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ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
Douglas Vargas
Sumário
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal. .......................................................................................................4
1. Lei de Execuções Penais.. .........................................................................................................................................4
2. Exame Criminológico.................................................................................................................................................9
3. Da Assistência ao Preso / Internado. ..............................................................................................................11
4. Egressos.........................................................................................................................................................................12
5. Do Trabalho. . .................................................................................................................................................................12
6. Deveres, Direitos & Disciplina...........................................................................................................................15
7. Órgãos de Execução Penal..................................................................................................................................20
8. Estabelecimentos Penais.................................................................................................................................... 22
9. Regimes de Cumprimento de Pena.................................................................................................................25
10. Autorizações de Saída.. ........................................................................................................................................27
11. Outros Institutos da LEP.................................................................................................................................... 28
12. Exame Criminológico & Livramento Condicional.................................................................................30
13. Penas Restritivas de Direitos.........................................................................................................................34
14. Novas Previsões – Lei n. 13.964/2019 – Pacote Anticrime...........................................................41
14.1. Colheita de DNA.. ..................................................................................................................................................41
14.2. Falta Grave. . ............................................................................................................................................................42
14.3. RDD.............................................................................................................................................................................43
14.4. Progressão de Regime....................................................................................................................................45
14.5. Saída Temporária................................................................................................................................................47
Resumo................................................................................................................................................................................48
Questões de Concurso................................................................................................................................................63
Gabarito............................................................................................................................................................................... 72
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 73
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Uma vez que o indivíduo é condenado criminalmente, surge para o Estado o direito de exer-
cer o jus puniendi, nos moldes previstos em nosso ordenamento jurídico.
Nesse sentido, uma das ferramentas mais importantes é a Lei 7.210/84, cujas normas se
destinam a uma correta efetivação da fase de execução da pena:
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e
proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e
do internado.
Lembre-se, caro aluno, de que o instituto da prisão se divide em prisão cautelar (prisão
temporária ou provisória) e prisão-pena (sanção penal), e que atualmente o STF apenas admi-
te o início do cumprimento da prisão-pena após o trânsito em julgado da sentença penal conde-
natória (esgotamento de todos os recursos), sendo proibida a sua execução provisória.
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É importante lembrar das duas categorias acima para fazer a correta leitura do art. 2º da LEP:
Art. 2º A jurisdição penal dos juízes ou tribunais da justiça ordinária, em todo o território nacional,
será exercida, no processo de execução, na conformidade desta lei e do
Código de Processo Penal.
Parágrafo único. Esta lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça
Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária.
Veja, portanto, que o preso provisório também é alcançado pela Lei de Execuções Penais,
por fora do art. 2º do diploma legal – de modo que as normas aqui previstas não irão se res-
tringir àqueles indivíduos que estão presos em razão de sua prisão-pena.
Objetivo da LEP
Jurisdição
Art. 65. A execução penal competirá ao Juiz indicado na lei local de organização judiciária e, na sua
ausência, ao da sentença.
Direitos do Preso
Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sen-
tença ou pela lei.
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política.
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Art. 4º O Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade nas atividades de execução da pena
e da medida de segurança.
Como sabemos, a medida de prisão deve atingir, em regra, apenas um direito do preso: o
direito à liberdade.
Dessa forma, o condenado mantém todos os direitos que não foram atingidos pela sen-
tença, de modo que os órgãos de execução penal devem trabalhar no sentido de assegurar
os outros direitos ao condenado, enquanto este cumpre sua pena privativa de liberdade (tais
como seu direito à alimentação, saúde, integridade física, entre outros).
Nesse sentido, são direitos garantidos pela LEP aos condenados e presos provisórios:
Art. 40. Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados e
dos presos provisórios.
Art. 41. Constituem direitos do preso:
I – alimentação suficiente e vestuário;
II – atribuição de trabalho e sua remuneração;
III – Previdência Social;
IV – constituição de pecúlio;
V – proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;
VI – exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde
que compatíveis com a execução da pena;
VII – assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
VIII – proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
IX – entrevista pessoal e reservada com o advogado;
X – visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
XI – chamamento nominal;
XII – igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena;
XIII – audiência especial com o diretor do estabelecimento;
XIV – representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
XV – contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros
meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autorida-
de judiciária competente.
Como eu sempre digo, os examinadores gostam muito de utilizar esse tipo de rol para
elaborar questões – pois sabem que é muito difícil para o candidato memorizar todas as pre-
visões legais. Mesmo assim, vale a pena fazer a leitura desses artigos algumas vezes, pois
realmente ajuda muito na hora da prova.
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Embora a LEP garanta os direitos acima ao condenado e ao preso provisório, o próprio di-
ploma legal prevê a seguinte exceção:
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos
mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.
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Classificação do Condenado
A classificação do condenado, nos termos do art. 5ºda LEP, objetiva garantir o direito à
individualização da pena, de modo que a medida se adeque às características pessoais do
condenado. Tal classificação é colocada em prática através da chamada Comissão técnica de
classificação:
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2. Exame Criminológico
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será sub-
metido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classi-
ficação e com vistas à individualização da execução.
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumpri-
mento da pena privativa de liberdade em regime semiaberto.
Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de dados reveladores da personalidade, observando
a ética profissional e tendo sempre presentes peças ou informações do processo, poderá:
I – entrevistar pessoas;
II – requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, dados e informações a respeito do
condenado;
III – realizar outras diligências e exames necessários.
Em primeiro lugar, é importante que o aluno não confunda o exame criminológico com
a classificação prevista no art. 5º da LEP. Tal classificação é mais genérica, mais simples,
direcionada para a percepção de características como antecedentes, aspectos familiares e
sociais, personalidade e capacidade laboral do condenado.
O exame criminológico, por sua vez, tem por objetivo analisar questões de ordem psicoló-
gica e psiquiátrica do apenado, avaliando, entre outros aspectos, seu grau de agressividade e
possibilidade de voltar a delinquir. Trata-se, portanto, de um instituto mais severo e objetivo.
