveis de Suspensão

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 48 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Observações sobre os Direitos do Preso

Classificação do Condenado
• Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade,
para orientar a individualização da execução penal.

Comissão Técnica de Classificação

• O parecer da Comissão técnica de classificação NÃO vincula o magistrado em suas de-


cisões quanto à execução da pena.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 49 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Exame Criminológico

• Os exames gerais, e o criminológico, são realizados no chamado Centro de Observação,


e na falta deste, pela própria Comissão Técnica de Classificação.

Da Assistência ao Preso

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 50 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Do Trabalho
• Apenas o preso provisório e o político não estão obrigados ao trabalho interno.
• Trabalhos de prestação de serviços comunitários, no entanto, não serão remunerados,
por força do art. 30 da LEP.

Modalidades

Observações

Deveres, Direitos & Disciplina


• As sanções disciplinares estão sujeitas ao princípio da anterioridade de lei.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 51 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Competência para Exercício do Poder Disciplinar

Faltas Disciplinares
• A pena disciplinar pelo cometimento de falta disciplinar TENTADA é a mesma aplicável
a falta disciplinar CONSUMADA.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 52 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Faltas Graves

RDD
• É uma penalidade aplicável ao preso provisório ou condenado, nos termos do art. 52 da
LEP.

Órgãos de Execução Penal

Art. 61. São órgãos da execução penal:


I – o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária;
II – o Juízo da Execução;
III – o Ministério Público;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 53 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

IV – o Conselho Penitenciário;
V – os Departamentos Penitenciários;
VI – o Patronato;
VII – o Conselho da Comunidade.
VIII – a Defensoria Pública.

Estabelecimentos Penais

Outras Regras de Separação

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 54 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Classificação dos Estabelecimentos Penais

Regimes de Cumprimento de Pena


• Regime fechado: pena superior a 8 anos;
• Regime semiaberto: Condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 anos e não
exceda a 8;
• Regime aberto: Condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 anos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 55 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Soma das Penas

• No caso de concurso formal de crimes, ou de crime continuado, as penas devem ser


unificadas, e não somadas, para fins de fixação de regime prisional (Art. 66, II, LEP).

Autorizações de Saída

Remição
• Nada mais é do que um instituto que permite ao preso redimir sua pena através do traba-
lho. Ou seja, através do esforço trabalhando ou estudando, o preso tem descontado dias
extra em sua pena, de modo que possa cumpri-la de forma antecipada.
• A remição se dá na proporção de 1 dia de pena para cada 3 dias trabalhados.
• Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, ob-
servado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração
disciplinar (Art. 127 da LEP).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 56 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Livramento Condicional
• O beneficiado é liberado, ainda durante o cumprimento do restante de sua pena, desde
que cumpra determinadas condições.

Requisitos Subjetivos

Requisitos Objetivos

Penas Restritivas de Direitos


• As penas restritivas de direitos consistem nas chamadas penas alternativas. Recebem
tal nomenclatura pois são uma opção à pena privativa de liberdade.

Espécies:
I – prestação pecuniária;
II – perda de bens e valores;
III – limitação de fim de semana.
IV – prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas;
V – interdição temporária de direitos;
VI – limitação de fim de semana.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 57 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Classificação

Aplicação

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 58 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Espécies

Jurisprudência Associada

1) Falta grave
“Recusar-se em a adentrar à cela consiste em falta grave, pois é ato lesivo e grave em
descumprimento de ordem legítima e com base no art. 50, inciso VI, c/c art. 39, incisos II e V,
ambos da Lei de Execuções Penais – LEP, observando-se, inclusive, o pleno exercício do con-
traditório e da ampla defesa no processo administrativo disciplinar.”
STJ. 6ª Turma, AgRg no HC 618.666, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 02/03/2021

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 59 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Recusar-se em adentrar à cela consiste em


falta grave. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizero-
direito.com.br/jurisprudencia/detalhes/4158f6d19559955bae372bb00f6204e4>. Acesso em:
15/01/2022
2) Remição da pena e frequência escolar
“O art. 126 da Lei de Execuções Penais prevê duas hipóteses de remição da pena: por
trabalho ou por estudo. Para fins de remição da pena pelo trabalho, a jornada não pode ser
superior a 8 horas. O STJ, contudo, entende que eventuais horas extras devem ser computadas
quando excederem a oitava hora diária, hipótese em que se admite o cômputo do excedente
para fins de remição de pena.
No caso da remição pelo estudo, o reeducando poderá remir 1 dia de pena a cada 12 horas
de atividade, divididas, no mínimo, em 3 dias.
O STJ entende que, se o reeducando estudar mais que 12 horas, isso deverá ser considera-
do para fins de remição da pena.”
STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 1720688/SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado
em 06/10/2020.
STJ. 6ª Turma. HC 461047-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 04/08/2020 (Info 677).
Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O tempo excedido, na frequência escolar, ao
limite legal de 12 horas a cada 3 dias deve ser considerado para fins de remição da pena.
Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/
jurisprudencia/detalhes/376c6b9ff3bedbbea56751a84fffc10c>. Acesso em: 15/01/2022
3) Direito de Visitas
“O direito de visita pode sofrer limitações, diante das peculiaridades do caso concreto. O
direito do preso de receber visitas, assegurado pelo art. 41, X, da Lei de Execuções Penais(Lei
n. 7.210/1.984), não é absoluto e deve ser sopesado de acordo com a situação específica vi-
venciada no caso concreto, em conjunto com outros princípios, dentre os quais o que visa a
garantir a disciplina e a segurança dentro dos estabelecimentos prisionais.”
STJ. 6ª Turma. AgRg no AREsp 1602725/DF, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado
em 20/10/2020.
Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O direito de visitas não é absoluto nem ilimita-
do. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.
br/jurisprudencia/detalhes/2a8a8bde56a1a353f4e5fdd641f0b199>. Acesso em: 15/01/2022
4) Inadmissibilidade da execução provisória de penas restritivas de direito
O cumprimento da pena somente pode ter início com o esgotamento de todos os recursos.
É proibida a chamada execução provisória da pena.
STF. Plenário. ADC 43/DF, ADC 44/DF, ADC 54/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em
07/11/2019.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 60 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Súmula 643-STJ: A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julga-


do da condenação.
5) Cometimento de falta grave e perda da totalidade do tempo remido
“A prática de falta grave acarreta a perda de até 1/3 dos dias remidos, nos termos do art.
127 da LEP:
Cabendo ao Juízo das Execuções, com certa margem de discricionariedade, aferir o quan-
tum, levando em conta os critérios do art. 57 da LEP:
Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a natureza, os moti-
vos, as circunstâncias e as consequências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu tempo
de prisão.
Vale ressaltar, contudo, que, para o juiz determinar a perda dos dias remidos no percentual
máximo (1/3) ele terá que fornecer uma fundamentação concreta.”
STJ. 5ª Turma. HC 459205/RS, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 02/10/2018.
• Antes da Lei n. 12.433/2011: a falta grave acarretava a perda de todos os dias remidos.
• Depois da Lei n. 12.433/2011: a falta grave acarreta a perda de, no máximo, 1/3 dos dias
remidos.