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É possível, por exemplo, que o juiz da execução penal determine a realização de exame
criminológico antes de conceder o livramento condicional – se julgar que as circunstâncias do
caso justificam tal medida. Tome nota:
Realização do Exame
Do Centro de Observação
Art. 96. No Centro de Observação realizar-se-ão os exames gerais e o criminológico, cujos resulta-
dos serão encaminhados à Comissão Técnica de Classificação.
Parágrafo único. No Centro poderão ser realizadas pesquisas criminológicas.
Art. 97. O Centro de Observação será instalado em unidade autônoma ou em anexo a estabeleci-
mento penal.
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Art. 98. Os exames poderão ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação, na falta do
Centro de Observação.
Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e
orientar o retorno à convivência em sociedade.
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso.
Art. 11. A assistência será:
I – material;
II – à saúde;
III – jurídica;
IV – educacional;
V – social;
VI – religiosa.
Tendo em vista que a LEP é uma lei muito extensa, não serão colocadas aqui a transcrição
de todos os artigos. Dessa forma, recomenda-se ao aluno que faça a leitura do texto de forma
paralela ao estudo dessa aula, que estará totalmente voltada os pontos chave de tais normas
jurídicas.
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Assistência Jurídica
Assistência Educacional
Quanto à assistência educacional, cabe ressaltar que prover o ensino de 1º grau (educação
fundamental) é obrigatório.
4. Egressos
Egresso é o condenado liberado definitivamente (pelo prazo de um ano, a contar de sua
saída. Também se considera egresso o beneficiado por livramento condicional, durante seu
período de prova.
A LEP garante também o amparo ao egresso, nos termos de seus artigos 25 e 27, de modo
que o indivíduo, ao ser colocado em liberdade, desfrute de orientação e apoio em sua reinte-
gração social.
Nos termos da lei é inclusive garantido ao egresso a concessão de alojamento e alimenta-
ção, em estabelecimento adequado, por até 02 meses (Art. 25, II, LEP), além da colaboração
de assistentes sociais na procura de trabalho.
5. Do Trabalho
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A LEP disciplina o trabalho – tanto interno, quanto externo – entre os artigos 28 e 37 de seu
texto legal. A leitura de tais artigos, como de praxe, é obrigatória.
Em primeiro lugar, é importante observar que, nos termos da LEP, o condenado está obri-
gado ao trabalho, e que seu trabalho será sempre remunerado.
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas
aptidões e capacidade.
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no
interior do estabelecimento.
Art. 200. O condenado por crime político não está obrigado ao trabalho.
Tal remuneração, inclusive, nunca poderá ser inferior a ¾ do salário mínimo vigente.
Observe-se, ainda, que mesmo não estando amparado pela CLT, o preso tem direito à pre-
vidência social (Art. 41, III, da LEP).
Ademais, a remuneração do preso por seu trabalho não é livre, visto que sua destinação
também está definida na Lei de Execuções Penais:
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Trabalho Externo
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Observações Importantes
Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado, submeter-se
às normas de execução da pena.
O capítulo IV da LEP trata dos deveres, direitos e da disciplina. Tal tema é abordado entre
os artigos 38 & 60 da LEP.
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Tal determinação resulta em duas limitações que devem ser observadas quando da aplica-
ção de sanções disciplinares ao preso:
Sanções Disciplinares
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Faltas Disciplinares
Faltas Graves
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Também é falta grave o cometimento de crime doloso pelo sentenciado, o que não prejudica
a sanção penal aplicável ao caso.
RDD
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar
subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou
estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes
características: (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
I – duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave
de mesma espécie; (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
II – recolhimento em cela individual; (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
III – visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações equipadas
para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de tercei-
ro, autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) horas; (Redação dada pela Lei n. 13.964, de
2019)
IV – direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de até
4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso; (Redação
dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
V – entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações equipadas
para impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial em con-
trário; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
VI – fiscalização do conteúdo da correspondência; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
VII – participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, garantindo-se a
participação do defensor no mesmo ambiente do preso. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou condenados,
nacionais ou estrangeiros: (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
I – que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da socieda-
de; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
II – sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em
organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de
falta grave. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação crimi-
nosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da Federação,
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o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional
federal. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado
sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o preso: (Incluído pela Lei n.
13.964, de 2019)
I – continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de ori-
gem ou da sociedade; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
II – mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, con-
siderados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, a opera-
ção duradoura do grupo, a superveniência de novos processos criminais e os resultados do trata-
mento penitenciário. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime disciplinar diferenciado deverá contar com
alta segurança interna e externa, principalmente no que diz respeito à necessidade de se evitar
contato do preso com membros de sua organização criminosa, associação criminosa ou milícia
privada, ou de grupos rivais. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo será gravada em sistema de áudio ou de
áudio e vídeo e, com autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário. (Incluído pela Lei n.
13.964, de 2019)
§ 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime disciplinar diferenciado, o preso que não receber
a visita de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio agendamento, ter contato
telefônico, que será gravado, com uma pessoa da família, 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez)
minutos. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
Ao final da aula iremos tecer alguns comentários importantes sobre as novidades do paco-
te anticrimes inerentes ao RDD. Por hora, apenas busque se familiarizar com o texto do artigo.
A apuração de uma falta disciplinar cometida pelo preso se dá por meio de processo admi-
nistrativo, podendo o preso ser isolado por até 10 dias.
Existem dois tipos de sanções disciplinares: As aplicáveis pelo próprio diretor do esta-
belecimento prisional, e as aplicáveis apenas com despacho prévio e fundamentado do juiz
da execução:
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Recompensas
Além das sanções, o preso também pode ser recompensado, caso apresente comporta-
mento digno de tal privilégio. As recompensas consistem em elogio e na concessão de al-
gumas regalias. As espécies de regalias não são disciplinadas pela LEP, e sim em legislação
local ou outros regulamentos.
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A LEP disciplina os órgãos da execução penal em seu Título III (Artigos 61 – 81):
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Patronato
O patronato nada mais é do que o órgão responsável por prestar assistência aos egressos,
bem como por orientar os condenados às penas restritivas de direitos.