O STJ já decidiu que a fuga, por ser uma falta disciplinar de natureza especialmente grave,
justifica a adoção do percentual máximo de perda dos dias remidos.
STJ. 5ª Turma. HC 465565/RS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
25/09/2018.
Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Com o advento da Lei n. 12.433/2011, o cometi-
mento de falta grave não mais enseja a perda da totalidade do tempo remido, mas limita-se ao
patamar de 1/3, cabendo ao juízo das execuções penais dimensionar o quantum, segundo os
critérios do art. 57 da LEP. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.bus-
cadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/d5eca8dc3820cad9fe56a3bafda65ca1>.
Acesso em: 15/01/2022
6) Exame criminológico não necessita ser realizado por médico psiquiatra
“A elaboração do laudo criminológico por psiquiatra, psicólogo ou assistente psicossocial
não traz qualquer mácula ou ilegalidade à decisão que indeferiu a progressão de regime com
base em tal documento, mormente porque qualquer destes profissionais está habilitado a re-
alizar perícia técnica compatível com o que se busca saber para a concessão do benefício de
progressão de regime.”
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 440208/MS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
02/10/2018.
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 451804/MS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 18/09/2018.
Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O exame criminológico não precisa ser realizado,
obrigatoriamente, por médico psiquiatra. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <ht-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 61 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

tps://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/fef6f971605336724b5e6c-
0c12dc2534>. Acesso em: 15/01/2022
7) Falta grave e exame criminológico
“O cometimento de falta grave justifica a determinação de exame criminológico.”
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 396439/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
19/06/2018.
8) Suspensão ou revogação do livramento condicional
Súmula 617-STJ: A ausência de suspensão ou revogação do livramento condicional antes
do término do período de prova enseja a extinção da punibilidade pelo integral cumprimen-
to da pena.
STJ. 3ª Seção. Aprovada em 26/09/2018, DJe 01/10/2018.
9) Falta de vagas nos estabelecimentos prisionais
Súmula vinculante 56: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manuten-
ção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nesta hipótese, os
parâmetros fixados no Recurso Extraordinário (RE) 641320.
Observação: “A SV 56 destina-se com exclusividade aos casos de cumprimento de pena,
ou seja, aplica-se tão somente ao preso definitivo.
Não se pode estender a citada súmula vinculante ao preso provisório (prisão preventiva),
eis que se trata de situação distinta.
Por deter caráter cautelar, a prisão preventiva não se submete à distinção de diferen-
tes regimes.
Assim, sequer é possível falar em regime mais ou menos gravoso ou estabelecer um siste-
ma de progressão ou regressão da prisão.”
STJ. 5ª Turma. RHC 99006-PA, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 07/02/2019 (Info 642).
Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. A SV56 é inaplicável ao preso provisório (prisão
preventiva) porque esse enunciado trata da situação do preso que cumpre pena. Buscador
Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurispru-
dencia/detalhes/a822554e5403b1d370db84cfbc530503>. Acesso em: 15/01/2022

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 62 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 1/ENFERMAGEM) No que concerne ao dis-
posto na Lei de Execução Penal (LEP) a respeito dos órgãos de execução penal, julgue o item
subsequente.
Entre as atividades do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária incluem-se a ins-
peção e a fiscalização dos estabelecimentos penais estaduais e federais.

002. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 8/AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PE-


NAL) Acerca do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, dos Conselhos Peni-
tenciários, e dos Conselhos da Comunidade, julgue o próximo item.
O estabelecimento de regras acerca de arquitetura e construção de estabelecimentos penais e
casas de albergados é de responsabilidade dos conselhos penitenciários.

003. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 8/AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PE-


NAL) Em relação às sanções disciplinares e à Lei de Execução Penal (LEP), julgue o item seguinte.
Comete falta grave a pessoa condenada a pena privativa de liberdade que participa de movi-
mento para subverter a disciplina do estabelecimento prisional.

004. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 8/AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PE-


NAL) Em relação às sanções disciplinares e à Lei de Execução Penal (LEP), julgue o item seguinte.
O regime disciplinar diferenciado não se aplica aos presos provisórios.

005. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 8/AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PE-


NAL) Em relação às sanções disciplinares e à Lei de Execução Penal (LEP), julgue o item seguinte.
As faltas graves admitem sanções de repreensão, suspensão ou restrição de direitos e
isolamento.

006. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 8/AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO


PENAL) Em relação ao conjunto de regras disciplinares impostas ao sentenciado, julgue o
item a seguir.
Em observância ao princípio da legalidade, as faltas disciplinares leves, médias e graves deve-
rão ter previsão expressa na Lei de Execução Penal.

007. (CESPE/2020/MPE-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA DE ENTRÂNCIA INICIAL) De acordo


com a Lei de Execução Penal (LEP), o órgão da execução penal destinado especificamente a
prestar assistência aos albergados e aos egressos é
a) o patronato.
b) a casa de albergado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 63 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

c) o conselho penitenciário.
d) o conselho da comunidade.
e) o departamento penitenciário.

008. (FEPESE/2019/SAP-SC/AGENTE PENITENCIÁRIO) De acordo com a Lei de Execução


Penal, constituem deveres do condenado:
1) submissão à sanção disciplinar imposta.
2) conservação dos objetos de uso pessoal.
3) higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento.
4) indenização à vitima ou aos seus sucessores.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
b) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

009. (FEPESE/2019/SAP-SC/AGENTE PENITENCIÁRIO) De acordo com a Lei de Execução


Penal, a remissão da pena, por trabalho ou estudo, de parte do tempo de execução da pena
poderá ocorrer no cumprimento de:
1) regime aberto.
2) regime semiaberto.
3) regime fechado.
4) penas restritivas de direito.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
b) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
c) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.
d) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
e) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

010. (CESPE/2019/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) De acordo com o STJ, a prática de falta grave


pelo condenado durante o cumprimento da pena
a) não interrompe a contagem do prazo para obtenção de livramento condicional.
b) não interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento de pena.
c) interrompe a contagem do prazo para obtenção de comutação de pena.
d) interrompe a contagem do prazo para obtenção de indulto e saída temporária.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 64 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

011. (INSTITUTO AOCP/2019/PC-ES/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) À luz da Lei n. 7.210/1984,


que disciplina a execução penal, assinale a alternativa correta.
a) Em relação ao trabalho interno, a jornada não será inferior a 4 nem superior a 8 horas semanais.
b) São recompensas regidas pela Lei n. 7.210/84 a concessão de regalias e o elogio.
c) Considera-se egresso, para os fins da Lei de Execução Penal, o liberado definitivo, pelo prazo
de 06 meses, a contar da saída do estabelecimento.
d) Ao egresso poderá ser concedida assistência que consiste em alojamento e alimentação,
em estabelecimento adequado e pelo prazo de 3 dias.
e) No trabalho externo, o número máximo de presos será de 15% do total de empregados na obra.

012. (VUNESP/2019/TJ-AC/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Quanto às disposições presen-


tes na Lei de Execução Penal, assinale a alternativa correta.
a) A remição por estudo somente se admite se desenvolvida a atividade educacional de forma
presencial.
b) O instituto da permissão de saída não se aplica ao preso provisório.
c) Praticada falta disciplinar pelo condenado, deverá ser instaurado o procedimento para sua
apuração, conforme regulamento, assegurados o direito de defesa, a motivação da decisão,
vedado o decreto de isolamento preventivo do faltoso pela autoridade administrativa.
d) Dentre os requisitos objetivos para autorização da saída temporária, exige-se o cumprimen-
to mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o condenado for primário, e 1/4 (um quarto), se
reincidente.