Conselho da Comunidade
Por fim, temos o conselho da comunidade, também responsável por visitar, ao menos men-
salmente, os estabelecimentos penais de sua comarca, o qual é constituído por, no mínimo, os
seguintes integrantes:
8. Estabelecimentos Penais
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Conceito
Mulheres
Em estabelecimentos penais para mulheres devem trabalhar apenas mulheres, com exce-
ção do pessoal técnico especializado. Ademais, tais estabelecimentos devem ser dotados de
BERÇÁRIOS, nos termos do art. 83, parágrafo 2º da LEP.
Uma vez separados os presos provisórios dos condenados, cada categoria deve ser sepa-
rada da seguinte maneira:
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Por fim, temos a questão da condenação em outro estado da federação. A LEP prevê que
uma condenação criminal imposta em um dos estados da federação pode vir a ser cumprida
em outro estado (art. 86).
Prisão Especial
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente,
quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva:
I – os ministros de Estado;
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II – os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus
respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia;
III – os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembleias
Legislativas dos Estados;
IV – os cidadãos inscritos no “Livro de Mérito”;
V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
VI – os magistrados;
VII – os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República;
VIII – os ministros de confissão religiosa;
IX – os ministros do Tribunal de Contas;
X – os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da
lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função;
XI – os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos.
Nos termos da LEP (Art. 111), no caso de várias condenações em processos distintos, o
regime de cumprimento será o que resultar da soma de tais penas. No caso de fixação do regi-
me e de posterior condenação DURANTE o cumprimento de pena, deve-se somar a nova pena
ao restante da pena em andamento para a fixação do regime, ato em que pode ocorrer a reg
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No caso de concurso formal de crimes, ou de crime continuado, as penas devem ser unifica-
das, e não somadas, para fins de fixação de regime prisional (Art. 66, II, LEP).
Cálculo de Benefícios
Causa muita confusão aos alunos o limite de 40 anos quanto ao cálculo que deve ser rea-
lizado para concessão de benefícios. Por exemplo:
Se um indivíduo é condenado a 100 anos de prisão, sabendo-se que ele só deverá cumprir 40
anos, o cálculo para concessão de progressão de regime deve tomar por base a pena (100 anos)
ou o limite previsto na CF (40 anos)?
E a resposta é simples: Todos os benefícios (livramento condicional, progressão de re-
gime, entre outros) devem tomar por base de cálculo a efetiva pena imposta e não o limite
de 40 anos.
Esse é o posicionamento majoritário na doutrina e na jurisprudência vigentes.
Os requisitos para progressão de regime, nos termos da LEP, foram profundamente alte-
rados pelo pacote anticrimes, e serão analisados em seção especial ao final da aula de hoje.
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Regressão de Regime
A regressão de regime, por sua vez, é a passagem para um regime mais gravoso, como
verdadeira sanção ao condenado. Está prevista no art. 118 da LEP:
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a trans-
ferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
I – praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
II – sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução,
torne incabível o regime (artigo 111).
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• Bom comportamento;
• Compatibilidade entre o benefício e os objetivos da pena.
Além disso, a lei disciplina que não terá direito à saída temporária o condenado que cum-
pre pena por praticar crime hediondo com resultado morte (art. 122, § 2º, incluído pela Lei n.
13.964, de 2019).
Remição
O primeiro dos institutos que podem reduzir a pena é o da remição (acredite, é com ç mesmo).
A remição nada mais é do que um instituto que permite ao preso redimir sua pena por meio
do trabalho. Assim, por meio de seu esforço trabalhando ou estudando, o preso tem desconta-
do dias extra em sua pena, de modo que possa cumpri-la de forma antecipada.
A remição é possível das seguintes formas:
Art. 128. O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos.
Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado
o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar (Art.
127 da LEP).
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Livramento Condicional
Art. 131. O livramento condicional poderá ser concedido pelo juiz da execução, presentes os re-
quisitos do artigo 83, incisos e parágrafo único do Código Penal, ouvidos o Ministério Público e o
Conselho Penitenciário.
O livramento condicional é bastante simples, afinal de contas, o próprio nome é muito bem
selecionado: O beneficiado é liberado, ainda durante o cumprimento do restante de sua pena,
desde que cumpra determinadas condições.
Esse período, em que o indivíduo é liberado, mas ainda há um restante da pena a ser cum-
prida, é chamado pela doutrina de período de prova.
Nesse contexto, os requisitos para a concessão de liberdade condicional estão divididos
em requisitos subjetivos e requisitos objetivos.
São requisitos SUBJETIVOS:
Súmula 441 – STJ: A prática de falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento
condicional.
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Embora o exame seja facultativo, o próprio STJ entende que, se o magistrado decidir de forma
MOTIVADA, pode determinar a realização de exame criminológico se entender que é uma me-
dida adequada às peculiaridades do caso.
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Procedimento
Quem concede o livramento condicional é o juiz da execução, desde que presentes os requisitos.
Além dos requisitos objetivos e subjetivos que você já conhece, o magistrado ainda deverá
observar as seguintes condições para concessão da liberdade provisória:
Revogação
Como todo benefício, a liberdade provisória pode ser revogada. Sua revogação pode ser
obrigatória ou facultativa, e ocorrerá nos seguintes casos:
• Revogação Obrigatória:
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Na situação acima, Ned irá retornar à prisão, e deverá cumprir mais dois anos para concluir
o tempo de sua primeira condenação, pois o período que passou em liberdade condicional não
será computado. Nesse período, não poderá pleitear nova concessão de liberdade condicional
Apenas após Ned terminar de cumprir a pena da primeira condenação é que será possível
computar o tempo para a concessão de nova liberdade condicional, tomando por base apenas
a pena cominada ao segundo delito praticado.
2) Se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecor-
rível, por crime anterior ao período de prova, observado o disposto no art. 84 do CP.
Soma de penas
Art. 84. As penas que correspondem a infrações diversas devem somar-se para efeito do livramento.