013. (CESPE/2019/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO) De acordo com a Lei de Execução Penal, caso


seja verificada a exigência de que o sentenciado cumpra medida além dos limites fixados na
sentença, deverá ser instaurado o incidente
a) de conversão da pena, que poderá ser provocado pelo Ministério Público.
b) administrativo, que poderá ser suscitado por qualquer um dos órgãos que atuam na exe-
cução penal.
c) de indulto individual, que poderá ser provocado pela autoridade administrativa.
d) de excesso ou desvio, que poderá ser suscitado pelo sentenciado.
e) de chamamento da execução à ordem, que poderá ser provocado pelo Ministério Público.

014. (CESPE/2018/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL) Em cada item a


seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com
base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais superiores a respeito de exe-
cução penal.
Diogo, condenado a sete anos e seis meses de reclusão pela prática de determinado crime,
deve iniciar o cumprimento da pena no regime semiaberto. Todavia, na cidade onde se encon-
tra, só há estabelecimento prisional adequado para a execução da pena em regime fechado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 65 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Nessa situação, o juiz poderá determinar que Diogo inicie o cumprimento da pena no regi-
me fechado.

015. (IBADE/2017/SEJUDH-MT/ADVOGADO) No que tange às faltas disciplinares previstas


na Lei de Execução Penal, assinale a assertiva correta.
a) Comete falta média o condenado a pena privativa de liberdade que fugir do estabelecimento
prisional.
b) A legislação local especificará as faltas leves, médias e graves, bem como as respecti-
vas sanções.
c) No Regime Disciplinar Diferenciado, o preso terá direito à saída da cela por 3 horas diárias
para banho de sol.
d) Comete falta grave o condenado a pena restritiva de direitos que provocar acidente
de trabalho.
e) Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada.

016. (MPE-SC/2016/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA) A Lei n. 7.210/84 (Exe-


cução Penal) tratou em capítulo próprio acerca da classificação dos condenados, com o obje-
tivo de orientar a individualização da execução penal. Quanto à identificação dos condenados,
todavia, a referida lei padece pela desatualização, inexistindo previsão de coleta de perfil gené-
tico como forma de identificação criminal, a exemplo do que já ocorre em outros países.

017. (MPE-SC/2016/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA) São deveres do conde-


nado, previstos na Lei n.7.210/84: conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos
de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina; submissão à sanção disciplinar imposta;
indenização à vítima ou aos seus sucessores; indenização ao Estado, quando possível, das
despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remunera-
ção do trabalho.

018. (CESPE/2015/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/JUDICIÁRIA) Conforme o entendimento


pacificado do STJ, a prática de falta grave interrompe o prazo exigido para a obtenção da pro-
gressão de regime prisional, mas não acarreta interrupção do prazo exigido para a obtenção
de livramento condicional, comutação de pena ou indulto, salvo se o decreto concessivo fizer
expressa previsão em contrário.

019. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/AGENTE E TÉCNICO/TODAS AS ÁREAS/CONHE-


CIMENTOS BÁSICOS) O condenado que for acometido por doença mental durante o cumpri-
mento da pena deverá ser internado em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico.

020. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/AGENTE E TÉCNICO/TODAS AS ÁREAS/CONHE-


CIMENTOS BÁSICOS) A determinação do regime de cumprimento de condenado por mais
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 66 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

de um crime em processos distintos deve ser feita pelo resultado da soma ou unificação das
penas, observadas, quando for o caso, a detração ou a remição.

021. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/AGENTE E TÉCNICO/TODAS AS ÁREAS/CONHECI-


MENTOS BÁSICOS) Preso que praticar fato definido como crime, doloso ou culposo, ou falta
grave deverá ser transferido para regime mais rigoroso.

022. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) O próximo item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julga-
da à luz das medidas de assistência previstas na Lei de Execução Penal.
Manoel, sentenciado a vinte e cinco anos de reclusão, não reúne condições para custear a con-
tratação de advogado que acompanhe a execução de sua pena. Nessa situação, a assistência
jurídica deverá ser garantida pelo Estado, de forma integral e gratuita, sob a responsabilidade
da defensoria pública, dentro e fora do estabelecimento penal.

023. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) O próximo item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julga-
da à luz das medidas de assistência previstas na Lei de Execução Penal.
Pedro, analfabeto, sentenciado a oito anos de reclusão, ingressou no sistema penitenciário,
consignando-se em seus registros a falta de instrução fundamental. Nessa situação, é obriga-
tório que o estabelecimento prisional garanta que Pedro frequente o ensino fundamental nos
mesmos moldes e requisitos do sistema escolar da unidade federativa a que pertença esse
estabelecimento.

024. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) O próximo item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julga-
da à luz das medidas de assistência previstas na Lei de Execução Penal.
Um preso, em cumprimento de pena de reclusão em regime fechado, recebeu a notícia do fale-
cimento de seu filho e requereu permissão para comparecer ao enterro. Nessa situação, caso
seja autorizada a saída do preso, caberá ao assistente social em atividade no estabelecimento
prisional acompanhar pessoalmente o preso e apresentar, ao final, ao diretor do estabeleci-
mento, relatório em que circunstancie o comportamento do preso no período em que este
estiver fora.

025. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) O próximo item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julga-
da à luz das medidas de assistência previstas na Lei de Execução Penal.
Um preso, após o cumprimento de pena privativa de liberdade pelo período de dez anos, foi
definitivamente liberado e, contados seis meses de sua saída do estabelecimento prisional, ele

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 67 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

requereu do Estado a concessão de alojamento e alimentação em estabelecimento adequado,


bem como a colaboração para obtenção de trabalho, o que lhe foi negado, dada a sua condição
de egresso. Nessa situação, foi correto o indeferimento do pedido, uma vez que o egresso não
possui direito à assistência nos termos pretendidos.

026. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) O próximo item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julga-
da à luz das medidas de assistência previstas na Lei de Execução Penal.
José foi condenado a dezoito anos de reclusão e recolhido a estabelecimento prisional. No
curso da execução da pena, ele contraiu doença grave, e foi constatada a impossibilidade de o
estabelecimento prisional prover-lhe a assistência médica necessária. Nessa situação, a assis-
tência médica ao preso deverá ser custeada pela família do sentenciado em outro local, desde
que haja a autorização expressa do juiz competente.

027. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) Com relação a assistência educacional e a assistência do trabalho do preso, fatores
fundamentais para o reingresso do apenado na sociedade, julgue o item seguinte.
O trabalho remunerado é obrigatório ao preso e deve vincular-se a sua capacidade e aptidão,
ressalvada essa obrigatoriedade para o segregado provisório, para quem o trabalho será facul-
tativo e limitado ao interior do estabelecimento prisional em que se encontre recolhido.

028. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) Com relação a assistência educacional e a assistência do trabalho do preso, fatores
fundamentais para o reingresso do apenado na sociedade, julgue o item seguinte.
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: João, em cumprimento de pena em regime fechado, ao executar ser-
viço de limpeza dentro do estabelecimento prisional, acidentou-se gravemente, o que resultou
na perda de um dos dedos de sua mão direita.
ASSERTIVA: Nessa situação, e considerando-se o fato de que o trabalho interno é remunerado,
João tem direito a indenização com base nas disposições legais trabalhistas.

029. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) Nos termos da Lei de Execução Penal, julgue o item que se segue, acerca do instituto
da remição.
Um preso em regime semiaberto que trabalhe, durante o dia, em jornada de seis horas diárias e
estude, em horário noturno, pelo período de quatro horas terá direito, a cada três dias de exer-
cício conjunto dessas atividades, ao abatimento de dois dias de pena.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 68 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

030. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) Nos termos da Lei de Execução Penal, julgue o item que se segue, acerca do instituto
da remição.
A remição, pelo trabalho, na proporção de um dia de pena a cada três dias trabalhados, diz res-
peito a todos os regimes de execução da pena: o aberto, o fechado e o semiaberto.

031. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) Nos termos da Lei de Execução Penal, julgue o item que se segue, acerca do instituto
da remição.
O tempo remido deverá ser computado como pena cumprida, independentemente da natureza
do crime cometido, o que beneficia também os apenados pela prática de crimes hediondos e
crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa.

032. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) Nos termos da Lei de Execução Penal, julgue o item que se segue, acerca do instituto
da remição.
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Um sentenciado, no decorrer da execução de sua pena privativa de
liberdade em regime semiaberto, foi punido por falta grave devidamente apurada em procedi-
mento próprio.
ASSERTIVA: Nessa situação, o preso perderá o direito ao tempo remido já computado, de modo
que o novo período de cômputo começará a partir da data da infração disciplinar.

033. (CESPE/2015/DEPEN/AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL/ÁREA 5) Com relação


ao trabalho e à assistência social realizados no âmbito do sistema prisional, julgue o item
subsequente.
De acordo com a LEP, são considerados egressos tanto o liberado definitivo, pelo prazo de um
ano a contar da data de saída do estabelecimento prisional, quanto o liberado condicional,
durante o período de prova.

034. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) De acordo com a Lei


de Execução Penal (LEP), julgue o item a seguir, relativos aos diversos tipos de assistência ao
preso, ao internado e ao egresso.
No âmbito da assistência educacional, é garantido o acesso à instrução escolar e à formação
profissional ao preso, a quem é facultado cursar o ensino fundamental ou realizar curso de
aperfeiçoamento profissionalizante.

035. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) De acordo com a Lei


de Execução Penal (LEP), julgue o item a seguir, relativos aos diversos tipos de assistência ao
preso, ao internado e ao egresso.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 69 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

A assistência ao preso e ao egresso é dever do Estado, que age com o objetivo de prevenir o
crime e preparar esses indivíduos para o retorno à convivência familiar.

036. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) De acordo com a Lei


de Execução Penal (LEP), julgue o item a seguir, relativos aos diversos tipos de assistência ao
preso, ao internado e ao egresso.
A assistência médica pode ser prestada ao preso no próprio estabelecimento prisional ou,
quando esse estabelecimento não contar com equipamento ou outro recurso necessário, em
outro local, mediante autorização do juiz da execução penal para deslocamento do preso.

037. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) De acordo com a Lei


de Execução Penal (LEP), julgue o item a seguir, relativos aos diversos tipos de assistência ao
preso, ao internado e ao egresso.
Ao serviço de assistência social cabe promover a recreação no estabelecimento prisional e
providenciar a obtenção de documentos dos presos assim como os benefícios da previdência
social a que essas pessoas tiverem direito.

038. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) Francisco e Júlio fo-


ram condenados pela prática de crime. Durante o cumprimento de sua pena, Francisco obteve
livramento condicional e está atualmente em período de prova. Júlio foi liberado definitivamen-
te e saiu do estabelecimento prisional há dezoito meses.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item subsequente com base no que dispõe a LEP.
Júlio é considerado egresso e pode contar com o serviço de assistência social, que lhe deve
prestar ajuda na obtenção de trabalho.

039. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) Francisco e Júlio fo-


ram condenados pela prática de crime. Durante o cumprimento de sua pena, Francisco obteve
livramento condicional e está atualmente em período de prova. Júlio foi liberado definitivamen-
te e saiu do estabelecimento prisional há dezoito meses.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item subsequente com base no que dispõe a LEP.
Francisco é considerado egresso e, se houver necessidade, poderá ser beneficiado com aloja-
mento e alimentação em estabelecimento adequado por até, no máximo, quatro meses.

040. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) À luz da LEP, julgue o


próximo item, referentes ao trabalho do preso.
A legislação limita o trabalho feito pelo preso provisório àquele que pode ser realizado no
estabelecimento prisional em que o indivíduo se encontre e na medida de suas aptidões e
capacidade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 70 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

041. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) À luz da LEP, julgue o


próximo item, referentes ao trabalho do preso.
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Joaquim foi condenado por crime grave à pena de reclusão, em re-
gime fechado, da qual já cumpriu um sexto. No município em que está localizado o estabe-
lecimento prisional que abriga Joaquim, será iniciada obra pública de revitalização da região
central da cidade. ASSERTIVA: Nessa situação, desde que preenchidos os requisitos legais e
adotadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina, Joaquim poderá ser autorizado
pela direção do estabelecimento prisional a trabalhar na obra.

042. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) À luz da LEP, julgue o


próximo item, referentes ao trabalho do preso.
As tarefas executadas pelo condenado como cumprimento de pena de prestação de serviço à
comunidade não são remuneradas.

043. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) À luz da LEP, julgue o


próximo item, referentes ao trabalho do preso.
O preso provisório ou condenado a pena privativa de liberdade é obrigado a trabalhar e, pelo tra-
balho realizado, deve ser remunerado com valor que não pode ser inferior a um salário mínimo.

044. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) Lúcia cumpre pena


no regime aberto e Ana, no regime fechado, após condenação por prática de crime. Ambas
trabalham e cursam o ensino médio.
Considerando essa situação hipotética e o que dispõe a LEP acerca do instituto da remição,
julgue o item seguinte.
Na hipótese de Ana sofrer um acidente e ficar temporariamente impossibilitada de continuar
suas atividades, a contagem do tempo para fins de remição ficará suspensa até que ela possa
retornar ao trabalho e estudo, sem prejuízo dos dias já remidos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 71 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

GABARITO
1. C 37. C
2. E 38. E
3. C 39. C
4. E 40. C
5. E 41. C
6. E 42. C
7. a 43. E
8. e 44. E
9. d
10. a
11. b
12. d
13. d
14. E
15. e
16. E
17. C
18. C
19. C
20. C
21. E
22. C
23. C
24. E
25. E
26. E
27. C
28. E
29. C
30. E
31. C
32. E
33. C
34. E
35. C
36. E

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 72 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 1/ENFERMAGEM) No que concerne ao dis-
posto na Lei de Execução Penal (LEP) a respeito dos órgãos de execução penal, julgue o item
subsequente.
Entre as atividades do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária incluem-se a ins-
peção e a fiscalização dos estabelecimentos penais estaduais e federais.

Exatamente isso:

Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, no exercício de suas atividades,
em âmbito federal ou estadual, incumbe:
VIII – inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais, bem assim informar-se, mediante relató-
rios do Conselho Penitenciário, requisições, visitas ou outros meios, acerca do desenvolvimento da
execução penal nos Estados, Territórios e Distrito Federal, propondo às autoridades dela incumbida
as medidas necessárias ao seu aprimoramento.
Certo.

002. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 8/AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PE-


NAL) Acerca do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, dos Conselhos Peni-
tenciários, e dos Conselhos da Comunidade, julgue o próximo item.
O estabelecimento de regras acerca de arquitetura e construção de estabelecimentos penais e
casas de albergados é de responsabilidade dos conselhos penitenciários.

Nada disso. É atribuição expressa do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária:

Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, no exercício de suas atividades,
em âmbito federal ou estadual, incumbe:
VI – estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de estabelecimentos penais e casas de
albergados.
Errado.

003. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 8/AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PE-


NAL) Em relação às sanções disciplinares e à Lei de Execução Penal (LEP), julgue o item seguinte.
Comete falta grave a pessoa condenada a pena privativa de liberdade que participa de movi-
mento para subverter a disciplina do estabelecimento prisional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 73 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

De fato, trata-se de falta grave:

Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
I – incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina.
Certo.

004. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 8/AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PE-


NAL) Em relação às sanções disciplinares e à Lei de Execução Penal (LEP), julgue o item seguinte.
O regime disciplinar diferenciado não se aplica aos presos provisórios.

O RDD se aplica ao preso provisório e aos condenados nos termos da LEP:

Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar
subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou
estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado....
Errado.

005. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 8/AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PE-


NAL) Em relação às sanções disciplinares e à Lei de Execução Penal (LEP), julgue o item seguinte.
As faltas graves admitem sanções de repreensão, suspensão ou restrição de direitos e
isolamento.

Vejamos as sanções disciplinares aplicáveis às faltas graves previstas no art. 53 da LEP:

III – suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo único);


IV – isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que possuam aloja-
mento coletivo, observado o disposto no artigo 88 desta Lei.
V – inclusão no regime disciplinar diferenciado.
Errado.

006. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 8/AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO


PENAL) Em relação ao conjunto de regras disciplinares impostas ao sentenciado, julgue o
item a seguir.
Em observância ao princípio da legalidade, as faltas disciplinares leves, médias e graves deve-
rão ter previsão expressa na Lei de Execução Penal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 74 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

De acordo com o LEP, em seu art. 49, as faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e
graves. A legislação local especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções.
Errado.

007. (CESPE/2020/MPE-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA DE ENTRÂNCIA INICIAL) De acordo


com a Lei de Execução Penal (LEP), o órgão da execução penal destinado especificamente a
prestar assistência aos albergados e aos egressos é
a) o patronato.
b) a casa de albergado.
c) o conselho penitenciário.
d) o conselho da comunidade.
e) o departamento penitenciário.

Essa função é do Patronato:

LEP
Art. 78. O Patronato público ou particular destina-se a prestar assistência aos albergados e aos
egressos (artigo 26).
Letra a.

008. (FEPESE/2019/SAP-SC/AGENTE PENITENCIÁRIO) De acordo com a Lei de Execução


Penal, constituem deveres do condenado:
1) submissão à sanção disciplinar imposta.
2) onservação dos objetos de uso pessoal.
3) higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento.
4) indenização à vitima ou aos seus sucessores.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
b) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 75 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Vamos recordar os deveres do condenado expressos na LEP:

Art. 39. Constituem deveres do condenado:


I – comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;
II – obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;
III – urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;
IV – conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou
à disciplina;
V – execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
VI – submissão à sanção disciplinar imposta;
VII – indenização à vitima ou aos seus sucessores;
VIII – indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção,
mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho;
IX – higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;
X – conservação dos objetos de uso pessoal.
Letra e.

009. (FEPESE/2019/SAP-SC/AGENTE PENITENCIÁRIO) De acordo com a Lei de Execução


Penal, a remissão da pena, por trabalho ou estudo, de parte do tempo de execução da pena
poderá ocorrer no cumprimento de:
1) regime aberto.
2) regime semiaberto.
3) regime fechado.
4) penas restritivas de direito.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
b) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
c) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.
d) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
e) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

Conforme o art. 126 da LEP, o condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaber-
to poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena.
Além disso, há previsão legal de remição por estudo para o condenado em regime aberto:

§ 6º O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade
condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional,

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 76 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas
parte do tempo de execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do §
1º deste artigo.
Ademais, não há previsão legal de remição de pena pelo cumprimento de pena restritiva
de direito.
Letra d.

010. (CESPE/2019/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) De acordo com o STJ, a prática de falta grave


pelo condenado durante o cumprimento da pena
a) não interrompe a contagem do prazo para obtenção de livramento condicional.
b) não interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento de pena.
c) interrompe a contagem do prazo para obtenção de comutação de pena.
d) interrompe a contagem do prazo para obtenção de indulto e saída temporária.

Trata-se de entendimento sumulado:

Súmula 441 do STJ: A falta grave não interrompe o prazo para obtenção do livramento
condicional.
Súmula 534 do STJ: A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a pro-
gressão de regime de cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do cometimento
dessa infração.
Súmula 535 do STJ: A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comuta-
ção de pena ou indulto.

Letra a.

011. (INSTITUTO AOCP/2019/PC-ES/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) À luz da Lei n. 7.210/1984,


que disciplina a execução penal, assinale a alternativa correta.
a) Em relação ao trabalho interno, a jornada não será inferior a 4 nem superior a 8 horas semanais.
b) São recompensas regidas pela Lei n. 7.210/84 a concessão de regalias e o elogio.
c) Considera-se egresso, para os fins da Lei de Execução Penal, o liberado definitivo, pelo prazo
de 06 meses, a contar da saída do estabelecimento.
d) Ao egresso poderá ser concedida assistência que consiste em alojamento e alimentação,
em estabelecimento adequado e pelo prazo de 3 dias.
e) No trabalho externo, o número máximo de presos será de 15% do total de empregados na obra.

Vejamos caso a caso:


a) Errada. Conforme o art. 33 da LEP, a jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis)
nem superior a 8 (oito) horas, com descanso nos domingos e feriados.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 77 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

b) Certa. De acordo com o art. 56 da LEP, são recompensas: o elogio e a concessão de regalias.
c) Errada. De acordo com a LEP, considera-se: o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a
contar da saída do estabelecimento e o liberado condicional, durante o período de prova.
d) Errada. É a previsão do art. 25 da LEP: A assistência ao egresso consiste na orientação e
apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade e na concessão, se necessário, de alojamento e
alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses.
e) Errada. De acordo com a LEP, o limite máximo do número de presos será de 10% (dez por
cento) do total de empregados na obra.
Letra b.

012. (VUNESP/2019/TJ-AC/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Quanto às disposições presen-


tes na Lei de Execução Penal, assinale a alternativa correta.
a) A remição por estudo somente se admite se desenvolvida a atividade educacional de forma
presencial.
b) O instituto da permissão de saída não se aplica ao preso provisório.
c) Praticada falta disciplinar pelo condenado, deverá ser instaurado o procedimento para sua
apuração, conforme regulamento, assegurados o direito de defesa, a motivação da decisão,
vedado o decreto de isolamento preventivo do faltoso pela autoridade administrativa.
d) Dentre os requisitos objetivos para autorização da saída temporária, exige-se o cumprimen-
to mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o condenado for primário, e 1/4 (um quarto), se
reincidente.

a) Errada. De acordo com o art. 126 da LEP acerca da remição de pena, em seu § 2º, as ativida-
des de estudo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por metodologia de ensino a
distância e deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais competentes dos cursos
frequentados.
b) Errada. De acordo com o art. 120 da LEP, os condenados que cumprem pena em regime
fechado ou semiaberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabe-
lecimento, mediante escolta....
c) Errada. De acordo com o art. 60 da LEP, a autoridade administrativa poderá decretar o isola-
mento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias....
d) Certa. É a previsão do art. 123, II, da LEP.
Letra d.