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Nessa situação, Ned irá cumprir apenas mais um ano relativo ao primeiro delito, haja vista
que o período de prova será computado em sua pena.
Além disso, a pena restante do primeiro delito (um ano) será somada com a pena do segun-
do delito (sete anos), de modo que o livramento condicional poderá ser concedido com base na
soma das penas (oito anos), desde que preenchidos os demais requisitos.
A vantagem nesse caso é que o prazo para concessão do livramento condicional começa a
contar desde logo, não havendo o condenado que esperar até o fim do cumprimento da pena
do primeiro delito.
• Revogação facultativa:
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Essa é uma excelente questão. Nesse caso, não há causa para revogação, mas o magistra-
do poderá decretar a prisão do liberado e suspender o curso do livramento.
Note que estamos falando em SUSPENSÃO, e não em REVOGAÇÃO. Cuidado com as pegadinhas!
Para finalizar o estudo da LEP, devemos falar das penas restritivas de direitos: “As penas
restritivas de direitos consistem nas chamadas penas alternativas.” Recebem tal nomenclatura
pois são uma opção à pena privativa de liberdade!
As penas restritivas de direito nada mais são do que uma tentativa do Estado em atingir de
uma forma mais adequada as finalidades da pena (retribuição, ressocialização e prevenção),
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sem submeter o indivíduo ao cárcere, que sabidamente possui efeitos muito mais gravosos do
que outras modalidades de punição.
Espécies
A interdição temporária de direitos (inciso V) merece uma análise mais detalhada, pos-
suindo cinco espécies, listadas pelo legislador no art. 47 do CP:
As penas restritivas de direito nada mais são do que uma espécie de pena, assim como são
a pena privativa liberdade e a pena de multa.
As penas restritivas de direito, no entanto, são consideradas penas substitutivas, pois são
aplicáveis no lugar das penas privativas de liberdade, se preenchidos os requisitos legais.
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Por exemplo:
Furto
Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
É muito importante que o aluno perceba que não há previsão expressa da pena restritiva
de direitos no preceito secundário do tipo penal (que só fala em pena de reclusão e na pena
de multa).
No entanto, mesmo assim as penas restritivas de direito são aplicáveis, tendo em vista seu
caráter substitutivo (desde que preenchidos os requisitos legais).
Classificação
Duração
Art. 55. As penas restritivas de direitos referidas nos incisos III, IV, V e VI do art. 43 terão a mesma
duração da pena privativa de liberdade substituída, ressalvado o disposto no § 4º do art. 46.
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Apesar da previsão do art. 55, que determina que as penas restritivas de direitos (incisos III
a VI do art. 43) devam perdurar pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade, ressalte-se
que as penas de prestação pecuniária e de perda de bens e valores, obviamente, não estão
sujeitas à limitação de tempo.
Você deve estar se perguntando o seguinte: Mas quando é que poderá ser feita a substitui-
ção de uma pena privativa de liberdade por uma pena restritiva de direitos?
E é exatamente a essa pergunta que vamos responder agora. Vejamos:
CP
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade,
quando:
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com
violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;
II – o réu não for reincidente em crime doloso;
III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como
os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.
1. A pena privativa de liberdade não pode ser superior a 4 anos, no caso de crime DOLOSO.
Em caso de crime culposo, a substituição é cabível em qualquer caso.
2. O crime não pode envolver violência ou grave ameaça à pessoa. Esse requisito é es-
sencial, pois evita o absurdo de que fosse substituída a pena privativa de liberdade em delitos
graves, com o roubo ou a extorsão.
3. O réu não pode ser reincidente em crime doloso. A reincidência, nesse caso, deve ser
específica (reincidência em delito da mesma espécie – por exemplo, em dois delitos de furto).
4. A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado,
bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.
São requisitos subjetivos, que buscam medir se a medida restritiva de direitos é SUFICIENTE
para alcançar a reprovação e a prevenção de outra conduta delituosa.
Não cabe a substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos em caso
de LESÃO CORPORAL ENVOLVENDO VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER.
Cabe ainda observar que a Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) não veda expressamen-
te a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, de modo que a
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doutrina considera possível a aplicação de tal instituto face a delitos hediondos, desde que
presentes os demais requisitos.
Aplicação
Sobre as formas de aplicação das penas restritivas de direitos, é importante fazer a leitura
do art. 44, parágrafo 2º, CP:
§ 2º Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma
pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída
por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos.
Reincidência
No caso de reincidência específica (no mesmo tipo penal), você já sabe que não é possível
a substituição da pena por uma restritiva de direitos. Entretanto, no caso de reincidência gené-
rica, temos o seguinte:
§ 3º Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de con-
denação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado
em virtude da prática do mesmo crime.
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Conversão da Pena
A conversão da pena restritiva de direitos nada mais é do que a sua substituição pela pena
privativa de liberdade, em caso de descumprimento das condições impostas ao condenado. A
própria LEP prevê expressamente essa possibilidade:
Art. 181. A pena restritiva de direitos será convertida em privativa de liberdade nas hipóteses e na
forma do artigo 45 e seus incisos do Código Penal.
Cuidado!
Não é possível a conversão de pena de MULTA em pena privativa de liberdade.
No entanto, cabe ressaltar que tanto o STJ quanto o STF entendem que a conversão em
prisão das penas de prestação pecuniária e de perda de bens é admissível em nosso ordena-
mento jurídico, muito embora tenham também natureza pecuniária.
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Penas em Espécie
Para finalizar este assunto, vamos fazer breves comentários sobre cada uma das espécies
de penas restritivas de direitos.