013. (CESPE/2019/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO) De acordo com a Lei de Execução Penal, caso


seja verificada a exigência de que o sentenciado cumpra medida além dos limites fixados na
sentença, deverá ser instaurado o incidente

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 78 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

a) de conversão da pena, que poderá ser provocado pelo Ministério Público.


b) administrativo, que poderá ser suscitado por qualquer um dos órgãos que atuam na exe-
cução penal.
c) de indulto individual, que poderá ser provocado pela autoridade administrativa.
d) de excesso ou desvio, que poderá ser suscitado pelo sentenciado.
e) de chamamento da execução à ordem, que poderá ser provocado pelo Ministério Público.

De acordo com o art. 186 da LEP, sempre que algum ato for praticado além dos limites fixados
na sentença, em normas legais ou regulamentares, haverá o chamado incidente de excesso
ou desvio de execução, que poderá ser suscitado pelo: MP, pelo Conselho Penitenciário; pelo
sentenciado e por qualquer dos demais órgãos da execução penal.
Letra d.

014. (CESPE/2018/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL) Em cada item a


seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com
base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais superiores a respeito de exe-
cução penal.
Diogo, condenado a sete anos e seis meses de reclusão pela prática de determinado crime,
deve iniciar o cumprimento da pena no regime semiaberto. Todavia, na cidade onde se encon-
tra, só há estabelecimento prisional adequado para a execução da pena em regime fechado.
Nessa situação, o juiz poderá determinar que Diogo inicie o cumprimento da pena no regi-
me fechado.

Há entendimento sumulado do Superior Tribunal Federal sobre o tema acerca dos presos
definitivos:

Súmula vinculante n. 56
A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado
em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros
fixados no RE 641.320/RS.

Errado.

015. (IBADE/2017/SEJUDH-MT/ADVOGADO) No que tange às faltas disciplinares previstas


na Lei de Execução Penal, assinale a assertiva correta.
a) Comete falta média o condenado a pena privativa de liberdade que fugir do estabelecimento
prisional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 79 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

b) A legislação local especificará as faltas leves, médias e graves, bem como as respecti-
vas sanções.
c) No Regime Disciplinar Diferenciado, o preso terá direito à saída da cela por 3 horas diárias
para banho de sol.
d) Comete falta grave o condenado a pena restritiva de direitos que provocar acidente
de trabalho.
e) Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada.

Vejamos uma a uma:


a) Errada. É falta grave (art. 50, II, da LEP).
b) Errada. De acordo com o art. 49 da LEP, a legislação local especificará as leves e médias,
bem assim as respectivas sanções.
c) Errada. De acordo com o art. 52, IV, da LEP, no RDD, o preso terá direito à saída da cela por 2
(duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de até 4 (quatro) presos, desde que não haja
contato com presos do mesmo grupo criminoso.
d) Errada. É falta grave (art. 50, IV, da LEP).
e) Certa. É a previsão do art. 49, parágrafo único, da LEP.
Letra e.

016. (MPE-SC/2016/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA) A Lei n. 7.210/84 (Exe-


cução Penal) tratou em capítulo próprio acerca da classificação dos condenados, com o obje-
tivo de orientar a individualização da execução penal. Quanto à identificação dos condenados,
todavia, a referida lei padece pela desatualização, inexistindo previsão de coleta de perfil gené-
tico como forma de identificação criminal, a exemplo do que já ocorre em outros países.

Pelo contrário. A LEP dispõe sim sobre a coleta de perfil genético como identificação criminal,
em seu art. 9º-A, parágrafo 1º:

Art. 9º-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave con-
tra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1º da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990,
serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA
– ácido desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor. (Incluído pela Lei n. 12.654, de 2012)
§ 1º A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme regu-
lamento a ser expedido pelo Poder Executivo. (Incluído pela Lei n. 12.654, de 2012)
§ 2º A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de inqué-
rito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 80 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

017. (MPE-SC/2016/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA) São deveres do conde-


nado, previstos na Lei n.7.210/84: conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos
de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina; submissão à sanção disciplinar imposta;
indenização à vítima ou aos seus sucessores; indenização ao Estado, quando possível, das
despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remunera-
ção do trabalho.

É isso mesmo. Questão extraída do rol do art. 39 da LEP, o qual merece a releitura:

Art. 39. Constituem deveres do condenado:


I – comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;
II – obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;
III – urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;
IV – conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou
à disciplina;
V – execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
VI – submissão à sanção disciplinar imposta;
VII – indenização à vitima ou aos seus sucessores;
VIII – indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção,
mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho;
IX – higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;
X – conservação dos objetos de uso pessoal.
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo.
Certo.

018. (CESPE/2015/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/JUDICIÁRIA) Conforme o entendimento


pacificado do STJ, a prática de falta grave interrompe o prazo exigido para a obtenção da pro-
gressão de regime prisional, mas não acarreta interrupção do prazo exigido para a obtenção
de livramento condicional, comutação de pena ou indulto, salvo se o decreto concessivo fizer
expressa previsão em contrário.

Exatamente. É o que prevê a Súmula 535 do STJ:

Súmula 535/STJ: A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação
de pena ou indulto.

Certo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 81 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

019. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/AGENTE E TÉCNICO/TODAS AS ÁREAS/CONHE-


CIMENTOS BÁSICOS) O condenado que for acometido por doença mental durante o cumpri-
mento da pena deverá ser internado em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico.

Isso mesmo. É o que preconiza o art. 108 da LEP:

Art. 108. O condenado a quem sobrevier doença mental será internado em Hospital de Custódia e
Tratamento Psiquiátrico.
Certo.

020. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/AGENTE E TÉCNICO/TODAS AS ÁREAS/CONHE-


CIMENTOS BÁSICOS) A determinação do regime de cumprimento de condenado por mais
de um crime em processos distintos deve ser feita pelo resultado da soma ou unificação das
penas, observadas, quando for o caso, a detração ou a remição.

Novamente, letra da lei, pura e simples. Dessa vez, estamos diante de questão elaborada com
base no art. 111 da Lei de Execuções Penais:

Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos
distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unifica-
ção das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.
Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da execução, somar-se-á a pena ao restante da
que está sendo cumprida, para determinação do regime.
Certo.

021. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/AGENTE E TÉCNICO/TODAS AS ÁREAS/CONHECI-


MENTOS BÁSICOS) Preso que praticar fato definido como crime, doloso ou culposo, ou falta
grave deverá ser transferido para regime mais rigoroso.

Quase isso. O erro da questão está em incluir crime culposo. Vejamos o que diz a LEP:

Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transfe-
rência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
I – praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 82 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

022. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) O próximo item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julga-
da à luz das medidas de assistência previstas na Lei de Execução Penal.
Manoel, sentenciado a vinte e cinco anos de reclusão, não reúne condições para custear a con-
tratação de advogado que acompanhe a execução de sua pena. Nessa situação, a assistência
jurídica deverá ser garantida pelo Estado, de forma integral e gratuita, sob a responsabilidade
da defensoria pública, dentro e fora do estabelecimento penal.

Mais uma questão baseada unicamente no texto de lei. Vejamos:

Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem recursos financeiros
para constituir advogado.
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica, integral e gratuita,
pela Defensoria Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais.
É isso mesmo!
Certo.

023. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) O próximo item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julga-
da à luz das medidas de assistência previstas na Lei de Execução Penal.
Pedro, analfabeto, sentenciado a oito anos de reclusão, ingressou no sistema penitenciário,
consignando-se em seus registros a falta de instrução fundamental. Nessa situação, é obriga-
tório que o estabelecimento prisional garanta que Pedro frequente o ensino fundamental nos
mesmos moldes e requisitos do sistema escolar da unidade federativa a que pertença esse
estabelecimento.