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Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa, bem
como por crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime sexual contra vulnerável, será
submetido, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA (ácido
desoxirribonucleico), por técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso no estabelecimento
prisional. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 1º A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme regu-
lamento a ser expedido pelo Poder Executivo. (Incluído pela Lei n. 12.654, de 2012)
§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias mínimas de proteção de dados genéti-
cos, observando as melhores práticas da genética forense. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 2º A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de in-
quérito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético. (Incluído pela Lei
n. 12.654, de 2012)
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados constantes nos
bancos de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custódia que gerou
esse dado, de maneira que possa ser contraditado pela defesa. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido submetido à
identificação do perfil genético por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional deverá ser
submetido ao procedimento durante o cumprimento da pena. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de identifica-
ção do perfil genético. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
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Em primeiro lugar, temos uma alteração simples, determinando que a regulamentação in-
fralegal faça constar garantias mínimas de proteção dos dados genéticos e a observância das
melhores práticas forenses (o que já era uma realidade prática para as polícias técnicas de
todo o país em razão da cadeia de custódia).
Em segundo lugar, temos o relevante §3º, o qual, segundo NUCCI1, tem por objetivo permitir
que o titular dos dados genéticos tenha acesso aos seus dados, bem como à toda documen-
tação relacionada à cadeia de custódia. Tal premissa é inerente à ampla defesa e ao contradi-
tório e passa a constar expressamente no CPP.
Por sua vez, o §4º inova ao determinar que o condenado pelos crimes previstos no caput
do artigo que não foi submetido à identificação por perfil genético quanto ingressou no siste-
ma prisional deverá ser submetido ao procedimento durante o cumprimento da pena.
Vamos, rapidamente, relembrar quais são os delitos que ensejam o procedimento (nos ter-
mos do caput em referência):
Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa, bem
como por crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime sexual contra vulnerável, será
submetido, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA (ácido
desoxirribonucleico), por técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso no estabelecimento
prisional. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019) (Vigência)
Por fim, temos a inovação do §8º do art. 9-A, criando nova hipótese de falta grave, para o
condenado que recusar-se a se submeter ao procedimento de identificação do perfil genético.
Alguns alunos costumam questionar a constitucionalidade dessa medida (obrigatoriedade
de identificação genética). Ressalto, em um primeiro momento, que a doutrina de referência
(como NUCCI) entende que não há, a priori, inconstitucionalidade nos dispositivos em estudo.
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
VIII – recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético. (Incluído pela Lei
n. 13.964, de 2019)
1
Pacote Anticrime Comentado, p. 97.
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14.3. RDD
A próxima mudança que você precisa conhecer está no maior detalhamento do art. 52,
impactando no chamado Regime Disciplinar Diferenciado. Mais uma vez vamos fazer a leitura
do artigo antes de fazer uma análise dos pontos mais importantes:
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar
subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou
estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes
características: (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
I – duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave
de mesma espécie; (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
II – recolhimento em cela individual; (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
III – visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações equipadas
para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de tercei-
ro, autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) horas; (Redação dada pela Lei n. 13.964, de
2019)
IV – direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de até
4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso; (Redação
dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
V – entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações equipadas
para impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial em con-
trário; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
VI – fiscalização do conteúdo da correspondência; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
VII – participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, garantindo-se a
participação do defensor no mesmo ambiente do preso. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou condenados,
nacionais ou estrangeiros: (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
I – que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da socieda-
de; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
II – sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em
organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de
falta grave. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação crimi-
nosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da Federação,
o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional fe-
deral. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado
sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o preso: (Incluído pela Lei n.
13.964, de 2019)
I – continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de ori-
gem ou da sociedade; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
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II – mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, consi-
derados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, a operação
duradoura do grupo, a superveniência de novos processos criminais e os resultados do tratamento
penitenciário. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime disciplinar diferenciado deverá contar com
alta segurança interna e externa, principalmente no que diz respeito à necessidade de se evitar
contato do preso com membros de sua organização criminosa, associação criminosa ou milícia
privada, ou de grupos rivais. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo será gravada em sistema de áudio ou de
áudio e vídeo e, com autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário. (Incluído pela Lei n.
13.964, de 2019)
§ 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime disciplinar diferenciado, o preso que não receber
a visita de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio agendamento, ter contato
telefônico, que será gravado, com uma pessoa da família, 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez)
minutos. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
São muitas as novidades, e a legislação endureceu bastante a situação daquele que é sub-
metido ao RDD.
Primeiramente, note-se que houve uma extensão do RDD: dois anos, com possibilidade de
renovação por falta grave de mesma espécie. Anteriormente, o prazo era de 360 dias, renová-
vel, com o teto (prazo máximo) de 1/6 da pena.
O prazo aumentou (2 anos) e o prazo máximo (1/6 da pena) foi removido do inciso I do art. 52.
Além da questão do prazo, o novo formato do RDD também ampliou sua aplicabilidade.
Atualmente, a aplicação do regime disciplinar diferenciado é cabível, nos termos do novo tex-
to do caput, nos casos de alto risco para ordem e segurança do estabelecimento penal ou da
sociedade, ou sobre os presos contra quem recaiam fundadas suspeitas de envolvimento em
organizações criminosas.
Assim, removeu-se o requisito anterior de prática de falta grave para que seja possível a
determinação do RDD.
Outro ponto de destaque está nas visitas semanais. Antes, não eram regulamentadas pela
lei. Atualmente, há previsão específica: visitas quinzenais, de duas pessoas por vez, e em ins-
talações que impeçam contato físico e entrega de objetos.
Mais uma alteração de destaque está na questão dos banhos de sol. Anteriormente, havia
apenas menção ao período de duas horas. Atualmente, a previsão tornou-se mais detalhada,
havendo autorização para saída de até 4 presos, desde que não pertençam ao mesmo grupo
criminoso.
Noutro giro, e ao assumir a tese de que os presídios federais são mais seguros, o legislador
incluiu no art. 52 a previsão de que havendo indícios de que o preso é líder de organização cri-
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minosa, associação ou milícia com atuação em dois ou mais Estados, deve cumprir seu RDD
em presídio federal.
Por fim, e novamente quanto às visitas, merece destaque a previsão de gravação das con-
versas entre as visitas e o preso, além da possibilidade de autorização judicial para que agente
penitenciário faça o monitoramento da visita. Em caso de não recebimento de visitas pelo pre-
so em seis meses de RDD, passa a lei a conceder direito de conversa por telefone, com pessoa
da família, duas vezes por mês, por dez minutos.