A essa altura, você já deve ter percebido que uma boa prova, no que diz respeito à Lei de Exe-
cuções Penais, depende da leitura do texto de lei – que simplesmente despenca em provas de
concursos.
A questão acima, por sua vez, utilizou o art. 18 em sua elaboração:

Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da Unidade Federa-
tiva.
Exatamente. A LEP traz que o ensino de 1º grau, ou seja, o ensino fundamental, será obrigatório ao
interno.
Certo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 83 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

024. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) O próximo item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julga-
da à luz das medidas de assistência previstas na Lei de Execução Penal.
Um preso, em cumprimento de pena de reclusão em regime fechado, recebeu a notícia do fale-
cimento de seu filho e requereu permissão para comparecer ao enterro. Nessa situação, caso
seja autorizada a saída do preso, caberá ao assistente social em atividade no estabelecimento
prisional acompanhar pessoalmente o preso e apresentar, ao final, ao diretor do estabeleci-
mento, relatório em que circunstancie o comportamento do preso no período em que este
estiver fora.

A LEP não traz a previsão de que o assistente social deva acompanhar pessoalmente o preso
em suas saídas temporárias. Na verdade, cabe ao assistente acompanhar o resultado das per-
missões de saídas e das saídas temporárias:

Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social:


III – acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias;
Errado.

025. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) O próximo item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julga-
da à luz das medidas de assistência previstas na Lei de Execução Penal.
Um preso, após o cumprimento de pena privativa de liberdade pelo período de dez anos, foi
definitivamente liberado e, contados seis meses de sua saída do estabelecimento prisional, ele
requereu do Estado a concessão de alojamento e alimentação em estabelecimento adequado,
bem como a colaboração para obtenção de trabalho, o que lhe foi negado, dada a sua condição
de egresso. Nessa situação, foi correto o indeferimento do pedido, uma vez que o egresso não
possui direito à assistência nos termos pretendidos.

Os arts. 25, 26 e 27 da LEP tratam sobre a assistência ao egresso. Mais uma vez, vamos
relembrar:

Art. 25. A assistência ao egresso consiste:


I – na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade;
II – na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo
prazo de 2 (dois) meses.
Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma única vez, comprova-
do, por declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego.
Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:
I – o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 84 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas
II – o liberado condicional, durante o período de prova.
Art. 27. O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a obtenção de trabalho
Veja que o item está errado pois a lei prevê expressamente que se necessário pode haver a
concessão, ao egresso, de alojamento e alimentação em estabelecimento adequado para sua
estadia temporária, em caso de necessidade.
Além disso, a LEP determina que o serviço de assistência social colaborará com o egresso
para obtenção de trabalho.
Errado.

026. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) O próximo item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julga-
da à luz das medidas de assistência previstas na Lei de Execução Penal.
José foi condenado a dezoito anos de reclusão e recolhido a estabelecimento prisional. No
curso da execução da pena, ele contraiu doença grave, e foi constatada a impossibilidade de o
estabelecimento prisional prover-lhe a assistência médica necessária. Nessa situação, a assis-
tência médica ao preso deverá ser custeada pela família do sentenciado em outro local, desde
que haja a autorização expressa do juiz competente.

Nessa situação, na verdade, a lei prevê mera autorização administrativa da direção do estabe-
lecimento (Art. 14):

§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica ne-
cessária, esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento.
Errado.

027. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) Com relação a assistência educacional e a assistência do trabalho do preso, fatores
fundamentais para o reingresso do apenado na sociedade, julgue o item seguinte.
O trabalho remunerado é obrigatório ao preso e deve vincular-se a sua capacidade e aptidão,
ressalvada essa obrigatoriedade para o segregado provisório, para quem o trabalho será facul-
tativo e limitado ao interior do estabelecimento prisional em que se encontre recolhido.

É isso mesmo. A previsão está no art. 31 da LEP:

Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas
aptidões e capacidade.
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no
interior do estabelecimento.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 85 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

028. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) Com relação a assistência educacional e a assistência do trabalho do preso, fatores
fundamentais para o reingresso do apenado na sociedade, julgue o item seguinte.
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: João, em cumprimento de pena em regime fechado, ao executar ser-
viço de limpeza dentro do estabelecimento prisional, acidentou-se gravemente, o que resultou
na perda de um dos dedos de sua mão direita.
ASSERTIVA: Nessa situação, e considerando-se o fato de que o trabalho interno é remunerado,
João tem direito a indenização com base nas disposições legais trabalhistas.

Na verdade, a LEP rege que o trabalho dos presos não está sujeito ao regime da CLT:

Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalida-
de educativa e produtiva.
§ 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à segurança e à
higiene.
§ 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho.
Errado.

029. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) Nos termos da Lei de Execução Penal, julgue o item que se segue, acerca do instituto
da remição.
Um preso em regime semiaberto que trabalhe, durante o dia, em jornada de seis horas diárias e
estude, em horário noturno, pelo período de quatro horas terá direito, a cada três dias de exer-
cício conjunto dessas atividades, ao abatimento de dois dias de pena.

Isso mesmo! É o que prevê o art. 126, parágrafo 1º, da LEP:

Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por tra-
balho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena.
§ 1º A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de
I – 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar – atividade de ensino fundamen-
tal, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional – dividi-
das, no mínimo, em 3 (três) dias;
II – 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho.
§ 3º Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão
definidas de forma a se compatibilizarem.
Certo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 86 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

030. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) Nos termos da Lei de Execução Penal, julgue o item que se segue, acerca do instituto
da remição.
A remição, pelo trabalho, na proporção de um dia de pena a cada três dias trabalhados, diz res-
peito a todos os regimes de execução da pena: o aberto, o fechado e o semiaberto.

A remissão pelo trabalho se aplica aos condenados que cumprem pena em regime fechado
ou semiaberto, mas não àqueles que estão em regime aberto, nos termos do art. 126 da LEP:

Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por tra-
balho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena.
Errado.

031. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) Nos termos da Lei de Execução Penal, julgue o item que se segue, acerca do instituto
da remição.
O tempo remido deverá ser computado como pena cumprida, independentemente da natureza
do crime cometido, o que beneficia também os apenados pela prática de crimes hediondos e
crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa.

Isso mesmo! Estamos novamente diante de questão baseada no art. 126:

Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por tra-
balho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena.
Certo.

032. (CESPE/2015/DEPEN/ESPECIALISTA/TODAS AS ÁREAS/CONHECIMENTOS BÁSI-


COS) Nos termos da Lei de Execução Penal, julgue o item que se segue, acerca do instituto
da remição.
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Um sentenciado, no decorrer da execução de sua pena privativa de
liberdade em regime semiaberto, foi punido por falta grave devidamente apurada em procedi-
mento próprio.
ASSERTIVA: Nessa situação, o preso perderá o direito ao tempo remido já computado, de modo
que o novo período de cômputo começará a partir da data da infração disciplinar.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 87 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Negativo! Não há a perda de todo o tempo remido, mas sim de até 1/3:

Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observa-
do o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar
Errado.

033. (CESPE/2015/DEPEN/AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL/ÁREA 5) Com relação


ao trabalho e à assistência social realizados no âmbito do sistema prisional, julgue o item
subsequente.
De acordo com a LEP, são considerados egressos tanto o liberado definitivo, pelo prazo de um
ano a contar da data de saída do estabelecimento prisional, quanto o liberado condicional,
durante o período de prova.