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência
para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:
(Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
I – 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem
violência à pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
II – 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à
pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
III – 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido
com violência à pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
IV – 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência
à pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
V – 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo
ou equiparado, se for primário; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
VI – 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for: (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário,
vedado o livramento condicional; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada
para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada; (Incluído pela Lei n. 13.964,
de 2019)
VII – 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo
ou equiparado; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
VIII – 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equipa-
rado com resultado morte, vedado o livramento condicional. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta
carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a pro-
gressão. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
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§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de
manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na con-
cessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos
nas normas vigentes. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 3º No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com defi-
ciência, os requisitos para progressão de regime são, cumulativamente: (Incluído pela Lei n. 13.769,
de 2018)
I – não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; (Incluído pela Lei n. 13.769, de
2018)
II – não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; (Incluído pela Lei n. 13.769, de 2018)
III – ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior; (Incluído pela Lei n. 13.769,
de 2018)
IV – ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento;
(Incluído pela Lei n. 13.769, de 2018)
V – não ter integrado organização criminosa. (Incluído pela Lei n. 13.769, de 2018)
§ 4º O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação do benefício previsto
no § 3º deste artigo. (Incluído pela Lei n. 13.769, de 2018)
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste artigo, o crime de tráfico de dro-
gas previsto no § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei n. 13.964,
de 2019)
§ 6º O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade interrompe o
prazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em que o reinício da
contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescente. (Incluído pela Lei n. 13.964,
de 2019)
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Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime semiaberto poderão obter autorização para
saída temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos:
I – visita à família;
II – frequência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior,
na Comarca do Juízo da Execução;
III – participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.
§ 1º A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de monitoração ele-
trônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução. (Redação dada pela Lei n.
13.964, de 2019)
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere o caput deste artigo o condenado que cum-
pre pena por praticar crime hediondo com resultado morte. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
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RESUMO
Objetivo da LEP
• Dar cumprimento das sanções impostas na sentença ou decisão criminal e de propiciar
a reintegração social do condenado e do internado.
Jurisdição
• A execução penal competirá ao Juiz indicado na lei local de organização judiciária e, na
sua ausência, ao da sentença.
Direitos do Preso
• Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela
sentença ou pela lei.
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Classificação do Condenado
• Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade,
para orientar a individualização da execução penal.
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Exame Criminológico
Da Assistência ao Preso
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Do Trabalho
• Apenas o preso provisório e o político não estão obrigados ao trabalho interno.
• Trabalhos de prestação de serviços comunitários, no entanto, não serão remunerados,
por força do art. 30 da LEP.
Modalidades
Observações
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Faltas Disciplinares
• A pena disciplinar pelo cometimento de falta disciplinar TENTADA é a mesma aplicável
a falta disciplinar CONSUMADA.
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Faltas Graves
RDD
• É uma penalidade aplicável ao preso provisório ou condenado, nos termos do art. 52 da
LEP.
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IV – o Conselho Penitenciário;
V – os Departamentos Penitenciários;
VI – o Patronato;
VII – o Conselho da Comunidade.
VIII – a Defensoria Pública.
Estabelecimentos Penais
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Autorizações de Saída
Remição
• Nada mais é do que um instituto que permite ao preso redimir sua pena através do traba-
lho. Ou seja, através do esforço trabalhando ou estudando, o preso tem descontado dias
extra em sua pena, de modo que possa cumpri-la de forma antecipada.
• A remição se dá na proporção de 1 dia de pena para cada 3 dias trabalhados.
• Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, ob-
servado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração
disciplinar (Art. 127 da LEP).
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Livramento Condicional
• O beneficiado é liberado, ainda durante o cumprimento do restante de sua pena, desde
que cumpra determinadas condições.
Requisitos Subjetivos
Requisitos Objetivos
Espécies:
I – prestação pecuniária;
II – perda de bens e valores;
III – limitação de fim de semana.
IV – prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas;
V – interdição temporária de direitos;
VI – limitação de fim de semana.
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Classificação
Aplicação
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Espécies
Jurisprudência Associada
1) Falta grave
“Recusar-se em a adentrar à cela consiste em falta grave, pois é ato lesivo e grave em
descumprimento de ordem legítima e com base no art. 50, inciso VI, c/c art. 39, incisos II e V,
ambos da Lei de Execuções Penais – LEP, observando-se, inclusive, o pleno exercício do con-
traditório e da ampla defesa no processo administrativo disciplinar.”
STJ. 6ª Turma, AgRg no HC 618.666, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 02/03/2021
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O STJ já decidiu que a fuga, por ser uma falta disciplinar de natureza especialmente grave,
justifica a adoção do percentual máximo de perda dos dias remidos.
STJ. 5ª Turma. HC 465565/RS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
25/09/2018.
Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Com o advento da Lei n. 12.433/2011, o cometi-
mento de falta grave não mais enseja a perda da totalidade do tempo remido, mas limita-se ao
patamar de 1/3, cabendo ao juízo das execuções penais dimensionar o quantum, segundo os
critérios do art. 57 da LEP. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.bus-
cadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/d5eca8dc3820cad9fe56a3bafda65ca1>.
Acesso em: 15/01/2022
6) Exame criminológico não necessita ser realizado por médico psiquiatra
“A elaboração do laudo criminológico por psiquiatra, psicólogo ou assistente psicossocial
não traz qualquer mácula ou ilegalidade à decisão que indeferiu a progressão de regime com
base em tal documento, mormente porque qualquer destes profissionais está habilitado a re-
alizar perícia técnica compatível com o que se busca saber para a concessão do benefício de
progressão de regime.”
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 440208/MS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
02/10/2018.
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 451804/MS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 18/09/2018.
Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O exame criminológico não precisa ser realizado,
obrigatoriamente, por médico psiquiatra. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <ht-
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tps://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/fef6f971605336724b5e6c-
0c12dc2534>. Acesso em: 15/01/2022
7) Falta grave e exame criminológico
“O cometimento de falta grave justifica a determinação de exame criminológico.”