Isso mesmo! Exatamente o que preconiza o art. 26 da LEP.

Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:


I – o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento;
II – o liberado condicional, durante o período de prova.
Certo.

034. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) De acordo com a Lei


de Execução Penal (LEP), julgue o item a seguir, relativos aos diversos tipos de assistência ao
preso, ao internado e ao egresso.
No âmbito da assistência educacional, é garantido o acesso à instrução escolar e à formação
profissional ao preso, a quem é facultado cursar o ensino fundamental ou realizar curso de
aperfeiçoamento profissionalizante.

Sabemos que o ensino de 1º grau (ensino fundamental) é obrigatório de acordo com a LEP, e
não facultativo, como afirma a questão.

Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da Unidade Federa-
tiva
Errado.

035. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) De acordo com a Lei


de Execução Penal (LEP), julgue o item a seguir, relativos aos diversos tipos de assistência ao
preso, ao internado e ao egresso.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 88 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

A assistência ao preso e ao egresso é dever do Estado, que age com o objetivo de prevenir o
crime e preparar esses indivíduos para o retorno à convivência familiar.

Isso mesmo!

Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e
orientar o retorno à convivência em sociedade.
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso.
Certo.

036. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) De acordo com a Lei


de Execução Penal (LEP), julgue o item a seguir, relativos aos diversos tipos de assistência ao
preso, ao internado e ao egresso.
A assistência médica pode ser prestada ao preso no próprio estabelecimento prisional ou,
quando esse estabelecimento não contar com equipamento ou outro recurso necessário, em
outro local, mediante autorização do juiz da execução penal para deslocamento do preso.

Na verdade, quem concede a autorização é a direção do estabelecimento, e não o juiz. Ques-


tão pesada!

Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo, compreen-
derá atendimento médico, farmacêutico e odontológico.
§ 1º (Vetado).
§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica ne-
cessária, esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento.
Errado.

037. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) De acordo com a Lei


de Execução Penal (LEP), julgue o item a seguir, relativos aos diversos tipos de assistência ao
preso, ao internado e ao egresso.
Ao serviço de assistência social cabe promover a recreação no estabelecimento prisional e
providenciar a obtenção de documentos dos presos assim como os benefícios da previdência
social a que essas pessoas tiverem direito.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 89 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Isso mesmo! Façamos novamente a leitura do art. 23 da LEP:

Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social:


I – conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames;
II – relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades enfrentadas
pelo assistido;
III – acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias;
IV – promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação;
V – promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do liberando, de
modo a facilitar o seu retorno à liberdade;
VI – providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do seguro por
acidente no trabalho;
VII – orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima.
Certo.

038. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) Francisco e Júlio fo-


ram condenados pela prática de crime. Durante o cumprimento de sua pena, Francisco obteve
livramento condicional e está atualmente em período de prova. Júlio foi liberado definitivamen-
te e saiu do estabelecimento prisional há dezoito meses.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item subsequente com base no que dispõe a LEP.
Júlio é considerado egresso e pode contar com o serviço de assistência social, que lhe deve
prestar ajuda na obtenção de trabalho.

Negativo. A condição de egresso dura um ano. Como já se passaram 18 meses, Júlio não será
mais considerado egresso para fins de aplicação da assistência prevista na LEP.

Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:


I – o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento;
Errado.

039. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) Francisco e Júlio fo-


ram condenados pela prática de crime. Durante o cumprimento de sua pena, Francisco obteve
livramento condicional e está atualmente em período de prova. Júlio foi liberado definitivamen-
te e saiu do estabelecimento prisional há dezoito meses.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item subsequente com base no que dispõe a LEP.
Francisco é considerado egresso e, se houver necessidade, poderá ser beneficiado com aloja-
mento e alimentação em estabelecimento adequado por até, no máximo, quatro meses.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 90 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Isso mesmo. De acordo com art. 26 Francisco é considerado egresso.

Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:


I – o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento;
II – o liberado condicional, durante o período de prova.
Art. 25. A assistência ao egresso consiste:
II – na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo
prazo de 2 (dois) meses.
Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma única vez, comprova-
do, por declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego.
Certo.

040. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) À luz da LEP, julgue o


próximo item, referentes ao trabalho do preso.
A legislação limita o trabalho feito pelo preso provisório àquele que pode ser realizado no
estabelecimento prisional em que o indivíduo se encontre e na medida de suas aptidões e
capacidade.

Correto! É o que preconiza o art. 31 da LEP:

Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas
aptidões e capacidade.
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no
interior do estabelecimento.
Certo.

041. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) À luz da LEP, julgue o


próximo item, referentes ao trabalho do preso.
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Joaquim foi condenado por crime grave à pena de reclusão, em re-
gime fechado, da qual já cumpriu um sexto. No município em que está localizado o estabe-
lecimento prisional que abriga Joaquim, será iniciada obra pública de revitalização da região
central da cidade. ASSERTIVA: Nessa situação, desde que preenchidos os requisitos legais e
adotadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina, Joaquim poderá ser autorizado
pela direção do estabelecimento prisional a trabalhar na obra.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 91 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Isso mesmo! No caso de Joaquim, ele pode ser autorizado a trabalhar em obras públicas, des-
de que preenchidos os requisitos e cautelas legais, previstos no art. 36 da LEP.
Certo.

042. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) À luz da LEP, julgue o


próximo item, referentes ao trabalho do preso.
As tarefas executadas pelo condenado como cumprimento de pena de prestação de serviço à
comunidade não são remuneradas.

O art. 149, inciso I da LEP, informa que tais tarefas tem caráter gratuito, de modo que a asser-
tiva está correta.

Art. 149. Caberá ao Juiz da execução:


I – designar a entidade ou programa comunitário ou estatal, devidamente credenciado ou convencio-
nado, junto ao qual o condenado deverá trabalhar gratuitamente, de acordo com as suas aptidões.
Certo.

043. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) À luz da LEP, julgue o


próximo item, referentes ao trabalho do preso.
O preso provisório ou condenado a pena privativa de liberdade é obrigado a trabalhar e, pelo tra-
balho realizado, deve ser remunerado com valor que não pode ser inferior a um salário mínimo.

Negativo. O trabalho não é obrigatório para o preso provisório, nos termos do art. 31, parágrafo
único, da LEP.
Errado.

044. (CESPE/CEBRASPE/2015/DEPEN/TÉCNICO DE ENFERMAGEM) Lúcia cumpre pena


no regime aberto e Ana, no regime fechado, após condenação por prática de crime. Ambas
trabalham e cursam o ensino médio.
Considerando essa situação hipotética e o que dispõe a LEP acerca do instituto da remição,
julgue o item seguinte.
Na hipótese de Ana sofrer um acidente e ficar temporariamente impossibilitada de continuar
suas atividades, a contagem do tempo para fins de remição ficará suspensa até que ela possa
retornar ao trabalho e estudo, sem prejuízo dos dias já remidos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 92 de 94
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas

Não mesmo. O acidente que resulte na incapacitação temporária do preso para o trabalho não
suspende a contagem do tempo para fins de remição, nos termos do art. 126 da LEP:

§ 4º O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a


beneficiar-se com a remição
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 93 de 94
Douglas Vargas
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado
em vários concursos, como Polícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Você também pode gostar