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 396439/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
19/06/2018.
8) Suspensão ou revogação do livramento condicional
Súmula 617-STJ: A ausência de suspensão ou revogação do livramento condicional antes
do término do período de prova enseja a extinção da punibilidade pelo integral cumprimen-
to da pena.
STJ. 3ª Seção. Aprovada em 26/09/2018, DJe 01/10/2018.
9) Falta de vagas nos estabelecimentos prisionais
Súmula vinculante 56: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manuten-
ção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nesta hipótese, os
parâmetros fixados no Recurso Extraordinário (RE) 641320.
Observação: “A SV 56 destina-se com exclusividade aos casos de cumprimento de pena,
ou seja, aplica-se tão somente ao preso definitivo.
Não se pode estender a citada súmula vinculante ao preso provisório (prisão preventiva),
eis que se trata de situação distinta.
Por deter caráter cautelar, a prisão preventiva não se submete à distinção de diferen-
tes regimes.
Assim, sequer é possível falar em regime mais ou menos gravoso ou estabelecer um siste-
ma de progressão ou regressão da prisão.”
STJ. 5ª Turma. RHC 99006-PA, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 07/02/2019 (Info 642).
Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. A SV56 é inaplicável ao preso provisório (prisão
preventiva) porque esse enunciado trata da situação do preso que cumpre pena. Buscador
Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurispru-
dencia/detalhes/a822554e5403b1d370db84cfbc530503>. Acesso em: 15/01/2022
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 1/ENFERMAGEM) No que concerne ao dis-
posto na Lei de Execução Penal (LEP) a respeito dos órgãos de execução penal, julgue o item
subsequente.
Entre as atividades do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária incluem-se a ins-
peção e a fiscalização dos estabelecimentos penais estaduais e federais.
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c) o conselho penitenciário.
d) o conselho da comunidade.
e) o departamento penitenciário.
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Nessa situação, o juiz poderá determinar que Diogo inicie o cumprimento da pena no regi-
me fechado.
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de um crime em processos distintos deve ser feita pelo resultado da soma ou unificação das
penas, observadas, quando for o caso, a detração ou a remição.
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A assistência ao preso e ao egresso é dever do Estado, que age com o objetivo de prevenir o
crime e preparar esses indivíduos para o retorno à convivência familiar.
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GABARITO
1. C 37. C
2. E 38. E
3. C 39. C
4. E 40. C
5. E 41. C
6. E 42. C
7. a 43. E
8. e 44. E
9. d
10. a
11. b
12. d
13. d
14. E
15. e
16. E
17. C
18. C
19. C
20. C
21. E
22. C
23. C
24. E
25. E
26. E
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28. E
29. C
30. E
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33. C
34. E
35. C
36. E
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Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 1/ENFERMAGEM) No que concerne ao dis-
posto na Lei de Execução Penal (LEP) a respeito dos órgãos de execução penal, julgue o item
subsequente.
Entre as atividades do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária incluem-se a ins-
peção e a fiscalização dos estabelecimentos penais estaduais e federais.
Exatamente isso:
Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, no exercício de suas atividades,
em âmbito federal ou estadual, incumbe:
VIII – inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais, bem assim informar-se, mediante relató-
rios do Conselho Penitenciário, requisições, visitas ou outros meios, acerca do desenvolvimento da
execução penal nos Estados, Territórios e Distrito Federal, propondo às autoridades dela incumbida
as medidas necessárias ao seu aprimoramento.
Certo.
Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, no exercício de suas atividades,
em âmbito federal ou estadual, incumbe:
VI – estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de estabelecimentos penais e casas de
albergados.
Errado.
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Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
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Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
I – incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina.
Certo.
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar
subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou
estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado....
Errado.
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De acordo com o LEP, em seu art. 49, as faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e
graves. A legislação local especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções.
Errado.
LEP
Art. 78. O Patronato público ou particular destina-se a prestar assistência aos albergados e aos
egressos (artigo 26).
Letra a.
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Conforme o art. 126 da LEP, o condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaber-
to poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena.
Além disso, há previsão legal de remição por estudo para o condenado em regime aberto:
§ 6º O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade
condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional,
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parte do tempo de execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do §
1º deste artigo.
Ademais, não há previsão legal de remição de pena pelo cumprimento de pena restritiva
de direito.
Letra d.
Súmula 441 do STJ: A falta grave não interrompe o prazo para obtenção do livramento
condicional.
Súmula 534 do STJ: A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a pro-
gressão de regime de cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do cometimento
dessa infração.
Súmula 535 do STJ: A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comuta-
ção de pena ou indulto.
Letra a.
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b) Certa. De acordo com o art. 56 da LEP, são recompensas: o elogio e a concessão de regalias.
c) Errada. De acordo com a LEP, considera-se: o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a
contar da saída do estabelecimento e o liberado condicional, durante o período de prova.
d) Errada. É a previsão do art. 25 da LEP: A assistência ao egresso consiste na orientação e
apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade e na concessão, se necessário, de alojamento e
alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses.
e) Errada. De acordo com a LEP, o limite máximo do número de presos será de 10% (dez por
cento) do total de empregados na obra.
Letra b.
a) Errada. De acordo com o art. 126 da LEP acerca da remição de pena, em seu § 2º, as ativida-
des de estudo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por metodologia de ensino a
distância e deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais competentes dos cursos
frequentados.
b) Errada. De acordo com o art. 120 da LEP, os condenados que cumprem pena em regime
fechado ou semiaberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabe-
lecimento, mediante escolta....
c) Errada. De acordo com o art. 60 da LEP, a autoridade administrativa poderá decretar o isola-
mento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias....
d) Certa. É a previsão do art. 123, II, da LEP.
Letra d.
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De acordo com o art. 186 da LEP, sempre que algum ato for praticado além dos limites fixados
na sentença, em normas legais ou regulamentares, haverá o chamado incidente de excesso
ou desvio de execução, que poderá ser suscitado pelo: MP, pelo Conselho Penitenciário; pelo
sentenciado e por qualquer dos demais órgãos da execução penal.
Letra d.
Há entendimento sumulado do Superior Tribunal Federal sobre o tema acerca dos presos
definitivos:
Súmula vinculante n. 56
A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado
em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros
fixados no RE 641.320/RS.
Errado.
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b) A legislação local especificará as faltas leves, médias e graves, bem como as respecti-
vas sanções.
c) No Regime Disciplinar Diferenciado, o preso terá direito à saída da cela por 3 horas diárias
para banho de sol.
d) Comete falta grave o condenado a pena restritiva de direitos que provocar acidente
de trabalho.
e) Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada.
Pelo contrário. A LEP dispõe sim sobre a coleta de perfil genético como identificação criminal,
em seu art. 9º-A, parágrafo 1º:
Art. 9º-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave con-
tra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1º da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990,
serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA
– ácido desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor. (Incluído pela Lei n. 12.654, de 2012)
§ 1º A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme regu-
lamento a ser expedido pelo Poder Executivo. (Incluído pela Lei n. 12.654, de 2012)
§ 2º A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de inqué-
rito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético.
Errado.
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É isso mesmo. Questão extraída do rol do art. 39 da LEP, o qual merece a releitura:
Súmula 535/STJ: A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação
de pena ou indulto.
Certo.
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Art. 108. O condenado a quem sobrevier doença mental será internado em Hospital de Custódia e
Tratamento Psiquiátrico.
Certo.
Novamente, letra da lei, pura e simples. Dessa vez, estamos diante de questão elaborada com
base no art. 111 da Lei de Execuções Penais:
Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos
distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unifica-
ção das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.
Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da execução, somar-se-á a pena ao restante da
que está sendo cumprida, para determinação do regime.
Certo.
Quase isso. O erro da questão está em incluir crime culposo. Vejamos o que diz a LEP:
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transfe-
rência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
I – praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
Errado.
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Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem recursos financeiros
para constituir advogado.
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica, integral e gratuita,
pela Defensoria Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais.
É isso mesmo!
Certo.
A essa altura, você já deve ter percebido que uma boa prova, no que diz respeito à Lei de Exe-
cuções Penais, depende da leitura do texto de lei – que simplesmente despenca em provas de
concursos.
A questão acima, por sua vez, utilizou o art. 18 em sua elaboração:
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da Unidade Federa-
tiva.
Exatamente. A LEP traz que o ensino de 1º grau, ou seja, o ensino fundamental, será obrigatório ao
interno.
Certo.
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A LEP não traz a previsão de que o assistente social deva acompanhar pessoalmente o preso
em suas saídas temporárias. Na verdade, cabe ao assistente acompanhar o resultado das per-
missões de saídas e das saídas temporárias:
Os arts. 25, 26 e 27 da LEP tratam sobre a assistência ao egresso. Mais uma vez, vamos
relembrar:
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II – o liberado condicional, durante o período de prova.
Art. 27. O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a obtenção de trabalho
Veja que o item está errado pois a lei prevê expressamente que se necessário pode haver a
concessão, ao egresso, de alojamento e alimentação em estabelecimento adequado para sua
estadia temporária, em caso de necessidade.
Além disso, a LEP determina que o serviço de assistência social colaborará com o egresso
para obtenção de trabalho.
Errado.
Nessa situação, na verdade, a lei prevê mera autorização administrativa da direção do estabe-
lecimento (Art. 14):
§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica ne-
cessária, esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento.
Errado.
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas
aptidões e capacidade.
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no
interior do estabelecimento.
Certo.
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Na verdade, a LEP rege que o trabalho dos presos não está sujeito ao regime da CLT:
Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalida-
de educativa e produtiva.
§ 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à segurança e à
higiene.
§ 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho.
Errado.
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por tra-
balho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena.
§ 1º A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de
I – 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar – atividade de ensino fundamen-
tal, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional – dividi-
das, no mínimo, em 3 (três) dias;
II – 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho.
§ 3º Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão
definidas de forma a se compatibilizarem.
Certo.
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A remissão pelo trabalho se aplica aos condenados que cumprem pena em regime fechado
ou semiaberto, mas não àqueles que estão em regime aberto, nos termos do art. 126 da LEP:
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por tra-
balho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena.
Errado.
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por tra-
balho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena.
Certo.
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Negativo! Não há a perda de todo o tempo remido, mas sim de até 1/3:
Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observa-
do o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar
Errado.
Sabemos que o ensino de 1º grau (ensino fundamental) é obrigatório de acordo com a LEP, e
não facultativo, como afirma a questão.
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da Unidade Federa-
tiva
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A assistência ao preso e ao egresso é dever do Estado, que age com o objetivo de prevenir o
crime e preparar esses indivíduos para o retorno à convivência familiar.
Isso mesmo!
Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e
orientar o retorno à convivência em sociedade.
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso.
Certo.
Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo, compreen-
derá atendimento médico, farmacêutico e odontológico.
§ 1º (Vetado).
§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica ne-
cessária, esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento.
Errado.
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Negativo. A condição de egresso dura um ano. Como já se passaram 18 meses, Júlio não será
mais considerado egresso para fins de aplicação da assistência prevista na LEP.
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Isso mesmo! No caso de Joaquim, ele pode ser autorizado a trabalhar em obras públicas, des-
de que preenchidos os requisitos e cautelas legais, previstos no art. 36 da LEP.
Certo.
O art. 149, inciso I da LEP, informa que tais tarefas tem caráter gratuito, de modo que a asser-
tiva está correta.
Negativo. O trabalho não é obrigatório para o preso provisório, nos termos do art. 31, parágrafo
único, da LEP.
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Não mesmo. O acidente que resulte na incapacitação temporária do preso para o trabalho não
suspende a contagem do tempo para fins de remição, nos termos do art. 126 da LEP:
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Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado
em vários concursos, como Polícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).
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